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18Seções

BALANÇOFomento mercantil supera barreirase cresce em ano de recessão

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Capa

Foto: Stockphotos

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EDITORIAL 4

ARTIGO 5

SERVIÇOS 14

NOS SINDICATOS 16

CARTAS 18

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NEGÓCIOSAgências de turismo descobrem novafonte de serviços e de liquidez

ÍNDICE SETORIALBens de consumo e construçãocivil exigem cuidado redobrado

INVESTIMENTOSCapacidade produtiva daindústria está perto do limite

ECONOMIA

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TRIBUTAÇÃOEspecialista diz que nova Cofinstem caráter confiscatório

FOMENTO MERCANTIL 3

Capa

O copo da expansão estámeio cheio ou meio vazio?

Concentração das

exportações em sete

grandes setores torna

difícil aos demais

perceber e se beneficiar

do crescimento do País

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Crescimento sustentadoprecisa ser para todos

O processo de crescimen-to econômico de qual-quer país depende es-

sencialmente de investimentos eda fixação de metas pelo gover-no. Discute-se hoje no Brasil seo crescimento econômico é sus-tentável e se expansões pontuais,como bem demonstra o agrone-gócio, serão capazes de conferira desejada inflexão à linha quenos levará à geração da riqueza,ao emprego e à renda. Essa tare-fa torna-se tão mais difícil quan-to mais concentrada for a produ-ção em setores e empresas. Atrilha estará facilitada, se osganhos de pontos no PIB foremdistribuídos por um amplo número de agen-tes do setor produtivo.

Nesse sentido, a visão macroeconômica desustentabilidade não pode prescindir da con-sistente existência dos milhares de agentes damicroeconomia, a saber: as médias, peque-nas e outras empresas de porte ainda menor,que carregam a responsabilidade de oferecer amaioria dos empregos e constituem o merca-do-alvo do fomento mercantil. Como na qua-se totalidade dos segmentos econômicos, aconcentração representa riscos adicionais. Dis-seminar os ganhos por toda a economia é maisdo que desejável. É recomendável.

Não restam dúvidas de que as medidasque têm impactos macroeconômicos são im-portantes para o crescimento. É da mesmaforma relevante a adoção de medidas micro-econômicas para dar sustentação ao cresci-mento potencial da economia, e não apenasadotar estímulos de curto prazo.

Enquanto não se clareiam os sinais, mui-tas vezes ofuscados por desvios temporários,Fomento Mercantil foi buscar informaçõessobre a expansão já iniciada e prospectar quaissetores entrarão na rota do desenvolvimento.A análise passa pelas cadeias produtivas jábeneficiárias. Busca ainda identificar eventu-ais bolhas que ainda não apresentaram a con-sistência necessária. É sabido que movimen-tos de curto prazo se repetiram nos últimos

anos, mas não resultaram na tão al-mejada expansão duradoura.

Será diferente agora? Forte-mente alavancados nas exporta-ções, os negócios têm algumas li-nhas claras. A mais visível é oagronegócio, que cresceu 6,5% em2002 e 8,8% em 2003, totalizandoR$ 503 bilhões e responde pelomaior superávit comercial de quese tem notícia em todo o mundo.

Mas o que aconteceu, até queaqueles grãos de soja e outros pro-dutos aportassem na distante Chi-na ou no tradicional mercado nor-te-americano? Certamente nãocaíram do céu nos porões dos na-vios, tampouco nasceram, por ge-

ração espontânea, nas carrocerias dos cami-nhões que se enfileiram em gigantescascentopéias pelas estradas paranaenses. Sur-giu muito antes, envolvendo fornecedores detantos bens, sendo algumas dezenas deles re-presentados e viabilizados por empresas-cli-entes do fomento mercantil. Assim tambémse dá com aqueles carros que circulam pornossas cidades ou foram embarcados em na-vios aportados particularmente no Rio de Ja-neiro. Quantas peças, quantas partes, quantosfornecedores, que setores se envolveram?

Quem afinal puxa o crescimento e quemcresce nessa esteira? Não temos todas asrespostas, ninguém as tem, mas, nesta edi-ção, procuramos jogar um pouco de luz nes-sa discussão. Antever os rumos da econo-mia é um importante instrumento para osempresários do fomento mercantil poderemcontinuar exercendo, ainda que heroica-mente, sua comprovada e inequívoca fun-ção socioeconômica, malgrado a brutal einjusta carga tributária que incide sobre suasoperações, um obstáculo quase intranspo-nível para a economia crescer de forma sus-tentada. O fomento mercantil é, sem dúvi-da, parte fundamental na engrenagem dodesenvolvimento nacional.

Luiz Lemos LeitePresidente da Anfac

Fomento Mercantil é uma publicaçãoda Associação Nacional

das Sociedades de FomentoMercantil-Factoring (ANFAC)

Endereço: Av. Paulista, 1.499 � 9.º andar � SãoPaulo � SPCEP: 01311-928Telefone: (11) 3549-4855Fax: (11) 3549-4866End. eletrônico:[email protected] ou www.anfac.com.br DIRETORIAPresidenteLuiz Lemos Leite1.º Vice-presidenteManoel F. Pires da Costa2.º Vice-presidenteDaniel Gonçalves Vice-presidentesAlexandre Bucker de SouzaAlexandre Dumont PradoCésar Moura RodriguesCirio Faller JúniorGastão FráguasJosé GóesLuiz Napoleão da Silva BritoMarconi José A. PereiraTarcísio ZontaWilson Borges Pereira NetoDiretor Adm. e FinanceiroMarcelo A. de MenezesCONSELHO FISCALPresidentePio DanieleConselheirosJosé Augusto GonçalvesOdilon Pereira GuerraCONSELHO DE ÉTICAPresidente: Alcedo Ferreira MendesVice-presidente: Matias Nazari Puga NetoConselheiros: Cláudio Good, Luiz FernandoD. Lycarião da Trindade e Marcos Jair Garutti ASSESSORES DA PRESIDÊNCIASão Paulo: Dorival Maso, Livio Aruta Neto,Siguenobu Yoshimura e Viviane CuruncziRio de Janeiro: Jorge Lisboa SalgueiroDistrito Federal: Nadir Baruzzi EDIÇÃO: TPT Comunicações Ltda.Telefone: (11) 3077-2790Endereço: Rua Tabapuã, 422, 5.º andarJornalistas responsáveis: Roberto doNascimento e Antonio Gaspar Filho Projeto Gráfico e Diagramação:Marcos MagnoProdução: Luiz Eduardo M.S. PradoRedação: Roberto do Nascimento, AntonioGaspar Filho, Luciana Araripe e Jayme AlvesFotografia: Juan Guerra Tiragem: 9 mil exemplaresImpressão: Takano Editora Gráfica Ltda Obs.: A reprodução do conteúdo da revista depende deautorização da ANFAC.

4 FOMENTO MERCANTIL

Peso tributárioé sério

obstáculoà expansão

PAULO MELO

O

artigo

FOMENTO MERCANTIL 5

Paulo Meloé presidente da Equifax

Crédito positivo, novas perspectivasO acervo de dados permite um cálculo

mais preciso do risco, ajuda a definir produ-tos, serviços e condições mais adequadas paraos parceiros, tais como taxa de juros meno-res, prêmios, tarifas. Isso cria um ciclo virtu-oso. Melhores preços atraem mais clientes,que conduzem a um maior rendimento.

Embora seja muito utilizado no exterior,o compartilhamento de informações aindaestá em fase de consolidação no País. Persis-te em algumas empresas o ranço de que atroca de informações beneficia mais a con-corrência do que a si mesmas. Esta faláciaignora o fato de que as informações geradaspor um mesmo setor são as mais fidedignase próximas da realidade daquele mercado.

Um cliente mal intencionado, sem res-trições previamente detectadas pelo merca-do, pode "rodar o faturamento" com diver-sas sociedades de fomento mercantil. E istoé uma prática tão daninha quanto comumno segmento, além de ser facilmente apli-cada entre empresas que não se comunicam.Já numa praça onde os agentes econômicoscomungam dados positivos, é possívelmonitorar, através das informações passa-das pelos participantes do grupo, o compor-tamento de risco da clientela.

O crédito positivo aponta para um ca-minho promissor para o fomento mercantil.Livra as empresas da mercê de golpistas e,como bônus, ainda as deixa menos vulne-ráveis às oscilações conjunturais.

setor de fomento mercantil temconquistado seu espaço por méri-tos próprios, demonstrando profis-sionalismo e concentrando esfor-

ços para sanar o setor de práticas que des-toam da qualidade e seriedade almejadospelos clientes. Seu sucesso também tem re-cebido a colaboração indireta da políticaconservadora do Banco Central.

Especialistas e entidades, como a As-sociação Nacional dos Executivos de Finan-ças, Administração e Contabilidade(Anefac), citam como conseqüências do re-médio amargo contra a inflação adotadopelo Banco Central o aumento dos custosde produção, diminuição dos investimentose endurecimento das exigências bancáriaspara concessão de crédito. Juros altos ser-vem de fertilizante para a inadimplência e aposição do Copom deixa as instituições fi-nanceiras em estado de alerta máximo.Como a expectativa quanto ao risco elevaos custos de uma concessão de crédito, asempresas que não conseguem assumir astaxas e regras bancárias migram para umaalternativa mais viável de liquidez comple-mentar: o fomento mercantil.

Porém, para otimizar os resultados e am-pliar as oportunidades de captação de re-cursos para o setor produtivo, o segmentode fomento mercantil se beneficiaria muitomais com uma saudável mudança deparadigma. Como em qualquer setor eco-nômico brasileiro, o fomento mercantil en-contra dificuldades para divisar o potencialde endividamento do cliente.

Historicamente, a concessão de créditono País carrega consigo o estigma da avali-ação negativa, que divide, de formamaniqueísta, um "bom" de um "mau" paga-dor. E geralmente as informações restriti-vas têm ascendência sobre as favoráveis pe-rante o analista que se debruça sobre o per-fil de um cliente.

Ainda que consiga realizar esta prospec-ção com sucesso, ao analista cabe ainda atarefa hercúlea de descobrir a porcentagemdeste potencial efetivamente disponível para

novos negócios. Por isso, é preciso voltaros olhos para o crédito positivo. Em vez dese balizar pelo o que o seu cliente não podecomprar, não seria mais oportuno mapear oque ele pode comprar?

O método tradicional de avaliação de ris-co, baseado nas informações que mostramas restrições na concessão e crédito (títulosvencidos e não pagos, cheques devolvidosetc.), raramente diagnostica com precisão ofôlego restante do cliente para outras tran-sações. A informação positiva vai além.

Com base em dados de mercado obti-dos com empresas de um mesmo setor so-bre clientes comuns, é possível identificaros bons pagadores. O acompanhamento doshábitos comerciais desses clientes gera umhistórico de crédito positivo, subsídio im-prescindível para quem busca uma análisede crédito voltada para resultados.

A experiência da Equifax, provedora desoluções para tomada de decisão em crédi-to, com compartilhamento de informaçõescomerciais de grupos segmentados, com-postos por empresas de um mesmo ramo deatividade, demonstra que a parceria é viá-vel e vantajosa para os participantes.

A consulta a um banco de dados com-partilhado permite que todos os usuários te-nham acesso a uma quantidade maior deinformações sobre seus clientes e sobre omercado. Estes grupos funcionam com re-gras consensuais e são administrados deforma imparcial. O gerenciamento do siste-ma de intercâmbio de dados e a fiscaliza-ção do cumprimento das normas ficam acargo de uma empresa idônea.

�Acreditar que atroca de informações

beneficia mais aconcorrência é darvalor a uma falácia�

6 FOMENTO MERCANTIL

ano de 2003 representou um tes-te para a nossa economia e, emespecial, para o setor de fomen-

to mercantil, que mostrou toda a suaenergia, agilidade e capacidade de darrespostas, mesmo diante de inúmeras ad-versidades.

Enquanto o País enfrentava taxa dedesemprego de 12,3%, o setor de fo-mento criava vagas, fechando 2003 comaumento de 1,5% no número de empre-gos e ampliando em 4,9% o universode empresas atendidas. Apesar das in-certezas econômicas, o segmento este-ve presente, ajudando as pequenas, mé-dias e grandes empresas a produzir. Nes-te ano as expectativas são muito melho-res, graças à retomada do crescimento.Mas não há como avaliar as novas pos-sibilidades sem mostrar os problemas ea trajetória do setor.

Ano de transição - O ano de 2003

apresentou alguns problemas para a eco-nomia brasileira. A transição do governode Fernando Henrique Cardoso para o deLuis Inácio Lula da Silva trouxe incerte-zas sobre os indicadores brasileiros. As-sim, 2003 foi marcado por um primeirosemestre difícil, com o juro básico médiosuperior a 26%, dólar cotado, em média,a R$ 3,20 e a produção industrial em que-da de quase 8%.

No segundo semestre, a economia co-meçou a dar sinais de recuperação. A taxabásica de juros, a Selic, caiu do pico de26,5% registrado em maio para 16,5% emdezembro, o dólar médio recuou para R$2,90 e a produção industrial mostrou si-nais de recuperação. O Produto InternoBruto (PIB) caiu 0,2% no ano, liderado pelaretração de 1% do setor industrial. A taxade desemprego, medida pelo IBGE, subiude 7,9% para 12,3% da população ativa.Esse quadro, como não poderia deixar de

ser, resultou no aumento da inadimplêncianão somente nas transações comerciaiscomo também nas operações de crédito emgeral. Relativamente aos negócios realiza-dos pelas empresas associadas da Anfac ve-rificou-se a mesma tendência como de-monstra a tabela �Evolução Patrimonial eOperacional das Sociedades de FomentoMercantil� (ver quadro abaixo).

Recorde - A taxa de inadimplência dasoperações de fomento subiu para 3,32% em2003, a maior dos últimos anos, superiorao pico de 2001, época da crise econômi-ca Argentina e do chamado apagão, quan-do o Brasil correu o risco de ter problemasde fornecimento de energia elétrica.

Apesar das intempéries, o ano foi pro-dutivo para o fomento mercantil. O setorconseguiu espaço para avançar, auxilian-do as empresas brasileiras, mais uma vez,a superar um difícil período. Em 2003, ovolume total da carteira de recebíveis

Fomento mercantil cresce em ano difícilO

FOMENTO MERCANTIL 7

lastreados em vendas mercantis e de servi-ços cresceu 15%, superando a inflação de9,3% medida pelo Índice de Preços aoConsumidor Ampliado (IPCA), do IBGE.O número de micros, pequenas e médiasempresas que formalizaram contratos comas sociedades de fomento mercantil apre-sentou crescimento de 4,9%, superando opatamar de 70 mil, e o número de funcio-nários, a despeito do aumento recorde dodesemprego no Brasil, subiu 1,5%.

Perspectivas � Superado o período deincertezas da economia brasileira, os si-nais para 2004 são animadores. Lideradopor setores voltados à exportação, ao agro-negócio e à produção de bens duráveis, oPIB brasileiro registra crescimento signi-ficativo e projeta avanço de 4% e a pro-dução industrial caminha para um cresci-mento de 7% no ano. Aumenta o nível deemprego e a renda dos trabalhadores co-meça a melhorar. A inadimplência já dásinais positivos de redução, refletindo arecuperação da economia, a queda das ta-xas de juros nos empréstimos e o aumen-to da concorrência entre os bancos, o queé essencial para a expansão do volume da

carteira de recebíveis. Resta apenas o go-verno contribuir, reduzindo a excessiva einjusta carga tributária incidente sobre osetor de fomento mercantil.

A questão dos impostos pode ter im-portante influência no comportamento dosetor neste ano. O principal ponto é a novasistemática de apuração e a elevação daalíquota da Contribuição para o Financia-mento da Seguridade Social (Cofins) de 3%para 7,6% da receita bruta das empresas.

Essa alteração reduz significativamente areceita das empresas e pode comprometera participação do setor produtivo na reto-mada da economia. A tributação das soci-edades de fomento mercantil pelo lucro realé outro obstáculo a ser superado. Além dedesonerar o setor, o governo deve avançarna aprovação de reformas como a nova Leide Falências e no desenvolvimento de po-líticas microeconômicas que consolidem oavanço da economia.

Fomento mercantil colabora para devolver aos trilhos uma das atividades quemais crescem no País. Predominam no setor as médias, pequenas e microempresas

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8 FOMENTO MERCANTIL

Agências fazem parceriase superam as turbulências

uando as torres gêmeas desaba-ram naquele 11 de setembro de2001 levaram com elas parte de

uma importante atividade econômicamundial, o turismo. No Brasil, não foidiferente: as agências passaram a enfren-tar dificuldades, provocadas pela quedano movimento e por causa da repentinaescassez de capital de giro.

Reformular estrutura e voltar-se maispara o mercado interno demandou tem-po e recursos que algumas não consegui-ram obter. O fomento mercantil foi fun-damental para algumas empresas na su-peração dessa fase.

A Quality Tour (Blumenau) e AspenTurismo (Belém) são exemplos de agên-cias que passaram a usar os serviços dassociedades de fomento. A agência de tu-rismo do sul movimenta aproximada-mente R$ 70 mil por mês, 20% dos quais

por meio da Zonta Fomento Mercantil. "Éo meu capital de giro", diz o proprietárioda agência, Carlos Alberto Jacobsen.

Uma das vantagens de trabalhar com afactoring, informa Jacobsen, é que o fatoraplicado na compra de recebíveis, comoduplicatas, é inferior aos juros cobradospelos bancos. "Os bancos são muito buro-cráticos, já a empresa de fomento mercan-til é mais fácil, prática e ágil", afirma.

Para Jacobsen, a parceria entre as em-presas dá tranqüilidade. "Não é necessárioficar preocupado com os pagamentos e orecebimento das duplicatas, a empresa defomento mercantil faz isso. Além da ante-cipação do dinheiro, que é outro ponto im-portante."

As viagens por meio da emissão deduplicatas são, em grande maioria, reali-zadas por empresas e indústrias. Quase todoo movimento da agência é feito por meio

da emissão de duplicatas, porque trabalhapreferencialmente com empresas. Os exe-cutivos e outros funcionários de indústriasde Blumenau fazem viagens de negócios,que são faturadas.

As empresas patrocinam também via-gens de incentivo, premiações que decor-rem de ações de marketing e têm como ob-jetivo motivar funcionários, distribuido-res ou revendedores, para atingir determi-nadas metas.

A Zonta Fomento Mercantil trabalha hádois anos com a Quality Tour. "Se no perí-odo em que a duplicata se encontra emcobrança o cliente necessitar de dinheiro,então fomentamos apenas os dias até ovencimento", informa Andréia PaulaZonta, da sociedade de fomento.

O fomento mercantil não só presta o ser-viço como contrata a empresa de turismo.Um dos clientes da agência é a empresa de

Jacobsen, da Quality Tour:"Não é necessário ficarpreocupado com ospagamentos e recebimentosde duplicatas"

turismoturismo

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Setor movimenta US$ 3,4 trilhões no mundo

fomento Plus Fomento Mercantil. "Nós uti-lizamos os serviços deles para viagens denegócios de nossos funcionários, principal-mente para São Paulo e Rio de Janeiro",afirma o gerente da empresa, Peter RogerPetermann que considera importante a atu-ação do fomento no setor de turismo.

Já a Aspen Turismo, de Belém, tra-balha com a EBF Fomento há aproxi-madamente quatro anos. "Por eles sãorealizados os serviços de cobrança deduplicatas�, informa o proprietário daAspen, Fernando Beckmann. Praticida-de, agilidade e inexistência de burocra-cia são os fatores também destacadospor Beckmann para a permanência daparceria.

Turbulência - Elaine Catardo, consulto-ra responsável pela área de turismo da E-Consulting, afirma que o setor ainda vive umperíodo turbulento. "Desde o início do go-verno Lula, quando foi prometida a geraçãode 1,2 milhão de empregos no País, imagi-nou-se viver um momento grandioso para aindústria de turismo nacional", afirma.

Uma novidade foi a oferta da linha decrédito voltada ao fomento e desenvolvi-mento do setor. "No entanto, o BNDES nãorenovou o Programa de Financiamento doTurismo para 2004, devido ao mau desem-penho de segmentos como hotelaria e par-ques temáticos", informa Elaine. "O bancoafirma que precisa de dados mais confiáveise números razoáveis para se sentir confian-

te na liberação do crédito." Enquanto issonão ocorre, diz, "as pequenas e microem-presas morrem de sede em frente ao mar".

Elaine observa que o setor turísticonacional é "extremamente fragmentado,composto por pequenas e microempre-sas, à exceção das grandes cadeias dehotéis, redes internacionais de fast foode locadoras de autos. Temos nagastronomia, hospedagem, agenciamentode viagens, consultoria turística e trans-portes a predominância de pequenas emicroempresas, portanto, sem condiçõesde investimentos em infra-estrutura, trei-namento, tecnologia, internet, propagandae promoções", acrescenta.

Para a consultora, o turismo é ummercado altamente competitivo.Fidelizar um cliente é muito difícil, porisso é necessário investimento no turis-mo nacional, por meio de parcerias oualianças, envolvendo as pequenas, médi-as e microempresas e as comunidades nodesenvolvimento e comercialização deprodutos e serviços turísticos.

Andréia Zonta: serviços e compra de crédito

O presidente da Associação Brasi-leira de Agências de Viagens de SãoPaulo (Abav-SP), Juarez Cintra P. Filho,afirma que a quebra de preconceitos emitos que existiam sobre o fomentomercantil favorece o segmento, que setornou "uma excelente opção de recur-sos para obtenção de capital de giropelas empresas de turismo".

O turismo é a atividade do setorterciário que mais cresce no mercadobrasileiro, movimentando hoje, diretaou indiretamente, US$ 30 bilhões.

"É, portanto, um setor fundamentalpara a economia brasileira - país reco-nhecidamente de enorme potencial naatividade", afirma Elaine Catardo, con-sultora de turismo da E-Consulting. Osegmento possibilita 4 milhões de em-pregos - mais do que a siderurgia e aindústria automobilística.

Em todo o mundo, o turismo mo-vimenta US$ 3,4 trilhões e gera 192,2milhões de empregos. "Como setor daeconomia, o turismo caracteriza-sepor ser 'meta': absorve em sua dinâ-mica, além das viagens em si, outras

indústrias, como entretenimento,gastronomia, cultura e artes, locação deveículos e estadia.

Ao todo, reúne 56 setores da econo-mia e, justamente por isso, representa umpedaço significativo da economia dequalquer país, informa a consultora. �Valedizer, porém, que o fluxo de capitais da'balança turismo' para o Brasil ainda estábastante aquém de suas possibilidades epotencialidades.�

�Apesar de ter evoluído sobremanei-ra em infra-estrutura, tecnologia, opçõesde lazer, comodidade, serviço e atendi-mento humano, inclusive com a entradade bandeiras internacionais símbolo daatividade no mundo (em diversos segmen-tos, como hotelaria, moda, alimentaçãoe financeiro), o Brasil ainda deixa muitoa desejar em diversos quesitos fundamen-tais para sua elevação como destino àaltura dos turistas mais exigentes.�

Para Elaine, é importante definir o quese quer oferecer ao turista. "Para termosuma indústria forte, que estimule arecorrência e o retorno, precisamos deuma experiência única, rica e superior

em um mundo do intangível,interativo, multimídia, global, acele-rado pela internet e pelas comunida-des on line de troca de informação erecursos", afirma. "Não podemos es-quecer que entramos a passos largosem uma era em que o turismo e o en-tretenimento serão as indústrias demaior movimentação financeira domundo", conclui.

Cintra: fomento é excelente opção

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Há investimento parairrigar o crescimento?Os números permitem muitas leituras, os cautelosos preferem alertar para riscoscom a falta de infra-estrutura, outros vêem na expansão um caminho sem volta

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ara o otimista, o copo estarásempre meio cheio, para o pes-simista, meio vazio. Em eco-

nomia, neste momento, a fotografia docopo ganha outra relevância: funda-mental é saber se há fontes para irrigá-lo novamente. É mais ou menos esta adiscussão que se trava hoje no País: sea fonte do crescimento revelada pelosúltimos números será capaz de abaste-cer novamente o copo e, mais do queisso, em quantidade superior à meta-de, pendendo de vez para o lado oti-mista. O ex-ministro Delfim Netto dizque Deus já fez sua parte, enchendo osreservatórios do Nordeste, o que evitanovos apagões.

Os números mostram um desem-penho surpreendente, mas muitas pes-soas e setores empresariais não têmessa percepção, não conseguem ver ousentir a expansão. Um dos fatores quepodem explicar esse fenômeno é aconcentração do crescimento em pou-cas áreas e, mais do que isso, voltadasà exportação. O próprio ministro doDesenvolvimento, Luiz FernandoFurlan, prevê que as exportações de-vem responder por pelo menos meta-de do crescimento do Produto InternoBruto deste ano.

Como praticamente todo o resto docrescimento deve resultar de efeitos es-tatísticos (valores que são atualizados,mas não representam produção nova,geração de empregos), sobra muitopouco para o mercado interno. Embo-ra o mercado nacional responda por85% do PIB e as exportações, apenas

economiaeconomia

FOMENTO MERCANTIL 11

pelos 15% restantes, o peso destas temsido imenso, mas com repercussão muitolenta no conjunto da economia. �A expor-tação não é suficiente para garantir o cres-cimento sustentado, é preciso ativar o con-sumo interno�, afirma o economistaGlauco Carvalho, da MB Associados. Paraisso, ele diz que é preciso gerar renda epromover investimentos.

E mesmo nesse processo de comércioexterior há setores em franca oposição.Enquanto o agronegócio responde sozinhopor praticamente todo o superávit da ba-lança comercial (a estimativa é de um sal-do de US$ 30 bilhões em 2004), uma dasvedetes do mercado interno, o telefonecelular, está na outra ponta. Pertence aosegmento da indústria eletroeletrônica,que fechou 2003 com um déficit de US$5,19 bilhões na balança comercial.

As vendas excepcionais de telefonescelulares têm peso no crescimento eco-nômico, mas só são sentidas de forma ime-diata pelos próprios fabricantes e pelasgrandes redes de lojas que vendem os pro-dutos, além das companhias telefônicas.A razão é que quase tudo num aparelhode telefone celular é importado (85%), fi-cando para a cadeia de fornecedores domercado interno partes e peças mais ba-ratas. Os 15% restantes compreendem,além desses materiais, a mão-de-obraempregada na montagem dos telefones.Vem do exterior grande parte dos compo-nentes eletroeletrônicos como chips,capacitores, placas de circuito impresso,carregadores, baterias. Algumas peçasmecânicas como teclados, tampa traseirae capa frontal, são feitas no País.

Setores tradicionalmente voltados parao mercado interno também partiram para

a exportação, como o de bens de capital,que já vende 42% de sua produção no ex-terior, e até a indústria de alimentos, queampliou de 14% para 18% suas vendasexternas. De acordo com Tereza Fernan-dez, diretora da MB Associados, o pro-blema é que o crescimento econômico estáocorrendo de forma absolutamente desi-gual. �É desigual por região, desigual porsetor, a renda cresce de forma muito desi-gual�, enfatiza.

Como o crescimento está mais concen-trado no agronegócio - que compreende,além dos cultivos, tratores, colheitadeiras,insumos, entre outros -, a cadeia tem apre-sentado expansão e ganhos tecnológicos.�A Caterpillar, por exemplo, tem emPiracicaba (SP) uma das mais modernas

indústrias do mundo�, informa Tereza.Mas, por mais dinamismo que esses seto-res possam ter, indústria e agronegóciorepresentam 38% a 40% da produção na-cional e estão dispersos por longas áreasdo País. Os outros 60% estão no setor deserviços, �cuja dinâmica é inversa�, afir-ma a economista. �Enquanto os saláriosda indústria crescem, de serviços despen-cam. São Paulo, por exemplo, tem puxa-do para baixo o mercado interno.�

Entre esses serviços está o comércio,que também dá sinais díspares. O presi-dente da Associação Brasileira da Indús-tria de Equipamentos e Serviços para oVarejo, Marcos Andrade, informa que aárea de serviços está otimista e planejainvestir até 18% a mais este ano, em re-lação a 2003. Segundo ele, escritórios dearquitetura, projetos e consultoria já ti-veram faturamento médio 15% superiorde janeiro a abril ante igual período doano passado.

Mas o setor industrial do segmentoestá mais cauteloso. Fornecedores degôndolas, caixas, mobiliários, manequins,programas de computador e sistemas deiluminação, por exemplo, preferem aguar-dar pedidos firmes para decidir sobre in-vestimentos. Andrade observa que o co-mércio é a porta de entrada de muita gen-te como empreendedor, mas ainda não viunada de explosivo nessa direção.

Setores como o automobilístico, queenvolvem uma extensa rede de fornece-dores de partes e peças, também têm-sevoltado às exportações. Além das tradici-onais montadoras, as autopeças entraramforte no comércio exterior. Tereza, da MBAssociados, vê uma mudança no perfil daeconomia. Uma das tendências das em-

Carvalho: sem renda não se vai longe

12 FOMENTO MERCANTIL

presas que conquistaram o mercado ex-terno é não abandoná-lo mais, mesmocom a recuperação interna.

Para Amaryllis Romano, economis-ta da Consultoria Tendências, esse novoperfil tem um aspecto bastante positi-vo: ao retomar as vendas para os consu-midores do País, as empresas terão dadoum salto de qualidade, obtido com oaprimoramento necessário à conquistade mercados no exterior.

Carvalho, da MB, diz que, além dapreocupação com a recuperação da ren-da dos trabalhadores para a reativaçãodo consumo doméstico, é fundamentala retomada do investimento. Com baseem gráfico sobre consumo aparente debens de capital, ele afirma que, se omercado interno estivesse aquecido, alinha estaria apontada para cima e nãona horizontal.

As condições para o crescimento doconsumo doméstico são favoráveis, afir-ma Carvalho. Mas sem renda não se vaia lugar nenhum. Ele cita como exem-plo o caso de geladeiras, fogões, lava-doras, televisores e outros eletrodomés-ticos comprados pela população no lan-çamento do Plano Real. Esses produtosjá estão próximos de completar dez anosde uso e são um convite à renovação.Mas para isso depende da renda da po-pulação e de sua capacidade de endivi-damento.

No caso de bens de maior valor, quedependem de renda e crédito, como ve-ículos, as projeções de Carvalho vislum-bram prazos mais longos de recupera-ção. Para ele, a indústria automobilísti-ca só vai superar o pico de produçãoalcançado em 1997 (1,983 milhão de

unidades) em 2006. O mercado potencialtambém é grande. Enquanto o México tem1 veículo para cada 6 habitantes e a Ar-gentina, 1 para 5, essa relação no Brasilainda é de 1 para 9.

Até mesmo os fabricantes de bens não-duráveis, que já solidificaram seu espaçono mercado externo, como o setor de cal-çados, ainda se surpreendem quando a de-manda interna, que parecia esquecida,mostra algum sinal de vitalidade. �Que asindústrias vão exportar neste segundo se-mestre 58% a mais sobre o mesmo perío-do do ano passado, isto já sabíamos. Aprevisão é chegar a US$ 180 milhões�,afirma Américo Pizza, diretor do Sindi-cato da Indústria de Calçados de Franca.O que surpreende é a demanda de lojistasdo País. Pizza acredita que as vendas parao consumidor doméstico possam crescer

até 30% neste semestre.Com a mudança do perfil econômico

nacional e o deslocamento da expansãoeconômica dos grandes centros industri-ais para o campo, localizar o crescimen-to e oportunidades de negócios tornou-seum trabalho de garimpagem. O cresci-mento ao mesmo tempo concentrado emalguns setores e disperso por áreas do Paíspode mesmo demorar a ser percebido portodos os setores. A concentração é tãoforte que a Tendências analisa a balançacomercial a partir de apenas sete grandegrupos, que respondem por 92,7% dasexportações e 89% das importações: agro-negócio, aviação, bens de capital, mine-ração, sidergurgia, petróleo e derivados eautomotivo.

O temor de alguns economistas é o deque não haja tempo para que todos se be-neficiem dessa expansão, porque, por en-quanto, a palavra investimento represen-ta mais uma manifestação de vontade doque uma iniciativa. E os gargalos de infra-estrutura estão aí a desafiar quem queiraampliar a produção, quer seja para distri-buir seu produto pelo País, com suas es-tradas deterioradas, quer seja paraexportá-lo pelas mesmas estradas até osportos no limite da capacidade. O presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva tem ma-nifestado a mesma preocupação.

Sérgio Conti, consultor da Tendênci-as nas áreas de energia elétrica, transpor-te e logística, entre outras, diz que não sefala em investimento ainda, especialmentena geração de energia. O marco regulatóriodo setor é um dos pontos desse travamento.Até agora, como diz Delfim Netto, só anatureza colaborou, com chuvas nos reser-vatórios das hidrelétricas.

Amaryllis: salto de qualidade

FOMENTO MERCANTIL 13

s sinais de retomada do cresci-mento econômico em 2004ainda são contraditórios, de-

pois de a desarticulação das ações dogoverno ter segurado a expansão em2003. Mas, se a recuperação se confir-mar, pode impedir novo aumento dasmédias mensais e diárias dos pedidosde falência. Até que ocorra o tão espe-rado ciclo virtuoso na economia, porém,as empresas de fomento mercantil, queoferecem liquidez aos setores produti-vos, devem redobrar os cuidados.

O Indicador Setorial de liquidez(ISL), medido pela Virtual Vendor Fo-mento Mercantil, mostra que as empre-sas ligadas à produção ou ao comérciode bens não-duráveis seguem sendo asmais atingidas pelos pedidos de falên-cia. É o que o empresário Saulo Kricha-nã Rodrigues, responsável pelo índice,

chama de bensde salários, ouseja, aquelesaos quais amaior parte dapopulação temacesso. Como

Setores de bens de consumo econstrução exigem maior cuidadoÍndice de liquidez mostra retomada econômica incerta, mas média de pedidos de falência podecair. Por causa da greve de funcionários e do recesso no Judiciário, números vão só até junho.

Rodrigues: faltam emprego e renda

ocorreu forte perda de renda por parte dostrabalhadores, além do desemprego, os se-tores que trabalham com esse segmentosentem mais o impacto da retração.

A construção civil - indústrias da cons-trução e as que produzem insumos para osegmento, além das empresas de engenha-ria e das que comercializam materiais deconstrução - vem logo a seguir nos apon-tamentos do ISL, confirmando a queda derenda real e o desemprego que ainda retar-dam a retomada da produção nacional.

A compra de recebíveis gerados porempresas que atuam nesses segmentosdeve comportar maiores cuidados, em par-ticular nos subsetores que apresentaramcrescimento na participação no número defalências requeridas entre 1999 e 2004(veja quadro).

Em suas 272 semanas de apuração, oISL captou todo o impacto microeconômi-

co das diversas mudanças conjunturais quea economia brasileira sofreu durante o pe-ríodo 1999 a 2003, afirma Rodrigues. Eleprefere excluir o mês de julho da média,um mês prejudicado pela greve do Judici-ário, a expectativa da aprovação da Lei deFalências e o recesso. O ajuste do câmbioem 1999, com o fim do Plano Real, e ofinal de 2002, com a incerteza gerada pelatroca do comando na economia, refletiu-se na cadeia produtiva, gerando tensõesconjunturais e reforçando ajustes estrutu-rais que a maior iliquidez provoca num semnúmero de atividades em que o câmbio éimportante para a formação dos preços.

O efeito maior foi a elevação do núme-ro de falências requeridas em termos anu-ais e na média de falências/dia registradas.Desde que a pesquisa foi iniciada, em 1999,o pico de pedidos de falência ocorreu emdezembro de 2002.

O

Entenda o que é fator

O fator de compra, divulgado pela Anfac,acompanha o nível do custo básico dodinheiro fixado pelo Comitê de PolíticaMonetária (Copom), atualmente, em 16% aoano, e o custo de captação, dos bancos, viacertificado de depósito bancário (CDB). Ametodologia de cálculo do fator leva emconsideração todos os itens de custeio deuma empresa mercantil, ou seja, o custo deoportunidade de investimento de seusrecursos próprios, custos fixos, cargatributária e expectativa de lucro. Pelosserviços prestados a seus clientes, asociedade de fomento mercantil é credorade uma comissão de prestação de serviçoscobrada �ad valorem� que tem como basede cálculo o valor de face dos títulos decrédito apresentados para negociação.

Período

*Obs: O fator de compra é um dos itens que compõe o custo de uma operação de factoring. **Fator até o dia 29 de julhoFonte: ANFAC

1993

28,07

25,64

24,73

27,00

26,64

27,09

27,42

28,22

28,83

28,55

29,47

31,26

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

1994

30,67

32,96

34,56

36,80

35,30

35,40

9,85

10,40

8,58

8,46

8,71

8,36

1995

8,36

8,32

8,90

9,29

9,07

9,00

9,02

8,49

8,11

7,85

7,72

7,28

1996

6,64

6,73

6,61

6,51

6,23

5,89

5,60

5,44

5,25

5,02

4,78

4,70

1997

4,55

4,43

4,28

4,25

4,24

4,20

4,20

4,15

4,13

4,10

4,96

4,80

1998

4,79

4,75

4,64

4,55

4,50

4,42

4,33

4,20

4,50

4,55

4,50

4,49

1999

4,52

4,85

5,10

4,92

4,82

4,79

4,75

4,70

4,56

4,40

4,39

4,35

2000

4,20

4,16

4,12

4,01

3,99

3,97

3,92

3,88

3,88

3,86

3,88

3,83

2001

3,80

3,77

3,83

3,89

3,89

3,93

4,10

4,04

4,03

3,97

3,95

3,90

2002

3,89

3,88

3,82

3,83

3,81

4,10

4,04

4,04

4,01

4,25

4,37

4,38

2003

4,42

4,40

4,40

4,40

4,43

4,39

4,36

4,34

4,33

4,28

4,25

4,24

2004

4,24

4,40

4,40

4,39

4,41

4,40

4,42**

14 FOMENTO MERCANTIL

Feira do empreendedorpercorre o Brasil

O �MIPJ 2004 �Manual deinformações dapessoa jurídi-ca�, de Adher-bal CorrêaBernardes,

Silvério das Neves e AmauryMaciel, é uma obra escrita comlinguagem simples e concisa eserve de instrumento de trabalhotécnico e confiável na realizaçãodo Imposto de Renda de empresas.Os autores são três dos maioresespecialistas no assunto no Brasil,há mais de três décadas preparandomanuais e programas sobre Impostode Renda para pessoas jurídicas.Bernardes foi superintendente-adjunto da Receita Federal em SãoPaulo e supervisor do programaImposto de Renda. Neves é sócio-diretor da Tax Saving ConsultoriaTributária e Maciel é auditor fiscalda Receita Federal.

Preço: R$ 79Editora: SaraivaInformações: (11) 3933.3366

O livro �MAIR2004 �Manual doImposto deRenda pessoajurídica�, deAdherbal

Corrêa Bernardes, Silvério dasNeves e Amaury Maciel traz, em sua5a edição, atualizações sobre a Leinº 10.833 e as conseqüênciaspráticas na apuração do PIS e daCofins em razão da Lei nº 10.685,entre outros assuntos. A obracontém capítulos expositivos epráticos, acompanhados de lança-mentos contábeis e cálculos sobrepagamento por estimativa,balancete de suspensão ou redução,lucro presumido. Os três autores sãoespecialistas no assunto e vêem hámais de três décadas preparandomanuais e programas sobre Impostode Renda destinados a pessoasjurídicas.

Preço: R$ 79Editora: SaraivaInformações: (11) 3933.3366

O Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae) pro-move a Feira do Empreendedor, que temcomo objetivo fomentar e diversificar asatividades econômicas permitindo o con-tato direto entre potenciais empreendedo-res e fabricantes de pequenas máquinas,pequenas franquias, licenciadores de mar-cas e de produtos, além de empresas inte-ressadas em transferir tecnologia.

�Acredito ser muito importante e mes-mo fundamental a participação na Feirado Empreendedor do Sebrae. Estamos notempo do empreendedorismo e a ativida-de de fomento mercantil é essencialmen-te empreendedora�, diz o consultor e pro-fessor Luis Marins.

O Sebrae coloca à disposição dos par-ticipantes informações para abertura deempresas sobre tecnologia, cursos, trei-namentos direcionados para o desenvol-vimento e estímulo a quem quer iniciarou dinamizar seu negócio.

Mais informações no site: http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/gt_feira_empreendedor.asp

FOMENTO MERCANTIL 15

Nova Cofins é confisco, diz especialista

Aconsultora tributária faz as con-tas e conclui: é confisco. A novaCofins elevou a tributação para as

empresas de fomento mercantil a astro-nômicos 88,30%. A saída para mudaresse estado de coisas? "A via judicial",afirma a consultora tributária da Bragae Marafon Consultores e Advogados,Priscila Calil. "Até porque a lei já estáaí para ser cumprida."

A Emenda Constitucional nº 42 tor-nou as contribuições PIS e da Cofins não-cumulativas. O conceito de não-cumulati-vidade, segundo ela, pressupõe que todosos serviços e bens adquiridos gerem o di-reito ao crédito. Tudo aquilo que a empre-sa adquirir, sejam bens ou serviços, geradireito a crédito e não só os itens citadosnas Leis 10.637/02 e 10.833/03, que insti-tuem a não-cumulatividade do PIS e daCofins, respectivamente.

"Essa é uma alternativa para a empre-sa poder se creditar de forma plena. Issosignifica que nenhuma lei pode alterar oconceito de não-cumulatividade para finsde arrecadação", comenta Priscila.

Para a indústria, o sistema não-cu-mulativo existe de fato, porque ela podese creditar de 70% dos insumos que ad-quiriu já que a empresa tem crédito paraabater da base. A carga efetiva hoje é de55,93%, ante 54,70% na sistemática an-terior - um aumento de 2,25%. "O que agente sentiu dessa sistemática é que hou-ve, de modo geral, um privilégio da in-dústria, em detrimento do setor de ser-viços e do comércio", analisa.

A situação das empresas de fomentomercantil é bem diferente (veja o quadro).A carga tributária subiu de 54,70% para88,30%, um aumento de 61,42%, com umagravante: o setor é monofásico. "É ela eos clientes. Então a sociedade de fomentoé tributada na integralidade, não tem ne-nhum crédito que possa abater", afirma.

As empresas de fomento mercantil sãoprestadoras de serviço e arcam com umônus muito maior. Todos os serviços queprestam são executados por funcionários

O caminho para reduzir a carga tributária, que supera 88% do lucro líquido, é a Justiça

Priscila Calil: ônus administrativo

próprios e, dessa forma, não podem creditar-se de mão-de-obra de terceiros. "A folha desalário, a despesa que a empresa tem com opróprio funcionário, com salários e encargos,não gera direito a crédito. Se a empresa defactoring contratasse o serviço de terceiro,

geraria direito a esse crédito."A especialista em direito tributário afir-

ma que a alternativa mais adequada às em-presas de fomento mercantil para reverteressa situação é pleitear, na Justiça, a voltada sistemática anterior, da Lei 9.718/98."O empresário consegue provar que essanova tributação, para o seu segmento, temefeito confiscatório, que fere a capacidadecontributiva, ou seja, a carga é muito alta."Empresas que se sentiram muito oneradase recorreram ao Judiciário tiveram suces-so, informa.

Para Priscila, além da pesada carga tri-butária, as empresas têm de arcar com oscustos administrativos provocados pelacomplexidade da sistemática, que sobre-carregou a contabilidade.

Muitas empresas também entram no Ju-diciário alegando ofensa ao princípio daisonomia. Uma empresa (inclusive asfactorings) optante pelo regime do lucroreal sofre tributação de 9,25%, enquantoas optantes pelo lucro presumido pagam3,65%. "Por não conseguir competir em péde igualdade, as empresas entram na Justi-ça alegando ofensa ao princípio da isono-mia", observa.

16 FOMENTO MERCANTIL

Representantes do Poder Judiciário paranaense participam do 2º Encontro Paranaense de Advogados realizadoem Curitiba no final de junho. O evento contou com a participação do assessor jurídico do Sinfac-PR, Vitor HugoPaes Loureiro Filho, como mediador.

PE forma agentesde fomento mercantil

Recife será sede do 98º Curso deAgente de Fomento Mercantil � Opera-dor de Factoring entre os dias 2 e 6 deagosto. O curso destina-se a associadosda Anfac, advogados, economistas,contadores, administradores, engenhei-ros, estudantes e diretores e executivosde empresas de fomento mercantil eserá ministrado pelo IBFM, que écertificado pela Anfac. O programainclui o curso de �Matemática Financei-ra aplicada às operações de factoring� eterá como professor Paulo Freire. �Obalizamento legal do factoring no Brasilde acordo com o novo CódigoCivil�será apresentado pelo presidenteda Anfac, Luiz Lemos Leite. Osparticipantes também receberão infor-mações sobre taxa de juros compostosequivalentes, além da determinação dofator de compra, com metodologia decálculo e itens de custeio.

A inscrição poderá ser feita pelainternet, no site do Instituto Brasilei-ro de Fomento Mercantil: http://www.ibfm.com.br. Mais informaçõespelos telefones: (0xx11) 3159-0012/3237-0410.

Solidariedade é a marcado encontro no MS

O Sinfac-MS realiza o 3º EncontroSul Matogrossense de Factoring no dia 7de agosto no auditório do Hotel Ellus,em Dourados. Para participar o interessa-do terá de levar um quilo de alimento nãoperecível que será doado para entidadescarentes do Estado.

Entre as palestras do evento, estão�Orientação ao associativismo�, que seráministrada pelo economista do Sebrae,Volmir Meneguzzo e �Garantias reais nasoperações de factoring�, com o advogadodo Sinfac-MS, Luiz Renato Adler Ralho.As inscrições podem ser feitas das14 às17horas pelo telefone (0xx67) 383-2201.

Pará faz campanhae espera expansão

Uma das queixas de dirigentes deentidades de pequenas e microempre-sas comerciais e industriais é o fato deo fomento mercantil ser pouco divulga-do no segmento. Para atender a essaexigência do mercado, o Sinfac-PAvem realizando uma campanha deinformação e valorização da atividadeem toda a sua base de atuação.

"Os outros setores não possuem umconhecimento ideal da nossa atividade,e as nossas ações buscam eliminardúvidas sobre a atividade de factoring",afirma o presidente do Sinfac-PA, LuizMagno Pires. Além do comércio, daindústria e do serviço, Pires realizaprofícuo trabalho de esclarecimentojunto ao Judiciário, seguindo a linha deatuação da Anfac.

O presidente do Sinfac paraenseinforma que, embora este ano ofomento mercantil tenha apresentadocrescimento em seu Estado, os resulta-dos ainda estão aquém das metas dosetor. Pires atribui esse desempenho aações que o governo anunciou, masainda não concretizou no âmbitoeconômico. Mas sua expectativa é que

agora, no segundo semestre, com ossinais de expansão econômica, as coisaspossam mudar. Como exemplo doimobilismo do governo, ele cita um dosprogramas que ainda não deslancharam epoderia ser um fator de crescimento domercado interno, que responde por 85%do Produto Interno Bruto. �Até o mo-mento não se fez um terço do que sefalou do microcrédito, vamos aguardar.�

Para Pires, o �panorama futuro� serádefinido pela �política governamental debalizamento dos bancos públicos comoreguladores da taxa de juros, assim comoda liquidez do sistema.�

Pires: objetivo é eliminar dúvidas

Encontro no Paraná

Raim

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Fac

Div

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ção

FOMENTO MERCANTIL 17

São Paulo investe naexcelência profissional

A capacitação de profissionais dofomento mercantil tem grande impor-tância para a excelência do serviço naempresa. �É preciso trabalhar oconceito de profissionalização e oscursos de agente de fomento mercan-til são essenciais para isso� , diz opresidente do Sinfac-SP e da NewmanFactoring, Manoel Roberto da Silva.

O caminho para alcançar aqualificação é participar de cursoscomo o promovido pelo IBFM(Instituto Brasileiro de FomentoMercantil), que ensina todos osprocedimentos para a atividade, dá oembasamento legal e orienta sobretodas as operações para atuar nessesegmento com segurança. �A baga-gem adquirida ao realizar o curso deagente de fomento é muito grande,eu mesmo, há 10 anos, quando abri afactoring fiz o curso. E todos osmeus funcionários também sãodiplomados pela IBFM�, afirma.

Além disso, Manoel diz que osprofissionais do setor têm de estar emconstante atualização. �A especializa-ção confere ao segmento a seriedadeque todos queremos.�

Advogados fazem curso Alcedo Ferreira Mendes faz palestra no 2º Curso de Direitoem Fomento Mercantil que ocorreu em São Paulo entre osdias 2 e 3 de julho. Alcedo abordou temas como adiferenciação entre desconto bancário e factoring, e a Lei deUsura. O evento, promovido pelo IBFM (Instituto Brasileirode Fomemto Mercantil), teve como objetivo divulgar acorreta conceituação do fomento mercantil, mostrar obalizamento legal no Brasil, seus atos administrativos elegais infraconstitucionais, e preparar advogados que atuamno setor em caso de ações judiciais.A Anfac vem promovendo um amplo trabalho dedivulgação das normas legais que regem o fomentomercantil. Além dos cursos para advogados, realizaencontros e seminários com a participação de representan-tes do Poder Judiciário, para que juízes e desembargado-res aperfeiçoem seus conhecimentos sobre o setor.

Lindomar: consultas de novas empresas

Crescem filiaçõesem Goiás e Tocantins

Efeitos sazonais e crescimentoeconômico concentrado em poucossetores provocaram queda de 25%nas operações das empresas defomento mercantil de Goiás eTocantins, em comparação com oprimeiro semestre de 2003. Masesse resultado não preocupa opresidente do Sinfac de Goiás eTocantins, Lindomar Moreira. Aocontrário: �As expectativas para osegundo semestre são as melhorespossíveis, considerando que emnossa região predomina o comér-cio e a indústria de confecções,que historicamente têm melhordesempenho nesta época.�

Outro fato que reforça apercepção positiva de Lindomar éo aumento nas filiações ao Sinface "as inúmeras consultas sobre aconstituição de novas empresas esolicitação de informação sobre ofomento mercantil", o que de-monstra o crescimento da ativida-de e da própria base de atuaçãodo setor.

O Sinfac GO/TO vem seguindo alinha de atuação proposta pela Anfac,de divulgação e esclarecimento doJudiciário sobre a atividade. Essetrabalho também tem sido realizadono comércio e na indústria por meiode visitas de representantes deempresas de fomento mercantil. �Asnossas empresas são, na sua totalida-de, filiadas à Anfac e exercem aatividade dentro do balizamentolegal�, comentou.

Para Lindomar, após a aprovaçãodo Projeto 230/95, todas as empresasque atuam dentro das normas dofomento mercantil serão extremamen-te beneficiadas. "A consolidação dalegislação vai banir do mercado osfalsos empresários que desvirtuam aatividade do fomento mercantil."

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Cartas à redação - Rua Tabapuã, 4225º A - CEP 04533-001

São Paulo - SP

Indicadores apontampara o crescimento

Jayme Alves

O

18 FOMENTO MERCANTIL

Brasil está em franca recupera-ção econômica. Ela é lideradapelos setores ligados à expor-

tação, ao agronegócio e ao segmento debens duráveis. Após significativo avan-ço de 7,8% da produção industrial emmaio, a previsão é de novo crescimentorecorde em junho. Tendo em vista o de-sempenho de três importantes indicado-res antecedentes como o da produção deveículos e de máquinas agrícolas e a pro-dução de papelão ondulado é razoávelprever que a produção cresça cerca de15% em relação a junho de 2003. É ver-dade que a base de comparação é muitobaixa. Mas, confirmado esse desempe-nho, a produção industrial caminha paraavançar 7% em 2004.

Os dados, porém, começam a mos-trar esgotamento da capacidade produ-tiva de alguns setores, o que significa

riscos potenciais depressão sobre a in-flação, via recom-posição de margens,e necessidade de in-vestimentos paraampliar a capacida-de produtiva. Cres-cem, assim, as dúvi-das sobre quanto a economia pode cres-cer sem o risco de gerar inflação ou es-barrar nos gargalos da infra-estrutura. Apreocupação é maior considerando-se aforte queda dos investimentos estrangei-ros diretos e o atraso da agenda de refor-mas microeconômicas.

O aumento do volume de investimen-tos é de extrema importância para o Paísfazer a transição do avanço econômicocíclico para o almejado crescimento sus-tentado. O governo sabe disso. Por isso,busca uma solução para o dilema entre am-pliar o volume de investimentos e mantero controle das contas públicas. Os investi-mentos, sobretudo em infra-estrutura, sãofundamentais para estabelecer o avanço eevitar os gargalos. Porém, a manutençãodo superávit primário brasileiro (receitas

menos despesas, sem inclusão de juros) éessencial para dar credibilidade ao País.

Enquanto a solução não vem, a eco-nomia dá indícios de aumento do volumede investimentos privados. Um exemplosão os pedidos de financiamento aoBNDES, que cresceram 144% no semes-tre, atingindo R$ 38,9 bilhões, ante R$15,9 bilhões no mesmo período de 2003.Sem dúvida, são bons sinais. Mas aindahá um longo caminho. Estima-se que, paragarantir um período de crescimento sus-tentável, o Brasil precise elevar sua taxade investimento de 19,3% do PIB paracerca de 27% a 28% do PIB. Portanto,investir é preciso.

Jayme Alves é economista econsultor do Diárionet.

Congresso"Parabenizo pelo extraordinário Con-

gresso realizado pela Anfac. Agradeçoigualmente o convite para expor o impor-tante tema da recuperação de empresas."

Jorge W. QueirozInstituto Brasileiro de Gestão e

TurnaroundSão Paulo - SP

"Espero que o Congresso tenha sido umsucesso para vocês tanto quanto para nósda RGBsys."

Ricardo GruberRGBsys

�A Contato Fomento Mercantil Ltda. pa-rabeniza a Anfac pelo sucesso e o alto níveldo VII Congresso que contou com a presen-ça maciça de empresas de vários Estados.Nele tivemos a oportunidade de trocar infor-mações e idéias para a nossa atividade. Ini-

ciativas como essa contribuem para o aperfei-çoamento de nossas empresas e o fortalecimen-to da entidade. Sucesso sempre."

Rosane FelippeContato Fomento Mercantil Ltda.

Paranavaí - Paraná

Impostos"Temos acompanhado, atentos, a eleva-

ção da incidência tributária sobre as ativida-des de fomento mercantil e o movimento quea Anfac tem realizado com a finalidade decorrigir as distorções que oneram injustamen-te o setor. Comungamos da mesma opinião,de que o fomento mercantil exerce uma im-portante função social, pois contribui para odesenvolvimento da atividade empresarial.Precisamos, cada vez mais, avançar com pas-sos fortes nesta caminhada de resistência àelevada tributação que impera em nosso País.É por isso que o IBPT tem se dedicado emdifundir o planejamento tributário, demons-trando as várias modalidades de redução le-

gal da carga tributária empresarial e, ainda,contribuído com os diversos setores da soci-edade empresarial organizada. Parabenizamosa Anfac pelo trabalho realizado e colocamo-nos à disposição da entidade."

Geraldo M. Fraga do NascimentoAssistente da Presidência

Instituto Brasileiro de PlanejamentoTributário

Conhecimento�Agradeço a gentileza pelo envio do livro

Factoring no Brasil, tendo a certeza de que omesmo enriquecerá ainda mais o acervo danossa biblioteca para consulta dos alunos eprofissionais da Trevisan.�

Antoninho Marmo TrevisanTrevisan Auditoria, Consultoria e Educação.

São Paulo - SP