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FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS Acompanhamento de Crianças – relacionamento empático e afectivo ACÇÃO Nº 2.3/50/01 Acompanhamento de Crianças – relacionamento empático e afectivo 1

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FORMAES MODULARES CERTIFICADASAcompanhamento de Crianas relacionamento emptico e afectivoACO N 2.3/50/01

Acompanhamento de Crianas relacionamento emptico e afectivo

Formadora: Ana Sofia DiasObjectivos Gerais:

Identificar as atitudes e aces a desenvolver no estabelecimento de relaes emptico afectivas em contexto de creche, jardim-de-infncia, na situao de acompanhante de crianas e em actividades de tempos livres.Relacionamento Interpessoal da Criana

O relacionamento interpessoal envolve o conhecimento de aspectos internos do prprio eu, como o conhecimento dos prprios sentimentos, a gama de respostas emocionais, o processo de pensamento, a auto-reflexo e um senso de ou intuio relativa s realidades espirituais, ou seja, sair de dentro de si e olhar-se como um observador distante.

Favorece a formao de um modelo aperfeioado de si mesmo, revelando autoconhecimento, ao agir de forma eficaz perante situaes na vida. Da mesma forma, envolve a capacidade de experimentar.

A palavra relacionar significa adquirir relaes com algum, travar conhecimento com outrem. Interpessoal significa entre pessoas, sujeitos, indivduos.

Assim, ao utilizarmos a expresso relacionamento interpessoal estamos a apelar capacidade de socializao das pessoas.

Desenvolvimento Psicossocial no recm-nascidoO processo do nascimento constitui uma importante transio no s para o beb mas tambm para os pais. Os pais esto a habituar-se ao recm-chegado, desenvolvendo ligaes emocionais e familiarizando-se com os padres de sono, alimentao e actividade.Nascimento e Ligao Me-BebO desenvolvimento normal da ligao me-beb (sentimento que a me tem em termos de uma relao prxima e protectora com o seu beb recm-nascido) depende de muitos factores.

No consensual a opinio dos investigadores acerca da influncia que tem a separao entre a me e o beb durante as primeiras horas a seguir ao parto. Inicialmente, existia a crena de que a ligao me-beb no se desenvolvia normalmente se ambos fossem separados. Mais tarde, os investigadores comearam a afirmar que o contacto imediatamente aps o parto no essencial para o estabelecimento de uma ligao forte entre a me e o seu recm-nascido.Os pais, tal como as mes, formam ligaes ntimas com os seus bebs pouco depois do nascimento. Pais que presenciam o nascimento dos filhos, frequentemente, descrevem o acontecimento como uma das mais fortes experincias emocionais. Dado que o pai no sentiu o beb dentro de si, o contacto fsico entre ambos logo aps o parto crucial para a transio para a paternidade e para a formao da ligao pai-filho.Desenvolvimento Psicossocial nos 3 primeiros anos de vida

Apesar de os bebs partilharem, desde o incio, padres comuns de desenvolvimento, revelam personalidades diferentes, as quais reflectem influncias inatas e ambientais. A partir da infncia, o desenvolvimento da personalidade est entrelaado com as relaes sociais.

Aspectos do Desenvolvimento Psicossocial at aos 36 meses

MesesCaractersticas

0-3Aberto estimulao, o beb revela interesse, curiosidade e sorri s pessoas

3-6O beb antecipa o que vai acontecer e fica desapontado quando tal no acontece, ficando zangado ou agindo com cautela. Sorri, vocaliza e ri com frequncia. Perodo de despertar social e de trocas entre o beb e os pais.

6-9O beb envolve-se em jogos sociais e tenta obter respostas dos outros. Fala com outros bebs e toca-lhes. Exprime emoes diferenciadas, revelando alegria, medo, raiva e surpresa.

9-12O beb est muito preocupado com a me, pode revelar medo do estranhos e agir com desnimo em situaes novas. Aos 12 meses, comunicam, mais claramente, as suas emoes

12-18A criana pequena explora o seu ambiente, usando as pessoas com quem tm maior ligao, como base segura. Quanto mais domina o ambiente mais confiante e ambiciosa se torna.

18-36Surge a ansiedade perante a inevitabilidade da separao da me. A criana est consciente das suas dificuldades pois compara-se com os adultos.

Bases do Desenvolvimento Psicossocial

Emoes

Os seres humanos normais possuem o mesmo leque de emoes, diferindo na frequncia com que sentem uma emoo particular, nos tipos de experincia que esta produz e como agem em seu resultado. As reaces emocionais aos acontecimentos e aos indivduos, as quais esto associadas s percepes cognitivas, constituem um elemento bsico da personalidade.Estudar as emoes dos bebs um desafio. Ser que o seu choro expressa raiva, medo, solido ou desconforto? Decorrer muito tempo at o beb ser capaz de nos dizer isso.

Contudo, os pais, as outras figuras parentais e os investigadores aprendem a reconhecer pistas subtis, tais como as expresses faciais dos bebs.

Vejamos ento o calendrio do desenvolvimento emocional.

Calendrio do desenvolvimento emocional

EmooIdade

InteressePresente nascena ou logo aps

Perturbao (resposta dor)

Repugnncia (resposta a sabores e odores desagradveis)

Raiva, surpresa, alegria, medo, tristeza e timidez1-6 meses

Empatia, cime e embarao18-24 meses

Vergonha, culpa, orgulho30-36 meses

Os recm-nascidos mostram claramente quando esto descontentes. Exibem um choro agudo, agitam os braos e as pernas e ficam com o seu corpo tenso. difcil dizer quando esto contentes. Durante o primeiro ms de vida, sossegam com a voz humana ou quando so pegados ao colo e sorriem quando as suas mos se movimentam juntas para brincarem galinha pe o ovo. Gradualmente os bebs respondem mais s pessoas sorrindo arrulhando, procurando e, eventualmente, dirigindo-se s pessoas.

Estes primeiros sinais ou pistas dos sentimentos do beb so passos importantes no desenvolvimento. Quando os bebs necessitam ou desejam algo, eles choram; quando se sentem sociveis, sorriem ou riem. Quando as suas mensagens resultam numa resposta, o seu sentido de ligao aos outros desenvolve-se. O seu sentido de controlo sobre o seu prprio mundo aumenta, tambm quando percebem que o seu choro traz ajuda e conforto e que, os seus sorrisos e gargalhadas, provocam sorrisos e gargalhadas.

medida que o tempo passa, o significado destes sinais emocionais altera-se. No inicio, chorar significa desconforto fsico; mais tarde, expressa, muitas vezes, desconforto psicolgico. Um primeiro sorriso surge espontaneamente como expresso de bem-estar; por volta das 3 a 6 semanas, um sorriso pode revelar prazer no contacto social.

Chorar o meio mais poderoso de os bebs comunicarem as suas necessidades. Existem quatro padres de choro nos bebs: choro de fome; choro de raiva; choro de dor e choro de frustrao o choro dos bebs pode revelar que esto doentes ou em risco de no virem a ter uma desenvolvimento normal.

Sorrir e rir o sorriso do beb irresistvel. Acciona um ciclo de segurana e de afecto, pois os adultos respondem com um sorriso e o sorriso do beb expande-se. Um beb contente e alegre, o qual recompensa os esforos de prestao de cuidados com sorrisos, tem mais probabilidade de estabelecer melhores relaes, do que um beb que sorri menos. Temperamento

O temperamento tem sido denominado o como do comportamento: no o que as pessoas fazem mas o modo como esto naquilo que fazem.

Um estudo realizado em 1956, identificou nove aspectos ou componentes do temperamento:

i. Nvel de actividade como e quanto o beb se movimenta.ii. Rtmica ou regularidade quo previsveis so os ciclos biolgicos de fome, sono e eliminao.iii. Aproximao ou afastamento como o beb responde, inicialmente, a estmulos novos.iv. Adaptabilidade quo facilmente uma resposta inicial modificada numa direco desejada, numa situao nova ou alterada.v. Limiar de responsividade que quantidade de estimulao necessria para evocar uma resposta.vi. Intensidade de reaco quo vigorosamente o beb responde.vii. Qualidade do humor se o comportamento do beb predominantemente agradvel, alegre e simptico ou se desagradvel, triste ou antiptico.viii. Distractibilidade quo facilmente um estmulo irrelevante pode alterar ou interferir com o comportamento do beb.ix. Tempo de ateno e persistncia quanto tempo que o beb dedica a uma actividade e a mantm em face de obstculos.

Atravs da conjugao destes aspectos, chegou-se definio de 3 padres de temperamento.Criana FcilCriana DifcilCriana de Aquecimento Lento

HumorGeralmente, positivo de intensidade ligeira a moderadaFrequentemente negativo, intenso, marcado por choro alto.Humor de intensidade moderada

Resposta mudanaResposta adequada novidadeReage malReage lentamente

Ritmos biolgicosDesenvolvimento rpido de horrios regulares de sono e alimentaoRevela um padro irregularPadro moderado: nem regular, nem irregular

Novos alimentosSo aceites com facilidadeSo aceites muito lentamenteA resposta inicial moderadamente negativa

Reaco a estranhosSorri para elesDesconfiada

Reaco a novas situaesFcil adaptaoAdaptao lenta

Tolerncia frustraoElevadaBaixa: reage com birras

Adaptao a novas rotinasAdaptao rpidaAjustamento lento s novas rotinasNecessita de exposies graduais, repetidas e sem presso at sentir prazer perante as novas rotinas

A Ana sempre foi um beb calmo e alegre, que comia, dormia e eliminava com intervalos regulares. Sorria maioria das pessoas e o nico sinal de que estava acordada durante a noite era o tilintar musical do brinquedo pendurado no seu bero.

A Brbara acordava e abria a boca para comear a gritar, mesmo antes de abrir os olhos. Ela dormia a comia pouco e de forma irregular; ria-se e chorava alto, muitas vezes irrompendo em birras; tinha de ser convencida que as pessoas e as experincias novas no eram assustadoras, antes de se confrontar com elas.

O Miguel era brando nas suas respostas, quer positivas quer negativas. No gostava da maioria das situaes novas, mas se lhe permitissem prosseguir com o ritmo lento, ele eventualmente tornava-se interessado e envolvia-se.

O Beb e a Famlia

Desde os primeiros tempos que a famlia tem uma influncia fundamental no desenvolvimento: as relaes estabelecidas na infncia afectam a capacidade de estabelecer relaes ntimas ao longo da vida. Mas a influncia bi-direccional: as crianas afectam o humor dos pais, as suas prioridades e planos e mesmo a sua relao conjugal. Os pais so confrontados com algumas tarefas importantes.

Em primeiro, os pais devero ajustar o seu prprio comportamento de modo a que consigam acompanhar as capacidades e limitaes da criana. Isto implica que os pais participem no esforo que a criana faz para comunicar utilizando a linguagem e que partilhem da alegria da criana quando esta descobre coisas novas.Por outro lado, os pais devem delinear limites apropriados criana. Podero cumprir esta tarefa atravs de ordens, comentrios e questes, comunicados numa linguagem adequada da criana. Note-se que a importncia da imposio de limites passa pela seguinte ideia de base: se a criana sabe que os pais colocam limites, ento ela ter a capacidade de explorar o ambiente livremente, pois est segura de que, se ultrapassar os limites, os pais vo corrigi-la. O limite define uma zona de segurana.

Apesar de crermos que s as mes possuem uma predisposio biolgica para cuidar dos bebs, os homens podem ser igualmente sensveis e responsivos. Est comprovado que os pais intimamente envolvidos com os seus bebs, exercem uma influncia significativa na vida da criana. Contudo, as mes, mesmo quando trabalham, despendem mais tempo a cuidar do beb.Os avs podem desempenhar um papel importante na vida das crianas: cobrem-nas de afecto, lem-lhes livros, cantam-lhes canes, fazem jogos e levam-nas a passear.

Para alm disto, os avs tambm pode funcionar como figuras parentais, professores, modelos, confidentes e, algumas vezes, mediadores da relao pais-filhos.

O Papel dos IrmosA relao com os irmos tende a ser a mais duradoura de sempre: eles partilham razes, aceitaram os mesmos valores parentais e lidam uns com os outros com muita sinceridade.

As crianas mais novas ligam-se rapidamente aos irmos mais velhos: ficam perturbadas quando eles se afastam, sadam-nos quando regressam, preferem-nos como companheiros de brincadeira e procuram-nos como fonte de segurana quando um estranho se aproxima.Quanto mais seguros se sentem os filhos com os pais, melhor se do entre eles.

No entanto, o crescimento dos bebs, traz consigo a assertividade e independncia o que poder ser um prenncio de conflito. O conflito aumenta drasticamente durante a segunda metade do segundo ano de vida do filho mais novo. Durante este perodo, os irmos mais novos comeam a participar nas interaces familiares envolvendo-se mais nas disputas familiares. medida que isso acontece, tornam-se mais conscientes das intenes e sentimentos dos outros. So capazes de antecipar o que acontece quando as regras so quebradas, demonstram um grande interesse nas transgresses dos mais velhos e podem tentar apoiar um irmo em apuros.

No 2 ano de vida, os mais novos arreliam os mais velhos, culpam-nos e negam a sua responsabilidade no que acontece de mal. As brigas surgem em sequncia das reaces dos pais: se tm um preferido, se so frios, hostis ou punitivos, no do ateno criana, tm uma relao conjugal conflituosa ou lidam de forma inconsistente com os conflitos. O Papel dos No-IrmosApesar da famlia ser o centro da vida social do beb, os bebs, revelam interesse por pessoas fora da famlia, sobretudo da mesma idade que elas.

Aos 12 meses, os bebs prestam mais ateno aos brinquedos do que a outras pessoas. A partir dos 18 meses, o interesse que as crianas revelam por outras vai sendo gradualmente maior.

As crianas pequenas aprendem imitando-se umas s outras e esta imitao ajuda as crianas a relacionar-se com outras crianas.A Creche e o Desenvolvimento Social

Os resultados sobre o efeito da creche no desenvolvimento social so mistos.

Em geral as crianas que passaram muito do seu primeiro ano de vida em creches, tendem a ser to ou mais sociveis, auto-confiantes, persistentes, empreendedoras e mais capazes de resolver problemas do que as crianas que permaneceram em casa.

O elemento mais importante na qualidade da creche a pessoa que presta cuidados criana ou a educadora. O modo como as crianas se relacionam com as figuras que lhes prestam cuidados pode influenciar, fortemente, o seu comportamento com os pares.

Desenvolvimento Psicossocial no Perodo Pr-escolar

No perodo pr-escola, existem diferentes factores essenciais na regulao das competncias interpessoais das crianas.

Auto-conceito

Imagem que temos de ns prprios, aquilo que acreditamos ser. Possui um aspecto social: as crianas incorporam na sua auto-imagem a compreenso crescente da forma como os outros as vem.Emoes

A forma como as crianas compreendem as suas prprias emoes ajuda-as a controlar a forma como mostram os seus sentimentos e a serem sensveis aos sentimentos dos outros.

As emoes dirigidas para o prprio como a vergonha e o orgulho, s se desenvolvem depois das crianas adquirirem o auto-conhecimento. Estas emoes so socialmente derivadas pois dependem a interiorizao dos padres parentais de comportamento.

Auto-estimaA auto-estima pode ser definida como o julgamento que cada um faz do seu prprio valor e est muito dependente contributo dos adultos, ou seja, se estes escutam a criana, lem histrias; arranjam o lanche; consolam-na quando choraQuando a auto-estima elevada, a criana est motivada para realizar. Porm, se a auto-estima for contingente ao sucesso, a criana pode ver o fracasso como um indicador do seu valor pessoal e pode sentir-se incapaz de fazer melhor.A fim de evitar a baixa auto-estima e sentimentos de desamparo, os responsveis pela criana, quer sejam pais, familiares ou professores, devem reforar a criana em vez de criticar, pois a baixa auto-estima provoca insegurana e sentimento de desamparo!

Gnero

Significado de ser do sexo feminino ou masculino e que afecta a aparncia das pessoas, a forma como se mexem, como trabalham, jogam e se vestem, influencia a forma como a pessoa pensa acerca de si e os outros acerca dela.

Jogo

Brincar o trabalho das crianas, pois elas crescem ao brincar. No perodo pr-escolar, as crianas envolvem-se em diferentes tipos de brincadeiras em diferentes idades. A brincar, as crianas: estimulam os sentidos; aprendem a usar os msculos; ganham domnio sobre o corpo; coordenam o que vm com o que fazem; descobrem coisas acerca do mundo e lidam com emoes complexas.

O jogo das crianas pode ser categorizado em jogo social ou jogo cognitivo.

Jogo Social Jogo no qual as crianas interagem com outras crianas.

As crianas, apesar de tudo, tambm necessitam de passar algum tempo ss para se concentrarem nas suas tarefas e, algumas, simplesmente preferem as actividades no sociais s actividades de grupo. necessrio olhar para o que as crianas fazem quando jogam e no apenas se jogam sozinhas ou acompanhadas. Jogo Cognitivo Formas de jogo que revelam o desenvolvimento mental das crianas.

Quando se verifica uma evoluo no jogo, sinal de desenvolvimento cognitivo: i. Jogo repetitivo simples (fazer rolar uma bola)

ii. Jogo de construo (construir uma torre de blocos)

iii. Jogo de faz-de-conta (brincar aos professores)

iv. Jogos formais com regras (jogar macaca)O jogo cognitivo permite:

i. o desenvolvimento de competncias sociaisii. a expresso da criatividadeiii. que a criana coopere mais com outras crianasiv. que a criana seja mais popular e alegre

Prticas Educativas

A disciplina pode ser um poderoso mtodo de socializao: ensina o carcter, auto-controlo e o comportamento aceitvel.Os pais, por vezes, punem as crianas a fim de que estas parem o comportamento indesejvel, mas, actualmente, sabe-se que as crianas aprendem mais se forem reforadas pelos comportamentos adequados.

Os reforos externos podem ser tangveis (doces, dinheiro, brinquedos, estrelinhas) ou intangveis (sorriso, abrao, elogios).

Seja qual for o reforo, a criana deve perceb-lo como compensador e deve receb-lo de uma forma razoavelmente consistente aps mostrar o comportamento desejado. Eventualmente, o comportamento deve fornecer o seu prprio reforo interno: sensao de prazer ou de dever cumprido.

Infelizmente, o bater muito comum. Ironicamente, o bater estimula o comportamento agressivo. Para alm do risco de magoar a criana, a punio severa pode encorajar as crianas a imitar a pessoa que pune e considerar a violncia como uma resposta eficaz aos problemas. Por outro lado, as crianas podem tornar-se passivas porque se sentem impotentes. Elas podem assustar-se se os pais perdem o controlo e gritam, berram, ameaam ou lhes batem. Apesar dos efeitos negativos, por vezes necessrio aplicar uma punio. Os seguintes factores influenciam a eficcia da utilizao da punio:

Momento temporal: quanto mais curto o intervalo de tempo entre o comportamento inadequado e a punio, mais eficaz esta. Explicao: a punio mais eficaz quando acompanhada de uma explicao simples e curta Consistncia: quanto mais consistentemente a criana punida pelo mesmo comportamento inadequado, mais eficaz ser a punio. Pessoa que pune: quanto melhor for a relao entre o adulto que pune a criana, mais eficaz a punio.Podemos identificar, ainda dentro das prticas parentais, 3 estilos parentais:

Pais Autoritrios: Estilo que d muita importncia ao controlo e obedincia, engloba pais desligados, menos calorosos que influenciam filhos mais descontentes, inibidos e desconfiados. Pais Permissivos: Pais que valorizam a auto-expresso e auto-regulao caracterizam-se tambm por serem pouco exigentes, consultam as crianas acerca das decises a tomar e raramente punem. So pais calorosos, no-controladores, no-exigentes que educam filhos imaturos. Pais com Autoridade Democrtica: Respeitam a individualidade da criana mas sublinham os valores sociais. So pais afectuosos, consistentes, exigentes, firmes, punem de forma sensata e explicam o porqu das regras. Os seus filhos so seguros, porque se sentem amados e sabem o que se espera deles, so exploradores e felizes.Referncias Bibliogrficas Dicionrio Universal Lngua Portuguesa. Nova Edio revista e actualizada (2000). Lisboa: Texto Editora Papalia, D., Olds, Sally & Feldman, R.: O Mundo da Criana 8 edio (2001). Lisboa: McGraw-Hill.

Post, J. % Hohmann, M.: Educao de Bebs em Infantrios: cuidados e primeiras aprendizagens 3 edio (2000). Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian. Sroufe, L., Cooper, R. & DeHart, G.: Child Development, its nature and course 3rd edition (1998). New Baskerville: McGraw-Hill.

Sentimentos subjectivos, tais como tristeza, alegria e medo, os quais emergem em resposta a situaes e experincias e so expressos atravs de uma alterao no comportamento.

Disposio, caracterstica da pessoa ou estilo de abordagem e reaco a pessoas e situaes.