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Edição Nº. 8, Vol. 1, jan./dez. 2018. Inserida em: http://www.uel.br/revistas/lenpes-pibid/
TÍTULO: MOVIMENTOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES: MOVIMENTO OPERÁRIO
AUTORA: MAYARA MORELATO CONTATO: [email protected]
OBJETIVO GERAL: O objetivo dessa aula é fazer com que os alunos compreendam, a
partir da concepção marxista de movimento social, o surgimento e as reivindicações dos
movimentos operários, a fim de perceberem, ao longo das três horas/aula, os diferentes
processos históricos e sociais de mobilização da classe trabalhadora e suas
reivindicações enquanto classe social.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
OBJETIVO ESPECÍFICO DA PRIMEIRA AULA (DE 50M):
a) Demonstrar, com teorias sociológicas, como surgiram as ações da classe trabalhadora
enquanto reivindicações e como tais mobilizações tem relação com a incapacidade do
Estado Liberal em assegurar os direitos aos trabalhadores, dando condições, por meio
da aula, dos alunos analisarem as condições de vida e de trabalho da classe operária
nos séculos XVIII, XIX e início do XX, para compreenderema importância das
reivindicações do movimento.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SEGUNDA/TERCEIRA AULAS (1h40):
b) Apresentar o contexto social e político do Brasil para que os alunos consigam
identificar a importância que o movimento operário tem na consolidação de direitos
trabalhistas.
c) Possibilitar maneiras dos estudantes compreenderem “as diversas possibilidades de
se entender a cidadania”, “o contexto histórico do surgimento dos diversos
movimentos sociais em suas especificidades”, assim como a “organização do trabalho
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nas sociedades capitalistas e suas contradições”, focando exemplos do caso
brasileiro, a fim de que compreendam que “as desigualdades sociais são
historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”, variam conforme a articulação
e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política”;
(DCE-Sociologia, 2008, p. 109).
d) A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento
para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a
construção coletiva dos novos saberes. À Sociologia, a pesquisa de campo, quando
viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria
estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da
realidade social do aluno.
1. PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO:
1.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS A SEREM TRABALHADOS DURANTE A AULA:
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA PRIMEIRA AULA:
a) Elementos constitutivos de um movimento social: projeto, ideologia, organização,
etc;
b) Surgimento da classe operária na Europa;
c) Mobilização da classe operária (Movimento Social Tradicional);
d) Movimentos históricos (Cartista, Ludista, Sindicalismo, Anarco-sindicalismo).
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA SEGUNDA AULA/TERCEIRA AULAS:
a) Emergência do movimento operário brasileiro;
b) Relações entre Movimento Operário e a Reforma Trabalhista no Brasil.
1.2 VIVÊNCIA COTIDIANA DOS ALUNOS: O QUE OS ALUNOS JÁ SABEM SOBRE O CONTEÚDO?
ATIVIDADE DE INTRODUÇÃO (DE PRÁTICA SOCIAL INICIAL) DA PRIMEIRA AULA:
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Edição Nº. 8, Vol. 1, jan./dez. 2018. Inserida em: http://www.uel.br/revistas/lenpes-pibid/
Perguntarei o que compreendem pelo conceito/ definição de Movimentos sociais.
Estimularei que vários alunos falem. Anotarei as palavras principais ditas por eles no
quadro de giz. Depois, valorizando as palavras que eles disseram, direi a eles que
movimentos sociais são “mobilizações coletivas, organizadas e contínuas que se
estruturam em torno de demandas por mudança de algum aspecto da estrutura social”.
(TEMPOS MODERNOS TEMPOS DE SOCIOLOGIA, 2013, p. 367). Direi também que
segundo o DCE-Sociologia, 2008, p. 90:
Os movimentos sociais são práticas civis de confronto que desempenham o papel de criar, reformar, manter ou resgatar políticas públicas, provocando impacto no desenvolvimento das coletividades onde ocorrem. Resultados dessas práticas são os rearranjos que os detentores do poder político e econômico têm de fazer para atender as reivindicações desses movimentos.
Perguntarei depois aos alunos: Se os movimentos sociais estavam buscando
mudanças na realidade social após a Revolução Industrial na Inglaterra, o que os
trabalhadores estavam reivindicando enquanto classe? Mais uma vez, estimularei que
vários alunos falem. Anotarei as palavras principais ditas por eles no quadro de giz, para
utilizá-las depois nas minhas explicações sobre os conteúdos.
Entregarei a charge impressa aos alunos. A proposta é que os alunos possam
exercitar sua imaginação sociológica e relacionem a crítica apresentada pela charge de
Vilmar Rodrigues (1984) com uma base teórica em Marx e as condições sociais em que
os trabalhadores ingleses estavam inseridos durante e após a Revolução Industrial na
Europa.
FONTE: NOVAES, Carlos Eduardo. RODRIGUES, Vilmar.Capitalismo para principiantes. São Paulo: Editora Ática. n° 86, 6° edição, 1984. (Coleção de Autores Brasileiros)
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Como na primeira aula que ministrarei, vamos estudar o surgimento das
mobilizações da classe trabalhadora na Europa e problematizar suas demandas por
mudanças sociais.
Quando aguardar os alunos analisarem individualmente a charge, perguntarei
oralmente aos estudantes:
a) Quais elementos críticos podemos destacar na charge?
b) Por que aconteceram mobilizações de classes trabalhadoras?
c) Em que contexto este trabalhador estava inserido?
ATIVIDADE DE INTRODUÇÃO (DE PRÁTICA SOCIAL INICIAL) DA SEGUNDA/TERCEIRA AULAS:
Entregarei a charge abaixo, numa folha impressa, para cada um dos alunos.
Pedirei que eles analisem a imagem.
FONTE: Pataxó Cartoons, publicado 16 de novembro de 2016.
Enquanto analisam a charge, farei perguntas orais:
a) O que a charge retrata da atual conjuntura brasileira?
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b) Têm ocorrido mobilizações de classes trabalhadoras no Brasil? Como elas se
fazem?
c) O que sabem sobre as greves no Brasil?
d) O que são sindicatos?
e) Quais as principais e atuais reivindicações das Frentes Sindicais no Brasil?
2. PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DISCUSSÕES SOBRE OS PROBLEMAS MAIS SIGNIFICATIVOS:
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DETALHADA DA PRIMEIRA AULA
Perguntarei para a turma: Por que o proletariado estava descontente na Europa do
século XVIII e XIX? Primeiro ouvirei os alunos. Anotarei as palavras principais ditas por
eles no quadro de giz. Depois, valorizando as palavras que eles disseram, explicarei
outras causas: baixos salários; extensa carga horária de trabalho; exploração da mão de
obra infantil; péssimas condições de salubridade e segurança. Do mesmo modo,
procederei com as demais questões dirigidas aos estudantes: Como foi o
desenvolvimento das mobilizações dos trabalhadores? Qual foi a importância dos
pensadores para a mobilização da classe operária? Qual a relevância dos movimentos
operários para a consolidação de direitos trabalhistas?
Antes de explicar quem foi Karl Marx, F.Engels, suas principais obras e o que eles
disseram sobre todas as perguntas acima, farei a exposição oral da conceituação sobre
os seguintes fenômenos sociais introdutórios do Movimento Operário.
SÉCULO XIX:
• MOVIMENTO LUDISTA (aqui explicarei que os operários ingleses,
entre os anos de 1811 e 1812, se revoltaram com a situação exploratório que
viviam, e atribuíram a culpa às maquinas. O movimento promovia a destruição das
máquinas)
• MOVIMENTO CARTISTA (aqui explicarei que em 1830 foi criada uma
Associação de Operários na Inglaterra e este movimento possibilitou a luta dos
trabalhadores por melhores condições de vida. O Movimento Cartista tem essa
denominação, pois resultou em uma Carta (manifesto) dos operários.
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• SINDICALISMO (explicarei aos alunos que o surgimento do sindicato
possibilitou a organização das demandas dos trabalhadores)
Depois, direi a eles que Karl Marx e Friedrich Engels foram os percursores do
socialismo científico. Em 1848 lançam a obra “Manifesto do Partido Comunista” (mostrarei
o livro para os alunos manusearem). Falarei que dentre tantas outras obras, esta reflete a
mobilização dos trabalhadores, principalmente na Europa (países industrializados).
Sobre a luta de classes, direi aos alunos que os conflitos decorrentes da
superexploração da mão de obra operária com a emergência do capitalismo industrial são
frutos da incapacidade do Estado em atender demandas básicas da população por
melhores condições de trabalho.
Explicarei a eles que “o pensador alemão Karl Marx foi o primeiro a problematizar
sociologicamente a mobilização da classe trabalhadora. Falarei que para Marx:
[...] as sociedades capitalistas têm uma estrutura própria. Nela, a posição ocupada por indivíduos e grupos resulta de sua forma de inserção nas relações de produção como detentores dos meios materiais e não-materiais de produção. Assim, as classes sociais fundamentais compõem a estrutura de classes, leia-se, uma estrutura de relações. Essas relações entre as classes são antagônicas, desiguais e complementares e caracterizam uma luta entre elas: o trabalhador busca o salário para uma vida melhor e o empresário aufere lucro, ao explorar o trabalhador. (DCE-Sociologia, 2008, p. 81).
EXPLICAÇÃO TEÓRICA DETALHADA DE SEGUNDA E TERCEIRA AULA:
MOVIMENTO OPERÁRIO BRASILEIRO (TEMA CENTRAL):
INDUSTRIALIZAÇÃO INCIPIENTE (sobre isso explicarei aos alunos que o Brasil teve
uma industrialização tardia – principalmente comparada com países europeus).
CONTEXTO DE SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS MOBILIZAÇÕES:Chegada dos
imigrantes europeus (sobre isso direi que parte da mão de obra das indústrias brasileiras
do início do século XX era composta por imigrantes europeus, principalmente italianos;
esses imigrantes trouxeram consigo ideais de organização da classe operária/
sindicalismo e anarco-sindicalismo).
A GREVE GERAL 1917 em São Paulo e Rio de Janeiro:
• Classe operária contra: jornada de trabalho de até 16h; exploração da mão de obra
infantil e feminina; baixos salários e insalubridade; e ausência de legislação
trabalhista.
• Fundação de ligas operárias e associações beneficentes;
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• Influência Anarquista na mobilização da greve;
• Forte repressão ao movimento operário (caso de polícia);
• Fundação de ligas operárias e associações beneficentes;
• Nova influência: vitória Bolchevique na Revolução Russa (1917).
CRESCENTE ORGANIZAÇÃO DOS SINDICATOS:
Sobre isso direi aos alunos que com a crescente industrialização, a partir da
década de 1920 e a forte influência do pensamento anarquista e comunista:
• Criação do PCB (Partido Comunista Brasileiro) 1922 e do BOC (Bloco Operário
Camponês) em 1924
DÉCADA DE 1930: VARGAS NO PODER
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT): Trabalhadores urbanos obtiveram
avanços nas questões trabalhistas (regulamentação da jornada de trabalho; férias e
benefícios sociais; regulamentação dos sindicatos).
Perguntarei depois aos estudantes:
a) A consolidação de leis trabalhistas da década de 1930 acabou com os problemas
enfrentados pela classe trabalhadora no Brasil?
b) Quais os problemas que continuaram sendo enfrentados pelos trabalhadores?
NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR (1964-1985): Sobre isso explicarei que nesse
período surgiram os movimentos de contestação do Regime, bem como uma intensa
industrialização do país. Destaque para o Movimento dos Metalúrgicos do ABC Paulista:
• Intensa mobilização das classes trabalhadoras.
• Participação no processo de redemocratização do Brasil 12 DE MAIO DE 1978:
GREVE
• Mobilização dos metalúrgicos em fábrica no ABC Paulista
• Novo ciclo de mobilização sindical espalhou-se por todo o país
• PT (Partido dos Trabalhadores) 1979
• CUT (Central Única dos Trabalhadores) 1983
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2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO A SEREM TRABALHADAS NAS TRÊS AULAS:
DIMENSÃO HISTÓRICA: como nasceram as reivindicações e processos históricos de
mobilização da classe trabalhadora?
DIMENSÃO SOCIOLÓGICA: como surgiu e como se dá ainda hoje no Brasil a formação
e mobilização da classe trabalhadora enquanto movimento operário?
DIMENSÃO POLÍTICA: explicar as características da luta política da classe trabalhadora,
enquanto movimento social, que reivindica direitos sociais por meio de greves, protestos e
sindicatos.
3. INSTRUMENTALIZAÇÃO
3.1 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS:
PRIMEIRA AULA:
a) Exibição de trechos do filme Tempos Modernos (1936)
b) Questões; debates; discussões
c) Explicações dos conteúdos
d) Fechamento da primeira aula com a retomada dos principais temas estudados
(condições de trabalho no século XIX; reinvindicações dos trabalhadores;
Movimento Ludista e Cartista; surgimento dos sindicatos; luta de classes)
SEGUNDA/TERCEIRA AULA:
a) Exposição oral, retomando o conteúdo da aula anterior, usando a charge de Pataxó
Cartoons.
b) Valorizando as falas dos alunos e os conceitos já explicados na aula anterior, fazer
as reflexões sociológicas com eles sobre a mobilização dos trabalhadores no Brasil
atualmente.
c) Explicar da proposta de avaliação dissertativa, que será concluída pelos alunos em
casa.
3.2 RECURSOS PEDAGÓGICOS NECESSÁRIOS PARA A AULA:Uso do quadro de giz,
TV pen-drive e entrega de texto didático.
4. CATARSE
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4.1 SÍNTESE E EXPRESSÃO DA SÍNTESE:
SÍNTESE DA PRIMEIRA AULA: Para o final da primeira aula, queremos que os
estudantes tenham compreendido o contexto social e político em que surgiram os
movimentos operários na Europa. Desejo também que os estudantes tenham
compreendido que as ações de um movimento social são geradas por um grupo coletivo
da sociedade organizado em demandas específicas, por meio de ações articuladas, de
um projeto e de uma proposta ideológica.
EXPRESSÃO DA SÍNTESE PARA FINAL DA PRIMEIRA AULA: Para perceber se
apreenderam o que expliquei nesta primeira aula, farei perguntas orais dirigidas para a
turma. Conforme o tempo disponibilizado anotarei as respostas dos alunos no quadro.
a) O que são movimentos sociais?
b) Por quais razões lutavam os movimentos operários na Europa do final do século
XVIII e século XIX?
c) O que foi o Movimento Ludista?
d) O que foi o Movimento Cartista?
e) Como se formaram os primeiros Sindicatos?
f) O que disseram Marx e Engels sobre os conflitos entre as classes: burguesia e
proletariado na Europa?
SÍNTESE DA SEGUNDA/TERCEIRA AULAS: Para o final da segunda e terceira aulas,
queroque o aluno seja capaz de compreender que as desigualdades sociais, e
principalmente, os problemas de desemprego, superexploração do trabalho e exclusão
social não são fatos naturais da sociedade, mas resultados da organização do sistema
capitalista. Quero que percebam também que os movimentos sociais são forças de
manifestação e organização, com o intuito de atender as demandas de classe, geradas
pela ausência/omissão do Estado burguês em questões relativas às necessidades dos
trabalhadores.
EXPRESSÃO DA SÍNTESE PARA FINAL DA SEGUNDA/TERCEIRA AULAS: Sobre os
Movimentos Operários no Brasil e tomando como referência as explicações das três
aulas, levarei a letra da música impressa para os alunos e solicitarei aos alunos que
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acompanhem a letra junto com a audição da música. Em seguida em sala de aula
debateremos a letra da música Proletário– Garotos Podres (1988), onde o aluno deverá
relacionar a letra da canção com ideias e lutas do movimento operário.Anotarei as
principais referências ditas pelos alunos no quadro. (a intenção é de que eles entendam
um pouco do movimento operário, suas vertentes, reinvindicações e contexto histórico da
década de 1980 com essa letra).
PROLETÁRIO: GAROTOS PODRES (1988) Proletários Já não acreditamos Em nenhuma teoria Falsas verdades Da elite minoria Arreiem todas bandeiras Destruam todas as fronteiras Todo proletário Se libertar Do Estado Proletário (refrão) Deixemos os generais Sem seus exércitos Os patrões sem empregados Os demagogos sem nossos votos Os exploradores Sem explorados Proletário Proletários De todo mundo Sobre as ruínas Da hipocrisia Marchem ombro a ombro De cabeças erguidas
Proletário
FONTE: Letra disponível em: http://letras.terra.com.br/garotos-podres/74036/ Composição: Maú / Ciro Gravação: Garotos Podres. Disco: Pior que antes (capa abaixo) Editora: GEL / Continental Ano: 1988
ANEXO: AVALIAÇÃO
PARA CASA - EXERCÍCIO PARA FINAL DA SEGUNDA/TERCEIRA AULAS: VALENDO NOTA
Escreva um texto dissertativo, tomando como referência as explicações das três aulas, os trechos dos autores que constam nesta folha e a charge de Laerte. Na sua redação deverá aparecer a explicação dos conceitos de luta de classes e de movimento operário.
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(TEXTO 01) O Advento do capitalismo e a Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformaram as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar. Muitos operários mudaram-se para a área urbana onde se concentrava os polos industriais e cumpriam jornadas de 12 a 15 horas, na maioria das vezes em condições insalubres. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias só ocorreu no início do século XX em alguns países.
(TEXTO 02) “O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança; a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.” (Fonte: HOBSBAWM, E. J. A Era das Revoluções.São Paulo: Paz e Terra, 1977).
(TEXTO 03)“Já é tempo de os comunistas exporem abertamente perante o mundo todo sua maneira de pensar, os seus objetivos, as suas tendências, e de contraporem ao conto da carochinha sobre o espectro do comunismo um manifesto do próprio partido. [...]. Os comunistas recusam-se a dissimular suas visões e suas intenções. Declaram abertamente que os seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda ordem social vigente até aqui. Que tremam as classes dominantes em face de uma revolução comunista. Nela os proletários nada têm a perder senão as suas cadeias. Eles têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos!” (Karl Marx e Friedrich Engels. Manifesto do Partido Comunista (1848). Porto Alegre: Editora L&PM, 2011).
Fonte: Laerte, Folha de São Paulo, 02 de julho de 2012.
4.2 PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO:
Por meio dessas três aulas, queremos que os estudantes compreendam os ideais
e lutas dos movimentos sociais dos trabalhadores, para que quando tiverem acesso às
reportagens na TV, na Internet ou em outros meios de comunicação a respeito de
manifestações, reinvindicações, greves e reformas na legislação o aluno possa entender
o debate e também perceber que os problemas de exclusão social, desemprego,
desigualdade na sociedade brasileira não são algo dado ou natural, mas processos e
determinações sociais, econômicas e políticas e que podem ser alteradas pelas forças
sociais organizadas. (DCE-Sociologia, 2008, p.82).
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Outra intenção para o final dessas três aulas: Gostaríamos que os estudantes
consigam analisar mais criticamente o que está acontecendo no Brasil nas discussões
sobre a Reforma Trabalhista. Objetivamos que eles consigam perceber as mudanças
propostas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que se apresentam, neste
momento, no Projeto de Lei (PL) 6.787/16, tomando por base os conteúdos
problematizados nessas três aulas sobre os movimentos dos trabalhadores no país.
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, Silvia Maria; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, BenildeLenzi. Sociologia. São Paulo: Editora Scipione, 2014. ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista (1848). Porto Alegre: Editora L&PM, 2011. Garotos Podres. “Proletário”. Por: Mau, Ciro. Pior que antes. Gel/Continental, 1988. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 4. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. GASPARIN, João Luiz; PETENUCCI, Maria Cristina. Pedagogia Histórico Crítica: Da Teoria À Prática No Contexto Escolar. Disponível em: <http:// www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2289-8.pdf> Acesso em 26/05/2017. NOVAES, Carlos Eduardo. RODRIGUES, Vilmar. Capitalismo para principiantes. São Paulo: Editora Ática. n° 86, 6° edição, 1984. (Coleção de Autores Brasileiros) Pataxó Cartoons, publicado 16 de novembro de 2016.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. 6. ed. Campinas-SP: Autores Associados, 1997. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Paraná, 2008.