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MÍN: 16°C MÁX: 27°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metrogv GRANDE VITÓRIA Terça-feira, 1º de abril de 2014 Edição nº 03, ano 01 A 3ª Ponte está paga. Quem diz é a Rodosol... Manutenção. Em entrevista ao Metro, o diretor-presidente da concessionária, Geraldo Dadalto, afirma que a tarifa do pedágio serve hoje para os investimentos na Rodovia do Sol e manutenção nas vias. “A ponte já está paga, sim” PÁG. 04 ‘SE QUER MUDAR, NÃO PODE SEGUIR FAZENDO A MESMA COISA’ JOSÉ ‘PEPE’ MUJICA, PRESIDENTE DO URUGUAI, EM ENTREVISTA AO CANAL LIVRE, DA BAND PÁG. 8 ATACANTE ARGENTINO ABRE SÉRIE DO METRO QUE TRAZ O PERFIL DAS ESTRELAS DO MUNDIAL. O CRAQUE DO BARCELONA JÁ GANHOU QUASE TUDO. SÓ FALTA A COPA PÁG. 14 E 15 SERÁ QUE MESSI VAI AMARELAR? GRANDES CRAQUES METRO A estudante, que lê em média sete livros por mês, coloca no Youtube os vídeos sobre as obras| CHICO GUEDES / METRO GV LEITURAS COMPARTILHADAS Maria Júlia Tebaldi usa a internet para divulgar o resumo dos muitos livros que lê PÁG. 03 GOLPE DE 64 GOVERNO FEDERAL PEDE DESCULPAS PÁG. 05 GREVE NO ESTADO PARALISAÇÃO AFETA SERVIÇO NO DETRAN PÁG. 02 ACONTECE VIVIANE ANSELMÉ ESTREIA HOJE SUA COLUNA SOCIAL NO METRO PÁG. 11 RECICLE A INFORMAÇÃO: NÃO JOGUE ESTA PUBLICAÇÃO NAS VIAS PÚBLICAS. PASSE ESSE JORNAL PARA OUTRO LEITOR.

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GRANDE VITÓRIA Terça-feira,1º de abril de 2014Edição nº 03, ano 01sunny

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A 3ª Ponte está paga. Quem diz é a Rodosol...Manutenção. Em entrevista ao Metro, o diretor-presidenteda concessionária, Geraldo Dadalto, afirma que a tarifa do pedágio serve hoje para os investimentos na Rodovia do Sol e manutenção nas vias. “A ponte já está paga, sim” PÁG. 04

‘SE QUER MUDAR, NÃO PODE SEGUIR FAZENDO A MESMA COISA’

JOSÉ ‘PEPE’ MUJICA, PRESIDENTE DO URUGUAI, EM ENTREVISTA AO CANAL LIVRE, DA BAND PÁG. 8

ATACANTE ARGENTINO ABRE SÉRIE DO METROQUE TRAZ O PERFIL DAS ESTRELAS DO MUNDIAL. O CRAQUE DO BARCELONA JÁ GANHOU QUASE TUDO. SÓ FALTA A COPA PÁG. 14 E 15

SERÁ QUE MESSIVAI AMARELAR?

GRANDES CRAQUES METRO

A estudante, que lê em média sete livros por mês, coloca no Youtube os vídeos sobre as obras| CHICO GUEDES / METRO GV

LEITURAS COMPARTILHADAS Maria Júlia Tebaldi usa a internet para divulgar o resumo dos muitos livros que lê PÁG. 03

GOLPE DE 64GOVERNO FEDERALPEDE DESCULPAS PÁG. 05

GREVE NO ESTADOPARALISAÇÃO AFETA SERVIÇO NO DETRAN PÁG. 02

ACONTECE VIVIANE ANSELMÉ ESTREIA HOJESUA COLUNA SOCIAL NOMETRO PÁG. 11

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

Humor com Metro As placas bem-humoradas de Vanoel Martins, o Vanoel do Coco, fazem sucesso na Praia da Costa, Vila Velha. E, neste fim de semana, ele anunciou a chegada do Metro. | DIVULGAÇÃO

Dentistas que trabalham na rede municipal da Serra pro-testaram na tarde de ontem. Em frente à prefeitura, em Serra-Sede, membros do Sino-donto (Sindicato dos Odonto-logistas do Espírito Santo) pe-diram, em nome da categoria, gratificações que atualmente só são dadas aos médicos.

A presidente do Sinodon-to-ES, Elizabeth Rezende, ex-plica que não pode aceitar diferenças entre esses dois grupos da saúde. “Queremos que ser tratados da mesma maneira”, destaca.

A paralisação continua até a próxima segunda-feira, quando haverá reunião para negociações com o prefeito Audifax Barcelos. METRO GV

Serra. Dentistas também param

Quem precisa dos serviços do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) deve fi-car atento: os serviços no ór-gão estão prejudicados em função da greve de servido-res estaduais, que começou ontem. A paralisação afeta todas as secretarias e mais de 25 autarquias do gover-no, segundo o Sindipúblicos (Sindicato dos Trabalhado-res e Servidores Públicos do Espírito Santo).

O microempresário Jorge Carvalho, 51 anos, foi até a Ciretran de Laranjeiras, na Serra, ontem à tarde, para retirar sua carteira de ha-bilitação e não conseguiu. “Tive minha CNH suspensa e passei pelas aulas de reci-clagem. Vim dar sequência ao processo, mas pelo jei-to não será hoje”, contou o microempresário.

O presidente do sindica-

to, Gerson de Jesus, expli-ca que a categoria reivindi-ca mais qualidade do serviço público no Estado e melhores condições de trabalho para os servidores.

“Queremos o reajuste no auxílio-alimentação que não acontece desde 1997, além da reposição das perdas salariais e fixação da data base em mês específico e regulamen-tação do adicional de insalu-bridade e do auxílio-creche”, conta Gerson de Jesus.

Durante a reunião de on-tem à tarde, não houve ne-gociações, e o movimento continua por termpo inde-terminado. A Secretaria Es-tadual de Recursos Humanos afirmou que as reivindica-ções estão sendo avaliadas.

Greve. Paralisação de funcionários estaduais começou ontem e atinge todas as secretarias do governo e 25 autarquias

Jorge Carvalho foi até a Ciretran de Laranjeiras, Serra, mas não conseguiu retirar nova habilitação | CHICO GUEDES/METRO GV

Serviços no Detran sem data para voltar

Cidade terá centro de triagem de lixo Vila Velha vai ter seu primeiro Centro de Triagem de Resíduos Recicláveis, onde as as-sociações de catado-res poderão trabalhar. Atualmente, o municí-pio recolhe, em média, 24 toneladas mensais de resíduos recicláveis. Hoje, esse material é encaminhado à Associa-ção de Catadores de Ma-teriais Recicláveis de Vila Velha, conhecida como Revive. O centro de reciclagem vai cus-tar R$ 1 milhão, inves-tido pelo governo fede-ral. O novo espaço será construído numa área de 1.900 metros quadra-dos, no Polo Empresa-rial de Vila Velha, em Novo México. METRO

Sem motorista, carreta destrói carros e casas Uma carreta desgovernada causou susto e destruição, ontem à tarde, no bairro São Domingos, Serra. O motorista havia acabado de estacionar o veículo e saltar quando a carreta desceu e tombou sobre um carro, perto do viaduto de Serra-Sede. A carreta bateu em outro automóvel, destruiu o muro de um imóvel e outra residência. Apesar dos prejuízos e da correria, não houve vítimas. O teto da casa atingida chegou a desabar sobre um berço. Por sorte, o bebê não estava no local. METRO GV

Serra Vila Velha

VINICIUS ARRUDAMETRO GRANDE VITÓRIA

Eleições

MP quer investigarO procurador-geral da

República, Rodrigo Janot, entrou ontem com um

recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) contra

a regra da Justiça Eleitoral que restringe

a atuação do Ministério Público nas eleições. Pela norma do TSE (Tribunal

Superior Eleitoral), os procuradores só

poderiam abrir inquéritos com autorização de um juiz eleitoral. “A Justiça

se transformaria em cartório”, argumentou.

Dólar +0,44%

(R$ 2,26)

Bovespa +1,30% (50.415 pts)

Euro +0,27%

(R$ 3,11)

Selic (10,75% a.a.)

Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

O jornal Metro circula em 24 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 510 mil exemplares diários.

Endereço da Redação: Avenida Presidente Costa e Silva, 60, Bairro República, CEP 29070-150, Vitória (ES)O jornal Metro é impresso na Gráfica Metro

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo Adamo. Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Grande Vitória. Editora-Executiva: Zainer Silva. Editora: Luciana Raymundo. Coordenadora Comercial: Scheila Ramos. Sá Comunicação. Presidente: Waltinho Cavalcante. Diretor-geral: Antonio Carlos Lima. Diretor de Jornalismo: Antonio Carlos Leite.

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/2124-3426

COMERCIAL: 027/3334-1749

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Quem se acostumou com a rapidez no serviço das chama-das de táxis graças aos apli-cativos de celulares pode ter que esperar mais para ser atendido em Vitória. Com as novas regras que a prefeitu-ra propõe em uma nova por-taria que deve ser divulgada hoje no Diário Oficial, só ta-xistas cadastrados na capital poderão atender a passagei-ros da cidade.

O diretor e fundador da Easy Táxi, Tallis Gomes, afir-ma que a decisão vai prejudi-car o passageiro. Ele destaca, no entanto, que é favorável à fiscalização sobre a atuação ilegal de motoristas que tra-balham fora da área em que são cadastrados.

“Faremos o que for preci-so para nos adequar às novas normas. Mas essa decisão vai prejudicar o passageiro, afi-nal, o número de taxistas

disponíveis nas ruas de Vi-tória vai cair”, conta o ideali-zador do aplicativo. A prefei-tura, no entanto, anunciou mais de 100 placas de táxi até o fim do ano.

Quanto à obrigatorieda-de dos táxis possuírem má-quinas de cartões de crédito e débito, impressoras para re-cibos e smartphones para re-ceber chamados, o presiden-

te do Sindicato dos Taxistas, Evanildo Moreira, confirmou que entrará com ação contra a prefeitura. “Vou procurar a Delegacia do Consumidor, a Fazenda Pública e até o Minis-tério Público. É inconstitucio-nal obrigar o motorista a se enquadrar a essas normas.”

Em nota oficial, a Secreta-ria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Ur-

bana informa que já recebeu o Sindicato dos Taxistas nesta gestão. No entanto, não há re-gistro de nova solicitação de encontro para esta semana.

ReajusteAnunciada com exclusividade pelo Metro Jornal, a reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito que discutirá a nova tarifa para os táxis acontece hoje, às 14h.

Sem reajustes há três anos, o sindicato espe-ra por um aumento de pe-lo menos 20% nos atuais valores cobrados, Hoje, o valor da bandeirada custa R$ 3,50; a hora parada, R$ 17,24; o quilômetro rodado da bandeira 1, R$ 2,15; e o da bandeira 2, R$ 2,58.

Mal necessário? Com novas regras, que impedem atuação de motoristas de outros na capital, espera de passageiros será maior, afirma fundador de aplicativo Easy Táxi

Táxi vai demorar mais em Vitória

Confira algumas das normas da nova portaria sobre táxi. As medidas passam a vigorar dentro de 60 dias.

• Pagamento. O taxista deverá receber cartões e ter uma impressora para imprimir os recibos da corrida

• Smartphones. Será um por carro, para que o táxista receba os chamados via celular

• Aplicativos. Empresas cadastradas terão autorização para oferecer o serviço, e só táxis da capital atenderão a passageiros da cidade

Novas regras

Mata da Praia pede mais polícia e delegacia na regiãoA comunidade da Mata da Praia, em Vitória, quer mais ação da segurança públi-ca na região e sugere até a transferência da Delega-cia de Polícia Civil de Goia-beiras, bairro vizinho, para o local. No final da madru-gada de domingo, o poli-cial rodoviário federal João Miguel do Sacramento, 45

anos, foi encontrado morto a tiros dentro de um carro, na Rua José Pinto da Silva.

O presidente do Conse-lho Interativo de Segurança da Mata da Praia, João Felí-cio Scardua, pede a presen-ça mais efetiva das polícias Civil e Militar no bairro. “Temos pontos de prosti-tuição e também de craco-

lândia aqui. Precisamos de mais policiamento. A prefei-tura já disse que serão insta-ladas oito câmeras aqui, até o final de abril. O número é insuficiente, mas já é um começo”, disse.

O chefe da Polícia Civil, delegado Joel Lyrio, informa que não recebeu nenhum pedido oficial a respeito da

transferência da Delegacia de Goiabeiras.

Sobre o caso do assassi-nato do policial rodoviário, um suspeito foi preso horas depois. Jhon Wenner Reco Alves de Araújo não confes-sou o crime. O travesti afir-ma que o homicídio foi pra-ticado por três homens que abordaram a vítima. METRO

Destaques do carnaval de Vi-tória serão premiados, nes-te sábado, durante a festa do 26° Tamborim de Ouro. O troféu será entregue a partir das 22h, na casa de eventos Matrix Music Hall, em Cam-po Grande, Cariacica.

Na ocasião, vão se apre-sentar Cassiane Pérola Ne-gra (filha de Jovelina), o gru-po de samba raiz Tem Nego, intérpretes e baterias de di-versas escolas de samba do

Carnaval de Vitória.    Os organizadores do prê-

mio, Waldyr Ramos e Anil-son Ferreira, explicam que os nomes dos eleitos foram escolhidos por meio de vo-tação durante o desfile, no próprio Sambão do Povo.

Foram várias as catego-rias, entre elas ala de baia-nas, passistas, carnavalesco, intérpretes, Velha Guarda e personalidade do carnaval, entre outros. METRO

Carnaval. Tamborim de Ouro premia destaques

A Defensoria Pública Esta-dual quer impedir que a pre-feitura de Vila Velha contrate professores em regime de de-signação temporária, os cha-mados DTs.

Para isso, defensores en-traram com uma ação, exi-gindo a nomeação e a pos-se dos candidatos que foram aprovados em concurso e constam no cadastro de reserva.

A Defensoria também pe-

de à Justiça que o município não renove nem prorrogue as contratações temporárias para cargos oferecidos no edi-tal enquanto existirem candi-datos aprovados em cadastro de reserva. E que só contra-te professores para o qua-dro permanente por meio de concurso público.

A prefeitura informou que ainda não foi notificada sobre o caso e não comentou o assunto. METRO

Educação. Ação para evitar DTs em Vila Velha

“O canal me ajudou a compartilhar as histórias que eu leio e a receber outras dicas de livros. Ler é um prazer” MARIA JÚLIA TEBALDI, 16, ESTUDANTE

Apaixonada pelos livros desde criança, mas caren-te de amigos para com-partilhar suas leituras, a estudante da rede públi-ca Maria Júlia Tebaldi, 16 anos, decidiu criar um ca-nal de vídeos no Youtube para postar dicas de leitura e trocar informações com outros leitores e, em menos de um ano, já recebeu mais de 20 mil visualizações. Até jovens escritores de outros Estados já se corresponde-ram com ela.

Maria Júlia cursa o 2º ano do ensino médio na escola estadual Aristóbu-lo Barbosa Leão, na Serra, e conta que sempre adorou ler. A ideia de criar o canal para compartilhar suas lei-turas surgiu depois de co-nhecer outros vídeos se-melhantes, mas feitos por adultos.

“Sentia falta de conver-sar sobre as histórias que eu lia com adolescentes da minha idade. O canal ser-ve tanto como um diário de leitura quanto uma ajuda para quem deseja conhecer algum livro específico ou receber dicas”, diz.A adolescente conta que lê, em média, sete livros por mês, dos mais variados as-

suntos. Prefere os de fanta-sia e ficção, mas também adora os clássicos. Entre os seus favoritos estão “Orgu-lho e Preconceito”, da es-critora britânica Jane Aus-ten, e “A Marca de uma Lágrima”, do brasileiro Pe-dro Bandeira (este último foi o primeiro livro que Ma-ria Júlia escolheu para ler, na biblioteca da escola, por volta dos 10 anos de idade).

O sucesso do canal é tan-to que Maria Júlia já possui mais de 670 seguidores. Nesse período, já conheceu alguns jovens escritores, que entraram em contato para indicarem seus traba-lhos e compartilhar dicas.

Nos estudos, Maria Jú-lia só tem a ganhar com essa iniciativa. “Como leio muito, não me can-so facilmente na escola, e compreendo as coisas me-lhor”, resume a estudante.

PRISCILLA THOMPSON

Vídeo. Ela faz seguidores na web com dicas de livros

Maria Júlia posta vídeos no Youtube sobre suas leituras | CHICO GUEDES/ METRO GVVINICIUS ARRUDAMETRO GRANDE VITÓRIA

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |04| {FOCO}

A frase preferida de políticos e manifestantes durante os protestos contra a cobrança de pedágio na Terceira Ponte, no ano passado, não é contes-tada pelo principal executivo da empresa responsável pela administração da principal li-gação Vitória-Vila Velha. Mui-to pelo contrário. “A ponte es-tá paga”, diz Geraldo Dadalto, diretor-presidente da Rodo-sol. “O pedágio paga os in-vestimentos na rodovia e em Guarapari e a manutenção e operação nas vias”, esclarece. Em entrevista ao Metro Jor-nal, Dadalto parece estar des-preocupado com as perdas com a recente redução da ta-rifa, determinada pela Justi-ça. Para ele, o contrato prevê a compensação com um pe-dágio mais alto, pela prorro-gação do contrato ou pelo pa-gamento por parte do Estado.

Qual a média diária de carros na Terceira Ponte?Cerca de 75 mil veículos.

Qual a situação atual do trânsito da via?A Terceira Ponte já tem um nível de serviço compro-metido. Isso é visível desde 2004, e não houve nenhu-ma autorização do governo

para se fazer investimento com o objetivo de reduzir os congestionamentos.

Quais são as alternati-vas para diminuir esses congestionamentos?É preciso fazer uma amplia-ção de capacidade. Só fazer a intervenção no sistema de transporte coletivo não vai retirar da Terceira Ponte a quantidade de veículos que dê condições de ter o fluxo sem congestionamento. Em relação à outra ligação en-tre Vitória e Vila Velha, co-mo túnel, por exemplo, pen-so que poderíamos esperar uma ampliação da Terceira Ponte e a implantação do no-vo sistema de transporte co-letivo. Ampliar a ponte deve custar, em média, 15% do va-lor de uma nova ligação.

A implantação da praça do pedágio em Vila Velha é uma solução? Quanto antes for implan-tada, certamente vai con-tribuir para a fluidez. O tempo total de congestiona-mento será reduzido.

A Rodosol contratou a con-sultoria alemã LAP para fa-zer o estudo e o projeto de

ampliação da Terceira Pon-te. Por que ainda não foi colocado em prática?Esses planos foram entre-gues ao governo desde 2011. Dependemos da decisão dele para fazer as intervenções.

Muitas pessoas pergun-tam: a ponte já foi paga?Há um contrato de 1989, de quando a ponte foi termina-da, até 1998. A obra da ponte foi paga durante o vigor des-se contrato, com pedágio. Em 1998, foi feita uma licitação para a concessão do sistema Rodovia do Sol, que englo-ba a Terceira Ponte e a Ro-dovia do Sol. A ponte já está paga, sim. O objetivo da tari-fa, a partir da concessão, não é mais pagar a obra. Quan-do ganhamos a concorrên-cia, houve um depósito de

R$ 11,5 milhões para pagar o restante da dívida do Esta-do em relação à construção. A tarifa cobrada hoje contri-bui para investimento de du-plicação da Rodovia do Sol e para construção do Contorno de Guarapari (estimada em R$ 380 milhões). As tarifas da ponte e da rodovia se com-plementam, pois é uma con-ta só. O pedágio paga os in-vestimentos na rodovia e em Guarapari e a manutenção e a operação nas vias.

Como a Rodosol vê a re-cente redução da tarifa?A Rodosol questionou o va-lor determinado. E veja: a tarifa anterior era prevista e obrigação contratual.

Quem pagará essa conta?As perdas referentes a es-

sa mudança na tarifa, as-sim como as referentes ao não reajustamento de 2008 e 2009, tudo isso terá de ser compensado. O contra-to prevê que o prejuízo po-de ser compensado através da tarifa, da prorrogação de prazo do contrato, por aporte direto de recurso do Estado ou por combinação dessas três possibilidades.

Recentemente houve de-núncias de que a Rodo-sol manipula relatórios de arrecadação.Isso é uma aberração. Em 2004, a empresa Módulo fez auditoria no nosso siste-ma. A partir daí, sugeriu al-terações. Fizemos todas as adequações, aprovadas pela Auditoria Geral do Estado (AGE). Também em 2004, a AGE contratou a Módulo para captar o fluxo de veí-culos de forma independen-te do nosso sistema. E os números foram os mesmos. Não há indício de fraude.

Falando em auditoria, por que houve novo adia-mento para entrega do relatório que começou a ser feito pelo Tribunal do Contas do Estado em ou-

tubro do ano passado? A conclusão se daria em 90 dias, mas agora a data é 24 de abril.A Rodosol entregou todos os documentos solicitados nos prazos previstos Não participamos da auditoria. Não sabemos os motivos.

Um dia o pedágio acaba?No futuro, outros morado-res da Região Metropolitana vão pagar pedágio, não por usar rodovias, mas por usar a cidade. O pedágio urbano é solução no mundo todo. O controle para garantir a mo-bilidade será feito com essa cobrança. A grande questão é que, no Brasil, há uma cul-tura de que tudo tem de ser de graça. E tem a questão do imposto mal aplicado, por is-so é antipático pagar pedágio. Mas não falo isso por estar na Rodosol. Digo claramente que o pedágio da ponte deve-ria sempre existir. Se alguém acabar com o pedágio, terá de assumir todos os riscos. Moro em Vila Velha e sei co-mo é importante esse serviço de otimização do trânsito.

GERALDO DADALTO

Em entrevista exclusiva ao Metro Jornal, o diretor-presidente da Rodosol afi rma que o valor cobrado no pedágio serve para manter e conservar a Terceira Ponte e a Rodovia do Sol, além de garantir

investimentos nas duas vias. Dadalto diz, ainda, que as perdas com a redução do pedágio de R$ 1,90 para R$ 0,80, feita no

ano passado, terão de ser compensadas

“A PONTE JÁ ESTÁ PAGA”

Quem é o gestor da Rodosol e quanto custa o pedágio

• Geraldo Dadalto.Formado em Engenharia Civil pela Universidade Santos Dumont, cursou especialização em Gestão Ambiental e em Estratégia e

Competitividade. Iniciou na concessionária em 2001

• Valores. Ponte: R$ 0,80 (carro); R$ 0,40, (moto) e R$ 1,60 (caminhão leve). Setiba: R$ 7,20 (carro), R$ 3,60 (moto) e R$ 14,40 (caminhão)

Entenda

CHICO GUEDES/METRO GV

FABRÍCIA KIRMSEMETRO GRANDE VITÓRIA

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |05|◊◊

Golpe de 1964. Ministro da Justiça afirma que é dever do Estado assumir responsabilidade pelos crimes cometidos durante a ditadura

Governo pede desculpas“Me lembro de figuras que ocuparam o

mesmo posto e disseram nada a declarar. Eu, não. Eu tenho o dever constitucional de pedir perdão.” JOSÉ EDUARDO CARDOZO, MINISTRO DA JUSTIÇA

“As cicatrizes podem ser suportadas

e superadas, porque hoje temos uma democracia, podemos contar nossa história. Aprendemos o valor da liberdade.”

PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

1. A casa do coronel Brilhante Ustra, em Brasília, foi alvo de protestos. Ele comandou o DOI-Codi de 1970 a 1974.2. A Assembleia Legislativa da Bahia devolveu simbolicamente o mandato de 13 deputados estaduais cassados pela ditadura.3. Manifestantes fizeram o protesto ‘Ditadura Nunca Mais’ na antiga sede do DOI-CODI, em São Paulo.4. No Rio, a antiga sede da OAB recebeu uma placa para homenagear uma funcionária morta com uma carta-bomba, em agosto de 1980.

34

Pelo Brasil 1. FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR 2. EDILSON LIMA/AG. A TARDE/FOLHAPRESS 3. DANILO VERPA/FOLHAPRESS

4. RAPHAEL LIMA/DIVULGAÇÃO

12

Senado lembrou os 50 anos do golpe | GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

A Anistia Internacional lan-ça hoje uma campanha vir-tual para coletar assinaturas a favor do pedido da revisão da Lei de Anistia no Brasil. Uma decisão do STF (Supre-mo Tribunal Federal), to-mada em 2010, proíbe que agentes do Estado que parti-ciparam de tortura, mortes e desaparecimento de corpos durante a ditadura sejam pu-nidos. A lei foi editada em 28 de agosto de 1979, durante o regime militar.

Uma reviravolta na de-cisão terá apoio da Subco-missão Permanente da Me-mória, Verdade e Justiça do Senado. “Teremos total en-gajamento”, afirmou o presi-dente do colegiado, senador João Capiberibe (PSB-AP).

50 diasA campanha intitulada “50 dias contra a impunidade”

vai coletar assinaturas por meio de petição eletrônica.

A revisão da lei de anis-tia, segundo a entidade, res-peitaria a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que prevê a puni-ção de crimes contra a hu-manidade cometidos duran-te o regime militar.

Além disso, a Anistia In-

ternacional pede a inclusão dos crimes contra a humani-dade e de guerra no direito brasileiro e apoio e desenvol-vimento de políticas de me-mória, como a abertura de arquivos e o estabelecimen-to de museus, para manter presente a história das viola-ções de direitos humanos no Brasil. METRO BRASÍLIA

Campanha pela revisão da lei de anistia terá apoio do Senado

Campanha está no site da Anistia Internacional | REPRODUÇÃO

Protesto no Praia do CantoUm grupo de cerca de 300 manifestantes reunidos no final da tarde na Ufes saiu em passeata em direção à Praia do Canto e a Tercei-ra Ponte no início da noite. Eles foram acompanhados por policiais. Avenidas fo-ram fechadas pelo protes-to. Não houve confronto com a polícia, mas facha-das de alguns pontos co-merciais foram quebradas. Jornalistas foram alvo de ataques verbais dos mani-festantes. O equipamento

de uma equipe da Record News acabou destruído, Um carro da Rede Gazeta também foi atacado e teve um vidro quebrado. A manifestação foi con-vocada pelas redes sociais sob o nome de 1º ato: “Se não mudar, Vitória vai pa-rar! É por Direitos! É Por Mudança!” Depois de ter saído da Ufes, os manifes-tantes fecharam duas fai-xas da Reta da Penha. Nes-se momento houve o atrito com os profissionais da im-

prensa. Fachadas do ban-co Santander e, depois, do McDonald`s, foram quebradas.

A manifestação foi ini-cialmente convocada para lembrar a data que marcou os 50 anos do golpe mi-litar de 1964. Mas outras reivindicações surgiram durante o protesto. Até o fechamento dessa edição, a maioria dos manifestan-tes havia se espalhado pe-las ruas onde o protesto acontecia. METRO

Cinquenta anos após o gol-pe militar, o governo assu-miu ontem, num gesto iné-dito, a responsabilidade pelos crimes e atos de vio-lência cometidos durante a ditadura no Brasil.

O ministro da Justiça, Jo-sé Eduardo Cardozo, usou o ato público ‘Para não repe-tir – 50 anos do golpe mili-tar’, promovido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), para fazer críticas aos antigos ocupantes do cargo. “O Estado brasileiro pede desculpas por aquilo que foi feito na época da di-tadura, pelas mortes, pelas torturas, pelas famílias que choraram. É algo que mos-tra um novo tempo, uma realidade democrática que

nós temos hoje orgulho de ter conquistado”, declarou.

O governo também pres-tou homenagens aos mor-tos e desaparecidos vítimas do regime militar, entre 1964 e 1985, e falou em dí-vida histórica.

“O dia de hoje exige que nós lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos isso a todos os que morre-ram e desapareceram, de-vemos aos torturados e per-seguidos, devemos às suas famílias, devemos a todos os brasileiros”, declarou a presidente Dilma Rousseff.

Ela afirmou ainda que “por 21 anos nossas institui-ções, nossa liberdade, nos-sos sonhos foram calados”, mas disse que o Brasil pode

tirar lições da ditadura.

São Paulo Na manhã de ontem, um ato foi realizado em frente ao prédio que abrigou, du-rante a ditadura, o DOI-Co-di do 2º Exército, no Paraí-so, na zona sul. Convocado por meio das redes sociais, o ato contou com a presen-ça de entidades que cobram a punição dos responsáveis pela tortura e assassinatos.

Tombado, o local abriga hoje uma delegacia de polí-cia. Chamado de “31 de mar-ço, o dia da vergonha na-cional”, a manifestação foi marcada pela reprodução do discurso do deputado Rubens Paiva, uma das vítimas dos militares. METRO BRASÍLIA

“Relembrar é necessário para conhecer a

história e para garantir que no futuro algo tão desenfreado jamais se repita.” MARCUS VINÍCIUS COELHO, PRESIDENTE DA OAB

“Devemos lamentar o período sombrio

pelo qual passamos, mas sobretudo lutar a cada dia para ampliar a nossa democracia.” LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, EX-PRESIDENTE

“A destituição de Jango foi um dos

atos mais deploráveis e vergonhosos da história política brasileira.”

WALDIR PIRES, CONSULTOR-GERAL DA REPÚBLICA À ÉPOCA DO GOLPE

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |06| {BRASIL}

Cinco PMs da Unidade de Po-lícia Pacificadora (UPP) da Ro-cinha foram presos na manhã de ontem por agentes da Po-lícia Federal (PF). Eles são sus-peitos de receber propina pa-ra colaborar com o tráfico local. De acordo com nota di-vulgada pela PF, quatro poli-ciais faziam parte do Grupo Tático de Proximidade, que é responsável por patrulhar a região, e um do Setor de Inte-ligência da unidade.

Além deles, também foi presa Danúbia de Souza Rangel, mulher de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o

Nem da Rocinha, que cum-pre pena em presídio de se-gurança máxima em Cam-po Grande, no Mato Grosso do Sul, na mesma cidade em que ela foi presa.

Segundo a PF, a função de Danúbia era repassar as orien-tações do chefe do bando pre-so para os demais membros da quadrilha na comunidade. Já os policiais seriam respon-sáveis por repassar informa-ções sobre investigações e fu-turas operações na Rocinha. Além das prisões, foram feitas buscas nos armários da sede da UPP na Rocinha.

Os cinco policiais serão in-diciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Eles prestaram depoimento na sede da PF e não tiveram os nomes divulgados. Em no-ta, a Secretaria de Segurança do Rio (Seseg) revelou que a 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPMJ) da PM atuou em conjunto com a Polícia Fe-deral na prisão dos cinco po-liciais militares. A Secretaria informou ainda que “a cor-rupção policial não é tolerada e que o combate contra este crime já resultou na expulsão de 1.640 policiais. METRO RIO

Polícia Federal prende cinco PMs de UPP da Rocinha

Facção do complexo da Maré planejava união com rivais | TÂNIA RÊGO / ABR

A PF (Polícia Federal) pren-deu 23 pessoas e apreen-deu 3,7 toneladas de cocaí-na em duas operações que desarticularam uma qua-drilha que exportava a dro-ga para a Europa, Cuba e África em contêineres com cargas de alimentos a par-tir do porto de Santos, a 72 km da capital.

Segundo a polícia, uma das cargas era de açúcar. Di-nheiro, veículos, joias e ar-mas também foram apreen-didos. De acordo com a PF, essa é a maior apreensão dos últimos anos no litoral do Estado.

Apesar de serem anun-ciadas apenas ontem, as operações Hulk e Oversea, que ocorreram de forma si-multânea, começaram em maio do ano passado.

Enquanto a operação Hulk investigou um grupo da capital que comprava a droga na Bolívia e a trazia para o Brasil pela fronteira com o Paraguai, a operação Oversea focou em um outro bando,que organizava os procedimentos de exporta-ção, entre eles, o lacre das bagagens e o encaminha-

mento ao porto de Santos. A maior parte dos man-

datos de prisão foi cumpri-da na Baixada Santista e na capital, mas também houve prisões no Paraná e no Ma-to Grosso.

A PF diz que a quadrilha colocava a droga em mo-

chilas e sacolas. Depois, a droga era entregue a fun-cionários particulares que as inseriam nos contêine-res sem o conhecimento dos donos das cargas e dos navios.

As mochilas viajavam com um lacre clonado. No desembarque, membros da quadrilha rompiam os la-cres, pegavam a cocaína e recolocavam os lacres para não gerar suspeitas.

A estimativa da PF é de que ao menos 300 kg da dro-ga eram enviados por mês pelos traficantes. METRO

Quadrilha enviava cocaína em contêineres de alimentos

Mochilas que seriam enviadas com a droga para outros países | DIVULGAÇÃO/PF

3,7 tonde cocaína foram apreendidas nas duas operações da PF entre maio do ano passado e ontem.

O governo trabalhará até o úl-timo instante para abafar a CPI da Petrobras. A estratégia é convencer senadores a re-tirarem as assinaturas do pe-dido feito pela oposição para investigar, principalmente, a polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Uni-dos, com um valor considera-do superfaturado e com o aval da presidente Dilma Rousseff, -- que na época era ministra de Minas e Energia e presi-dente do Conselho de Admi-nistração da estatal.

O pedido de CPI contou com 28 assinaturas, mas o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) retirou o apoio, dei-xando o requerimento com o número mínimo exigido pelo regimento do Senado.

Na primeira atuação após ser anunciado novo minis-tro da Secretaria de Relações Institucionais, o deputado Ri-cardo Berzoini (PT-SP), que to-ma posse hoje, reuniu líderes aliados na noite de ontem pa-ra preparar um plano B. Se a CPI prosperar, o governo fará

uma coleta de assinaturas pa-ra ampliar o fato determina-do dos trabalhos para inves-tigações sobre irregularidade no Porto de Suape -- que atin-giria o pré-candidato ao Palá-cio do Planalto Eduardo Cam-pos (PSB) -- e denúncias de corrupção na Cemig (Compa-nhia Energética de Minas Ge-rais) e no metrô de São Pau-lo, cujo alvo é o pré-candidato do PSDB, senador Aécio Ne-ves (MG).

A oposição vai se reunir hoje e acredita que não terá

dificuldade para reunir as 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

PropinaA Petrobras informou ontem que não encontrou ‘fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a em-pregados’ da empresa feita holandesa SBM Offshore.

O relatório final da au-ditoria foi encaminha-do ao Ministério Público e TCU (Tribunal de Contas da União). METRO BRASÍLIA

Câmara e Senado discutirão a criação da CPI | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Impasse. Caso não consiga retirar assinaturas no Senado, governo pedirá investigação ampla. Oposição trabalha por comissão mista

Dia decisivo para a CPI da PetrobrasA presidente Dilma Rous-

seff manifestou ontem soli-dariedade à jornalista Nana Queiroz -- que trabalha no Metro Brasília --, criadora da campanha #EuNãoMere-çoSerEstuprada. Dilma afir-mou que a lei e o governo estão do lado das mulheres vítimas de violência.

Nana recebeu ameaças de estupro depois de lançar, na semana passada, uma cam-panha que mobilizou mi-lhares de mulheres a pos-tar fotos no Facebook, após

pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Apli-cada) revelar que 65,1% dos brasileiros acreditam que as mulheres que mostram o corpo merecem ser ataca-das. “Por ter se manifestado nas redes contra a cultura de violência contra a mu-lher, a jornalista foi amea-çada de estupro. O governo e a lei estão do lado de Na-na Queiroz e das mulheres ameaçadas ou vítimas de violência”, afirmou Dilma, no Twitter. METRO BRASÍLIA

Antiestupro. Dilma Rousseff manifesta apoio à jornalista

Dilma se manifestou nas redes sociais | REPRODUÇÃO

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {ECONOMIA} |07|◊◊

Com uma alta de 1,30% on-tem, a Bolsa de Valores en-cerrou o mês de março com uma valorização de 7,4% e liderou o ranking de inves-timentos. O Ibovespa, prin-cipal índice do mercado de ações, teve o melhor desem-penho mensal desde janei-ro de 2012, fechando aos 50.576 pontos.

Na outra ponta do ran-king de investimentos, es-tão o ouro e o dólar, com quedas de 4,26% e 3,13%, respectivamente em mar-ço. No período, a estimativa para a inflação medida pelo IPCA é de 0,84%.

A Bolsa foi beneficiada por um fluxo positivo de recursos, especialmente de investidores estrangeiros. Apesar de ter emendado o 11º pregão seguido de alta, os especialistas avaliam que o desempenho do mês pas-sado não representa ainda uma recuperação.

“A alta parece estar re-lacionada ao exagero no passado dos investidores em relação a todos os ati-

vos; dólar, Bolsa e juros”, explicou Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Título Corretora. No ano, o Ibovespa acumula queda de 2,12%.

Para ele, a tendência ain-da é de volatilidade da Bolsa neste ano, devido ao perío-do eleitoral. No mês passa-do, contribuiu para o avan-ço da Bolsa a alta dos papéis das estatais em março a pes-quisa CNI/Ibope, que mos-trou que a aprovação ao go-verno da presidente Dilma

Rousseff havia caído no fim do mês.

O dólar fechou o último pregão do mês com avan-ço de 0,44%, a R$ 2,2694 na venda. Especialistas es-peram que o BC continue com suas atuações no mer-cado de câmbio, mas talvez um pouco mais moderadas, preocupado com o impac-to do dólar mais fraco so-bre as exportações. Para os analistas, o piso informal para o câmbio estaria entre R$ 2,25 ou R$ 2,30. METRO

Aplicações. Ibovespa tem melhor desempenho desde janeiro de 2012. Para analistas, alta pode ser pontual. Dólar e ouro têm perdas de 3,13% e 4,26%, respectivamente

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MARÇO ANOAPLICAÇÃO

RANKING DE RENTABILIDADE

FONTES: BANCO CENTRAL, BM&FBOVESPA, TESOURO NACIONAL E ANBIMA *ESTIMATIVA DO BC

IBOVESPA

FUNDOS DE AÇÕES LIVRE

FUNDOS DE RENDA FIXA

IPCA *

FUNDOS REFERENCIADOS DI

CDI

POUPANÇA ANTIGA

POUPANÇA NOVA

DÓLAR COMERCIAL

OURO

7,04%1,11%0,90%0,84%0,81%0,76%0,50%0,50%-3,13%-4,26%

2,42%

2,09%

2,28%

2,47%

1,69%

1,69%

4,42%

-2,12%

-6,42%

-3,51%

Bolsa sobe 7,4% e lidera ganhos no mês de março

Economistas de instituições financeiras elevaram pela quarta semana a projeção de inflação para este ano, a 6,30% ante 6,28%, a Selic, em 11,25% em 2014, segundo o boletim Focus, do Banco Central.

Os economistas também apostaram em nova alta de 0,25% na Selic, atualmente em 10,75%, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que começa ho-je e termina amanhã.

Sobre o crescimento da economia neste ano, medido pelo PIB (Produto Interno Bru-to), a estimativa foi de 1,69%, ante 1,7%, da semana ante-rior. A expectativa para a cota-ção do dólar até o fim do ano é de R$ 2,46, contra R$ 2,49 da semana passada.

Para 2015, os economistas mantiveram projeção de in-flação de 5,8%; Selic em 12%, e

PIB em 2%. A estimativa para a cotação do dólar de R$ 2,55 na última semana também foi mantida. METRO

Inflação. Mercado eleva projeção pela 4ª semana

11%ao ano é estimativa para a Selic, que será definida amanhã

A Copa do Mundo terá pou-co impacto duradouro na economia brasileira, ava-liou a agência de classifica-ção de risco Moody’s. Para a agência, os setores de be-bidas e alimentos, acomo-dação, aluguel de carro, pu-blicidade e transmissão de TV são os que mais devem se beneficiar.

Segundo a agência, os jo-gos gerarão apenas 0,4% de PIB adicional para o Brasil em um período de 10 anos, e os gastos com infraestru-tura planejados equivalem a apenas 0,7% do total de investimento planejado pa-ra o país entre 2010 e 2014.

Ainda assim, Mattos lembrou que a Copa ofe-rece uma oportunidade de exposição na mídia mun-dial. METRO

Copa. País tem pouco a ganhar, afirma Moody’s

Dólar deve chegar a R$ 2,46| DAN KITWOOD/GETTY IMAGES

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |08| {MUNDO}

Os jornalistas Fernando Mi-tre, Fabio Pannunzio e Ri-cardo Boechat, do programa Canal Livre, da Band, viaja-ram ao Uruguai para entre-vistar o presidente do país, José Mujica, 78 anos. Eleito em 2009, “El Pepe”, como é conhecido, vive com a mu-lher, Lucía Topolansky, em uma casa modesta na zo-na rural de Montevidéu, doa maior parte do seu salário a pessoas carentes e se lo-comove em um Fusca 1987. Leia a seguir destaques da entrevista:

A descriminalização da maconhaTudo que vínhamos fazen-do não dava resultado. Ha-via cada vez mais consumi-dores e, sobretudo, muito pior, o narcotráfico, que au-menta o grau de violência e corrupção em várias esfe-ras da sociedade. Então pen-samos com aquele conse-lho: “Se quer mudar, não pode seguir fazendo a mes-ma coisa.”

A desconfiança da sociedadeNão acho (que pode com-prometer a prática). É natu-ral que as pessoas tenham medo. Mas não se mede a consequência de continuar com uma política que a hu-manidade aplica há cem anos e multiplica o preço, o grau de violência, e não estanca o vício. Não temos todas as respostas.

O funcionamento do projeto Não somos defensores do consumo da maconha, so-mos inimigos, como somos inimigos do tabaco e do ál-cool. Se eu fumo um ou dois cigarros de maconha por se-mana, não está bem, mas é aceitável. Mas se uma pes-soa começa a ficar alterada pelo consumo, precisa ser tratada. Talvez seja atendida apenas como um resto hu-mano. A clandestinidade do consumo ajuda a incentivar as consequências negativas.

O vício da maconhaNão caímos na besteira de dizer que a maconha é uma droga leve. Não é. Todo ví-cio é mau, seria melhor que não existisse. Tenho no Uru-guai 150 mil consumidores, talvez 200 mil. Não quero deixá-los na clandestinida-de. Queremos que o Estado intervenha para que possa-mos atendê-los a tempo. E queremos que seja uma ex-periência muito séria por-que nós não temos de difun-dir o vício.

A venda legal da maconhano Uruguai e o tráficoNos EUA venderam aberta-mente em alguns Estados. Houve gente que comprou

e foi vender onde era proi-bido. Nós não vamos vender aqui para que seja revendi-do depois no Brasil, na fron-teira... (O projeto) não existe para incentivar o vício. Se-rão quantidades pequenas e controladas, identificadas. Vamos aplicar as mesmas leis da reserva da aplicação financeira. Hoje há farmá-cias que podem vender ópio e certas drogas que viciam, mas isso é controlado. Va-mos usar os mesmos meca-nismos de controle. Por is-so precisamos de plantas clonadas, que tenham uma identidade na sua composi-ção molecular.

Os usuários da drogaVamos preservar a identida-de do consumidor. Não va-mos publicar no noticiário. Teremos um registro.

A produção da maconhaÉ possível que a produção seja privada mas será em áreas militares vigiadas. Não vamos plantar por todos os lados, tem que ser bem controlado.

E se der errado?Teremos de mudar de políti-ca e ver por que não funcio-nou. Não se pode ser fanáti-co. Temos de ter a audácia de inovar. Mas quando a

inovação está errada deve-se renovar o caminho.

A regulação do salNão colocamos sal (nas me-sas dos restaurantes). Se vo-cê quer sal, pede e te tra-zem. Não favorecemos o consumo. Sabemos que é prejudicial. Não o proibi-mos, mas não favorecemos.

Um país ‘de vanguarda’O Uruguai sempre foi um país muito vanguardista. O divórcio, por desejo da mulher, se estabeleceu na década de 1910. Somos um país muito pródigo em legis-lação social. É um país laico, muito laico. Mas é um país pequeno. O que podemos fa-zer não é possível para um país com as dimensões do Brasil.

O abortoSimplesmente ninguém gos-ta do aborto. Não somos fa-voráveis ao aborto. Mas acreditamos que boa parte das mulheres está sozinha. Se as deixamos sós, favore-cemos sua tragédia. O pri-meiro atendimento é psico-lógico - e oferecemos todo o apoio se a mulher quiser re-tificar a decisão que tomou. Com isso conseguimos sal-var. A política que aplica-mos existe para salvar vi-

das, assegurar a vida da mãe e tratar que em muitos ca-sos a mulher volte atrás. Se mantivéssemos como era antes, negando a realidade, as mulheres continuariam fazendo (abortos) clandes-tinamente em más condi-ções. Assim elas se sentem pecadoras e não resgatamos ninguém. O que fazemos é colocar em perigo a vida da mulher, especialmente nos setores mais pobres da sociedade.

A violência no UruguaiO índice de criminalida-de aumentou e está mui-to ligado ao narcotráfico. Surgiram crimes que não existiam, como o ajuste de contas. Vemos que isso se multiplica. Isso é pior que a droga. Muito pior, por-que começa a encher a so-ciedade de violência, esta-belece o mundo do crime nas cadeias. (É) uma ma-neira de pensar onde se perdem todos os limites. Mesmo o mundo do cri-me tinha uma ética, valo-res, coisas que não podiam ser feitas. Com o narcotrá-fico é plata o plomo (dinhei-ro ou bala).

As críticas sobre a falta detempo e dinheiro para darefetividade à lei

Vamos ter dificuldades, com certeza. Mas vamos tentar aproveitar os recursos que o Estado já tem. Por isso men-cionei a questão militar, há terras de monte abandona-das. Nem tudo se arruma gastando. É necessário usar os meios que já temos em mãos. Já temos os funcio-nários públicos. Temos de aproveitar as pessoas que já estão trabalhando, com capacitação.

Governo de continuidadecom modificaçõesHá um setor de economia de autogestão, gerencia-da pelos próprios trabalha-dores. E criamos um fundo do lucro que o maior ban-co do Estado tem. Uma par-te tem de ir para incentivar essa atividade essencialmen-te. Criamos um mecanis-mo porque em geral as ini-ciativas empresariais são de pessoas que têm dinhei-ro. Quem não tem dinhei-ro não tem crédito. E se não tem empréstimo, como co-meçam? É como a discus-são de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. O mais difícil para os trabalhadores é aprender a ser patrão de si mesmo. Reduzir o estado paternalista.

Os prisioneiros de

GuantánamoO Uruguai é filho de imi-grantes. Todos nós temos um avô ou uma bisavó que veio fugido de algum lugar, por fome, guerra ou neces-sidade. É um país de refú-gio, de refugiados que vie-ram com a sua dor de todas as partes.

É uma barbaridade o que fizeram aí (em Guantána-mo). É uma cadeia clandesti-na, com presos que não tive-ram julgamento, nem juiz, nem defesa, nunca. (Estão presos) sem acusação há 12 anos. E não sabem o que fa-zer porque não querem le-vá-los aos EUA, certo? O mí-nimo que podem fazer é dizer-lhes: “Se quiserem, aqui terão um lugar para vi-ver”. Eu morreria de vergo-nha se não tivesse a cora-gem de enfrentar o mundo porque essa é uma ques-tão de princípios. Eu fiquei preso por uma causa, fui julgado.

Um líder ‘exótico’Sou consciente de que sou um pouco exótico no mun-do que tenho de viver. As re-públicas vieram como uma negação à monarquia divi-na. Vieram para confirmar que somos todos iguais. Os governos tendem a vi-ver e criar um modo de vi-ver parecido ao modo de vi-ver dos setores acomodados, e não da maioria da popu-lação. Tenho muito claros meus costumes, meu mo-do de ser. É como a maio-ria do meu povo. Opto por viver e gastar como eles vi-vem e gastam. Não preciso de mais. Não é que não te-nhamos interesse. Temos in-teresse do coração, não do bolso.

A Suíça da América Latina?Percebemos que isso se-ria um erro. Seria viver ex-plorando negativamente a região. E a região é muito maior que nós. Não pode-mos permitir isso, viver às custas dos demais. Além dis-so, a Suíça pôde fazer isso (lavanderia fiscal) porque es-tava ao lado da França e Ale-manha. Nós estamos ao la-do de Argentina e Brasil, é diferente.

As lições da ditadura noUruguaiEste é um dos problemas mais duros que nos dei-xam de herança. São dores e injustiças muito difíceis de esclarecer. Há um pac-to de silêncio. Mas mesmo com essas limitações trata-mos de fazer todas as inves-tigações que pudermos. Os responsáveis foram proces-sados e estão presos. E o Es-tado se responsabilizou pe-lo que passou. Seguimos trabalhando para esclarecer a verdade. BAND

‘PEPE’ MUJICA Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, o presidente do Uruguai fala sobremaconha, aborto, ditadura no Uruguai e prisioneiros de Guantánamo. E reconhece:

‘SOU UM LÍDER EXÓTICO’

Mujica é entrevistado em sua casa pelos jornalistas Fernando Mitre, Fabio Pannunzio e Ricardo Boechat

(da esq. para a dir.)

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |09|◊◊

2CULTURA

A cultura do Espírito Santo vai marcar presença na Copa 2014. A Companhia de Dan-ça Andora, da Ufes (Universi-dade Federal do Esírito San-to), foi classificada para se apresentar em Manaus (AM), em eventos realizados pela cidade, durante os jogos de futebol, em junho. A inicia-tiva contará ainda com artis-tas de outros estados do país.

A conquista, confirmada a partir da seleção feita pelo edital do Ministério da Cul-tura, foi muito comemorada pelos membros da compa-nhia, cujo repertório é com-posto principalmente por danças folclóricas.

Em Manaus, o foco da An-dora é mostrar congo, jongo e ticumbi, manifestações do Estado. Mas seu trabalho faz referência à arte de diversas regiões brasileiras. Devido a essa característica, o gru-po aproxima-se do chamado Movimento Para-folclórico.

A notícia da participação na Copa não é a única emo-ção da companhia nesta se-mana: hoje, os bailarinos realizam uma apresentação que comtempla a cultura do Espírito Santo com congo, ticumbi, maracatu e ritmos do cangaço e sambas.

O espetáculo dançante “Brasil e os Rituais de Liber-dade” será apresentado às 19h, no Teatro Universitá-rio, localizado no campus de Goiabeiras, em Vitória.

A peça conta histórias de libertação e de sabedoria po-pular, homenageando aque-les que lutaram na época da ditadura, inclusive lembran-do os 40 anos da Revolução

Escolha. A companhia de Dança Andora foi a convidada para representar a cultura capixaba na época dos jogos

Michael Jackson

Novo álbum“Xscape” é o nome do

disco, que téra oito faixas inéditas do cantor morto em 2009. O lançamento, que sai em maio, é da

gravadora Epic Records. As informações são da revista

“Billboard”.

“Colheita é por tudo aquilo que a gente plantou ao lon-go desses anos. Essas mú-sicas chegaram às minhas mãos como bênçãos! Inicial-mente, eu até colocaria o nome do disco de ‘Bênção’, porque é um sentimento de muita gratidão”, reflete a baiana Mariene de Castro, 35, sobre o quinto álbum de sua discografia, lançado pela Universal Music.

Tanto agradecimento, ex-plica a cantora – que ano passado recebeu o troféu Ar-tista Faro MPB, no Prêmio

Contigo!/MPB FM –, deve-se ao robusto conjunto de ami-gos reunidos no álbum e que celebram esse momento afi-nado, como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Maria Bethâ-nia e Jaques Morelenbaum.

Com 14 faixas, “Colhei-ta” tem como base o sam-ba, acrescido da influência afro, característico no traba-

lho da artista e que pode ser conferido logo na abertura, com a bela “Oxóssi”, canção sobre o orixá.

“Minha relação com o can-domblé já tem muito tempo e aí isso vem para o meu tra-balho, são coisas que eu acre-dito e ouço desde pequena”, comenta Mariene de Castro.

O disco reserva pérolas como “Impossível Acreditar que Perdi Você”, sucesso ro-mântico dos anos 1970 de Márcio Greyck e Cobel, que ganhou uma roupagem de samba. METRO RIO

Mariene de Castro lança seu 5º disco, ‘Colheita’

Mariene de Castro começou a turnê do disco no dia 22 | ADRIANO FAGUNDES/ DIVULGAÇÃO

“COLHEITA”MARIENE DE

CASTROUNIVERSAL

MUSIC., R$ 21,90

dos Cravos, movimento so-cial português que depôs o regime do Estado Novo e ini-ciou o processo de implanta-ção da democracia. “O espe-táculo celebra a liberdade dos povos”, disse Bruno de Paula, professor da companhia.

O grupo de dança, inclu-sive, foi convidado para fes-tejar o marco histórico em Portugal, local que já visita-ram em 2012. “Fomos mui-to bem recebidos. Partici-pamos de um intercâmbio cultural muito valioso”, fri-

sa Bruno de Paula.A companhia foi funda-

da em Vitória, em 2006, e é composta por 27 membros, entre eles dançarinos (al-guns estudantes e professo-res da Ufes), músicos e equi-pe técnica. METRO

Dançando para a Copa

O espetáculo “Brasil e os Rituais de Liberdade” se-rá realizado hoje, a partir das 19h, no Teatro Universi-tário da Ufes (Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, no campus Universitário). A en-trada é gratuita. Mais infor-mações: (27) 3335-2953.

Serviço

Danças folclóricas marcam repertório do grupo

DIVULGAÇÃO

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |10| {CULTURA}

AS UNIVERSIDADES E O REGIME MILITARRodrigo Patto Sá Mottaed. Zahar, 432 págs. R$ 55.O historiador da UFMG faz uma análise de um período em que professores universitários foram proibidos de trabalhar. Ele mostra também que, ao mesmo tempo, o governo militar modernizou as instituições de ensino superior, investindo em educação.

A DITADURA ENVERGONHADA, A DITADURA ESCANCARADA,

A DITADURA DERROTADA E A DITADURA ENCURRALADA

Elio Gaspari ed. Intrínseca. R$ 35.

Quatro dos mais importantes livros sobre o assunto ganham reedição,

revistas e atualizadas. Está programado um quinto livro para completar a série,

ainda sem data de lançamento.

A DITADURA MILITAR E OS

GOLPES DENTRO DO GOLPE

Carlos Chagas ed. Record, 490 págs. R$ 48.

O autor explora as histórias contadas por jornais e jornalistas

para destrinchar ainda mais o período entre 1964 e 1969, além

de analisar os dez anos que precederam a tomada do

poder pelos militares.

1964 – O GOLPEFlávio Tavares ed. L&PM, 320 págs. R$ 45.O jornalista gaúcho mostra documentos que detalham a participação dos Estados Unidos na queda de João Goulart e afirma que o golpe nasceu por ordem do governo de John Kennedy.

ALMANAQUE 1964Ana Maria Bahianaed. Companhia das Letras240 págs. R$ 50.Em texto pop, a jornalista faz um balanço do cenário social, o clima cultural e político naquele ano, lembrando nomes marcantes no Brasil e no mundo.

DITADURA À BRASILEIRAMarco Antonio Villa ed. LeYa, 432 págs. R$ 50.O autor faz um panorama sobre o período do regime militar no país nos aspectos político, econômico, social e cultural e analisa as peculiaridades da ditadura brasileira.

1964 NA VISÃO DO MINISTRO DO TRABALHO DE JOÃO GOULARTAlmino Affonso ed. Fundap, 680 págs. R$ 60.Affonso, empossado por Jango um ano antes do golpe, reconstrói o cenário de intrigas e traições que resultaram no início da ditadura no Brasil.

Literatura histórica. Conheça dez livros que tentam explicar as causas e consequências do golpe militar que transformou o Brasil em uma ditadura há 50 anos

1964 em letras

Estreia amanhã, no canal de Neymar no YouTube (www.youtube.com/neymarjr), a pri-meira temporada de uma sé-rie documental que mostrará a vida íntima do jogador co-mo nunca antes. Os três pri-meiros episódios de “Dias em Santos” estarão disponíveis a partir das 11h.

Com produção da atriz Ali-ce Braga e do diretor Felipe Braga, o projeto busca aten-der uma ânsia que sempre há em relação à vida de grandes astros do esporte ou da TV. A grande sacada, desta vez, é que o contato entre fã e ído-lo será feito diretamente pelo

canal do próprio jogador.“Toda pessoa pública se

relaciona com os fãs atra-vés da imprensa, mas as re-des sociais transformaram isso”, conta Felipe Braga em entrevista ao Metro Jor-nal. “O Neymar não preci-sa de um canal externo pa-ra se comunicar, ele é seu próprio canal”, explica o di-retor, que, apesar do mesmo sobrenome, não tem paren-tesco com Alice.

A cada semana será lança-do um episódio com cinco mi-nutos de duração mostrando Neymar em situações do co-tidiano, como uma conversa

entre pai e filho antes de um embarque no aeroporto ou um atraso do atleta para um compromisso publicitário.

“Cada episódio é como se uma janela fosse aberta para a vida do Neymar. Vai ser co-mo estar ao lado dele”, expli-ca Felipe.

“Dias em Santos” é a pri-meira temporada da série e mostra cenas do craque quan-do ele ainda jogava pelo San-tos Futebol Clube.

Nas segunda e terceira temporadas – já gravadas, mas ainda sem nome –, Ney-mar já está no Barcelona e o público poderá ver detalhes

de seu primeiro aniversário na Espanha e da recuperação da lesão sofrida em janeiro.

“Neymar vai ser o primei-ro atleta brasileiro de alto rendimento a ter seu próprio canal de difusão. Todos os ví-deos também foram produzi-dos e editorados por ele”, re-vela o diretor.

Há cerca de um ano e meio, Felipe e Alice trabalha-vam com Neymar em outro projeto, quando perceberam que tinham muito material bom que não seria aprovei-tado. Surgiu assim a ideia de criar a série documental.

Donos da produtora Los-

bragas, Felipe e Alice traba-lharam juntos pela primeira vez no filme “Cabeça a Prê-mio”, de Marco Ricca e, des-de então, não se separaram mais. No ano passado, eles lançaram juntos o projeto “Latitudes”, com séries tam-bém exibidas pela internet. “Estamos sempre pensando em inovação”, conta Felipe.

A atriz Alice Braga, que desde seu primeiro longa, “Cidade de Deus” (2002), ga-nhou espaço no cenário na-cional e norte-americano, trabalha pela primeira vez como diretora.

“Procuramos um modelo

de filmagem que interferisse o mínimo possível”, explica ela em material divulgado pe-la produtora. Além dos dois, Gustavo Gama Rodrigues também dirige alguns episó-dios da primeira temporada.

Neymar, por sua vez, se mostra contente com o pro-jeto e não reclama da exposi-ção. “Eu espero que as pessoas gostem do resultado, porque eu também tenho curiosida-de de saber como é a vida dos meus ídolos e sei que esses ví-deos podem ser uma forma de me aproximar ainda mais deles”, conta o craque da Sele-ção. METRO RIO

Série documental retrata a ‘vida comum’ de Neymar | DIVULGAÇÃO

“O Neymar é um jovem de 22 anos como outro qualquer, mas tem pressões e desafios que vão além da sua idade”

FELIPE BRAGA, DIRETORCena do primeiro aniversário do jogador na Espanha | DIVULGAÇÃO

“Eu espero que as pessoas gostem do resultado, porque eu também tenho curiosidade de saber como é a vida dos meus ídolos...”

NEYMAR, JOGADOR

Neymar: gente como a gente

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {SOCIAL} |11|◊◊

Viviane Anselmé é jornalista e apresentadora do programa Acontece da TV Capixaba/ Band

Manias. Bibi Ferreira se despediu do espetáculo ¨Bibi, histórias & Canções¨, no Estado. Bibi surpreendeu por seus hábitos: tomou Coca-cola o dia inteiro (segundo ela, faz bem para a sua voz).

Arte. Ontem, no Teatro Carlos Gomes, aconteceu o lançamento da Casacor 2014. A mostra este ano terá como espaço o Shopping Mestre Álvaro, na Serra.

De ouro. Larissa Pimentel ganhou o troféu Tamborim de Ouro como melhor madrinha de bateria. Bem, de ouro, ao menos, ela entende...

Mania 1. : Ela também foi ao McDonalds ao fim do espetáculo e, quando foi provar a moqueca capixaba se lambuzou com o pirão. 

O BOM JORNALISMO DO METRO COM O CARIMBO DA BAND

O Metro chegou ao Estado movimentando o mercado editorial e o cenário político do Estado. O jornal  foi lançado sexta-feira no Itamaraty Hall, com Ricardo Boechat batendo um papo informal com os convidados. Boechat foi direto: “A marca da Band é o jornalismo. E hoje, para nós, a palavra do cidadão vale mais do que a da autoridade”.

aaccacaaca oococcoc nnonoono ttttntnntn eetettet cceceece eececcec

ALMOÇO 1

CURTAS

ALMOÇO 2

MIX DE CAMAROTE?

Durante o almoço, Waltinho Cavalcante fez uma revelação: “Um menino via o pai falando todos os dias sobre manchetes. E esse jornalista colocava de cabeça para baixo as fotos dos jornalistas que trocavam de partido. Esse jornalista era meu avô. E esse jornal está sendo lançado por conta do sonho de meu pai. Obrigado, pai.”

O presidente do Grupo Bandeirantes, Johnny Saad, falou sobre a aceitação do jornal entre os jovens. “Não fazemos jornal para os leitores dos outros jornais, apenas. Fazemos para os filhos deles também”.

O Villa Mix lotou o pavilhão de Carapina, sábado. Mas, como anda acontecendo em vários shows do gênero, muita gente ficou descontente: o camarote oficial do evento era, praticamente, a pista. O camarote Open Bar era um pouquinho melhor . E quem pagou pelo camarote Platinum (R$ 400) ficou atrás do palco. Ah, nesse camarote não havia banheiro...

Ricardo Boechat, Waltinho Cavalvante, Walter Cavalcante, Renato Casagrande e João Carlos Saad (1); Flavia Rodrigues, da agência Criativa (2); José Braz Neto e Juliana Braz Canedo, do Grupo Líder (3); O ex-governador Paulo Hartung recebe o Metro Jornal (4)

Silvieny Guaitolini e Fernando Laranja, da agência AQUATRO (5); Vivian e Ricardo Ferraço (6); Renata Malenza (7); Bibi Ferreira com o produtor Wesley Telles, no 6º Circutito Banescard de Teatro (8).

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VIVIANE ANSELMÉE-MAIL: [email protected]

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |12| {VARIEDADES}

Leitor fala

Boa surpresaFiquei muito feliz com o visual do Metro de hoje (31/03). A matéria so-bre a Ditadura Militar ficou muito fá-cil de ler e com um depoimento lin-do do casal Mara e Afonsso Alvarenga. Parabéns!LUÍSA F. PEREIRA, DESIGNER VISUAL

Notícia gratuitaÉ muito bom receber o jornal gratuita-mente pelas ruas da Grande Vitória. As notícias são atuais e resumidas, apresentadas de maneira leve e visual-mente agradável. Gostaria de sugerir uma cobertura mais intensiva sobre a cultura local, incentivando os profis-sionais do Estado.FELIPE SILVA ALMEIDA, ENGENHEIRO

Mais política localEu adorei receber o Metro. Uma ini-ciativa que faltava em Vitória. Um jor-nal com várias informações e com um conteúdo bem diversificado. Senti só falta de um espaço para o cenário polí-tico do Espírito Santo. FABIANA ANDRADE, UNIVERSITÁRIA

SurpresaFoi uma grande surpresa receber hoje (31/03) um jornal de graça. Adorei! Pa-rabéns pela iniciativa de trazer o jor-nal para a Grande Vitória.CARLA LIMA, PROFESSOR

Metro Pergunta

Metro web

Qual é sua principal reivindicação para a Grande Vitória? Conte para a gente!

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

@jornal_metrogv

O Homem mais conectado em todo o mundoLink. Há dois anos e meio, diagramador monitora seu corpo por meio de 700 sensores

Diagramador perdeu 45 kg ao monitorar seus hábitos | DIVULGAÇÃO/CHRIS NANCY

A próxima vez que alguém reclamar que você é viciado em tecnologia e não tira a cara do smartphone, jogue na conversa o nome do nor-te-americano Chris Dancy, um web designer de 45 anos, que tem mais de 700 sensores no corpo e é con-siderado o homem mais co-nectado do mundo.

Em seu corpo, Dancy car-rega: um Moto X, um iPho-ne 5S, nos pulsos um Nike FuelBand e um smartwatch Pebble, um medidor de tem-peratura no braço, um mo-nitor de batimentos cardía-cos. Em sua casa, sensores identificam se ele está es-tressado ou com mal-estar e assim a iluminação e a mú-

sica ambiente da casa ficam mais agradáveis para dimi-nuir seu estresse.

De posse de todas as in-formações, Dancy coloca tu-do na sua Google Agenda e analisa seu desempenho. Um dos benefícios da ação já pode ser visto na balan-ça: ele perdeu 45 kg ao mo-nitorar seus hábitos de sono e alimentação durante o pe-ríodo de outubro de 2012 a outubro de 2013.

Chris Dancy mantém uma página na internet (www.chrisdancy.com) e já conversou com algumas empresas sobre melho-rias tecnológicas como, por exemplo, em roupas inteli-gentes. METRO

Regente de seu signo, Mercúrio faz bom aspecto com Saturno, apontando ótimas possibilidades para definir metas a longo prazo.

Júpiter em seu signo faz aspectos ten-sos. Atente-se para não se exceder em decisões ou agir de for-ma exagerada com pessoas próximas.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sol e Urano formam conjunção em seu signo, influência para desprender-se de padrões e para ter cui-dado com ansiedade nas relações.

O Sol - regente de Leão - faz conjunção com Urano, o que aumenta um desejo para se desprender de padrões e acelerar objetivos.   

Fará bem buscar novos conhecimen-tos e informações que sejam úteis para projetos e para mudar situações que causam problemas na rotina.

Regente de seu signo, Júpiter faz aspectos tensos com Sol e Urano, impulsionando para se despren-der de tudo o que impede sua autonomia.   

O bom aspecto de Mercúrio com Saturno – regente de seu signo – favorece conversas, inte-gração social, estudos e atividades culturais.

O Sol faz conjunção com Urano – que rege Aquário – o que despertará iniciativas diferentes para pla-nos e fará retomar boas relações.

Período positivo para valorizar estudos e empenho a temas culturais que dão prazer. Procure retomar contatos com quem gosta.       

Propensões para desvendar sentimentos e obter revelações. Hora para se desvincular de lembranças ne-gativas em seus relacionamentos.      

A Lua está em Touro, seu signo oposto, influência capaz de proporcionar maior envolvimento com assuntos de outras pessoas.

Com a Lua em seu signo, cuide para não tomar decisões pela emoção em algumas responsabilidades im-portantes que tenha.

Sudoku

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |13|◊◊

Sem Léo Moura, Léo, Elano, André Santos e Cáceres, to-dos machucados, o Flamen-go embarcou ontem cedo para Guayaquil (EQU), onde enfrenta o Emelec, amanhã, às 21h50, pela quinta e pe-núltima rodada da primeira fase da Libertadores.

O jogo é decisivo. O ru-bro-negro é o lanterna do Grupo 7, com quatro pontos e, se perder, estará elimina-do do torneio continental. Se ao menos empatar, segue com chances matemáticas de classificação na última rodada, quando receberá o León (MEX), no Maracanã.

Mesmo com dores nas costas, o atacante Herna-ne embarcou com o grupo. O Brocador, maior atacan-te do Brasil em 2013 com 34 gols marcados, sofre com um jejum de cinco partidas sem marcar, há exatamente um mês, desde o dia 1º de

março. Mas segue confiante de que vai voltar a balançar as redes. “O jejum não in-comoda. Sei que posso aju-dar o Flamengo mesmo sem marcar gols. Colaboro em outros setores, marcando os adversários. Mas o esforço coletivo aparece pouco nes-sas horas”, disse o camisa 9.

Espírito guerreiroO goleiro Felipe, que já jo-gou no estádio da partida de amanhã, alerta que o rubro--negro terá de entrar com “espírito de Libertadores” para ao menos empatar com o Emelec: “O clima que eles criam é de guerra. A torcida fica muito próxima do cam-po. Em 2012, foi complica-do, mas já encontramos si-tuações piores, como em La Paz na última rodada. O ano do Flamengo depende desse resultado. Estamos prepara-dos”, disse. METRO RIO

Na Série B do Brasileiro de 2014 e atolado em dívidas, sem poder fazer grandes contratações, o Vasco come-çou o Campeonato Carioca desacreditado. Mas, depois de garantir vaga na final do Estadual contra o Flamen-go, ao eliminar o Fluminen-se, domingo, com a vitória por 1 a 0, no Maracanã, o cruzmaltino recuperou par-te da auto-estima e agora troca o “chip” da competi-ção para correr atrás do tí-tulo da Copa do Brasil.

Além disso, o time da Co-lin espera garantir a cobiça-da vaga na Libertadores do ano que vem pelo torneio mata-mata nacional, já que não poderá conquistar o lu-gar na competição conti-nental pelo outro caminho possível na temporada, o Brasileiro da Série A.

A estreia do Vasco na Co-pa do Brasil será contra o Resende, quinta-feira, às 20h30, em Manaus. As fi-nais do Estadual serão dis-putadas em dois jogos: o

primeiro, domingo, e o se-gundo, dia 13, ambos no Maracanã, às 16h. Por ter feito melhor campanha na fase classificatória, o Fla-mengo joga com a vanta-gem de dois empates.

EdmilsonO Fluminense também ti-nha essa vantagem na semi-

final, mas o Vasco, que ter-minou o Carioca na terceira colocação, conseguiu rever-tê-la. Empatou o primeiro confronto em 1 a 1 e ven-ceu o segundo com gol de Edmilson, artilheiro isola-do do Campeonato Carioca com 11 gols, um a mais que Alecsandro, do Flamengo, vice-artilheiro. METRO RIO

Agora não tem mais conver-sa: a Fifa recusou ceder os es-tádios que serão usados na Copa do Mundo – para parti-das do torneio ou treinos das seleções – para jogos do Cam-peonato Brasileiro das Séries A, B e C no período estipula-do, entre 20 de maio e 1o de junho.

A entidade máxima do fu-tebol já havia definido que não liberaria os estádios pa-ra algumas rodadas do cam-peonato nacional, mas os clubes ainda tentavam man-dar seus jogos nos estádios, ao menos, na 6ª rodada. Com a restrição, os times só poderão utilizar os estádios até a 5ª rodada.

Nas quatro rodadas se-guintes, terão que achar al-ternativas. Isso porque após a nona rodada, o Brasilei-rão será interrompido para a Copa do Mundo – e retoma-do em julho. Na Série C, se-rão afetadas a quinta e a sex-ta rodadas.

A restrição inclui também os estádios que receberão treinos das seleções, como a Arena do Grêmio, o Pacaem-

bu e o Independência. Desta forma, a 6ª rodada da Série A tem por enquanto apenas dois dos dez jogos com está-dios definidos: Criciúma x Chapecoense, no Heriberto Hulse, e Goiás x Santos, no Serra Dourada. Todos os ou-tros mandantes terão de bus-

car alternativas. A determinação foi con-

firmada em comunicado feito pelas concessionárias que cuidam das operações do Maracanã, da Arena Per-nambuco e da Arena Fon-te Nova. “As administrado-ras ressaltam que, durante

o período estipulado, é ve-tado pela Fifa a marcação de jogos do Campeona-to Brasileiro e da Série B. Portanto, a CBF é respon-sável por negociar com os clubes os locais para a rea-lização dos confrontos.”

METRO

Mundial. Entidade não libera campeonato nos estádios onde haverá jogos e treinos de seleções a partir de 20 de junho. Quatro rodadas do nacional ficam ‘sem casa’

Maracanã ficará ‘afastado’ do Brasileirão | ERICA RAMALHO/GOVERNO DO ESTADO/DIVULGAÇÃO

Fifa proíbe Brasileiro nos estádios da Copa

Motivado, Vasco troca o ‘chip’

Com 11 gols, Edmilson levou o Vasco à final do Carioca | WAGNER MEIER/AGIF/FOLHAPRESS

Botafogo

Time protestam por salárioOs jogadores do Botafo-go voltaram a protes-tar, ontem, por causa do atraso de dois meses de salário. Os atletas se reu-niram no centro do gra-mado do campo anexo ao Engenhão, abraçados, por 10 minutos. METRO

Copa do Brasil

Fluminese tem ‘férias’ forçadasO Tricolor só volta a jo-gar dia 10, contra o Ho-rizonte (CE), no Maraca-nã, pela Copa do Brasil. O time perdeu o con-fronto de ida, por 3 a 1 e agora depende de uma vitória por ao menos dois gols de diferença.

METRO

Europa

Duas partidas abrem Liga No Camp Nou, o Bar-celona recebe o Atléti-co de Madrid. O jogo te-rá transmissão da Band a partir das 15h15. Já o Manchester United terá a missão de parar o Ba-yern de Munique, atual campeão, na Inglaterra.

METRO

3ESPORTE

Aposentado

HévertonPivô do caso que rebaixou

a Portuguesa no último Campeonato Brasileiro, o meia Héverton anunciou

ontem aposentadoria do futebol. O jogador de 28 anos defendia o

Paysandu. “Ele [Héverton] me disse que não tem mais prazer em jogar futebol, em treinar. O principal motivo foi o problema que teve na

Portuguesa”, explicou o presidente do clube do

Pará, Vandick Lima.

Viagem. Desfalcado, Fla segue para ‘guerra’ na Taça Libertadores

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Só falta a taça. Depois de injeções, gols e recordes, Messi quer título inédito no Brasil para acabar com seu estigma em Copas

14 ESPORTE

garoto

Pela equipe principal da Argentina, Messi ainda não conquistou títulos. As únicas glórias foram com as equipes de base

NaSeleção

84jogos

37gols

Cabeção!Quem convive com Messi é unânime em afirmar que o craque é tímido. Há até quem diga que ele é portador da Síndrome de Asperger, considerada uma forma de autismo

[Cristiano] Ronaldo é o melhor jogador do mundo, mas Messi vem de outro planeta”EUSÉBIO, EX-JOGADOR PORTUGUÊS

“Uma Copa a mais ou uma Copa a menos não vai tirar nenhum dos méritos que conquistou até agora”MARADONA, EX-JOGADOR ARGENTINO

tímetros a menos do que Lionel. Mas com uma dife-rença: o Pibe ergueu a taça mais cobiçada do mundo.

Pequeno no tamanho, mas gigante com a bola nos pés, Maradona praticamen-te fez chover no México em 1986, ano em que os argen-tinos comemoram o bicam-peonato. No ano seguinte, nascia em Rosario o princi-pal candidato a conduzir o time ao tri.

O caminho até chegar ao Brasil foi longo. O garo-to de Rosario iniciou a car-reira na base do Newell’s Old Boys. Lá, aos 9 anos, descobriu que tinha um problema hormonal: com 1,25m era menor do que o normal para a idade. Co-meçava ali o primeiro em-bate do menino com um

zagueiro que a vida posta-va em seu esquema tático.

Para crescer, literalmen-te, Messi teve de se sub-meter a injeções de hor-mônios. Diariamente, o próprio menino as aplicava nas pernas, sem reclamar. Até que, depois de quatro anos, a família se viu sem condições de pagar o trata-mento, que custava cerca de R$ 2 mil. Sem saída, o pai do atacante, Jorge Mes-si, ofereceu o filho ao River Plate, um dos gigantes da capital. A negociação não deu certo. Mas o destino já estava escrito.

A família Messi tinha parentes em Lérida, na Es-panha. E foi para lá que os argentinos se muda-ram, quando Lionel tinha 11 anos. Por pouco, não

Messi e Ronaldinho treinam juntos em 2006

SHAUN BOTTERILL/GETTY IMAGES

“Ele gosta muito mais do gol do que eu. Eu me ligava mais ao jogo, mais em criar do que fazer gol”MARADONA, EX-JOGADOR ARGENTINO

Ninguém ganhou mais ve-zes o prêmio de melhor do mundo do que ele. Fo-ram quatro Bolas de Ou-ro seguidas, entre 2009 e 2012. Nem fez mais gols em uma mesma temporada – 91 tentos em 2012. Aos 26 anos, já é o maior artilhei-ro da história do Barcelona, com 371 gols. A Lionel Mes-si não faltam números, re-cordes e estatísticas favo-ráveis. Falta uma Copa do Mundo.

Até mesmo por isso, as comparações com Diego Maradona são inevitáveis. A mesma perna esquerda talentosa, a mesma camisa 10, passagens pelo mesmo Barcelona e pelo Newell’s Old Boys... e praticamente a mesma altura – Marado-na tem 1,65m, quatro cen-

Um grande

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GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |14|◊◊GRANDE VITÓRIA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014

www.readmetro.com

Messi também é o maior artilheiro do clássico entre Barcelona e Real Madrid, com 21 tentos

O ano de 2013 foi ingrato para Messi em termos

físicos. Ele teve cinco lesões nas duas coxas e

desfalcou o Barcelona, sobretudo, no segundo semestre

15ESPORTE

Maradona1,65 m

Messi1,69 m

escapou do Barça: o dire-tor Carles Rexach, com o olhar clínico de quem ha-via jogado com o holan-dês Johan Cruyff nos anos 70, improvisou um contra-to com o menino – redigi-do e assinado num guarda-napo – quando o pai deu um ultimato aos espanhóis. Ou assinavam ou Messi vol-taria para a Argentina. O acordo foi feito. A história, também.

Desde então, Messi foi cuidado como filho pelo Barça. De um ponta veloz e habilidoso, que dividia o gramado com Ronaldi-nho Gaúcho, tornou-se um goleador nato, a ponto de convencer o clube a abrir mão do sueco Ibrahimovic. Os números mostram que a escolha foi certeira.

Com muito barulho den-tro de campo e quase ne-nhum fora dele, Messi tor-nou-se unanimidade. Se há um único lugar em que, possivelmente, sobram dú-vidas, é em sua terra natal.

Que Messi, afinal, esta-rá no Brasil? O gênio que já ganhou tudo o que é possí-vel pelo Barcelona ou o jo-gador que enche a Argenti-na de esperança mas que, até aqui, não conseguiu ne-nhum título?

Neste ano, Messi terá a terceira oportunidade de atingir a glória máxima. Em 2006, na Alemanha, não foi titular e viu o país cair nas quartas diante dos anfitriões, nos pênal-tis. Quatro anos depois, já era a estrela. Mas a Alema-nha, novamente, mandou a equipe para fora da Áfri-ca do Sul com uma goleada por 4 a 0.

Se conseguir o título, Lionel vai igualar o gesto de Maradona em 1986: er-guer a taça e escrever um capítulo dourado na sua biografia. METRO

Craque ‘virtual’A habilidade, a velocidade e o faro de gol de Messi são a fórmula certa para o jogador perfeito. Tanto que não são poucos os que consideram o argentino um atleta “virtual”.

“Messi é extraordinário. Ele faz coisas que só vejo no videogame”, disse o sueco Zlatan Ibrahimovic,do PSG.

“Um jogador que marca mais de 90 gols por ano não pode ser real. É jogador de PlayStation”, disse o italiano Gennaro Gattuso.

Pequenos gigantes

O argentino já é o maior artilheiro do clube catalão, onde está desde criança

No Barça 455jogos

376gols

Messiem terno

Discreto na vida pessoal, Messi virou notícia – não só pelos gols – pelos ternos, no mínimo, chamativos que costuma usar em premiações. De bolinhas, flores e cores berrantes, conheça o estilo do craque:

Messi é um dos personagens do jogo Fifa 2014

A esposa, Antonella Roccuzzo, e o filhoThiago, nascido emnovembro de 2012

Veludo vinho na Bola de Ouro de 2011...

CHRISTIAN HARTMANN /REUTERS

DAVID RAMOS/GETTY IMAGES

Constantemente comparados pela altura, número da camisa e jogadas mágicas com a perna esquerda, Messi está a frente de Maradona quando o “Pibe” tinha os mesmos 26 anos da “Pulga”

0,61 0,76Médiade gols

243 413Gols

396 539Jogos

Copa do Mundo de 1986 (Seleção), Copa do Rei e Supercopa da Espanha em 1983 (pelo Barcelona), eleito melhor jogador do mundo em 1986

Jogos Olímpicos de 2008

(Seleção), Seis vezes Campeão Espanhol (pelo

Barcelona), eleito o melhor

jogador do mundo entre 2009 e 2012

Principais títulos

...até aparecer com um visual brilhante na última premiação

... bolinhas na edição2012 do prêmio...

CHRISTOF KOEPSEL/GETTY IMAGES

MARTIN ROSE/BONGARTS/GETTY IMAGES

... na Chuteira de Ouro, ano passado,

o craque apostouem flores...

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