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Sofia de Matos Pedrosa,
nº 23, 7º Ano Turma B3
Escola Básica nº 2 de Anadia
27-03-2011
O teatro grego
Professora
História
Sofia de Matos Pedrosa,
nº 23, 7º Ano Turma B3
Escola Básica nº 2 de Anadia
2011
grego
Professora – Teresa Paula
2
Índice
Introdução..................................................................................................................................................................... 3
Como surgiu o teatro grego .................................................................................................................................... 3
O teatro........................................................................................................................................................................... 4
Os géneros de representação teatral .................................................................................................................. 6
Os actores ...................................................................................................................................................................... 7
Os tragediógrafos e os comediógrafos ............................................................................................................... 9
Conclusão .................................................................................................................................................................... 10
Bibliografia e Webgrafia ........................................................................................................................................ 11
3
Introdução
Pensei realizar este trabalho porque durante o tempo que passamos no Clube de
Jornalismo uma das nossas funções é a procura de informação. Assim, ao fazermos uma
investigação sobre datas importantes encontrámos a que celebra o Dia Nacional do Teatro, a
28 de Março. Lembrei-me das aulas de História e de nelas termos estudado que a civilização
da Grécia Antiga deu uma grande importância ao pensamento e à arte e, particularmente, ao
teatro.
Decidi, então, fazer um trabalho sobre a invenção do teatro para ficar a conhecer melhor
esta arte.
Como surgiu o teatro grego
O teatro grego apareceu, ligado à religião e integra-se na cultura grega, com as artes e as
cerimónias gregas e nasceu em Atenas.
Os antecedentes do teatro têm a ver com a festa em homenagem ao deus da vegetação,
da fertilidade, da vinha, do vinho e das festas, o Deus Dionísio. Estas festas dionisíacas
realizavam-se no início da Primavera, em que os jovens dançavam e entoavam cantos líricos,
os ditirambos com fantasias e máscaras dentro do templo deste Deus, oferecendo-lhe vinho.
Com o passar do tempo, esta festa foi-se organizando e passou a ser representada para
as pessoas em recintos ao ar livre: os teatros. Por isso, são chamadas festas dionisíacas.
Muitos dos habitantes de Atenas tinham muito tempo livre os cidadãos e, por isso,
dedicavam-se ao convívio, ao culto e a actividades culturais com vista ao seu pleno
desenvolvimento. Um dos seus espectáculos preferidos era o teatro.
Figura nº 1 – Teatro grego.
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O teatro
A palavra teatro “theatron / θέατρον” significa o "local onde se vê". Deriva do grego
“theaomai/ θεάοµαι” que significa olhar com atenção, perceber, contemplar, meditar, daí que o seu
significado ultrapasse o simples sentido de ver.
Os teatros surgiram a partir do século VI a.C..
Naquela altura o Teatro podia ser definido como o espaço semicircular que comportava
cerca de quinze mil espectadores.
Figura nº 2 – Planta de um teatro grego.
Durante o século V a.C., os gregos construíram vários teatros ao ar livre. Eles
aproveitavam os declives das encostas das montanhas e das colinas de pedra para colocarem
as bancadas. O som (acústica) e a visibilidade eram excelentes, pois as pessoas que se
sentassem na parte superior ouviam tão bem os actores, como aquelas que estivesse sentado
junto à arena.
Primeiro as bancadas foram construídas em madeira e, só a partir do século IV a.C.
começaram a ser em pedra.
Os teatros eram constituídos por várias partes com funções distintas:
� Bancadas – rodeavam a orquestra comportavam os espectadores.
� Cena – palco onde actuavam os actores.
� Orquestra – área circular em terra batida ou com lajes de pedra situada no centro das
bancadas. No seu centro estava o altar do Deus (em honra ao Deus Dionísio), em torno
do qual os músicos, o coro e os dançarinos se movimentavam cantando os seus
cânticos.
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A orquestra inicialmente teria uma forma quadrangular, como acontece no Teatro de
Tóricos. No seu centro ficava o altar “thymele”, que para além de servir de adereço
servia para se fazerem os sacrifícios, em honra a Dionísio.
� Os “parodoi” localizados um de cada lado da orquestra serviam para o coro entrar.
� O cenário, “skene”, localizava-se por detrás da orquestra e era uma estrutura que
inicialmente servia como camarim para os actores trocarem de roupa. Mais tarde
representava a fachada de um palácio ou de um templo.
� O proscenium, localizado em frente à skene, era o local onde os actores representavam,
muito embora eles também utilizassem a orquestra.
Alguns dos mais importantes teatros da Antiga Grécia são:
� Teatro de Delfos
� Teatro de Dionísio
� Teatro de Dodona, o Odeon de Herodes Ático
� Teatro de Epidauro
� Teatro de Mileto
� Teatro de Segesta
� Teatro de Siracusa
Figura nº 3 – As ruínas do teatro de Delfos.
Figura nº 4 – As ruínas do Teatro de Mileto.
Os gregos desenvolveram de tal modo o teatro que ainda hoje é visível a sua influência
nos artistas, dramaturgos e em todas as pessoas ligadas a esta arte.
Esta influência do teatro grego é particularmente visível, na encenação actual de peças
teatrais que foram criadas na Grécia Antiga.
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Os géneros de representação teatral
Durante o século V a.C., período clássico da História da Grécia, apareceram os géneros de
representação mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia. Estes dois géneros de
representações teatrais eram apresentados ao público, intercaladamente, durante os festivais.
Tragédia – esta representação tinha como objectivo levar o espectador a reflectir sobre o
sentido e a sua própria vida inspirando-se ou sendo retratada normalmente em:
� Problemas emocionais e psicológicos, em que representavam histórias da existência
humana, nomeadamente o sofrimento do Homem como vítima do seu próprio destino
(paixões, vingança e ambição);
� Lendas e mitos;
� Homenagear os deuses gregos e retratar as relações entre eles e os Homens.
� Representar as histórias dos heróis gregos (factos heróicos ou a sua queda, muitas
vezes atribuída à sua arrogância, hybris1).
Neste tipo de representação as personagens estavam sempre condenadas a um fim
trágico: o sofrimento e a morte.
Esta representação é mais antiga que a comédia. Julga-se que tenha surgido em meados do
século VI a.C.
Figura nº 5 – Calumnia de Apelles1 – Botticelli, Sandro.
1 Em grego ὕὕρις, "hýbris") é um dos elementos da tragédia grega que revela insegurança da vida, atitude perante
um desafio, acontecendo quando os protagonistas se interrogam sobre o seu destino sobre a validade das leis
dadas aos homens pelos deuses ou pela polis.
Comédia – representação humor
crítica social de uma maneira cómica, ridiculariza
os seus defeitos e fraquezas. Por exemplo, c
comédia caricaturava, enfim, o absurdo do comportamento humano.
Figura nº 6 –
Nesta representação o coro assumia uma importância
tragédia. Na comédia os actores dialogavam com o público criando uma interactividade
superior à existente na tragédia
Os actores
Os actores eram todos homens e
femininos.
Os actores usavam máscaras que tornavam a repr
expressivas e, simultaneamente
humorística que retratava os aspectos da vida quotidiana
cómica, ridicularizando figuras e situações da época,
Por exemplo, criticava os políticos de uma forma humorística.
o absurdo do comportamento humano.
– Cena de comédia em vaso da Apúlia, século IV a.C.
o coro assumia uma importância superior àquela que possuía
. Na comédia os actores dialogavam com o público criando uma interactividade
xistente na tragédia.
homens e desempenhavam tanto os papéis
Os actores usavam máscaras que tornavam a representação das personagens mais
taneamente, projectavam o som das suas vozes de forma mais intensa
Figura nº 7 – Máscara teatral.
7
tos da vida quotidiana. Faziam a
figuras e situações da época, mostrando
os políticos de uma forma humorística. A
vaso da Apúlia, século IV a.C.
superior àquela que possuía na
. Na comédia os actores dialogavam com o público criando uma interactividade
papéis masculinos como
esentação das personagens mais
projectavam o som das suas vozes de forma mais intensa.
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Figura nº 8 – Máscara teatral do tipo, século V a.C.
Os actores interpretavam, durante o mesmo espectáculo, diversos papéis.
O número de actores era diferente na tragédia e na comédia. Assim, na tragédia eram
apenas três e na comédia quatro.
As vestes utilizadas pelos actores nas duas representações também eram diferentes.
Enquanto na tragédia as vestes consistiam numa túnica até aos pés, chamada quiton, e nuns
sapatos muito altos, chamados o coturno, na comédia as vestes utilizadas eram semelhantes
às dos cidadãos e o calçado era composto por umas sandálias.
As vestes, túnicas, utilizadas pelos actores da tragédia eram de cores vivas e nos pés
calçavam os tais coturnos.
O uso de máscaras, das vestes garridas e dos «coturnos» que lhe aumentava a estatura,
davam-lhes um aspecto majestoso, tornando-os mais visíveis. Para além disso, as máscaras de
comédia e mesmo de tragédia, juntamente com o vestuário, permitiam aos actores
representar o estado de espírito da personagem, aumentar o tom de voz e possibilitavam a
representação de vários papéis, nomeadamente os papéis femininos.
Também recorriam muito à mímica para representar os papéis das diversas
personagens. Muitas vezes o teatro recorria à música, que era cantada por um coral.
Os cenários eram decorados de maneira a permitir um maior realismo à representação
teatral.
Figura nº 9 – Teatro Grécia Antiga, século V a.C.
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Os tragediógrafos e os comediógrafos
Muitas das tragédias gregas escritas perderam-se. Salientam-se apenas três os
tragediógrafos considerados importantes (as datas de vida deles são aproximadas):
� Ésquilo (525 a.C. a 456 a.C.);
� Sófocles (497 a.C. a 406 a.C.);
� Eurípedes (485 a.C. a 406 a.C.).
Principais obras destes autores:
� Ésquilo – Prometeu Acorrentado.
o Obra sobre os Deuses e os Mitos.
� Sófocles – Édipo Rei.
o Esta obra tratava das grandes figuras Reais.
� Eurípedes – As Troianas.
o Esta obra tratava dos renegados, dos vencidos.
Figura nº 10 – Busto de Eurípides.
Aristófanes (456 a.C. – 380 a.C.) destacou-se como um dos maiores autores da Comédia
Antiga, muito embora haja outros dramaturgos conhecidos, como é o exemplo de Menandro
(341 a.C. - 290 a.C.)
O comediógrafo Aristófanes encontrava na vida de Atenas, na educação dos sofistas e na
guerra a inspiração para os seus trabalhos, que se caracterizavam essencialmente pela crítica
aos governantes.
Figura nº 11 – Aristófanes. Como exemplos de trabalhos deste dramaturgo temos:
� “Os Cavaleiros” e “Os Acarnenses” inspirados na vida ateniense
� “As Nuvens” inspirada na educação dos sofistas.
� A “Lisístrata” inspirada na guerra.
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Conclusão
Ao realizar este trabalho eu compreendi que o teatro não é apenas a representação que
nós, público, vimos. Há todo um trabalho anterior, como por exemplo a redacção do texto, que
é um trabalho que deve demorar muito. Também há a confecção das vestes, adornos e a
construção do cenário, que antes é pensado e desenhado para dar a sensação que a cena
representada é real. Depois há a escolha dos actores e todo o trabalho que estes têm em
decorar as suas falas (nome que é dado aos textos que eles têm de saber), em saber quais as
suas posições, as suas deixas, que é o momento em que devem representar.
Aprendi que representar não é só dizer as tais falas, mas há uma parte mímica e de
movimentação do corpo, de gestos do corpo e da face que são muito importantes e
fundamentais no teatro.
Aprendi, também, que para além dos actores que vimos em cena, há muitas outras
pessoas a trabalhar para que o teatro seja aquele que nós depois vimos. São costureiros,
pessoas que maquilham os actores, que os ajudam a vestir e a despir, são os aderecistas e
muitos, muitos mais!
Há também o ponto que é um senhor que está normalmente enfiado debaixo do palco na
parte central à frente e que ajuda os actores quando estes se esquecem da sua fala.
Aprendi que desde o teatro grego muito mudou na representação, por exemplo hoje já
temos mulheres a representar e os teatros são feitos em recintos fechados.
Fiquei ainda a saber que o teatro nasceu na Grécia Antiga (século VI a.C.).
No geral gostei muito de fazer este trabalho. Espero que a Sra. Professora também tenha
gostado.
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Bibliografia e Webgrafia
Oliveira, Ana e outros, História 7, Texto Editora
Fichas fornecidas pela Sra. Professora
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_Gr%C3%A9cia_Antiga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Delphi_amphitheater_from_above_dsc06297.jpg
http://www.google.pt/images?hl=pt-
pt&source=hp&biw=1206&bih=616&q=O+teatro+grego&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=
http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%BAbris
http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/lexico_grecoromano/hybris.htm