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Caro Professor,
Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010.
As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes.
Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.
Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.
Bom trabalho!
Equipe São Paulo faz escola.
GABARITO
Caderno do Aluno de Geografia – 8ª série/9º ano – Volume 1
Página 3
O texto permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem
em escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre diversos
grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito mais volumosas e
aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os povos? Isso não dará
condições para perceber que, na atualidade, a escala mundial está bem mais plena de
relações? Será que estamos nos transformando em “cidadãos do mundo”, bem mais do
que apenas cidadãos nacionais?
Neste sentido, sugerimos ao professor repassar com os alunos o significado dos
seguintes termos presentes no texto.
– Oriente Próximo: refere-se à região do Oriente Médio. O termo Oriente Próximo
é utilizado quando se tem como referência a Europa.
– Europa setentrional: o mesmo que norte da Europa.
– Fiados: qualquer filamento ou fibra têxtil que se reduziu a fio.
– Mocassins: tipo de calçado criado pelos indígenas norte-americanos, feito de
couro cru, que envolvia o pé, sem sola dura e sem salto. Na atualidade corresponde
ao tipo de sapato de couro, baixo e que tem como qualidade ser confortável.
– Gauleses: povo celta conquistado pelos romanos e que habitava a Gália, antiga
região correspondente, hoje, ao território da França.
– Masoquista: diz-se de pessoa que busca o sofrimento. No texto, o autor emprega
ironicamente o termo referindo-se ao sofrimento resultante do ato de se barbear.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO
– Sumerianos: povo originário da Suméria, uma das mais antigas civilizações da
Mesopotâmia (Ásia).
– Semitas: grupo étnico e linguístico que compreende os hebreus, os assírios, os
aramaicos, os fenícios e os árabes.
– Narrativas: no texto corresponde à exposição de um acontecimento ou de uma
série de acontecimentos mais ou menos encadeada, reais ou imaginários, por meio de
palavras ou de imagens.
– Divindade hebraica: deus hebreu.
– Indo-europeia: ramo linguístico correspondente à maioria das línguas ocidentais.
Página 4
Considerando-se os diferentes ramos de atividades econômicas, espera-se que os
alunos coletem materiais representativos de empresas transnacionais, ou mesmo
consigam perceber o aumento da participação de produtos importados no cotidiano das
famílias brasileiras. Tais alterações são representativas das mudanças ocorridas na
economia brasileira após a abertura econômica ocorrida em meados de 1990, durante o
governo Collor. Antes desse período, a industrialização brasileira fundamentava-se no
modelo de substituição de importações. A redução das alíquotas de importação
ocorridas com a abertura econômica imprimiu profundas alterações no modelo
industrial brasileiro, responsável por consolidar a presença de capitais transnacionais em
setores anteriormente protegidos.
Em geral, os bens não duráveis (como os ramos alimentício, de higiene e limpeza,
têxtil e calçadista) eram representativos do capital industrial de base nacional.
Atualmente, esses setores passaram a pertencer a conglomerados transnacionais que
adquiriram o controle de inúmeras marcas nacionais, consolidando sua presença na
economia brasileira do século XXI. Evidentemente ainda perduram alguns grupos
nacionais; porém, cada vez mais, imprimem menor peso no mercado nacional.
Quanto às empresas produtoras de bens duráveis, historicamente pertencem a grupos
transnacionais, em função dos altos investimentos para a sua instalação e produção,
como ocorre nos setores de eletrodomésticos e automóveis.
Páginas 5 - 6
A elaboração do mapa terá como base a síntese dos dados coletados pelos alunos. Em
sua elaboração, sugerimos que você ressalte aos alunos a importância da construção da
legenda, assim como os acompanhe na definição da largura das setas, pois a densidade
das mesmas representará a diferença de fluxos de uma região para outra do mundo.
Páginas 7 - 9
1. A figura representa o “encolhimento” do mapa do mundo em virtude do avanço nas
tecnologias de transporte, o que permite percorrer a mesma distância em muito
menos tempo. Desde 1500, com os barcos a vela, até 1960, com os jatos de
passageiros. Por meio da metáfora do “encolhimento”, pode-se compreender a
relativização das distâncias, que não são impedimentos para os contatos, desde que
se tenham os meios técnicos para isso.
a) Espera-se que os alunos identifiquem que o formato em funil representa o
encurtamento das distâncias em função das sucessivas alterações nos meios de
transporte ocorridas no decorrer da história.
b) Espera-se que os alunos extraiam da figura os dados correspondentes ao encurtamento
das distâncias derivadas das alterações ocorridas no sistema de transportes ao longo da
história humana. Como demonstra a figura, entre os séculos XVI e XIX, as carruagens e as
embarcações a vela deslocavam-se a 16 km por hora. Já com as locomotivas e as
embarcações a vapor, transportes popularizados nos século XIX e XX, o deslocamento
passou a ser bem maior chegando, respectivamente, 100 km/h e 57 km/h. Com a
introdução dos aviões a propulsão e os a jato, popularizados na segunda metade do século
XX, as velocidades tornaram-se muito acentuadas (480 a 640 km/h e 800 a 1100 km/h,
respectivamente), diminuindo-se o tempo de deslocamento de um lugar a outro do planeta.
c) Espera-se que os alunos identifiquem que, com a inserção de novos meios de
transporte, houve encurtamento do tempo. Nesse sentido, o espaço ganha novas
dimensões, pois pessoas e mercadorias chegam em menor tempo aos seus destinos,
modificando as relações sociais e econômicas entre os povos. Espera-se também que
os alunos identifiquem novas formas de encurtamento das distâncias, tais como
popularização da aviação comercial, surgimento do trem-bala, podendo até mesmo
destacar a velocidade da transmissão de informações por meio de cabos de fibra
óptica, TV a cabo e internet.
d) Espera-se que os alunos destaquem a evolução do sistema de transportes,
responsável pelo encurtamento das distâncias e pela aproximação dos mercados.
2.
a) Espera-se que os alunos extraiam do mapa os seguintes dados: o maior número
de comunidades quilombolas concentram-se nos Estados do Rio de Janeiro, de Minas
Gerais, da Bahia, do Maranhão e do Pará.
b) Como grande parte dessas comunidades encontra-se isolada, pois resultam das
antigas áreas de abrigo de escravos, espera-se que os alunos identifiquem
dificuldades relativas à circulação de produtos e serviços característicos de áreas
mais urbanizadas e, portanto, disponibilizados pelas redes globalizadas. Podemos
também enfatizar o fato de que a internet tornou-se um meio adequado para a difusão
dos direitos dessas comunidades, principalmente no que concerne ao direito à terra e
ao reconhecimento da identidade particular desses grupos. Há inúmeros sites de
divulgação, como o da Comunidade Pró-Índio de São Paulo (Disponível em:
<http://www.cpisp.org.br/comunidades/>. Acesso em: 08 dez. 2009).
Página 10
A tabela demonstra a desigualdade entre os continentes em relação à difusão da
internet, demonstrada pela nº de internautas no mundo. A disparidade entre os países e
regiões representativas do mundo desenvolvido (Europa, Canadá e EUA e
Ásia/Pacífico) e o restante do mundo (países emergentes e subdesenvolvidos) é muito
grande, notadamente na África e no Oriente Médio. Portanto, a frase relata apenas a
existência de uma possibilidade tecnológica, sem considerar que o acesso aos sistemas
técnicos é desigual, não atingindo a todos igualmente. A tabela, portanto, evidencia que,
de fato, a globalização é seletiva.
Páginas 12 - 15
1. O texto conduz o leitor a uma análise geral dos efeitos da globalização em diferentes
níveis e setores da vida em sociedade. Sugere-se, portanto, que o aluno considere
desde situações locais, como a questão das demissões em alguma empresa
importante na cidade ou na região; um setor produtivo que empregue muitas pessoas
e dependa das exportações para garantir empregos e salários, mas também situações
que estejam na mídia e que podem ser utilizadas como contexto para exemplificar os
efeitos da globalização em diferentes escalas. Além disso, é importante que você
pondere com os alunos, na discussão desse texto, que a formação dos blocos
econômicos supranacionais (União Europeia, por exemplo) obedece à lógica do
capitalismo, baseado no princípio neoliberal de redução de custos, aumento da
produtividade e maximização dos lucros. Portanto, a globalização da economia,
apoiada na eficiência cada vez maior dos sistemas produtivos, dos meios de
transporte e de comunicação, contribui para a ampliação dos mercados e o
encurtamento das distâncias, tornando esse processo uma tendência inevitável em
escala planetária.
a) A globalização, ao facilitar a expansão das empresas transnacionais e ampliar o
comércio mundial, auxilia no aumento do poder dessas empresas sobre as ofertas de
emprego e a fixação dos salários, por exemplo.
b) Espera-se que os alunos, a partir da leitura e da análise do texto, façam uma
reflexão sobre as consequências da globalização na dinâmica econômica e,
especificamente, no mercado de trabalho. A tendência é a de que os alunos
concordem com a afirmação do autor, mas podem surgir opiniões diferentes. O
importante é que você estimule a argumentação do aluno para justificar sua posição.
2. O texto traz um tema já estudado pelos alunos na 6a série/7o ano, a regionalização
brasileira. Portanto, já deverão estar familiarizados com os termos regionalização,
região e problemática regional. Agora, na 8a série/9o ano, busca-se aprofundar o
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
DIFERENÇAS REGIONAIS NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO
tema estabelecendo relações entre as diferentes escalas do espaço mundial. Na
discussão, sugere-se ressaltar a importância do meio na formação do espaço, assim
como a influência exercida pelos sistemas técnicos na divisão territorial do trabalho.
Alguns exemplos: a cultura do habitante da Amazônia é muito influenciada pelas
águas e pela floresta; os sistemas coloniais influenciam na divisão do trabalho entre
metrópoles e colônias.
Páginas 15 - 16
1. Espera-se que os alunos indiquem formas de acesso a notícias e fatos facilitadas pela
diversidade dos meios de comunicação e informação, como o uso da internet, o acesso
à TV a cabo, o uso de caixas eletrônicos, a rapidez na emissão de documentos
(Poupatempo) etc. Além disso, é possível constatar a grande expansão do comércio de
bens duráveis e não duráveis vendidos em lojas popularizadas como “lojas de 1,99”.
2.
a) Espera-se que os alunos identifiquem um exemplo contundente da globalização
dos mercados no trecho em que o autor descreve em que condições as hortaliças
africanas podem ser adquiridas, transportadas e vendidas no dia seguinte no mercado
londrino.
b) O autor destaca que as encomendas realizadas pelos europeus só são possíveis
pela facilidade de bons acessos telefônicos.
c) Espera-se que os alunos percebam que a realidade do Brasil é diferente da
observada no continente africano. Apesar de o Brasil apresentar níveis diferenciados
de desenvolvimento regional, o setor de telecomunicações estende-se por quase todo
o território nacional. Portanto, no caso brasileiro, o acesso a esses benefícios torna-se
irregular em função da distribuição irregular da renda, e não em decorrência de
investimentos na infraestrutura das telecomunicações brasileiras. Isto posto, valerá
discutir com os alunos que a situação africana abarca as duas vertentes desse
problema, pois o continente apresenta baixos investimentos em infraestrutura de
comunicações, assim como apresenta os piores índices de renda na escala mundial.
Página 17
O objetivo é que o aluno desenvolva e justifique as seguintes ideias: dependência
tecnológica, financeira, política, cultural etc. e suas consequências, como o aumento das
disparidades, fosso quase intransponível sem investimentos e desenvolvimentos de
tecnologias próprias.
Páginas 18 - 19
1.
a) Esse mapa-múndi já contém uma primeira regionalização natural do mundo: a
divisão por continentes (Américas, Europa, Ásia, África e Oceania), baseada em
fatores naturais, pois apresenta a divisão entre terras emersas (continentais e ilhas) e
os oceanos e mares.
b) A resposta dependerá dos produtos encontrados pelos alunos, mas o sentido dos
fluxos deve auxiliar a identificação de uma forma de regionalização que considere
países e regiões de economia mais dinâmica em relação ao mercado brasileiro. Dessa
forma, espera-se que a maioria dos produtos seja de empresas transnacionais, tendo
suas sedes em países ricos. Provavelmente, serão lembrados os Estados Unidos, o
Canadá, o Japão e a Europa em geral, ou mais particularmente, os países da Europa
Ocidental.
2. Você poderá conversar com os alunos sobre a importância dos países que formam os
blocos econômicos apresentados no mapa e que possuem comércio com o Brasil. No
caso do Mercosul, em virtude do provável ingresso da Venezuela no bloco sul-
americano, mas que ainda não se definiu, sugerimos que você realize uma pesquisa
quando do momento de sua aula. Para que o país seja aceito como membro
permanente do Mercosul, seu nome deverá ser ratificado por todos os países
membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Já houve aprovação dos
congressos uruguaio e argentino estando em processo de votação no Brasil e no
Paraguai. Em outubro de 2009, o senado brasileiro aprovou o ingresso do país, o que
precisará ainda ser ratificado pela Câmara para posterior aprovação do presidente da
república. O Paraguai aguarda a posição brasileira para se definir.
a) Espera-se que os alunos identifiquem e discutam as semelhanças entre os
agrupamentos, já que o mundo contemporâneo é muito influenciado por
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AS POSSIBILIDADES DE REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
países/regiões/blocos com economia mais dinâmica, como os da União Europeia e os
do Nafta, representados no mapa.
b) O bloco americano, tendo o dólar como referência monetária, está sob a
liderança dos Estados Unidos. É fundamental ressaltar que esse país exerce
incontestável influência regional, mas, acima de tudo, sua influência se dá na escala
global. O segundo bloco é o europeu, cuja referência monetária é o euro, sob
comando dos países que compõem a União Europeia e com significativa influência
no norte da África e parte do Oriente Médio. Esse bloco também exerce poderosa
influência na escala global e tem sido citado como o responsável pelo abalo da
posição do dólar como moeda hegemônica global. Finalmente, temos o bloco da Ásia
ou do Pacífico. A referência monetária ainda é o iene (japonês) e a área de projeção
econômica compreende o chamado Cinturão do Pacífico, a China, a Austrália e a
Nova Zelândia. Sem esquecer que, nesse bloco, a influência dos Estados Unidos é,
também, muito significativa.
c) A China, com seu dinamismo econômico, destaca-se no bloco do Pacífico,
colocando em xeque a liderança do Japão na região. Mas não somente entre os
blocos o poder das influências se altera. Entre blocos ou entre regiões, novos laços se
estabelecem. O Brasil, por exemplo, tem procurado, estrategicamente, incrementar o
intercâmbio comercial com a China, fazendo acordos comerciais e, com isso,
diminuir sua dependência (e a do restante da América do Sul) dos EUA. O Brasil já é
o principal parceiro comercial da China na América Latina. Empresas brasileiras têm
ampliado seus negócios naquele país, exportando, por exemplo, as turbinas geradoras
para a hidrelétrica de Três Gargantas. A cooperação estende-se para o setor
aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto de satélites para meteorologia e
telecomunicações. Sugere-se que você destaque o papel de alguns países no âmbito
das influências econômicas globais, principalmente após o período de crise
econômica verificado no mundo no ano de 2009. Neste sentido, ressalta-se a
influência de um grupo de países conhecidos por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e
China), formado por economias emergentes e que tem se destacado no cenário
econômico mundial.
Páginas 20-22
1.
SSiisstteemmaa BBiippoollaarr
PPaaíísseess llííddeerreess
Estados Unidos União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas
PPaaíísseess aalliiaaddooss
Países capitalistas como Reino
Unido, França, Alemanha Ocidental
ou República Federativa da
Alemanha (RFA), Canadá, Austrália
e outros ligados aos EUA por
acordos como a Otan.
Países socialistas localizados no Leste
Europeu: Tchecoslováquia, Hungria,
Romênia, Bulgária, Polônia, Alemanha
Oriental ou República Democrática da
Alemanha (RDA) e outros ligados à
URSS por acordo militar como o Pacto
de Varsóvia.
2.
a)
MMaaiioorreess ppoollooss ddee ccoomméérrcciioo mmuunnddiiaall
A União Europeia, o bloco dos países asiáticos e da
Oceania, os países que compõem a América do Norte.
ÁÁrreeaass ddee mmaaiioorr ffrraaggiilliiddaaddee nnaass ttrrooccaass mmuunnddiiaaiiss
A África, o Oriente Médio, a CEI e a América Latina.
3. O primeiro mapa representa a divisão bipolar do mundo entre capitalismo, sob a
hegemonia dos Estados Unidos, e socialismo, sob a liderança da extinta URSS, além
das regiões periféricas dominadas por esses países polarizadores. Essa divisão, típica
do período da Guerra Fria, foi superada com o fim da URSS e pelo domínio do
capitalismo, ainda sob a forte liderança dos EUA. Nessa nova configuração, surgem
novos centros econômicos no mundo que polarizam suas regiões, ampliando as
relações de influência regional e global, como mostra o segundo mapa.
4. Alternativa b. A organização dos países em blocos econômicos regionais não
corresponde a todas as dinâmicas importantes que ocorrem na ordem mundial
contemporânea que se organiza de modo multipolar. Um país como a China, de
imensa população e produção, com enorme potencial de crescimento, conta sozinho
como uma força importante nessa nova ordem mundial.
Páginas 22 - 23
No texto dos alunos, espera-se que sejam contemplados os seguintes aspectos:
• A indicação de que os EUA, o Canadá, os países da Europa Ocidental, o Japão e a
Austrália são representativos dos países centrais, enquanto os países africanos, parte
dos asiáticos e dos latino-americanos representam os países periféricos.
• A condição marginal na participação de troca mundial de mercadorias de certas áreas
do planeta (América do Sul e Central, África e partes da Ásia) corresponde a uma
indicação, entre outras possíveis, da condição de subdesenvolvimento (ou de atraso
econômico) de alguns países, o que corresponde a uma possível visão de divisão do
mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Essa condição à margem dos
grandes fluxos comerciais do mundo não significa que os países da “periferia” não se
relacionam com os do “centro”. As relações existem, porém elas são marcadas por
várias desigualdades e desvantagens econômicas nas transações e no poder de
decisão.
Espera-se, também, que a análise permita aos alunos questionar se ainda é possível
enxergar nesse mundo multipolar um centro e uma periferia. Dessa forma, eles podem
concluir que a fragilidade e a condição periférica na ordem mundial contemporânea
ainda permanecem em inúmeras áreas do mundo. Não é tão importante que eles
concluam algo correto, o que importa é que eles percebam e compreendam a existência
de desigualdades.
Páginas 23 - 24
6
P
1 M U L T I P O L A R I D A D E
Í
2 U R S S 7
E E 11
S U 9 M
3 B I P O L A R I D A D E
O O Ó R
B L C
R 8 A 10 O
4 P A Í S E S C E N T R A I S
S A P U 12
F 5 B E R L I M
T C E
A N
E
Páginas 24 - 25
1. Alternativa d. Diferentemente do senso comum que costuma afirmar sobre uma
situação de integração geral no mundo, de eliminação das desigualdades, de
ampliação do desenvolvimento, o processo de globalização ainda não traz esses
indícios. Ao contrário, são novas as desigualdades.
2. Alternativa d. De fato não é mais adequado olhar o mundo a partir de dois polos bem
marcados pelo socialismo e pelo capitalismo – uma ordem bipolar –, pois parece
mais real admitir um mundo multipolar, cujas expressões mais importantes são a
formação de blocos econômicos e o poderio de certas nações.
Páginas 26 - 27
1. O texto apresenta uma síntese histórica da União Europeia, desde a sua formação até
a atualidade. Peça para os alunos verificarem no mapa da página 28 a localização
desses países, levando em consideração a data de ingresso de cada membro na
organização. Espera-se que eles identifiquem não apenas o assunto, mas percebam
que o texto apresenta um panorama histórico desde a fundação da União Europeia
em 1957, considerando o período pós-guerra e a necessidade de reorganização das
economias mundiais.
2. A necessidade de reorganização no período pós-II Guerra Mundial.
3. Esses países eram socialistas e só começaram a se aproximar da economia capitalista
da Europa Ocidental depois da crise do bloco socialista e o fim da Guerra Fria, o que
possibilitou a transição para o capitalismo e a busca de fortalecimento regional. Esse
processo resultou na assinatura do Tratado de Nice, em 2001, e o efetivo ingresso na
União Europeia.
Páginas 28 - 30
1. O mapa permite que os alunos destaquem todos os dados solicitados, desenvolvendo,
dessa forma, uma habilidade importante que é a de transposição de linguagens. Nesse
sentido, a atividade permite que os alunos leiam e extraiam informações do mapa e
organizá-las de outra forma, ou seja, em formato de tabela.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS SUPRANACIONAIS
UUnniiããoo EEuurrooppeeiiaa
AAnnoo ddee iinnggrreessssoo PPaaííss AAddoottaa oo eeuurroo??
1957 Bélgica sim
1957 Holanda sim
1957 Luxemburgo sim
(1957) [1990] Alemanha (Ocidental) [após unificação da
Alemanha]
sim
1957 França sim
1957 Itália sim
1973 Reino Unido não
1973 Irlanda sim
1973 Dinamarca não
1981 Grécia sim
1986 Espanha sim
1986 Portugal sim
1995 Finlândia sim
1995 Áustria sim
1995 Suécia não
2004 Estônia não
2004 Lituânia sim
2004 Letônia sim
2004 Polônia sim
2004 República Tcheca sim
2004 Eslováquia sim
2004 Hungria não
2004 Chipre sim
2004 Malta sim
2004 Eslovênia sim
2007 Bulgária não
2007 Romênia não
2. Aqui novamente os alunos poderão completar a atividade com o que foi discutido em
sala. Espera-se que eles citem os principais tratados e acordos fundamentais para a
constituição da União Europeia, bem como a ampliação no número de países
membros. Por exemplo:
– Tratado de Haia (1947): Bélgica, Luxemburgo e Holanda (BENELUX);
– Tratado de Paris (1948): uniram-se aos países anteriores a Alemanha Ocidental, a
França e a Itália (Ceca); esses países deram origem ao Mercado Comum Europeu
(1957).
O importante nesta proposta é que os alunos busquem reorganizar as informações do
texto, destacando os elementos mais importantes.
Páginas 31 - 37
Observação! Professor, na organização das atividades do Caderno do Aluno, optou-se
por explorar o texto referente ao Mercosul antes da atividade relativa à Alca, uma vez que
esta supõe dos alunos certos conhecimentos a respeito do Mercosul.
1.
a) Eliminação das tarifas alfandegárias de centenas de produtos, criando uma zona
de livre-comércio para a atuação das empresas; livre circulação de mercadorias e
dólares entre os países integrantes; restrições ao livre trânsito de trabalhadores entre
os países, impedidos de migrar em busca de melhores condições de vida.
b) O Canadá tem a vantagem de ampliar seu mercado escoando sua produção para
mais de 430 milhões de habitantes, mas pode, com isso, aumentar ainda mais sua
dependência dos Estados Unidos. O México igualmente usufrui da ampliação do
mercado consumidor. Porém seus sérios problemas sociais e sua fragilidade
econômica o deixam numa situação mais fragilizada perante os demais integrantes do
Nafta. Ele também se destaca como fornecedor de mão de obra barata para empresas
transnacionais dos Estados Unidos. Estes, por sua vez, levam vantagem com o Nafta,
pois ampliaram seu mercado consumidor e tiveram acesso à abundante mão de obra
barata mexicana. Entretanto, precisam resolver o problema social dos milhões de
imigrantes ilegais que vivem no país, principalmente mexicanos.
2. Espera-se que os alunos percebam que o Mercosul só passou a existir após a
aproximação de seus maiores membros, ou seja, Brasil e Argentina. O bloco nasceu
da aproximação geopolítica entre o Brasil e a Argentina e dos acordos prévios de
integração econômica bilateral firmados entre os dois países. A precondição para a
cooperação diplomática e econômica foi a redemocratização política: em meados da
década de 1980, ambos transitaram de ditaduras militares para regimes civis
baseados em eleições livres. Após as mudanças políticas ocorridas nos dois países e a
intensificação do processo de globalização, o empenho em transformar o rompimento
dessa situação em fronteiras comerciais abertas tem como ponto de partida o fato de
a América do Sul constituir uma unidade física contínua, propiciadora de
oportunidades de cooperação.
3.
a) A resposta encontra-se logo no início do texto: ao analisar os resultados da
balança comercial dos Estados Unidos nos últimos anos, ganha sentido o interesse
norte-americano em compor uma área de livre-comércio com toda a América, pois
apresenta superávits de exportação somente em comparação com a América Latina.
Em relação a todos os outros continentes, a balança comercial norte-americana é
deficitária.
b) Os países latino-americanos têm, em geral, receio de uma integração continental,
porque os interesses norte-americanos não são convergentes em relação às reais
necessidades dos povos latino-americanos. Isso se comprova nas diversas formas de
intervenção norte-americana em países da América Latina.
4. Espera-se que os alunos identifiquem nos textos motivações do governo brasileiro
em fortalecer o seu papel comercial na América do Sul. Nesse sentido, em relação à
concretização da Alca, a maior resistência vem do governo brasileiro que não tem
medido esforços para, de certo modo, retardar sua efetivação. A posição brasileira é
em defesa do Mercosul, atualmente o quarto maior bloco de mercado do mundo, com
um PIB conjunto que já supera 1 trilhão de dólares, e tem efetuado parcerias de livre
mercado com vizinhos, ampliando o seu poder na região.
Página 37
Nos textos acerca dos blocos econômicos, há inúmeros dados e informações para
auxiliar na elaboração desta carta. Sugere-se também que os alunos sejam instruídos a
utilizar todos os procedimentos e normas adequados à elaboração de uma carta. Nesse
sentido, sugerimos que a atividade seja realizada em parceria com o professor de Língua
Portuguesa, que se encarregaria de desenvolver tais procedimentos, inclusive
considerando-se o trabalho como atividade interdisciplinar.
Páginas 37 - 38
Alternativa c, conforme os números 1 a 4 inseridos ao lado de cada um desses blocos
econômicos.
AJUSTES
Caderno do Professor de Geografia – 8ª série/9º ano – Volume 1
Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada
página.
19
Geografia – 8a série, 1o bimestre
de vestuário é produzida na China e em outros
países do Sudeste Asiático, enquanto a maioria
dos automóveis, embora fabricados em par-
te no país, são provenientes de empresas com
sedes originais em outros países (Alemanha,
França, Itália, EUA, Japão). A pesquisa pode
ser ampliada para verificar produtos culturais:
música e cinema, por exemplo.
Essa tabela será a matéria-prima para a
elaboração, em um mapa-múndi mudo como
o da Figura 1 (apenas com as divisões políti-
cas que delimitam os países), da representação
dos fluxos que indicam a origem e o destino
dos produtos da “escala global” que circulam
por aqui, além de localizar também a matriz
das empresas que fabricam os produtos.
Na efetivação desse trabalho os alunos pre-
cisam ser orientados para alguns procedimen-
tos básicos, como:
cartografar os dados extraídos da tabela ela- f
borada, indicando a origem e o destino dos
fluxos de mercadoria, por meio de setas;
utilizar um atlas como auxiliar referencial f
para o preenchimento adequado do mapa
mudo;
criar um título para o mapa elaborado. f
Mas isso ainda não é suficiente para a cons-
trução da ideia da configuração geográfica da
escala global. Entretanto, deve ser suficiente
para sugerir algumas características da globa-
lização, ou seja:
uma certa homogeneização dos lugares f
a partir da uniformização dos processos
produtivos, do consumo, dos hábitos;
Figura 5 – Projeção Bertin. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 136.
O�cina de cartogra�a da Sciences PoProjeção Bertin 1953
23
Geografia – 8a série, 1o bimestre
Figura 3 – Comunidades quilombolas. Fonte: Adaptado de Fundação Palmares/Agência Brasil.
Por contraditória que seja a expressão, a
globalização não é universal. Mas pode-se afir-
mar que ela já implica maior interdependência
dos países entre si e das pessoas de certa ma-
neira; uma articulação instantânea entre os
diferentes lugares do mundo (conexão on-line),
uma certa tendência à uniformização de pa-
drões culturais.
Pode-se dizer que a multiplicação dos es-
paços de lucro (domínio de mercados, locais
de investimento e fontes de matérias-primas)
foi uma força que conduziu o mundo à glo-
balização. Entretanto, até este momento, há
limitações para a amplificação do fenômeno:
o progresso técnico atinge poucos países e re-
giões e, ainda assim, de forma circunscrita e
com efeitos que não vão se generalizar.
Está em construção uma nova cartogra-
fia do mundo, com as redefinições no espaço
geográfico. O professor poderá trabalhar com
diferentes mapas de diferentes tempos, como
veremos nas próximas Situações de Aprendi-
zagem, para que os alunos possam visualizar
essas transformações espaciais.
32
Filmes assistidos, o uso da internet, con-
teúdos anteriores de História e Geografia po-
dem auxiliar.
Provavelmente nesse levantamento inicial
os olhares dos alunos estarão voltados para
as questões relacionadas aos hábitos, modos
de vida, esporte, itens de consumo (vestuá-
rio, automóveis, eletroeletrônicos), além dos
produtos da indústria cultural e de entreteni-
mento, principalmente música e cinema dos
Estados Unidos. Afinal, estamos inseridos na
sociedade de consumo, e os apelos publicitá-
rios são muito eficazes. O professor pode, no-
vamente, recordar o texto de García-Canclini,
lido na Situação de Aprendizagem 2.
Essas informações são importantes para
uma primeira caracterização. O aluno deverá
ser auxiliado a completar esse rol de informa-
ções que permitem a identificação dos países e,
novamente, o professor deve propor que pen-
sem em possibilidades de agrupamentos de
países em função dessa caracterização inicial.
Etapa 2 – Principais processos de integração regional, 2007
Agora os alunos irão trabalhar com o mapa
da Figura 4 que reproduz os blocos de poder
no mundo contemporâneo, indicativo da atual
regionalização.
Figura 4 – Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.
UE
ASEAN
NAFTA
MERCOSUL
APECAPECAPECAPEC
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Fonte:http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/http://www.aseansec.org/http://www.nafta-sec-alena.org/http://www.apec.org/http://www.ftaa-alca.org/http://www.mercosur.int/Be
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PIB nacional e regional(em bilhões de dólares PPA)
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3 078
6 445
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Principais processos de integração regional, 2007
41
Geografia – 8a série, 1o bimestre
A ideia central caracteriza-se como hipó-
tese geral da unidade, que será demonstrada
mediante o raciocínio do autor.
Quais argumentos o autor defende? f
Qual é o seu raciocínio? É mediante o
raciocínio que o autor demonstra sua
tese. O raciocínio do autor compõe a es-
trutura lógica do texto.
A análise temática serve de base para o re-
sumo do texto: a síntese das ideias do raciocí-
nio, e não a mera reprodução de parágrafos. O
resumo pode ser escrito com outras palavras,
desde que as ideias sejam as mesmas do texto.
Esta análise fornece as condições para
construir tecnicamente um roteiro de leitura,
para orientar os estudos, seminários e estu-
dos dirigidos.
Fonte: Adaptado: SEVERINO, Antônio Joaquim. Meto-dologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez Editora, 1998.
A seguir, recomendando que o mapa da
Figura 4 seja novamente examinado, apresen-
taremos algumas informações sobre as princi-
pais organizações econômicas supranacionais,
para auxiliar na realização da próxima ativi-
dade, que é a de trabalhar comparativamente
esses diferentes blocos econômicos.
Comecemos com a União Europeia, a par-
tir da leitura do texto a seguir:
União EuropeiaJaime Tadeu Oliva
A ideia de uma organização que congre-
gasse as economias de vários países europeus
se tornou mais forte com o final da II Guerra
Mundial, em decorrência da desestruturação
econômica provocada pelo conflito. Em 1947,
pelo Tratado de Haia, Bélgica, Luxemburgo
e Holanda criaram uma área de livre-co-
mércio denominada BENELUX – nome que
reúne as iniciais de cada um dos países-mem-
bros: BE de Bélgica, NE de Netherland (Ho-
landa) e LUX de Luxemburgo.
Em 1948, pelo Tratado de Paris, seis paí-
ses europeus uniram-se, formando outra en-
tidade econômica denominada Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), com o
intuito de reorganizarem sua base industrial.
Essa pode ser considerada a base inicial de
uma nova organização, o Mercado Comum
Europeu (MCE), nascido em 1957, pelo Tra-
tado de Roma. Surgiu naquele momento a
“Europa dos 6”: Bélgica, Luxemburgo, Ho-
landa, Alemanha Ocidental, França e Itália.
O Tratado de Roma pode ser considerado
responsável pelo nascedouro da União Eu-
ropeia. Em 1973, mais três países solicitaram
o ingresso na organização, e Reino Unido,
Irlanda e Dinamarca passaram a fazer parte
do primeiro grande bloco de livre-comércio
42
do mundo. Na década de 1980, após o fim
das ditaduras em seus países, ingressaram
Portugal, Espanha e Grécia.
Com a desintegração da URSS, respon-
sável pelo fim da Guerra Fria, e o fim da in-
fluência soviética no Leste Europeu, os doze
países do MCE ampliaram seus objetivos,
com o claro intuito de fortalecer a Euro-
pa diante da Nova Ordem Mundial, agora
mais econômica e menos militarizada. Em
1992, aconteceu na Holanda o encontro
dessas nações para assinatura do Tratado de
Maastrich, por meio do qual foi criada a
União Europeia, ampliando as alianças eco-
nômicas e políticas entre os países-membros.
Com isso, estabeleceu-se uma área de livre
circulação de mercadorias, pessoas, serviços
e capitais.
Em 1995, a nova conjuntura mundial
atraiu mais três países para a organização:
Suécia, Finlândia e Áustria, formando a
“Europa dos 15”. Com a assinatura do
Tratado de Amsterdã, em 1997, os países
da União Europeia instituíram o passapor-
te único e a moeda única, o euro – que co-
meçou a ser utilizado em 1999 somente em
transações comerciais e financeiras, entran-
do definitivamente em circulação em 2002.
Em 2001, a assinatura do Tratado de Nice
ampliou ainda mais o número de membros
da União Europeia, pois entraram nesse mo-
mento muitos dos antigos países socialistas
que viviam sob a influência direta da URSS –
Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Polô-
nia, Estônia, Lituânia, Letônia e Eslovênia –,
além de Malta e Chipre. Como resultado
desse tratado, em 2004 nascia a “Europa dos
25”. Em 2007, ingressaram ainda Bulgária e
Romênia, formando a “Europa dos 27”.
Para fazer valer todos os compromissos
assumidos em 1957 com o Tratado de Roma,
ainda serão necessários a consolidação de
uma política militar comum e um maior
empenho dos países-membros em relação às
questões internacionais.
ReferênciasEuropa – União Europeia. Disponível em: <http://europa.eu/index_pt.htm>. Acesso em: 15 out. 2009.VICENTE, Paulo. O Tratado de Roma: nos cinquenta anos da Europa. Disponível em: <http://in-devir.com/index.php? option=com_content&task=view&id=361&Itemid=37>. Acesso em: 15 out. 2009.
Peça agora para os alunos verificarem no
mapa da Figura 9 a localização desses países,
levando em consideração a data de ingresso
de cada membro na organização, algo que o
mapa está representando.
A seguir, apresentaremos informações
iniciais sobre o Nafta, que deverão ser apro-
fundadas após a conclusão da pesquisa a ser
realizada pelos alunos.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola
47
Geografia – 8a série, 1o bimestre
região no trato dos desafios e oportunidades
da globalização. A organização aprofundada
da convivência no espaço sulamericano pode
ampliar vantagens comparativas em um pro-
cesso de inserção competitiva na economia
mundial, na medida em que os vetores lo-
gística/transporte, telecomunicação/energia
forem desenvolvidos para adicionar valor e
reduzir custos, estimulando, num clima de
paz, os elos do comércio e do investimento.
Figura 10 – Mercosul. Fonte: Organizado por Jaime Tadeu Oliva especialmente para o São Paulo faz escola, 2008.
Seguindo a tendência que vigorou como
forma de reorganização econômica dos esta-
dos pós-Guerra Fria, o Mercosul, a partir de
1994, definiu como metas a implantação de
uma área de integração dos mercados, conso-
lidando o livre-comércio entre os quatro paí-
ses, com a eliminação completa das tarifas de
importação. Também propôs uma Tarifa Ex-
terna Comum (TEC), por meio da qual pro-
dutos importados de países não pertencentes
ao bloco só podem circular no interior dos
mesmos se as normas tarifárias atenderem aos
interesses de cada um dos países do bloco.
Essa integração comercial abrange uma
área de quase 12 milhões de km2 e um mer-
cado consumidor com mais de 240 milhões
de pessoas, envolvendo um PIB de 1,312 tri-
lhão de dólares (2006).
Dos quatro membros do bloco, as maiores
economias são as do Brasil e da Argentina
(juntas, correspondem a 80% das transações
do bloco). Também apresentam diferencia-
ções quanto aos custos de produção e tipo de
setores que recebem os maiores investimentos.
Enquanto o Brasil possui um parque indus-
trial bem mais diversificado que o da Argenti-
na, com tecnologia avançada, maior produção
e salários mais baixos, o país vizinho lidera a
produção de grãos, frutas e pecuária, apresen-
tando custos mais baixos que o brasileiro nes-
tes setores. Desta forma, a integração regional
entre estes dois países transformou o Merco-
sul num eixo prioritário do comércio exterior
brasileiro. A Argentina, nos primeiros anos de
funcionamento do bloco, tornou-se, isolada-
mente, o segundo maior parceiro comercial do
Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Só
para exemplificar, em 1997, o bloco do Cone
Sul respondeu por mais de 16% da corrente
0 936 km
N
BRASIL
URUGUAI
PARAGUAI
ARGENTINA
53
Geografia – 8a série, 1o bimestre
O mapa representa a divisão bipolar do
mundo entre capitalismo, sob a hegemo-
nia dos Estados Unidos, e socialismo, sob
a hegemonia da extinta URSS, além das
regiões periféricas dominadas por um e
outro. Essa divisão, típica do período da
Guerra Fria, foi superada com a extinção
do socialismo na URSS e pela hegemonia
do capitalismo, ainda sob a forte liderança
dos EUA.
5. Considerando o mapa apresentado a seguir e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta:
Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.
a) Os países da União Europeia, dife-
rentemente dos Estados Unidos e do
Japão, são os mais dinâmicos econo-
micamente, porque são os únicos a se
organizar em blocos regionais.
b) Não são somente os países que se orga-
nizam em blocos regionais que atuam
no comércio em escala mundial. Esse
é o caso da China, que de forma inde-
pendente é uma potência comercial.
c) A América do Sul com a constituição
do Mercosul está se isolando do pro-
cesso de globalização, visto que essa
organização restringe as relações com a
escala mundial.
UE
ASEAN
NAFTA
MERCOSUL
APECAPECAPECAPEC
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Fonte:http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/http://www.aseansec.org/http://www.nafta-sec-alena.org/http://www.apec.org/http://www.ftaa-alca.org/http://www.mercosur.int/Be
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PIB nacional e regional(em bilhões de dólares PPA)
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Principais processos de integração regional, 2007
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O�cina de cartogra�a da Sciences PoProjeção Bertin 1953
a) Nafta, Mercosul, União Europeia, Blo-
co Asiático.
b) União Europeia, Bloco Asiático, Nafta,
Mercosul.
c) União Europeia, Nafta, Mercosul, Blo-
co Asiático.
d) Nafta, Bloco Asiático, União Europeia,
Mercosul.
e) Nafta, Mercosul, Bloco Asiático, União
Europeia.
O mapa em questão possui alguns números
de 1 a 4 inseridos na posição de alguns blo-
cos econômicos e a sequência correta está
expressa na alternativa c.
Projeção Bertin. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 136. Adaptado para fins didáticos.
1
3
2
4
59
Geografia – 8a série, 1o bimestre
3. Analise as informações do mapa a seguir e escreva um pequeno texto relacionando-o ao proces-
so de globalização.
Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.
O mapa representa as principais forças regionais que atuam na escala mundial, com o destaque do
bloco americano e da União Europeia.
UE
ASEAN
NAFTA
MERCOSUL
APECAPECAPECAPEC
ALCA
Fonte:http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/http://www.aseansec.org/http://www.nafta-sec-alena.org/http://www.apec.org/http://www.ftaa-alca.org/http://www.mercosur.int/Be
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PIB nacional e regional(em bilhões de dólares PPA)
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