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RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DO PROJETO
PLANTE BONITO
PLANTIO NAS MARGENS DO CORREGO RESTINGA
BONITO – MS.
1. Apresentação
O IASB realizou no dia 29 de fevereiro de 2008 as atividades de
manutenção e monitoramento das espécies nativas plantadas há três meses
pelo projeto Plante Bonito, realizado pela instituição.
O Projeto Plante Bonito, que prevê ações de reflorestamento, visando
contribuir na melhoria da qualidade ambiental das áreas degradadas, além de
ajudar a minimizar os efeitos das emissões de gases na atmosfera (efeito
estufa), realizou o plantio de 104 mudas de espécies nativas às margens do
córrego Restinga, em 29 de novembro de 2007, na área urbana de Bonito.
Dessas mudas plantadas, 86 foram demarcadas com estacas para auxiliar o
seu monitoramento.
Essas mudas plantadas fornecidas pelo Viveiro Municipal, através da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bonito e patrocinadas pelas
empresas: Hotel Pousada Águas de Bonito, Agência Águas de Bonito Turismo
e Lima Limão Conveniência.
2. Atividades Realizadas
Para garantir o desenvolvimento e acompanhar o processo de
crescimento das mudas, o IASB realiza atividades de manutenção e
monitoramento das espécies plantadas. Estas atividades estão prevista para
serem realizadas no intervalo de três meses, sendo que as atividades de
manutenção serão realizadas conforme a necessidade das mudas em absorver
umidade do solo para sua sobrevivência e proteção contra animais, previstas
por um período de dois anos.
Manutenção das mudas
Entre as atividades de manutenção, destaca-se a realização de
coroamento nas arvores que foram plantadas e que estavam demarcadas por
estacas, sendo que o restante das mudas havia se perdido no mato que
cresceu. Esse coroamento exerce a função de proteger as mudas ainda frágeis
e diminuir a competição com as plantas invasoras. Como as áreas escolhidas
para os plantios encontram - se em estados de degradação, e necessário
recompor a fertilidade natural do solo, que aumenta com o passar do tempo.
Para isso foi realizada a incorporação de folhas e galhos próximo as arvores,
que servirão de adubos naturais ao solo através do processo da decomposição
realizados por microorganismo que se alimentam desses compostos,
produzindo húmos e liberando minerais que novamente servem da alimento
para as plantas (Arl, 2006).
A recoberta do solo com folhas e galhos também se torna essencial para
não deixar o solo exposto, aumentando a sua retenção de umidade. Isso é
essência no auxilio da mudas para suportar o estresse hídrico causado com
sua retirada do viveiro, onde obtinha boas condições de umidade e
luminosidade. A disponibilidade de água no solo durante os estágios iniciais de
desenvolvimento das plantas jovens, assume certa importância, tendo em vista
que a escassez de água pode atrasar o crescimento ou provocar elevada
mortalidade das mudas (Paiva & Poggiane, 2000).
Considerando esses fatores, as mudas logo após o plantio passam por
um período de adaptação as novas condições impostas e não se desenvolvem
com muito vigor.
Colocação de palha próxima a muda
2.2 Monitoramento do crescimento das mudas
Para o monitoramento do crescimento foram selecionados 20
exemplares de mudas que estavam com estacas, considerando as diferentes
condições de luminosidade em que se encontra cada uma delas. Além dessa
árvores selecionadas, todas as outras se apresentavam vigorosas após três
meses de plantio, e não foi observada a morte de mais nenhuma muda além
das seis que foram constatadas após um mês da realização do
reflorestamento.
Foi realizado a medida da altura do caule das mudas a anotadas as
condições em que elas se encontram. Esses dados estão expressos na tabela
a seguir:
Número da estaca
Nome popular da árvore
Altura do caule (cm)
Luminosidade
01 Canafístula 20.5 Sombra 02 Peroba 15 Sombra 03 Ingá 21 Sombra 05 Aroeira 19 Sombra 09 Peroba 16 Sombra 12 Tarumã 26 Sombra 19 Chico – magro 69 Meia sombra 63 Angico 16 Meia sombra 50 Ingá 39 Sombra 49 Ipê 18 Meia sombra 54 Tarumã 17 Sol
82 Ingá 12 Sol 44 Canafístula 31 Sol 42 Embaúba 51 Sol 45 Aroeira 40 Sol 46 Angico 49 Meia sombra 38 Angico 15 Sol 37 Tarumã 33 Sol 34 Tarumã 18 Sombra 83 Embaúba 44 Sol 89 Chico – magro 39 Sombra
As estacas das mudas selecionadas foram demarcadas com barbante
na ponta para facilitar o continuo acompanhamento do crescimento das mudas,
através do qual pretendemos avaliar a adaptação das espécies às condições
naturais em que se encontra o solo e as condições de sobrevivência impostas
pelo ambiente.
Medição da altura do caule
3. Referencia Bibliográfica:
- Arl, Valdemar. É Cuidando da Terra que a Gente Conserva o Planeta Água. Caderno técnico nº 01. ed. Berthier, Passo Fundo- RS. 2006.
- PAIVA, ARY VIEIRA & POGGIANE, FABIO. Crescimento de Espécies Arbóreas Nativas Plantadas no Sub-Bosque de um Fragmento Florestal. Scientia Forestalis, nº 57. p. 147-151, jun. 2000.