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UNICAMP Universidade Estadual de Campinas Reitor José Tadeu Jorge Coordenador-Geral Alvaro Penteado Crósta Elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Periodicidade semanal. Correspondência e sugestões Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, CEP 13081-970, Campinas-SP. Telefones (019) 3521-5108, 3521-5109, 3521-5111. Site http://www.unicamp.br/ju e-mail leitorju@ reitoria.unicamp.br. Twitter http://twitter.com/jornaldaunicamp Assessor Chefe Clayton Levy Editor Álvaro Kassab Chefia de reportagem Raquel do Carmo Santos Reportagem Carmo Gallo Netto, Isabel Gardenal, Luiz Sugimoto, Maria Alice da Cruz, Manuel Alves Filho, Patricia Lauretti e Silvio Anunciação Fotos Antoninho Perri e Antonio Scarpinetti Editor de Arte Luis Paulo Editoração André da Silva Vieira Vida Acadêmica Hélio Costa Júnior Atendimento à imprensa Ronei Thezolin, Patrícia Lauretti, Gabriela Villen e Valerio Freire Paiva Serviços técnicos Dulcinéa Bordignon Everaldo Silva Impressão Pigma Gráfica e Editora Ltda: (011) 4223-5911 Publicidade JCPR Publicidade e Propaganda: (019) 3327-0894. Assine o jornal on line: www.unicamp.br/assineju Campinas, 22 a 28 de abril de 2013 2 ISABEL GARDENAL [email protected] Foto: Antoninho Perri Biomédica testa novos métodos para tratamento de queimaduras Nanopartículas poliméricas e de prata apresentam bons resultados em testes in vitro e in vivo m desafio das pesquisas na área de cicatrização de quei- maduras é o desenvolvimento de materiais que apresentem as características adequadas ao tratamento e que sejam produzi- dos com matérias-primas de baixo custo e de fácil obtenção. A nanotecnologia tornou-se a palavra de ordem nos últimos anos, por con- seguir levar a efeito estes dois parâmetros. A biomédica Larissa Barbosa de Pau- la enveredou seu estudo de mestrado, no Instituto de Biologia (IB), para essa dire- ção, preparando nanopartículas de prata produzidas por método biotecnológico empregando o fungo Fusarium oxysporum, e nanopartículas poliméricas recobertas por quitosana e contendo S-Nitrosoglutationa (GSNO). A sua conclusão foi que tais tra- tamentos debelaram o processo inflamató- rio e possibilitaram o tratamento de lesões provocadas por queimadura. Em animais de laboratório, após 14 dias de tratamento com géis contendo nanopartículas, as poliméricas mostra- ram uma redução no diâmetro das feridas maior que as de prata (AgNP). Entretan- to, com mais sete dias de tratamento (21 dias), este quadro se inverteu: o diâmetro das feridas tratadas com AgNP estava me- nor que o das nanopartículas poliméricas. “Mas as duas cicatrizaram muito bem”, conta a pesquisadora. Ao final dos 35 dias de tratamento, o gru- po-controle (que recebeu apenas o gel) ainda sinalizava feridas, enquanto que nos grupos tratados com os sistemas nanoparticulados, as feridas já tinham sido cicatrizadas e, em alguns animais, chegou-se a registrar o cres- cimento de folículos capilares (pelos). As nanopartículas de prata foram pro- duzidas extracelularmente pelo Fusarium oxysporum, que possui mecanismos (não totalmente elucidados) para reduzir íons de prata, quando exposto a uma solução contendo este metal. São nanopartículas esféricas altamente estáveis e com elevada atividade antimicrobiana, essencial no tra- tamento de queimaduras, uma vez que a infecção é uma das principais complicações clínicas deste tipo de lesão. De acordo com Larissa de Paula, os mé- todos adotados em seu estudo já existem. “Empregamos o método biotecnológico para a preparação das nanopartículas de prata e o método de dupla emulsão e eva- poração do solvente para as nanopartículas poliméricas”, revela. “A inovação ficou por conta da sua aplicação em feridas provoca- das por queimaduras.” Ao mesmo tempo, ela encapsulou um composto formado por glutationa e óxido ní- trico (GSNO) em nanopartículas preparadas com um polímero biodegradável-biocompa- tível e recobertas por quitosana (que também possui elevada atividade antimicrobiana). Uma das maiores vantagens desse sis- tema é a de proteger o fármaco dentro do organismo e alcançar uma liberação sus- tentada, eliminando a necessidade de rea- plicação e tornando-se uma alternativa às terapias de longo prazo. O GSNO, já testado em feridas crôni- cas como de pacientes diabéticos, também nunca fora testado em queimaduras e de- monstrou grande potencial de cicatrização nos experimentos. O recobrimento com quitosana, segundo a mestranda, além de proporcionar ativida- de antimicrobiana, permite uma maior per- manência das nanopartículas em superfícies mucosas, prolongando a liberação do princí- pio ativo encapsulado. TRATAMENTO USUAL O tratamento mais usado nos hospitais é o creme à base de sulfadiazina de prata 1%. Entretanto, após sua aplicação, costu- ma-se ocluir a ferida com gaze. Por exigir trocas frequentes, este tipo de tratamen- to torna-se bastante incômodo e doloroso para o paciente. Alguns produtos, como loções oleosas à base de ácidos graxos essenciais, gazes impregnadas com Aloe vera e membranas de poliuretano, constituem opções me- nos doloridas, por não aderirem à ferida. Todavia, são em sua maioria importados, elevando os custos do uso em larga esca- la nos centros de terapia para queimados. Estima-se que o Sistema Único de Saúde (SUS) gaste por ano cerca de R$ 55 mi- lhões com tratamentos desses pacientes. A biomédica explica que ambas as na- nopartículas foram aplicadas nos animais duas vezes ao dia, sob a forma de gel que foi posteriormente absorvido pelo organis- mo, assim como as nanopartículas polimé- ricas. “É um dos métodos mais emprega- dos na indústria cosmética e farmacêutica para o preparo de pomadas e cremes, por ser inerte ao organismo. É usado como um veículo para as substâncias”, explica. A principal indicação dos géis conten- do as nanopartículas desenvolvidas pela biomédica seria para o tratamento de queimaduras pouco graves e de pequena a média extensão. “Seria inviável para o tratamento de uma lesão que acometeu 80% do corpo, o que exigiria quantidades muito grandes do produto. Queimaduras muito graves e/ou extensas também po- dem acometer pulmões e outros órgãos vitais, diminuindo ainda mais a expectati- va de vida do paciente, sendo necessárias medidas mais rápidas”, reforça Larissa. CAMINHO LONGO O trabalho da pesquisadora, orientado pela professora Patrícia da Silva Melo, foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) da Unicamp e desen- volvido no laboratório do docente Nelson Durán, no Instituto de Química (IQ). Além disso, todos os compostos pas- saram por testes de citotoxicidade antes da aplicação nos animais, garantindo a não toxicidade da concentração aplicada. Os testes foram feitos na Faculdade Me- trocamp, onde a biomédica concluiu a sua graduação e hoje ministra aulas para o curso de ciências biomédicas. Larissa de Paula reconhece que o ca- minho para chegar à etapa dos ensaios clínicos será longo, pois o processo deve passar primeiramente por testes in vitro e em animais (que são divididos em três etapas). Somente depois desta bateria de testes, vêm os ensaios clínicos, para que alguma empresa se interesse pelos produ- tos e eles cheguem à comercialização. DADOS DE QUEIMADURAS Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as queimaduras constituem um dos maiores problemas de saúde pú- blica. No Brasil, estima-se que aconteçam um milhão de acidentes com queimaduras térmicas por ano. Há apenas 10% de hos- pitalização e cerca de 2,5 mil óbitos em todas as faixas etárias, conforme informa- Fungo empregado no método biotecnológico A biomédica Larissa de Paula: métodos aplicados pela primeira vez em queimaduras O gel aplicado nos animais, que contém nanopartículas de prata Publicação Dissertação: “Nanopartículas polimé- ricas e de prata: avaliação da toxicidade in vitro e in vivo e do processo de cica- trização em animais submetidos à quei- madura térmica” Autora: Larissa Barbosa de Paula Orientadora: Patrícia da Silva Melo Unidade: Instituto de Biologia (IB) ções da Sociedade Brasileira de Queima- duras (SBQ). As queimaduras também estão entre as causas primárias externas de morte, atrás apenas de causas violentas, como acidentes de trânsito e homicídios. Além disso, quei- maduras graves prejudicam a integridade da pele, levando à formação de cicatrizes hiper- tróficas e queloides. Juntamente com o trauma do acidente e os processos dolorosos de tratamento, as marcas deixadas pelas queimaduras acarretam baixa autoestima e ansiedade social aos pacientes, contribuindo para o desenvolvimento de doenças durante e após a reabilitação. A literatura aponta um número conside- rável de pacientes que apresentam doenças como depressão e transtorno de estresse pós- traumático, que não voltam a trabalhar e que são passíveis de ressarcimento pelos sofri- mentos psíquicos acarretados. No Estado de São Paulo, há poucos cen- tros especializados no tratamento de quei- mados: os de Paulínia, Sorocaba e São Paulo são alguns deles.

2 Biomédica testa novos métodos para tratamento de queimaduras · Universitária “Zeferino Vaz”, CEP 13081-970, Campinas-SP. Telefones (019) 3521-5108, 3521-5109, 3521-5111

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Page 1: 2 Biomédica testa novos métodos para tratamento de queimaduras · Universitária “Zeferino Vaz”, CEP 13081-970, Campinas-SP. Telefones (019) 3521-5108, 3521-5109, 3521-5111

UNICAMP – Universidade Estadual de CampinasReitor José Tadeu JorgeCoordenador-Geral Alvaro Penteado Crósta

Elaborado pela Assessoria de Imprensa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Periodicidade semanal. Correspondência e sugestões Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, CEP 13081-970, Campinas-SP. Telefones (019) 3521-5108, 3521-5109, 3521-5111. Site http://www.unicamp.br/ju e-mail [email protected]. Twitter http://twitter.com/jornaldaunicamp Assessor Chefe Clayton Levy Editor Álvaro Kassab Chefi a de reportagem Raquel do Carmo Santos Reportagem Carmo Gallo Netto, Isabel Gardenal, Luiz Sugimoto, Maria Alice da Cruz, Manuel Alves Filho, Patricia Lauretti e Silvio Anunciação Fotos Antoninho Perri e Antonio Scarpinetti Editor de Arte Luis Paulo Editoração André da Silva Vieira Vida Acadêmica Hélio Costa Júnior Atendimento à imprensa Ronei Thezolin, Patrícia Lauretti, Gabriela Villen e Valerio Freire Paiva Serviços técnicos Dulcinéa Bordignon Everaldo Silva Impressão Pigma Gráfica e Editora Ltda: (011) 4223-5911 Publicidade JCPR Publicidade e Propaganda: (019) 3327-0894. Assine o jornal on line: www.unicamp.br/assineju

Campinas, 22 a 28 de abril de 20132

ISABEL [email protected]

Foto: Antoninho Perri

Biomédica testa novos métodospara tratamento de queimadurasNanopartículas poliméricas e de prata apresentam bons resultados em testes in vitro e in vivo

m desafio das pesquisas na área de cicatrização de quei-maduras é o desenvolvimento de materiais que apresentem

as características adequadas ao tratamento e que sejam produzi-

dos com matérias-primas de baixo custo e de fácil obtenção. A nanotecnologia tornou-se a palavra de ordem nos últimos anos, por con-seguir levar a efeito estes dois parâmetros.

A biomédica Larissa Barbosa de Pau-la enveredou seu estudo de mestrado, no Instituto de Biologia (IB), para essa dire-ção, preparando nanopartículas de prata produzidas por método biotecnológico empregando o fungo Fusarium oxysporum, e nanopartículas poliméricas recobertas por quitosana e contendo S-Nitrosoglutationa (GSNO). A sua conclusão foi que tais tra-tamentos debelaram o processo inflamató-rio e possibilitaram o tratamento de lesões provocadas por queimadura.

Em animais de laboratório, após 14 dias de tratamento com géis contendo nanopartículas, as poliméricas mostra-ram uma redução no diâmetro das feridas maior que as de prata (AgNP). Entretan-to, com mais sete dias de tratamento (21 dias), este quadro se inverteu: o diâmetro das feridas tratadas com AgNP estava me-nor que o das nanopartículas poliméricas. “Mas as duas cicatrizaram muito bem”, conta a pesquisadora.

Ao final dos 35 dias de tratamento, o gru-po-controle (que recebeu apenas o gel) ainda sinalizava feridas, enquanto que nos grupos tratados com os sistemas nanoparticulados, as feridas já tinham sido cicatrizadas e, em alguns animais, chegou-se a registrar o cres-cimento de folículos capilares (pelos).

As nanopartículas de prata foram pro-duzidas extracelularmente pelo Fusarium oxysporum, que possui mecanismos (não totalmente elucidados) para reduzir íons de prata, quando exposto a uma solução contendo este metal. São nanopartículas esféricas altamente estáveis e com elevada atividade antimicrobiana, essencial no tra-tamento de queimaduras, uma vez que a infecção é uma das principais complicações clínicas deste tipo de lesão.

De acordo com Larissa de Paula, os mé-todos adotados em seu estudo já existem. “Empregamos o método biotecnológico para a preparação das nanopartículas de prata e o método de dupla emulsão e eva-poração do solvente para as nanopartículas poliméricas”, revela. “A inovação ficou por conta da sua aplicação em feridas provoca-das por queimaduras.”

Ao mesmo tempo, ela encapsulou um composto formado por glutationa e óxido ní-trico (GSNO) em nanopartículas preparadas com um polímero biodegradável-biocompa-tível e recobertas por quitosana (que também possui elevada atividade antimicrobiana).

Uma das maiores vantagens desse sis-tema é a de proteger o fármaco dentro do organismo e alcançar uma liberação sus-tentada, eliminando a necessidade de rea-plicação e tornando-se uma alternativa às terapias de longo prazo.

O GSNO, já testado em feridas crôni-cas como de pacientes diabéticos, também nunca fora testado em queimaduras e de-monstrou grande potencial de cicatrização nos experimentos.

O recobrimento com quitosana, segundo a mestranda, além de proporcionar ativida-de antimicrobiana, permite uma maior per-manência das nanopartículas em superfícies mucosas, prolongando a liberação do princí-pio ativo encapsulado.

TRATAMENTO USUALO tratamento mais usado nos hospitais

é o creme à base de sulfadiazina de prata 1%. Entretanto, após sua aplicação, costu-ma-se ocluir a ferida com gaze. Por exigir trocas frequentes, este tipo de tratamen-to torna-se bastante incômodo e doloroso para o paciente.

Alguns produtos, como loções oleosas à base de ácidos graxos essenciais, gazes impregnadas com Aloe vera e membranas de poliuretano, constituem opções me-nos doloridas, por não aderirem à ferida. Todavia, são em sua maioria importados, elevando os custos do uso em larga esca-la nos centros de terapia para queimados. Estima-se que o Sistema Único de Saúde (SUS) gaste por ano cerca de R$ 55 mi-lhões com tratamentos desses pacientes.

A biomédica explica que ambas as na-nopartículas foram aplicadas nos animais duas vezes ao dia, sob a forma de gel que foi posteriormente absorvido pelo organis-mo, assim como as nanopartículas polimé-ricas. “É um dos métodos mais emprega-dos na indústria cosmética e farmacêutica para o preparo de pomadas e cremes, por ser inerte ao organismo. É usado como um veículo para as substâncias”, explica.

A principal indicação dos géis conten-do as nanopartículas desenvolvidas pela biomédica seria para o tratamento de queimaduras pouco graves e de pequena a média extensão. “Seria inviável para o tratamento de uma lesão que acometeu 80% do corpo, o que exigiria quantidades muito grandes do produto. Queimaduras muito graves e/ou extensas também po-dem acometer pulmões e outros órgãos

vitais, diminuindo ainda mais a expectati-va de vida do paciente, sendo necessárias medidas mais rápidas”, reforça Larissa.

CAMINHO LONGOO trabalho da pesquisadora, orientado

pela professora Patrícia da Silva Melo, foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) da Unicamp e desen-volvido no laboratório do docente Nelson Durán, no Instituto de Química (IQ).

Além disso, todos os compostos pas-saram por testes de citotoxicidade antes da aplicação nos animais, garantindo a não toxicidade da concentração aplicada. Os testes foram feitos na Faculdade Me-trocamp, onde a biomédica concluiu a sua graduação e hoje ministra aulas para o curso de ciências biomédicas.

Larissa de Paula reconhece que o ca-minho para chegar à etapa dos ensaios clínicos será longo, pois o processo deve passar primeiramente por testes in vitro e em animais (que são divididos em três etapas). Somente depois desta bateria de testes, vêm os ensaios clínicos, para que alguma empresa se interesse pelos produ-tos e eles cheguem à comercialização.

DADOS DE QUEIMADURASSegundo a Organização Mundial da

Saúde (OMS), as queimaduras constituem um dos maiores problemas de saúde pú-blica. No Brasil, estima-se que aconteçam um milhão de acidentes com queimaduras térmicas por ano. Há apenas 10% de hos-pitalização e cerca de 2,5 mil óbitos em todas as faixas etárias, conforme informa-

Fungo empregado no método biotecnológico

A biomédica Larissa de Paula: métodos aplicados pela primeira vez em queimaduras

O gel aplicado nos animais, que contémnanopartículas de prata

Publicação

Dissertação: “Nanopartículas polimé-ricas e de prata: avaliação da toxicidade in vitro e in vivo e do processo de cica-trização em animais submetidos à quei-madura térmica”Autora: Larissa Barbosa de PaulaOrientadora: Patrícia da Silva MeloUnidade: Instituto de Biologia (IB)

ções da Sociedade Brasileira de Queima-duras (SBQ).

As queimaduras também estão entre as causas primárias externas de morte, atrás apenas de causas violentas, como acidentes de trânsito e homicídios. Além disso, quei-maduras graves prejudicam a integridade da pele, levando à formação de cicatrizes hiper-tróficas e queloides.

Juntamente com o trauma do acidente e os processos dolorosos de tratamento, as marcas deixadas pelas queimaduras acarretam baixa autoestima e ansiedade social aos pacientes, contribuindo para o desenvolvimento de doenças durante e após a reabilitação.

A literatura aponta um número conside-rável de pacientes que apresentam doenças como depressão e transtorno de estresse pós-traumático, que não voltam a trabalhar e que são passíveis de ressarcimento pelos sofri-mentos psíquicos acarretados.

No Estado de São Paulo, há poucos cen-tros especializados no tratamento de quei-mados: os de Paulínia, Sorocaba e São Paulo são alguns deles.