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1º ENCONTRO DOS COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA DE SANTA CATARINA
OFICINA DE PESQUISA QUALITATIVA
1º ENCONTRO DOS COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA DE SANTA CATARINA
OFICINA DE PESQUISA QUALITATIVA
Fátima Batalha
Florianópolis - Agosto 2006
Fátima Batalha
Florianópolis - Agosto 2006
Metodologia da Pesquisa em Saúde Aspectos Metodológicos da
Pesquisa Qualitativa
Metodologia da Pesquisa em Saúde Aspectos Metodológicos da
Pesquisa Qualitativa
· Discutir sobre a especificidade da pesquisa em saúde;
· Identificar as características inerentes aos estudos qualitativos que interferem na análise dos CEPS;
· Apresentar as bases teóricas e metodológicas da pesquisa qualitativa em saúde;
· Discutir sobre as potencialidades do método qualitativo para a pesquisa em saúde.
· Discutir sobre a especificidade da pesquisa em saúde;
· Identificar as características inerentes aos estudos qualitativos que interferem na análise dos CEPS;
· Apresentar as bases teóricas e metodológicas da pesquisa qualitativa em saúde;
· Discutir sobre as potencialidades do método qualitativo para a pesquisa em saúde.
OBJETIVOSOBJETIVOS
Parte I - METODOLOGIA DA PESQUISA EM SAÚDE
Parte I - METODOLOGIA DA PESQUISA EM SAÚDE
UMA BREVE REFLEXÃO:UMA BREVE REFLEXÃO:
• Domínio do objetivo às ciências biomédicas: Separação corpo-mente-espírito.
• Matéria, máquina, organismo, superobjeto• Domínio do subjetivo à religião, psicologia,
psicanálise: Alma, Mente, Psiquismo• Ciências Humanas: Cada sociedade ou
grupo social apresenta formas bastante específicas de conceber e relacionar-se com o corpo;
• Domínio do objetivo às ciências biomédicas: Separação corpo-mente-espírito.
• Matéria, máquina, organismo, superobjeto• Domínio do subjetivo à religião, psicologia,
psicanálise: Alma, Mente, Psiquismo• Ciências Humanas: Cada sociedade ou
grupo social apresenta formas bastante específicas de conceber e relacionar-se com o corpo;
VISÃO SOBRE O CORPO HUMANO
VISÃO SOBRE O CORPO HUMANO
• Nossa visão sobre o Corpo Humano é construída social e historicamente;
• Sociedades chamadas primitivas: separação corpo-mente é inexistente;
• Essas questões nos remetem à discussão sobre:
• A complexidade, a integralidade, a humanização, a ressignificação e a necessidade de abordagens holísticas
• Nossa visão sobre o Corpo Humano é construída social e historicamente;
• Sociedades chamadas primitivas: separação corpo-mente é inexistente;
• Essas questões nos remetem à discussão sobre:
• A complexidade, a integralidade, a humanização, a ressignificação e a necessidade de abordagens holísticas
VISÃO SOBRE O CORPO HUMANO
VISÃO SOBRE O CORPO HUMANO
CARACTERÍSTICAS DAS VISÕES CIENTÍFICAS
CARACTERÍSTICAS DAS VISÕES CIENTÍFICAS
CAUSALIDADE SIMULTANEIDADE
Relação causa e efeito Contradição entre aparência e essência
Controle e ordenação das variáveis Relação partes -todos
Especialização e fragmentação Complexidade crescente
Objetividade e neutralidade Relação tempo -espaço
Sujeito separado do objeto Relação sujeito objeto
A essência do fenômeno é inacessível Busca da essência do fenômeno
Métodos de análise quantitativos Métodos de análise quanti e qualitativos
Explicar Compreender
Fato Representação do fato ( fenômeno)
Positivismo, neo positivismo, empirismo
lógico
Materialismo histórico, estruturalismo
Fonte: Extraído de Leopardi, 2002
CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO
CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO
POSITIVISMO:• Método: Experimentação com controle das variáveis.
Estabelece relações causais. Métodos quantitativos e estatísticos. Estudo das partes.
• Sujeito/ objeto: Privilégio do objeto. Posição de neutralidade. Conhecimento pela aparência.
• Lógica: Formal e matemática. Evidências comprovam a realidade.
• Teóricos: Bacon, Descartes, Newton, Pascal.
POSITIVISMO:• Método: Experimentação com controle das variáveis.
Estabelece relações causais. Métodos quantitativos e estatísticos. Estudo das partes.
• Sujeito/ objeto: Privilégio do objeto. Posição de neutralidade. Conhecimento pela aparência.
• Lógica: Formal e matemática. Evidências comprovam a realidade.
• Teóricos: Bacon, Descartes, Newton, Pascal.
CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO
CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO
FENOMENOLOGIA:• Método: Parte de uma questão norteadora geral.
Descreve o fenômeno sem buscar relações causais.• Sujeito / objeto: Relação reflexiva entre sujeito e
objeto e vivida pelo observador.• Lógica: Hermenêutica. Significados com
fundamentação (interpretação).• Teóricos: Husserl, Heidegger, Merlau-Ponty, Alfred
Schutz.
FENOMENOLOGIA:• Método: Parte de uma questão norteadora geral.
Descreve o fenômeno sem buscar relações causais.• Sujeito / objeto: Relação reflexiva entre sujeito e
objeto e vivida pelo observador.• Lógica: Hermenêutica. Significados com
fundamentação (interpretação).• Teóricos: Husserl, Heidegger, Merlau-Ponty, Alfred
Schutz.
CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO
CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES DE PENSAMENTO
MATERIALISMO DIALÉTICO:• Método: Ciências naturais e sociais. Fato é histórico,
processual,intencionalmente concebido. Parte e todo em relação dinâmica.
• Sujeito/ objeto: Objeto com concretude em si mesmo e para o sujeito. Possibilidade de enxergar a realidade tal como ela é e não como parece ser.
• Lógica: Tese – Antítese – Síntese. Movimento e contradição próprio da transformação.
• Teóricos: Hegel, Marx, Gramsci.
MATERIALISMO DIALÉTICO:• Método: Ciências naturais e sociais. Fato é histórico,
processual,intencionalmente concebido. Parte e todo em relação dinâmica.
• Sujeito/ objeto: Objeto com concretude em si mesmo e para o sujeito. Possibilidade de enxergar a realidade tal como ela é e não como parece ser.
• Lógica: Tese – Antítese – Síntese. Movimento e contradição próprio da transformação.
• Teóricos: Hegel, Marx, Gramsci.
Manto de Apresentação (detalhe), s.d. Tecido, fio e corda 219 x 130 cm Museu Bispo do Rosario (Rio de Janeiro, RJ)
Manto de Apresentação (detalhe), s.d. Tecido, fio e corda 219 x 130 cm Museu Bispo do Rosario (Rio de Janeiro, RJ)
A saúde é um território complexo. Não há saídas fáceis!
Não escavar novos saberes é não saber novos poderes!
(Emerson Merhy, 2006)
A saúde é um território complexo. Não há saídas fáceis!
Não escavar novos saberes é não saber novos poderes!
(Emerson Merhy, 2006)
Os CEPS nas análises de estudos qualitativos:Quais seriam as interrogações?
Os CEPS nas análises de estudos qualitativos:Quais seriam as interrogações?
“A pesquisa etnográfica na área da saúde e a apreciação dos CEPS” Márcia Zago
Roteiro de estudo:
Identificar as especificidades inerentes aos estudos qualitativos que interferem na análise dos CEPS.
Quais seriam as estratégias facilitadoras para os CEPS?
“A pesquisa etnográfica na área da saúde e a apreciação dos CEPS” Márcia Zago
Roteiro de estudo:
Identificar as especificidades inerentes aos estudos qualitativos que interferem na análise dos CEPS.
Quais seriam as estratégias facilitadoras para os CEPS?
Parte II - ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
QUALITATIVA EM SAÚDE
Parte II - ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
QUALITATIVA EM SAÚDE
FOCOS DE INVESTIGAÇÃO FOCOS DE INVESTIGAÇÃO
• Adoecimento: • Adoecimento:
FOCOS DE INVESTIGAÇÃOFOCOS DE INVESTIGAÇÃO
• Práticas em saúde: • Práticas em saúde:
FOCOS DE INVESTIGAÇÃOFOCOS DE INVESTIGAÇÃO
• Trabalho:• Trabalho:
FOCOS DE INVESTIGAÇÃOFOCOS DE INVESTIGAÇÃO
• Práticas sociais: • Práticas sociais:
CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA QUALITATIVACARACTERÍSTICAS DA
PESQUISA QUALITATIVA• Desenvolve conceitos, descrições densas, narrativas, Desenvolve conceitos, descrições densas, narrativas,
interpretações, sistematizações, que ajudem a explicar interpretações, sistematizações, que ajudem a explicar acontecimentos (fenômenos) sociais em condições acontecimentos (fenômenos) sociais em condições naturais (in loco), com ênfase nos significados, naturais (in loco), com ênfase nos significados, experiências e visões de todos os participantes.experiências e visões de todos os participantes.
• Baseia-se numa interação profunda com o(s) objeto(s) Baseia-se numa interação profunda com o(s) objeto(s) de pesquisade pesquisa
• Interesse e preocupação em responder questões como:Interesse e preocupação em responder questões como:– O que é X e como X varia em diferentes circunstâncias? O que é X e como X varia em diferentes circunstâncias? – E menos: Quantos Xs existem ali?E menos: Quantos Xs existem ali?
• Desenvolve conceitos, descrições densas, narrativas, Desenvolve conceitos, descrições densas, narrativas, interpretações, sistematizações, que ajudem a explicar interpretações, sistematizações, que ajudem a explicar acontecimentos (fenômenos) sociais em condições acontecimentos (fenômenos) sociais em condições naturais (in loco), com ênfase nos significados, naturais (in loco), com ênfase nos significados, experiências e visões de todos os participantes.experiências e visões de todos os participantes.
• Baseia-se numa interação profunda com o(s) objeto(s) Baseia-se numa interação profunda com o(s) objeto(s) de pesquisade pesquisa
• Interesse e preocupação em responder questões como:Interesse e preocupação em responder questões como:– O que é X e como X varia em diferentes circunstâncias? O que é X e como X varia em diferentes circunstâncias? – E menos: Quantos Xs existem ali?E menos: Quantos Xs existem ali?
IDÉIAS CHAVEIDÉIAS CHAVE
• Significado e intencionalidade ;• Porque acontece uma situação dada;• O sentido que as pessoas dão ao mundo;• Como as pessoas interpretam o mundo;• Relativismo – etnocentrismo;• Cultura e culturas; Dinâmicas culturais;• Subjetividade e intersubjetividade• Estudo das pessoas in loco: naturalistic settings;• Abordagem multi-métodos
• Significado e intencionalidade ;• Porque acontece uma situação dada;• O sentido que as pessoas dão ao mundo;• Como as pessoas interpretam o mundo;• Relativismo – etnocentrismo;• Cultura e culturas; Dinâmicas culturais;• Subjetividade e intersubjetividade• Estudo das pessoas in loco: naturalistic settings;• Abordagem multi-métodos
Pesquisa Clínico QualitativaPesquisa Clínico Qualitativa
• Busca interpretar os significados de natureza psicológica e sociocultural trazidos por indivíduos acerca dos múltiplos fenômenos pertinentes ao campo dos problemas da saúde- doença. (Turato, 2003)
• Busca interpretar os significados de natureza psicológica e sociocultural trazidos por indivíduos acerca dos múltiplos fenômenos pertinentes ao campo dos problemas da saúde- doença. (Turato, 2003)
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
• Observação – com ou sem participação;• Entrevistas – individuais e/ou coletivas, em
profundidade e/ou rápidas, estruturadas e/ou abertas;
• Questionários• Grupos Focais – Entrevistas em grupo • Estudo de Documentos – Imagens – Sons – Vídeos
• Observação – com ou sem participação;• Entrevistas – individuais e/ou coletivas, em
profundidade e/ou rápidas, estruturadas e/ou abertas;
• Questionários• Grupos Focais – Entrevistas em grupo • Estudo de Documentos – Imagens – Sons – Vídeos
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
• Roteiro de questionário• Roteiro de observação participante • Roteiro de entrevistas• Roteiro de condução de grupos focais• Roteiro para análise de documentos e imagens
• Roteiro de questionário• Roteiro de observação participante • Roteiro de entrevistas• Roteiro de condução de grupos focais• Roteiro para análise de documentos e imagens
PRINCIPAIS TIPOSPRINCIPAIS TIPOS
• Etnografias• Estudos de Caso• Assessorias Rápidas • Estudos Clínicos (narrativas e representação)• Estudos de Serviços de Saúde (usuários e
trabalhadores)• Redes Sociais e Saúde• Pesquisa Participante• Pesquisa Ação• Avaliação Participativa
• Etnografias• Estudos de Caso• Assessorias Rápidas • Estudos Clínicos (narrativas e representação)• Estudos de Serviços de Saúde (usuários e
trabalhadores)• Redes Sociais e Saúde• Pesquisa Participante• Pesquisa Ação• Avaliação Participativa
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
• Estabelece a especificidade do social em contraposição ao individual;
• A forma dos indivíduos pensarem e agirem é determinado pelo social (Durkheim);
• As categorias fundamentais do pensamento são de origem social;
• Visão de mundo cotidiano, senso comum;• Sentido das representações, estratégias de ação à
individual e coletivo;
• Estabelece a especificidade do social em contraposição ao individual;
• A forma dos indivíduos pensarem e agirem é determinado pelo social (Durkheim);
• As categorias fundamentais do pensamento são de origem social;
• Visão de mundo cotidiano, senso comum;• Sentido das representações, estratégias de ação à
individual e coletivo;
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
• Formas de Conhecimento Socialmente Elaboradas e Partilhadas com Fins Práticos à contribuem para a:
• Construção da Realidade Comum a um Grupo Social;• “Aquilo que as opiniões individuais têm em comum, a
lógica que as une.”• “Uma interpretação que se organiza de forma estreita
com o social e que constitui, para as pessoas, a realidade mesma.”
• A representação não se pensa como “representação”, mas como a realidade.
• Formas de Conhecimento Socialmente Elaboradas e Partilhadas com Fins Práticos à contribuem para a:
• Construção da Realidade Comum a um Grupo Social;• “Aquilo que as opiniões individuais têm em comum, a
lógica que as une.”• “Uma interpretação que se organiza de forma estreita
com o social e que constitui, para as pessoas, a realidade mesma.”
• A representação não se pensa como “representação”, mas como a realidade.
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:
ETNOGRAFIA
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:
ETNOGRAFIA
É a forma de descrição da cultura de um determinado povo através do estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, e manifestações materiais de suas atividades.
É a forma de descrição da cultura de um determinado povo através do estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, e manifestações materiais de suas atividades.
Baseia-se no fato de que os comportamentos humanos só podem ser compreendidos e explicados se tomarmos como referência o contexto social e o ponto de vista do nativo, procurando seus significados.
Baseia-se no fato de que os comportamentos humanos só podem ser compreendidos e explicados se tomarmos como referência o contexto social e o ponto de vista do nativo, procurando seus significados.
OBJETIVOS DA ETNOGRAFIA:OBJETIVOS DA ETNOGRAFIA:
Captar a totalidade da vida tribal, elaborando uma descrição da anatomia da
cultura, através de um movimento de apreensão de facetas da vida social .
A partir desta metodologia ocorre a construção da etnografia, a descrição da
cultura e a teorização antropológica. Apreender o ponto de vista do nativo,sua
relação com a vida, compreender sua visão do seu mundo. Devemos estudar o
homem e devemos estudar o que mais intimamente lhe diz respeito, isto é, a
imposição que lhe faz a vida” Malinowski, 1922
Captar a totalidade da vida tribal, elaborando uma descrição da anatomia da
cultura, através de um movimento de apreensão de facetas da vida social .
A partir desta metodologia ocorre a construção da etnografia, a descrição da
cultura e a teorização antropológica. Apreender o ponto de vista do nativo,sua
relação com a vida, compreender sua visão do seu mundo. Devemos estudar o
homem e devemos estudar o que mais intimamente lhe diz respeito, isto é, a
imposição que lhe faz a vida” Malinowski, 1922
RELATIVIZAÇÃO ETNOGRÁFICA:RELATIVIZAÇÃO ETNOGRÁFICA:
“ o que sempre vemos e encontramos pode ser familiar mas não é necessariamente conhecido... O que não vemos e encontramos pode ser exótico mas, até certo ponto conhecido” DaMatta, 1987
“ o que sempre vemos e encontramos pode ser familiar mas não é necessariamente conhecido... O que não vemos e encontramos pode ser exótico mas, até certo ponto conhecido” DaMatta, 1987
UMA MÚSICA ETNOGRÁFICA!!! UMA MÚSICA ETNOGRÁFICA!!!
No sinal fechadoEle vende chicleteCapricha na flanelaE se chama PeléPinta na janelaBatalha algum trocadoAponta um caniveteE atéDobra a Carioca, olerêDesce a Frei Caneca, olaráSe manda pra TijucaSobe o BorelMeio se malocaAgita numa bocaDescola uma mutucaE um papelSonha aquela mina, olerê
Pivete - Chico Buarque
Composição: Francis Hime e Chico Buarque
Pivete - Chico Buarque
Composição: Francis Hime e Chico Buarque
Prancha, parafina, olaráDorme gente finaAcorda pinel
Zanza na sarjetaFatura uma besteiraE tem as pernas tortasE se chama ManéArromba uma portaFaz ligação diretaEngata uma primeiraE atéDobra a Carioca, olerêDesce a Frei Caneca, olaráSe manda pra TijucaNa contramãoDança pára-lama
Já era pára-choqueAgora ele se chamaEmersãoSobe no passeio, olerêPega no Recreio, olaráNão se liga em freioNem direção
No sinal fechadoEle transa chicleteE se chama piveteE pinta na janelaCapricha na flanelaDescola uma beretaBatalha na sarjetaE tem as pernas tortas
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:FENOMENOLOGIA
PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRICOS / METODOLÓGICOS:FENOMENOLOGIA
• Questão orientadora: O que é isso? (olhar ingênuo)• Epoché (olhar o fenômeno como se fosse desconhecido)• Descrição do fenômeno (como se mostra)• Interpretação referencial• Relatório
• Questão orientadora: O que é isso? (olhar ingênuo)• Epoché (olhar o fenômeno como se fosse desconhecido)• Descrição do fenômeno (como se mostra)• Interpretação referencial• Relatório
OUTROS REFERENCIAIS: OUTROS REFERENCIAIS: • Etnometodologia• Interacionismo Simbólico• Teoria Fundamentada em Dados (Grounded Theory)• Histórias de Vida• História Oral
• Etnometodologia• Interacionismo Simbólico• Teoria Fundamentada em Dados (Grounded Theory)• Histórias de Vida• História Oral
ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS
ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS
• Processo de análise seqüencial• Análise de conteúdo• Categorização temática• Categorização analítica
• Processo de análise seqüencial• Análise de conteúdo• Categorização temática• Categorização analítica
TRIANGULAÇÃOTRIANGULAÇÃO
• Busca a convergência, abrangência e reflexividade na análise dos dados coletados
• Comparação dos resultados entre dois ou mais métodos de coleta (entrevista e observação)
• Comparação dos resultados entre duas ou mais fontes de dados (membros de diferentes grupos de interesse)
• Busca a convergência, abrangência e reflexividade na análise dos dados coletados
• Comparação dos resultados entre dois ou mais métodos de coleta (entrevista e observação)
• Comparação dos resultados entre duas ou mais fontes de dados (membros de diferentes grupos de interesse)
USO DAS PESQUISAS QUALITATIVAS:
USO DAS PESQUISAS QUALITATIVAS:
• Estudo prévio ao desenho de estudos epidemiológicos;
• Validação dos achados do estudo epidemiológico ou produção de uma outra perspectiva sobre o mesmo fenômeno;
• Desvendar processos sociais ou áreas da vida social que o quantitativo não pode abordar;
• Estudo prévio ao desenho de estudos epidemiológicos;
• Validação dos achados do estudo epidemiológico ou produção de uma outra perspectiva sobre o mesmo fenômeno;
• Desvendar processos sociais ou áreas da vida social que o quantitativo não pode abordar;
DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE OS MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOSDIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE OS
MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS
Fonte: Extraído de Turato (2003, p. 511)
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS QUALITATIVOS
Paradigma Positivismo Fenomenologia Raciocínio Dedutivo/ indutivo Dedutivo/ indutivo
Objetos Fatos Fenômenos Objetivos Relação causa e efeito Relação de significado Desenho Preestabelecido / pré fixado Flexível / ajustável
Instrumentos
Surveys / Experimentos Questionários fechados,
escalas, exames laboratoriais, dados
randomizados
Pesquisador como instrumento
Observação livre, entrevistas semi dirigidas,coleta
intencional em prontuários Adequação dos instrumentos Piloto Ensaio de aculturação
Amostragem Randomizada Intencional
Amostra
N amostral representantes com características do todo
populacional Estatisticamente definida
Poucos sujeitos representantes com
características de certa sub população
N definido em campo Variáveis Controle Não controle
Análise dos dados Bioestatística Análise de conteúdo Relevância teórica
Apresentação dos resultados Linguagem matemática
usualmente separada da discussão
Citações literais incluídas na discussão
Tipo de generalização dos resultados
Estatística para explicar outras populações com as
mesmas variáveis
Conceitual dos novos conhecimentos aplicados par compreender outras pessoas e settings constituídos pelas
mesmas vivências
BIBLIOGRAFIA:BIBLIOGRAFIA:Bauer, M.W. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Ed. Vozes, 2002. Barros, N.F. Pesquisa qualitativa em saúde – múltiplos olhares. UNICAMP/FCM, 2005DaMatta, Roberto. Relativizando – uma introdução à antropologia social, Ed Rocco, Rio,RJ,1987.Bosi, MLM. Pesquisa qualitativa de serviços de saúde. Ed. Vozes, Petrópolis, 2004.Durhan, Eunice. A reconstituição da realidade, Ed Ática, São Paulo,SP, 1978.-----------------. A aventura antropológica, Paz e Terra, Rio de Janeiro, RJ, 1988.Laplantine, François. Aprender antropologia, Ed Brasiliense, São Paulo, SP, 1993.Leopardi,M.T. Metodologia da pesquisa em saúde. Ed. Palotti.2002.Minayo, MCS (1993). O desafio do conhecimento científico: Pesquisa Qualitativa em Saúde (2a edição). SP-RJ: Hucitec-Abrasco. Peirano, Mariza. A favor da etnografia, Relume Dumará, Rio de Janeiro, RJ, 1995.Pope, C.Mays,N. Pesquisa qualitativa na atenção à saúde. ArtMed Ed, 2ª ed. Porto Alegre. 2005.Schraiber, L.B. Pesquisa qualitativa em saúde: reflexões metodológicas do relato oral e produção de narrativas em estudo sobre a profissão médica. Ver.Saúde Pública, 29(1):63-74,1995.Turato, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. Ed. Vozes, 2ª ed,2003.-----------------. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Rev. Saúde Pública 2005;39(3):507-14.Zaluar, Alba. Desvendando máscaras sociais, Francisco Alves, Rio de Janeiro, RJ, 1990
Bauer, M.W. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Ed. Vozes, 2002. Barros, N.F. Pesquisa qualitativa em saúde – múltiplos olhares. UNICAMP/FCM, 2005DaMatta, Roberto. Relativizando – uma introdução à antropologia social, Ed Rocco, Rio,RJ,1987.Bosi, MLM. Pesquisa qualitativa de serviços de saúde. Ed. Vozes, Petrópolis, 2004.Durhan, Eunice. A reconstituição da realidade, Ed Ática, São Paulo,SP, 1978.-----------------. A aventura antropológica, Paz e Terra, Rio de Janeiro, RJ, 1988.Laplantine, François. Aprender antropologia, Ed Brasiliense, São Paulo, SP, 1993.Leopardi,M.T. Metodologia da pesquisa em saúde. Ed. Palotti.2002.Minayo, MCS (1993). O desafio do conhecimento científico: Pesquisa Qualitativa em Saúde (2a edição). SP-RJ: Hucitec-Abrasco. Peirano, Mariza. A favor da etnografia, Relume Dumará, Rio de Janeiro, RJ, 1995.Pope, C.Mays,N. Pesquisa qualitativa na atenção à saúde. ArtMed Ed, 2ª ed. Porto Alegre. 2005.Schraiber, L.B. Pesquisa qualitativa em saúde: reflexões metodológicas do relato oral e produção de narrativas em estudo sobre a profissão médica. Ver.Saúde Pública, 29(1):63-74,1995.Turato, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. Ed. Vozes, 2ª ed,2003.-----------------. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Rev. Saúde Pública 2005;39(3):507-14.Zaluar, Alba. Desvendando máscaras sociais, Francisco Alves, Rio de Janeiro, RJ, 1990
ETNOGRAFIAS:ETNOGRAFIAS:
Lévi-Strauss, Claude. O Cru e o Cozido, Ed. Brasiliense, São Paulo, SP, 1991.
Latour, Bruno. A Vida de Laboratório, Relume Dumará, RJ, 1997.
Wacquant, Loïc. Corpo e Alma – Notas Etnográficas de um Aprendiz de Boxe, Relume Dumará, RJ, 20022.
Malinowski, Bronislaw. Um Diário no Sentido Estrito do Termo, Ed Record, RJ, 1997.
Benedict,Ruth. O Crisântemo e a Espada, Ed. Perspectiva, SP, 2002.
Lévi-Strauss, Claude. O Cru e o Cozido, Ed. Brasiliense, São Paulo, SP, 1991.
Latour, Bruno. A Vida de Laboratório, Relume Dumará, RJ, 1997.
Wacquant, Loïc. Corpo e Alma – Notas Etnográficas de um Aprendiz de Boxe, Relume Dumará, RJ, 20022.
Malinowski, Bronislaw. Um Diário no Sentido Estrito do Termo, Ed Record, RJ, 1997.
Benedict,Ruth. O Crisântemo e a Espada, Ed. Perspectiva, SP, 2002.
OUTRA MÚSICA ETNOGRÁFICA!!! OUTRA MÚSICA ETNOGRÁFICA!!!
Tem certos diasEm que eu penso em minha genteE sinto assimTodo o meu peito se apertarPorque pareceQue acontece de repenteComo um desejo de eu viverSem me notarIgual a comoQuando eu passo no subúrbioEu muito bemVindo de trem de algum lugarE aí me dáComo uma inveja dessa genteQue vai em frenteSem nem ter com quem contar
Gente Humilde - Chico Buarque
Composição: Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes
Gente Humilde - Chico Buarque
Composição: Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes
São casas simplesCom cadeiras na calçadaE na fachadaEscrito em cima que é um larPela varandaFlores tristes e baldiasComo a alegriaQue não tem onde encostarE aí me dá uma tristezaNo meu peitoFeito um despeitoDe eu não ter como lutarE eu que não creioPeço a Deus por minha genteÉ gente humildeQue vontade de chorar