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NÚMERO 58 DATA 18/09/2012 ANO I

18 Set 2012

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NÚMERO58

DATA18/09/2012

ANOI

hoje em dia - mG - P. 26 - 18.09.2012

hoje em dia - mG - P. 06 - 18.09.2012

hoje em dia - mG - P. 26 - 18.09.2012

Santa Casa suspende atendimento no pronto-socorro

Anvisa determina apreensão de lotes

falsificados de ButazonaAmostras do lote em questão foram submetidas a análises que comprovaram que o produto não

foi fabricado pelo laboratórioAgência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão e inutilização, em todo o país, do produto Butazona, na apresen-tação 100 comprimidos, lote 3115 FEV 12, com validade até junho de 2014, e na apresentação dez comprimidos, sem número de lote declarado, com fabricação em fevereiro de 2012 e válido até ju-nho de 2014.

De acordo com resolução publicada nesta segunda-feira, 17, no Diário Oficial da União, a empresa Boehringer-Ingelheim do Brasil, deten-tora do registro do remédio em território nacional, informou que amostras do lote em questão foram submetidas a análises comparativas visuais de em-balagem e análises laboratoriais que comprovaram que o produto não foi fabricado pelo laboratório.

O texto ressaltou que o medicamento, em am-bas as apresentações, está sendo comercializado clandestinamente no país. Segundo a Anvisa, a decisão de determinar a apreensão e inutilização do produto foi tomada como medida de interesse sanitário. A resolução entra em vigor na data da publicação.

o estado de sP - sP - on line - 18.09.2012

Renata MarizDois cientistas de Brasília receberam

ontem, em Washington, nos Estados Uni-dos, o prêmio mais importante sobre saú-de pública nas Américas. Oferecido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Fred L. Soper à Excelência em Literatura sobre Saúde Pública reconhe-ceu, neste ano, como o melhor trabalho publicado no meio científico especializa-do o estudo Aborto no Brasil: uma pes-quisa domiciliar com técnica de urna, de autoria do economista e sociólogo Mar-celo Medeiros e da antrópologa Debora Diniz, ambos professores da Universida-de de Brasília (UnB). Entre os méritos do trabalho, financiado pelo Ministério da Saúde, está a identificação da magnitude do aborto no país.

Constatou-se de forma confiável, pela primeira vez no Brasil, que uma em cada cinco mulheres na faixa dos 40 anos já in-terrompeu a gravidez ao menos uma vez na vida. Metade delas teve de ser inter-nada. “Esses resultados tiraram o debate de uma discussão moral para uma consta-tação científica, colocando-o na pauta da saúde pública”, diz Medeiros. Até então, não havia estatística confiável sobre o as-sunto. Costumava-se usar o número de 200 mil curetagens feitas no Sistema Úni-co de Saúde (SUS) por ano, multiplican-do-as por cinco para estimar o número de abortos. “O dado era frágil, obtido por um método indireto. Nosso estudo funciona como uma pedra fundamental nesse tema porque traz um dado definitivo e uma me-todologia confiável”, explica Debora.

A metodologia foi o item mais traba-lhoso na pesquisa, que durou dois anos. Era preciso convencer as mulheres a con-tar se fizeram aborto, um tema delicado por si só, ainda mais em um país onde a prática é considerada crime. Dessa difi-culdade surgiu a ideia de usar a técnica de urna. As entrevistadas respondiam um rápido questionário sociodemográfico oral e, depois, nos moldes de uma elei-ção, recebiam uma cédula com cinco per-guntas específicas a respeito da interrup-

ção da gravidez. Preenchiam o papel e o depositavam na urna vedada. Explicando assim, pode até parecer uma metodologia simplória, mas, na prática as dificulda-des começaram bem antes do trabalho de campo, que abrangeu 2 mil entrevistadas em todo o Brasil, exceto em uma parte da área rural.

Um dos pontos mais problemáticos, lembra Debora, foi elaborar a cédula. “Pa-rece uma coisa tola, mas pode invalidar toda a pesquisa se os entrevistados não entendem o que estamos perguntando. E isso foi constatado no pré-teste, todo ele realizado em Ceilândia (no Distrito Fe-deral), quando perguntávamos na cédula: ‘Qual a sua idade?’, seguido de dois qua-dradinhos para serem preenchidos. Em vez de colocar a idade, muita gente escre-via o ano de nascimento. Outro problema era deixar claro que, respondendo ‘não’ à primeira pergunta – ‘Você já fez abor-to?’– chegava-se ao fim a pesquisa. Ou seja, a pessoa não precisava responder as outras quatro questões”, conta a antropó-loga. A solução veio de uma diagramado-ra da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), especialista em pesquisa com população de baixa escolaridade, que redesenhou a cédula.

Depois de preparar o material para a pesquisa, a dupla contratou o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatís-tica, mais conhecido como Ibope, para aplicar o questionário e compilar os re-sultados. A técnica usada foi amostra pro-babilística aleatória, que possibilita pro-jetar os resultados para o país inteiro com margens de erro muito pequenas – mesmo método usado nas pesquisas eleitorais fei-tas atualmente no pleito municipal. Foram escolhidas apenas mulheres para os 192 postos de entrevistador, exatamente para facilitar a abordagem. Outras 40 pessoas, aproximadamente, participaram das di-versas etapas do estudo em funções varia-das – da confecção das urnas à aplicação dos pré-testes. Na cerimônia de ontem, os pesquisadores receberam um prêmio de U$ 5 mil.

estado de minas - on line - 19.09.2012 saÚde

Estudo sobre aborto no Brasil é premiado Professores da UnB definem, por um método científico, a quantidade de mulheres que se submetem ao procedimento no país. Importância do trabalho foi reconhecida pela OMS