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7/22/2019 18 2060171121612013 Auditoria de Obras Publicas Modulo 1 Aula 4
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I S C
A 4A
A, 2012
AUDITORIA DEOBRAS PBLICAS
Mdulo 1Oramento de obras
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RESPONSABILIDADE PELO CONTEDO
Tribunal de Contas da Unio
Secretaria Geral da Presidncia
Instuto Serzedello Corra
2 Diretoria de Desenvolvimento de Competncias
Servio de Educao a Distncia
SUPERVISO
Pedro Koshino
CONTEUDISTAAndr Pachioni Baeta
TRATAMENTO PEDAGGICO
Flvio Sposto Pompeo
RESPONSABILIDADE EDITORIAL
Tribunal de Contas da Unio
Secretaria Geral da Presidncia
Instuto Serzedello Corra
Centro de Documentao
Editora do TCU
PROJETO GRFICO
Ismael Soares Miguel
Paulo Prudncio Soares Brando Filho
DIAGRAMAO
Herson Freitas
Brasil. Tribunal de Contas da Unio.
Auditoria de obras / Tribunal de Contas da Unio ; conteudista: AndrPachioni Baeta. Braslia, 2ed. : TCU, Instuto Serzedello Corra, 2012.
18 p.
Contedo: Mdulo 1: Oramento de obras. Aula 4: Anlise dos quantavos
de servios.
Curso realizado em 2012 no Ambiente Virtual de Educao Corporava do
Tribunal de Contas da Unio.
1. Obras pblicas oramento Brasil. 2. Obras pblicas scalizao
Brasil. I. Ttulo.
Ficha catalogrca elaborada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa
Copyright 2012, Tribunal de Contas de Unio
Permite-se a reproduo desta publicao,em parte ou no todo, sem alterao do contedo,desde que citada a fonte e sem ns comerciais.
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[ 3 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
Como analisar os quantitativos de servios das planilhasoramentrias?
Qual a influncia do critrios de medio dos servios nasestimativas de quantidades e nas composies de custo
unitrios?
Na aula passada, iniciamos nosso estudo sobre as composies decusto unitrio.
Nesta aula, abordaremos um importante assunto relacionado auma das mais graves irregularidades observadas em auditorias de obraspblicas: o superaturamento dos quantitativos de servios.
Torna-se ento indispensvel que o auditor de obras pblicasdedique parte do tempo disponvel para a auditoria a fim de realizar aconerncia dos principais quantitativos de servios das obras.
A realizao desse procedimento tambm permite identificaroutras irregularidades alm do superaturamento de quantitativos:adiantamento de pagamentos, realizao de servios sem coberturacontratual, deficincia do projeto bsico e qumica. Todas essasirregularidades aparecem quando as quantidades de servios contratuaisso eetivamente coneridas.
muito interessante saber que as alhas de um projeto soidentificadas a partir de um processo de quantificao dos servios.Quando o auditor de obras no consegue quantificar algum item daplanilha a partir das inormaes apresentadas no projeto bsico, h
de ato alguma coisa errada com o projeto bsico. Provavelmente, aslicitantes se depararam com o mesmo problema e no puderam elaborarsuas propostas de preo com total conhecimento do objeto a ser licitado.Por vezes, uma simples omisso de uma cota inviabiliza a conerncia deum quantitativo. Outras vezes, alta algum detalhamento ao projeto ou,simplesmente, no h projeto dos servios que se pretende quantificar.
Como quantificar os servios que compem a instalao eltricade uma edificao sem o projeto de instalaes eltricas?
A melhor denio dequmica que eu j li foi
dada no voto condutor
do Acrdo 1.606/2008
Plenrio:
29. A obra real baseada
em um projeto diferente
do licitado, inacabado e
sem se ter, ainda, a noo
exata de seus custos,
estava sendo paga de forma
irregular, com faturamento
de servios da obra licitada,
como constatado pela
Unidade Tcnica do TCU.
Tal prtica, conhecida no
jargo da engenharia como
qumica consiste em
realizarem-se pagamentos
de servios novos, semcobertura contratual, fora
do projeto originalmente
licitado, utilizando-se para
faturamento outros servios,
estes sim, constantes da
planilha de preos original,
sem a respectiva execuo
destes ltimos, para futura
compensao.Trata-se, evidentemente, de
irregularidade gravssima.
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[ 4 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
Por fim, para quantificar adequadamente um servio, deve-seobservar o que dispe o caderno de encargos ou a especificao tcnicasobre a orma de medio e pagamento do item da planilha.
O aluno, tambm, descobrir que a quantificao dos servios exigeconhecimentos elementares de geometria e pode-se racionalizar esseprocedimento com o emprego de sofwares CAD. Essa sem dvidauma boa notcia. No entanto, a quantificao de servios requer que oauditor tenha capacidade tcnica para ler e interpretar projetos.
Para acilitar o estudo, este tpico est organizado da seguinteorma:
Ao final desta aula, esperamos que voc tenha condies de
quantificar todos os servios contratuais a partir da anlise dosprojetos;
identificar superaturamentos de quantitativos e alguns outrostipos de irregularidade a partir da conerncia quantitativa da
planilha oramentria;
compreender o impacto dos critrios de medio e pagamentodos servios nas quantidades, preos unitrios e composiesde custos unitrios dos servios.
Pronto para comear?
Ento, vamos.
Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios........................................................ 31. Levantamento de Quantitativos de Servios.......................................................... 5
2. Critrios de Medio e Pagamento............................................................ ................... 8
3. Exemplos de Critrios de Medio e Pagamento Utilizados .......................11
4. A influncia do Critrio de Medio nas Composies de Custo Unitrio..13
5. Identificao de Outros Tipos de Irregularidades
a partir das Anlises de Quantitativos........................................................................16
Sntese ............................................................................................................................................17
Referncias bibliogrficas ................................................................................................18
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[ 5 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
1. Levantamento de Quantitativos de Servios
Na aula passada, oi apresentado o conceito de oramento sintticoe de discriminao oramentria. A discriminao oramentriaadotada na elaborao de um oramento permite subdividir a obra ematividades constitutivas, denominadas servios ou itens de servio.Como exemplo, reproduzimos a discriminao oramentria espelhadana NBR 12.721.
Vimos tambm que o oramento sinttico apresenta a sequnciados dierentes servios que sero executados durante a construo,apresentando a descrio, quantidade e preos unitrios de cada servio.
A etapa de levantamento das quantidades de cada item de servio uma das mais trabalhosas do processo de oramentao e de crucialimportncia, j que define a quantidade de insumos a serem adquiridose o dimensionamento das equipes da obra.
Via de regra, o levantamento de quantitativos se d a partir da leiturae anlise de projetos, azendo-se o clculo das quantidades dos diversostipos de servios na orma estabelecida no caderno de encargos ou noscritrios de medio e pagamento previstos para a execuo dos servios.
As quantidades geralmente podem ser verificadas por simplescontagem ou por procedimentos elementares de geometria (clculo dereas, permetros, comprimentos e volumes). Porm, deve-se ter emmente que o quantitativo de alguns servios no pode ser estimado compreciso. O melhor exemplo desse problema talvez seja o de cravao deestacas pr-moldadas. Mesmo dispondo de sondagens e de um projetode undaes, o oramentista nunca conseguir prever com exatido aproundidade em que cada estaca ser cravada.
A depender do porte e complexidade da obra, os clculos dequantitativos podem se tornar extremamente trabalhosos, tomandorazovel parcela de tempo das auditorias.
Nesse aspecto, oportuno ressaltar que a utilizao de sofwaresCAD racionaliza o procedimento de anlise de quantitativos.
Tambm importante relembrar que o nus da prova da boa eregular gesto dos recursos pblicos do gestor. Portanto, sempre um procedimento vlido solicitar ao rgo/entidade contratante amemria de clculo utilizada para o clculo das quantidades de serviosda planilha oramentria.
Caderno de encargos um
conjunto de informaes
complementares ao projeto,
denindo como deve ser
procedida a execuo.
Normalmente fornecido pelo
contratante, no qual esto
consolidadas as especicaes
tcnicas, o memorial
descritivo e os critrios de
medio e pagamento de cada
um dos servios previstos para
a obra.
Desenho assistido por
computador (DAC) ou CAD
(do ingls: computer-aided
design) o nome genrico
de sistemas computacionais
(software) utilizados pela
engenharia, geologia,
geograa e arquitetura.
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[ 6 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
Se o gestor, o projetista ou o oramentista da obra no tm amemria de clculo das quantidades (ou no a quer ornecer ao auditor),algo muito estranho deve estar acontecendo na obra auditada. Nesse tipode situao, comum o auditor ouvir explicaes das partes como asquantidades oram estimadas com base na experincia dos projetistas.Quase sempre o que se verifica que as quantidades oram inventadasou deliberadamente adulteradas para fins escusos.
Tambm deve ser lembrado que as ltimas Leis de DiretrizesOramentrias tm estabelecido exigncia de anotao deresponsabilidade tcnica para o engenheiro que elaborou as planilhasoramentrias, exigindo inclusive declarao expressa sobre a adequaode quantitativos presentes no oramento da obra.
oportuno ressaltar que o erro no clculo dos quantitativos pelooramentista pode ter consequncias graves e, inclusive, ser enquadradocomo crime de improbidade administrativa. Nesse sentido, a Lei8.429/1992 dispe que:
Art. 9 Constitui ato de improbidade administrativa importandoenriquecimento ilcito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonialindevida em razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ouatividade nas entidades mencionadas no art. 1 desta lei, e notadamente:
(...)VI - receber vantagem econmica de qualquer natureza, direta ou
indireta, para fazer declarao falsa sobre medio ou avaliao emobras pblicas ou qualquer outro servio, ou sobre quantidade, peso,medida, qualidade ou caracterstica de mercadorias ou bens fornecidos aqualquer das entidades mencionadas no art. 1 desta lei;
Portanto, recomendamos buscar a memria de clculo dosquantitativos. A existncia ou no de memria de clculo ornece
inormaes valiosas sobre como o empreendimento est sendoconduzido.
A anlise do quantitativo de alguns servios pode ser comprometidaem uno do estgio da obra ou do no detalhamento dos projetos(por exemplo: comprimento das undaes com a obra concluda ou aquantidade de armaes de ao utilizadas em um elemento estruturalaps sua concretagem).
No raro surgirem denncias de superaturamento em obras jconcludas em que o auditor no consegue obter os elementos tcnicos(projetos) necessrios para a anlise dos quantitativos. Verdadeiros
Os principais programas
disponveis no mercado
so o Autocad, de
propriedade da Autodesk, e
o Microstation, da Bentley.
Existem ainda outras
opes de softwares livres
como o FreeCad ou Qcad.
Uma diviso bsica entre
os softwares CAD feita
com base na capacidade
do programa em desenhar
apenas em 2 dimenses
ou criar modelostridimensionais tambm.
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[ 7 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
trabalhos periciais acabam por ser necessrios em tais casos. A tecnologiaexistente atualmente permite periciar os quantitativos eetivamenteexecutados com boa preciso, embora requeira grande tempo paraexecuo dos trabalhos.
Por exemplo, um dos problemas recorrentes o da verificaoda proundidade de undaes em obras concludas. Muitas vezes, hsuspeitas de superaturamento nesses servios. Uma tcnica simples ebarata o ensaio PIT, que permite verificar o comprimento e integridadedas estacas.
A anlise dos quantitativos de terraplanagem particularmentecomplexa em vrios tipos de obras (rodovias, barragens etc.), exigindo
o apoio de servios de topografia para melhor avaliao. semprepossvel ao auditor solicitar os levantamentos topogrficos utilizados eos documentos tcnicos produzidos: levantamentos planialtimtricos,sees transversais, quadros de cubagem etc.
Com base nos documentos obtidos, pode-se verificar se osquantitativos de terraplanagem oram pagos adequadamente. No entanto,o auditor pode estar trabalhando a partir de levantamentos topogrficosadulterados. Somente um levantamento topogrfico acompanhado peloauditor ou conduzido sobre a orientao deste pode trazer um pouco maisde segurana sobre as quantidades eetivas de movimentao de terra.
Em algumas tipologias de obras, notadamente naquelas que requeremgrandes movimentaes de massas, os custos de transporte representamparcela expressiva do custo global da obra, s vezes superior a 30%.
Embora a utilizao de levantamentos topogrficos permita aoauditor concluir com razovel certeza sobre o quantitativo de volumesde terra movimentados, no permite identificar a origem e destino dos
materiais transportados. Consequentemente, com a obra concluda esem qualquer outra documentao de suporte, praticamente impossvelestabelecer DMTs (distncias mdias de transporte) para os diversosmateriais movimentados durante a execuo da obra. Perde-se, assim, ocontrole sobre uma importante parcela de custo da obra.
Os participantes vo
ter oportunidade de se
exercitar na estimativa dequantidades analisando
alguns projetos reais.
Ensaio de Integridade
PIT: tem como objetivo
principal a avaliao
da integridade e da
profundidade de fundaes.
Coloca-se um acelermetro
na estaca ensaiada. A
partir de golpes com
martelo e pela reexo
das ondas geradas porestes golpes, identicam-
se brocas e falhas nas
estacas. O mesmo princpio
pode ser utilizado para a
averiguao ou conrmao
do comprimento de
estacas.
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[ 8 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
2. Critrios de Medio e Pagamento
Neste tpico, azemos uma observao importantssima: osquantitativos e os preos unitrios presentes na planilha oramentriapodem variar consideravelmente em uno dos critrios de medio epagamento dos servios.
Por exemplo, o servio de escavao, carga e transporte de materialde primeira categoria sore grande influncia do critrio de medioutilizado, pois o solo sore o enmeno do empolamento ou aumentodo volume do solo aps este ser removido do seu estado natural, em quese encontra compactado. Tipicamente, no caso de materiais argilosos,
ocorre um aumento de 30% do volume do solo escavado em virtude desua descompactao.
O Sistema de Custos Rodovirios do DNIT Sicro - utiliza comocritrio de medio o volume medido no corte, ou seja, considera ovolume do material antes de haver o empolamento.
Se a obra no contar com apoio topogrfico, pode ser mais simplesmedir o volume escavado por meio de outro mtodo, por exemplo,mediante a contagem do nmero de viagens e das respectivas capacidadesdos caminhes transportando o material escavado. Neste caso, o soloest sendo transportado solto, aps sorer o processo de empolamento.
Espera-se haver, entre estes dois critrios de medio, grandevariao no volume de escavao medido, pois o volume medido nocorte est sem empolamento e o volume medido no transporte est comempolamento.
Obviamente, o preo unitrio dos servios tambm aetado pelo
critrio de medio e pagamento. Ora, se um determinado volume a serescavado or medido no corte ou no transporte, as quantidades medidassero dierentes, mas a natureza do servio essencialmente a mesma:escavar um determinado volume de terra. Dessa orma, o preo globalde escavao deva ser sempre o mesmo, independente do critrio demedio adotado.
Portanto, os preos unitrios devero ser inversamenteproporcionais aos quantitativos medidos conorme cada um dos critriosde medio, de orma a manter o preo total do servio constante. Atabela seguinte ilustra o raciocnio desenvolvido para um determinadovolume de escavao, onde oi assumido haver um empolamento de 40%:
Ateno!
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[ 9 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
Medio da Escavao no Corte (sem
empolamento)
Medio da Escavao no Transporte (com
40% de empolamento)
Volume
escavado
Preo Unitrio Preo total da
escavao
Volume
escavado
Preo
Unitrio
Preo total da
escavao
5.000 m3 R$ 10,00/m3 R$ 50.000,00 7.000 m3 R$ 7,14/m3 R$ 50.000,00
Outro exemplo para melhor entendimento da matria. Considere-se o servio de execuo de cobertura com telhas de ao galvanizado.Podem ser adotados pelo menos dois critrios de medio distintos:
considerar a rea de projeo horizontal do telhado comoparmetro de medio; ou
considerar a rea de telhado eetivamente executada, a qualsore influncia do grau de inclinao do telhado e do nmerode guas executadas.
O primeiro critrio de medio a ser utilizado pode parecer grosseiroe impreciso, mas tem a razo de existir e de ser rotineiramente utilizado.Neste caso, o engenheiro de custos deve considerar na estimativa dequantidades e do preo unitrio do servio todo o projeto do telhado,em especial sua geometria e inclinao. Espera-se que o custo total dotelhado orado segundo qualquer critrio de medio seja sempre omesmo, afinal o objeto do servio o mesmo telhado.
Espera-se, tambm, que a preciso do oramento a ser elaboradopara o telhado seja sempre a mesma, afinal o projeto disponvel paraa estimativa de custos o mesmo, independentemente do critrio de
medio adotado.
Portanto, o primeiro mtodo de medio do telhado, considerandoapenas a rea de projeo horizontal, no melhor nem pior do queo segundo mtodo. Em algumas situaes acaba simplificando a ormade apurao dos servios executados durante o andamento da obra,permitindo a quantificao por apontadores ou por outros tipos deprofissionais sem elevada qualificao profissional.
O engenheiro oramentista deve, portanto, considerar devidamente ocritrio de medio do servio ao estimar as quantidades dos servios e osrespectivos preos unitrios. O projetista, por sua vez, deve especificar umcritrio de medio e pagamento que seja melhor indicado para cada caso.
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[ 10 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
claro! O auditor de obras deve observar o critrio de medio epagamento nos procedimentos de verificao dos quantitativos.
As anlises aqui propostas no se restringem a meros clculosmatemticos das quantidades, sendo vital a depurao dos dados emuno da natureza tcnica do servio questionado. O bom senso e a boatcnica sugerem que no se pode ter o mesmo grau de rigor na medio dasquantidades de postes e do volume de concreto de undaes proundas,uma vez que a preciso obtida nas duas medidas invariavelmente dierente.
Vimos na aula passada, que os valores unitrios dos servios deuma obra so calculados por composies unitrias que consideram osinsumos, mo de obra, coeficientes de produtividade e encargos sociais de
cada servio, alm de outras premissas. Dentre elas, o critrio de medio,aceitabilidade dos servios e orma de execuo, as quais necessariamentedevem constar nas especificaes tcnicas pr-estabelecidas no memorialdescritivo e/ou nos cadernos de encargos oficialmente adotados pelaAdministrao. Sua finalidade orientar previamente os licitantessobre as regras que sero seguidas pela fiscalizao durante a execuodo contrato, alm de atender aos requisitos estipulados por lei para aelaborao do Projeto Bsico.
Essas inormaes necessariamente sero consideradas eincorporadas nas composies de custos das propostas, definindo a justarelao entre os encargos do contratado e a sua remunerao financeira.
Porm, a inexistncia ou lacunas requentemente observadasnos memoriais descritivos e cadernos de encargos do margem apagamentos indevidos pela adoo de critrios de medio distintosentre o eetivamente realizado pela fiscalizao e o considerado noclculo das composies de custo. No caso da construo do telhado deuma edificao exemplificado anteriormente, se em nenhum documento
oficial houver descrio do critrio de medio a ser adotado, a empresapode vencer a licitao utilizando o metro quadrado de projeohorizontal como critrio de medio na ormulao de sua proposta.Aps o servio executado, a empresa pode discutir, administrativa oujudicialmente, a adoo da metragem sobre a rea eetiva e no sobrea projeo da rea de telha trocada, alterando o equilbrio-econmicofinanceiro a avor dela.
Percebe-se que, em pequenos detalhes, muitas vezes de dicilpercepo, principalmente quando as composies de custos no estopereitamente detalhadas, abrem-se margens ao uso de articios quepossibilitam desequilibrar indiretamente as clusulas financeiras, mesmosem modificar os preos contratuais do servio.
Ateno!
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[ 11 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
3. Exemplos de Critrios de Medio e PagamentoUtilizados
Para melhor compreenso dos critrios de medio e pagamento,inclumos a seguir alguns exemplos adotados para os principais serviosde uma edificao. Os critrios de medio oram extrados do Manualde Obras Pblicas-Edificaes Prticas da Seap (extinta Secretaria deEstado da Administrao e Patrimnio).
Servio Critrio de Medio (prcas Seap)
Escavaes e desmontes derocha
A medio ser efetuada pelo volume escavado,
medido no corte em m3.
Aterros compactadosA medio ser efetuada em m3 pelo volume
compactado, medido no aterro conforme projeto.
ArmadurasA medio ser efetuada conforme os resumos
indicados no projeto, em kg, sem qualquer
acrscimo a tulo de perdas e desbitolamento.
Concreto
A medio ser efetuada pelo volume de concreto
aplicado, medido de acordo com as dimensesindicadas no projeto, em m, computando os
volumes comuns a vrias peas uma s vez.
Frmas
A medio ser efetuada de acordo com as
dimenses indicadas no projeto, apurando-se a
rea efevamente em contato com o concreto, em
m, no sendo descontadas reas de interseo nocaso de cruzamentos ou interferncias.
Escavao de valas
A medio ser efetuada pelo volume escavado, em
m, medido no corte, cujas dimenses em planta
esto limitadas por linhas paralelas distantes de0,50 m das faces laterais das fundaes.
Estaca cravada de concreto
A medio ser efetuada por metro de estacacravada, considerando-se o comprimento denido
pela cota de fundao na ponta da estaca e pela
cota de arrasamento, sendo tolerado apenas o que
exceder no comprimento, at 3,00m acima da face
inferior do bloco.
Estacas metlicasA medio ser efetuada pelos comprimentos
originais das estacas ulizadas,
independentemente da profundidade angida.
Estaca de concreto moldada in
loco (po broca)
A medio ser efetuada por metro,
considerando-se o comprimento desde a cota de
fundao at a cota de arrasamento.
Na biblioteca, referente
a esta aula inclumos a
ntegra dos trs cadernos
de prticas da Seap. No
julgamos necessria a
leitura de todo o contedo,
mas uma fonte de
consulta muito valiosa para
auditor de obras.
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[ 12 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
Estruturas Metlicas A medio ser efetuada pelo peso obdo daslistas de materiais indicadas no projeto, em kg.
Alvenarias
A medio ser efetuada por m, apurando-se a
rea conforme as dimenses indicadas no projetoe descontando-se integralmente todos os vos,reas de vazios ou de elementos estruturais que
interram nas alvenarias.
Esquadrias e portasA medio ser efetuada por unidade colocada,
conforme as dimenses indicadas no projeto.
Vidros
A medio ser efetuada pela rea de vidro
obda atravs das dimenses de cada pea,
conforme o projeto, em m, devendo ser
arredondadas para mais, em mlplos de 0,05m.
CoberturasA medio ser efetuada pela rea de projeo
da cobertura no plano horizontal, conforme
projeto, em m.
Pisos
A medio ser efetuada pela rea de piso,
conforme as dimenses indicadas no projeto,
em m, sendo descontadas as reas de vazios ou
interferncias que excederem a 0,50m.
Chapisco, emboo e reboco
A medio ser efetuada por m, obtendo-se a
rea de acordo com o projeto, descontando-se
os vos maiores que 2,00m, reas de vazios ou
interferncias.
Revesmentos cermicos,
azulejos e ladrilhos
A medio ser efetuada por m, descontando-
se no que exceder a 1,00m, os vazios cujas
supercies de topo no sejam revesdas.
Instalaes hidrulicas tubosA medio ser efetuada por metro de tubulao
instalada, conforme projeto.
Instalaes eltricas etelefnicas cabos e
eletrodutos
A medio ser efetuada por metro de cabo ou
eletroduto instalado, conforme o projeto.
Outras entidades adotam critrios de medies distintos para osservios. Convidamos o participante a dar uma olhada nos critrios demedio presentes na TCPO da editora PINI e conront-los com oscritrios de medio utilizados nas prticas da Seap.
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[ 13 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
4. A inuncia do Critrio de Medio nas Composiesde Custo Unitrio
Na aula passada, estudamos as composies de custo unitrio dosservios. Veremos, agora, como a mudana de um determinado critriode medio e pagamento influi nos coeficientes de uma composio depreo unitrio.
Como exemplo, considere o servio Cobertura e/ou revestimentocom chapas corrugadas de alumnio previsto na Tabela do DNOCS. Ocaderno de encargos daquela Autarquia apresenta o seguinte critrio demedio:
CRITRIO DE MEDIO:
Ser feita pela rea, em metro quadrado (m), de cobertura executada,conforme dimenses do Projeto;
Obs.:O assentamento e fornecimento dos rufos, cumeeiras, rinces e espiges,sero medidos e pagos em separado;
Os rinces e espiges sero pagos como cumeeira.
ESTRUTURA DE PREO:
Compreende
Execuo de cobertura com telha de fibrocimento, chapa corrugada dealumnio, ao zincada ou de PVC, incluindo o fornecimento das telhas,
elementos de fixao e vedao, posto obra;
Aquisio, carga, transporte, descarga, operao, manuteno, depreciaoe conservao dos equipamentos e ferramentas utilizados;
Mo de obra e demais incidncias necessrias perfeita execuo dosservios.
Trata-se, assim de um critrio de medio que prev a rea eetivade telhado executada, dierindo do caderno da Seap que prev mediopela rea de projeo da cobertura no plano horizontal, conormeprojeto, em m.
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[ 14 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
Os dois critrios resultam em duas dierentes composies decusto unitrio para o servio. Quanto maior a inclinao do telhado,maior ser a dierena entre as duas composies de custo unitrio. Paraexemplificar, considere um telhado com 32% de inclinao (a cada metrono plano horizontal, ocorre uma elevao de 32 cm no plano vertical):
Aplicando o Teorema de Pitgoras, obteremos que x igual a 1,05.Ou seja, para cada m2de rea de projeo horizontal do telhado, teremos1,05 m2 de rea eetiva do telhado. A Tabela do DNOCS apresentaa seguinte composio de custo unitrio para o servio (medioconsiderando rea eetiva do telhado):
ITEM DESCRIO DO SERVIO UNIDADE : m2
A EQUIPAMENTO
Prod. Impr. Prod. Impr.- - - - - 0,00 0,00 -
- - - - - 0,00 0,00 -
-
B MO DE OBRA
MO-0012 Encarregado de Montagem h 0,1000 5,36 0,54
MO-0017 Montador h 0,3500 2,51 0,88
MO-0001 Ajudante h 0,3500 1,20 0,42
- - 0,00 -
Leis-01 Leis sociais horista % 135,00% 1,84 2,48
4,32
C Ferramentas
Ferramentas manuais 5,00% 4,32 0,22
- - -
0,22
D CUSTO UNITRIO DE EXECUO DOS SERVIOS ( D = A + B + C ) 4,54E PRODUO HORRIA DA EQUIPE ( E ) m2 / Hora
F CUSTO UNITRIO DE EXECUO DO SERVIO ( F = D / E ) 4,54
G MATERIALCusto
Unitrio
MT-0064 M2 1,0500 27,64 29,02
MT-0112 Un 3,0000 0,40 1,20
- - 0,00 -
30,22
H SERVIOS AUXILIARESCusto
Unitrio
- - 0,00 -
-
I TRANSPORTECusto
Unitrio
- -
- -
-
J CUSTOS UNITRIO DO SERVIO ( J ) = ( F ) + ( G ) + ( H ) + ( I ) 34,76R$
K BENEFICIOS E DESPESAS INDIRETAS - BDI ( %) ( K ) 25,00%
L BENEFICIOS E DESPESAS INDIRETAS ( BDI ) ( L ) = ( J ) x ( K ) 8,69R$
M PREO UNITRIO DO SERVIO ( M ) = ( J ) + ( L ) 43,45R$
Chapa corrugada de alumnio
Gancho com porca e rosca
Custo dos Transportes ( I )
Unid.DescrioCdigo D M T Consumo
Total
Custo dos servios auxilia res ( H )
Custo
Unid. Quant.
-
Descrio
Total
Total dos materia is ( G )
Descrio Unid. Quant.
-
Cdigo
Descrio
Total
Coeficiente Custo Horrio
Cdigo
Total Mo de Obra suplementar ( B )
Salrio /hora
Quant.Unid.Descrio
2.30 Cobertura e/ou revestimento com chapas corrugadas de alumnio
Cdigo
Total
Cdigo Quant.Unid.
1,0000
Adicional ao uso de Ferramentas ( C )
Quant. %Total M. de
ObraCdigo Descrio
Total de Mquinas e Equipame ntos ( A )
Total
COMPOSIO DE CUSTO UNITRIO
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[ 15 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
Alterando-se o critrio de medio do reerido servio, utilizando area de projeo horizontal do telhado como unidade de medida, teremosque azer um ajuste na composio de custo unitrio apresentada acima,multiplicando todos os coeficientes pelo ator 1,05.
ITEM DESCRIO DO SERVIO UNIDADE : m2
A EQUIPAMENTO
Prod. Impr. Prod. Impr.- - - - - 0,00 0,00 -
- - - - - 0,00 0,00 -
-
B MO DE OBRA
MO-0012 Encarregado de Montagem h 0,1050 5,36 0,56
MO-0017 Montador h 0,3675 2,51 0,92
MO-0001 Ajudante h 0,3675 1,20 0,44
- - 0,00 -
Leis-01 Leis sociais horista % 135,00% 1,92 2,594,51
C Ferramentas
Ferramentas manuais 5,00% 4,51 0,23
- - -
0,23
D CUSTO UNITRIO DE EXECUO DOS SERVIOS ( D = A + B + C ) 4,74
E PRODUO HORRIA DA EQUIPE ( E ) m2 / Hora
F CUSTO UNITRIO DE EXECUO DO SERVIO ( F = D / E ) 4,74
G MATERIALCusto
Unitrio
MT-0064 M2 1,1025 27,64 30,47
MT-0112 Un 3,1500 0,40 1,26
- - 0,00 -
31,73
H SERVIOS AUXILIARES
CustoUnitrio
- - 0,00 -
-
I TRANSPORTECusto
Unitrio
- -
- -
-
J CUSTOS UNITRIO DO SERVIO ( J ) = ( F ) + ( G ) + ( H ) + ( I ) 36,47R$
K BENEFICIOS E DESPESAS INDIRETAS - BDI ( %) ( K ) 25,00%
L BENEFICIOS E DESPESAS INDIRETAS ( BDI ) ( L ) = ( J ) x ( K ) 9,12R$
M PREO UNITRIO DO SERVIO ( M ) = ( J ) + ( L ) 45,59R$
Chapa corrugada de alumnio
Gancho com porca e rosca
Custo dos Transportes ( I )
Unid.DescrioCdigo D M T Consumo
Total
Custo dos servios aux ilia res ( H )
Custo
Unid. Quant.
-
Descrio
Total
Total dos materiai s ( G )
Descrio Unid. Quant.
-
Cdigo
Descrio
Total
Coe ficie nte Custo Hor rio
Cdigo
Total Mo de Obra suplementa r ( B )
Salrio /hora
Quant.Unid.Descrio
2.30 Cobertura e/ou revestimento com chapas corrugadas de alumnio
Cdigo
Total
Cdigo Quant.Unid.
1,0000
Adicional ao uso de Ferramentas ( C )
Quant. %Total M. de
ObraCdigo Descrio
Total de Mquinas e Equipamentos ( A )
Total
COMPOSIO DE C USTO UNITRIO
Se a inclinao do telhado osse maior, digamos 50%, o coeficiente
a ser aplicado seria de aproximadamente 1,12.
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[ 16 ] AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS
5. Identicao de Outros Tipos de Irregularidadesa partir das Anlises de Quantitativos.
Alm do superaturamento, a anlise de quantitativos permiteidentificar outros tipos de irregularidade: adiantamento de pagamentos,realizao de servios sem cobertura contratual, deficincia do projetobsico e qumica.
Na introduo desta aula, j mostramos como a deficincia deprojetos constatada pela anlise de quantitativos. Vamos agora nos aters demais irregularidades.
O Adiantamento de pagamentos, a qumica e a execuo deservios sem cobertura contratual so identificados quando se az oconronto dos valores pagos em medies parciais com o andamento daobra e com as previses do projeto.
O adiantamento de pagamentos diere do superaturamento dequantidades basicamente pelo ato de que no primeiro ocorre a eetivaverificao da execuo das quantidades pagas antecipadamente emetapas uturas da obra. No segundo, as quantidades medidas e pagas amaior simplesmente no oram eetivamente executadas.
A qumica e a execuo de servios sem cobertura contratualso irregularidades detectadas durante a vistoria da obra, quando oauditor constata haver servios executados sem previso na planilhaoramentria.
Portanto, o auditor de obras deve dedicar ateno tambm paraas planilhas de medio dos servios, em especial no conronto dosservios que oram pagos com aqueles eetivamente constatados durante
a realizao de vistoria na obra.
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[ 17 ]Aula 4 Anlise dos Quantitativos de Servios
Sntese
Nesta aula, apresentamos um importante passo na elaborao deum oramento e, tambm, de uma auditoria de obras: a quantificaodos servios.
Em muitos casos, a anlise de quantitativos no complexa,exigindo clculos elementares de geometria. Porm, a depender do caso,pode-se tornar um procedimento bem trabalhoso, bem como surgemdificuldades em algumas situaes: obras concludas e sem projetos,levantamento de servios de terraplanagem e levantamento de serviosde transporte de materiais.
Por fim, tambm enatizamos que:
a anlise de quantitativos um procedimento muito til paradetectar alhas e omisses no projeto bsico;
necessrio que o auditor de obras detenha certa habilidadena leitura e interpretao das peas grficas que compem oprojeto bsico;
necessrio atentar para o critrio de medio e pagamentodos servios.
De qualquer orma, deve-se salientar que a tcnica de auditoriatrabalha, sobretudo, com amostragem. No precisamos conerir asquantidades de todos os servios da planilha oramentria. Nas aulasseguintes, abordaremos melhor essa questo.
Agora hora de exercitar os conceitos aprendidos. Apresentamos
um projeto real e vamos solicitar que os participantes levantem algunsquantitativos de servios desse projeto. Temos outro interessanteexerccio no qual solicitado um ajuste na composio de custo unitrioem uno de uma alterao no critrio de medio e pagamento.
Conclumos esta aula convidando-os a utilizarem o rum paracomentrios e esclarecimentos de dvidas.
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Referncias bibliogrcas
Departamento Nacional de Obras contra as Secas DNOCS, Elaboraoe Implantao de Composies de Custos Unitrios de Obras e Serviosde Engenharia Executados pelo DNOCS, Dezembro/2003.
Manual de Obras Pblicas de Edificaes Prtica da Secretaria deEstado da Administrao e do Patrimnio (SEAP): Construo.
Manual de Obras Pblicas de Edificaes Prtica da Secretaria deEstado da Administrao e do Patrimnio (SEAP): Manuteno.
Manual de Obras Pblicas de Edificaes Prtica da Secretaria deEstado da Administrao e do Patrimnio (SEAP): Projeto.