Upload
fortunato-barros
View
132
Download
5
Embed Size (px)
Citation preview
Repercussões sexuais- O que fazer?Fortunato BarrosUrologista da CCTV, HCD e SPA
Doenças prostáticas e DS
• Próstata : do Grego “Protos” - “em primeiro “ ou “em frente de”
• Importante contributo para a sexualidade masculina
• Secreção prostática – alcalina – efeito protector dos espermatozóides
• Tónus muscular na uretra membranosa – câmara de ejecção
• A ejaculação é essencial para a saúde reprodutiva e a próstata produz cerca de 85 a 90% do volume do ejaculado
Na Atlas of Prostatic Diseases – 3ª edition
Roger S. Kirby MD – St.George´s Hospital - 2003
Doenças prostáticas e DS Estudos epidemiológicos mundiais estabeleceram uma relação entre HBP,
LUTS, DE e Disfunção Ejaculadora e Idade.
• Estudo de Colónia feito por Braun et al. – 72% dos homens com DE sofrem de LUTS. Eur. Urology 2003, 44: 588-94
• Em Espanha, Martins Morales, estabeleceu relação entre DE e doenças prostáticas. J.Urology 2001. 166: 569 – 574
• MSAM -7 ( Multinational Survey of Aging Male ), estudo conduzido por Rosen et al. Que avaliou a relação entre Disfunção Sexual e LUTS em 7 países. Eur. Urology 2003 44 : 637 – 649
Doenças prostáticas e DS
Obesidade /índicecorporal
Hiperinsulinémia
Idade
Sedentarismo
HTA e Diabetes
Tónus simpáticoHBP, LUTS e DE
L.Loyd and McVary - J. Urology. 2002.
Redução do NOS/NO
da actividade do Rho/Rho-kinase
Arteriosclerose pélvica
Bloch W et al. Prostate 1997, 33 : 1-8
Klotz T, Bloch W et al. Urology 1997, 36 : 318-22
Bing W, Cheng S. et al. Am J. Physiol Renal Physiol 2003
Tarcan T. Azadzoi KM et al. J. Urol. 1999
HBPLUTSDE
LUTS/HBP e DS
A maioria dos estudos clínicos mostram que 60-85% dos homens com LUTS são sexualmente activos e estão interessados em preservar e cerca de 50-80% sofrem de DE ou DEj
Repercussões sexuais
• Disfunção eréctil • Disfunção ejaculatória• Diminuição do volume do
sémen• Alterações do orgasmo• Climatúria• Alterações da libido
• Encurtamento peniano• Encurvamento peniano• Atrofia testicular• Infertilidade
Tratamento farmacológico da HBP e DS
α bloqueantes : alfusozina doxasozina tansulosina terazosina
Silodosina
inibidores da 5α reductase : finasteride dutasteride
fitoterapia : serenoa repens pygeum africanum cucurbita pepo
Ejaculação retrógrada- 10-40%
10% - diminuição da libido e do volume do ejaculado, disfunção eréctil e ginecomastia
Sem efeitos secundários
Alfa-bloqueantes
Anejaculação reversívelSilodosina > tansulosina > alfusozina, doxazocina
Alfabloqueante + 5ARI
Diminuição da libido
Disfunção eréctil Disfunção ejaculatória
Diminuição do volume do sémen
MTOPS COMBAT MTOPS COMBAT MTOPS COMBAT MTOPS COMBAT
Placebo 1.4 - 3.32 - 0.83 - - -
Alfa-bloq
1.56 0.5 3.56 1.25 1.10 0.25 - < 1
5ARI 2.36 0.75 4.53 1.75 1.78 < 0.25 - < 1
Assoc. 2.51 1 5.11 2.25 3.05 1 - 2
Taxa/100 homens
McConnell, 2003; Roehborn, 2010
Alfa-bloqueantes/ 5ARITratamento
Descontinuar e discutir outro tratamentoMudar os bloqueadores alfa 1 para alfuzocinaMudar para iPDE- tadalafilAssociar tadalafil
Tratamento médico do cancro da prostáta e DS
• Antiandrogénios :
• Antagonistas LH-RH
• Agonistas LH-RH
• Flutamida• Bicalutamida• Nilutamida• Acetato de ciproterona
• Abarelix
• Leuprolide• Goserelin• Triptorelin• Burserelin
HORMONOTERAPIA
Perda de LibidoDisfunção eréctil
(80-100%) Ginecomastia
Atrofia testicularAtrofia peniana
(80%)
Hormonoterapia e DS
Tratamento • Bloqueio intermitente • Reinicio da actividade sexual • Apoio psicológico, • Recuperação da erecção com iPDE5,vácuo, ICI, muse
e prótese, com taxas de eficácia muito baixas (cerca de 20%) e que não melhora a libido;
• Práticas sexuais alternativas (Wlaker et al, 2011)
Tratamento cirúrgico da HBP e DS
Tratamento cirúrgico da HBP e DS
5 a 10 % de DE
Ejaculação retrógrada – 60 a 99 %
Han M, et al. (2002). Retropubic and suprapubic open prostatectomy. In PC Walsh et al., eds., Campbell's Urology, 8th ed., vol. 2, pp. 1423–1434. Philadelphia: W.B. Saunders
Terapêuticas minimamente invasivas da HBP e DS
TUNA
TUMT
Reich O, Bachmann A, Siebels M, Hofstetter A,, J Urol 2004;173:158-160. Int. j.Impot. Res. 2007 19(6) 544-550Anne D. Wally MD – Brookes ST. et al BMJ May 2002
0% a 8% de DE
30% a 70%- ejaculação retrógrada
0% DE
10 % ejaculação retrógrada
DE ???
Tratamento cirúrgico do cancro da próstata e DS
29 a 100 % de DE100% de Eja.
100 % de DE e Eja.Testosterona 20 ng/dl
ORQUIDECTOMIA
Prostatectomia radical e DS
PRL
Davinci
50% DE
Taxa variavel de DE
Tratamento do cancro da prostáta e Disfunção sexual
Radioterapia
25 % D.E.- colagéneo c.cavernosos- alt. componente fibroelástico das
trabéculas -↓ capacidade eréctil70 % aos 3 anos
J.Sex.Med 2006:3: 354-365
Braquiterapia
15% DE até ao 1º ano40% DE tardia entre 1 e 2 a.50 a 70% DE - Rx combinada
Matzkin H, Kaver I, Stenger A. et al. Harafuah 2001 Aug 140Talcott JÁ, Clark JÁ, Stark PC,Mitchell SP. J.Urol 2001 166 (2)Menick GS, Butler WM et al.Int.J.Radiat.Oncol.Biol.Phys2002, 52: 839-902
iPDE
Tratamento ablativo do cancro da próstata e DS
HIFU20 a 50% de DEDesnaturação proteíca e Destruíção da membrana Lipídica
Uchide T, Ohkusa, Yamoshita et al.Int.J.Urol. 2006 13-228-233
Crioablação
75 % DEIDiblásio MD et al. University of Tennessee - Menphis
Tratamento da DE pós cirurgiaEstratégia
• Aplicação cuidada da técnica cirúrgica• Mapeamento nervoso intraoperatório
“CaverMap” (baixa especificidade)
• Ampliação do campo cirúrgico• Enxerto nervoso • Tratamento das comorbilidades• Alteração do estilo de vida• Medidas de reabilitação sexual precoce• Instituição de tratamentos dirigidos para a DE
DE pós Cirurgia pélvica
Reabilitação sexual “Fisioterapia peniana”
• IIC de PGE (5-20ng) 3 vezes por semana61% de respostas satisfatórias
• IIC de PGE + sildenafil• Sildenafil ou vardenafil ou tadalafil
Aumenta a amplitude e duração das erecções nocturnasaumenta a oxigenação dos tecidos e diminui a fibrose
Tratamento da DE pós-cirurgia
Modalidades terapêuticas
• Terapêutica farmacológica• Injecção intracavernosa• MUSE• Dispositivo de vácuo• Prótese peniana
Inibidores da 5 - PDE• Actualmente:
Inibidores da 5-fosfodiesterase disponíveis:Sildenafil (Viagra®)
Tadalafil (Cialis®) 40-80% de taxa de satisfação Martin-Morales et al, 2007
Vardenafil (Levitra®) 74% nas companheiras
Montorsi e Althof, 2004
Terapêutica de primeira linha
Tratamento da DE pós-cirurgia
Satisfação-Doente- 80-90%; Parceira- 70-80%
Eficácia- 70-94%Eficácia- 85% Eficácia- 30-50%
Climatúria• Ejaculação de urina durante o orgasmo• Alt da anatomia uretral e incompetência do colo vesical• 90% de doentes após PR• Volume variável (3-120 ml)• Não tem relação com o grau de nerve sparing
(Aboussaly, 2006)
Climatúria- tratamento
Medidas comportamentais (diminuição da ingestão de fluidos e esvaziar a bexiga antes das relações sexuais)PreservativoImipraminaFisioterapia do pavimento pélvicoDispositivos de constrição penianaCirurgia de incontinência
OmissãoResignaçãoVergonha
OBRIGADO
Doenças prostáticas e DS
Prostatite crónica – Sínd. doloroso pélvico crónico – Afecta aproximadamente 10 a 14% dos homens em qualquer idade
– 52% - D.E. periódica ou redução da libido– Dor durante o acto sexual e ou ejaculação– Ejaculação prematura– Receio de infectar a parceira (o)
J.Ku. S.Kim and S.Parck – Urology 2005 vol 66(4) 693-701
Mehik A, Helstrom P, Sarpole A et al. BJU 2001 int 88:35-38
Rosenbloom D.- Calif Med 82: 454-457 - 1995
Doenças prostáticas e DS
• O crescimento da próstata - HBP - é dependente da idade
• Os sintomas urinários – LUTS – e a D.E. são altamente prevalentes no idoso e comprometem a QoL
• Quanto mais severos são os LUTS, mais nítida é a D.E.
• É inequívoco que LUTS e DE têm interligações. Qual o mecanismo?
• 70% dos homens com LUTS relacionados com HBP têm DE
• O tratamento com I5PDE melhora a DE, melhora a QoL e melhora os sintomas irritativos e obstrutivos dos LUTS
• Talvez então LUTS e DE sejam manifestações da mesma doença
Wallancien G. et al: J.Urol. 2003, 169 : 2257 – 2261
Linder et al. Urology 1991; 38::26-8
HBP - Hipertrofia Benigna Prostática
Alterações do orgasmo
Autor Ano Cirurgia Disfunção do orgasmo
Dubelman 2010 PR 33% de anorgasmia
Barnas 2004 PR 37% anorgasmia37% diminuição da intensidade do orgasmo14% de dor
Goriunon 1997 RTU-P 23% de dor
Koheman 1996 PR 14 de dor 82% diminuição da intensidade do orgasmo
Steg 1988 RTU-P 36% d alts do orgasmo