1 SuperInteressante Abril 2012 303

5/16/2018 1 SuperInteressante Abril 2012 303 - slidepdf.com

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SUPERNOVAS

12 Supernovas

15 EssenciaL

.16 Conex5es20 C ie nc ia MaLuc a

24 Polemka

28 Papo

29 B an co .d e D ad os

32 lnfograflco

RESPOSTAS

34 Raspostas

40 Como Ganhar uma

D is cu ss ao S ob re ...

43 C om o F un cio na

44 Contern

450raculo46 E Se ...

REPORTAGENS

48 C ap a: O s S eg re do s

des Imortais

58 0 M acaco V eio do Homem

64 0 l.adrao Que

P rocesso u a V ftim a

68 B ig B rother M arte

72 Carnelistao

78 F il ho te s Ma r av il ho so s

'SUPERRADAR

84 Tendencias .

86 Tech

88 Escolhas

90 Manual

E l ! . J J J i lAbril de 2012 .

Edi~ao303Tiragem 415 282 exemplaresCAPA

Renata Guedes

Como entender este sumario

Cada drculo corresponde auma reportagem da revista.Eles estao divididos em

assuntos de acordo coma tabela abalxo, 0 tamanhodecada circulo correspondea quantidade de paginasda reportagem.

numero da pagina'-------

• C IENC IA

• CUR IO SIDA DES

• CULTURA

• TECNOLOGIA

• COM PORTAM ENTO

• fllSTORIA

• ATUALIDADES

. SAUDE

38

RESPOSTAS

Quais sao oscamp~onatosmais

rentilveis do mundo?

90

MANUAL

Como sairno luero

em restaurantes.

46

ESE ...

...todomundo

andasse por al

pel.ado?

28

PAPO

Conhe~a 0recordista

dos recordes.



58oHOM EM VEIO DO MACACOA "ossa rela~o com 05chimpanzes

e muito mais complexa do queDarwin imaginava. Veja aqui.

72CAMELISTAO

Camelos, ambulantese feirantes do mundo,uni-vos. Juntos, eLes

sa.o0segundo pais

mais rico.do planeta.

68BIG BROTHER

MARTESeis pessoas fleararn 520

dias confinadas parasimular uma viagem a

Marte. E n6s demcs.umaespiadinha.

48CAPA:OSSEGREDOS

DOSIMORTAISConhe~a a hist6ria de

pessoas que salram ilesas

de catastrofes - e aprenda. a ser voce tambem um

sobrevivente.

_64oLADRJlO QUE

PROCESSOU A VITIMA _...e outros 15 casas inacreditaveis

que foram parar na Justi~.

78FILHOTESMARAVILHOSOSDEANIMPJS MEDONHOS

Entenda por que ate mesmo

o mais assustador dos bichostem filhotes adoraveis.



A pergun ta sem resposta

Meu avo sobreviveu ao Holocausto. Foi pratica-

mente 0 unico da familia - sobrou tambem uma

prima distante na Belgica,0tempo naoapagou as

cicatrizes, mas ele aprendeu a conviver' com elas,

Ha cerca de 10 anos, fizemos uma viagem de

famflia para a Polonia, 0 pais onde ele creseeu e

tarnbem 0 principal cenario da tragedia. Eu esta-

va todo emocionado em ve-Io voltar para a terra

natal pela primeira vez depots da guerra, urn Iu-

gar que trazia tantas mas lembraneas. Mas meu

avo estava mesrno e contente pela oportunidade de poder falar novamen -

te em polones, redescobrir a cidade de Varsovia, nos mostrar onde tinha

sido crianca. Parecia feliz da vida ate 0 dia em que fomos visitar a casa

onde ele tinha vivido Com os pais e 08 strmacs, na Rua Bonifraterska,numero 10. Namanha seguinte ele acordou borocoxo. Estava incomoda-

do com uma duvida. "por que eu?". Sentado na cama do hotel, ele se fazia

a pergunta que 0 acompanhou durante toda a vida: "Eu nao era 0mais

forte dos meus irrnaos. Nao era 0 mais inteligente deles. Nem mesmo a

mais corajoso eu era. Par que, entao, justa eu fui 0 tinico sobrevivente?".

Eu sempre acreditei que a resposta para essa perguntaera uma so. sor-

teo Foram tantas as situacoes em que ele es-

teve diante da.morte, e tao banais as manei-

ras como de escapou de cada uma delas, que

nao havia como explicar tudo sem recorrer

ao acaso em seu estado mais puro. Mas, a

reportagem de capa deste mes, urn bela tra-

balho da reporter Carol Castro, me ensinou

que as coisas sao urn bocado mais comple-

xas. Que, se e verdade que sorte conta mui-

to, nao e certo acreditar que ela venha 80-

mente do acaso, Asorte e composta por uma

serie de variantes - e voce vera que algumas

delas podem ser manipuladas por nos ..

1sso nao quer dizer que sobreviver esteja

nas suas maos. Em situa~6es extremas, 0 e8-

pa90 de possibilidades ao a1cance de cada

individuQe mimisculo. E,muitas vezes, ine-

xistente. Mas, quando uma fresta se abre,

nao basta ser 0 tnais forte, 0 mais corajosoou 0 mais inteligerrte. E preciso ser 0 mais

adaptavel as dificuldades. E taJvez ai esteja

urn pedacinho ~a resposta para a duvida que

atormentou 0meu avo.

ACIENCIADOPECADO

Urn grande abra~D.

Luxuria, ira, inveja, 50-

berba. pr!!guic;:a.guta eaval'eza - a chance de

voce ser-ficha limpa

para os pecados~pi-tais e minima. Nossaedic;:aoespecial explica

o motivo: seu cer"bro,seu corpo e ate seus

antepassados carr.egamboa parte da culpa. J3esta nas bancas.

SERGIO GWERCMAN, Dlretor de Reda~aosgwerc man@ab(lLeam.br

E DIT OR A ~ AbrilFund",dor:V1CTQRCNITA

(1907 .199°1

Edrtor:Roberto Cmta

ccnsefho Editor,i.l: Roberto Civita (Preside l lte l,T ho rn az S ou to C or re a ( V ic e· Pr es id en te ). Elda Muller.

F a b, o Co ll et ti Barbosa, Giancarlo Civita,JOlto M en de s L eal, [ o • • R ob er to G uz zo , V ic to r C iv ita

Pr~§.i'd~ E x eo :: "t iv o A b ri l M 'f di a: J3 .1roMendes Leal

DL""'tor·deAs-sinatur.as~Fernando CostaOiretorOig;tol: Manoel Lemos

OJ,,,,,,, Anancoi'oeAdmini>lrotiYo:Fibio d'Aviia CarvalhoDiretgr. Geral decPublidda<ie: Thai s Chel le Soares

Diretere deHecurscs Humanos: 'P au la Tra ld ;Di-eter de-Servi'lD§Editoriaj,s: A l fr ed o O gaw a

mretcre-supeunteneerrte: Claudia GiudiceD i re tc r d e N u .e ;: ·l eo ~Dimas Miettn

D i ,r e 1Q , 'd e Red~c : S e . t g i o G'\\'l':rtma1l.

Editoreii :AlexaI1dreVeI:! l: ignas.sl , Bruno Gareuom, Pelipe vall ueursen, Kar in Hu~ck,

Ma r le n a C a e ta n o D(!!;igners; [erge O l te e rr e , R a f ae l q u ic k E ~ 1 a 9 i il fi o : Raphael Galass i

Colabor .l I,ao:.RicardCl Davino (de:E.ign) e alexandre Carva lho des San tos (mv isao )

Atf!.nd~mlm10 a.o Leitoe: Ad r ian a Men egh e ilQ Coor d en i i~ ao Administrativa Pabrfcia

B ar bo sa e G e na il de s L im a C TI · U N II : A lv ar o z ee t { su pe rv is or ). A nd rt 'i H aI lJ ~. E ri ka

Nakamura. E~,vania SU va , E st ev an G rl eg a, ] U R ! € Z Mac ed o, L ea ml re -M ar cl na n, Z ec IJ

F r an t ta , Le e P e rr ei ra , Rodr igo L em e s. It eg fn a S an o e v a n es ea Dalberictntemet Nudec

JO\l'em~ E d i1 l )r ~ F re d er ic o Hi Giacomo'Editgor' Asslstente: KlclSM Barbosa R..,part l! re~:

Mar iana Nad ll i, O tavi c Cohen D~. . igne r: Danlel Lazaroru Apalin.!l'riQ W~bma!;l@r:

B ru no X av ie r E ! ;, t~ 9 i t( lo : s: ; C a r o li n a V ~l lc i ( te xto j e L u c a s Otsukajwebmesteel

C ol ab or 'a ~o : L ul za S ah d

www;S-I:fperinteressante.com,br

S ER VIC ;P S E DI TO RIA lS : A po io E dito ria !: C arlo s G ra ss efn (Ariel , Luiz [ r i a ( I n l~g r i' ! i i~ )

nedoc .e A b ri l F 'f e5 5: G ra c e ~ .~ S lm :z :a P J: !5 ql li '5 <1 e o In ~l ig ~n t' ia d e l Y Ie -r ca :c ;k :o :A n dr ea C os ta

Treinamento Edito~ij al: Edward Pimen~ -

PUBUClOAOE c:EIfTR,AUZADA: D i~ to re o; .: : M am a S ! J . 1 £ r1Ma.rllIne Ortk, Rob;: ;; !n Monje

E xe artivos de N~ooos.: A na Paula ' R L _ x e 1 r a , A na P au la V le ga s, P.io S O u z a . , ~ ila F ~lhas,

Camma, D e l l C a rl a A U O r Jd e , Cl aud ia G a ld i no , C l el d e G o m e s , Cr st ano Pe sona, D a ni el a S er af lm ,

E li an e, P in ho ", E m jl an o H a n s e n n . F i ' l b iQ S a n t o s . l az y G w m 1 i! 3t '5 , M a rr el lo A lr ne fl il l, M a r c e l o -

C a ' ( ; l l h B i l t l J Mani[l B e z e r r a , Mi lI tL I s \~ I li dus . Ma ri a I ada Sb 'o i be k , N i lo B e s t c s , ~n.a Mauranll,

Renata M i . o ! l~ R a d r ig o T o l ed o , Selma C O S U l ,S JJ Si ln a- Y. ei ra , T il tl M en de s P UB lJ CI DA CE D 1G ET AL

'Diretor. l il ld n i A h it ei d a G e re r .o t e: V i I g i J i l i l Any < ierem :e ae E suategi a ~men;jal; Alwndra

Mendllll@ b;eclItivQ$ .de ~ 6do~ : A ndre BctrlQIai, Andre Machado, 'Canula Ba r c e l l o s , Cam

~ r ~ r e i T J l , Glrulillll [opes, Cinlb'ia C u r t y > Davi d P adu la , E l ai n e C I ll l~ ~ F a b fo . la G J a J 1 j & , F'lmtfa

K a m ,l cl J T q, G ab ri e l S c ut n, G u il he nn e B n ra ed e Inca, G u i l h e r m e O l i v e i r a , H I ! !O O t I e m a nd e s ,

J u l i a ~ l I W r e t l V - m i J I i , U t U f i l AsSi s , l J Jd a Jl 3 M E f la e s. f W i : ! e J d e C a m ar gt l M O l ' I' 1 J: a, i te r u t ta ~ ,R en ata . S im Oe s P UB UO DA DE R EG IO NA l: n be tc re s: M arc o:; P ere grin a Gaill€Zi P a ul a B en at o

S im 5e s( i@ r.E !n t~ : A ud n! a V C~ , C n s t i a n o R yg .a nn :I, E ds on M cl D~ & .m ds ru & rb Bi ro N er o, J va n

I uz er al , j oa o P ac le P iz ar rO , Maum $aru:J~ n k:m i( l'M ar i; ff ij j, S cmi a P a \ U a , Va.ml 'ass;,longo

E xe .c ut hr os d e Neg6dos~ Ad r ia no F r e i r - e ; A i lz e C u n h a, ~L2; Oli ir ro,Carc i la ja rdim, Carol ine

P l il ti lb a , C a t ar in a L o p e s, C e l i a P y ra m o, C le a C h ip s, D a nie l E m pi nQ t tf , ~ M a J qu es , J o: kC a st ii h o ,

J '" R.w. , j Q 5 J l iP l' !, j u jJ . .. E r t IW , J u l i o 'lbrlorellocL e d a Co s t a , U i d e no I im a , M a r lb c l faD!;

P a m e l a Bern M a n ic a , P a o la Domelles, lU c ar d a M e ni n , S am a ra S a mp ai o d e 0. R e i j i l d e t s ¥OBua··

DADE sAo PAULO: Dire1or : Alhcrt-oSsntes de Iena Gel '"e 1T le§ ; S andra jenandes Exti"ruI:ivos

d e N 'I "' go c io : A l e ss an d ra Cahm-Aoa L Uc ia B er to la , B ia M ad ne 1, Ed ua rd o C he di d, F er na nd a Melo ,

F la vi a ~ . ha ~ J uU a na C of il (l ll gl lm ti . K a n ne G ri g6 ri ~, L ei la B El . I ui s P em an de L o p e s , Paulo

Trtodade \ \ ' l a r a Manp .!~ Re ina ldn MUl ino , Robe r ta Maneiro, S a m a r a h Almeidil, & : . ; r a y a Coen;Sh i rl - en eP l nbruu , Thaf raFer roAss is t ent es : L i li a n aJ r lo W " a ,M o r u s e B a .f O O s a O E S E N V o L V l M O O Oc;OMERCIAl . . . : Direlor; . J 3cqU~S . B - ai si R i ca rdQ INTEG~O COMEROAL: DiretO_ra; Sandra

Sampaio MA'li:K EflNG E ORwLAr;A o: Di~raae Mark~ ing: Leese F a l e i r o s Gil~ntl"

de-Mark,elln!}: Angclka Ga!tia (j~me d e N u c1 Q O :. E I ho n & f f LI ra AAOIlistas;" T h I e s E 'SpMa .

Thays P a n l z z a G{!~ Marketing fUbliciuriu; Cesar A I me i d& - A n .i 3 Il is ta : . ' Pa u l" V i dm - GmNi:.a

EstagiOiria: Maria,Pemanda. Zanu.~~Gerente £IeEuentos:Milnira RomanoAgMtinhoAnal i rta" ':

A d r i a n a P o o l l l li , M a r i a J l i l P e r r i E . . t a g ia r i :: l :' M ; l , } 'I " 1 I& w e i GM!'nte d e C i f tu l a (; il .o A v u l 5 a 5 :. M a ~

S~p;roj Ge~ntf" de Ol" tUI~o A55 imtu ras: Juarez~ PLAfIIEJMII.ENTO, coNTFio.

L E E 'O PE RA t ;. OE S: D ir e: to r. A n ~ r e . v as oo :u ~s G ll rn nl E- : R £ : o a t a A nt un es C on §u lt or: B lc ar dc

\ 1 if na nc ly P ro ce ss es : A m .E ! D IX > i, F a be no Vallru ASSINAiuRA5: A:tendiJTIo!n'IQa o c n~ t_ e;

~ Ja yw n D id ;. R '" OJ RS as fi UM AN OS -( QIl $v _h ora ; R ad le l. S ih ,.a

~ao;iio e Corre5pondenaa: Al; , da s Na~oe!i- U nidM. 7221 , 14 ' andar, Pinhelros, Sao

P a u l . ; ; , SP, CEP 05425-902, tel, { ll ) 3031-2000 , P . .b lt c. id il de sao Paulo e inform.a~es

50 b~ ri'p ~e nta nt;:'i d ,~ pu blid d; :" ld e n o B ra sil e n ~ EX te r io r: wwv.'.publiabril.c-om:br

PUBUCA¢ESDAEDITORAABRlL:A.lIa.Abn8,_n.a~~AhrilAoo.Mma.Arqlli!elula&CoI15lrn~,

Aventuras n a H i 5 ! ~ m " Boa Forma,. 'Bo 'LI 5 Fiuidos, . B-ra\'O~,CaprithCl, Casa Claudia, Claudia , CDni igo! ,

Delfcias da C a ll J, D k as I nf o ,. E :U e . , Esti~ E x m n t . E wn t: P ME , G lrI~ s, G uia < I" Estu-danll', GUla~

Q"' I",R .~",1nIo,Lol~Lov' '' ' " ,M' ' ' '' I ) l im.Mi«ima.M' ' '· 'Heah~MinhaC. ' ' .MinhaNol<b,!>fund( l E~lran1Hl,N.EltillllRl Gwgr ap hi c; No ~ 'a ,P I_ ac ar ,M l i~D i5 ne y ,P l~ y bo y , Q ua lI ", JI ,o ~ a5 ,

Recreio. R ev is laA , R l 1 _l ll lf :r 'SWo r l d. , S a nd e , S o u M a is E ul , S u pe r in 1 £ re S S <U l .1 e , Til i ti ,Veja , Veja·Rio,

V Ej aS il e P au ~ o, V ej as Regiol la-is, Viagcm e"Iur i"Sff io, VidaSimpks" Vip. Viva~Mais,V~ce RH , Voce

SlA, \VClm~n>s H l J : a ! t b Fu ndag io VictQl' 0",,-,,: G~ ~ilI, NO\iI. Escola

SU"PERIIfl"£Rr:SSANTE e d t t ; a O r.~~ 3 ( lS SN 0 1 64 -1 7 89 ), " ,n o 2 5 , n ~ 4 , e - u; ma pu bl i~ m e D s a l

dOlEdit~lTa Abril S .' !! ', 1 9 8- 7 G + J E ~p i3 .f ia S :A _ 'i \1qy Inl€resanter (Mmto 1 n te re 5 sa n l~ 1 , F § pa , nh a

Edio;;fu;o~ a nU ori~ ~: V eud<e ~ dusi\!a em ~~ _pclo p r o c o da Wtima,~ - e r n b a n l : a . S a l i d f e

a ( l, se u io r n a. ~ ro . .D i S I r i ; t l l l i d - a e m l o d C l C l ' p a i 8 ~ i l D i I l a p S J l . , D i s t r i b l J j & r . r . a Nadonalde P u b i i ~ ~

sa o P - .J u lo , ' SU P EJUNTER ! S5 .AN T 'J ; n E lC l adm ll e p l J, b li c i~ a ;k r ei li Id " on a ],

5ervit;;Q aQ A ssina nte: G r.ande S ~D Paulo: (1 1) 5087 r2112D ema is lo C1 l li d- 1 li h, s: 0 8 0 0· 7 7 5· 2 :1 1 2 W'WW,abr il5ac,cui1 'l

Para as~inar: Gt:!onde S;;' iQ- Pau{o~ (11) 3J47-2121

Dema~§. loG'llidBdes: 0800 · 775 · 2828 W"NW,assineabr iLc.om_br

IMPR E.5SANA GR AFICA ABR ll '

A " O ~'ion . A lv " de Lim" 4 40 0 , F re gu es J' d . 0 , C E P O Z 9 0 9 · 9 0 0 . S'o·Pa.lo.SP

'~Abril S.A.eo....,lho ""Administr~: R o b : e i to C i v i la ( P r e s id e n l e ), G i a n c ar to C i v i t~

( V i c e - J > m ; i d e n t e ) , E s m a r e Wejdeman, H e i n Br~nd, Victor Civila

'Presidenle E•• ,.m.-o, F a b io C o l le h i Barbosawww.abr i l<com.br



MlJNf)OSlJr'fEr~I fSou dlslexlco, introspectlvo,tlrnldo, p essim ista e an tis-social. Fui chamado de autistano trabalho, M as e sc re vopoes ia , f ac ;o rnuskas, pintote L as e fui aprovadoem 3 con-

O B R { G ~ D O ~ O R U i t oACE ITAR E G OSTARDO QUE, AGORA,VEJO NO ESPELHO ."c E s A R I NHAUSER

# LADOBOM .A reportagem de capa do me~ passado, 0 L ado

B om das C oisQ S R uins, in sp ir ou a h as hta g ad-

rn a 110 Tw itte r. V eja o s tu ite s m als .le ga ts:

@Cass iaAlene Q # Lad ob om d os p ro blem as

e q ue re nd em a ss un to p ra r ec lam ar n o Tw it te r

@Giuli"_'ubner C om a m lnha solld ao,

eu estudo e Lela mais, asslm acabo adquirinda

rnais cultura.

@jermh_ A repro vac;ao no vestibu lar m e

abriu urn novo Leque de oportun idades: pensei

melhor a respetto do curse a ser seguido.

@jfeUpeJ P eL o #!adob om : v ao. dim ih uir os

engarrafamentos, RT: @.d i a ri odopa ra : Pestosde SP estao sem gasolina, afirm a sind i.cato..

Tod'asas pinceladas do m isas destaques coloridos de abril em todas as plataformas da SUPER

IMORTAISl .e la a r epor tagem de ca pa n apagma 48 e depois faca a testeno site para entender m eLhar a

jeita como voce errcararta situa-

<;o'es extremes n a v ida, com o

um a queda de ( lviao O u um nau-

f nlg io . V ai q ue ...super.abril. com.brltestesl

8 SUPERABRIL 2012

TIMELINE NO FACEA paglna da SU PH I no Facebook

estreia 0 novo formato de hnha( ; 1 0 te mp o. C ie hc ia , hlstdria, tee-

noLog la e c ampo rt amen to desulthnos 25 anos, desde qu e a re -vista foi criada, estao (B,)unte-se

aos 1 8S m il likesFacebDok.com/supetinteressahte

Curiosa para sab er to das as

funcoes da Siri, 0 assistenta decomando de voz p ara iP ho ne

4 S? E le um pu la n a p ag ma 22 es alb a r na is , D ep ois , acesse a sit~

e asslsta a videos q ue r no str am

o utras fu n< ;6 es d a n av id ad e.Abr.io/supersiri



M lJN r)O S lJI'I£ ~

MussarelapolimicaWillian Moura, de Boa VistaeRR), sugere a adocao da grafiaatualizada de "rnucarela". < IE in-teressante observer que as em-presas que fabricam tal produtoau a usam na composkao gra-fam erroneamente 'mussarela',

Deve ser por isso que a maioriade n6s vai no embalo", escreveu.Sugestao anotada. Segundo 0

dicionarto Houaiss, pode-se es-crever 'muc;arela' au 'mozarela'.

MARKET INGI

INV ISIVELMatheus Janoski entrou no

dima da reportagem que

fala da familia que fazia pro-

paganda disfar~ada. "Citei

uma materia da SUPER duas

vezes, um amigo achou a re-

vista interessantee fez assi-

natura. Nao e um belo exem-

plo de ~tealth marketing?",disse. (Sorria, VoceEsta Sen-

do 'nfluendado, !evereiro)

FIM DAS SACOLASPLASTI CAS"Por que s6 as sacolas saemde circulacao se tudo hoje emdiae embalado com plastlco?"

Ivenne Garritano(Como Ganhar umQ

Discussao Sobre SacolasPlristicas, mar~o).

NAZIS NO AMAPA"Sou de Macapa e aqule ensinado nasescoLasque 0 territ6rio federal doAmapa foi criado em 1943 tarnbem porcausa da "ameaca alerna", Quer dizer,

SE HO JE DIGO C O M O RGULHOQUE SO U AM APAE N SE E EMP ART E P O R C A USA DO S N A ZIST A S!JJE DUA RDO C AM ILO (NazistcsnaAmaz6nia, mar9")

M - A P A N A SN U V E N SA Camila Severgnini estavna plsdna de casa quando

fez esta foto do ceu, ElaresoLveu mandar para ri6porque 0 encontro da snuvens pareee formar 0mapa do Brasil. Concords

FOIMAL_0jornalistaClaudio Tognoltoea guitarra,na o bateria(QuaseFamosmar~o)

_ Steve Jobspsrguntava ementrevistas deemprego se acandidate haviato rn ad o L SD ,nao LCD(A s 71deiQsmais Perigosasde SteveJobs,mQr~o)

FALE COM A GENTE

REDA~O PARA ANUNCIAR NIOVEM.COM.BR SERVII;O DE ATENDIMENTO VENDASDE RECURS05HU~OS EDlI;OES AlfTERIORES

Envie sugestces, Esc-eva para fernando. Qu er f aL ar c om q jovem e AO CUENTE (SAc) A55INATURAS Voce pensa em So li ci te e x er npl a re s an ti g

co rne r -t ancs , c r it lc 9S saba~in@S!Qril. ! ; ;gm.br nso sabe como? Co-ibeca P ar a c on su lte r d ad cs d a s ua Internet: trabalhar, estaglar au a. '5E!U jomalel ro . 0 pre r;o

e od u vt da s p ar a A d r ia n a 0 1 , . 1 entre no site o site que traz um banco as s tna tu r a , co rnu ruca r alteral)ao www.assinedbriLt;om part ic ipar de a lgum sera 0 d a u lt im a e dk ac

Meneghe llo pete \ IVW\N.gublia!2ril·~m.br. de pesqutsas sobre esse de enderecc , t ir ar duvidas sabre • Llgue gratls: dos programas de em banca ma ts a despesa

e-mail5uperieitor@ Telefones: p ub li co e as opcrtunidades pagarnentc au entrega, reoova.;ao 080()'77!h!828 trejnernento da Edttora de rernessa. Para ccmpra

a br iL co m.b r, p ar a SP . (11) 3037-5189, para trabalhar [om as e Dutro'S servkos: • < ; ir an d . . 5;;0 Pau lo : Abril? 0 lugar certo nOSS05 produtos, acesse

o e n de r ec o a v o d e s Naroes R J . e m 2546-8100. m ar ca s d o Nocleo lcvem Internet: www.abrilsarxcm (,,) 3347-2121 para obter tnfcrmacces WVV\IV.sugerint~r:! i:s~<lnte

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10 SUPER ABRIL 2012



~ 1

j

, I

CONEXOES BANCO DE DADOS

Obesidade pode sertransmitida por bacteriaEstudo em ratos mostra que ganho de peso esta relacionado a umainfeccao - que passa de urn mdividuo paraoutro. -TEXTOTHIAGOPERIN

A verdadeira culpa pode nao ser da ge~

netica, nem da gula. Urn novo estudo da "

Universidade Yale sugereque a obesi-

dade pode ser causada por bacterias

presentes no sistema digestive - e pode

ser contagiosa. Os cientistas descobri-

ram que determinados tipos de bacteria,

como as dos filos Bacteroidetes e Firrni-

cutes, predisp5em a obesidade em ra-

tos. Normalmente, elas vivem no intes-

tina sem causar problemas, junto com

milhares de outros tipos de microorga-

nismo. S6 que, em ratos obesos, a quan-

tidade de Bacteroidetes e Firmicutes e

mil vezes maior do que 0 normal, E se

urn rato magro for colocado junto de

urn obese, algoincnvelacontece, "Nos

conseguimos engordar urn rato simplesmente

colocando-o na mesma gaiola que 0outre" , conta

o professor de imunobiologia Richard Flavell, lfder

da pesquisa, Ou seja: as bacterias literalmente

passam do individuo obeso para 0magro, que ad-

quire predisposicao 11obesidade.

Os cientistas ainda nao sabem explicar essa pre-

disposicao, mas tern uma teoria. A infeccao atra-

palha 0 processamento da insulina pelo organis-

mo e aumenta 0nivel rnedio de glicose no sangue,

o que provocaria 0 ganho de peso. Mas para que

ocorra a contarninacao pelas bacterias, urn indi-

viduo precisa ter contato com as fezes de "outro

(nao se trata dealgo banal, como urn espirro).

E, vale lembrar, por enquanto a transmissao so foi

constatadaem ratos, Ou seja: magros e obesos po-

dem continuar convivendo em harmonia. "

12 SUPER ABRIL 2012 -SUPERNOVAS

Nuvensestao maispertoCiaTerra

Imagens de sate lit"'!

da Nasa apontam qu

-nos ultimos 10 anos

as nuvens ficaram d

30 a 40 metros maisproximas da superfi-

de da Terra. Eisso

pode ser bom: as nu

yens mais baixas aju

dam a resfriar 0pla-

neta, podendo

eempensar parte do

aquecimento gLobaA logica disso e que,quando estao muito

altas, as nuvens fi -

cam mais frias e mai

densas e passam a

agir como uma bar-

reira, impediildo que

o calor da Terra esca

pe para 0espat,;o. A

nuvens mais baixas.

nao tem esse proble

ma. Os eientistas na

sabem dizer por que

as nuvens estiio fi-

cando mais baixas.



t~' ".~~".~;::~~~;_:.;:~~.'...' .'.' . ',,' ,~.. . : ';~~;'~" ',"C.:"~.;""'.~,.

580674'reais e 0preco do pombo mais care d omundo, que foi comprado por urn milio-

narlo chm es nurn L ei la o feito n a Be lg ic a.

A ave e treinada para participar de'corridas de pcmbos, urn esporte

bastante popular na China.

, . E U QUERO I tESTRUIRA TELEVISAO JJafirmou Bram Cohen , c ri ado r d o s of twa r e

Bi t'I o rr en t - qu e e 0 rna is usado para balxarprcgrarnas de TV v ia ir.lte rn et. C oh en fe z a

afirm acae ao m ostrar um a nova versao da

te cn olo gia T orre nt, q ue permitira a tr -ans-

mtssao.de programas 01 0 v iv op el a i nt ern et

Mundo, esta ficando mals felizQuestionario aplkado a 18 miL pcssoas de 24 parses revela que 0 niveL desatlsfacao aumerrtou nos ultirnos anos - m esm o com a crrse econom ica global,

PESSOASQUE SE DIZEM "M UITO FELlZES"

Medili g.lobalem 2007 Media global hoje

Media par paises

hoje e em 2007

.• Felicidadeaumenteu

• Feliddade

diminuiu

Maauitla fa.zas pesseas pararem de faL arApareLhO desenvoLvido porclentlstas japoneses podera ser usadoem Locals onde a siLenci6 e Irnpo rtante , co mo bibliotecas e m u se us.

laser micrafane alto-falantas (3 )Urn laser rnedea dlstanclaentre a pessoae a r na qu in a,e um microfone

de altap ot en ci a g ra vaoque ela estafalando.

oQuando a pessoaescuta a propriavo z com ess'eatra so , se uscircuitos cerebrais

ligados oj falase confundem.o tndfvlduo gagueja- e se caLa.

®o alto-falanterepete a quea pessoaestava dizendo,com atraso de

0,004 a 0,1955(ajust.doconformea distancla),

'cLatinstock,z iStock3 Evandrc-Ber'tol

IRAJJSACONCRETODE' ULTIMA GERACAOa m aterial asta em fuse de tes-

tes e e ate 4 ve.zes rnais, resis-

tente do queo norm al. Sapos-tam ente, ele sera usado na

construcao de pontes e tuneismais ssgurcs, mas 0 Departa-

m ento de Defesados EU A esta

de o lho ; t ern e qu e 0 material

seja empr:egado paraeonstrulr

bunkers a prova de bornbas.

REMEDIO PARADORMIR AUt!1ENTARISCO.DE CANCERo consume d e h ip n6 ti co s (re-

rnedlos usados p ara ind uz ir 0

sono) aumenta em ate 3 5%

a i nc id E !nC ia d e varies tipos de

cancer em pessoas saudaveis.

Essa e · a conclusao de urn estu-do que avallou 35 mil pessoas

no s .EUA. 0 risco aumenta mes-

mo que 0 consume s eja m od e-

rado e po r pertodos rurtos,

CLASS!;; I;CO..NOMICADO AVIAO NAO MATAU ma pesqu isa feita por univer-

sidades ame rl ca na s c on cl ui u

qu e passar multas horas em as-

s en to s a pe rt ad os no aviao na o

aum enta, com o se acreditava,o

risco de form acao de coagulos

no sangue, que poderiam ir ate

as pulmdss e causar a m o rt e.

SU PE RN O VA ;S - AElRIL2012 SUPER 13



I £SSI£NCI /41 . .

Como. politic..mat. ciclistas .Nunes andamos tanto de bicic1eta - e por issomesmo nunca houve tao pouco eSRa<;opara elas.E para mudar isso 56 ha um caminho: acabar coma miopia urbanfstica dos governantes. .- TEXTO DENIS RUSSO BURGIERMAN

lIustrac;ao Alexandre Piovann,

(ada urn de n6stern LUna escolha.a fazer sobre como che-

gar ao trabalho todas as manhas, Pode-

mas ir de carro, a pe, de transporte pu-

blico, de taxi, de moto, de bicicIeta. Hapros e contras para todas as op co es . O n i-. bus e mais barato, mas tambem nao enenhuma pechincha: em SaoPaulo, onde

a passagem custa R$ 3, u rn r ne s de ida e

volta de onibus custa R$ 180 por pessoa,

30% do valor do salario minimo. E e in-fernal: implica muito aperto, multo tem-

po perdido, muito susto com motoristas

estressados ... [e quem nao se desequili-

braria passando 0 c1iano transitoi].

E tao ruim que uma minoria crescente

da populacao opta por ter urn carro. A

vida com carronao e boa, mas e muitomelhor do que dentro do onibus. Os vi-

dras fume, 0 ar conclicionado e a rmisica

ambiente dao a sensacao de que e st a t ud obern, apesar de Sodoma e Gomorra la fora.

Tercarro e caro . cu sta rnais de R$l mil por

mes, se tudo for colocado na conta (im-

postos, estacionamento, gasolina, depre-

ciacao do veiculo). E ha varios contras

para 0resto da cidade. essa opcao implica

poluicao, piora do clima, custos para a

saude. Alem dos usuaries de transporte

publico e carro, ba quem.prefira ca:minbar

(a escolha mais barata], ourros andam de

taxi. E ha quem opte pela bicicleta,

Bicicleta so nao e rnais barato do que

caminhar, E, alem do custo baixo, ela e

boa para quem pedala (evita obesidade,

depressao, doenca cardiaca, cancer, me-

lhora 0 sono, 0sexo, a d is po si ca o] e para

a cidade (reduz 0 transite, nao emite po-luentes, nao piora °clima e reduz gastospublicos com saude]. A prefeitura de Co-

penhague calculou que, a cada quilome-

tro que uma pessoa anda de carro, a cida-

de gasta R$ 0,30. A c ad a q u ilom e tr o

pedalado por uma bicicleta, a cidade ga-

nha R$ 0,70 (com 0 incremento do turis-

mo, por exemplo). Ou seja, abrir espaco

para bicicletas e born para todo mundo.A boa noticia e que nunca se pedalou

tanto. So na cidade de Sao Paulo 0 nu-

mero dos deslocamentos de bicicleta su-

biu de 47 mil por dia em 1987 para 147

mil em 2007 (data das estatistieas mais

recentes). Isso e quase 0 dobro dos des-

SUPERNOVAS - ABRIL 2012 SUPER 15



A C A D A

Q U I L O M E T R O

Q U E V O C E A N D AD E C A R R O

J

A C I D A D E G A S T A

R$ OJ30 .

A C A D A

Q U I L O M E T R O

P E D A L A D - O ,

A C I D A D E L u e R A

R$O,70.

locamentos de taxi (78 mil). Em pafses

bern administrados, os cidadaos sao es-

timulados a escolher aquila que e melhorpara todos. Na Belgica, por exemplo, ci-

clistas pagam menos impostos. Ja noBrasil, pedestres e ciclistas sao punidos

com a falta de espaco. .

o prefeito e 0 responsavel por cons-

truir infraestrutura para a cidade, Ele

cobra impostos de todos os habit antes e,

com esse dinheiro, tern a obrigaeao de

tornar 0 espaco publico adequado para

todo mundo. Nas cidades brasileiras, a

maior parte dos investimentos no espaco

publico e tradicionalmente voltada para

quem anda de carro - 0 dinheiro que a

prefeitura toma de todo mundo e gastocom urn so grupo.

Por que? Por mercia. Na no ss a cu lt ur a

politica, 0 que rende voto e obra monu-mental - basicamente grandes viadutos

e avenidas. Nao por coincidencia, as em-

preiteiras que fazem essas obras sao -as

grandes financiadoras das eletcoes. Ou

seja, 0 dinheiro doado na campanha vol-

ta multiplicado aObolso de quem" doou" .

Esse c ic lo v ic ioso , por si so , nao e 0 res-ponsavel pela quase inexistencia de in-

fraestrutura para ciclistas no Brasil, mas

ajuda. E que as obras viarias matam dais

coelhos dos politicos com uma cajadada

. .

so: rendem contratos gordos para as

nanciadores de campanha e votos, muit

votos. Mas essa e uma visao caduca.Nao e de hoje que born urbanismo

nha e le ic fo - e nao e exagero conduir qessa tendencia vive urn auge hist6rico.

CaSOdo BikeRio serve de exemplo. Trase de urn sistema de aluguel de bicic1e

a exernplo do Wlib', deParis: voce alu

a bicicleta num ponto e devolve em out

Esperavam que 0 sistema tivesse 7 m

usuaries. Pouco depois da inauguracem outubro de 2011, eram 45 mil. Mo

da historia: construa uma boa infraestr

tura, e a bicicleta como meio de transpo

te vira - para 0 bern de todos.

Olhar com atencao para esse assunnao e so urna questao de urbanismo,

clusive, mas de seguranca publica. E

marco; a ciclista Juliana Ingrid Dias m

reu esmagada por urn onibus na Aven

Paulista, em Sao Paulo ..Ela foi uma en

os 3 ciclistas mortos no Brasil naque

semana. Jose Carlos Lopes, 0 motoris

do onibus que a matou, disse que a

nhecia, que a via todos os dias, que

era consciente, cuidadosa, educada,

nha nocao do espa<;odela", Mas nao

via espaco para ela: E enquanto a vis

urbanfstica dos nossos prefeitos contin

ar mfope, as mortes nao va~ parar. 0

ELatern inscricoes em

alfabeto fenfcio, desco-

b erta s n a ep oc a de

D. Pedro I. Sao falsas,obra d e a lg ur n engra-

c admh o, M as a h is t6 r ia

deu farna a regiao e

irn pu lsio no u u m

rnegaprojeto L a ; a

Horesta d a T iju ca, qu e

fo i plantada durante a

rein ado d e D. Pedro II

e a br iu c am in h o para a

h abitacao d a orla

sudoeste do R io.

Q ue vai do Lem e ao ...

. . .CON~XOES DO LEMEAO PONTAL TEXTO FABIO MARTON

•Eles de senvo lve rarn

enorm em ente a

te cn o lo g ia m a riti ma

e com i sso dominaram

o cornercio na regiaa

do Med it er ra n eo

at e 0 an a 539 a.C,-qu an do a cap ital

f en ic ia , B i bl as , fo lco nqu istad a p elo s

p ersas. M as a maior

con tribu kao d as fen l-

cios na o foi para a

en gen haria n av al

au 0 cornercio,

Fol a in ven c;ao d o . ..

. : .A escnta ja existia

a nte s d os f en ic io s,

m as era feita (om

p ic to g ra rn as , f ig u ra s

que represen tam as

palav ras. Fo ram os

f en ic io s q ue tiv er am

a ideia de representa r

as fonem as com sinais

abstratos - qu e depotsdariam o rigem aos alfa-

b eto s g reg o, L atin o,

heb ra ico e arabs.A s l etr as f en fc ia s

ta rn b er n a ca ba ram. indo parar na . ..

• - • • J ••

A praia d o P on ta l,

no b airro d o R ecreio

do s B a nde ir an te s,

foi tom ada pela

explosao irnobil iaria

qu e m arco u 0 R io a

partir d e 1970 e fe za cidad e ter a metro

qu adrada m ats caro

d o B rasil. T im M aia,

que m orava na T ijuca ,

" de rn arc ou " o s lim ite s

d a r eg ia a n a m uslc a

Do leme 00 PontoL .

E d is se que hao ha

nadaigual.

Q uando um barco

a vela peg a ven to

cruzado, tende a sair

do rumo. a s p rim eir os

n av io s u sav arn re mo s

p a r a co rrig ir a ro ta,

m as isso nao er a

m uito eficien te. P ar

volta de 2500 a . c . ,o s e gip cio s r es alv er am

tudo com uma

invencao genial: 0

l er n e. E le r evo lu c ionou

a navegacao e m udau

a historla de alg un s

povos. Com o os . ..

16 SUPE R A BRIL 2012 - SUPERNOVA S



SlJI'f£f~NO\'/4S

-ABACAS GANHAMMAIS DINHEIROSegundo urn estudo !'eito por pes-qulsadores d0S EUAe do Canada,as pessoas que nao fazem questaode se dar bern com as coLegas detrabalhe e criticam todo mundo atempo todo ganham salaries mais

altos do que os fundonarlos genta-

boa - ate US$ 10 mil a rnals par

ana, A s u p o s t a explica~ao e que asproflsslonelsbonzinhos difldlrnente

sao enxergados como lideres,

-RAIRAUMENTA CHANCED.EQUEBRAR 0 PENISSegundo dentistas da Universidadede Maryland, a chance de sofrerfratura peniana e maior quando 0

homsrn faz sexo fora do casamento,

Moti'(fo7 0 sexo extramarital fre-

quentemente acontece em lugaresfora d o c orn u rn , como banheiros, 0

que inspira angulos mais artlscadosna hora da penetracao.

-El,.l,ILAR,QEIXAVOCE EGOISTAOe'pois de falar ao celular por al -guns minutos, partidpantes de ou-tro estudo da Universidade de Ma-ryland se tornaram menos

propensos a fazar trabalhos voLun-tarios e menos empenhados embuscarsoluoses para problemas de

outras psssoas. Isso acontece par-que a celuLar supre a necessidade

humana de integra~ao'social- ere-duz a vontade de ajudar as outros,

~~NOSITELE!iamaisnob lo g C ie nc iaMaluca:-

super,abri/.com,br/blogs

A pi rata ria e sagradaS uecos criarn igreja para celebrar .; e defen der - 0d ire ito d eb aix ar mu sic as , film e s e g am e s liv rem en te .

o ato de copiar e sagrado, Essa e a doutrina eunico mandarnento

kepimismo, movimento que acaba de ser reccnhecido como relig

pelo governo da Suecia. Onome 6 uma corruptela de copy me (co

me, em Ingles}, e exprime bern a meta do grupo, defender 0direito

compartilhar arquivos na internet. .Mais de 5 mil pessoas ja se asso

ram it Igreja Missionaria do Kopimismo, que fP i fundada pelo estnda

de filosofia Isak Gerson, "0 mundo e " feito de capias. E ele so evolpartir do momenta em que voce utiliza as obras de outras pessoas p

fazer alga melhor", dfz. Isak se inspirou na saga do The Pirate Bay,

sueeo que e a centro ciapirataria na internet - tanto que as autoridad

internacionais vivem tentandotira-Io do ar. A S u e cia tambern e ado Partido Pirata, que defende a livre troca d€ arquivos e conquis

duasvagas no Parlamento Europeu em 2009.

o verdadeiro objetivo da religiao kopimista eobter tesguardo l

para os piratas e impedir que sejam processadcs. MaseIes aindaconseguiram isso. "A aprovacao significa apenas que eles podem di

tir e incentivar 0 tema sem medo", explica Pierre Liljefeldt, oficia

Embaixada da Suecia no Brasil. "lsso nao sigoifica que a legislacao

flexivel quanta a pirataria", compieta Bertil Kallner, diretor de l K

markollegiet, orgao que registra as grupos religiosos do pais, Para

direito aos beneffcios que a Suecia da as religi5es, como subsidios

governo, os kopimistas precisarao ser reconhecidos pela Justica de

que devers ser diffcil (as criadores do Pirate Bayacabaram de ser

denados a urn ano de prisao]. Par enquanto, a unica vantagem ob

pela igreja kopimista e meio ironica: evitar que outro grupo pirateie

nome. 0TEXTOPA TR IC IA MACHADO

1 E duard0 Arruda 2 El ias



SlJI'I::I~NOV/"S

A s novas habilidades do iP hone o grande destaque do iPhone 45e a assistente v lr tu al S lr l; um apli-

cativo que reconhece a voz do usuario e permite controlar todas as funcoes do teLefone dando ordens faladas(como "telefone para a minha mae" au "abra 0Twitter"} Agora, hackers do mundo todo estao ensinando a Siri

a fazer novas tarefas. Sao truques bem interessantes,. que por enquanto 56 funcionam nos celulares de seus cridores. Mas bern que a Apple poderia incorpora-les ao pr6ximo iPhone. -TEXTOBRUNOGARATTONIEFERNANDOBADO

6 novas coisas que a Siri foi ensinada a fazer:

0)CANTARCO.MO E A assistentevirtual do iPhone 4S

e a protagonista de"Now IUnderstand",

nova rnusica da bandaamericana Flaming Lips.o aplicatlvo, que roda noiPhone do vocalistaWayne Coyne, diz: " E una o entendo a lua, asestrelas e 0 sol, Wayne".Resta saber 0 que ele

perguntou.

®IMITARA APPLETVCOMOE Estatodo mundoansioso para ver a TV daApple, que vai aceitar

comandos de voz. 0iii slandes Hjalti jakobsson

deu um jeito de rnatar avontade - e transformou

a Siri num controleremote de TV ativado

pela voz. Basta dizero nome do prograrnaque voce quer ver.

oLIGAR 0 CARROCOMO E 0 americanoBrandon Flquettepode deixar a chave

do carro em casa.Quando quer sair, elesimplesmente pega 0celular e diz: "Siri,ligue meu carro", Pararealizar a proeza,

Brandon escreveu umsoftware que conecta

a Siri ao sistema deigni~ao do veiculo.

oTOCARPIANOCOMO E As teclas epedals se mexem soznhos, parece que haum fantasma - muito

_ afinado - tocando 0

piano. Mas nao e feit~aria;.e apenas a Siri,

que foi ensinada acontrolar um piano

automstlco YamahaDlsklavier (que temmotores para acionaras teclas e as pedals)

oTRABALHAR COMO INTER PRETECOMO E "Onde fica 0metro mais proximo?Voce fala urna frase qualquer em ingles ea Siri traduz para alernao, sueco, japones e

. outros 27 idiomas e le a frase em voz alta.Perfeito para se virar em viagens no exterior.

CONTROLAR A CASACOMOt Abrir e fechar cortlnas, regular a

ar-condlclonado e 0 aquecimento e as luzesda casa. Basta pedir a Siri,que tambern ja

domina outra tarefa domestica: dirigirum robozinho que busca cerveja.

~~NOSITEVejaa Si

faii:endoescoisas:

abr.io/lic

22 SUPE R A BRIL 2012 • SUPE RN OVA S tlustr~o Andre Berg



A

f'OI.f£MI C/4

Juizes e advogadosdevem estudar

•• • •neuroclenclaA leglslacao que determ ina a m aioridadepenal e a form a como eLa e aplicada tem delevar em conta as descobertas mais recentes

sabre a am adurecim ento do cerebro,_ TEXTO NICHOLAS MACKINTOSH*

A neurociencla busca determi-

nar como 0 cerebro afeta 0comportamento, eo Direi-

to se preocupa em regular 0 comportamento, Assim,

e de se esperar que as descobertas dos neurocientistastenham urn peso cada vez maior nas leis. No Reino

Unido, porem, existe uma enorme brecha entre as

avances dos laboratories e 0 dia a dia dos tribunais.

Nao ha foruns de discussao para que cientistas e pro-

fissionais da Justica explorem temas de interesse co-

mum. Em pafses como 0Brasil, nao e diferente. E'isso

traz grandes consequencias para a sociedade,

Uma delas diz respeito a maioridade penal, que e de10 anos no Reino Unido e de 18 no Brasil, A neuroci-

encia indica que os adolescentes nao sao individuos

plenamente responsaveis, ja que 0 cerebro continua a

se desenvolver ate a idade adulta. 0 cortex pre-fron-tal, associadoa tomada de decisao e ao controle de

impulsos, e a ultima parte do cerebro que amadurece

- e isso so se completa ao redor dos 20 anos, E 6 quemostra 0 relatorio Neurociencia e a Lei, fruto de um

grupo de trabalho que coordenei e publicado recen-

temente pela Royal Society [a academia nacional de

ciencias do Reino Unido J . 0 arnadurecimento tardio

do cerebro pode estar associado a comportamentos

de risco na adolescencia, Veja 0caso dos protestos que

sacudiram a Inglaterra no verao passado, Muitos rna-

nifestantes provocaram incendios e outros atos crimi-

nosos, mas varies deles eram garotos que estavam sopassando pelas ruas e se uniram ao vandalismo por

impulse. A neurociencia confirmou ainda que a taxa,

de maturacao do cortex pre-frontal varia muito de

pessoa para pessoa. Do mesmo jeito que ha enormes

diferencas na inteligencia medida em testes de QL

E por isso.que os cursos de direito deveriam incluir

materias sobre ciencia - sobretudo psicologia, neuro-

ciencia e genetica. Advogados e jufzes deveriam reee-

ber treinamento permanente nessas disciplinas como

parte de seu desenvolvimento pro fissional. Etambem

os cursos de graduacao em neurociencia deveriam

incluir as aplicacoes sociais do que e estudado.

I :

' I

I1

, I, j

24 SUPE R ABR IL 2012 ~ SUPE RN OVA S

Em alguns casos, as discrepancies na funcao cere-

bral sao levadas em conta pela Justica. A' Suprema

Corte dos EUA, por exemplo, estabeleceu que, uma

pessoa so pode ser executada se tiver urn QI acima de

70. Mas as leis ainda revelam anomalias de todo tipo,

No Brasil, jovens de 16anos nao podem ser presos, maspodem votar. Na Inglaterra, e crime fazer sexo com

menores de 16 anos - tambem a idade minima-para se

casar. Ninguem pode dirigir nas vias publicae inglesas

ate os 17anos (ou 14 em muitos Estados americanos) e

so vota quem tern mais de 18 - apesar da maioridade

penal aos 10. Essas variacoes nao sao racionais, Ea dis-

crepancia entre os pafses sugere que algumas delas sao

bemarbitrarias. Nao cabe amirn dizer se a maioridade

penal deve subir ou baixar. Mas os legisladores deve-

riam se sentir obrigados a explica -Ia, ou adapta-la, em

funcao do amadurecimento do cerebro, por que ela e

de 10 anos na Inglaterra? Epor que de 18 no Brasil?O

UAparte

do cereb r

ligada atornada d

decisao e

contraL e

impuLsas

uL tima qu

amadurec

E isso 56

completa

aos20 an"Nicho las Mack intosh Professor emer ita doDepartamento de Ps

Exper imenta l da Universidadede Cambridge, no Rein

nustra'950 Bru



28 SUPE R ABR IL 2012 • SUPERNOVAS lIus:trafBo Med

P rof issio : recordistaEm 2011, Ashrita Furman foi ate 0Peru para subir a montanha Cerro Machu Picchu, de 3 mil metros de aLtu- em cima de pernas de pau, Furman e 0 recordista rnundial de recardes: ja quebrou 380 do Guinnes5 (0maiornumero de cambalhotas para frente e a mater veLocidade em uma carrida de saco, entre outras). Atualmente,a americana tem 134 recordes vaLenda. A maioria ja foi quebrada - par ele mesmo. _ TEXTO MARIANA PONTUAL

Qual foi 0 recorde mais dificil a carrida mais rapida equiLi- alga especial. Entao, nao tenho Tarnbem medito antes de c

que voce-ja-quebrou? brando um taco de sinuca no um objetivo final, apenas pratka e, durante ela, tentoProvavelmente foi a recorde dedo e a corrida mais. rapida espero continuar quebrando focar mais no meu coracao

pelo maior numero continuo pulando em um pe 56 . recordes enquanto viver. do que na minha mente.

de cambalhotas para frente.

Em 1986, consegui alcancar Por que voce resolveu entrar Quando voce come400u com Quanta tempo leva para

8341 cambalhotas percor- no livro dos recordes? essa mania de recordes? bater um novo recorde?

rendo uma distancia de 19,67 Sou fa do Guinness desde Nunca tive esse objetivo. Isso varia muito. Na media,

qullometros. A regra diz que crtanca, mas nunca imaginei ser Em 1987, 0 Guinness me deu treino ao Longo de dais au

as cambalhatas devem ser capaz de quebrar um recarde, a recorde de versatilidade meses. Mas, para quebrar

contfnuas, mas voce pode fazer ja que eu sou pouco atletko, par ter 0 maior ruirnero de recarde de corte de mac;;a

pequenas pausas para vomitar. Mas na minha adolescencia co- recordes nas mais diferentes com uma espada de samur

E eu precisei parar bastante mecei a buscar urn significado categorias e, desde sntao, nin- par exempLo, eu precisei d

porque, ingenuamente, eu maior para a vida e fui praticar guern nunca 0 quebrou. Mais um ana de treinamento.tinha comido 4 pedacos de yoga e rneditacao, Fai isso que recentemente, a Guinness

pizza na noite anterior! me deu energla - e percebi simptesmente criou a categoria Equal eo seu proximo

que podia usar meu vigor para para recordista de recordes. objetivo?

Voce cria suas proprias cate- entrar no Guinness. Eu pretendo quebrar meu

gorias ou etas jii existiam? Como e a sua rotina proximo recorde no Brasil!

A maior parte ja existia, mas oque temotiva sempre a de treinamento? Estou tentando encontrar

eu tarnbem ja sugeri alguns quebrar um novo recorde? Eu tento me exercitar todos urn bam local para alcanca

recordes que 0 Livroaceitou, Eu adoro a desafio de tentar os dlas e consigo treinar o rnalor nurnero de pulos

criou a categoria e definiu as ser 0 meLhor do mundo em al- para dais au 3 recordes lando corda debaixo d'agua

regras. Eu inventei modalida- guma coisa. Alern disso, gosto ao mesmo tempo, dependen- em uma hora - e existe ur

des como a maior numero de de fazer as pessoas sarrirem do do n[vet de exigencia ffsica aquario no Brasil que me

bamboleios embaixo d'agua, e talvez ate inspira-las a fazer de cada um deles, parece a Lugar perfeito! 0



ri/4NCO 1)1£[)/41)OS

D inhe'irode plis ticoEstabilidade econornica e infla~ao baixa fizeramo nurnero de cartoes no Brasil aumentar quase 4vezes mais do que a populacao desde oano 2000.Poucos paises tiveram crescimento tao expressivo.

E viva a distribuir;ao de renda! OINFOGRAFICOMARIANA

CAETANO, RAPHAEL SOEIRO ERAFAEL QUICK

1950~,o ano de estreia

do cartao de rredlto,

nos E UA . A ide;a e deFrank McNamara,

que fui jantar e es-

queceu a carteira.

8SILHOESde carteies de

credlto edebitofo ram erni tldns no

mundo desde entao_

37KM2orupartarn esses

cartoes alinhados.

E 19 vezes a area

de Monaro,

57%d os g as to s d as fa ml -

lias no Reino Unido

sao pagos com car-

toes. A Coreiae vi-

ce-lider nesse

ranking, com 56%.

0,25cartees de cr~dito per

capit;! h oi na ASia , 0

menor indice global

10sao as parcelas que

a Ig re ja Universal ad-

mite para quitar 0 c l i -

zlmo em seu cartao,

5outras entidades

re\ig;Dsas,peLomenos,tern seus proprius car -

toes no Brasil.

Cartoes em usano Pais (milhoes)

mU1

i i i i i i i Q g Q7 em cada 10 brasileiros tern urn cartao

de credito ou de debito no Brasil

R$9,5 B'LHOESE o a d lv id a c om c ar ta o de c re dl to h Oje n o P ai s.

Faturamento !;omcartaeseietri'inicosne Brasil (em RSbilhoes)

3j4 MILHOESde maquinas decartao (au points of sole)

estaa espalhadas pelo Brasil Esse nurne-

ro rnais do que dobrou desda 200);.

2000 2002 2004 2006

10 VEZES cresceu ofaturarnento

destl!! 2000.

Nume.o de tra.,.".,...

~ (< em b llhoes)Como oswjistas furam pi1gosem 2011

74%d os h orn ens usa m

cartoes eletrcmccs

71%e a rn ed 1 3 entre

a s r nu lh er e s.

173 266

Canoes (anDesde credito dedebito

Canoesde loia

- -Cames , bolatos.e deb'to automatlco. '.kEm 2011.

Fontes: Assoc 'acso Brasi le ira das Empresas de Carma de Credi to e Servicos: Visa - Credi t Card Report; credi tcards.corn: PayLane; Firranc iat'Ti rnes: 8ankfar Inter-

national. Settlements: Federal Reserve; Accenture Consultor ia; laf fertye Subcornissac Especia l do Mercado de Cartoes de Credi to da Camara dosDeputados..



-.,,~~ .. .

< . . ~mn:nies,pr~~~s:b~Qs.procura chinesa: >Apesard,QS er{~sc!e~tesenergi~ limpa''(foraiiJ..US~J.voltou com tudo. Usado paraIndustrial, no seculo lS:l1rije (de C'<u~.if""'"1"""""

e alimentar a industria sidenirgica. Eimpactos ambientaise humanos. o r» q'n.To....n

minera\!ao mais poluente eperigosa do ~:u:',"'n.l.y'"

o planet a ainda vai sentir sanda-des do 'f)e1tt,()ieCk~-,j'NFQGRf\FICO KARIN tlUECK, ANDRE BERNA~OO. RIC:ARIOQO~ . . : : : - . _. . ~ . '. ;,





PERGUNTA SEM RESPOSTA ORAcULO

Mulher resistemaisa dordoquehomem?

BaleLa. E ;ustam ente a contra rio:meninos aguentam mais.

o homem e mais resistente. "Em estudos, mulheres apresentaram menor

lerancia a dar" , diz a dentista Roger Fillingim, da Universidade da Florida.

experimento do psicologo Ed Keogh, da Universidade de Bath, no Reino Un

concluiu que elas sentem dor por mais tempo, com mais frequencia e ma

intensidade. 0 mit a comecou provavelmente porque os homens sao mais c

roes. "Par uma questao cultural, as mulheres reclamam menos e sofrem c

das", explica a anestesiologista Fabfola Minson, da Sociedade Brasileira p

Estudo da Dar. 0TEXTO ANDRE BERNARDO

> .GOTA CEFALEIA ENXAQUECA FIBROMIALGIA8 HOMENSPARA 1MULHER EM SALVAS 3 MULHE'REs PARA 1HOMEM 9 MULHERES PARA 1HOM

Afeta 2% da populacao mun-9 HOM ENS PARA 1MULHER De cada 5 brasllelros, um sofre Sfndrome que se manifesta

r-dial. E provocada pelo acldo A mats intensa dor de cabsca. de enxaqueca. A enxaqueca com dar par todo 0 corpo.~urico que, em excesso no san- Geralmente, ocorre de um lado atinge as dais Ladas da cabeca, maioria dos casas, a dor per

gue, forma crlstals que se acu- so da cabeca Durante as crises, costuma ser latejante e vem te por mais de 3 meses. Ass

mulam nas articulacoes e de- a pessoa bate a cabeca acornpanhada por nausea, va- como a enxaqueca, sua orig

sencadeiam as (rises de dor. na parede para aliviar a dor. mito e sensibilidadeaLuz. esta na osdlacao hormonal.

34 SUPERABRil 2012 - RESPOSTAS

rlustraelio DanjloOWeira Fontes Qaniel Ciampi, neurologista do Hospital Sfr io- Libanes. SaoEdKeogh, ~<ia UnlversidadedeBath, Reino Unido; Fabiola Minson, anestesiologisSociedade ~para Estudoda Dor; RogerFiliingim, dentista da Universidadeda



E verdade que0Brasil e 0unico paisande vereaCior gan-hasatario?Um a corrente de e-m ail fez baru lh o nos u ltim os m eses diz endo que som os -0 unko Lugar

em que as vereadores sao pages pelo cargo que exercem . 0 problem a e qu e isso e mentira .

Em algumas cidades do mundo, vereadores mlo

ganham nada, Em outras, tern apenas urn pe-

queno auxilio. Mas 0 e-mail que correu a inter-

net nos ultimos meses, depois de uma onda de

reajustes salariais dos vereadores brasileiros

previstos para 2013, e falso. Vereador com sala-

rio nao e uma realidade apenas no Brasil.

A corrente tambem propoe urna emenda na

-Const i tuicao que Iimita-algims benef ic ie s a e s mem --

bros da Camara . E aflrma que 0service do vereador

e encarado como dever publico em outros paises,

como se fosse trabalho volnntario. S6 no Brasil ele

seria urn service remunerado. "0e-mail tern urn

fundo de exagero", dizYi-Sh in Tang , do Instituto de

Relacoes Internacionais da USP . "Em alguns paises,

a atividade de vereador pode exigir dedicacao exclu-

siva e remunerada". Por exemplo. urn vereador de

Los Angeles, Estados Unidos, ganha em media R$ 24

mil por mes , Isso representa 1 1 6% a m ais do que 0

salario tie ur n ve re ado r de-Sao-Paulo, qu ereceb e - R$ -9

milmensais. Vejaabaixo como outras cidades remu-

neram seus representantes.O TEXTO PA TR icIA IK _EDA

Camara de lordesVereadores americanos costumam ganhar mais que brasileiros.

CIDAQEDO MEXICO NOVA YORK

R$Oo cargo de v erea·

do r e honera rloe nao existe ne-nhum tipo de

contribWit;ao.

Existem peWGO

mats de 1,8 mit

com ites de balr-r os , o rg am z a do s

em torno de 9 ve-

readores e nom e-

ados para serv ir

durante 3 aROS.

R$16milE nl'lu an to u m a ss a-

laMado medic

amerieane ganha

R $ 2, 2 miLpo r

m es, um veread or

nova-lorqulno re-

cebe R $ 16 mil, ouseja, 7 vezes rnais.

/{ C ama ra e com-

posta par 51

membros eo car-

go nao ex ige dedi-

Ga~ao excLu s iv a .

Ilu~FabricioLOpeS

ESTOCOLMO

R$350N a ca pitaL da S w kia,

o salarlo de urn ve-

reader e apenas

uma ajuda de custo,

Se eLe f iz er parte de

um corn ite, pode su-

bir para R $ 790.

o v a lo r r ep re se nt a

apenas 10% da ren-

d a d e U rn a ss ala ria -

do m edic sueco ,

que ganha R $ 7 ,5

m i l m e n sa is .

PARIS TORONTO

j_R$4.BmilEflqual ' l1!o G -salarlo

medic de urn cana-dense e R$ 5 ,2 mil

por m es, urn vera-

ador de Toronte,a m aior c idade do

p ar s, g a nh a

R $ 4 ,3 mil A te i

nao determina

um a carga h oraria

a cumprir, m as a

fu n~ ao e xig e d ed i-

. ca ~ ao e xcLus iv a.

RIO DE JANEIRO

g re ss o a pr ov ou_ aumestesalartal

dGS depatados fe -derais. Em seguida,

depu t '<iGoS estadu-

a i s t iv e ram reajus-te e, L ogo, o s vere-

adores, A partir do

ana que vern, os

m em bros da C a-

m ara do 'R io ga-

nharao R $1 5 mil,

RESPO STA S - A BRIL 2012 SUPER 3S -



Quais siooscampeonatosmais valiososdomundo?a pais mais rico do planetstern 0 habito de adoraresportes para osquais 0 restodo mundo nao da tanta bola.Por isso a liga nacional defutebol americano vale 3. vezesmais que a Copa do Mundo.Mesmo tendo uma andienciadiaria 3 vezes menor,

-INFOGRAFICO FEl.IPE VANDEUR~EN,

JORGE OLIVEIRA, RAPHA:El..5eEIRO

EJEAN MAGAl.HAES

® TELESPECTADOR/DIA

.L PUBLlCO/JOGO-

.J.44l'lliL

.I. 94mit*

CAMPEONATOBRASILEIRO

DE FUTEBO l. ·2011

2M I

A Euroc9pa paga U S$33 milh6~s a seleC;aocampea. E 0 segundoma io r p rem io do futebol,psrda apenas para aC hamp io ns L ea gu e:U S $ 4 3,4 m ilh 6es.

Entre os 4rnaiorescampeonatos.europeus, aBundestigatem ameLhorm edia degels e depubLico: 42mi l pe ssoaspor jogo .

N a u ltim a ed i~ aoem2011 , asarnlflnal entreIndia e PiJquisUioteve 1blthao deespartadores,

®, 3MI

®2,1M

US$169

I

US$l09 MI/dia

US$ 67,5 MI/dia

• Nas O!impiailas." ""lcule usade Ii:li publico/ai"" de ev.e"to... Emzen, a grev.e dosjbasguete dimirluiu a.atual,temporada



o in gre ss o d asp r ime i ra s f ll el ra sda um jogo do losA n ge le s [ ak er s, naa re a l at er a l, podecustar U S $ 2,5 mil.

56 as finalsd a M LB rno vi-mentaramU 5$ 7 42rnilhoes emzon.e emesmoqueos4maiorestomeios detenis do rnundo ~somados. sr... ·

J

N FL

liga deF ut eb al Am e n-canodosEUA-2011

U5$ 12 BI

o futebal m ais ricono munda tern at im e m a is v al io so , 0 '

Man ch es te r U n ite d:U S$ 1,8bilhao.

A NFL e ta ogrande qu etodos os 32tim es qu eclisputam al ig a e s taoentre as 50

rnais valiososd o p la ne ta ,d en tre to do sos esportes.

\•

OL lMP iADAS

jogos deP equim • 2008

U5$lt.3B1-9d iasCDPADOMUNDOQEFUTEBOL

A frica do S uL':2010US$3~6SBI

E o 0 eventoesportrvo maisvista do pl.aneta.Em 2008, duas

de cada J pessoasassistiram aosjogos, que, no sEUA , to rn a ram -sea evento m alsv ista da htstorta

A C opa na o e a maisvalioso nem 0 r n a i sa ss is t i de . M a s e 0umco qu e c on se gu efuzer um celular nodecote eum polvoprofsta ficarernfamosos,

35,2 mil

oS$ 41,2 MI di a



C omo ganhar uma discussio sabre ~O s co ng es tio na rn en to s e sta o c ad a v ez p io res . H i! qu em d ig a qu e a so lu cao e o brigar as pesso as a p ag ar p ara u sao c arro d en tro d a c id ad e. Um a m ed id a in telig en te e su ste nta ve l, qu e e stim u la 0 u sa d o tra ns po rte c oL etiv o? O u

s6 rn ais um im p osto ? E sc oL haa su a fa ix a.-INFOGRAFICOAUREUOAMARAl,BRUNOGARATTONI ERAPHAELGALASSI

A rede de transports publlconso conseguiria absorver aspessoas que hoje andam decarro. 0metro de Sao Paulo,que i a e considerado a rnaislotado do mundo, tem apenas74,3 km de extensao - 80%menos que a rede de Nova

York, par exemplo.

J < l existe um pcdagto urbano noBrasi l ; na Linha Amarela, avenidaque liga as zonas oeste e nortedo Rio. Tado dla, 125 mil rnoto-ristas pagam para ussr essaavenida - pais ela e 30% maisrapida, Quer andar de carro e te rmais conforto do que as outraspessoas? Pague,

Nos ja pagamos impastos derOgovemo federal recolheu qR~1trilhaa em impastos nopassado - e isso sem contarrecadacao de Estados e mdpios. Por que o s po ll tl co susam esse dinheiro para invem transporte publico?

Fontes:Agencia Nac ional do Petr6leo , Ibope, Empresa Publ ica de Transporte e Ci rcu la~ao do Rio Grande do Su i (EPTC) .lnst itutode Pesquisa Econ6mica Apl icada ( lpea) , L inha Amarela SMetro de ~o Pau lo , Metro de Nova York. Prefei tu ra de Es toco lmo, Rece ira Federa l, Transpor t for London .

. .DICIONARIO VISUAL

• •••• • ••

Loa crescente e estrela

1. S imbo lo d o i sl am i smo .

2. A lu a c re sc en te i nd ic a r en ov a-

~ o . O s muculmanos seguem 0

calendario lunar , em que os m e-

ses sempre comecam na lua

crescente. 3 .Alguns f ie is c r eem

que as pontas da estrela estao

li ga da s a os 5 pilares da religiao,

que foi fundada por M aom e no

seculo 7 : fe , o racao , caridad e,

j ej um e per eg r in a cao ,

2. 0 Al Hila'~ malor time do futebolsaudita, que ii i teve Rivellino comoIdolo, terna l1lano escudo. Al ia s, A t

Hilal e " 'iua CA!scente" em arabe.

ORIGEM

A Ina e a estrela eram marca do Imperio O tomano, que duro

seculo 11 ao 20. Como 0 Isla era a religiao do impe ri o, 0 sim

passou a ser ado tado pelos povos muculmanos conquistados

OUlROS USOS

1. Turquia, Tunisia", Paquista"o eDuUOS p ais es is lamic os te rn a imagemna bandeir.l..

LI



Porqueopaladar muda

com o tempo?B ebes precisam de doce e veL hos gos-tam de pim enta. A explicacao esta no

efeito do tem po na LIngua- e na capaci-dade de aprender a gostar de jil6 .

o sabor do tempoSea infancia e passado, °dace e menos doce.

-IDA AMARGURADA

P ara a arn arg o, sa bo r de m uitas h ortalk as ,h a r ea < ;a o o po st a a do doce. 0 recern-nascido faz um a protrusao da L ingua- ou seja, um a careta Estudos m ostramque a crlanca sente 0 arnargo co m rnaisinten sid ad e. M as, c om 0 tempo,a coragem de experim entar eo habitotransform am a careta em sorriso .

GOSTINHODEAMIZADEBoas experienciasm udam a m aneirac om o p erc eb em o sas alim en to s. P oraxarnplo: a c e rv e jae 0 c a fe , b e bi da sama rg a s, a ss o ci ad a sa confraternizacao,v ira m m el na boca dem uito s a du Lto s. P oro u tr o Lado, e x pe rt sn c ta sruins - com o um porrein esq ued vel d e L ico r-c ri am a ve rs oe s d if fc ei sd e r ev e rt er .

DOCESORRISOo encanto de crlancasp or b ala s elndlsfarcavel, Elasja n asc em co ma tra ca o p eL o s ab erdace. A associa~aocom a adocicado L eitem ate rna cria ess earnor incondicionaLBab es e x pr es s amre lax am en to emresposta ao saborde acucar,

ogostinho da infancia nunca mais

sera 0mesmo, A percepcao dos ali-

mentos muda durante a vida.

Criancas tern preferencia natural

por doce. E uma heranca do pri-meiro alimento, 0 leite materno.

Verduras? Dificil. 0 arrepio que

voce sentia frente a uma suculenta

couve- flor tern nome: neofobia ali-mentar, ou seja, medo de experi-

mentar urn sabor novo. E uma pro-

tecao natural do organismo contra

possfveis alimentos danosos. Mas,

com 0 tempo, aceitamos novas

gostos. E e possfvelaprender a cutir algo. Por exemplo, a abobrinh

outrora abominada pode virar u

legume gostoso gracas a motiv

<;5es mais pragmaticas. faz berentao voce come mais ate se aco

tumar com ela. lana velhice, a pe

cepcao geral do gosto decai, A cu

pa e da diminuicao do numero

celulas sensiveis das papilas gusta

tivas. Por isso, alguns idosos pe

dem 0 interesse pela comida. O

carregam na pimenta para sent

mais gosto. 0R O DR IG O O R TE G A

SALGADINHO

M edicam entos etra ta rn en to s p od ernr nudar a s en si bil ld ad eaos gostos. U map es qu is a da U SPe xp li co u a re L ac ;a oinusltada entre algun

p ac ie nte s c om d in cee seu deleite porsalgadinhos.A r a~ i ot er ap i~ d if ic ureaC;oes qunmcas napapilas relatlvas aogosto salgado. O u seo s p a ci en te s nao ses atis fa ze m e co me mmats s alg ad os p arasentir 0 gosto.

42 SUPE R A BRIL 2012 - RESPOSTAS1I"'5tra~ AlessandraK

Fontes Maria Elizabeth"~ ooordenadora do grupode Analise Sensorial deAlimentos da

Janaina Va lle, espec;al isla em nutrtcao materno . .ini "rn ii lpe la UFV; Hel len Coe lho . professorado cursode nutricao da



A r-condic ionado industr ia lQuem trabaLha a dia inteiro em edlfldos sem janeLa, com temperatura constante e agradavel, ate esquecese L a fora faz frio au caLor.0 equipamento responsavel par isso pade tamar uma sala inteira 56 do seu andar. 0IN FO GRA FIC O M ARIA I'IA B OM FIM . M ARIA NA C AE TA NO . RIC ARDO DA VIN O E E DUA RDO A ST A

. _ -Arfr.i9<,

Tubula,.aodoandar

Saida da agua resfriada

1 FAN COIL P oss ui u rn r ot orque puxa a ar am biente e lanca-o

em serpentinas de agua a cerca de 5D C ,

que a esfriam , U m duto no topo do predio

abastece a aparelho com ar ex te ri or . F il tr os

e lim in am impu re za s apos a resfriamento

do ar e urn ventilador a distribui no andar.

2 EVAPORADOREsfria a agua que ga-

nhou calor e saiu

dos fan coils a 12°C .

No eq ui pament o,

em cantata com urn

g as p ro prio p ara

re frig era ca o, a a gu a

volta aos 5 D C e ebom beada ao fan

c oil d e c ad a a nd ar ,

i-

3 COMPRESSORU rn predio de 10 an -

dares usa cerca de

20 0 kg desse gas. 0

com pressor faz com

que eL e circule no

sistem a, fe ito p ara

m an te r a tem pe ra-

tura am biente em

24°C , c om v ar ia ~ aom axim a de 2 0C.

5 TORRE DE RESFRIAMENTOFecha 0 dclo ao esfriar a agua que saiu do

condensador . A c l ir nat izacao p re ve a ju st es

manuals e automaticos d e t empe ra tu ra (usan-

do termostatos em cada andar para manter

as 24 °C)_ P ar a e sf ri ar 0 a r; a s rnaquinas ope-

ram com maier veLoddade -€vice-versa

4 CONDENSADORo g as d e ~ e fr ig er ac ;aG J

v ira liq uid o a o p erde r

te mpe ra tu ra h este

equiparnento, que,

como os f an c oi ls ,

tarnbern usa agua

para efetuar a trocade calor. E ssa agua

nao se m istura com a

usada nos fan coils.

Fonte Sidnei Conti e Yupaka Nogl:Jti, reeniccs de refrigerac;:ao. RE SPO ST AS - A BRIL 2012 s u pm 4 3





OI~ACtJI.O

Smurfs sofremde calv ic ie?D O ra cu io m erg ulh a n a in crlv eLm lto lo gla d os

d es en ho s a nim a do s p ara L ev an ta r re sp osta sd ef in iti va s a d ilem as d as ua lnfancta,

" 8 ' 1 . 1 4 3 · ] 6 'Os smum sao carecas?

• EDUARDO SEGURA

Tau/Jare,SP

Nao, 0 cabelo naocresceu,

pols eles ainda nao

chegararna id ad e de p ossu ir

pelos. Papal Sm urf, no

episodlo Srmbolos de SClbe_~

doria, e xp lic a qu e o cabeLocomeca a nascer neLes a

partir do s 400 anos, Urn

sm urf adulto tern cerca de

100 anos. Papal Smu rf, co m

su a vistosa barba branca,

tern 546, segundo a ultirrro

filrne d os az uis, E pa r lsso

que eLe e 0 unrco macho

com pelo no corpo. Em

alguns eptsodios , o s smu rf s

perdem a touca branca, reve-

lando a ca re ca, jil com as mod -

nhas e d ife re nte : to da s te m

c ab elo . S as se tte , V ov o Smu rf

e, clare, Smu tfette, eleita a

seg un da m ulher az ul rnais sexy

d o m un do, atras da M f st ic a.

(j:J i-tli Ii.' 8 .1 '1·'Quando a gente est;!

comendo e engasga, dizem

que beber agua ajud,a a

-com ida a descer. E-quando

engasgamos com bebida?

Tem que comer?• PATRICIASPISSOTO

sao P aulo, SP

Nao! Oo to rr inoLa ringo lo-

gtsta Luciano Rodrigues

Neves, vlce-presjdente da

Academia Brasileira d e L arin -

gologia e V oz , diz que, ao

engasgar com alga solido ou

Lfqu ido , deve- se pigarrear ou

tossir. Beber para a com ida

descer pode ajudar, mas nao

e r ec omendado, pois voce

pode engasgar com a bebkia

(omedia pastelao,

Se 0 cinto de seguranc,;a eresponsavel por diminuir as

mortes no transito, por que

05

veiculos de transportecoLetivo na~ dispoem do

equipamento?

"" RODRIGO GALHARDI

~deCaldas,MG

o C 6digo de Trsnsito Brasi-

l el ro d iz q ue 0 cinto nao eobrlgatorloem percursos em

q ue s eja p erm itid o l;Iia ja r em

pe. E m sum a: 0 b us ao , b um ba ,

bau , gaiola, area - ok, voce

entendeu - nao tem cin to

rnesmo, Segundo 0especia-

llsta em E ngenharia do T rans-

p orte M auri A drian o P anitz ,

aodentes g raves co m o nibu s

urban os sa o raros, "Os

ganhos em seguranca para

equtp a- lo s sao tao pequen os

que n ao se ju stificaria econ o-

micaniente" , dtz, J a em o nib us

in te rm u nic ip ais e i nte re st a-

duais, 0 cinto e obrigat6rio.E no banco de tras do carro

tambam, v iu , moc inho?

C { ' t i _ _3l;Ji:i:t)§i#.M!Por que estudantenao paga

meia-entrada em liyros?

- ROMULO LIMA

Beb ec io ur o, S P

P orqu e isso encarecerra

a livre. Em show s, por

e xemp lo , o s p romo to re s

prev eem p ret;'os m ais altos

levando em conta 0 abati-

m enta para estudantes e

idosos. Alem disso, 0

me rc ad o e dit or ia l e diferente.

o valor do Ilvro e resultado

da soma de varios gastos, Ha

a parte do autor, da editora,

da grafica e da livraria. "Se

houvesse 50% d e d es co nto ,

o prece serta o-dobro do qu e

e agora para cornpensar. A

fornecedora de papel, par

exemplo, nao venderia mais

barato", diz Paulo de

A lm eid a L im a, socto da

editora L& pM . Nao esta faciL

pr a ninguem.

Dois,misterios sabre a sono:

1) 0 que e iIremela? 2) Eo

bocejo? De onde vern, para

oqueserve?

"" Ftl iPE PEREIRA

R io de Ja ne iro , R J

1) Durants 0 sono, com as

oL hos fechados, ha um a dim i-

Edi~Q Felipe van Deursen Reportage"' Fronteira -Agencia tie Jornallsrno l'u~oS"muel Rodrigues

nuic;:ao da prcducao da parte

lfqu id a da lag rim a E sse resse-

camento p od e a cu rnula r

gordura e muco, form ando a

g ulo seim a cham ad a rem ela.

2) Bcesjo e lim rnscanlsrno

do cerebra para te ntar d eix ar

voce desperto, Segundo

Andre Ba ce la r, n eu re io gts ta e

v ic e- pre sid en te d a Asscdacao

B ra sile ira d o SO riG , a c au sa

exata n ao e con hectda, m as

ha um a teoria que dl z que,

quando estamos com sono,

o nivel de oxigenio d o sa ng ue

ca L 0bocejo seria um a forteinspiracao de ar para restabe-

lecer esse niveL B oa nolte,

?•

ERGUNTEAOORACULO!

Mande sua duvida (com nome

complete, cidade e estado) [email protected]

[om 0 assunto "Oraculo",

RE SPO ST As - A BR IL 2012 'SUPE R 4 5

mailto:[email protected]

mailto:[email protected]





D A UMA FUGIDINHAS er n r ou pa , s en ar n tlif er .e n~ es 05

p ad r&e s d e f nt im ii il ad e. N a@ Ii, porqu e .est.am os p elados que

f an ar ne s m ats sexo, m as este seriae ru ;;araao co m m en os tab u.



1 - 1 1-~

~ ~t1 ~ ~ y ~ 1 1 1\

.." .PJ\

_ 18<TO CARO L. C A S TRO DESIGNJ o.R GE O LIV EIR A E RA FA EL Q UJ CK ·

1E.U$TRA~AQSAM!.IEb ROQR IG ioVES . . , .



PRIMEIRO. PASSO PARA

SERUMIMORT~L :

LERESTA

REPOR-T A G E M

N0 m a lor' ateptad0 do seeule 21 , as t?F1€srgem as .0 0 ~ t> rld .Trade Center lev:nram.conslgt> quase 3mil mottos ..

Outras amil p e ss oa s s ob re vi ve ram para eontar a historia, No centro de Sao .

Paulo, os incsndiosnos edincios Andraus e Joelma mascaram a decsda de 70.

o maior deles, Joelma, rnatou 187 pessoas e marcou a vida de mais de 500

sobrevwentes. C:ongeIados no mar Baltica, outros 852 na fragaram junto

com0

navio Estonia, em 1994. Apenas 137sairam vivos. :E das tragedias quenascem as e st atf sti ca s. T od os e ss es n um e ro s s ao p ,e ss oa s qu e viveram d ram as

parecidos, mas sao enoaixados em categorias cQIl!lpleta.mente dif€rentes:

mortos e sebrevlventes. Ee desses ultimos que pocieP' los apt@ncieTli9Qespre-ciosss. Como conseguiram escapar do perigo enquanto outros tantos mor-

rerarn? Ou mais, por que tantos perderam a;vida, enquanto eles ganharam

uma segunda chance? 0qae determina quem. vi~e e quem morrei ~



. Ifse sapato

de amarrar,

e roupas

de-.manga.

cornprida.

Sel]te no'

maximo a

5 poltronas

da salda de '.

e~ergencia. . :-

'_-~---II_ Fa~" lim

mapa mental de

saida. Em caso

. ·de addente, ep o ss lv e l q u e.

fogo au fu.ma~a

impecam a vi·

sao.·Por i$56,

v oc e de ve con- .segulr sair ape·

nas com a ta ta .

a a rnernoria.

..~~~~Os audentes cas tumam acontecer nos prirneiro s 3 minutes da dscolagem e nos 8 ultirnos

. . do p ou so . N e ss e rno rns nto : .

f(r'O\~~N~O O(Jr;:A 'MUSICA

., f)

~-"'"':' "" : .. .. -

NAO LElA NAO DURMA

·0

:~'". _Fique cons-·c ien te:.naa .. tome alrooi:' au ca lman t es .

_ .

.,1/ .

.C 1 1 P '.-1'Mantenha

as cintos

.atados.

Use as '

m'ascaras de

. . qx i gen ia .

Durante a [mpacto,lncline-se para .fren-

teo Encaste a cabeca

. na superffde onde

· vo d ! a b a te ri a (a

. pol trona da frente),

P . " ! ' l e vita r c he qu es .

'-onte as

'poltrenas 'ate .

: a , s a i da ' pr evi st 'l :

-gora e . horade ajudar alguern,

'se for possivel.

'-. I

Voce tera . ~ I I ~.. '~~i~~~o~e~ige9s . . , ; .:

tempo, a fogo passa pelo alum in ia / I Ida nave e a temperatura dentro da . ; 1 I

cablne chega aos.L 000· t : .



Co t~~'- ~~. I.\., ~~ _ _ ~

CRIANCAS

SORTUDASEm 2006, a05 10 anos de

idade, MateU5 d e O l iv ei -

ra escapou da queda de

um bim otor na Serra da

C anta re ir a, EL ef oi em -

p urrad o p ara fo ra d a

nave p eLo empre sa ri o

A ntO n io C ortez. C aiu n a

m ata e f ic ou d es ac or da -

d o. Q u an do a co rd ou ,

v oL tou ao aviao e tiro u

o em presario. M ateus ti-

n h a ap enas f er im en to s

leves e gu iou C ortez ,

c om queimadura s gra-ves, pela m ata ate ver

u ma casa. D ois h om en s

m orreram no aviao - urn

deles, 0p aid o g ar ot o.

CONFIENASORTEa Airbus All0 d a com -

p an hia a er ea e sta ta L d o

lem en m erg uL hou no

O ceano I ndico, em ju lh o

de 2009, e m a to u 153

pessoas. Baya Bakari

f o; a un ic a sob r ev iv en te .

Ap6s 0im p ac to , p er to

da um a da m anha, ela

ainda escu tou as vo zes

d e o utr os p os siv eis

s ob re viv en te s, m as

n ao c on se gu iu e nx er ga r

n ada . A garota n ao sab ia

nadar e estava sem cole-

t e s aL v a -v id a s. S obr e" '; -ve u gra~s a urn pedat ;od o av ia o, ao q ualse

a ga rr ou a te s er r es ga ta -

d a p or u rn bote.

Q) Segundo John Leach, especialista em psico-

logia da sobrevivencia e professor da Uni-

versidade de Oslo, apenaslO% de nos con-

seguem imediatamente manter a cabeca no

lugar e agir racionalmente emmomentos detensao, Outros 10'% surtame tomamas pio-

res decisoes - e dificilmente saem vivos. Os

80% restantes podem congelar de medo e

encarar panes do cerebro, mas nao estao

fadados a morte. Conseguem se controlar e

sobreviver. Nao da para saber em qual cate-

goria voce se encaixe - a nao ser, e claro,

que algurn imprevisto aconteca.

Nao adianta se apoiar na celebre frase

"iS80 nunca vai acontecer comigo". la-

wrence Nordhoff, especialista em acidentes

de transito, acredita que uma pessoa adulta

deve encarar 2 au 3 acidentes de transitedurante toda a vida. Charles Perrow, autor

do livro Normal Accidents: Living with

High-Risk Technologies, acredita que nem

todo incidente tem uma explicacao 16gica.

Alguns simplesmente acontecem. E comourn monte de areia: voce acrescenta urn pu-

nhado de graos ate que, inexplicavelmente,

o monte desmorona. Pam Perrow, aciden-

tes de grandes proporcoes sao raros: os aci-

dentes em si, nao. Para seter ideia, em 2010,

nos EUA, a cada 85 segundos, 0 Corpo de

Bombeiros recebeu urn chamado para con-

trolar incendio em alguma residencia, e a

cada 30 minutos uma pessoa sofreu quei-

maduras por conta destes aeidentes. Entao

e melhor se preparar. "0mais importante

para viver e imaginar 0pior e esperar 0me-

lhor", diz Ben Sherwood, -autor do livro

Clube dos Sobreviventes, no qual ele relata

historias e estatisticas de pessoas que sobre-

vivem a desastres. Assim voce pode escapar

das armadilhas de urn dos principais meca-

nismos de defesa do corpo. 0medo.

FASE 1 :OesesperoNa quinta-feira do dia 24 de fevereiro de

1972,mais de milpessoas trabalhavam nos

escritorios do edificio Andraus. Por volta

das 15h30, uma carga na rede eletrica ini-

ciou urn dos maiores incendios da historia

de Sao Paulo. Em poucos minutos, os gritos

de "fogo" se espalharam pelos 30 andares

do predio, Alguns escaparam pelas escadas,

mas muitos correram ate 0 heliponto, na

esperanca de serem salvos por lao

Cada uma dessas pessoas, quando ou-

viua palavra "fogo", ligou o sinal de ten-

sao. 0estimulo do estresse deixou 0cor-

po em alerta. Isso acontece porque 0

organismo reage a favor da sobreviven-cia. 0sangue recebe uma dose reforcada

de adrenalina, noradrenalina e cortisol,

que deseneadeiam uma serie de mudan-

cas. A r espi racao f ic a ofegante, elevandoo myel de oxigenio no sangue. Os bati-

mentos do coracao aceleram, para espa-

lhar as nutrientes pelo corpo mais rapi-

damente. Todo0estoque de combustive}

armazenado ( ac uc ar e gorduras) e que-brado para aumentar a energia do eorpo.

Com mais energia e oxigenio, os museu-

los ganham agilidade. Pronto, 0 medo

deixou 0corpo com forca extra para cor-rer au lutar. Toda essa reacso sandavel

causada pelo estresse surgiu em nos ha

milhoes de anos. E e la nada mais e do que

uma adaptacao que permitiu ao nosso

organismo cooperar em situacoes de ris-

co. Ou seja, para fugir com mais facilida-

de das ameacas, Mamiferos, anfibios,

repteis e ate mesmo insetos, moluscos e

vermes marinhos respondem da mesma

forma aos estimulos do medo.

Essas reacoes foram ureis no Andraus.

A forca extra ajudou alguns sobreviven-tes na hora de destruirum cadeado, qu e

impedia 0acesso ao te1hado. Uma pes-quisa realizada em 1960, por dois pes-

quisadores de Chicago, descobriu que a

forca flexora pode aumentar de 26,5% a

31% sob efeito de alguns estimuJantes,

como adrenalina e anfetaminas. Osheli-

c6pteros chegaram e logo iniciaram os

resgates. Ainda assim, 16pessoas morre-

ram e 345 ficaram feridas.

Em 1974, 0 fogo voltou ainda mais de-

vastador ao centro de Sao Paulo. A s

8h40, urn curto-circuito acabou com apaz dos trabalhadores do Banco Crefisul.

.Em menos de 30 minutos, 0 incendio no

edificio Joelma estava totalmente fora de

controle. Mais de 700 pessoas ocupavam

a predio. Alembranca do incendio ante-

rior marcou a memoria das pessoas que

estavam ill..Desesperadas, busearam a

mesma salvacao que funcionou no An-

draus: 0 telhado. Subiram no teto, mas

dessa vez nao havia urn heliponto, 0 que»

A BRil 2012 S UPE R 51



mais na p is ta . .

m a is r ap id a.

-ti b an co de

, . t ra s , s e ri te 1 ]0 '

meia . E 0 Lugar.m a i s s eg u ra

d o c a rr o,

-arreguesernpre

o extirrtor;:

de ind,ndiad en tro d a

valldade

indicada.

-irija a direita."Acider 1 tes .

"acontecem

'~"" ,,~. Y i\ ~

.' ~ ,))}- . - ''e ~ b at id a v ie r de tras, Prepare-sap ara a im pa cta .

naa aperte as fre ias A y ise autros passagelros'

p ara n aa capotar, que e s ti v er em d i st ra i da s .

Fa~a forca para.

s eg ur ar s uac a be c a c o nt rao e n co st o, [550

e tmpbrtants'paea . ey i ta r q u e

a c ab ec a b atan o 'i fo la n te -

. d ei x ando vocejnconsoenta

-. e . .l io c~ n ao ·con -.seguir sa ir do' :.

c ar ro a t em p e,

c ub ra su a c ab ec ae tranco com ca -

sacos DU roupas,

S e c a ns eg u ir s ai r,n aa te nte s alv ar

0' vefcuLo.

SE c:AIR'NAAGUA

~~:~.o v ei cu lo v ai c al r d efre nte ( a p arte jn aisp es ad a d o c a rro ).

Espersestablllzaf

-ANELASABERTAS:Aproveitep a ra e s cap a r.

S e a s is tem a e le tri c'on ao e sti ve r f un ci on an do n aD a di an ta tcntarabrir as

p or ta s a te . qu e a gu a p re en ch a 0' v e fc u lo n a a lt ur a

nO'peSCD,O. f!( pressao da agua irnpadira a aber tu r a

. da s p ort as a nt es dlsso e v oc e d ew e rd i,a ra e ne rg ia .



tl)dificultou 0 acesso dos bombeiros ..Em vez

do resgate, encontraram lima temperatura.

infernal, proxima dos 100 "C,Aessa tempe-

ratura a concentracao de oxigenio no ar fica

abaixo de 10% (em ambientes normais, amedia e de 21%), dificultando a respiracao,

No total, 187 morreram no Joehna. Vinte

vitimas sejogaram do predio.

A memoria do incidente anterior enga-

nou a esperanca daquelas pessoas - mesmo

quem ja trabalhava h i n ao parou para pen-

sar na possibilidade de nao haver urn hell-

ponto no alto do predio. 0 medo e uma

ernocao, cuja resposta inicial parte de or-

dens vindas das amidalas (sao elas que rece-

bern 0 aviso "estamos em perigo" e passa

adiante, desencadeando toda aquela cadeia

de reacoes]. Quando reagimos ao estresse,o lado emocional se antecipa e lanca meca-

nismos de respostas automaticas - e as ve-

zes atropela nosso pensamento racional. Se

iS80 acontecer, as lembrancas (no caso, as

referencias do outro incendio que havia

acontecido ha pouco tempo) podem domi-

nar suas acoes - e levar tudo a perder.

CongeladosPassava da meia -noite quando uma onda

forte atingiu a porta de carga dianteira do

Estonia. Abarca se dirigia da Estonia para a

Suecia, com 989 passageiros a bordo. Ha 6

horas navegando pelo mar Baltico, 0 Esto-

nia enearava uma tempestade com ondas

de 9metros de altura. Perto da uma da rna-

.nha, a forca do mar veneeu a estrutura da

proa: parte dela se soltou do navio. A agua

se viu livre para entrar. Os passageiros,

chacoalhados violentamente de urn lade

para 0outro dentro da,barca, sederam con-

ta do perigo. Muitos ioram nocauteados

pela violencia do mar contra 0navio e nem

tiveram chances de fugir. Outros tentaram

subir as escadas em direcao as partes maisaltas da barca. Mas tantos outros simples-

mente congelaram. Nao se moveram. Nao

tentaram se salvar. Nada. Estavam em cho-

que, completamente imoveis.

A culpa e do estresse. Eda maneira como

cada urn reage a ele - alguns levam meses

para se recuperar de relacionamentos iura-

dos, enquanto outros levam POllCOS dias:

tem quem morra de medo de barata, rato,

cachorro ... Enfim, pessoas se perturbam e

se estressam com motivos e intensidades

diferentes. Quando 0 nfvel de estresse

chega as alturas, os horrnonios lancados

no sangue e a excitacao das amfdalas po-

dem ter consequencias ruins. Congelardiante do perigo e uma delas.Alguns especialistas acreditam que,

nesses casos de congelarnento, a parte do

cerebro que assimila novas informacoes

deixa de funcionar. E ai as pessoas sim-

plesmente nao se movere. Ou seguem a

rotina normalmente, como se nenhuma

tragedia se desenhasse diante de seus

olhos, Noatentado aoWorld Trade Cen-

ter, uma das sobreviventes queria trocar

de roupa, antes de descer as escadas. Ela

precisava colocar as "roupas de irpara

casa", "0meio mudou e eles ainda naose adaptaram, nao aceitaram. Entao se-

guem fazendo 0 que sempre fizeram, a

rotina. Mas isso e urn erro, seu cerebroprecis a se readaptar, encarar que as coi-

sas mudaram'' , explica Leach.

Outros especialistas aereditam que 0

problema talvez seja no modo cerebral

de busca por solucoes, Enquanto a agua

tomava conta do Estonia, 0 lobo tempo-

ral de alguns passageiros procurava na

memoria uma forma de agir com base

em outros momentos parecidos ..Nao en-

contrava, mas persistia na busca, Sem

sucesso, a pessoa continua imovel, espe-

rando qualquer sinalizacao sobre como

proceder. Nao a toa, os tripulantes de

avioes hojeern dia-sao instruidos a gritar

continuamente coisas como "Vamos,

saiam do aviao, vamos", durante urna

emergencia. E uma tentativa de acordar

os passageiros congelados. Mas mesmo

quando existe urn conhecimento e trei-

namento previo para algumas situacoes,

a memoria tambem pode falhar. Leach

estudou casos de paraquedistas que naoabrem 0 paraquedas reserva (is50 aeon-

tece em 11% dos acidentes iatais corn

paraquedistas). Ele concluiu que, sob es-

tresse, a memoria ativa nao consegue se

comunicar com amemoria de longo pra-

zo. . Entao, apesar de os paraquedistas

saberem como agir, eles travam.

Sobrevive quem consegue voltar ao

normalo mais rapido possfvel, Foi 0 que

fez 0 canadense Tim Sears. Ele acordou»

AVISEAONDEVA I( M E SMOQUENO FAC EBOOK )

E m setembro do ana

p as sa do , D av id L av au ,

de 67 a no s, d ir ig ia s oz i-

n ho p ar u rn a es tr eit a ro-

dovia da CaU fOrni a. Emu rna d as cU N as, p erd eu

a contrale do carro, des-

ce u 0b arran ca e caiu ern

u rn a ra vin a. E sp ero u p ar

urn heUc6pte ra a noite,

qu e n ao ap areceu . P ela

m anha, engatinhou e

sa iu do c ar ro . E n co ntr ou

o utr~ v eicu lo co m urn

homem morto e perce-b eu q ue estav a so zin ho .

C om eu in setos, fo lh as

e b eb eu agu a p otav el

(e su ja) d e u rn riach o.

C i nc o d ia s d ep ois , os fl -thos se deram conta do

sumil ;o. Ras trearam 0

c e lu lar , fU ' ! raramno r a -cebook e, 6d ia s de po is

d oad den te, p ar tir am

em di~ a TOdov iaLake H~es. Eles para-

Yam 'egr i lt avam 0!tomedo-pai emtoda ravfna e'

c ol in a e nc D ntr ad a n o ca-minho. Ate que, em uma

debs, urn senhor res-

p on de u d e v oL ta, p ed in -

do ajuda. U m dos fithos

d es ce u e e nc on .t ro u

o pai, co m algu mas

v erteb ras e costelas

q ueb rad as e 0bra-;o

f ratu rad oem 3 pp nto s.

E l e sobrev iveu .

A BRIL 2012 SU PE R 53



. . . . . J ._ .

. N . a D fume dentrode casa. Bttucas '

sao as maiores'., causas de ind!ndiD.

® el~Jl. -eche a s portas pelas

quais voce passou .

.para cortar 0 fogo.

'~ ..

JSA IDR .I ..

. . . .Se estiver em ho-tel,.pe~ 0 quarto

proximo das saidasde emergencta

d.

._Nao abra janelas .

desnecessariamente.F og o p re cisa d e ar .

·O~'".~._ ' ....

D eix e,a s c ha ve s d e c asa

s ern pre n o m es mo locaL

para saber ondeellcontrii-la~.

- . ' .enha sernpre um mapa mental. da s s a td a s de emergencia. De

novo. pede ser que voce tenhaque ~e locornover sem en!,ergar.

.-=.0

ill'·. .

:0 _ -I

. _t:-iaovoltep a ra t en ta rresgatar-unca , jamais '_

pegue 0 elevadorp ara sa ir d o e dif fc io . - I

_ Sevoce

estlver do ladode 'f or a d o in-

(:endi.o, procur

fumaca embai-xo da porta e..toque ~ m a c a -neta Se estivequcnte, nao '

.-abra. 1550 s i g n j . o

rica que 0 fogo. p od e se propa·gar ao abri r,

para ficadora de tontrole. Portanto tempo e."precioso.Hque sernpre pr6ximo ao chao' (a fumaca e mais leveque.o ar .e fica flutuando p roX imo a o teto.)



G de madrugada no meio do oceano - vestia

apenas lUlla cueca samba-cancan e mole-

tom - e nao fazia idela de onde estava a na-

via Celebration, de onde ele havia caido.

Tim analisou a s ituacao , tinha du as opc oe s:nadar au afundar, Passou as 7 horas seguin-

tes nadando de todas as formas, a espera doamanhecer (em aguas frias, a recomenda-

~ao e ficar parado para conservar calor, maso mar do Golfo doMexico tern temperatura

media anual acima dos 18°c). 0 sol chegou,

mas, em outras 12horas, nenhurn barco se

aproximou. Ainda assim, Tim continuou

agindo. Quando 0 sol ia embora, urn car-

gueiro se aproximou. Tim tirou a camiseta,

e acenou. Dois marinheiros a resgataram e

levaramdireto para a cozinha. Foi quando

Tim percebeu que havia passado mais de lShoras no oceano. Desatouachorar.

FASE 2: RecuperacaoAs reacoes do nosso cerebro as catastrofes

parecem urna interminavel lista de proble-

mas e panes. Mas, a nao ser que voce faca

parte dos 1 0% que surtam, agem por im-

pulso e fazem tudo errado, c i a para reverter

esse jogo de erros, Aomesmo tempo em que

percorre a amidala e provoca as reacoes de

medo, a informacao percorre-outro cami-

nho mais longo e chega ao neocortex paracumprir 3objetivos. reconhecer 0ambien-

te ao redor, contmlaro medo e selecionar a

acao certa. E quando voce assume de novo

a direcao do seu corpo. Sobrevive quem

muda essa chave em tempo habil. Em geral,

pessoas calmas sabem melhor como fazer

isso, mas nao existe uma personalidade tf-

pica de sobreviventes. "Aprincipal caracte-

rfstica dos sobreviventes e a adaptabilidade.conseguir mudar de atitude conforme as

situacoes. Em toda nossa evolucao, a habi-

lidade de adaptar -se e essencial. E a magica

para sobreviver", conta Sherwood. En-

quanta alguns relutam para acreditar no

que veem, os sobreviventes aceitam a situ-

acao nova e agem de acordo com ela. Dan-

cam conforme a musica, mesmo se ela pas-

sar de Beethoven a Ramones bruscamente,

De v olta a o And ra usQuando ouviu as palavrasr'fogo" invadir 0

23°andar, Enrico Fern tomou folego e subiu

ate 0Ultimo andar. Esperaria pelo resgate

no telhado do edificio. Italiano nascido

em Verona, Enrico ja havia participado

de outra tragedia: a 2" Guerra Mundial.

Pelasegunda vez ele encarava amorte - e

eis aqui outra vantagem no jogo da so-

brevivencia. ter vivido outras situacoes-

limite. Mas Enrico se manteve calmo.

"Depois da primeira vez, voce vai se

acostumando. Mas 0medo nao desapa-

rece nunca" , contaria a urn programa de

televisao depois. Ele seguiu it risca a re-gra numero urn da sobrevivencia. man-

teve a calma. Quando chegou ao telhado

viu que as labaredas ja se espaIhavam

pela janela do Ultimo andar, Mas aqui ele

se deparou com mais urn fator impor-

tante na sobrevivencia- a sorte. Eta esta-

va em varios mementos. 0 helipontoajudou no resgate; havia janelas apenas

na parte da frente do predio, deixando a

parte traseira do telhado mais segura; e,

par fun, a direcao do vento, que levava 0

fogo para longe da s pessoas.Nao e vital, mas em historias de sobre-

vivencia a sorte aparece em algurna situ-

a<;ao. E urna pesquisa do psicologo Ri-

chard Wiseman, da Universidade de

Hertfordshire, Reino Unido, mostra que

talvez a sorte-nao seja tao ao acaso como

imaginamos, Durante10anos, ele entre-vistou azarados e sortudos. Concluiu que

pessoas mais relaxadas, sociais, otimis-

tas e com maior percepcao do mundo,

escutam pressentimentos e atraem boa

sorte. Eneontram alternativas em luga-

res que ninguem Yin.E tern mais amigos

e conhecidos, que formam urna "rede de

sorte", Segundo Wiseman, a maio ria de

nos conhece cerca de 300pessoas proxi -

mas. Isso nos deixa a duas apresentacoes

de outras 90milpessoas que podem tra-

zer alguma oportunidade boa.

Acredita-se, inclusive, que pessoascom mais farniliares e amigos tenham

chances maiores de sobreviver a uma ca-

tastrofe. "Evidencias mostram que pes-

soas com apoio da familia e amigos tern

mais chances de sobreviver. Elasquerem

voltar para a familia, tern um prop6sito" ,

conta Leach. Quando se tern algo a per-

der, a vontade de viver cresce. Mas isso

nao inclui apenas parentes ou amigos.

Da para encontrar na hora um motivo»

AJALOGOJohn leach, especiaUs-ta e m sob re viv en cia, se

interessou p e w assun-

to n a p ra t:ic a. Em 1 98 7,

ele estava na esta~o

K i ng's C r oss , em Lon--

d re s, q ua ndo fuma~tom ou conb do lugar.

E le f ugiu p ela s e sc ad as

e o f er e ceu aju da a ur n

p oU ciaL N ao te ve re s-

posta: 0poUci al c ong e -

lara. A ssim co mo ele ,

ou tr as p esso as m an ti-

n ham a ro tin a n orm al

U m a m ulh er p er gu n-

tou: "m eu trem vai ser

c an ce la do ?" , e nq ua nt o

a fuma~ se e s p a l h a v a

pela esta~o. 31pessoas

mo rr er am no in ce nd io .

SEJARAC IONALUrn grupo de 20 pessi IJaS

descia a montmha de

Middle Kootenay P a s s . ,

quando f 'eCeheu IUD avi-

s o d e a va .l andt e. . M e :smo

assim , duas pessoas re-

s olv er am su bir a manta-

n ha p ara esqu iar. A n ev e

d esabo u lo go de pois. So-

m en te u rn d ele s escap ou

a t empo. Sob a comando

d o lad o emociona~ a c e -rebra oslevou direto ao

p er igo . H av ia um a mar ca

n a m em oria, tirad a d e

exper ienci as ant er io r es ,

q ue d iz ia ..e nf ren tar a

montanha Ii divertido,tente de novo". E eles

s e d eix ar am le va r.

ABRIL 2012 SUPER 55



Locallza.. Construa

_Salba

. qlmo f\!Q~

, elena a , I i b e e

ta~a9oos,botes,

'NAMOCHILA... Boa parte das pessoas que se

perde em floresta ~Atro~ neLa volun-

tariarnente, Por i550, tada vez que salr

no mata leve faca, lanterna, anzois,

, f6sfor0s e pnmelros-socorros. Alem

, . d e bussolas, GPS e cornld a

ROUPAS,_ -Cnturnos de pl3sti~o, calcas e

blusas qlmpridas cojn tecidos grosses.

~ B & 9 · ~ - · ~ • .:_ _ . ::- "~'-""'.-Leve urn espelhotlf.lstfi'-se Umu'ez dentro _

ou celular, E ' do barco' do bot~ satva-

possfvelcoloca- afu~dando .vidas; ~se,boias" .

los contra a sol e .coletes .pata

.salvar outras -

pessoas,

'. .e: f) e4{".~~,~"U',.iJ::fL\.:~'

_ ( 1 G b

Tome banho ,toc

os dlas: lsso ovit

inf'ec~6es'e

insolacoes.

-_

agua e

cornidaproxim o ao •localom que

'v oc e e st a,

'.,COMO LO NSEG UIR '. ''A GUA PARA CON SUMO

".~.· Cubra com 3. Coloque '4. A.umidade reage .,

urn p l as t tco e. ' a lg c p es ad o co m 0 c at~ r. E m u rn d i: a

-amarre-o·em.tor- . :nome,jo do' ensolarado voce conse-

no-de recipiente· ~sQco. gu~~ ate.l,S lrtros.

_,.'~

,~.

~--...:.

_ CoLete tudo que el'l-,

C'onfrat boiando ' 1 10 - mar, ln-

dusjve.de.stro~as-da barco,

Eles pad em ajuda-Io,

, '

.,

. FOGOMantenh';.se aquecido, A

rnaior C3U·Sa o~morte en-

tie as perdidos na selva e

_a hipoterrnia.. "

F I )M .A C ;A ' , 'A fumaca que v'l i aqucci,-

Io tarnbern serve de sinali -

zador para que voce possa

ser encontrado.

plantas de mar

e cclcque em

u.m redplente

','0(j ,'

NUI'lGl beba

'agua do mar

_ ,Naufragos cos-

tumarn morrer de hi-

.potermia, 5e cubra

, " cem plantas e algas,

_ Gaste apenas 60% da en'ergi" que vOCe cost,uma

gastar par dla, 0 Exerdto brasileico recomenda que

voce Clescanse de 10 a IS minutes a cada 60 minutes

dEl,esfuf~o fisico, 'para vop~· nao enfraquecer demais.



AJUDEOS

OUTROSLogo apos 0barulho noCosta Concordia, Rose

Metcalf, dan~arina emembro da tripula~ao,

entrou em a~o. Quandoo navio comecou a afun-dar, Rose ajudou na eva-cuat;iio des passageires.

Quando os botes fica-ram Lotados, escalou ate

o deck seguinte e espe-ron pelo. helicoptero. Feiuma das ultimas pessoasresgatadas. 0 cruzeiro

Italiano levava ,. 229pessoas quando se cho-ceu contra uma rocha. 0naufragio terminou em

32mortes.

SEJAPACIENTEOs francesesLoic_Pillo.is

e Guilhem Nayral resol-veram fazer uma trilha

de 100 km pela Amazo-nia, a partir da GuianaFrancesa. Equipados

com bussola, mapa e 12dias de comida, se per-

deram na selva. Cons-truiram um abrigo e es-

peraram 3 semanas.Ouviram barulhos dehelicopteros, mas naoforam vistos. Sem espe-ran~a de resgate, volta-ram a caminhar 3 horas

por dia. 7 semanas de-pois, foram encontrados.

Q) que 0 instigue a viver, como tomar a lide-

ranca do grupo. Quando voce organiza e

orienta 0 resgate ou a evacuacao de urn pre-

dio em chamas, a sua sobrevivencia se torna

fundamental para to do s. I ss o pode dar mo-tivacao para lutar de maneira mais eficiente

pela sua sobrevivencia.

Notelhado, Enrico se acomodou a esperade resgate. Ele tinha razoes para viver. A

poucos quilometros do Andraus, a familia

ansiava por noticias, Quando duas pessoas

tentaram descer pelo fio do telex (pai do fax

e avo do e-mail) e se esborracharam no

chao, Enrico achou mais urn proposito-

acalrnar os animos das pessoas do telhado.

Urnhelicoptero se aproximou do heliponto.

Enrico, entao, ajudou a organizar uma fila,com mulheres a frente. Com a situacao con-

trolada, pegou carona em urn dos.helicop-

teros e desceu ao encontro cia familia.

A enrascadaem que Paul Barney se meteu

foi pior do que a de Enrico Ferri. Ele estava

no navio e acordou a uma da manha com 0

barulho forte do naufragio. Em p ou co tem-

po percebeu que a barca comecava a se in-

dinar para urn dos lados. Levantou-se e

tracou pequenas tarefas para sair com vida

de hi. Precisava 'agir conforme mandavam

as novas regras da barca prestes a naufra-

gar. E 0 que sobreviventes fazern. tracamplanos e os dividern em pequenas tarefas,

"Sobreviver nao e uma coisa grandiosa - e,

na verdade, uma serie de pequenas coisas.

Mas voce precisa faze-las. Se parar, voce

morre, Um sobrevivente apenas sobrevive

dia apos dia, exatamente como nos", diz

Leach. Paul procurou entao as roupas mais

quentes que possuia e tirou as betas para ter

mais equihbrio. Entrou em um bote salva-

vidas, mas ele logo virou. Barney voltou

para dentro e puxou junto a ele outras pes-

soas, Mas agora, ensopado, sofria com 0

frio. Concentrou -se em deixar a respiracao

mais lent a e desacelerar os batimentos do

coracao - e assim, economizar energia,

Funcionou, Barney sobreviveu.

FA SE 3: A s li< ;o esPara ter mais chance de sobreviver, e possi-vel aprender a evitar, imprevistos e treinar 0

cerebro para situacoes extrernas. A boa no-

tfcia e que voce ja comecou. ler sobre 0 as-

sunto - como esta reportagem da SUPER -

pode deixar voce.mais preparado na hora

de incidentes. Ter algum tipo de conhe-

cimento p re vio e fundamental. Ler 0ma-

nual de instrucoes em caso de acidentes

dos avi6es ajuda. Assim como assistir a sprecaucoes de seguranca que passam an-

tes do filme no cinema. Pode parecer

besteira, mas nao e : nosso cerebro leva

de 8 a 10 segundos para fazer escolhas

que desconhece. Quando ja sabe como

agir diante da situacao, esse tempocai

para 1a 2 segundos. Outra dica e analisaro seu comportamento em situacoes de

privacao "normals", as que nos aconte-

cern todos os dias, "Pratique suas reacoes

em coisas pequenas, como um engarra-

famento. Nao perca0

controle, fique cal-mo. Se voce lida bem comcoisas peque-

nas, estara preparado quando asgrandes

aparecerem", afirma Laurence Gonzales,

autor do livro Deep Survival: Who Lives,

WhoDies, and Why.Ou seja, sevoce tern

o habito de buzinar e xingar 0motorists

da frente, dificilmente vai recuperar a

calma se 0 seu apartamento pegar fogo.

Lembre-se. voce nao quer fazer parte dos

10% sem controle da populacao.

A atitude mental vale mais do que

qualquer ferramenta, Sobreviventes

controlam 0medo, resignam -se com osacontecimentos e agem. Fazem de tudo

para sair vivos. Para manter essa atitude

positiva, os especialistas recornendam

dicas aparentemente banais, mas que

surtem efeito. Gonzales sugere que sejam

comemorados todos os pequenos suces-

sos (cada tarefa conc1uida e uma vitoria}.o carro bateu e voce ainda esta vivo? Co-memore. Encontrou uma possfvel safdar

Concentre-se nisso em vez de pensar

"par que justa 0 meu carro bateu, por

queeer" Sobreviventes, em geral, nao se

veem como vitimas. Eles querem e sair

vivos, para reencontrar os amados, para

seguir com suas vidas ou simplesmente

para contar a historia. Se nao, nao ha

tambern por que viver. 0

PARA SABER MAtS

Cluhe.do.~50b...vi""nt.,.

Ben She rwood. Fon ta na -, 2012

Oeep Survival : Who Uue sJ Who Ores . and W hy

Laurence Gonza les , W. W. Nor ton & Company, 2004

ABRIL 2012 SUPER 57



ft

CIENCIA

-EXTO JOSE LOPE:S E:

ALEXANDRE VERSIGNASSI

DESIGN BHE NAGAHAMA

Chirnpanzes saodesc endentes dos

hum anos. H um anos saouma subespecie de

chimpanze. E ja f izemos

sexo com eles. C onhec;aas deseobertasmaisrecentes (e surreais)sob re nossos primos.

58 S UP ER A BRIL 2 012

Verdade nurnero 1 :chimpanzee tambem sao gente. Eles tern mais genes

em comurn com voce do que com urn gorila, por exem-

p lo , A d if er en c a entre a c om p osic ao d o nosso DNA e a

do DNAdeles e de 1,6%, enquanto do deles para ados

gorilas fica em 2,6%. Parece pouco, mas significa mui-

to: nos somas parentes mais proximos dos chimpanzee

do que eles sao de qualquer macaco,

A semelhanca genetics e tamanha que nem seria urn

absurdo tao grande dizer que a HOllW sapiens e 56

mais urn tipo de chimpanze - tanto que Jared Dia-

mond, urn dos pesquisadores mais influentes de hoje,

disse exatamente isso: que somos "oterceiro chim-

panze". Os outros seriam 0 proprio Pan trogLodytes

- nome cientffico desse nosso irmao arboreo - e 0 bo-

nobo , primo bem proximo do Pan trog!odites ( e nossotambem] . E isso e 56 0 comeco do que as pesquisas

ma is r ec ente s tern a d iz er sa bre os chimpanzes.

Nao e poueo - e signifiea mais ainda.»

FotoPeggy SirQ'tal Tn-:lnk





VERDADE N° 2

ELES "V I ERA f,0DO HOMEM

G > Pense no seu avo. Agora no pai do seu avo.

Agora tlO pai dele. Esse sujeito que prova-velmente viveu no seculo 19 e a seu 30avo.

Seu 250 000" avo, par essa linha de racioci-nio temporaL, pisou na Terra hi 6 milhoes

de anos. Entre as tata(. ..)talaranetos desse

ddadao esta voce, a resto da humanidade

e todos as 200 mil chimpanzes vivos. Ea

mais interessante: esseancestr.al comum

era mais "humano" do que chimpanze,o

que permite afirmar, com certa Licenfa poe-

tica, que "eLes vieram do homem". Nao co-

nhecemos rosseis desse ancestral, mas Cll-

guns cientistas estimam que ele eraparecido com -este hominideo .aqui,0Ardipi-

th ec us r gm i d us , de 4,4 milhoes de anos.

Sim, ele tern "cara de macaco", mas hi de-

talhes bern humanos ali: prime ira, ele era

bipede, enquanto as chimpanzes sao

quadrupedes; segundo, as dentes caninos

nao sao limgos e afiados como ados chim-

panzes, mas gentis como as nossos. Ou

seja: as chimpanzes sao 50 urna versa a es-

peciaLizada do nossa an.cestraL·comum com

eles - especializada em viver nas arvores e

em matar com rnais eficiencia.

VERDADEN°3

E les fazem guerrasQue bandos de chirnpanzes brigarn entre si, nao e novidade, Mas

descobertas recentes rnostrarn que essas Iutas sao mais estrategkas do

que 5e imaginava: como DS humanos, eles guerreiam par territOrio.

E roubarn as femeas do inimigo. ''vimos que as vitimas preferidas sao

machos. Testernunharnos a morte de apenas uma femea [de um total de

21 baixas ao bongo de urna decada]", dlzjohn Mitani, antropologo da

Universidade de Michigan que coor-denou essa pesquisa em Uganda Nessa

Guerra dos Dez Anos acompanhada por Mitani e seus colegas, urn dos

grupos era sempre 0 agressor, Para eles, valeu a pena, ja que seu territorlo

de 30 km2 ficou um quarto rnaior, aparentemente gracas ao decllnlo

populadonal da concorrencla. Outra tatica: em vez de combates em

campo aberto, os agressores preferem tocaias. 5e urn bicho do grupo rival

tiver 0 azar de ser achado sozinho ou com s o urn ou dais companheiros,

acaba sendo lmchado pelos patrulheiros. Segundo Mitani, 0 combate LetaL

entre grupos ocorre tarnbem no caso de carnivoros soda is, como leEies,

lobos e hianas. "Mas, ate onde sei, essa tornada de territorio que vemos

entre os chlmpanzes nao tinha sido descrita para essas espedes."

60 SUPE R A BR IL 2012

VERDADE N° 4

Elesadotam

b e b e sPerder a mae ainda novinho

praticarnente uma sentenca

morte para a maiaria pas fiL

de marnlferos, mas nao para

bebi§s chtmpanzas da Hores

Nadonal TaI, na Costa do

Marfim. Pesquisadores Iider

pe lo su lco .Chr is tophe Boesc

registraram a adoc;ao de qu

20 desses 6rfaos, ao Longo

anos. 56 a minoria dessas

adocoas foi uma iniclativa d

parentes do bebe - em rne

dos cas o s, v ej a so , quem ad

o filhote fo.i um macho.

Bebes chimpanzes depend

excLusivamente de Leite ma

durante os primeiros 20 rne

de Vida, em media. Mesmo

depots de desmamados, pas

varies anos recebendo corn

mae e viajat1do encarapitados

nas costas dela NQ caso do

grupo da Costa do Marfim,

femeas Totem e Nabu, que

mamavam, receberarn Leite

Tlta e Malibu, suas maes

adotivas. A pequena Gia, de

menos de 3 anos, virou a

protegida do macho Porthos

a carregou para dma e para

durante um ano e meio e a

protegeu mesmo durante u

perigoso encontro com mem

de outro grupo. E outro adu

Fredy, passou 4 meses

compartilhando seu ninho

Victor, que perdera a mae a

de compLetar 3 anos.

Para Christophe Boesch,

expllcacao para as boas "tax

adocao" ern Tar e urn tantosombria: "A alta preda~ao

favorece a rrraior solidarieda

dentro do grupo", aftrma O

predadores, por sinal, sao d

os leopardos e os humanos,

1Lat ins tock2Torki i Gudnason/ Trun



Nos j s fizemos sexo com eles (ou quase isso)

VERDADEN96

A ideia e defendida por alguns dosprincipais cientistas do Projeto

Genoma, como Eric lander, do MIT.

Foram justamente anallses

sofisticadas do genoma de

chirnpanzes e humanos atuais que

revelaram a lander e cia uma

sltuacao estranha: duas grandes

"carnadas" diferentes de genes

compartilnados entre as especies. A

carnada mais antiga de genes, com

diferencas mais marcantes de

humanos para chirnpanzes, indicaria

uma separacao evolutiva bastante

remota entre as especies, que teria

acontecido em tome de 10 milh6es

de anos atras, A segunda camada, no

entanto, tern sernelhancas bem

VERDADE N9 5

ELES PAGAMPO R SEXO56 na~ da para usar 0termo

"prostitui~o" porque as damasque recebem 0 pagamento nao

sao profissionais. A moeda de tro-

ca: carne fresca. A responsavel

pelo achado e a pesquisadora Cris-

tina Gomes, do Instituto Max

Planck, na Alemanha. E L a analisou

262 relal;oes sexuais entre 5 ma-

chos e 14remeas ao longo de 4

anos, na Costa do Marfim. Nessa

regiao da Africa, os chimpanzes

costumam suplementar sua dieta

com carne de macaco (de outras

especies). Os machos sao os prin-cipais responsaveis por C3l;3ros

macaquinhos, mas nao comem a

picanha sozinhos - dividem os

despojos com femeas do bando.

Cristina detectou que os machos

que fornecem essa iguaria para as

femeas dobram suas chances de

Leva-laspara a moita mais tarde.

Estatisticamente.o emw da came

e bern mas impactame do que

compamllilar IOLrtros ' O p o s de 00-

mida, catar- piolhos da femea ou

mesmo defende-la durante brigas.E nem e preciso trazer carne para

a geladeira toda hora: uma unica

vez pode ser osuficiente, aparen-

temente porque as remeas se lem-

bram da boa a~o mais tarde.

maiores, lndicando uma separacao ha

6 miLh6esde anos, A ideia e que essavariacao se deva a uma separacao

paulatina das duas especies. Ap6s urn

"divorclo" ha 10 rnilhoes de anos,individuos das duas Linhagens

continua rani cruzando entre sl ,

E s6 It milh5es de anos depois a

separacao teria se consoli dado. »

A BRIL 2012 S UPE R 61



VERDADE N?7

E LE S USAM M A IS FERRAM EN TA SDO QUE A GEN TE IM AGIN AVA

C Os melhores engenheiros entre as simios vivem numa regia a conhecida como

Triangulo de Goualougo, na Republica do Congo. Os chimpanzes que habitam

essa area de 250 km 2 desenvolveram quase 30 formas diferentes de usar ferra-

mentas, um recorde para a especie (e para todo 0mundo animaO. Em muitos ca-

50S, esses usos envolvem kits especialmente preparados: eles combinam ate 3

instrumentos para atingir um determinado fim - geralmente arranjar comida. As

vitimas mais comuns sao cupins e abelhas. Para atacar cupinzeiros, os maca cosde Goualougo usam, primeiro, um bastao, arrombando a entrada do ninho com

movimentos circulares. A seguir, 0 chimpanze atacante emprega um galho relati-

vamente mole, cuja ponta foi previamente modificada de modo a ficar desfiada,

como se fosse uma escova. E que, quanta mais pontas no galho, mais cupins aca-

bam mordendo as "cerdas", 0 que turbina a jantar do primata. Para obter mel,

outra fonte apreciada de calorias, eles tambem usam 3 instrumentos. 0primeiro

e um galho grosso e forte para abrir 0 primeiro bura.co na colmeia. Depois, urn

galho um pouco mais fino e usado para alargar essa abertura. E um graveto mais

fino completa 0 servi~o, fazendo 0 papel de talher. Embora a materia-prima usa-

da pelos bichos seja perecivel, eles podem reutiUza-la par varios meses, deixan-

do seus bastoes "no jeito" perto de cupinzeiros, conta a bioantropologa ameri-

cana Crickette Sanz, que estuda os macacos de Goualougo.

6 2 SUP ER A BR IL 2 012

VERDADEN°8

Elespodemter. _ . .consclencladamorteQuem j; 3 enfrentou a morte

urn parente proxim o sabe co

e te rriv eL E ste fo i 0 fardo da

chirnpanze Rosie , nasclda nu

z oo l6 gic o d e S tirlin g, n a E sc

Am ae dela, Pansy , m orreu dcausas natura is (a chimpanze

tin ha rn a is d e 50 an os, era id

para a espeoe), Rosie passou

n oite s eg uin te p ra tic am e nte

daro, sem sair de perto do

c ad av er. N as s em an as s eg uin

e La n ao c on se gu ia c om er d ire

R eae;6 es p arecid as - so no

in qu ie to , fa L ta d e apatite, sile

- afetaram os companheiros

ROSie ,0 macho (hippy e a m

d ele , B Los som . A s re aco es d

p rirnatas fo ra m film ad as e

an alisad as po r p esquisad ores

U n iv ersid ad e d e S tirlin g. P ar

cientistas, 0 caso sugere que

bichos possuem aigo parecid

com a conscience humana d

m orte, com o a necessidade

ficar de luto e ate reacoes d

frustracao e raiva diante do

problem a - (hippy chegou a

agredir 0 cadaver da femea

marta na rnanha seguinte,

a pa re ntem en te in co nf orm a do

co m a perda. 0r eLa to , p o r

enquanto, e is ola do , m as in d

que m esmo as ernocoes qu e

consideramos rnais "hurnanas

estao presentes em animals

complexes como as chlrnpan

- e que 0 desumano af e

c ham a- lo s d e " an im a is ". 0

PARA SABE.R MAIS

a Terceiro Chim)'ilnze

fared Diamond. Record. 2011

FotoAndrew Eccles/ Trunk A



ATUALIDADES

64 S UP ER A BR IL 2 012

-EXTO TIAGO CORDSIIM)

D ES IG N E IL US TR A< ;:A O R AF AEL Q UIC K



_.. ,

Em 2008, Wanderson Rodrigues de Freitas, de 22 anos,

invadiu uma padaria em Bela Horizonte. Portando urn

pedac;o de madeira para simular uma arma embaixo da

camiseta, rendeu a funeionaria do caixa, pegou os R$ 45

que encontrou e estava de saida quando a dono do esta-

beleeimento apareceu na porta. Era 0 decimo assalto em

7 anos de existencia da padaria - 0mais recente tinha

acontecido apenas 4 dias antes. 0 comerciante se irritou

e partiu para eima de Freitas. Os dais rolaram pela esca-

da que da acesso ao estabelecimento. Na rua, 0adrao

apanhou de outras pessoas que passavam, ate a policia

ser chamada e prende-lo em flagrante. Ele foi preso e,

de dentro da cadeia, entrou com um processo par danos

" " " " ' ! ! I I Z _ - _ . . . . . . . e . ; r j - . . , . . . , - - - - - O Z : S ' I % : ! !

C I D A D A O ; q M E N O

ff"lPIJlmO

A c u s o u l lA S I M E S M O

morais contra a dono da padaria. "Os envolvidos estou-

raram 0nariz do meu cliente", diz Jose LuizOliva Silvei-

ra Campos, advogado do ladrao. "Em vez de bater, 0

dono da padaria poderia ter imobilizado Wanderson.

Ele assaltou, mas naD precisava apanhar."

A aljaO na~ foi aceita pelo juiz, Jayme Silvestre Cor-

rea Camargo. "A pretensao do individuo, criminoso

confesso, apresenta-se como um indubitavel deba-

che", ele afirmou em 5'113 decisao. "Uma das exigen-

cias para pedir inde,nizaC;ao e 0 que 0S!!Uam seja

lieito, e nao e I)caso", diz (hto FiOr ll a5si ar i J :Un iOT ,

mestre em direito processual dviL,eta PUC-SP:.

Wanderson esta preso e aguardando 0 juLpmento.

Conclenado a 20 anos de pnsso por assassinato, Mircea

Pavel, de 41 anos, processou Deus. A alegacao: quando

ele foi batizado, Deus prometeu protege-to do Diabo.

Como 0 seu crime foi obra do demonic, Deus nao cumpriu

sua parte no contrato. Em 2011, a corte decidiu que

o processo estava fora de sua jurisdicao.

Em 1995, 0 americano Robert Brock resolveu processar a si

mesmo e pedir uma lndenlzacao de US$ 5 miLhi'ies,aLegando

que violou suas crencas religiosas quando cometeu os crimes

que 0 Levarama prtsao Cagredirpessoas num bar e dirigir em-

brtagado), Como estava preso, Robert esperava que 0 Estado

tivesse que pagar a mdenlzacao a ele. " E posslveLdever para si

rnesmo", explica Fornassiari. "Se voce deve para seu pai e eLe

morre, voce passa a ser credor de voce mesmo. Mas a dlvlda

e automaticamente anulada. Nao se pode processar a simes-

rno". A lustka americana nao aceitou 0 processo.

A BRIL 2012 S UPE R 65



Em 2008, 0 prefeito da cidade de Batman, na Turquia, entrou

comum processo contra a Warner Bros e 0diretor Christo-

pher Nolan pelo uso do nome Batman no fUme Cavaleiro dQS

Trevas. A cidade de 300 mil habibntes ganhou esse nome

. . . . . .. .. .. . .. .... " ..ENCHEU ACARA ECULPOU 0(H:EFEA canadense linda H unt, 52 , foi em bora

bebada de um a festa de sua em presa .

Bateu 0 c ar ro e p ro ce ss ou 0 p atra o p orq ue

p erm itiu qu e ela saisse d irig in do n aqu ele

estado. G anhou U S$ 3 00 m iL . "N o Brasil, 0

processo so seria ace ito se 0 c he fe tiv es se

coagido a funcionarta a b eber, ou tiv esse

cedido seu proprio carro ou da em presa

p ar a e la ", .e xp lic a C lito Fornassiarl Junior .

PELO DIREITODE SO L T AR PUMU ma fundonarta de um a faonca de Cotia

(SP) processou a com panhia que a dem itiu

p or ju sta ca usa. E qu e 0m otiv o alegad o para

a dem issao era fL atu lencia . 0 caso fo i parar

nas m aos do desem bargador R icardo A rtur

C osta e T rig ueiros, do T rib un al R eg io nal do

T rabalho da 2 ' R egiao, que deu ganho de

causa a tr ab aL ha do ra . " A e llm in ac ao in vo -

lu ntarla, co nq uan to p ossa g era r c on stran gi-

m en tes e, ate m esm o, p iad as e brin cad eiras,

n ao ha d e ter refL ex o p ara a v ida co ntratuaL ."

CALOTENAUMBANDAU rn prestador de serv ices do A mapa

g an ho u n a J ust.i~ a 0. di re it o. a s er i rt de n iz a do

em R $ 5 m iL . E q ue e le r ea liz av a " se rv ic os

d e um ban da" p ara urn a red e d e frigo rffico s,

m as tomou um calo te. A propnetana da

em presa alegou que 0 trab alh o n ao su rtiu

efeito , e par isso nao fO i pago . Para a V ara

d o T rabalh o d e M acap ii, a lim peza espiritu al

d os am bien tes fa; feita co m re gu Larid ad e

e m ere cia 0 p ag am en to c om b in ad o.

I66 SUPERABRIL 2012

em 1957,-ehoje-e a sede do maior ponto de explora~ao d

petr6leo do ~is. Em seu processo, 0 prefeito Nejdet Atal

alegou que 0 filme se apropriava indevidamente do nome

cidade - apesar de 0 personagem ter surgido antes, em 1

. V·IDA AMOROSA~'

. .

M N~

~ & o1 R ~ ~ ~~ [ i ~ NN A NO l TE BQ~AB A N eD E N O P C I A S " ' . . .Em 2009, na pro- Jeffrey Mechanic, No Zimbabue,

_vincia.chinesa.de .conselheir.o...conju- ..3_dona.de..cas

Hubsi, 0 agricuL- gaLde Nova Y O F k , Nonkazimulo

tor Li'un resolveu responde a uma Oube processo

tirar satisfac;ao a~ao movida pelo o ex-maridoTa-

com sua nora, casal Guido Ven;- lent Tafara po

Liang Qian, quan- tucci, 44 anos, e que ele quebro

do descobriu que Heather Aldridge. cama do casal

ela tinha se recu- 39. Guido alega fazendo sexo c

sado a fazer sexo que foi induzido uma amante. A

com 0 filho dele pela terapia a trair clamante pede

na noite de nup- a esposa (seria equivalente acias. Acabou apa- uma forma de sal- 350. Eta pediu

nhando da familia var 0 casamento, ex que consert

toda. Agora move pois a esposa nao se a eama, mas

.um processo por lhe dava "satisfa- na~quis. Comdanos morais. Ciaosuficienb!''). infla~o anual

o juiz ainda tenta o casal diz ter Zimbabue e deconvencer os dois gasto US$ 150 mil 4 500%, 0valo

lados a fazer com as se5soes. ;E da indeniza';;3

um acordo. mas pede ao terapeuta tera de ser cor

o casal ja se re- US!)8 milhoes de do no final do

conciUou. indeniza~ao. processo.



)

ATADP ELADA P ELO GOGG LEEm 2 00 9, a am ericana L auren R osenberg bUSGOU no G oogle M aps 0 mslhor carntnho

para fazer ape. Foi atropelada e a go ra prccessa a ernpresa em U S$ 1 0 0 m il, pols 0 site

nao inform ou que a rua nao tinha cakada 0 G oogle diz que a' i l'lform a< ;ao estava-dispo-

nivel- mas Lauren alega que, no Blackberry dela, flcou i le gf ve l. "No B ra si l, h ~ p ro ce ss es

m ov id os p or m oto ris ta s induzidos pelo G PS a entrar em favelas", conta Fornassiari,

- .S E'FO RMOU, N AO ARRAN JO U EMPREGO •••Trina Thom pson, 2 7 anos, recern-form ada em Tecnologia da lnforrnacao pela M onroe

C ollege, em N ova Y ork, procsssoua faculdade em US$ 70 mil. O'argumcnto: 7 meses

depot s de form ada, eta nao tinha conseguido em prego. E a c ulp a s eri a c ia f ac ul da de , qu e

nao t er ia p re st ad o 0 apoio prometido. Em nota; a instltulcao respondeu; "Oferecernes

apoio a carreira dos nossos alunos. E ste easo nao me re ce ma is c on si de ra c; 5e s" .

oCAFEZINHO DE US$ 2,. MILHOESE ste c as o e tao dassim que deu origem ao Prem io Stella - G jue celebra as decis5es

judicia is rnais bizarras do ano. Em 1 99 2, Stalla l.iebeck, de 7 9 anos, processou 0

M cD onald 's porque se queimou ao abrtr urn copinho de M cCaN!. Ganhou U S$ 2,8

milheas, pols seus adltogados provaram que a lanchonete servia 0 cafe pelando, a 70

graus centlgrados - tem peratura considerada alta dem ais para 0 consume d o p ro du to .

CEAVEJA Nio TRAZ F lUC IDADEo cldadao ame ric an a. R i ch ar d H arr is nae gostava multo de cerveja. M as, depois de

assistir a urn com ercial na T V , r es ol ve u e xp er im e nt ar . 56 qu e a bebidanao curnpriu a

prornessa fefta na propaganda; nenhuma m ulher linda e vestida com poucas roupas seinteressou por ele. Harris.disse qu e 0 case th e caU50U estresse, e m oveu urn processo

contra (: I cervejaria Anh eu se r·B !. ls ch . P e di i. .Jurna indenlzacao de U S$ 1 0 m il. Nao ganhou.

oHOMEM qUE ASSISTIA TV DEMAISQ uando percebeu que furnava de rna is vendo t ele vis ao e su a rnulhe r t inha engordado,

o a rn er ic an o T im ot hy D ur no uc he le nc on tr ou 0 culpade: a ernpresa de TV a cabo, que

na o cancelou a assinatura quando eLe pedlu e deixou a familia vklada em 'televlsao. 0

processo, de 2004, f o i a r qu iv ado por falta de rnerito.

N este an a, as b ale ias o rcas T iliku m, K a tin a, Ka-

satka, U lises e C orky antrararn com urn pro-

c esso trab alh ista c on tra Q parqu e S ea W o rld

na F lo rida e na C alif6rnia. E las alegam que a

em presa p ro m ove trabalh o escravo po rque

nao reconhece os direitosanim ais a ram urrs-

rac ;;a o e ferias. C om o b alela n ao fa la, 0 caso

fo i m ov id e pelo grupo .a mb ien talista P eta e m

flame d es b lc ho s. S e F oss e n a E sp an ha, 0

processo teria m ais chan ces de avan car: des-

de 2008, 0 pars reconhece osdireitos civis de

um an im al, a chlrnpanze.

~D·~"<--~'_~f~ ..;;...:, ,- "" '- - -. .- ! _ _ . _ , ~ ; . .' . . , . . .. , , _ 9 . . . u.,___Lc_ ..... ~

ABRIL 2012 SUPER ~7







A "casa"Por dentro da

nave de rnentrra,

POCKET MARTEo modulo de pouso levavaa "Marte" - um galpao forradocom lana preta saLpicadode Leds(as "cstrelas"),Os astronautas tiveram acessoa esse modulo por 11dos520 dias - 0 equivalente aoque teriam numa mtssao real.

,,Ba"heiro/

III

,"

,

ESPACOGOURMETNadespensa so cabiacomida salida pararnetade da "viagern".No resto do tempo,se viraram comcomida em po, queacupa menos espaco,

f,;"\ Modu\.:.,.J habita

® E~fer

r : ; - . . Modu~Supriment

(";\ Modu\Vdepou

f " " : ? \ SimuL\Vde ma

,

"Ir

r",

II,

ACONCHEGAs paredes ineram revestidamadeira , lJaratoque de famidade terrestre.diea para umade verdade!



PUXADINHOA enfermaria

era um anexo de38m2 equipadocom parafernallahospftalar , Como

ninguem ficou doente,o puxadinho virou um

escrttono extra.

APEo modulo dehabttacao erao apartamentodo pessoal, com6 camas. banheiro.e sala de estar comvideogame (GuitarHero era 0preferidodos astronautas),Tudo apinhado em72 m2 - au seja:12 m2 por pessoa.

Q SUPER. "Senti como se tivessemos aberto

uma janela para 0futuro, experimentando

quase a mesma coisa que a primeira tripu-

lacao em Marte sentiria, representando a

humanidade!" Ok. Nao da para saber se 0

Italiano estava so sendo diplomatico com os

Boninhos desse Big Brother Marte. Mas

convenhamos: dar uma volta num ambien-

te novo depots de 6 meses trancado num

tubo de 72 metros quadrados com mais S

marmanjos pode, sim, causar euforia. E 0

.que os psicologos.chamam de "sensa de va-

riedade". Quando ele diminui (seja numa

rotina chata, seja na cadeia, seja no Mars-

s oo ) , vern a depressao. Quando ele aumen-

ta, e euforia na certa.

Sem conve rs a

Alem do tempo de confinamento, simularamoutro incomodo. Nurna missao real, a nave se

afasta da Terra. Com iS50,0 tempo para 0 sinal

de radio ir do controle da missao ate a tripu-

lacao aumenta com a passar dos meses, No

Mars-SOO,entao, levava ate 20minutos para

uma transmissao sair de la e chegar " a Terra".E outros 20minutos para a resposta chegar.

Era impossivel conversar em tempo real

com a base. "Esta missao foi a primeira a

implernentar um atraso de sinal", diz Elena

Feichtinger, gerente do Mars-SOO na ESA.

"Tivemos de contar muito mais com a auto-

nomia da tripulacao e nossa principal des-coberta foi a de que e possfvel trabalhar bernness as condicoes. Claro, isso significou

tambem urn impacto grande no nrvel de

isolamento da tripulacao. E ai havia uma

grande diferenca entre uma missao real e

uma simulada - no segundo caso, os tripu-

lantes podem desistir a qualquer momento.

Durante os dias trancafiados, alguem pen-

sou nisso? "Tfnhamos permissao para sair,

mas foi uma opcao que nunea considera-

mos" , diz Urbina. "Mesmo assim, sofri com

a falta de variedade social. Estamos acostu-

mados a ter muito mais pessoas em volta."Com urn detalhe: como nas antigas naus,

havia um tabu sobre ter mulheres a bordo.

Os russos, a despeito de terem sido as pri-

meiros a enviar uma mulher ao espa<;:o,em

1963, sempre acharam cornplicado misturar

pessoas dos dois sexos em missoes longas.

Eles acreditam que, com 0 passar do tempo

a bordo, homens e mulheres acabern se

comportando menos com a frieza do profis-

sionalismo e mais como ... bern, COlDO pessoas nor-

mais, Urn affair no meio da viagern, convenhamos,

poderia desestabilizar completamente uma tripula-

cao, com acusacoes de protecionismo, favorecimen-

to, parcialidade, chime ... Show de realidade!

Embora esse nao seja 0 entendimento que preva-

lece em outros program as espaciais, como a ameri-

cana au 0 europeu, os russos fizeram as coisas do

seu jeito na simulacao - dai os 6 homens a bordo.

Aparentemente, e1esse deram bern uns com os ou-

tros, a despeito dasdiferencas culturais: "Tinhamos

duas hnguas oficiais, russo e ingles, mas a comuni-

cacao entre os tripulantes era uma mistura de am-

bas, dependendo da proficiencia das duas pessoas se

comunicando", conta Urbina.

o experimento, er t f im, demonstrou que a cabeca,

embora abalada em alguns momentos, pode resistir

intacta a uma missao longa. Como resultado cienti-

fico, iS50nao tem precedentes.0recorde de penna-nencia no espa<;o,por exemplo, e quase cern elias

menor. pertence a Valeri Polyakov, que passou 437

dias na Mir, a estacao russa, entre 1994 e 1995.

Ainda assim, 0Mars-SOOfoi sourn comeco timido

na preparacao de uma missao real a Marte. Ha di-

versos problemas que nao tinham como ser investi-

gados, caso do efeito da radiacao espacial sobre a

saude dos astronautas nurna viagem interplanetaria.

Sabe-se que, longe do campo rnagnetico da Terra, 0

impacto de raios nocivos vindos do Sol e de outras

estrelas a vida humana nao pode ser negligenciado.

Os astronautas das missoes Apollo, entre 1968 e

1972, tiveram de lidar com iS50- mas por menos deduas semanas. No caso de uma visita a Marte, esta-

mas falando de meses emeses ...

"0Mars~500 estava focado em investigacees psi-

cologicas e operacionais. E certamente as licoes que

aprendemos deixaram mais perto de uma missao

real ate Marte. S6que foram so os primeiros passos",

diz Elena. Mas as russos ja comecaram a planejar os

proximos passos: querem reencenar 0Mars~SOOna

Estacao Espacial Internacional. Desse jeito, a sensa-

<;:aode ausencia de peso poderia ser incorporada ao

teste. S6tem urn problema: se urria missso tripulada

a Marte ja era algo distante, agora, com a crise fi-

nanceira, esta mais Longeainda.As miss5es corn rob6s devern continuar sendo as

unicas nas proximas decadas. E tudo 0que a hurna-

nidade podera fazer em relacao a Marte e 0 que elaja faz desde 1976, quando a sonda Viking pousou la

com suas cameras de video: dar uma espiadinha. 0

PARA SABER MAIS

httpJ/marsSOO:imbp.",

Site cficial do experlmenfo, co m dados, imagen'S . e t ou r v ir tu al p el o s lm ul ad or .

ABRIL 2012 SUPER71





A multidao nao intimida a dupla de

vendedores promovendo raquetes

de praia de velcro. Urn atira a boli-

nha para a outro, atravessando bar-

racas de bijuterias, bolhas de samo

assopradas por urn vendedor de

brinquedo, pessoas apressadas carregando grandes

sacolas pretas, artistes de rna, guardas cammhandocom a s m ao s para tras, Jovens anunciarn: "roupas de

marca 10reais" , homens entoam. "pendrive 64 giga",

mulheres gritam com aparelhos em punho: "depila

nariz, depila orelha" e locutores berram de suas lojas

elogios a s maravilhas das vitrines. Sotaques de varias

regi6es do Brasil se misturam a vozes africanas e asia-

ticas. Lojas do tamanho de uma quitinete au de uma

cobertura vendem perfumes, bones, joias, malas, fan-

tasias de carnaval, tenis, tecidos, artigos de papelaria,

camisas de futebol, aparelhos eletronicos e outros pro-

dutos que disputam a atencao do publico: 400 mil pes-

soas todos os dias - e mais que 0dobm em dezembro.

Todas circulando pelas cerca de 350 lojas de rna, fora as

galerias, a que da urn total de 3 mil estabelecimentos.

E ainda tern as cam elos. 2mil(7 4 1 e ga li za do s) . A r eg ia o

cia rua 25 de Marya, em Sao Paulo, e mais que 0maiorshopping a ceu aberto cia America Latina. Se essa eXOT-

bitancia de vendedores, bugigangas coloridas, panfle-

tos, cartazes, escadas e calcadas apertadas e cheiro de

churrasquinho gr~go misturado com perfume fosse

urna unica empresa, ela seria urna das 10 maiores do

Brasil. Bem-vindo ao Camelistao, patrao.

,

o SEG UNDO PA IS M A IS R IC O DO M UNDO

Saco le iros, ambulantes ,muambeiros, mascate s,dogu eiro s e camelos sao oshom ens de negocios de um adas ma iore s economias domundo , 0mercado informal -potencia de US$10 trilhoese 1,8bilhao de traba lhadores .

A

-EXTO FELIPE VAN DEURSEN

DESIGN RAFAEL QUICK

E JORGE OLIVEIRA

FOTOS TOMAs ARTHUZZI

ABRIL 2012 SUPER 73



· ~OSpalSeSem

, . desenvolvimento,nas ultimas duas decadas, a informalidade cresceu

todo ana. Nos desenvolvidos, teve papel importante

para segurar as pontas apos a crise de 2008. Urn estudodo Deutsche Bank, maior banco alemao, mostrou que

parses europeus com um a economia informal maior .

reagiram melhor a crise do que aqueles com menor.

Is80 ocorreu porque esses neg6cios desregularnenta-

dos nao estao tao sujeitos aos hurnores da economia

global, segundo 0 americana Robert Neuwirth, autor

de Stealth of Nations (algo como "a destreza das na-

coes", trocadilho com 0 classico da economia A Ri-

queza das Naciie«, de Adam Smith). Por exemplo, aEspanha, com 20% dedesemprego, tern 1/5 do PIB na

informalidade. Isso ajudou a tapar 0buraco das finan-

ca s do pais, segundo analistas. 0mercado informal

espanhol movimentou US$ 280 bilhoes em 2010. 0

suficiente para pagar todas as contas do governo na-

quele ana. E ainda sobrar metade. E dessa destreza de

que tala Neuwirth. Das p ess oa s q ue a rr eg ac am a sman-

gas e se viram para garantir 0ganha -pao, E a economia

do faca-voce-rnesmo, que nao pode perder tempo

~om bols~ de valores, alvara de prefeitura, licenca de

nnportacao e exportacao, impostos, aprovacoes de

orgaos sanitarios, sociais ou urbanisticos. Ela precisaestar onde 0povo esta, Isso acontece porque governos

e empresas ci a economia formal geralrnente nao con-

seguem atender toda a populacao. Desempregados

com pouco auxilio governamental tendem a trabalhar

por conta propria. Quem nao tern condicao de com-

prar videogame no shopping compra no ~amel6.

Se toda a econornia informal do mundo fosse urn

~co pais, ele seria uma potencia de US$ 10 trilhoes.

E5 vezes maior que 0PIB do Brasil. E maior que Japao

e China e so perde para. os Estados Unidos. Esse dinhei-

ro e movimentado por metade dos trabaIhadores do

mundo. 1,8bilhao de pessoas. Basicamente, onde hialta densidade demogr:ilica e oportunidade de comer-

cio, hi urn mercado assim, Eisso deve crescer. Segun-

do Neuwirth, os 50% de hoje serao 2/3 em 2020.

A 25 de Marco e uma das maiores empresas do

hipotetico pais. Esses comerciantes de Sao Paulo fa-

zem parte da mesma realidade que os sacoleiros da

Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil com 0 Pa-

raguai, carregando toneladas de produtos importa-

dos: que os revendedores de pecas de cornputador

na Computer Village, em Lagos, a maior cidade da

Nigeria; que vendedores de celulares em Guangzou,

74 S UP ER A BRIL 20 12

antiga Cantao, na China. E tambem 0 camelodromo

de brinquedos estridentes sob a Ponte Galata, em Is-

tambul. Sao os vendedores ilegais de cachorro-quen-

te na Times Square, em Nova York (alias, as EUA tern

o maior mercado informal do rn un do : - mais de US$ 1~ao). E e a galena de estandes vendendo artigos

importados perto da sua casa. Ou seja, nao e so 0 ca-

melo de DVDpirata que representa essa economia que

voa abaixo da linha do radar. Assim como tambem

nao e so 0pessoal da 25 de Marco ou do mercado Saa-

ra' no Rio de Janeiro. A e1es se juntam os ambulantes

vendendo cerveja em porta de estadio e as estudantes

de classe media que fazem sanduiche natural para

vender na faculdade. Os professores que dao aula em

casa para complementar a renda e a moca que burla

catracas para vender pao de mel dentro de empresas.

E tambem Edson Oliveira, que compra em run distri-

buidor local pacotes de 12garrafas d'agua a R$ 0,46

cada e revende a R$ 2 n a re gia o C ia 2S de Marco, fatu-

:ando R$lsO ao dia, Sao catadores de lixo e jovens que

importam roupa para vender entre os arnigos. Como

o promotor de eventos Marcus Stagi, que vende rou-

pas de marcas como Abercrombie e Hollister. Ele im-

.porta as pecas par meio de nth amigo de urn tio que

mora na California. Compra a cerca de US$ 20 e vende

pelo dobro do prec;o. "A margem de lucro e sempre

100?o" , diz. Simples assim. Sao vendedores ilegais de

comida, como Rocelio Pinheiro, cujos espetinhos de

carne ja foram confiscados 30 vezes nos ultimos 3

anos, segundo suas contas. Na Ultima vez, duas horas

ap6s a apreensao, ele ji estava de volta a ativa. "Pre-ciso sustentar rninha familia, tenho 3 filhas", diz,

Eo que define informalidade? Basicamente, LUn

ne~6cio que nao tenha registro oficial, nao seja regu-

larizado ou nao seja taxado pede ser considerado in-

formal. 0 formate esta mudando a economia ate

porque 0 retrato do empregado de carteira assinada

em uma empresa e cada vez mais coisa do passado. E

t~bem esta mudando as cidades. Em Lagos, 0 plano

de nrar urn mercado do centro para diminuir a crimi-

nalidade que ele atraia falhou. As pessoas deixararn de

ir a s compras pois 0mercado ficara longe demais, A-

cidade, com 80% da populacao na informalidade

sentiu a medida no bolso. '





Mundo c landestinoA informalidade nao e alga novo. Pe10contrario. A

Roma imperial ea Londres medieval, par exemplo,

foram erguidas, em boa parte, pelos mercadores de

suas ruas. Os comerciantes do "Sistema D", comoNeuwirth chama a informalidade, estao entre os pri-

metros globalizadores. "Mil anos atras, eles seguiram

os exercitos nas Cruzadas", escreveu. "Nessas 'cida-

des m6veis', mantinham as suprimentos de comida,

roupas e armamentos porque os governos nao ti-

nham como lidar cern essa logistica" . Outro exemplo

esta nas rotas comerciais que ligavam norte daAfri-

ca, Escandinavia e Oriente Medic. Do lado de fora

das cidades europeias muradas da Renascenca, os

homens de negocio compravam e vendiam livres dos

dominios e taxacoes das autoridades.

Sao Paulo e uma cidade comercial ha mais de 300anos, No seculo 18, ambulantes vendiam produtos

de utilidade domestica e fazendeiros montavam

barracas de legumes nas ruas do centro da cidade,

Quando os imigrantes do Oriente Media chegaram

a 25 de Marco no boom imigratorio do seculo pas-

sado, trouxeram para a regiao a heranca dos merca-

dos de rua de Beirute, no Lfbano. E, de armarinho

em armarinho, comecaram a erguer 0 centro co-

mercial rnais frenetico do pais. "0metro quadrado e

mais caro que 0da Oscar Freire" , diz Claudia Urias, cia

Uniiiodos Lojistas cia 2Sde Marco e Adjacencias, refe-

rindo- se a rua paulistana famosa por suas lojasde luxo.De fato, a 25e 0 endereco comercia1 mais caro de Sao

Paulo: R$10mila venda do metro quadrado, segundo

umlevantamento da consultoria TNSResearch.

Muito do que se encontra nesses centros comer-

ciais epirata. Empoueo mais deurn ano, 66operac;5es

apreenderam ssmflhoes de produtos ilegais em Sao

Paulo, DOvalor de R$2 bilh6es, segundo 0 F6nun Na-

donal contra a Pirataria. Alemdisso, asac;oesnao dei-

xam de ser urn lembrete a ironia historica do nome cia25de Marco: e a data da primeira Constituicao brasi-

leira, de 1824.A pirataria pode nao ser a unica faceta

da informalidade, mas e uma das principais. "30"/0domercado de cigarros e ilegal, 25% domercado deme-

dicamentos e ilegal", diz Edson Vismona, presidente

do FNCP."Alem de sonegacao de impostos, estamos

falando de saiide, de seguranca". Urn levantamento cia

industria da informatica estimou as perdas causadas .

pela pirataria em US$53bilhoes em 2008, Entao qual

eo tarnanho do problema? "Diffcilmedir. Mas0mer-

cado ilegalgera subemprego e trabalho escravo, Sem

falar que esse comercio espurio e estruturado por or-

ganizacoes criminosas, que operam trafico de drogas,

armas e pessoas" , dizVismona. Por outro lado, ha0

caso da Nigeria, onde fica a que seria a maior mul-

P~DAndrea ViJasboas, temo TNG.Cabelo e maquiagem Ranato Rodriguez

DO LUXO AO LIXOGuuci] Sany Erickson e Rey'Ban sao algumas das marcasvendidas nos camelos domundo. Elas sao chamadasshan znai] antigo termo chines

que hoje e usado para falar degrifes baratas, sem muitoco ntro le de q ua Ud ad e e,digamos, com uma boa dose

de inspira¢o ocidentaL

FENOMENO NIGERIALagos tem a maior concentra~ode t rabaLhad o re s i nf ormai s do m

80%. Etas proporcionaram a cria~

da maior industria de cinema domundo] No ll ywood ] e a prolife~~da infonmltica e d a in ter net n a ATudo gra~5 a muitos D VD s grav ae com pu tadores baratos. D e cadavend ido legalmente, 15 sao

comercializados clandestinamente



MUNDO XING LINGA industria de celuLares eo maiorexemplo de como a informalidademudou a vida das pessoas. Emmenos de 10 ~nos, 0numero deapareLhos na Africa subsaarianacresceu 6 vezes. Ate catadoresde tixo e mendigos tem celular,que pode ser encontrado a R$ 70.1550 seria imposslvel se nao fossea informalidade e a pirataria.

tinacional do Camelistao, 0mercado de Alaba, em

Lagos, onde 5millojistas movimentarn US$lO mi-

lhoes por dia. La, todos sabem que ha pirataria.

Mas, se eles forern taxados pelo governo, as pessoas

nao os comprarao e os vendedores terse rnais difi - .

culdade para sobreviver. Podem ser piratas, mas,para Neuwirth, eles geram trabalho em urn Iugar

pobre e sem esperan<;a. Alguns services foram pra-

ticamente abandonados pelo poder publico. Agua

potavel, iluminacao e transporte urbano so chegam

a maier parte da populacao gracas ao cornercio ile-

gal (le ia mais ao l ad o ). "Ainformahdade eo fracas-

so do governo", diz Neuwirth.

Mercado futu roA economia informal e uma realidade cada vez maior,

Elariao e alga isolado.Mescla -se aosmercados formals

damesilla mane ira que supermercados vendemrefri-

gerantes a camelos, que oscomerdalizam narua, Tan-to que grandes multinacionais, snnbolos supremos da

economia formal, pagadora de impostos, tambem es-

tao de olho nisso. E 0case cia Procter &Gamble, fabri-

cante demarcas comoGillette, Duracell eAce.0 maior

c1iente unico da P&G e 0 tambern gigante Walmart,

.rnas quando a empresa percebeu que as pessoas co-

muns do mundo todo compram mais seus produtos

em rnercadinhos de rna e camel6dromos do que na

rede de hipermercados, e r a decidiu darmais aten9io a

essaclientela.A assessoria da empresa noBrasildizque

ainda nao ha acoes especificas assim no pais, mas em

outros lugares a P&Gcriou uma cadeia de distribuicao

com empresas locais, que por sua vez terceirizam 0service ate chegar aosrincoes dopais, onde supermer-

cados nao tern vez. Afabricante de cornida UACFoods

tambem esta atenta ao potencial desse mercado. A

GalaSausageRoll,um salgadinho de salsieha, e encon-trada unicamente em vendedores ambulantes, e nao

nas gondolas dos mercados.

Economistas, jurist as e politicos ainda debatem

sobre os pros e contras dos mereados informais .

Porque ten tar acabar com eles e provavelmente ba-

talha perdida, Foi nesse formate que 0 homem co-

mecou a fazer comercio, Urn vende, outro compra,

as partes se acertam, sem algo superior que regula-

rize tudo. 0 povo igbo, cia Nigeria, tem um prover-

bio que diz que "0proprio organismo sabe melhor

suas necessidades e anseios". A economia informal

funciona bern porque seus homens de negocios sa-

bern 0 que seus c1ientes querem. E 0 que eles que-

rem esta onde buscam, Na rua,

PARA SABER MAIS

Stealth of Nations: The Gl.oba! Ris. of Informa! EconDmyRobert Neuwirth. Pantheon Books, 2011

ABRi l 2012 SUPER77



JAVALI. Qu er a do t:a r

javaU? CuidaQep ois da m

n oite , e te v ira

abohora aosmeses, ja adw

tera pelo s rn

g ro ss es e es c

Os caninos,

t a G ) grandes,

pmjetara El p

fora da coca.o ~w e eXRlica

v on ta de d e fdele, m esm obendo disse?

instinta mate

"Esse mecani

existe em tcdEl Sanimais cj

naa nascerntos e p re cisam

de c utd ad os

sob revi ve r" ,mi6llllgo Glliil

me E: lemeni l;

"E·o q ue p erm

a 11mB leoa s

Gapaz; de cria

c e b e <ll'ltilpp

par exemf! l lo.

ZOOM

Admita: V O c . e achou estes b ichos fofos. S ao seus lnstintos falando.C omo mam ffero, voce e programado para gostar e querer cuidar de

fllhotes. Mesmo os de espedes feias e ameacadoras quando adultas.

-EX TO GISELA BLAN

DESIGN RA: j JHAE l GA



1MIXA/Get ty Images 2 Mehgan Murphy /Nat iona l Zoo Smi thsonian Ins ti tu te A BR IL 2012 S UP ER 79

PORCO-ESPINHO A pelagem rnacia que ele tem aos 4. dias de vida nao denuncia, mas sao esses pelos

que vao crescer, ficar duros e, a partir dos 3 meses, funcionar como arma, soltando-se quando. 0 bicho e toea do ,



H I E NA Perto de urn ano, elas terao a cara do animal que virou vitao nos desenhos infantis por se aUmentarde carnka Cembora sejarn 6timas cacadoras). Elas sao fortes 0 bastante para quebrar ossos hurnanos e de le6es.

U R U BU Ele nasce feio: de olhos fechados e sem penas, como toda ave nidfcula.Mas ganha gra"a na infancia.Como voce cleve ter notado, 0 seu instinto maternal vale para quase todo vertebrado, nao s6 para os mamfferos.

80 S UP ER A BR IL 2 012 1 AFP/Get::q lma,ges 2 Meredith Teehan 3 Burrard-Lucas.com







TAT U Ete mama por 3 meses Odade do bebe aorna) e ate 0 10 005 15 anos de vida ja asta desgarrado da mae.

Aqui, a especie echamada de tatu-galtnha par causa do saber da carne. Voce conseguiria comer essa coisinha?

OR N IT 0 R R IN C 0 Nao hi!mamffero rnais estranho. E nao s6 por nascar de urn ovo. Ele e 0 unlco capaz deldentfficar campos eLetricos que 0 permitem mergulhar e cacar 0 almoco d.eolhos (e ouvidos) fechados.

1Mehgan Murphy/National Zoo Srnithsonlan Institute 2 DanCesar.com3 NSW National Parks - Off ice &Herlr's

A BRIL 2012 SU PE R 83



TENDENCIAS

omaior vilio.o maior viral e _O bamaoguerrilheiro Joseph Kony virou megahit no YouTube.Epode influir na decisao da €leh;ao nos Estados Unidos.

I S urn. video sobre pohtiea. Tern meia hora

de duracao, Mesmo assim, e 0maier viralcia historia, E era essa a intefi<;aoda ONG

Invisible Children ao lancar a campanha

sobre Joseph Kony, lider rebelde deUgan-

da que transtorma merrinas em escravas

sexuais e meninos em soldados. A ONG

quer t or na r f ar no so 0 rosto dele, 0 crimi-

nose rnais procurado do mundo pela Cor-

te Penal lntemacional, E esta conseguin-

do. 0 video atingiu 100 milh5es de

visualizacoes em 6dias, menos tempo que

Susan Boylee afins, batendo um recorde,

E e po lemico jo rna li st as do pais disseramque simplifica questoes complexas de-

tnais. Ate a Invisible Children teve sua ido-

neidade contestada: e 1 a destinaria poucodinheiro que arrecada para as causas que dizdefender. A le rn d is so , a lg un s de seus finan-

ciadores seriam radicals antigays. Mas 0 vi-

deo ja conquistou parte dos americanos, in-

clu indo celebridades. S e ele ganhou a midia

grar;as a uma campanha que Iembraa corrida

presidencial, observadores acreditam que

possa mfluir na elei<;aono pais, em novem-

bro. Em 2011, Obama mandou cern soldados

para cacar K o ny , qu e na~foi encontrado. Haquem especule que 0video seja uma fraude,

Mesmo assim, de ja tern 0merito de tomaruma tragediaeonhecida mundialrnente.

84 SUPERABRIL 2012 - SUPERRADAR

-IPAD PARAALUG

o PadlnTheCity e um

v ic;o espa nhol qu e ofe

um iPad recheado de

cativos para ajudar o

rista a explorar M adri

m apa de transports

c o, a ud iog uia s de . m u

e ateAngry

Birdspar

passar 0 tem po. B ast

cadastrar no site e a lu

o aparelho a urna dia

de 2 S eu_ ros. P ar enqu

to , 0 serv ice s6 asta

ponfvel na capital.

Padintheci ty .com

-DIARIADE

POUCASHORAS

o Day lJse Hotel e ucatalcgo R ue rnostra

ande e passfveL enco

trar dlariasm enores

24 horas, Sao 200 h

em L andres, Paris e

tra s crd ad as queabrem

seus quartos par pa

dos de 3 a 7 horas, a

c;os ate 7 0% m ais ba

q ue a d iaria in teg ra l.

a in da um a pllc atlv o

facilitar 1 1 reserva.Doyuse-ho te l s . com



A lgernas, roupas intimas, vestidos de noiva e ate 0 gnomo do divordo, 0

M useu dos R elacion am entos F racassados, na Croacia, e feito de doacoes

de recern-soltejros, E f oi e Le it o 0 m useu m ais ino vador da Europa em 2011.Brokenships.com

G aleria de ex

S IDRA SUST EN TAvE L Umacooperativade f az ende iro s a J "l st ra li a no s resolveu u sar ma~a s c le spe rd i c; ad a s,que n ao saQ vendidas aos mereados, p ar a f az er S id ra , a qu ela f am o sabebida ferrnentada d e m ar;a qu e vem os bastan te no R eveiL lon. Ag arra fa n ao c on te m g lu te n n ern ac lic;a od e ac uc ar, Bat lowcider.com.au

Uma protese de bra~o feita de LegaEstudante de engenharia cria robo que sim ula m ovim entos hum anos.

D edos com m ovim entos independentes, q ue

abrem , fecham e dobram as pontas. P unho que

se f lexiona. M ao capaz de segurar o bjeto s co mo

copos e pequenos pesos. 0 estudante am erica-

no de engenh aria biom edica M a x S heperd jun-

tau urn hobby com as estudos para fazer essa

pr otese, d esen volv ida co m p~s de L ego. E ta

usa pecinh as, engrenagens, m otores e cabos da

fab rican te d inam ar qu esa d e brin qu edo 5 par a re-

alizar 12 m ovim entos do bra~oh um an o. " B rin -

cava de L ego, entao resoL vi fazer isso . M a s e soum m odelo , fiz por diversao", d iz . "N ao fa ; pen-

sado par a se r u ma p ro te se v er dad eira". M e sm o

se nd o um b rin qu ed o, 0modeLo ja f o i a p on tado

com o um prototipo que pode indicar um cam i-

n ho p ar a b ar ate ar a s p rO t ese s.

Fot". divulga,ao

: . l 1 l i A,"f!Nf)f!NCI/4S

TEXTO F EL IP E V A N D EU RS EN

INTERNET

700M ILnovas membros 0Faceboakganha tad os os dias . :

E UMA NOVA·Joio PESSOA

POR D IA NA REDE SOCIAL.

4SmilhOesde atualizacoes de statussao feitas dlartarnente.

9VEZES MAISque a quantidade diana de tuftes.

"-~

<J

""mc

8ft1 .

O volume de lnforrnacao p ro du zid a d ia ri a-

m ente na in ternet nao cansa de aum entar.

O s 900 mll artigos publlcados em blogs a

cada 24 horas preencheriam as paglnas irn-

pressas do The New Yo rk T im es po r 19

anos. E os 43,3 m ilh ce s d e G B tran sferid os

entre sm artphones no mundo ocupariam

9,2 rnilhoes deDVDs. Ernalls? 210 bllhoes

po r dia. H aja inform acao . E Ilxo .

Esperanca no brinquedo.

SUPERRADAR - ABRIL 2012 SUPER 85



Lentes para 0 celular OiPhone4~tirafotoscol1}resoluc;ao, de 8 megapixels e grava videos em

lO80p (Full HD). E uma qualidade otima - suficiente para dispensar as cameras tradicionaise usar apenas 0 celular para filmar e fotografar. Principalmerite com este kit de lentes, que

incrementa0

zoom do iPhone e da novos efeitos as imagens.-TEXTOBRUNOGARATTONIEFERNANOOBAO

VISAO AMPLIADAo kit incLuiuma lente dotipo grande-angular, queaumenta em ate 35% a areacaptada pelo iPhone e ajudaa tirar fotos de monumen-tos e grupos de pessoas. Hatarnbern uma lente oLho-de-peixe, que da as fotos umefeito panoramico, e umateleobjetiva com zoom 6pti-co de 2x - justo 0 que maisfazta falta ao iPhone.

PEGADA FIRMEE preciso colocar 0 iPho-ne dentro de um case -no qual as Lentes saorosqueadas. Ele e fino,nao atrapalha 0manuseiodo ceLuLarquando vocenao esta fotografandoe protege 0 aparelho con-tra arranh5es. 0 usuarlotarnbern recebe umacaixinha de bolso paraguardar as lentes.

86 SUPER ABRIL 2012 - SUPERRAD.AR

COM QUALIDAOEJ a existiam outras lentespara iPhone, mas erammuito ruins Casvezes deplasttco). 0 kit e 0 primeirorealmente bom - e produ-zido com vidro de alta qua-lidade pela empresa alernaSchneider-Kreuznach. Porisso, nao custa barato. Maspara quem abandonou acamera digital e s6 usa 0

iPhone, vaLea pena.

E APLICATIVOSAs lentes nao interferemfuncionamento normaLdiPhone, ou seja, podem sdas com todos os apps dgrafia- para tirar fotos cde truques e matar de inos seus amigos do Instag

~ ~ ~ I P R o L E N S S Y s T ENosEUA:R$545iprolens.com



PASS01Instale 0 Instaplus(US$2na App

Store), que adicionarecursos bacanas aoInstagram - comocontroles de zoom,

foco e cores e mais

oP'iDeSde moldura.

PASS02

Coloque hashtags(em portugues

e ingles tambem)em todas as fotosque voce tirar. 1550

fara com que assuas imagens

aparecam nas

buscas feitas pelosoutros usuaries.

PASS03

Falja seu cadastreno FoUowgram(followgram.me).

Esse site republicaas imagens do

Instagram - epermite que

mesmo quem naotem 0 aplicativoacompanhe assuas fotos.

1 2 3 4 5 6AGUA-VIVA CHUVA SIRI2001 NOTETO APPNAMIRA KINDLE SOLARMASCOTE FUTURISTA A Siri, assistente digi- o Karma tem Conecte esta arma Esta capa paraQuem nunca teve Sabe aquelas tardes tal embutida no dois motores eletri- de brinquedo ao Kindle capta

i- uma agua-viva de em que 0 ceu escu- iPhone 45, e tao inte- ~os e um a gasolina. seu smartphone energia direta-estlrnacao? Voce? rece no meio do dia ligente que ha quem E um carro hlbrtdo, e divirta-se: ele mente do sol,ProbLema resolvi- e corneca a cair uma a compare a HAL como a Toyota Prius transform a 0 cena- possui umado. Este minitan- balta tempestade? 9000, 0 computador e 0 ChevroLet VoLt. rio reaL, como a bateria reservaque fol desenvoLvl- Ilumine 0 camlnho do filrne 2001. Exa- Mas com um sua casa, em cena- que alimenta

do especialmente com este guarda- gero. Mas este dock diferencial multo rio de um game o aparelho porpara evitar que 0 chuva, cujo cabo e para iPhone tem a esperto: 0 teto, de tiro. 0 segredo ate ~ mesescnldario seja suga- iluminado por LEOs cara do HAL e um coberto par celulas: esta num aplicatlvo e uma luzinhado peLo sistema brancos ou azuis microfone de alta que captam energia especial, que usa de LED que

de limpeza, 0 que Calimentados por 3 sensibilidade, que solar - e ajudam a camera do smar- ilumina a telaocorreria num pequenas baterias permite dar ordens a a alimentar tphone para captu- do aparelho

a~ario tradicionaL de relom0). Sirimesmo sem estar o radio e 0 ar- rar as imagens quando voce qui-- ONACO - BLAO RUNNER com a ceLular na mao. condicionado. do ambiente, ser ler a noite.JELLYFISH TANK UMBRELLA -IRIS9000 - FISKER KARMA - APPBlASTER - SOLAR KINDLENa Europa: R$5 085 Nos EUA: R$ 43 Nos EUA: R$103 Nos EUA: R$198,2 MIL Nos EUA: R$ 55 Nos EUA: R$ 220jeflyfishart,com thinkgeek.com thinkgeek.com fiskerautomotiYe.com apptoyz.com sofarmo.com

SUPERRADAR - ABRIL 2012 SUPER 87



J£SCOI . I" '4STEXTO ANA CAROLINA PRP,DO, FREDERICO 01GIACOMO, KARIN HUECK

'Omundo. . . .

como voce•nuncavlu

Supersuperher6isEm 1 963 , a M arvel Com ics

um dube onde 56 os r na io r e

rols d a T er ra eram a ce ito s c o

s6cios. E ram os Vingadores,

p osta d a ed itora a Uga da Ju(dubinho do Superhomem e

B atm an) publicada pela rival

C om ics. A ideia de reunir a e

rna de seus personagens par

atrair 0 publico chega ao cin

49 anos atrasada, D epois de

bons film es sobre as herols

cipals, a Marvel reuna Home

F erro (R obert D ow ney Jr), H

(M ark R u ffa lo ), V iu va N eg ra

( Sc arle tt J oh an sso n) , T ho r e

tao A merica, em defesa do n

planetinhaameacado par L

meio-lrrnao in vejo so d e T ho r

- os VlNGADORES,27 de abril no s c in emas .

N este liv re, R ic hard D aw k in s,

biologo-brltanico/malor-ateu-do-

mundo, recanta a htstorla d o u niv er so

p ara in ician te s. A ideia e descrever

o B ig B an g, a d eriv a co ntin en tal

e a evolucao do hom em em forma

de aventura eletrizante. Para fazer

isso, cham ou D ave M cK ean,

desenhista de Sandman e d ir et or

de cinem a, para ilustrar as passes

da nossa historia , V ale a leitura

desse encontro de titas d e D aw kin s

e M cK e an , espede de Os Vingadores

p ara n erd s da ciencla,

- A M AGIA DA R EA LID ADE,R i ch a rd Dawk in s, Companh ia d a s Letras,27 2 paglnas, R $ 54.

rnenina encontra urn celrecusa a devolve-lo. Um

dona do aparelho dcriar urn blog para com

historia. Ele atrai rnilho

que eemeeam a perse- com direito a ende

""......100e comentilrios racistacaba presa. Com hist6

.................... :~~~ como essa, 0pensador

. Shirky reflete sobre 0 podermidias socia is. Afinal, seporlado'e possfvel usa-las para b

causas (como a Primavera Arelas tambem dao margem a rt;Oes despropordonais e execpubUca. #Comolidar?

- LA VEM TODO MUNDO, ClaShirky, Zahar, 296 paginas, R $

88 SUPE R A BR IL 2012 - SUPE RRA DAR



Fotes Oivulgal'ao

NAZISTASDO E S PA f;OSe voce le a SUPER

desde 2008, vai selembrar de Iron Sky ,

filme colaboratlvo .

sobre urna suposta

conqutsta da Luapelos nazistas - e

seu ataque a Terra70 anos depois.

Finalmente, osprodutores

arrecadaramdinheiro suficientepara concluir a .

fic~ao/comedia, eela pode ser

comprada aqul

(0 frete e de gracapra qualquer parsdo rnundo).

- http://ironsky.net

OC iNCER

DA SOC IEDADEo cancer e 0 descontrole deum mecanlsrno essencial para

a vida: 0crescimento celular.

A dificuldade em vencs-lo vemde outra ironia sinistra: corn

uma capacidade maior de se

adaptar, as celulas cancerosassao uma versao mais parfslta eresistentede nos mesmos. E

tsso que explica 0 oncologlstaSiddhartha Mukherjee, nestelivre que nada mais e do queuma biografia do cancer.·Paraisso, investiga a doenca desdeseus primeiros registros em

papiros egfpcios de 2 500 a.e.E urna ba lt a h is t or ia ,

- 0 IMPERADOR DE TODOS OS MALES.Siddhartha Mukherjee, Companhiadas Letras, 640 pagmas, R$ 54.

S EMEUS LlVROSFALASSEM ...Depois de urn furacao destruira casa e a cidade onde mora,

o personagern principal destefilrne vai morar numabiblioteca

encantada, na qual ele passa aviver apenas com livros. 0

vencedor do Oscar de melhorcurta de anlrnacao deste an o euma rnistura de a Magico de O zcom f u racao Katrina - e

adoravel, E 0melhor, ja esta no

YouTube, aqui:

- migre.me/8IkNH

. . . E SEESSA CASAFALASSEGostou do curta acima?Entao veja este aqui agora,

sobre urn velhinho que

tenta salvar sua casa doaquecimento global.

E ainda mais bonito.- migre.me/BfkOu

o IM,llERADOR.

<!;TGDOS . . MALES

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M/4NlJ /41 . .

Como sair no Luero em restaurantesOnde sentar, quem levar, 0que pedir; 0 que evitar: mesmo quando 0pre~e nao varia, e posslveLaproveitarao maximo as pp~6es dos restaurantes. Veja aqui. 0 TEXTORAPHAELSOEIRO

ARROZ,NE:?Na gastron omia japonesa tarnbern hatruques para encher sua Barriga deingredientes baratos. No caso, com aarroz, Fuja de lugares que exagerarn noarroz em temakise sushis. Nos sushls,a receita tradicional pede que metadeda pe~a seja arroz, rnetade peixe, Maiscarboldratos do que isso, desconfie,

EMTQDOS OS RESTAURANTES

AME A VELHINHA .as garcons seguem urna ordemna nora de servir, p rlonzandosempre as rn ais v elho s, D sp ois 0serviso segue no sentldo horario.lsso e bam para 0 rodfzlo, parexernplo, Se voce gosta de

reeeber a ~rimeiro corte dacarne, voce tera rnais chance seficar do ladinho da vovo.

LUGARFIXOE o comum dividir 0 salao emquadrantes. Par exemplo, se sao200'mesas, cadaumfica tom 50delas, Todoquadrante tem seusproerios gan;,?ns, que nao mu'dam.Entao, se voce sentar sempre namesma regiao, e mais provavalque 0 gan;om se lembre de voce eaprenda a que voce gosta.

EMPANTURRANDOHa espetos na churrasca riaque circulam mais do queos outros (teorica mente, osque sao mais consumldos).Mas a19umas churrascarlasexageram na proporcso epassam mais vezes carnesbaratas - como coracao

de frango, lingutca e aslnhade frango - para empan·turrar os clientes antesdos cortes mais ca ros,

QUE NEM VAMPIROCuidado com a famosapicanha com alho. 0 pedacoea pontinha da peca, cortadafora para colocar a pieanha noespeto. ALguns restau rantesexageram no alho para escon-der a fato de que a carne naoe de tao boa qualidade - pari5S0, esse pedaco costuma sermais duro do que a resto.

Seu Ldesemp

rr==~~~~'====j]

Certo

Errado

FAKESALMAO5e a p rec o do rodfzio estivermuito baixo, preste atenc;ao:talvcz estejarn servindo trutasalrnonada no Lugar do salmao.E urn peuco difkiL de diferendar,mas a dlca e prestar atenc;1iona cor. A truta tern urna coralaranjada rnuito forte. lssoacontece por:que a tintura ede fato artificial, colocada naalirnentat;ao do peixe.

NO RESTAURANTE POR QUILO

ACEITA UMA CAPADE GORDURA?Na comida por quilo, 0 gramado arroz e do file mignon valerna mesrna coisa. Portanto, evitecernes com capas de gordura.Fran~o a passarmho tarnbernnao e indica do. Voce val pagarpelo que nao vai consumir.

QUEFARTURAA ciencia ja provou quecomemos mais quando hamutta comida adisposic;ao. -E i5S0 que os porquilopretendem quando colocarn 4tipos de rnaionese de batata adispasi~ao. Exageros no bufe56 aumentam a barrlga, 0 pesodo prato - e a conta,

90 SUPERABRIL 2012lJustra~o Sattu Fontes Jan~ir Dalberto, presidente de operacces da churrascaria Fogo de Chao noBrasil: Manuella Palla.

Gula Gula (RJ); SindRio (Sindicatode Hote.s, Sarese Res tauran tes do RiodeJane iro) , Wal ter Lengyel , Kappa S

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1 SuperInteressante Abril 2012 303