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1.1 Manual Básico Ex Manual Básico Ex 5 6 4 1 2 3 7 APRESENTAÇÃO HISTÓRIA E PIONEIRISMO Pioneira em produtos para Atmosfera Explosiva e Uso Indus- trial, a Blinda contribuiu para o desenvolvimento dos parques petroquímico, químico, usinas, destilarias, papel e celulose no Brasil. Isto se deve à confiança de parceiros que acreditam na qualidade dos nossos produtos e nos dão credibilidade para continuarmos firmes e cada vez mais fortes neste merca- do, investindo constantemente em tecnologia e garantindo a segurança de pessoas que colaboram para o desenvolvim- ento do nosso País. Para continuar merecendo essa confiança, a Blinda oferece uma linha completa de equipamentos, conexões, acessórios e luminárias para uso em Atmosfera Explosiva e Industrial que vai além das especificações técnicas do segmento, propor- cionando produtos muito mais seguros, robustos e duráveis. BLINDA, SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR A Blinda é uma empresa genuinamente brasileira com grande presença no mercado de produtos para instalações elétricas. Os produtos Blinda estão presentes neste exigente segmento e tornaram-se um padrão de mercado devido a sua robustez e desempenho, provendo materiais elétricos para uso em at- mosferas explosivas e industrial de alta qualidade e durabili- dade. Nossos produtos são fabricados nos mais altos padrões tec- nológicos do segmento, colocando-nos em igualdade com os maiores fabricantes mundiais. RECONHECIMENTO Os produtos Blinda são conhecidos não apenas pela robustez, mas pela facilidade de instalação, ampla possibilidade de configuração, intercambiabilidade dos componentes e pela alta durabilidade. A Blinda, devido ao trabalho realizado ao longo do tempo, é reconhecida como referência em qualidade de produtos para instalações elétricas em atmosferas explosivas. TECNOLOGIA A Blinda dispõe de um parque industrial com tecnologia avançada para a fabricação de produtos para atmosferas explosivas, sendo a empresa que tem o maior número de produtos certificados em conformidade com as normas vi- gentes, inclusive produtos para o grupo IIC, com ampla linha, que até então só era possível no nosso mercado através de importações. Todos os produtos Blinda® são fabricados em liga de alumínio COPPER FREE.

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APRESENTAÇÃO

HISTÓRIA E PIONEIRISMOPioneira em produtos para Atmosfera Explosiva e Uso Indus-trial, a Blinda contribuiu para o desenvolvimento dos parques petroquímico, químico, usinas, destilarias, papel e celulose no Brasil. Isto se deve à confiança de parceiros que acreditam na qualidade dos nossos produtos e nos dão credibilidade para continuarmos firmes e cada vez mais fortes neste merca-do, investindo constantemente em tecnologia e garantindo a segurança de pessoas que colaboram para o desenvolvim-ento do nosso País.Para continuar merecendo essa confiança, a Blinda oferece uma linha completa de equipamentos, conexões, acessórios e luminárias para uso em Atmosfera Explosiva e Industrial que vai além das especificações técnicas do segmento, propor-cionando produtos muito mais seguros, robustos e duráveis.

BLINDA, SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGARA Blinda é uma empresa genuinamente brasileira com grande presença no mercado de produtos para instalações elétricas.Os produtos Blinda estão presentes neste exigente segmento e tornaram-se um padrão de mercado devido a sua robustez e desempenho, provendo materiais elétricos para uso em at-mosferas explosivas e industrial de alta qualidade e durabili-dade.Nossos produtos são fabricados nos mais altos padrões tec-nológicos do segmento, colocando-nos em igualdade com os maiores fabricantes mundiais.

RECONHECIMENTOOs produtos Blinda são conhecidos não apenas pela robustez, mas pela facilidade de instalação, ampla possibilidade de configuração, intercambiabilidade dos componentes e pela alta durabilidade.A Blinda, devido ao trabalho realizado ao longo do tempo, é reconhecida como referência em qualidade de produtos para instalações elétricas em atmosferas explosivas.

TECNOLOGIAA Blinda dispõe de um parque industrial com tecnologia avançada para a fabricação de produtos para atmosferas explosivas, sendo a empresa que tem o maior número de produtos certificados em conformidade com as normas vi-gentes, inclusive produtos para o grupo IIC, com ampla linha, que até então só era possível no nosso mercado através de importações.

Todos os produtos Blinda® são fabricados em liga de alumínio COPPER FREE.

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FASTCONNECT® - UMA FILOSOFIA

Com o intuito de aperfeiçoar nossos produtos e, com isso, gerar uma significativa redução no custo de mão-de-obra para instalação, maior vida útil e facilidade na manutenção, foi concebida a filosofia FastConnect®.Todas as partes conectáveis (eletricamente e mecanicamente) de cada aparelho de iluminação Blinda® foram concebi-das visando minimizar o tempo de instalação do produto, reduzindo assim o custo da instalação expressivamente.Com o FastConnect®, o tempo para instalação dos produtos é reduzido em relação aos produtos que o mercado oferece.Na manutenção, não poderia ser diferente. As partes co-nectáveis podem ser adquiridas separadamente e são rapidamente substituídas em uma parada para manutenção.Além da preocupação com a facilidade na instalação e ma-nutenção, a Blinda® também se preocupa com o alto desem-penho do produto. Todos os componentes que fazem parte desta linha foram cuidadosamente selecionados para que, além do ganho com a rapidez da instalação e manutenção, nossos clientes possam contar com maior durabilidade, con-fiabilidade e segurança na instalação.Além disso, os produtos FastConnect® não custam mais por isso, pois a diferença essencial está na concepção do produ-to que traz um melhor custo-benefício, reduzindo o custo operacional de instalação e manutenção.

Com apenas 1 giro o soquete é retirado da luminária.

Para remover o reator, basta soltar 1/3 de volta deste parafuso.

REVESTIMENTO - BLINCOVER®

O revestimento BlinCover® é um pro-cesso de pintura a pó eletrostático, de excelente aderência e flexibilidade, alta resistência física e química, excelente resistência ao intemperismo e ao ama-relamento, indicado para superfícies expostas aos raios solares, ambientes marítimos, indústrias químicas, ou seja, processos ou ambientes que pro-duzam agentes corrosivos.O que diferencia o processo de revesti-mento em poliéster do processo

convencional de pintura Epóxi é a alta resistência ao intem-perismo, proporcionada pela sua formulação.O revestimento BlinCover® apresenta bom desempenho em: Ambientes marítimos: alta resistência à corrosão, prolongan-do a vida útil do alumínio;Intemperismo: devido ao filtro U.V. adicionado à composição do revestimento, não amarela e não trinca.

SISTEMA DA QUALIDADEA Blinda possui o sistema da qualidade certificado pela UL do Brasil, de acordo com a NBR-ISO 9001:2008

Instrumentos de Medição e Controle

É com o auxílio destes instrumentos que garantimos a qualidade e a confiabilidade de nossos produtos.

Estes instrumentos são devidamente aferidos por um pa-drão oficial da Rede Brasileira de Calibração (RBC).

Calibre de Rosca Instrumento responsável por

calibrar (moldar)um determinado tipo de

rosca.

Manômetros e CronômetrosObedecem às mesmas reco-

mendações dosequipamentos calibrados.

Certificado de Calibração

É o documento que afirma (certifica) a certeza

que aquele equipamento obedece a um padrão

oficial da Rede Brasileira de Calibração (RBC).

Deve estar sempre atualizado conforme

entendimento entre as partes contratantes.

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INTRODUÇÃO A presença de produtos inflamáveis na indústria de processo (química, petroquímica e de petróleo) é inerente à sua ativi-dade. Como conseqüência, a instalação elétrica e eletrônica nesses locais necessita ter tratamento especial, uma vez que os níveis de energia presentes em suas partes e equipamentos superam em muito, na grande maioria dos casos, aqueles mí-nimos necessários para iniciar um incêndio ou uma explosão. A primeira ação é AVALIAR O GRAU DE RISCO encontrado no local, ou seja, vamos determinar:

• Tipo de substância ou substâncias que podem estar presentes no local;

• A probabilidade com que essas substâncias podem acontecer naquele ambiente de modo a formar uma mistura inflamável;

• Volume de risco, ou seja: a extensão da área onde essa mistura poderá ser encontrada.

Isto é o que chamamos de: CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS. Depois de feita essa CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS, a fase seguin-te que é referente ao EQUIPAMENTO ELÉTRICO.

QUE CUIDADOS ESPECIAIS DEVEM TER OS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E SEUS ACESSÓRIOS PARA QUE POSSAM OPE-RAR EM UM AMBIENTE DE ÁREA CLASSIFICADA SEM QUE SE CONSTITUAM NUMA FONTE DE IGNIÇÃO?

Observe que o objetivo de tudo isso é evitar que haja um encontro entre uma mistura inflamável e a energia elé-trica presente nos equipamentos elétricos ou eletrôni-cos. Os equipamentos elétricos que operam em ambientes com possibilidade de presença de material inflamável são equipamentos especiais, que devem ter incorporados os REQUISITOS CONSTRUTIVOS especiais que os tornam ade-quados à operação em atmosferas explosivas.

ONDE ENCONTRAMOS ESCRITOS ESSES REQUISITOS CONSTRU-TIVOS ESPECIAIS?

Estão especificados nas NORMAS TÉCNICAS respectivas. A garantia de que o equipamento foi construído de acordo com essas normas técnicas é dada pelo pro-cesso de CERTIFICAÇÃO, que no caso específico de equipamentos elétricos e eletrônicos para atmos-feras explosivas é de caráter compulsório no Brasil.

As normas técnicas sobre esse assunto definem várias alter-nativas construtivas para esses equipamentos elétricos, cha-madas de TIPOS DE PROTEÇÃO.

NORMAS TÉCNICAS:

Título Norma

Requisitos Gerais NBR IEC 60079-0

Classificação de Áreas NBR IEC 60079-10

Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas NBR IEC 60079-14

Inspeção e Manutenção de instalação elétrica em

atmosferas explosivasNBR IEC 60079-17

Reparo e Revisão de equipamentos elétricos em

atmosferas explosivasIEC 60079-19

Tipo de proteção: a prova de explosão “d” NBR IEC 60079-1

Tipo de proteção: segurança aumentada “e” NBR IEC 60079-7

Tipo de proteção: segurança intrínseca “i” NBR IEC 60079-11

Tipo de proteção: pressurizados “p” NBR IEC 60079-2

Tipo de proteção: imersão em óleo “o” NBR IEC 60079-6

Tipo de proteção: encapsulados “m” NBR IEC 60079-18

Tipo de proteção: imersão em areia “q” NBR IEC 60079-5

Tipo de proteção: não acendível “n” NBR IEC 60079-15

Além das normas citadas acima, existem também, normas internacionais para poeiras e fibras combustíveis:

Título Norma

Requisitos Gerais NBR IEC 61241-0

Classificação de Áreas IEC 61241-10

Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas IEC 61241-14

Seleção, Instalação e Manutenção NBR IEC 61241-1

Tipo de proteção “pD” IEC 61241-2

Tipo de proteção “iD” IEC 61241-11

Tipo de proteção “mD” IEC 61241-18

Após definida a classificação de áreas, e após escolhidos os tipos de proteção que serão aplicados naqueles ambientes, deve-se levar em conta que a MONTAGEM DESSES EQUIPA-MENTOS requer também a aplicação de requisitos especiais, que se não forem cumpridos, poderão invalidar toda a busca pelo alto nível de segurança. Do mesmo modo, após a en-trada em operação da unidade industrial, quando os equi-pamentos sofrerão MANUTENÇÃO, e serão operados, estes poderão sofrer alterações que podem também invali-dar o seu tipo de proteção tornando a instalação insegu-

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ra. Por isso, deve-se acrescentar às etapas mencionadas, os cuidados com a montagem, manutenção e operação. Se todas essas fases forem cumpridas, teremos uma instalação segura.

Periodicamente, torna-se necessário verificar o estado desses dispositivos e componentes, para que o nível de segurança não seja afetado. Portanto, a garantia de que essa instalação per-manecerá OK durante a vida útil da unidade pode ser obtida a partir do resultado da aplicação periódica de uma: INSPEÇÃO. O CONMETRO é o Conselho Nacional de Metrologia, Nor-malização e Qualidade Industrial, e tem como principal atri-buição estabelecer para o Brasil, políticas e diretrizes nas áreas de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. O INMETRO é o órgão executivo do CONMETRO, e tem como principal atribuição a execução e fiscalização da política di-tada pelo CONMETRO.

NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DA NORMALIZAÇÃO TÉCNICAPode-se dizer que as normas técnicas têm um nível de abrangência diferenciado em função da sua área de impacto. Assim, podemos representar na forma de uma pirâmide os níveis de abrangência, conforme segue: Empresa, Nacional, Estrangeira, Regional e Internacional.

PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS QUE AFETAM DIRETA-MENTE À CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

LIMITES DE INFLAMABILIDADE

É o que se entende por:

• MISTURA POBRE - Pouco produto inflamável e muito oxigênio. Concentração abaixo do Limite Inferior de Inflamabilidade;

• MISTURA RICA - Muito produto inflamável e pouco oxigênio. Concentração acima do Limite Superior de Inflamabilidade;

• MISTURA IDEAL - Relação volumétrica oxigênio-produ-to inflamável dentro da faixa de inflamabilidade, for-mando o que se chama de MISTURA INFLAMÁVEL.

Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de

gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis é tal que uma faísca (centelha) ou su-perfície quente proveniente de um circuito elétrico de um aparelho provoca uma

explosão.

PONTO DE FULGOR (FLASH POINT)Por definição, é a menor temperatura na qual um líquido libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável. Exemplos:

GASOLINA: Ponto de fulgor - 42°C (quarenta e dois graus abaixo de zero);

ÁLCOOL: Ponto de fulgor + 20°C

Para efeito de classificação de áreas, líquidos com ponto de fulgor acima de 60°C em princípio não classificam a área.

DENSIDADE Propriedade que indica se o gás ou vapor inflamável ao ser liberado para o meio externo dirige-se para baixo ou para cima. Toma-se a densidade do ar como referência, fazendo igual a um e comparando as demais substâncias com a do ar. Se for maior do que um, o gás ocupa as partes inferiores e se for menor do que um, ele tende a se encaminhar para as partes superiores. Essa propriedade será responsável pela forma do volume de risco atribuído à substância inflamável quando da classificação de áreas.

EXEMPLOS DE PRODUTOS MAIS LEVES QUE O AR:

Hidrogênio, com densidade de 0,07 em relação ao ar; Gás natural, com densidade média de 0,55 em relação ao ar; EXEMPLOS DE PRODUTOS MAIS PESADOS QUE O AR:

A grande maioria dos produtos inflamáveis é do tipo mais pesado que o ar. Exemplos: gasolina, nafta, butano, propano, hexano, GLP, etc.

FONTES DE IGNIÇÃONas áreas classificadas ou atmosferas explosivas é possível encontrar diferentes fontes de ignição capazes de iniciar uma deflagração (ignição ou explosão).

Abaixo, seguem as principais fontes de ignição:

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TEMPERATURA DE IGNIÇÃOEsta propriedade é responsável por um parâmetro de marcação obrigatório no equipamento elétrico para área classificada e se refere às temperaturas máximas que podem atingir os equipamentos elétricos quando em operação. É a marcação da CLASSE DE TEMPERATURA.

Os equipamentos elétricos devem operar em áreas classificadas com temperaturas de superfície inferiores às temperaturas de ignição dos gases e vapores esperados ocorrer no ambiente industrial.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁRE-AS - VISÃO TECNOLOGIA AMERICANA Na metodologia americana os ambientes são denominados de:

CLASSE I - Gases e vapores inflamáveis

A Classe I é subdividida em grupos, conforme segue:

GRUPO SUBSTÂNCIASA Acetileno

BButadieno, óxido de eteno, hidrogênio, gases ma-nufaturados com risco equivalente ao hidrogênio;

CCiclopropano, éter etílico, eteno, sulfeto de hidro-

gênio, etc.

DAcetona, álcool, amônia, benzeno, benzol, butano, gasolina, hexano, metano, nafta, gás natural, pro-

pano, butano, GLP, vapores de vernizes, etc.

CLASSE II - Pós combustíveis

A Classe II é subdividida em grupos, conforme segue:

GRUPO SUBSTÂNCIAS

EPós metálicos combustíveis, como alumínio, magné-sio e suas ligas, ou outros pós que apresentem risco

similar

FPós carbonáceos combustíveis, tendo mais do que

8% no total de materiais voláteis ou similares, como carvão, grafite, pó de coque etc.

G

Pós combustíveis não enquadrados nos Grupos E e F, incluindo: pós de cereais, de grãos, de plásticos, de madeira, de processos químicos. Exemplos: açúcar, ovo em pó, farinha de trigo, goma arábica, celulose, vitamina B1, vitamina C, aspirina, algumas resinas

termoplásticas etc.

CLASSE III - FIBRAS COMBUSTÍVEIS

Fibras combustíveis ou material flutuante de fácil ignição, mas que não são prováveis de estar no ar em suspensão em quantidades suficientes para formar mistura inflamável.

Exemplos: rayon, algodão, sisal, juta, fibras de madeira ou outras de risco similar.

O CONCEITO DE DIVISÃO Está associado à probabilidade de presença de mistura inflamável no ambiente. São definidos dois níveis de probabilidade:

• ALTA PROBABILIDADE (DIVISÃO 1)

• BAIXA PROBABILIDADE (DIVISÃO 2)

As informações sobre Classe e Grupo referem-se à substância inflamável. Para efeito de classificação de áreas, isto não é suficiente. É necessário que seja determinado o volume de risco, ou seja: como aquela(s) substância(s) afeta o ambiente. A filosofia adotada pela normalização americana foi de estabelecer volumes de risco padronizados, em função dos parâmetros de processo (pressão, vazão e volume) bem como das características das atividades em questão. Daí surgiu o conceito de FONTE DE RISCO DE MAGNITUDE RELATIVA, sendo subdividida em BAIXA, MÉDIA e MODERADA, todas com referência à: pressão, vazão e volume.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS-VISÃO DA NORMA BRASILEIRA E INTERNACIONAL (ABNT / IEC)

Pela norma brasileira e internacional, os ambientes e os equi-pamentos elétricos / eletrônicos são designados como:

GRUPO I - quando se trata de MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA GRUPO II - quando se trata de INDÚSTRIAS DE SUPERFÍCIE, e neste caso o Grupo II é subdividido em:

IIA (gasolina, etc.)IIB (eteno, etc.)IIC (acetileno + hidrogênio)

GRUPO III – quando se trata de PÓS OU FIBRAS COMBUSTÍ-VEIS, sendo subdivido em:

III A - aplicável a ambientes com fibras combustíveis;III B - aplicável a ambientes com pós combustíveis de caracte-rística não condutora de eletricidade;IIIC - aplicável para os pós combustíveis condutores de ele-tricidade.

O CONCEITO DE ZONA:

Zona 0 A ocorrência de mistura inflamável é contínua ou existe por longos períodos.

Zona 1 A ocorrência de mistura inflamável acontece em condições normais de operação do equipamento de processo.

Zona 2 A ocorrência de mistura inflamável é pouco prová-A ocorrência de mistura inflamável é pouco prová-vel de acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando associada à operação anormal do equipamento de processo.

O TRABALHO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREASAntes de se iniciar o desenho de classificação de áreas, é fundamental o preenchimento da Lista de Dados para Classificação de Áreas, em que os equipamentos de processo, parâmetros de processo, tipo de substâncias inflamáveis, condições de ventilação, etc. são registrados e

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servirão de base para a determinação dos volumes de risco.

O desenho de classificação de áreas deve mostrar em plan-ta e em elevação os volumes de risco, com os devidos cor-tes, de modo a mostrar as regiões de áreas classificadas acima do solo, uma vez que a grande maioria dos equipa-mentos elétricos e eletrônicos fica instalado acima do solo.

Exemplos:

GRAU DE PROTEÇÃO APLICADO A EQUIPAMENTOS (IP)

Qualquer equipamento elétrico ou eletrônico, independen-temente se vai operar numa área classificada ou não, deve vir de fábrica com uma proteção que se refere principal-mente a choque elétrico, intempérie, penetração de corpos sólidos, etc. Essa proteção é definida por norma técnica. Antigamente não havia nenhuma norma brasileira referida a essa proteção e por isso era comum utilizarmos como refe-rência uma norma americana da entidade chamada NEMA – NATIONAL ELECTRICAL MANUFACTURERS ASSOCIATION. Essa norma estabelece a proteção que mencionamos através de dígitos, conforme a seguir:

Designação NEMA (UL) para invólucros

1 uso interno2 uso interno, queda vertical de água

3R uso externo, não danifica com gelo sobre o invólucro

3 o mesmo que 3r, protegido contra poeira trazida pelo vento

3S o mesmo que 3r,protegido contra pó, operável externamente estando coberto com gelo

4 uso externo, protegido contra respingos

d’água, pó, jato d’água direto, suporta gelo sobre o invólucro

4X o mesmo que 4, protegido contra corrosão

5 uso interno, protegido contra pó, sujeira e gotejamento de líquido não corrosivo

6 o mesmo que 3r, protegido contra submersão temporária a uma profundidade limitada

6P o mesmo que o anterior, protegido contra submersão prolongada

12 - 12K uso interno, protegido contra pó, e gotejamento de líquido não corrosivo

13 uso interno, protegido contra água ou óleo pulverizado e líquido refrigerante não corrosivo

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Ocorre que posteriormente foi elaborada uma norma brasi-leira sobre esse mesmo assunto, porém, essa norma foi ba-seada numa norma internacional, IEC, que utiliza também dígitos para indicar a proteção dos equipamentos. Os dígitos são indicados após a sigla IP, que significa: INGRESS PROTEC-TION. Conforme a norma brasileira baseada na IEC, os dois dígitos têm o seguinte significado:

Primeiro Numeral (quanto à penetração de objetos sólidos)

NumeralGrau de Proteção

Descrição Corpos que não devem penetrar

0 Não protegido Sem proteção especial

1

Protegido contra a penetração de objetos sólidos

com dimensional superior a 50 mm

Grande superfície do corpo humano, como por exem-

plo, a mão

2

Protegido contra a penetração de objetos sólidos

com dimensional superior a 12 mm

Dedos ou objetos de comprimento superior a 80 mm, cuja maior dimensão

seja superior a 12 mm

3

Protegido contra a penetração de objetos sólidos

com dimensional superior a 2,5 mm

Ferramentas, fios, cabos, entre outros, com diâmetro e comprimento superiores

a 2,5 mm

4

Protegido contra a penetração de objetos sólidos

com dimensional superior a 1,0 mm

Fios ou fitas com espessura e comprimento superiores

a 1 mm

5 Protegido contra poeira

Não é totalmente vedado contra poeira, porém, as

quantidades que penetram não são suficientes para danificar o equipamento

6Totalmente

protegido contra poeira

Não há penetração de nenhum corpo

Segundo Numeral (quanto à penetração líquidos)

NumeralGrau de Proteção

Descrição Corpos que não devem penetrar

0 Não protegido Sem proteção especial

1Protegido contra queda vertical de

gotas de água

Gotas de água no sen-tido vertical, não devem danificar o equipamento.

(Condensação)

2

Protegido con-tra queda de

gotas de água com inclinações inferiores a 15º

Gotas de água não têm efeitos prejudiciais com

inclinações inferiores a 15º

3 Protegido contra água aspergida

Água aspergida a 60º não tem efeitos prejudiciais

4Protegido contra

projeções de água

Água projetada de qualquer direção não tem efeitos

prejudiciais

5 Protegido contra jatos de água

Água projetada por um bico, de qualquer direção,

não tem efeitos prejudiciais

6 Protegido contra onda do mar

Água em forma de onda ou jatos potentes, não tem

efeitos prejudiciais

7 Protegido contra imersão

Sob certas condições de tempo e pressão, não há

penetração de água

8 Protegido contra submersão

Adequado à submersão contínua sob condições

específicas

Conforme a revisão recente da ABNT NBR IEC 60529 de 30.03.2005: Graus de proteção para invólucros de Equipa-mentos Elétricos (CÓDIGO IP)

LETRAS DE CÓDIGO

(PROTEÇÃO INTERNACIONAL) IP

PRIMEIRO NUMERAL CARACTERÍSTICO(DE 0 a 6, OU LETRA X) 2

SEGUNDO NUMERAL CARACTERÍSTICO(DE 0 a 8, OU LETRA X) 3

LETRA ADICIONAL (OPCIONAL)(LETRAS A, B, C, D) C

LETRA SUPLEMENTAR (OPCIONAL)LETRAS H, M, S, W) H

SIGNIFICADO DAS LETRAS OPCIONAIS E SUPLEMENTARES

Letra adicional(opcional)

A - Dorso da MãoB - DedoC - FerramentaD - Fio

Letra suplementar

H - Equipamentos de Alta TensãoM - Em movimento durante o ensaio com águaS - Em repouso durante o ensaio com águaW - Condições climáticas (intempéries)

Tabela de correspondência para grau de proteção NBR/IEC x NEMA

NBR/IEC NEMA

IP10 1

IP11 2

IP52 5, 12 e 12K

IP54 3, 3S e 13

IP56 4 e 4X

IP67 6 e 6P

IP65 7 e 9

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OS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELE-TRÔNICOS EM RELAÇÃO A SEU TIPO DE PROTEÇÃO

Os TIPOS DE PROTEÇÃO para aplicação em atmosferas po-tencialmente explosivas variam em função das técnicas cons-trutivas que são incorporadas ao equipamento. Previstos por normas técnicas temos os seguintes:

A Prova de Explosão Ex-dEquipamento elétrico construído de tal modo que seja capaz de suportar uma pressão de explosão interna sem se romper e não permite que essa explosão se propague para o meio externo.

Deflagração e detonação

Uma deflagração é uma explosão com a mistura à pressão atmosférica ou próxima desta, enquanto que numa detonação a mistura está comprimida, resultando num aumento da velocidade de propagação. Esta é a razão para que nos invólucros à prova de explosão não é permitido modificar o lay-out interno, pois dependendo da combinação entre partes livres e ocupadas, pode-se gerar uma pré-compressão e uma possível detonação.

Segurança Aumentada Ex-eTécnica de proteção aplicável a equipamentos elétricos que em condição normal de operação não produzem centelha-mento ou alta temperatura e em que são aplicadas medidas construtivas adicionais de modo a aumentar a segurança.

Segurança Intrínseca Ex-iUm circuito, dispositivo ou sistema é considerado como se-gurança intrínseca quando o mesmo não é capaz de liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva quer seja em condições normais ou anormais de operação.

Categoria “ia” (ZONA 0)

Def.: mantém-se como segurança intrínseca mesmo que ocorram duas falhas consecutivas;

Categoria “ib” (ZONA 1)

Def.: mantém-se como segurança intrínseca após uma falha;

Categoria “ic” (ZONA 2)

Def.: para uso em Zona 2. Barreira com apenas um diodo zener e um resistor. Introduzida na última revisão da IEC para possibilitar a remoção do conceito energia limitada da IEC 60079-15.

Invólucros Pressurizados Ex-pTécnica de proteção em que o interior do invólucro é pro-vido com um gás de proteção (ar ou gás inerte) de modo que a pressão esteja superior à pressão externa, impedindo a penetração de algum produto inflamável na forma de gás ou vapor.

A pressurização de invólucros pode ser:

1. Pressurização com compensação de perdas;2. Pressurização com diluição contínua;3. Pressurização estática. Em recente revisão da NBR IEC 60079-2, foi substituida nova terminologia para invólucros pressurizados ou seja:

px - transforma Zona 1 em área não classificada;py - transforma Zona 1 em Zona 2;pz - transforma Zona 2 em área não classificada.

Não Acendível Ex-n Um circuito, dispositivo ou sistema é considerado como não acendível quando o mesmo não é capaz de liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva em condi-ções normais de operação.

Ex nA - não centelhanteEx nC - pode ter componente centelhante porém protegi-do hermeticamenteEx nR - com respiração restrita (Luminárias)Ex nL - com energia limitadaEx nZ - com pressurização Z

Imerso em Óleo Ex-oEquipamento elétrico construído de tal modo que as par-tes que podem liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva estão submersas num meio isolante de óleo.

Equipamento Imerso em Areia Ex-qEquipamento elétrico construído de tal modo que as par-tes que podem liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva estão submersas num meio isolante de quartzo ou vidro.

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Encapsulado em Resina Ex-mEquipamento elétrico construído de tal modo que as par-tes que podem liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva estão submersas num meio isolante de resina. O equipamento Ex m não é capaz de causar uma igni-ção em nenhuma das seguintes condições:

Categoria ma1. Em condições normais de operação e instalação;2. Em nenhuma das condições anormais especificadas;3. Em condições de falha definidas.

Categoria mb1. Em condições normais de operação e instalação;2. Em condições de falha definidas.

Categoria mc1.Em condições normais de operação2.Tanto as condições anormais especificadas quanto as

condições de falha definidas são considerações que estão explicadas no corpo da norma.

Equipamentos Especiais Ex-sEquipamento, dispositivo ou circuito cuja técnica de prote-ção não é nenhuma das reconhecidas por norma, mas que foi comprovado por ensaio em laboratório que atendem à con-dições de operação segura em ambiente de área classificada.

MARCAÇÃOConforme norma brasileira NBR IEC 60079-0, os equipa-mentos elétricos para uso em atmosferas explosivas devem ostentar uma marcação obrigatória que segue o mesmo procedimento especificado pela norma IEC 60079-0 Requi-sitos Gerais.

No Brasil, a marcação obedece o seguinte modelo:

Br Ex d IIC T6

Br Significa que a certificação desse produto é brasileira.

Ex Significa que o equipamento possui algum tipo de

proteção para área classificada (atmosfera explosiva).

d Especifica o tipo de proteção que esse equipamento

possui, podendo ser:

IIC Especifica o Grupo para o qual o equipamento foi

construído, podendo ser:

T6 Especifica a Classe de Temperatura de superfície

do equipamento, podendo ser:

EQUIPAMENTOS DE GRUPO II PARA ZONA 0 Conforme a IEC 60079-26, de 2004, os equipamentos para Zona 0 podem ser:

a) De apenas um tipo de proteção desde que não provo-quem ignição mesmo que ocorram duas falhas consecuti-vas, independentemente uma da outra, ou seja: Ex ia;b) Equipamento com dois tipos de proteção independentes entre si de modo que seja garantido que não haja ignição por um dos tipos de proteção em caso de falha do outro;c) Equipamento encapsulado do tipo com imersão em resi-na desde que seja do tipo Ex ma.

Nível de Proteção do Equipamento - EPL Método utilizado para avaliação de risco e aceitação de equipamentos para uso em atmosferas explosivas. Este método é mais flexível do que os métodos atuais onde se associa tipos de proteção com zonas.

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1.10

Manual Básico Ex

Manual Básico Ex

EPL para Gases (Grupo II)Nível de

Proteção do Equipamento

(EPL)

Nível de Proteção

Normalmente Aplicados nas

Zona(s)

Ga “Muito Alto” 0, 1 e 2Gb “Alto” 1 e 2

Gc “Aumentado” 2

EPL para Poeiras (Grupo III)Nível de

Proteção do Equipamento

(EPL)

Nível de Proteção

Normalmente Aplicados nas

Zona(s)

Da “Muito Alto” 0, 1 e 2Db “Alto” 1 e 2

Dc “Aumentado” 2

Tipo de Proteção Descrição EPL

Ex ia Segurança intrínseca 'ia' GaEx ib Segurança intrínseca 'ib' GbEx ic Segurança intrínseca 'ic' GcEx d A prova de Explosão GbEx px Pressurizado 'px' GbEx py Pressurizado 'py' GbEx pz Pressurizado 'pz' GcEx e Segurança Aumentada Gb

Ex ma Encapsulamento GaEx mb Encapsulamento GbEx o Imersão em Óleo GbEx q Imersão em Areia Gb

Ex nA Não Acendível Gc

Ex nR Respiração Restrita Gc

Ex s Proteção Especial

Verificar no certifi-cado de conformi-dade do equipa-

mento.

MARCAÇÃO CONFORME IEC 60079-26

CLASSE DE TEMPERATURAAs classes de temperatura são parâmetros utilizados para que o usuário possa aplicar corretamente o equipamento em área classificada sem que haja o risco de ocorrer a ignição por temperatura de superfície. São definidas 6 classes de tempe-ratura com os valores mostrados na tabela a seguir.

NBR/IEC Tem-peratura Máxima

de Super-fície

NEC Tem-peratura Máxima

de Super-fície

Classe de Tempera-

tura

Classe de Tempera-

tura

T1 450ºC T1 450ºCT2 300ºC T2 300ºCT2 300ºC T2A 280ºCT2 300ºC T2B 260ºCT2 300ºC T2C 230ºCT2 300ºC T2D 215ºCT3 200ºC T3 200ºCT3 200ºC T3A 180ºCT3 200ºC T3B 165ºCT3 200ºC T3C 160ºCT4 135ºC T4 135ºCT4 135ºC T4A 120ºCT5 100ºC T5 100ºCT6 85ºC T6 85ºC

MÉTODOS DE INSTALAÇÃO(MONTAGEM)

EMPREGO DE UNIDADES SELADORAS Critério do invólucro

A unidade seladora é aplicada com o fim de manter uma estanqueidade à pressão de explosão que eventualmente ocorra no invólucro evitando que essa pressão de explosão se propague pelos eletrodutos.

Critério da fronteira

A unidade seladora tem a função de evitar que haja uma contaminação de gás de uma área classificada para uma área não classificada via eletroduto. Neste caso, a unidade seladora deve ser instalada o mais próximo possível da fronteira, de um lado ou de outro.

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No caso de aplicação de prensa-cabos, deve ser respeitada a seguinte orientação, prevista por norma:

INSPEÇÃOA inspeção de instalações elétricas em áreas classificadas é regida pela norma brasileira ABNT NBR IEC 60079-17 – Equi-pamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas. Parte 17 – Inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas (exceto minas) (2005). (Harmonizada com a res-pectiva IEC).

O TIPO de inspeção é dividido em:

INICIALÉ a inspeção que é feita antes que a unidade entre em operação;

PERIÓDICA REGULARÉ a inspeção que é feita após a entrada em operação da unidade;

SUPERVISÃO CONTÍNUA POR PESSOAL QUALIFICADO Pressupõe presença freqüente de pessoas qualificadas dispensando inspeções periódicas regulares;

AMOSTRAGEM Inspeção feita em um determinado percentual dos equipamentos elétricos, sistemas e instalações; O GRAU significa com que profundidade é feita a inspeção e são definidos três graus:

VISUALInspeção feita sem utilização de qualquer tipo de ferramenta, instrumento ou equipamento de acesso (somente não conformidades visíveis podem ser detectadas);

APURADACobre todos os requisitos da inspeção visual e acrescenta alguns que são percebidos pelo uso de ferramentas, equipamentos de acesso;

DETALHADAInspeção no nível mais profundo, que exige que o equipamento seja aberto.

A NOVA NR 10 E AS INSTALAÇÕES ExAs principais exigências da nova NR-10 que impactam as áreas classificadas são:

NO PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES:Qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos pro-fissionais e dos treinamentos realizados; Certificações de materiais e equipamentos Ex. Relatório de auditoria de conformidade da instalação em relação à NR-10;

NA ATIVIDADE:10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou su-

jeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e secciona-mento automático para prevenir sobretensões, sobrecorren-tes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.

10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classi-ficadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabe-lece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que deter-mina a classificação da área.

10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âm-bito do Sistema Brasileiro de Certificação.

NO TREINAMENTO:“10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser

precedidos de treinamento especifico de acordo com risco envolvido.”

1. Curso básico – Segurança em instalações e serviços com eletricidade.2. Curso complementar – Segurança no sistema elétrico de potência.

CURSO BÁSICO10. Riscos adicionais.a. Altura;b. Ambientes confinados;c. Áreas classificadas;

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1.12

Manual Básico Ex

Manual Básico Ex

d. Umidade;e. Condições atmosféricas;

DEFINIÇÃO DOS PROFISSIONAIS

Qualificado - comprovação de conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.Legalmente habilitado - qualificado e com registro no CREA. Capacitado:Treinado por profissional habilitado e autorizado; Trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado. Autorizados – habilitados ou capacitados com anuência formal da empresa. Todo profissional autorizado deve portar identificação visível e permanente contendo as limitações e a abrangência de sua autorização. Condição de autorizado consignada no sistema de registro de empregado da empresa. Treinamento de reciclagem bienal;

HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES, SEGUNDO A NR 10: O funcionário qualificado profissionalmente através do sistema oficial de ensino se torna habilitado quando passa a dispor do seu registro no conselho, tornando-se autorizado quando recebe treinamento em segurança do trabalho. O funcionário qualificado por ocupação se torna autorizado quando recebe treinamento em segurança do trabalho. O funcionário qualificado profissionalmente através de formação na empresa se torna habilitado quando recebe capacitação específica dirigida sob responsabilidade de um profissional habilitado e se torna autorizado quando recebe treinamento em segurança do trabalho.

CERTIFICAÇÃO Ex NO BRASIL - HISTÓRICOANOS 50 ...

Início da indústria de processo no Brasil. “Testes” em equipamentos à prova de explosão apenas. Único laboratório IEE-USP (voluntário o “teste”) e de forma amadora. Normas UL (USA).

ANOS 80 ...

Montagem das plataformas da Bacia de Campos; CT-31 da ABNT inicia seus trabalhos. Normas brasileiras conforme IEC. Época de muitos problemas em função da enorme demanda.

De 1986 até hoje ...

Inauguração do LABEX (16.12.86) com capacitação para efetuar todos os ensaios previstos pelas normas brasileiras e da IEC; Publicada a Resolução CONMETRO 02/97, que reformulou o SBC e aprovou o Termo de Referência do Sistema Brasileiro de Certificação;

Publicadas as portarias:164/91, de 16.07.91039/93, de 05.02.93238/94, de 29.12.94121/96, de 24.07.96176/00, de 17.07.00

Portaria 164, de 16.07.91

Torna obrigatória a certificação de equipamentos Ex no Brasil (fabricados no Brasil ou no exterior). Estabelece modelo 3 (Ensaio de tipo + ensaio em amostras coletadas no fabricante).Portaria 039, de 05.03.93 Aceita certificados do IEE-USP e do CEPEL/LABEX até 31.12.94, desde que conclusivos.(Exclui os do IPT).

Portaria 238, de 29.12.94

Exige revalidação dos certificados até 23.07.96 por OCC. Dá prazo para implantar sistema da qualidade. Define critério para equipamento importado. (Anexo 2 do Regulamento).

Portaria 121, de 24.07.96

Valida por um ano os certificados que atendam: a) Emitidos pelo CEPEL, IEE-USP e UCIEE;b) Indiquem conformidade com a NBR 9518, além da norma específica.

Após, somente se emitido por OCC. (dispensa da certificação unidades marítimas importadas de petróleo).

Portaria 176, de 17.07.00Modifica a redação da Port. 121, acrescentando a necessi-dade da certificação de “acessórios e componentes” para atmosferas explosivas.

Portaria 83, de 03.04.06Modifica a redação da Port. 176, acrescentando “na forma de gases e vapores inflamáveis”, inclui filtros prensa de óleo diesel e bombas abastecedoras. Anexa o RAC. Destaques:São definidas como “situações especiais” os casos abaixo relacionados:

a) equipamentos elétricos ou componentes elétricos que fa-zem parte de máquinas, equipamentos ou instalações do tipo “skid mounted”;b) lotes de até 25 (vinte e cinco) unidades cobertas pelo mes-mo certificado.b.1) Embora mantida a quantidade máxima de 25 unidades cobertas pelo mesmo certificado, ficou excluída da importa-ção em pequenas quantidades os seguintes equipamentos e componentes: acessórios de instalação, luminárias, lanternas de mão, projetores, invólucros vazios, caixas de ligação, vál-vulas solenóides, componentes para sinalização e comando e motores (exceto motores Ex d certificados para uso com inversores de freqüência);Necessidade de ser aplicada uma etiqueta para equipamen-tos importados em pequenas quantidades. Essa etiqueta será disponibilizada pelo Inmetro, porém afixada pelo OCP emis-sor da referida DIPQ. A etiqueta será regulamentada por Por-taria Específica.A regularização de produtos já internalizados só poderá ser feita por certificação de lote. O Inmetro deverá ser informado quando o OCP identificar que o produto já estiver internaliza-do, para que sejam tomadas as medidas legais.No caso de “skid” já internalizado, para a sua regularização, deverá ser realizada a certificação no SBAC, inclusive identi-ficando pontualmente todos os equipamentos elétricos que fazem parte do “skid” e indicando o local onde o “skid” está instalado.

EXCEÇÕES À OBRIGATORIEDADE DA CERTIFICAÇÃO ExImportação de equipamentos em situação especial, e o OCC emitirá uma declaração se atender cumulativamente:a) Tenham certificado Ex de origem, ou outro equivalente no país e certificado ISO 9001/2; b) Apresentem ao OCC a proforma Invoice ou invoice ou pe-

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dido de compra;c) Outros documentos que o OCC julgue necessários;d) Fabricante deve atestar que não solicitou a outro OCC nos últimos três meses , declaração para o mesmo produto;

ESTRUTURA DA CERTIFICAÇÃO Ex

INFORMAÇÕES RESUMIDAS Zonas Tipo de Proteção Sigla

Zonas Tipo de Proteção Sigla1 e 2 A prova de explosão Ex-d1 e 2 Pressurizado Ex-p1 e 2 Encapsulado Ex-m1 e 2 Imerso em óleo Ex-o1 e 2 Imerso em areia Ex-q

0 Segurança intrínseca Ex-ia1 e 2 Segurança intrínseca Ex-ib1 e 2 Segurança Aumentada Ex-e

2 Não Acendível Ex-n

- Especial Ex-s

Tipo de Proteção Sigla Princípio

A prova de explosão Ex-d ConfinamentoPressurizado Ex-p SegregaçãoEncapsulado Ex-m Segregação

Imerso em óleo Ex-o SegregaçãoImerso em areia Ex-q Segregação

Segurança intrínseca Ex-i SupressãoSegurança Aumentada Ex-e Supressão

Não Acendível Ex-n Supressão

Especial Ex-s Especial

Grupo de Gases Substância

I GrisúI Metano

IIA AcetonaIIA AmôniaIIA BenzenoIIA ButanoIIA CiclohexanoIIA GasolinaIIA HexanoIIA PropanoIIA ToluenoIIA XilenoIIB EtilenoIIB CiclopropanoIIB Sulfeto de HidrogênioIIC HidrogênioIIC Acetileno

NBR/IEC NEC Substância

IIA D AcetonaIIA D AmôniaIIA D BenzenoIIA D ButanoIIA D CiclohexanoIIA D GasolinaIIA D HexanoIIA D PropanoIIA D ToluenoIIA D XilenoIIB C EtilenoIIB C CiclopropanoIIB C Sulfeto de HidrogênioIIC A Acetileno

IIC B Hidrogênio

PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNS PRODUTOS COMUNS

Tipo de Poeira TMI (ºC)* CME (g/m3)**

Açúcar 370 45Enxofre 190 35

Cacau Industrial 510 75Carvão 610 55

Celulose 410 45Coke de Petróleo 670 1000

Cortiça 460 35Difenil 630 15

Epoxi, Resinas 490 15Ferromanganêns 450 130Grãos Misturados 430 55

Levedura 520 50Poliacetato de

Vinila 450 40

Poliestireno 500 20Poliuretano,

Espuma 510 30

Vitamina C 460 70* TMI representa a Temperatura Mínima de Ignição do produto, normalmente expressa em ºC.** CME representa a Concentração Mínima de Explosividade do produto, expressa em g/m3.

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Manual Básico Ex

Tabela de equivalência dos zoneamentos NBR/IEC x NEC

NBR/IEC ZONA 0 ZONA 1 ZONA 2

NEC CLASSE IDIVISÃO 1

CLASSE IDIVISÃO 2

CARACTERÍSTICAS FISICO/QUÍMICAS DE GASES E VAPORES MAIS COMUNS NA INDÚSTRIA

SubstânciaDensidade

Vapor (AR = 1)

Ponto de

Fulgor (ºC)

Limite de Inflamabili-dade (% Volume)

Tempera-tura de Ignição

(ºC)

Classe de Tempera-

turaGrupo

Inferior Superior

Aldeído Acético 1,52 -38 4,00 57,00 140,00 T4 IIA

Acetato de Butila 4,01 22 1,40 8,00 370,00 T2 IIA

Acetato de Etila 3,04 -4 2,10 11,50 460,00 T1 IIA

Acetato de Metila 2,56 -10 3,10 16,00 475,00 T1 IIA

Acetileno 0,90 - 1,50 98,00 305,00 T2 IIC

Acetona 2,00 -19 2,15 13,00 535,00 T1 IIA

Ácido Acético 2,07 40 5,40 16,00 485,00 T1 IIA

Acrilonitrila 1,83 -5 3,00 17,00 480,00 T1 IIB

Álcool Isopropílico 2,10 11 2,00 12,00 400,00 T2 IIA

Amônia 0,59 - 15,00 28,00 630,00 T1 IIA

Anilina 3,22 75 1,20 8,30 617,00 T1 IIA

Butano 2,05 -60 1,50 8,50 365,00 T2 IIA

Ciclohexano 2,90 -18 1,20 7,80 259,00 T3 IIA

Ciclopropano 1,45 - 2,40 10,40 495,00 T1 IIB

Dicloroetano 3,42 -10 5,60 16,00 440,00 T2 IIA

Dissulfeto de Carbono 2,64 <-20 1,00 60,00 100,00 T5 IIC

Eteno 0,97 - 2,70 34,00 425,00 T2 IIB

Fenol 3,24 75 - - 605,00 T1 IIA

Gasolina 3,40 -48 1,40 7,60 280,00 T3 IIA

Hidrogênio 0,07 - 4,00 75,60 560,00 T1 IIC

Metanol 1,11 11 6,70 36,00 455,00 T1 IIA

Nafta de Petróleo 2,50 <-17 1,10 5,90 288,00 T3 IIA

Naftaleno 4,42 77 0,90 8,90 528,00 T1 IIA

Óxido de Propileno 2,00 -37 2,10 21,50 430,00 T2 IIC

Querosene - 38 0,70 5,00 210,00 T3 IIA

Tolueno 3,18 6 1,20 7,00 535,00 T1 IIA

Xileno 3,65 30 1,00 6,70 464,00 T1 IIA