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8/16/2019 05. Fontes Energéticas.2016.pdf
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Fontes Energéticas
A crise do petróleo
e as mudanças de paradigma
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Consumo de Energia pelo Homem
Até o advento da Revolução Industrial, o consumo
de energia pelo homem é muito pequeno, restrin-gindo-se a produção de calor nos lugares mais friose na produção de alimentos para o seu consumo e
algumas outras atividades, como a fundição de
pequenas peças de metal.
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Fontes Energéticas
- energias primárias -• Estratégicas desde o início da Revolução
Industrial
– Antes do século XVIII – lenha;
– Século XVIII e XIX – carvão mineral;
– 2ª. metade do século XIX e XX – petróleo;
– Final do século XIX e XX – hidroeletricidade;
– Década de 1970 – energia nuclear;
– Década de 1990 – fontes renováveis.
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PETRÓLEO• Combustível do século XX
• 1ª. Crise do Petróleo – 1973
– OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo) –
elevam o preço do barril de petróleo de US$ 1.00 para US$8.00. (Um barril equivale a aproximadamente 159 litros)
• Em 1973, o Brasil importava 90% do petróleo queconsumia.
• 2ª. Crise do Petróleo – 1978 – Barril de petróleo vai a US$ 18.00
• Julho/2008 – US$ 144.00/barril
• Maio/2016 – US$ 50.00/barril
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Evolução do Preço do Petróleo
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Por que os preços se mantinhambaixos até década de 70
• Controle mundial da extração e comércio dopetróleo pelo cartel das “Sete Irmãs”: Shell,BP, Exxon, Texaco, Standard Oil (Chevron),
Mobil e Gulf;• Divisão da extração entre as empresas nos
países produtores, evitando a concorrência eaumento dos preços;
• Impediam a entrada de novas empresas nomercado de petróleo do Oriente Médio;
• Controlavam o comércio mundial do petróleo.
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1991 – Guerra do Golfo1997 – Crise FinanceiraAsiática
2003 – Invasão do Iraque2008/2009 – Quebra dos
Bancos-EUA
2011 – Primavera Árabe2014 – Queda dos preçosinternacionais
Preço do barril em 30/05/2016 – US$ 50.31
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Preço do Petróleo
2008 - 2015
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Década de 1970
• Controle pelas empresas nacionais nos paísesprodutores de petróleo e formação da OPEP;
• Argumento da OPEP (Organização dos PaísesExportadores de Petróleo) – esgotamento do
petróleo até o ano 2000;• Nações produtoras de petróleo não teriam fonte de
renda com o seu esgotamento;
• Países da OPEP, na época, eram responsáveis por
mais e 80% do petróleo produzido;• O petróleo era a principal fonte de energia;
• Países industrializados (ricos) eram os principaisconsumidores do petróleo;
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Petróleo: reservas de empresasnacionais e internacionais
Obs.: Os números que aparecem no alto das colunas (com as
cores “erradas”) referem-se a produção de “Empresas Russas”.
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Década de 1980 - Brasil• Final da década de 70 – Proálcool
– Primeira tentativa de substituição da gasolina
– Adição de 22% de etanol na gasolina
• Petrobras – descoberta de poços na bacia deCampos/RJ – Produção de petróleo a partir de 1984
– Tecnologia pioneira para exploração no mar • Inauguração da Hidrelétrica de Itaipu
– Maior hidrelétrica do mundo (14000 Mw) – uso daeletricidade para substituir o petróleo importado.
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Produção de petróleo da Petrobrasno Brasil - 1954 - 2008
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Produção (total) e Consumode petróleo no Brasil
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Por que o Petróleo não acabou?
• Até a primeira crise do petróleo, a sua extração erafeita em áreas continentais, a baixo custo (menosde US$ 1.00/barril);
• Com a primeira crise (1973) e a segunda crise dopetróleo (1978), tornou-se viável explorar-se o óleoem condições mais adversas e com custos maiores;
• O Brasil passou a prospectar e extrair petróleo daplataforma continental (Bacia de Campos), comcustos próximos a US$ 12.00/barril;
• Os EUA passam a prospectar o petróleo no Alasca,em solos congelados e com maiores custos;
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Preço do Petróleo – 2000/2008
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Principais Produtores Mundiais de Petróleo
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Novos Paradigmas A década de 1990 marcará uma nova percepção a respeito dasfontes energéticas: se nas décadas de 70 e 80 a preocupaçãoera com o “fim do petróleo”, a partir da ECO-92, surge oconceito de “sustentabilidade”;
A sustentabilidade visava o desenvolvimento causando omenor impacto possível ao meio-ambiente para preservá-lo asgerações futuras;
Nesse aspecto, as fontes de combustíveis fósseis deveriam sersubstituídas por outras que não causassem impactosambientais (aquecimento global, poluição do ar, dos oceanos,etc.)
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DÉCADA DE 1990• RIO-92 – mudanças no foco das preocupa-
ções: Desenvolvimento Sustentável.
• O foco deixa de ser a crise energética e pas-
sa para a emissão de CO2 (gases do efeitoestufa) na atmosfera e o aquecimentoglobal.
• Necessidade de energias renováveis.• Protocolo de Kyoto – diminuir em 5% a emis-são de poluentes, até 2012, em relação a1990 (países industrializados)
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Fontes Energéticas
• Não Renováveis – produtos de origem fóssil, ciclolongo de renovação – carvão mineral, petróleo, gásnatural. Emissão gases do efeito estufa (CO2, CH4).
• Renováveis – ciclo curto de produção (anos, meses),não se esgota – produtos de origem vegetal/animal(biológicos), sol, ventos, oceanos etc.
• Nuclear – apesar de não-renovável, não é colocadanessa classificação, pois não emite gases do efeito
estufa. Nesse aspecto é considerada “limpa”. Poroutro lado, a sua utilização situa-se no campo dosriscos ambientais (radioatividade).
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Combustíveis Fósseis
• Emissores de CO2 na atmosfera, causadores doaumento do efeito estufa e do aquecimento global,originam-se;
• Principais combustíveis utilizados (em escala) des-de o início da Revolução Industrial: carvão mineral,petróleo, gás natural;
• Apesar do gás natural emitir menos resíduos na
atmosfera (por isso classificado como “menospoluente” ou mesmo como “energia limpa”), éclassificado como “não-renovável, pois seu ciclo deprodução é longo.
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Energias Renováveis
• Energias que podem ser reconstituídas emcurto espaço de tempo.
• São chamados de “sustentáveis”, pois causam
menor impacto ao meio-ambiente: energiasolar, eólica, oceanos, produtos de origemvegetal/animal,
• Objetivo dos países ricos: 20% de energiarenovável até 2020. Destaque para a Alema-nha que gera mais de 6% de sua eletricidadeatravés da energia eólica.
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Energia Nuclear • Muito utilizado nos países ricos e com territórios limitados para
geração de outros tipos de energia;
• Apresenta altos custos de manutenção e riscos de acidentesde grande escala, como o de Chernobyll, na Ucrânia, em 1986,
que até hoje mantém uma área de exclusão de 50Km em voltada usina, e Fukushima, em 2011 no Japão;
• Entretanto, mesmo com esses riscos, é tratado como opção de“energia em limpa”, pela não emissão de gases do efeitoestufa (CO2, CH4, SOX, NH2);
• Outro problema: resíduos nucleares (lixo atômico) devem serestocados em local seguro por milhares de anos;
• Revisão de planos em diversos países a partir do acidentenuclear no Japão, na Usina de Fukushima, causado pelotsunami.
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Energia Primária - Mundo - 2013
Fonte: http://blogs.publico.es/econonuestra/2014/11/17
Energía primariaconsumida en el
mundo en 2013
expresada en TWh
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Mundo: energia consumida –1990/2000/2010
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OFERTA INTERNA DE ENERGIABRASIL - PRODUTOS PRIMÁRIOS
*TEP – Toneladas equivalentede petróleo
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Brasil – Matriz Energética- 2012
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MATRIZ ENERGÉTICA - Brasil
* OCDE –Organização para
a Cooperação eDesenvolvimentoEconômico – com-posto por 34 paí-ses que aceitam oprincípio do “livre
mercado”.
*
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EVOLUÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA DOBR E MUNDO (%)
4637
53
3946
34
09
19
2316
21
23
21 25
26
01
1
11 16
6
15
22
2 2
45
31
3 511 11
36
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1973 2007 1973 2006 1973 2006
BIOMASSA
HIDRÁULICA EELETRICIDADE
URÂNIO
CARVÃOMINERAL
GÁS NATURAL
PETRÓLEO eDERIVADOS
OECDBRASIL MUNDO
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ENERGIA RENOVÁVELMUNDO E BRASIL (2006)
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Matriz Energética – 2006geração primária
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Brasil – Consumo de Energia
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MATRIZ DE OFERTA INTERNA DE ENERGIABRASIL (%) – 1973 e 2008 (comparação)
45,637,9
0,4 8,83,1 4,80,0
1,46,115,2
44,8
32,0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1973 2009
BIOMASSA/Eólica/outras
HIDR ULICA EELETRICIDADE
URÂNIO
CARVÃOMINERAL
G S NATURAL
PETRÓLEO eDERIVADOS
82,1 251,5milhões tep *TEP – toneladasequivalente de petróleo*
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Análise dos dados 1973-2008
Em 1973 a biomassa respondia por 44,8% da energia consu-mida, observando-se um decréscimo em relação a 2008.
A explicação do fato está na forma como a biomassa era utili-zada: em 1973, boa parte era utilizada no uso doméstico (le-nha), com baixa qualidade e perda de energia;
Em 2008, cai drasticamente o uso doméstico e passa a serutilizado na produção industrial de energia (em escala) commelhor aproveitamento e menor perda de energia.
O crescimento da energia hidráulica está relacionado às
construções de grandes hidrelétricas no período, como Itaipue Tucuruí, que passam a disponibilizar eletricidade a baixocusto e em quantidade.
Destaque-se que a produção/consumo de energia passa de82,1 para 251,5 milhões de TEP no período.
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Brasil: evolução do consumo de fontesrenováveis e não-renováveis – 1990-2012
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Matriz energéticaRenovável e Não-renovável
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Cana-de-açúcargigante
Comparado a outros produtosagrícolas, a produtividade dacana nos últimos 50 anoscresceu muito pouco.
No início do Proalcool (déc.70)houve um incentivo à pesquisa,mas nos anos 90 houve poucosavanços.
Atualmente novas variedadesestão sendo pesquisadas.
Ao lado, variedade pesquisada peloIAC (Instituto Agronômico deCampinas) que chega a 6 metros dealtura.
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Etanol: milho X cana-de-açúcar
ESTADOS UNIDOSMaior produtor de etanol do mundo,os Estados Unidos utiliza cerca de40% do milho plantado para a pro-dução do combustível.
Em 2007-2008 isso causou sériosproblemas ao mercado do milhoutilizado para a alimentação, pois,em virtude da produção do etanolamericano, os seus preços pratica-mente dobraram.
A produção se baseia na tecnologiae na mecanização para a produção.
Produtividade: um hectare produzentre 15 e 20 toneladas de milho,que corresponde a uma produçãode 3 500 litros de etanol.
BRASILNo Brasil a preocupação é com rela-ção as áreas ocupadas pela cana. Oprincipal Estado produtor, São Pau-lo, com mais de 50% da produçãonacional, ocorre a monocultura da
espécie em grandes áreas. Discute-se a necessidade de se realizaralternância na produção agrícolapara recuperar os solos da degra-dação e do esgotamento.
Apesar do combustível ser bompara o meio-ambiente, a monocultu-ra, não é.
Produtividade: um hectare rende 90toneladas de cana e produz entre 7mil e 8 mil litros de etanol.
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Brasil - Biodiesel
A mamona seria o principal produtopara a produção do biodiesel brasi-leiro, plantado pelos agricultoresfamiliares do NE.
Entretanto, quando começou a pro-dução de mamona, diversas indús-
trias de cométicos passaram a com-prar a produção, pois o Brasil eraimportador de óleo de mamona daChina.
Hoje, a soja é o principal componen-
te do biodiesel que é misturado aoóleo diesel no Brasil. Por sua produ-ção em escala, o óleo de soja tornaviável essa produção.
Outros vegetais, como o girassol, al-godão, canola, milho, também são
utilizados na produção do biodiesel. A indústria de alimentos tambémparticipa dessa cadeia, com a dispo-nibilização de gorduras animais degado, frango, porcos, etc.
Existem também campanhas dearrecadação de óleos de cozinhausado em restaurantes, shoppings,supermercados para a produção dobiodiesel.
Qualquer óleo pode ser utilizado na
produção do biodiesel, entretanto,existe a mesma preocupação que selevanta em relação ao etanol: aprodução de combustível encarece osalimentos na medida em queaumenta a procura pelo produto.
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Estimativas de Produção debiodiesel no Brasil
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BRASIL
MATRIZENERGÉ-TICA
1990-2012
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Petrobrás - OffshoreEvolução da profundidade
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Classificação do Petróleo
• Petróleo leve ou de base Naftênico: ºAPI maior que 30.Contém, além de alcanos, uma porcentagem de 15 a 25% de cicloalcanos.• Petróleo médio ou de base Aromático: ºAPI entre 22 e
30. Além de alcanos, contém também de 25 a 30% de hidrocarbonetosaromáticos.
• Petróleo pesado ou de base Parafínico: ºAPI menorque 22 e é constituído, praticamente, só de hidrocarbonetos aromáticos.
Quanto maior o grau API, maior o valor do produto no mercado.
O petróleo da Bacia de Campos (pós-sal) possui 19º API,enquanto que o petróleo da Bacia de Santos (pré-sal) possuí28º API. Na Amazônia, o poço em Uruçu (AM), o petróleo tem44º API.
O petróleo do Oriente Médio possuí 40º API.