04/01/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.101

BENTO GONÇALVESQuarta-feira4 DE FEVEREIRO DE 2015ANO 48 N°3101 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Prevenção

Lotéricas investem em segurançaNúmero de assaltos reduziu depois que proprietários das agências instalaram vidros blindados nos caixas Página 5

Economia

Página 11

Aumento da gasolina causa perplexidade

Reajuste foi superior ao prometido e consumidores prometem protestos. Confira tabela com os valores praticados em Bento

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SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

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Semanário na Internet

Gasolina bem mais caraEditorial

Quando parece não haver mais lugar para surpresas após um período eleitoral no Brasil, as pessoas acabam desco-brindo que sim, há sempre espaço para mais uma maldade. Aliás, pode-se chamar de surpresa uma notícia tão negati-va quanto aquela apresentada pelos postos de gasolina no amanhecer do domingo, 1º de fevereiro?

A surrada frase de que não se deve matar o mensageiro seria cabível numa situação como esta. Sobretudo, porque é nos postos de gasolina que se está descontando a ira por um aumento tão significativo como o que está acontecendo. Será mesmo que os donos de postos de gasolina foram ganan-ciosos ao reajustarem, em 0,30 e até 0,50 centavos o litro da gasolina? Podem muito bem ter apenas feito o que deveriam para manter as mar-gens do seu negócio.

No caso de se constatar que tenham sido abusivos, não resta dúvida de que o Procon e outros órgãos deverão res-ponsabilizar quem praticou a ganância. Mas há um sinal perturbador. A inércia e a falta de uma manifestação de um

O que causa estranheza é o silêncio de um

governo que criou falsa expectativa

governo que criou uma expectativa aos cidadãos em geral e motoristas em particular. O reajuste seria de 0,22 centavos – já consideravelmente alto- quando na verdade foi mais do que o dobro. Caberia, portanto, uma retratação do Governo.

Quando se fala em aumento de combustíveis, o pensa-mento imediato é de que o cidadão deverá reduzir suas idas

à praia, as voltas de final de tarde em do-mingos ou então que ele pode ir trabalhar de ônibus. Mas este é apenas um pequeno pedaço do problema. O aumento dos com-bustíveis conjugado ao da energia elétrica, que ficará bem mais cara este ano, repercu-te no preço do leite e da alface, que preci-sam ser transportados da zona rural para o mercado consumidor. O mesmo se dá com

os produtos industrializados, com o preço da passagem e em tantos outros insumos.

O que resta aos brasileiros é protestar, como um grupo que já se organiza para fazer em Bento Gonçalves e se auto-proteger, realmente gastando menos. No mais, o melhor é rezar para que tenhamos governos mais responsáveis.

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 20152 Opinião

REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários

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A hora é outraDesde o momento em que os governos milita-

res deixaram o poder, assumido indevidamen-te por José Ribamar da Costa Sarney, o Brasil passou por mudanças radicais. Sarney foi guin-dado à presidência pelo medo que os caciques políticos tiveram. Sim, medo de que os milita-res, com a morte de Tancredo Neves, pudessem reassumir. Aí começou toda a “nhaca” em que vivemos hoje. Sarney foi induzido pelos mesmos caciques a convocar uma Assembléia Nacional Constituinte, a qual depois de concluídos os trabalhos, teve seus membros assumindo como deputados federais e senadores. Fizeram, por-tanto, uma Constituição sob peso e medida para seus próprios “interésses”, autoconcedendo-se poderes inimagináveis e sem que a população tivesse condições de avaliar as consequências. Agora, passados vinte e seis anos, ficou nítida a imensa bobagem que Sarney fez ao não convocar a Assembléia Constituinte exclusiva, composta por cidadãos de notório saber e idoneidade, os quais, concluído o trabalho, retomassem suas atividades normais, ou seja, longe do Congresso Nacional. Não creio que exista no mundo, nem mesmo em países parlamentaristas, um con-gresso nacional com tamanho poder quanto o nosso. Aliás, não só em âmbito nacional, mas, também, nos parlamentos estaduais e munici-pais eles ditam as regras, invariavelmente em seu próprio benefício. Pois esse sistema arcai-co, esse absurdo todo só poderia dar no que deu:

uma dicotomia político-partidária. Sim, porque hoje, mesmo com trinta e dois partidos, na re-alidade só existem dois: o PT e o ANTIPT. As demais siglas são adesistas de ocasião, sendo as mais notórias o PP, o PMDB, o PTB (Brizola ja-mais imaginaria isso) e outras de menor impor-tância que sempre estão ao lado de quem está no poder. Só que, agora, essa dicotomia está colocando em risco o Brasil. O PT e o ANTIPT estão no comando desde 1994 e a imprevidência, a corrupção, a roubalheira tem marcado todos os governos. Mas, o que estará afetando a po-pulação dentro de pouquíssimo tempo é a im-previdência. Imprevidência no tocante à geração de energia elétrica e abastecimento de água. A região sudeste já está penando – e ficará pior – com a falta de água que, por sua vez, provocará a falta de energia elétrica. Nossa matriz energética foi alicerçada em hidrelétricas porque era mais barato e o governo financiou no baratilho as em-presas que não precisavam investir seu próprio capital. Energia eólica? Solar? Ora, é muito caro investir nelas. O retorno é em maior prazo. En-tão, gigolear os rios públicos era mais vantajoso. A hora, agora, é outra. É hora de esquecer quem são os “culpados”, politicamente falando, e cada brasileiro tomar consciência de que é preciso, é imperioso, é vital que água e energia elétrica se-jam economizados. É a única forma para se evi-tar o racionamento ou a falta dessas duas coisas de extrema importância para todos nós.

Antô[email protected]

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015 3Opinião

CURTI!

NÃO CURTI...

As duas vitórias em sequência e o belo jogo apresentado pelo Bento Vôlei na série da Superliga B

A eleição de Reanan Calleiros para umquarto mandato no Senado mostra que pouco vai mudar

A Secretaria de Comunicação Social da Pre-sidência da República encomendou pesqui-sa ao Ibope sobre a confiabilidade da mí-dia. O levantamento concluído no apagar das luzes de 2014 constatou que o jornal permanece como o meio de comunicação mais confiável para os brasileiros. No le-vantamento 58% dos entrevistados res-ponderam que confiam muito ou sempre nos jornais, contra 40% que confiam pou-

co ou nunca. O índice evoluiu em relação ao ano anterior quando a confiança era de 53%. O número de

leitores ainda é baixo e se concentra em quem tem renda maior e escolaridade superior. Neste extrato estão 15% dos leitores e são os que leem todos os dias.

Prestígio dos jornais em alta

Painel

Que postura o vice-prefeito Mario Gabardo assumirá como Prefeito durante as férias do Prefeito Guilherme Pasin? Acrescentará no “curriculum” alguma realização importante?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Mais um flagra de buraco em uma rua de Bento Gonçalves, dessa vez a foto registrada pelo Semanário mostra a situação do calçamento na rua José Donati, bairro Santa Helena. Os motoristas que tra-fegam por ali devem ter um cuidado redobrado, principalmente à noite quando a visibilidade é menor, evitando possíveis acidentes.

Pela metade

Deputados e senadores eleitos em outubro toma-ram posse no domingo, 1º de fevereiro em Brasília.

O presidente do diretório municipal do PDT Evan-dro Speranza prestigiou a posse do senador Lasier

Martins e participou de jantar comemorativo com familiares do senador re-cém empossado.

No círculo do poder

Roçar é precisoQue o mato está tomando

conta das laterais das estradas estaduais é fato conhecido por todos e aceito até dentro do Daer como algo inevitável na virada de governo. A promes-sa é de que as roçadas iniciem ainda neste mês de fevereiro. Utilizando a tribuna da Câ-mara na reabertura dos tra-balhos legislativos o vereador petista Paulo Roberto Cavalli, o Paco, dirigiu-se ao líder de

Governo Moisés Scussel su-gerindo, do alto de sua expe-riência como subprefeito de Faria Lemos por quatro anos, que a municipalidade assuma a tarefa. “Eu fazia isto, mes-mo reconhecendo que a atri-buição é do Estado e até sofri algumas críticas, mas não me arrependo”. No fim concluiu em tom irônico: “Mas sei que sem pessoal e sem máquinas fica difícil”.

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Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 20154 Geral

Solução militarO regresso de viagem tem coisas maravilhosas,

especialmente o retorno ao aconchego do lar. Nossa Bento sempre dá saudades.

Imaginem as crianças: vão rever seus amigos, reencontrar todos os seus brinquedos, aqueles que não puderam levar, dormir na caminha de sempre, rever os avós, os tios, e só coisas boas.

Tudo isto deixa as crianças alvoroçadas, ainda mais que a “pilha” está carregada ao máximo. Elas parecem extravasar todo o sentimento em ações que, para os adultos, podem ser irritantes.

Contou-me o Felipe que a mãe de três meninos, ao regressar do veraneio dirigia seu carro. As crianças pareciam não ter ouvidos para as constantes reclamações e conselhos da mãe.

- “Gurizada! Tomem jeito. Parem com essa bagunça. Não pulem de um banco para o outro. Fiquem sentados e recoloquem o cinto de segurança. É perigoso andar desprotegido. Não briguem. Você merece chorar: agora há pouco você estava batendo no mano...”

E a paciência ia se esgotando.- “CRIAAAANÇAS! Vou fazer o seguinte:

no primeiro posto de polícia vou parar e dizer que vocês estão comprometendo a segurança da viagem. Vocês vão ver que a mamãe tem razão.”

Que nada! Eles estavam impossíveis e pareciam surdos.

No primeiro posto da Polícia Rodoviária a mãe cumpriu a promessa. Estacionou o carro e calmamente foi até o guarda atendente.

- “O senhor me ajude! As crianças estão com toda a corda e ninguém quer ouvir. Aprenderam a soltar o cinto de segurança e estão fazendo uma bagunça que me tira do sério. Pode até provocar um acidente”.

O guarda dirigiu-se ao carro e o que fez e disse para as crianças não sabemos. Ao voltar para o carro a até então desesperada mãe encontrou os três sentadinhos, todos usando o cinto de segurança e calmamente conversando entre si. Maravilha!

Há vezes que temos que procurar auxílio externo, sem recorrer ao temerário “bicho papão que vem pegar o neném”. Funciona.

As crianças não são mal educadas. São novos gênios, difíceis.

Sesi

Obra no novo prédio finaliza neste semestre Com as reformas, espaço terá capacidade para atender 300 crianças

Silvia [email protected]

Em reformas desde o se-gundo semestre de 2014,

o novo espaço do Centro de Atendimento (CAT) do Sesi deverá estar em funcionamen-to até julho deste ano. No lo-cal, estão sendo construídas mais salas de aula, que pos-sibilitarão o atendimento para cerca de 300 crianças. O pré-dio de dois mil metros quadra-dos terá também acessibilida-de e parquinho. O ginásio de esportes, reformado em 2010, será preservado e o salão de festas, readequado e usado como refeitório.

De acordo com diretor de ope-rações do Sesi-RS, Juliano Co-lombo, a reforma foi necessária em função da alta demanda do órgão. O Sesi atende os traba-lhadores do segmento industrial de Bento Gonçalves e Farroupi-lha. Só em Bento, existem hoje 2.790 indústrias que empregam mais de 43 mil pessoas. “Além disso, o prédio antigo não tinha acessibilidade e estamos reali-zando reformas pontuais nas nossas edificações para nos ade-

Estrutura de dois mil metros quadrados fica localizada na rua Camilo Leindecker, no bairro Planalto

quarmos”, comenta. A demora na reforma, segun-

do ele, ocorreu em função de rochas que haviam no local e precisaram ser detonadas. “Na sondagem realizada essas ro-chas não foram identificadas e isso atrasou a obra em alguns meses. Mas no segundo semes-tre deste ano pretendemos ini-ciar o atendimento”, informa.

No espaço, serão ampliadas as ações de responsabilidade social, cultura, esporte, lazer, qualidade de vida e alimentação saudável voltadas para a indús-tria. Serão oferecidos cursos de idiomas, informática, prática de esportes, entre outros. “Nosso objetivo é atender às empresas e seus trabalhadores e depen-dentes, buscando a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvi-mento do cidadão, da sociedade e o fortalecimento da indústria”, afirma o diretor-superintenden-te, Edison Lisboa.

O foco, segundo Colombo, é investir na educação dos fi-lhos dos trabalhadores da in-dústria, com cursos educacio-nais. A ideia é, inclusive, criar atividades para as crianças no turno inverso ao da escola,

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atendendo jovens de seis a 12 anos. “Para participar, o único pré-requisito é que a criança esteja matriculada em alguma escola regular. Realizaremos trabalhos com forte incentivo à pesquisa e ao pensamento crí-tico, para tornar esses jovens mais atuantes na sociedade. Também teremos ações com as famílias desses participantes, trabalhando aspectos sociais”, explica o diretor.

As ações integram o progra-ma “Aprender @ Aprender”. “A educação é nosso principal foco hoje na maioria das ações do Sesi. Trabalhamos muito forte também na questão da educa-ção para o mundo do trabalho, com atividades nas próprias in-dústrias”, finaliza Colombo.

Para cadastrar a criança em alguma dessas atividades, os pais ou responsável deve se di-rigir até sede do Sesi (rua Ca-milo Leindecker, número 67, no bairro Planalto), com a do-cumentação sua e da criança. É necessário o CPF, RG ou certi-dão de nascimento da criança e RG do pai, mãe ou responsável, além de um comprovante de que trabalha na indústria.

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015 5Geral

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A BEN

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Gerson [email protected]

Foi de três horas de duração o trabalho de duas sessões na

Câmara de Vereadores na segun-da-feira, 2 de fevereiro. A primei-ra foi a sessão de instalação dos trabalhos e contou com a pre-sença do prefeito em exercício e ex-vereador Mário Gabardo, que enalteceu a função de vereador lembrando que na Câmara se tomam medidas que podem con-trariar interesses, mas que deve prevalecer aquilo que atender a vontade da maioria.

O presidente Valdecir Rub-bo disse que o município tem inúmeros gargalos a resolver e que estas questões devem ser enfrentadas com muito diálo-go. Também se pronunciaram alguns dos líderes de bancada que são oito: Vanderlei Santo (PP); Moisés Scussel (PMDB); Marlen Peliccioli (PPS); Leopol-

Vereadores retomam trabalhosLegislativo

do Benatti (PTB); Gilmar Pes-sutto (PSDB); Jocelito Tonietto (PDT); Moacir Camerini (PT); Marcos Barbosa (PRB).

Pela primeira vez a nova mesa diretora comandou os trabalhos. Ela está formada por Valdecir Rubbo (PDT) – presidente; Gilmar Pessutto (PSDB) – vice-presidente; Marcio Pilotti (PMDB) Secre-

Destaque ficou por conta da presença de funcionárias da CCS que cobram o pagamento do adicional de insalubridade

Pessutto, Rubbo, Pillotti e Cavalli formam a nova mesa diretora

tário; Paulo Roberto Cavalli (PT)- segundo secretário.

Desde ontem o horário de funcionamento da Câmara dei-xou de ser em turno único que vigorou em janeiro. O novo ho-rário é das 8h às 12h e das 13h às 17h. Dos 17 vereadores elei-tos apenas Adelino Cainelli, do PP, esteve ausente na retoma-da dos trabalhos.

Atendentes de creches

Os trabalhos da noite de se-gunda se estenderam até pou-co depois das 21 horas com a instalação da primeira sessão ordinária. Foram votadas sete matérias entre as quais algumas formais, autorizando o executivo a abrir crédito em rubricas ou destinações dife-rentes àquelas previstas na LDO. Renderam um pequeno bate-boca entre a liderança do governo e a do PT, mas acaba-ram aprovadas. Já a proposi-ção do vereador Moacir Came-rini de isentar o pagamento de inscrição em concursos públi-cos da prefeitura, para doado-res de medula óssea e sangue, teve aprovado um pedido de vistas já que havia um pare-cer contrário da Comissão de Constituição e Justiça.

O que chamou a atenção foi a presença de um grupo represen-

tativo das atendentes de creche que reclamam do tratamento que vêm recebendo da empre-gadora terceirizada CCS. Além de não estar pagando o prometi-do adicional de insalubridade, já demitiu 15 funcionárias.

Enquanto o líder de Gover-no Moisés Scussel tentava mi-nimizar a questão e retirá-la do âmbito político, alegando que se trata de uma questão entre a empresa e seus funcio-nários, outros vereadores de-fendem o diálogo e a interme-diação para o caso. O próprio presidente, Valdecir Rubbo, disse ser testemunha de que há seis meses houve a promessa por parte da empresa de que o adicional seria pago. “Se os va-lores contratados estão baixos, não é justo que as trabalha-doras paguem a conta. Talvez seja necessário fazermos uma nova licitação com valores reajustados”, indicou.


Mais chuvas, os mesmos problemas

Mais uma vez, depois de uma chuvarada, as ruas

de alguns bairros de Bento Gonçalves ficaram alagadas preocupando os moradores, que precisaram fazer mutirões para limpar os estragos. No fi-nal da tarde de domingo uma forte chuva atingiu a cidade e menos de 30 minutos foram suficientes para deixar muitas famílias com água nos joelhos e muito barro para limpar. O problema não é novidade e se repetiu nos bairros onde o problema já é conhecido, in-clusive, pela administração municipal.

Um dos bairros mais atingi-dos foi o Imigrante, que além de das ruas inundadas, teve moradores obrigados a levan-tar os móveis para que estes não fossem deteriorados pela água. Muitas famílias, dentro de casa, registraram mais de 60 milímetros de chuva, que vinha misturada com lodo, pedras e o esgoto sem encana-mento de alguns locais do bair-ro. A moradora Daiane Pedret-ti diz que não é a primeira vez que sua casa é inundada pela chuva e que nem os móveis no-vos da cozinha escaparam da enxurrada.

“É muito triste ver as coisas que tu batalha para conquistar sendo estragadas em poucos minutos porque é muita água entrando e não tem como fazer parar. Eu tinha feito o rancho

Não só os moradores tiveram problemas com a chuvarada de domingo. A Unidade Básica de Saúde do bairro São Roque não funcionou na manhã de segunda-feira, 2 de fevereiro, para que um mutirão de lim-peza pudesse ser realizado. O local ficou inundado depois da chuva e impossibilitou o local de trabalhar normalmente. Po-rém, não houve estragos e nem materiais nem documentos fo-ram perdidos.

A secretária adjunta de Saú-de, Valdemira Schmitz, diz que

Estragos do temporal

Bairros ficaram alagados em menos de meia hora, no domingo, 1º de fevereiro, e moradores perderam móveis e alimentos

UBS do São Roque também sofre com os alagamentos

Vitória [email protected]

No Imigrante, a casa de Daiane ficou inundada e mesmo com o tempo bom, o mau cheiro ainda não saiu

Os pacientes tiveram apenas atendimento verbal na manhã de segunda

no domingo de manhã e tinha guardado todos os mantimen-tos nas prateleiras baixas que foram molhadas com a água do esgoto, perdi tudo o que ti-nha comprado para comer no mês”, destaca. Ela diz que não é somente a água da chuva que entrava pela sua porta, mas sim sujeiras e principalmente o esgoto que corre a céu aberto perto de sua casa.

O esgoto não tem tubulação e não é a primeira vez que in-vade a casa dos moradores pró-ximos. Em dezembro, a casa de Daiane também ficou alagada e a cozinha nova que recém tinha sido instalada ficou metade em-

baixo da água podre. “Eu tinha me empenhado muito e refor-mei minha cozinha, comprei móveis novos, mas eles dura-ram muito pouco, logo choveu e, no dia depois do Natal, nós estávamos com a água nos joe-lhos, tentando salvar algumas coisas”, relata. Ela lembra, que mesmo depois que toda a água é escoada para fora e que os cômodos são lavados com jato d’água, o mau cheiro ainda per-manece por alguns dias.

Resposta não satisfaz

Indignada com a situação, não só Daiane, mas outros vi-

zinhos que também tiveram a casa alagada foram até a pre-feitura na segunda-feira, 2 de fevereiro, para conversar com o prefeito em exercício, o vice--prefeito Mário Gabardo. Po-rém, segundo Daiane, Gabardo disse que não sabia se havia algum projeto para o encana-mento do esgoto do local e ain-da sugeriu que os moradores se candidatassem para cargos po-líticos. “Eu achei um absurdo um vice-prefeito dizer que nós devemos nos candidatar e en-contrar uma solução. É nosso direito mínimo ter um esgoto fechado e também ter conheci-mento do que a prefeitura está

ou não fazendo”, finaliza.Gabardo diz que a prefeitu-

ra tem parceria com a Corsan e que esta seria a responsável pela obra, mas que ele não tem o conhecimento se a institui-ção planeja intervir no local. “Eu concordo que é um absur-do ainda termos esgoto aberto, como o do bairro Imigrante, porém não é nossa competên-cia planejar uma obra, a Cor-san é que deve fazer isso, nós fiscalizaremos e acompanhare-mos, mas a iniciativa tem que partir deles”, comenta.

Sobre a declaração aos mora-dores do bairro, ele diz que não afirmou exatamente que estes deveriam ser candidatos a pre-feito, mas ele sugeriu que estes fossem mais participativos na política. “Eu disse que eles de-veriam participar mais da vida política do município e, com isso nos ajudem a melhorar nossa cidade”, completa.

O secretário de Viação e Obras Públicas, Sérgio Ga-brielli, afirma que a secretaria, em parceria com a Corsan, está viabilizando o projeto de fe-chamento do esgoto do local, mas ele conta que os processos burocráticos são demorados e não pode estimar um prazo para que a obra comece. “Es-tamos finalizando o projeto porém, depois disso, ainda precisamos arrecadar a verba, licitar a empresa e iniciar o tra-balho, portando isso não terá uma solução em breve, os mo-radores precisarão ter calma e esperar”, enfatiza.

é a segunda vez que o local sofre com inundações. “Nós precisa-mos observar que este é um fato isolado, o fenômeno natural foi além do esperado e, às vezes, não é possível controlá-lo”, destaca.

A secretária conta que os fun-cionários fizeram um mutirão para escoar a água do local e que a população que foi até a UBS para ser atendida se solidarizou com a causa e não apontaram problemas em retornar no pe-ríodo da tarde para os atendi-mentos. “Nos unimos e, em uma manhã, conseguimos colocar a

casa em ordem, de tarde os ser-viços estavam funcionando nor-malmente, já que não tivemos materiais danificados ou perdi-dos”, completa.

Valdemira aponta que o local está em obras e que os engenhei-ros que estão atuando no prédio vão fazer uma inspeção para averiguar como essa situação pode ser controlada. “Eu acredi-to que seja mais do que desobs-truir uma boca de lobo, então uma medida para solucionar o problema pode levar bastante tempo”, finaliza.

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Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015 7


Comercialização em litros (mercado interno)

Suco de uva

Um dos principais fatores é a busca por hábitos de vida mais saudáveis

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro

do Vinho (Ibravin) compro-vou o que os vinicultores já vi-nham percebendo há um bom tempo: o consumo do suco de uva vem crescendo significati-vamente nos últimos anos. Em 2014, o percentual foi de 13%, porém o salto foi ainda maior de 2012 para 2013, quando foi registrado um aumento de 40% no consumo. A pesquisa, envolvendo apenas empresas do Rio Grande do Sul, foi apre-sentada ontem à tarde, na sede da Embrapa Uva e Vinho, para empresários ligados ao setor.

Os dados, com base nas in-formações repassadas mensal-mente pelas vinícolas, foram mostrados pelo diretor técni-co da Ibravin, Leocir Bottega. “Esse avanço tem nos sur-preendido e realmente é mui-to significativo. Só em 2014, foram 90 milhões de litros co-mercializados”, comenta.

Um dos motivos para esse aumento pode ser explicado pela busca de hábitos mais saudáveis do consumidor. Isso foi constatado em uma pesquisa sobre o consumo de bebidas não alcoólicas, reali-zada pela empresa Romagna, a qual também foi apresentada na tarde. O estudo englobou consumidores entre 21 e 55 anos, das mais variadas faixas de renda, de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

As exportações do suco de uva também mostraram um crescimento, porém, Bottega ressalta que os volumes ex-portados eram maiores em 2009. “Notamos também que já começa a aparecer alguma coisa de exportação do suco natural integral, mas com certeza não é o foco da maio-ria das empresas, pois o mer-cado brasileiro está bastante forte” comenta.

Outro produto que vem re-gistrando aumento ao longo dos anos é o espumante, mes-mo que ainda esteja abaixo das expectativas dos empresários, enquanto que o vinho a granel


Produto teve 13% de aumento no consumo

vem caindo. Bottega explica que, em termos de volume, pode-se observar uma que-da de modo geral nas vendas, mas há um crescimento no faturamento. “Isso se justifica porque os produtos de maior valor agregado, como vinho de mesa e espumante, têm cresci-do muito. As empresas estão investindo mais em qualidade e agregando valor ao produto, e isso vem conquistando cada vez mais mercado”, explica o diretor.

Na tarde, Bottega ressaltou que um dado sobre a safra da uva merece mais atenção dos produtores e empresários. Desde 2013, se vende mais do que aquilo que é produzido, ou seja, a comercialização está acima da produção. “Isso serve como alerta, temos que pensar em reposição e isso é urgente,

pois sabemos que precisa de três a quatro anos para a par-reira começar a produzir”, in-forma.

O dado é preocupante, pois o que alavanca as vendas é justamente a produção de es-pumantes e sucos. “E sabemos que esses são produtos que não podem ser feitos com qualquer tipo de uva, existe uma ideal para isso. Logo, logo teremos falta de matéria prima no mer-cado. Isso acontece porque, por um bom tempo, tínhamos um excedente de estoques nas empresas. Desde 2013, a situação se inverteu”, aler-ta Bottega. Ele acredita que o programa Modervitis, criado pela Ibravin e Embrapa para a tecnologia na elaboração de vi-nhos de pequenos produtores, poderá ajudar a amenizar esse problema nos próximos anos.

Leocir Bottega apresentou dados ontem à tarde, na sede da Embrapa

SILVIA DA

LMA

S

Sucos prontos para consumo: 79.504.799

34.953.389

235.088.639

15.911.463

90.253.143

36.748.085

225.287.719

16.789.319

13,5%

5,1%

-4,2%

5,5%

Suco concentrado:

Vinhos Viníferas e de mesa:

Espumantes:

2013 2014 Média


A mortandade dos parreirais vem preocupando os viti-

cultores nesta safra da uva. De acordo com os produtores e a Embrapa, o problema tem se intensificado nos últimos anos e as principais causas é a pre-sença de fungos no solo e mu-das contaminadas por viroses.

Celso Strapazzon, da comu-nidade de São Pedro, é um dos produtores afetados e conta que perdeu 20% da sua produção de niágara. “Aqui na região o pro-blema é geral, todos os produ-tores estão preocupados com isso. Nos prejudica mais que as fortes chuvas. Inclusive, a inci-dência de chuvas piora ainda mais o problema, pois a água vai levando os fungos de uma raiz para a outra”, explica.

A Embrapa Uva e Vinho rea-liza um estudo sobre a mor-tandade há vários anos e afir-ma que o problema vem se intensificando na região. Lucas Garrido, pesquisador na área de doenças de plantas, explica que a principal razão para essa maior incidência é o fato dos produtores comprarem mudas já contaminadas. “Eles plantam e só vão perceber que ela está infectada com virose quando já

Mortandade de videiras preocupa Fungos e viroses

Embrapa Uva e Vinho afirma que o problema vem se intensificando ao longo dos anos e solução é o manejo correto do solo


Valor de R$ 2 ao quilo compensa perdas do inverno

está na fase adulta. E o proble-ma é que isso vai sendo passa-do de vizinho para vizinho. Um sintoma muito comum disso é a presença de folhas avermelha-das. Sobre os fungos, é preciso ter cuidado com o local onde a muda será plantada. Se for co-locada em uma baixada mais úmida ou em local contamina-

do, com certeza o produtor terá problemas”, comenta.

Segundo Garrido, a Embrapa vem desenvolvendo palestras para auxiliar os agricultores na questão. “Além disso, esta-mos há vários anos purificando mudas para deixar à disposi-ção deles”, cita.

Para sanar o problema, a so-

O agricultor Celso Strapazzon perdeu 20% da sua produção de uva niágara por causa de doenças

lução está no manejo correto do solo, deixando de plantar no local infectado para que assim o fungo morra. Porém isso traz ainda mais dificuldades para os pro-dutores, como cita Strapazzon. “É o certo e não adianta fazer ou-tra coisa, mas a renovação desse solo demoraria até cinco anos. E como é que a gente vai tirar a

Safra de pêssego

nossa renda sem plantar nesse local? É complicado”, lamenta.

Garrido explica que um plane-jamento melhor sobre o espaço que cada produtor tem pode aju-dar. “Não existe solução imediata ou um produto que se aplica e está resolvido. Infelizmente, isso leva tempo”, comenta.

Chuvas

Outro problema que afetou os viticultores nesta safra foi a grande quantidade de chuvas no período de floração, entre outubro e novembro. “Em um dia, choveu 110 milímetros. Era o volume que esperáva-mos para todo o período. E nos outros dias continuou choven-do, então não tem cultura que aguente isso”, diz Strapazzon.

Segundo a Emater, em virtu-de das condições climáticas das últimas semanas (com frequen-tes precipitações e elevadas temperaturas), observa-se em diversos parreirais a incidência de podridões do cacho, espe-cialmente em variedades sen-síveis. “Isso resultando em uma elevação no custo de produção e depreciação do produto. Con-tudo, permanece a expectativa de uma safra com satisfatória produtividade nos parreirais”, diz o técnico Alexandre Frozza.

Produtores de Bento Gonçal-ves e Pinto Bandeira comemo-ram o valor do pêssego alcan-çado nesta safra. Com venda a R$ 2 ao quilo na propriedade, foi possível recuperar parte do prejuízo que eles tiveram no inverno, quando alguns perde-ram até 80% da sua produção por causa das fortes geadas.

O técnico da Emater, Ale-xandre Frozza, explica que, apesar dos estragos provoca-dos pelo clima, observou-se uma recuperação no volume final produzido e comercia-lizado em comparação com a safra anterior. “As maiores perdas foram observadas nas variedades de ciclo precoce e as menores perdas nas va- Geada prejudicou variedades mais precoces da fruta, como a Chimarrita

riedades tardias, sendo estas normalmente colhidas em ja-neiro”, explica.

Ele também ressalta que ou-tro fato positivo foi o desenvol-vimento antecipado das plan-tas, que ocorreu em virtude de um inverno ameno e prima-vera quente e chuvosa. “É um fato positivo comercialmente, pois a colheita das variedades tardias coincidiu com o perío-do de maior demanda por fru-tas in natura. Ressalta-se que as perdas se referiram em vo-lume de produção, pois os fru-tos apresentaram bom calibre, coloração e sabor”, avalia.

O produtor Evandro Faghe-razzi, porém, afirma que mes-mo com um bom valor alcança-

do, não irá conseguir recuperar as perdas. “Foi uma porcenta-gem muito alta de prejuízo, não tem como reverter. O preço compensa um pouco, mas gos-taríamos de poder vender em maior quantidade a um preço mais acessível para o consumi-dor”, comenta. A solução que ele encontrou foi investir em outras culturas, como a amei-xa. “Aí equilibra e temos mais opões. Tem que ter um pouco de cada para ter renda o ano todo”, afirma.

A produção de pêssego em Bento Gonçalves envolve em torno de 80 agricultores, em 125 hectares. Em Pinto Ban-deira, são 400 agricultores em 1020 hectares.

SILVIA DA

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A solenidade de posse dos deputados estaduais na

tarde de sábado, 31 de janeiro, foi como deveria ser, um mo-mento solene. Mas o que impe-rou mesmo foi um clima festi-vo. Muitos abraços, sorrisos e brincadeiras de deputados que como João Fischer, Alexandre Postal e Aloísio Classmann, iniciavam o seu sexto mandato. A maioria dos deputados esta-va reencontrando colegas após o recesso para um ritual com o qual já estão acostumados. Em contraposição, 22 dos 55 depu-tados estão iniciando seu pri-meiro mandato e ainda se acos-tumavam com as formalidades. Daí certo atraso para a eleição da mesa diretora, já que não estavam familiarizados com o sistema eletrônico de votação.

Também não deixou de ha-ver certo clima de emoção pela presença do senador Pedro Si-mon, em seu último dia como senador e encerrando 60 anos de vida pública no mesmo mo-mento em que o filho Thiago assumia uma cadeira na As-sembleia pela primeira vez. Outro caso de pai veterano prestigiando filho estreante foi o do ex-ministro de Agricultura Francisco Turra, que recebeu um beijo no rosto do filho Sér-

Responsabilidade governista

Composição da nova mesaPresidente – Edson Brum (PMDB)Primeiro Vice-pres.– Ronaldo Santini (PTB)Segundo Vice-pres. – Gilmar Sossella (PDT)

Primeira Secretária - - Sivana Covatti (PP)Segundo Sectretário – Edegar Preto (PT)Quarta Secretária – Liziane Bayer (PSB)

Gerson [email protected]

Deputados assumem mandatoAssembleia Legislativa

Edson Brum(PMDB) foi eleito presidente em cerimônia que contou com a presença do senador Simon, em fim de carreira

Alexandre Postal é líder do Governo José Ivo SartoriSatisfeito por ter alcan-

çado mais uma reeleição e chegando ao sexto manda-to consecutivo, o deputado Alexandre Postal (PMDB) passa desempenhar a fun-ção de líder do governo no Parlamento, um dos cargos de destaque na Assembleia, já exercido por ele na gestão Germano Rigotto, entre os anos de 2003 e 2004. “Serei, no Legislativo rio-grandense, o interlocutor com o Executi-vo, algo que exige muito dis-cernimento e capacidade de articulação”, disse Postal.

Ronaldo Santini é o vice-presidente, Edson Brum, o presidente e Manuela D´Ávila a campeã de votos

Alexandre Postal e Álvaro Boessio representam os interesses da Serra

gio, tão logo este concluiu seu juramento.

O governador José Ivo Sarto-ri fez uma passagem relâmpago pelo plenário, visto que tinha

viagem marcada. Ele não ouviu o discurso de despedida do pre-sidente Gilmar Sossella. Aliás, poucos deputados pararam as conversas paralelas para escu-

tá-lo. Sossella relembrou seu discurso de posse, quando citou que um agricultor havia chega-do à presidência do Legislativo Estadual. Referiu também as

dificuldades financeiras do es-tado que pactuou a dívida de 9,5 bilhões em 98 e depois de já ter pago 17 bilhões de reais ainda deve 47 bilhões. Ele sugere que além da redução de juros obtida recentemente se lute para dimi-nuir de 13 para seis ou sete por cento o comprometimento da receita corrente líquida para o pagamento desta dívida históri-ca do Estado.

O deputado Edson Brum, em quarto mandato e natural de Rio Pardo, foi eleito por 52 votos contra dois para presidir o legis-lativo em 2015. Obedecendo o rodízio dos partidos com maior número de deputados os próxi-mos presidentes da legislatura já estão definidos e serão Silva-na Covatti (PP), Edgar Preto do PT e Marlon Santos(PDT).

Como exige o momento, Brum destacou a necessidade de con-tenção de gastos. Segundo ele, o Legislativo é o poder que mais tem contribuído na contenção de gastos. “Nos últimos dez anos foram tomadas medidas que, somadas, representam econo-mia de 2,7 bilhões de reais.

Brum enfatizou ainda que pela primeira vez a Assembleia tem 15 bancadas partidárias. “Toda esta pluralidade exigirá que a democracia seja exercita-da ao máximo para que todos, independentemente do tama-nho, sejam ouvidos”.

Ele garante que não faltarão dedicação, seriedade e transpa-rência no trabalho. “O momen-to é delicado, com as finanças em situação crítica, de acordo com os números divulgados por parte da secretaria da Fazenda. As medidas já anunciadas e ou-tras que virão têm o amargor proporcional às dificuldades de caixa. Ninguém que admi-nistra gosta de tomar medidas que desagradam, mas o Sartori foi eleito com mais 64% dos votos para tirar o RS do fundo do poço em relação às finan-ças. Precisa da confiança e da

parceria de todos”, ponde-rou o peemedebista.

Postal também exerceu a função de vice-líder do go-verno nos quatro anos do governo Antônio Britto. Ele lembra que a função de lide-rança de governo é exercida por um parlamentar “que age em nome do governador. É alguém com a responsabi-lidade de colocar projetos em votação ou retirá-los da pauta, por exemplo. Pode-se dizer que é um porta-voz do Piratini no Palácio Farrou-pilha”, comentou.

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Novo preço, velha insatisfação

Após diversas denúncias de postos de combustível que es-tão se beneficiando do aumen-to tarifário para praticar preços acima do permitido, a Fundação de Proteção e Defesa do Consu-midor (Procon), passará a fazer vistorias nos estabelecimentos, podendo aplicar multas que chegam a R$ 30 mil a quem fez reajuste acima de 4%.

Embora o mercado de com-bustível seja livre, elevar o preço sem justificativa poderá ser con-

siderado aumento abusivo, ex-plica o coordenador do Procon Maciel Giovanella. O aumento repassado pela Petrobras foi de 4%. Em virtude da mistura de etanol, que baratearia os preços, caracterizaria um aumento en-tre 2,5% e 3% para as bombas, o que não é a realidade em di-versos postos da cidade. Giova-nella destaca que a participação do consumidor é indispensável no monitoramento a postos que pratiquem valores abusivos.

púbico. De acordo com o dire-tor da empresa Bento Trans-portes, Pedro Guarnieri, o re-passe acarretará um aumento de cerca de 3% no valor das passagens. “É inevitável, o combustível representa 20% dos custos dos ônibus, em-bora tenhamos discutido e protocolado um novo valor para o primeiro semestre com a prefeitura, teremos que re-passar o aumento a partir de julho”, explica.

“Ser comerciante, com carro próprio e não ter prejuízos em 2015 será uma tarefa muito difícil. Com esse novo paco-te de aumentos do Governo, onde eu pagarei mais por mi-

nha matéria prima, que é im-portada, e pelo combustível do frete em entregas minha margem de lucro ficou muito reduzida”, comenta o empre-sário Fábio Crisler.

A indignação também tomou conta das redes sociais. Segun-do Josiane Aline Boroto, admi-nistradora da página Na Mes-ma Moeda BG, que objetiva protestar contra os aumentos no sábado, 7, a situação já não é mais tolerável e o cidadão bento-gonçalvense precisa de-monstrar sua revolta. O grupo fará um protesto pacífico, onde se deslocarão até diversos pos-tos da cidade para abastecer R$ 0,50 e exigir nota fiscal.

O novo pacote de medidas do Governo, que rea-

justou taxas cobradas sobre impostos como o Pis/Cofins, responsável por parte do va-lor final sobre combustíveis, passou a vigorar em 1° de fe-vereiro. A alteração tributária que pegou muitos motoristas de surpresa, fez com que o preço da gasolina disparasse nas bombas. Em alguns pon-tos da cidade, o valor chegou a R$ 0,32 mais caro do que o preço praticado anteriormen-te, atestando uma elevação de aproximadamente 6%.

Como era de se esperar, a me-dida, que renderá aproximada-mente R$ 12 bilhões anuais aos cofres públicos, não foi bem re-cebida pelos condutores. Para o caminhoneiro Douglas Larri Cunha, de 46 anos, a alteração fará com que diversos produ-tos tenham seu valor repassa-do. “R$ 0,25 a mais por litro de óleo diesel é um absurdo. Não tenho condições de continuar cobrando o mesmo valor pelos fretes sem ter prejuízos. Terei que reajustar meu preço, que também será repassado pelo meu contratante e assim por diante, até chegar ao bolso do contribuinte”, comenta.

Além dos condutores de veí-culos, a nova alteração tam-bém afetará, em médio prazo, os dependentes do transporte

Controle

Combustíveis

Reajuste do valor da gasolina nos postos chegou em alguns casos há mais de R$0,50 e surpreende negativamente

Procon poderá multar postos por preço abusivo

Valores passaram a valer em fevereiro e variam entre R$ 3,19 e R$ 3,56

CRISTIAN

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Cristiano Migongeral [email protected]

Posto Bairro Antigo (R$) Novo (R$)Minneapolis Progresso 3,02 3,34Motta Cidade Alta 3,08 3,35Belluno Jardim Glória 2,99 3,29Bianchi Centro 3,16 3,38Botafogo Botafogo 3,11 3,39Faria Lemos Faria Lemos 3,08 3,33Posto Bento Maria Goretti 3,12 3,42Posto Cavalleri São Vendelino 3,09 3,41Posto São Pedro Cohab II 3,12 NDPozza Juventude 2,99 3,38São Bento Cidade Alta 3,12 3,44Posto Barracão São Francisco 3,13 3,45Zambon São Roque 3,09 3,39Posto Anderle São Valentim 2,89 3,19Valdano Pinto Bandeira 3,10 3,40Santo Antão Santo Antão 3,11 3,41Novo Shopping São Bento 3,11 3,42Abast. Serrana Maria Goretti 2,89 3,29Posto São Paulo Borgo 3,04 3,35Barça Borgo 3,05 3,35Barracão Planalto 3,13 3,45Serra Gaúcha Fenavinho 2,96 3,19Catalunya São Bento 3,09 3,39Abast. D e S São Roque 3,09 3,39Posto Ravanello São Bento 3,15 3,46Di Trento V. dos Vinhedos 3,19 3,56Casa Nostra Pinto Bandeira 3,15 3,51

FONTE: PROCON

Valor da gasolina comum em Bento Gonçalves

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 201512 Segurança

Foram apreendidas 42 pedras de crack, 10 buchas de cocaína e R$ 423

Um vigilante e um caminho-neiro foram amarrados durante um assalto a transportadora na madrugada de domingo, 1º de fevereiro. Conforme as informa-ções da Brigada Militar, o crime foi comunicado por volta das 5h20min. O vigilante relatou que estava na empresa, locali-zada às margens da RSC-470, quando, por volta das 1h30min, três indivíduos encapuzados e com uma pistola chegaram a pé e anunciaram o roubo. Junto com um caminhoneiro, o vigi-lante foi amarrado e colocado na carroceria de um caminhão. Foram roubados R$ 800, dois notebooks, um computador e um tablet. O cofre da transpor-tadora também foi arrombado, porém a vítima não sabia preci-sar o valor subtraído de dentro. Os ladrões fugiram com um Uno e um Palio da empresa que, mais tarde, foram localizados aban-donados no bairro São Roque.

Trio armado assalta trasportadora

Uma suposta tentativa de roubo a pedestre pode ter ter-minado com o assaltante esfa-queado na madrugada de sá-bado, 31 de janeiro, no bairro Cidade Alta. A trama gerou o registro de duas ocorrências policiais. Ambas têm o horário da 1h30min e um nome em co-mum, Emir Brizola, 36 anos.

A primeira delas, seguindo uma ordem cronológica dos fa-tos, possui Brizola como acusa-do. Conforme informações da Polícia Civil, ele é suspeito de esfaquear um adolescente de 17 anos. Segundo relato da vítima, o acusado o teria abordado na Praça das Rosas para vender um celular. Diante da recusa, Brizola teria puxado uma faca. O adoles-cente, junto com alguns amigos, teria reagido e acabou esfaquea-do na perna.

Enquanto, o agressor fugia, os amigos socorreram o adolescente e o encaminharam para o hospi-tal. Ainda conforme a ocorrência, algumas pessoas que estariam

em um bar da avenida Osvaldo Aranha viram o ocorrido e per-seguiram o acusado em direção a um hotel. O adolescente regis-trou ocorrência, porém não quis representar contra o acusado.

A segunda ocorrência tem Brizola como vítima e foi regis-trada pela Brigada Militar. Con-forme o relato, uma guarnição foi deslocada até a rua Visconde de São Gabriel para verificar uma tentativa de arrombamen-to em um hotel. Ao chegar, os policiais militares encontraram um homem ferido no tórax e no abdômen por arma branca. Bri-zola foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Ur-gência (Samu) e não corre risco de morte. Segundo a vítima, as lesões foram feitas por dois in-divíduos desconhecidos que o atacaram.

Brizola possui diversos antece-dentes policiais, principalmente furtos, e já teria cumprido pena por um homicídio em Farroupi-lha em 1999.

Duas ocorrências com esfaqueados no Cidade Alta

Ação e reação

Tiros no Cidade Alta

Acusado de furto é baleado por vigilanteMaicon Antônio Oliveira segue internado, porém não correria risco de morte

Leonardo [email protected]

O vigilante de uma loja de eletrodomésticos do Cida-

de Alta baleou um acusado de furto na noite desta segunda--feira, 2 de fevereiro. Maicon Antônio Oliveira, de 26 anos, foi atingido no peito e segue internado no Pronto Socorro do Hospital Tacchini em esta-do estável e não correria risco de morte.

Conforme as informações da Polícia Civil, três indivíduos estariam tentando furtar o es-tabelecimento comercial da avenida Osvaldo Aranha pelo terreno do estádio da Monta-nha quando foram surpreen-didos. O vigilante abriu fogo, supostamente para assustar, e dois acusados fugiram cor-rendo, porém Oliveira acabou atingido. O vigilante acionou

Revólver calibre .38 foi apreendido com três munições deflagradas

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a polícia e a vítima foi encami-nhada para o hospital.

A vítima possui alguns an-tecedentes criminais por furto e apreensão de objetos. O vi-gilante, de 51 anos, não pos-sui antecedentes. O revólver Taurus calibre .38 utilizado foi apreendido pela Polícia Civil. A arma estava com três muni-

ções deflagradas, duas intactas e uma de um tiro que falhou.

O vigilante responderá por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Como ele se apresentou de forma espontânea para os policiais não foi lavrado um flagrante e ele responderá ao processo em liberdade.

Um roubo de veículo foi registrado no bairro Tamandaré, em Garibaldi, na noite desta segunda-feira, 2 de fevereiro. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta da 21h30min, um motorista parou para ingressar na ERS-453 quando foi abordado por dois indivíduos armados em uma motocicleta. A vítima foi obrigada a descer do veículo Sorento, de cor preta e placas IPH-5500 de Bento Gonçalves, e um dos assaltan-tes assumiu a direção. Os ladrões fugiram em direção a Farroupilha.

Dupla em moto rouba carro em Tamandaré

Em operação na manhã des-ta terça-feira, 3 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) prendeu um empresário do ramo de internet no bairro São Ben-to. Segundo a investigação, a Italnet Internet Provider não possui autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para atuar e o serviço foi interrompido.

Conforme a delegada Paula Fontanelle, responsável pela investigação, foi cumprido um mandado de busca e apreen-

Uma nova prisão por tráfico de drogas foi realizada na noi-te de sexta-feira, 30 de janeiro, em um conhecido ponto de drogas do bairro Eucaliptos. Conforme as informações da Brigada Militar (BM), duran-te patrulhamento de rotina na rua Ari da Silva, por volta das 20h, policiais do Pelotão de Operações Especiais (POE) abordaram André da Silva Sig-nor, 25 anos. Durante a revista foram encontradas 42 pedras de crack (5,8g), 10 buchas de

Polícia Federal interrompe serviço de internet

Nova flagrante em ponto de tráfico do Eucaliptos

Empresa não autorizada

Policiamento ostensivo

são. A empresa acusada atua no serviço de conexão de inter-net, principalmente, em Bento Gonçalves. Foram apreendi-dos materiais e documentos na sede da empresa para que a investigação prossiga. O fla-grante foi lavrado na delegacia de Caxias do Sul. O acusado pagou a fiança arbitrada e irá responder ao processo em li-berdade.

A operação contou com seis policiais federais e dois agen-tes da Anatel.

cocaína (3,6g) e R$ 423.Signor, conhecido pela al-

cunha de Badé, possui quatro acusações de furtos e é suspei-to de um homicídio em 22 de fevereiro do ano passado. Ele estava em liberdade desde o dia 13 de janeiro. Na ocasião, o juiz responsável determinou pela soltura ao entender que não haviam mais elementos para manter a prisão preventiva do acusado. O processo sobre o ho-micídio de Assunção Alves dos Santos está em fase final.

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015 13Segurança

Combate aos roubos

Blindagem intimida assaltantesInvestimentos em segurança diminuem crimes contra lotéricas e ladrões passam a mirar farmácias e postos de combustível


As autoridades policiais costumam explicar que o

crime migra. Conforme os ban-didos se sentem acuados pelas ações de segurança e preven-ção, eles trocam de alvos ou de região. Alguns anos atrás, em Bento Gonçalves, os ataques contra agências lotéricas eram comuns. No primeiro mês deste ano, os roubos a postos de com-bustível e furtos com arromba-mentos em caixas eletrônicos ganharam os noticiários.

A segurança pública atuaria em constantes ciclos. Após a constatação de uma nova ten-dência criminosa, a Brigada Militar, com o policiamento ostensivo, Polícia Civil, com a investigação, e empresas de segurança privada, com seus produtos, se adequam e res-pondem a esta criminalidade. Enquanto este crime específi-co acaba estancado, crimino-sos acabam encontrando uma nova área vulnerável para agir, reiniciando o ciclo.

O exemplo prático pode ser constatado com a situação das

Assustadas com último crime, funcionárias requisitaram um vigilante

Blindagem nos caixas é apontada como motivo da redução dos crimes

Brigada Militar irá traçar perfil de farmácias assaltadas

agências lotéricas em Bento Gonçalves. Alvos constantes de roubos alguns anos atrás, os empresários investiram na segurança de seus estabele-cimentos. “Basicamente, é a blindagem que ajudou bastan-te. Praticamente todas as lo-téricas estão blindadas agora. É um investimento um pouco alto, mas que vale a pena. Pela tranquilidade para os funcio-nários, os bandidos também evitam onde há a blindagem e para os próprios clientes é mais seguro”, explica o empre-sário Arnaldo Maso, que atua há sete anos no ramo.

No ano passado, apenas dois roubos a agência lotéricas fo-ram registrados pelo 3º Bata-lhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT). O últi-mo deles ocorreu no dia 3 de junho na rua General Gomes Carneiro, no Centro. “A segu-rança pública, como a própria Constituição afirma, é dever do Estado, mas é direito e res-ponsabilidade de todos. Neste quesito da responsabilidade, alguns comerciantes adotaram medidas de segurança que vie-ram a fortalecer o nosso traba-

lho e garantir aos próprios uma tranquilidade maior. O que teve uma repercussão bastante positiva, como os números in-dicam”, explica o capitão Reni Onírio Zdruikoski, comandan-te interino do 3º BPAT.

Para Maso, a blindagem pra-ticamente resolveu o problema nas lotéricas. Porém, a segu-rança pública merece mais atenção do Estado. “É um pro-blema que não é só em Bento, é em nível de Brasil. O aten-dimento é bom, mas vemos poucos policiais nas ruas. Nos meus casos, quando a gente precisou a polícia sempre aju-dou e de forma ágil. Em um dos casos até prenderam os assal-tantes. O trabalho preventivo também é muito bom. Quando percebemos gente ociosa próxi-ma, comunicamos e a BM sem-pre verifica a situação”, relata.

Outros investimentos em segurança padrões adotados pelas agências lotéricas são câmeras de monitoramento, internas e externas, e o uso, por meio de empresas terceiri-zadas, de cofres boca-de-lobo e carros-fortes para o transporte de valores.

Em Bento Gonçalves, as far-mácias parecem ser os alvos preferidos dos assaltantes. O comandante interino do 3º BPAT, capitão Reni Onírio Zdruikoski, explica que a Bri-gada Militar constata picos de ocorrências de tempos em tempo. Porém, os roubos as farmácias são uma constante. Para combater esta situação, o 3º BPAT irá entrar em contato com o Sindilojas para a realiza-ção de medidas preventivas.

“A questão é que os roubos a farmácia não param, são uma constante. Diante disto, nós iremos conversar com o Sindi-lojas, ou outra associação res-ponsável, para verificar a pos-sibilidade deles nos enviarem uma relação com todas as far-mácias e suas localizações. A partir disso, pretendemos veri-ficar quais já foram roubadas e analisar o perfil destas farmá-cias. Nós analisamos muito o

perfil do delinquente, mas des-ta vez iremos analisar o perfil da vítima para tentar identifi-car o porquê de determinadas farmácias estarem sendo mais roubadas que outras. Assim que tivermos determinado este perfil, iremos solicitar ao Sindilojas uma reunião para apontar nossas conclusões”, explica o capitão.

A intenção do comando do 3º BPAT é determinar quais investimentos em segurança apresentam melhores resulta-dos neste tipo de empreendi-mento. Uma sugestão previa-mente apontada pelo capitão Zdruikoski trata da qualidade de imagem e do posicionamen-to das câmeras de monitora-mento. “É preciso ter câmeras posicionadas de forma que realmente possam identifi-car a fisionomia do indivíduo. Exemplificando, se eu fosse um proprietário, colocaria uma

ou duas câmeras, de forma não ostensiva, estrategicamente posicionadas em uma altura mediana, entre 1,5m e 2m, de forma que capte uma imagem da face do indivíduo. Existem câmeras em tudo o que é lugar, porém estas não assustam o delinquente, pois, muitas ve-zes, não trazem um resultado efetivo na investigação. Jus-tamente por não conseguir se divulgar esta imagem pela falta de nitidez e o posicionamento errado”, argumenta.

O último roubo a farmácia foi registrado no dia 24 de ja-neiro na rua Júlio de Castilho, no Centro. Dois indivíduos chegaram de motocicleta e pegaram o dinheiro do caixa. Após o fato, as funcionárias solicitaram ao proprietário a contratação de um vigilante para continuar trabalhando. Desde quinta-feira, o seguran-ça reforça o turno da noite.

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Quarta-feira, 4 de fevereiro de 201514 Esporte

Apesar de inconstante, equipe bento-gonçalvense conquistou sua segunda vitória com 19 pontos de Refatti

Vitória no Distrito Federal

Escalando objetivos na Superliga BBento Vôlei/Isabela vence UPIS/Brasília fora de casa e se prepara para enfrentar o líder Santo André no próximo sábado


Foi preciso o tiebreak, mas o Bento Vôlei/Isabela al-

cançou seu objetivo no Dis-trito Federal e conquistou sua segunda vitória na Superliga B. Após duas rodadas, a equi-pe ocupa a segunda colocação e no próximo sábado, 7 de fe-vereiro, disputará a liderança com a equipe do Santo André.

A partida contra o UPIS/Brasília, disputada na tarde de sábado, foi marcada pela inconstância da equipe bento--gonçalvense. As parciais re-tratam bem as alternâncias no desempenho da equipe: 18 a 25, 26 a 24, 13 a 25, 25 a 20 e 9 a 15. “Foram altos e baixos. No momento em que conse-guimos jogar o nosso voleibol, que buscamos como padrão, vencemos com tranquilidade. Mas não mantivemos o nível, principalmente no contra--ataque”, explicou o técnico Fernando Rabelo.

O ponteiro William Refat-ti foi o maior pontuador do Bento Vôlei/Isabela com 19 acertos. No bloqueio, o oposto Tuba demonstrou maior apro-veitamento, marcando seis de um total de nove pontos do

BENTO

VÔLEI, D

IVULG

AÇÃ

O

Colorado 0 x 0 Anunciata (5 a 3 nos penâltis)Longo 0 x 1 TanderaSantos 2 x 2 Esperança (6 a 5 nos penâltis)São Caetano 2 x 0 Oliveira e SantanaDallas 0 x 0 Amigos do Nego (2 a 4 nos penâltis)Cruzeirinho 0 x 0 Ouro Verde (7 a 6 nos penâltis)PSG 0 x 0 São Gotardo (4 a 3 nos penâltis)Santa Helena 0 x 0 Guarani (5 a 4 nos penâltis)Municipal 0 x 0 Foppa (4 a 5 nos penâltis)

13h - Palmeiras x Os Mascarados13h30min - Unidos Zatt x Amigos da Bola14h - Meriene x Gigantes do Norte14h30min - Águia Dourada x Panizzi15h - Lajeadense x Fronteira15h30min - 24 de Maio x Ibituba16h - Rizzardo x Olimpicos da Serra16h30min - Conquista x Cruzeiro17h - Destroyer/Seiva do Mate x Sertorina

Resultados de domingo, 1º de fevereiro

Próxima rodada, 7 de fevereiro

time neste fundamento.Para o técnico Rabelo, a de-

fesa da equipe funcionou e o trabalho de passe subiu de produção. Porém, é preciso trabalhar para evitar esta in-constância apresentada. “Não gostaria que isso acontecesse, mas é algo que temos a crescer e estamos trabalhando para isso. O importante é conseguir os resultados e seguir crescen-do”, resumiu.

Duelo de líderesem Bento

Com o placar do jogo, a equi-pe bento-gonçalvense ocupa a segunda colocação da Superli-ga B com cinco pontos, apenas um atrás de Santo André. Os paulistas serão os próximos adversários do Bento Vôlei/Isabela no próximo sábado, 7 de fevereiro, às 20h, no Gi-násio de Esportes. “Estamos nos preparando para um jogo duro, difícil. É a oportunidade para todo mundo ver um belo jogo de voleibol e nos apoiar. O nosso objetivo é vencer. Temos consciência que Santo André talvez seja o nosso ad-versário mais direto pela vaga na Superliga principal”, ante-cipou Rabelo.

Tabela Superliga B

1º Santo André2º Bento Vôlei/Isabela3º Sesi-SP 4º Sada Cruzeiro 5º Barão/Blumenau6º Foz do Iguaçu 7º UPIS/Brasília8º Três Corações

Ptos 65433210

V 22111100

Sets Perd.23444566

Sets Venc. 66544432

D00111122

24º Torneio de De La Pinta

Muito equilíbrio em Pinto BandeiraA primeira rodada da 24ª edi-

ção do Torneio de De La Pinta, tradicional campeonato de fu-tebol amador de Pinto Bandei-ra, foi de poucos gols e muita emoção nos pênaltis. Em nove partidas, apenas as equipes do Tandera e do São Caetano con-seguiram conquistar a classifi-cação no tempo normal.

Além dos vencedores, as equipes do Anunciata, Guarani e Oliveira e Santana conquis-taram a vaga para a fase final pela repescagem nos pênaltis.

No próximo domingo, 8 de fevereiro, mais nove partidas decidirão os outros 12 classifica-dos. Os jogos terão duração de 30 minutos, divididos em dois tempos e sem intervalo. O cam-peonato será decidido dia 22.

Em busca constante por me-lhorar, o Farrapos criou um novo cargo em sua comissão técnica. O argentino Mario To-más Oliva Carreras, 40 anos, é o novo coordenador técnico da equipe e trabalhará com o plantel principal e o cresci-mento das categorias de base do clube. A ideia é que o novo coordenador complemente o trabalho realizado pelo Car-litos Baldassari na equipe adulta. Enquanto o uruguaio orientará os backs, Oliva será o responsável pelos forwards.

A primeira ação de Oliva po-derá ser vista no Rugby Camp, que ocorrerá em Águas Claras nos dias 7 e 8 de fevereiro.

Argentino reforça comissão técnica do Farrapos

Rugby

Mario Oliva será o novo coordenador técnico da equipe

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Rosalice Manzoni ao lado de Taisa e Lucas Daneluz, durante a inauguração da nova sede da agência Batuca

Rodrigo Cavallet, Izadora Zir e Fábio Casonatto, prestigiaram

confraternização da Bentoincorp

João e Inês Strapazzon, Padre Izidoro, Lucilene e José Lírio Panizzi, participaram do encontro de despedida do pároco no salão paroquial Santo Antônio

Vilson e Elisabete Ferronatto, em tradicional evento realizado pela comunidade Santa Helena

Gorete Marin, Terezinha Festi, Maria Helena Agostini e Celito José Faé, se divertiram, em festividade da paróquia Cristo Rei

Cultura Italiana

A Serra Gaúcha, por sua beleza e história, tem atraído diversas produ-ções audiovisuais. Em janeiro e fe-vereiro, a jornalista Marcia Monteiro estará na região para a gravação de um documentário. A produção será intitulada “Pertencimento”. O docu-mentário terá como foco a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil, as di-ficuldades que eles encontraram ao se estabelecerem aqui e os laços que criaram com o país.

Datas EspeciaisDia de Santo André Corsini

EventosCine+AnimaçãoFilme: As aventuras de Peabody e ShermanLocal: Fundação Casa das ArtesHorário: 15hInformações: (54) 3454.5211

Datas EspeciaisDia de São Paulo Miki e companheiros Dia do Agente de Defesa Ambiental

EventosJantar “História do Vale dos Vinhedos”(todas as sextas no mês de fevereiro)Local: Hotel & Spa do VinhoHorário: 20hInformações: (54) 2102.7200

Divulgue seu evento: [email protected] Fone: (54) 3455.4500

Datas EspeciaisDia de Santa Águeda (Ágata) Dia do Datiloscopista

AgendaHoje

Amanhã

Sexta-feira

Dia 7 de fevereiro3ª Caminhada Ecológica e CulturalLocal: Vale do Rio das Antas Informações: (54) 9173.7277

Dia 8 de fevereiroMaratona do VinhoLocal: Vale dos Vinhedos, em frente a Aprovale Horário: 7hInformações: (54) 9149.1438

Dia 8 de fevereiroFesta em honra a Nossa Senhora de LourdesLocal: Salão da Comunidade, Garibaldina Horário: a partir das 10h45minInformações: (54) 3452.1093

De 9 a 13 de fevereiroColônia de FériasRealização: Sest Senat e SescLocal: Sede do Sest SenatInscrições: até dia 6 de fevereiroInformações: (54)3452.6103

Dia 14 de fevereiroBaile de Carnaval do Clube BotafogoLocal: Salão Nobre do Clube Horário: 20h30minInformações: (54) 3453.1996

Programe-se

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

SociaisJS 15

FOTO

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A Edição

www.jornalsemanario.com.br

24 páginas

Primeiro caderno .................... 16 páginasClassificados .......................... ..8 páginas

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira4 DE FEVEREIRO DE 2015ANO 48 N°3101R$ 3,00

Cresce consumo de suco de uva

Estragos

Mais transtornos com novo temporal

Página 6

Trabalho

Funcionárias da CCS protestam na Câmara

Página 5

Setor vinícola

CRISTIAN

O M

IGO

N

Página 8

Documents

04/01/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.101