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Um breve estudo sobre o papel da universidade no Planejamento Urbano e Regional na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
A brief study on the university's role in Urban and Regional Planning in the Metropolitan Region of the Paraíba Valley and North Coast
Resumo: Diversos artigos têm reconhecido a importância da Universidade no
planejamento urbano e regional, seja como consequência do desenvolvimento na cidade
em que são instaladas, seja na formação de gestores, urbanistas e planejadores, como
criadora e divulgadora de conhecimento, ou como parte do diálogo dos agentes regionais
com os governos estaduais e federais. Levando essas informações em consideração, este
artigo tem como objetivo tecer um breve estudo sobre as Universidades privadas da
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e o seu papel na contribuição ou não de políticas
ou discussões relacionadas ao Planejamento Urbano e Regional com cursos relacionados
a essa área.
Palavras-Chave: Planejamento Urbano e Regional, Universidade, RMVale e Litoral Norte,
Cidade, Formação
Abstract: Several articles have recognized the importance of the University in urban and
regional planning, either as a consequence of the development in the city in which they are
installed, or in the formation of managers, urban planners and planners, as creator and
disseminator of knowledge, or as part of the dialogue of the agents With state and federal
governments. Taking this information into account, this article aims to provide a brief study
on the private universities of the Metropolitan Region of the Paraíba Valley and its role in
contributing or not to policies or discussions related to Urban and Regional Planning with
courses related to this area .
Key-words: Urban and Regional Planning, University, RMVale and North Coast, City,
Training
1. A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e suas Universidades (RMVPLN)
O processo de criação e organização das Regiões Metropolitanas se tornou possível
a partir da Constituição Federal de 1988, em que era plausível a formulação de uma política
de desenvolvimento regional, uma vez que cada estado possuiria autonomia para definir
suas Regiões Metropolitanas. Como observa Maria (2016, p. 11), cada institucionalização de
Região Metropolitana envolve interesses variados e complexos, ideologias e ações
administrativas e políticas, e nem sempre existe neutralidade no processos e critérios de
inclusão ou exclusão de municípios. Criada em
2012, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte engloba 39 municípios,
com grande parte deles sendo parte do eixo da rodovia Eurico Gaspar Dutra, unindo assim
tanto municípios de localização privilegiada, quanto municípios considerados estagnados a
partir do auge cafeeiro na primeira metade do século XX (MARIA, 2016 p. 16).As cidades
Bananal e Areias, por exemplo tidas antes como grandes produtores de café, tiveram uma
redução de até 96,4% na produção de café na década de 1930, enquanto outras cidades
como Guaratinguetá, Lorena, Pindamonhangaba e São José dos Campos não tiveram uma
redução tão acentuada e passaram a fomentar outras atividades, entre elas a têxtil (RICCI,
2006, p. 28). Para RICCI, foi esse capital que permitiu que esses municípios fossem
pioneiros na industrialização regional (RICCI, 2006, p. 29).
Não se pretende nesse artigo discutir os critérios ou méritos da inserção ou não dos
municípios na Região Metropolitana, nem os objetivos alcançados pela sua criação. No
entanto, a RMVPLN é uma das maiores Regiões Metropolitanas criadas. Com 2.453.387
moradores (fonte 2016, a RMVPLN é a 12º região mais populosa, com um crescimento de
14,74% desde 2010 e uma taxa de crescimento acima da estadual e do país; de todas as
Figura 1. Localização da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVale) no Estado de São Paulo e no Brasil. Fonte: Wikimedia Commons.
cidades que compõe a região metropolitana, São José dos Campos é a maior, com 695.992
habitantes. De acordo com o Jornal "O Vale", o que contribui para atrair novos moradores
para as cidades da Região Metropolitana é o parque industrial, oportunidades de negócios e
as universidades (ALVES,2016).
Como observa Dantas e Clementino (2014, p. 230), é inquestionável a importância
da Universidade na formação de recursos humanos, produção científica e inovações
tecnológicas, assim como sua influência no desenvolvimento nas cidades em que algumas
universidades foram instaladas: elas geram e articulam fluxos de mobilidade ao atrair uma
dinâmica social e gerar efeitos multiplicadores em diversas atividades econômicas,
incorporando setores sociais mais dinâmicos ao território e se tornando
uma referência simbólica de conhecimento, modernidade e inovação.
Para que seja promovido o desenvolvimento social, econômico e ambiental, o
conhecimento deve estar dotado de racionalidade técnica para que sejam legitimados e
ganharem força no circuito administrativo, sendo então importante aliar a extensão
universitária e a pesquisa com práticas populares; com a propagação do conhecimento pode
ocorrer o empoderamento e capacitação de cidadãos para disputar seu lugar nos espaços
públicos (CADAS ET AL, 2007, p. 18).
Para Caldas et al , ao abrir a Universidade para a população, disponibilizando suas
estruturas, como seus laboratórios e órgãos de pesquisa, pode-se contribuir para a
erradicação de diversos problemas pontuais na sociedade (2007, p. 19).O autor cita o
Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais (LTECS), do Programa de Pós-
graduação em Desenvolvimento Regional e Urbano da Universidade de Salvador, como um
exemplo: ela tem como objetivo a construção de tecnologias sociais baseadas na
cooperação entre a sociedade e a Universidade para a criação de conhecimentos que
tenham como objetivo promover o desenvolvimento ambiental, social, econômico e cultural
na qual está inserida.Assim, a LTECS visa a aplicação do conhecimento tecnológico e
científico produzido em centros de pesquisa, organizações não-governamentais e
governamentais e nas Universidades em junção com o conhecimento produzido pelas
comunidades Dessa forma, para o autor, a cooperação da comunidade e da Universidade
são fundamentais para a construção de uma sociedade sustentável, baseada "nos pilares da
cooperação, solidariedade e de respeito ao conhecimento das comunidades locais"
(CALDAS Et AL, 2007, p.17-22).
Existem 9 Universidades inseridas na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral
Norte, entre instituições públicas e privadas.1 Neste estudo não foram levados em
considerações Institutos de Ensino ou Faculdades Isoladas, apenas núcleos Universitários
ou campus derivados de uma unidade central, mas cuja unidade na RMVPLN é de cursos
presenciais. Também não foram levados em consideração Universidades da modalidade
“EAD”.
Embora o planejamento urbano e regional seja uma temática dividida em várias
seções e escalas, e cada área disciplinar ao estudar um recorte oferece uma contribuição
diferente, e o planejamento urbano "verdadeiramente crítico e inteligente" não demanda
apenas a limitação do planejamento físico-territorial, mas sim a economia urbana, a cultura,
a forma de organização das populações envolvidas, os processo sociais atuantes, o
contexto político-nacional (SOUZA,1992, p. 125), este artigo limitará a sua análise às
1 Centro Universitário Teresa D´Ávila – UNIFATEA (instalado em Lorena); Fundação Universitária Vida Cristã – FUNVIC (Pindamonhangaba); Universidade Estadual Paulista – UNESP (São José dos Campos e Guaratinguetá); Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (São José dos Campos); Universidade Paulista – UNIP (São José dos Campos); Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL (Lorena); Universidade de Taubaté – UNITAL (Taubaté) e Universidade do Vale do Paraíba – UNIVAP (Caçapava, Taubaté, Campos do Jordão e São José dos Campos), Universidade de São Paulo – USP (Lorena) .
Figura 2. Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e suas sub-regiões. Fonte: Emplasa, 2016.
formações de planejadores pelos cursos oferecidos nas Universidades de Arquitetura e
Urbanismo e Planejamento Urbano eRegional.
Assim sendo, das nove Universidades da RMVPLN, são oferecidos 7 cursos presenciais
relacionados a essa temática2, provenientes de 4 faculdades: UNIP, UNIVAP, UNITAL e
UNIFATEA. Os cursos da UNIP e UNIVAP são oferecidos somente em São José dos
Campos, representando 4 dos 7 cursos, enquanto os 2 cursos da UNITAL são oferecidos
somente em Taubaté e o curso da UNIFATEA apenas em Lorena.
1. UNIP: Arquitetura e Urbanismo (1 curso de Graduação);
2. UNIVAP: Arquitetura e Urbanismo (1 curso de Graduação), Planejamento
Urbano e Regional (1 curso de mestrado e 1 dedoutorado);
3. UNITAU: Arquitetura e Urbanismo (1 curso de Graduação), Planejamento e
Desenvolvimento Regional (1 curso deMestrado);
4. UNIFATEA: Arquitetura e Urbanismo (1 curso de Graduação),
Não foi possível encontrar resultados com essa temática nas outras 4 Universidades
(FUNVIC, UNESP , UNIFESP, UNISAL, USP - dessa forma, todas as Universidades que
tem cursos relacionados à temática são privadas. No entanto, das nove Universidades da
região, a maioria (6) oferece rodas de conversa, discussões, concursos e participações
ativas em discussões relativas ao Planejamento Urbano e regional nos últimos 3 anos,
mesmo sem possuir cursos nessas temáticas . Para essa análise, foram vistas as primeiras
cinco páginas de resultados da pesquisa no Google Search, utilizando como palavra chave
UNIP: Em Agosto de 2014, alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo participaram da
Feira Construvale, expondo trabalhos com a temática de reutilizar materiais de descarte
para criação de objetos úteis no cotidiano das pessoas 3 ;
UNIVAP: Em 2015, a Universidade recebeu o “Fórum de Desenvolvimento Econômico
Sustentável”, em parceria com o IPPLAN (Instituto de Pesquisa, Administração e
Planejamento) e a prefeitura da Cidade de São José dos Campos4 ; a Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo realiza todos os anos a Semana das Engenharias, Arquitetura e
Urbanismo, com uma série de palestras e atividades voltadas para esse área 5; em 2015,
2
3 Alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo participam da Feira Construvale 2014. Acesso em 8 de Abril de 2014. Disponível em:http://www.unip.br/comunicacao/exibe_noticia.asp?id=54154 Univap recebe na próxima quarta-feira Fórum de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Acessoem8 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.colegiosunivap.com.br/home/universidade/noticias-e- eventos/noticias/noticias-univap-recebe-na-proxima-quarta-feira-forum-de-desenvolvimento-economico- sustentavel.htm5 Estudantes de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo discutem tecnologia, qualidade e meio
os alunos dos cursos de arquitetura e urbanismo discutiram com o secretário de
transporte os detalhes do projeto de Mobilidade Urbana 6; em 2016, o coordenador do
programa de doutorado de Planejamento Urbano ministrou uma palestra na
Conferência Municipal de São José dos Campos sobre o desenvolvimento urbano do
município de SJC 7 ; em 2016, foi oferecido o seminário “A experiência de construção do
Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) nas Regiões Metropolitanas”, em
parceria com o Programa Espaço e Sociedade do INPE (PESS-INPE) e a Agência
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (AgemVale)8
UNITAU: Em 2014, a UNITAU realizou a 34ª Semana da Arquitetura 9; em 2015, os
alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unitau reproduziram em maquetes a
área central da cidade de Taubaté, tendo como objetivo "promover melhor entendimento
da estrutura urbana da cidade entre os estudantes" 10; também em 2015, o jornal
Gazeta de Taubaté publicou uma notícia de que o governo de Ortiz Junior, do PSDB,
estudava alterar a composição do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano) em relação à distribuição das 18 vagas do Conselho: haveria um erro na
presença de representantes da UNITAU tanto no grupo de órgãos governamentais
quanto no de entidades não governamentais - de acordo com o vereador Joffre Neto do
PSB, os representantes da UNITAU deveriam ficar apenas como representantes de
órgãos governamentais, e não sociedade civil11 ;
UNIFATEA: Em 2016, a UNIFATEA realizou a Semana de Arquitetura e Urbanismo
abordando o tema “O Arquiteto e Urbanista em seu papel social” em Lorena 12,
UNIFESP: Em 2014, a UNIFESP lançou em conjunto com o CAU-SP e IAB-SP o
"Concurso Público Nacional de Arquitetura" para os campi de Osasco e SãoJosé dos
ambiente na Univap. Acesso em 8 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.seruniversitario.com.br/mec/estudantes-de-engenharia-arquitetura-e-urbanismo-discutem-tecnologia-qualidade-e-meio-ambiente-na-univap6 Audiência pública do PlanMob será na Casa do Idoso nesta quarta-feira Acesso em 8 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.sjc.sp.gov.br/noticias/noticia.aspx?noticia_id=204717 Univap participa da Conferência Municipal de São José dos Campos. Acesso em 8 de Abril de 2017. Disponível em: http://infotauvale.com.br/univap-participa-da-conferencia-municipal-de-sao-jose-dos- campos/8 Univap será palco de discussões sobre o planejamento urbano da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Acesso em 8 de Abril de 2017. Disponível em:http://localpress.com.br/index.php?&pagina=noticias&ideditoria=3&inicio=903&id=4559 TV UNITAU: Semana de Arquitetura - UNITAU. Acesso em 9 de Abril de 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=96wd_H7akgI10 Alunos de de Arquitetura da Unitau fazem maquete do centro de Taubaté. Acesso em 9 de Abril de2017. Disponível em: http://www.meon.com.br/educacao/educacao/alunos-de-de-arquitetura-da-unitau-fazem-maquete-do-centro-de-taubate11 Expansão urbana: Ortiz ameaça mudar composição do CMDU. Acesso em 9 de Abril de 2017.Disponível em: http://gazetadetaubate.com.br/expansao-urbana-ortiz-ameaca-mudar-composicao-do-cmdu/12 Alunos do UNIFATEA promovem Semana da Arquitetura e Urbanismo Destaque. Acesso em 9 de Abril de 2016. Disponível em: http://fatea.br/site/graduacao/bacharel/arquitetura-e-urbanismo/item/487-alunos- do-unifatea-promovem-semana-da-arquitetura-e-urbanismo.html
Campos, com propostas para moradias estudantis como um local que "constrói
identidades, novas redes de sociabilidade e pode ser entendida como um espaço de
fortalecimento da autonomia estudantil", além de garantir condições de estudo e
acesso, direitos estudantis e autonomia e protagonismo do aluno na Universidade 13 ;
UNISAL: Em2016, a Prefeitura de Lorena convocou por decreto a IV Conferência
Municipal da Cidade de Lorena, como preparação para a VI Conferência Nacional das
Cidades, para ser realizada na UNISAL com o tema 'A Função Social da Cidade da
Propriedade'15; também em 2016 a UNISAL ofereceu suas estruturas para apoiar e
sediar o evento Projeto “Lorena Resiliente: uma oportunidade inédita no Brasil”, com o
apoio da Prefeitura de Lorena, tendo como objetivo conscientizar a comunidade sobre
áreas de risco e prevenção de tragédias naturais, a UNIFATEA também participou do
evento 14 ;
Não foram encontrados resultados relacionados à FUNVIC, UNESP e USP/Lorena.
Constata-se que todos os cursos relacionados a Planejamento/Desenvolvimento Regional e
Arquitetura e Urbanismo são oferecidos em Universidades privadas na Região Metropolitana
do Vale do Paraíba e Litoral Norte, englobando apenas 3 das 39 cidades da Região: São
José dos Campos, Taubaté e Lorena. Além disso, das 6 Universidades estudadas que
participam de discussões relacionadas ao tema, apenas uma é pública (UNIFESP).
Cabe aqui um breve comparativo com uma região metropolitana similar: a Região
Metropolitana de Campinas. Criada em 200, engloba 20 municípios e de acordo com o Guia
de Investimentos de 2010, a Região possuía 13 instituições de ensino superior, sendo 6
delas Universidades ---- - relatório cita apenas universidades de campinas.
2. As Universidades da RMVale e Litoral Norte no contexto dos Programas PLUR
Como observa o Relatório da CAPES de 2016, a área de Planejamento Urbano e
Regional se originou no início da década de 1970, com a finalidade de formar e implementar
políticas urbanas em diversos níveis de gestão e implementação desse campo do
conhecimento nas universidades brasileiras. Durante a década de 1980, não foram abertos
novos cursos, pois a área de conhecimento era abordada juntamente com os cursos de
13 Concurso Nacional de Arquitetura – Moradia Estudantil da Unifesp. Acesso em 9 de Março de 2017. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/757623/concurso-nacional-de-arquitetura-nil-moradia- estudantil-da-unifesp14 Projeto do Cemadenconta com apoio do UNISAL. Acessoem 9 de Abril de 2017.Disponívelem:http://unisal.br/projeto-do-cemaden-conta-com-apoio-do-unisal/
Arquitetura e Urbanismo.Já durante a década de 1990 começaram a ser criados novos
cursos nessa área, com o credenciamento de programas de mestrado e doutorados
(DOCUMENTO, 2016p.2).
Analisando a área de“Planejamento Urbano e Regional e Demografia” (PLURD), com
as subáreas de Planeamento Urbano e Regional e Demografia, o Documento da Área de
2016 produzido pela CAPES concluiu que entre 1998 e 2016, o número de programas de
pós-graduação na área passou de 6 para 47 no país (DOCUMENTO, 2016, p. 3). No
Relatório de 2013, a UNIVAP e a UNITAU representavam duas das três universidades de
São Paulo listadas com programas da área de Planejamento Urbano e Regional; dos três
cursos do Estado de São Paulo, o curso da UNIVAP é o mais antigo (recomendado pelo
MEC em 2000) e o da UNITAU e da UFABC os mais recentes, sendo recomendados em
2009 e 2010/2012 (DOCUMENTO, 2013,p.2).
O quadro abaixo, do Documento de 2013, lista os programas da sub-área de
Planejamento Urbano e Regional no país. Nota-se que das três Universidades que oferem o
curso no Estado de SP, duas são da RMVale.
Figura 3. Fonte: Documento de Área 2013, CAPES.
A questão de interdisciplinaridade no cursos, apontado pelo Relatório da CAPES de
2016, é mais pontual no que diz respeito à área de Planejamento Urbano e Regional e
Demografia. Uma vez que não existe essa formação na graduação, de forma que os cursos
de pós recebem discentes de diferentes áreas, necessitando de um diálogo multidisciplinar e
um corpo docente com formação variada (DOCUMENTO, 2016, p. 7). Por isso, de acordo
com a CAPES(2013, p. 15), os programas precisam definir a sua interlocução com os
campos profissionais e apresentar de forma claraos objetivos da criação do curso,
demonstrando coerência com os objetivos da área.
Como observou Almeida, as Universidades tendem a priorizar a preparação
profissional do estudante, prejudicando a sua formação universitária, tendo como argumento
o alinhamento dos cursos com a demanda do mercado profissional (ALMEIDA, 1997,
p.23).Para o autor, as disciplinas universitárias que são afins da arquitetura tendem a
desempenhar um papel secundário no ensino, sendo consideradas apenas um meio de
treinamento ou fonte de informações, com a supressão da possibilidade de cursar
disciplinas não administradas pelo curso decorrente de um ensino com sobrecarga curricular
e extremamente especializado, com aumento da carga horária(limitando a interação com
eventos culturais fora do âmbito universitário), com o argumento de que "quanto mais
atividades e disciplinas próprias melhor será a preparação do profissional" (1997, p.30).O
autor também menciona o argumento de que, se preparado apenas por profissionais da sua
área em específico, o estudante será melhor preparado - no entanto, uma área de estudos
dentro de uma Universidade não é isolada e apenas com professores específicos, uma vez
que é necessário o intercâmbio de atividades e experiência em áreas afins (ALMEIDA,1997,
p. 31).
Analisando os cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo das faculdades
presenciais da RMVale e Litoral Norte, em alguns casos fica claro o alinhamento percebido
por Almeida entre a formação universitária e o mercado de trabalho. Em relação à UNIP, o
resumo dos objetivos conforme publicado em seu site prioriza a qualificação técnica:
O curso de arquitetura e Urbanismo tem como objetivos principais:
1) promover vivência e desenvolver a consciência das relações entre os espaços
edificados e os variados e complexos espaços urbanos e sociais em que aqueles
devem integrar-se;
2) estimular a criatividade em relaçao à organizaçao de tais espaços;
3) aprofundar o estudo dos fundamentos culturais, históricos e socioeconômicos
da profissão, e
4) propiciar as simulações de sólidos conhecimentos dos meios técnicos de
execuçao, aplicados e consolidados na prática projetiva. Em síntese, o curso
forma profissionais aptos a conceber os espaços físicos da paisagem urbana, das
edificações e dos objetos, modelos e detalhamentos (UNIP15)
O curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVAP não tem definido em seu site na página da
Universidade seus objetivos específicos, mesclando o perfil do aluno egresso com alguns
dos objetivos do curso. O curso parece priorizar o meio ambiente como parte da formação
do estudante, além da formação técnica:
Cidadão com conhecimento, técnica e sensibilidade artística para atender a
sociedade com soluções espaciais e plásticas adequadas à modernidade e ao uso
de materiais e técnicas contemporâneas aplicadas em projeto. Além disso, a
execução de projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo e paisagismo,
edificações, planejamento urbano e design, projetando espaços para conforto da
sociedade, sem interferir no meio ambiente.
O curso também se refere ao objetivo de reforçar os aspectos ambientais em todas
as fases de formação do estudante, principalmente naquelas disciplinas de projetos, onde o
eixo norteador deverá ser a preocupação com a sustentabilidade ambiental, social e
espacial (UNIVAP16). O curso da UNITAU, pela sua página na internet, mostra que o curso
está voltado para a formação de profissionais para o mercado de trabalho:
O curso de Arquitetura e Urbanismo da UNITAU busca formar profissionais que
atendam às diversas áreas do mercado de trabalho atual, cada vez mais
preocupado com as questões ambientais. Commais de 96% de mestres e
doutores, a grade curricular possibilita ao aluno participar desde a elaboração e
construção de empreendimentos até o planejamento de uma região, bairro ou
cidade, por meio do plano diretor e do zoneamento, que vão direcionar o
crescimento do local. (UNITAU17)
O curso da UNIFATEA, de acordo com seu site, é o que mais tem relação com a
interdisciplinaridade citada pelos autores explorados no artigo, tendo como foco a formação
15 Arquitetura e Urbanismo. Projeto Pedagógico do Curso (PPC). Acesso em 11 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.unip.br/ensino/graduacao/tradicionais/exatas_arq_urbanismo.aspx16 Arquitetura e Urbanismo. Acesso em 11 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.univap.br/universidade/graduacao/feau/cursos/arquitetura-e-urbanismo.html17 Arquitetura e Urbanismo. Departamento de Arquitetura. Acesso em 11 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.unitau.br/cursos/graduacao/arquitetura/arquitetura-e-urbanismo/
de profissionais relacionando as necessidades sociais, culturais, estéticas, econômicas,
planejamento do espaço, urbanismo, paisagismo, meio ambiente e patrimônio histórico:
O Curso de Arquitetura e Urbanismo têm como objetivo a formação de arquitetos e
urbanistas que sejam profissionais aptos a compreender e dar respostas às
necessidades sociais, culturais, estéticas e econômicas das comunidades, com
relação ao planejamento do espaço, ao urbanismo, à construção de edifícios, ao
paisagismo, bem como à conservação e valorização do patrimônio construído,
proteção do equilíbrio natural e à utilização racional dos recursos disponíveis.
(UNIFATEA18)
Em relação aos cursos de pós-graduação, a página voltada para os cursos de mestrado e
doutorado de Planejamento Urbano e Regional da UNIVAP cita diversos objetivos
relacionados com a socialização do conhecimento além de uma reflexão crítica e
interdisciplinar:
"[...] direcionando as pesquisas para a produção do conhecimento (teoria) que
sustente a profundidade crítica/analítica dos processos históricos e
contemporâneos de organização da sociedade no espaço/território/ambiente. Além
disso, compromete-se com a busca de compreensão e crítica do planejamento
concebido e/ou realizado dentre suas concepções diversas. Seu foco está na
reflexão crítica sobre o processo de produção do espaço urbano e regional da
sociedade contemporânea, centrado no âmbito das ciências sociais aplicadas com
interfaces com as áreas de conhecimento das ciências exatas e tecnológicas,
como ainda das ciências biológicas e das humanidades, das quais são oriundos os
docentes deste Programa. Nesse sentido, o Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em Planejamento Urbano e Regional, da UNIVAP, tem como objetivos
gerais o fomento às ciências voltadas: às investigações, propriamente dita; a
educação compreendida como ensino e formação de quadro de pesquisadores; e
a socialização do conhecimento desdobrada ao avanço do desenvolvimento
social. Estes três âmbitos científicos estão atrelados ao conhecimento sobre a
produção social do espaço e do ambiente e os processos de planejamento urbano
e regional da sociedade contemporânea com vista a construir seu futuro de modo
intencional comprometido com a justiça social19.
Em uma descrição mais extensa do programa do que o curso de graduação de Arquitetura e
Urbanismo, os cursos de pós-graduação da UNIVAP voltado para essa temática também
18Menu Arquitetura e Urbanismo, Apresentação. Acesso em 11 de Abril de 2017. Disponível em: http://fatea.br/site/urbanismo-apr.html19 Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional. Mestrado e Doutorado. Acesso em 11 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.univap.br/universidade/instituto-de-pesquisa/doutorado-em-planejamento-urbano-e-regional/programa.html
citam a lacuna nos estudos e planos regionais a respeito da metropolização brasileira,
sendo a inserção regional um dos eixos norteadores da proposta dos programas.
De forma similar, o programa de Mestrado em Desenvolvimento Urbano e Regional da
UNITAU tem como objetivo divulgar o conhecimento resultante das pesquisas do programa
e aprofundar o debate acadêmico sobre as regiões em prol do desenvolvimento regional:
Os principais objetivos do Mestrado Acadêmico em Planejamento e
Desenvolvimento Regional podem ser sintetizados nos seguintes tópicos:
a) A partir da análise crítica e reflexiva, contribuir para estabelecer o embasamento
teórico necessárias à compreensão dos processos de desenvolvimento da região
do Vale do Paraíba Paulista, compreendendo e caracterizando suas
especificidades;
b) Investigar, de forma comparativa, as relações entre a dimensão regional
estudada com outras regiões e elaborações teóricas sobre o desenvolvimento;
c) Contribuir para fomentar as discussões científicas sobre a visão sistêmica do
conceito de desenvolvimento, sob a óptica interdisciplinar, considerando os
aspectos sociais, culturais, econômicos, históricos e ambientais como variáveis
que o compõem;
d) Formar pesquisadores capazes de problematizar, investigar, diagnosticar,
analisar criticamente e avaliar questões relativas ao escopo do desenvolvimento
regional. (...)20
3. A educação superior como parte de uma política de desenvolvimento nos municípios de São José dos Campos, Taubaté e Lorena
Como observou a justificativa para o convênio entre a Prefeitura de São José dos Campos e
a UNIFESP em 2008 , em uma relação entre a população de São José dos Campos e o
número de Estabelecimentos de Ensino Superior Públicos e Gratuitos (EESPG) da cidade
entre 1980 e 2004, houve uma redução de oferta de vagas de 105% (LEI Nº. 7510/08, 2008,
p. 10)
20 Mestrado Acadêmico em Planejamento e Desenvolvimento Regional. Departamento de Economia, Contabilidade e Administração. Acesso em 11 de Abril de 2017. Disponível em: http://www.unitau.br/cursos/pos-graduacao/economia-contabilidade-e-administracao/mestrado-academico-em-planejamento-e-desenvolvimento-regional/
Em relação a São José dos Campos, cidade que concentra a maioria dos cursos
relacionados à área, o Plano Municipal de Educação 2015-2025 mostra que das 10
Instituições de Ensino Superior instaladas no município, 8 são de iniciativa privada, 1 é do
Governo Estadual e 1 é da União; além disso, pelo Censo do Ensino Superior de 2013, do
30.511 mil alunos matriculados no ensino superior, 27.163 eram provenientes de cursos
privados, enquanto 1.288 eram federais e 2.060 estaduais (PLANO, 2015).
Como observou o relatório da Lei Nº.7510/08, a Universidade é considerada como
um local de conhecimento construído pela sociedade para trabalhar com o conhecimento,
uma vez que as nações mais desenvolvidas são as que conseguem disseminar o
conhecimento para a sociedade (Lei Nº.7510/08, 2008, p.11), resultado em tecnologias e
inovações. A interação entre o que é considerado desenvolvimento e educação também é
perceptível no Plano de Mobilidade Urbana de 2015, em que uma das atividades que tem
potencial para alterar a dinâmica da cidade e da região é a "geração de conhecimento,
pesquisa e educação superior em interação com o setor produtivo induzindo à produção de
inovação" (CADERNO, 2015, p.76)
Em 2015, o Plano de Mobilidade Urbana também considerou a UNESP e a UNIVAP
como "agentes dinamizadores da vida noturna local", embora a iluminação inadequada torne
os locais inseguros para os fluxos noturnos, o Plano nota que a área tem ocupações
voltadas para os estudantes e de interesse social (CADERNO, 2015, p.66). Isso demonstra
que as Universidades são elementos de destaque no contexto urbano da cidade: a UNIVAP
e a UNIP também são citadas na lista de caracterizações de dinâmicas da ocupação e
expansão urbana na cidade no Caderno Preliminar do Relatório da mobilidade urbana -
Diagnóstico e prognóstico de 2015 (CADERNO, 2015, p. 239). As instituições de ensino
superior também são citadas como parte das características que fazem o município ser
"considerado um centro de referência na área científica" (CADERNO, 2015, p. 8). O
Plano de Desenvolvimento Rural sustentável também citam as instituições de ensino
municipal e regional como "potenciais parceiras para o desenvolvimento de tecnologias
sólidas para a Zona rural do município", citando a UNIVAP, UNIP, UNESP, UNIFESP e
UNITAU (PLANO, 2015, p.77)
Em um mapa desenvolvido pela EMPLASA em 2011, é possível observar que os
principais da RMVPLN que são destaque nos deslocamentos para trabalho e estudo são
São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá, Caraguatatuba e Cruzeiro. Com o relatório
de Caracterização Socioeconômica da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral
Norte de 2013, as cidades de Paraibuna, Pindamonganhangaba , Caçapava, e Jambeiro
têm São José dos Campos como referência para educação e estudo universitário, enquanto
Taubaté e Jacareí também são pontos de destino importantes para estudo. A primeira se
destaca como referência em ensino técnico e universitário para Pindamonganhangaba,
Lagoinha, São Luís do Paraitinga, Redenção da Serra e Natividade da Serra
(CARACTERIZAÇÃO, 2013).
Ainda sobre a relação das Universidades com os governos da RMVale, no Pano
Municipal de Educação de Taubaté, tem-se como meta a fomentação da cooperação
científica entre empresas e instituições do ensino superior do município, assim como outras
Instituições de Educação Superior e Instituições Científicas e Tecnológicas, e incentivar o
intercâmbio científico e tecnológico entre as instituições de ensino da região (PREFEITURA,
2015, p.29).
Em Lorena, tem-se como meta a instalação de instituições de ensino superior que
tenham a modalidade de Educação à Distância de forma a ampliar o acesso a educação
(PLANO, 2016, p. 17), e também propor parcerias com instituições privadas ou públicas de
ensino superior que tenham projetos de extensão universitária com temas relacionados à
Figura 4. Mapa da EMPLASA de 2011 mostra os principais locais de deslocamentos.
administração pública utilizando os espaços ou vagas ociosas ou subutilizadas que existam
nas instituições de ensino superior.
4. Considerações FinaisComo propagadora e formadora de conhecimentos, a Universidade tem em suas
mãos a oportunidade, entre outras, de formar cidadãos que possam atuar na esfera pública,
defendendo os interesses de suas regiões e erradicando problemas sociais.
Neste breve estudo, foi possível constatar que três cidades da Região Metropolitana
do Vale do Paraíba e Litoral Norte oferecem o curso presencial relacionado a Arquitetura e
Urbanismo e Planejamento e Desenvolvimento Urbano Regional, cursos tradicionalmente
percebidos como importantes na formação de políticas e gestores urbanos.
Não foi possível encontrar estudos que demonstrassem se esse número é pouco ou
suficiente no contexto das regiões metropolitanas, e também não encontramos trabalhos
que mostrassem qual o número ideal de vagas para cursos superiores de ensino por
número de habitante - o número de vagas oferecido por cada instituição depende do
credenciamento no Conselho Estadual de Educação. No entanto, segundo o Censo da
Educação Superior de 2009, as Faculdades municipais do Estado de São Paulo oferecem
mais de 9 mil vagas por ano em cidades com população entre 30 e 100 mil habitantes - e
destas vagas, 56,7% não foram preenchidas no ano de 2009, de acordo com o Censo, por
conta do excesso de cursos em cidades pequenas e mensalidades semelhantes à de
universidades privadas (ALVAREZ e MANDELLI, 2011).
Em relação ao escopo e objetivos dos quatro cursos de graduações oferecidos pelas
Universidades da RMVale na área de Arquitetura e Urbanismo (UNIP, UNIVAP, UNITAU e
UNIFATEA), um prioriza aformação interdisciplinar (UNIFATEA), enquanto outros dois
(UNIP E UNIVAP) priorizam a formação técnica e um prioriza a formação para o mercado de
trabalho (UNITAU). Quanto aos cursos de pós-graduação oferecidos pela UNITAU e
UNIVAP, ambos priorizam uma formação interdisciplinar, com estudos voltados para a área
regional e metropolitana, além da divulgação dos resultados de pesquisas para a sociedade.
Além de se relacionarem com a cidade, as Universidades também são percebidas
pelos seus municípios como agentes transformadores da cidade. Em relação à cidade de
São José dos Campos, com o maior número de cursos relacionados à área, publicações da
prefeitura consideram as Universidades UNESP, UNIP e UNIVAP como agentes dinâmicos
na ocupação da cidade e dinamizadores da vida local, além de fazerem com que a cidade
seja considerada referência na área científica. Em Taubaté e Lorena, cidades que também
contém cursos de graduação e pós-graduação da área estudada, as prefeituras não citam
as Universidades diretamente, mas consideram importante a cooperação entre as
instituições de ensino superior para ampliar o aceso a educação e fomentar a cooperação
científica.
Apesar do pouco número de cursos de graduação e pós-graduação voltados para a
área de Arquitetura e Urbanismo (7) comparados com o número de cidades e sub-regiões
que compõe a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (39), é notável que
das três Universidades listadas neste artigo como detentoras de programa de pós-
graduação em Planejamento Urbano e Regional (UNIP, UNIVAP, UNIFATEA), duas eram da
RMVLPN (UNIP e UNIVAP).
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