Jornal § §

ANO II Segunda quinzena de maio

PORTA VOZ DOS MORADORES DA C.RANDF. REGIÃO LESTE DE SÃO PAULO

N08

Cr$30,(Mí

COLONIAL: CARÊNCIA TOTAL Um dos bairros mais abando-

nado da região de São Mateus, o Jardim Colonial, mostra a mar- ginalização em que se encontra. Seus moradores, representados na Sociedade Amigos nãf) acei- tam mais esta situação e pe-

dem providências urgentes.

AVENIDAS O estado das principais avenidas que dão acesso

a São Mateus, e outras existentes na Zona Leste era regular.

Hoje a situação é diferente, mudou para pior. Inconformados,

moradores e comerciantes criticam a falta de atenção da

prefeitura e exigem conservação e limpeza.

'Ção QUí l^eS^n, w

Horóscopo

Paginai JORNAL DO MORADOR MAIO DE 1982

UM PASSO, UM SONHO

O Jornal do Morador inicia uma nova etapa de sua vida. Com esta edição cumprimos um primeiro perío- do de trabalho, ingressando no perío- do de edições qtiinzenais, um espaço a mais que se abre para o avanço da luta por melhores condições de vida da sofrida gente deste lado da Zona Les*e de São Paulo.

È um marco, sem dúvida alguma. Mas è um marco que não consegui- mos sozirhos, foi importante a parti- cipação de todos aqueles que estive- ram conosco esse tempo todo, nas nossns páginas, no nosso espaço publicitário. O respaldo que os leito- res, a comunidade como um todo nos deram com suas informações, comi suas sugestões, foi talvez a realiza- ção maior.

Antes tínhamos uma idéia, uma vontade imensa de trabalhar pelas necessidades da população, mas sabíamos que só o contato direto poderia dar a realização que almejá- vamos. Mas, muito mais que o conta- to era importante que captássemos as necessidades dos moradores des- ta região, servindo como um canal para levar aos órgãos públicos as reivindicações de toda a coletividade. Acreditamos sinceramente que de- mos um importante passo neste sentido, pois estão aí os resultados, a aceitação do que propomos a realizar, obtendo e ampliando uma faixa de leitores dos mais diferentes

segmentos da comunidade, dos mais diferentes níveis culturais.

È por este caminho que pretende- mos continuar, estimulando o deba- te, a participação coletiva na solução dos grandes problemas, criticando a falta de atenção dos órgãos públicos quando assim for necessário para adefender o direito dos moradores, conquistando novas faixas de leito- res e oferecendo os prèstimos para que o comércio ocupe o espaço publicitário que ele sempre exigiu.

Não podemos deixar de destacar o apoio de nossos anunciantes para a nova jornada que ora se inicia. Com a confiança aqui depositada, com cer- teza do retorno almejado, seja ele direto, com um aumento da ativida- de comercial, seja ele indireto, com as informações, com o debate por- menorizado da sua presença, desta- cando a importância do setor no desenvolvimento social e econômico, o comércio sem dúvida foi a mola mestra oe que precisávamos.

Nesta primeira edição quinzenal, destacamos em matéria de fundo a angustia deste setor, das dificulades do pequeno, médio e grande comer3

ciante, cadal qual no seu nível, em manter o seu ritmo comercial em tempos difíceis como o atual, com os encargos crescentes que sempre lhes estão ás costas. O debate continua e a participação nele está aberta á todos os segmentos da atividade profissional.

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Impresso nas oficinas da CIA. FDITORA JORLÊS,

R. Gaslão da Cunha, 49, Tel. 531-8900 - S.Paulo - SP.

Órgão Informativo da M.C.M. Editora e Assessoria Ltda Avenida Mateo Bei n0 1651 - Sala 4 - São Matheus - S.P. I (tltor Responsável: Manoel F. Santos Redação e Reportagens: Maria Ferreira e Clovís S.Pereira Diagramação: Clovis de Souza Pereira Administração e Publicidade: Joaquim Cordeiro Tiragem: 20.000 exemplares Composição e Fotolttos: Editora Jornalística AFA Ltda. As Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião do Jornal.

Capela Inaugurada

A comunidade Católica Ecu- mênica São José de Jardim Tietê, depois de realizar um trabalho intenso nos últimos meses, inau- gurou no dia Io de maio último a sua tão deseiada capela. Segun- do o Monsenhor Antônio Medei- ros Siqueira, Presidente/Capelão, a inauguração se deu as 9 horas do dia citado na Rua João Gomes Pereira e contou, além das festi- vidades de inauguração, com uma rica programação: Ação Civica, Ação Religiosa e Ação "Esportiva, com a participação dos Escotei- ros do Grupo Santa Cruz, Comu- nidade São José e Sociedade Amigos do Jardim Tietê.

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PREFEITURA URGENTE

"O entra e sai adminis- trador na Regional de Itaque- ra é sem dúvida alguma moti- vo de preocupação para os moradores desta região — afirmou Joaquim Cordeiro — Vice Presidente da Sociedade Amigos da Cidade São Ma- teus. "Recentemente — disse — tivemos a oportunidade de acompanhar o Dr. Cláudio Assunpção administrador da Regional de Itaquera-Guaia- nazes por várias ruas de São Mateus. Por onde passamos foi possível contatar inúmeros problemas muitos exigindo uma atenção imediata da pre- teitura. O Administrador pro- meteu uma rápida solução mas logo veio a substituição e a reivindicação caiu rio vazio".

"Renovamos o apelo agora ao novo Administrador, um homeni sensível com certeza, para que olhe mais para estas bandas. A princípio podemos

apontar algumas situações que merecem uma atenção prioritária, entre as quais os pontos de encontro com a M a teo Bei com as Ruas João Décio Machado Garcia, Aureliano da Silva Arruda, Titã Rufo Luiz Pitta. Todas elas ligam- se com a Mateo Bei e estão em estado lastimável".

SITUAÇÃO DRAMÁTICA

Moradores da Rua João Ve lho do Rego. altura do n0 635 já não sabem mais a quem apelar para modificar a situa ção da rua em que vivem. Se gundo os moradores os piores dias são os chuvosos, quando não há qualquer possibilidade de passar carro, principal mente caminhões. "Vira uma situação dramática, impedin do até mesmo que as crianças saiam de casa para ir a esco Ia".

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Posse da nova diretoria Tomou posse no dia 2 de

maio último a nova diretoria da Sociedade Amigos do Jardim Colonial. A relação, dos componentes empos- sados é a seguinte:

Presidente — Camilo Pedro dos Reis, Vice — Antônio Gimenez Marti- nez, Secretária — Adria Nascimento, Segundo-Se- cretário — José Alves Pe- droso, Io Tesoureiro — Maurício Estevam da Sil- va, 2° Tesoureiro — Antô- nio Lopes, Diretor Social — Pedro Firmino, 2° Dire- tor Social — JoséVitorino de Souza, 3o Diretor Social — José Cantilho da Silva, 1o Diretor de Esporte — Antenor Estevam de Sou- za, Diretor de Relações

Públicas — Joanna Impa- rato de Souza Ferreira.

Conselho Fiscal: Presi- dente — Edson Forte Amato, Vice — Celso For- te Amato, Secretaria Dag- mar Nascimento Gireto. Conselheiros: Arquimedes Moreira Marques, José Araújo, Agripino Velame e Deusdete Francelino Pe- reira.

Conselho Deliberativo: Presidente — José Hum- berto, Vice — Albano An- tunes, Io Secretário — Jorge Luiz Costa, 2o Se- cretário João Martins de Souza. Conselheiros: Francisco Caetano Rodo- valho, Manoel Oliveira Lo- pes e Antenor Geronimo da Silva..

maio de 1982 IAL DO MORADOR Página 3

Rio das Pedras: pontos realmente críticos.

Inconfidência Mineira: cos na Calçada.

lixo e oura- Iguatemi: unr.a tristeza Baroneza de Muritiba, no Parque São Rafael: sem comentários,

A VENIDAS: POÇAS, LAMA, BURACOS, LIXO E... A Comitiva governamental de-

derà estar no bairro ás dez horas, quando o governador deverá des- terrar a placa de inauguração de sua mais nova obra administrati- va. Da comitiva fará parte todos os seus secretários, capitanea- dos pelo Secretário de Obras, a- lém de deputados e um senador. 0 Prefeito também estará presen- te e terá a seu lado o tempo todo os administradores regionais." "Segundo informações do Palá- cio, a comitiva deverá saudar a população que, segundo se espe- ra, deverá tomar literalmente as calçadas das principais avenidas que dão acesso a Avenida Mateo Bei, em São Mateus. São elas: A- venida Rio das Pedras, com para- da obrigatória no encontro com a Avenida Inconfidência Mineira, constando do programa uma ca- minhada por larga extensão da A- venida Mateo Bei".

"Este programa deixou os or- ganizadores dos preparativos bastante preocupados, isto por- que, as referidas avenidas encon- traram-se em estado de completo abandono e, por outro lado, a presença do governador em con- tato direto com o povão, tendo ao meio os buracos, as poças de águas imundas, o mau cheiro, po-

derão criar uma situação vexató- ria para a comitiva principalmen- te em relação a imagem, já que a maioria das autoridades presen- tes estão se desincompatibilizan- do de suas funções para concor- rerem a um cargo nas próximas e- leiçóes. A expectativa criada é em saber o que os administrado- res vão fazer para esconder a má conservação destas avenidas".

ÉVERDADE Embora o quadro acima

seja uma narrativa fictícia, já que não será inaugurada obra nentiuma e nem o bair- ro será visitado por qual- quer comitiva, a verdade è que a situação das referi- das avenidas e outras não relacionadas é desolador, há muito tempo estão ne- cessitando de um recapea- mento e a manutenção de uma conservação constan- te.

Praticamente todas as sociedades amigos de bair- ro têm reclamado uma pro- vidência para esta situação

mas, segundo seus repre- sentantes, apelos não são ouvidos. Da mesma forma, os comerciantes que vi- vem frente a frente com es- te estado de coisas se sen- tem desanimados de tanto reclamar e não verem ne- nhuma providência tomada.

"E assim que eles pre- tendem ganhar as elei- ções" — afirma uma co- merciante em São Mateus. "Com este pouco caso eles não vão chegar a lugar ne- nhum, ê muita indiferença para com avenidas tão im- portantes da Zona Leste, possuidoras de um fluxo de carros intenso, principal- mente devido a ligação que a região tem com o ABC".

Da mesma forma como a Mateo Bei, a Avenida Rio das Pedras tem pontos cu- jo estado ê lastimável e aumenta a medida que o tempo passa, para deses-

pero dos comerciantes e transeuntes locais. Na ave- nida Inconfidência Mineira a situação não ê diferente, como afirma um dos mais antigo comerciantes de Vila Antonieta, Roberto Donatto da Silva, Diretor Comercial da Confecções Donatto Ltda.

Segundo ele, a situação é ainda pior para o estado das calçadas, onde o lixo esparramado sobre elas e os buracos impedem até mesmo a passagem de se-

nhoras com os carrinhos, obrigando-as a caminhar pelo meio da Rua.

Para Donatto, a prefeitu- ra deveria olhar mais esta região que, embora a Av. Inconfidência Mineira toda necessitede reparos, ê ine- gável que o trecho entre a Rua Cardeal João de Oli veira Melo e a Coronel José Lopes Toledo, é um dos pia res de Vila Antonieta. som contar os terrenos DíIICJIGí outro grave probiema que os comerciantes e os mora- dores têm que enfrentar".

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MAIO DE 1581

Criticasaopacote eleitoral 0 novo pacote eleitoral

enviado pelo governo ao Congresso Nacional con- tinua recebendo criticas de toda a oposição. Tam- bém as emendas não esca- pam as observações dos parlamentares que vêem em muitas delas nada mais, nada menos que ações casuisticas para ga- rantir por todos meios a próxima sucessão presi- dencial para o PDS. Exem- plo disso é o projeto do íeputado Edson Lobão |»e prevê o colégio eleito-

ral que vai escolher o novo presidente da República aumentado para compor- tar mais seis vereadores por Estado e mais seis deputados estaduais por Estado.

Segundo o Deputado J.G. de Araújo Jorge, PDT, Rio de Janeiro, "a inten- ção do projeto é inviabili- zar de vez a alternância do poder e assegurar pelo menos mais uma década de domínio por parte do grupo que o detém".

Débitos anistiados 1 A Prefeitura de São Pau- lo deverá cancelar os débi- tos de até Cr$ 2.000 dos contribuintes. Medida neste sentido foi tomada pelo ex-prefeito Reynaldo de Barros à Gamara Muni- cipal. O Cancelamento foi solicitado, segundo as

fontes, para evitar o acú- mulo de processos inviá- veis e improdutivos em tramitação nas repartições municipais. A anistia fis- cal abrange todos os débi- tos de valor original infe- rior a Cr$ 2 mil, desde que vencidos até 31 de dezem-

JORNAL DO MORADOR

bro de 1978, englobados ali tributos, multas e pre- ços públicos, ou até 31 de dezembro de 1980, nos demais casos. •

Figueiredo na TV Anunciado insistente-

mente pela Rede Globo, o Presidente Figueiredo terá um programa pela TV to- dos os domingos depois do "Gol do Fantástico". Neste programa que já tem um nome provisório. "O Povo e o Presidente", Fi- gueiredo responderá dire- tamente as perguntas dos telespectadores.

Essa iniciativa da Rede Globo já está preocupan- do seriamente os partidos de oposição pois, com a manutenção das restri- ções da Lei Falcão (que ainda veta a presença de candidatos no video em período eleitoral), o pro- grama irá beneficiar o PDS. E o que eles recla- mam é omesmo direito.

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ELEIÇÕES 82 Por que o PMDB e a Tendência Popular?

Maria Lúcia Diante da situação em

que vivemos: carestia, desemprego e falta de li- berdade para resolvermos os nossos problemas e participarmos das deci- sões do pais, fica claro que votar no PDS significa mantermos essa situação.

Mais o PDS ainda é forte e tem procurado todas as formas de sair vitorioso nas eleições de 82. Para isso tem lançado os paco- tes eleitorais com a proibi- ção do voto de legenda e das coligações partidá- rias.

O povo precisa se unir e votar num partido que te- nha diversas forças repre- sentadas para poder derro- tar o PDS nas urnas. Con- quistara liberdade e resol- ver os problemas do de- semprego e da carestia. No PMDB, de alguns anos para cá, se uniram diver- sas forças. Nele se encon-

Sabíno Velloso tra os diferentes setores da sociedade representa- dos: estudantes, profes- sores, operários, campo- neses, pequenos comer- ciantes, enfim todos os democratas interessados em conquistar um regime de amplas liberdades.

Porém na união dessas diversas forças os setores populares tem procurado formar uma corrente de luta em defesa dos seus interesses. Formar a Ten- dência Popular: uma cor- rente que articula o Parti- do aos movimentos procu- rando garantir vitórias para as lutas populares.

Com um partido repre- sentado por diversas for- ças e com os setores populares articulados na defesa dos seus interes- ses fica mais fácil de se derrotar o PDS. Maria Lúcia Sabino Vello- so é Socióloga formada pe- la Universidade Federal Fluminense.

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Na Felipe Marinete o mato encobre a casa. O Jardim Colonial é um presidente da entidade.

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bairro triste. Por suas ruas cobertas de mato, o esgo- to corre a céu aberto ex- pandindo o mal cheiro. Nos bares e botecos na calada da tarde, na pingui- nha de sempre, rostos cansados, desanimados, formam uma paisagem de- salentadora, onde a raiva pelo descaso das autorida- des que agem como se não soubessem que o bair- ro existe se mistura com o medo que ronda o cair da noite. O Jardim Colonial é um dos bairros mais aban- donados da periferia de São Paulo.

"A nossa meta — diz Camilo Pedro dos Reis, presidente da Sociedade Amigos, é tentar mudar alguma coisa. Buscar me- lhoramentos porque nin- guém maic agüenta esta situação. Parece que fo- mos castigados, esquece- ram-se de nós".

Acompanhado do vice-

Antonio Gimenez Marti- nez, o presidente fala compassadamente, procu- rando marcar bem a serie- dade da situação: "Olha — diz ele — você pode andar por todas as ruas do bair- ro que os problemas são os mesmos, não existe uma só rua, mesmo a Felipe Marinete que é a única asfaltada, em boas condições, falta tudo". E faz um relato mais porme- norizado das dificuldades enfrentadas:

"O bairro tem mais de 14 mil habitantes, tem um posto de saúde que fun- ciona precariamente, tem dentista mas não tem ma- terial, dois médicos quan- do se precisa de mais, uma favela com uma popu- lação superior a cinco mil pessoas vivendo em péssi- mas condições, sem água e sem luz, pelas ruas a falta de limpeza é total, trazendo graves riscos pa- ra as famílias pois, devido

os terrenos baldios e o lixa existente, as nossas casas são invadidas diáriamentf por ratos, estimando-sd que haja cinco ratos pd habitante".

Outros problemas sêJ apontados, como a faii de condução jã que nãl existe mais linha de ônil bus no Jardim Colonial,! falta de limpeza do Gina sio, o córrego sempre uij perigo constante devidoj possibilidade de desaba mento, a iluminação públí ca que ainda não tem neii um ano de uso e já teij 30% de suas lumináriai quebradas e, por últimcj total falta de conservaçãj da única praça do bairro, José Vessoni.

"Como se vê — diz J vice-presidente da Socid dade Amigos do bairro,J Colonial está carente d tudo, necessitando urgeiJ temente de providências Neste sentido, estamd formando uma comissão que juntamente com a Aa sociação Cultural e Lii Feminina do bairro, vama reivindicar vários melhoij mentos. De início enviama dois ofícios para asfalto d rua José Rodrigues Santj rém e Baltazar dos Reis, mi vamos trabalhar muito pi ra dar ao bairro um padràj de vida digno".

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MAIO DE 1982 JORNAL DO MORADOR Pagina 7

HORÓSCOPO ÁRIES — A sorte vai ajudá-lo. seja nos negó- cios ou no seu trabalho. Contenha um pouco seu nervosismo. Ouva as pessoas mais velhas. Seus conselhos lhe farão bem.

LEÃO — Um nervosis- mo muito grande pode- rá fazer mal a sua saú- de, não se precipite, nos negócios nada de novo, faça uma retrospectiva e atualise seus contatos.

SAGITÁRIO — Se ti ver dificuldades nos ne- gócios, saiba que os a- migos lhe ajudarão. Vo- cê tem boa saúde, mas cuide bem do seu fíga- do, evite o álcool.

VIRGEM — Não hesite em se encaminhar por um novo caminho, a- proveite uma oportuni- dade financeira. Não assuma riscos principal- mente na estrada. No campo pessoal, não se julgue superior aos ou- tros, saiba se conter e seja um pouco mais mo- desto.

TOURO — Não cometa nenhum erro que possa complicar sua vida sen- limental. A sua saúde não aceitará um regime muito severo, cuidado. No plano financeiro, as- sociações e solicitações favorecidas.

CAPRICÓRNIO — E- xercício não fazem mal a ninguém, mantenha a forma e a saúde. Senti- mentalmente aproveite para fazer um exame de consciência, no campo pessoal, não tenha me- do de mostrar sua cora- gem. Excelente o plano das finanças.

GÊMEOS -- Dinheiro inesperado e sorte nos negócios, o mesmo acontecendo no amor. Por isso não tenha medo de revelar seus senti- mentos a pessoa amada, Sua saúde não será das melhores.

BALANÇA — Seus ne gócios com ótima pers- pectiva, um importante negócio será fechado da melhor forma. No amor não tenha medo de reve- lar seus sentimentos por pudor injustificado.

AQUÁRIO _ Evitar as despesas é o lema. cui- dado com o domínio fi- nanceiro. No amor não espere nada, aproveite para visitar amigos (a) Saúde tranqüila, desde que não cometa exces- sos.

CÂNCER — Grandes possibilidades no jogo, nenhum problema de saúde, no campo amo- roso, um encontro po- derá mudar a sua vida, aproveite. Em seus pro- jetos pessoais não mude a sua decisão, poderá sofrer uma decepção.

ESCORPIÃO - Exce lente clima financeiro, amigavelmente você re- solverá todos os seus problemas. No amor es- tará carregado de emo- ções e sensações que lhe virão a cabeça.

PEIXES — Boa Saúde. Excelente domínio fi- nanceiro. Aja com dis- crição e obtenha o que quer.

ESSE PUBLICO TAMBÉM É EXIGENTE "Onde é que eu assi-

no?" é o titulo da mon- tagem teatral que vem sendo apresentada pelo grupo CACTUS em vá- rios locais da periferia.

No último dia 15, o grupo se apresentou na sede da Sociedade Ami- gos de Vila Ré, conse guindo mobilizar um público muito bom. Mas que não saiu do espetá- culo plenamente satis- feito. Embora a montagem

do grupo aborda temas e mostra situações liga- das ao dia a dia da vida social do homem co- mum, a linguagem,' al- gumas deficiências na própria montagem e a falta de postura de vóz dos atores, prejudica- ram sensivelmente o entendimento do enre- do e o desenvolvimento do próprio espetáculo.

A pesar deste pontos

negativos, o público fi- cou até o final da apre sentação. Fato justifi- cado apenas pelas par- tes musicais apresenta- das pelo grupo, que a- cabaram por suprir as falhas dramáticas do espetáculo.

Num sentido cons- trutivo, vale apena ob- servar nessa oportuni- dade, que vários grupo teatrais, que tem parti- do para uma proposta de trabalho na perife- ria, vem erroneamente pensando que a aborda- gem pura e simples de temas ligados ao ho- mem que Ia vive é sufi- ciente para que o tra- balho seja mostrado a ele, montando e desen- volvendo o trabalho, nos mesmos moldes em que realizam para um público acadêmico, ou de valores culturais mais intelectualizado.

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PáginaS JORNAL DO MORADOR B HHHH ^HiHMBSB DE 19821

QUEM AGÜENTA O ICM?

A Arrecadação de im- postos é a atividade es- sencial para a manutençãc de todas as necessidades sociais coletivas, ou seja, o meio pelo qual a partir da contribuição de cada um se torna possível a realização de benefícios que atenda a população como um todo.

Ninguém pode negar que é com os impostos que os governos realizam suas administrações, constróem escolas, estra- das, hospitais e outras tantas coisas mais. A grande discussão que se faz é a forma de contribui- ção de cada um e a conse- qüente aplicação dos re- cursos. Tema complexo numa sociedade capita- listacomo a que vivemos,

na medida que as distor- ções sociais e as desigual- dades na distribuição da renda são gritantes.

Entre os impostos arre- cadados, o ICM (Imposto sobre Circulação de Mer- cadoria), é possivelmente o mais polêmico, princi- palmente pelo que se sa- be, contribue de forma decisiva na tomada de de- cisões governamentais, daí o porque do próprio governo pretender realizar uma reforma tributária, instituindo alíquotas dife- renciadas do ICM, a pri- meira vista, visando o fa- vorecimento dos consumi- dores dos bens mais es- senciais, as regiões me- nos desenvolvidas e as exportações, tendo ainda uma redefinição das res- ponsabilidades dos Esta- dos e Municípios e da União, acompanhada de nova definição de recur- sos para viabilizá-las.

Esta discussão, sem dú- vida alguma, vem em boa hora, sobretudo quando se sabe das dificuldades dos comerciantes em geral, mas, destacadamente, dos médios e pequenos comerciantes. Não precisa

ir muito longe para saber o que eles pensam, basta apenas perguntar qual o encargo que mais pesa sobre suas costas, como fez o "Jornal do Morador", e ele responderá sem pen- sar: "É o ICM, a estima- tiva..."

Nã são poucos os co- merciantes que reclamam, muito embora deya-se dei- xar claro, que eles não são contra que se cobre e sim que haja um novo estudo sobre assunto, de modo a permitir um alivio maior na sua atividade comercial.

"O imposto é necessá- rio, diz Esrael Mendes da Silva, um comerciante na área de componentes ele- trônicos, mas está sendo lançado alto, de ano para ano o aumento é exorbi- tante, levando-se em con- ta que temos outras obri- gações e que também aju- dam a nos colocar numa situação de extrema difi- culdade, como é o caso do aluguel por exemplo".

Em gênero, número e grau concorda outro co- merciante, este na área de materiais para constru- ção, á quem os impostos,

embora necessários, estão defasados em relação a realidade. Os aumentos retiram aquilo que seria a margem de lucro e o que é pior, têm produtos cujos preços estão fora de cogitação do consumidor, que preferem deixar de fazer alguma construção, esperando uma nova opor- tunidade de preços que nunca abaixam tal a espi- ral inflacionária: "Resulta- do: menas venda, menos atividade comercial".

Sobre a reforma tributá- ria a opinião unanime é de que ela é bem vinda, prin- cipalmente nos moldes que se propõe, aberta a to- dos os segmentos da so- ciedade, demonstrando a conveniência de se proce- der uma reforma tributária que inclua no seu contexto nâo só uma idstribuição mais equitativa dos tributos en- tre Estados e Municípios, mas que propicie também uma reformulação dos en- cargos atribuídos a cada um.

ESPERANÇA QUE NÃO MORRE

De acordo com o co- mentário dos comercian-

tes, a esperança é de que o governo possa avaliar de forma mais racional as taxações. Neste sentido, eles chamam a atenção para fato de que nos últi- mos meses todas as suas obrigações foram ai mon- tadas. Segundo eles, além do ICM, as modificações na arrecadação do IN PS pesou violentamente na balança mensal da firma, sendo necessário umi arro- jo muito grande para com- pensar as contribuições obrigatórias com o fisco e dessa forma manter o ne- gócio em pé.

Chamam a atenção tam- bém que o crescimento da atividade comercial é de importância fundamental para o momento em que se vive, tendo em vista a utili- zação de vasta mão de obra: "Para tanto, dizem — o governo precisa olhar com carinho as dificulda- des dos comerciantes, en- contrar mecanismos que ajudeni contribuir com o desenvolvimento da ativi- dade e não criar elemen- tos que possam contribuir para o fechamento, cujo resultado final é altamente .danoso para todos".

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