14
\ \ \ \ \ b r' .\ Ü l \. b l J ./ O 1997 b)' Antonio btanuc) BandeiraR. Cardaso. rosé Ctaudia BandcfreR. Cardos. C2rlos Albcrto BandeiraR. Cârdoso. olaria Melena C. dc Souu Bmdeira c Marca Corda;to dc SouzaBandeira St4mário Direitos dc edição da obra cm língua portuguesa adquhidos peia EDITARA NOVA FROFIIHRA S.A. Rua Bambina. 25 - BotaÉago CEP; 22251-050 - Riodelanciro - RJ - Brasil Tc1.:(021) 537 8770 - Fa:(02t) 286 67S5 http://wwwnovafrontcira.cam.br PPFIB &b B aa P e eaüqel BBBÜ bPPPBele 7 &luipe dc Produção R2gi8a Maqun !.àb Na,}te }ttliõTbdo So$ SeRIa tSilw Micbelb Chão MúNoArw#o Ct6nica daproültda do Btwil. 1=1auta aet)ciPetsq.bb % % se &ltbbbB-\. .4ndoriitba, andoHnb .....""". Itinerâdo de PaêQaü ««-."«" EsNdoslit átios.. Revisão' .,4na Inda Kronlmbciyr A M$c«ào tn ungmPOMguua. Crtlica de arte ......- Alguma nmq»naencia DiW"«,çh EdMbott 4pobnátlo CIP-Brasil. Catalogação-na-6ontc Sindicato Nacional dos Editora dc livros, RJ \ Bandeira. ManDeI, t886-1969 Sclcu dc Pensa/ Manual Bandcim - Rio dcJaneko Nova Fronteira, 1997 'oro XeroX ISBN 85-209-0896-9 Pateta N.g gO 1. Prosa brasileira. 1. Título 97.]463 CDD 869.98 CDU 869.0(81)-8

b l - edisciplinas.usp.br

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: b l - edisciplinas.usp.br

\

\

\

\

\

b

r'.\ Ü l

\.

b

l

J

./

O 1997 b)' Antonio btanuc) Bandeira R. Cardaso. rosé Ctaudia Bandcfre R. Cardos.C2rlos Albcrto Bandeira R. Cârdoso. olaria Melena C. dc Souu Bmdeira c Marca

Corda;to dc Souza BandeiraSt4mário

Direitos dc edição da obra cm língua portuguesa adquhidos

peia EDITARA NOVA FROFIIHRA S.A.

Rua Bambina. 25 - BotaÉagoCEP; 22251-050 - Riodelanciro - RJ - Brasil

Tc1.:(021) 537 8770 - Fa:(02t) 286 67S5

http://wwwnovafrontcira.cam.br PPFIB &b B aa P e eaüqel BBB Ü bPPPBele 7

&luipe dc Produção

R2gi8a Maqun!.àb Na,}te

}ttliõTbdoSo$ SeRIa tSilw

Micbelb Chão

MúNoArw#o

Ct6nica daproültda do Btwil.

1=1auta aet)ciPetsq.bb % % se &ltbbbB-\.

.4ndoriitba, andoHnb .....""".

Itinerâdo de PaêQaü ««-."«"EsNdoslit átios..

Revisão'

.,4na Inda Kronlmbciyr

A M$c«ào tn ungmPOMguua.

Crtlica de arte ......-

Alguma nmq»naencia

DiW"«,çhEdMbott 4pobnátlo

CIP-Brasil. Catalogação-na-6ontc

Sindicato Nacional dos Editora dc livros, RJ

\

Bandeira. ManDeI, t886-1969

Sclcu dc Pensa/ Manual Bandcim - Rio dcJanekoNova Fronteira, 1997 'oro XeroX

ISBN 85-209-0896-9

Pateta N.g gO1. Prosa brasileira. 1. Título

97.]463 CDD 869.98CDU 869.0(81)-8

Page 2: b l - edisciplinas.usp.br

Vontndc dc mudar as cores do vestido (autiverdcl) tão ícitl

l)c minha palha, dc minha Fada $cm sapatosE scm meias. pára minhaHao pobrínhal

i

A versijicação em lÍttgua poHt4guesa

Delta Larousse, 1960Não tc direi o namc, Fada minha.

Tcu nome é pára amada. é patdazinha.Não rima com mãe gcndl.

Vives cm mim como uma filha. que ésUma ilha de tcrnuq a IlhaBrasil, talvez.

Agon chamarei a cotovia

E pedirei que peça ac} rouxinol do díaQuc peça aa sabia

Para levar-te presto este avigrama:

Pára rúnha saudades ;iiqucm te ama«.Vinfcius dc imorais;"

l

F'O verBO e ecus apol08 Hüdcoõ. -- O verso é a unidade rítmica

do discurso poético. Para salientar o ritmo sc têm valido os poetas, nosvários idiomas. dc recursos formais como sejam os /ar dp ü/i#illizü,

os mZoni dz Hb&«(quantidade), as /I'ma a aZünu@a. o f#ru.úaaz#ü. opana&dlmo, o dzrÚIÚu, o #áaf/ii!»a .ü fáü&m. Estuducmos aqd os quc têm

sido utilizados em nosso idioma. a começar pela rima.

Í.

\

A dma. -- Ri»a é a igualdade ou semelhança dc sons na termina-

ção das palawas: «'4 wq' au cuü. Na rima ar4 dwe há paridade com-pleta de sons a partir dü vogal tónica; na dma arH a13ü a paridade é sódas vogais: as rimas do primcko dpo se chamam a íoa#ex. as do segun-do Jbaa&r.

Na língua francesa costumavam os poetas rimar também a con-soante anterior à vogal tónica: é a chamada lzha ma ra iaa#/p d 'Poi»,

Houve um poeta bmsilciro que empregou intencionalmente esse tipo dcrena -- Goulatt dc Andradc. Scu exemplo não íoi seguido.

Admite-sc cnue as limas consoantes a de vogal abeaa com vogalFechada: óeü, alh.ü. Tanto poetas brasileiros como portugueses amamcomo consoantes duas palavras que têm na sOaba tónica um ditongo,ouu uma vogal 6cchada ou aberta: ól@. úl::igo; &n#b. 71ü(Florbcla Es-pmca). Pocus brasileiros têm praticado tal rima com palavmé agudas:? J, Z# (AJbcrto de Oliveira, Poeiiãa IB série, Garder, 1912, páB 209).

Pocüs pormgucscs rimam os ditongos nasais ã e em aáH aé ür(Antõ-nío Nobre, "Males dc Anta", JaD.

Arma Azcvedo limou. para cfdto jocoso, a palavra [email protected]& coma palawa wã«lzl0a, completando a rima com a Falava átona ü. quc co-meça o verso s%unte, para cuja mcdida concone:

Mandou-me Q senhor vigário

Quc Ihc comprasse uma aiyaüPata alumiar a rí/al;PaDa senhora do Rosário.

Haveria matos ouros pocüs em que respiga naus de ópmrTodavia os que af vio rcpascntam dc maneta mais original a admüirõdca na modems poesia bnsilcita.

l

t

?

!

ll

l

\

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 3: b l - edisciplinas.usp.br

Manctcl Bandeira utilizou-sc desse dpa de rima cm "Vulf$\'aRa" c'A canção tias lágrimas dc Pictrot". GlmatuZ Poetas brasileiros cnntcm-

pnr;incas (Geir Campos. Cüssiâno Ricatdo e outros), sem dúvida l-'rinfluência de Louis Afagam, que 6oi o primeiro a usá-lo na poesia ürancc.

s;t, têm-no introduzido nos seus poemas, mas 62zendo a ou as \'old}atadas pertencer ao verso da rima c nâo ao seguinte:

$cu campanáriodeidcalladrilho,entre o azul do aF c o

chão quc palmito.

("0 sino". Hq f'bEa, Gcir Campos)

Pode a rima ser feita entre a palavra final dc um verso c â palavraande cai a primeira pausa do verso seguinte. É a rima interior. que fnimuito praticada pelos românticos cm quüdms dc versos decassílabos:

Dorme. que cu velo, sedutora lmaBra.Grata z»;mBfn quc no ermo vi;

Dorme -- Impossível -- quc encontrei na tilü \Dorme, g;1117Za. que m não volto aqUI '

("A inda". dc Tomas Ribeiro)

Há qual(o medos principais dc dispor as rimas: f/@a#aln/al {w-tuüf, fHüfadare m/râinuür. l I'a /Wan ül são as que sc sucedem duas

a duas, como no "Minuete" dc Gonçalvcs Crespa:

Espaçoso é o salão: jünas a cada cantoAdmin-se o lavor do teta dc pau-santo.

Cadeias de upaldat com fidvas prcgarias;

Um enorme safa; largas tapcçadas.

R/hdr 17w8udar são as quc, cm'vez de sc sucederem cm parelhas, se

alternam. Numa quadra, por exemplo, o primeiro verso rima com otctccim. c o segundo com o quarto!

Na ma. à direita, porque és a minha dama.

A minha musa ê o mcu pendão.Mas À minha csquctdg na cama.

Do lado do meu canção.

("Heráldica", dc Onestddo de Penna6ort)

NAS rl'na eíréiFM, rimam cm parelha dois versos entre dois ou-MS também limados:

Vbi-se â ptimdK pomba despertada.VH-w ouw m2ís... Mais oum... B enfim dezenas

l)c pombas vão-se dos pombais apenasRaia, sanguha e fresca. 2 madwgada.

("As pombas". de R9imundo Correia)

Há outros exemplos esporádicos dc /ima ü/m'oC assim, da ralivra final dc um verso com palavra anterior do mesmo verso: "Jlldni») ide /Z»aar dz brilhos vidrilhos" ('soturno dc. Belo Horizonte". de Bl:iri«de Andradc); 'tJHàp e certo / @faa a dcsetto/ .e//f / anta du no#dhÍ'absoluto" ("0 rio da dúüda", Oa/;ueóa-íÉw dz a2m. de Cassiano Ricardn\.

São chamadas pobres. e devem scr citadas, as rimas dc pala\rRS

da mesma categoria gramatical: advérbio com advérbio, adjedvo comadjeti\.o, substantivo com sübstandvo, etc., sobrando rias formas dc.mascado aburldantes, como os advérbios em ne#/?, os advérbios CM .n.'f

ou rH/z. os substantivos cm ü ou f?n, os verbos no infinidvo, no particípio passado, oos pretéritos }mper6citos c perfeitos, ctc. Todavia. p(Hcmtais rimas adíúdr-se quando de palavras quc emprestam corça dc ex-pressão ao Contexto. corno se dá nas duas primeiras oitavas dc Oi /zriíbü/

Não procede. pois, a ctldca dc Antõnio Feliciarlo de Castilho classiüican.

do de "imperdoáveis dcsarcs" as almas riüabdar lqaài fdowa&.-!d$carnm, snblimaram,gbriola!, uliolm, v loroia, dilatando, dctpatanao, hbritü .

da daquelas magistrais estrofes. Também são dc usar coH grande cautcll

as rimas clinmadas ricas ou raras. o oposto das rimas pobres ou tHs-iaiç.e club soam às vezes tão aíetadamcnte.

Os versos que não rimam são chamados óxu#rul ou io/zar os qucestão fora da medida, g f&nadoi.

Ri»a iHüünuM sã0 àquelas em que a sucessão é livre, como nes-tes versos de ':Alma cm flor" de AJberto de Oliveira:

Faí... nem lembro bcm que idade cu tinha.

Sc qúnzc anos ou mais;Creio que só quinze anos.« Foi âf fora

Numa fazenda antiga,Com o scu engenho c as alasDe dsdcas sanzalas,

Scu extenso terreiro,

Scu campo verde c verdes canaviais.

En... Também o mês esquece ágataA inHel memória minhas

Maicl« junho«. não sei sc julho diga.

Juba ou agosto. Sei que havia o cheiroDa sassaítás em flor;

A a/b7Füa du /ú « sc Eu com lcuas minúsculas, sendo os versosquc rimam representados pela mesma leva. Assim, o csiluema de duas

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 4: b l - edisciplinas.usp.br

L-.rimas emparelhadas é aq de uma quadra COM rimas cruzadas, .lluh dcoutra CQH rimas enlaçadas, e&ó4 dos versos dc Albcrto de Olívdta cita-

dos atrás, a&rdzgOaudÜE. l

Olho o céu 27a f eepmf f descattso.

ONh Q ctu$io eàt@h-. qlqllifãoae$'aÕ

No ptínclpio 6oi um balanço contínuo c vagaroso

nevoas .Pli pesando HMa lombró indiilinta,Um ganhe bi:0 3RRiu t knf6il broncos IQmü Bruma.A aliteração. -- No scu sentido global, consiste a #/irado cm

repetir um fonema em Falavas seguidas, próximas, ou distantes ml'simetricamente díspostâ& Em scnddo restrito, é, na poesia, a identidadeda consoante inicial. ou da sílaba inicial, dc duas ou mais palavras numverso. Neste sentido dcHiNu-a Pedra Henrfquez-Urcãa cama "rima a''conuáHo -- rima dos começos das palawas, cm quc basta a igualdadedos ioH/duí iniciais ou, cm cenas ocasiões, o !cgülado contraste cnlrceles". A aUtcração tcm quase sempre efeito de hnmoda imitaüvâ:

E, as curvas harpas de oum acompülúmdo,

T$Àas JlaHtins$nfisimos gàusam\Clzhór /ümf de metal «»/upun.

f'X tentação dc Xenócmtcs", dc Olavo Bilat\

No princípio Eoi um balanço continuo c vagaroso.Depôs tudo ano . !i4 Hção de wrloÜ

Os dois primeiros exemplos são do poema 'THstcza descorüê-cida"; o terceiro, do poema "Descanso"; o quarto, do poema "Génese1" (Gl#» dó fíü#r).

O paralelismo. -- Paxuéãi»o é repetição dc idéias sinonímia dcvoçábdos. Cmtiga dc amigo dc PcEO Gonçalves de Pote CKrcito, Uo-wdor poauguês do tempo de Aãonso lll.

O anel do meu amigo

Perdi-o saio verde pinhoE cear'cu, bclal

':lü

O mais longa exemplo de aliteração cm língua pottuBiçsâ é o dcCruz c Souz8 em "Violões que choram.-" (&/ii©:

Vozes veladas. veludos8s vozes,

Volúpias dor víolõcs, vozes veladas,

Vogam Har velhos vórtices velozesl)ai ventos, vivas, vãs, vulcaúzadas.

O and do meti amadoPerdi-a se lo verde ramo

B chor'cu, bclal

Perdi-o solo verde pinho;

Por cn chor'eu, dona ergo.E chat'cu, bclat

A aliteração da vogal tónica tem o nome de fm a dtcraçào dçBilac, citada atrás. é um bom exemplo de eco das vogais tónicas /c 4

O encadeamento. -- Consiste o f r dta e fo CM rcpcdr dc vtr.se a verso 6oncrnas. palavras, frases e até um«verso inteiro. Poi FCCUBI,

rítmico muidssimo usado na poesia medieval c é frequente na p siamoderna em versos livres. Excmplas colados cm Auguseo FrcdcrfcoSchmidt:

Perdi-o se lo verde ramo;

Porca cear'cu dona d'algo.E chor'eu, bclal

Nessa cantiga hã. dc e$uoGc a cstlo6e, repcdção de ideia, sinoNmia

de vocábulos (aaÜa, acudo pvháo. za a; du 4 nÜa, doba dbéa9. A pat desse

paddismQ acoite também o encadeamento pela repetição dos versos"Perdi-o se lo verde pinho" e 'Tcrdi-o se lo verde mmo," razão porquc receberam 2s cantigas medievais desse dpo o nome dc paxu&ü/üuímeda?d"!.

No entanto este motivo escondido existe.

Não veio, esta tristeza. da saudade da quc é sempre aAusente

Nem da sua graça desaparecida«. (?P i 2o dêle lna)

Pz#id cm mortos quc morreram entre indi6crcntcs.

P »«/ nas «has mulher«..(np./irão d pàmuÜ

Olho o céu e flWm descanso.

C)ho o céu c ar rlmür»m.

O actóstíco. -- No aMM as letras iniciais dos versos formam

um nome dc pessoa ou coisa: reside na escrita c não é percebido peloouvido. Exemplo:

it4atia, tens no tcu vulto

.4 gnça da gire e da flor.

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 5: b l - edisciplinas.usp.br

l<cndo-tc mais do quc amorImenso: renda.te culto.,41lJ conto à mãe do Sçnttur.

Chama-se üzl#na a pausa intencional ptadcada no interior do vcrse. Às duas partes, ncm sempre iguais, cm quc fica o verso dividido pelacesuta se dá o nome dc óemir#? ül. A ccsura funciona como apoio rítmico na estrutura do wtso longo. Exemplos cm dccassílabo, hendecassllaboe dodccassOabo:

Sete anos dc pastora Jacó servia (Camões)Tange o sino. tan l gc DUMA voz de choro (Vicente dc Carvalho)

As mãos da minha Mãe l sobre a minha cabeça (Olegádo Marçano)

A pausa final do verso pode recair em palavra que deixa incomplcto o sentido da frase, o qual sc vai completar na pdlneira ou primei-ras palavras do verso seguinte. Para a primeira sílaba tónica deste é cntâa

Uansfcrida a pausa, c a esse efeito rítmico éc dá em francês o nomenybn&faf#/. para tradução do qual propôs Saio Ali o vocábulo cuppéú-mfe/a. Na estrofe 60 do Canto V de Or Zwiáada ocorrem três belos exem-

plos dc f @a&fmzHJ!

O número fixo de oHabao. -- A contagem das sílabas no leria

(»fM) digere da contagem gramatical: o po«a pode elidir uma voga n\vogal seguinte denso dc uma palavra, ou da sHaba final de uma palavrap'ra a sílaba inicial da palavra seguinte. À primeira agua se chama i; í'nlc

à segunda, nb.zlyu. Assim, em "piedade" as sOabas gramaticais sio qua-

tro; mns o mctrilicadot', eUdirldo a vogal f na vogal e, pode reduzir açsílabas da palavra a três: pír.da-dz. No membro de 8rasc "entre caras

Conta o gramática quatro sílabas; o poeta, porém, cuide o f final de"entre" no ? inicial dc "estas" c conta só três sílabas. A clisãa pode adnlirmais de duas vogais, como na frase "quero a estrela", cujas s(lobas métri.

cas são quatro: g/zf-'Paff-»./a. Umas vogais são mais duras dc cl;dir quc'utras: ns elisõcs «io)cntns como -# '#" (até agora), ú-#f/. (atê ;u)

cornunlcam ao verso certa Força csculUml, ao passo que os hiatos. isto é.a ltâo clisão das vogais, lhes con6erc ccHta suaüdade musical melódica./\ cscolltít da clisão ou do hiato depende da na reza clo vclso c tlíi

gosto do poeta. Nâo se admitem, porém, as sinalcfas de duas vogaisatonas, o que tornará o verso demasiado frouxo: no poema póstumode Gonçdves D;as intitulado "No juclim" o verso "De Inglatcrra aprincesa" é um sepdssllabo frouxo, porque obriga ao Mato do f no 4 oudo a no d

Se a última palavra do verso Éor paroxítona,gnapf se chama elc; scoxítona, aBedq se proparoxftona, rMa;xMo. Contam-se as sílabas métrica.

até a última vogal tónica do verso. 'Damos abaixo quatro versos dcArtur Azevedo, gravando em itálico as sílabas contados:

Co!-ln-mama-go.ra o!-lí.ficas

l/zr-ar:áz-:f/:-arJ./f fl.#.]o:

TH.is-i!-lo eu-sou.a- qHi- \a,

Flt.és-as-sa-da ttt-ai-!im.

Desfez-sc a nuvem 'negra c c'um laHonBanida muito longe' o mar soou.Eu. levantando as mãos ao santo ram

Dar .Hi#2i, quc tão longe nos guiou.A Deus pcd; que removcsse os dwmr

Chor que Adamastor contou futuros.

A nomenclamra dos versos regulares. como coram praticadosem nossa Ungua âté o advento da poesia modernista, sc íu medianteprefixos gregos, designadvos dos numerais dc l até 12: mo#olilüóollinilabos, Mssihbos, tetrassilaboi (ulnbtm st üz qKdriisllaboiÜ. pentaliílal)os

!tdoFailba menor,buassflabü qnaotiaiba mlnorou beHioo quebrados. }nptassílal)oundondtlha maior au úm pXesmct\te ndondill)aÜ; acloslilabo, eneassílabo e

údzcmiiü&o(albxaadnao). Foram mos os exemplos de metros mais lon-gos (Bilac escreveu em versos dc 14 sílabas o seu soneto "Cantilena').

Os metros de uma: dun ou üês sílabas não. comportam senãouma pausa- Mátio de Andmde usou com &cqüência o primeho no poe-ma "Danças":

Tal sistema dc contagem, também usado no id;oma francês. li)iintroduzido cm nossa língua por Antânio FcUciano de Cüsdlho no scu7h/udo dP mr/ #!figrã.po/íHgwfia. Antes dele, contavam-se todas a$ sílat'l ç

do verso grave, não sc contava a última do verso csddxulo. c convide.rata-se incompleto o verso agudo, pela quc contava como duas a últi.Ma sílaba métrica. Descarte, os versos de Artur A2evedo citados âcinli

são chamados @/mi7&&ar(dc sete sílabas) segundo o sistema de C2stilhr,.

hoje prevalecente. c oí»iiJHa&or (dc oito snabas) scgutldo o sistema antiF«.que ainda prevalece na língua espanhola, e que em nosso idioma prctcn'dcu restaurar o proEcssor M. Said Ab. Advirta-se que se bata dc meraquestão de nome, que não afeta a estrutura do verso.

quebra

queima

dança

sangue

gosma...

Exemplo notável de díssílabos é o poema 'K valsa" de Casimirade Abriu;

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 6: b l - edisciplinas.usp.br

} & :? bl,l/i

1.

1-l

B! '

Tu. ontem.Na dança.

Quc cansa,\4)aves...

Lcmbnt àquele patalsa-?('lb?líi'acd': dc Bilac)

No entanto jú Casdlho rcgistrava outras pausas: na segunda sílaba("Morar e scm ao mcu encanto'); na tcrccim c na sexta ('lbrno ana'WC mcluZ feliz'); Machado dc Assim empregou-as todas cm "Mosca

azul", "lqor da mocidade" c outros poemasDos mcuos de nove súabas mais usual é o que leva pausa na

teEccira c na sexta sílaba, como o pladêou o fiasse Gonçalvcs Dias nasoberba maldição do velho tupi dc "louca-Pluma":

Tu chomítc cm prcieaça da Morte?Na prueWa dc csõmhos choraste?Não dcsr?lide o co&w/de do forte:

Pois cho/wtc, tncu.pho não é$1

Na sátira de Gonçalvcs Diu ':A cctu autoridade" (O&wpéraaaÜ os últimos dczcnovc versos são ttíssllabos:

Realmente,

Coronel,

Tens UHa alma

Bem cruel...

Os metros de quatro siHabas podem levar pausa interior na pni\leira ('À'frinham-sc 3s florcs>. na segunda ("EltlZa btincattdo') ou naterceira ("S'lom/vinha').

A redondinha mcROt (cinco sílabas) pode lcvu pausa htelior cmqualquer das quauo primeiras sOabas:

7}+ida baila

A .gota novidro.

Escorn#do Jogo,

E scm caia üêmula.

"Qualquer outra composição detulparia esta tnedida", accionouClsdlho. Nãa se parte diKt tal do cneassOabo acanhado na quarU síla-ba, tão magistralmente empregado no poema "Plenilúnio" dc RgimundoCaacia:

Além nos «es, üemdamentc,

Quc «isco ha«u das nuv.ns s,i?

Luz cnüc as./h©as, fHa e silente;Assim nos acs, ttcn\dameatc,Balão caso, subindo vai..

Pode ainda lcvu mais de uma pausa hteriot ('Não n, ucM iú ml.O mesmo sc passa com os hcxassüabos e os.hcptassübos. Estes.

redondilhas maiores, são o metro da prcãcrência populn. Exemplos dcuns c dc outros: Temos qüe se podem construir cneassOabos coM pausa na segun-

da c na quinta sílabas C"Não idncm preço saber fiada') ou somente na

cpinta("Nãa im8gi#a' coisa nenhuma'): tudo depende da habUdade egosto do poeta.

O metro de dez sílabas, chamado wno ófzúo porque foi pre6cd-do pua os Fumas épicos, ou ginja l õb#o, porque da Itáli8 a ttowe $ádc Mir#nda pua Portugal, lwa otdinariamentc pausa na sexta sílaba (qã-sç a primcimpaaba d«peatada'), ou ctitão na quanta e na oitava ("Ora61irllq ouüf csfMast Certo'). Todavia, aparece aqui c ali na poesia italia-na, misturado aos versos desse üpO, outro com pausa na quarta e nasétima sílaba ('Ma se coaafcer la.p/ãna mdicc", Dantc). Tal verso já eraconhecido rta pcdnsda ibérica sob o Rama deg ifagaá8a. Encoatramo-lo dc vcz em quando cm Camõcs: "Posto que /üos E/bpcs eram; Doce

raPO/íso de minha lembnnça". Também cm António Fctrcira c Sá dcbtimnda. Outra vaticdade de decassílabo é o que traz pausa na segundac na sétima sõabas (HPhcB, precipi/pda bigorna'). Condenou-a Castilhoc talvez por isso não tenha sido usada pelos nossos românticos,parnasianos c simbolistas. Hoje são mato encontradiços em possa poe-

Sumiu-sc o sot csplênddo

Nas vagas rumorosas.(6 sOabas)

Até nas flores se cnconua

A diferença da salte

Umas ettücium a vida.

Outras cn6citam a morte. (rcdondilhas)

C)s octossilabos íoum raros antes de Casdlho. Este escrc\.cu: "{ )

metro dc oito sílabas, pode'sc dizer quc ainda não é usado em prlnu-guês." Acrescentando: "«.quando mais e mchor cultivado, a julBarmn

lo pelos seus elementos, c pelo que os üranccses dele têm chcRKln ]fazer, pode vir ainda a scr muito apreciado". O vadclnio realizou-sc. O!poetas parnasianos serviram-sc dele com íreqíiência, nunca deixando.porém. dc fazer cesura na quarta sOaba.

Por quc mc vens com o mesmo riso,Pot que me vens com a mesma voz

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 7: b l - edisciplinas.usp.br

sia c-sscs c ( iutí( is (lccí.ssltabos correntes na poesia francesa, como ns quc

lcvnm p:tusn n:t quinta c na oitava sílabas. ou ainda na quinta e na sétima:

C) sonho passou. Traz magoado o rim.Magoada a cabeça exposta à umidadc.

(''Rondo de colombina", de Manue1 8aadcin-

O metro dc onze sílabas, chamado de adz üC às vezes tc\a

pausa na segunda, na quinta c na oitava sílabas c então pode oferecer um

dama enérgico. pelo quc 6oi prcfcfido par Gonçalves Dias cm alguns deseus poemas indianisus de feição épica:

São mãos, selvros. coóp/tos dc glória,

Já .P,üos in'üaín. já mlltam vitória.("louca Pijama')

O olhar nevoento« o passo lento«. soooícnto«E cm meio àqttcle desalinho pitoresco«Pelos caminhos levando Folhas dc cores...

As carícias dclica ssimas da essência«.

Neles não há a clisão mediana, mas o ritmo é o mesmlo quc rcsut-

uda leitura nautal dos vcHos scgtdntcs de Francisca Júlia, onde custe atlisão:

São esqueletos quc de braços tcvatttadcls-.E senta-sc. Compõe ag louras. Olha cm torna«-Ó Natureza. ó Mãc pérnidal tu, quc crias«'lento aborto. quc se mnsforma c se tcROVâ-

l)á-se o nome de vctsiGicâção.po&mZln'ca àquela.cm que sc misu-run dois ob mais meros. A mistun dc dccãssílabos cam haassgübos se

dã a denominação de dZMU.Às vezes pode levar pausa apenas na qdnta süaba e então o cíciloé, ao conuátio, dc extrema doçura:

Ail há quantos mos que cu pari chorandoDeste meu saudar, carinhoso lata

A cstrofação. -- O discurso poético ora sê apresenta cm formacontida, ora distribuído em gupos dc versos. quc sc denominam filr1lzJ.PJihda. M&xu ou faZ&o (Incsiü notada c$câ) c cop/u (ançõcs popdarcs).

Composições hâ m quc um certo número dc versos são rcpeddosdepois de cada cstto6e: é o ryçl@ /#iú» ou aM#Z»o.

As cstroHcs podem ser ilD@4u, isto é. 6ormad2s de versos da mes-

ma medida; rol@ai/ui, onde coitos versos maiores sc compõem cómouros menores; c &ml, ottde sc admitem versos dc quülqucr meada.

Nâs estrofes compostas o verso mdot é normativo. c o seu nú-rncro de sílabas impõe o do verso mcoof. Assim, ao hcptassllabo scassocia o dc üês ou quatro sílabas; âo decassOabo, o hexusaabo; aohendccassllabo. o pentassllabo; ao alexandrino, os de oito, seis ou quatroübu

Segundo as estto6cs sc compõetn de dak, três, quaUO, cinco, seis,oito ou dez versos, recebem tcspccdvamcnte as dcnomhãçõcs de dk/i'm4

tinto! QU Irfificos, qHadmt ou q attelos. q#intilba, sodlba,. oitava! e dédma.ç-

As estrofes de sete c nove versos não têm nome especial. O poema deum só verso se dcnoiútia ao#áiüb.

O íüúb é mato empregado pelo povo nos seus adágios ('Águamole cm pedra dun/ Tanto bate até que füa'). Exemplos famosossão os dc GucrraJunqueiro cm "A \ágrima" c o dc Casão Alvos cm "0tonel das datíaidcs". O esquema das !imãs é m óê G etc.

No poema em /zrz?/ai o esquema é a&4 &rê dç dz4 e assim pardiante. sendo aZ Zió//wn o número deles, mas a última esuofc deve scr

uma quadra. Sc, par exemplo, o último terceto houver sido iã4 a quadraobedecerá ao esquema eÍig TH é o tipo clássico de tercetos..quc eta

O nome aAKuel#üo dado ao metro dc doze sílabas dcti\.a do

RomaedyAxa dn Zz 6nuadp, começado no século Xll pot Lambert licore terminado no fécula 6cguinte por Alcxündrc de Bcrn2y. SÓ pcnein'ueM nossa língua pc\os meados do século XIX. Castra .Nvcs usou-o emseus põem;ts "Poesia e mendicidade". '% Boa Vista", "Pelas sombras'.

"0 toRcI das dan8idcs". '?»xmf#iü oó/B#T Hyxü't "Deusa incrucnta" c

"No monte". Usou-o. porém. como ê praticam os baetas dc Ifnplespanhola, isto é, coma composto dc dois verás de. seis sílabas. m&+scm atender à exigência de não terminar o primeiro' hcmisdquio cmpalavra esdnixu\a c quando terminar em palavra grave, começar o se.gundo hcmisdquio por vogal ("Era uma tarde teste. mas límpida c srrc.na'). Os nossos pamasianos obedeceram cstritamcttte à lição dos clásçi.cos franceses na mandra dc ccsurat o alexandrino. Todavia, clássicos c

parnasianos ncm sempre faziam coincidir a pausa do sentido com Âpausa do hcmist(guio. Bilac c Guimataens Passos, no scu Ih/ado /rrefJ#auFão, exemplificam como certo o verso "Dava-lhe a custo a sí,mbra escassa e pequenina" porque a vogal final do primeiro hemistfqui«(o a de íam/ym) sc slide na vogal f inicial do segundo hcmisdquio; e Coar,errada a verso "Dava-lhe a custo a sombra 6mca c pcqueNna", por ninhaver elisão. No entanto a maneira natural de ler ambos os \ersns é

fazendo duas pausas interiores, a primeira em wl/D, a segunda em aGI.'.'ielxzcn. Esse ritmo tcrnário, sem atenção à ccsura mediana, e outr«'.

como o quaternário (3+3+3) e os de cone irregular são correntes nlmoderna poesia da língua portuguesa. Exemplos dc Ribeiro Coutos

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 8: b l - edisciplinas.usp.br

tnuilu unl)rcgatlo para as elegias. epístolas c éctogns. Os NlccRis tl'"scioctos Rprcsentam diversos disposições de rimas: a&#. &#h dd&. rrh d?ç.nÓC c o\ltían

Nas #/íaóui as rimas sc dispõem das scgdntcs maneiras: dóri). Éf.l.

eõ&u. Os versos podem tcr todos a mesma medida, ou os ímpares um)c os pares ouu, ou ainda os três ptimcitos uoâ e o quarto outn. Elcó-plo do ptímeiro dpo, a quadra popular. Do segundo:

Debruçada n2s águas dc um regataA flor dizia em vão

A coticntc, onde bela se mirava«.':N, não He deixes, nãos"

('Não mc deüesl". de G. Dias)

\

Eu nasd além d08 maresOs meus lürcs,

Meus amores ficam Jál

-- Onde canta n03 rcdros

Seus suspirosa

Seus suspiros o sabiát

A estrofe dc sete versos [oi muito usada na poesia trovadorcsca c

: disuibuição das limas en h8bitualmcntc aóóarzu.

"Pedra ]vo" de Álvzes de Azcvcdo está escrito cm decassílabos,

sdw o sétimo veio, quc é heróico qucbndo. doando segundo o esque-ma @h&h. Em "Pequenino morto" dc Vigente dc Canalha os ursossão hendccassílabos, sugo o demo, quç é penussllabo, e rimam aó cóm

Na "Última canção do beco" 'dc M8nucl Bandeira, «chita cmKdondihas, rimam apenas o SWlndo c o sétimo verso.

A aí'xaPU aprcscnt2 um tipo hvariávcl, a chamada õerúcu, c outrovdávcl. a &lüd.

A oitava heróica, assim denominada por ser a usual nos poema

épicos, compõe-sc de dccusüabos, que obedecem ao seguinte esquemade limas: a&u&4&q como se pode vctiHcz cm qualquer csüo6c de Or

A oitava ética admite grande variedade. Pode scr a simples justa'posição de duas quad!«: a&a&aüdou óó&Mlú&: Tcm, porém, mais uNda-dc nos esquemas dó&rai&dr. dmórrú, d&c&iúüà.

Exemplo do ptimcito dpo:A vclHcc tcm vigOias,

Luu cm gnvcs pensamentos;A moddade tcm sonhos.

A inEânci% ptcssentimcntos.Lcv2 a malte 4 cada instante

Uma cspcnriça perdida.Sonhar. prcssendr, pensar-.E nisto sc esvai a vida.

CflnGmcia, mocidade, velhice". dc Ftu-

dsco Otavimo)

Exemplo do terceiro dpo:

No at sossegado um sino cura,Um sino cana ao ar sombrio.

Pálida. Vêttus sc lcvânt#...

Que Mol

A gwiailZ»a clássica, como íoi praticada por Sá de Mirando. obc.

deck a um dos dois esquemas aàua& c a&àuà

Os santos dc longas tens

Sempre botam mais buscados,Os d8 nossa estão cadeados.

Busquemos santos das serras

Que estão mais desocupados.Escrever com louvainitüas,

Não é minha profissão;'arar unhas ao leão

Para põ-las nas galinhas,

Outros o caçam, que cu não.

f

l

Outros esquemas: aÓp&u, a&&u4 duÓu&. E ainda. deixando o I'li.moita verso solto: d&r&c ou d&ür&.

A ;ocllZba antiga cm de uma só riam nos wgundo. quarto c scxç"versos(d&úd99. Assim compôs Gonçalvn Dias u sus .Sod/bwlilJ;#/!w5A scxdlha modcma usa outros esquemas, com duas rimas(ahhl4 l.h;h

a&&u&4 ou uês (m&li# podendo os versos cm & scr dc metro menor que

os versos em a, e sendo de ordináti0 4 grave c & agudo). Os romhdrt,!

cddvaram mato a scxtilha do dpo desta dc Casimho de Abtcu:

Exemplo do segundo:Uma tarde cor dc rosé..

Uma lula assim modesta.Assim nistonha como esta.

De pescadores, também-.Sobre a plnúcic ucaasa

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 9: b l - edisciplinas.usp.br

Por onda olordão dedv8.Pousa a sombra cvoc2dva

Das montanhas de Síquém-.

(Viccntc de Carvaho)

A estrofe dc nove versos. pouco usada. pode ser definida comouma quadn e uma quintHha justaposta Na cantiga de amor dc eirasNunca quc comcç2 pelo verso ':Amor faz a mim amar tal senhor" adsübuição das rimas é a&ú&ldUcd. No poema "Visto" emprega Macha-do dc Assim o esquema aaódBcdB.

A esuo6c.dc dcz versos. â dZMd, é a justaposição dc uma quadrae uma sextilha, ou dc duas qdntilhas. Exemplo da primeha é a seguinteuparsa dc Sá de Miranda:

A vossa bula dc amor

Não é pcn toda a gente:

Perdoa â culpa somente.

A pena não, ncm a dor.E asse f2z amor. cod cla,Quc com cspcrmça incertaTru ó mar c morte certa

Lcandro, c Hcto à jmela.Asse que dc 8mot e delaMais se abrace que sc apela

Os românticos cultivaram esse dpo dc oitava, Mas deixando scmhma o primeiro c o quinto verso (Casimira de Abriu, 'Meus oito anos'

Exemplo do terceiro:

Quando a sol queima 8s cstradas.E nas várzeas abrasadas

Do vento as quentes lufadasErguem novelos de p6:Como é doce cm meio às chás

Sob um leio dc lianas.

Das ondas nas espadanasBalüar-se despida c sól-.

C'Na fonte", dc C8stro Alvos)

Exemplo do quarto:Então tcpcd ao povo:

-- Desperta do sono teusSansãol dcrroca âs colunasl

Quebra os 6cnos. Protneteul

Vesúvio curvo --T não pato,

Ígtlca cama solta.aos ares,Em lavas inunda os mares.

Mergulha o gládlo no céus

("Pedra lvo". dc Castra AJvcs)

Exemplo da segunda, do mesmo autorAsse me têm rcparüdoExucmos que não entendo;Dc toda parte corrido.Dc todas dcsacortido.De ticnhuma mc defendo.

A üda está mal scgua,Eu tclüo outro mor cuidado:

Que md cm t«\to csdmadoQue nesta dcsavcntumMc Caz dcsavcntumdolTipo especial dc oitava é o mb4 forma medieval, hoje só cmFn.

gado na poesia ]igeim, c na qual o pdmciro verso se repete como quttí..e o primeiro e o segundo coma sétima e oitavo.

Exemplo:Os poemas de forma Exa. -- Os pHndpais'poemas dc forma

6n cdüvados em nossa Hrigua s2o o la eü, o nHa, o ro#dz4 a óaüíü, ol08b nal, o \Àlanah. a vilanela. çl sodina. Q pantum B o bdcai.

O lo#r» apresenta duu vaticdadcs: o lu f& lhiihRO c o ia#f/o »yü.O sdncto itdano compõe-se dc dois quutctos c dois tercetos. A

disuibuição das rimas é mato v3tiávtl. No soneto dássico os qu rectossio constrüdos sobre duas almas; oÉ tcrcetos, sobre duu ou três. Eis osesquemas para os quartetos: && l &&qaáu& l dóa&. Pua os tcrcetos: üdF

l íid #z l lzÜ ad l ez4 /lü l dr4 cdr l iil# cü l fd#. É consideradoincgu\aridadc misMrar o$ dois esquemas de quarteto; por exemplo li'mu num quatuto && e no outro &@& ou Óaõ ou óaóa. Mais itrcgul«

As cantigas quc n cmt2s

Fogem-me as mágoas antigas«.

São tão alegres e tantas

As cmdgas que tu cantas!Minhas üstezas espadas

Com tuas fichas cantigas:Às cantigas que tu cantas

Fogem-me as mágoas antigas.

Nd«tím M,gdhães)

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 10: b l - edisciplinas.usp.br

.#üteBÚ

- a. : .:BF'i- '!i

3in(la é não rimar os versas do segundo quarteto com os {lo primlir«(aóõõ lüdz4. O esquema que parece comunicar ao soneto maior uNd2dc

c harmonia formais é aóõú l aóóa l ldr l dd.Exemplo dc Bocagc:

Sobre estas duras, cavcmosas fragas,Quc o marinho furor vai carcomendo,

Mc estão ncgns paixões n'alma fervendo,

Como fervem no pego as crespas vagas.Razão feroz, o coração mc indagar.Dc Meus erros a bomba esclarecendo.

E vás nele (ai dc mimo palpmdo e vendoDe agudas ânsias vcncnasas chagas.

Cego a meus males, surdo a tcu reclamo.Mil objctos dc horror co a idéia cu corra.

Solto gemidos, lágdmas derrama.Razão. dc quc me scwc o tcu socorro?Mandas-mc não amar: cu ardo, cu amo;

Dizes-mc que sossegue: cu pena, cu morro.

Dá-sc o nome dc on.r dz .ra#fáur a UM8 série dc quinze, cm quc. apartir do segundo, cada um tcm como urso inicial o úldmo vctso &!

soneto anterior. c o décimo quinto $c compõe dos versos repcúdos. n!quais devem formar um scnddo. Gcir Campos renovou entre nós es!façanha vlrcuosfsdca, mas brinda ao esquema ortodoxo d8s limas. qundizer, rimando livnmente c às vezes nâo limando.

Os poetas modctnos, aliás, têm tomado ch tdação à constwçi"do soneto italiano toda sorte de libcrdadn. Joqc de Umo, cm seu IJn

dp ío f/av, rima às vezes apenas dois versos quaisquer ou não rima ncnhum ou rima os quartetos segundo o esquema a&ad l a&cd. ctc. Cassian«Ricardo rima, no soneto "0 herói riste", apems os últimos \ anos d«lqumctos c tctcetos(ózw, /vm. dwa, íwa); cm ouço soneto("Eva matuta.

na') sustenta uma rima única nos versos patas dos quartetos. no scpndo verso da primeiro terceto c no piimciro vctso do segundo quanetnOuros poetas vão ao ponn de não guudar da forma do soneto itali3.no senão a disübuição cm dois quutctos c dois Rrcctos: soncios rKainda se podem dlamar assim) cm versos livres.

O Jmdu /flgêt sÓ HÜto recentemente inüoduzido cm nossa bn

gua. compõe-se dc uês quutctos e um dístico. Obedece ao esqucmidÓa& l cdrd l eÜTP' l .gg OU aÕ&u l /dú' l gP l .gg. fixado por Sunn intempo de Elisabeth. SÓ tcM pois dc comum com o soneto italiano anúmero dc versos. No último dos "Quaüu sonetos dc meditação'. dc

MinJcius de florais, os vcnos estão agmpados como o são os dc um soflao

Italiano. mas M tcddadc cowdtucm um soneto Inglês: aü .quartetos, com

iuius hdcpendaltcs, c um dlsdca Como ul vamos üansctwê-k):Apavorado acordo cm treva. O luarÉ como o espectro do mcu sonho cm mimE sem desvio, c louco, sou o mar

Patético. sonâmbulo e scm fim.

B

Desço da noite, envolto em sono; c os braçosComo imãs, atraia o firmamento

Enquanto os bruxos, velhos c devassos,Assobiam de mim na voz do vento.

Sou o mail sou Q mail meu corpo informeScm dimensão c sem razia mc lcv8

Pam o silêndo alidc o Silêncio dormeEnorme E como o mu dentro da neva

\

Num constante alnmcs$o luso e aflitoEu mc cspcdaço cm vão coam o infinito.

1'}

\.

l l

O roadZ. forma francesa, é um poema de quinze versos, distri-buídos cm três csuofcs, segundo o esquema adóóú l &C l a&&aG amaiúscula CtepKscntmdo as palavras ideais da ptimcin csclo6c tcpc-údas como csüibilho c üdmo verso d2 segunda c da terceira estrofe.Exemplo de Goulan de Andmdc:

Lá, longo enuc árvores cu vejo.T:o vário como o teu desejo«.Saindo brinco de um casal.

O hmo, cm IMBuída capital,Made como um leve adeja

Dize, saá cm vão que almcjo,Ouvindo a múmia do beijo,Viver contigo um sonho real,

Lá,longe?

Se andes pot mim, sc cu tc desejo

(Vê lu quc csplêiidido bosquejoDfoge do mudo ao torvo mal.Rosa, vem pam o mcu rosas.Quc da hvcmia cu tc protcjo,

Lá, longe«.

A palavra n#dy designa também um género dc poemas, comesüibilho, c de número dc versos c csttoEação variáveis. As 59 ptimckas

composições da G&«nu dc Silvo Alvacnga são rondas desse 6po

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 11: b l - edisciplinas.usp.br

o mHdz/é um poema de treze versOS. distribuídos cm Íris cttln.

fcs. sc'fundo n es(lucmn .4B»a l a/u4B l d&&lt,4, as maiúsculas rcprnmtanjo os vcBos quc são rcpcddas como csdbilho. Exemplo dc fIlIar.COH ligeira vadantc ( 4Ba& l &«B l dÓa&H):

Sobre as ondas oscila o batel docemente...

Sopra o vento a gemer«. Treme enfunada a vela...

Na água clara do mar. passam trcmulamente

Áureos traços dc luz, brilhando esparsos nela.

Seguindo a amá.lo com dcsnlo,Por noite vclh2. um ano após.Termina enfim o meu flagelo,Felizes fomos ambos nós...

Como isto Foi. neM sei dize-lolNo colo seu desÉãlcci...

B, alta manhã, no scu murzclo,

O pajem foge, c alHEIa sorri,..

Dias depois. do pajem belo,Junto ao solarondecu o ouvi.Ao golpe horrível do cutclaRola a cabeça. c hda sorri.

A palavra &aZzú designa aindaoutto género dc composição scmkarma fim e onde se narram sucessos üadicionais ou lendários(ceia-scpan exemplo a adtnirávcl "Simples balada" dc Joio Ribdto).

O cue/u nu/ é um poema composto de 60 versos, distribuídossegundo o esquema a&u&adUzl]E l a& &alidzf#! l óuólz ]ü #? l a&a&ri=ÉiZpl#!

l &u&adUz iE l lillli©, a maiúscula E representando o csübilho. A últi-ma csüoâc denomina-sc gêdu ou f#lü. Exemplo da autoria dc Goulattdc Andnde. intitulado "Cento real da noite":

Da espádua de marfim. m2gdntca c cheirosa,Onde colhia a curva, e a harmonia pagã,Viam na mocidade ctcma c car de bisa.Como as nuvctls do poente c as névoas da matúã;Da espádua, de onde cmctBe, a tona alabasdaaDc um caio cscu]tura] -- hóstia quc sc iluminaCom o tidentc clarão dc um sangue a borbuhu.Cai, dc esaanha sibila, imóvel, fito o olhar

No mistério scm fjm do amplo espaço deserto.Pesado e de veludo, a rc6Jgâr pelo ar,O largo manto leal, suntuosamcntc abertos

E o zain6e estelar Fulguml A misteriosaCiãm. cm linhas de luz, benéfica ou malsã,O dcsdno desvenda. --É cada nebulosa

O horóscopo dc um Fatia, a vida de um dtãlEm signos o futuro ali sc vaticina:

Guerra ou paz. liso ou dor; glória excelsa c dignaNo amor c na conquisü, etcmo soluçar,Luta penosa. ansdo, e o matdtio sem par.

Sem o alento de um bci)o c um caução bcm lnrtQ«Isso tudo nos mosurâ, esplendoroso. a afiar.O largo manto real suRNo$amcntc abcrtol

Lá desponta o luar.« Tu. pala;tanto c bela,Cantai chega-tc a mima dã-mc essa boca ardente!Sobre as ondas oscila o batel docemente..

Sopra o VCQto a gcmct-. Treme uhnada a vela...

Vagas azús. parail Curvo céu transpaKntc,Nuvens de ptau. ouül-. Ouça do espaço a estrela,

Ouça dc baixo o oceano, ouça o luar afbentc:

Ela canta-. e, embalado ao som do canto dela.

Sobre as ondas oscila o batel daccmente...

A óaüü, forma francesa. é um poema de 28 versos. distribuía«lsegundo o esquema & & l IC l a&a&arziC l a&ajz(' l pl:ipG 8 ma;oscula ('representando o estribilho. A quadra final tcm müüs vezes o scntitln dt

dedicatória c leva o titulo ggdu ou feab. Eis um exemplo. de Filinto tlc

AJmcida. com ligeira variante no último verso das istro6cs. o qud. CTn

vez dc ser o mesmo verso rcpcddo. esuibilha apc.nas a palavn da Hmz'Por noite veda. no castelo.Vasto solar dos meus avós.

Foi quc cu ouvi. num ritornclo,Da pajem loiro a doce voz.

Corri à ogiva para vê-lo,Vitrais dc par em par abri,

E, ao ver babar Q meu cabelo.Ele soma-mc. cu Ihe soM.

q

Venceu-me logo um dvo ando.Queimou-mc logo um Fogo atroz;E toda a longa noite velo.

Pensando em vê.lo e ouvi-lo a sós.Triste, sentada no escabclo.

SÓ com a aurora adormeci...

Sonho, c no sonho, haveis de crê-lo?

Inda o mcu pajem mc sorria

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 12: b l - edisciplinas.usp.br

11 pela vastidão, escura c vcludosa,

Sc dcsparzc triunfal todo o csctfnio de Pã:Ora cm régua Coroa, ardendo vitoriosa,E onde a Pérola Hulgc, cnuc sárdios, louça;Ora cm Lim dolente a luzir na surdina

Do roxo da ametista; ou na Águia, cm quc dominaAJtait, entre opaca e bebo, a bHhaç

Ou em Sírio, tubim, carbúnculo, Aqucrnar«.Luz quc inox, que inunda c cstontciâ decertoO sonhador audaz que tente dcciEtnO largo manto real suntuosamcnte abonar

É o dellria da corl A bacanal faustosa

Do bdhol lividez dc lança c dc iatagãfPRIor dc luar, orquestração mamvilhosaDc lincúrio, Cantor, saíra c Ajdcbuã!Sorrisos dc turquesa. hidróema e olivina.

Rubros aís dc granada e piropos A atgcndnaFlor de Arctuws a rirá Glauco reverberar

De csmenlda c Capela c Régulusl Um marFdgumntc dc fogos elmo tuouro ofcno

À humana Hsü, quc sc perde cm contemplarO largo manto real suntuosamcnto abcrtol

O tdZa#r?Jb é um dpo especial da.g&;u, a qual consiste no desdobra-mento dc um no/r cm tantas cstto6cs wlhr quantos são os versos domote. No vilanccte o mote é um terceto, cm quc rimam o segundo c oterceiro versos; as voltas são duu c repetem esses versos. Exemplo dcCamõcs:

{ b'l

P

\O meus altos pensamentos,

Quão altos quc vos puscstes

E quão gundc queda destcsl

Como de mim vos não vinhaScídes firme num estado

(Pois o Uvcr enganadoEta o maior bcm quc Unha),Castelo desta alma minha,

Quão alto quc vos puscstesE quão grande queda destesf

Sabia que ércis de vento.

Como quem vog viu Eüzct;

Inda assim vos qu'ria tcrComo ércis. sem fundamento.

Quem vos desfez num momento?Ail quão ólEO vos pusesses

E quão grande queda destcsl

Homem. tu coacrás ruiu ânsia dolorosa

Em pós dc uma fugaz, tirada espcnnça. irmãDa inquietante incerteza. c inda mais cn@nosa:Etcmo é o tcu sofrer, e a tua atigusda é vãlTerás sempre contigo a dúüda 6crina.

Que tc beija c tc punge. c tc afaga e assasshalNunca verás consolo ao tcu fundo penar.Bálsamo à tua dor, sossego ao tcu lutar,E, imoto, jucrás de ioehos, descoberto.

No êxusc dc um faqút, mudo vendo a ondular-- O latão Manto leal. suntuosamcnK abcttol

A nb#fZz, forma francesa, é uma variedade da composição cmletcBtos. Constrói-sc sobre duas almas. O primeiro c o terceiro são,dtcmadamcntc, o último vcno dos demais tcKctos, c ambos juntos osdois últimos versos do quarteto final. Como se pode vu etn "Chama climo". dc Manual Bandeira:

Amor -- chama, c. depois. üumaçl....

Media no que vais EucnO hmo vem, a chama passa«.

\

l

Gozo cmcl, ventura escassa,Dono do meu e do scu scr,

Amor -- chama. c, depois, fumaça«.

Tanto clc queimam E. por dcsgmça,Queimado o que menor houver.O fumo vcm. a chama passa-

Ofcrta

Noite, deusa da treva c do 6Jgot{ AltarPara onde o sonho via, nuM suavíssimo voar.

Do crgástulo da Terra, erma e triste, liberto,

Scmelhas-tc à Mulher. bela c âHa, a passar.

C) largo manto real suntuosamcntc abcRol

Paixão puríssima ou devassa.

Tnstc ou Ecliz, pena au prazer,Amor -- chama, c, depois. fiunaça

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Page 13: b l - edisciplinas.usp.br

A cada plr que 2 qunoH cnlüçhComo é pungente o cntatdcccd

O fumo vcm, a chama passa«-

Antes. todo cle é gosto c graça.

Amar. íogudn linda a udetl

Amor -- chama, e, depois, hmüçl-.

Oi prBnreç o c fito. o d&o e o Bosta,A condnução da grave penaMos levou. que nio ponho, culpa aos diasA culpa é do dcsdno, psique a vida

Sempre cclebiatá os lidos.olhos,Por mais quc do viver se alongue o cursa

Porquanto. ma] sc saüsE2ça.

(Como tc t«,desci dizer?«)

O filmo vem, a chama passa-

Sigam o$ céus o scu natwal curso,

A toda gente dêem tdstcza ou gosta;

Façam, en6m, mudanças; que meus olhos

Nunca verão no mundo senão pena.

Ncm descaso terei jí nesta vida

Pan poder em pu passa os dias.

A chama qucimR. 0 elmo embaça.Hao triste que él Mas.- tem dc ser«.

Amar? -- chama. e. depois. limaça:O hmo vcm, a chama passa«- Vão succdmdo os dias a ouros das;

Não perde o empa n da do scu cura,Perde somente 8 cuM'e breve vida.

Foge-he como sombra'ü idade e o gosto;

Vã-se-lhe actacmtando mágoa c pcn&Dc quc são t«temuiúas os meus olhas.

A iix#ü4 compõe-se dc seis sextilhas e um terceto (í#iüou abra).todas scm rima. mas a patavn Htnal dc cada vcno da primcin csHtnüc Krepete como palavn final de cada verso das demos estrofes c na seguia.tc ordem:

Esüofcs: A B C D E FFAEBDCCFDABEECDFADDBACFBBDFECAEnvio; B D F ou A C B

M2s nuca da minha alma, claros olhos,

Vos podctão dw os longos din.

Cresça quinto qdsa uabalho i penaQuc. pois pan deKát nHo toma o cursoDos mos. Isto $ó tad por gosto.

Pan bodcr passa o mais da vida.

Exemplo de Cações: Canção, já dve vida, jí meus olhos

Mc deram RIBKfn gosn; más a$ dias,

Com scu ligdto curso. mágoa c penaFoge-me pouco c pouco a curta vida,

Vd-sc-me o breu tempo de mtc os anos.

E do vive( mc vai levando o gosto;

Choro pelo passado, Mas os diuNão sc detêm por isso de scu curso;Passa-se, enfim, a idade c Hca a pena.

Belo exemplo moderno da forma, Has sem envio, é a "Scxdnada véspcn", dc Amélico Faca. cm IhBHu.FrzZüü.

O pa#f#M, forma malaia,' é um8 cadeia dc quadta$ número p/iZlh», timâdas segundo o esquema aóaó, settdo o segundo e quutoversos dc cada csttoüe tepeddos como primeiro c terceiro da csuo6escguntc; na duma csüofe o segundo e o quuto versos são o terceiro co primeiro da piitnelrã esuo6e, teridaaado pois o poema com -scuverso idcid. Em nossa l)ocsia custe um exemplo de panNm nas ia/}wii:Jko, dc Bilac. com ligeira variante tla ntrofc anal o seu segundo versoé um vcno novo c hão o teEccim da ptimcin csuofc:

Que mancím tão áspcm dc pena,

Quc nunca um passo deu tão longa vidaFom dc üabalhaso c dstc ctursol

Se no processa mcu csündo os ocos,Uao cheios de üabalho veio os diu

Quc ií não gosta nem do mesmo gosto.

Claudia Vasconcellos
Realce
Page 14: b l - edisciplinas.usp.br

t'r(.Zuandn passaste n) declinar tlo dlâ,

Soava nü altura Indefinido apelo:Pálido, o sol do céu se dupcdia.Enviando à tetra o dcrtaddto beijei

Soava na almta indeúmido atpeio«.

Cantava perto um pássaro, em s%rodo;

E, cnvimdo à term o dermdciro beijo,Esbatia-sc a luz pelo arwrcdo.

t

Todavia. raro é o poema cm versos livres onde o poeta não lancemão do cncRdeãmcnto para marcar o titma Quase toda a poesia deAugusto Frcdctico Schtnidt é riunada pela rcpcdção dc palavras ou fra-ses dc verso a verso:

Ouvimos os sinas encherem a tmdtugada

Ouümos o mat bater cmbRho nas pcdmsOuvimos a voz que nos arnncara do sono-.

M&

'&

'i

}C)]ho o céu c enfim descansos

Olho o céu c a$ csüclas Elas...Ctatcatam a cxtcwão dos Ingos campos.-Vinha. CDtrc nuvens. o luar n3sccndo.«

lbsforcavam .na. relva os piçillmpos«-E eu inda chuva a tug irn8gcm vendo.

Olho o céu Ito c enorme c dcscmso.

Vinha, entre nuvens, o luar nascendo;A tcrm toda cm derredor dormia...

E eu hda csMva â tw iinsBcm vendo,Quando passüstc ao dednn do dias

Oho o céu ÜHo c simples c descanso.

Alguns poetas se servem não só do encadeamento c da alitcação,mas também da uma paa accntuu o liMO da vinificação livre. É ocao de AdaJgisa Ncry:

Com olhos col do at.

Atira(]a m praia, cabem de concha e cspumn do m«,Citmdei com u «üclu c ouvi os catümujas,Chamei com os bmços

Gaivotas que cm meu corpo üct3m pousa.

Bibliagnfia -- Antõnio Fcliciano de Cutilhb. 7hXdo d nlpl@nqúa

pePgWwlzz -- Olavo Bilac e Guimarãcs Passos, 7}iládo dz nlrljãÊqw. --Osólio Duque Esutada! .4 adz dz#uZ#'lvnoi. - Mário dc Alcncat, /)übIbid da rima porM&Hua. -- çnsu lama. DicioMrio de rimapmú #so &

poM8Kera € &rHilf&lhi. -- M. raid Ali, E4n$r@a Po/»8#ap. -- MudoAaúiqJ #M do.@/a

O óaicu4 6ormü iaponcsa, é um poema dc apenas três.tcotl\. í'primeiro c o terceiro dc dnco saibas, o segundo de sete; não hi rimTodavia, Guilhcrmc dc Almcida os tcm Feito :imundo os versos cslnmos, c no segundo, a palavra final com a primcin pausa interior. Paraexemplo. esta sua definição poética do haicai:

Lava, escalfe. agitaA Meia, E enfim, na.batel%

Fica uma pcpiu-

O verso lide. -- Desde quc o poça prucindc do apoio rítmíc'-6omecido pelo número fixo dc saibas, pcncua no domínio dn t'o .,[ivrc, o qual, cm sua extrema ]ibcração, isto é, quando não sc smní drnenhum apoio dtlnico, poderia confundir-sc com a ptos2 ritmitl. ç.tnão houvesse nele a uddadc formal intcdor. aquUo quc de certo m'«3'-

o isola no contexto poético. Tãl liberação cdstc, pot exemplo, nr11tpoema ("Mulher') dc Mutila Mcndcs:

Muhcr. o mais tcdvcl c vivo dos espectros!Pat que tc alimenüs de mim desde o principio?Em d encontro todas as imagens da criação:

És pássaro c flor. som c onda vadávd«,

E. mais quc tudo, a nuvem quc foge ctcrn2mcntc.Dormir sonhar -- quc adiatits, se tu custa?Sc fosses somente formal És também ideia.

Ah! quedo descerá sobre n\im a gtmdc paz cm cwz-.

\

Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce
Claudia Vasconcellos
Realce