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Uma cartografia da memória : mapeamento participativo socioambiental - PAE Lago Grande

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Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande foi criado pela

Portaria N° 31, de 28 de novembro de 2005, com uma área de 2.503,44 km² (cerca de 11%

do território de Santarém). Ele está situado na região noroeste do município e prevê a

criação de 4.600 unidades agrícolas familiares (Diário Oficial, 2005). Com cerca de 130

comunidades e, aproximadamente, 5.000 famílias, o PAE Lago Grande possui extensas

reservas de recursos naturais em áreas de floresta densa de terra firme, áreas de cerrado e

de várzea.

Embora tenha sido instituído há quase dois anos e suas comunidades organizadas

já terem criado a Federação das Comunidades do Assentamento do Lago Grande

(Feagle), várias questões fundiárias ainda precisam ser resolvidas. Conflitos pela posse da

terra, latifúndios, pecuária extensiva, grilagem e exploração ilegal de madeira, são alguns

elementos que coexistem no dia a dia das comunidades.

A obtenção da terra, criação do Projeto, seleção dos beneficiários, aporte de

recursos de crédito, apoio à instalação e crédito de produção e infra-estrutura básica

(estradas de acesso, água e energia elétrica) e a titulação (concessão de uso ou título de

propriedade) são de responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforna

Agrária (Incra).

Um Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) é uma modalidade de

assentamento destinada à exploração de áreas dotadas de riquezas extrativas, através de

atividades economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente sustentáveis, a

serem executadas pelas populações oriundas de comunidades extrativistas.

Em 2005, após anos de luta das populações tradicionais e dos movimentos sociais,

foi criado, o Projeto Agroextrativista do Lago Grande. Ao longo de sucessivos encontros

entre as lideranças comunitárias do assentamento, de movimentos sociais e de

representantes do Incra, dentre outras instituições, o debate vem se concentrando em

torno da estruturação de um processo de gestão comunitária legítimo.

Apresentação

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Os comunitários do PAE Lago Grande dividiram o Assentamento em 5 regiões para

a realização do mapeamento. Esta opção deve-se a enorme extensão territorial do

Assentamento e ao grande número de comunidades representadas.

A figura abaixo apresenta a localização do PAE Lago Grande em Santarém e a

divisão territorial adotada pelos comunitários para o mapeamento.

06 07

O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande foi criado pela

Portaria N° 31, de 28 de novembro de 2005, com uma área de 2.503,44 km² (cerca de 11%

do território de Santarém). Ele está situado na região noroeste do município e prevê a

criação de 4.600 unidades agrícolas familiares (Diário Oficial, 2005). Com cerca de 130

comunidades e, aproximadamente, 5.000 famílias, o PAE Lago Grande possui extensas

reservas de recursos naturais em áreas de floresta densa de terra firme, áreas de cerrado e

de várzea.

Embora tenha sido instituído há quase dois anos e suas comunidades organizadas

já terem criado a Federação das Comunidades do Assentamento do Lago Grande

(Feagle), várias questões fundiárias ainda precisam ser resolvidas. Conflitos pela posse da

terra, latifúndios, pecuária extensiva, grilagem e exploração ilegal de madeira, são alguns

elementos que coexistem no dia a dia das comunidades.

A obtenção da terra, criação do Projeto, seleção dos beneficiários, aporte de

recursos de crédito, apoio à instalação e crédito de produção e infra-estrutura básica

(estradas de acesso, água e energia elétrica) e a titulação (concessão de uso ou título de

propriedade) são de responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforna

Agrária (Incra).

Um Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) é uma modalidade de

assentamento destinada à exploração de áreas dotadas de riquezas extrativas, através de

atividades economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente sustentáveis, a

serem executadas pelas populações oriundas de comunidades extrativistas.

Em 2005, após anos de luta das populações tradicionais e dos movimentos sociais,

foi criado, o Projeto Agroextrativista do Lago Grande. Ao longo de sucessivos encontros

entre as lideranças comunitárias do assentamento, de movimentos sociais e de

representantes do Incra, dentre outras instituições, o debate vem se concentrando em

torno da estruturação de um processo de gestão comunitária legítimo.

Apresentação

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Os comunitários do PAE Lago Grande dividiram o Assentamento em 5 regiões para

a realização do mapeamento. Esta opção deve-se a enorme extensão territorial do

Assentamento e ao grande número de comunidades representadas.

A figura abaixo apresenta a localização do PAE Lago Grande em Santarém e a

divisão territorial adotada pelos comunitários para o mapeamento.

06 07

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Oferecem uma contraposição à visão oficial e de organizações nacionais e internacionais sobre um determinado território.

Baseiam-se no conhecimento que os residentes das comunidades possuem sobre os inúmeros fatores que oferecem desafios frente ao processo de desenvolvimento da sua região.

Mapeamento Participativo no Assentamento Agroextrativista Lago Grande

1° Momento

Definição dos objetivos, das parcerias, da metodologia e das datas

-

2° Momento

Oficinas de mapeamento: Noções de cartografia e visualização de imagens de satélite

Divisão do Assentamento em cinco regiões

Desenho dos temas em papel vegetal colocado sobre a imagem de satélite

Criação de legendas

-

-

-

-

3° Momento

Fotografia digital dos mapas desenhados no papel vegetal

Georeferenciamento dos mapas desenhados

Modelagem do sistema de informação participativo

Geração dos mapas.

-

-

-

-

4° Momento

Oficinas de validação e avaliação dos mapas

-

MAPAS PARTICIPATIVOS

Metodologia depende dos recursos, objetivos, parcerias e prazos assumidos

O reconhecimento da indispensável participação dos membros das comunidades

locais no processo de planejamento e nos programas de desenvolvimento que envolvem

seus territórios tem contribuído para a popularidade de uma série de métodos de natureza

participativa.

A metodologia utilizada neste Mapeamento Participativo Socioambiental envolveu

quatro momentos básicos, apresentados na figura abaixo:

“Acredito que vamos escrever o nosso nome, juntamente com os nossos

financiadores, na construção desse conhecimento. Com isso, podemos chegar no Incra e

dizer: 'Olha o problema está acontecendo nessa área, que tem tantas comunidades, com

esse número de famílias precisando de abastecimento de água, e se existe uma reserva'.

Nós não temos essas informações. (...) Alguns dizem que é tarde para agir, mas acho que

não. Nós, do Arapiuns, não sabemos o que está acontecendo na Gleba Nova Olinda; não

existe um livro contando isso. Agora, nós vamos construir essa base de dados.

Conhecendo a própria região, vamos parar de brigar entre nós mesmos, já que muitos não

sabem os limites das nossas áreas. Os grandes, que estão falando uma língua só, em um

discurso organizado, é que estão levando”. Comunitário de Bom Futuro

“O nosso povo estava 70% na área rural e 30% na área urbana. Com a chegada da

soja, em 2002, os ânimos se acirraram, com conflitos, e a situação inverteu. Hoje estamos

com apenas 30% na área rural de Santarém. Na questão da terra, nós sempre tivemos a

reforma agrária como privilégio de alguns; uma minoria de grandes latifundiários, que

concentraram grande parte da terra. Em 1998, o prefeito Lira Maia, de Santarém, foi até o

Mato Grosso para sensibilizar os grandes produtores de soja a virem para Santarém. A

primeira iniciativa foi com a empresa Cargill, implantada no porto de Santarém, acabando

com a praia Vera Paz Maria José. Não foi só a construção de uma grande infra-estrutura.

Também estimulou a grilagem de terras, criando conflitos. Muitos trabalhadores e

trabalhadoras perderam as suas terras; foram expulsos e alguns tiveram as suas casas

queimadas”. Maria Ivete Bastos dos Santos, presidente do STTR Santarém.

Vozes

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

08 09

Confecção dos mapas participativos

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Oferecem uma contraposição à visão oficial e de organizações nacionais e internacionais sobre um determinado território.

Baseiam-se no conhecimento que os residentes das comunidades possuem sobre os inúmeros fatores que oferecem desafios frente ao processo de desenvolvimento da sua região.

Mapeamento Participativo no Assentamento Agroextrativista Lago Grande

1° Momento

Definição dos objetivos, das parcerias, da metodologia e das datas

-

2° Momento

Oficinas de mapeamento: Noções de cartografia e visualização de imagens de satélite

Divisão do Assentamento em cinco regiões

Desenho dos temas em papel vegetal colocado sobre a imagem de satélite

Criação de legendas

-

-

-

-

3° Momento

Fotografia digital dos mapas desenhados no papel vegetal

Georeferenciamento dos mapas desenhados

Modelagem do sistema de informação participativo

Geração dos mapas.

-

-

-

-

4° Momento

Oficinas de validação e avaliação dos mapas

-

MAPAS PARTICIPATIVOS

Metodologia depende dos recursos, objetivos, parcerias e prazos assumidos

O reconhecimento da indispensável participação dos membros das comunidades

locais no processo de planejamento e nos programas de desenvolvimento que envolvem

seus territórios tem contribuído para a popularidade de uma série de métodos de natureza

participativa.

A metodologia utilizada neste Mapeamento Participativo Socioambiental envolveu

quatro momentos básicos, apresentados na figura abaixo:

“Acredito que vamos escrever o nosso nome, juntamente com os nossos

financiadores, na construção desse conhecimento. Com isso, podemos chegar no Incra e

dizer: 'Olha o problema está acontecendo nessa área, que tem tantas comunidades, com

esse número de famílias precisando de abastecimento de água, e se existe uma reserva'.

Nós não temos essas informações. (...) Alguns dizem que é tarde para agir, mas acho que

não. Nós, do Arapiuns, não sabemos o que está acontecendo na Gleba Nova Olinda; não

existe um livro contando isso. Agora, nós vamos construir essa base de dados.

Conhecendo a própria região, vamos parar de brigar entre nós mesmos, já que muitos não

sabem os limites das nossas áreas. Os grandes, que estão falando uma língua só, em um

discurso organizado, é que estão levando”. Comunitário de Bom Futuro

“O nosso povo estava 70% na área rural e 30% na área urbana. Com a chegada da

soja, em 2002, os ânimos se acirraram, com conflitos, e a situação inverteu. Hoje estamos

com apenas 30% na área rural de Santarém. Na questão da terra, nós sempre tivemos a

reforma agrária como privilégio de alguns; uma minoria de grandes latifundiários, que

concentraram grande parte da terra. Em 1998, o prefeito Lira Maia, de Santarém, foi até o

Mato Grosso para sensibilizar os grandes produtores de soja a virem para Santarém. A

primeira iniciativa foi com a empresa Cargill, implantada no porto de Santarém, acabando

com a praia Vera Paz Maria José. Não foi só a construção de uma grande infra-estrutura.

Também estimulou a grilagem de terras, criando conflitos. Muitos trabalhadores e

trabalhadoras perderam as suas terras; foram expulsos e alguns tiveram as suas casas

queimadas”. Maria Ivete Bastos dos Santos, presidente do STTR Santarém.

Vozes

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

08 09

Confecção dos mapas participativos

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO ARAPIUNS - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

USO DOS RECURSOS NATURAIS

10 11

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO ARAPIUNS - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

USO DOS RECURSOS NATURAIS

10 11

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Nós, em Santa Luzia, temos conflitos porque duas ou três comunidades dizem que

são indígenas e estão brigando aí com a gente por causa de demarcação de áreas. Eles

dizem que essa área de Caruci, Arimum, Nossa Senhora de Fátima, até uma parte do outro

lado do Amazonas, é deles. Isso foi debatido várias vezes, mas nós, em Santa Luzia,

continuamos aqui dentro. Nós trabalhamos, temos nossas áreas, nós procuramos respeitar

a parte deles, mas eu acho uma coisa meio impossível falar que sou uma coisa e na minha

identidade eu não sou. Eles chegam e dizem 'tu não pode entrar aqui nessa área porque tu

não és índio”. Comunitário de Santa Luzia

“É um momento difícil para nós que somos lideranças, representantes das comunidades, principalmente quando se trata de grilagem de terras. Somos uma comunidade de 36 famílias e a área é muito pequena para a demanda de todos. Se todas as famílias pudessem ter um pedaço de terra para trabalhar, seria muito bom. Queremos garantir a preservação da natureza. Se for tomada, vamos perder a beleza dos igarapés e das belezas naturais que existem”. Comunitário de Bom Futuro

“Os grileiros invadem as terras, fazendo plantio de soja e retirada de madeira. Ainda tem alguns moradores que loteiam suas áreas e vendem. Isso é um absurdo. Os grileiros compram e depois vendem para novas pessoas, que continuam dominando essas terras. Tem áreas de algumas comunidades que estão totalmente exploradas. É um problema muito sério, que a cada dia vai expandindo-se”. Comunitário de Cachoeira do Aruã

Vozes

12 13

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Nós, em Santa Luzia, temos conflitos porque duas ou três comunidades dizem que

são indígenas e estão brigando aí com a gente por causa de demarcação de áreas. Eles

dizem que essa área de Caruci, Arimum, Nossa Senhora de Fátima, até uma parte do outro

lado do Amazonas, é deles. Isso foi debatido várias vezes, mas nós, em Santa Luzia,

continuamos aqui dentro. Nós trabalhamos, temos nossas áreas, nós procuramos respeitar

a parte deles, mas eu acho uma coisa meio impossível falar que sou uma coisa e na minha

identidade eu não sou. Eles chegam e dizem 'tu não pode entrar aqui nessa área porque tu

não és índio”. Comunitário de Santa Luzia

“É um momento difícil para nós que somos lideranças, representantes das comunidades, principalmente quando se trata de grilagem de terras. Somos uma comunidade de 36 famílias e a área é muito pequena para a demanda de todos. Se todas as famílias pudessem ter um pedaço de terra para trabalhar, seria muito bom. Queremos garantir a preservação da natureza. Se for tomada, vamos perder a beleza dos igarapés e das belezas naturais que existem”. Comunitário de Bom Futuro

“Os grileiros invadem as terras, fazendo plantio de soja e retirada de madeira. Ainda tem alguns moradores que loteiam suas áreas e vendem. Isso é um absurdo. Os grileiros compram e depois vendem para novas pessoas, que continuam dominando essas terras. Tem áreas de algumas comunidades que estão totalmente exploradas. É um problema muito sério, que a cada dia vai expandindo-se”. Comunitário de Cachoeira do Aruã

Vozes

12 13

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO ARAPIXUNA - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

USO DOS RECURSOS NATURAIS

14 15

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO ARAPIXUNA - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

USO DOS RECURSOS NATURAIS

14 15

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Nas comunidades que eu estou representando, que é Jarí do Socorro e Alto Jarí, não existe escola. Lá as aulas são dadas no barracão comunitário”. Comunitário da Comunidade de Jarí do Socorro

“Nenhuma das comunidades possui posto policial. É muito importante ter na

comunidade um posto de polícia, que facilita na hora de denunciar as ameaças que,

muitas vezes, sofremos. Eles poderiam também ajudar a fiscalizar as coisas erradas que

acontecem na nossa região”. Comunitário de Arapixuna

“Agora já tem até pega de carros e motos na Translago. As pessoas vêm nas balsas e

desembarcam em Carariacá e, fazendo isso, colocam em risco a vida dos moradores,

principalmente das crianças que usam a estrada pra chegar até a escola. Como estão

sempre em alta velocidade, somos nós que temos que correr da estrada pra não sermos

atropelados”. Comunitário de Bom Jesus

“Nós só matamos algum cupido (capivara) quando a necessidade é grande, e só

mesmo para o consumo, dividindo com os vizinhos. Não comercializamos. Enquanto eles

vêm de fora e chegam a abater 15 de uma vez só. Já fizemos denúncia ao Ibama, mas é o

mesmo que nada”. Comunitário de Santana

“Em Santana, no silêncio da noite, você escuta tiros e mais tiros, sucessivamente, e

além do mais há pessoas que arpoam as capivaras e, depois que passa um tempo, dizem

eu matei 20, 25, 18, abusando da nossa cara. Sabemos que há uma espécie de reduto de

fiscalização do Ibama lá, que até ajuda a matar”. Comunitário de Santana

“No Cuipiranga, têm duas pessoas que dizem ser donas de duas áreas, que

abrangem quase toda a comunidade, porém, elas não moram, não cultivam e não permitem

que os moradores tradicionais cultivem a terra”. Comunitário de Cuipiranga

“Algumas pessoas que dizem ser donas de grandes áreas na comunidade de Bom

Jesus, mas que não moram lá, arrendam suas terras durante o verão para fazendeiros de

outra região, que acabam invadindo as terras dos moradores e destruindo suas

plantações”. Comunitário de Bom Jesus

Vozes

16 17

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Nas comunidades que eu estou representando, que é Jarí do Socorro e Alto Jarí, não existe escola. Lá as aulas são dadas no barracão comunitário”. Comunitário da Comunidade de Jarí do Socorro

“Nenhuma das comunidades possui posto policial. É muito importante ter na

comunidade um posto de polícia, que facilita na hora de denunciar as ameaças que,

muitas vezes, sofremos. Eles poderiam também ajudar a fiscalizar as coisas erradas que

acontecem na nossa região”. Comunitário de Arapixuna

“Agora já tem até pega de carros e motos na Translago. As pessoas vêm nas balsas e

desembarcam em Carariacá e, fazendo isso, colocam em risco a vida dos moradores,

principalmente das crianças que usam a estrada pra chegar até a escola. Como estão

sempre em alta velocidade, somos nós que temos que correr da estrada pra não sermos

atropelados”. Comunitário de Bom Jesus

“Nós só matamos algum cupido (capivara) quando a necessidade é grande, e só

mesmo para o consumo, dividindo com os vizinhos. Não comercializamos. Enquanto eles

vêm de fora e chegam a abater 15 de uma vez só. Já fizemos denúncia ao Ibama, mas é o

mesmo que nada”. Comunitário de Santana

“Em Santana, no silêncio da noite, você escuta tiros e mais tiros, sucessivamente, e

além do mais há pessoas que arpoam as capivaras e, depois que passa um tempo, dizem

eu matei 20, 25, 18, abusando da nossa cara. Sabemos que há uma espécie de reduto de

fiscalização do Ibama lá, que até ajuda a matar”. Comunitário de Santana

“No Cuipiranga, têm duas pessoas que dizem ser donas de duas áreas, que

abrangem quase toda a comunidade, porém, elas não moram, não cultivam e não permitem

que os moradores tradicionais cultivem a terra”. Comunitário de Cuipiranga

“Algumas pessoas que dizem ser donas de grandes áreas na comunidade de Bom

Jesus, mas que não moram lá, arrendam suas terras durante o verão para fazendeiros de

outra região, que acabam invadindo as terras dos moradores e destruindo suas

plantações”. Comunitário de Bom Jesus

Vozes

16 17

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Quando nós conseguimos registrar o Assentamento Agroextrativista do Lago

Grande, lá já existiam esses grandes proprietários, então não tivemos outra alternativa se

não 'aceitar' a situação, com a promessa de que o Ministério Público iria tomar uma atitude

forçando o Incra a retirar todos os que não tivessem título definitivo da área. Agora só nos

resta lutar para que essa promessa seja cumprida”. Maria Ivete Bastos Santos, presidente

do STTR Santarém

“Duas famílias que moravam lá, agora venderam seus lotes pra gente de fora que,

aliás, já estão fazendo o pico, e tudo isso depois do assentamento”. Comunitário de Nova

Sociedade do Urucureá

“ Existe um grande fazendeiro que colocou os búfalos nas ilhas que ficam em frente à

comunidade de Santana (Ilha Grande e Ilha das Curicas). A geografia dessas ilhas mudou

completamente; os peixes e os pastos estão desaparecendo”. Comunitário de Santana

“Faz muito tempo que a gente vem lutando pra conscientizar os pescadores, mas não

tem jeito. Em 2003, nós nos reunimos e recolhemos, lá da enseada, 220 panos de

malhadeira com 75 metros cada e entregamos tudo ao Ibama que, infelizmente entregou de

volta para os pescadores. No ano passado, teve outro conflito em que nós retiramos uma

faixa de 110 panos de rede e decidimos queimar para que não repetisse o ocorrido da

primeira vez”, Comunitário de Santana

“Lá existem oito lagos que são os reservatórios onde os peixes ficam no verão, porém

'pertencem' ao senhor Donaldo Cardoso, ex-vereador de Santarém. Ele se diz dono e não

permite que nossa comunidade pesque para o seu sustento, mas ele tem a liberdade de

colocar búfalos em grande quantidade na fazenda para destruir toda a grama, capim, igapó,

ficando de certa forma escasso o peixe”. Comunitário de Aninduba

“Quando nós fomos fazer a apreensão dos arreios dos pescadores, eles atiraram na

direção do nosso barco e nós atiramos também. Felizmente ninguém ficou ferido, mas nós

sofremos ameaças de morte e eles estão ameaçando tocar fogo nos nossos barcos. O que

a gente queria era mais apoio do Ibama, pois a gente fiscaliza, mas na hora de multar eles

não fazem a parte deles”. Comunitário de Aninduba

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO ALTO LAGO GRANDE - INFRA-ESTRUTURA

18 19

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Quando nós conseguimos registrar o Assentamento Agroextrativista do Lago

Grande, lá já existiam esses grandes proprietários, então não tivemos outra alternativa se

não 'aceitar' a situação, com a promessa de que o Ministério Público iria tomar uma atitude

forçando o Incra a retirar todos os que não tivessem título definitivo da área. Agora só nos

resta lutar para que essa promessa seja cumprida”. Maria Ivete Bastos Santos, presidente

do STTR Santarém

“Duas famílias que moravam lá, agora venderam seus lotes pra gente de fora que,

aliás, já estão fazendo o pico, e tudo isso depois do assentamento”. Comunitário de Nova

Sociedade do Urucureá

“ Existe um grande fazendeiro que colocou os búfalos nas ilhas que ficam em frente à

comunidade de Santana (Ilha Grande e Ilha das Curicas). A geografia dessas ilhas mudou

completamente; os peixes e os pastos estão desaparecendo”. Comunitário de Santana

“Faz muito tempo que a gente vem lutando pra conscientizar os pescadores, mas não

tem jeito. Em 2003, nós nos reunimos e recolhemos, lá da enseada, 220 panos de

malhadeira com 75 metros cada e entregamos tudo ao Ibama que, infelizmente entregou de

volta para os pescadores. No ano passado, teve outro conflito em que nós retiramos uma

faixa de 110 panos de rede e decidimos queimar para que não repetisse o ocorrido da

primeira vez”, Comunitário de Santana

“Lá existem oito lagos que são os reservatórios onde os peixes ficam no verão, porém

'pertencem' ao senhor Donaldo Cardoso, ex-vereador de Santarém. Ele se diz dono e não

permite que nossa comunidade pesque para o seu sustento, mas ele tem a liberdade de

colocar búfalos em grande quantidade na fazenda para destruir toda a grama, capim, igapó,

ficando de certa forma escasso o peixe”. Comunitário de Aninduba

“Quando nós fomos fazer a apreensão dos arreios dos pescadores, eles atiraram na

direção do nosso barco e nós atiramos também. Felizmente ninguém ficou ferido, mas nós

sofremos ameaças de morte e eles estão ameaçando tocar fogo nos nossos barcos. O que

a gente queria era mais apoio do Ibama, pois a gente fiscaliza, mas na hora de multar eles

não fazem a parte deles”. Comunitário de Aninduba

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO ALTO LAGO GRANDE - INFRA-ESTRUTURA

18 19

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

RECURSOS NATURAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

20 21

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

RECURSOS NATURAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

20 21

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO MÉDIO LAGO - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

RECURSOS NATURAIS

22 23

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

REGIÃO DO MÉDIO LAGO - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

RECURSOS NATURAIS

22 23

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

24 25

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS REGIÂO DO BAIXO LAGO - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

24 25

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS REGIÂO DO BAIXO LAGO - INFRA-ESTRUTURA

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

USO DOS RECURSOS NATURAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

26 27

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

USO DOS RECURSOS NATURAIS

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

26 27

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Conseguimos o Assentamento Agroextrativista, mas os conflitos ainda são

muitos. Os sojeiros estão aí trazendo bastante problema. Ontem eu estava

acompanhando 40 trabalhadores que estão sendo expulsos de suas terras. Estamos

em luta constante contra adversários grandes. Não é uma luta fácil”. Maria Ivete

Bastos dos Santos, presidente do STTR Santarém

“O fluxo foi estimulado pelo próprio governador do estado, que teve um

investimento muito forte do pessoal do Mato Grosso. Então, o compromisso era eleger

o Jatene, mas a responsabilidade era entregar os municípios do baixo e médio

Amazonas para esse pessoal. Hoje, em Juruti, o trabalhador não consegue mais terra

porque todas já foram demarcadas para sojeiros e madeireiros. Esse grupo já sabia da

existência do minério bauxita nesse cinturão que vai de Juruti a Santarém, passando

por Cachoeira do Aruã”. Comunitário de Retiro

“Daí eles iam explusar os moradores que ali viviam há mais de 20, 30, 50 anos (...)

O presidente Lula, vendo o conflito, suspendeu os documentos e agora eles só

protocolaram, mas não conseguiram o título definitivo de posse. Estão, portanto

ilegais, mas mesmo assim ficam desmatando e construindo casas para demarcar

território. Esse grupo do Mato Grosso foi contra o projeto de assentamento do Lago

Grande, fizeram abaixo-assinado e tudo, mas nós conseguimos nos organizar melhor”.

Comunitário de Retiro

“Enquanto a gente está aqui discutindo neste evento, basta um telefonema 'olha

eu vou depositar na tua conta tantos mil reais para você liberar a área para gente' e

pronto. A gente não tem um topógrafo e esse pessoal paga funcionários do Iterpa para

fazer a topografia lá dentro da área; pago com tudo que tem direito. Até hoje nem

conseguimos saber qual é o limite entre o município de Santarém e Juruti. Lá estão os

sojeiros e madeireiros, com ramais, com derrubadas, com 40, 50 hectares. A gente

denuncia por causa de 3 hectares e eles pagam para derrubar 100. Quem vai fazer

justiça diante dessa situação?” Comunitário de Boa Fé

“Toda riqueza hídrica está debaixo da terra, justamente onde estão os

inimigos. O Ibama não vai defender, nem o Incra”. Comunitário de Boa Fé

Vozes

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Eles tentaram entrar em casa duas vezes, não sei se para roubar ou para me pegar

mesmo. Na última, estava sozinha e gritei que iria cortar o pescoço deles com a minha

Tramontina, mas no fundo eu táva me tremendo toda. Nem sei se conseguiria fazer alguma

coisa. Se me deixarem viva até 2008, até 2008 estarei à frente do Sindicato. Me disseram

que vão deixar baixar a poeira da Irmã Dorothy (Stang, assassinada em 2005 por pistoleiros

e fazendeiros envolvidos em disputa de terras no Pará) para então me pegar". Maria Ivete

Bastos dos Santos, presidente do STTR Santarém

“Os fazendeiros procuram os comunitários mais pobres para oferecer uma pequena

quantia pela sua terra, que acabam vendendo devido às necessidades. “A oferta é de

apenas R$ 2.500,00 por hectare de terra. O cara pensa que é suficiente para viver e aceita.

Mais tarde, a filha vira prostituta e surgem outros problemas”. Comunitário de Patauazal

A chegada da Alcoa Alumínio também estimulou a grilagem de terras. A Sênior

Engenharia, fornecedora da companhia de minério, foi contratada para fazer um estudo do

solo para estimar o potencial da reserva de bauxita no solo. Especuladores já tentam

garantir as terras na região de Juruti com o objetivo de conseguir royalties”. Comunitário

de Patauazal

28 29

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Conseguimos o Assentamento Agroextrativista, mas os conflitos ainda são

muitos. Os sojeiros estão aí trazendo bastante problema. Ontem eu estava

acompanhando 40 trabalhadores que estão sendo expulsos de suas terras. Estamos

em luta constante contra adversários grandes. Não é uma luta fácil”. Maria Ivete

Bastos dos Santos, presidente do STTR Santarém

“O fluxo foi estimulado pelo próprio governador do estado, que teve um

investimento muito forte do pessoal do Mato Grosso. Então, o compromisso era eleger

o Jatene, mas a responsabilidade era entregar os municípios do baixo e médio

Amazonas para esse pessoal. Hoje, em Juruti, o trabalhador não consegue mais terra

porque todas já foram demarcadas para sojeiros e madeireiros. Esse grupo já sabia da

existência do minério bauxita nesse cinturão que vai de Juruti a Santarém, passando

por Cachoeira do Aruã”. Comunitário de Retiro

“Daí eles iam explusar os moradores que ali viviam há mais de 20, 30, 50 anos (...)

O presidente Lula, vendo o conflito, suspendeu os documentos e agora eles só

protocolaram, mas não conseguiram o título definitivo de posse. Estão, portanto

ilegais, mas mesmo assim ficam desmatando e construindo casas para demarcar

território. Esse grupo do Mato Grosso foi contra o projeto de assentamento do Lago

Grande, fizeram abaixo-assinado e tudo, mas nós conseguimos nos organizar melhor”.

Comunitário de Retiro

“Enquanto a gente está aqui discutindo neste evento, basta um telefonema 'olha

eu vou depositar na tua conta tantos mil reais para você liberar a área para gente' e

pronto. A gente não tem um topógrafo e esse pessoal paga funcionários do Iterpa para

fazer a topografia lá dentro da área; pago com tudo que tem direito. Até hoje nem

conseguimos saber qual é o limite entre o município de Santarém e Juruti. Lá estão os

sojeiros e madeireiros, com ramais, com derrubadas, com 40, 50 hectares. A gente

denuncia por causa de 3 hectares e eles pagam para derrubar 100. Quem vai fazer

justiça diante dessa situação?” Comunitário de Boa Fé

“Toda riqueza hídrica está debaixo da terra, justamente onde estão os

inimigos. O Ibama não vai defender, nem o Incra”. Comunitário de Boa Fé

Vozes

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

“Eles tentaram entrar em casa duas vezes, não sei se para roubar ou para me pegar

mesmo. Na última, estava sozinha e gritei que iria cortar o pescoço deles com a minha

Tramontina, mas no fundo eu táva me tremendo toda. Nem sei se conseguiria fazer alguma

coisa. Se me deixarem viva até 2008, até 2008 estarei à frente do Sindicato. Me disseram

que vão deixar baixar a poeira da Irmã Dorothy (Stang, assassinada em 2005 por pistoleiros

e fazendeiros envolvidos em disputa de terras no Pará) para então me pegar". Maria Ivete

Bastos dos Santos, presidente do STTR Santarém

“Os fazendeiros procuram os comunitários mais pobres para oferecer uma pequena

quantia pela sua terra, que acabam vendendo devido às necessidades. “A oferta é de

apenas R$ 2.500,00 por hectare de terra. O cara pensa que é suficiente para viver e aceita.

Mais tarde, a filha vira prostituta e surgem outros problemas”. Comunitário de Patauazal

A chegada da Alcoa Alumínio também estimulou a grilagem de terras. A Sênior

Engenharia, fornecedora da companhia de minério, foi contratada para fazer um estudo do

solo para estimar o potencial da reserva de bauxita no solo. Especuladores já tentam

garantir as terras na região de Juruti com o objetivo de conseguir royalties”. Comunitário

de Patauazal

28 29

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

FEDERAÇÃO DAS COMUNIDADES DO ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA DO LAGO GRANDE

PresidenteGilberto Santos Guimarães

Vice-PresidenteFlorenço Souza Gama

SecretárioSandra Regina Guimarães Galucio

2° SecretárioSilvaney Rodrigues Correia

1° TesoureiroAntônio Oliveira de Andrade

2° TesoureiroMaria Rira Costa Mesquita

Diretor de Relações PúblicasZenita Gonçalves Embiriba

Endereço: AV Cuibá, s/nTelefone: (93) 3524 1845

SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM

PresidenteMaria Ivete Bastos dos Santos

Vice-PresidenteRaimundo de Lima Mesquita

SecretárioManoel Edivaldo Santos Matos

2° SecretárioFrancisco Oliveira dos Santos

TesoureiroMarilene Rodrigues Rocha

Endereço: AV. Cuibá, s/nTelefone: (93) 3524 1845

PROJETO SAÚDE E ALEGRIA

Coordenação GeralCaetano ScannavinoEugenio Scannavino

Coordenação de Organização ComunitáriaTibério Aloggio

Coordenação PedagógicaMagnólio de Oliveira Coordenação Saúde ComunitáriaFábio Tozzi

Coordenação Economia da FlorestaMárcio Halla

Coordenação EducomunicaçãoFábio Anderson Pena

Coordenação Centro de Informação, Pesquisa e GeoprocessamentoRicardo Folhes

Endereço: AV Mendonça Furtado, 3979, Liberdade, Santarém-PA.CEP: 68040-050 • E-mail: [email protected]: (93) 3522 2161/3522 1015/ 3522 5144

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Mapeamento Participativo Socioambiental

Coordenação

Ricardo Theophilo Folhes

Geoprocessamento e Mapas Temáticos

Gleidy Marianelli

Cátia Magalhães

Daniela Baettas

Wolf Alexander Riesen

Relatoria

Carline Piva

Cátia Magalhães

Concepção de Arte

Magnólio de Oliveira

Arte e Editoração

Jorgean Goudinho Xavier

Wandson Ramos

Edição e Revisão

Patrícia Bonilha

Prefácio

Maurício Torres

Ricardo Folhes

30 31

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

FEDERAÇÃO DAS COMUNIDADES DO ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA DO LAGO GRANDE

PresidenteGilberto Santos Guimarães

Vice-PresidenteFlorenço Souza Gama

SecretárioSandra Regina Guimarães Galucio

2° SecretárioSilvaney Rodrigues Correia

1° TesoureiroAntônio Oliveira de Andrade

2° TesoureiroMaria Rira Costa Mesquita

Diretor de Relações PúblicasZenita Gonçalves Embiriba

Endereço: AV Cuibá, s/nTelefone: (93) 3524 1845

SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM

PresidenteMaria Ivete Bastos dos Santos

Vice-PresidenteRaimundo de Lima Mesquita

SecretárioManoel Edivaldo Santos Matos

2° SecretárioFrancisco Oliveira dos Santos

TesoureiroMarilene Rodrigues Rocha

Endereço: AV. Cuibá, s/nTelefone: (93) 3524 1845

PROJETO SAÚDE E ALEGRIA

Coordenação GeralCaetano ScannavinoEugenio Scannavino

Coordenação de Organização ComunitáriaTibério Aloggio

Coordenação PedagógicaMagnólio de Oliveira Coordenação Saúde ComunitáriaFábio Tozzi

Coordenação Economia da FlorestaMárcio Halla

Coordenação EducomunicaçãoFábio Anderson Pena

Coordenação Centro de Informação, Pesquisa e GeoprocessamentoRicardo Folhes

Endereço: AV Mendonça Furtado, 3979, Liberdade, Santarém-PA.CEP: 68040-050 • E-mail: [email protected]: (93) 3522 2161/3522 1015/ 3522 5144

Assentamento Agroextrativista do Lago Grande

Mapeamento Participativo Socioambiental

Coordenação

Ricardo Theophilo Folhes

Geoprocessamento e Mapas Temáticos

Gleidy Marianelli

Cátia Magalhães

Daniela Baettas

Wolf Alexander Riesen

Relatoria

Carline Piva

Cátia Magalhães

Concepção de Arte

Magnólio de Oliveira

Arte e Editoração

Jorgean Goudinho Xavier

Wandson Ramos

Edição e Revisão

Patrícia Bonilha

Prefácio

Maurício Torres

Ricardo Folhes

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