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Rio de Janeiro — Quarta-feira, 13 de julho de 1977 Ano LXXXVII — N.° %

TEMPOBom com aumen-to de nebul. a par-fir da tarde, ne.voeiios esp. aoamanhecer. Tem-peratura estável.Ventos de Norte,fracos. Máx. 33.4(Realengo). Min.:17.4 (Bangu). (Ma-pas no Cadernode Classificados).

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ACHADOS EPERDIDOSDOCUMENTOS FURTADOS -

Foram furtíüJos dos intorior doveiculo di» 1! òs I2,30hs. per.iencente'. -a Mario Augusto Mâ-chõdo de Souza, resid. em Cu-ririba, mais talão chequei Bco.Est. ["araria e talão de recibocia firma I taco lombo S/A. járegiair. queixa na 13a. Del, Po-Ileia de Copa:, lei. 225-7499.

EXTRAVIOU-SE - Da firma JA-COB VIGWOV, localizada aRué do Catete, n°l5ó, lojo l,C.G.C. nÇ 33284597/0001-00, ,1ià. e 2a. cotos do Imposto deRonda—PJ, exerc. 75 ano basen. ____^_

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EXfRAVIOU.SE can. crês 7a. re-fliao n9 3Í40-D reg, n? 777!João Manuel Nunes Rodrigues.T«l.i 350-1319.

EXTRAVIOU-SE - O diploma deTec. Con t abi lidado regis. sobo n9 219276 livro 812, folha

276, termo 219278 de IO-U-65.Quem achar se comunicar como tel. 266.4546.

FOI EXTRAVIADO - O livro dóI.S.S. da firma Silveira e Cru?durante mudança. Gratifica-sequem encontrar.

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Ministro querpunir banco queatrasar FGTS

O Ministro do Trabalho, ArnaldoPrieto, quer que o Conselho Monetá-rio Nacional crie uma punição paraos bancos que atrasem o pagamentodo FGTS aos trabalhadores. Segundoo presidente do BNH, MaurícioSchulmman, que deu a informação, aLei do FGTS não prevê pena para osbancos arrecadadores, porque o Fundoé considerado depósito à vista.

O presidente do BNH falou sobreo Fundo de Garantia durante o lan-camento, ontem, do 1.9 Simpósio so-bre Barateamento da Construção Ha-bitacional, que será realizado em Sal-vador, em março do próximo ano. Foilançado, também, um concurso deprojetos de casas populares, com pró-mios de ate CrS 40 mil, podendo par-ticipar qualquer pessoa. (Página 20)

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Prof. Hermíniu Tavares

Carter defendebomba comoopção tática

Apesar de apoiar a produção dabomba de nêutrons, o Presidente Jim-my Carter afirmou que fará uma aná-lise completa sobre ela, antes de dara palavra final. Admitiu, ainda, queestimulará o debate sobre sua fabri-cação, mas salientou que deseja abomba no arsenal dos Estados Unidos,pois ela "certamente é uma opção tá-tica norte-americana".

Carter acentuou que "a inclina-cão em favor da paz evitará o uso dearmas atômicas" e que "calma, per-sistôncia e negociações limpas" comMoscou, "conduzirão a uma crescentemelhoria de relações''. O GeneralAlexander Haig,

'Comandante das

forças da OTAN na Europa, se dissesurpreso com a controvérsia, "poisa bomba não tem a imporlan-cia que se lhe atribui". (Página 2)

EUA admitemque não devemembargar armas

Os embargos indiscriminados àvencia de armas ou a suspensão re-pentina da ajuda militar externa po-dem levar paises prejudicados a buscararmamentos em outros centros e a re-duzir a influência dos Estados Unidosna campanha pelos direitos humanos,advertiu um relatório do Conselho Na-cional de Segurança norte-americano,elaborado a pedido da Casa Branca.

O documento, citando dados daAgencia Central de Informações(CIA), revela que os Estados Unidossão responsáveis por mais da metade(56%) do comércio mundial de armascontra 18% da União Soviética e pai-ses socialistas e 26% de todas as ou-trás nações não comunistas juntas.Os três maiores compradores de ar-mas norte-americanas são a ArábiaSaudita, o Irã e Israel. (Página 7)

Simonsen prevê Geisel manterá aqueda ido café <j ui wuuClv

só após 1979 fora do debate até janeiroO Ministro da Fazenda, Mário O nnrr.a-vn* ria Pi-paIhã»,,-!* __ a. __ .,.-..._. *'O Ministro da Fazenda, Mário

Henrique Simonsen, voltou a afir-mar ontem, em Brasília, que ospreços do caie se manterão eleva-dos durante 1978, em conseqüênciada escassez mundial. Alertou parauma possível reversão a partir de197!), quando deverão começar adar frutos os cafeeiros plantados apartir do ano passado.

Em São Paulo, o Ministro daAgricultura, Alysson Paulinelli,condenou o derrotismo e o pessi-mismo no setor agrícola, dizendoque eles são males piores do que aprópria inflação. Afirmou ser o se-tor rural a base do desenvolvimen-to brasileiro e que a disseminaçãodaquelas opiniões "levará a Naçãoa impasse sem saída". (Página 18)

Singer vê naSBPC economiaem crescimento

A economia brasileira estácrescendo, o milagre econômico tal-vez esteja sendo retomado, a situa-ção tende mais para o pleno em-prego do que para o subemprego— disse para pessoas espantadascom suas palavras o economista doCebrap Paulo Singer, no Simpósiosobre Industrialização e Mão-de-Obra no Brasil, realizado ontem na29a. reunião da SBPC.

Antropólogos e cientistas po-liticos, baseados em pesquisas, pra-ticamente concluíram que a classeoperária brasileira não é revolueio-nária e mais se inclina para a sa-tisfação dos padrões burgueses deconsumo e de ascensão individual.O; sindicalismo brasileiro — admi-tem — só tem uma questão atual:a de liberdade de ação e expressão,mas ele corre o perigo de cair no"sindicalismo de negócios", ao esti-lo norte-americano.

O sociólogo Florestan Fernan-des confessou-se "socialista desde1942" e previu momentos difíceispara o Brasil "se não houver umaabertura rápida e, dentro dos liirii-tes, eficiente para o reime demo-crático." Ele declarou-se surpresocom o impasae criado na assem-bléia-geral, que não aceitou votarmoção favorável à tese da Consti-tuinte.

O presidente da SBPC, profes-sor Oscar Sala, repetiu que a Cons-tituinte é tema político c partida-rio e "houve posição radical de cer-tas pessoas que queriam que umassunto conflitante com os estatu-tos da SBPC fosse discutido. "Con-siderou a assembléia encerrada eque "não há mais o que decidir."(Pág. 15 e editorial na pág. 10)

ItaipuItaipu, o maior empreendi-

mento hidrelétrico elo mundo, cor-re o risco de converter-se no "tra-tado da controvérsia", afirma oChefe da Sucursal do JORNAL DOBRASIL em São Paulo, MauroGuimarães, ao examinar os di-versos aspectos relacionados como aproveitamento dos recursosenergéticos do rio Paraná, em queestão empenhados Brasil, Argen-tina e Paraguai cm três projetosdistintos: Itaipu (paraguaio-bra-sileiro), Corpus e Yaciretá-Apipe(paraguaio-argentino). "O Brasil"— diz — "tendo em vista seu pe-so político e econômico específicona região, tanto no exame bi-lateral dos seus problemas como Paraguai, quanto com os daArgentina, não deve perder devista interesses geopolíticos alongo prazo e recuperar sua voca-Ção negociadora." (Página 12)

O porta-voz da Presidênciada República, Coronel ToledoCamargo, afirmou ontem que aposição do Presidente Geisel so-bre a sucessão permanece inal-terada: "As discussões só co-meçarão em janeiro." Mas,acredita que o Sr HumbertoBarreto não transgrediu nor-mas ao apoiar a candidatura doGeneral João Batista Figueire-do, pois sua função "não estáligada diretamente à Presiden-cia e ele ressalvou ser uma po-sição pessoal."

O Sr Barreto recusou-se aprestar novas declarações e,quando lhe perguntaram comovira os jornais, limitou-se a di-

zer: "Através dos óculos". Eleontem esteve no Palácio do Pia-nalto, mas conversou apenascom o secretário particular doPresidente, Sr Heitor AquinoFerreira.

A simpatia pública do pre-sidente da Caixa EconômicaFederal pela eventual cândida-tura do Chefe do SNI causouperplexidade. A maioria dosarenistas preferiu considerarprematuro o tema, enquanto osemedebistas reconheceram odireito de o Sr Barreto lançarseu candidato, mas condena-ram a forma pela qual é condu-zido o processo sucessório. OsMinistros de Estado recusa-

ram-se a opinar. O Sr ÂngeloCalmon de Sá revelou ter suapreferência, mas não dissequal é.

O Sr Afonso Camargo Ne-to, presidente da Arena para-naense, considerou "altamenterecomendável" o nome do Ge-neral Figueiredo e também ma-infestou sua simpatia pela pos-sibilidade de o Ministro NeyBraga se candidatar à Vice-Pre-sidència. Já o Sr Marcos Vlan-na, presidente do BNDE, dis-se que "como cidadão co-mum, gostaria de participardo processo sucessório atra-vés do voto direto". (Página 4)

Sio Paulo

¦\.V.r';'¦¦"- .ri^^-'1':*'..

Prof. Florestan Fernandes Prof. Helieth Saffiotti Prof. Paulo Singer

Canadá garante à Alemanhaseu suprimento de urânio

l\ f~^ li nnnnl/Mi »J« Al .. .O Chanceler da Alemanha JORNAL DO BRASIL se o acoiFederal, Helmut Schmidt, re-velou, em Ottawa, depois deconversações com o PremierPierre-Elliot Trudeau, que o Ca-nada concordou, provisória-mente e sem data prevista, emreiniciar as exportações de ura-nio aos países da comunidadeeuropéia, até se concluírem asnegociações com a Euratom.

Schmidt chega, hoje, aWashington, para dois dias devisita oficial, e um porta-voz daEmbaixada alemã nos EstadosUnidos não quis dizer ao

Videla recebeAlmirantebrasileiro

O Chefe do Kstado-Maior daMarinha do Brasil, Aimirante-de-Esquadra Guálter Menezes de Ma-galhães, teve ontem, em BuenosAires, reuniões separadas com ostrês membros da Junta Militar —o Presidente General Jorge Videla,o Almirante Emillo Massera e oBrigadeiro-General Orlando Agos-ti — ao mesmo tempo que a im-prensa local destaca os crescentesentendimentos entre militares dosdois paises.

As relações entre a Argentinae o Brasil teriam sido ura. dos te-mas tratados pelo Presidente Vi-dela na reunião que também on-tem manteve com os generais quedetêm comando de tropas em todasas regiões do país. (Página 12)

do nuclear Brasil-Alemanha se-ria debatido em suas reuniõescom o Presidente Jimmy Car-ter, deixando, no entanto,transparecer que essa questãonão seria provocada por inicia-tiva do Chanceler.

Ao despedir-se, ontem, noItamarati, do Embaixador ale-mão Horst Roding, o ChancelerAzeredo da Silveira declarouque, através do acordo de co-operação nuclear, Brasil e Ale-manha proporcionam ao mun-do, "graças à justa e rigorosa

URSS adverteos jornalistasestrangeiros•O

A agência Tass acusou o ex-correspondente do The Los Ancje-les Times Robert To th — preso eobrigado a deixar a União Soviéti-ca no mês passado — de trabalharpara "serviços de informações" dosEstados Unidos e advertiu os re-pórteres estrangeiros para que nãoexerçam "outras atividades que na-da tenham a ver com jornalismo".

Ontem, em Moscou, o repórternorte-americano Bernard Redmonte o cinegrafista alemão Kurt Hoe-fie, ambos da rede de televisão CBS,foram atacados por dois homens,quando faziam filmagens perto deuma cervejaria. A policia inter-veio e deteve os jornalistas. De-pois de interrogados, foram liber-tados; a câmara e o filme nãoforam apreendidos. (Página 6)

submissão voluntária ao siste-ma de salvaguardas, exemplode lúcida preocupação com obem-estar e a segurança da hu-manidade".

O Deputado Albert Probst,da União Social-Cristã, deFranz-Josef Strauss, afirmou,na visita que fez ao PresidenteGeisel, que a Oposição no Par-lamento alemão, que antes fa-zia restrições ao acordo nuclearcom o Brasil, agora consideraque ele deve ser cumpridointegralmente. (Página 8)

Secretário doCIP sai ejátem substituto

O novo secretário-executivo doConselho Interministerial de Pre-ços (CIP) será o economista Al-íredo Luiz Baumgarten Júnior, de35 anos, em substituição ao SrPaulo Roberto Campos Lemos, de31 anos, que deixa o cargo queexerceu durante dois anos e trêsmeses, para assumir a diretoriafinanceira da Interbrás.

O Ministro Mário Henrique Si-monsen explicou, ontem, que o SrPaulo Roberto Lemos pediu parasair porque "estava muito cansa-do", o que foi confirmado por elepróprio, em reuniãq com empresa-rios, ontem, quando previu que, alongo prazo, o controle prévio serásubstituído pelo simples acoinpa-nhamento de preços. (Página 16)

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2 - POLÍTICA E GOVERNO JORNAl DO BRASIL Q Quarta-feira, 13/7/77 ? 1? Caderno

Coluna do Castello-

Na hora dossimpatizantes

i1 Brasília — A esta altura a sucessão pre-

sidencial é um assunto proibido para os po-líticos da Arena, reservado para os dirigen-tes do sistema e facultativo para a impren-sa e para personalidades que não costumamse reger por formalismos ou conveniênciasespecíficas. Quem conhece o Sr HumbertoBarreto, seu feitio franco e sua independeu-cia, compreende perfeitamente sua atitudede

'manifestar opinião pessoal numa mate-ria em que quando nada a prudência acon-selha personalidades ligadas ao Governo aevitar definições. Sua simpatia pela condi-datura do General João Batista de Figueire-do já era notória, como é notória igual in-clinacão dos Srs Antônio Carlos Magalhães,Mário Andreassa, Costa Óavalcanti, Pratinide Morais e, em grau possivelmente menor,Delfim Neto. Nessa área realiza-se uma mo-bilização destinada a influir, nos meios ei-vis, em favor de uma imagem construtivado General-Chefe do SN3. Isso não sig-nifica que o General esteja escolhido ou quetenha compromisso de pleitear a canãidatu-ra, ou até mesmo de aceitá-la. E' um movi'mento que se arma nos bastidores civis dosistema, como haverá correspondente movi-mento em favor desse ccmdidato e de ou-tros candidatos nos bastidores do sistemamilitar. >

Entre civis como entre militares have-rá, por exemplo, simpatias; pela candiãatu-ra do General-Ministro do Exército, que, notopo da hierarquia, dispõe de posição privi-legiaãa quando se pensa na continuidadedo processo que se funda na manutenção daunidade militar. Há civis notoriamente co~nheciãos como favoráveis a essa candiãatu-ra e, embora não tenlia feito declarações pú-blicas a respeito, pode-se citar o caso do pro-fessor Roberto Mediei, que também não cos-tuma guardar certas conveniências. O pro-fessor, como se sabe, filho do ex-PresiãentãMediei, divergiu de antigos Ministros de Es-tado no Governo do seu pai para tomar umaposição que não parece tão singular nem tãoisolada. No Congresso conhecem-se outrossimpatizantes dessa eventual candidatura,bem como da de outros eminentes müitares.Há simpatizantes do General Euler e simpa-tizantes do General Dilermanão ou do Ge-neral Reinalão de Almeida. Se não quisesse-mos guardar limites impostos pela origemdas informações, citaríamos outros civis fa-voráveis à candidatura Frota.

A declaração do Sr Humberto Barretotem o mérito de quebrar certos tabus e dedesmoralizar certas fabulações armadas por •notórios aproveitadores do regime. Sem invo-car suas relações pessoais com o Presidenteda República e sem envolver o candidatonum prévio compromisso, o presidente daCaixa Econômica torna ostensivo um ãeba-te de bastidores que ocorre em meios civisainda sem envolvimento da esfera militar, àsvoltas com problemas específicos. Para osOficiais-Generais das Forças Armadas háquestões prévias a resolver antes de que pos-sam cogitar expressamente de um problemaque os preocupa mas que se situa numa esca-Ia de prioridades a ser definida segundo a vozde comando do Presidente da República. En-tre as questões pendentes, como se sabe, es-tão as promoções no Exército, no pressupôs-to de que a chefia do Governo continuará aser atribuída com exclusividade a um Ofi-cial-General de quatro estrelas, e a estabili-dade da estrutura ministerial, que estaria sobameaça de revisão, segundo se difunde emalguns setores.

A data marcada pelo General Geisel co-mo a do início do exame ãa sucessão presi-dencial provavelmente será a do seu final,pois essa é uma equação que, uma vez arma-da, terá de ser imediatamente resolvida, se éque não tenha prévia solução. E' possível, to-davia, que, pretendendo mudar os métodos,o Presidente libere os debates nos meios ei-vis, entre seus correligionários da Arena, naexpectativa ãe que ocorra desta vez uma coin-cidência da decisão do sistema com a mani-festação das preferências políticas. Deve de-duzir-se, inclusive das declarações do Gene-ral Figueiredo, que a opinião civil deverá terem 1978 algum peso na definição da suces-são presidencial. A confirmar-se tal hipótese,a decisão ocorreria em março.

A RENUNCIA DE JÂNIO

Colando num papel com seu timbre, re-corte de trecho ãe uma já antiga entrevistaminha ao Pasquim, recebi do Presidente Ja-nio Quadros uma declaração sobre sua re-núncia que merece divulgação. Na entrevis-ta, dizia eu, meio a sério, meio em tom deblague, respondendo a uma pergunta de Zi-raldo a propósito ãa renúncia: "Tenho umelenco ãe fatos e um elenco de hipóteses. Maspor que renunciou eu não sei. E acho que eletambém não sabe".

Sob o recorte, o Presidente escreveu:"Castello Branco. Isso é seu? Que você nãosaiba, eu acho difícil. Mas, entender que eunão saiba é emprestar-me irresponsabilida-de inaceitável. Imaginei que merecesse maiscarinho... Com abraços, e respeitos à Juíza, oJ Quadros. 17-VI-77".

Carlos Castello Branco

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Presidente da Assembléianão crê que Siseno aceitedisputar sucessão no Rio

O presidente da Assembléia Legislativa, Depu-tado Cláudio Moacir de Azevedo, disse ontem nãoacreditar que o General Sizeno Sarmento aceitedisputar a sucessão do Governador Faria Lima,"porque a Maioria no colégio eleitoral do Estado doRio é do MDB e ele, por sua responsabilidade e pa.s-sado, não pode participar de uma aventura".

"Eu acho'' — prosseguiu — "que o lançamentode qualquer candidato ao Governo do Estado pelaArena não pode ser admitido, salvo por minoriasradicais, desejosas de conspirar contra a ordem po-litica, no caso aquela que foi estabelecida pelo Pre-sidente Geisel no bojo das reformas constitucionaisde abril."

O auticaudidatoO presidente da Assembléia disse não poder

identificar, exatamente, as origens dos movimentosliderados por minorias arenistas "desejosas de vi-rar inconseqüentemente a mesa da sucessão". Acres-centou que no caso do General Sizeno Sarmento, porexemplo, "ele que foi um homem que sempre man-teve bem alto rígidas convicções democráticas, nãohaverá de querer interpretar o papel do antican-didato".

"Identifico nesse movimento e em outros mais"— concluiu o Sr Cláudio Moacir — "simples esbo-ços de grupos arenistas, que representam não sei oque, desejosos de alcançar o Governo do Estado doRio por vias duvidosas; esses políticos devem levarem conta, contudo, que estão brincando com umnome da maior seriedade, que não deve pretendersomente inscrever no seu fabuloso currículo, maisum pequeno item: foi também, candidato a Gover-nador."

Há nomes

Quando o presidente da Assembléia analisava omovimento visando ao lançamento da candidatura-doGeneral Sizeno Sarmento ao Governo do Estado, oDeputado Paulo Nascimento (Arena) interrompeu aconversa do Sr Cláudio Moacir com jornalistas paraesclarecer que "o meu Partido, embora minoritáriono colégio eleitoral, tem todo o direito de disputara sucessão estadual".

"Eu só acho precipitada é essa indicação de no-mes" — completou — ''porque o candidato das mi-nhas preferências e de mais 11 deputados estaduais,por exemplo, é o presidente do Diretório Nacionalarenista, Almirante Heleno Nunes. Mas há quemprefira, ainda, o Deputado Célio Borja e agora oGeneral Sizeno Sarmento."

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Belo Horizonte — O pre-sidente da Comissão Nacio-nal do Partido DemocráticoRepublicano, PDR, cm for-mação, Maurício BrandiAleixo. informou ontem quejá estão sendo redigidos osestatutos da Associação Pe-dro Aleixo de Estudos Poli-ticos.

A criação desta Associa-ção, foi decidida na últimareunião da Comissão e, te-rá como principal objetivo aformação de lideranças po-liticas jovens. Para o SrMaurício Aleixo — filho doidealizador do PDR, ex-Vi-ce-Presidente Pedro Aleixo-a Associação poderá suprira imensa carência de lide-ranças jovens no país, can-sada sobretudo pelo Deere-to-Lei 477, que prevê puni-ções para o estudante queexerce atividade politica.

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Serpareafirmacalma

Porto Alegre — O Co-mandante da 3a. Região Mi-litar, General Antônio Car-los de Andrada Serpa, afir-mou ontem que "adotamoso firme propósito de man-ter um clima de tranqui-lidade, de ordem, de traba-lho, de justiça social e cieunião das forças vivas danacionalidade, sem dissen-soes internas de qualquernatureza, a fim de evitar ocampo propicio ao comu-nismo ateu. que deseja ocaos social".

Em sua ordem do dia pe-los 168 anos de existênciada 3a. Região Militar, o Ge-neral Serpa disse qup "co-mo parte da sociedade, co-mo expressão desse bompovo brasileiro, aceitamosnosso quinhão, nossa tare-fa, nossas responsabilida-des, nossa hierarquia de va-lores, procurando o aper-feiçoamento democrático,não apenas nas formas ex-teriores, não somente nasleis escritas, mas sobretu-do na própria alma dos ho-mens".

Apó.s historiar a atuaçãoda 3a. Região Militar, lem-brando o nome de alguns deseus Comandantes — Deo-doro da Fonseca, Costa eSilva e Garrastazu Mediei— e alunos do Colégio Mi-litar de Porto Alegre — Ge-nerais Castello Branco eErxissto GsissI o Gsnc-ral Andrada Serpa destacoua belíssima tradição doExército, que acredita nadignidade da pessoa numa-na e no íim transcendentalda criatura".

Falando para mai.s de 500soldados da 3a. Região Mi-litar, que prestaram jura-mento à Bandeira, o Gene-ral frisou que "o esforçoque despenderdes, o papelque desempenhardes nãoserá em vão, pois estareisevitando a afirmação daforça irracional, do desejoe da crueldade daqueles quequerem apenas tumultuar,corromper e subverter, emproveito próprio."

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JORNAL DO BRASIL Quarta-feira, 13/7/77 fj 1? Caderno POIÍTICA E GOVERNO

Délio sedespededa FAB

Brasília — O BrigadeiroDélio Jardim de Mattosdespede-se amanhã, às 10h,da Força Aérea Brasileira,voando numa caça supersó-nicu F-5, do 1"? Grupo deAviação de Caça de SantaCruz, revivendo o inicio desua carreira — há mais de40 anos — na aviação decaça.

Na sexta-feira, o Briga-deiro — atual cbefe do Es-tado-Maior da Aeronáutica— passará o cargo ao Bri-gadeiro Hugo Paglioli deLucena, ás 16h, em cerimó-nia presidida pelo MinistroAraripe Macedo. O Briga-deiro Délio Jardim de Mat-tos tem 60 anos e íoi no-meado Ministro do SuperiorTribunal Militar, onde to-mará posse em agosto, navaga do Brigadeiro HuetSampaio.

Frota ficano Rioaté 2.a-feira

O Ministro do Exército,General Silvio Frota, che-gou ontem ao Rio e aqui fi-cará até segunda-feira.Amanhã, assistirá a umaexibição de tiro no ForteImbua, em Niterói, quandoatirarão os novos canhõesOerlikon, de 35mm, da Es-cola de Defesa Antiaérea doI Exército.

O 3? Batalhão de Carrosde Combate, na AvenidaBrasil, e o Museu Osório, naPraça da República, tam-bém serão inspecionadospelo Ministro Silvio Frota.O Ministro do Exército che-gou ao Rio em um Bandei-rante da Força Aérea Brasi-leira.

Programa doMDB não foino simpósio

Brasília — As Imagensque a televisão mostrou aopais como se tivessem sidogravadas no encerramentodo simpósio do MDB foram,na verdade, obtidas em lo-cais, datas e circunstanciasdistintas, segundo informouontem ao Tribunal SuperiorEleitoral, o diretor da Re-.de Globo. Sr Roberto Mari-nho, em resposta à, inda-gação do Procurador Henri-que Fonseca de Araújo.

Acompanhando o oficiocom as respostas às pergun-tas formuladas pelo Procu-rador, o diretor da Globo,estação geradora do progra-ma do MDB, enviou tam-bém em três carreteis,' ta-manho profissional o vi-deo-tape dos 60 m iinitosocupados em cadeia nacio-nal pela Oposição.

A gravação dos discursosdos Srs Ulisses Guimarães,Alencar Furtado, FrancoMontoro e Alceu Collaresíoi feita no plenário do Se-nado, diante de uma platéiacomposta por jornalistas .funcionários da Rede Globo.As cenas de público, entreos discursos, foram feitasantes, no plenário da Ca-mara dos Deputados.

Ao atribuir ao fato"razões de ordem técnica",o Sr Roberto Marinho expli-cou que a sua estação deTV só dispunha de uma ca-mera e que a máquina gra-vadora só comportava fitasde 16 minutos de duração,o que faria com que as gra-vações dos discursos tives-sem que ser Interrompidasa cada 15 minutos para tro-car as fitas. Por medida desegurança então optou-sepor uma divisão da ope-ração em duas etapas: numdia, gravar o público; nooutro, os oradores.

Durante as gravações dosdiscursos não foi feita ne-nhuma tomada de imagensdas pessoas presentes aoplenário do Senado. As lma-gens do público mostradasno programa foram grava-das, segundo o Sr RobertoMarinho, no dia 18 de ju-nho, quando, de fato, ocor-reu o encerramento do sim-pósio. Os discursos foramgravados quando não haviamais simpósio.

Itamarati traduz e vaidivulgar carta deJimmy Carter a Geisel

Brasília — O Itamarati está traduzindo e de-verá divulgar oportunamente a carta de três laudasque o Presidente dos Estados Unidos enviou ao Ge-neral Geisel, expressando coincidências de pontos-de-vista em relação a direitos humanos e energianuclear.

A carta foi enviada a propósito da recente vi-sita da Sra Rosalyn Carter ao Brasil. O PresidenteCarter afirma ter sido proveitosa a visita de suamulher, porque, através dela, pôde conhecer ospontos-de-vista do Brasil em relação aos dois as-suntos. Diz estar satisfeito em saber que o Governobrasileiro apoia a tese de não proliferação e admiteque cada pais tenha modos diferentes de tratar aquestão de direitos humanos, coincidindo, no en-tanto, no essencial.

EmbaixadaPorta-voz da Embaixada dos Estados Unidos,

Sra Lynn Sever, recusou-se ontem de forma catego-rica a dar qualquer informação sobre a carta que oPresidente dos EUA enviou ao Presidente Geisel."Não podemos dizer quando a carta íoi enviadae nem de que maneira ela íoi entregue. A Embaixa-da se limitará apenas a confirmar que a cartaexiste".

Freitas Nobre no Riofaz contatos para aescolha do novo líder

O líder em exercício do MDB na Câmara fe-deral, Deputado Freitas Nobre, vem ao Rio ama-nhã, para estabelecer contatos com representantesdo Estado do Rio, visando à escolha definitiva dosubstituto do Sr Alencar Furtado. A decisão é dabancada e o parlamentar paulista, por enquanto, éo único candidato.

No Rio, o lider emedebista manterá reuniõestambém com o Senador Roberto Saturnino e jun-tos pretendem fazer uma visita à suplente da ban-cada estadual do Partido, Sra Rosalice ParreirasFernandes, condenada pela 2a. Auditoria de Mari-nha e que cumpre pena na penitenciária femininade Bangn.

A liderançaA bancada do Estado do Rio na Câmara tem 31

representantes e pode decidir o problema da lide-rança, com seus votos, como ocorreu na disputa en-tre os Srs Laertc Vieira e Alencar Furtado, em mar-ço. Naquela oportunidade, a maioria da representa-ção fluminense — 22 deputados — optou pelo par-lamentar paranaense, que viria a ser, cassado noexercício do cargo.

Saturnino diz que MDBpode lançar candidatose antecipar a campanha

O Senador Roberto Saturnino (MDB-RJ) disseontem que "o Partido da Oposição, na análise desua viabilização futura em agosto, poderá optarpela antecipação da campanha eleitoral de 1978,lançando candidatos a todos u_ cargos possíveis,nos Estados, criando uma situação que permita aapresentação de seu modelo político-econômico àNação".

Confessou-se, depois, descrente quanto ao prós-segulmento de qualquer entendimento entre Par-tidos, "porque eu integrava, sinceramente, umacorrente que acreditava no êxito do diálogo". Achaque essa descrença domina, também, o Petrònio, oThales, o Francelino, o Tancredo, o Amaral, o Mon-toro e o Ulisses, outros partidários do diálogo, o queme deixa em muito boa companhia".

O modeloO Senador Roberto Saturnino não se mostrou

preocupado com as críticas à parte econômica domodelo do MDB, "porque eles não são do Partido".Esclareceu que a condenação, no caso, "foi feita apontos-de-vista Isolados que venho defendendo,porque o MDB, oficialmente, ainda não aprovou odocumento que preconiza o fim do Impasse poli-tico e econômico do país".

"Não concordo com essa história de que paraacabar com o centralismo econômico é preciso fa-zer uma revolução comunista", afirmou o Senadoroposicionista. Mas julga oportuna, para a mudançados programas econômicos do Governo, "que re-clamam urgentes alterações", a reforma do Minis-térlo.

Frisando que a remoção de "alguns obstáculospoderia consolidar no pais, com o ílm dos cons-tantes impasses políticos, um Poder moderador", oSr Roberto Saturnino disse que esse instrumento,desde que aceito, reclama apenas três etapas: 1 —entendimento sobre as salvaguardas do regime;2 — implementação, com a sua votação através doCongresso; e 3 — convocação de uma AssembléiaNacional Constituinte em 1978, que aceitaria, deplano, essa proposta de Conselho de Estado, commaioria militar".

Sobre o acordo entre os Srs Chagas Freitas eAmaral Peixoto, o Sr Roberto Saturnino afirmouque foi consultado previamente e concordou comele. "Era a vontade da grande maioria do Partidono Estado do Rio, que desejava essa composição".

Polícia doPiauí pedegravações

Teresina — O Departa-mento de Policia federal doPiaui pediu ao Presidenteda Assembléia Legislativa,Deputado Freitas Neto(Arena), a fita magnéticacom a gravação do discursofeito pelo Deputado Fran-cisco Figueredo (MDB) nodia 28 de junho. Em seudiscurso, o deputado criti-cou a utilização do AI-5 peloPresidente Geisel na cas-sação do Sr Alencar Furta-do.

O Deputado Freitas Netonegou-se a entregar a fita,alegando que já fora des-truida, mas colocou à dispo-siçào da Policia Federal acópia da ata da sessão como registro do pronuncia-mento.

O Sr Francisco Figueredofoi o deputado mais votadodo MDB do Piaui. Sua baseeleitoral é Teresina onde éconhecido por seu poder decomunicação.

Seu discurso, feito em so-lidariedade aos parlamenta,'•es do MDB cassados peloAI-5, íoi o mais contunden-te já preferido pela Opo-sição desde a instituição dobipartldarismo.

Teotônio quer análise deprocesso eleitoral paramudar moldes anteriores

São Paulo — O Senador Teotônio Vilela(Arena-AL) defendeu ontem a necessidade de umaanálise sobre o processo da sucessão presidencial,"agora inovando moldes anteriores e sendo conduzi-do de fora para dentro". Explicou que essa análiseé importante, "todas as vezes que se alteram crité-rios de um regime de exceção".

Ao manter contatos com os parlamentares dochamado grupo de vanguarda da Arena paulista.para divulgar o seu Projeto Brasil, o Senador ala-goano considerou-se "membro de um subúrbio docentro do Poder, a área política onde as noticiaschegam sempre depois." Sobre a sucessão afirmou,ainda, que "não me preocupo, por convicção, emabrir um leque de opções; fico apenas com o deverde votar".

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O Projeto Brasil foi expli-cado por seu autor como"uma espécie de censo daconsciência nacional". Esalientou que "ouvindopraticamente os represen-tantes de todos os setoresda vida nacional, encontra-mos um consenso: o de queé preciso mudar".

"O Poder" — continuou oSenador Teotônio Vilela —"já está em tempo de reco-nhecer a necessidade dessamudança. O obstáculo para

a elaboração do nosso pro-jeto não é a diversidade deopiniões no seio dos gover-nados, mas a ausência deopinião no seio dos gover-nantes."

O seu projeto, frisou o Se-nador arenista, não compe-te com a tese da Consti-.tante, que também consi-dera válida. "Um de seuspontos importantes são aspropostas para a defesa doEstado e do cidadão, ondereside o conflito entre lb.r-dade e autoridade".

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POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL ? Quarta-feira, 13/7/77 D l9 Caderno

Camargo diz que posição de Geisel continua inalteradaBrasília — O Secreta-

rio de imprensa da Pre-sidência, Coronel ToledoCamargo, ao comentarontem a declaração dopresidente da CaixaEconômica Federal, SrHumberto Barreto, d eapoio ao chefe do SNIpara a sucessão do Pre-sidente Geisel, disse quea posição do Presidenteda República sobre odebate sucessório con-tinua inalterada: ''asdiscussões só começarãoem janeiro".

O Coronel Camargoentende que o Sr Hum-berto Barreto não trans-grediu as normas impôs-tas pelo Presidente rela-cionadas com a sucessãopresidencial porque "alunção dele não está li-gada, diretamente à Pre-sidência da República e,ao fazer suas declaraçõeso presidente da CEF res-salvou ser sua posiçãopessoal e definiu o as-sunto como um cidadãocomum. "Ele tem todo odireito de transmitirsuas opiniões; eu é quenão tenho".

OPINIÃO

Indagado sobre o queachava do nome d oGeneral João BatistaFigueiredo para o cargode presidente da Repú-blica, o secretário de im-prensa disse ter opiniãoformada a respeito, masnão ter o direito d etomá-la pública. "Estouaqui como funcionárioda Presidência da Repú-blica, como porta-voz doGeneral Geisel, e, nomomento que eu difinis-se minha posição pessoalestaria, aí sim, trans-aredindo a diretriz do

Presidente", esclareceu oCoronel.

A respeito do ceticis-mo de muitos políticossobre a capacidade de oPresidente Geisel con-seguir conter o debatesucessório até janeiro, osecretário de imprensaassinalou ser "isto umaespeculação e uma avali-ação de cada um" e con-fessou não saber daruma resposta específicasobre o tema. "O que euposso dizer" — comen-tou — "é sobre a posiçãodo Presidente da Repú-blica, que considerainoportuna a análise doproblema ainda nestesegundo semestre".MUITO CEDO

O vice-Governador deSanta Catarina, Sr Atí-lio Fontana, depois deaudiência de 35 minutoscom o Presidente Geisel,afirmou que "ainda émuito cedo para levan-tar o problema do debatesucessório". Como mem-bro da Executiva Es-tadual da Arena, disseque o Partido, em SantaCatarina, está fazendoforça para não anteciparo tema.

"Acho que não seriavantajoso antecipar odebate sucessório, nempara o país nem para ocandidato. E' melhordeixar o país em paz etrabalhando. Além disso,lembro que me apresen-tei candidato três mesesantes da eleição e ga-nhei. Um candidato lan-çado muito cedo corre orisco de se desgastar. Porisso, estou de acordo como Presidente Geisel, queesse assunto somenteseja levantado na épocaoportuna, que não é ago-ra."

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BANCO CENTRAL DO BRASIL

COMUNICADO DEDIP N.° 522

OBRIGAÇÕES DO TESOURO NACIONAL-TIPO REAJUSTÁVELEDITAL DE SUBSTITUIÇÃO

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, Lendo em vista o dis-posto no artigo 2.° da Lei Complementar n.° 12, de08.11.71, e Portaria n.° 07..de 03,01.77, do Exmo. Sr. Mt-nistro da Fazenda, torna público que o Banco do Brasil S.A.,por intetmédio de suas agências, eslá autorizado a receberno período de 18.07.77 a 26.07.77, no horário de expe-diente normal pata o público, OBRIGAÇÕES DO TESOURONACIONAL-TIPO REAJUSTÁVEL, das modalidades nomi-nativa-endossável e ao poitador, de prazo de 2 e 5 anos,venciveis no mês de agosto dei 977, para substituição pornovas Obrigações.

2. As,pessoas físicas e jurídicas que desejem realizar asubstituição poderão optar por receber os novos títulos,nas seguintes condições:

a' OPÇÃO POR OBRIGAÇÕES DE PRAZO DE RESGATEDE 2 ANOS - TAXA DE JUROS DE 4% a.a.

O valor nominalreajustado vigorante nomês de julho de 1977

- Valor de substituição:

• Inicio da fluència dejuros e de prazo;

-Vencimento:-Modalidades:

Contados a partirdomèsdejulhode'197715.07.79Ao portador enominativa-endossável

bi OPÇÃO POR OBRIGAÇÕES DE PRAZO DE RESGATEDE 5 ANOS - TAXA DE JUROS DE 6% a.a.

• Valor de substituição;

Início da fluència ti»juros ede prazo;

-Vencimento:Modalidades:

O valor nominalreajustado vigorante nomês de junho de 1977

Contados a partirrio mês de junho de 197715.06 82Ao portador enominativa-endossável

3.,As Obrigações a serem substituídas seiáo acolhidaspelo valor nominal reajustado vigorante no mês de agostode 1977, acrescido, facultativamente, dos juros líquidos aque fizerem jus.4. Os juros não utilizados na forma do item anterior serãopagos pelas agências do Banco do Brasil S.A.no mesmodia da entrega das novas Obrigações.

5. Para os fins previstos neste Comunicado, o Banco doBrasil S.A.somente acolherá os certificados representati-vos da quantidade de Obrigações a serem efetivamentesubstituídas.

6. Os possuidores de certificados representativos de Obri-gações do Tesouro Nacional - Tipo Reajustável que não de-sejarem substituir integralmente a quantidade de Obriga-ções expressas nos mesmos deverão, antes de apresen-tá-los à substituição, providenciar a normal subdivisão des-'ses

certificados junto às agências do Banco do Brasil S.A.,de acordo com as instruções em vigor,

7. A importância em cruzeiros inferior ao valor.de umaObrigação, decorrente do processo de substituição, serádevolvida peio Banco do Brasil S.A„no mesmo dia da en-ttega dos novos lilulos.

8. A apresentação das Obrigações fora do prazo indicadono item 1 do presente Comunicado implicará na perda da¦faculdade especificada no referido item.'

9. Os certificados representativos das novas Obrigaçõesserão entregues pelas agências do Banco do Brasil S.A.entre os dias 01 e 03.08 77.

10. Nas capitais dos Estados a execução do processo desubstituição ficará a cargo das respectivas Agèncias-Centrodo Banco do Brasil S.A.

Rio de Janeiro, 30 de junho de 1977.DEPARTAMENTO DA DlVIDA PÚBLICAa) Chefe de Departamento

O silênciodo Governo

João Paulo dos Rtis Vtllo-so, Ministro do Plancjamen-to: "Estou afônico" itrêsvezes).

Luiz Gonzaga elo Nasci-mento c Silva, Ministro daPrevidência e AssistênciaSocial: "Como diz o Minis-tro Falcão, nada tenho adeclarar. Qualquer comen-tário sobre a sucessão éprematuro, pois ainda esta-mos longe do término doGoverno c do momento elei-toral. Não há candidatosainda porque o PresidenteGeisel não abriu o pá;eo.Mesmo na condição de cida-dão prefiro não me mani-íestar. Devo aguardar o mo-mento: até lá só cuido daPrevidência Social, e já dámuito trabalho'*.

General Dirceu Nogueira,Ministro dos Transportes:"Como Ministro acho que oprocesso da sucessão presi-dencial será normal. Comocidadão não quero me fixarem nomes, mas tenho acerteza de que o nome queirá resultar será completa-mente digno e adequado àfunção".

Ângelo Calmou de Sá, Ml-nistro da Indústria e do Co-mércio: "Tenho as minhaspreferências para a su-cessão do Presidente Geisel,mas não posso manifestarminha opinião nem comoMinistro, nem como ci-dadão".

Ali.sson Faulinelli, Minis-tro da Agricultura: "As es-peculações surgem e nãovou d.izer que não as conhe-ço, mas, sinceramente, nãoas promovo. No momento,só penso no Minis té-rio da Agricultura. Estoubastante consciente da difi-culdade de minha tarefa noMinistério para desviar mi-nha atenção para outras

.coisas. O General Figueire-do é o candidato do SrHumberto Barreto, o meué a Agricultura. E' naturalque falarei do meu candióa-

ío, quando o Presidente au-torizar".

General DilermandoG o m c s Monteiro, 'dante do II Exército: "Aúnica sucessão que me in-teressa é a das m i n h a sunidades e, no momento,não há previsão de mudar;-ças de conv-iido. As outrassucessões não são da minhaárea".

Roberto Santos, Gover-nador da Bahia: "Este as-sunto é da alçada exclusivado Presidente. Conformesugestão do Presidente Gei-sei, este assunto só deveráser decidido em janeiro. Istoé o que tenho de concretoe positivo".

Moura Cavalcante,Governador d e Pernam-buco: "O comandante doprocesso sucessório é o Pre-sidente Geisel. E acabou.Ninguém ainda me falouser candidato, e eu precisomanter reservas porque mi-nha palavra acaba por terpeso na decisão".

Marcos Vianna, presiden-te do BNDE: "Não consigosepara* a posição de presi-dente do BNDE da de ci-dadão comum. Como presi-dente do BNDE sou mem-bro da equipe do PresidenteGeisel e, portanto, sinto-meimpedido de fazer qualquermanifestação sobre aquestão sucessória. Como ci-dadão comum, e estrita-mente dentro do programada Arena e do próprio ideá-rio da Revolução que prevêuma marcha firme e gra-dual no sentido de uma de-mocrafcização plena do país,gostaria de participar doprocesso sucessório atravésdo voto direto".

Afranlo de Oliveija, Chefeda Casa Civil do Governa-dor Paulo Egidio Martins:''Ninguém tem o direito dedebater a sucessão. Mexer,agora, nesse assunto é umcrime. Esta discussão só vaiatrapalhar os dois anos queainda faltam aos atuais Go-vemos federal e estaduais".

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A precauçãoda Arena

Deputado Marco Maciel, Presidente- da Cama-ra: "A suc&ssão cabe, quanto a sua definição, aoPresidente Geisel, presidente de honra da Arena,Presidente da República e chefe político da Nação.Acho que S Exa. saberá julgar o momento oportu-no para a colocação do assunto em pauta, dando-lhe o encaminhamento devido".

Deputado José Bonifácio, líder do Governo naCâmara: "A liderança -administrativa opina. A li-derança política decide. Tendo recebido recomen-dacóes e sendo eu líder, é claro que sobre esse as-sunto não falo. Humberto falou, mas Humbertopertence á área administrativa. Quanto a mim, sen-do líder, tendo que obedecer -as suas recomenda-ções. Aliás, o próprio presidente da Caix-a ressalvouque falou em nome pessoal".

Senador Eurico Rezende, líder do Governo: "Aentrevista foi de um homem autêntico. O Sr Hum-berto Barreto, como, aliás, consta de sua entrevis-ta, falou em nome estritamente pessoal, sem en-volver nem a Arena, nem o Sr Presidente da Re-pública. Por via de conseqüência, exerceu um di-reito legitimo. Mas sobre isso não falo nem em no-me pessoal, pois sou líder do Governo".

Deputado Francelino Pereira, presidente daArena: "A entrevista teve caráter estritamente pes-soai, conforme ele o disse, explicitamente. A Arenacontinua aguardando instruções do Presidente daRepública. E esta questão só deverá ser colocadaem discussão no próximo ano, possivelmente emjaneiro. A direção do Partido continua instruindoos seus companheiros no sentido de evitar qual-quer manifestação neste sentido. Candidato só po-de ser lançado depois de ouvidas as forças do sis-tema e só quem pode fazer semelhante trabalho éo Presidente da República. Condições essenciais,como disse o Sr Humberto Barreto, o General Fi-guekedo tem de sobra. A Arena aguarda a paiavrade ordem de seu chefe, que é o Presidente Geisel".

Senador Teotônio Vilela (Arena-ALI: "O pro-cesso da sucessão presidencial ainda não chegouao âmbito político, hoje caracterizado mais comoum subúrbio do centro do Poder. Por essa razãonão tenho elementos para opinar. Nem posso jui-gar os candidatos por sequer conhecer seus res-pectivos programas e, muito menos, o processo deescolha em si."

Senador Luís Cavalcanti (Arena-AL): "As de-clarações do Sr Humberto Barreto têm o grandemérito de escancarar a porteira da sucessão. Odebate não tumultua a administração. Quandojnais se especular sobre a sucessão melhor; vai-sedesvendando o véu e estendendo a pesquisa ao po-vo, que é a voz de Deus. Mas, dos militares, mi-nha preferência pessoal é pela candidatura do Ge-neral Euler Benles Monteiro."

Afonso Camargo Neto, presidente da Arena pa-ranaense: "Se o processo sucessório se encaminharpara a escolha de militares da ativa, o nome doGeneral João Batista Figueiredo é altamente re-comendável. A sucessão se fará sob o comando doPresidente Geisel e poderá, ao longo do seu ama-durecimento nos próximos seis meses, recair sobreos ohamados anfíbios, isto é, militares com umaampla experiência política. Neste caso, o nome doMinistro Ney Braga merece minha preferência. ODeputado José Bonifácio disse que o próximo Vi-ce-Presidente poderá ser um civil. Se o Ministro daEducação reúne condições para assumir a Presi-ciência, é lógico que o considero capaz de assumir aVice. Seria uma dobradinha simpática."

Deputado Sinval BoavenUira (Arena-MG): "Nãosei se o Sr Humberto Barreto está autorizado peloPresidente Geisel, pela Arena ou por outros para lan-çar a candidatura do General Figueiredo. O fato éque ele está autorizado a falar. O problema é deli-cado e exige de cada um muito sangue-frio e re-ílexão."

A críticado MDB

Senador Teotônio Vilela

Deputado Freitas Nobre, líder do MDB na Ca-mara: "A fixação do presidente da Caixa Econò-mica, Sr Humberto Barreto, no nome do GeneralJoão Batista de Figueiredo para suceder o Presi-dente Ernesto Geisel, efetiva a abertura da su-cessão. A circunstancia do processo sucessório serdeflagrado fora do Congresso, fora dos Partidos,fora da área política, não deixa de ser um dadoconstrangedor para a classe política. Não é porser civil ou ser militar que o brasileiro se creden-cia ou se descredenciai para os postos maiores. Oessencial é a formação liberal do candidato e a se-gurança de que agirá de acordo com ele e nãoapenas o compromisso de restabelecer a ordem de-mocrática. pois seguidamente, tem os Presidentesdo presente ciclo afirmado essa- disposição e, noentanto, ainda permanecemos com os instrumen-tos excepcionais que pairam acima da Constitui-ção. Mas antes do processo sucessório, o Governodeveria apelar para um plebiscito a fim de saberse o povo deseja ou não a convocação de uma As-sembléia Constituinte".

Deputado Lauro Rodrigues (MDB-RS): "O es-tranho é que a candidatura não tenha origem nogrêmio político de sustentação da Revolução. Maspreferiria um candidato civil, filiado a Partido eque tenha cumprido os degraus de ascensão na vi-da jMlítica. com lastro de experiência e habilidadepara tirar o pais desse "um dois" que vem cumprin-do. Enquanto sair um militar como candidato, osistema continuará fechado. Parece que o MinistroArmando Falcão agora mais do que nunca tem ra-zão: o futuro a Deus pertence".

Deputado Ario Thcodoro (MDB-RJ1: "O lança-mento da candidatura do chefe do SNI pelo SrHumberto Barreto prova que a Arena não tem voz,que a Arena não resolve nada."

Deputado Fernando Coelho (MDB-PE): "Oencaminhamento da sucessão presidencial retratafielmente o autoritarismo do regime e a completamarginalização do povo nas decisões que lhe in-teressam mais de perto. O problema é político, masnão é resolvido na área dos Partidos, e sim no cír-culo fechado do sistema e na hora em que este, aseu exclusivo critério, entende conveniente. O queé preciso registrar é o desprezo até mesmo pelasmais elementares aparências de uma indicação de-mocrática. Quem na Arena depois das declaraçõesdo Sr Humberto Barreto ousará dizer que prefereoutro candidato? Será que os Srs Sinval Boaven-tura e Jorge Arbage continuam defendendo a can-didatura do Ministro Frota? Sara que o Sr France-lino Pereira já recebeu o sinal verde para saberquem vai ser o seu candidato e dizer que partici-pou de sua escolha?"

Deputado Joel Ferreira (MDB-AM): "Eu querialembrar o nome do honrado Senador MagalhãesPinto, cujo passado bem atesta sua posição de pa-triota e que por certo uniria todos os pensamentosnacionais em torno do estado de direito."

Deputado colocaFrota na disputa

Salvador — O Deputadofederal Henrique Brito(Arena-BAi afirmou — ementrevista publicada ontempeio jornal A Tarde — quetanto o General João Batls-ta Figueiredo, quanto o Mi-niscri do Exército, GeneralSilvio Frota, "são cândida-tos em potencial à Presi-dênèc.a da República". Elechegou a essa conclusão de.pois de ter mantido encon-tros reservados com ambos.

Explicou que havia pro-curado os dois Generais emnome cia Associação Brasi-leira dos Municípios — enti-dade que preside — paraconversar sobre problemasda área municipal. Foi, en-i r e t a nto, "surpreendido"pelo rumo ''das conver-sações que terminaram nocampo da política", espec.fi-c a m ente "sucessão presi-dencial"."Minha conversa com o

General Figueiredo durouuma hora e meia. Ele meafirmou que o PresidenteGeisel ainda não Lhe tinhadito se seria candidato ounão, mas que. indiscutível-mente, seria se obt.vesse oconsenso dos políticos e doscompanheiros do Exército".Segundo o Deputado, o Ch-e-fe do SNI lhe disse haver"muita gente boa na Arenae no MDB", mas que reco-nhecia existir, "nesse meio,também muita, genteque não comunga com osinteresses patrióticos".

Disse o Sr Brito que suaconversa com o MinistroSilvio Frota durou mais oumenos o mesmo tempo quea mantida com o Chefe doSNI e que, nesse tempo, oGeneral "fez questão de de-monstrar todos os proble-mas nacionais desde o RioGrande do Sul ao Amazo-nas".

Humberto Barreto viuatravés dos óculosComo o senhor viu as

manchetes de hoje?Através dos óculos —

respondeu o presidente daCaixa Econômica Federal,Sr Humberto Barreto, e con-tinuou caminhando em di-reçáo à sala do Sr Heitor cieA quino, recusando-se aprestar declarações a re.s-peito da eventual cândida-tura do General João Ba-lista Figueiredo á Presiden-cia da República.

À porta da sala, nova re-cusa:

Depois poderemos con-versar?

So se for sobre a CaixaEconômica.

Mais tarde, percebendoque os repórteres o agurda-vam no corredor, o Sr HLim-berto Barreto enviou um bl-lhete informando que nãofaria novas declarações. Opresidente da Caixa ficoupouco mais de meia horacom o secretário particulardo Presidente e retirou-sedo Palácio.

O dia-a-diada discussão

A sucessão do PresidenteErnesto Geisel, que vinhasendo pouco comentada noCongresso Nacional, com orecesso parlamentar, a par-tir de uma série de episó-dios e declarações, veio àtona e passou a ocupar onoticiário.

Antes de julho, jâ haviamsido citados como cândida-tos oito militares e doiscivis: os Generais Ariel Pac-ca da Fonseca, DilermandoGomes Monteiro, EulerBentes Monteiro, FernandoBelíort Bethlém, JoãoBati s t; a F igueiredo, NeyBraga, Reinaldo Melo de Al-meida e Silvio Frota; c oscivis Aureliano Chaves eJosé de Magalhães Pinto.

OS PRONUNCIAMENTOS

de julho, quatro poli-ticos falaram de sucessão.O líder da Arena na Cama-ra, Deputado José Bonifácio(MG), aconselhou os quedesejassem ser candidatos àmanifestarem-se aber-tamente e considerou legiti-mo o fato de os políticostornarem públicas suas pre-ferèncias, mas advertiu queo p r o c e s s o sucessóriosomente s c r á deflagradopelo Presidente da Rcpúbli-ca. "Que desçam do muro",disse.

O Ministro Ney Bragadisse ser ainda cedo para sefalar no assunto Sobre suaindicação, afirmou que nãohavia pensado nela e dei-xou claro que segue fiel-mente a orientação do Pre-sidente Geisel, que é de nãodiscutir o problema.

O Governador da Bahia,Sr Roberto Santos, depoisde conversar com o Pre-sidente, com o MinistroGolbery do Couto e Silva ecom o chefe do SNI, Gene-ral João Batista Figueiredo,declarou que, uma vez deci-dida a sucessão, as tensõespolíticas no pais tenderiama diminuir.

O Deputado JoaquimCoutinho (Arena-PE) rei-vindicou para os políticos odireito de expressarem suaspreferências. "Quem elege oPresidente? Um colégio elei-toral formado pelo Congres-so e por representantes dasAssembléias Legislativas es-taduais; se somos nós oseleitores, por que não temoso direito de manifestar nos-sas preferências?", pergun-,tou. E lançou seu cândida-to: o General Euler BentesMonteiro.

de julho — o Presidenteda Câmara dos Deputados,Sr Marco Maciel, conside-rou apressado o debate so-bre sucessão: "Cabe ao Pre-sidente da República, comoChefe político da Nação,conduzir o processo e mmomento que julgar opor-tuno." O presidente da Are-n a, Deputado FrancelinoPereira, manteve contatopor telefone com gover-nadores e dirigentes arenis-tas condenando a precipi-tação dos debates sucesso-rios.

de julho — O GeneralJoão Batista Figueiredodesmente noticia publicadapelo Jornal de Brasília que

ele teria admitido ser can-didato. O chefe do SNI afir-moii que, como colaboradordo Presidente, jamais pode-ria tomar qualquer atitudesem que para isto por elefosse autorizado.

de julho — na cidadepaulista de Bebedouro, oPresidente Geisel disse aoGovernador de São Paulo,Sr Paulo Egidio Martins,que só tratará de sucessãopresidencial em 1978 e rea-firma que conduzirá pes-soalmente o processo. O Go-vernador Aureliano Chavesvolta a afirmar que o Presi-dente da República é o ár-bitro de sua própria su-cessão e o Ministro da Ma-rinha, Azevedo H e n n i n g,adverte que qualquer es-peculação em torno donome cio próprio Presidentaé inoportuna e que a agi-tação que se formar em tor-no da sucessão presidencialserá prejudicial ao pais. Pa-ra o Almirante AzevedoHenning, a sucessão é da ai-cada dos Ministros milita-res por se tratar de decisãoessencialmente política.

de julho — assessoresdo Palácio do Planalto ad-mitem que a sucessão fica-rá mais nítida depois de 25de novembro, por ocasiãoda divulgação da lista ciepromoções d e oficiais-ge-nerais. Afirmam que o as-sunto não está proibido apolíticos e comentaristas,mas que o Presidente nàoquer que membros do Go-verno participem. Mesmo cscolaboradores mais intimesreconhecem não ter ouvidodo Presidente qualquer pa-lavra sobre o assunto.

10 de julho — O Depu-tado João Cunha (MDB-SP)critica o processo sucesso-rio: "Estão confundindo oBrasil com uma empresaem que a assembléia de ad-onistas minoritários podeescolher o gerente com baseno currículo dos cândida-tos: o Brasil é um pais enão uma empresa de pro-priedade de alguns; seus di-rigentes devem ser eleitospor aclamação popular combase em programas discuti-dos publicamente; o proces-so está sendo discutido emsilêncio pelo Planalto, pormeia dúzia de pessoas semque ninguém conheça oscritérios de escolha."

11 de julho — o presiden-te da Caixa EconômicaFederal e ex-secretário deimprensa da Presidência, SrHumberto Barreto, conflr-ma sua preferência pelonome .1o General JoãoBatista Figueiredo paraPresidente da República. OSr Barreto, embora muitoamigo do Presidente Geisel,garante que nunca discutiuo assunto com o Chefe daNação e admite que omomento é inoportuno paraa escolha, mas não inopor-tuno para "se ter preferên-cias". Explicou, porém, quemanifestava apenas suasimpatia pessoal, baseadaem três qualidades que vêno General Figueiredo: ex-periència de Governo, inte-ligència e facilidade para odiálogo.-*

JORNAL DO BRASIL fj Quarta-feira, 13/7/77 D 1? Caderno TRANSITO - 5

Coderte mederesultadosda repressão

Uma pesquisa de há-bito, origem e tempo depermanência está sen-do realizada pela Coder-te — nas áreas de altarotatividade do Edifí-c i o-Garagem MenezesCortes — a fim de co-lher dados técnicos pa-ra o Departamento dePlanejamento da Com-panhia e observar os re-flexos da repressão aoestacionamento proibi-do no Centro.

A pesquisa começouhá dois dias — foramentrevistadas 300 pes-soas — e terminará napróxima semana. Osusuários preenchem umquestionário — às se-gundas, quartas e sex-tas-feiras — com noveperguntas sobre tempode permanência, origem,destino, tipo de automó-vel etc. A Coderte nãoquis divulgar o questio-nário, alegando que ofator surpresa é essen-ciai para a pesquisa.

PM apreende 25ônibus da Baixada

A Operação-Fumaça rea-lizada ontem na PraçaManá, pela Polícia Militar,apreendeu 25 ônibus queservem aos municípios daBaixada Fluminense, porestarem soltando monóxidode carbono além do permi-tido. Os coletivos foram le-vados para o depósito doDetran no Caju e a PM pro-mete para hoje nova ope-ração, na Avenida Presi-dente Antônio Carlos, noCastelo.

A maioria dos coletivosestava com índice de polui-ção bem acima do permiti-do e alguns apresentavamirregularidades no emplaca-mento. A operação foi das12h às 18h e, segundo o co-mandante da operação, Ca-pitão Abel, se a vistoria fos-se mais rigorosa, poucosônibus sobrariam na PraçaMauá.

VELHOS

Alguns coletivos apreen-didos têm mais de 10 anosde uso e carrocarias impres-táveis e desconfortáveis.Eles eram recolhidos nosterminais da Praça Mauá elevados para a Rua PereiraDias, no Santo Cristo, ondeformavam extensa fila, aolongo do meio-fio. Os do-cumentos eram guardadospor 20 soldados do 5.° Bata-lhão da PM, enquanto doisoutros, do 13.° Batalhão,mediam a poluição.

A empresa mais afetadafoi a Tinguá, que serve, en-tre outros, ao Distrito deBelford Roxo. Um de seusônibus, de placa IF-1403,bateu o recorde de poluição,com um índice de 9%. De-pois de medidas as descar-gas de fumaça, com apare-lhagem especial, os moto-ristas levavam os coletivospara o Caju, para dar lugara outros que chegavam.

Segundo o Capitão Abel,a causa da poluição provo-cada pelos coletivos são osmotores velhos e carboni-zados. Explicou que recebeuordens do Estado-Maior daPolícia Militar para reali-zar as vistorias e a apreen-são e que o serviço conti-nua/rá em todo o Centro, atéque os ônibus estejam tra-íegando dentro das normas.

O oficial informou queentre os coletivos apreendi-dos havia muitos que foramrecolhidos há mais de ummês na Avenida Brasil, pe-Io mesmo defeito, e que vol-taram a circular, sem queas empresas regulassem asbombas injetoras de óleodiesel. O Capitão Abel disseque a liberação dos ônibusé da alçada do Detran, queaplicará multa ou não, deacordo com seus critérios.

As empresas que tiveramcoletivos apreendidos foramRegina, Eval, Trel, Jurema,Caravelle, Pégaso, Tinguá

esta com quatro ônibusEvanil, Carioca e Muni-

cipal.

Detran entrega carteirasterça e seu número indicaque diretor fica no cargo

A confecção de 40 mil carteiras de habilitação— que voltarão a ser entregues terça-feira — coma chancela do novo diretor do Detran, ComandanteIvan Fleuiss Carneiro, demonstra que sua perma-nência no cargo está praticamente confirmada, nãosendo apenas "por três dias ou uma semana", con-forme anunciou após sua posse. Esse número cor-responde ao total de documentos usados 45 dias.

A paralisação nos postos e Ciretrans é apenasda entrega de carteira de habilitação e vai até ter-ça-feira, quando a Casa da Moeda prometeu entre-gar o pedido feito pelo Detran. O atraso de umasemana foi considerado normal, em decorrência dasubstituição de mais de 60 mil carteiras assinadaspelo Sr Celso Franco.INCINERAÇÃO

O Comandante IvanFleuiss Carneiro disse, on-tem, que ainda não sabequantas carteiras com achancela do ex-diretor doDetran existem nos postose Ciretrans. Desde segun-da-feira elas estão sendorecolhidas, para serem in-cineradas em ato público,para mostrar que nenhumdocumento antigo será uti-lizado indevidamente. So-

mente no estoque do de-partamento existiam cercade fii) mil documentos pron-tos para serem distribu?-dos.

Exalicou o novo diretorde Transito que a do-cumentação de automó-veis não sofrerá nenhumatraso e que os funciona-rios do órgão devem ins-truir os motoristas que fo-rem renovar documentosnesse período e os que ti-verem passado nos exa-mes de habilitação, "paravoltarem dejitro de oitodias".REUNIÕES

Logo após ter chegadoao seu gabinete, no 15?andar do Terminal-Gara-gem Menezes Corts, o Co-mandante Ivan Fleuiss Car-neiro manteve reuniõescom os seus assessores, oque fez praticamente du-rante todo o dia.

Na parte da tarde, às14h, compareceu a uma as-sembléia na Coderte — nomesmo andar — para estu-dar modificações nos esta-tutos da empresa. Pouco an-tes de um encontro de "cin-co minutos com o Secretáriode Transportes, -apenas paraassunto normal", às lGh, foicumprimentado pelo Depu-tado estadual José Miguel(Arena), que lhe foi pediruma revisão no plano detransito de Itaguaí.

Na volta ao gabinete, reu-niu-se com o chefe de ga-binete, Sr Sérgio Ferreira,pura encaminha mento deexpediente, e recebeti os jor-nalistas credenciados no De-tran, por cinco minutos, pe-dindo que as noticias sejampequenas, pois "precisamos

trabalhar mais do que fa-lar".

SUSPENSÃO

A maioria dos soldados emserviço, ontem pela manhã,no Centro da Cidade, nãofoi informada do pedido doDetran à PM, para que nãosejam punidos os motoristascom exames de vista venci-do. Por isso eles afirmaramque continuariam agindodentro da lei.

Na Divisão de Habilita-ção, os motoristas reclama-vam contra a suspensão doexame de vista, já quemuitos tiveram de cancelarviagens de férias, "pois, em-outros Estados, essa não vaicolar." Outros afirmavamque podem ser prejudica-dos ao serem interceptadospor algum guarda de tran-sito.

Apesar das declaraçõesdo diretor do Detran, o pre-sidente do Sindicato dasEscolas de Motoristas, SrNelson Correia Ramalho,achou "absurda" a decisãode suspender os exames.Acrescentou que os alunosforam surpreendidos, pois oDetran não avisou ninguéme muitos "reclamaram comrazão," No Rio, 260 auto-escolas são sindicalizadas ea média diária de examesé de 400; em todo o Estado,o número de escolas é de600."Os donos de escolas es-tão em pânico" — afirmouo Sr Nelson Correia Rama-lho — "pois, além de nãoterem informações oficiais,sofrem pressões permanen-tes. Sem motivo, pelo me-nos aparente, é suspenso oexame. Não há uma razãológica, pois os testes e exa-mes de vista poderiam con-tinuar e o aluno Iria, depois,ao Detran, receber a car-teira.""Os alunos foram sur-preendidos, ontem pela ma-nhã, quando não puderamfazer o exame prático. Mui-tos reclamaram porque per-deram o dia de trabalho" —informou o dono da EscolaRamalho, que, hoje, vai pe-dir mais informações' aoDetran.

Sócio de Celso Francoé exonerado a pedido

O Sr Gerardo Penna Fir-me, sócio do ComandanteCeiso Franco na empresaACG Planejamento e acio-nista e diretor-técnico daSinal Isa Indústria e Co-mércio S. A., encabeça a re-lação de cinco exonerações,a pedido, publicadas n oDiário Oficial do Estado doRio de Janeiro de ontem,na parte referente ao PoderExecutivo.

Tendo ocupado o cargo dediretor de Engenharia naadministração anterior doSr Celso Franco no Detran,e sido nomeado para subdi-retor-geral, o Sr GerardoPenna Firme, funcionáriodo quadro permanente doórgão, ocupou o cargo, du-rante o mês em que o ex-di-retor viajou à Europa, emsubstituição.

EXONERAÇÕES

Também exonerados apedido foram os Srs TúllioXavier de Brito BaptiistaTeixeira, chefe de gabinete;Abelardo Lobo Brum, asses-sor-chefe de segurança;Jorge Barcellos Sampaio,

aram

assessor-chefe de Comuni-cação Social; e Aécio Mar-quês de Almeida, assistente,todos do quadro permanen-te do Departamento d eTransito.

Em atos assinados pelodiretor, <no dia de seu pedi-do de demissão (8 de ju-lho), foram dispensados defunções gratificadas, A r 1Veloso de Araújo, oficial deadministração, chefe de se-tor; Sheila Senna de An-drade Costa, técnica emcontabilidade, assistente IIda 6a. Ciretran; e José Bor-ges de Moura, detetive, che_fe de serviço.

No Diário Oficial de on-tem, foram feitas duas de-signações: Suely FrantíiscoFerreira, cadastradora, emexercicio na Secretaria deFazenda de Petrópolis, paraf u nç ã o de perito-exami-nador da 5a. Ciretran (emPetrópolis), com validadedesde 13 de abril; e PauloHenrique Sancier, oficial deadministração A, para afunção gratificada de auxi-liar de chefia, "em vagaprevista no Decreto n° 571,de 30 de janeiro de 1976".

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JORNAL DO BRASIL ? Quarta-feira, 13/7/77 Q 1? Caderno

Informe JBNo Acre

Depois de ter assinado a doaçãode terras devolutas para projetos dccolonização rural na Amazônia o Pre-sidente Geisel embarca, na próximasexta-feira, para Rio Branco, noAcre.

Como é raro o aparecimento deum Presidente pelas terras onde rei-nou o Imperador Galvez no Jim doséculo passado, conviria que dessa vi-sita ficasse pelo menos a marca daação federal sobre os muitos desman-dos que ocorrem na região.

* * *Trata-se de uma zona pioneira

onde muitas ilegalidades são cometi-das com a naturalidade do desbrava-mento. No entanto, há irregularidadesque já completaram um século deexistência no Acre, como, por exemplo,as condições leoninas de contrato comos seringueiros. A uma hora de au-lomóvel do Centro de Rio Branco po-de-se e7icontrar, à beira da estrada,trabalhadores que cortam a seringacontra a comida do barraco.

A visita do Presidente poderiaservir, acima de tudo, para que sedesse estimulo explicito à DelegaciaRegional do Trabalho de Rio Branco.Graças a ela a escravidão na regiãodiminuiu e tornou-se vulnerável.

Infelizmentec, a Delegacia traba-lha. debaixo de pressões apresentadascom os mais diversos rótulos. Ora fa-Ia-se em progresso, ora em segurun-ça, ora em entrosamenlo administra-tivo. Sempre que se fala num dessesingredientes a história social do Acreanda pra trás.

Basta dizer que há alguns meses,quando policiais prenderam um cami-nhão que contrabandeava escravos, odelegado do Trabalho não se sentiu àvontade para explicar sua louvávelatuação.

O assunto foi polidamente trans-ferido à Policia Federal.

Simonsen e a SBPCDo Ministro Mário Henrique Si-

monsen a respeito das principais tesesdefendidas nas reuniões econômicasda SBPC:

— Li por alto, mas me pareceramteses saturnlanas. Lidam com um mo-delo econômico alimentado por quan-tidades ilimitadas de capital. Essa dá-diva ainda não foi dada aos Ministrosda Fazenda de paises importadoresde petróleo.

Garante o Ministro que sa-tumiano é aquilo que vem de Satur-no e não, como se poderia pensar, deSaturnino.

Suslol

Do Senador Teotõnio Vilela ao sa-ber do Prefeito de São Paulo, Sr OlavoSetúbal, que nas horas de grande mo-vimento as filas de ônibus da Cidadesão policiadas por cavalarianos:

— Esse é um sintoma grave. Comoé possível colocar esquadrões de cava-ia ria para pôr em ordem quem estávoltando, cansado de trabalhar, paracasa?

AplicaçãoO Governo descobriu que, na pri-

meira semana do pagamento do 14.°salário, através do PIS/Pasep, partedo que foi distribuído aos trabalhado-res retornou aos cofres públicos atra-vés da Loteria Esportiva.

Boa providênciaO Ministério da Agricultura acaba

de descobrir num galpão da AvenidaBrasil uma biblioteca de 20 mil livrosabandonada há quase 10 anos pararepasto de ratos.

Num procedimento original e cor-reto, os funcionários despacharammilhares de obras para bibliotecas pú-blicas, mas ainda sobram muitos li-

vros, todos ligados a questões da ter-ra, dos bichos e das pessoas do pais.* • •

Instituições públicas que estejaminteressadas em parte do acervo po-dem procurar o gabinete do Ministro,no Rio, no Largo da Misericórdia.

RecursoDiversos embaixadores estrangei-

ros estão-se valendo de um instru-mento supralegal para contornar asdificuldades eventualmente criadaspelo fato de seus paises terem assina-do convenções de asilo.

* * ?O vigilante contratado pela Re-

pública do México chega a ser pito-resco até mesmo quando llie pergun-tam o que faz:

— Isto aqui não é asilo. E' Em-baixada.

TerceiroHá duas semanas o Embaixador

americano John Crimmins partiu pa-ra Washington, deixando o posto nasmãos de seu segundo, o Ministro Ri-chard Johnson.

Agora, assume o terceiro, ClausRuser, pois o Ministro saiu para oKansas, em férias.

Votos dispersosTodas as correntes políticas fran-

cesas se deram conta da existência deum grande e possivelmente decisivoeleitorado, o dos residentes no exte-rior.

Calculam-se que existiam pelomundo entre 1 milhão e 1 milhão 200mil franceses.

Deles, que representam dois emcada 100 eleitores, só 39 mil votaramem 1969, elegendo o Presidente Pom-pidou. * •

Nas eleições legislativas de 1973,os eleitores no exterior subiram para46 mil e ,em 1974, na eleição de Gis-card d'Estaing, chegaram a 60 mil.

Acredita-se que para a decisãoparlamentar do próximo ano o nume-ro será pelo menos duplicado.

* •Só no Brasil poderiam votar cer-

ca de 20 mil franceses.

Sem motivoA Ilha Grande, sobretudo sua po-

pulação liberta, está pedindo ao Go-vernador Faria Lima que restabeleçaa linha diária de lanchas para Man-garatiba e Angra dos Reis, que agorasó funciona em dias alternados.

A empresa estatal que cuida da 11-nha informa que a medida destina-sea economizar combustível. No entan-to, apesar da carga de trabalho ter si-do reduzida para três horas por dia,sua folha de pagamento de pessoalcontinua invulnerável.

* *De um lado, pretende-se melho-

rar o turismo no Estado.De outro, suprimem-se linhas de

transporte.

ParadoxoPor incrível que pareça, o melhor

trabalho de enumeração estatísticados resultados conseguidos pelos qua-tro Governos da Revolução é um pe-queno e franciscano opúsculo de 15páginas de papel de má qualidade en-capado numa folha parda, sem qual-quer fantasia.

* *Enquanto Ministérios e empre-

sas públicas gastam fortunas com aimpressão de folhetos e livros mega-lomaniacos que pouco fazem além depromover seus patrocinadores, a pu-blicação Conquistas Econômico-So-ciais da Revolução, não cita um só no-me. Só dados.

* *Devia ser peça de trabalho obri-

gatória para todos os burocratas quesangram o Erário imprimindo boba-gens.

Lance-IivreEsta semana, o Ministro Ney Bra-

ga e o Governador Konder Reis as-sinam convênio para a construção,com recursos fornecidos pela CaixaEconômica, de um estádio em Floria-nópolis, com capacidade para 80 milpessoas. No momento, apenas SantaCatarina, Paraná e o Pará não têmestádios que recebam mais de 50 milpessoas.

O Prefeito de Niterói, Sr Weling-ton Moreira Franco, quebrou o pé di-reito. Está usando bota de gessoque chega ao joelho.

O Presidente Geisel estará presen-te ao jantar qu eserá realizado no dia26, no Clube Naval de Brasilia, come-morativo do 31"? aniversário de cria-ção do EMFA.

Começou a distribuição de carnecongelada aos açougues do Kio.

O Ministro Ângelo Calmon de Sáresolveu ressuscitar a Assessoria Eco-nômica do Ministério da Industria edo Comércio. Seu titular será o SrMailson Ferreira da Nóbrega.

A Cidade de Porto Alegre ganha,ate o final do ano, 80 mil novos te-lefones. No interior do Rio Grande doSul a procura de telefones chega a200 mil.

O General Brum Negreiros, com-parece, hoje, ao almoço da Adesg, noClube Militar. Falará da Secretaria deSegurança.

O Banco do Brasil elevou de CrS20 para CrS 50 mil a garantia de seucheque ouro.

Em junho, as vendas de carros no-vos subiram 2%. No entanto ,o total devendas do semestre está 7,3% Inferiorao semestre do ano passado.

A Secretaria de Obras inaugura,no final do próximo verão, o sistemade abastecimento de águas para a Re-gião de Lagos. Irá beneficiar a áreaentre Búzios e Saquarema.

A instalação de uma rede de ôni-bus elétricos em São Paulo deverá seradiada para 1978. Cada unidade, fa-

bricada no Brasil, custa Cr$ 1 milhão.O plano prevê o emprego de 800 ónl-bus atendendo a 250 quilômetros delinhas. Em 1978, o plano será arqul-vado.

O Governo do Paraná vai criaruma nova empresa: Mineração do Pa-raná. Irá superintender as pesquisasminerais no Estado.

As exportações e manufaturadosde juta cresceram 120% em relaçãoao ano passado.

O Embaixador Roberto Camposembarca hoje para Brasilia. No do-mingo, estará retornando a Londres.

Criado o Prêmio MEC de Arte. Se-rão Cr$ 150 mil para quem se desta-car em música popular e erudita, ar-tes plásticas e folclore.

Chega ao Brasil no dia 16 o Mi-nistro de Comércio Exterior da In-glaterra, Lord Edmund Dali.

Em agosto, a Cobra entrega umconjunto de sistemas à Diretoria deProcessamento de Dados do Exército.

Em dois anos serão construídasseis destilarias de álcool no Ceará.Cada uma produzirá 60 mil litros diá-rios.

Na próxima semana, uma missãodo Banco Mundial chega ao Brasilpara examinar projetos de transportede massa em Salvador.

Desde que foi exigido o depósitocompulsório para viagens ao exterior,o Governo já arrecadou CrS 1 bilhão700 milhões. Até o final do ano chegaa CrS 2 bilhões.

A Amazonas, indústria de calça-dos instalada na Zona Franca de Ma-naus, comprou a Toyo Soda, de NovaHamburgo. A operação foi de Cr$ 18milhões.

A reunião de Governadores deBancos Centrais da America Latina,realizada na Guatemala, resolveucriar um Banco de Comércio ExteriorLalino-Amcricano, com sede no Pa-namá. F.ra uma proposta antiga,apresentada pelo Sr Felipe Herrera,quando presidente do BID.

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JORNAL DO BRASIL

Moscoupressionajornalistas

Moscou — a Agência Tassacusou o ex-correspondentenorte-americano em Mos-cou, Robert Toth, preso eobrigado a deixar a UniãoSoviética no més passado,de trabalhar para "serviçosde informações" dos Esta-dos Unidos e advertiu os re-pórteres estrangeiros paraque não exerçam "outrasatividades que nada te-nham a ver com o jornalis-mo".

Ontem, em Moscou, o re-porte r norte-americanoBernard Redmont e o cine-gralista alemão Kurt Hoe-fie, ambos da rede de tele-visão CBS, foram atacadospor dois homens quando fil-mavam perto de uma cerve-jaria. A policia interveio edeteve o.s jornalistas por 30minutos; depois de lnterro-gados, foram liberados; acâmara e o filme não íica-ram apreendidos.

ACESSO A SEGREDOS

Robert Toth, que traba-lhou em Moscou por trêsanos, deixou a União Sovié-tica no dia 17 de junho, de-pois de ser submetido a in-terrogatórios, por três diasconsecutivos, pelo KGB (po-lida secreta). O artigo daTass dá a entender que ojornalista trabalhava paraa Agencia Centrai de Infor-mações tCIA).

O Jornalista fora detidoa 11 de junho, numa rua deMoscou, momentos depoisde se encontrar com o cien-tista Valery Petukov, quelhe queria entregar um tra-balho de sua autoria sobreparapsicologia. a ciênciaque estuda a percepção ex-Lra-sensorial, a telepatia «a psicocinese. Na União So-viética, >a parapsicologia éuma área de pesquisas se-cretas.

A Tass afirmou que "ocorrespondente foi apanha-do em flagrante e existiamtodas as bases necessáriaspara fazer com que prestas-se contas do que realizava";as autoridades, no entanto,decidiram libertá-lo, numexemplo de "boa vontade econtenção". Segundo o arti-go, as autoridades estariam"completamente justifica-das" se tivessem aberto pro-cesso contra Toth. O ex-cor-respondente, acentuou aAgência, usava sua posiçãode jornalista para obter e.confiança de outras pessoase, assim, "ter .acesso a se-gredos".

Alegou ainda a Tass queToth "recebia mais missõesa cumprir dos serviços espe-ciais de informações nor-te-americanos do que doseditores do The Los AngelesTimes". Sua missão princi-pai seria a de estabelecercontatos com cientistas so-viétieos que tivessem infor-mações "de interesse paraos serviços especiais dos Es-tados Unidos". O artigoqueixa-se dc que o incidenteestá sendo usado para uma"ruidosa campanha" contraa União Soviética.

The Los Angeles Times,Toth e o Governo dos Esta-dos Unidos já desmentiramrepetidas vezes as acu-sações de Moscou contra oex-correspondente e a CasaBranca protestou enérgica-mente contra o tratamentodado no jornalista. A Tassreplicou que, com exceçãode Toth "e de mais dois outrês", nenhum dos 300 jor-nalistas estrangeiros naUnião Soviética jamais fezqualquer critica à s con-

. dições de trabalho em Mos-cou.

ATAQUE NA RUA

O repórter Bernard Red-mont, o filme estava sendoHoeíle filmavam um, docu-mentário sobre a produçãode cerveja na União Sovié-tica. De acordo com Red-mont, o filme estava sendofeuo a partir de dados e in-formações fornecidos pelasautoridades soviéticas.

Redmont explicou quequeria ilustrar com imagensas recomendações da im-prensa soviética, que acon-seiha agora ura maior con-sumo de cerveja, em vez devodea: "Durante 40 minu-tos a rodagem se realizousem inconvenientes, ma»,de repente, dois homens ir-romperam do grupo de cu-riosos que nos rodeava e seprecipitaram sobre Hoefle,tentando se apoderar desua camera".

"Como os dois homens fo-ram repelidos por Hoefle,vieram logo dois policiaisque, depois de nos inteiro-gar, nos conduziu a uma de-legacia. Os dois homens, ci-vis, que nos havia atacado,entraram num automóvel •pareciam ter autoridade so-bre os que nos prenderam".Na delegacia, Redmont pe-diu que o pusessem em con-tato com a Embaixada dosEstados Unidos; nesse mo-mento. afirmou, ele e ocompanheiro foram liberta-dos.

JORNAL DO BRASIL Quarta-feira, 13/7/77 Q T? Caderno ••2°-Wc.h& INTERNACIONAL

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Kcnt State, rtvisitidi

Polícia prende 200 em-OhioKcnt, Ohio — A polícia

prendeu mais cie 200 pes-soas que ocupavam o terre-no — dentro da Universida-de Kent State, em Ohio —onde a Guarda Nacional,em 1970, matou quatro es-tudantes e feriu a bala ou-tros nove que, na ocasião,protestavam pela decisão daCasa Branca de invadir oCamboja. A Universidade

pretende construir no localum ginásio, decisão que can-sou o protesto porque, naopinião dos estudantes e dealguns pais, "profana" olugar. A polícia, sem armase usando apenas cassetetes,interveio ontem atendendoàs autoridades universitá-rias que, antes, tiveram ga-nho de causa na Justiça.

Manifestantes morrem no PeruLima — Duas pessoas

morreram r_ 25 ficaram fe-ridas numa série de violen-tos distúrbios ocorridos nacidade andina de Huancayo,onde há dois dias grupos demanifestantes protestavamnas ruas contra o aumentodos gêneros de primeira ne-ce.ssidade. Tanques e carros

blindados do Exército fo-ram lançados contra gruposde estudantes que apedre-javam lojas de comércio,edifícios públicos e veículos.O Governo decretou toquede recolher na cidade e or-denou que as tropas atiremem quem tentar organizarnovas manifestações.

Invasor de Watcrgate será soltoWashington — Graças a

intervenção do PresidenteOarter, que reduziu de vintepara oito anos sua pena, ochefe do grupo de agentesque invadiram o prédio Wa-tergatc — Gordon Liddy —será posto em liberdadecondicional no dia 7 de se-tembro. A informação foidivulgada ontem pela Co-missão de Liberdade Condi-cional do Departamento deJustiça. De todos os 24 con-

rimados do caso Watergate,Liddy foi o que mais tempopassou na prisão (52 me-sesi, mantendo-se semprefiel a sua promessa de guar-dar silêncio a respeito. In-formado da decisão, ele sedeclarou satisfeito por játer a data de sua liberta-ção, mas lamentou não po-der passar as férias de ve-rão com a mulher e os fi-lhos.

Cohn-Bendit pode estar na FrancaParis — A policia do aero-

porto de Paris informou queDaniel Cohn-Bendit ~-- eu-nhecldo como Danny, o Ver-melho durante o movimen-to de maio de 1968 — podeter voltado à França, ape-sar de oficialmente banidodo pais. Cohn-Bendit decla-rou recentemente, peia te-levisão da Alemanha Oci-dental, onde vive, que vol-

taria. E no domingo — ain-da segundo a policia do ae-roporto — quatro pessoasrece b e r am ruidosamente,empunhando bandeiras ver-melhas, um homem com asconhecidas característicasfísicas (inclusive o cabeloruivo) do ex-lider e.studan-til. O Ministério do Interiornada comentou a respeito.

Paris terá novo vespertinoParis — A Capital france-

sa terá um novo jornal ves-pertino a partir do dia 19de setembro, quando sairácom uma edição extra de250 mil exemplares. O J'In-forme terá uma tiragem

normal de 100 mil exempla-res e, segundo seu editor,Joscpn "ontanet, ofereceráao leitor a informação mo-derna, "completa, clara esincera."

Haig nomeará Vice alemãoCastcau, Bélgica — O Co-

mandante da OTAN, Ge-neral Alexand.r Haig. abriuum precedente: decidiunomear um general alemão-ocidental para o recém-criado cargo de Vice-Co-mandante Supremo dasPorcas Aliadas da OTAN. Ooficial, ainda não designa-do, dividirá as responsabill-dades com o outro Vice-Co-mandante, o britânico Har-

ry Tuzo, no mesmo nivel. Ainiciativa decorre das ges-toes do Ministro da Defe-sa de Bonn, Georg Leber,para quem a AlemanhaOcidental, por sua impor-tancia no sistema atlanti-co, merecia uma represen-tação mais elevada. O pos-sivel indicado deverá ser oGeneral Gerd Schmuelkc.atual diretor da ComissãoMilitar cm Bruxolas.

Lefebvre vai à ColômbiaBogotá -— O Epi.scopado

colombiano pediu ontem aoscatólicos que mantenhamsua fidelidade ao Papa,quando se anuncia a chega-da do Bispo rebelde fran-cês Mareei Lefebvre, queestá sondo esperado na cl-dade de Pereira, onde viveuma de suas irmãs. O presi-dente da Conferência Epis-copai, Monsenhor Jesus Pi-miento, disse que não temInformação oficial sobre achegada de Lefebvre. mas

assegurou que a visita terá"caráter intimo". Na Co-lõmbia, acrescentou, "elenão poderá presidir a ne-nhum ato religioso público,pois está suspenso de suasfunções sacerdotais e nósacatamos as decisões doPapa". Do Texas, EUA,anunciou-se que Lefebvreviajaria ontem para a Co-lõmbia, depois de ter sidoimpedido de entrar no Mé-xico.

Advogado v encontrado mortoBuenos Aires — O cada-

ver de um dos cinco advo-gados peronistas seqüestra-dos na semana .passada emMar dei Plata foi encontra-do pela policia. A vitima éNorbcrto Oscar Centeno.especialista em questõestrabalhistas e estreitamen-te vinculado ao peronismo.

Ele foi seqüestrado quar-ta-feira passada juntamen-te com Salvador Aresti,Raul Hygo Alais, CarlosBozzi e Tomas Fresneda,por um grupo de civis ar-mados que se diziam agen-tes dos serviços de seguran-ça.

Ex-Presidente é assassinadoSan Salvador — Dois ho-

mens, que conseguiram fu-gir num automóvel e aindanão foram localizados pelapolicia, assassinaram ontem,a tiros de pistola, 0 CoronelOsmln Aguirre y Salinas,que foi Presidente da Repú-

blica de El Salvador em1944, na seqüência de umgolpe de estado. Aguirre ySalinas, que tinha 82 anos,foi baleado à porta de suacasa, no centro desta Ca-pitai.

Informe critica corte na ajudaWashington — O uso indiscri-

minado de embargos â venda dearmas ou a suspensão repentinada ajuda militar externa pode le-var os paises afetados a buscar ma-terial em outros centros e a dimi-nuir a influência dos Estados Uni-dos na campanha pelos direitos hu-manos.

Esta é a conclusão de um re-latório do Conselho Nacional de Se-gurança, elaborado a pedido da Ca-sa Branca e enviado ao Congresso,a quem o Presidente Jimmy Carterpretende convencer da necessida-de de reter a flexibilidade neces-sária para a negociação de vendade armas com outros paises.

Divulgado pelo Senador HubertHumphrey, o informe do Conselho,liderado por Zbigniev Brzezlnski,destaca dois aspectos da políticaexterna de Carter: l — desassociaros Estados Unidos de Governos con-siderados repressivos, negando-lhesajuda militar; 2 — reduzir a ven-da de armas ao exterior, na espe-rança de que outros façam o mes-mo. "A desvinculação destes Gover-nos — afirma o documento — nãosignifica necessariamente uma pro-moção dos direitos humanos e mui-tos países com deplorável situaçãoneste campo são também paises nosquais os Estados Unidos têm im-portantes interesses militares e di-plomáticos".

Diz ainda o informe, citandodados da Aiíéncia Central de In-formações (CIAi, que os EstadosUnidos são responsáveis por maisda metade (56%) do comércio dearmas, contra 18r;, da União So-victica e paises socialistas e 2Gc'cde todas as outras Nações não co-munistas juntas.

Dos 56r.'c do lotai de armas ven-didas pelos Estados Unidos, 52% fi-cam com três paises: Arábia Saudi-ta. Irã e Israel, seguidos por Co-rela do Sul, Austrália e Jordânia.(Das seis, Irã, Israel e Coréia doSul são constantemente acusadaspor organismos internacionais deviolar direitos humanos).

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8 - INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 13/7/77 \J ]<? Caderno

Carter apoia omba de neutron mas adia decisãoHaig não vê motivospara a controvérsia

Bruxelas — O Generalnorte-americano AlexanderHaig. Comandante das For-cas da OTAN, disse estar.surpreso com a controvérsiadesencadeada nos EstadosUnidos pela bomba de nêu-trons, que, em sua opinião,"não tem a importância quese lhe atribui".

Informou que desde oinicio da década de 60 tra-balha-se nessa nova arma,destinada a e x t e r m i n a rvidas sem causar d a n o smateriais. O.s Ministros daDefesa da OTAN estudarama bomba há um ano e sepronimolaram favorável-mente a sua utilização, dis-se Haig, acrescentando quea construção da nova armanão influirá negativamentenís conversações Salt.

Ao manifestar-se ''algo

assombrado pela ampla dis-cussão provocada pelo pro-blema", o General Haig fri-sou: "Afinal, toda arma nu-clear gera radiações. Natu-ralmente, utilizar armasnucleares, entre elas a bem-ba de nêutrons, é um passodecisivo na escalada de umconflito, mas a decisão arespeito cabe aos lideres po-iiüeo.s".

Se o Presidente JimmyCarter aprovar em agostoa nova arma, destinadaprincipalmente aos mísseisLance e obuse.s de lOõmm —afirmou — as forças daOTAN poderiam contar comela num futuro relativa-mente próximo.

Europa recebe comagrado o

Londres — A decisão doPresidente Carter de levaravante a bomba de nêu-trons íoi um alivio para osmembros europe u s daOTAN. Ela é de vital im-portancia para a Alemã-nha e a Grã-Bretanha,cujas divisões de tanquesenfrentam a superioridadeda força de blindados dospaíses do Pacto de Varsóviana Europa Oriental.

A bomba de nêutrons é aarma antitanque final con-tra a qual não existe aindadefesa eficaz. Uma arma debrilhante concepção de en-genharia, e com uma forçaenergética de apenas 100toneladas de explosivo con-vencional (TNT), em com-paração com a potência 10vezes -maior da bomba nu-clear normal, ela libertauma chuva de partículas denêutrons que penetra ablindagem dos tanques, co-mo se íosse um poderosoraio __, matando tudo emsen caminho.ARMA TÁTICA

Uma arma mais táticado que estratégica, ela faza guerra retornar ao cam-po de batalha, onde des-trairá pela radiação umaforça invasora sem afetaras cidades ou os centros in-dustriais pela explosão ouincêndio. Sendo uma bom-ba limpa, com um mínimode precipitação radioativa,as tropas podem ser trans-portadas para o local on-

programaRobert Dervel Evans

CorrcspondenlQ

de foi jogada, dentro de 15minutos, após seu lança-mento.

Explodindo a cerca de 300metros acima do solo, oefeito da explosão é quaseinteiramente eliminado. Sóos combatentes são mortos.Os peritos em defesa daOTAN consideram-na co-mo o complemento naturale vital para a nova tecno-logia que permite lançarum míssil em seu alvo comgrande precisão.

De acordo com noticiasque chegam a Londres, osamericanos estão desenvol-vendo um missel capaz deidentificar os tanques tal-migos, por suas assinaturas.precisamente o tipo espe-ciai de ruído por seus moto-res e lagartas, que variamde acordo com as diferen-tes marcas, tamanhos emodelos do blindado.

Além de devolver o con-flito futuro para o campode batalha, com sua dimen-são tática, a Bomba N temimensa significação estrato-g-ica para a Europa Ociden-tal, cuja proteção não de-penderá mais do uso do mis-sei intercontinental. Há cer-ta dúvida, por parte dosparceiros europeus daOTAN, de que os EstadosUnidos usem seus mísseisde longo alcance contra ai-vos na União Soviética emdefesa de um ataque russoá Europa, tendo em vistaque isto convidaria inevita-velmente uma retaliaçãocontra os Estados Unidos.

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V. )

N. D. Spíliola Correspondente

Washlnqlon/UPI

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Carter lembrou o horror da guerra atômica

Washington — A bombade nêutrons não é aindauma decisão do Governo,mas "certamente é uma dasopções táticas norte-ameri-canas" segundo as própriaspalavras de Carter. Na prá-tica, o Presidente como quedefendeu os conceitos es-tratégicos que levaram oCongresso a aprovar recur-sos para o desenvolvimentodesse tipo de arma, cujavantagem está na destrui-ção de tropas inimigas comum raio de danos materiaisbem menor do que o dasbombas nucleares comuns.

Numa entrevista coletiva,onde predominaram asquestões relacionadas coma defesa e relações com ossoviéticos, Carter disse quaa "essência da questão con-sistiria em saber se bombasde nêutrons deveriam serusadas contra tropas inimi-gas em territórios ocupa-dos por aliados ou norte-americanos", caso em quea destruição seria muitomenor. Em resum o, um"elemento tático".

Uma vez mais o Presiden-te demonstrou habilidadepolítica para escapar às ei-ladas implícitas nas per-gu-ntas da maliciosa e irre-verente imprensa de Was-hington, ainda mais inquie-ta ontem pelo dia de calore tempestades tropicais quese abateram sobre a cidade.Uma questão foi-lhe colo-cada de maneira seca e pro-vocou risadas: "Como é, afi-nal, que o senhor pode con-ciliar essa decisão -de tocarpara a frente a bomba denêutrons, com suas palavrasno inicio do Governo, pro-pondo eliminar todas as ar-mas nucleares? E o senhor,então, não sabia que as do-tações estavam no Orça-mento? E, além disso, nãoquerem esses fatos signiíi-car uma nova escalada mu-clear?".

Carter reafirmou, então,seu desejo de chegar a umacordo entre todas as na-ções de forma a que no íu-turo as armas nucleares se-jam banidas. Esta, aliás, éa versão da sua propostaoriginal aos soviéticos naprimeira missão do Secre-tário de Estado Cyrus Van-ce a Moscou.

Ele procurou distinguiros dois elementos distintosdo problema no plano bé-lico: primeiro, as armas tá-ticas, que não se enquadramnas discussões com os so-viéticos ou outros paises.Segundo, as armas nuclea-res consideradas estratégi-cas. "A definição sobre ascircunstancias em que osEstados Unidos usariamessas armas atômicas ain-da não foram ditas de pú-blico. Eu obviamente esperoque nossa continua ineli-nação em favor da paz, par-tiihada, estou certo, pelossoviéticos e outros, evitaráo uso de quaisquer armasatômicas. Elas, entretanto,ai estão como um elemen-to de freio, e a opção deseu uso tem que ser manti-da como uma das nossasalternativas viáveis".

Carter procurou semprecolocar a questão nucleardentro do prisma da invia-bilidade da guerra atómi-ca, pelos efeitos mútuos dedestruição que isso acar-retaria para agressores eagredidos num contra-ata-que. Mas quando se levan-tou a questão da eventual

inferioridade em tropasterrestres do bloco ociden-tal diante das forças doPacto de Varsóvia (gruposocialista liderado pelaUESS), não aceitou toda apremissa.

"Eu acho" — disse ele —"e acredito mesmo, que semo uso de armas nuclearestemos força e poder ade-quados na OTAN para blo-quear uma invasão das tro-pas do Pacto de Varsóvia".Observou que exércitos in-vasores teriam de dispor deuma maioria esmagadorapara contrabalançar a van-tagem comparada das re-giões invadidas, e acentuoutambém que a questão dadisponibilidade de recursospara defesa através de tro-pas convencionais na Euro-pa estava sendo considera-da como uma grande prio-ridade no Orçamento. Eledisse não acreditar queuma invasão da EuropaOcidental pelas tropas doPacto de Varsóvia pudesseser bem sucedida sem o em-prego de armas nucleares.

A uma pergunta sobre co-mo considerava à "retóricapouco amistosa de Moscou"Carter afirmou que "não sa-bia como explicá-la". Então,soltando o mesmo sorrisolargo e o mesmo ar distrai-do eum que íoi puxando otapete debaixo dos pés dossoviéticos na delicada quês-tão dos direitos humanos,acrescentou:

"Nossas posições têm si-do cuidadosamente elabora-das e constantemente rea-valiadas. Não me Inclinopara mudar as posições quetemos tomado. Penso quecalma, persistência e nego-ciações limpas com a UniãoSoviética terminarão porconduzir a uma crescentemelhoria de relações".

Ao abordar a questão pa-lestina, Carter disse: "Nósnunca tentamos definir asfronteiras geográficas parao que se poderia chamar deentidade palestina. Minhapreferência pessoal, contor-me disse quando candidato,tem sido de que uma enti-dade palestina, qualquer queela possa ser ou tome queforma tomar e qualquer queseja a área que ocupe, de-veria estar vinculada coma Jordânia e não ser ir.de-pendente. Mas eu nem te-nho autoridade nem ineli-nação para impor essa pre-ferencia às partes que quei-ram negociar".

Carter assegurou que atensão no Oriente Médio es-tá aliviando e que esperavado Primeiro-Ministro deIsrael uma "mentalidadeaberta" nas discussões pre-vistas para a próxima sema-na, quando Menahem Beginvirá a Washington.

Sobre a questão dos direi-tos humanos, Carter disseque a simples discussão doacordo de Helsínqui terialevantado os pontos polèmi-cos que desagradaram ossoviéticos. E observou tam-bém — como fez na últimaentrevista — jue nunca secolocaram na mesa de dis-cussões com Moscou tantospontos críticos de uma sovez: desmilitarização doOceano Índico, banimentode testes nucleares, acordode armas estratégicas. Se-gur.do o Presidente, a dis-cussão simultânea de todosesses pontos é que terá ie-vado à impressão de umadeterioração de relações naqual "não acreditava".

C lia na dá promete reiniciarentrega de urânio ao MCE

Ottawa — O Chanceler da Alemanha FederalHelmut Schmidt anunciou que o Canadá concordouprovisoriamente, e sem fixar datas, em reiniciar ofornecimento de urânio aos paises da comunidadeeuropéia, em particular Alemanha e Grã-Bretanha.

Schmidt, que viaja hoje para os Estados Unidos,esclareceu, contudo, que ainda se espera o términodas negociações entre o Canadá e a Euratom e asconclusões do grupo de estudo sobre os perigos dotratamento do combustível irradiado, criado emmaio último em Londres, para que o acordo tenhaum caráter definitivo, recomeçando as exportaçõesdentro de poucos meses.

ConversaçõesO Chefe de Governo alemão chegou ao Canadá

na última quinta-feira para discutir uma série deassuntos, principalmente esse do reinicio das expor-tações de urânio para a Europa Ocidental, que fo-ram suspensas em janeiro.

Nas primeiras conversações com Trudeau, rea-lizadas de modo informal em Vancouver, Schmidtabordou questões econômicas internacionais, comoa marcha do processo inflacionário e o desemprego.

Em relação ao acordo interino firmado ontem,Schmidt declarou que ele terá validade até que seajuste um novo acordo mundial sobre a utilizaçãopacífica da energia nuclear, como, por exemplo, acriação de uin organismo que controle de maneiraeficaz todo o processo de produção . aproveitamentodo urânio.

Schmidt .salientou, por outro lado, que entre ele,Trudeau e o Presidente norte-americano, JimmyCarter, não há divergências fundamentais quantoao problema dos direitos humanos, mas sim apenas"pequenas diferenças de ponto-de-vista na aplica-cão prática de uma política nesse terreno", o quedecorre da diferença de interesses de cada um dostrês países.

Durante a visita de dois dias aos Estados Uni-dos que começa hoje, os principais assuntos a se-rem discutidos entre Schmidt e Carter são o forne-cimento de urânio norte-americano à Europa e asrelações entre os dois países, que atravessam umafase delicada desde as eleições presidenciais nosEstados Unidos.

Opinião de BrandiNa véspera do encontro entre Schmidt e Car-

ter, o presidente do Partido Social Democrata Ale-mão, ex-Chanceler Willy Brandt, procurou afastaras suposições de que seu Partido mostra reservasdiante da política do Presidente norte-americanona questão dos direitos humanos.

Em declaração publicada no boletim oficial doPartido, Brandt disse que "o Presidente Carter podecontar conosco no que diz respeito aos direitos nu-manos e à paz", acrescentando que Schmidt nãotem por que se perturbar em suas conversações emWashington por causa de manifestações irrespon-.sáveis de alguns setores da Oposição da AlemanhaFederal.

Além de um forte interesse pelos direitos hu-manos na opinião do líder social-democrata, serianecessário desenvolver uma politica de distensão ede crescente confiança para diminuir a repressãoimposta a pessoas no Ocidente e Oriente," Nortee Sul.

Entre outras coisas, Brandt disse que quem nãotem paciência e não suporta enfrentar contratem-pos age de maneira irresponsável e provavelmenteimpede que Oriente e Ocidente se aproximem, atra-vês de uma redução equilibrada de tropas e arma-mento, destruindo também a esperança dos que es-peram, por exemplo, uma licença para emigração.

As razoe» cie cautelae da pressão de Ottawa

A resistência canadense ao reinicio das expor-tações de urânio à Alemanha Federal reflete o re-ceio de Ottawa de sofrer desapontamento igual aoque teve com a índia, a quem forneceu urânio e to-da tecnologia nuclear e que acabou produzindo eexplodindo uma bomba atômica.

Como o Brasil, do mesmo modo que a índia,não firmou o Tratado de Não Proliferação Nuclear,o Canadá dificilmente concordaria em vender ourânio à Alemanha sem uma garantia de que omaterial não seria utilizado — em vista do acordoBrasil-Alemanha — para entrega ao Brasil e suatransformação em plutònio e, depois, em armanuclear.

Há indícios de que o Canadá, ao impor condi-ções ao reinicio da exportação, estaria procurandoganhar tempo para só recomeçar as vendas depoisde vitoriosa a tese da internacionalização dos açor-dos e dos controles sobre as salvaguardas na trans-ferencia de tecnologia nuclear.

Já poucos dias antes da visita do Chancelercanadense, Donald Jamieson, ao Brasil, em janeiro,Ottawa firmava a posição de reforçar as exigên-cias para as exportações de urânio e tecnologia nu-clear, procurando convencer todos os fornecedoresa limitarem as vendas aos paises que tenham "umassumido, claro e inequívoco acordo com a não pro-liferação das armas nucleares", ou seja, signatá-rios do Tratado.

Posição que foi reafirmada durante a visita doChanceler, que admitiu o fracasso nas tentativasde induzir o Brasil a firmar o Tratado e reiterouque o Canadá mantinha sua atitude de "não ex-portar reatores ou qualquer material nuclear a pai-ses não signatários do Tratado".

A politica canadense coincide com a norte-americana, salientada ainda mès passado pelo Sub-secretário de Estado para Assistência à Segurança.Joseph S. Nye, ao declarar no Senado que "o pro-blema com a atual disseminação de instalações de-licadas, particularmente a mudança de gerações tec-nológicas — à medida que o mundo considera a mu-dança da tecnologia do urânio de baixo enriqueci-mento para a tecnologia do plutònio — é que a no-va tecnologia do plutònio ameaça esvaziar as sal-vaguardas de sua principal significação politica,sendo então o momento de fazer agir a diplomacia".

Assim, o acordo obtido pelo Chanceler alemão.Helmut Schmidt. no Canadá, depende em grandeparte dessa ação da diplomacia, possivelmente umjogo de concessões, jogo que prosseguirá a partirde hoje com a chegada de Schmidt aos Estados Uni-dos. Só depois de conhecidos o.s resultados dessejogo é que se poderá saber da extensão do acordo.

Agenda de Schmidtainda e imprecisa

Washington (do Corres-pendente i — As vésperasda visita de Helmut Schmidtaos Estados Unidos — quese inicia hoje às 10h30m damanhã quando o Chanceleralemão será recebido, porCarter na Casa Branca — aagenda de entendimentosentre os dois Chefes de Go-verno era ainda imprecisa.

Um porta-voz da Embai-xada alemã informou, en-tre tan to, que o encontroCarter-Schmidt servirá pa-ra um tour d'horizon sobreos itens discutidos durante aconferência de cúpula deLondres. Perguntado peloJB sobre se o acordo nu-clear da Alemanha com oBrasil voltaria à mesa dediscussões, o porta-voz daEmbaixada deixou transpa-recer que não seria. Schmidtquem tomaria essa iniciatl-va.

As informações da Em-baixada alemã sublinhamtambém a impressão geralde que, com a criação deum grupo de trabalho paraexaminar um ciclo de com-bustiveis em escala interna-cional proposto por Carter,houve uma espécie de des-locamento do eixo dos de-bates.

"Quanto ao Brasil — dis-se o porta-voz alemão —acho que já tornamos onosso ponto-de-vista bas-tante claro." Segundo amesma fonte, a agendaCarter-Schmidt poderia sedesdobrar em vários itens,aiém da conferência deLondres.

Itens prováveis: relaçõesLeste-Oeste em geral ten-volvendo alguns dos pontostocados por Carter na en-trevista de ontem, como aestratégia de defesa dastropas da OTAN); politicade direitos humanos vis avis reunião de Belgrado;acordo de limitação de ar-mas estratégicas com os so-viéticos; proliferação nu-clear e temas econômicos

em geral.O porta-voz da Embaixa-

da procurou cuidadosamen-te a palavra com que pare-ce ter desejado expressar oesvaziamento d0 balão dotema de seu controvertidoacordo nuclear com o Bra-sil. De certa forma, é comose Bonn se .sentisse incó-moda com um desdobra-mento panfletário dos fa-tos nessa área onde já estáarcando com problemascomplicados, a exemplo dosfornecimentos canadensesde combustível.

Oposição alemãdefende acordo

Brasília — A oposição noParlamento da RepúblicaFederal da Alemanha, queantes fazia restrições bas-tante severas ao acordonuclear com o Brasil, ago-

ra tem a opinião uníssonade que o acordo deve sercumprido integralmente. Eesse também é o pensamen-to do Governo alemão.

A manifestação é doDeputado Albert Probst, daUnião Social Cristã, deFranz-Josef Strauss, queesteve ontem por mais demeia-hora com o Presiden-te Ernesto Geisel. Ele a ex-pressou ao ser indagado so-bre sua posição quanto àreunião de hoje entre oPresidente Jimmy Carter eo Chanceler alemão, Hei-mu th Schmidt, sobre expor-tação de energia nuclear,frisando que falava em no-me da Oposição alemã.

— Através do Tratado deNão Proliferação, tivemosa expressa afirmação deque a energia nuclear so-mente será aplicada em finspacíficos. Assim sendo, oGoverno da RFA e mesmonós, da Oposição, somos deopinião que esse tratadocom o Brasil deva ser cum-prldo integralmente. Possodizer isso em nome da Opo-sição. Que é unanime quan-to a essa posição — expli-cou o Deputado AlbertProbst.

Lembrou que "nós, daOposição, fazíamos restri-ções bastante severas emrelação ao Tratado com oBrasil, mas recebemos donosso Governo a garantiade que a energia nuclear se-

rá aplicada somente emfins pacíficos". O parla-mentar disse não ter tra-tado desse assunto especí-fico com o Presidente Gei-sei. "Mas. sim, das razõesque nos trouxeram ao Bra-sil." Entre os objetivos davinda de dois representantesda Oposição no Parlamen-to alemão, figura examinara transferência de tecno-logia, que ele próprio admi-te abranger "a tecnologianuclear para fins pacíficos."

O Deputado alemão e seucolega, Albert Schcdl, esti-veram com o General Er-nesto Geisel acompanhadospelo Embaixador da RFA,Sr Horts Roding, e pelo pre-sidente da Siderúrgica Man-nesmann, Sr Heinz GuenterSchmitt. Participou do en-contro o Chanceler Azeredoda Silveira, o Deputado Ai-bert Schedl, especialistaem assuntos econômicoshoje em curso, entre os doispaises.

A tra-nsicTõnciã. cÍ6 têciio-logia foi o outro tema dareunião, no gabinete presi-dcncial. O Deputado AlbertProbst lembrou que Brasile Alemanha têm economiascomplementares. "A RFA éum pais bastante desenvol-vido, principalmente emtecnologia, mas carente dematérias-primas; o Brasildispõe de imensas riquezasem matérias-primas. Achoque poderíamos nos comple-tar, e penso, inclusive, natransferência de tecnologia,nuclear para fins pacíficos.Por tudo isso, interessa-nosa experiência das empresasalemãs aqui estabelecidas."

Silveira ressalta apreocupação

Brasília — O ChancelerAzeredo da Silveira procla-mou ontem no Itamarati,despedindo-se do Embaixa-dor da República FederalAlemã, Sr Horsd Roding, que,através do seu acordo decooperação nuclear, Brasil eAlemanha proporcionam aomundo, "graças à justa e ri-gorosa submissão voluntáriaao sistema de salvaguardas,exemplo de lúcida preo-cupação com o bem-estar ea segurança da humanida-de."

Falando, ainda, do signi-ficado do acordo nuclear, oMinistro das Relações Exte-riores afirmou que "toda apublicidade em que se viuenvolvido nos últünos mesesnão teve outro resultado se-não o de tornar abundante-mente claras a justiça in-trinseca e a indiscutível ho-nestidade de seus elevadospropósitos."

Ao fim da solenidade daentrega da Ordem do Cru-zeiro do Sul ao Embaixadorda República Federal Ale-má, seguido de um almoçopara 40 convidados no an-dar de cobertura do Itama-rati, o Chanceler Azeredoressaltou ainda aspectosmarcantes dos quatro anos

com a pazde permanência do Embai-xador Roding em Brasília:

O comércio reciprococresceu firme e constante,superando, em 1976, a cifrade dois bilhões de dólares;

Expandiram-se os in-vestimentos privados da Re-pública Federal da Alemã-nha; alcançaram mais de1,1 bilhões de dólares, oucerca de 12% do total de in-vestimento privados estran-geiros no país;

Aumenta em impor-tancia o mercado financel-ro alemão para o lançamen-to de bônus e titulos do Go-verno e de empresas esta-tais do Brasil e paia a ob-tenção de créditos e finan-ciamentos em eurodólares.

No seu agradecimento, oEmbaixador Horst Rodingdisse que poderia resumirem três palavras o seu lu-cro pessoal na permanèn-cia de quatro anos no Bra-sil: responsabilidade, confi-anca e esperança firme. Eleexplicou o seu entusiasmopeio trabalho realizado emBrasília, mas, ao contráriodo Chanceler Silveira, nãofez qualquer referência es-pecifica ao acordo de co-operação nuclear, firmadoem 1975.

Leia editorial "Questão de Consciência"

8 - INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL [j Quarta-feira, 13/7/77 r> Io Caderno

Carter apoia bomba de nêutron mas adia decisãoWashintjton/UPI N. D. Spínola . corr

___t_________^ %____________!

Carter lembrou o horror da guerra atômica

Europa recebe comagrado o programa

Robert Dervel EvansCorrespondente

de Ioi jogada, dentro de 15minutos, após seu lança-mento.

Explodindo a cerca de- 300metros a c i m a do solo, oefeito da explosão 6 quaseinteiramente eliminado. Soos combatentes são mortos.O.s peritos em defesa daOTAN consideram-na co-mo o complemento naturale vital para a nova tecno-logia que permite lançarum míssil em .seu alvo comgrande precisão.

De acordo com noticiasque chegam a Londres, osamericanos estão desenvol-vendo um míssel capaz deidentificar os tanques int-migos, por suas assinaturas.precisamente o tipo espe-ciai de ruído por seus moto-res e lagartas, que variamde acordo com as diferen-tes marcas, tamanhos emodelos do blindado.

Além de devolver o con-flito futuro para o campode batalha, com sua dimen-são tática, a Bomba N temimensa significação estraté-gica para a Europa Ociden-tal, cuja proteção não de-penderá mais do uso do mis-sei intercontinental. Há cer-ta dúvida, por parte dosparceiros europeus daOTAN, de que os EstadosUnidos usem seus mísseisde longo alcance contra ai-vos na União Soviética emdefesa de um ataque russoà Europa, tendo em vistaque isto convidaria inevita-velmente uma retaliaçãocontra os Estados Unidos.

Londres — A decisão doPresidente Carter de levaravante a bomba de nêu-trons foi um alivio para o.smembros e U r o p e u s daOTAN. Ela ó de vital im-portancia para a Alemã-nha e a Grã-Bretanha,cujas divisões- de tanquesenfrentam a superioridadeda força de blindados dospaíses do Pacto do Varsóviana Europa Oriental.

A bomba de nêutrons é aarma antitanque final con-tra a qual não existe aindadefesa eficaz. Uma arma debrilhante concepção de en-genharia, e com lima forçaenergética de apenas 100toneladas de explosivo con-vencional (TNT), em com-paração com a potência 10vezes maior da bomba nu-clear normal, ela libertauma chuva de partículas denêutrons que penetra ablindagem dos tanques, co-mo se fosse um poderosoraio X, matando tudo emseu caminho.ARMA TÁTICA

Uma arma mais táticado que estratégica, ela faza guerra retornar ao cam-po de batalha, onde des-truirá pela radiação umaforca invasora sem afetaras cidades ou os centros in-dustriais pela explosão ouincêndio. Sendo uma bom-ba limpa, com um minimode precipitação radioativa,as tropas podem ser trans-portadas para o local on-

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Washington — A bombade nêutrons não é aindauma decisão do Governo,mas "certamente é uma dasopções táticas norte-ameri-canas" segundo as própriaspalavras de Carter. Na prá-tica, o Presidente como quedefendeu os conceitos es-tratégicos que levaram oCongresso a aprovar recur-sos para o desenvolvimentodesse tipo de arma, cujavantagem está na destrui-ção de tropas inimigas comum raio de danos materiaisbem ni enor do que o dasbombas nucleares comuns.

Numa entrevista coletiva,onde predominaram asquestões relacionadas coma deíesa e relações com ossoviéticos, Carter disse quea "essência da questão con-sistiria em saber se bombasde nêutrons deveriam serusadas contra tropas inimi-gas em territórios ocupa-dos por aliados ou norte-americanos", caso em quea destruição seria muitomenor. Em r e s u m o, um"elemento tático".

ARMAMENTOE DESARMAMENTO

Uma vez mais o Presiden-te demonstrou habilidadepolitica para escapar às ci-ladas implícitas nas per-guntas da maliciosa e irre-verente imprensa de Was-hington, ainda mais inquic-ta ontem pelo dia de calore tempestades tropicais quese abateram sobre a cidade.Uma questão foi-lhe colo-cada de maneira seca e pro-vocou risadas: "Como é, aíi-nal, que o senhor pode con-ciliar essa decisão de tocarpara a frente a bomba denêutrons, com suas palavrasno inicio do Governo, pro-pondo eliminar todas as ar-mas nucleares? E o senhor,então, não sabia que as do-tações estavam no Orça-mento? E, além disso, nãoquerem esses fatos signifi-car uma nova escalada nu-clear?".

Carter reafirmou, então,seu desejo de chegar a umacordo entre todas as na-ções de forma a que no fu-turo as armas nucleares se-jam banidas. Esta, aliás, éa versão da sua propostaoriginal aos soviéticos naprimeira missão do Secre-tário de Estado Cyrus Van-ce a Moscou.

Ele procurou distinguir,os dois elementos distintosdo problema no plano bé-lico: primeiro, as armas tá-ticas, que não se enquadramnas discussões com os so-viéticos ou outros paises.Segundo, as armas nuclea-res consideradas estratégi-cas. "A definição sobre ascircunstancias em que osEstados Unidos usariamessas armas atômicas ain-da não foram ditas de pú-blico. Eu obviamente esperoque nossa contínua ineli-nação em favor da paz, par-tilhada, estou certo, pelossoviéticos e outros, evitaráo uso de quaisquer armasatômicas. Elas, entretanto,ai estão como um elemen-to de freio, e a opção deseu uso tem que ser manti-da como uma das nossasalternativas viáveis".

BALANÇO DE PODER

Carter procurou semprecolocar a questão nucleardentro do prisma da ínvia-bilidade da guerra atômi-ca, pelos efeitos mútuos dedestruição que isso acar-retaria para agressores eagrei*dos num contra-ata-que. Mas quando se levan-tou a questão da eventual

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inferioridade cm tropasterrestres do bloco ociden-tal diante das forças doPacto de Varsóvia (gruposocialista liderado pelaURSSi. não aceitou toda apremissa."Eu acho" — disse ele —"e acredito mesmo, que semo uso de armas nuclearestemos força e poder ade-quados na OTAN para blo-quear uma invasão das tro-pas do Pacto dc Varsóvia".Observou que exércitos in-vasores teriam de dispor deuma maioria esmagadorapara contrabalançar a van-tagem comparada das re-giões invadidas, e acentuoutambém que a questão dadisponibilidade de recursospara deíesa através de tro-pas convencionais na Euro-pa estava sendo considera-da como uma grande prio-ridade no Orçamento. Eledisse não acreditar queuma invasão da EuropaOcidental pelas tropas doPacto de Varsóvia pudesseser bem sucedida sem o em-prego de armas nucleares.

A uma pergunta sobre co-mo considerava a "retóricapouco amistosa de Moscou"Carter afirmou que "não sa-bia como explicá-la". Então,soltando o mesmo sorrisolargo e o mesmo ar distrai-do com que foi puxando otapete debaixo dos pés dossoviéticos na delicada quês-tão dos direitos humanos,acrescentou:''Nossas posições têm si-do cuidadosamente elabora-das e constantemente rea-valiadas. Náo me inclinopara mudar as posições quetemos tomado. Penso quecalma, persistência e nego-ciações limpas com a UniãoSoviética terminarão porconduzir a uma crescentemelhoria de relações".

OUTROS PONTOSCRÍTICOS

Ao abordar a questão pa-lestina, Carter disse: "Nósnunca tentamos definir asfronteiras geográficas parao que se poderia chamar deentidade palestina. Minhapreferência pessoal, confor-me disse quando candidato,tem sido de. que uma enti-dade palestina, qualquer queela possa ser ou tome queforma tomar e qualquer queseja a área que ocupe, de-veria estar vinculada coma Jordânia e não ser ir.de-pendente. Mas eu nem te-nho autoridade nem ineli-nação para impor essa pre-ferência às partes que quei-ram negociar".

Carter assegurou que atensão no Oriente Médio es-tá aliviando e que esperavado Primeiro-Ministro dcIsrael uma "mentalidade

aberta" nas discussões pre-vistas para a próxima sema-na, quando Menahem Beginvirá a Washington.

Sobre a questão dos direi-tos humanos, Carter disseque a simples discussão doAcordo de Helsínqui terialevantado os pontos polèmi-cos que desagradaram ossoviéticos. E observou tam-bém — como fez na últimaentrevista — que nunca secolocaram na mesa de dis-cussões com Moscou tantospontos críticos de uma sóvez: desmilitarização doOceano Indico, banimentode testes nucleares, acordode armas estratégicas. Se-gur.do o Presidente, a dis-cussão simultânea de todosesses pontos é que terá le-vado à impressão de umadeterioração de relações naqual "não acreditava".

Ca nada promete reiniciar

Haig não vê motivospara a controvérsia

Bruxelas — O Generalnorte-americano AlexanderHaig, Comandante das For.ças da OTAN, disse estarsurpreso com a controvérsiadesencadeada nos EstadosUnidos pela bomba de nêu-trons, que, em sua opinião,"não tem a importância quese lhe atribui".

Informou que desde oinicio da década de 60 tra-balha-se nessa nova arma,destinada a exterminarvidas sem causar danosmateriais. Os Ministros daDefesa da OTAN estudarama bomba há um ano e sepron unciaram favorável-mente a sua utilização, dis-se Haig, acrescentando quea construção da nova armanão influirá negativamentenas conversações Salt.

Ao manifestar-se "algo

assombrado pela ampla dis-cussão provocada pelo pro-blema", o General Haig [ri-sou: "Afinal, toda arma nu-clear gera radiações. Natu-ralmente, utilizar armasnucleares, entre elas a bom-ba de nêutrons, é um passodecisivo na escalada de umconflito, mas a decisão arespeito cabe aos lideres po-liticos".

Se o Presidente JimmyCarter aprovar em agostoa nova arma, destinadaprincipalmente aos mísseisLance e obuses de lOãinm —afirmou — as forças daOTAN poderiam contar comela num futuro relativa-mente próximo.

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entrega de urânio ao MCEOUawa — O Chanceler da Alemanha Federal

Helmut Schmidt anunciou que o Canadá concordouprovisoriamente, e sem fixar datas, em reiniciar ofornecimento de urânio aos paises da comunidadeeuropéia, em particular Alemanha c Grã-Bretanha.

Schmidt, que viaja hoje para os Estados Unidos,esclareceu, contudo, que ainda se espera o términoda.s negociações entre o Canadá c a Euratom e asconclusões do grupo de estudo sobre o.s perigos dotratamento do combustível irradiado, criado emmaio último em Londres, para que o acordo tenhaum caráter definitivo, recomeçando as exportaçõesdentro de poucos meses.

ConversaçõesO Chefe de Governo alemão chegou ao Canadá

na última quinta-feira para discutir uma série deassuntos, principalmente esse do reinicio das expor-tações de urânio para a Europa Ocidental, que fo-ram suspensas em janeiro.

Nas primeiras conversações com Trudeau, rea-lizadas de modo informal em Vancouver, Schmidtabordou questões econômicas internacionais, comoa marcha do processo inflacionário e o desemprego.

Em relação ao, acordo interino firmado ontem,Schmidt declarou que ele terá validade até que seajuste um novo acordo mundial sobre a utilizaçãopacifica da energia nuclear, como, por exemplo, acriação de um organismo que controle de maneiraeficaz todo o processo de produção e aproveitamentodo urânio.

Schmidt salientou, por outro lado, que entre ele,Trudeau e o Presidente norte-americano. JimmyCarter, não há divergências fundamentais quantoao problema dos direitos humanos, mas sim apenas"pequenas diferenças de ponto-de-vista na aplica-cão prática de uma política nesse terreno", o quedecorre da diferença de interesses de cada um dostrês paíse.?.

Durante a visita de dois dias aos Estados Uni-dos que começa hoje, os principais assuntos a se-rem discutidos entre Schmidt e Carter são o forne-cimento de urânio norte-americano à Europa e asrelações entre os dois paises, que atravessam umafase delicada desde as eleições presidenciais nosEstados Unidos.

Opinião de BrandiNa véspera do encontro entre Schmidt e Car-

ter, o presidente do Partido Social Democrata Ale-mão, ex-Chanceler Willy Brandt, procurou afastaras suposições de que seu Partido mostra reservasdiante da política do Presidente norte-americanona questão dos direitos humanos.

Em declaração publicada no boletim oficial doPartido, Brandt disse que ''o Presidente Carter podtcontar conosco no que diz respeito aos direitos hu-manos e à paz", acrescentando que Schmidt nãotem por que.se perturbar em suas conversações emWashington por causa de manifestações irresponsáveis de alguns setores da Oposição da AlemanhaFederal.

Além de um forte interesse pelos direitos hu-manos na opinião do lider social-democrata, serianecessário desenvolver uma politica de distensão ede crescente confiança para diminuir a repressãoimposta a pessoas no Ocidente e Oriente, Nortea Sul.

Entre outras coisas, Brandt disse que quem nãotem paciência e não suporta enfrentar contratem-pos age de maneira irresponsável e provavelmenteimpede que Oriente e Ocidente se aproximem, atra-vés de uma redução equilibrada de tropas e arma-mento, destruindo também a esperança dos que es-peram, por exemplo, uma licença para emigração.

As razões de cautelae da pressão de Otlawa

A resistência canadense ao reinicio das expor-tações de urânio à Alemanha Federal reflete o re-ceio de Ottawa de sofrer desapontamento igual aoque teve com a Índia, a quem forneceu urânio e to-da tecnologia nuclear e que acabou produzindo eexplodindo uma bomba atômica.

Como o Brasil, do mesmo modo que a índia,não firmou o Tratado de Não Proliferação Nuclear,o Canadá dificilmente concordaria em vender ourânio à Alemanha sem uma garantia dc que omaterial nãó seria utilizado — em vista do acordoBrasil-Alemanha — para entrega ao Brasil e suatransformação em plutônio e, depois, em armanuclear.

Há indícios de que o Canadá, ao impor condi-ções ao reinicio da exportação, estaria procurandoganhar tempo para só recomeçar as vendas depoisde vitoriosa a tese da internacionalização dos açor-dos e dos controles sobre as salvaguardas na trans-ferência de tecnologia nuclear.

Já poucos dias antes da visita do Chancelercanadense, Donald Jamieson, ao Brasil, em janeiro,Ottawa firmava a posição de reforçar as cxigèn-cias para as exportações de urânio e tecnologia nu-clear, procurando convencer todos os fornecedoresa limitarem as vendas aos paises que tenham "umassumido, claro c inequívoco acordo com a não pro-liferação das armas nucleares", ou seja, signatá-rios do Tratado.

Posição que foi reafirmada durante a visita doChanceler, que admitiu o fracasso nas tentativasde induzir o Brasil a firmar o Tratado e reiterouque o Canadá mantinha sua atitude de "não ex-portar reatores ou qualquer material nuclear a pai-ses não signatários do Tratado".

A politica canadense coincide com a norte-americana, salientada ainda mês passado pelo Sub-secretário de Estado para Assistência à Segurança,Joseph S. Nye, ao declarar no Senado que "o pro-blema com a atual disseminação de instalações de-licadas, particularmente a mudança de gerações tec-nológicas — à medida que o mundo considera a mu-dança da tecnologia do urânio de baixo enriqueci-mento para a tecnologia do plutônio — é que a no-va tecnologia do plutônio ameaça esvaziar as sal-vaguardas de sua principal significação politica,sendo então o momento de fazer agir a diplomacia".

Assim, o acordo obtido pelo Chanceler alemão.Helmut Schmidt, no Canadá, depende em grandeparte dessa ação da diplomacia, possivelmente umjogo de concessões, jogo que prosseguirá a partirde hoje com a chegada de Schmidt aos Estados Uni-dos. Só depois de conhecidos os resultados dessejogo e que se poderá saber da extensão do acordo.

Agenda de Schmidtainda é imprecisa

Washington (do Corres-pondentei — Às vésperasda visita de Helmut Schmidtaos Estados Unidos — quese inicia hoje às 10h30m damanhã quando o Chanceleralemão será recebido, porCarter na Casa Branca — aagenda de entendimentosentre os dois Chefes de Go-verno era ainda imprecisa.

Um porta-voz da Embai-xada. alemã informou, en-tretanto. que o encontroCarter-Schmidt servirá pa-ra um tour <l'horizon sobreos itens discutidos durante aconferência de cúpula deLondres. Perguntado peloJB sobre se o acordo nu-clear da Alemanha com oBrasil voltaria à mesa dediscussões, o porta-voz daEmbaixada deixou transpa-recer que não seria Schmidtquem tomaria essa iniciati-va.

As informações da Em-baixada alemã sublinhamtambém a Impressão geralde que, com a criação deum grupo de trabalho paraexaminar um ciclo de com-bustíveis em escala interna-cional proposto por Carter,houve uma espécie de des-locamento do eixo dos de-bates.

"Quanto ao Brasil — dis-se o porta-voz alemão —acho que já tornamos onosso ponto-de-vista bas-tante claro." Segundo amesma fonte, a agendaCarter-Schmidt poderia sedesdobrar em vários itens,além da conferência deLondres.

Itens prováveis: relaçõesLeste-Oeste cm geral ten-volvendo alguns dos pontostocados por Carter na en-trevUta de ontem, como. aestratégia de defesa dastropas da OTANi; politicade direitos humanos vis a.vis reunião de Belgrado;acordo de limitação de ar-mas estratégicas com os so-viéticos; proliferação nu-clear e temas econômicos

em geral.O porta-voz da Embaixa-

da procurou cuidadosamen-te a palavra com que pare-ce ter desejado expressar oesvaziamento do balão dotema de seu controvertidoacordo nuclear com o Bra-sil. De certa forma, é comose Bonn se sentisse incô-moda com um desdobra-mento panfletário dos fa-tos nessa área onde já estáarcando com problemascomplicados, a exemplo dosfornecimentos canadensesde combustível.

Oposição alemãdefende acordo

Brasilia — A oposição noParlamento da RepúblicaFederal da Alemanha, queantes fazia restrições bas-tante severas ao acordonuclear com o Brasil, ago-ra tem a opinião uníssonade que o acordo deve sercumprido integralmente. Eesse também é o pensamen-to do Governo alemão.

A manifestação é doDeputado Albert Probst, daUnião Social Cristã, deFranz-Josef Strauss, queesteve ontem por mais demeia-hora com o Presiden-te Ernesto Geisel. Ele a ex-pressou ao ser indagado so-bre sua posição quanto àreunião de hoje entre oPresidente Jimmy Carter eo Chanceler alemão, Hei-mu th Schmidt, sobre expor-tação de energia nuclear,frisando que falava em no-me da Oposição alemã.

— Através do Tratado deNào Proliferação, tivemosa expressa afirmação deque a energia nuclear so-mente será aplicada em finspacíficos. Assim sendo, oGoverno da RFA e mesmonós, da Oposição, somos deopinião que esse tratadocom o Brasil deva ser cum-priclo integralmente. Possodizer isso em nome da Opo-sição. Que é unanime quan-to a essa posição — expli-cou o Deputado AlbertProbst.

Lembrou que "nós, daOposição, fazíamos restri-ções bastante severas cmrelação ao Tratado com oBrasil, mas recebemos donosso Governo a garantiade que a energia nuclear se-

rá aplicada somente emfins pacíficos". O parla-mentar disse não ter tra-tado desse assunto especí-fico com o Presidente Gei-sei. "Mas. sim, da.s razõesque nos trouxeram ao Bra-sil.'' Entre os objetivos davinda de dois representantesda Oposição no Parlamen-to alemão, figura examinara transferência de tecno-logia, que ele próprio admi-te abranger "a tecnologianuclear para fins pacíficos."

O Deputado alemão e seucolega, Albert Schedl, esti-veram com o General Ei'-nesto Geisel acompanhadospelo Embaixador da RFA.Sr Horts Roding, e pelo pre-sidente da Siderúrgica Man-nesmann, Sr Heinz GuenterSchmitt. Participou do en-contro o Chanceler Azeredoda Silveira, o Deputado Al-bert Schedl, especialistaem assuntos econômicoshoje cm curso, entre os doispaíses.

A transferencia cie tecno-logia foi o outro tema dareunião, no gabinete presi-dencial. O Deputado AlbertProbst lembrou que Brasile Alemanha têm economiascomplementares. "A RFA cum país bastante desenvol-vido, principalmente emtecnologia, mas carente dematérias-primas; o Brasildispõe de imensas riquezasem matérias-primas. Achoque poderíamos nos comple-tar, e penso, inclusive, natransferência de tecnologianuclear para .fins pacíficos.Por tudo isso, interessa-nosa experiência das empresasalemãs aqui estabelecidas."

Silveira ressalta apreocupação

Brasília — O ChancelerAzeredo da Silveira procla-mou ontem no Itamarati,despedindo-se do Embaixa-dor da República FederalAlemã, Sr Horst Roding, que,através do seu acordo decooperação nuclear. Brasil eAlemanha proporcionam aomundo, "graças à justa e ri-gorosa submissão voluntáriaao sistema de salvaguardas,exemplo de lúcida preo-cupação com o bem-estar ea segurança da humanida-de."

Falando, ainda, do signi-ficado do acordo nuclear, oMinistro das Relações Exte-riores afirmou que "toda apublicidade em que se viuenvolvido nos últimos mesesnão teve outro resultado se-não o de tornar abundante-mente claras a justiça in-tnnseca e a indiscutível ho-nestidade de seus elevadospropósitos."

Ao fim da solenidade daentrega da Ordem do Cru-zeiro do Sul ao Embaixadorda República Federal Ale-mã, seguido de um almoçopara 40 convidados uo an-dar de cobertura do Itama-rati, o Chanceler Azeredoressaltou ainda aspectosmarcantes dos quatro anos

com a pazde permanência do Embai-xador Roding cm Brasília:

O comércio recíprococresceu firme e constante,superando, em 1976, a cifrade dois bilhões de dólares;

Expandiram-se os in-vestimentas privados da Re-pública Federal da Alemã-nha; alcançaram mais de1,1 bilhões de dólares, oucerca de 12% do total de in-vestimento privados estran-geiros no pais;

Aumenta em impor-tancia o mercado financei-ro alemão para o lançamen-to de bônus e títulos do Go-verno e de empresas esta-tais do Brasil e para a ob-tenção de créditos e finan-ciamentos em eurodólares.

No seu agradecimento, oEmbaixador Horst Rodingdisse que poderia resumirem três palavras o seu lu-cro pessoal na permanèn-cia de quatro anos no Bra-sil: responsabilidade, confi-anca e esperança firme. Eleexplicou o seu entusiasmopelo trabalho realizado cmBrasília, mas, ao contráriodo Chanceler Silveira, nãotez qualquer referência cs-peciflea ao acordo de co-operação nuclear, firmadoem 1975.

Leia editorial "Questão de Consciência"

JORNAL DO BRASfl Quarta-feira, 13/7/77 D 1? Caderno INTERNACIONAL - 9

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Revelli-Beaumont diz como passou uma semana com olhos vendados

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turistas europeus que jáestão na Espanha para asferias tle verão foram osbeneficiários imediatos tiadesvalorização tia pesetadeterminada pelo Governotle Madri. Após permanece-rem fechados por 24 horas,bancos e casas de cambioreabriram ontem e. emboraa desvalorização oficial te-nha sitio de 19.9%. a moedachegou a cair 25% em rela-ção ao dólar.

A medida causou certasurpresa "porque não foiacompanhada de outrasque garantiriam sua eficá-cia", comentou a AFP. Osdirigentes políticos limita-ram-se a qualificar de"aceitável" a primeira men-sagem do novo Gabinete,considerada pelo socialistaFelipe Gonzálcz como "ape-nas uma declaração de prin-cipios".

O plano de Suárez foi es-bocado cm 18 páginas c,caso aprovado pelo novoParlamento que inicia seustrabalhos a 22 próximo, pre-vê também uma ampla re-forma tributária, onerandoa carga fiscal daqueles tlerenda alta, criando um im-posto extraordinário sobreas heranças e controlando— inclusive através do exa-me pelo Governo das con-Ias bancárias de partícula-res — a evasão ao fisco.

Para combater a taxa tle8% de desemprego (cercade 1 milhão de trabalhado-res), o programa prometeincentivar o setor privadopara a criação de novosempregos, além de designarverba extraordinária pararegiões mais drasticamen-te afetadas pelo desempic-go, como a Andaluzia, porexemplo.

Aberto ao diálogo, o Go-verno anunciou que enviaráaos representantes eleitosum projeto de Constituição,tão logo tomem posse nodia 22, e proporá a realiza-cão, antes do fim do ano,das eleições municipais.

Paris e Berna — A policia suiça anunciou on-tem que o resgate pago pela família de LuchinoRevelli-Beaumcnt. solto na segunda-feira, foi de 2milhões de dólares i CrS 28 milhões), informaçãoque, horas depois, em Paris, o filho do diretor daFiat francesa desmentia, -assegurando que tinhasido "muito menos".

Pálido e cansado, deixando escapar as lágrimaspor três vezes, mas dizendo-se "feliz, muito feliz",Revelli-Beaumont poucas novidades contou no seuprimeiro encontro com os jornalistas após 89 di-a.sde cativeiro, 'aparentemente instruído por seu ad-vogado e pela policia francesa, a quem já prestaradeclarações.

Viver de novoAo lado da mulher, filho c filha num sofá da

sala de entrada do escritório do advogado JeanLemaire, presidente do Colégio dos Advogados deParis, Revelli-Beauinonlr recebeu à tarde cerca de150 jornalistas, afirmando: "Estou aqui graças aniirha família".

O diretor da Fiat admitiu que se sentia muitocansado e que agora pensava cm tirar férias. "Que-ro voltar a viver", explicou. Sobre o cativeiro, re-velou que seus seqüestradores o responsabilizarampelas atividades da Fiat no Terceiro Mundo e de-ram-lhe literatura revolucionária, literatura rus-sa do século XIX e livros .sobre a Guerra Civil Es-panhola.

Disse ainda que levou muito a sério as amea-ças de morte dos seqüestradores ("um tribunaloperário, formado por três homens encapueados,me condenou"», mas ressaltou que nunca foi mal-tratado, embora se sentisse "como numa cadeia":"Comia

pão e bebia leite c café nela manhã ásvezes uma galinha, no almoço, e uma sopa nojan-tar".

Sobre a quantia paga como resgate, o diretorda Fiat afirmou que não sabia, porque .sua famíliaé que cuidara do caso. Paolo. seu filho, foi entãointerrogado sobre os 2 milhões de dólares, anun-ciados pela manhã em Boina, mas se limitou a di-zer,: "Não, não. foi muito menos".

Segundo a policia suíça, o homem que serviucomo intermediário no caso telefonou para umadelegacia de Zurique, na segunda-feira a noite,apus afirmar a libertação de Revelli-Beaumont,contando que 0 pagamento dos 2 milhões de dóla-res tinha sido feito na sexta-feira última, no centrode Genebra, a quatro latino-americanos.

O intermediário, que não se identificou, tam-bém se negou a revelar como tinha sido preparadoo encontro, que aparentemente despistou as poli-cias francesa e suíça, que desde 23 de junho vigia-vam três bancos em Genebra, por onde esperavamque o pagamento do resgate fosse feito.

Ontem a policia francesa publicou em todos osjornais de Paris, a fotografia de um homem por-tador de passaporte co.sta-riquenho com o nomede F. Vega Lopez. que ela supõe esteja ligado aosseqüestradores. Foi este homem que se apresen-tou em junho num banco de Genebra pedindo aabertura de três contas numeradas. O funcionárioque tratou do caso tirou uma cópia do passaporte,segundo a prática seguida secretamente pelo ban-co em caso de desconhecidos que queiram abrircontas numeradas.

Dias depois, através de interceptações telefóni-cas, a policia francesa soube que os seqüestradoresqueriam o resgate depositado em contas numera-das na Suiça e ligaram os dois fatos. Mas, ontem,acredita-se que este tenha sido um ardil usado pelaprópria família de Revelli-Beaumont para despis-tar a policia e atender aos seqüestradores.

Empresários financiama campanha de Ciscará

Pari* — Um fundo de um bilhão defrancos iCrS 3 bilhões) foi liberado p.-loempresariado francês a fim de permitirque a atual Maioria presidencial se bataem melhores condições contra a esqui r-da, a partir de agora e até as eleições lc-gislativas de maio de 1978.

li o que afirmou, na tarde de onteme em uma sala da Assembléia Nacional.o secretário-geral do Partido Socialista.François Mitterrand. em entrevista a im-prensa, a ultima antes das grandes té-rias, que de certo modo encerram o anopolítico.

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O líder socialista garantiu que o pia-no começou a funcionar a partir de maioultimo e que "graças a esse dinheiro se-rão lançadas, já foram lançadas, cam-panhas maciças de propaganda e publi-cidade contra a esquerda e seu Progra-ma Comum: páginas inteiras de publi-cidade na imprensa, por conta de gru-pos fantasmas; filmes difundidos em ho-rários nobres; Partidos políticos subven-cionados."

"Agentes asseguram a ligação entreo grande empresariado e os meios gover-namentais — acrescentou Mitterrand —e o Conseil National du Patronat Fran-cais (CNPF) financia agências de im-prensa para que divulguem artigos deencomenda nos grandes quotidianos doInterior." Por outro lado. Mittcrand —terno bege-claro. pele bronzeada — pro-testou contra "o golpe de mão governa-mental sobre a radiotelevisão, que setornou doméstica c da qual não se podemais esperar, a não ser por surpresa oudescuido, uma informação objetiva."

Para ele, em resumo — e não se podemais contradizè-lo neste ponto — a cam-panha eleitoral para as legislativas demarço de 1978 já está bem engajada. Ese isso pesa no bolso do empresariadofrancês, este se pode dar a esse luxo, aoacreditar-se nas palavras do líder da

Aliene. ChubrolCorrespondente

união da Esquerda: ao longo dos iiltl-mos 15 anos (19GU-75), durante os quaisGiscard d'Estaing foi quase sem inter-rupção responsável pela politica fiscalfrancesa, o imposto sobre as empresasprogrediu em um ritmo aproximadamen-te duas vezes menor que o Imposto sobrea renda. "Fato ao qual se pode acresceu-lar uma recente revelação do Conselhoeu Impostos, .segundo o qual a metadrdas empresas francesas não pagar.amimpostos, deixando du declarar seus lu-CIO.S."

Ü principal representante da Opo.sl-ção reservou também boa parte de suaentrevista ao Presidente Giscard, pararesponder a seu discurso de sexta-feiraultima. E o fez com humor e dureza: "Osenhor Giscard deveria se dar conta queha ires anoa que ele nào é mais can-didato, mas Presidente. A França esperadele algo mais do que promessas semprerenovadas."

E, recordando algumas das promes-.sas do Chefe de Estado, que anunciou o

fim da crise ia partir de março de 19731,Mitterrand concluiu apresentando umalista de pontos críticos da situação eco-nõmica francesa: 10% de inflação em1977 ic não os 6,5% previstos), dividaexterna de mais de 100 bilhões de fran-cos iCrS 300 bilhõesi, 1 milhão 120 miltrabalhadores desempregados, "são dadosque não podem ser contestados, pois sãoconhecidos de todos os, franceses, quan-to às previsões feitas, e os que a estascontestam vêm dos técnicos da OCDE(Organização para a Cooperação e De-senvolvimento Econômico, de que sãomembros os paises mais desenvolvidos daEuropa, os EUA, Canadá e Japão) quenão podem ser acusados de esquerdismo".

Reafirmou que "a atualização doPrograma Comum da Esquerda deve le-var cm conta os acontecimentos dos úl-limos cinco anos", mas ''ai termina amissão dos 15 negociadores, que não pos-suem mandato para estabelecer um se-gundo Programa".

Seqüestradores do Tupoleventregam-se na Finlândiaderrotados pelo e a n s a e o

Helsínqui — Alexander Zyirnyak, 19 anos, eGcnnady Selusjko, 22 anos, os seqüestradores doTupolev-134 da Aeroílut desviado para a Finlândiano último domingo, derrotados pelo cansaço, deixa-ram que os três últimos reféns escapassem durantea noite e, pela manhã, sem alternativa, se renderamà polícia finlandesa no aeroporto de Helsínqui.

O Ministro das Relações Exteriores da Finlan-dia, Paavo Vayrynen, confirmou que os dois — tãologo terminem os interrogatórios a que estão sendosubmetidos — serão entregues ao Governo da UniãoSoviética para julgamento em território soviético.Estão sujeitos a penas que variam cie três a 15 anosde prisão. O seqüestro durou I3G horas.FUGA

Os três reféns restantesdos 70 passageiros e setetripulantes do Tupolev, se-questrado durante vôo en-tre Pelroza.vocl.sk e Lenln-grado, escaparam durante amadrugada quando o sonovenceu seus captores, narealidade armados apenas

com uma granada sem de-tonador e sem explosivo. Atodo custo, as autoridadesfinlandesas evitaram re-correr à violência, inclusivequando os dois piratas fi-caram sozinhos, dentro doavião, à mercê dos policiaise dos soldados, que os cer-cavam completamente.

Quando o dia amanheceu,Zyirnyak desceu a escada erendeu-se. Oitenta c trêsminutos depois, Selusjkotambém se entregou. O Mi-nistro do Interior, EinoUtisitalo, explicou que du-rante as negociações os se-questradores perguntaramo que aconteceria caso seentregassem. Como respos-ta, souberam que seriamtratados "de acordo com asleis e acordos em vigor naFinlândia". E' pouco prova-vel, porém, que estivessema par do tratado de 1974.entre a Finlândia e a União

Soviética, pelo qual os doispaises se comprometem aextraditar piratas aéreos.

Uusitalo confirmou que osdois exigiam, a principio,outra tripulação e combus-tivel para que seguissemcom os reféns até Estoco!-mo. A certa altura, pediramum avião monomotor, masdepois mudaram de idéia.Diziam-se armados com me-tralhadoras, granadas e ex-plcsivos — o que explica ocuidado das autoridadesfinlandesas. "Queríamos re-solver a situação de manei-ra que não houvesse derra-mamento de sangue c, aomesmo tempo, fossem cum-pridas as obrigações inter-nacionais assumidas sobre oproblema de sequestros",acrescentou Uusitalo.

A policia explicou que opiloto do Tupolev, quando osseqüestradores exigiram querumasse para Estocolmo, lu-dibriou-os voando para Hei-sínqui a 3 mil metros de a!-tura, em vez dos 9 mil me-tios normais, para gastarmais rapidamente as reser-vas de combustível. Ao ciie-gar, o avião realmente nãotinha querosene para voarcm direção á Suécia.

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UMNO PAMPA,COM 0 GAÚOs campos cobertos de verde,a paisagem que se abranda no horizonte.0 gaúcho tocando o gado, as roupas coloridas,o chapéu de aba larga, o linguajar típico.0 pampa, uma imensa planície que se perdepelas fronteiras do Rio Grande do Sul.A irmandade do Prata preservandoa autenticidade de um passado histórico.Em cada paragem, a porta aberta,o encontro amigo.

ENCONTROAUTÊNTICO

0 mate, a pinga e o churrasco.

E quando o AAinuano cortar a estradaaçoitando os campos,um fogo de chão, um poncho e uma canhaajudam a aquecer.

E o tempo passa depressa numa rodade chimarrão.

0 pampa é uma das regiões tradicionaisdo Rio Grande do Sul

onde o gaúcho autêntico, o homem docampo, o seu apego à terrae as suas.coisas ainda podem ser encontrados.

Os hábitos de cuidar do gado, deaproveitar a terra ou de preservara nossa história são cultivados com carinho.

Neste mês, aproveite para conhecer um pouco dascoisas boas do Rio Grande do Sul.

Venha, cs gaúchos o esperam. SECRCT4RIADE TURISMO

Ü wX\l\JTJlJjí UkJ Jl5Jrttx\Òl-Ll LVil i

Vice-Presidentc Executivo: M. F. do Nascimento Btitoüdilor: Walter Fontoura

Rio de Janeiro, 13 do julho de 1977

Direlora-Presidentc: Condesia Peroira Carneiro Diretor: Bernard da Cost* CamposDiretor: lywal Sallos

Duplo ProgressoÉ indício extremamente saudável de raeio-

nalidade que uni organismo independente e au-tônomo como a Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência, calapultado, por motivos co-nliecidos, para a área de debates referentes àatual problemática política, reaja corretamenteante a ameaça de radicalização.

Fugindo ao debate impertinente de uniaproposta que cxi»ia uma Constituinte para opaís, a SBPC sublinhou a inipropriedade daspressões que se destinavam a impedir a realiza-<;ão da sua reunião anual, mostrando, ao mesmotempo, que nem todas as portas abertas condu-zclu ao abismo e que a capacidade cie optar con-linua viva nos setores responsáveis de uma co-letividade que vem sendo minimizada substaii-livamenle.

Na atitude da SBPC está embutida a vir-tude do discernimento que poderia ter encami-nliado dc maneira mais satisfatória episódiosrecentes c nada exemplares da vida nacional. Afalta de discernimento, e do desejo de optar, fezcom que a cassação do Deputado Marcos Titovicejasse como gorda excrcscência à sombra deuni Poder que poderia ler sido dispensado da suacapacidade íuhninatória caso o MDB fizesse atempo o que lhe cabia fazer.

O lado conlemporizador do "homem cor-dial" que ainda habita estas plagas faz com quecada facção feche os olbos para as mazelas quedescobre a seu lado. De tanta irresolução, be-ucficiatn-se apenas os que cortaram o nó górdiono momento em que isto se mostrou necessárioe que desde enlão, pela simples virtude da inér-

cia, vêm singrando páginas adentro a Históriadu Brasil.

Diversas comunicações apresentadas à as-sembléia-geral da SBPC abordaram o territóriopolítico, e eventualmente nele penetraram emprofundidade; de política também se fala — eprincipalmente — no memorial dirigido.à Na-ção pelos cientistas reunidos em São Paulo. Es-se mesmo memorial, entretanto, poderia ter si-do redigido independente da realização da as-sembléia; c não são muitas as atividades huma-nas de que se pode dizer que não tenham qual-quer implicação com o fenômeno político.

A taxa de "polilização" discernível na reu-nião da SBPC corresponde ao clima de sensibi-lidade política de que é feito o atual momentobrasileiro. Se ela parece maior do que na ver-dade o é, isto se deve a que, se a Sociedade Bra-sileira de Física foi a entidade científica queapresentou o maior número de moções, todasaprovadas, nenhuma delas parece ter-se revesti-do do quociente de interesse geral com que es-tá comprometida a atividade jornalística.

E se a política esteve presente este ano, co-mo esteve há um ano, e estará sempre que hou-ver duas ou mais pessoas reunidas, não hou-ve, desta vez, o desvirtuamento de diversas reu-niões e debates pela imaturidade de uns e pelamalícia de outros. O tumulto final, respondidoà altura pelos que tinham a seu cargo a condu-ção dos trabalhos, não basta para desmanchara impressão de progresso em relação ao que sepassou em 1976. Progresso da ciência e da cons-ciência nacional.

Capacidade de EquilíbrioOs principais resultados da economia, na

virada do primeiro para o segundo semestre,uão são necessariamente um valor tie expressãonumérica, mas sua inseparável conotação psi-cológica —• ao final tios primeiros seis mesesdo ano, já é possível acreditar que a inflaçãoc domávcl e a situação da balança comercial semostra, ao menos, um pouco mais confortável doque no ano passado.

Quanto à inflação, obtivemos em junho umataxa dc crescimento ile 2% — o que é significa-livainente melhor do que foi obtido em maio —3,6% — e até interessante, se compararmos osprimeiros seis meses deste ano cora os do anopassado: 23.3% em 1976, contra 22,6 em 1977.São progressos suaves, nada espetaculares, écla-ro. Ainda mais que, em termos de taxas anuais,continuamos no mesmo perigoso patamar: a in-fiação em 1976 fechou cm 46,3%; e, calculan-du-sc os 12 últimos meses que se encerraramem junho deste ano, a inflação permanece em46,1%.

Mas, ainda assim, os 2% de junho têm umsignificado psicológico inquestionável. Foi remi-pida a barreira de forma dramática: as pessoasacreditam, mais do que nunca, que a inflaçãopode cair. E se as pessoas se convencem de quea inflação pode cair, foi dado o primeiro passopara que cia efetivamente caia. Sonic-se a esseinestimável ingrediente psicológico a circuns-taucia dc que o controle dos preços foi centra-

lizado no Ministério da Fazenda c, a menos queo decreto da centralização seja revogado ou des-respeitado, não há qualquer motivo para se acre-ditar numa deletéria reversão da curva daquipor diante.

Igualmente significativo foi o resultado se-mestral da balança comercial. O Ministro daFazenda acaba de anunciar um superávit de 250milbões de dólares nos primeiros seis meses des-le ano — em 1976, a esta altura do ano, amar-gava-se um déficit nada mais nada menos quede 1,3 bilhão de dólares. Não é despropositado,portanto, imaginar que se feche o ano com umsuperávit na balança de comércio. E, aí, sim,teremos obtido em 1977 uma marca brilhante.Se for levado em consideração que no final de1976 a balança comercial teve iim saldo negati-vo de 2.1 bilhões de dólares, ainda que as hu-portações não tenham crescido mais de 1% soore ±'y i j, percebe-se a guinada que se consegui-rá dar com um superávit em 1977. É bem ver-dade que a credibilidade do país no exterior re-sisliu, inclusive, a um déficit comercial de 4,7bilhões, obtidos em 1974, em pleno pesadelo dacrise do petróleo.

Mas, com um superávit expressivo em 1977,terá sido dada uma demonstração inequívoca deque, se o pior ainda não passou, pelo menos es-tamos revelando mais competência, tanto paradomar a inflação quanto para equilibrar as con-Ias com o exterior. O que já é uma notícia en-corajadora.

Questão de ConsciênciaA recusa do Senado dos EUA em cancelar

os créditos destinados às usinas de Clinch Rivere à dc Barnwell não é apenas uma derrota po-lítica para o Presidente Carter. Mais do que is-so, trata-se dc lance significativo do processopolítico que se desenvolve entre a Casa Brancae o Capitólio.

Vale, sobretudo, como revelação dos mol-des em que alua o Legislativo norte-americano,não apenas em função de interesses eleitorais ouda ressonância da influente prática dos lobbies,mas antes de mais nada na base dc um conheci-mento sério dos assuntos que são submetidos aoexame, o que vale dizer, no caso dos EstadosUnidos, de lodo o espectro dc problemas e quês-toes que interessam à comunidade nacional.

O número de trabalhos existentes na Bi-blioteca do Congresso sobre energia nuclear emseus múltiplos aspectos, desde a sua utilizaçãopacífica até o .-eu emprego para fins bélicos,testemunha a preocupação e a seriedade com queo Legislativo de Washington se debruça sobreesse problema que se situa no cerne de toda umapolítica com algumas conotações mundiais quenão ficam restritas ao âmbito energético, já cru-ciai por si só. mas extravasam para o domínioaltamente sensível e vital da potencialidade mi-li tar da Nação americana.

Es.-íis considerações levam inevitavelmenteao problema da bomba de nêutrons, para cujafabricação o Presidente Carter deverá solicitarao Congresso uma verba provisória, na expeeta-tiva dc uma tleeisão sua sobre a produção ou nãoda arma que mata mas não deslrói. Seria umtruísmo afirmar que, tanto da parte do Executi-vo como do Legislativo norte-americano, seráuma das decisões cruciais daquele país.

Postos dc lado os aspectos humanitários da

produção de uma arma com ;is característica!; daRomba de nêutrons. que visa muito mais aos«crês vivos do que a objetivos militares, o te-mor que motiva as objeeões à sua produção é odc que esta venha a precipitar unia corrida ar-

mamentista, que eleve o risco de um conflitonuclear a níveis sem precedentes.

Neste caso, como na questão que foi objetoda decisão dc ontem, é certo que o Capitólioatuará com pleno conhecimento de causa, con-forme vem sendo a tônica das suas decisões emdiversos assuntos que têm marcado rumos dc-cisivos da política norte-americana. Uma vezmais terá o Congresso norte-americano cm suasmãos um problema com expressão militar, masque é também um problema de consciência.

Por mais pacífica que seja a vocação daNação norte-americana, não pode o seu Gover-no permitir que a índole do seu povo o leve auma vulnerabilidade que poderia induzir seusadversários a um erro tlc cálculo cercado de ris-cos imprevisíveis e alé mesmo fatais. Para queos Estados Unidos possam exercer efetivamentea liderança pacífica do mundo ocidental é pre-ciso que disponham dc meios para defender osvalores que essa liderança representa.

A experiência tem provado que o processo dcnegociação imporia a posse dc elementos de bar-ganha. Se isso é válido em outros domínios, noplano militar é indispensável e essencial. Em to-do o processo do desarmamento, que hoje emdia está mais distante do que nunca dos seusparâmetros ideais, c preciso se ter algo a aban-donar em troca de igual concessão por parte doadversário.

Se o Presidente Carter efetivamente soli-citar ao Congresso norte-americano as dotaçõesprovisórias para a bomba de nêutrons, o me-nos que se pode esperar é que os representantesdo povo norte-americano unia vez mais, comojá o fizeram em tantas ocasiões decisivas da His-lória tio seu país, identifiquem onde residem osverdadeiros interesses da Nação que representame identifiquem qual o rumo que melhor os con-sultará. No desempenho dessa missão não pode-rao, entretanto, perder dc vista que em matériatie preparação militar esses interesses não s&oexclusivamente os dos Estados Unidos, mas osdetodo o Ocidente.

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%:E no Brasil, como andamos?Jóia, segundo o líder da maioria, tirando ele, é tudo comunista.

CartasCorreção

Lendo, como habitualmente, oJORNAL DO BRASIL, no dia 10 dejulho, deparei um telegrama deMaceió, inserido em sua terceirapágina, no qual, a propósito daseleições de 1979 para o Senado Fe-deral, em Alagoas, se diz o seguin--te: "A vaga de Senador por via in-direta foi solicitada pelo Sr Arnonde Mello". Há equivoco do corres-pondente desse conceituado órgãode imprensa, que não sei a que atri-buir, pois nenhum jornal de Maceiódivulgou semelhante notícia.

Nada pedi, na realidade. Parti-cipando de uma reunião, em Brasi-lia, da bancada federal de Alagoas,com a presença do Senador LuizCavalcanti, presidente da Arena,declarei que estava à disposição doPartido para ocupar o posto que eleme destinasse no futuro pleito. Fotsomente isso o que se verificou.Arnon de Mello — Rio de Janeiro(RJ).

LiderançaNão encontro palavras capazes

de enaltecer devidamente o magni-fico pronunciamento do SenadorRoberto Saturnino Braga, publicadopelo JB no dia 9 de julho, Onde eComo Estatizar ou não a Economia,parte de sua obra Discurso aos De-mocratas, a ser lançada breve naforma de livro. Pronunciamentoscomo esse — rarissimos — demons-tram ainda haver liderança no nos-so país, altamente capacidada e es-clarecida, sem tergiversações nemvacilações. E essa liderança encon-tra meios de comunicação em ór-gãos com a expressão e'a penetra-ção do JB.

O Estado do Rio de Janeiro cs-tá de parabéns com esse pronun-ciamento do seu representante noSenado Federal, cujo brilho e opor-Umidade mostram o prosseguimen-to da atuação do seu saudoso pai,Francisco Saturnino Braga. Só es-clarecendo e divulgando os grandesproblemas nacionais será possívelencaminhar sua solução. BenjaniinB. Fraenkel — Rio dc Janeiro (RJ).

ü tvorcioA implantação do divórcio no

Brasil mostrou que o combate aele movido peia Igreja foi ineficaz.Entretanto, não devemos entregaros pontos, porque nem tudo estáperdido. Em primeiro lugar, a Igre-ja deveria intensificar seus ensina-mentos junto ao povo, não só selimitando a receber os fiéis na mis-sa aos domingos e feriados ou sain-do às ruas em procissões, mas tam-bém levando a palavra de Deus àssuas casas e aos logradouros públi-cos. Hoje em dia, é difícil ver nasruas um sacerdote de batina. Acre-dito que isso contribui não só paradiminuir a imagem da Igreja, mastambém a torna mais distante. Ocatecismo, visando à preparaçãopara receber os sacramentos dacomunhão, crisma, batismo e docasamento, deveria ser mais rigo-roso e mais prolongado tanto pa-ra quem os vai receber como paraseus padrinhos.

Também a Igreja deveria par-ticipar mais de perto e assim aju-dar os cristãos a elegerem seus me-lhores representantes. No períodode eleições, deveria declinar os no-mes dos políticos que foram favo-ráveis ao divórcio e também aque-

S. A. JORNAL DO BRASIL, Av. Brasil, 500(ZC 08). Tel. Rede Interna: 264-4422 - End.Tclcgráfico: JORBRASIL. Telex números21 23690 e 21 23262

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¦elo Horiioiit» — Av. Afonso Pena, 1 500,7» ind. Tel.: 222-3955.

les cujos programas tenham sidocontrários à Lei de Deus.

) A Igreja tem pela frenteuma missão muito difícil e não po-de ficar alheia a esses problemas.1'edro Paulo Moretzsohn de Mello— Rio de Janeiro (RJ).

Médicos do INPSComo esposa de médico não

classificado no consurso do INPS,quero tornar público o meu proles-to contra os absurdos critérios iiti-lizados e fazer a nossa defesa. Porque demitir funcionários que pas-saram? Afinal, antigüidade nãoconta? Não se avalia a intrannui-lidade e insegurança que essa ati-tude trouxe para os nossos lares...Muitos de nós constituímos fami-lia e fizemos dívidas contando comesse minguado, mas seguro salário.Talvez esses argumentos nada sig-nifiquem, mas o que dizer das irre-gularidades apresentadas pelo con-curso? Há dois contratos de traba-lho, um dos quais não obriga àprestação de concurso. Quem esta-va neste caso será demitido? Osmédicos não tiveram um só dia delicença para estudar, enquanto umgrupo privilegiado nem trabalha-va. O concurso seria de habilitaçãoe não de classificação. Há ou ha-via uma lei estabelecendo que. emcaso de concurso, 50% das vagasseriam ocupadas pelos que já es-tão em atividade. As provas conti-nham questões só aceitáveis emconcursos de profesores ou acadê-micos. Espero que levem nossas fa-milias em consideração e reestu-dem o problema. Míriam P. de Car-valho — Rio de Janeiro (RJ).

Por Calar cm cronogramaA falta de racionalização e di-

namizacão das obras do metrô, nachamada Grande Tijuca, está le-vando a população dos bairros aodesespero e obrigando inúmerasfamílias e o comércio a mudarem-se. Decorridos mais de 12 meses doinicio das obras, e quando a Com-panhia do Metropolitano pediuum "crédito de confiança por 24horas", ninguém tem mais diivi-cias de que as obras, por estas áreas,váo levar os mesmos três e quatroanos, e até mais, em que se arras-tam as obras por outras áreas ebairros da Cidade. Numa obra des-sa importância, e na opinião gene-ralizada de técnicos e especialistasem obras públicas, inclusive es-trangeiros que nos tem visitado, oscronogramas da obra elaboradosdeveriam indicar os trechos priori-tários, os secundários e os terciá-rios, classificando-se, assim, comonas grandes cidades e paises clvi-lizados em que são executadasobras públicas, a céu aberto, e por-tanto perturbadoras do transito ede todas as atividades económi-cas da área — as que causam maio-res prejuízos, menos prejuízos eaquelas que em trechos de demo-lições, ruas de pouco ou quase ne-nhum movimento, vao sendo cons-truídas em ritmo normal, semgrandes problemas para as ativi-dades e a população. Ora, nestestrechos da Tijuca, as confluênciasdas Ruas Conde de Bonfim, Al-mirante Cochrane e Praça SaensPeíia são altamente prioritárias,como prioritário é o trecho da RuaConde de Bonfim, entre a Praçae as Ruas Itacuruçá e Dona Delfi-na, cujo comércio já começa a de-teriorar-se, a pedir concordatas ea partir para as falências pela im-

possibilidade de agüentar de três aquatro anos, com despesas normaisc sem atividades. Ninguém debateou contesta a necessidade do me-trô, mas a forma e as técnicas em-pregadas na obra, que muitos téc-nicos e ilustres engenheiros classl-ficaram das mesmas dos "esgotosde Paris", quando o.s transporteseram a carros de boi. a.s máquinasnão existiam e as atividades per-mitiam. levar anos, para executaruma obra. Amaro Santos Carvalho.Rio de Janeiro (RJ).

Petróleo

A riqueza para alimentar a de-mandas nos termos da teoria deKeynes, não poderá, no momento,ser apoiada em emissões com las-tro, ou seja, em emissões íiduciá-rias. Uma rica jazida de petróleoou de urânio, ambos à flor da ter-ra, sem despesas de extração, re-solveria o problema. Mas, ocorrên-cias assim, creio, serão esperançasem concretização. Estamos, porconseguinte, condicionados a res-cindir convênios até há alguns anosem vigor e que se exprimiam noslermos seguintes: í: expressamenteproibido financiar investimentoscujos resultados na. ^r-iüca. con'1"?-riem, pela concorrência, interessesde empresas já existentes. (Bancodo Brasil). Na qualidade de enge-nheiro civil, desde há muito sou au-tor de projeto para produzir ener-gia independente do petróleo, que-das de água ou qualquer outra fon-te de energia motriz exterior aosistema. Assim, creio que não deve-mos perder tempo. Há muitos anos,desde antes de 1964, pessoa de altogabarito, além da idoneidade pes-soai, informou-me ter tido noticiada existência de verba em quanti-dade considerável — vários milhões— creditada em meu nome, mas atéo momento nada de concreto, alémda informação. Raul iMatlos — Riode Janeiro (RJ).

Ônibus do DF

Quem vier a Brasília não estra-nhe o fato de ser obrigado a entrarnos ônibus pela frente, a falta denúmeros dos coletivos para iden-tificação, a falta de indicação dopreço da passagem, a falta de In-dicação do itinerário e a falta detelefone do serviço de fiscalizaçãode concessões públicas. As empre-sas Viplan, Pioneira e TCB (estamonopólio do GDF) fazem o quequerem com o usuário. Jorge Lom-ba — Brasília (DF).

1 onieoA inflação, ponso eu, é um tô-

nico para o rico e um corrosivo pa-ra o pobre. O pobre é a maioria.É o corpo. Se o corrosivo aumentamuito, o corpo acaba caindo. Nãosou formado em coisa alguma, masa mim me parece que alguns prin-cípios de economia doméstica nãofariam mal a Governo algum. An-tônio da Costa Fontelas — Rio deJaneiro (RJ).

A« cartas dos leitoras serão publicadas:¦6 quando tiverem assinatura, no mo com-

pleto • legível « endereço. Todos osteadados larão devidamanta verificados.

Niterói — Av. Amaral Peixoto, 116, salas703/704 — Ed. Ribeiro Junqueira — Tel.:722-1730. Administração! Tel.: 722-2510.

Curitiba — Rua Presidente Faria, 51 — Con].1 103/05 - Ed. Surugi. Tel.: 24-8783.

Porto Alegro — Av. Borges de Medeiros,915, 4o andar. Tel.: Redação: 21-8714. SetorComercial: 21-3547.

Salvador - Rua Chile, 22 5/ 1 602. Tel.:3-3161.

Raclfe — Rua Seta da Setembro, 42, 8o an-dar. Telefone: 22-5793.

CORRESPONDENTES

Macapá, Boa Vista, Porto Volho, Rio Branco,Manaus, Belém, São Luís, Toresina, Fortaleza,Natal, João Pessoa, Maceió, Aracaju, Cuiabá*Campo Grande, Vitória, Florianópolis, Goia-nia, Washington, Nova Iorque, Paris, Lon-dres, Roma, Moscou o Los Angeles.

SERVIÇOS TELEGRÁFICOS

UPI, AP, AFP, ANSA, DPA, Reuters c EFf.

SERVIÇOS ESPECIAII

The New York Times, The Economist, L'Ex-press e The Times.

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U grupo OrlovChristopher S. li ren

-j| tMA vez ixn- mês, Iri-vi | na Orlov faz uma™-^ viagem até à prisão

de Lefortovo, levando umpacote de comida para seumarido Yuri, preso em ai-guma ceia, ali entre aque-las grossas paredes amare-lecidas. Seu presente é li-imitado a um quilo de lin-guiça e biscoitos, meio qui-lo de açúcar e queijo e doisquilos de frutas e legumes.

A Sra Orlov. unia mulhermiudinha, muito viva, rum-ca tem permissão para verseu marido. Recentemente,quase cinco meses após suaprisão, finalmente lhe in-formaram que ele foiacusado de difamação con-tra o sistema soviético. Narealidade, o crime cometi-do pelo fisico Orlov íoi vi-giar se Moscou está cum-prindo suas obrigações comrespeito aos direitos hu-manos, que assumiu ao as-sinar o acordo de Helsin-qui, há dois anos.

O Dr Orlov e seus colegasdissidentes .pareciam confi-íintes, em maio de 1ÍI7G.quando, preparando-se paran conferência que revê, emBelgrado, o acordo de Hei-sínqui, formaram uma

comissão para reunir edivulgar ca.so.s de repressãopolitica e religiosa na Rús-sia. Embora fossem apenasnove membros fundadores,outros eminentes defenso-res dos direitos humanos,entre os quais Andrei D. Sa-kharov, apoiara seus esfor-ços. Num primor de forma- 'lismo. o grupo chegou até aimprimir papel timbrado.

Quatorze meses depois, ogrupo está desarticulado.Apenas três dos fundadorespermanecem em atividade.O quarto, Anatoly Marchen-ko. está exilado na Sibéria,e os demais foram presosou estimulados a emigrar,fi provável que seus par-fldários .sejam molestadosenquanto duraria conferên-cia de Belgrado.

O grupo de vigilância, úl-timo a surgir no movimen-to soviético pró-direilos hu-manos, foi, em parte e iro-nicamente, vitir.na de exce.s-so de êxito. O apartamentode duas peças do Dr Orlov,no setor Sudoeste de Mos-cou, tran;formou-se rapiida-mente numa câmara decompensação para casos deviolação dos direitos hu-manos, que eram compila-dos e transmitidos para oOcidente. Outros g r u p o ssemelhantes surgiram n a

Ucrânia. Lituânia, Geórgiae Armênia. O grupo .se am-pliou para além do pequenosetor de intelectuais tir-banos que habitualmenteapoiam campanhas pró-direitos humanos. Operáriosbatistas, pentecostais e ad-ventistas do Sétimo Diacontribuíram com relatosde perseguição religiosa. Al-guns operários se queixa-rani de baixos salários. Dis-sidentes judeus, comoAnatoly Shcharanisky &V1 adimir Slepack, forma-ram uma ligação com suacomunidade ativista. Os re-latórios periódicos do grupoOrlov anotaram até interfe-rência do Governo em ser-viços postais e viagens aoexterior.

Mas o Kremlin tambémestava se preparando paraa Conferência de Belgradoe, cm vez de gestos de li-beralização, aparentementeconcluiu que seria maissimples castigar mais dura-mente a dissidência. Àmedida que foi ficandomais militante a atuaçãodos críticos, a policia, o sis-tema judiciário e a impren-sa foram mobilizados con-tra eles. No final do anopassado, a, policia invadiu

apartamentos em Moscou eKiev, confiscando arquivosc o m prometedores. A im-prensa denunciou o Dr Or-lov e dois colegas como la-calos alugados por um gru-po de emigrados ocidentaise depois tornou-se maisameaçadora, acusando Sh-charansky e Slepak de tra-balharem para a CIA.

As prisões começaram noinicio de fevereiro. Aleksan-dr I. Ginzburg foi o primei-ro. Depois que o Dcpar-

tamento de Estado protes-tou contra a detenção deGinzburg, numa primeirademostração da preocupa-ção do Presidente Cartercom os direitos humanos, oDr Orlov veio a público,otimista: "Agora não sereipreso". Foi. Dois ucrania-mos, Mlkola Rudenko e Ole-ksa Tlkhy, também foramdetidos, da mesma formaque dois membros da Geór-gia. A repulsa mais explí-cita de Carter foi com res-

peito à detenção de Shcha-ransky, em março. O dis-sidente, cujo inglês fluenteconstituíra uma grandevantagem para o movimen-to nas entrevistas com aimprensa estrangeira, foiacusado de espionagem, es-perando-se com isso atemo-rizar outros que por acasod e s e j assem encontrar-secom correspondentes e di-plomatas ocidentais.

A repressão levantoudúvida sobre a sabedoria ebom senso da politica deCarter. Embora as deten-ções e hostilizaçõe.s come-cassem antes de o Presiden.te falar abertamente, a sin-ceridade inicial de Carterprovavelmente encorajoudissidentes, como Orlov, aassumir riscos maiores. RoyA. Medvedev, o historiador,sustenta que a posição dosEUA sobre os direitos hu-manos mostrou-se contra-'producente. O Dr Sakharovdiscorda.

Contudo, as autoridadessoviéticas parecem real-mente ter calibrado suasrepresálias tendo em mentea opinião pública ocidental.Por exemplo, não encarce-

raraim nenhum dos vigilan-te.s em hospitais psiquiátri-cos, possivelmente porqueisto inflamaria os ânimosem Belgrado. No mesmo diaem que a prisão de Shcha-ransky foi anunciada, Mos-cou revelou que o médicoMikhail Shtern tinha sidolibertado. Enquanto Ru-denko e Tikhy foram sen-tenciados a sete e 10 anos,respectivamente, por fazerpropaganda anti-soviética,Orlov, que é mais conhe-cido, foi enquadrado numcrime menor, aguardando,na pior das hipóteses, trêsanos de prisão ou exílio in-terno. Dois membros d ogrupo, Vitaly Rubin e Mi-khail Bernshtam, tiverampermissão para emigrai'.

Ginzburg foi acusado deagitação anti-soviética. Jatendo sido condenado duasvezes anteriormente p o ratividades dissidentes, espe-ra-se que receba a sentençamáxima de 10 anos. Asperspectivas de Shcharans-ky parecem igualmentedesanimadoras. A acusaçãode traição pode acarretarsentei.ça de morte, mas émais provável que pegueum longo periodo de prisão.Uma vez que é acusado defazer espionagem parti os

EUA, seu destino poderádepender, cm última análi-*e, da disposição do Kremlinpara com o Presidente Car-ter. que nega as acusaçõesde espionagem.

Apesar da repressão, Mos-ciou não conseguiu desman-telar o grupo de Orlov. "Pa-ra cada um que for detido,temos a 1 g u é m esperandopara tomar o seu lugar", in-siste Pyotr Grigorenko, ex-General soviético e membrofundador do grupo. Con-tudo. o rigor da resposta doGoverno oferece uma liçãosobre a dissidência n aURSS. Desprezado pela im-prensa oficial como "umpequeno grupo dc pessoassem importância, que nãorepresenta nacla nem nln-g'tém". os vigilantes de Hei-sínqui constituíram u m aameaça que Moscou viu quenão podia ignorar. E' comoexplicou recentemente Va-lenti F. Turchin. dirigentedo pequeno setor soviéticoda Anistia Internacional:"Embora o sistema soja es-tável, não está seguro".

ChrUtcphpr S Wrmi » cliaf* di iU*curial do Tn« New York Times »mMoscou

Soberania e direitos humanosCarlos A. Diinshee de Abranches

principio da proteção Inter-nacional dos direitos huma-nos, consagrado na Carta

das Nações Unidas, vem sendo de-tinido e dotado do.s indispensáveismeios de execução através dos ins-trumentos aprovados desde 1945.Tem sido uma tarefa dificil e len-ta, mas. transcorrido mais dc umquarto de século, pode-se afirmarque o mecanismo resultante doconjunto atual de tratados, con-venções e resoluções vigentes su-bre direitos humanos, já constituia maior conquista jurídica da ci-vilização 'contemporânea. Não obs-tante, ainda é longo e acidentado ocaminho a percorrer para alcançara observância universal e efetivadesse principio.

É oportuno lembrar que em1948, quando a ONU aprovou a De-claração Universal dos Direitos Hu-manos, esta não obteve os votos daUnião Soviética e demais Estadossocialistas, que se abstiveram, bemcomo da Arábia Saudita, sendo quedois outros se ausentaram.

a

Na ocasião Íoi expressamenteassinalado que a Declaração aindanão era um tratado e sim mera as-piração dos povos, a ser objeto defuturas convenções. Isso não bas-tou, porém, para impedir as abs-tenções dos que se aterravam auni conceito de soberania absolutanessa matéria.

Jã em 1952, a África do Sul in-vocava o princípio da não inter-venção para justificar sua políticado anartucid e, mesmo depois decondenada reiteradamente pelacomunidade universal, persiste elana alegação. Ainda hoje há Gover-nos acusados de violações de direi-tos humanos, que argumentam coma.s normas da Carta da ONU sobresoberania e não intervenção, comose estas não estivessem limitadaspelas normas da mesma Carta, queproclamaram seis vezes a obriga-ção dos Estados de respeitarem osdireitos humanos.

Na verdade, toda a construçãojurídica sobre a proteção interna-cional dos direitos humanos parteda premissa de que o Estado c do-tado de soberania, mas ela só po-de ser exercida na medida em quesirva aos fins legítimos do Estado,que são a segurança e o bem-es-tar do seu povo.

Assim, o encargo de respeitar efazer respeitar os direitos e liber-dades fundamentais dos seres hu-manos, que se encontram no inte-rior do território de um determi-nado país, cabe, cm primeiro lugar,ao respectivo Governo.

Para isso, a Constituição e asleis de cada Estado definem os di-reitos e garantias individuais, bemcomo os deveres de todos, inclusivedos agentes do poder público, in-dispensáveis para assegurar a or-dem e o interesse coletivos.

Portanto, em todo Estado civi-lizado, qualquer lesão de direito in-dividual, tanto a praticada por umparticular, como a cometida poruma autoridade, deve normaimen-te encontrar solução por parte daJustiça ou outro órgão competen-te, mediante o uso do.s Lvcursosprevistos Ita respectiva legislaçãonacional.

Só quando, esgotados os recur-sos internos, subsiste uma violaçãodessas prerrogativas básicas, dequs não pode ser privado arbitra-riamente qualquer ser humano, in-dependentemente de sua naciona-lidade ou do lugar onde se encon-tra, é que cabe invocar-se a prote-ção internacional e apelar para osórgãos interestatais competentesna matéria.

A proteção internacional do.sdireitos humanos tem. portanto.um nítido caráter complementai'

ou supletivo daquela que corres-ponde prlmacialmente ao Governo,sob cuja jurisdição se encontra apessoa em causa. O mecanismo in-ternacional destina-se a ser acio-nado exclusivamente quando fa-lliam ou inexistem os meios deproteção interna.

Esta é a única forma de conci-liar o respeito aos direitos huma-nos com os princípios da igualda-de soberana e da não intervençãono.s assuntos que .são essencial-mente da competência interna decada Estado, os quais também es-tão consagrados na Carta dasNações Unidas.

Ora, nada tem prejudicadomais a progressiva aceitação doprincipio da proteção internacio-nal dos direitos humanos e a con-solidação dos seus incipientes me-canismos de execução que as po-sições extremadas, defendidas porcertos espíritos irrealistas ou a ex-ploração demagógica do tema, fei-fa por outros com nitida conota-ção ideológica ou política.

No primeiro caso. o problemaé de desinformação ou idealismoirrefletido, mas estes podem serenfrentados por meios leais « ra-cionais. Para o segundo caso, nãohá solução, porque agem de má féou por fanatismo.

Na primeira hipótese incluem-se os que criticam a "ineficácia"dos órgãos internacionais porque.subordinam o exame das queixasde violação de direitos humanosao requisito do prévio esgotamen-to dos recursos da jurisdição inter-na.

Alegam estes que o princípio dasoberania não é absoluto e que o di-reito natural do homem deve pre-valecer sobre as prerrogativas doEstado. Na verdade, porém, o queeies parecem pretender é passar doconceito da soberania quase absolu-ta, que prevalecia antes de 1945, aoextremo oposto, que seria o direitoabsoluto da pessoa humana, rom-pendo o equilíbrio entre os direitosdo indivíduo e da coletividade, in-dispensável à existência do Estado,mesmo na mais perfeita das demo-cracias.

Para demonstrar a falta derealismo desses críticos, basta lem-brar o que aconteceria se tosse eli-minado das convenções .sobre direi-tos humanos e dos Estatutos dosórgãos encarregados da proteçãointernacional, o requisito do prévioesgotamento dos recursos internos.

No dia imediato, as Comissõesde Direitos Humanos, tais como aao Conselho da Europa ou a daOEA, seriam inundadas por milhõesde denúncias provenientes dos pai-•ses da Europa Ocidental ou do con-tinente americano, porque a maio-ria dos que aiegam violações tema tendência de recorrer aos órgãosinternacionais e subestimar a açãodas autoridades internas.

Outra posição indefensável é ados que pretendem que os Gover-nos devam admitir em seus terri-torios qualquer inspeção interna-c.onal sobre o modo como nele sãorespeitados os direitos humanos.Para e.sse fim invocam-se, comoexemplos de autoridades interna-cionais insuspeitas, a Cruz Verme-lha e a Anistia Internacional.

Só um Governo irresponsávelpoderia concordar com tal propo-sição. A inspeção in loco, feita porum órgão internacional no territó-lio de um Estado soberano, é umamedida hoje admitida pela gene-ralidade do.s Governos, mas só temcabimento em casos especiais, jus-ti ficados pelas circunstancias e es-tritamente regulados cm conven-ções ou outros instrumentos dcigual valor jurídico. Os exemplosmais conhecidos são o.s acordos so-bre salvaguardas, celebrados entre

um, dois ou mais Estados c umaorganização intergovernamental,tal como a Agência Internacionalde Energia Atômica, dc Viena, coma finalidade de evitar que certosmateriais destinados a aplicaçõespacificas da energia nuclear pos-sam ser desviados .para fins béli-cos.

No campo da proteção inter-nacional dos direitos humanos,instrumentos com força convencio-nal também iprevèem a possibill-dade de que, em caso de denún-cias de graves violações, as Comis-soes de Direitos Humanos, constl-tuidas por especialistas de reconhe-cida competência e idoneidade,eleitos 'pelas respectivas organiza-ções governamentais, realizem ob-servação nos países vinculados atais organizações. Trata-se. porém,de medida de séria repercussão po-litica, que só se justifica quandoa.s denúncias ipreenchem todos osrequisitos de seriedade e objetivi-dade, inclusive o prévio esgotamen-to dos recursos internos e a anu-ência do Governo em causa, bemcomo que não haja outro meio pa-ra apurar a verdade sobre os fatosobjeto da denúncia.

O Comitê Internacional daCruz Vermelha, sem embargo desua obra benemérita, não tem com-petència para julgar, nem realizarinspeções em matéria de proteçãointernacional de direitos humanos,cujo conceito é distinto do DireitoInternacional Humanitário, cons-tituido pelas Convenções de Gene-bra de 1949, para proteção às viti-mas nos casos de conflitos arma-dos.

Por sua vez, a Amncsty Inter-national, como outras instituiçõessimilares, são organizações inter-nacionais não governamentais, denatureza privada, dirigidas e man-tidas por pessoas cuja escolha eação estão completamente fora doaícance dos Governos. Seus inte-grantes 'tanto poderão agir impar-cialmente e com fins altruisticos,como poderão deixar-se influen-ciar por motivos políticos ou ideo-lógicos e até .perseguir objetivosilícitos, como a propaganda ou asubversão contra um determinadoGoverno.

Tão indefensável como a an-terior, será a opinião de que ne-nhum Governo responsável deveriadar sua anuência para que um ór-gão internacional competente,como a Comissão Européia de Di-reitos Humanos ou a Comissão In-teramericana de Direitos Humanos,possa realizar uma observação inloco no respectivo território, quan-do hajam sido observadas as nor-mas internacionais que regem amatéria e existam circunstanciasgraves que justifiquem o pedido.

Vários precedentes podem serinvocados, tais como a anuênciadada pelos Governos da Grécia eda Inglaterra, no sistema europeue pela República Dominicana, Hon-duras. El Salvador, Chile e outros,no sistema interamericano. Duran-te a última Assembléia-Geral daOEA em Granada, outros Gover-nos fizeram declarações no senti-do de que se comprometiam ante-cipadamente a autorizar inspeçõesem seus territórios, pelo órgãocompetente da Organização. En-tre essas declarações destaca-se afeita pelos Estados Unidos, pelacircunstancia de que não é um paissem problemas na área dos direi-tos humanos e porque contrastacom a posição da União Soviética.Esta. como é sabido, apesar de vin-culada nos Pactos de Direitos Hu-manos da ONU. cujas obrigaçõesreafirmou no documento de Hei-sínqui, continua objetando qual-quer menção a direitos humanos,vinda do exterior, que possa afe-tá-la internamente. Seus únicosargumentos também são os prin-cipios da soberania e da não in-tervenção! ...

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12 _ NACIONALJORNAL DO BRASIL [~| Quarta-feira, 13/7/77 Q 1? Caderno

iralado da controvérsia ouimagem do Brasila

Itaipu, o maior empreendimento lii—drelétrico que se realiza no mundo reu-nindo dois países vizinhos do extremoSul do conlinente americano, corre orisco de converter-se no "tratado dacontrovérsia."

Se as dimensões c as implicações daobra. envolvendo sofisticados aspectosjurídicos, sociais, econômicos, financel-ros, de engenharia e de tecnologia, de-verão modificar extraordinariamente asregiões por ela afetadas, principalmentena zona paraguaia, e se suas consequòn-cias jà incomodam outros paises do ConeSul. prncipalmente a Argentina, serátempo de Brasil e Paraguai encaminha-rem suas soluções a partir do entendi-mento de que Itaipu não é meramenteum portentoso problema técnico mas umdesafio eminentemente político.

Não se pode ter dúvida, hoje, de queo dramático contencioso entre Brasil eArgentina decorre em grande parte dosproblemas surgidos entre o.s dois paisesdiante da necessidade do aproveitamentomúltiplo dos recursos hídricos da região,Se temos aqui rios que de falo valem ou-ro náo é possível desperdiçar essa exce-lente conjuntura histórica para transfor-má-los lambem em instrumentos de in-tegração dos nossos paises.

A vida política dessa parte da Amé-rica Latina, como de resto de iodas asoutras, continua tão turbulenta comosempre foi. As revoluções, as ditaduras,a.s intervenções militares, não são muitomenos freqüentes nos países mais evolui-dos do que nos mais atrasados.

Essas perturbações, no entanto,guardam em cada um desses paises suaprópria natureza e característica. Taisturbulências são o resultado, difícil d"evitar, dos atrasos econômicos c sociaisacumulados, não mais toleráveis por pai-ses animados da vontade coletiva de de-senvolvimenlo econômico, social e poli-tico acelerado.

Nesse contexto é que o Brasil, ten-do em vista seu poso político e cconòmi-co especifico na região, lauto no examebilateral dos seus problemas com o Pa-raguai tanto quanto com o.s da Argen-tina, não deve perder de vista interessesgeopolítieos de longo prazo c recuperarsua vocação negociadora.

A esfingeO perigoso isolamento diplomático a

Que se submete progressivamente o Bra-sil na região, hoje, não é o resultadoapenas de controvérsias técnicas acumu-ladas com seus vizinhos. Essa seria umaexplicação ingênua. Esse isolamento, naverdade, é promovido pela equivocadaposição da diplomacia brasileira, revela-dora de uma confusa política externa emquase todas as latitudes.

De falo, a ausência de claras defini-ções para a política exterr.a é, em grandeparte, conseqüência da falta de defini-ção precisa em relação a objetivos depolítica interna.

Esfingética quando se trata da defi-niçào desses objetivos para a própriaopinião nacional, refletindo o hermetis-mo da situação interna, a diplomaciabrasileira sem uma sólida base de sus-tentação interior, acaba se perdendo noconfronto com outras Chancelarias pelaincontinencia verbal do Chanceler oupela reiteração de inadequadas atitudespúblicas de prepotência.

O caso paraguaioA principal divergência de natureza

técnica com o Paraguai, centrada no pro-blema da mudança de ciclagem naquelepais de 50 para 60 ciclos, embora trata-da emocionalmente nos dois paises, estáresolvida, podendo ser oficialmenteanunciada entre agosto c setembro.

O Paraguai está ele próprio interes-sa-do na mudança dessa ciclagem nãoapenas porque necessita de energia, emface da crescente demanda interna e aproblemas técnicos com suas usinasinstaladas de Acarai, cuja produção nãotem alcançado os índices anteriormenteestimados pelas autoridades locais.

Em linhas gerais, alinhados peloprincipal representante do Paraguai naItaipu Binacional, engenheiro Enzo De-bernardi, em conferência pronunciadano último dia 1.° de julho no Centro de•Estudantes de Engenharia, em Assunção,são os seguintes o.s ponlos que justifi-cam a posição paraguaia favorável àmudança de ciclagem:

1. "O sistema paraguaio não está des-tinado a ser um sistema isolado porquetem um imenso aproveitamento no rio

gnmdeMauro Guimarães

Chelc cin Sucursal de São Paulo

(CONSÓRCIO HARZA-LAUMEYER Y ASOCIADOSFLOHIOA DVB - Cio. P -. i - TCL. 40

OiBirntih liufmJnr* itifinu . nui nr<

HÀJifA INOINIOIHG COMfKCvil MIUNMIQNAt C»kk

l)*VM i. A. I, C.*. t>. (. AlMUltl V'0lJ*"'OUOICOM6HICO V A.

HCUOrtÇYtciOS i A.X. . •• l.i"ItMltO * oroill MOUitFCIOt •• *«•-

cor Ar* coiiiinioris

'il 17 O (Pt CONFIDENCIAL

,, „. ^, ,, r, Buenos Aircc, 2 ele marzo de 1977.-Aot li' ,Ç.2ü//o Cdc-

SnnorrU::tictor Ejecutivo do In: ;..i£.ui Uinacional YacyretS."..¦;. aicúirdo Eganas / u

IHlIDADBIHÍiCIOII'! YACtRLIA

E N T R A D A ,

,;:¦; 2 8,50 lloto'/') ' 1

Icdio: -3 MAR »77Giroda o:

Ref ; Nuevos elementos üe juicio sobreIa Traza II

)5e nuecLra consideraciór

En respuesta. a su nota DE 2384 de). 5 deenero ppdo. no:: es grato adjuntarle ei informe especial de Ia re-ferencia que recoge ei juicio de este Consórcio sobre ei nctualtrazado deJ cierre lateral en Ia margen durecha dei Enibalse deYacyretS (definido durante ei Estúdio de Factibilidad coma TrazaII) y que se fundamenta en trabajos topogrSficos, estúdio:; hidríulicor., observaciones de campana y anfilisis de gabinete realizadosen los Qltiraos dos anos e intensificados durante Iacida dei Rio Paraná.-reciente cre-

El Consórcio Consultor se permite, basado en los estúdios que se adj.untan, recomendar a Ia Entidad Bina"cional, ratificando Io que hiciera durante Ia etapa de factibilT-dad, ei roemplazo de Ia Traza II por ia Traza 132, seguro de quecse cambio no producir.1 inconvenientes y por ei conuirario traeráoparejados mültiples benoficios ai Proyocto.-

Sin otro particular,Director Ejecutivo con atenta consideración.-aludamos ai Sefioc

HAKZA - I.AHMCYEI? HAF1ZA-I.AHi.li-YHn YAsociAqoasociAqoà

W\yMvíV.haVdi-M.IUKTivl.HAV

critiJAiAX"

lASÍlílADOS

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AIIMEYI-ÍVY ]///AüyCIADO*/; J

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lIAnZA-LAHMüYER YASOCIADOÍ3

1ÍV J.llunterDirectoll dei Proyocto

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A carta do Consórcio Harza -Lalnneyer confirmada pornotas oficiais das Chancelarias da Argentina e do Paraguai indicauma solução para a usina de Yaciretá que inundará centenas

de quilômetros do ParaguaiParaná que se chama Itaipu, e no qual ésócio com o Brasil e outro aproveitamen-to no mesmo rio com a Argentina e es-pera realizar um terceiro aproveitamentoque se chama Corpus.

2. Por conseguinte, o destino do Pa-raguai é o de estar interconectado comesses dois paises que infortunadamentetêm ciclagens diferentes. Portanto, o ca-so do Paraguai não é de examinar se osistema de 60 ciclos é ou não é superior9.o cio 50 rnas sim através dessa visãopeculiar de um país que está destinado aestar interconectado durante muitíssi-mos anos com esses projetos.

3. Imagino que o Governo paraguaioesteja considerando que o sistema para-guaio é um sistema pequeno, ainda quea sua capacidade de geração seja já de200 mil quilowatts no campo hidrelétri-co. Pensamos que 200 mil quilowatts nãoseja um sistema grande em face de 0 mi-lhões de quilowatts (a parte paraguaiana geração de Itaipu) por um lado e aoutros milhões de quilowatts de Yaciretá

4. Os sistemas de Itaipu, de Yacire-tá e de Corpus não devem ser compara-dos através de suas respectivas potênciasporque em cada um deles se instala apotência que convém. Porém, há um fa-tor que não varia que é a produção anualde quilowatts/hora, qualquer que seja apotência instalada. Assim, Itaipu produ-zirá 70 bilhões de quilowatts/hora/anocontra apenas 18 bilhões em Yaciretá...

...Se examinamos detidamente o rioParaná veremos que não há lugar notrecho de Corpus para uma obra de or-dem de magnitude muito diferente deYaciretá. Por conseguinte, a energia pró-pria de Yaciretá e de Corpus, na parteparaguaia, é da ordem de 9 bilhões dekWs/hora por ano. Por sua parte, a ener-gia de Itaipu, na parte paraguaia, é daordem de 36 bilhões de kW/hora por ano.

5. O Governo paraguaio também es-tara pensando que em uma central hi-drelétrica o custo de geração está emparte relacionado com a altura da re-presa, quer dizer, com o desnível que sepôde aproveitar entre as águas à ju.san-te e montante. Quanto mais alto é essedesnível mais barata é a energia. A ener-gia de Itaipu é mais barata que a deYaciretá.

6. A magnitude de Itaipu, com tur-binas de 700 mil kW de potência, desa-conselha a utilização de recursos con-vencionais de conversão.

7. Yaciretá e Corpus não apresen-tarão o mesmo problema pois utilizarãoturbinas menores, de dimensão regularcom 130 mil kW em Yaciretá — do tipoKaplan, que pode mudar o angulo comoa.s hélices dos aviões possibilitando amudança de freqüência sem aumentosensível dos custos.

8. As turbinas de Acarai II estãoprojetadas para 50 ou 60 ciclos indis-tintamente, de forma a tornar mais fá-cil exportar o excedente de energia (aser gerado primeiramente por Itaipui."

Ao Brasil também interessa a mu-dança de ciclagem no Paraguai. Em pri-meiro lugar porque não havendo neces-sidade de conversão serão sensivelmentereduzidos os custos. Em segundo lugar,porque o promissor mercado paraguaiopara equipamentos e eletrodomésticos se-ria mais facilmente atingido pelos pro-dutos brasileiros no instante em queapenas com a exportação da energia ex-cedente gerada por Itaipu o Paraguaipoderá realizar mais de 100 milhões dedólares por afio.

Como já foi anunciado pelo JORNALDO BRASIL, as negociações que levaramà determinação paraguaia de mudar suaciclagem estão baseadas principalmenteem dois pontos: financiamento dos custosdessa mudança, da ordem de 30 milhõesde dólares pela própria Itaipu-Binacio-nal: e fornecimento de supliers credits,no valor de 150 milhões de dólares, gran-de parte dos quais destinados à moder-nização das Forças Armadas paraguaias.

O problema argen tinoO contencioso com a Argentina, em-

bora alimentado por pretextos que seoriginaram do aproveitamento múltiplodos rios da região, foi, ao contrário, doque ocorreu com o Paraguai, extrema-mente exacerbado em função da falta dehabilidade da diplomacia brasileira paranegociar posições técnicas incorretamen-te reclamadas pela Chancelaria de Bue-nos Aires.

Universidade Federal de Minas Gerais

FACULDADE DE FILOSOFIA ECiÊNCIAS HUMANAS

CAIXA POSTAL N.° 253BELO HORIZONTE - MG

A Secretaria da Faculdade de Filosofia e Ciên-cias Humanas da Universidade Federal de MinasGerais comunica aos interessados que foram publi-cados no Minas Gerais dos dias 08 e 09 do correnleos Editais de Concurso para Professores Assistenlesdos Departamentos de Sociologia e Antropologia,História, Ciência Política, Comunicação Social, Filo-solia e Psicologia.

Belo Horizonle, de julho de 1977.

Denalcê Pinto GualbertoChefe da Secretaria

Casa Teresópolis - Granja ComaryVende-se uma linda casa recém construída de 2 civimentw cmcentro de Ic.reno de 1260 m2 com 200 m2 de conslrucio. A cisa tem-balão c/ lareira 4 quartos sendo 1 suite com varanda, 2 banheiros so-ciais,

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[ wêI ~^^~-^_^> *ft

Jornal do Brasil.#) Ltepai para filho

desaeas7da manhã.

AsBliiaiulooJonuildoUmslIvocê tniz ;i iufoniiaçito pai;i a sitafmnílin, desde a hom de acordar»

\ K so lijprpmn ^I>l-bau7.

Informações segundo as quais a Ar-gentina está denunciando o acordo denavegação do rio da Prata, alegando ra-zões jurídicas improcedentes, revelam oestado de deterioração nas relações entreos dois países.

Mas se à Argentina carecem razõestécnicas, faltou à diplomacia brasileirahabilidade política quando, renunciandoà sua vocação negociadora, permitiu in-genuamente o aumento das pressões vin-das do Prata.

A própria tese do interesse coletivono aproveitamento dos rios sucessivosque a Argentina insiste cm defender temcontrapartida na própria história do rioParaná. Ali, a.s obras já há tempos rea-lizadas pelo Governo brasileiro, desta-cando-se as de ilha Solteira e Jupiá, me-lhoraram sensivelmente o regime de va-zão do rio com evidentes benefícios pa-ra seu curso argentino.

Por outro lado, não iiá como negara evidência de que Itaipu 6 uma obraem marcha, com financiamentos certose com mais de 1 bilhão de dólares com-prometidos em obras. Enquanto isso, Ya-ciretá. ainda hoje, não iniciou suas obrasnem tem plano de financiamento resol-vido. A própria cronologia do tratado deYaciretá, envolvendo os Governos argen-tino c paraguaio, revela posições bas-tanto frágeis de Buenos Aires. A partirde um primeiro Protocolo de Intenções,assinado em 1926 na Embaixada argen-tina em Washignton, até a formalizaçãodo Tratado pj-opriamente dito. cmdezembro de 1973, pouca coisa foi feita.

Agora os estudos finais de viabilida-de econômica de Yaciretá com uma con-sequente troca de notas entre as Chan-celarias paraguaia e argentina realiza-da em abril passado estão destinados arepercutir intensamente em Assunção.De fato, esses estudos realizados peioconsórcio argentino-alemão Harza-Lah-meyer y Associados, e entregues à Enti-dade Binacional Yaciretá a 3 de marcode 1977, recomendam Lima alternativade construção da barragem denomina-da Traza B-2 em detrimento da ante-riormente fixada pelos dois Governos equalificada como Traza II.

A diferença fundamentai entre es-sas duas alternativas c que a primeirapreservava das inundações muito maiorporção de território paraguaio, pais dedimensões já pequenas. Pela alternati-va agora escolhida (vide fac simile dodocumento) seriam inundados centenasde quilômetros quadrados em territórioparaguaio.

Finalmente, com respeito às aspi-rações argentinas de construir Corpuso que se sabe até agora é que não existesequer um tratado entre a Argentina eo Paraguai. Não estão resolvidos nemsua localização, nem sua altura e custo,nem que tipo de central deverá serconstruída.

O grande painelMas, se no affaire com a Argentina

os níveis de emocionalidade atingiramponto critico, a diplomacia brasileiradeve ter cm conta a especificidade denossas atuais relações com o Paraguai.A mudança de ciclagem é realmente umproblema menor se comparado com a im-portancia geopolítica que cada vez maisadquire o Paraguai para o Brasil. Atéporque, se nos libertarmos de dependen-cias intelectuais herdadas pelos nossostécnicos, a solução da corrente contínuaque evita os problemas de freqüênciapoderá ser tentada com a incorporaçãode tecnologia já provada pelo Canadá,Rússia ou Suécia. Com a vantagem adi-cional de, sendo indicada para a trans-missão de energia a longa distancia, autilização de corrente continua a partirde Itaipu para os centros consumidoresseria valiosa experiência da qual tere-mos que no.s valer um dia, para o apro-veitamento dos ricos mananciais hidri-cos da Amazônia.

E, finalmente, há que se levar emconta que à parte todos os problemasenvolvidos em obra das dimensões deItaipu, um se sobressai entre todos eles:Itaipu será, pelo comportamento de-monstrado ao longo da construção, ogrande painel onde se projetará' paraoutros países vizinhos e menores, a ima-gem internacional do Brasil. A imagemdo parceiro confiável, isento de preten-soes hegemônicas ou o seu contrário.

Em problema de natureza tão deli-cada nunca será demais lembrar à Chan-celaria brasileira que, em diplomacia,mais vale negociar para agradar do queromper para ter razão.

senacmm Serviço Nacional deAprendizagem Comercial

Departamento Regional do SENAC noEstado do Espírito Santo

AVISO DE EDITALComunicamos aos interessados que a data para recebimento

cia proposta para fornecimento de LUMINÁRIAS para as dependen-cias do HOTEL ESCOLA DO SENAC situado na ILHA DO BOI,VITORIA, fixada no dia 19 de julho de 1977 passa a ser no dia29 de iulho de 1977, às 16:00 horas, em sua sede à AVENIDAPRINCESA IZABEL, 54 - 10.» ANDAR - EDIFÍCIO CAPARÃO -VITÓRIA - ES.

As instruções serão fornecidas aos interessados na sede acimamencionada ou na Administração Nacional do SENAC à AvenidaGeneral Justo, 275-B sala 404 - 4.° andar no horário de 12:00às 18:00 horas de segunda a sexta-feira.

JAIR COSER

Presidente da Comissão de Corisf. Holel-Escola (P

Almiranle b r a s i I e i r o sereúne em Buenos Aires commembros tia Junta Militar

O chefe do Estado-Maior da Marinha brasileira,Almirante-de-Esquadra Gualter Menezes de Maga-lhães, teve ontem, em Buenos Aires, reuniões sepa-radas com os três membros da Junta Militar: oPresidente, General Jorge Rafael Videla, o Almiran-te Emílio Massera e o Brigadeiro-General OrlandoAgosti.

Ao mesmo tempo foi anunciado que o Presiden-te Videla se reuniu, também, com os generais quedetêm comando de tropas em todas as regiões daArgentina, para exame da situação interna, comvista a uma "autocrítica". Circulam versões de queum dos temas debatidos foi o das relações entre aArgentina e o Brasil.VISITAS

O Almirante Gualter Me-nezes de Magalhães é o se-gundo chefe militar brasi-leiro a visitar a Argentinanas últimas duas semanas.

No principio do mês, o che-fe cio Estado-Maior da Ae-roníuitiea do Brasil, Briga-deiro Délio Jardim de Mat-tos, avistou-se com o Bri-gadeiro Orlando Agosti,perto da fronteira entre osdois pai.scs.

Após as reuniões com o.strês membros da Junta —nas quais foi acompanhadopelo Embaixador do Brasil,Cláudio Gama de Souza —o chefe do Estado-Maior daMarinha brasileira teve ai-moço de trabalho com seucolega argentino, o Vice-Almirante Armando Lam-bruschini, e avistou-se como Ministro da Defesa, Ma-jor-BrigadeiTo José Klix.

Hoje, o Almirante Guai-ter Menezes de Magalhãesvisita a Base AeronavalComandante Espora, ondeserá recebido pelo Coman-dante de Operações Navais,Vice-Almlrante AntônioVanek, pelo ComandanteNaval, Contra-AlmiranteJorge Anaya, pelo Coman-dante de Infantaria de Ma-r i n h a, Contra-AlmiranteRoberto de Ia Fuente, e pe-Io Comandante cia AviaçãoNaval, Contra-AlmiranteRafael Serra.

Mais tarde, será recebidona Base Naval de PuertoBelgrano, no Sul do pais,sendo homenageado comum jantar pelo Comandan-te de Operações Navais.

IMPRENSA

A impresa argentina vol-tou. ontem, a destacar aimportância da visita doAlmirante Gualter Menezesde Magalhães, no quadrodos entendimentos entremilitares dos dois países. Ojornal La Opinión, de Bue-nos Aire.s. afirma: "As Por-cas Armadas do pais vizi-nho se vêem obrigadas aremediar os problemas cria-dos pelo Chanceler AntônioAzeredo da Silveira, empe-nhado em perturbar as re-lacões mútuas para impe-dir a solução amistosa dosproblemas relacionados como aproveitamento do rio Pa-raná".

Ontem, cm Buenos Aires,o A 1 m i r a n te Guillermo

Haywood, representante doParaguai no projeto hidre-létrico Yacireta-Apipc. deque a Argentina tambémparticipa, afirmou que seupais está disposto a reali-zar uma reunião con. repre-sentantes argentinos e bra-sileiros para solução das di-ferenças sobre os aprovei-tamc-nlos do rio Paraná —reunião a que. segundo aimprensa de Buenos Aires,o Brasil .se opõe,

No rio Paraná há doisprojetos hidrelétricos bina-cionais: Corpus, entre Pa-raguai e Argentina, e Itai-pu, entre Paraguai e Bra-sil. Segundo o Governo ar-gentino, os dois projetos de-veriam ser coordenados, pa-ra não sc tornarem incom-pativei.s. O Brasil rejeita aposição e exige que o Pa-raguai altere sua ciclagemde 50 para 60 10 .sistemabrasileiro), enquanto a Ar-gentina pretendi ria que aciclagem paraguaia fossemantida.

Dados oficiais divulgadosontem em Assunção revê-lam que o consumo de ener-gia no Paraguai se desen-volve à média cie 20% aoano, pelo que, dentro decinco anos. a demanda seráo dobro da atual. Enzo De-bernardi, diretor-geral ad-junto de Itaipu, esclareceu,ainda, que em lodo o mun-do o consumo de energiaduplica a cada 10 anos, masque no Paraguai esse au-mento é muito mais rápido.

TÚNEL

No Rio de Janeiro, o Mi-nistro dos Transportes, Ge-neral Dirceu Nogueira, dis-se não dar muita importan-cia ao fechamento, pela Ar-gentina. do Túnel Las Cue-vas-Caracoles, utilizado pe-los caminhões de carga bra-sileiros que demandam oChile, considerando tratar-se de uma questão de fron-teira, que logo será resol-vida.

O Ministro visitou, ontem,no Caju, as instalações cioInstituto Nacional de Pes-qulsas Hidroviárias, quepertence à Portobrás. Ali, ostécnicos estudam, em mode-los reduzidos á escala, to-dos os problemas que sur-gem nos portos. Presente-mente, o Instituto trabalhaem 10 projetos, um dosquais é a dragagem do Por-to de Santos.

Parentes de jornalistaasilado voltam de Brasíliasem saberem causa do asilo

Sob a alegação de "preservar direitos interna-cionais", a Nunciatura Apostólica, em Brasília, nãopermitiu que os parentes do jornalista HenriqueJoão Cordeiro Filho pudessem vê-lo na sede da re-presentaçáo diplomática, nem mesmo saber as ra-zões por que tenta asilo através do Vaticano, emcompanhia de Jorge Medeiros, o Bom Bunjuès, estecondenado pela Justiça Militar.

A mulher do jornalista, D Nilce Cordeiro, voltouontem de Brasília, com os filhos Monique, Marcose Afonso Henrique. A família foi surpreendida como pedido de asilo, uma vez que Henrique João esta-va desaparecido desde 1975, mesmo depois que cum-priu pena de um ano no quartel do Regimento Cae-tano de Farias, no Rio, sob a acusação de distribuirpanfletos considerados subversivos."BOM BURGUÊS"

Jorge Medeiros Vale, oZ3o//i Burguês, procurouabrigo na Nunciatura Após-tólica, em Brasília, ao sersurpreendido, há dois me-ses, com condenação de trêsanos em processo dado co-mo esquecido, instauradopela Marinha e resultantede inquérito desmembradoda 2a. Auditoria do Exércitorelativo às atividades doP artido Comunista Brasi-leiro Revolucionário(PCBR).

A condenação surpreeen-deu também seu advogado,Augusto Sussekind de Mo-raes Rego, que ontem expli-cou não poder apelar dasentença devido à fuga doseu constituinte. Neste pro-cesso, todos foram absolvi-dos, monos ele e César Tel-xcira Rolins. No recurso in-terposto em fins do anopassado, o advogado susten.tou a tese da ''existência decoisa julgada", tendo emvista que Jorge fora conde-nado no processo do MR-8.

No inquérito do PCBR,como já o fizera no doMR-8, Jorge não escondeuter colaborado com cunhei-ro. "Ele nào era lider do

PCBR" — diz o advogado,e nada sabia da sua organi-zação política ou militar,como aliás consta do lnqtié-rito.

O advogado, que há doismeses não se avista comJorge, nem mesmo para in-formá-lo da sentença, achaque a tentativa de asilo,através da representaçãodiplomática do Vaticano, foiuma tolice, "o desencantode um homem que nada ti-nha de burguês, coerentecom suas idéias, exausto delutar para manter-se em li-berdade."

Jorge Medeiros Vale erasubgerente da agência Le-blon do Banco do Brasil, deonde desviou CrS 8 milhõespara ajudar o MR-8. Por is-so. íoi condenado a 10 anos,pena reduzida a seis anospelo STM e confirmadapelo STF e foi solto por bomcomportamento. Na 4a. Va-ra Federal, íoi absolvido emprocesso por sonegação íis-cal. Em 1901). devolveu Cr$

4 milhões desviados do Ban-co do Brasil e teve todos osseus bens seqüestrados: osapartamentos de números16. 17. 19. 20 e 22 do EdifícioRepública, na A v e n i d aGomes Freire, 472.

JORNAL DO BRASIL Quarta-feira, 13/7/77 ? 1? Caderno EDUCAÇÃO - 13

Reitor não quer usar 477 para punir alunos da UnBEvasão escolar é tema ciepesquisa do Projeto Rondoue Secretaria de Educação

_>Seiscenlos universitários, cios 1 mil 817 que es-

tão participando das operações do Projeto Rondonnos 64 municípios do Rio, iniciaram uma pesquisade avaliação das carências do ensino no Estado, apedido da Secretaria de Educação, para determinaras causas da evasão, falta de salas de aula e fazer«m levantamento estatístico das crianças em idadeescolar sem matrícula.

Trabalharão também na divulgação da pré-ma-trícula das escolas estaduais de primeiro e segundograus, prevista para setembro, já que a Secretariade Educação constatou que os' pais das criançasainda não se acostumaram com a inscrição anteci-pada na rede escolar do Estado, apesar de o sistemaestar sendo repetido há três anos.EM FOLHETOS

A ajuda dos universitá-rios à Secretaria Estadual deEducação íoi conseguidaatravés de convênio entre oEstado e o Projeto Rondon.Assim, todas a.s Secretariaspuderam apresentar seuspedidos de auxilio para pro-gramas considerados priori-tários.

A divulgação da pré-ma-trícula será feita através deíolhetos impressos pela Sc-cretaria de Educação (200mil exemplaresi que iníor-mam sobre a época em queos pais devem comparecer àsescolas. (Segunda quinzenade setembro».

Pelo folheto, os pais de-vem procurar a escola de.sua preferência e não terãoque apresentar nenhum do-cumento na época da pré-matrícula. Somente quandoforem chamados para con-firmar a matricula é quedeverão levar Certidão deNascimento da criança a

ser matriculada, Carteira deIdentidade dos pais ou res-ponsáveis, CPF, Certidãode Nascimento dos demaisfilhos c dependentes meno-res de 18 anos e compro-vante de rendimentos dafamília em 1976.

EM GOIÁS

Mais de 500 universitáriosdo Projelo Rondon começa-ram ontem a atuar em 41municípios da região geo-econômica de Brasília, Es-tado de Goiás. Em 32 muni-cípios, haverá continuidadedos trabalhos iniciados emoperações nacionais ante-riores. Em cada município,ficarão em média 15 parti-cipantes, entre universitá-rios e monitores.

Os universitários, do Riode Janeiro, Espírito Santo,Minas Gerais e Mato Gros-so, deverão desenvolver nomínimo 12 e no máximo 15projetos, em cada muni-cipio.

Congresso de educadoresacha perigosa a literaturainfantil que é importada

"Antes de a criança conhecer o índio, já sabeda existência do cow-boy". A afirmativa é da pro-fessora Terezinha Éboli, que durante o Io Congres-so Montessoriano de Educação e Encontro Nacionalde Especialistas em Educação, no Colégio São Ben-to, apontou "a carência de literatura infantil noBrasil" e os prejuízos causados pela literatura im-portada.

Para a organizadora do Congresso, Talita deAlmeida, um dos objetivos do Encontro "é

proporaos responsáveis pela educação uma atitude maisconsciente, precisamos mudar o ensino desde a suaestrutura escolar até a posição do professor". Alémde palestras sobre o método Montessoriano, há 20cursos especializados, para os 800 pedagogos ins-critos.

MUDANÇA

Segundo o coordenador-geral do Congresso, LuisCavalieri Basilio, "a mu-dança que envolve o educa-dor, visa colocá-lo dentrode uma realidade. Ele teráque optar. O Congresso pre-tende despertar nele a .suaconscientização, 1 d e n t i -íicando-o com a sua reali-dade socioeconômies. c cul-tural. O educador precisaadotar um posicionamento,pois as coisas estuo sendoditas, pensadas, escutadas cnão atualizadas".

O professor José Sotero,numa palestra sobre Edu-cação e Mudança, disse que"o ser humano está doentee a educação vem cumprir)-do o papel de perpetuar eagravar essa situação, ao

invés de curá-la". Para ele"o pai.s precisa libertar-sepolítica, econômica e cul-turalmente do atraso e daservidão. A apropriação daciência, a possibilidade defazê-la, não apenas por si,mas para si, é condição vi-tal para a superação daetapa da cultura reflexa,vegetativa, empresta-da. imitativa e a entradade uma nova fase históri-ca, que se caracterizará pe-ia capacidade adquirida pe-Io homem, de tirar de si asidéias que necessita paracompreender a si próprio,tal como é. e para exploraro mundo que lhe pertence".Segundo ele "a educaçãoverdadeiramente sadia pro-cura realizar uma nova so-ciedade".

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ANTADO^^m_jw ii___pP

Brasília — Embora admita quea situação de meia centena de es-tudantes seja bastante grave, antefatos apurados pela comissão deinquérito, o Reitor da UnB negouque pretenda fazer uso dos dispo-sitivo.s previstos no Decreto 477para puni-los. Disse que usará ape-nas o estatuto e os regimes daUniversidade para aplicar as pu-nicões.

A comissão, que ontem entregouo resultado de seus trabalhos aoReitor José Carlos Azevedo, con-cluiu que houve infiltração de pes-soas estranhas durante as recentesmanifestações. Do relatório cons-

tam ainda completos dossiês davida de mais de 70 alunos, com fnr-ia documentação fotográfica dosimplicados,

EstranhosPa/r.t o Reitor José Carlos A_e-

vedo. as fotografias, obtidas comteleobjetivas, não deixam dúvidasquanto ao envolvimento de alunoscom elementos desconhecidos, du-rante a.s manifestações dentro doeampus. Ele afirma que esses ele-mentos não são policiais, que pas-saram a comparecer às assembléiasa partir do Inicio de Junho, para

investigar as possiveis implicaçõessubversivas que estariam sendo de-.«envolvidas.

O Reitor, com o resultado destrabalhos — 10 quilos de papeisdatilografados e fotografias —¦ re-velou sua preocupação diante dodilema de aplicar com gradualidn-de as punições sobre os alunos en-volvidos. Disse que, aplicando aspunições, voltará a cair sobre eleuma tempestade de acusações, queo taxarão de carrasco e procura-rão atingir sua vida, pública e pri-vada.

Alunos reclamam demajoração de taxas

Curitiba — Cerca de milalunos dos 2 mil 428 estu-dantes da Universidade deJoinvile para o Desenvolvi-mento du Estado de SantaCatarina já tinham assina-do, até ontem, procurasssspara mandado de seguran-ça contra seu Conselho, pe-Ia majoração das taxas se-mestrais, em alguns casosda ordem ne 938%.

A UDESC, que é subven-cionada pelo Estado e man-tém 11 cursos de nivel su-perior, em Florianópolis,Joinvile e Lages, elevou suastaxas de CrS 448 para CrS 8mil por semestre, conceden-do bolsas de CrS 5 mil 400 atodos os alunos, o que im-plica pagamento de Cr$ 2mil 600.

rancament"f

em quem vocêvotaria hoje?

"Que indústria automobilística é esta?'

Se você foi apanhado desurpresa, saiba que você nãoestá sozinho.É cada vez mais difícil encontrarautênticas lideranças,admitimos.Mas uma coisa que você devefazer, desde já, é pensar. Devepensar, porque você é um dos5 000 empresários chamados adecidir quem são as pessoas emtodo o País (você corre o risco deser uma delas) em condições defalar não apenas em seu nome,mas de todo o empresariado.Você e mais de 4 999empresários brasileiros vãodecidir quem são essas pessoasindicadas para falar em nome denossas empresas.Comece a pensar naquelesempresários maisrepresentativos do seu setor edos negócios em geral.Pense bem se eles serãocapazes de falar pelos seusinteresses, brigar por eles erepresentar você com a

"...os empresários de nosso setor sempre "Se existe uma coisa impossível de serestiveram abertos ao diálogo. O outro lado é negociada, esta coisa é confiança,"que nunca puxou conversa."

qualificação e a autoridadedevidas, nos diálogos com oGoverno e as demais liderançasnacionais.Se perguntassem qual é o maisrepresentativoempresáriodoseuramo, quem você apontaria hoje?Pense bem antes de responder.Você deverá receber em breveum questionário do BalançoAnual, a mais nova publicação daGazeta Mercantil.Preencha-o com todo o cuidadoe por favor devolva-o com assuas indicações, o maisdepressa possível.A partir de respostas como assuas, Balanço Anual vai fazer umcruzamento dos dados obtidospara produzir um autênticoranking nacional de nossaslideranças empresariais.Balanço Anual sairá em agosto.Reunindo dados sobre as 1 800maiores e mais significativasempresas do País, Balanço Anualvai dar início ao novo anoempresarial naquele mês.

A partir de então, você nãoapenas vai saber como foi omundo dos negócios no primeirosemestre do ano, como estarápar das previsões dos jornalistasespecializados em relação aosegundo semestre do mesmoano e do primeiro do anoseguinte.São mais de 107 profissionaisque nada fazem além dejornalismo de negócios. Isto querdizer know-how e experiência aserviço da informaçãoeconômica. Por tudo isso, nahora de escolher seuscandidatos, pense muito.Já na hora de escolher osveículos para publicar anúnciosde sua empresa, você agora temum nome novo para programar.(Anote: o formato é de revista,21 x 28. E você pode aparecerem cores. Autorize até 15 deagosto.)Anuncie no BALANÇO ANUAL,um candidato que faz mais doque promete.

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BALANÇO5 ANUAL

A intimidadecom os números e as pessoas.

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14 JORNAt 80 BRASIL £1 Quarta-feira, 13/7/77 Q 1" Caderno

Porto A1*-i*pí!

B"W^"g^5IB^g5MK! «aasaa ¦Haaiw..;.*•• «^s^rai Sabin explica planonão usa para combater

queaBrasilpólio

0 médico Charles Rackley analisa na tela gigante as vantagens da cirurgia das coronarias

Zerbini afirma que duraçãomJS'%.

V

EDITAL DE CONVOCAÇÃOEm nome da Dircrori-j da Associação das Autoridades Po-

liciíis cío Estado do Rio dc Janeiro (A.A.POL') na forma dosarligcs 38 inciso I e 40 dos Estatutos, convoco as AutoridadesPoliciais Associadas [art. 9.°, HIS quites, para a Assembléia Ge-r-sl Ordinária a se realizar na Sede Social, na Avenida GomesFreire, 315, Sobreloja, no dia 29 de Julho do corrente ano,sexta-feira, das 9,CO às 18,00 horas, com a sequinte Ordemdo Dia, em observância ao disposto no Capítulo XII dos Esta*tulos:

— Instalação da Mesa Eleitoral, composta dc Adminis-tração dn A. A. POL;

II - Lei'ur<i do Edital cie Convocação;Ml Eleição da Diretoria c do Conselho Fiscal para o

Biénic 18/08,77 a 18/08/79; cIV - Apuração e prodamaçâo dos elcítcs.

Rio dc Janeiro, 13 dc Julho dc 1977[a] Euvaldo Raimundo Nasetmonto

Secretárioip B

(rMOTORTEC

INDÚSTRIA AERONÁUTICA S/AC.G.C. n.° 33.069.691/0001-39

ATA DA ASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM

10 DE FEVEREIRO DE 1977

(Publicação em sumárioArtigo 130, da

nosIoi

termos cio §i.» 6.404/76).

3.° do

Os acionistas da MOTORTEC INDUSTRIA AERONAU-TICA S/A., representando o "quorum legal" do Capilalvotante, reunidos cm 10 de fevereiro dc 1977, às dezhoras, em Assembléia Geral Extraordinária, aprovarampor unanimidade de vetos, o aumento do Capital Subscritoc Inlegralizado de CrS -12.000.000,00 para o CapitalSocial Autorizado dc CrS 70.OCO.000,00, mediante aeinissao de 14.000.OCO de Acòcs Ordinárias e de14.000.000 de Atoes Preferenciais, do valor nominalde CrS 1,00 cada uma, nominativas ou endossáveis,bem como a alteração do Artiçjo S.° dos Estatutos,adaptando-o ao novo valor do Capital Social.

Ass. Antônio Carlos Junqueiradente, Josó VeilUrd Reis

de Moraes -— Secretário.

Arquivamento na

pacho de 28 deJUCERJA sobfevereiro de 1977.

0 26.597,

Presi-

dc3-

cia cura é o problema nascirurgias das coronarias

Porto Alegre — O cirurgião Euríclides de JesusZerbini, pioneiro do.s transplantes cardíacos noBrasil, disse ontem que o mais importante nas ci-rurgias das coronarias é conhecer os resultados tar-dios da operação. "O problema é saber por quantosanos o doente fica realmente bom", explicou, apóso painel realizado via satélite com médicos norte-americanos."Os debates não apresentaram muita novidade.Foi, realmente, uma atualização para os médicos",afirmou o Dr Zerbini, que recomendou aos portado-res de angina crônica que procurem um cardiologis-ta, pois uma cirurgia poderá eliminar os sintomase a possibilidade de doenças cardíacas mais sérias.

xou dc ser estável. Esses do-entes — afirmam os Douto-res Decourt e Zerbini —podem ser levados à cirur-pia das coronarias, paraevitar males cardíacos mal-ores. como o infarto do mio-cárdio.

O médico José EduardoMoraes Rego de Souza, daFaculdade de Medicina tiaUniversidade de São Paulo,foi o terceiro .participantebrasileiro do painel. Os par-ticipantes norte-americanosforam os médicos John Kir-klin, chefe do Departumen-to de Cirurgia da Universi-dade do Alabama, CharlesEdward Rackley, professorde Cardiologia da mesmaUniversidade, e Robert LeeFrye, professor da EscolaMédica e chefe da Divisãodc Moléstias Cardiovascu-lares da. Clinica Mayo.

Na exposição que fez du-rante o debate, o médicoRubens Maciel, presidentedo 33v Congresso Brasileirode Cardiologia, afirmou que''o.s dados mais fidedignosde que dispomos no Brasil"indicam que de 30 a 35%dos óbitos nos grandes esn-tros urbanos são causadospor doe nç a s cardiovascu-lares.

A ANGINA

O professor Luis Decourt.diretor cientifico do Institu-to do Coração da Faculdadede Medicina da Universida-de de São Paulo e coordena-dor do painel sobre cirurgiadas coronarias, explicou quea angina crônica é uma doratrás do osso do peito fre-tro-extcrnal i, que aparececom o esforço fisico, apa-rente ou não. "Nesse últimocaso, pode ser o esforço nor-voso, do indivíduo agitado,às vezes, surge durante anoite, e geralmente porqueo indivíduo teve um pesade-lo que estimula o esforçofisico".

Sobre as cirurgias das eo-ronárias, o professor LuisDecourt disse que nos pri-meiros cinco anos após aoperação os pacientes me-lheram muito, porque per-dem a dor e o medo, "masdepois há uma incidênciaum pouco maior de s n-toma.3".

O professor Luis Decourtrevelou que. segundo pes-quisa entre 200 pacientescem angina estável 1 doresno peito 1, houve 5% de óbi-tos num período de trêsanos. c 27% tiveram pro-gressão na angina, que dei-

O programa de imuni-zação contra a poliomieliteapresentado a três minis-tros d,a Saúde do Brasil pe-lo Dr Albert Sabin, mas quenão vem sendo aplicado,está baseado nos seguintespontos: a vacinação deveráincluir todas as crianças en-tre dois meses e quatro anose sua aplicação deverá serfeita por voluntários, cmdois domingos, com inter-valo dc dois meses entreeles.

Elaborado a pedido daOrganização Pan-Amerlca-na de Saúde, esse programaé considerado pelo descobri-dor da vacina oral contraa paralisia infantil como omais eficiente para erraeli-car a doença, e foi expostohá oito anos iaos ministroslatino-americanos de Saúdenuma reunião em Washing-ton.

MÉTODO DE VACINAÇÃO

O Dr Sabin esclareceu,ontem, que o Brasil nãovem descumprindo reco-mendações da OrganizaçãoMundial de Saúde paracampanhas d e vacinaçãocontra a pólio e sarampoporque a OMS não aplicadeterminações aos paísesque ministram vacinas imu-nizantes, dadas as con-dições muito desiguais exis-tentes nas diferentes re-giões.

O que o Governo brasi-leiro continua ignorando,segundo ele, é um método devacinação que pode ser fa-cilmente utilizado e já de-monstrou ter muita eficiên-cia. Esse método já foi pu-blicado em detalhes váriasvezes, inclusive no númerode abril deste ano, no Bole-tini da Associação Interna-cional de Pediatria.

Destacou o cientista quedesde 1961 o Brasil vem de-senvolvendo programas de

Brigadeiro»

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Nesta data, vai ser realizado o XIIIPrograma de Política e EstratégiaEmpresarial para Altos Executivos. Umapromoção da Fundação João Pinheiroatravés do Centro de Desenvolvimento emAdministração "Paulo Camillo de OliveiraPenna" e do CEBRAE/PNTE - CentroBrasileiro de Apoio Gerencial á Pequena eMédia Empresa/Programa Nacional deTreinamento de Executivos.

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(M FuNdACAOpAOpN^EIRO ^ (EBRflE/PftTECentro de Desenvolvimentoem Administração"Paulo Camillo de Oliveira Penna '

Secretaria do Planejamentoe Coordenação Geral

Centro Brasileiro de Apoio Gerencialà Pequena e Média Empresa/Programa Nacional de Treinamentode Executivos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE PROPAGANDA

ASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA

PRESTAÇÃO DE CONTAS E POSSEDA NOVA DIRETORIA

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DEPROPAGANDA está convocando seusassociados Ríira a Assembléia Ge-r.il Extraordinária que se roülizaráem sua Sede à Av. Rio Branco n.°U - 17.° andar, cm 18 de julhodo corrente ano, segunda-feira, em1 a. convocação às 17:30 horas ccm 2a. e última convocação às 18:00horas para tratar da sequinte ordemdo dia:

ai -- Prestação dc contas ds Di-retoria que expira seu man-da*o.

b) — Posse da nova Diretoria cdo Conselho Fiscal para obiênio 1977-1979, conformeos capítulos 12 e 13 do:Estatutos.

Rio de Janeiro, 10 de iulho de 1977.(a) Aylton do Figueiredo

Presidente (P

Telefone para264-6807

e faça umaassinatura do

JORNALDO BRASIL

imunização contra a polio-mielite mas eles não têm li-do continuidade, fator es-senclal, no seu entender, eque foi discutido com auto-ridades brasileiras que atéagora não se dispuseram aaplicar o programa patroci-nado pela OrganizaçãoPan-Amcricana de Saúde.

CAMPANHAS SEPARADAS

Esclareceu o Dr Sabin,que está no Rio para para-ninfar uma turma de for-mandos da Faculdade deMedicina, da UniversidadeFederal Fluminense, que osprogramas de v a c i n aç ãocontra a poliomielite e o sa-rampo têm que ser organi-zado.s isoladamente, não po-dendo ser acoplados a ou-trás campanhas de imuni-zação, como, por exemplo,a vacinação contra a tuber-culose ou coqueluche.

Assinalou que a imuni-zação centra a poliomielitedeverá, ser iniciada a partirdos dois meses de idade ese estender até os quatroanos, com repetição anual.A vacinação contra o sa-rampo só poderá começarentre os seis e nove meses,quando a criança perde aimunização transmitida pe-Ia mãe. Para unia maioreficiência da campanha asSecretarias de Saúde de-verão saber qual a pro-porção de crianças que con-traem sarampo antes doum ano e iniciar a vaci-nação na fase adequada.Nos Estados Unidos, porexemplo, onde as condiçõessanitárias são melhores doque no Brasil a imunizaçãocontra o sarampo só é ini-ciada aos 15 meses. Aqui elaé aconselhada antes, umavez qm são muitos os casosda moléstia antes do pri-meiro ano de vida e a doen-ca geralmente mata a

criança quando a atinge emtenra Idade.

IMUNIZAÇÃO ANUAL

No caso da paralisia In-fantil, o melhor método devacinação é, para o Dr Sa-bin, o cia repetição anual daimunização a cada ano en-tre os dois meses e quatroanos de idade. Ele julga es-sencial que a campanha devacinação contra a parallsl-sa infantil seja desenvolvi-da por voluntários e sejaefetivada em dois dias —com dois meses de intervaloentre eles — nos quais nãose trabalhe, para permitirque todos os pais tenhamuma ampla oportunidadede imunizarem suas crian-ças.

Considera igualmentemuito importante que ospostos de vacinação fiquempróximos d a s residênciasdos pais e que possam seratingidos sem necessidadede utilização de uma con-dução.

Explicou que por esse seuprograma, recomendado aoGoverno brasileiro, são ne-cessárias apenas duas dosesda vacina, aplicadas comdois meses d e intervalo,mas a imunização deveráser repetida anualmenteaté o.s quatro anos de idade.

Cuba aplicou para erra-dicação da poliomielite umprograma neste estilo. NosEstados Unidos a erradica-ção da doença foi consegui-da de maneira diversa.Inicialmente íoi promovidauma grande campanha deimunização incluindo todaa população e depois a vaci-nação se transformou numarotina para os bebês a par-tir dos dois meses.

CARTEIRAS DE VACINA

A criação de carteiras devacina, como pretende o

Ministério da Saúde, foicondenada pelo cientistaque destacou que os certifi-cados de vacina não funcio-naram em outros paises. Noseu entender, o essencial éque se dê oportunidade aostrabalhadores para levaremseus filhos para a vaci-nação, organizando as cam-panhas de imunização nosdomin,;os ou feriados.

Condenou igualmente avacinação por médicos par-ticulares, observando que avacinação deve ser aplicadagratuitamente e que osGovernos não devem cedervacinas a módicos particu-lares, como se pretende noBrasil, gratuitamente. Eleacha que se a vacinaçãoficar a cargo da Medicinaprivada a maioria da popu-lação náo terá chance deimunização.

CorrecaoO JORNAL DO BRASIL

atribuiu na sua edição deontem ao Dr Alberto Sa-bin a informação de que oBrasil ignorava recomenda-ções da Organização Mun-dial de Saúde sobre cam-panhas de vacinação con-tra a poliomielite e o sa-rampo. O JB errou. A OMSnão tem recomendaçõesneste sentido. Lias são tiopróprio Dr Sabin. elabora-das a pedido da Organiza-ção Pan-Amcricana deSaúde e transmitidas pes-soalmente pelo cientista atrês ministros da Saúdebrasileiros.

O JORNAL DO BRASIL,ao constatar o erro, tele-grafou ontem ao Ministroda Saúde e ao Escritórioda Organização Mundial deSaúde cm Brasilia infor-mando sobre esta correção.

Sanitarista assume as críticas

deixa CTIe repousa

O Brigadeiro Eduardo Go-mes, internado desde sex-ta-feira n.o Hospital da Ae-ronáutica, foi transferidodo CTI para um quartoparticular, c embora os mé-dicos já tenham contido ahemorragia interna, causa-da por um rompimento naparede do intestino, ele"continua muito fraco, ne-cessitando, além da alimen-tação normal, de soro e re-pouso absoluto".

O Brigadeiro está lúcidomas não pôde conversar on-tem com os visitantes, en-tre os quais o Chefe do Es-tado-lvlaior da Aeronáutica,Brigadeiro Décio Jardim deMatos, o Marechal Cordeirode Farias e o Ministro Pia-do Kelly.

O sanitarista EduardoAzeredo Costa, da EscolaNacional :de Saúde Pública,assumiu, ontem, a.s críticas¦do Dr Albert Sabin às cam-panhas governamentais devacinação contra a polio-mielite e o sarampo. Des-taeou que não é possívelmanter o nível de touni-dade da população comcampanhas esporádicas queacabam contribuindo pararelaxar a vacinação de ro-tina.

Pcirâ o Sr Nolson ftíoríiwSex-secretário do Ministérioda Saúde e professor deMedicina Preventiva da Es-cola de Ciências Médicas daUERJ, as campanhas devacinação "são um analnecessário, diante da nossasituação sociocconômica,uma vez que o país aindanão possui uma boa infra-estrutura sanitária e apopulação não é suficien-temente educada".

Professor titular dacadeira de Epidemiologia ecoordenador do curso demestrado em Saúde Públicada Escola Nacional de Saú-de Pública, o Sr EduardoAzeredo Costa diz concor-dar com o descobridor da

vacina oral contra o pólioquando ele faz restrições aoprograma de combate à pa-ralisia infantil e sarampoque vem sendo promovidopelo Ministério da Saúde.Salienta que as campanhasesporádicas de vacinação,"conduzidas quase comouma operação militar", nãoconseguirão m e 1 h o r a r onível de saúde da popula-ção, o que só poderá ser ob-tido com uma maior inte-gracão dos serviços de saú-df c tini ClUua-uOoO uilwuliiude rotina sanitária.

Observa que a tendênciaatual da Medicina Sanitá-ria é evitar campanhas, sóaconselháveis nas situaçõesdc emergência, mas inte-grar todas as atividades dcsaúde, reunindo a MedicinaCurativa à Medicina Pre-ventiva, Essa falta de inte-gração existente no Brasi! éque acaba levando às auto-ridades as campanhas ma-ciç.as de vacinação, segundoo sanitarista. Ele diz queaté as Secretarias Estaduaise Municipais de Saúde seajustam a esse esquema.

"Uma conseqüência destapolítica" — afirma — "é

que a.s equipes que traba-lham nos postos de saúdeacabam por relaxar a vaci-nação de rotina tendo emvista as campanhas d cimunização." O ideal parao professor Eduardo Azere-do Costa seria a freqüênciaregular da população dospostos sanitários, o quepoderá ser paulatinamenteconseguido com um bomatendimento ao.s que o pro-curarem.

Explica que o trabalho es-onnnínl r\i-\ r\'i ti <¦» ri \ f\ »in<¦ coi'¦ >i i i ¦ • .i i \.*\j UlU (A Ulu uu.j kjv-i-

viços de saúde não aparece,enquanto a s campanhasmaciças de vacinação cau-sam impacto e produzemum resultado politico maisvisível. O Sr Azeredo Costasó defende a organização decampanhas d e vacinaçãoem casos de urgência, quan-do aparecem os surtos, masnota que nem nesses perio-dos toda a população pre-cisa ser vacinada, m a ssomente as que estão sobrisco de contrair a doença.E ressalta que o Ministérioda Saúde está recuando daposição de integrar a Medi-cina Preventiva à Curativae está-se confinando, trans-formando-se quase exclu-

sivamente "num ministériopromotor de campanhas'*.

O professor Nelson d cMoraes acha que no atualestágio de desenvolvimeirodo pais, as campanhas cievacinação em massa são"um mal necessário". "Oideal" — diz — "seria quecada criança que nascessefosse vacinada, mas dadasàs condições de educação denossa população e à (altade infra-estrutura sanitáriaconveniente, isso ainda nãoC pOSSlVGj .

Segundo ele, as mães ali-da não perceberam a im-portancia da vacinação oda necessidade de mobili-zação da população atravésdas campanhas públicas. liconclui:"Prefiro que milhares sevacinem durante as campa-nhas do que fiquem semvacinação, o que ocorreriasem a.s campanhas nascamadas mais pobres e ig-norantes. O Brasil só puée-rá abandonar as campa-nhas quando a populaçãofor suficientemente esciare-cida para vacinar as crian-ças espontaneamente, semnecessidade de mobili-zação".

Secretário condena declaraçõesO Secretário Municipal

de Saúde, Sr Felipe Car-doso, afirmou ontem que ascríticas do Dr Albert Sa-bin aos sistemas emprega-dos para imunização infan_til contra o sarampo e apoliomielite, através decampanhas públicas, pode-rão atingir a Operação Res-caldo da campanha termi-nada semana passada noRio.

Segundo o Secretário, ocriador da vacina oral con-tra a paralisia infantil"veio ao Brasil para umaviagem de recreio e suasdeclaraões tumultuam acampanha organizada portoda uma equipe preparadae orientada através de mé-todos adotados pelo Minis-tério da Saúde para atin-gir a imunização das do-enças".

também, queo conteúdo dos

Afirmou,desconhece

programas entregues peloDr Sabin ao Ministro daSaúde e que a Secretaria,como órgão executor doprograma ministerial, ape-nas segue as normas esta-belecidas na aplicação dasvacinas contra o sarampo eparalisia infantil, que sãoimportadas."Acho estranho — disseo Sr Felipe Cardoso — queo Dr Sabin chegue ao Rioe critique a nossa campa-nha justamente em fase fi-nal de vacinação, na qualestá empenhada uma gran-de equipe para o trabalhode mobilização da comuni-dade".

Considera, contudo, que oideal seria atingir o percen-tual de imunização sem serpreciso realizar campanhas,através da vacinação de ro-tina nos postos. Mas reco-nhecc que a população ain-da não está preparada para

procurar espontaneamenteos Centros de Saúde, "ondesempre há vacinas dispo-níveis".

Citando como exemplo oencerramento da campanhacontra o sarampo e parali-sla infantil nas Regiões Ad-ministrativas do Município,afirmou que, em média,54% das crianças imuniza-das procuraram esponta-neamente os postos, princi-palmente r.a Zona Sul, on-de o índice de imunizaçãoé mais elevado que na ZonaSuburbana.

Os dados da SecretariaMunicipal de Saúde sobreo resultado da aplicação dasegunda dose da vacina Sa-bin e dose única contra osarampo, na campanharealizada de 27 de junho a8 de julho, são os seguin-tes: Sabin, Ia. dose — 59mil 684 crianças imuniza-das; Sabin, 2a. dose — 197

mil 848; sarampo — 139 mil92. Os Centros de Saúdecontinuam com a Opera-ção Rescaldo, embora o SrFelipe Cardoso considereque. "em volume de crian-ças na idade entre sete me-ses e quatro anos, esse re-sultado representa o me-lhor índice de imunizaçãoconseguido no Município".

Nos postos de saúde, osvacinadores consideramque o alvo de 80% da po-pulação infantil a ser imu-nizada contra a poliomie-lite, que representa 170 mil492 crianças, já superadocom a aplicação da 2a. do-se da Sabin, só terá vali-dade para a imunização seessas mesmas crianças vol-tarem para receber a 3a.dose, que será aplicada nosdias 8 e 9 dc setembro.

Combate à raiva começa dia 15Por considerar muito ele-

vado o Índice de casos ideraiva no Município — de ja-neiro a maior deste ano adoença, endêmica no Brasil,matou quatro pessoas e 299animais no Rio — a Secre-taria de Saúde da Prefeitu-ra iniciará na próxima sex-ta-feira c Plano Intensivode Vacinação contra a Rai-va Animal, nas regiões ad-ministrativas onde o pro-blema se mostra mais sério:da 10a. à 20a. I Ramos àIlha do Governadori e na22a. (Anchietai.

Cerca de 130 universitá-rios do Projeto Rondon co-laborarão com o pessoal doDepartamento de Saúde

Pública nos 542 oostos vo-Iantes e na vacinação casaa ca-sa, totalmente gratuita,das 8h às 12h e das 14h às18h. A ca.mpanha anteriorda Secretaria ultrapassouos 80% previstos de vaci-nação quanto à poliomielite1257 mil 532 crianças i, masem relação ao sarampo osresultados estão aquém des-ta previsão (139 mil e 92).

FALTA DE ATENÇÃO

A Secretaria Municipal dcSaúde explicou que poucaspessoas dão a devida aten-ção ao fato de ser o cão nãovacinado o maior transmis-

sor da raiva (86% dos casosde raiva humanai, Paraatingir seus objetivos decontrole e erradicação dadoença, o órgão municipalvê como medidas imprescin-díveis a vacinação de 100%dos indivíduos expostos aorisco da raiva, a vacinaçãoe revacinação de no minimo60% da população caninaestimada, a vigilânciac p i demiológica (captaçãodc todas as informações so-bre apresentação, evoluçãoe propagação», captura decães errantes em pelomenos 30', da populaçãocanina anualmente e cons-cientização do povo para oproblema, visando à acei-

tação das medidas proíilà-ticas adequadas.

O Plano foi dividido emtrês grupos: nos dias 15, 16.18, 19 e 20, as equipes devacinação estarão em SantaCruz, Campo Grande, Ban-gu e Jacarepaguá; 21. 22, 23e 25 em Anchieta, Ilha doGovernador, Irajá e Penha;e 26, 27, 28, 29 e 30 cm Ra-mos, Méier, Engenho Novoe Madureira. A Secretariaalertou para a necessidadede os responsáveis por cri-ancas de sete meses a qua-tro anos levarem-nas nosCentros Municipais de Saú-dc para a vacinação contrao sarampo i8h às 16h diasúteis e 8h às I2h sábados).

JORNAL DO BRASIL \J Quarta-feira, 13/7/77 Q 1? Caderno NACIONAL - 15

Economista do Cefarap adiaque milagre econômico estásendo retomado no Brasil

São Paulo — "No momento, a situação brasi-leira tende mais para o pleno emprego do que parao subemprego. A economia está crescendo e se podedizer, talvez, que o milagre econômico esteja sendoretomado", disse, ontem, pela manhã, o economistaPaulo Singer, no simpósio sobre Industrialização eMão-de-Obra no Brasil, durante a 29a. reunião anualda Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciên-cia — SBPC.

O-economista, que faz parte do grupo de pes-quisadores do Centro Brasileiro de Análise e Plane-jamento ¦— Cebrap — e é autor do livro A Crise doMilagre, afirmou: "Espanto-me, da mesma formaque vocês estão se espantando agora com minhas pa-lavras, quando leio nos jornais as declarações de em-presários falando em números de prováveis desem-pregados. Eu acredito que essa seja uma forma queos setores empresariais têm para conseguir maisvantagens do Governo: ameaçar com o desemprego".BENS INTERMEDIÁRIOS cos sérios, devido à incapa-

cidade das classes dominan-tes de incorporarem politi-camente as grande massasurbanas. Sente-se que esta-mos todos sentados numcaldeirão fervente. Se se re-duz um pouco a repressãoàs manifestações da classeoperária, ninguém podeprever o que vai acontecer.O medo de reações esdrúxu-las faz aumentar a re-pressão e não são criadasválvuias de escape".

O economista Paulo Sin-ger destacou, durante o de-bate do simpósio, que ''osempresários ameaçam de-mitir massas de trabalha-dores, pelos jornais, e nin-guém depois tem sequer acuriosidade de verificar serealmente houve ou não asdemissões".

Segundo ele, ''o nível dei desemprego no Brasil é mi-limétrico hoje. Esse nívelnão deve ser consideradoapenas em relação às de-missões, mas ao saldo deadmissões contra as de-missões e o saldo dos pri-meiros seis meses desteano, as estatísticas provam,tem sido favorável. Além do

mais, a substituição do im-portações mais importantesatualmente é a dos bens in-fermediários (metais, ferti-lizantes, produtos químicose outros), o que gera umgrande volume de emprego.Por isso não acredito queseja de se esperar um de-semprego de vulto."

Paulo Singer disse "a bai-xa do salário não aumentouo nivel de emprego no Bra-sil e prejudicou sensível-mente nosso processo tec-nológico, influindo negati-vãmente na implantação denovos processos de tecnolo-gia"."A não reprodução daclasse operária não tem in-fluído economicamente noprocesso brasileiro, pelopróprio fato de estar sendoretomado o milagre econô-mico e estarmos vivendoum alto nivel de investi-mento e muita reproduçãodo capital, ao contrário dosanos anteriores de re-cessão" — disse Paulo Sin-ger.

No entanto, esse processotem causado efeitos politi-

Operáriospadrões b

A antropóloga Eunice Ri-beiro Durham, professorada Universidade de SãoPaulo, disse, em sua comu-nicação sobre Vida Familiare Reprodução da Força deTrabalho, que "a classe ope-¦rária brasileira está presaaos padrões tradicionais davida familiar e isso temabalado sempre a confiançaque muita gente depositano papel importante d aclasse operária nas trans-formações sociais do futurodo Brasil".

A autora de A Caminhoda Cidade lembrou que, emtodas as pesquisas feitascom a classe operária brasi-leira, aparecem constante-mente valores como "as-censão individual pelo siste-ma educacional (os opera-rios esperam sair da classeoperária ou que seus filhossaiam, numa adesão incon-dicional aos aspectos maistradicionais da ideologia ct-pitalista) ou o desejo da ca-sa própria (talvez uma for-ma de atingir um domíniodo espaço social, que nãoacredito ser retrógada ouque lmpeç.a forçosamentesua consciência de classe,-pois é também um modopelo qual faz sua critica").MONOTONIAE SUJEIÇÃO

A professora Eunice Ri-beiro Durham lei'brou tam-bém uma característica daclasse operária no Brasil:"Para o trabalhador, o im-portante é o salário. O tra-balho é desagradável e mo-nótono. Além disso, ele temconsciência de que o traba-lho fabril é uma forma desujeição, apesar de viver es-se trabalho de uma formaindividual. Não quero dizercom isso que o trabalhadorbrasileiro não tenha cons-ciência de classe. A cons-ciência vem, contudo, me-nos da natureza do traba-lho do que da experiênciacomum da sujeição."

Segundo ela, "a familia ésua área de liberdade res-trlta, área de decisões queafetam seu destino. A fami-lia é sua vida real, o fimpara o qual o trabalho ser-ve, em termos do qual sedestina ao produto do tra-balho, o modo de julgar su-cesso ou insucesso e suaparticipação na sociedade".

EXÉRCITODE RESERVA

Os cientistas sociais,¦principalmente os da li-nha marxista, chamam"reprodução da forma detrabalho", o mínimo decondições de vida paraque o operário não ape-7bas coiisiga subsistir, mastambém reproduzir, ge-rando filhos que possamsubstituí-los no mercado,quando aposentados.

A tese do professorPaulo Singer é a de quea reprodução da classeoperária brasileira aindanão existe, em tc>'mos co-muns, "por causa da exis-tência de um vasto exér-cito de reserva, que podeser alé dúbio, para a in-dústria e para a agricul-tura, como é o caso dobóia-fria. Isso gera umadiferença de nossa classeoperária em relação à eu-ropéia e a dos paises de-senvolvidos, "que obtêmsalários maiores, consu-mindo novos produtos eincorporando-os em seupadrão de vida". Essa di-ferença é que, "nos paisesnão-des-ejivolvklos, como oBrasil, também as neces-sidades se transformam,mas os meios de satisfa-sê-las são insuficientes".

querem osurgueses

O coordenador do simpó-sio foi o sociólogo LeõncioMartins Rodrigues, da Uni-versidade de São Paulo, quemostrou as diferenças entrea industrialização brasileirae a clássica européia: "Ba-seada na grande empresapoupadora de mão-de-obra,de que tem sempre umaoferta ilimitada em estoque,é deprimida a capacidadede barganha do grupo detrabalhadores c estimuladoo apelo de grupos operai iosde baixa qualificação poruma proteção de uma enti-dade maior, no caso o Esta-do. Essa relação é ambígua,pois o estado é opressor eempregador".

Segundo o autor de Tra-balhadores, Sindicatos e In-dtistrializacão, "o exemplodo regime posterior a 1945,redemocratizado, mostraque não é impossível a exis-tência paralela de um pa-d r ã o político democráticocom unia estrutura autori-tária de sindicalismo, queestá ai para completar 50anos e Deus nos livre queela complete".

NAO E' REVOLUCIONÁRIO

Na opinião do professorLeõncio Martins Rodrigues,"o proletário brasileiro nãoé revolucionário, no sentidomarxista do termo. Ele rei-vindica a participação daclasse operária na.s vanta-gens de consumo restritasàs classes altas. Há aquiU m a diferença marcantecom a Europa no séculopassado, quando os opera-rios rejeitavam, no nivel daideologia, os padrões bur-gueses de comportamemo,enquanto no caso brasileirocontemporâneo seu desejo éde integração, de aumentode salário para participardo consumo de bens antesconsiderados de luxo".

De acordo com LeõncioMartins Rodrigues, "é im-possível que os sindicatosoperários não participempoliticamente. Mas é o casode se perguntar se eles têmcondições de fato para umabarganha direta com os pa-trões, na medida em que oproblema não é de opção,mas de relações de forças".

Presidente da SBPC afirma queítica encerrou a assembléiapo!

São Paulo — "No meu ponto-de-vista pessoal, a assembléia es-tá encerrada. Amanhã (hoje), às9h, a diretoria da SBPC vai deci-dir sobre isso. Mas, na minha opi-nião, não há mais o que decidir"'— afirmou ontem à noite o presi-dente da SBPC. professor OscarSala. a respeito da possibilidade dea assembléia da 29a. ReuniãoAnual da entidade — que foi sus-pensa por ele na última segunda-feira — ter continuidade.

— O secretário-geral, profes-sor Luís Edmundo Magalhães, rece-ben pedido verbal de um sócio daentidade para que a assembléiacontinuasse amanhã (hoje), no en-cerramento da Reunião e me disseque levaria o assunto ao conheci-mento da diretoria" — explicou oprofessor Sala.

ConflitoO professor Sala disse que a

Constituinte é um tema político epartidário. "Não sou contra que odiscutam. Mas isso deve ser feitona Assembléia Legislativa, ou no

MDB". E comentou: "A assembléiade segunda-feira foi canceladaporque não havia outra altemati-va. Houve posição radical de cer-tas pessoas, que queriam que umassunto conflitante como os esta-tutos da SBPC fosse discutido".

Considerou o professor Salaque "o momento político da assem-bléia depende das circunstancias. Omemorial dos cientistas foi apro-vado e acho que ele engloba tudoque a SBPC pretendia. Não consi-dero que o fato mais importantetenha sido o momento político esim a Reunião em si. Tudo que sediscutiu aqui".

Destacou ainda que a infiltra-ção de não sócios à assembléia di-ficultou multo o seu andamento,tanto que teve de ser suspensa."Mas não -classifico como inci-dente o que aconteceu". Durantetodo o dia de ontem, o ambientena PUC-SP esteve calmo, e o assun-to da suspensão da assembléia eracomentado somente nos corredo-res.

O sociólogo Florestan Fernan-des declarou-se surpreso, ontem,

com "o impasse criado na assem-bléia-geral da SBPC que não acei-tou o limite maior de defesa da so-ciedade brasileira, (a votação damoção favorável à Constituinte),que é a forma mais rápida de com-bater a ditadura e substitui-la porum regime democrático,"

"Uma sociedade que tenha co-mo objetivo o progresso da ciência,não pode lutar apenas pela demo-cracia do investigador, pela liber-dade de pensamento do cientista,pela liberdade de divulgar seu co-nhecimento. E' preciso que a socie-dade se volte para o uso do conhe-cimento científico e, especialmente,para o fato de que sob uma tira-nia, não há investigação científica,porque todo investigador está su-jeito a essa situação", continuou.

"O cientista precisa ter liber-dade não só de conduzir sua ex-perlência e divulgá-la, mas tam-bém de impedir que o desenvolvi-mento científico se transforme emmercadoria, em tecnologia que pos-sa provocar a destruição da socie-dade."

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Prof. Martins Rodrigues Prof. Eunice Durhan Prof. José Artur Giannotti

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Prof. Paulo Sérgio Pinheiro Prof. Marílena Chaui¦.¦¦.¦:¦>;.,.. . ::•:':¦¦¦¦¦..

1Prof. Michel Debrinn

Ciência e Poder não se entendemSão Paulo — Em contraposição

à tese de que a ciência deve sercontrolada, contra cs riscos implí-citos da livre pesquisa cientifica eo uso político de seus resultados, ofilósofo e professor da USP GeraráLebrun, destacou, ontem, que o fun-damental seria definir quem deveassumir esse controle, pergunta pa-ra a qual reconheceu não ter res-posta. Justificou, dessa forma, suaposição "cientificista".

Francês como Lebrun e tambémprofessor no Brasil, mas na Uni-camp, Michei Debrun sustentou quea tecnocracia, que no seu primeiromomento usou a ciência para legi-timar-se frente aos demais grupossociais, busca atualmente novasformas de afirmação em outroscampos de manifestação da socie-dade, como a defesa da ecologia e oordenamento do espaço urbano.Com mais três filósofos, ambos par-

ticiparam do Simpósio Ciência ePoder, na 29a. Reunião da SBPC.

Professor da Universidade Fe-deral de Pernambuco, o fisico-ma-temático Padre José Machado, apósuma digressão sobrer as relaçõesentre ciência e as diferentes for-mas de poder — inclusive o reli-gioso — observou que, no presente,cada vez mais a ciência precisa serajudada, e é efetivamente ajudadapelo Estado, que em contraparti-da quer apropriar-se dos seus re-sultados.

Ao seu ver, são abundantes eóbvios os exemplos da utilização damáquina da ciência pelo Estado,com a violação de seu caráter co-letivo. O Estado ambiciona con-trolar e usar os resultados cienti-ficos em suas relações com os pró-prios cidadãos ou os dos demais Es-tados. "Como não há formas decontrole da ciência pela humanl-dade inteira" — continuou — "tere-

mos de marchar para a participa-ção e controle do Estado, onde ho-mens esclarecidos decidam quantoao encaminhamento da investiga-ção cientifica".

O coordenador do Simpósio, fi-,lósofo José Arthur Giannotti —do Cebrap e da PUC — criticou Le-brun por sua aparente crença nu-ma idade de ouro mítica da ciên-cia, quando ela resolveria os pro-blemas que se colocam hoje àhumanidade. A seu ver, a questãoseria "resolver desde já, através deformas de organização politica, oproblema de dominar a ciência esua utilização no interesse social".

Em referência à experiênciasoviética, Labrun afirmou que cs-tão "meio desmoralizadas as teo-rias de libertação social a partir demudanças na forma de apropria-cão do produto do trabalho", co-mo sustentam os marxistas.

Crédito educativo é ensino pagoSão Paulo — O sistema brasi-

leiro de crédito educativo foi dura-mente criticado pela professora He.lieth Saffiotti, na mesa-redonda AFormação de Docentes na Área deCiências Humanas. Ela acha que,"evidentemente, esse tipo de crédi-to é uma maneira não muito sutilde introduzir o ensino pago".

"A juros acumulados de 15% aoano" — disse — "parece ser o crédi-to educativo um bom negócio paraos emprestadores. Como a média deidade dos universitários brasileirosnão ultrapassa os 20 anos e, porisso, a porcentagem de morte e in-validez é baixa, pode-se concluirque esse tipo de crédito dará gran-des lucros às seguradoras."

A professora Saffiotti apresen-tou alguns cálculos do custo doscréditos educativos em algumasáreas. Deu como exemplo o caso deum aluno realizar empréstimo paraa Faculdade de Medicina da GamaFilho, no Rio. O empréstimo seráde CrS 311 mil 748: a divida inicialestaria por volta dos CrS 524 mil147; no final, a amortização seriacie CrS 797 mil 983.

A profesora denunciou o fatode que "a concessão de bolsas reem-

bolsáveis estaria na dependência dapropriedade de bens imóveis porparte dos pais de alunos que aspleiteam. E outra forma de extin-guir o ensino superior gratuito temsido a cobrança de taxas nas Uni-versidades federais. O fenômeno daprivatização do ensino acompanha-se de drásticas reduções da partici-pação do MEC no orçamento daUnião. Em niveis estaduais, as ver-bas destinadas à educação tambémsofrem crescente declínio".

A professora Marílena Chaui,ida USP), durante os debates, cri-ticou os cursos de licenciatura cur-ta, que desqualificam e degradam oensino, enquanto o professorEduardo de Oliveira Franca, daUSP, denunciou a "patologia pro-fissionalizante no ensino", onde "ohomem precisa produzir o que for,menos o pensamento".

O professor Adolfo RibeiroNeto, da Fundação Carlos Chagas,chamou a atenção para uma con-fusão acerca do papel do vestibu-lar no sistema educacional, que econsiderado, "a um só tempo comoinstrumento de mudança de siste-ma educacional e como instrumen-to de seleção". Ele falou no simpo-

sio Exame Crítico dos ConcursosVestibulares.

Considera que é verdadeira avisão do vestibular como instru-mento de seleção, porém não per-cebe "por que alguns educadoresvêem no novo estilo de vestibularessolução para os problemas do sis-tema educacional. Eu julgo issotão inócuo como pretender melho-rar a saúde da população atravésde concursos de robustez, ao invésde atacar a subnutrição ampla-mente disseminada" — disse.

O professor Sérgio da Costa Ri-beiro, do Cesgranrio e da PUC-Rio,afirmou que "as legislações queformam o que hoje se faz no vesti-bular não são filosóficas". Exempli-ficou como tudo é prático, confes-sando: "No Cesgranrio, eu partici-pei de várias reuniões junto aocomputador, ajustando secretamen-te um ponto ou dois nas médias defaculdades de menor procura".

Afirmou, com base em pesqui-sa realizada nos últimos ve.stibula-res do Cesgranrio, que a tendênciade possibilidade e aprovação dealunos que fizeram o cursinho so-bre os que não fizeram reverteu:"Este ano, os que não fizeram cur-s.nho passaram em maior porcen-tagem que os que fizeram."

Florestan Fernandes pedeabertura eficiente paraum regime democrático

São Paulo — "Se não houver uma abertura rá-pida e, dentro dos limites, eficiente, para o regimedemocrático, nos veremos em face de uma guerracivil revolucionária", advertiu, ontem, o sociólogoFlorestan Fernandes, durante-a mesa-redonda APerda da Memória Nacional. Previu também que "adissociação entre o desenvolvimento capitalista e arevolução nacional cria um abismo, um impasse po-lítico inexorável". Foi aplaudido de pé, por cerca de1 mil 500 pessoas.

Ao iniciar sua intervenção na mesa-redonda,Florestan Fernandes afirmou: "Temos que lembrarnão só o passado remoto, mas o recente. Temos delembrar 1964, 1963, 1977, uma tirania que continuahá 13 anos e que precisa ser combatida por todosos meios possíveis. Temos de lembrar esses fatos,pois nenhum país pode alcançar o respeito por sipróprio e ter memória nacional, se aceita viver numestado permanente de tirania".

sua iniciativa própria, elacria uma abertura política,através da qual a democra-cia renasça das cinzas —ainda que seja a democra-cia pobre do sistema capita-lista — ou se verá diante deuma guerra civil Implacá-vei".

MEMÓRIA NACIONAL"Que memória queremos

manter: a memória das eli-tes históricas, para glorifi-car a dominação dos pode-rosos, ou .as condições de vi-da dos impotentes, a misé-ria de vida das populações?Pela primeira vez, é possi-vei que a memória deixe deser um elemento que grati-fique apenas os poderosos.

Mais importante que a per-da da memória nacional éa construção de uma cons-ciência nacional, com a par-ticipação do espoliado, doexcluído, do indígena, docaboclo, do operário, dasclasses médias emergentes,de todos o.s setores".

Confessando-se um sócia-lista "desde 1942", FlorestanFernandes lembrou que "arevoiução socialista não sefaz contra o homem, maspara libertar o homem. Eestá emergindo um novopadrão de memória que põeno centro dos valores o ho-mera livre de coerções".MEMÓRIA DA BURGUESIA

Depois de afirmar que "aburguesia nacional perdeuuma parte da memória co-letiva central", o sociólogodisse que "todas as burgue-sias que conseguiram cons-trair regimes democráticos,mais ou menos restritos,sempre foram capazes deestabelecer uma associaçãoentro desenvolvimento eco-nõmico e revolução nacio-nal".

Advertiu: "Hoje, há umadissociação, contra a qualme levantei já em 1962, co-mo presidente da SociedadeBrasileira de Sociólogos, en-tre o desenvolvimento econômico e os problemas de dis-tribuição de renda, de par-'ticipação cultural, econôml-rir. r\ í-n-il ífini .. r\ c r\} r. c c r» O + 1-nVsltf V. |JL/11UH,I^ UUU -ullklkJl..iJ l/l it -

balhadoras".Fez um apelo para que"os cientistas sociais, no

Brasil, façam com que aburguesia recupere ao me-nos uma parte de sua me-mória histórica ou estare-mos diante de um graveproblema político. Ou por

CONSTITUINTEPode-se manter uma dl-

tadura por 30 ou 40 anos.mas não se pode manteruma ditadura para sempre,por uma razão muito sim-pies: essa dissociação entredesenvolvimento econômicoe a revolução nacional seproduz pela continuação dacontra-revolução. Na medi-da em que a contra-revolu-ção se fortalece, se man-tem a dissociação, a sub-missão da nação. Mas elagera o seu contrário e o tor-na imperativo. Quando su-foca o espaço político, elatorna inevitável que a lutatenha de partir do marcozero".

Durante os debates, afir-mou que "há brechas quee.stão aumentando e que nosdevem levar a ter a cora-gem de aproveitar esse es-paço político. A contra-re-voíução, hoje, é menos for-te que há um ou dois anos.Não aproveitar essas bre-chás, seria uma forma deignorância política. Talvezfacilitemos a retomada dacontra-revolução, mas se omedo ao adversário parali-sar nossa ação, nos torna-remos cúmplices da perpe-tuação da situação existen-te".

Admitindo que a Consti-tuinte, "nas condiçõesatuais, representa um riscopolítico, na medida em quepossa incorporar os atosinstitucionais", o or a^ctos-tan Fernandes considerounecessário dar "um apoiotático a essa palavra deordem, que enfraquece acapacidade de defesa dareação e empobrece o cará-ter obscurantista dos quavêem revanchismo na de-sobediência civil".

Sociólogos condenamlodo o autoritarismo

Cientista político, doCESI, e professor da Fun-dação Getúlio Vargac, Ro-berto Gambini afirmou que"a herança mais séria doautoritarismo é a de quenão prepara a coletividadepara viver e aceitar os con-ílitos como aspectos posi-tivos e necessários para odesenvolvimento"."Em nome da ilusóriatranqüilidade, os conflitossão reprimidos. Mas só comliberdades democráticas épossível revitalizar a socie-dade como um todo e pro-por um futuro projeto au-tònomo para a Nação. Auto-ritarismo só pode engen-drar propostas autoritá-rias", continuou.

Fez uma análise "do pro-cesso de degradação rápidae violenta" dos fenômenoscapazes de estimular amemória nacional, desde osm o n umentes e registros,até a configuração dascidades. Declarou que "nãovivemos, hoje, um tempo decriatividade, auto-expressãoou de pleno enriquecimentoda memória nacional".Lembrou que "cultivar amemória de uma Nação éalimentar desejos insatis-'feitos, potencialidades trai-das, contradições e energiacriativa que ameaçam a or-dem vigente. A descobertada identidade de um povoleva-o ao desejo de agir, demoldar um futuro".

AMNÉSIA HISTÓRICAProfessor da Faculdade

de Medicina da USP emembro do CESI, o psiquia-tra Carlos Roberto Lacazafirmou que "como

pais de-pendente, vivemos o dramade uma amnésia histórica".Acrescentou que "a impossl-bilidade de um registro sis-temático da realidade difi-culta a formação de umaconsciência histórica, indis-pensável para a formaçãode uma consciência coleti-va".

Depois de observar que "amemória amplia a consciên-cia e favorece o desenvolvi-mento", disse que "nossadependência econômica «cultural — fruto da tra-diçáo patriarcal e coloniza-dora — nunca permitiu oencontro criativo de ten-dèncias opostas para favo-recer o processo de desen-volvimento. A mentalidadepatriarcal carateriza-se pore s t er e ó ti pos, discriminaopostos em categorias sepa-radas e julga em função daconveniência d e manlpu-lação de uma estabilidadasocial".

"O arquiteto do herói, ln«dispensável para que possa-mos entrar na adolescência,ainda não íoi ativado. Ne-cessitamos redescobrir, tra-zer à consciência os símbo-los de transformação, re-constituindo nossos passa-dos. através das ruínas arestos visíveis da alma cole-tiva. Assim, teremos a forçamítica para a transfor-mação".

A antropóloga CarmenJunqueira analisou a pre-servação da herança cultu-ral dos grupos indígenasque estão sendo incorpora-dos ã força-de-trabalho,lembrando que "não é pos-sivel preservar o que já foidestruído. U m a sociedadecapitalista, que se alimentadas desigualdades, não podetrazer esperanças aos indi-genas. Resta apenas aquelecansaçoi e aquele silêncioque não se registra na me-mória nacional".

Diretor do Museu de Arqueologia da USP, o ProiUlpiano Bezerrra de Menezes defendeu "o uso críticado patrimônio cultural.** clembrou que "o patrimôniocultural não pode terfunção anestésica, mas deveaprofundar o exercício daconsciência. Tradição pres-.supõe um interlocutor quea interrogue criticamente".

Leia editorial "Duplo Progresso"

16 ECONOMIAJORNAL DO BRASIL Quarta-feira, 13/7/77 H 1? Caderno

Baumgarten Jr substitui Lemos na secretaria do CIPCobal inicia vendade carne congelada

As delegacias regionais daCompanhia' Brasileira d eAlimentos (Cobal) no Rio eSão Paulo já foram autori-zadas a Iniciar o processode venda de carne congela-da dos estoques reguladorespara supermercados e dis-tribuiores. A informação édo presidente da Cobal, SrMário Vilela.

Ele acredita que a parlarde 6a.-feira, ou no máximo2a.-feira que vem, a carnecongelada já esteja sendovendida nos supermercados."A idéia de se antecipar aliberação dos estoques regu-ladores — anteriormenteprevista para meados deagosto — íoi posta em exe-cução para suplementar oconsumo. A oferta de carnefresca no Rio já apres»nta

problemas", informou o SrMário Vilela.

EXPECTATIVAI

i A Associação dos Super-imercados do Rio de Janeiroi(Asserj) íoi convocada parauma reunião hoje, à.s 16 ho-;ras, na Assessoria Econõmi-ca do Ministério da Fazen-da, quando serão discutidosaspectos da distribuição epossíveis problemas decor-rentes da perca de peso dacarne, após o descongela-mento, informou o superin-tendente dos supennerca-tios Três Poderes, Sr Ma-noel Fontes, Até ontem, asprincipais cadeias de super-mercados do Rio não ha-viam se dirigido à Cobal, noRio.

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GOVERNODO ESTADODA BAHIA

SECRETARIA DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕESDEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE

RODAGEM DA BAHIATOMADA DE PREÇOS

EDITAL DERBA N.° 09/77

AVISOO Presidente da Comissão Especial de Licitação, devida-

mente autorizado pelo Sr. DIRETOR GERAL DO DEPARTA-AAENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DA BAHIA — DERBA,conforme portaria n.° 21.576 de 01 de iulho de 1977,faz saber a quem interessar posso, que fará realizar Licita-çao na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, para recupera-ção de um motor de aeronave CESSNA, mod. 210 L, ano1974.

O recebimento das propostas dar-se-S àj 15:00 (quinze)horas, do dia 25 (vinte « cinco) de iulho de 1977, pelaComissão, no 1.° endar do Edifício Sede- do DERBA, ALA"A", Centro Administrativo do Estado.

Os interessados poderão obter o Edital, bem como osesclarecimentos necessários, junto à Comissão «cima mcn-cionada, durante o horário do expediente.

Salvador, 08 de julho do- 1977.(a) Ilegível

Presidente da Comissão (P

*

ESTADO DE GOtAStCVERNO IRAPUAN COSTA JÚNIOR

SECRETARIA DOS TRANSPORTES

DEPARTAMENTO DE ESTRADASnc DnrtA^cAAuim ivwnvuii

AVISOCONCORRÊNCIA PÚBLICA N.° 051/77

CL. DO IMPLANTAÇÃO BÁSICAO Departamento de Estradas de Rodagem do

Estado de Goiás — DER-GO, através de sua Comis-são de Licitações, 1orna público, em especial as fir-mas emnrfiitpirr-i<; rlç obras rodoviárias, ClUe farárealizar, às 14:00 horas do dia 29 de julho de 1977,em sua sede, à Avenida Anhanguera, 7.364 — nestacapital, concorrência pública para a execução deserviços de implantação básica, da Rodovia GO-280/470, trecho: Colinas—Colônia Bernardo Sayão comextensão de 54,0 Km. e plataforma de 9.0 m.

O edilal desta licitação poderá ser adquirido naComissão de Licitações, no endereço acima, no hora-rio das 08:00 às 11:00 e das 13:00 às 17:00 horas,mediante recolhimento na Tesouraria do DER-GO dataxa correspondente.

Oulras informações sobre o assunto poderão serobtidas junto a Comissão de Licitações e Diretoria deObras desle Departamento, no horário e local supra-citados.

Goiânia, 08 de julho de 1977Eng. José Fidalgo

Presidente da Comissão de Licitações

RIO GRANDE DO NORTEGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO

COORDENADORIA DE MATERIAL,PATRIMÔNIO E SERVIÇOS AUXILIARES

AVISO DE CONCORRÊNCIAN.° 004/77-SAD

A Coordenadoria de Material, Patrimônioe Serviços Auxiliares, da Secretaria da Admi-nistração, torna público que, no próximo dia29 de julho de 1977, às 15:00 horas, ,na se-de da referida Coordenadoria, fará (43)8+-4 :9, :9443, :8- 0-40 -178'8:-9,

por permuta de uma aeronave bimotor, comcapacidade para transportar até cinco (5) pas-sageiros, equipada para vôos por instrumen-lios diurno e noturno.

O Edital, com as respectivas caracterís-ticas e condições gerais, encontra-se à dispo-sição dos interessados na sede da Coordena-doria de Material, Patrimônio e Serviços Au-xiliares, no Centro Administrativo do Estado,Km-0 da BR-101, em Natal, Rio Grande doNorte.

Natal, 11 de julho de 1977Ricardo José Maranhão Alves

CoordenadorVisto: Francisco de Assis Câmara

Secretário de Estado da Administração

Brasília — O subchefe da AssessoriaEconômica do Ministério da Fazenda noRio, Sr Alfredo Luiz Baumgarten Júnior,será o novo secretário-executivo do Con-selho Interministerial de Preços (CIP),em substituição ao Sr Paulo RobertoCampos Lemos, que deverá assumir a di-retoria-financeira da Interbrás. Para olugar do Sr Baumgarten Jr. deverá ir oSr Edgar de Abreu Cardoso, atual coor-denador da área agrícola da AssessoriaEconômica.

O Sr Baumgarten Júnior levará parao cargo de coordenador de indústria doCIP — também substituto eventual dosecretário-executivo —o economista Lui/Roberto de Azevedo Cunha, um des seusprincipais atuais colaboradores na As-sessoria Econômica.

MudançaO convite para a secretaria-geral do

CIP foi íeito ontem ao Sr Baumgartenpelo Ministro da Fazenda, Mário Henri-que Simonsen, que o convocou à tardepara comparecer em seu gabinete deBrasília.

Depois da reunião com o Ministro, onovo secretário do CIP declarou à im-prensa que não pretende fazer grandesaifcerações na estrutura atual do órgão,"de resto homologada pelo seu presiden-te, que é o próprio Ministro Simonsen".

Frisou que somente deverá assumirsua nova íunção "em meados de agos-to", e que o Sr Paulo Roberto CamposLemos deverá permanecer em seu car-go atual até a sua posse na Interbrás.Para o próximo dia 20, íoi marcada umaassembléia da empresa para elegê-loum de seus diretores, mas sua posseainda não foi marcada.

O Sr Alfredo Luis Baumgarten Jralegando exatamente esse prazo até asua posse no CIP, disse ontem que "nãoé hora de discutir 0 que acontecerá como Conselho" quando ele for seu secre-tário-executivo. Mas. adiantou queconcorda com o regime adotado peloseu antecessor: "Venho trabalhandocom Paulo há muito tempo. Não vejonecessidade de grandes alterações. E'possível apenas que venham a ocorreimudanças de caráter pessoal, porque,evidentemente, não me considero Iguala ele. Mas não pretendo, dc forma ne-nhuraa, mexer em sua estrutura".

Ele admitiiu. no entanto, "algunsproblemas no quadro de pessoal quetêm que ser equacionados", mas nãoo.s incluiu nas chamadas "questões deestrutura do CIP" propriamente ditas."São necessidades de se reformular oquadro", acrescentou, esclarecendo logoem seguida: "Em time que está ganhan-do a gente não mexe".

Ainda durante a rápida entrevistaque concedeu aos jornalistas o SrBaumgarten Júnior frisou que o decre-to do Presidente da República assinadoem maio último que transferiu para oMinistro da Fazenda o poder de passara homologar todos os aumentos de pre-ços em nada aumentou as funções doCIP. Segundo ele, órgãos como" o Con-selho Nacional do Petróleo ou como oConselho Nacional de Abastecimentocontinuam exatamente com as mesmasfunções anteriores, « que o CIP "con-tinua a controlar os mesmos preços quesempre controlou". A única diferença,segundo ele, reside no fato de o Minis-tro da Fazenda ser o homologador dospreços.

Lemos diz que já se sacrificou"Já deixei o meu couro no CIP".

Com esta frase, Paulo Roberto CamposLemos resumiu os motivos que o leva-ram a pedir ao Ministro Mário HenriqueSimonsen que o liberasse do cargo, pa-ra atender a um convite do presidenteda Interbrás. Após dois anos e três me-ses á frente do órgão, que ele próprioconsidera "difícil e problemático", o en-genheiTo metalúrgico confessa que sem-pre teve o mais completo apoio e esti-mulo do Ministro da Fazenda.

Revelou ainda que sua saida paraoutro cargo "mais suave" é uma espé-cie de promoção. "Continuo no Governoe vou passar o CIP ao meu sucessor, gra-Vitalmente, prestando-lhe no início todat, colaboração necessária".

No seu trabalho de secretário-exe-cutlvo do órgão normativo e controladorda política de preços do Governo, con-sidera que deixou uma razoável heran-ça positiva. "Conseguimos abrir umaperspectiva concreta de reformulaçãodos salários e do aumento do quadro dopessoal", dois fatores que ultimamenteestavam provocando algumas evasõesnos quadros de assessores do órgão. Nasua gestão enfrentou a fase mais ár-dua do combate à inflação, quando aspressões e os naturais de.scontent.amen-tos de setores empresariais se concen-travam à sua porta. O CIP, hoje, é oresponsável pelo controle de preços decerca de S mil empresas, ou sejam, 99,8%do Produto Interno Bruto do país.

BHMnHIHrai

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Paulo Roberto Campos LemosDisse que não deixa ao seu substt-

tuto nenhum problema mais sério a serresolvido. "Só existem os pedidos de rea-juste de rotina" e algumas pequenasquestões que ainda dependem de algunsestudos. Entre estas, citou a solicitaçãoda indústria de plásticos (artefatos)para a liberação de preços do setor e opedido semelhante dos fabricantes debaterias de automóveis. A indústria xleplástico — informou — deverá entrarno regime de liberdade vigiada, da mes-ma forma que o setor automobilístico,isto é, depois de o CIP montar um me-canismo interno de acompanhamentoestatístico.

Controle tende a se acabarO Sr Paulo Roberto Campos Le-

mos afirmou ontem que a tendênciado CIP a longo prazo é a de passarao simples acompanhamento, aban-donando as atuais atribuições de con-trole prévio de preços. Para tanto,serão necessários dois fatores: a mon-tagem de uma infra-estrutura esta-tística para a maioria dos setores in-dustriais, comerciais e de serviços eum mecanismo mais eficaz para man-ter um certo equilíbrio na concor-rência do mercado.

Em seu último encontro com osempresários cariocas na qualidade desecretário-executivo do CIP, o SrPaulo Roberto Campos Lemos reu-niu-se ontem com a diretoria da Fc-deração das Indústrias do Rio e umgrupo de cerca de 100 homens da em-presa. Na ocasião, foram colocadasquestões de ordem pragmática no re-lacionamento das empresas com oórgão controlador de preços.

No futuro — observou o Sr PauloRoberto Lemos — o CIP poderá vira se fundir com o Conselho de Poli-f!n« «'li.nMni„n COTD A \ TO-i-- iUi^a JiCUicv.n.»ríl ll/i*A). rum u umaidéia que pessoalmente defendo comoforma de apoiar a empresa nacionale com ela colaborar na montagem deuma estrutura de custos e de preços.Disse, no entanto, que vê essa pos-sibilidade "ainda longínqua", pois ho-je ainda não é possível controlar pre-cos via tarifas aduaneiras, acrescidodos reflexos que isso traria ao balan-ço de pagamentos.

Afirmou que mesmo com a im-plantação de uma politica de sim-pies acompanhamento de preços e deinterferência apenas quando ocorrerabusos, o secretário-executivo do CIPacha que o órgão nunca deixará deatuar em alguns setores, como a in-dústria farmacêutica.

COAAPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADODE MINAS GERAIS

CODEURBCGC- 16.694.341/0001

Ins. Estadual: 062.135.550.007

AVISO DE LICITAÇÃOF0RUM DE BELO HORIZONTE

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado de Minas Gerais —CODEURB, comunica aos interessados que se encontra em sua sede social, àAv. Amazonas, 478 - 1 .c andar, nesta capital, o Edital número 004/77, refe-rente à construção do novo Fórum de Belo Horizonte.

Licitação sob a modalidade de Concorrência Pública.Caução de Participação: Cr$ 1.000.000,00 — em moeda corrente ou ORTMCapital Mínimo Exigido: CrS 20.000.000,00Caderno de Licitação: CrS 30.000,00Poderão participar consórcios de no máximo 2 (duas) firmas.Local: Av. Augusto de Lima, entre as ruas Ouro Preto/Paracatu — Barro PretoPrazo de Execução: 15 meses.As propostas deverão ser entregues no dia 1 1 de agosto de 1977 até às 15:00horas.Data da Pré-Qualificação: 11 de agosto de 1977 às 15:30 horas.Data da Abertura das Propostas: 19 de agosto de 1977 às 16:00 horas.

Belo Horizonte, 12 de julho de 1977

a) Tarcio Primo Belém Barbosa — Presidente da ComissãoPermanente de Licitação.

Quem é o novo secretário(

Baumgarten Jr confirmou o convite-para comandar o CIP após se reunircom o Ministro Mário Simonsen

O carioca Alfredo LuizBaumgarten Júnior se orgulhahoje de ter tido dois professo-res ilustres na sua formação dceconomista. Na Faculdade deEconomia da UFRJ foi discípulodo ex-Ministro Octávio Gouvêade Bulhões e, mais tarde, no cur-so de mestrado da Escola dc Pós-Graduação de Economia daFundação Getúlio Vargas, apren-deu muitas teorias de macroeco-nomia com o atual Ministro daFazenda, Mário Henrique Si-monsen.

Aos 35 anos, é o primeirocargo executivo que assume noserviço público. Casado, pai deuma filha, Baumgarten Júnior,filho de alemães imigrantes quese localizaram em Santa Cata-nua, antes de chefiar o Centrode Estudos Industriais, do Ins-tituto Brasileiro de Economia(Ibrei, da FGV, fez um curso dcaperfeiçoamento em Economiano Massachusetts Institute ofTechonology (MIT), nos EstadosUnidos.

Foi levado para o Ministérioda Fazenda pelo seu ex-profes-sor Simonsen, onde inicialmcn-te trabalhou no setor industrialda Assessoria Econômica do Mi-nistro, sob o comando dc Augus-to Jefferson Lemos, irmão dePaulo Roberto Campos Lemos'que deixa o CIPI e, ambos, so-brinhos do Embaixador e ex-Mi-nistro Roberto de Oliveira Cam-pos.

Quando Marcos Amorim as-sumiu a Assessoria Econômica doMinistério, cm substituição aAugusto Jefferson, o economistaBaumgarten Júnior foi designa-do subchefe e representante doMinistério da Fazenda no Con-selho Interministerial de Preços. 'A partir dai e, em função do seutrabalho na Assessoria Econõmi-ca, Baumgarten Júnior já co-nhece o órgão que vai comandar,tendo mantido sempre um rela-cionamento com os coordenado-res do CIP considerado por estes"como muito bom e de muita co-operação". Ele é também mem- .bro do Conselho do Serpro, no-meado recentemente.

J

COMPANHIA CONSTRUTORA PEDERNEIRASEm Liquidação Extrajudicial

CGC 33.034.901/0001-53

EDITAL DE LICITAÇÃO PÚBLICAAPT.° 402 BLOCO "B" DA RUA MARQUÊS DE ABRANTES, 136

,,n,„~ rP Liquifan": d* COMPANHIA CONSTRUTORA PEDERNEIRAS - tm Liquidação Extrajudicialnomeado nos lermos ri, Lo, n.o 6.02,, dc 13.03.74, devidamente aurorizado polo Banco Centra

V" A'a,71a' 226

7 5° sndsr- Propostas para compra do apartamento 402, Bloco "B". do Edifícioda Rua Marques de Abranles, 136, constituído de veslíbulo, sala, 2 (dois) quartos, "dosei"

banhe.ro, toalete cozinha, área de serviço, quo,to - banheiro de empregada, ) (uma) vaga d.'garagem, com 78 m2 de área construída e direito a 0.0213 do respectivo terreno.O apartamento em questão pode ser visto diariamente, estando as chaves a disposição do<Interessados com o Porteiro do Edifício.Cada concorrente apresentará uma só proposta, que, se contiver alternativas, serão obrigatória,mente a opção do Liquidante, entregando-a em envelope fechado, com a inscrição "APTO. MARQUES

As propostas assim recebidas serão abertas, á vista dos interessados presentes, no própriodia 15 de agosto de 1977, às 14 horas, apreciadas e julgadas dentro do prazo máximo d. 48(quarenta e o:io) horas, cientificando-se imediatamente ao vencedor o resultado.

Reserva-se o Liquidante o direito de recusar toda e qualquer proposta que não esteja dentrodas condições desle Edilal ou que ofereça preço inferior ao mínimo pretendido.

Qualquer outra informação sobre o assunto poderá ser obtida pessoalmente no» escritóriosEmpresa.

Rio de Janeiro, 12 de julho de 1977.

(a) HÉLIO RANGEL MOURALiquidante

da

COMPANHIA CONSTRUTORA PEDERNEIRASEm Liquidação Extrajudicial

CGC 33.034.901/0001-53

EDITAL DE LICITAÇÃO PÚBLICASALAS 413 A 417 DA AVENIDA GRAÇA ARANHA, 226

O Liquidante da COMPANHIA CONSTRUTORA PEDERNEIRAS - En, Liquidação Extrajudicial,nomeado nos termos da Lei n.° 6.024, de 13.03.74, devidamente autorizado pelo Banco Centraldo Brasil, receberá alé ás 12 horas do dia 16 de agoslo de 1977, em seus escritórios na AvenidaGraça Aranha, 226 — 5.° andar, propostas para compra do grupo do salas 413 a 417, do EdifícioDom Pedro II à Avenida Graça Aranha, 226, com área total de 85 m2 e direito a 2/78 dorespectivo terreno.

Cada concorrente apresentará uma só proposla, que, se contiver alternativas, serão obrigatória-mente à opção do Liquidante, entregando-a em envelope fechado, com a inscrição "SALAS GRAÇAARANHA".

At propostas assim recebidos serão abertas às 14 horas, à vista dos interessados presentes,no próprio dia 16 de agosto de 1977, apreciadas e julgadas dentro do prazo máximo de 48 (qua-renta e oito) horas, cientificando-se imediatamente ao vencedor o resultado.

Reserva-se o Liquidante o direito de recusar toda e qualquer proposta que não estejadentro das condições deste Edital ou que ofereça preço inferior ao mínimo pretendido.

As salas em qucsláo poderão ser vislas diariamente, exceto aos sábados e domingos, estandoas chaves à disposição dos interessados no escritório da Empresa, onde poderão oblur qualqueroutra informação.

Rio de Janeiro, 12 de julho de 1977.

(a) HÉLIO RANGEL MOURALiquidante

COMPANHIA CONSTRUTORA PEDERNEIRASEm Liquidação Extrajudicial

CGC 33.034.901/0001-53

EDITAL DE LICITAÇÃO PÚBLICA7 (SETE) TRONCOS TELEFÔNICOS

O Liquidante da COMPANHIA CONSTRUTORA PEDERNEIRAS - Em Liquidação Extrajudicial,nomeado nos termos da Lei n.° 6.024, de 13.03.74, devidamente autorizado pelo Banco Centraldo Brasil, receberá até às 12 horas do dia 12 de agosto de 1977, em seus escritórios na AvenidaGraça Aranha, 226 — 5.° andar, propostas para cessão do direito ao uso de 7 (sete) troncostelefônicos consecutivos, número chave 242-6127, atualmente instalados no equipamento PABX desua sede.

Cada concorrente apresentará uma só proposta que, se contiver alternativas, serão obrigatória-mente à opção do Liquidante, entregande-a em envelope fechado, com a Inscrição "TRONCOS

TELEFÔNICOS".As propostas assim rcebidas serão abertas, apreciadas e julgadas, à vista dos interessados

presentes, no próprio dia 12 de agosto de 1977, às 14 horas, reservando-se o Liquidante odireito de recusar as que estejam em desacordo com este Edital ou que não atinjam os preçosmínimos pretendidos.

Qualquer outia informação sobre o assunto poderá ser obtida pessoalmente nos escritóriosda Empresa.

Rio de Janeiro, 12 de julho de 1977.(a) HÉLIO RANGEL MOURA

Liquidante

JOKKAL DO BRASIL fj Quarta-feira, 13/7/77 D 1? Caderno ECONOMIA - 17

Ford podenovas

fériasSão Paulo — A Ford do

Br.ítóü poderá dar feriascoletivas a seus empregadospela terceira vez este ano.Negociações neste sentidoestão sendo mantidas como Sindicato dos Metalúrgi-cos de São Bernardo doCampo. A empresa, comocias vezes anteriores, justi-fica que precisa ajustar osníveis de produção com acapacidade de absorção domercado.

Segundo fontes da Forddo Brasil, enquanto nos seisprimeiros meses de 1975foram vendidos 80 mil 485veículos c, no mesmo perio-do cm 76 foram vendidas87 mil 297 unidades, nesteano o resultado das vendasalcançou tão-somente 68mil 655 veículos, represen-tando um decréscimo de22% em relação a 76.Atualmente cerca de 400funcionários já se encon-tram em férias. Quandoesses voltarem, outros 400deverão entrar em férias.

EXPECTATIVAInforma a empresa que,

nu momento, a atitude é deexpectativa diante da rea-ção do mercado frente aosnovos preços. As férias co-letivas seriam acionadas apartir do momento em queíosse co n s t a tada umagrande disparidade entrea produção e as vendas. Noentender do Sr Luis Inácioda Silva, presidente do Sin-diuato, um dos fatores queeslá levando a Ford a pen-sar- em férias coletivas é adesativação de sua atuallinha de produção. O SrLuis Inácio diz ter infor-mações de que vários se-tores da Ford. estão traba-lhahdo intensivamente pa-ra o lançamento da linha78, que ocorrerá no próxi-mo mês de outubro.

Cobra vendecomputadormini dia 18

SãõTaulo — Ao anunciarontem, em São Paulo, quea Computadores Brasileiros— Cobra — começará a ven-der minlcomputadores apartir do dia 18 próximo eque já conta com 300 enco-meridas, o vice-presidenteexecutivo da empresa, SrCarlos Carvalho; revelouque os objetivos de evitaruma dependência do paísno setor a médio prazoserão alcançados.

O. dirigente disse que asempresas estrangeiras nãodevem se preocupar "per-que <a Cobra e as duas con-correntes que atuarão naárea ficarão apenas com30%' do mercado nacionalde computação, permitindouma complementação atra-vés do- capital interno por-que há lugar .para todos''.

Ontem á noite, duranteum encontro com os com-pradores de máquinas eequipamentos d e comnu-tação, promovido pela So-ciedade dos Usuários d eComputação — Sucesu — oSr Carlos Carvalho disseque ' a Cobra contará com1 n f 1'a-estrutura suficientepara fornecer mini e micro-computadores e que ate1980, concretizará os objeta-vos tia Petrobrás e da Em-braej- em termos de nacio-nalizaçâo.

com

MANAHadubando dá!

à PRAÇAComunico que, em virtude de

insucesso na intervenção cirúrgicaa que me submeti em 1975, ten-do ficado desde então impossibili-tado'de participar da administra-<;.io cU LATERIZI S/A INDÚSTRIASCERÂMICAS, com sede nesta ci-dade,' à Av. Paula e Souza n.°241, não tendo tido razões paracontirtuar figurando nominal me n-te como diretor da referida so-ciedade, solicitei por carta aosoutros diretores que convocassema Assembléia de Acionistas paradeliberar em conseqüência de mi-nha renúncia irrevogável do cargode diretor presidente da referidacempresa.

Rio. de Janeiro, 27 de junhode 1977.

(a)' ALBERTO RONDON (P

Açominas tem recursos liberadosBrasília — O Conselho de Não

Perrosos e Siderurgia (Consider) in-formou ontem que não está faltandorecursos para a instalação da Açomi-nas, uma vez que as verbas necessá-rias ao empreendimento, no corren-te ano, já foram definidas e se en-centram à disposição da empresa.

Quanto aos recursos necessáriosà continuação das obras da Açomi-nas em 1978 ainda não foram defi-nidos pelo Governo. Estão incluídosno pacote de verbas cm exame para

o setor siderúrgico e que cobrirá o pc-riodo de 1978-80.

ParticipaçãoA Açominas terá a participação

acionária dos fornecedores de equi-pamentos estrangeiros numa propor-ção bastante pequena e que corres-pondera de 5 a 10% do valor dessesequipamentos, conforme o protocolofirmado em Londres, no ano passado,pelo Presidente Geisel. O documentoredundou na concessão do financia-

mento de 505 milhões de dólares porum consórcio de bancos europeus enorte-americanos, liderados pelo Mor-gan Grenfell,. da Inglaterra.

Os equipamentos a serem utiliza-dos pela Usina de Ouro Branco esta-rão contidos cm 23 pacotes nacionaise 11 importados. A Usimec vai torne-cer a Aciaria. A Sinterização ficará acargo da Cobrasma. Os pátios de car-vão serão de responsabilidade daKrupp e os de minério, da Bardella.A Mecânica Pesada e a Engefal dispu-tam o fornecimento da unidade de

calcinação. A Companhia Brasileirade Caldeiras — CBC — do grupo ja-ponês Mitsubishi, fornecerá as cal-deiras e o gasõmetro. O sistema deenergia elétrica será produzido pelaEPC e o de comunicações pela Elba.O consórcio formado pela Ishibrás-Engefab fornecerá os sistemas dc gáse de distribuição de água, enquanto osistema de recirculação de água fica-rá a cargo do Consórcio Filsan — Dc-gremeont. A Cobrasma colocará, ain-da, os vagões especiais, enquanto osvagões comuns serão colocados em

concorrência. A Villares ou a GeneralEletnc (GE) deverão ser as fornece-doras das locomotivas.Está prevista a vinda a Brasíliaamanha, do presidente da Açominas'Sr Moacelio Mendes. Durante sua es-tada na Capital federal, o dirigente

da Usina de Ouro Branco deverá tra-tar com o Ministro da Indústria e doComércio, Sr Ângelo Calmon de Sá,e com o presidente da Siderbrás, Ge-neral Alfredo Américo da Silva, de li-beração de recursos para a Açominas.

''¦¦'¦''"VPPpP'"'P.--- ¦'¦':

Em dezembro,Cr$ 4.200.000.000,00-

Em junho, mais de5 bilhões em depósitos.

É assim que a gente faz um grande Banco.

®M il

COÔMICOO Banco da gente.

183411977 - 143 anos de Banco Econômico: a mais longa história de sucesso no mercado financeiro do País.

18 ECONOMIA JORNAL DO BRASIL Quarta-feira, 13/7/77 |9 Caderno

— Informe Econômico—ja há estudos

O Ministro do Planejamento Reis Vello-so disse, ontem, que está esperando que oMinistro Shigeaki Ueki lhe mande "formal-mente" um estudo apontando as ãificulâa-des da Petrobrás para importar equipamen-tos para a prospecção e exploração de petró-leo, por causa da lei que protege o similarnacional.

Apesar disso, porém, o CDE, secretaria-do pelo Ministro Veiloso, como se sabe, estácletivamente estudando unia proposta con-creta da Petrobrás, onde estão especificados,inclusive, os valores e o volume das importa-ções destinadas aos trabalhos na Bacia deCampos.

Na base da argumentação da Petrobrásencaminhada ao Ministro Ueki está a urgén-cia em se acelerar as explorações. No CDE,durante a última reunião, não se chegou anenhuma conclusão e, ontem, se soube que"ainda é cedo" para se chegar a qualquerdecisão.

Ainda ê cedo também para se chegar àconclusão de que, aprovada a proposta daPetrobrás, terá sido aberta uma larga e pe-riç/osa avenida na lei do similar nacional. Porenquanto, cabe, apenas, manifestar apreen-são.

91 anos de GudiiiO professor Eugênio Guãin celebrou on-

tem seus 91 anos com um jantar. Entre ou-tros, estiveram presentes o Ministro Nasci-mento Silva, o Embaixador Roberto Campos,o Senador Luís Vianna Filho, os ex-MinistrosOctávio Gouvea de Bulhões, Mem ãe Sá, Her-mes Lima e Prado Kelly, além dos ex-Minis-tros do Supremo, Luís Gallotti e Aliomar Ba-leeiro.

Prado Kelly ficou pouco tempo. E Ro-berto Campos passou a maior parte do tem-po na biblioteca, numa roda de que partici-pavam Mem ãe Sá e Hermes Lima.

O tema Inflação foi largamente supera-do pelo "pronunciamento do Humberto Bar-reto", nas diversas rodas.

Taxas de jurosDiálogo com um czar do controle de pre-

ços, inclusive do preço do dinheiro:Os juros vão cair?

—_ Do jeito que está a inflação, é claroque vao cair.

Vai haver tabelamento?Nunca.

E o Rischbieter vai fazer uma novaperegrinação por São Paulo para provocar aqueda? Se os próprios banqueiros estão fa-laudo que os juros vão baixar, por que o Go-verno precisa falar? Não se esqueça de que

:o Congresso dos Bancos, no fim do mês,liaverá uma boa possibilidade para o Gover-no conversar com os banqueiros, ao pé doouvido, sobre o assunto.

ProvincianismoO líder do Governo na Assembléia Le-

gislativa do Espírito Santo, Deputado EdsonMachado, disse ontem que o artigo dé Fer-nando Roquette Reis, presidente da Vale doRio Doce, publicado recentemente no JOR-NAL DO BRASIL, sobre as minissiãerúrgicas,teve a intenção de prejudicar a implantaçãoda Usina ãe Tubarão no Espírito Santo, parabeneficiar Minas Gerais.

A Vale será a forneceáora de minério ede carvão (importado) para Tubarão.

A Vale participa do grupo que construi-rá e utilizará o Porto de Tubarão.

EncomendasDe um forte fornecedor para as siderúr-

gicas estatais:— O Estágio 4o de todas elas está parado

c não chegam encomendas. No Estágio 3V,a Cosipa continua atrasada. Em resumo, ovolume ãe encomendas colocadas é mui-to fraco.

CaféMais uma empresa assustou ontem o

mercado de café de Santos — no prazo com-binado, deixou de comprar o café que já ti-nha comprado a termo, antes, por um preçosuperior ao que está vigorando, hoje, riomercado.

Sexta-feira, dia 15, encerra-se o prazopara que dois outros exportadores honremcompromissos anteriores de comprar café.

Percebe-se em Santos claro sinal de so-lidariedade: várias empresas já se oferece-ram para ajudar essas três.

ObstáculoA nova Lei das S/A é o maior obstáculo

à idéia de o banco comercial incorporar a fi-nanceira do grupo, transformando-a numasimples -carteira ãe crédito ao consumidor.

Segundo a Lei das S,'A, os acionistasminoritários — da empresa incorporaãora ouda incorporada — podem recorrer ao reces-so para vender suas ações pelo valor patri-monial.

UrânioA7f7o é de surpreender que Tião Maia le-

nha adiado urânio na sua fazenda de ga-do na Austrália — o Governo australianomantém uma reserva de 227 mil toneladasdo minério, o que eqüivale a 20r'< do totaldas reservas dos paises Ocidentais. A Austrá-lia possui algumas das maiores jazidas domundo.

Simonsen espera preço alto no café até 79Brasília — O Ministro da

Fazenda, M a r i o HenriqueSimonsen, voltou ontem agarantir que os preços altosdo café se nvanterão duran-te todo o ano que vem, masindiretamente admitiu umareversão a partir de 1979,quando deverão começar adar frutos os cafeeirosplantados a partir do anopassado:"Em 1979, será outra con-versa. Até 1978, os . preçosdeverão manter-se altos. Eé por causa de compor-Lamento do mercado daquie há dois anos que eu tenhoinsistido na necessidade- deincrementarmos também asexportações de outros pro-dutos", afirmou, fornecendoo exemplo das vendas demanufaturados que, segun-do ele, também vem au-montando.

REGISTROS

Ele reafirmou ontem que"não há razão para o Ins-tituto Brasileiro do Cafémudar os preços de regis-

Lro". Em sua opinião, "a ai-ta internacional dos preçosde café é conseqüência daescassez mundial de ofertaque deverá continuar em1978.""O Brasil não tem pressade vender café" — acres-centou — "pois o balançocomercial está superavita-rio, o nivel de reservas estáamplamente satisfatório, osestoques internos estãomuito baixos e os externos,altos".

COLÔMBIA

O Governo colombianoreduziu ontem o preçomínimo de registro para aexportação de café, que ficaagora em 2,45 dólares porlibra-peso, contra 2.45 dóla.res anteriormente. Issoeqüivale a uma redução nopreço da saca de 70 quilosde 415 dólares para 37G.5dólares.

A decisão objetiva rea-tivar as vendas de café co-lombiano, interrompidas hátrês meses, desde que come-

çou a queda de preços nomercado internacional. OMinistro da Agricultura co-lombiano, Álvaro AraújoNoguera, disse que o.s ar-mazéns da Federação Naci-on..l de Caf e ieul to resacumularam 1,5 milhão desacas de 60 quilos.

O Ministro disse tambémque o mercado de café estádesorganizado pelas mano-bras especulativas dos pai-ses consumidores e de ai-guns paises produtorescomo o Brasil, que desejacontinuar vendendo caféacima de 3 dólares p o rlibra-peso (atualmente, opreço mínimo de registrodo Brasil é 3,20 dólares porlibra).

A conseqüência imediatada redução do preço colom-biano foi a- queda no preçodo café na Bolsa de NovaIorque. O contrato m a i spróximo (julho) fechoucom 350 pontos de baixa(3,5 centavos de dólar», ealguns contratos mais dis-tantes tiveram ba xa-limitede 600 pontos.

NO RIO, PRESIDENTE DO SUDAMERiS.

Vindo de Brasília, após avistar-se com o Ministro Mário Henrique Simonsen, da Fazenda, chegou ao Rio de Janeiro o Sr. Jacques Vincenor, acompanhado de sua esposa.Presidente-Direfor Geral da Banque Française et Iralienne pour l'Amerique du Sud-Su-dameris, de Paris, o Sr. Jacques Vincenot e Sra. estarão recepcionando autoridades econvidados num Cocktail-Buffef, esta noile, na varanda da piscina do late Clube do

Rio de Janeiro.

"T^ "T" "T* T "T" nr T Tr hh np nr "T- nr nr "Hr np "T" T "T" "T" "T" 'T" "K

; Ray*o*vac t: apresenta ;l hoje à noite *: um filme i: que vai deixar:l você ligado *

no QJiii®O rádio de pilha foi um dos elementos que mais

ajudaram na integração do território nacional.Amarrado na sela do gaúcho ou dependurttdo numacarroça, no sertão baiano, o rádio fez o irmão donorte um pouco mais parecido com o irmão do sul.

Hoje à noile, às 20:00 h, em todos os canaisde televisão, será apresentado um filme mostrandoa participação do rádio na integração nacional.Ele é patrocinado pelas pilhas Ray-O-Vac. eme seorgulham de ter ajudado nesse processo deintegração desde que ele começou.

[rayovaç]Amarelinha, a pilha viva.

***************** ***

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Pauliuelli go n <l e n aclima tle pessimismo

São Paulo — O Ministrocia Agricultura Sr AlyssonPaullnelli, condenou ontemo pessimismo e o derrotismona agricultura, dizendo que,no setor agrícola, eles .sãomales piores do que a pró-pria inflação. Observou queo setor rural ainda é a basedo desenvolvimento brasi-leiro e que a disseminaçãode pessimismo e derrotismodentro da agricultura "éuma maneira de eníraque-cer a Nação o realmente jo-gá-la num impasse sem sai-da".

Ele acrescentou que exis-tem dois tipos de pessimis-tas: "Aqueles que assim osão por natureza e aquelesque realmente desejam vero país numa situação insus-tentável. Infelizmente temosque reconhecer que muitosnão estão preocupados como país, mas preocupadoscom eles próprios". Advertiuo Ministro que "agriculturaé um fato de fé e aquelesque' não acreditarem neladevem mexer com outro se-tor. O agricultor quando sedispõe a preparar a terra,adubá-la, jogar a sementeno chão, é porque ele acre-lita no çue faz. Se se criaum ambiente negativo eleieixarã de ter fé e não plan-

lará. E se não planta será omaior desastre para o pais".CLIMA

O Ministro Alysson Pauli-nelll veio ontem a Sáo Pau-Io participar da solenidade

de posse do novo Secretárioda Agricultura. Sr Paulo daRocha Camargo, e tanto nodiscurso que pronunciou,quanto na entrevista àImprensa, fez referência aoproblema que ele consideraser pessimismo. "Nao possoconcordar, de forma algu-ma, que se crie um climanega ti vista, principalmenteno setor agrícola, muito

• sensível a este quadro".Informou ainda que a rei-

vindicação do preço de ga-rantia para o café. de Cr$3 mil por saca, será apre-ciada na próxima reuniãodo Conselho Monetário Na-cional. Considerou prema-turo dizer que este preçoseja aprovado, mas pronie-teu examinar a questão demaneira muito realista, res-saltando a necessidade deobservar-se a.s implicaçõesque possa ter em relação aoorçamento monetário. De-pendendo das implicações,poderá ser considerado co-mo fator inflacionário. ad-mitiu.

Quanto ao leite, ele a~se-gurou que o Governo vaiestimular a manutençãodos estoques regulado e.-:,mesmo que tenha nece"si-dade de importar, caso aprodução interna não sejasuficiente para estocagem.Disse que. pessoalmente, écontrário às importações deleite em pó, mas que o Go-verno continuará compran-do no exterior o que for ne-cessário para que não hajaescassez do produto.

Rocha Campara p o 1 í t i c a r n r a 1

argo alerta

São Paulo — "Se a poli-tica agropecuária não pro-piciar benefícios efetivos epalpáveis aos produtores,que são o sustentáculo daprodução rural, de nadaadiantará dispormos de ins-tituições rurais bem im-plantadas, redes de exten-são equipadas, técnicos eapurada metodologia", afir-mou ontem, ao ser empos-sado no cargo, o novo Se-cretário de Agricultura deSão Paulo, Sr Paulo da Ro-cha Camargo.

Ele substitui o Sr PedroTassinari que pediu demis-

sáo da Pasta. A sua posse,realizada no Palácio dosB a ndeirantes, comparece-ram além de Secretários doEstado, prefeitos e vereado-res, o Ministro da Agricul-tura e o Governador PauloEgidio Martins. O Sr PedroTassinari ao entregar o car-go fez um histórico de suagestão, informando que "a

produção agropecuária pau-lista, em 1977, vai superaros Cr,$ 66 bilhões e o cafévolta a pontificar como fon-te de renda e emprego, sen-do responsável direto porcerca de CrS 19,5 bilhões".

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JORNAL DO BRASIL

Pastore denunciasituação agrícolaBrasília — O supe-inten-

dente cie Estudos e Pcsqui-sas da Fundação Centro deEstudos do Comércio Exte-rior, economista Afonso Cel-so Pastore, criticou ontema politica econômica adota-da pelo Governo, <|ue teindeixado a agricultura "enisituação retardatária". "Osetor tem sido penalizado,poclendo-se dizer que é (iúnico ,juc nunca foi protegi-do", acrescentou.

Falando no seminário so-bre perspectivas agrícolasque está sendo promovidopela Comissão de Financia"mento da Produção (CFIÍ),cie disse, n„ finai da pules-tra, que "ia dar um ^riloque está preso na minhagarganta há muito tempo,pois as platéias ás quais te-nho falado não se interes-sam pelo tema."

Ele lembrou o alto custoque o país terá de pagar pc-Ia falta de apoio à agricul-tura, em favor do auxílioaos setores de bens de con"sumo duráveis e, mais re-centemente, com os setoresindustriais mais intensivoscm mão-de-obra (indústriastêxteis, agroinduslriais, cn-tre outros).

O setor pode ser o motorimportante da economia dopais, mais do que o indus-tvial, pois através de seudesenvolvimento é possi-vel ilesconcentrar a renda,resolvendo assim um dosdefeitos da politica econô-miea nacional.

Citou os problemas causa-dos à agricultura pela poli-tica de substituição de irá"portações, pois a supervalo-rizaçâo da taxa c a in 1) i a lcom o objetivo de desesti-mular a compra de produ-(os duráveis no mercado cx-terno tem penalizado o sprodutores r u r a i s atravésda redução da receita comprodutos agrícolas de cx-portação.

O selor agrícola, segundodisse Pastore, poderia serincentivado através deisenções do Imposto sobreCirculação de Mercadorias,que recaem sobre produtosexportados. Mas esse cami-nho é difícil, disse, a nãoser que o Governo competi-sasse as perdas das receitasestaduais criando um fundode ressarcimento dos Esta-dos.

Brasil têmnovo acordo

Brasília _ Um "amplo es-quema de cooperação finan-ceira" foi firmado ontementre o Banco do Brasil eo Banco Nacional da' Argé-lia. A finalidade do acordo,segundo informa comunica-do oficial distribuído ontemem Brasília, é o apoio às e.x-portações brasileiras para aArgéiia. hoje concentradasno café e no açúcar.

A nota oficial não escla-rece os detalhes do "esque-ma de cooperação", e.acres-centa apenas que o presi-ciente do Banco do Brasil,Karlos Rischibieter, encon-trou-se com os Ministros dasFinanças. Mohamcd Ben-zaha, e do Comércio, HajiZailah. que destacaram "anecessidade prioritária deos países do Terceiro Mim-do estabelecerem relaçõescomerciais e financeiras di-retas e para isso promove-rem contatos" com maiorfreqüência.

Especificamente, foi abor-dado, nessas reuniões, otrabalho de empresas deengenharia do Brasil "quejá executam grandes obrasem Orã e Constantina, duasimportantes cidades argeli-nas". .

O presidente do Banco doBrasil vè possibilidades ciese estabelecerem "setores decooperação" na área d aconstrução civil, "tendo emvista os programas de habi-tação desenvolvidos pelaArgélia e a experiência acu-mulada pelo Brasil nessesetor, em condições pareci-das".

MERCADO DE CAPITAISESCOLA DE PÓS GRADUAÇÃO

EM ECONOMIA (EPGE) DAFUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

CADEIRAS:MICROECONOMIA.MACROECONOMIA.MATEMÁTICA FINANCEIRA.CONTABILIDADEADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA,ANALISE DE INVESTIMENTOSE MERCADO DE CAPITAIS.

SÉT)M>vTURMA

DOCÊNCIA:PROFESSORES DA EPGE

DA FUNDAÇÃOGETULIO VARGAS

INICIO DO CURSO:-1» DE AGOSTO DE 1977

HORÁRIO:18 HORAS E 30 MINUTOSAS 20 HORAS E 30 MINUTOS(2*. 3* e5" leiras)

!v'.

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: AV. 13 DE MAIO, 23 - 11o. ANDARPOUCAS VAGAS - NAO SE ATENDE POR TELEFONE. 1

JORNAL DO BRASIL ? Quarta-feira, 13/7/77 Q l9 Caderno ECONOMIA 19

Serviço Financeiro

Depósitos doItaú superam'Cr$ 16 bilhões

O recolhimento do INPS e FGTSpelo grupo 1 (cerca de CrS 1 billuto400 milhões) e do PIS (cerca deCrS 1 bilhão 300 milhões) prcssio-naram mais uma vez o nível de re-servas do sistema bancário. Ontem,as taxas dos cheques do Banco doBrasil (usudus para cobrir as per-das dos bancos na compensação)oscilaram entre 3,507v e 2,50% ao'mês, levando, inclusive, alguns ban-"eus a aumentarem seus débitosjunto ao redesconto do BC. Os fi-'uanciamentos de posição para oprazo de um dia situaram-se cm"3,50% na abertura, jixando-se em

, 2,50% no jechamento, com a mé-dia das operações a 2,95% ao más.O volume de negócios com BB so-mou a CrS 1 bilhão 659 milhões,segundo amostragem da ANDIMA

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São Paulo — O Banco Itaú íe-chou o semestre com um total deCrS 16 bilhões 10 milhões em depó-sitos, com um crescimento de 19,5%sobre o.s CrS 13 bilhões 468 milhões,de dezembro de 1976. Os depósitosà vista somaram CrS 15 bilhões 274milhões, com expansão de 17,4% noperiodo. Os empréstimos totais doItaú atingiram CrS 14 bilhões 712milhões, com aumento de 15% sobredezembro. O lucro contábil somouCrS 260 milhões.

Mesmo com esses resultados, oItaú não conseguiu reduzir a dis-'.anciã do Bradesco. Em dezembro,a diferença entre o Bradesco e oItaú era de CrS 8 bilhões 654 mi-lhões, sendo de CrS 9 bilhões 39milhões no momento, apesar dosdepósitos do Bradesco terem crês-cido só 13,65%.

O Banco Mercantil de São'Paulo acusou aumento de 15,81%em seus depósitos no semestre, quechegaram a CrS 7 bilhões 501 mi-lhões. Seus empréstimos atingiramCr$ 5 bilhões 422 milhões, com ai-1 ta de 34,77%. A diferença entre asaplicações e os depósitos não foi'compensada pelo disponível de CrS1 bilhão 275,8 milhões (17% dos de-pósitos), sendo CrS 1 bilhão 122 mi-lhões em Letras do Tesouro Nacio-nal. O lucro de CrS 276,9 milhõesremunerou em 14,99% o capital ereservas, mas foi inferior ao do se-gundo semestre de 1976, de Cr$ 283milhões.

O Banco Safra apresentou au-mento de 68,76% em seus depósi-tos, que somaram CrS 1 bilhão 848milhões, enquanto seus emprésti-mos cresciam 13,18';;., chegando aCrS 1 bilhão 611 milhões. O lucrode CrS 90,7 milhões remunerou em34,84% o capital e reservas.

O Banespa teve aumento de13.95% em seus depósitos, que so-maram CrS 15 bilhões 201,9 milhões,enquanto os empréstimos cresceram25,19%, chegando a CrS 37 bilhões642,5 milhões. O lucro somou Cr$751,5 milhões, remunerando em22,92 % o capital e reservas.

Brasília — O Banco Centralnegou ontem qualquer vincularãocredilieia com a Kclson's, "ou comqualquer outra empresa comercialou industrial." Segundo informa-ções de sua assessoria de imprensa,O Banco Central apenas c "supri-dor de recursos junto a instituiçõesfinanceiras, para atender aos in-vestidores." Instituições financeirascomo o Banco de Investimento In-depcndêneia-üecred, por exemplo,possuíam investimentos na KW-son's e sofreram depois intervençãodo Banco Central.

Para o empréstimo à Kelson's,o Indepentlcncia-Decred pediu ga-rantias imobiliárias, por exemplo.Como o Banco Central tem com-promissos a serem ressarcidos como Indepentlcncia-Decred, ele se uti-lizará desses bens imobiliários co-mo garantia indireta do emprésti-mo que fez ao Grupo Independên-cia-Decrcd (para devolver a seusinvestidores o dinheiro ali aplica-do).

São Paulo — O Departamentode Desenvolvimento Urbano —Deurb — do Banco do Estado deSão Paulo, deverá atingir, até ofinal do ano, aplicações no valorde CrS 20 bilhões em projetos deinfra-estrutura urbana e social de352 cidades paulistas. Nos últimosdois anos já aplicou mais de CrS15 bilhões.

São Paulo — O Banco P. Bar-reto completou, no início de julho75 anos de atividades. Fundado em190:2, com sede cm Mococa, no in-terior do Estado, é um banco tra-dicionalmente ligado à área rural.Fazem parte do conglomerado umafinanceira, uma distribuidora detítulos e valores mobiliários, umacorretora de valores, uma corretorade seguros e uma metalúrgica.

Adeval apoiarigor do BC nasliquidações

São Paulo — Em nota à im-prensa, a Associação das EmpresasDistribuidoras de Valores (Adeval),aplaudiu as informações de que oBanco Central irá acelerar os pro-cessos de liquidação de empresas dosetor, considerando essa iniciativacomo uma política saneadora "queidentifica aqueles que não apenasforam vitimas da liquidez, mas queagiram em desacordo com os me-lhores princípios éticos e por issosofreram as penas legais".

A Adeval aplaudiu principal-mente a informação de que o.s pro-cessos de liquidação se dêem medi-ante a venda dos ativos pertenceu-tes às liquidadas e a seus acionistascontroladores, representados emgeral por titulos mobiliários e bensimóveis. "Identificadas as irregula-ridades, é preciso que as autorida-des não vacilem em se assegurar damaior soma possível de bens quepossam responder pelos prejuízos'.

A entidade acha necessário queo Banco Central recorra à Comis-são Geral de Investigações quandoda captura dos bens, considerandocomo um "acerto oficial" a idéiade transferência dos ativos. AAdeval acha que a recuperação dosprejuízos deve ser rápida.

Lucro no open nãoirá para diretorde órgão oficial

Brasília — O Presidente da Re-pública sancionou ontem lei vedan-do às diretorias de bancos e enti-dades oficiais a participação noslucros oriundos de aplicações emdepósitos a prazo fixo, cadernetasde poupança ou títulos de renda. ALei, de n.° 6 432, será regulamenta-da em 60 dias.

De acordo com o dispositivo le-gal, que entrará em vigor ao ser pu-blicado no Diário Oficial, o resul-tado oriundo da aplicação feita porbancos oficiais, sociedades de eco-nomia mista e empresas públicas,em depósitos a prazo fixo, caderne-tas de poupança ou quaisquer ou-tros titulos que rendam juros oucorreção monetária, não será con-siderado quando da distribuição depercentuais do lucro final daquelasentidades, a titulo de gratificaçõesà diretoria ou empregados.

As instituições vinculadas aoEstado, que fizeram tal captação derecursos, terão que manter um sis-tema próprio de contabilidade pa-ra registrar todas as operações rea-lizadas com aqueles valores, a fimde se identificar, separadamente, olucro obtido. A decisão afeta, so-bretudo.o Banco do Brasil que,através do Serofi, faz aplicações noo;je?i market e administra fundosde liquidez de obrigações estaduais.

Rendimento das lelras de câmbio e CDBsINSTITUIÇÃO HO DIAS 360 DIAS

líquida hrula líquida brulaAmérica do Sul 16,298 18,322 35,395 40,03 %Aymoré 17,05 37,10 42,00 %Bahia 2,515 % a.m. 2,77 % a.m. 2,721 % a.m, 3,00 % a.m.

~

Bamerindui 2,64 % a,m. 2,91 % a.m. 2,87 % a.m. 3,16 % a.m.Banespa 15,56 17,48 35,41 40.SO °íBanorle 2,46 % a.m. 2,55 % a.m. 2,66 % a.m. 2.7T % a.m.Kmr'° 15,04 16,62 32, t* 36,00 %

Bcmge 15,28 16,6113,52 %

33,12 36,00

16,58______

18,3229,01 % 32,00 %

2,2336,60

3,1640,00

Cédula 13,9291%3,50

Cosia Leste15,326 %

2,31 % a.m.29,9970%

2,5533,00 %

17,03 %2,50 % a.m. 2.75

19,16 %

Fiança13,56 %

37,10 % 42,0014,89 %

2,3229,16 % 32,00 %

2,55 % a.m. 2,5016,66 %

lochpe18,85 %

2,75 % a.ir

Ha16,61 %

36,25 41,0018.32 %

11,52 %36,18

13,13 % 25,192,70 % a.m.

20,00

13,54 %2,98 % a.m. 2,94 % 3.25 % a.m.

17,0329,10 32.00 %

Minas Investir19,16 37,10

Noroeste2,05

42,002,34

2,00 % a.m. 2.48 % i.m.2,20 % a.m. 2,45

Sibi!2,51 2,77

2,75 % a.m.

Volkswagem2,77 %

2,72

'6,303,06 %

% a.n3,02

18,32 %3,32

40,00

O mercado secundário de títulospúblicos e privados de renda fixapermaneceu bastante parado on-tem, já que a maior parte das ins-titiiicões, como nesses últimos dias,procurava apenas financiar suasposições a curtíssimo prazo. Os ne-gócios que iniciaram em níveis de.1.20% ao más. subiram para 3,60%ao mês, declinando para fechar em

2,70c,'o ao mês. A média dos negóciosficou em torno de 3,25%. As Obri-gações Reajustáveis do TesouroNacional com cinco anos de prazoe juros anuais de 6% não apresen-taram cotações de compra e vendano mercado. O volume de operaçõescom esses papéis somou apenas aCrS 3 bilhões 525 milhões, segundo

amostragem da ANDIMA

Títulos de crédito

Abaversos

,ljto ai taxas mediai mensais de rentabilidade oferecidas à aplicação da clientela nos dl-iitulos negociados no mercado abertoi

PRAZO(dia.) 10 30 120 180 210 360

LTN 2,60ÒRTN .... 2,70~ORTP .... 2,75~ORTRJ . . . 2,75ORTMG . . . 2,75ORTBÁ . . . 2,75ORTRGS ¦ . ¦ 2,75ARTMSP . . . 2,75ITMSP .... 2,75ITBA 2,60LTRGS . . „ .2.60

L, Camb. . . .2,65 "

t. Imob. . . .2.65CDB" 2.65Bônus .... 2,65

2,72_

_2,75_J,80__2,80_

2,80-

_2JB0_2,80

_2,65_2,65_2,70

2,75_

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_2,90__2,90___•_?_._2,70__2,7Ò_

2,75

_2,78__2,8S_2,90j~2,90_

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2,85

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2,80

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2,85

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_M__2,80_'2785

2,852,85~2,85

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2,95"

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2,70_"3,00

2,952,90

2,70 2,80 2,85 2,90_2,95_

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2.902,602,652,65

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J.Ú____?

2,652,65

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A Associação Comercial do Riode Janeiro oferecerá, na próximasexta-feira, no Clube Comercial,um almoço ao diretor do Banco doBrasil, Rodrigo Horácio Garcia daCosta.

De 5 de setembro a 2X de outu-bro, a Escola Brasileira de Admi-nistração Pública, "da FundaçãoGetúlio Vargas, realizará o CursoEspecial de Administrarão paraprofissionais de nível superior.

Mercado de LTNO HK-rcsdo aberto de Letras do Tesouro íYa-

cicnal voltou a registrar um volume bastante re-duzido de operações efetivas de compra e vendade titulo», que incluindo os financiamentos deposiçüo a curtíssimo prazo somafjm apenas Cr$33 bilhões 423 milhões, segundo dsdos fome-cidos pela ANDIMA. Segundo os operadores aredução da liquidez levou as instituições a acre-ditarem qua as taxa; de desconto das Içtrnsnão poderão ter novas quedas polo menos du-rante este mês, quando o sistema bancário per-de grande volume de depósitos. Para o mês quovem eles espsram que a inflação mantenha suatendência de de:linio, contribuindo para ace e-ração do processo de queda das taxas. Ont.m,as taxas dos financiamentos de posição a curtis-sitno prazo situaram-se em 3,50% na abertura,declinando ligeiramente para 2,50% òo mé. nofechamento, com a média dos negócios em2,95% ao mês. Com isso, o mercado registroumaior disposição de vcr.d* por parte das tnst-luiçôes. O maior giro de negócios ficou cen-centrado nos papéis com vencimento de dezem-bto, cotados na faixa de 29,95% até 29,55%de desconto ao ano. A :'ícju r, as taxas médiasenuais de desconto de todos os vencimentos:

Vent. Compra Venda Venc. Compra Vinda

13/07 06/10 30,95 30,6520 07 32,50 32,20 02,11 30,85 30,5522 07 32,08 32,68 09/11 30,75 30,4527/07 33,00 32, /0 16 11 30,65 30,35

03.08 33,08 32,78 23/11 30,55 30,2510 08 33,00 32,70 25/11 30.J5 30,151708 32,93 32,63 30/11 30,35 30,0519 08 32,85 32,55 07/12 30,25 29,9526/08 32,70 32,40 14/12 30,15 29,8531-08 32,55 32,25 16,12 30,05 29,7507/09 32,30 52.CO 21/12 29,95 29,6514 09 32,15 31,85 28'12 29,85 29,5521/09 32,00 31,70 04 01 29,70 29,40

23/09 31,35 31,55 13 01 29,55 29,25

28/09 31,70 31,40 17 02 29,30 29,00

07/10 31,45 31,15 17/03 29,10 28,7012/10 31,28 30,98 1404 28,80 28,4014/10 31, Í0 30.80 19/05 28,25 27,85

17,10 31.05 30,75 23/06 27,70 27,30

Soja cai ao menor preço do anoLondres, Washington — A soja e

seus derivados, juntamente com ou-tros óleos vegetais, cairam ontem aosníveis mais baixes do ano na Bolsade Londres. O declínio dos preços naBol.sa cie Chicago, onde os contratosfuturos de soja em grãos estão sendonegociados abaixo de seis dólares porbushel desde segunda-feira passada,foi a razão principal da queda emLondres.

O Secretário de Agricultura dosEstados Unidos, Sr Robert Bergland,disse ontem eme os preços da sojanorte-americana estão baixando emdireção a níveis "mais razoáveis", emanifestou a esperança de que osgrãos sejam negociados cm breve en-tre quatro e seis dólares por bushel.Disse que o declínio nos preços da so-

ja resulta do funcionamento normalda oferta e da procura, e lembrou operiodo quando o produto estava a10 dólares ihá três meses), um preçoque ele considera excepcional para asoja.

Em Londres, informou-se que asoja americana íoi oferecida ontem a235 dólares por tonelada CIF Roter-dã, contra um preço recorde de 420dólares em abril. E em Chicago, oproduto fechou entre 5,77 c 5,80 do-lares por bushel para entrega em ju-lho, contra 10,50 dólares em abril pas-sado, para o mesmo contrato. Tociosos demais contratos fecharam abaixode seis dólares.

Entretando, de acordo com a pu-blicação semanal Oil World, editadaem Hamburgo, o suprimeiro mundial

de soja a partir de setembro (Iniciado ano comercial do produto e datada entrada da safra nova dos EUA»,não será tão grande como indica oaumento de 17% na área plantada es-te ano nos Estados Unidos. Os últi-mos cálculos, diz a revista, indicamuma safra americana de 42,6 milhõescie t em 1077/78, contra 35,1 milhõesde t em 197G/77. Ao lado disso, ha-verá cerca de 12,6 milhões de t deprodução do Brasil, o que levaria oabastecimento mundial a cerca cie 70.3milhões de t, contra 61,3 no períodoanterior. Ainda assim, a publicaçãocalcula que a moagem mundial desoja não deverá crescer mais do queá média de 8% dos útlimos cinco anos,se forem mantidos estoques mínimosde comercialização.

Bolsa de Mercadorias do Kio

Cobal comprafeijão-preto

Rosinha 520,00tradinho 300,00FARINHA DE MANDIOCA

A Superintendência Nacional de Abastecimcn-to — Sunab — informou ontem que a CompanhiaBrasileira de Alimentação — Cobal — adquiriu apreço de tabela 70 toneladas de feijão-preto deatacadistas estabelecidos no Mercado São Sebas-tião e no Centro de Abastecimento do Estado daGuanabara. A mercadoria deverá ser repassadaa preço de tabela a estabelecimentos varejistas doGrande Kio.

A Sunab esclareceu que não se trata de umaoperação de apreensão de feijão-preto, mas sim-plesmente de compra do produto. O processo con-sistiu na ida de inspetores de abastecimento daSunab e de compradores da Cobal aos respectivosmercados. Inicialmente, os inspetores da Sunabprocediam a um levantamento do estoque das fir-mas atacadistas e constatada a existência de fei-jão-preto, este era adquirido pelos funcionários daCobal, que efetuavam o pagamento no ato. Caso oatacadista se recusasse a vender a mercadoria, pu-deria ser processado por sonegação. Mas não che-gou a ser lavrado nenhum auto neste sentido.

tVo Mercado São Sebastião foram adquiridas 35toneladas de feijão-preto nacional e igual quanti-dade no Centro de Abastecimento do Estado daGuanabara, cujo preço de tabela no atacado é deCrS 368,55 por saca de 60 quilos. Também no Mer-cado de Madureira, a Cobal comprou feijão-preto,cujo montante será conhecido hoje.

ExtrafinatxtraLspecialSão Paulo, EspecialSALGADOS (kgjCdrne CopaCarne ComumCarne PdielüParn.lCo=telaChlspeTouctnno barriga

c/cost.Toucinho brancoToucinho barriga

def. c/cost.Toucinho barriga

def. s/cost.CHARQUE (kg)DianteiroH. AgulhaCoxão, traseiroMANTEIGAMinas GeraisLata lOkg - Ia.Lata lOkg — conitAnViqor (kg)CCPL (kg)

155,00150,00140,00130,00

24,002..C026,0027,0020,0015,00

19,0017,00

31,00

28,00

25,0020,00/ 21,00

nominal

320,00300,00

28,1031,00

semiduro Cr$ 80/81,00, idem, a gm-nel e uemo de ICM Cr$ 69/70,00,por saco üe 60 quilos. Canjica bran-cs CrJ 5,00/5,20, por quilo. Farinhaamarela Cr$ 66/68,00, e branca Cri113/115,00, por saco de 23 quiloi.Fubá, extra G$ 85/90,00, t espeuatCri 78/80,00, por saco de 50 quilos.Mercado calmo e cotações inalteradas.

Belo HorizonteCotações dos principais proautci no

mercado atacadista desta C.pitai.gundoMercadoMG:Produto»

Serviço de InformoçÕÊS doAgrícola, Epam.g a Ceasa-

Arror. (saca da 60kg)Amarelão extraAmarelão

l 2 separaçãoAgulna do SulB.ca corridaCisneiroMaranhãoJapcnêsBatatd (saca da 60kg)

CotaçãoCrS

Estável 350,00

EstávelEstávelEstávelEstávelEstávelEstável

FUBÁ' OE MILHO (SOkg)78,0076,00

87.00' 89,0080,00/ 82,00

nominal12,50

15,8510.10

Foram as seguintes as cotações dai ÓLEOS VEGETAIS COMESTÍVEISmercadorias, ontem, na Boisa de Gõ- (lata da 18 Ütroj)neros Alimentícios do R;o de Janeiro: Algodão nominalARROZ Amendoim nominal_. - So]a 207,60Rie Grand. Caixl dí j„ rf ,00m|Grão. Longo. Algodão nominal

Amarelão, Extra 295,00/300*00 ^h^'" nominalAmarelão, Especial 280.00/285,00 __," 238 41Amarelão, Superior nominal 0„_..-_. ,,« .Agulhinha BATATA (60 kg)Tipo Americano, fio Paul° „,„„„

Extra 300,00 310,00 fx,r". ?Í2'2STipo Americano, Especial 160,00

Especial 290,00/295,00 Primeira 80,00Tipo Americano, Segunda "?"""?'

Superior nominal rVíní a ri, °'°°404 do Sul, Extra 285,00 „ ,° |k9'404 do Sul, Especial 275,00/280,00 Paulisla 4,j0404 do Sul, Superior nominal £¦ Grande "usSn'£Grãos Curtos Pernambuco 3,50Japonês, Extra 290.00 San,a Catarina ausenteJaponês, Especial 275,00/280,00 FEIJÃO-PRETO (60 kg)Japonês, Superior nominal r. g. Sul nominalSanta Catarina Polido nominalGrão. Longos t'""K ,¦ ,Amarelão, Extra novo 300.00/305,00 l'po Bol",h» nominal»m>,»i^ F.„„r;ii mr, nn Comum ,„-,,„,n«iAmarelão, s"uíerior nominal"" Uberabínha nominalEstados Centrais / Mina» Mineiro nominalGoiás / São Paulo FEIJÕES DIVERSOSAmarelão, Extra 3l5,00/'320,00 Branco miúdo 340.00Amarelão, Espec;al 300,00/305,00 Branco graúdo 400,00Amarelão, Superior nominal Triângulo — GoiíiBANHA Cavalo-clnro 500 00Caixa de 30 pacotes Chumbinho 520,00

de 1 kg 540,00 Enxofre-jelo 600,00Caixa 15 lata» Mulatinho 500,00

a 2 kg nominal Manteiga 62Q,00

ExtraComumMILHO (60kg)Amarelo-HibridoAmarelo-AAescladoAM.ENDOIM (SP)Com cascaSem cascaCARNE BOVINA (kg)IrastiroDianteiro

SOJACom uma queda de 20,5 pontos em

relação ao fechamento anterior, a so-|a voltou ã fechar em baixa na Bolsade Chicago, ontem, sendo colada a2!4 dólares/t. O oleo, apresentandouma pequena retração, foi cotado em¦¦175 dólares, enquanto o farelo tam-bém registrou uma baixa significa ti-va, com uma cotação de 152 dólarespara entrega em agosto.

São PauloArroí — Tipos especiais — De grãos

longo. — amarelão dos Estados Cen-rrais CrS 280/290,00, amarelão SantaCatarina Cr$ 270/280,00, Blue Eeiledo Sul Cr$ 280/7290,00, amarelão doSul CrS 260/270,00, 405 do Sui CrS255/265,00 e 404 do Sul CrS 250/260,00. De grãos curtos — Catclo doSul Cr$ 240/250,00, por saco de 60quüos, Mercado calmo e cotaçõesina.teradas.

Quebrados d» arroí — Tipos espe-ciais. 3/4 de arroz CrS 110/120,00,1/2 arroz CrS 80/85,00 e «uirera dearroz CrS 65/70JM, por saco de 60qu:los. Mercado calmo e cotaçõesinalteradas.

Feijão (Safra das Secas) — Tipos es-peciòis. Bico de ouro CrS 50O'530,O0,brancão CrS 380/400,00. carioouinh»,Cr$ 620/6'<Q,0ft *"hur_ibÍnho r,< rj,in/520,00, ialo" Cr'$

"630/680,00, òpàqul-

nho CrS 580/600,00, rajsclo CrS 600/620,00, rosinha CrS 640/660.00 o ro-xlnho Cr$ 650/670,00, por saco de60 quilos. Mercado calmo e cotaçõesinalteradas.

Soia - Tipo industrial CrS 160/170,00, por 60 quilos, a granel, isen-ta de ICM. Mercado frouxo e cota-ções^ inalteradas.

Milho • subprodutoi — Amarelo,

Comum especialComum de Ia.Comum de Ialha especialLisa de Ia.

EstávelEstável

AusenteFracoFraco

300,00305.CO275,00280,00240,00305,00

190,00120,00

240,00150 00

Farinha do Mandioca (saca d% 50kg)Fina e grossa Estável 190,00Feijão (saco de 60 kg)Enxofre-jaio Estável 630,00Prefo-comum AusentoRapé/opaqutnho Estável 525,00Roxo Estável 680,CORaiado Estável 590,00

Milho (saca da 60kg)

Amarelo/amarelinho Estável 90,00

RecifeO abastecimento do mercado local

de produtos agrícolas manteve-se r>guiar ontem, sem qualquer alteraçãonas cotações doi principais gêneros,segundo informações da Ceasa a Cos-ta Filho Comércio de Cereais:

Compra VendaCrS CrS

Feüão-mulatinho 650,CO 680,00Arroz 330,00 350,00Farinha de mandioca 140.CO 160,00Cebola ;kg) (min.) (min.)

4,00 4,50(máx.) (máx.)

4,50 6,00

Porto AlegreO mercado atacadista gaúcho man-

teve-se estável, ontem, sem reg-straralterações nas cotações dos principaisprodutos comercializados, cm PortoAlegre:

Milho — Mercado estável — Ama*relo comum mesclado a CrS 70/72.00o saco de óOkq,

Batata — Mercado eslávet130/150.

Cebola — Mercado estávellôn:a a CrS 5,O0'7,O0 o quilo.

Banha — Mercado estável600 630 a caixa de SOkg.

Arroz — Mercado estável — Exra-longo t:po agulhinha a CrS 115/118,00 - Extralongo a CrS 115/II8.CO- Médio a CrS 100/105,00 o sacode 30kg.

Feijão — Mercado nominal.

Cr$

Co-

Cr$

Mercado externo

Chicago e Nova Iorque — Cotações futuras nas Bolsas de Mercadorias de Chicago e Nova Iorque, onte

r USDA prevê safrarecorde de milho

Washington — O Departamento de Agricultu-ra dos Estados Unidos — USDA — estimou ontemuma .safra recorde de milho para este ano no país,chegando a 6 bilhões 331 milhões de bushels (1bushel de milho — 25,46 kgi A produção de trigoentretanto, foi calculada 5% abaixo da do ano pas-sado, em 2 bilhões 44 milhões de bushels íl bushelde trigo — 27,22 kg). O Departamento observou quese a estimativa para o milho for cumprida, estaserá a terceira safra recorde consecutiva. A pro-dução no ano passado foi de 6 bilhões 216 milhõesde bushels.

A estimativa anunciada ontem íoi feita combase nos dados de V> de julho, o que permite oprimeiro cálculo firme da safra do ano.

Nos últimos 10 anos, houve uma diferença mé-dia de 283 milhões de bushels entre a estimativade 1? de julho e a safra real de milho, e para otrigo, de 55 milhões de bushels.

O cálculo para o trigo compreende 1 bilhão539 milhões de bushels de trigo para o inverno, oque será 2% a menos do que no ano passado.

MES ABER. MAX. MIN. FECH. DUANTERIOR

ÓLEO DE SOJA (CHICAGO) - 27,18 T

JUIAGOSETOUTDEZJANMAR.

21,0521.0520.5020,6020,5520,7020,75

22.1022,1527.1021 6021.5071.5521,70

21.0021,0070,9020,5020.5520.5620.75

21.6021,50 ¦21,5521.1020.6020.9021.00

21,3321,3821,3020.8720,7020.8520.95

CAFÉ (NYl - 250 wcai da 70 kq

JUL •SETDEZMARMAIJUL.

285,00.232,52192.06177,00I69.00A167.25 A

280.00233.20197,50186,50iai.no168,00

276,00232,52192,66I77.C0169.C0167,25

280,03232,52197,50185,50181.C0179,00

283.50238,52193,66183.00175,00173.25

AÇÚCAR (NY) - 50 T

SET.OUT.

JAN.MARMAI.JULSETOUT.

7.05/087,40/457,78/958,25/19B.iíl '418,52 558,78 738,92/88

7.217,507,958,258,528,568,78

7.057,387.788,118.288,468,65

N? 1]7,11/127,40/417.80/90BA8,11/128,32/348,508,68/718,83/8.1

7,1.7,417,858,118.338.508,708,83

ALGODÃO (NY) - 22,65 T

OUT.DEZ.MAR.MAI.JUL.OUT.DEZ.

60,6059,10/2059,7560,1160,9061,1060,20

61,2559,5559,9560,6061,2561,2563,40

59,9253,6159,2559,9060,7060,8560,10

60,3058,70/9559,45/6560,1560,7060,6060,10

61,1559,4860,0260,5061,1061,5060,30

CACAU (NY) - 13,59 T

MES MIN. FECH. DIAANTERIOR

TRIGO (CHICAGO) 136,1 T

JUL.Stl.DEZ.MAR.MAI.JUI.

225,00209,25191,00181,80175,85170,00

230,50209,25191,08181,80175,90170,35

225,00209,25191,00181,80178.6U170,00

230,50209,25191,00181,801/5,90170,35

220,00203,25185,501/5,80169,90164,35

JUL.SET.DEZ.MAR.MAI.JUL.

230235245254258263

323238249257261265

1/2 227232243253257262

227233244253258262

1/21/41/2

1/21/4

230 1/2235 1/2246 1/4255 1/2259263 1/2

COBRE (NY) - 11,32 T

MILHO (CHICAGO) - 127.15 T

JUL.SET.DEZ.MAR.MAI.JUI.

209213220228234238

1/2 2!3217223231236240

209213:<o223234237

210214220229234237

10-3. 414-1,41/2-2829-1/21 41/2

211 1/4216222230235

JUI.AGO.SET.DEZ.JAN.MAR.MAI

57,8058,0058,6060,1060,5068,5862,50

57,9056,205b,c060,1060,6061,5062,50

56,0056,2056,6058,0058,6060,10Ol.ÚO

65,0056,50£6,7058.0J58,5059,5060,40

58,3058,5059,0060,4060,9061,90

62,80

1/2

SOJA (CHICAGO) - 136,1 T

Nota: Itigo t loja — Em centavos de dólar por bushal (= 27,22 kg.)Mtlho — Em centavos de dólar por bushal (= 25,-16 kg )Farelo de soja - Em centavos por toneladas.O eo de soja, café, açúcar, algodão, cacau • cobfi — Lt> centavosdólar por libra-peso (5= 453 gr.)

JUL.AGO.SET.NOV.JAN.MAR.MAI.JUI.

590591584576581593602610

604606595590595603609614

576575566564

•5715S0584588

580 77583 78567 66569 66574 72530585 84588 90

599601586578 1/2586593599605 3/4

MetaisLondres - Cotações dos metais em Zinco

FARELO DE SOJA (CHICAGO) - 100 T

158,00152,50152,00157,00152,00156X0165,00

159,50161,CO162,00159.00161.00161,50167 00

151,50152,50152,001 47,00149,00155,00159,50

153,00154,00154,50152X0154,00156,03160,00

161XO162,50162,00156,80158,601*1,10165,70

Londres, ontemiCobre¦ vista3 mesesEstanho (Standart)à vista3 mesesEstinho (High grade)à vist*3 meses

Chumboà vist*3 meses

731,50 732,00751X0 752,00

5950-59605995/60,00

59,50 59,6059,95 60,00

328,50 329,50331,50/332,00

a vista3 mesesPrjUã vista3 mesesOurtà vista

318,00/319,00327,00'327,50

260,00/260,30264,70/264,80

141,85

Nota: Cobfa, Estanho, Chumbo e» Zin-co — em libras por toneladas.

Prata — em penca por cnç»Iroy (31,103_>.

Ou'0 — em dólares por onc«-

20 ECONOMIA JORNAl DO BRASIL Quarta-feira, 13/7/77 1° Caderno

EMPRESASO balanço semestral do Banco Sa-

ira mostra que os depósitos totaisevoluíram 67%, somando Cr$ 1 bilhão848 milhões em 30 de junho, encraan-to os depósitos a prazo íixo do Safrade Investimento — um dos maioresdo pais — passaram para Cr$ 4 bi-lhões 680 milhões, com uma expan-são de 70%.

Acaba de ser formado o Consór-cio de Sistemas de Tração Elétrica,visando atender o programa nacionalde trolebus. li' constituído por seisempresas que detém uma experiênciade 20 anos: Ansaldo (Societá Genera-le e Eletromecanica SPA), BardellaBorrielo Eletromecanica, Inepa r,Marcopolo, Saab-Scania e Sade (SulAmericana de Engenharia).

Está marcado para a- semana de28 de agosto a 3 de setembro o XIICongresso Internacional de Processa-mento de Minerais, a ser realizado emSão Paulo, com a presença de mil es-pecialistas de 50 paises. Para o pro-iessor J. Maia, presidente da Comis-são Executiva do Congresso, "um me-lhor conhecimento da realidade do se-tor mineral brasileiro certamenteatrairá o interesse dos investidoresestrangeiros".

A Barber Greene acaba de lançarum novo secador de agregados comcapacidade de produção de 100 e 240toneladas/hora, cin duas versões: pa-ra aplicação estacionaria e paratransporte.

Os acionistas da Minasgás vão re-ceber 100% de bonificação, decorren-te do aumento de capital para Cr$ 72milhões aprovado na assembléia doúltimo dia 28.

Estiveram reunidos ontem, naBolsa do Rio, os corretores cariocas.Na pauta, os temas a serem apresen-tados no Congresso das Bolsas, em no-vembro. Segundo Roberto Willemsemsdo Vale, diretor da Mandarino-Fian-ça, uma das teses abordará o proble-ma da educação do investidor — sema qual, qualquer esforço é inútil.

A Reynolds Tabacos do Brasil,subsidiária da empresa norte-ameri-cana R. J. Reynolds, lançou ontem, nomercado do Rio, a marca de cigarrosChanceller, que será comercializada aCr$ 7,70 e se destina a competir como Minister, da Souza Cruz. Trata-sede um cigarro king-size (lOOmm decomprimento), com 21mm de circun-ferência e todo branco, o que o in-clui na faixa dos cigarros considera-dos finos.

Na semana passada, em São Paulo,a Reynolds lançou o Kingslon, a Cr!j>7,20, para compelir na faixa do Hol-I.ywood (Souza Cruz) e do recém-lan-pado Commandcr (Philil Morris). Asduas novas marcas estão ainda cmfase de testes de mercado, para pos-terior distribuição cm todo o país. Osinvestimentos da Reynolds no Brasilprevistos para esle ano atingem 4 mi-lhões de dólares.

Montreal prevê quefaturamento supereCr$ 2 bilhões este ano

O grupo Montreal prevê um faturamento36% maior, este ano, ultrapassando Cr$ 2 bi-lhões 13 milhões — cifra que, em 76, foi deOr$ 1 bilhão 479 milhões 334 mil. O lucro li-quido, após o Imposto de Renda, deverá ficarem torno de Cr$ 151 milhões, contra Cr$ 161milhões no ano passado.

As informações foram prestadas ontempelo diretor vice-presidente do grupo, SérgioPranklin Quintela, em reur.ião-almoço com ostécnicos da Abamec-Rio (Associação Brasileirados Analistas do Mercado de Capitais).

A empresa, que fechou o balanço de 70com Cr$ 385 milhões de capital e reservas, cal-cuia em Cr$ 2,70 o valor patrimonial por açãopara este exercício — o que representa 13%acima do anterior — e um lucro por ação deCr$ 0,48 (no ano passado, esse número foi deCr$ 0,68).

Sérgio Quintela anunciou que uma dassete empresas do grupo — a Nativa IndustrialLtda, fabricante de transformadores — está seassociando a grupos estrangeiros para produ-zir equipamentos de alta tensão. Dedicado àconstrução, montagem e projetos na área daindústria pesada, o grupo nasceu da transfor-mação da Vemag Veículos e Máquinas Agrico-Ias.

Entre outras obras, a Montreal está cons-truindo duas plataformas metálicas para aPetrobrás; ampliando a Acesita, Usiminas, Co-sipa e Siderúrgica Nacional; montando as hi-drelétricas de Sobradinho e Água Vermelha,e projetando a de Itaipu. No Pólo Petroquími-co do Sul, "um passo importante foi dado: pe-ia primeira vez uma empresa brasileira com-prou a tecnologia do etileno a uma estrangei-ra", disse o empresário.

RioOs números do pregão

Quantidade de titulou 40 milhões 4 mil 494 (mais 33,37%)

Volume (por Cr$ mil): 89 mil 553 (mais 34,06%)Acõts governamentais (por Cr$ mil): 74 mil 188 (82,84%

do total)

Ações privadas (por CrS mil): 15 mil 364 (17,16%)

IBV médio: 4 394,5 (mais 0,3%) Final: 4 414,5 (mais 0,5%)IPBV: 247,7 (mais 0,4%).

Operações à vista (por Cr$ mil): 65 mil 047. A termo (porCrS mil): 24 mil 15 (36,92% dos negócios à vista)

Papéis mais negociados à vista: em dinheiro — B. BrasilPP (22,97% do total), B. Brasil ON (19,07%), Petro-brás PP (17,68%), Acesita OP C/DBS (11,50%), BelgoOP (3,51%).'

Na quantidade de titulos: Petrobrás PP (15,48%), AcosilaOP c/ DBS (15,35%), B. Brasil ON (12,19%), B. Bra-sil ON (12,19%), B. Brasil PP (12,16%), Acosila OPC (6,74%).

Oscilações: 11 subiram, oito caíram, três permaneceramestáveis e Bozano PP C/B não foi negociada.

Maiores altas: Docas OP E/D (3,03%), Acesita OP C/ DBS(1,85%), W. Martins OP (1,69%), Belgo OP (1,69%) eBrahma OP (0,97%).

Maiores baixas: L. Americanas OP (2,37%), Vale PP (2,29%)Light OP (1,67%), BNB PP (1,59%) < B. Brasil ON(1,15%).

índice de presos por atacado(variação mensal %)

Disponibilidade interna Of«rl« global7P_

produtosindustriais

produtosagrícolas'/s_

6_ / \

4- ./ \

produtosagrícolas

/produtosindustriai$

M A M J

12-

10- \\

-Jv^ \°— \2 u—J_j ,

J F M A M J

O comportamento dos preços por atacado(principal ingrediente da inflação), no mês dejunho foi considerado ontem por dirigentes debancos comerciais como capaz de jazer repetirem julho os mesmos níveis favoráveis de pre-ços. Uma alta moderada no IPA-DI (base decálculo da correção monetária) terá efeitosbaixistas sobre as taxas de juros, em funçãoda menor correção monetária. A alta de 1,6%em junho no IPA-DI (conceito que eliminainfluência dos preços internacionais sobre pro-dutos agrícolas e industriais) teve uma con-trapartida de apenas 1,0% de aumento noIPA-OG. A queda nas cotações internacionaisdos produtos agrícolas e a recuperação da pro-dução de hortigranjeiros fizeram com que osprodutos agrícolas — que sempre puxavam oIP A — tivessem queda de 1,5% em junho.

Governo quer coibirabusos com salários

Brasília — O Ministro do Trabalho, Sr ArnaldoPrieto, disse ontem que a mudança nos critérios dosreajustes salariais é, sobretudo, uma medida antiin-ílacionária, destinada a coibir abusos e o crescimen-to desmesurado dos altos salários. Afiançou, no en-tanto, que quando baixar a taxa inflacionária, "oque espera que ocorra nos próximos meses, podere-mos pensar em adotar um esquema mais avança-do — que possibilite ao trabalhador de menor sala-rio reajustes, por sua vez, maiores".

Citou como exemplo o caso de um trabalhadorque receba CrS 2 mil mensais — pelos índices dereajuste dos últimos meses, de 40%, ele recebe de'aumento mais Cr$ 800. Já aquele que ganha CrS 40mil, é aumentado em Cr$ 16 mil, com a fixação dosmesmos 40%. Isso é, para o Sr Prieto, fruto de "dis-torções salariais, incompatíveis com a necessidadereal do trabalhador assalariado e que procuraremoscorrigir gradualmente''.

Apesar das divergências nas sugestões aponta-das quanto aos novos níveis de reajuste pelos cincoMinistérios que compõem o CNPS (Conselho Nacio-nal de Política Salarial) — Fazenda, Planejamen-to, Trabalho, Previdência Social e Interior — o Ministro do Trabalho acredita que até agosto os estu-dos estarão concluídos. As diversas alternativas co-meçam a ser debatidas amanhã.

Camilo Penadestaca açãodo Estado

Belo Horizonte — Aoabrir, ontem, nesta Capital,a semana do comerciante,o Secretário da Fazenda deMinas, Sr João Camilo Pe-na, afirmou que o surgi-mento de empresas como aCentrais Elétricas de MinasGerais — Cemig — ou aFiat não teria sido possível,sem a pai ticipação do Esta-do, que vem estimulando asindústrias a se instalarem,através de incentivos, fis-cais ou não.

"Não se aceita, mais, emuma economia complexa, ateoria da mão invisível, queorienta o empresário parao melhor interesse coletivoe na qual o Estado interfe-re, concedendo incentivossetoriais ou regionais, con-tiolando preços ou assumin-do atividades que 'o setorprivado não conseguiu con-trolar ou em que, na opi-nião do Estado, não deveentrar."

CAMINHOS ATUAIS

C o m entando problemasligados à inflação e ao ba-lanço de pagamento, "comoestatiüação versus privati-zação e nacionalismo versusmultinacionais," o Sr JoãoCamilo Pena definiu as di-rettizes econômicas doatual Governo mineiro co-mo " desenvolvimentistas,nacionalistas, neocapitalis-tas, distributivistas da ren-da pessoal e regional, a la-vor da moeda estrangeirae de um balanço de paga-mentos. equilibrado'.'

Explicou que cerca de 1bilhão de dólares fora maplicados, ou estão compro-metidos pelo Governo deMinas, na forma de partici-pação acionária e deduçõesfiscais, para projetos indus-triais ou agricolas. Depoisde dizer que, com a cargatributária atual, o' Estadonão dispõe de recursos parasuas obrigações tradicio-nais, neotradicionais e nãotradicionais, o Secretário daFazenda afirmou que Minassente dificuldades para ele-var a sua carga tributária,de maneira a ser possívelassumir encargos tradicio-uais.

"Se o Estado chamar a sitquilo que o investidor pri-/ado possa fazer, este nãoassumirá o que ao setor es-tatal deva ser reservado.

Presidente cio BNH àilque atrasaser punidotam às várias caracteristj-..cas regionais brasileiras.

que BancoFGTS pode

O presidente do BNH,Maurício Schulman, revelouontem que os bancos ane-cadadotes do Fundo de Ga-rantia poderáo passar a so-írer sanções se for consta-tada sua responsabilidadeno atraso do pagamento de-vido aos trabalhadores, porocasião da movimentaçãoda conta do FGTS.

Nesse sentido, o Ministrodo Trabalho, Arnaldo Prie-to, já teria solicitado ao Mi-nistro da Fazenda que pro-pusesse, no Conselho Mone-tá ri o Nacional, "medidaspenalizantes" para os ban-cos que não cumprem suaobrigação de pagar à vistaos depósitos do FGTS. Tor-na-se necessário criar aspenas porque, segundo ex-plicou o presidente do BNH,gestor do Fundo de Garan-tia, elas não foram previs-tas na lei que criou o FGTS,já que era considerado umdepósito á vista.BARATEAMENTODA CONSTRUÇÃO

Foi lançado ontem, na se-de do BNH, o 1? Simpósiosobre Barateamento daConstrução Habitacional, aser realizado em Salvador,de 26 a 31 de março de 1978.Dez entidades nacionais, oGoverno do Estado d aBahia, e quatro entidadesinternacionais participarãodo evento, como co-patroci-nadores. O presidente doBNH, Maurício Schulman,afirmou que a atividade daconstrução — "responsávelpor metade da formaçãobruta do capital fixo brasi-leiro" — não tem seguido amesma velocidade dos me-canismos financeiros, e oSimpósio visa, exatamente,buscar soluções que se adp-

Schulman disse que ape-sar de o BNH não dispor deinstrumento que lhe per—,mitam controlar os preçosdos terrenos, "pois não podo'revogar a lei da oferta e daprocura", ele pode Ineentirvar o barateamento das ha--bitações através do usomais intenso ou de mão-de-obra ou de equipamen--tos. O presidente do BancoNacional da Habitação ad-mitiu, também, que a urba-=nização de algumas favelas-pode ser a solução, em lu-gar da remoção, e disse queum dos requisitos para queisso possa ser feito com ve-cursos do Sistema Financei-ro da Habitação é a posseda terra pelos beneficiados.

O diretor de Planejamen-to do BNH, Luis Sande, lan-çou o Concurso de Idéias'que distribuirá 12 prêmios,variando as importânciasde CrS 10 mil a Cr$ 40 miljde forma a atrair contri-buições de pessoas físicaspara o 1"? Simpósio sobre.B a r a t eamento da Cons-.trução Habitacional. As dê-legacias regionais do BNHpoderão dar maiores esçla-recimentos aos interessa-dos, que terão prazo até,,3Íde outubro para apresentarsuas idéias. ".,V

Luís Sande explicou quea Companhia de Desenvo,!-vimento Urbano do Estadoda Bahia montará um cú>n-pus para 100 protótipos dehabitações populares (,,a.sunidades devem ter preçointerior a :00 UPCs, ou CrS107 mil), que serão exaini-nadas e testadas durante oSimpósio, recebendo s e irsprodutores pelo trabalho.

CEF dá prazo parae s c o 1 li er correção

Brasília — Os mutuáriosda Caixa Econômica Fe-deral que até o ano passa-do haviam contratado em-préstimos através da Car-teira Hipotecária com cor-reção monetária trimestralterão prazo até o dia 10 desetembro para optar pelamanutenção dos reajustestrimestrais, ou fazê-los, au-tomaticamente, convertidosem anual.

O esclarecimento foi da-do ontem pelo diretor daCarteira de Habitação e Hl-poteca da CEF, Léo Lyncede Araújo. Ele confirmou aintenção da CEF em pas-sar a financiar a partir doano que vem construçõespara proprietários de terre-no. no valor de até Cr$ 70mil.

r ^

Taxas uo futuroForam as seguintes, em média para as

operações realizadas, as taxas brutas (%)observadas ontem no mercado luturo — antl*go — da Bolça do Rio:

30 dias 60 dias 90 dias2,9 6,5 9,5

120 dias 150 diai 180 dias13,5 17,0 21,0

Média SN15/7/7773 994

13/6/7775 511

11/7/7778 485

Julho/7683 525

13/6/7778 238

índice nacionalBelo Horizonte índices de fechamento da

Comissão Nõcional de Bolsas de Valores, ontem:Vaioiiiaçào: 135,00 (mais 0,27'c)Preços: 171,72 (mais 0,32%;

Mercado futuroForam as seguintes, em resumo por papéis e prazos de vencimento *s operações futuras realizadas

ontem na Bolss do Rio:

Numero. Qt. da Volume % totalTitulos Tipo Prazo neg. acòei Mix. Min. Méd. «m CrS termo

Accsili OP 030 2 4 OCO OCO 1,25 1,25 1,25 5 000 000,00 '20,32B- masil Uil 0„j 9 2 ojv C„J 3,34 3,53 3,53 10 045 750,00 4l,í3B. liias.l PP 030 8 951 OCO 4,49 3,03 4,15 3 949 9l„,u0 16,44B. biasil PP 123 | yj oou 4,70 4,70 4,70 235 000,00 ,97Belgo OP 030 2 100 000 3,10 3,09 3,09 309 6Cj,„0 1,28B. do Nordeste if 030 2 12i „v0 1,92 1,91 1,91 233 6*0,00 ,97Brahma. OP 120 1 500 030 1,18 1,18 1.18 590 O00.CO 2,45D, de Santos Cp 030 1 Iju L. 1,05 1,05

1,05 136 500,00 ,56

D. de Santos OP 060 1 150 W0 1,09 1,09 1,09 163 500,00 ,68Mannesmann O? 030 2 145 000 2,23 2,22 2,22 322 700,00 1,34Mannesuiann OP 060 I 50 OCO 2,29 2,29 2,29 114 500,00 471'etrcbtas PP 06O 12 7O0 000 2,60 2,58 2,59 2 489 280,00 10,36Petrobrás PP 060 2 92 000 2,70 2,67 2,63 24ó 900.00 1 62Vaie PP 030 I 100,030

1,78 1,78 1,78 178 000,00 ,74

lotai 45 10 189 CCO 24 015 260,C0TERMO FIXO

D. de Santos CP Sei 1 60 000 1,10 1,10 1,10 66 000,00 100,00

Mercado fracionário (operações à vista)

Titulos Tipo/Diroitoi Quant. VolumeCr$

Pretomédio

Tjtuloi Tipo/Direitos Quwnt. VolumeOS

Preçomédio

AcesitaAcesitaAra!uAmoASA

OPOPOPPPPN

Aurnino tbcrlc PP

arbara. Amczón.a. do Brasil. do Brasil

tst. ahia8. Est. C-;.Belgo Mineir;Bf.nerj

Est.Est.Itôú

SP.S.P.

6. ItauB. NacionalB. NacionalB. Nor.esleBrshmaBrahmaBr.is. Energia

Elelric

OPONON

PPPPPP

OPON

PPON

PNONPNONPNPP

OPPP

OP

9 43175010023050067

2 409300

II Vj926 895

1 729650

21 153232053269444

7316

550236802500344

15 095,9786^,501 00,uO506,00100,0077,05

9 467,37189,00

40 903,-10112 0S9.48

2 352,13390,00

62 735,34 •944,58

1 743,46183,303CSO73,7314,56

467,501 050,60

467,66540,00593,40

1,601,151,003,200,201.15

3,930,633,434,171,360,602,970,770,850,700,701,010,910,850,851,831,031,11

CentraisEletric S.P. PP

Cernia PP

Doca. Santos OP

Ericsson

FerlisulFertisu!F. L. Cat.

Leopoldna

Hércules

OPpp

pp

pp

Light OPl. Amrvicanês O0l Brasileirss OP

Mcinn^s-n.inn OP

848

957904

893

373

520193

1C0

167

1 9224 705

640

678,40 0,80

440,22971,04

1 844,14

1 150,04

702,004 458,95

55,00

334,00

1 106,6313 533,65

632,00

0,460,51

0.97

0,48

1,332,03

0,53

2,00

0,S82,661.30

ManncsmúnnMesbla 52 —

1/P/lnt.Mesbia 52 -

1/P/lnt.M-.sbie 52 -

1/P/Parc.Moinho Fium.

Ind. Ger.Moinho

Sanfista

pp

OP

PP

PP

OP

OP

Nova Amér ca OPNova América PP

PetrobrásPetrobrásPetrobrásPct. IpirangaPet. Ipiranga

ONPNPP

OPPP

892

I 151

827

875

6

440

089783

5 401055

18 5551 234

7 111

I 592,68

1 774,60

1 860,45

1 592,50

9,30

352,00

698,89711,37

II 086,524 882,56

46 202,22937,84

8 155,45

Riograndense PP 984 1 159,40

3 473 7 373,25

SaniitriSanoSíd. NacionalSid. NacionalSid. PainsSondolécnicaSondotécnicaSouza CruzSupergaibrás

TeleriTeleriTibrajTib-asTibras

Un:bancoUnibancoUnibfncoUniparUnipar

Vai-Vso.jn

OPppppppppOPpp

OPOP

ONPN

ONPNPN

ONPNPP

ONPN

PPPN

4 924272

631 036

3501 053

5109 454

240

407123ICO600ICO

1 5991 017

4.1024

440

7 648684

11 276,22312,80

32,76466,20350.CO800,28423.30

23 426,01134,40

44,7743,05

162,00930,00150,00

1 007,37640,71316,80

48.00I 608,00

13 030,18684,00

1,79

1,54

1,82

1,55

0,640,91

2,052,362,490,761,15

1,18

2,29W5.0,520,451,000,760.852,480,56

0,110,351,621,551,50

0,630,630,722,003,65

1 701,00

Fundos fiscaisDecreto-Lei 15

Instituição

AdcmparAmérica do SulApolloAplikAuxiliarAymorc

Data Cola

12 0711-07080712-0712-071207

BahiaBaluarf»BamerindusBandsirantes BBCBanespaBanorteBanrioBanriiulBCNBoscBINCBMGBostonBozano SimonscnBradçscoBradesco SulBraican

CaravelloColimiçiComindCotibraOed:bancoCredilumCretisulÇrescinco

Delap;cveDenasa

Econômico

FinnsaFincy

Ha.na

lochpeItaú

Lar Brasileiro

M. M.MagdanoMaisonnaveMercantilMcrkinvestMinasMultinvest

NacionalNovo Rio-LondresNoroeste

Paulo WillmsensProvaiprodutora

Real _Residência

Sair?SofinalSouza BarrosS.P.M.Suplicy

Tamoyo

Umuarama

Vistac«edi

2,693,101,480,880,73

Valor em

CrS mil

11 98794 1841B 751

1 97553 86622 607

080712-0712-C712 0712-0712-0712-0712 0717 0708-0707-0708-0712-0711-0712-0712 0708-07

12-0708-0712-0708-0711 0712-07120711-07

12-0712 07

11 0712 07

08-0712-07

11-07

08 0712-0708-0708 0712-0712-0708-07

08 0708-071207

12-0711-0712 07

120711-07

12-07060712-07190508 0/

08-07

11 -07

08-07

6,301.753,961,532,090,951,993,643,993,481,653,341,912,075,505,62

83,13

1.331,142,891.573,013,952,475,11

34 8798 749

221 82047 252

275 5-886 729

132 09090 321

100 82735 06S

159 45358 02124 03878 739

I 861 6!3220

38 839

98391 201

278 01013 04570 944

6 11270 313

955 266

1,73 7 8303,70 103 211

0,48

4,88 358 6901,53 12 739

1,277,29

1,37

53 6201 341 928

1,71 1 1070,90 7 5784,19 21 2541,38 112 0B31,85 8 0360,89 17 8570,56 7 934

8,681,031.11

1,791,128,28

3,042,25

3,070,026,701.311,75

445 86717 11698 893

8 690641854

677 90617 005

46 61545 820

7 18719 280

2 277

5 100

Decreto-Lei 1401Instituirão

ABN BrazilBrasiivestBraz. InvestmentsBCN - BarclaysFinasa — BrasilInvsstbrasilReal TrustRobrascoSlivcslThe Brazil Fund

Cota

120712070807120712 0712-0712-0712-07H-0711-07

11,0416,7816,1112,6516,6011,6614,6715,2413,8413,27

Valor em

CrS mil

2 20954 718

151 3142 5309 9582 333

956187 761

353176 091

Fundos deInvestimento

Instituição

AdemparAlfaAmérica do SulAplikAplitecApoliAuxiliarAymoré"

BBI BradescoBCNBMGB,ímcrindusBandeirantes BBCBancspaBanorteBaiuioBafirisulB=scBostonBozõno SimcnsenBrasil

Cabral MenrzesCarôvcüoUtybankCepclaioComindContinental

Co, ibra

Credibanco

Cred^tum

Brascan

Crefissul (Cap.)Crefisul (Oar.J

Çrescinco

Cond. Crescmco

Delapicve

Denaia

Denasa Mim.

Econômico

Finasa

Finey

Garantia

HallesHaspa

lochpeItaú

lar Brasileiro

Laurcano

MM

Me sonnave

Mercantil

MerkinvesI

Minai

Montepio

Multinvest

Nacional

Cot* Valor em

Cr? mil

08'0711,07U/0712/0711/C708. 0712 0712/07

12,0712 07

08,0712/0712/0712.07

12/0712/0712/07

08/0712.07n/o/08/07

12 '07

12/0711 .'0707. 0712/07.12 07

08'07

11/07

12,07

08/07

11 -07

U/0711. 07

11 -07

12/07

1207

12/07

0,452,612,251,100,690,76

0,7714,78

3,253,741,834,86

1,001,96

0,771,120,841,041,906,630,97

0,371,571,21

0,461,06

0,84

2,30

0,64

3,02

26,01

1,67

131,45

2,79

2,02

3,49

1,80

7,10

12/07 0.99

U/07

12/07

12-.- 07

12/07

12 07

OB/07

12/07

U/0711/07

U/0708/0708/0712/0712/0730/0608/07

08/07Novo Rio—Londres 08/07

Paulista

PEBB

Provai

P. Willemseni

P. Willemsens

Real

Safra

S. Paulo—Mmai

Suplicy

Univest

Umuarama

12/07

07/07

U/07

12/07

12/07

08/07

08/07

08/07

12/07

11 07

11/07

2,84

2,70

1,31

0,27

0,58

1,89

1,61

2,09

0,97

1,69

1,08

1,32

1,44

1,06

3,31

1,610,29

1,56

1,21

1,11

1,75

1,75

4,61

0,87

0,87

4,91

1,97

0,43

18 30218 2577 166

6224 919

18 3025 97823 767

69 209

12 477

35 068

545

7 262

828

552

5 727

4 495

146

60 2il

10 073

47 456

17 779

37 410

838

36 726

125

399

3 984

989

063

12 406

36 094

455 461

152 193

11 209

24 051

751

9 384

50 241

13 335

9 224

133 356

5 254

084

144 121

25 814

765

166

482

093

971

II 690

55 979

11 250

8 781883

319

7 730

1 241

3 3 992

3 992

78 816

7 949

7 949

589

219 245

1 751

Bolsa do Rio de janeiro

zmmMmmjm&siâmmts

I T U l O S

Quanl.

A. E. Itabira op d/s 1995 000A. E. Itabira op c/d/b/s ... 4 540 C00A. E. Itabira op e/d/b/s ... 1026 000A. E. Itabira pp c/d/b/s ... 6 CCOAGGS — Ind. Gráficas op .. 33 CCOAGGS — Ind. Gráficas pp .. 20 C0Ò

Aralu op c d 10C00ASA - Alum. Ext. Iam. pe 30 CCO

Barbará op c7d/b 198 CCOBco. da Amazônia on e/b/s 7 821Banco do Brasil on 3 605 977Banco do Brasil pp 3 596 CCO

Banco Boavista pn 30 000Banco Est. da Bahia pn 3 333Banco Est. da Bahia pp .... 13 CCOBanco Est. do Ceará pn e/d I 725Banco Est. do Ceará pp . ... 2 000

Belgo-Mineira op c/d/b .... 763 000Bco. Est. R. Janeiro on e'd 4 939Bco. Est. R. Janeiro pp . .. 'óCCOBanco Est. de São Paulo pp 1C OCOBanco Itaú on 52 4CÕ

Banco Itaú pn 39 2C0Banco Nacional on 87 912Banco Nacional pn 1CÓ019Banco do Nordeste on 7 0C0Banco do Nordeste pp 219 CCOBrahma op 65/ CC3Brahma pp 345 000

Casas da Banha C. I. op 37 OCOCia. Brás. Eng. e Ind. op .. 78 CCOCent. Ele!. S. Paulo pp e/d 10 CCOCont. Elet. M. Gerais pp . .. 215 OCOCafé Solúvel Brasilia pp 30 003Cia. Sid. Nacional pp c/d .. 124 000Cia. Sid. Nacional pp e.'d .. 2 CCO'Cia.

Sid. Mannesmann pp .." 8o CCOCia. Sid. Mannesmann op .. 797 CCO

Datamec pp 10 OCODocas de Santos op e d ... 444 CCODuratcx Ind. e Com. op .... 1000Duraíex Ind. e Com. pp ... 1 CCD

Ericsson op 39 OCOEditora de Guias L1B op ... 10 OCO

Ferbasa pe e/d/b 4 C00Ferro Brasileiro op e/d .... 5 CCOFert. do Sul pn 6 125Fert. do Sul pp 75 CCOF. L. Cat. Lcopoldina pp ... 14 0C0

Hercules pp c/d/b/s 20 OCOKalil Sehb» Ind. an 110 OCO

Light op 183 000Lojas Americanas op 514 OCOLanari pe 10 CCOLojas Brasileiras op 22 CCO

Met. Abramo Eberle pp 47 000Mesbla 52 - 1/p/int. op .. 27 000Mesbla 52 - 1/p/int. pp .. 118 OCOMesbla 52 - 1/p/parc. pp .. 4 000Moinho Flum. Ind. Ger. op 2 000Metalúrgica Gerdau pp 3 000Manuf. Brinq. Estrela pp c/d/s 20 000

Nova America op 217 000Nova America pp 4 CO0 .

Petrobrás on 586 052Petrobrás pn 156 325Petrobrás pp 4 677 000Paulista Força Luz op e/d .. 550 000Petróleo Ipiranga op 6 CCOPetróleo Ipiranga pp 7OC00

Rio-Grandense op 2 000São Paulo Alpargatas op 50 OCO

São Paulo Alpargatas pp ., 50 OCORio-Grandense pp 56 000Samitri - Min. da Trind. cp 240 OCOSano Ind. e Com. pp e/d .. 630 CCOSupergasbras. op c/d 9 OCOSondotécnica pp c'd 12 510Souza Cruz. Ind. Com. op .. 629000Sid. Pains pp ÍOCOO

Telerj (ex-CTB) on 2S9 634Teleri (ex-CTB| pn 38 198

Jtbras oe c/d 20 8C0Tibras pe c/d 31 OCOTibras pe e/d I CCO

Unibanco União Banco pn .... 1080Unibanco União Banco pp .. 1000Unipar pe e/d'b 17 OCO

Vale do Rio Doce pp 782 000White Martins op 2 000Zivi - Cuidaria pp c/d/b/s .. 20 CCO

COTAÇÕES (CrS)

Abt. Fch. Máx. Min. Mád,

% S/ Ind. d»Méd. Lucrai

Dia Ant. «m 77

0,151,631,181,550,310,29

0,900,28

4,000,753,454,15

1,101,221,410,600,63

2,980,800,381,681,11

1,010,850,85

i ,531.871,031,13

2,001.000.490,541,680,560,481,852,14

0,301,011,531,500,530,20

. 1,204,961,852,100,61

2,201.05

0,602,950,181,33

1,251,602,151,901,651,402.95

0,680,90

2,102,432,500,520,791.16

1,062,852,661,212,311,310,610,932,511.12

0,120,351.621,621,500,660,753,351,731,802,00

0,141,671,241,550,310.29

0,900,26

4,050,703,44

1,101,221,4'0,630,63

3,C20,850,881,681,11

1,010,850,851,531,861,041,10

2,00l,C00,490,541,680.540,481,392,18

0,301,001,531,500,550,20

1,154,961,852,100,62

2,201,05

0,592,e60,181,34

1,251,622,151,901,651,402,95

0,690,90

2,052,412,530,560,791,17

1,062,852,661,232,311,270,600,932,521,12

0,110,351,651,681,500,660.753,301,701,802,00

0,151,601,241,550,310,29

0,900,28

4.C50,753,454,19

1,101,221,410,630,63

3,C50,850,831,631,11

1,010,350,851,531,881,041,13

2,001,000,490,541,68

. 0,560,481,892,20

0,301,021,531,500,550,20

1,204.961,852,100,62

2,201,05

0,612,950,181,34

1,251,622,151,901,651,402,95

0,690,90

2,102,442,540,560,791,19

1,062,852,661,242,321,31' 0,610,932,521.12

0.120,371,651,701,500.660.753,351,751,802,00

0,131,631,181,40

0,310,29

0,900,26

4,000,703,424,i3

1,101,221,400,630,63

2,980,S00,881,68

1,010,350,851,531,851,031,10

2,001,000,490,541,680,540,481,852,13

0,301,031,531,500,530,20

1,154,961,852,100,61

2,201,05

0,592,850,181,33

1,251,602,151,901,651,402,95

0,670,90

2,052,412,490,520,791,17

1,062,852,661,202,311,270,600,932,481,12

0,110,351,621,621,500,660,753,30"1,701,802,00

0,141,651,231,530,310,29

0,900,27

0,733,444,16

1,101,221,410,600,63

3,000,S40,881,681,11

1,010,650,851,331,861,04i,;i

2,C01,000,490,541,680,550,431,872,15

0,301,021,531,500,550,20

1,194,961,852,100,61

2,201.05

0,592,830,181,34

1,251,602,151,901,651,402,95

0,680,90

2,052,432,510,560,791,13

1,062,852,661,212,321,280,610,932,511,12

0,120,351,651,661,500.660,753,20i,711,802,CO

. 17,651,856,03

- 1,29Est.Est.

Est.8,00

Est.5,80

6.155,37

1,695,001,15

Est.

Est.1,590,970,89

0,50

¦ 2,001,89Est.

1,85

Est.- 0,92

3,03Est.Est.

4,76

0,83

0.481,61

1,94

1,672,37

0,74

2,341,23Est.

2,70Est.

0,490,410,501,82Est.

0,84

Est.

Est.0,43

14,89175,53192,19170,00134,7a103,57

1C0.CO

141,84i82,50112,05116,85

146,9912-1,78157,901-08,62

107,91116,67102,23122,63121,93

146,38II 8,06118,06154,55145,31107,2299,11

217,39

113.95110,20

103,0097,96

183.33166,67

76,92113,6'98,71

111,11141,0383,33

626,32121,27

200,00

120,41100,70105,8813S.14

2=0,70144,14150,35143,44112,25103,70140,48

112,02116,27113,67

143,64142,17

147,67155,5688,328i,98

Est. 110,914,12 122,370,40 . 125,50Est. 117,90

Est. 1C0.C02,782,94 183,333,11 156,60

154,64143.48117,19

0,60 222,972.29 75,331,69 115,39

172,41

JORNAL DO BRASIL ? Quarta-feira, 13/7/77 ? 1? Caderno ECONOMIA 21

Ueki diz que em 86consumo de óleoserá 39,2°/o maior

Estocolmo

O consumo de petróleo noBrasil atingirá 586 milhões260 mil barris em 1986 (ummilhão 606 mil barris/dia),39,2% superior ao previstopara este ano, se o cresci-mento d0 consumo aumen-tar, anualmente, 5,7%. Nomesmo ano, a produçãobrasileira de petróleo pode-rá representar 32,8%, 57,3%ou então 100%, significandoa auto-suficiència, de açor-do' 'com três hipóteses le-vantadas pelo Ministériod^S^Minas e Energia, basca-da em dados da Petrobrás,obtidos da análise do atualestágio de exploração de pe-tróleo no pais, incluídos oscontratos de risco.

Estas informações inte-gram o Balanço Energéticode 1977, apresentado ontempelo Ministro Shigeakl Ue-ki, em. uma conferência naEscola Superior de Guerra.Pelas previsões do BalançoEnergético, o petróleo re-presentará, este ano, 42,8%da energia produzida, pas-«ando para 37,1% em 1986.A energia nuclear, que em1978, contribuirá com 0,2%,significará, em 1986, 4,0%'.A maior parcela continuarácom a energia elétrica (hi-dráulica) que hoje repre-senta 43,7% e, em 1986, será40,8%. Sobre a energia nu-cléãr, o Balanço informaque as atuais reservas deUrânio são suficientes até1990 « que a auto-sufi-

ciência será alcançada em1983, quando já estarãofuncionando duas usinasnucleares, de 626 MW e1 245 MW cada.POSSIBILIDADES

Pelo Balanço Energéticode 1977, trêa hipóteses sãoapresentadas, com relaçãoá futura produção de petró-leo brasileira. A primeira, amais pessimista, se baseiana atual produção, incluin-do a recuperação secunda-ria e i. descoberta de novoscamros, no mesmo índicede sucesso observado naplataforma continental de1969 a 1976. Nesta hipótese,a produção chegaria, em1986, a 192 milhões 830 milbarris anuais, correspon-dendo a 32,8% do consumothoje a produção represen-"ta 17,2% do consumo).

A segunda hipótese émais otimista, partindo dosmesmos dados e esperandoum indice de acerto nasdescobertas igual ao verifi-cado na plataforma de 1974,a 1976 (descoberta da Baciade Campos). O resultado se-ria uma produção anual em1986, a 192 milhões 830 milbarris, 57,3% do consumo,à época. A última hipótesedo Balanço Energético éfrancamente a mais otimis-ta: ela indica até a auto-su-ficiência com produção de586 milhões de barrisanuais, 89,57o maior do quea prevista para 1977.

Banco libera maisverba ao Proálcooí

Fortaleza — O Banco do Nordeste firmou maisum financiamento enquadrado no Programa Nacio-nal do Álcool, no valor de Cr$ 193,2 milhões, recur-sos destinados à implantação de uma destilaria deálcool, autônoma, a partir da cana-de-açúcar. Comeste, elevam-se a Cr$ 408,2 milhões os contratos doProálcooí efetuados pelo BNB, em menos de 15 dias,beneficiando três empresas nordestinas, cujos pro-jetos estimam uma produção de 73,1 milhões de li-tros de álcool por saíra.

O novo empréstimo destina-se à empresa Agro-Indústria de Câmara tuba Ltda (Agicam), localiza-da no Município de Mataraca, na Paraíba, que pre-tende desenvolver um projeto integrado agroindus-trial com capacidade de produzir, anualmente, 27,4milhões de litros de álcool.

Yamani (D) e Amouzegar abraçam-se e sorriempara a,presentar imagem iinijicada da OPEP

Arábia Saudita e Irãpoderão congelar ospreços do óieo em 78

Estocolmo — Os Ministrosdo Petróleo da Arábia Sau-dita e do Irã, Ahmed ZakiYamani e Jamshid Amouze-gar, afirmaram-se ontemfavoráveis a um congela-mento dos preços do produ-to durante o ano de 1978,mas não esclareceram se opreço a ser congelado seriao atual — de 12 dólares e70 centavos o barril — ououtro a ser adotado na pró-xima reunião ministerial daOPEP, marcada ontem paraCaracas, a 20 de dezembropróximo.

Essas declarações foramformuladas durante umapequena interrupção de umareunião em que se mostra-ram especialmente preo-cupados em apresentar umaimagem unificada da OPEP,

, depois da cisão que deter-minou que a Arábia Saudi-ta e os Emirados ÁrabesUnidos aplicassem preçosmais baixos para o petróleoque o restante dos membrosda Organização, em Doha,Qatar, em dezembro do anopassado.

A uma indagação de ca-rá-ter político sobre se ha-via ligação entre a atitudedos sauditas a respeito dopetróleo e os esforços nosentido de chegar-se a umasolução no Oriente Médio— a Arábia Saudita vin-cuia com freqüência o pro-gresso nessa zona a preçosmoderados de óleo — Ya-mani replicou que emboraseu Governo ponha ênfasea um entendimento, a leida oferta e da procura é ofator que decide os preçosfixados pelo seu pais.

O presidente da OPEP,Abdul Aziz Bin KhaliíaAl-Thani, disse que a voltaao sistema de preço único"demonstrava de novo quea OPEP é capaz de apoiarsua responsalibilidade emseus membros e no mundointeiro, da forma mais ra-cional e sensível. Estou bas-tante confiante em quenosso trabalho futuro 6eráconduzido com o mesmo es-pírito de unidade e coope-ração".

Economista defende controlemaior sobre multinacionais

A necessidade de se ter maiores informaçõessobre o comportamento das multinacionais, deuma maior solidariedade entre os países em de-senvolvimento onde atuam estas empresas e o es-timulo à concorrência entre elas, como forma dediluir sua ação oligopolística, foram as principaissugestões apresentadas ontem pelo economistainglês Paul Streetcn no Seminário Internacionalsobre Economia e Desenvolvimento, promovidopelo BNDE.

Streeten admitiu que estas três medidas se-riam mais eficazes no controle das multinacionaisdo que a imposição de tarifas e restrições tributa-rias. Segundo ele, um terço do comércio mundialde manufaturados é feito entre as multinacionaise suas filiais, tornando-se bastante difícil contero sublaturamento ou superfaturamento de insumosimportados ou produtos exportados. Afirmou ain-da que as multinacionais, por preferirem a pro-dução de produtos sofisticados que utilizam tecno-logia avançada e pouca mão-de-obra, contribuempara a concentração de renda.

O economista Artur Candal, assessor do ex-Ministro Pratini de Morais e atualmente diretor doGrupo Peixoto de Castro, refutou a tese de Stre-eten afirmando que as multinacionais não podemser responsabilizadas por uma maior concentra-ção de renda. "Sua presença no Brasil não teve esseefeito deletério". Afirmou ainda que a limitação dasoberania do pais, uma das conseqüências da pre-sença das multinacionais, não chega a ser um pro-blema sério no Brasil. "Se se pode acusar as mui-tinacionais de alguma coisa, no caso brasileiro, éde excessiva cautela", disse.

RiscosO economista Paul Streetcn, considerou arrisca-

da a estratégia adotada por paises como a Malásia,Coréia do Sul, Formosa e Cingapura que oferece-ram às multinacionais créditos fiscais, isenção decontroles e "uma força de trabalho dócil", desdeque elas se comprometessem a exportar grande par-te da produção. "Deve-se ter uma grande cautelaem relação a este tipo de política, porque a barga-nha com as multinacionais, nesse caso não é exer-citada. As multinacionais podem perfeitamentetransferir suas filiais da Malásia para Cingapura,por exemplo, levando em conta apenas as vantagensadicionais oferecidas. Elas têm muitas opções."

Esse não é o caso do Brasil, reconheceu Streetcne reafirmou Candal. Para o economista brasileiro,o risco maior em momentos de desaceleração eco-nômica e dificuldades momentâneas é que as mui-tinacionais, com filiais no Brasil, aumentem subs-tancialmente a remessa de lucros, dentro dos tetosfixados por lei (hoje, a proporção de reinvestimen-to dos lucros é bastante alta). Outro problema, se-gundo ele, é que no momento em que o pais enfren-ta uma crise de balanço de pagamentos as empre-sas multinacionais podem contribuir ainda mais pa-ra agravar o déficit.

"Um estudo preparado em 1974 pelo Governobrasileiro mostrou que as multinacionais contribui-ram com mais de 2 bilhões de dólares para o déficitem conta corrente. Duas soluções poderiam ser ima-ginadas: a conversão dos débitos das multinacio-nais com o exterior em capital de risco e a amplia-ção do Befiex (programa de Incentivo à expor-tação).'1

Doellinger vê soluçãona política econômica

O economista Carlos vonDoellinger, do IPEA, quetambém foi um dos deba-tedores da conferência dePaul Streeten, acredita quehá um largo espectro paiaexercitar a barganha entreos Governos e as multina-cionais. Para ele, não bas-tara aos Governos ter in-íormações detalhadas sobreo comportamento das mui-tinacionais.

— E' preciso considerar aefetividade das instituiçõesnacionais e da política eco-nómica adotada. São essesdois fatores que vão refletiras chamadas regras do jo-go, com a definição clarados objetivos nacionais.

Segundo Von Doellinger,a tecnologia é uma dasprincipais contribuições dasmultinacionais e uma armaimportante. "Mas não se de-ve apenas pensar que a tec-

nologia explica o poder dasmultinacionais. Em muitoscasos, o poder financeirodas multinacionais prevale-ce mesmo quando elas nãodispõem de tecnologia maissofisticada. Isso explica ofenômeno do Luke-ovcr'compra de empresas na-cionais por empresas es-trangeiras ou multinacio-nais). Não se deve esquecerque, entre 1968 e 1973, fasede prosperidade da econo-mia brasileira, muitas em-presas nacionais foram ven-didas a empresas estrangei-ras".

As empresas multinacio-nais geralmente fazem ofer-tas vantajosas para comprade empresas nacionais, poisavaliam as vantagens de eu-Irar no mercado brasileiroaproveitando-se da experi-ència de uma empresa jáinstalada, disse Von Doei-linger.

Jobii Due prega maiortaxação sobre ricpieza

Os paises em desenvolvi-mento deveriam evitar ele-var as taxações sobre a ren-da e, em contrapartida, ta-xar com maior rigor os ga-nhos de capital e sobretudoa riqueza acumulada. Sóassim poderão melhorar adistribuição de renda e,consequentemente os indi-ces de poupança.

A afirmação foi feita porJohn F. Due, da Universida-de de Illinois, que fará hojesua conferência sobre Tiposde Enfoques na Taxação In-direta de Economias em De-senvolvimento, no âmbitodo Seminário Internacionalsobre Economia que oBNDE está realizando noHotel Glória.

RENDA

Para John F. Due, todosos paises do Terceiro Mun-do têm problemas para au-mentar a poupança. "Mui-

tos acreditam que isso seria

possível através da melho-ria do funcionamento domercado de capitais. Ocorreque, em geral, quem podepoupar é quem consome.Assim, dando vantagens aospoupadores, estará sendogerado um conflito, qual se-ja o de reduzir o consumoe aumentar ainda mais oíndice de concentração derenda.

O estudo que ele vai apre-sentar no Seminário não éespecífico sobre o Brasil.Trata-òe de uma análise so-bre a taxação indireta nospaises subdesenvolvidos, en-focando, principalmente, osimpostos sobre as vendas.Explica que inicialmente ospaises calçam sua arreca-dação na elevação das tari-ias alfandegárias. Estas, en-tretanto, vão caindo ã me-dida que o país se indus-trializa e passa .a produziro que antes importava. "Naverdade, sua manutenção éprejudicial ao desenvolvi-mento."

K3CT

Bovespa valoriza-se0,7% e volume é maior

São Paulo — O pregão de ontem da Bolsade Valores de São Paulo apresentou uma altade 0,7% na média das cotações e uma altade 33% no total em cruzeiros de títulos ne-gociados, relativamente ao montante registra-do no pregão de segunda-feira.

O movimento do Bovespa deveu-se á va-lorização observada nas blue-chips, já que ostítulos de segunda linha permaneceram rela-tivamente estáveis no fechamento. Do totalnegociado à vista, cerca de 40% referiram-seàs blue-chips, enquanto as negociações a ter-mo representaram 8% do total.

Colações

Tilulo Aborl. Mín. Mix. Fach. Quant.

Títulos F.ch. Quant.

Acesita opAços Villares opAços Villares pp BAGGS opAGGS ppAlpargatas opAlpargatas ppAmazônia onAnd. Claylon opAmo ppAríex pp BAuxiliar Sp pn

Bardela opBdfdela ppBslcjo Mineira opBrad. Invest. onBrad. Invest. onBradesco onBradesco pnBrahrna ppBrasil onBrasil pp

O ti que opCaf. Brasília ppCasa Angio odCasa Anqlo ppCsmig ppCesp ppCica ppCim. Itaú ppCimetal op

.Cirnetal ppCobrasma onCobrasma opCobrasma ppCom. e Ind. SP onCom, e Ind. Sp pn

Comind B. Inv. pnConcretex ppCom. Rela pnfComi. Real onConit. A. Lind. ppCônsul opCônsul ppbCepas pp

Docai Santos opDona Isabel ppDona Isabel ppDuretex

¦ Duratex opDuretex pp

Eciia opEconômico pnEd. Guiai 11B opEluma ppEngesa opEricsson opEst. S. Paulo onEst. S. PjuIo ppEilrela opEstrela ppEternit op

ferro ligai pp

Pariiplan ppFin. Bradesco pnFNV pp»

1,631,082,300.270,312,822,620,702,872,451,400,61

2,00•1,002,951,301,331,751,661,133,434,16

2,581,652,502,250,540,501,680,670.460,502,082,801,751.031,00

1,001,500,650,600,492,652,800.83

1,000,210,171,531,531,50

1,631,682,300,280,312,602,620,702,852,451,400,61

2,004,032,951,301,331,751.661,133,484,15

2,581,652,502,250,540.491,680,670,460,502,082,801,751,001,00

1,001,500,650,600,482,652,800,83

0,990,210,171,531,531,50

0,51 0,510,80 0,800,20 0,502,09 2,082,00 2,000,55 0,550,83 0,821,71 1,651,90 1,902,90 2,901,52 1,521,78 1,78

0,29 0,291,35 1,352,40 2,40

1,671,682,300,280,312,822,650,702,872,451,420,61

2,004,003,001,301,331,751,661,133,544,20

2,581,652,502,300,540,501,690,670,460,502,082,801,761,031,00

1.001,500,650,600,492,652,800,88

1.000,210,171,531,531.50

0,510,800,202,092,000,570,831,711,902,951,521,78

0,311,352,40

1,66 444 0001.68 5 0002,30 19 0000,28 23 0200,31 9 0Í02,80 154 0002.65 142 0000,70 7 OOO2,85 292 0002,45 40 OCO1,42 191 0000,61 34 000

2,00 3 0004,00 147 OOO3,00 54 0001,30 31 0001,33 2 0301.75 150 0001.66 32 0001,13 50 OOO3,53 263 0004,19 2 297 000

2,58 1 0001,65 23 0002,50 133 0002,30 110 0000,54 8 OOO0,50 413 0001.69 15 0000,67 2 0000,46 193 0000,50 372 0002,08 1 0002,80 23 0001.76 180 0001,00 97 0001,00 44 000

1,001,500,650,600,482,652,800,88

0,990,210,171,531,531,50

0,510,800,202,082,000,570,821,671,902,951,521,78

0,311,352,40

70 00039 00017 OCO

00010 00024 00016 000

335 000

84 00034 000

00014 00014 coo33 000

50 OCO77 COO56 00038 OOO

300 000215 00-0

5 000213 000

23 000232 0:<5

1 OCO4C0 COO

21 00124 00052 OCO

rund. Tdpy opFund. Tupy pp

Guaraiapes op

Heleno Fons. opHeleno Fons. op

IAP opInd. Hering opInd. Hering ppaInci. Villares ppbllrip opItap pplraub.inco onItaubanco pnllausa pn

LriCld ppLark Maqs ppLojós Amcfic opLojas Rcrvnsr opLojas Renner pp/aLojas Renner pp/b

Mddeirit pp/bMrigncsita pn, aMan-ah opManah pp

Mangyls Indl opMec Pesada opMerc S Paulo pp

Mesbla oprV.ssbla ppMosbla ppMel Barbara opMetal Leve ppMinôsmaquina onMoinho Lapa ppMoinho Sanl op

Nacional pnNord BrjLÜ onNord Brasil pp

Nordon Mef opNoroeste F.st onNoroi-sie Est prvNoroeste Esl pp

Paul F Lu?, onPaul F Luz op

Petrobrás onPc-trobras ppPlrelli cpPirelii ppPia Monsanto op

Real onReal pnReai ppReal Cia Inv on

Cia inv pnCia Inv ppde Inv pn

Real de tnv ppReal Pari pn/b

Sadia Concor ppSanta Constan ppServix Eng opSharp ppSiam Útil opSiam Útil ppSid AçonofUí pp/*Sid Açonorte pp/aSid Coferraz opSid Nacional pp/bS;d Riagrand ppSifco Brasil ppSolorrico ppSorana opSouie Cruz op

Teierj onTelerj pnTclesp o»Telesp onTelosp peTelesp pnTrenspccana ppTur Bradesco onTur Bradesco pn

Unibanco onUnibanco pnUnibanco pp

Vale R Doca ppVarig pp

0,870,96

0,870,95

0,900,98

RealRealReal

3,12 3,10

0.360,33

1,601,051,063,050,210,231,121,011,85

1,402,C02,901,501,501,50

0,801,202,302,20

0,891,101,15

1,601,902,084,021,550,461,450,96

0,851,551,86

2,252,001,502,95

0,530,55

2,082,491,511,321,05

0,680,640,711,061,061,150,750,900,55

2,151,000,922,901,051,051,000,860,550,5S1,211,351,452,002,51

0,120,350,150,120,340,331,051,181,20

0,700,690,77

1,750,84

0,360,33

1,601,051,063,050,210,231,121,011,85

1,402,002,901,501,501,50

0,801,202,302,15

0,881.101,14

1,601,902,084,021,550,461,450,94

0,851,551,85

2,252,001,502,95

0,530,55

2,072,481,511,301,05

0,680,640,711,061,06i.150,750,900,55

2,151,030,922,901,031,051,000,860,550,551,191,351.452,002,50

0,120,340,140,120,340,331,051,181,20

0,700,690,77

1,730,83

0,360,33

1,601,051,073,110,210,231,121,011,85

1,402,C02,901,501,501,50

0,801,202,352,20

0,891,101,15

1,601,902,084,021,550,461,450,97

0,851,551,86

2,252,001,502,95

0,530,55

2,102,521,551,321,05

0,690,660,711,061,071,150,750,900,55

2,151,00

0,952,931,051,051,000,860,620,551,211,351,502,001,51

0,120,350,150,120,350,331,051,181,20

0,700,690,77

1,750,84

0,900,98

3,10

0,360,33

1,601,051,073,110,210,231,121,011,85

1,402,CO2,901,501,501,50

0,801,202,352,15

0,881,101,15

1,601,902,084,021,550,461,450,94

0,851,551,85

2,2S2,C0-.502,95

0,530,55

2,102,511,551,301,05

0,690,660,711,061,071,150,750,900,55

2,151,000,952,901,051,051,000,860,600,551,191,351,502,002,51

0,120,340,140,120,340,331,051,181,20

0,700,690,77

1 750,83

35 OCO125 000

5 COOOOJ

OCO5 (.00

55 00052 OOj

8 COO000

84 oca358 00038 000

26 CCO40 CCO

103 OCO38 CCO38 OCO24 000

OCO3 OCO

98 000451 COO

00038 COO44 COO

1 0006 OCO

100 000123 00043 0006 000

100 COO369 000

34 000I OCO

78 000

OOOOOO000

1 066 000

47 00012 OCO

564 000979 000431 OCO211 OOO

87 OCO

196 000416 OCO23 0009 000

92 00010 COO41 OCO65 003

000

172 OCO. 20 000118 COO548 OCO66 000

0003 030

41 000371 00022 000

371 0007 000

767 OOO3 OCO

152 OCO

0006 000

46 COO12 00025 0009 OCO

200 OCO10 00033 000

B 00018 00021 000

111 0003!! OCO

JT)n\v fniips íIior»liiíí!lV> vii 1J.«-*

2 pontos 11a BolsaNova Iorque — Os preços

das ações da Bolsa de Valo-res de Nova Iorque regis-trou ontem seu segundo diade queda consecutiva. Ape-sar da sessão estar bastantemovimentada, o índice in-dustrial Dow Jones perdeu2.12 pontos, ao fixar-se em1)03,41 pontos no fechamen.to, o que eqüivale a 100 pon-tos queda desde o inicio aoano.

O indice da Bolsa de Va-lores teve baixa de 0,05 pon-

to, ao íixar-se em 54,60, e opregão médio de uma açãoperdeu 2 centavos. Foramnegociadas um total de 22milhões 470 mil ações. Onúmero de altas foi de 744,contra 665 em baixa. Muitosoperadores informaram queo relatório do Departamen-to de Comércio divulgouque as vendas a varejo tive-ram baixas de apenas 0,1%cm junho, refletiu ligeira-mente 110 pregão.

Cotações da Bolsa de Valoresde JNova Iorque

Novi lorqu* — Foi a seguinte a média Dow Jonei na Bolsa de Valoresde Neva Iorque ontem:

Afótt Ab.rl. Mix. Min. F.ch.

30 Industriais

20 Transportes

15 Servicoi Público»

ô5 Ações

904,68

236,6

116,44

310,27

909,26

237,87

117,52

312,10

896,58

234,22

116,15

308,15

903,41

236,41

117,43

310,44

PREÇOS FINAISFrrstn os seguintes oj preços finais ne Bolsa de Valorei de Nova loraue,

ontem:

Airco Inc 29 3/8 Gulf 4 Wcttern 13 1/2Aican Alum 26 5/8 IBM 259 1,2Allied Chem 49 1/8 Inl Harvester 32 7/8Aüis Chalmen 30 Inl Paper 48Aícne 51 1/6 Inl lei & Tel 35Am Airlinci 10 3/8 Jonhson & Johnson 63 1/2Am Cyanamid 26 3/4 Kenenecott Cop 29 5/8Am lei & Tel 62 1/2 L;„e |ncJubi 14 5/8Amf Inc 19 1/8 Lockheed Airc 16A;arco 19 1/2 LTV Corp 1/2

£rl RS,iíld f7 \'A Manufacl Hanover 37 7/8

A«6 Corp 17 /8 , 54 ? 8Avn4CPr ,2n4 '/« M°bil °il *8 "4Bend:x Corp 40 5/8 Monsínto Co 63 3/8Bctlchem 5ioe| 30 1/4Boeing 56 3/4 Nabisco 53 1/4Boise Cascade 27 1/4 Nat Disliileri 24Bord warner 27 3/8 NCR Corp 36 1.8Braniff 3/4 N L Indust 21 1/2Brunswick 14 Occidental Pet 28 5 8Bourroughs Copr 62 olin Corp 41 3/4Campbell Soup 37 1/8 Oweni Illinois 41 3 4Cverpiilar Trac 54 7/8 Pscific Gas í. El 18 1/4CBS 60 1/8 pa„ Am World Air 3/8Celanese 46 7/8 Pepsico Inc 23 1/4Chessi» System 33 3/4 pf,Zer Ch«s 27 5/8Chrysler Corp 16 1/8 Phillip Morri. 55 5/8Citicorp 27 7/8 Phillips Pet 31 7/8Colgate Palm 24 7/8 Polaroid 25 3/4Columbia Pict 13 7/8 RCA 30 1/2Communication Saíellil» 34 1/4 Raynolds Ind 66 7/8Cons Edison 24 3/4 Reynolds Met 37 7/8Continental Oil 33 7/8 Rockwell Intl 32 1/4Control Dal» 21 Royal Dutch Pet 58 1/8Corninq Glan 64 5/8 Safeway Strj 47 7/8CPC Intl 51 7/8 Scott Paper 17 3/8Crown Zellerbach 35 Sears Roebuck 56 3'4Dow Chemical 31 1/2 Shell Oil 36 1/2Dresser Ind -15 Singer Co 24 1/4Dupont II 3-4 Smithkeline Corp 35 7/8Eastcrn Air 1/4 Std Oil Calif 28 14Eastman Kodak 57 3/4 Std Oil Indianl 43 7 8El Paso Company 19 Siown 63 1/8Esmark 32 Studew 47 1/2Exxon 52 1/4 Teiedyne 69 7/8F:restone 19 1/4 Tennflco 34 1/4Ford Motor 44 7/8 Texaco 29 3/'4Gen Dynemki 59 7/8 Texas Instruments 89 1 ,'iGen Eletric 54 7/8 Texlron 28Gen Foods 33 1/2 Trani World Air 1/2Gen Motori 68 Twent Cent Fox 2\ 7/8Gte 32 7/8 Union Carbide 48Gen Tir» 27 7/8 Uniroyal 10 3/4Getly Oil 201 1/2 United Brandi 3/8Goodrich 25 3/8 Us Industrie» 1/3Goodyear 20 1/4 Us Steel 39 | 8Gracew 29 VV'S' Union Corp 18 7/8GT Atl * Pie 11 1/8 Wcsth Eiect 21 1'3Gulf Oil 28 S/8 Woolworth 22 3/8

Taxas de câmbio

O Departamento d« Ooeraçõc» de Cem-

bio do Banco Centrai (Decam) afixou, onlem,a cotação da moedi americana, O dólar foinegociado * Cr% 14,280 para compra c Cri14,350 para venda. Nas operações com ban-

cos sua cotação foi de Cr$ 14,297 para ra-

passe « CrS 14,339 para cobertura, O liste-

ma bancário no Brasil tem afixado ai ta-

xa» dã* demais moedas no momenio das ope-

raçòíí. As taxas médias tomem pôr bâie ei

cotações da fechêrnsnto no mercado da Nova

Iorque.

Ontem CrS 2a..ftiri

Argentina 0,002500 0,0359 0.0C2Í00Austrália 1,1218 16,0973 1,224

Auslra 0,0616 0,3840 0,0615Ingleurra 1,7202 24,6649 1,7203Fuiurcs a

90 dias 1,7036 24,4467 1,7032Canadá 0,9454 13,5665 0.9444Ch.ie 0,0550 0,7893 0,0550Colômbia 0,02/6 0,3961 0,0276Dinamarca 0,1669 2,29:0 0,1668EciuEdcr 0.C365 0,5238 0,0365Frinça 0.ÍC6I 2,9575 0,2057Holsr.da 0.4C79 5,8534 0,4089Hong-Kong 0,2152 3,0881 0,2151.lípão 0,033788 0,0544 0.003799Kuwait 3,4885 50.0600 3,4877Libano 0,3227 4,6307 0,3228México 0,0436 0,6257 0,0435Noruega 0,1893 2,7165 0,1695Peru 0,0123 0.1765 0,0123Arábia Saudita 0,28:8 4,0552 0,2829E-panha 0,0114 0,1636 0,0142Sueca 0 2269 3 2847 0,2292Suica 0,4147 5,9:09 0,4149Uruguai 0,2164 3,1053 0,2164Venezuela 0,2327 3,3392 0,5327Alemanha Oc. 0,4376 6.2796 0,4384

Interbancário

O mercado inrcfbancárío de cemb;u pa.ra contvõ-íos prontos apresentou-se oroíura-do na abertura, passando a ofrrecdo nofcchsmento. O volume de openrciei foibom, com tõxas para telegramas e chequeisituando-se entre Cr$ 14,339 e Ct$ 14,320.O bancário futuro esteve procurado du*rente todo o periodo, com movimento ra*guiar de negócios, realizados a CrS 14,350mais 2,40% a 2,60% ao mês para contra-to» com prazos da 45 ata 178 dias.

Bolsa de Londres

londras - A Bolsa de Valores de Lon-drss manteve on*em seu processo d<? recupe-ração, já iniciada no dia anterior com oanúr.oo de uma nova ba^xa nos preces daimarériâs-primai « na melhora do déficil or.çamentário.

O mercado se mostrou também tranoutiodianre da espera do resultado nas n?gccia-ÇÕ2* entre o Governo e cs sindicatos sobreialários. Os fundos do Estado ganharam 1/8a 1/4 de ponto e os industriais recuperaramseu: pance», através da INICI, Unller e G'a-xo. O indice industrial do Financial Timessubiu cerca ds 6,5 pontos, ao fixai-se em

446,3 pcr.tos no fechamento.

Vida encarece4% em um anona Alemanha

Bonn — O custo de vida naAlemanha Ocidental sobe, inva-riavelmente, a metade do que seeleva nos outros paises indus-tnalizaclos. Segundo dados divul-gados ontem pelo Ministério daEconomia, o indice anual regis-trado em maio foi de 3,8ri> e, emjunho. 4c/o.

Só a Suiça encontra-se emmelhor situação — com o índi-ce anual de 1,1% em abril e 1,3%em maio. Na Bélgica e em Lu-xemburgo, esse percentual íoi de?,8fo ao ano. Os dinamarquesestiveram que enfrentar uma ca-réstia de 9,9%, os franceses de9,8%, os holandeses de 7%, osnoruegueses de 8,9%, os ameri-canos de 6,7% c os japoneses, de8,9%.

Dólar cai em TóquioWashington e Paris — O dó-

lar íoi cotado ontem em Tóquiopelo seu mais baixo preço, desdejulho de 73. Em contrapartida,recuperou parte do terreno per-dido nos dias anteriores em Pa-ris, Londres, Frankfurt e Zurl-que.

Segundo fontes da adminls-tração, as autoridades monetá-rias não vão sustentar a moedanos mercados de valores estran-geiros. Sua explicação para aqueda do dólar, frente ao mar-co, iene e outras moedas fortes,é de que esses mercados perce-beram que os Estados Unidos te-rão este ano um déficit em con-ta corrente, em contraste comgrandes superavits esperados emoutros paises. Déficit, este, esti-mado em cerca de 20 bilhões nabalança comercial e de 10 a 12bilhões de dólares na conta cor-rente.

Investimentos na ItáliaRoma — Nos últimos 18 me-

ses, foram Investidos na Itáliacerca de 6 bilhões de dólares —o que prova, segundo Guido Car-li, presidente da Federação dasIndústrias, que o capital estran-geiro confia na capacidade daeconomia italiana. Em entrevistaao Giomo, de Milão, o ex-diretordo Banco da Itália criticou du-ramente os que tentam "propa-

gar o pânico" sobre a situaçãofinanceira do pais.

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I lll1IIHIIIirM","™l,—""rT'lrVVIE IIIIIlinlB

22 JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 13/7/77 D 1? Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

Renato Galvão de Sá, 71,na Beneficência Portuguesa.Paraibano, funcionário aposen-tado do Banco do Brasil^ mo-rava no Flamengo. Casado comLaura Nunes de Sá, tinha qua-tro filhos: Paulo, Luís, Carlose Fátima e vários netos.

Antônio Armaroli, 60, naPoliclinica Geral do Rio de Ja-netro. Carioca, comercianteaposentado, morava no Leme.Casado com Benedita AntunesArmaroli, tinha duas filhas:Sueli e Selma e vários netos.

José Antônio da Sousa Pe-reira, 80, em sua residência,em Copacabana. Português doPorto( era bancário aposenta-do. Casado com Leonor da Ro-sa Costa e Sousa, tinha duasfilhas: Leni s Lúcia e váriosnetos.

Josá Rodrigues da Silva, 71,ns Casa do Saúda Brasil-Porlu-gal. Português de Vizeu, fun-cionário público aposentado,morava na Ilha do Governa-dor. Casado com Elcira do CruzSilva, tinha dois filhos: Gilber-to « Fernando e vários netoa.

Antônio Carlos Pereira dosSantos, 54, em sua residência,em Botafogo. Carioca, era sol-teiro.

Almir Soares da Costa, 43,no Pronlocor. Carioca, vende-dor autônomo, morava emBonsucesso. Casado com Maria

do Carmo Pinto da Costa, 11-nha três filhos: Marcos, Mau-rício a Maria Helena.

Beatriz Sabóia Resende, 84,no Prontocor. Fluminense dePelrópolis, morava em Bota-fogo. Viúva de Leônidas Ri-beiro Resende/ tinha um filho:Áloísio e vários netos.

Clara Hoinemann, em suaresidência, em Copacabana.Sufça naturalizada brasileira,era viúvo de Lucas Heinemann.

Vânia Barbosa da Silva, 69,em sua residência, em Irajá.Carioca, era solteira.

Juraci Pimcntcl de Oliveira,70, no Hospital do INPS, emIpanema. Carioca, viúva de Ma-teus Oliveira, morava cm Ipa-nema.

José Otávio Vieira da Cunha,66, no Hospital do IASERJ. Per-nambucano, funcionário públi-co, morava no Flamengo. Ca-sado com Maria Augusta Vieirada Cunha, tinha um filho: Ed-mundo.

Maria Dolores Veiga Campos,74, no Prontocor. Espanhola deMadri, morava em Copacabana.Viúva de Evansto Pombo Gar-cia, tinha seis filhos: Evaris-Io, José, Joaquim, Heber, Ed-wiges e Aurora e vários netos.

Rosa de Barros lima, 83, emsua residência, na Gamboa. Por-tugueso de Viana do Castelo,era solteira.

EstadosArmindo lauffer, 61, no Hospi-

tal Maia Filho, em Porto Alegre.Gaúcho de Três Coroas, dese-nhista aposentado, pesquisavaa história da colonização alemãno Rio Grande do Sul, tendoescrito vários artigos para jor-nais de Porto Alegre, Estava or-ganizando um museu de artigostípicos dos primeiros colonosque chegaram ao Estado. Casa-do com Frieda Lauffer, tinhatrês filhos — Guido, Egon e odiretor da Lauffer & Dalko Pro-paganda, Udo Ênio, além deseis netos.

Isabel Decker da Costa, 83,em Curiitba. Paulista de São Pe-dro do Turvo, era casada comManoel Domingues da Cosia e

tinha oito filhos: Antônio, Joa-quim, José, Newton, Manoel,Jaíra, Maria e Ana.

Maria Cortez Pedrosa, 54, noHospital das Clínicas, em Curi-liba. Paulista da Capital, eracasada.

José Casteleiro, 57, no Hos-pitai da Santa Casa de Miseri-córdia, em Curitiba. Paulistada capital, casado, era filho deAntônio Casteleiro e de RosaMarques Casteleiro.

Carlos Augusto Cardoso deMeneses, 80, em São Paulo.Casado com Alice do Vale deMeneses, tinha quatro filhos:Fernando, Carlos Augusto, Ali-ce e Júlio César, além de netose bisnetos.

ExteriCarlos H. Ponce do Leon, 63,

em San Nicolás, Argentina, ví-tinia de ferimentos sofridos emum acidente automobilístico.Monsenhor, era Bispo de SanNicolás.

Louis Ferdin.ind da Prússia,32, em Bremen, Alemanha Oci-dental, em conseqüência dos fe-rimenlos recebidos num aciden-te durante manobras militares,em Schwanewede. Bisneto doKaiser Guilherme II, foi colhi-do por um carro de transportede tropas e teve amputada aperna esquerda, após ficar im-prensado entre dois veículos.Ele deveria tornar-se chefe daCasa de Hohenzollern depcis damorle do seu pai, porque os

ordois irmãos mais velhos renurt-ciaram aos direitos de sucessão,para se casarem com mulheresque não tem sangue real.

Mauro Gomez Pereira 82,em Santiago de Compostela, naEspanha. Espanhol de Samo»,era abade do Monastério Bene-ditino de sua cidade. Ele to-mou o hábito em 1912 e trêsmeses depois, viajou para oChile, indo para Vina Del Mar,onde se ordenou sacerdote, em1920. Fez o curso de DireitoCanónico na Universidade Pon-tifícia de San Anselmo, em Ro-ma. doutorando-se em 1929, mfoi nomeado para Samos em1930.

AVISOS RELIGIOSOS

s/n.

(MISSA DE UM ANO)

A família do BEATRIZ ELLIS TRONE, convida parentese amigos para o missa de um ano, que manda ceie-brar por sua boníssima almo, omanhã, quinta-feira,dia 14, às 10:00 horas, na Igreja de N. S. do Rosário

S. Benedito dos Homens Pretos, à Rua Uru-

Maria Affonsína Armengol(7.° DIA)

As famílias Armengol da Silva, FernandoAgápio de Aquino e Adhemar Gonçalvesdos Santos convidam para a missa de suaquerida mãe, sogra e avó, amanhã, dia

14 às 11,30 h., na Igreja Nossa Senhora do Car-mo (R. 1° de Março).

Marieíía Hecksher Azeredo(MISSA DE 7.° DIA)

Sua família convida parentes e ami-gos para a missa de 7.° dia por suaalma a ser celebrada amanhã, quinta-feira, dia 14, às 9 horas, na Matriz de São

Francisco Xavier, à Rua S. Francisco Xavier,75. Antecipadamente agradece aos que com-parecerem a esse ato de fé cristã.

Sydney Haddock Lobo Filho(MISSA DE 7.» DIA)

Rosa Abi-Ramia Haddock Lobo, filha, genro e netas,sensibilizados, agradecem os manifestações de pesar re-cebidas por ocasião do falecimento de seu queridoesposo, pai, sogro e avô SYDNEY e convidam paraa missa que mandam celebrar omanhã, quinta-feira,dia 14, às 09:30 hs., na Igreja dos Poloneses (N. S. da Piedade)

na Rua Marquês de Abrantes n.° 215.

(P

SANTOS T. REINOSADirigentes e funcionários de Formula-rios Contínuos Continac convidam pa-rentes e amigos para a missa de 7.°

dia que, por alma de seu querido Diretor, serácelebrada dia 14, 5a. feira, às 17,45 hs., naIgreja de Nossa Senhora do Rosário, na RuaGeneral Ribeiro da Costa — Leme.

EM^£'íil

MCOMUNICA

103.00001.10.1103.00356.01.5103.01948.01.3103.02473.02.7103.05635.01.0103.06525.01.3103.13027.02.9103.14301.02.7103.21318.02.4203.00285.04.0203.02303.04.6203.02444.01.4203.06941.02.0203.10865.02.9203.11594.01.0203.13262.01.5203.14316.04.6203.14408.02.1203.15438.01.3203.15664.01.3203.16091 .01.7203.16548.01.7211 .00840.01.1213.02160.02.0303.03856.02.8303.05999.02.0303.08257.01.7303.10681.01.2303.13935.01.5303.13935.02.3303.16376.03.6303.17708.01.3303.19971.01.3303.20067.02.9303.20089.01.4303.21314.01.1312.00525.03.8312.06874.01.8312.07256.02.4313.05272.01.1403.02305.01.5403.02373.01.0408.00550.03.5503.00149.01.1503.00803.02.1503.24980.05.6503.27503.01.1503.32049.01.9503.32680.03.7503.33705.02.5507.16972.02.7803.00133.02.2903.00109.04.6

Telefone para264-6807

e faça umaassinatura do

JORNAL DO BRASIL

B Hélder protesta contraprocesso de expulsãodo Padre suíço Zufferey

Recife — Depois de hora e meia de reunião como Colegiado e o Conselho Pastoral da Arquidiocese, oArcebispo de Olinda e Recife, D Hélder Câmara, di-vulgou nota protestando contra a instauração de in-quérito pela Polícia Federal para expulsar do país oPadre Romain Zufferey, assistente eclesiástico daAssociação Cristã Operária (ACO), desde 1962.

O superintendente da Polícia Federal, Sr EdirCarvalho, confirmou a instauração do inquérito,sem explicar os motivos que poderão acarretar, a ex-pulsão do sacerdote suíço. Segundo o auto de noti-ficação entregue, o inquérito foi determinado peloMinistério da Justiça, através de despacho de 5 deabril último. O acusado deverá comparecer ama-nhã à Polícia Federal "a fim de ser qualificado, in-terrogado, identificado e fotografado, podendo, naoportunidade, indicar defensor para formular de-fesa por escrito".

lou pedido de um padre àAssociação Cristã Operária,que é movimento interna-cional.

Padre Romano explicasua atividade: "Vim porqueo trabalho no meio da cias-se de trabalhadores foi aminha opção no sacerdócioe desde que cheguei procuroajudar os operários, mos-trando como podem parti-cipar da sociedade. Meutrabalho é feito com umgrupo de líderes e, portan-to, não é um movimento demassa. Procuramos promo-ver os operários, evangeli-zá-los, mostrando como osseus problemas devem serresolvidos e procurando fa-zer com que eles assumamas dificuldades. Claro quetambém falamos das injus-tiças pois elas existem emtoda parte e no nosso tra-balho nós dizemos que Deusquer um mundo justo paratodos".

Em 1964 — lembra o Pa-dre Romano — a sede daACO foi invadida por poli-ciais e algumas pessoas, In-clusive ele, foram detidaspor uma noite, para inter-rogatórios. Em 1969 a sedesofreu nova invasão e quan-do a ACO publicou o livroNordeste, o Homem Proibi-do, em 1971, ele foi nova-mente interrogado. "Acha-vam que éramos subversi-vos. Mas quem procura jus-tiça hão é subversivo, nãoestá subvertendo nada. Oque fazemos é uma. censtru-ção, um esforço para o ho-mem mesmo se construir,para a classe operária to-mar consciência de classe epassar a participar da vidado pais."

Eie atribui a instauraçãodo inquérito a um reflexo doconflito existente atuaimen-te entre a Igreja e o Estado.

ANOTA

Sob o titulo ComunicadoPastoral ao Povo de Deus,a nota de D Hélder Câmaraafirma que "parece, nos ter-mos da notificação, que aexpulsão já está decidida,tratando-se de inquéritomeramente formal". Maisadiante, observa que "dóiver o nosso pais car.tinuan-do a adotar processos quecorrem com total desconhe-cimento das vitimas e nosquais a 'instauração final deinquérito lembra a imposi-ção de autocrítica dos pro-cessos comunistas. Dói vera nosso pais no caminho docombate à Igreja, tal comose dá nas ditaduras de di-relta ou de esquerda: pri-meiro, expulsão dos padresestrangeiros, depois a ten-tativa de reduzir a Igreja àsacristia. No caso, não do"estrangeiro Romain Zuffe-rey", mas do nosso carissi-mo Padre Romano, vem-meà mente a palavra de Cris-to ao ser traído e preso, noJardim das Oliveiras: Se éa Mim que procurais, deixaios Meus em paz".

Nascido na Suíça, em1910, o Padre Romano, co-mo é mais conhecido no Re-cite, mostrava-se ontemmuito tranqüilo e não sabiaexplicar quais os motivosque poderiam causar suaexpulsão do Brasil. Contouque, segunda-feira, recebeuuma ultimação solicitandoo seu comparecimento à Po-licia Federal. Lá foi-lhe en-tregue a notificação. "Nãosei dizer a causa especificadisso — declarou — mastalvez seja devido ao traba-lho da ACO como um todo.Não sei".

Ele veio para o Brasil em19152, a convite de um gru-po de operários, que formu-

JORNALISTA

A. PÔRT0 DA SILVEIRA25? ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

Teresita Moraes Porto da Silveira, Roberto M. Porto da Silveira e de-mais membros das famílias Moraes e Porto da Silveira, comemorandoo XXV Aniversário de Falecimento do seu pranteado esposo e pai,farão celebrar missa votiva na Igreja N. Sra. do Carmo, Praça XV,

amanhã, dia 14 5a. feira, às 11:00 horas, e agradecem a presença confortadorade amigos e colegas que comparecerem a essa ato de fé cristã.

PROFESSOR

DR. A. PORTO DA SILVEIRA25? ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

+

Pela passagem do 25? Aniversário de Falecimento do saudoso Mestre,Patrono, do "Diretório Acadêmico A. Porto da Silveira", os assistentessociais daquela época, diplomados pela Faculdade de Serviço Socialdo Rio de Janeiro, mandarão rezar missa comemorativa, na Igreja

Santa Cruz dos Militares, Praça XV, dia 14 às 11 hs, e convidam colegas, mes-três e amigos, a participarem da referida homenagem.

CORONEL

JUERCIO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7.° DIA)

+

AAARKA S/A CORRETORA DE CÂMBIO £ VALORES agradeceas manifestações de pesar recebidas por ocasião do falecimen-to de seu Diretor-Presidente e convida para a missa de 7.° dia

que será rezada na Igreja da Santa Cruz dos Militares (Rua 1.° de Mar-ço, 36) às 11:00 horas de amanhã, dia 14.

CORONEL

JUERCIO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7.° DIA)

+

MARKA S/A DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES IMOBI-LIÁRIOS agradece as manifestações de pesar recebidas porocasião do falecimento de seu Diretor-Presidente e convida

para a missa de 7.° dia que será rezada na Igreja da Santa Cruz dosMilitares (Rua 1.° de Março, 36) às 11:00 horas de amanhã, dia 14.

CORONEL

JUERCIO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7.° DIA)

MARKA INTERNACIONAL S/A agradece as manifestações depesar recebidas por ocasião do falecimento de seu Diretor-Presidente e convida para a missa de 7.° dia que será rezada

na Igreja da Santa Cruz dos Militares (Rua 1.° de Março, 36) às 11:00horas de amanhã, dia 14.

Beneditinastêm reuniãoprovincial

A Congregação das IrmãsBeneditinas da Divina Pro-vidência, de origem italia-na e que em 1936 envioupara o Brasil as primeirassete religiosas, abriu ontem,em seu Instituto Pio XI(Ramos), o primeiro Capí-tulo Provincial Brasileiropara estudar uma melhoradaptação das regras à rea-lidade do pais e escolher aprimeira Superiora Provin-ciai brasileira.

O Capítulo prolongar-se-á até o dia 21 e dele par-ticipam, entre outras reli-giosas, a superiora-geral,Madre Clara Borasi, e aProvincial, Irmã Clara Ven-turini. As beneditinas daDivina Providência se dedi-cam a obras educacionais,assistenciais e missionários,especialmente junto aos po-bres, e, no Ro, também di-rigem o Intituto Nacionalde Educação de Surdos eMudos. No Brasil, são 176religiosas, distribuídas por20 casas, em seis Estados.

Assassinosdo Estáciosão menores

Dois menores de 15 anossão apontados por policiaisda 8a. DP como os assas-sinos do comerciante Ma-noel Joaquim Ribeiro quesegunda-feira ã tarde foiassaltado e baleado era suamercearia, na Rua SãoCarlos, 300, no Estácio. Osdois estão desaparecidos. Apolicia sabe que moram nomorro do Cantagalo, emIpanema.

O policiamento é precá-rio no morro de São Car-los, onde há somente umdestacamento da PolíciaMilitar, subordinado ao 5.°BPM, com três soldados,que ficam com a responsa-bilidade de patrulhar osmorros do Catumbi, SãoCarlos e Querosene, onderesidem mais de 60 mil pes-soas.

Ministro promete que Brasilserá até 1985 uma opção deprimeira classe em turismo

O Ministro da Indústria e do Comércio, Sr An-gelo Calmon de Sá, disse, ontem, na abertura" da2a. Reunião do Sistema Nacional de Turismo, noHotel Intercontinental, que uma das principaismetas da Política Nacional de Turismo é fazer„.doBrasil, até 1985, uma opção de primeira classe nomercado mundial.

Em discurso para mais de 300 dirigentes deórgãos estatais e entidades ligadas ao turismo,- oMinistro Calmon de Sá revelou que o Governo nãoquer assumir as funções de hoteleiro, agente deviagens, operador turístico ou transportador. "Bomé que elas estejam nas mãos do empresariado pri-vado e melhor que eles nelas permaneçam, paraproveito de todos". Estavam presentes à solenidadeo Prefeito Marcos Tamoyo, o Senador BenjaminFarah, vários deputados arenistas e o presidente daEmbratur, Sr Said Farhat.NO SUL

O Secretário ds Turismodo Rio Grande de Sul, SrMário Ramos, que coordenao grupo de Promoções Tu-risücas na 2a. Reunião doSistema Nacional de Tu-rismo que se realiza no Ho-tel Intercontinental, trou-xe uma preposição ousada:a descentralização de recur-sos para organismos esta-tais.

Argumentou, ontem, queas receitas auferidas pelaEmbratur com o registro detodas as empresas de tu-rismo do pais, deveriam sertransferidas aos Estados deorigem. Isso porque a exjs-tência de uma empresa par-ticular é decorrência daspotencialidades econômicasde cada Estado, principal-mente da indústria e daagricultura. .. >,

Rio critica o setordos recursos humanos

Mercado de trabalho res-trito, currículo deficientenas Faculdades, excesso deestudantes e a não regula-mentação da profissão deTécnico em Turismo foramos temas focalizados, ontemà tarde, durante os debatessobre Recursos Humanospara o Turismo, no primei-ro dia da 2a. Reunião doSistema Nacional de Turis-mo.

Para o Secretário da In-dústria, Comércio e Turis-mo do Rio de Janeiro, SrMareei Hasslocher, "a sim-pies regulamentação da pro-fissão de Técnico em Turis-

mo não proporcionará, porsi só, o aumento do merca-do de trabalho". Acha--que,graças à construção de- -no-vos e grandes hotéis, o mer-cado de trabalho para-osprofissionais de turismo,"em termos nacionais, é re-lativamente bom".

O Secretário Mareei Hass-locher afirmou que "a si-tuação dos que se formamem Turismo pode ser com-parada com a dos advoga-dos que vão para a rua semsaber de nada e sem condi-ções de fazer sequer um des-pejo".

Demócrito LuizCoelho

(MISSA DE 7.» DIA)

A família convida paraJãg missa de 7.° dia que™W™ será celebrada, amanhã,

quinta-feira, dia 14, às10 h, na Igreja de S. José —Lagoa.

Será celebrada missa na Igreja da Candelária,,às 09,30 hs. do dia 17 de julho de 1977, pelo tra ris-curso do 63° aniversário da Força de Submarinos éem memória dos Submarinistas falecidos. ,:('

ppw m o n^ftw

Doutora Maria Adelaide Pinto de Magalhães QuiníanilhaENGENHEIRA AGRÔNOMA ¦ -

(MISSA DE 1 ANO)

+

Júlia Gentil Pinto de Magalhães Quintanilha Pires e família, convi-dam os parentes e amigos para assistirem a Missa de 1° aniversário de ¦falecimento que farão celebrar em intenção da alma de sua queridairmã e tia, amanhã, quinta-feira, dia 14, às 10,30 horas, na Igreja de

São José da tagoa, na Av. Borges de Medeiros n° 2735.

CORONEL

JUERCIO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7.° DIA)

PARQUET PAULISTA S/A agradece as manifestações de pesai/**recebidas por ocasião do falecimento de seu acionista e con-vida para a missa de 7.° dia que será rezada na Igreja da .

Santa Cruz dos Militares (Rua 1.° de Março, 36) às 11 horas de ama-nhã, dia 14. ....

CORONEL

JUERCIO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7.° DIA)

+

PARQUET PAULISTA DA AMAZÔNIA S/A agradece as mani-'festações de pesar recebidas por ocasião do falecimento deseu acionista e convida para a missa de 7.° dia que será

rezada na Igreja da Santa Cruz dos Militares (Rua 1.° de Março, 36)"às 11:00 horas de amanhã, dia 14.

JUERCIO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7? DIA)

Leticia Salazar de Paula; Leandro Salazar de Paula e Marcos Salazarde Paula agradecem as manifestações de pesar recebidas por ocasiãodo falecimento de seu esposo e pai e convidam parentes e amigos'para a missa de 7? dia que será rezada na Igreja da Santa Cruz dos

Militares (Rua 1? de Março, 36) às 11:00 horas de amanhã, dia 14.

E§a

JUERQO OSÓRIO DE PAULA(MISSA DE 7? DIA)

Alcino de Paula Salazar e senhora; Alaor Coutinho Salazar, senhora efilhos; Luiz Eugênio Salazar, senhora e filhos; Lauro Coutinho Salazar"senhora e filhos e Homero Coutinho Salazar, senhora e filhos agra.decem as manifestações de pesar recebidas por ocasião do falecimento

de seu genro, cunhado e tio e convidam parentes e amigos para a missa de ¦7° dia que será rezada na Igreja da Santa Cruz dos Militares (Rua 1? de Março, ¦36) às 11:00 horas de amanhã, dia 14.

(p

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 13/7/77 ? 1? Caderno TURFE - 23

Canter

A partir do dia Io deagosto, todos os desdobra-mentos das acumuladas dasagências serão feitos na se-de do Jóquei Clube Brasi-leiro, na Rua Debret. Comesta medida, os repensa-veis pelo setor esperamconseguir um melhor ren-dimento na apuração, oque irá refletir em umamaior rapidez para o lan-ca mento das quantias jo-gadas no lotalizador do hi-pódromo.

O Conselho Técnico do"Jóquei Clube Brasileiroaprovou, em sua últimareunião, a introdução, nascorridas de sábado, de umaterceira dupla exata. Ospáreos escolhidos serão sem-pre o segundo, o sexto e odécimo, agora com possibi-lidade de inversão nasacumuladas. No momentoestão sendo feitos novos ta-lões, para que dentro depoucos dias esta resoluçãoseja colocada em prática.

Na próxima sexta-feira,a Comissão de Corridas do.loquei Clube Brasileiro vaireunir-se para aprovar oprojeto de distancia e dota-ções para os programas dasemana do Grande PrêmioBrasil.

Vetado pelo médico JoséLauro de Freitas, o freioGildásio Alves não poderámontar Mogambo no Gran-de Prêmio 16 de Julho. Oseu irmão Paulo Alves aca-bou ficando com a monta-ria do vencedor do GrandePrêmio São Paulo.

Os titulares de Fazendae Haras Castelo S/A recebe-ram uma proposta para ven-'der o potro Estadão porQuiz em llauta, ao StudCláudia. Base oferecida: CrS220 mil.

Modificações de monta-rias para a reunião de ama-"rihâ à noite no Hipódromoda Gávea: no quarto pareô,' Cahny terá a direção de J.M. Silva em vez de F. Le-mos, e Arengue, do Hara.sFazenda Coqueiro Verde, A.Matias, de São Paulo, nolugar de Gildásio Alves. Nosexto páreo, J. M. Silvasubstitui Gabriel Menesesno dorso de Yobard.

Porto Alegre — Será cor-rido, domingo, no Hipódro-mo do Cristal, o Prêmio LuisFernando Cirne Lima, Cri-terium de Potrancas, na dis-tancia de 1 mil 609 metros,com Cr$ 50 mil à vencedo-ra; As potrancas inscritassão as seguintes: Embaiba,Anormite, Kalvine, GoldenLcgend, Grissita, Zorzarela,Bela Paula, Rubiácca, Abio-rama e íbis Branca.

A égua gaúcha Valione,que estreou na Gávea ven-cendo o simplesmente clás-sico 11 de Julho, vai reapa-recer no dia 24, no clássicoCordeiro da Graça, em 1 milmetros.

O treinador AlexandreCorrêa que se aposentou,vendeu sua cocheira parapara os titulares do HarasWest Point.

O cavalo Flore, que es-tá aos cuidados do treina-dor Artur Araújo, seguiráainda esta semana para oHipódromo de Campos, on-de deverá continuar a suacampanha.

O treinador Silvio Mo-rales deverá mandar paraMinas Gerais os animaisDegucl, Car e Clima. Deve-rá receber Tuiubim, inseri-to na corrida da próximasegunda-feira.

A égua Emigrebte quecorreu o último páreo dareunião de domingo, tiran-

' do segundo para Tarsina,terminou o percurso bas-tante cortada em um dos lo-comotores, pois. se alcançoudurante o desenrolar dacompetição.

Alcides Morales Filho. A.Matias e Gonçalino Feijó deAlmeida serão os substitu-' tos de Gildásio Alves noscavalos Nantes, Arengue eNoscado.

i

Prince Nat encerrou a¦ campanha, indo .para o Fio-

resta Country Club, ondeservirá como saltador deobstáculos.

I

Os potros criados no Ha-ras Pelajo, inscritos no Lei-lão da Associação de Cria-dores de Cavalo de Corridado Rio de Janeiro, já estãona Gávea, podendo ser vis-tos nas cocheiras de Rober-to Tripodi.

lontarias oficiaispara as reuniões dopróximo fim de semana

SÁBADO1? Pireo - às 14 hora» - 1 300metroí - CrS 20 mil - ASSOCIAÇÃODOS REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS DO

RIO DE JANEIRO

1-1 Fast Glonde, E. R. Ferreira 82 Derpéa, U. Meireles . A

2-3 Gelva, F. Silva >4 Gardona, J. Pinto .... 10

3-5 Diandria, G. Meneses . .6 Setembrina, J. Ricardo . .7: Bella União, G. F. Almeida

4-8 Doncellil, A. Mathias . ." Faveira, F, Esteve» . . .9 Helene, A. Souza ....

58575857565756555556

2" Pirão - is Mh 30m - (GRAMA)'_ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

EMISSORAS DE RADIO ETEIEVISAO

1-1 Carriola, F. Silva . . . .2 Tal e Qual, A. Sou/a . .

2-3 Sarnüriquinha, J. Mendes .4 Kubilóa, G. F. Almeida . .

3-5 Ustica, E. B. Queiroz . .Alançjüro, G. Meneses . .Corista, J. Ricardo ....

4-8 Jancia.e, J. L. Marins . .9 Tiba, A. Morales ....

10 Guodiana. F. Esteves . .

575a5753

10 535755576353

3° Pirão — is 15 horal - 1 600 m«-tros - CrS 80 mil - GRANDE PRÊMIO

IMPRENSA - (GRAMA)

1-1 Triarco, G. F. Alcne;d» .2-2 II Trovatore, E. Ferreira

3 S.nter, P. Alves3-4 fst.uao, F. Esteves . . .

5 Jamy, A. Espinosa . . .5 Jamy, A. Espinosa . . .

4-6 Itapiranga.a J. F. Fraga ./ Eile, J. Ricardo . . . .

4» Pir.o - ii 15h 30m - 1 500metros - CrS 20 mil - (GRAMA) -

(INICIO DO CONCURSO DE SETBPONTOS) - ASSOCIAÇÃO DE CRO-

NISTAS ESPORTIVOS DO RIO DEJANEIRO

5650565656565654

3-6 lord Richard, R. Freire 55'/ Dia da Caça, F. Esteve* . 55Calim, F. Lemos .... 55

4-9 Talook, A. Souza .... 5510 Otherwise, G. F. Almeida 5511 Zuarte, J. Machado ... 5512 Dulgêncio, D. F. Graça Í7

7? Páreo - Às 17h - 1 300 metroíCrS 24 mil

(JORNAL DAS LETRAS)

1-1 Difícil, F. Esleves .... 13 562 Alcóparra II, A. Mathias 54

3 Changor, G .F. Almeida ,10 652—1 Donald, C. Valgas ... 55

Fastnet Rock, A. Souza 54Canovas, J, Mendes , . 1. 56Snow Yatn, F. Silva ... 14 56

3-8 Rc-ville, J, L. Marins . 55Uacá, Juarez Garcia . £6

10 El Vergarilo, J. Pinto . 15 55" jagra, R. Freire .... 12 55

4-11 Goddy, E. R. Ferreira . 5712 Pearl Buck, U. Meireles 5513 Favela II, J. Ricardo . 5514 Curtidor, H. Cunha ... 67

8? Pino - ÀJ 17h30m - 1 300 mi-Iroí CrS 35 mil - (VARIANTE)

SINDICATO DOS JORNALISTASPROFISSIONAIS DO RIO DE

JANEIRO1-1 Enabre, F. Esteves ... 4 56

Muscadet, G. F. Almeida 11 56Díítíin Prince, A. Ferreira I 56

2-4 Xelé, J. Ricardo .... 6 56Pluto, A, Garcia .... 13 56Improvisor, J. Machado . 12 56

3-7 .Czar Nicolai, R. Freire . 8 56" Vergobrel, G. Meneses . 568 Penilown, C. Valga» ... 56

4-9 Sandi, D. F. Graça ... 5610 Sadi, J. Pinto 5611 Barriborial, F. Silva ... 2 56

" Beirai, J. L. Marins . . 10 56

9? Páreo - As IBh - 1 000 metrosCrS 40 mil - (LEILÃO)

1-1 Tarro, F. Esteves .... 532 Ardgano, J. Machado . 53

2-3 Pernambuco. L. fVViia . 574 Tio Luiz, J. Pinto .... 55

3-5 Rodney, G. Meneses . 57" Rômulo, E. Freire . . , 55" Portobello, A. Souza . 56

4-6 Kris, J. Ricardo .... 10 54Integro, A, Morales ... 58_Festus, Excluído .... 55

S° Páreo — is 16 horas — 1 600metros - CrS 30 mil - (GRAMA) -

CENTRO DE CRONISTAS E ESPOKTIS-TAS DO RIO DE JANEIRO

10 571-1 Down, Town, A. Morales2 Rifão, J. Ricardo . . . /

2-3 King lear, F. Esteves 4" 4 Fox-Meadow, R. Freire 13-5 Sang D'Or, M. Andrade 8

Zatitorim, E. R. Ferreira 6Bella Bruna, S. Silva . 5

4-8 Abaphar, G. F. Almeida 29 Tierceron. G. Meneses . 3

10 Josmar, D. Nem .... 9

545757575755575757

í? Pir.o - il Hh 30m - 1 300metros - CrS 30 mil - (GRAMA)- (DUPLA-EXATA) - ASSOCIAÇÃODE CRONISTAS DE TURFE DO RIO

DE JANEIRO

1-1 Havelok, J. L. Marins . . 9 55" Hokkaido, E. R. Ferr.eira . 12 552 Tertignol, M. Andrade . . 11 55

2-3 Tuxaua, G. Meneses ¦ • 7 iiLll Abner, J. Pinto . . • 4 SSMapoia, L. Maia .... 10 Já

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DEIMPRENSA

1—1' ímpio, S. Bastos .... 56Fobrasa, N. Reis .... 11 56El Jaguar, J. Machado . . 56

2-4 Graduale, A. Garcia . . 10 56Brigand, J. Ricardo ... 56Zonzon, E. R. Ferreira . . 12 56

3-7 Virote, F. Lemos .... 13 56" Vinte e Um, G. Meneses 568 Social, G. F. Almeida . 56

4-9 Ix, F. Esteves 5610 Gran Fifi, A. Morales . 5611 Alkivir, J. Pinto .... 5612 Anabar, J. L. Marins , . 56

10? Páreo - As 18h30m - 1 000 me-tros CrS 30 mil - (DUPLA-EXATA)

SINDICATO DOS JORNALISTASLIBERAIS DO RIO DE JANEIRO

1-1 Terracot», G. Meneses . . 12 55Tropc Song, G. Tozzi . . 55Extra-Extra, F. Esteves . . 55

2-4 Happy Eagle, J. Ricardo . 5jGay Ballad, F. Freire .Fairbola, R. Freire . . .

3-7 Daluar, G. F. AlmeidaDadeira, D. Nelo . . .Difundida, J. L. Marins

tfei^^pV- '

> .i^^^^^^^^^Ki^SResultadoda noturnaem CamposV> Páreo — 1 mil metros

1<? Air Duke, A. Torres 562o Golorlste, G Gomes 54

Vencedor (1) 0,11 — Du-pia (14) 0,14 — Placês (1)0,10 e (5) 0,10 — Tempolm 05s 4/5 — Treinador:N. Souza — Não correu Er-cüon.

2o Fáreo — 1 mil metros

1? Psicóloga, J. Rocardo 5429 Jornalista, J. M. Filho 54

Vencedor (2) 0,19 — Du-pia (23) 0,43 — Placês (2)0,17 e (3) 0,38 — Tempolm 04s 4/5 — Treinador O.Ricardo.

3? Páreotros

1 mil 100 me-

10 5713 57

555555

10 Demarcation, P. Vignolas 554-11 Geneimniss, J. Mendes . 11 55

12 Altíssima, A. Souza ... 65/

13 Hybla,-- i. R- Ferreira" Oulcia, J. Machado .

Mogambo é cabeça da chave dois no 16 de julho

Noscado e Klavier têmos melhores aprontos

a noturna de amanhã

19 Molar, S. P. Dias 532. Fast Track, J. S.

Francisc 56

Vencedor (4) 0,47 — Du-pia (23) 0,64 — Placês (4)0,31 e (3) 031 — Tempo lmlOs 3/5 — Treinador A, F.Silva.

49 Páreo — 1 mil metros

19 Brado Heróico J. RI-cardo 54

29 Timune J. Pinheiro 55

Vencedor (1) 017 — Du-pia (13) 012 — Placês (1)01 e (5) 011 — Temi» lm

par. 14. 1

DOMINGO1? Pirão — Àl 14 horas 1 300

melios - CrS 40 mil - (Areia)

1-1 Cartaza, A. Morales ... 552 Ames, A. Morales ... 56

2-3 Pat Magna, G. Meneses 5j4 Santaniarta, F. Lemos . 56

3-5 C, Ludmila, F. Esteves . -56 Princ. Laura, F. F. Alm. 55

4-7 Grazeia, J. Machado . 558 Wilca, J. M. Silva .... jo

50 pireo _ As 14h30m - 1 400metros - CrJ 30 mil

1-1 Induzida, J. Ricardo . , 8 552 Alikar, Juarez Garcia . . 6 JÍ>

2-3 Hendrika, E. R. Ferreira 10 564 Miss Curvona, O. Ricardo 3 5/

3-5 Epoque II, J, M, Silva" Katimar, J. F. Fraga . .6 Aniclle, J. Pinlo ....

4-7 too Nice, G. Meneses . .8 Itepoã, F. Silva" Tizzana, E. Freire ....

3 Caran d'Ache, J. F. Fraga2-4 Uarubé, G. F. Almeida

" Ukê, G. Meneses . . . .5 Heiar, U. Meireles . . .

3-6 Benemérito, F. Silva , .Opinante, J. Ricardo . .Brinco, S. Silvo . . . .

4-9 Tenaros, E. R. Ferreira . .10 Solsalito, C Valgas . . .11 Astro Rei, C Silva F9 . .

" Areion, M. Peres . . . .

5555

II 5555

10 5555

13 55555555

12 55

565757565656

1 6003? Pirão - Ài 15 horasmatro» - Cr$ 40 mil - (Híndicap Extraordinário)

1-1 Bem Amado, J. F. Fraga" Feíticio II, J. M. Silva

2-2 H. Treasure, J. Machado3 Terçado, J. Ricardo . . .

3-4 Rei Negro, F. Silva . . .5 Odási, U. Meirole» ....

4-6 Porto Rico, G. Meneses" Stick Pokar, F. Esleves .

8 581 55

40 Pino - As 15h30m - 600matros - CrS 35 mil - (Início Con-curso 7 Pomos)1-1 Vento Forte, F. Esteves 56

" Easy Love, G. Alves ..II 562-2 Decreto Lei, E. R. Ferreira 56

Issacar, J. Machado ... 56Xelé, J. Ricardo . . . . 56

3-5 Invar, G. Meneses ... .6P. Parisien, J. M. Silva j6Big-Bag, F. Lemos .... 10 56

4-8 Vapuacu, A. Morales ... j6Czar Ruslam. R. Freire . . 56

" Czar Nicolai, J. Pinto . 56

5» Páreo - Às li horas - 2 400matros - CrS 20 mil - (Grande Pre.mio Dezesseis da Julho)1-1 Janus II, G. P. Almeida 9

2 Daiào, E. Ferreira .... 102-3 Mogambo, P. Alves ... 8

Estocmery, J. Pinto . . .Ccrúleo, J. Escobar . . .

3-6 Toreador, G. Meneses . .Tibetano, J. M. Silva . .Juanero, F. Pereira . . .

4-B Uníssono, J. Amestely . .Cigallium, U. Meireles .

10 El Diem, F. Esteves . . .

7? Pireo - Às 17 horas - 1000 me-tros - Cr$ 20 mil.

1-1 Vimeiro, F. G. Silva ... 57" Veio Zuza, G. F. Almeida jB

2-2 Prólogo, J. Ricardo .... 58" Tribord, D. Guignani . . 5j3 Ricolone, U. Meireles ... 57

n_4 Tnnv Bov. E. R. Fereira 56Unguari, G. Tozzi ... 56El Amigo, J. Pinto . . . 11 54

4-7 Toberno, F. Silva . . . 10 568 Namour, M Peres . . ->»" Caio, H, Cunha .... 49

8» Pireo - Às 17h30m - 1.300 me-tros - CrS 35 000 - (Arei)) (Va-riante).1-1 Ice Qucen, E. R. Ferreira . 56

Fascia, R. Freie 12 56Davis Cup, R. Macedo . , 56

2-4 Giorgiana, J. M. Silva . . 10 56Elami, J Ricardo . , . - 5"Manola. J. Pinto. . . . 56

3-7 Princesa Eva, G, F. Alm. 56" Igangan, E. Freire ... 568 Ballorca, J. L. Marins . . 56

4-9 Snow Joe, F. Esteves . . £610 Before, F. Lemos .... 5611 Oleideas, D. F. Graça . . 56

9? Pirto - As 18 horas - 1.000metros - CrS 24 mil - '.Ateia).

1-1 Alfafa, G. F. Almeida . .2 Taicana, R. Freire . . . .

2-3 Deija, F. Esteves . .Dancebar, M. Alves . . .Kaunas, A. Sousa . . . .

3-6 Rose Flowcr, E. R. Fer.Lady Henrielle, F. SilvaCorcna, P. Vignolas . . . .

4-9 Nouvelle 0'Or, C. Valgas10 Praga, J. F. Fraga . . .11 Indian Love, J. L. Marins

585858

11 585B

10 585858585358

Noscado, alista-lo na sé-tima carreira da programa-ção noturna de amanhã,deixou claro que ostentaforma das melhores, mar-cando 50sl/5 para os 800metros, percorrendo toda adistancia com tranquilida-de, sob a direção do freioGonçalino Feijó de Almei-da.

Klavier, Inscrito no oita-vo páreo, agradou pela fa-cilidade com que trouxe37s2/5 para a reta de che-gada, sempre contido, com12s para os últimos 200 me-tros. O pensionista de Alei-des Miranda aprontou, co-mo todos os outros, em pis-ta de areia leve.

EDGARD E' VELOZ

1.9 Páreo — Unguari (G.Tozzi) — 600 metros em3s3/5, impressionando pelamobilidade do arremate.

2.9 páreo: Diana Vernon(A. Souza) — 600 metros em38.s, com reservas.

3.9 Páreo: Top Spin (F.Esteves) — 700 metros em44s2/5, com 13s para os úl-timos 200 metros, correndomuito.4o Páreo: Edgard (F. Este-ves) — 600 metros cm 36s,facilmente, mostrando boavelocidade.

Nativus (J. Ricardo) —360 metros em 25s, de car-reirão.

Frontão < G. Meneses) —360 metros em 21s. Últimos200 metros em Us 3/5, ar-rematando com violência.

Tio Dunga (A. Souza) —aprontou no partidor, sain-do com velocidade.5o Páreo: Pequi (E. MarI-nho) — 360 metros em 23s.mostrando algumas anelho»ras.

Padu (J. F. Fraga) — 700metros em 43s, de carreirão.6o Páreo: Anager (J. Ricar-do) — 360 metros em 24s,sempre fácil.7o Páreo: Abakan (U. Me1.-reles) — 800 metros em 52s,sem ser apurado.

Poeta do Vale (F. Este-ves) — 800 metros em 50s2/5, mostrando que está emboa forma técnica.

Foguinho Brabo (J. L.Marins) — 800 metros em52s 2/5, com disposição.8o Páreo: Brasa,'s Rush ga-lopou antes do primeiro pá-reo de anteontem, para co-nhecer a luz dos 'refletores.

9o Páreo: Duba (R. Mace-do) — 700 metros em 43s3/5. impressionando bem.

Lady Yama (E. R. Ferrei-ra) — 700 metros em 44s,correndo muito nos últimosmetros.

04s 4/5 — Treinador O.Ricardo.

5o Páreo — 1 mil metros

1° Stamine, J. M. Fran-cisco 56

29 Lucy Wnder, J. M. Fi-lho 54

Vencedor (3) 0,41 — Du-pia (23) 0,30 — Placês (3)0,21 e (2) 0,21 — Tempo:lm07s4/5. — Treinador: Q.Peres.

69 Páreo — 1 mil 200 metros

Io Tilt, J. Pinheiro 542o Doge, J. Ricardo 56

Vencedor (8) 0,75 — Du-pia (34) 0,64 — Placês (8)0,19 e (6) 0,15 — Tempo:lml7s3/5. — Treinador: Q.Peres.

7o Páreo — 1 mil 200 me-tros,

Io Contrabando, J. C.Cruz 57

2° Impuro, J. Ricardo 57

6o pjr,o - As 16h30m - 1 200

metros - CrS 24 mil - (Areia) -

(Dupla-Exita)1-1 Dr Balb:no, F. Esteves . . 1 51

2 Vaipal, O. Guignoni . 55

10? Pireo - Às 18h30m - 1 000metros - CrS 35 mil — (Araia) —(Variante).1-1 Bagnes, J. L. Marins ... 56

' Snow Brás, F. Esteves ... 12 562 Cambona, J. M. Silva . . 56

2-3 Baglá, J. Machado ... 56Princ. Norma, R. F. Alm. 14 56Lemlcan, E. R. Ferreira fó

3-6 Doda, D. Nelo .... 56Nannüia, C Pensabem . . 56Serifap, L. Januário ... 13 56Goxenila, U. Meireles . . 11 56

4-10 C de Sevilha, J. Pinto . 5611 Miss Decidida, G. Menese» 5612 Begun, S. Silva"Bebela, E. B. Queiroz

SEGUNDA-FEIRA19 piteo - Às 20 h — 1 300 ma-

Iros - CrS 24 mil.

1 -i Cash, J. Escobar 2-2 Üascaíe, R. Freire . .

3-3 Stracchino, P. Ricardo .4 Nlslada, J. Al. Silva .

4-5 Amorequinho, H. Cunha6 Ros.sini, F. Lemos . .

2? páreo - As 20h30mmetros - CrS 24 mil.

5855435452

1 300

1-1 Grande Volta, J. Pinto 7 53Scotchman, M. Peres . 2 58

2-3 Belo Moço, J. M. Silva 5 534 Butch Caísidy, F. Lemos 6 ^3

3-5 Qualificsção, G. F. Alm. 1 56Gubbio, J. Ricardo ... 3 53

4-7 Vasmax, L. Maia .... 8 53" Yategano, L. Santos ... 4 58

3? páreo - As 21 h - 1 000 me.tros - CrS 24 mil - (Início Con-curso 7 Pontos)1— V Tuiubim, J. Escobar ... 1

" Blackbird, J. M. Silva 22—2 Eniernaite, R. Freire . 7

Faieiro, J, F. Fraga . 33-4 Quin.ito, J. Pinto .... 8

5 Bangladesh, J. Garcia . 64-6 Al A-nour, R. Marques 4

English Fleel, G. Meneses 5

4? páreo - Às 21h30m 1 000metro* - CrS 20 mil.1-1 Bloco, A. Garcia .... 58

' 2 Iracali, G. Alves ... 542-3 Bon Ami, J. M. Silva .. 54

4 Madigan, F. Carlos . 573-5 Celt, G. Meneses ... 54

fnidad, F. Cunha .... 554-7 Fulcanelli, G. F. Almeida 53

ô Toturno, J. F. Fraga , 56" Don Gegé, F. Esteves . 5B

5? páreo - As 52 h - 1 300 me-tros — CrS 20 mil - (Dupla Exata)

1-1 Tom's Colt, G. Meneses . 59Harold, H. Cunha .... 15 56Royal Flash, M. Andrade 57Vendome, A. Garcia . 34 54

2-5 Gas light, A. Morales 57" América, J. M. Silva . 576 Governado, G. Tozzi . . 57Padrão L Januário ... 16 55

3-8 Zoliano, L. Maia . . 13 58Fon, A. Souza .... 56

10 Fradinho, G. F. Almeida 5611 Onofre, F. Silva . .12 58

4-12 Ebuvermelho, J. Machado 5613 Cordel, R. Freire ... 57

14 Fra Angélico, f. Esteves" Pilgrim, E. R. Ferreira ,

6? páreo — .As 25h30m — 1 300metros - 24 mil.1- Engarino, J. Ricardo . .

2 Pedrok, R. Freire . . .2-3 El Galam, A. Morales

Ustica, E. B. Queiroz .El Faroforo, F. Silva .

3-6 Underwriting, J. PintoCostelo, D. Neto . . .Sir Eduard, F. Lemos .

4-9 Irox, G. F. Almeida . ,10 Rubinho, F. Esteves . .11 Voeio, M. Peres . .

79 pireo - Às 23 h -tros - CrS 24 mil.1-1 Iralna, S. Silva . . .

2 Faristanc, R. Macedo .2-3 Anacloé, F. Esleves .

Indarlhe, G. Meneses .3-5 Pydna, J. Ricardo . ." Farabela, E. Freire . .

Canora, L. Januário . .4-7 Distabelle, G. F. Almeida 10

8 Exedra, L. Corrêa ..."" Malta II. D. Neto . . .

8? páreo - Às 23h30m -metros - CrS 50 mil1-1 Pormenor, J. Ricardo . .

Tio Brasa, F. Esteves . .Istmo, A. Garcia . . .

2-4 Torvaly, L. Santos . . .Pinto D'Agua, A. SouzaFolig, E. R. Ferreira . ..

3-7 Delmondo, R. Marques .Paio, M. Peres ....Harlington, F. Silva . .

4-10 Campos Gerais, G. Garcia11 Pif-Paf, J. Garcia . . .12 Casinunca, J. Mende» . .

9? páreo - As 23h50m - 1 000metros - CrS 30 mil — (Dupla Exata)1-1 Da Prazer, J. Escobar .,85

Toranja, J. M. Silva . . 12 55Autárcia, J. Garcia ... 1 56

2-4 Dalidade, J. Pinto . . .Júvia. C. Valgas . . .Anabraza, E. Freire . . .

3-7 Olivander, G. F. Almeida" Eh Baiana, F. Esteves . . 6

" Ecinawondcr, G. Archanjo 98 Estime, J. F. Fraga . . 4

4—9 Amicca, A. Morak; . . 1310 Boneia, A. Garcia . ..1111 Chiqueza, U. Meireles . 212 Hippolyte, E. R. Ferreira 5

Volta FechadaEscoriai \

Vencedor (2) 0,61 — Du-pia (24) 0,47 — Placês (2)0,18 e (6) 0,11 — Tempo:lml7s3/5. — Treinador: Q.Peres. — Movimento Geralüe Apostas: Or$ 356 anil072,10. — Bolo Máximo;Acumulou para a próximareunião Cr$ 13 imil 916,00.

55 —

Y~i NQUANTO, no Rio, Tonka confirma-Êj va a sua condição de mi ler de sóli-Ê1 j das qualidades, em Cidade Jardim,"¦ J São Paulo, o seis anos Arnaldo

(Tang em Argúcia, por Timão), criação doHaras Tibagi e propriedade do Stud fibagi,ao vencer, de atropelada e em recorde, a pre-paratória milha e meia para o próximo Gran-de Prêmio Brasil do simplesmente clássicoMinistro da Agricultura, confirmava ser, pos-sivelmente, o melhor corredor nacional demais idade (excetuando-se, é claro, o quatroanos Agente, já devidamente consagrado co-mo craque depois de seu doublé de derbies.

Realmente, o seu trimifo (firme e indis-cutivel, segundo observadores paulistas) foialcançado sobre dois corredores de inobfetá-veis qualidades como Big Poker (Tom Pokerem Bohème, por Morumbi), criação do HarasSão Luis e propriedade do Stud Golã Red, eDonética (Majors Dilemma em Monética,por Mogul), criação e propriedade do HarasMalurica, que, a priori, forneciam ao desen-rolar do citado semiclássico paulista foros ai-tamente interessantes. Em termos técnica-mente rigorosos, o êxito do neto de Timãofoi a confirmação de uma campanha clássi-ca mais do que respeitável (inclusive, comum grandíssimo clássico — o Cruzeiro doSul, Derby carioca — e um grande clássico— o Jóquei Clube de São Paulo, o Prix Lu-pin) e de seu recente e muito bom terceiropara Mogambo e Paris na milha e meia doGrande Prêmio São Paulo, grandíssimo clás-sico internacional, corrido no primeiro do-mingo de maio na pista de grama de CidadeJardim. Foi, então, inclusive, o nacional queobteve melhor colocação chegando à frente,entre outros, do futuro craque Agente.

Se todos estes elogios são dados à per-formance deste defensor das cores de Sebas-tião Ferreira (já agora deve ser colocado co-mo candidato de primeiro plano ao próximoGrande Prêmio Brasil), isto, contudo, não po-de ser usado em detrimento das qualidades edas exibições de seus dois runners-up no clás-sico de domingo. O segundo lugar do ganha-dor do Grande Prêmio São Paulo de 1976 re-presentou uma significativa recuperação emcomparação à sua apagada apresentação noSão Paião deste ano, já que, como havíamosescrito semana passada ao apresentarmos es-te mesmo Ministro da Agricultura, esta opa-gada apresentação não poderia ser explica-da somente pelos prejuízos que o filho deTom Poker havia sofrido durante o ãesenro-lar daquela competição (pois ao sofrê-los, ele,a nosso ver, estava amplamente batido e semcondições de vir brigar pelas posições dehonra). Por esta razão, Big Poker, igualmen-te, tem que, novamente, ser considerado ad-versário meritório a este Brasil que se apro-xima. Finalmente, o terceiro posto de Doné-tica (perdeu o segundo no photoehart, che-gando a pouco mais de um corpo do vence-dor) também merece aplausos, reafirmandosua categoria e a sua alta classe como égua:sobretudo por ter sido este não só o seu segun-do encontro com os machos (o primeiro foina Taça de Ouro do ano passado) como tam-bém a sua primeira incursão no percurso damilha e meia. Por este expressivo resultado,ao que tudo indica, a criação nacional, nograndíssimo de agosto, terá a sua represen-tante feminina.

TE' agora, a diretoria do Jóquei Clu-

Abe Brasileiro não recebeu a indica-

ção de nenhum nome estrangeiropara a semana máxima do turfe ca-

rioca. Mas, informações vindas de BuenosAires, afirmam que, muito possivelmente, ElMuíieco (utópico em The Doll, por Vitelio),criação do excelente Haras El Turf e pro-priedade do Haras El Paio, será o represen-tante oficial da Argentina à milha e meiado Brasil. E', a nosso ver, um nome que da-rá à prova características muito interessan-tes. Mesmo que não possua, nem de longe,o histórico de Paris (o representante em Ci-dade Jardim), o neto de Pronto é corredorde bons méritos, tendo vencido, em grandeestilo, o clássico Eduardo Casey e obtido óti-mo terceiro lugar (agarrado com os doisvencedores, Serxens e o citado Paris) nos2 mil 500 metros do Gran Prêmio Nacional,o derby argentino, terceira prova da Quá-drupla Coroa local, disputado na pista deareia do Hipódromo de Palermo. Trata-se deanimal pouco corrido e que, reaparecendosábado passado, depois de longa ausência,venceu, novamente, em grande estilo ( pormais de cinco corpos) e em excelente tempo(2ml4s cravados), o clássico Independênciana distancia de 2 mil 200 metros. Para oscomentaristas e experts argentinos, estetriunfo automaticamente lhe concede plenosdireitos para vir disputar (e para eles, le-vantar) a milha e meia do Grande PrêmioBrasil. Ao mesmo tempo, segundo estesexperts, a volta triunfal de El Muheco abriu,de novo, as perspectivas qualitativas para osanimais argentinos de quatro anos e maisidade (com o afastamento da ascendente es-trela Pascistol, gravemente atingido duranteo 25 de Mayo deste ano, elas estavam ne-gras). Diga-se de passagem que, entre osderrotados neste Independência, estavam,Dioico (Brecher em Dilema) e Formico(Ario em Fonomina), primeiro e terceiro co-locados no citado 25 de Mayo, sendo que ofilho de Brecher terminou em melancólicoúltimo lugar.

24 - ESPORTE JORNAL 0© BRASIL Q Quarta-feira, 13/7/77 n í? Caderno

GP da Inglaterra tempré-classificação hojepara 17 concorrentes

Silverstone, Inglaterra —Dezessete dos 41 pilotos ins-critos para o Grande Pré-'mio da Inglaterra partici-pam hoje de uma corridaespecial de pré-classiíi-cação, a fim de se habilita-rem a figurar nos treinospficlais de amanhã e sexta-ieira.

• A pré-classificação se fezàecessária devido ao nume-ro elevado de concorrentese ao fato de só 26 pilotos te-rem direito a alinhar nogrid e largada, sábado. Osparticipantes da eliminató-ria de hoje não integramâ Associação dos Pilotos deFórmula-1.

VOLTA DA RENAULT

A corrida de sábado mar-cará a volta oficial da equi-pe Renault às provas deFórmula-1, após muitosanos de ausência .A fábricafrancesa pretendia reapare-cer no Grande Prêmio daFrança, mas problemas téc-nicos provocaram o adia-mento. De inicio, contaráapenas com um carro, commotor turbinado V-6, de 1mil 492 centímetros cúbicos,pilotado pelo também fran-cês Jean Pierre Jabouille. Otipo de motor a ser utiliza-do pela Renault está foradas provas de Fórmula-1desde 1951, quando a Al-fa-Romeo se valeu dele,mas com capacidade menor.

O novo carro da Renaultjá conseguiu o tempo delm21s nos treinos extra-oficiais sob a direção de Ja-bouille. Entretanto o favori-to da corrida é, mais umavez, o norte-americano Ma-rio Andretti. A semana pas-sada, ele atingiu o recordepara a volta, em seu Lotus,com 210,6 quilômetros hora-rios. Depois de Andretti, osmelhores tempos pertence-ram a John Watson (Bra-bham), James Huat (McLa-ren), Niki Lauda e CarlosReutemann (ambos da Fer-rari).

O favoritismo de MarioAndretti em Silverstonenão se prende unicamenteao ótimo treino que reali-zou. Ele se vem destacandonas últimas corridas, princi-palmente por obter, com re-gularidade impressionante,a pole-position. Seu princi-pai oponente tem sido o ir-landes John Watson, embo-ra a sorte não o acompanhenos instantes decisivos.

Entre os novos pilotos, oque mais se tem destacadonos treinos oficiosos é o ca-nadense Guilles Villeneuve,de 25 anos. com sua McLa-ren. O Grande Prêmio daInglaterra será disputadoem 68 voltas, num total de320,800 Km. Começará às15h. correspondendo a llh,no Brasil. Júlio Góes, revelação do ano passado, estréia à tarde na Copa Itaú

—us inscritosJames Hunt (Inglaterra), McLaren M26Jocher» Man (Alemanha Ocidental), McLaren M23Ronnie Peterson (Sjécie), Tyrrell P34Patrick Oepailler (França), Tyrrell P34Mário Andretti (Estados Unidos), JPS-LotusGunnar Nilsson (Suécia), JPS-LoíueJohn Watson (Irlanda do Norte), Brabham 6T.15Hans Stuck (Alemanha Ocidental), Brabham BT45Alex Ribeiro (Brasil), March 771

10 lim Scheckter (África do Sul), March 77111 Niki Lauda (Áustria), Ferrari 312 T212 Carlos Reutemsnn (Argentina), Ferrari 312 T213 Jean Pierre Jabouille (França), Renault PS0114 Riccardo Patree» (Itália), Shadow DN815 Alan Jones (Austrália), Shadow DNB16 Larry Perkin» (Austrália), Surtees TS19VT Vittorio Brambilla (Itália), Surtees TS1918 Jody Scheckter (África do Sul), Wolf WR119 Clay Ragazzoni (Suíça), Ensign N17720 Patrick Tambay (França), Ensign N17721 Rupert Keegan (Inglaterra), Hesketh 308E22 Harald Ertl (Áustria), Hesketh 308E23 Jacques laffite (França), Ligier JS724 Patrick Neve (Bélgica), March 76125 Emerson Fittipaldi (Brasil), Copersucar F526 flrett Lunger (Estados Unidos), McLaren M2327 Oavid Purley (Inglaterra), Lee CRP128 Mikko Rozarowitzky (Finlândia), March 76129 Boy Hayie (Holanda), March 76130 Jean Pierre Jarier (França), Penske PC431 Conny Andersson (Suécia), BRM P20732 Emilio Villota (Espanha), McLaren M2333 Arturo Merzario (Itália) March 761B34 Brian Henton (Inglaterra), March 76135 Hedor Rcbaque (México), Hesketh 308E36 Gilles Villeneuve (Canadá), McLaren M2337 David Prophel (Inglaterra), Surtees TS1638 Derek Bell (Inglaterra), Penske PC339 Tony Trimmer (Inglaterra), Surtees TS-1940 Brian McGuire (Austrália), McGuire BM1

,

Cariocascompetem emVôo Livre

• O I Campeonato Cariocade Vôo Livre, também co-•nhecido como sky surf, será•realizado no próximo fim•de semana, na Praia do Pe-¦pino. em São Conrado, comsaída prevista da Pedra Bo-•nita, às 10 horas. Essas•duas etapas — sábado e do-imingo — são eliminatóriase as finais estão previstaspara o fim de semana se-•guinte, dias 23 e 24. AndréSansoldo e Paul Gaiser, dos;melhores pilotos inscritos,.representam o JORNAL DO.BRASIL e a Rádio Cidadeina competição. »'. . :s .: Atualmente, 91 pilotos;praticam no Rio o vôo' livre,,mas só 42 se inscreveramno Campeonato nas modali-,dades Standard e Livre. Os15 melhores das eliminató-,rias estarão automática-.mente classificados para asifinais, e o sorteio da ordemide decolagem será efetuadologo após o término das eli-minatórias. Depois do Ca-rioca, a Associação Brasilei-ra de Vôo Livre realizará oCampeonato Brasileiro, ain-da sem data prevista e queservirá de eliminatória parao Mundial, na Áustria, emoutubro ou novembro.

Derrota de Grassi éa primeira surpresada Copa Itaú de Tênis

Comece

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existe para facilitar a sua vida.

De 2? a 6? feira, às 8:35Um patrocínio

'fcsR^YwREAAINGTON

RÁDIO JORNAL DO BRASIL

A primeira surpresa da IICopa Itaú de Tênis foi aderrota de Marcelo Grassium dos 16 pré-classificadosda competição, O cariocaCláudio Ferreira tambémfoi eliminado. Outro carioca,Joseph Brich, enfrenta hojeo paulista Givaldo Barbosa.

Os resultados da primeirarodada foram estes: MarcosHocevar (RS) venceu Mar-ceio Grassi (SP) por 6/2 e6/4; Otávio Piva (RS) ven-ceu Fernando Von Oertzen(SP) por 6/2 e 6/3; Ivã

.Gentil (RJ) venceu CláudioFerreira (RJ) por 6/4, 1/6e 6/1; Joseph Brich (RJ)venceu Nei Keller (RS) por7/6 e 6/4; e Flávio Arenzon(SP) venceu Eugênio Loba-(to (RS) por 7/5 e 6/4.

Os jogos de hoje são osseguintes: José CarlosSchmidt (RS) x Marcos Ho-cevar (RS); Júlio Góes(SP) x Otávio Piva (RS);Givaldo Barbosa (SP) x Jo-seph Brich (RJ); JoãoAmérico Soares (SP) x Flá-vlo Arenzon (SP), Ivã Gen-til (RJ) x Fernando Gentil(SP).

AS BOAS ESTRÉIAS

A segunda rodada da pri-meira etapa da II CopaItaú de Tênis apresenta co-mo principal atração a es-tréia de oito dos 16 pré-clas-sif içados d a competição.São eles: Juvenil Celso Sa-comandi (vice-campeão doTorneio Sul-América), ogaúcho José CarlosSchmidt, o paulista GivaldoBarbosa, João Américo Soa-res (medalha de prata dosJogos Pan-Americanos doMéxico, em 75), Carlos Al-berto Kirmayr, que chegouda Suíça especialmente, pa-ra disputar a Copa, o pau-lista Fernando Gentil, a re-velação do ano passado Jú-lio Góes, e o atual campeãobrasileiro Luís Felipe Tava-res.

A Copa terá suas quar-tas-de-final amanhã, as se-mifinais na sexta-feira e afinal no sábado. Na próxi-ma terça-feira, começa asegunda etapa, em Niterói»,e as inscrições para o quali-fying já estão abertas. Afase niteroiense será reali-zada no Icarai Praia Clube,em quadra coberta.

GÓES, A REVELAÇÃO

Seu único defeito, disseThomas Koch ao derrotá-lona semifinal da I CopaItaú, é o saque, que precisaser aprimorado. Júlio Góes,de 21 anos, revelação de.cir-cuito Itaú do ano passado,dá todos os seus saques damesma maneira. Mas Kochcompletou seu comentário arespeito dele dizendo queJúlio possui o principal:corre a quadra toda, e nãose cansa. Começou a se des-tacar na temporada nacio-nal há três anos, quandoconquistou o terceiro lugarno Campeonato Brasileirode Adultos. Chegou às quar-tas-de-final do Torneio Ra-

fael Osuna, no México, foiquarto colocado no Cam-peonato, Brasileiro de 75,venceu o Campeonato daMocidade do Palmeiras efoi vice-campeão brasileirono ano passado.GENTIL, O MAIS ALTO

Fernando Gentil é o te-nista brasileiro mais alto —tem mais de l,90m — e umdos melhores. Em 1974, con-quistou o vice-campeonatobrasileiro de adultos emFortaleza, no ano seguintefoi campeão de duplas doTorneio Cidade de Florença,na Itália, ao lado de CarlosAlberto Kirmayr, e perdeuo título brasileiro de adul-iaa-> puta üuigc latuu JUC-man numa partida que du-rou quase seis horas. Fezparte da equipe brasileirada Taça Davis nos jogoscontra o Peru e a Argentina(o Brasil foi derrotado pelaArgentina por 3 a 2). Noano passado foi o quarto co-locado no Campeonato Bra-sileiro, e disputou, comocontratado, a I Copa, Itaú.

TAVARES, OEMPRESÁRIO

Empresário bem sucedidono setor de promoções es-portivas, Luís Felipe Tava-res, de 27 anos, é o atualcampeão brasileiro de tênise divide com Thomas Kocho primeiro lugar no rankingnacional. Sócio de Koch nafirma Koch-Tavares, LuísFelipe ainda encontra tem-po para competir. Disputoutodo o circuito da I CopaItaú, chegando a finalista.Entrou no CampeonatoBrasileiro do ano passado"apenas porque não podiaficar parado". Estava emsua melhor forma e venceuJúlio Góes em três sets. Suacategoria e maior experiên-cia — participou de tor-neios do Grand Prix emSão Paulo e foi da equipebrasileira, da Taça Davis —o ajudaram a superar aagressividade e a juventudede Góes.

Carlos Alberto Kirmayr,de 26 anos, é talvez o maiscontrovertido tenista brasl-leiro. Possuidor de inegáveisqualidades, tem, porém, umcomportamento imprevlsi-vel na quadra. Pode vencerbrilhantemente num dia, eno seguinte ser facilmentederrotado. No ano passado,foi quem mais se destacouentre os brasileiros — sem'contar Maria Ester Bueno— que disputou o Campoo-nato de Wilmbledon. Che-gou à terceira etapa, quan-do foi derrotado por Ros-coe Tanner, dos EstadosUnidos. Aos 14 anos já inte-grava o ranking brasileiro,foi campeão sul-americanoe quando estudou nos Esta-dos Unidos conquistou o ti-tulo de campeão adulto daCalifórnia. Em 1971, passoua integrar a equipe da TaçaDavis, e é considerado osubstituto de José EdsonMandarino.

Dois-Comirá aoMundial

Somente a guam.ção doDois-Com do F1 a m e n g o(Wandir Kuntz, Laildo Ri-beiro e Terezo, timoneiro)tem participação certa noMundial de Remo (adulto),de 20 a 28 de agosto, na Ho-landa, conforme decisão doConselho de Assessores Téc-nicos da CBD, que estevereunido para julgar os tem-pos das tentativas de indi-ces.

Esta foi a única guar-nlção a obter duas vezes amarca (7m30s) estabelecidapela CBD. Numa delas coma raia desfavorável, dura econtra pequena brisa deproa. Com a raia parada, obarco andou mais e fez oexcelente tempo de 7ml6s,garantindo a vaga. O Skiffde Sérgio Brasil, do Botafo-go, mesmo conseguindo oíndice (7m20s) uma vez,precisa vencer WaldemarTrombetta, do Flamengo, naverificação final do dia 31,às 8 horas, na Lagoa.

O Dois-Sem, de Guilher-me Campos e Oscar Somerdo Flamengo, necessita me-lhorar acentuadamente asua marca, a fim de com-pletari o número de cincoremadores para disputar oMundial. Todas as guar-nições continuarão treinan-do e a única dúvida estáentre Sérgio e Trombetta:quem vencer a verificaçãoirá à Holanda. O embarquefoi marcado para dia 11 deagosto e os brasileiros fi-carão no Hotel Casa 400, aquatro quilômetros da raiado Parque Bosbaan (umaespécie de Parque do Fia-mengo), local das provas.

O CBD levará os barcossuíços, fabricados pelaStampfli, com assistência daprópria carpintaria que osfabricou. Outra decisão doConselho de Assessores é ade mandar apenas um Skiffà prova de velocidade noPeru, de 14 a 18 de agosto.Irá acompanhado por umdirigente que tentará mu-dar a data do Sul-America-no, de fevereiro para abrilde 1978.

Spassky ePortischadiam jogo

Genebra, Suíça — Ogrande mestre soviético eex-campeão mundial BorisSpassky utilizou ontem oprimeiro dos três adiamen-tos a que tem direito emseu match com o húngaroLãJüS Portisch, pGlâ Sciulfi-nal do Torneio de Cândida-tos, e assim a quinta parti-da só será jogada na sexta-feira.

Spassky encaminhou seupedido ao juiz Harry Go-lombek, da Grã-Bretanha,iduas horas e meia antes dojogo (o prazo legal é de duashoras), e segundo um dosorganizadores, o motivo ale-gado foi "indisposição". Co-mo amanhã é normalmentedia de folga dos enxadris-tas, pois as partidas come-çam aos domingos, terçase sextas-feiras, terminandogeralmente um dia após,Spassky terá um dia extrapara recuperar-se. Portischlidera a série com 2,5 pon-tos contra 1,5 de Spassky.O primeiro a conseguir 8,5pontos está classificado pa-ra a final. Na semifinal deEvian, França, Korchnoi ePolugaievsky iniciam hoje aquinta partida. Korchnoiestá na frente com 3,5 pon-tos contra 0,5.

KARPOV MAL

O soviético Anatoly Kar-pov, atual campeão mun-dial de xadrez, que no pró-ximo ano defenderá o titulocontra o vencedor do Tor-neio de Candidatos —Spassky, Portisch, Korchnoiou Polugaievsky — não estáse saindo muito bem noTorneio Internacional d eLeningrado. Após 13 roda-das, Karpov já foi derrota-do duas vezes e está classl-ficado no pelotão interme-diário, entre 18 participai!-tes, com poucas possibilida-des de vencer.

Os soviéticos Romanlshin,com oito pontos « uma par-tida atrasada, Vaganyancom sete e melo e duasatrasadas, e Tahi, com seise melo e duas atrasadas,são os líderes e dificilmentenão será um deles o vence-dor do Torneio de Lenin-grado. O único grande mes-tre ocidental na competiçãoé o italiano Sérgio Mariotti,que está com três pontos emeio. Mariotti chegou aatuar como segundo de Me-quinho quando este jogavacom Polugaievsky as quar-tas-de-final do Torneio deCandidatos, em março-abril, mas desentendimen-tos com o brasileiro provo-caram sua dispensa.

João Saldanha"A «oi, a noi!"

^

CÁLI

— Mais do que em, outras oporlu-nidades, foi em 1934, na segundaCopa Mundial, que ficou nitiãamen- ¦te marcada a importância do campo •

neutro para jogos de futebol.Benito Mussolini, em. atitude erecta e".*

marcial, de pé, golpeava com mão cerrada o"balcão da tribuna de honra e gritava com^,toda a força de seus exuberantes pulmões,comb aliás fazia no balcão da Praça Veneza ,,quando discursava:"A noi, a noi". E a torcida acompanhava ¦ - ¦o Duce mandando brasa: "A noi. a noi".Isso influenciou totalmente o árbitro, e oexcelente time espanhol, que tinha Zamora,Samitier, Quincocés, Iraragorri e outros o melhor time da Copa — foi obrigado aaceitar uma prorrogação, que permitiu um —empate. Depois, na segunda partida, mais "anoi, a noi". E a Itália foi para a final. Ai se"'decidiu o mundial de 34. Na final, dois outrês gritos bastaram para derrotar a Tcheco- "Eslováquia, de Planicka, Kostalek, Nejedly,Sobotka e outros bons jogadores, embora não "',tanto quanto no time espanhol. Mas bemmelhor, sem dúvida, do que Monti, Combi,"Meazza, Giãaita e Raimundo Orsi foi DomBenito, o melhor de todos. •.¦•

Por isso é que o extraordinário ambientede absoluta neutralidade que os colombianosestão proporcionando de Cáü está sendo fa-tor primordial para uma justa competição.Se este Munãialito fosse disputado em duplaeliminatória entre os competidores, comochegou a ser pensado, a coisa poderia ficarmuito feia. Com esse jogo Brasil x Peru emLima, fatalmente teríamos dois pênaltis con-tra o Brasil. Não sei até onde Comesana te-ria coragem ou força para não aceitar recla-mações, principalmente as que partiriamãa tribuna de honra, onde o Presidente Mo-rales Bermuãez gritaria por pênalti, manifes-tando sua opinião de torcedor e de enten-dedor.

E em Cáli Comesana quase nem foi no-tado na cancha, o que significa que se saiumuito bem. Antônio Chávez e Mário Viana,

'

dois especialistas em arbitragem, um a 100metros do outro e sem se conhecerem, tive-ram as mesmíssimas opiniões sobre a arbi-tragem.

Outra desvantagem que teríamos em Li- •ma é que o Presidente Bermuãez é realmen-te um entendeãor. Isso é visível quando man- •da as suas instruções, pedindo que o exce-lente ponta-direita Munante jogue maisaberto — "Digales a Calderón y a Munante „que ei puntero ãerecho tiene que jugar másplegado a Ia linea". Tem toda a razão.

Munante, quando se mandava para omeio, congestionava o caminho do gol e fa-cilitava a marcação. Evidentemente é me-lhor o terreno neutro. Do Brasil, por enquan-to, ainda não veio nenhuma instrução.

Tom Watson, Nicklaus eLietzke somam 35% idevitórias no golfe ide 77

Nova Iorque — O profi.s-sional Tom Watson — donoem 1977 de dois títulos doGrani Slam (Masters Tour-nament e British Open) —manteve a liderança deprêmios do ranking da PGAnesta temporada, após adisputa de 28 torneios. Wat-son tem iima diferença de54 mil 774 dólares paraJack Nicklaus, o segundocolocado, e de 99 mil 329 pa-ra Bruce Lietzke, que ocupaa terceira colocação. Os trêssão os únicos que consegui-ram mais de uma vitóriaeste ano, o que representa,juntos, 35 por cento deaproveitamento sobre os de-mais profissionais do circui-to.

Com a ausência de Wat-son, Nicklaus, Green, Irwine outros nomes famosos queficaram fora dos EstadosUnidos, por dois torneios,para competirem no 106?British Open, as mais nota-veis modificações no ran-king pertencem a D aveEichelberger (vencedor doGreater Milwaukee) e MikcMorley (ganhador do QuadCities Open). Eichelbergeragora é o 38? da lista, com51 mil 026 dólares, enquantoMike Morley, que conquis-tou sua primeira vitória co-mo profissional, subiu mais,

ocupando atualmente a 25a.posição, com ganhos de 68mil 573 dólares, logo atrásde Jim Simons.,OS CONTRASTES

Entre os 20 mais bem co-tocados no ranking oficial,divulgado ontem, aparecemcinco profissionais sem vitó-rias: Lou Graham, LannyWadkins, Gary P1 a y e r,George Burns e Larry Nei-son. Do 21° ao 30°, porém,surgem três nomes de ven-1cedores: Tom Purtzer (22°),Jim Simons (24°) e MikeMorley (25°). Do 31° ao 40°,há mais três ganhadores detorneios em 1977: GaryKoch (34°), Dave Eichelber-ger (38°) e Ed Sneed (39°1.O vencedor de torneio(Phoenix Open) mais dis-tante dos líderes é o jovem'Jerry Pate, 45° do rankingcom 44 mil 390 dólares deprêmios.

Dos 100 nomes publicadospela PGA, há muitos famo-"sos entre os descolocados.Entre eles estão Miller Bar-ber (41°), Dave Stockton(42?), Johnny Miller (46°),Lee Elder (48°). Bob Mur-phy (50°), Bruce Devlin(53°), Roger Malbie (58c0,.George Archer (60°), TonyJacklin (65°), Lee Trevinp<72<?), Bllly Casper (87?k.

Os que mais ganharamApós o Quad Cities Open

Em dólares

1. Tom Watson (4) 269 mil 1152. Jsck Nicklaus (3) 214 mil 3-113. Bruce Liolzke (2) 169 mil 786'4. Tom Weiskopf (1) 128 mil 7885. Huberl Green (1) 124 mil 652 -¦•

6. Ben Crenshaw (1) 105 mil 645/. Rik Massengale (1) 104 mil 4178. Hale Irwin (1) 103 mil 745 - "

9. Graham Marsh (1) 99 mil 276""""10. Ancly Bcan (1) 98 mil 469 ¦>¦

11. lou Graham (0) 95 mil 17612. Gene Littler (I) '4 mil 16313. Lanny Wadkins (0) 93 mil 45914. Danny Edwards (1) 88 mil 995

'

15. Mark Hayes (I) 87 mil 80216. Gary Player (0) 87 mil 269--17. Ray Floyd (1) S5 mil 69818. George Burns (0) 79 mil 56319. Larry Nelson (0) 77 mil 83"^

20. Al Geibarger (1) 75 mil 864..

OBS.: O número de vitórias dos jogioorcs está entre pa-rênteses. A vitória de Tom W.i*mmi, no British Open,não está computada porque o torneio não faz parteda temporada da PGA dos Estidos Unidos.

24 - ESPORTE ÜWÜI'' JORNAL DO BRASIL O Quarta-feira, 13/7/77 ? T? Caderno

GP ida Inglaterra tempré-classificaeão hojepara 17 concorrentes

Silverstone, Inglaterra —Dezessete dos 41 pilotos ins-

[crltos para o Grande Pré-mio da Inglaterra partici-pam. hoje de uma corridaespecial de pré-classif i-cação, a fim de se habilita-rem a figurar nos treinosoficiais de amanhã e sexta-feira.

A pré-classificação se feznecessária devido ao nume-

,ro elevado de concorrentes¦ e ao fato de só 26 pilotos te-rem direito a alinhar nogrid e largada, sábado. Osparticipantes da eliminató-ria de hoje não integrama Associação dos Pilotos dePórmula-1.

VOLTA DA RENAULT

A corrida de sábado mat-cará a volta oficial da equi-pe Renault às provas deFórmula-1, após muitosanos de ausência .A fábricafrancesa pretendia reapare-cer no Grande Prêmio daFrança, mas problemas téc-nicos provocaram o adia-mento. De início, contaráapenas com um carro, commotor turbinado V-6, de 1mil 492 centímetros cúbicos,pilotado pelo também fran-cês Jean Pierre Jabouille. Otipo de motor a ser utiliza-do pela Renault está foradas provas de Fórmula-1desde 1951, quando a Al-ía-Romeo se valeu dele,mas com capacidade menor.

O novo carro da Renaultjá conseguiu o tempo deim21s nos treinos extra-oficiais sob a direção de Ja-bouille. Entretanto o íavorl-to da corrida é, mais umavez, o norte-americano Ma-rio Andretti. A semana pas-sada, ele atingiu o recordepara a volta, em seu Lotus,com 216,6 quilômetros hora-rios. Depois de Andretti, osmelhores tempos pertence-ram a John Watson (Bra-bham), James Hunt (McLa-ren), Niki Lauda e CarlosReutemann (ambos da Fer-rari).

O favoritismo de MarioAndretti em Silversumenão se prende unicamenteao ótimo treino que reali-zou. Ele se vem destacandonas últimas corridas, princi-palmente por obter, com re-gularidade impressionante,a pole-position. Seu princi-pai oponente tem sido o ir-landes John Watson, embo-ra a sorte não o acompanhenos instantes decisivos.

Entre os novos pilotos, oque mais se Lem destacadonos treinos oficiosos é o ca-nadense Guilles Villeneuve,de 25 anos, com sua McLa-ren. O Grande Prêmio daInglaterra será disputadoem 68 voltas, num total de320,800 Km. Começará às15h, correspondendo a llh,no Brasil. ItaíiJúlio Góes, revelação do ano passado, estréia à tarde na Copa

us inscritos \Jantes Hunt (Inglaterra), McLaren M26Jochen Mass (Alemanha Ocidental), McLaren M23Ronnie Peterson (Suécie), Tyrrell P34Patrick Depailler (França), Tyrrell P34Mário Andretti (Estados Unidos), JPS-LotusGunnar Nilsson (Suécia), JPS-LotusJohn Watson (Irlanda do Norte), Brabham 6T45Hans Stuck (Alemanha Ocidental), Brabham BT45Alex Ribeiro (Brasil), March 771

10 lan Scheckter (África do Sul), March 77111 Niki Lauda (Áustria), Ferrari 312 T212 Carlos Reutemann (Argentina), Ferrari 312 T213 Jean Pierre Jabouille (França), Renault PS0114 Riccardo Patrese (Itália), Shadow DN815 Alan Jones (Austrália), Shadow DN816 Larry Perkins (Austrália), Surtees TS1917 Viltorio Brambilla (Itália), Surlees TS1918 Jody Scheckter (África do Sul), Wolf WR119 Clay Regazzoni (Suíça), Ensign N17720 Patrick Tambay (França), Ensign N17721 Rupert Keegan (Inglaterra), Heskelh 308E22 Harald Ertt (Áustria), Heskelh 308E23 Jacques Laffite (França), Ligier JS724 Patrick Neve (Bélgica), March 76125 Emerson Fillipaldi (Brasil), Copersucar F526 Brell Lunger (Estados Unidos), McLaren M2327 David Purley (Inglaterra), Lee CRPI28 Mikko Rozarowilzky (Finlândia), March 76)29 Boy Hayie (Holanda), March 76130 Jean Pierre Jarier (França), Penske PC431 Conny Andersson (Suécia), BRM P20732 Emilio Villola (Espanha), McLaren M2333 Arluro Merzario (llália) March 761B34 Brian Henlon (Inglaterra), March 76135 Hcctor Rebaque (México), Heskelh 308E36 Gilles Villeneuve (Canadá), McLaren M2337 David Prophet (Inglaterra), Surtees TS1633 Derek Bell (Inglaterra), Penske PC339 Tony Trimmer (Inglaterra), Surtees TS-1940 Brian /vícGuire (Austrália), McGuire BM1

s. )

Cariocascompetem emVôo Livre

• O I Campeonato Cariocade Vôo Livre, também co-•nhecido como sky surf, será•realizado no próximo fim'de semana, na Praia do Pe-pino, em São Conrado. comsaida prevista da Pedra Bo-•nita, às 10 horas. Essas¦duas etapas — sábado e do-'mingo — são eliminatóriase as finais estão previstaspara o fim de semana se-tguinte, dias 23 e 24. AndréSansoldo e Panl Gaiser, dos¦melhores pilotos inscritos,.representam, o JORNAL DO

-.BRASIL e a Rádio Cidadeiiia competição.

Atualmente, 91 pilotospraticam no Rio o vôo livre,,'mas só 42 se inscreveramno Campeonato nas modali-Idades Standard e Livre. Os15 melhores das eliminató-,rias estarão automática-mente classificados para as.finais, e o sorteio da ordemide decolagem será efetuadologo após o término das eli-minatórias. Depois do Ca-rioca, a Associação Brasilei-ra de Vôo Livre realizará oCampeonato Brasileiro, ain-da sem data prevista e queservirá de eliminatória "arao Mundial, na Áustria, emoutubro ou novembro.

Breno vence José Salibina Copa Itaú de Tênis eenfrenta Luís Tavares

Comece

às 8:35 da manhã.

2zm

De segunda a sexta-feira, às 8:35 da manhã, na Rádio Jornaldo Brasil. Ana Maria Machado taz para você um roteiro da cidade,

Cinema, teatro, música, cursos, conferências, exposições, tudo.Tudo o que há para ver.

Ligue-se na Ana Maria,Como os equipamentos Sperry Remington, este programa

•existe para facilitar a sua vida,

RoteiroDe 2? a 6? feira, às 8:35

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SPEFRY-&-REAAI NGTONRÁDIO JORNAL DO BRASIL

O carioca Breno Mascare-nhas não teve dificuldadesna sua estréia na Copa Itaúde Tênis, ontem à noite noLeme Tênis Clube. Derrotoufacilmente a José Salibi Ne-to, de São Paulo, por 6/3 e6/4 e agora terá como pró-ximo adversário o paulistaLuis Felipe Tavares, O jogoentre Breno e Salibi só es-teve igualado no decorrerdo primeiro set, quando opaulista chegou a igualarem três games.

Roberto Cooper, tambémrepresentante do Rio, nãoíoi além do primeiro jogo eterminou eliminado, ao per-der para o paulista HarryUfer, por 6/3, 0/6 e 6/4.Em outra partida, quedurou quase duas horas,Cássio Mota venceu Rober-to Carvalhaes, por 1/6, 6/3e 7/6 (decisão em tie-break). Cássio Mota jogaagora com Celso Sacoman-di.

SURPRESA

A primeira surpresa da IICopa Itaú de Tênis íoi aderrota de Marcelo Grassium dos 16 pré-classificadosda competição. O cariocaCláudio Ferreira tambémfoi eliminado. Outro carioca,Joseph Brich, enfrenta hojeo paulista Givaldo Barbosa.

Os resultados da primeirarodada foram estes: MarcosHocevar (RS) venceu Mar-ceio Grassi (SP) por 6/2 e6/4; Otávio Piva (RS) ven-ceu Fernando Von Oertzen(SP) por 6/2 e 6/3; IvãGentil (RJ) venceu CláudioFerreira (RJ) por 6/4, 1/6e 6/1; Joseph Brich (RJ)venceu Nei Keller (RS) por7/6 e 6/4; e Flávio Arenzon(SP) venceu Eugênio Loba-ito (RS) por 7/5 e 6/4.

Os jogos de hoje são osseguintes: José CarlosSchmidt (RS) x Marcos Ho-cevar (RS); Júlio Góes(SP) x Otávio Piva (RS);Givaldo Barbosa (SP) x Jo-seph Brich (RJ); JoãoAmérico Soares (SP) x Flá-vio Arenzon (SP), Ivã Gen-til (RJ) x Fernando Gentil(SP).

AS BOAS ESTRÉIAS

A segunda rodada da pri-meira etapa da II CopaItaú de Tênis apresenta co-mo principal atração a es-tréia de oito dos 16 pré-clas-sificados d a competição.São eles: Juvenil Celso Sa-comandi (vice-campeão doT o r n e i o Sul-América), ogaúcho José CarlosSchmidt, o paulista GivaldoBarbosa, João Américo Soa-res (medalha de prata dosJogos Pan-Americanos d oMéxico, em 75), Carlos Al-berbo Kirmayr, que chegouda Suíça especialmente pa-ra disputar a Copa, o pau-lista Fernando Gentil, a re-velação do ano passado Jú-Ho Góes, e o atual campeãobrasileiro Luis Felipe Tava-res.

A Copa terá suas quar-tas-de-final amanhã, as se-mifinais na sexta-feira e afinal no sábado. Na próxi-

ma terça-feira, começa asegunda etapa, em Niterói,e as inscrições para o quali-fying já estão abertas. Afase niteroiense será reali-zada no Icarai Praia Clube,em quadra coberta.

GÓES, A REVELAÇÃO

Seu único defeito, disseThomas Koch ao derrotá-lona semifinal da I CopaItaú, é o saque, que precisaser aprimorado. Júlio Góes,de 21 anos, revelação de cír-cuito Itaú do ano passado,dá todos os seus saques damesma maneira. Mas Kochcompletou seu comentário arespeito dele dizendo queJúlio possui o principal:corre a quadra toda, e nãose cansa. Começou a se des-tacar na temporada nacio-nal há três anos, quandoconquistou o terceiro lugarno Campeonato Brasileirode Adultos. Chegou às quar-tas-de-final do Torneio Ra-fael Osuna, no México, foiquarto colocado no Cam-peonato Brasileiro de 75,venceu o Campeonato daMocidade do Palmeiras efoi vice-campeão brasileiroino ano passado.

GENTIL, O MAIS ALTO

Fernando Gentil é o te-nista brasileiro mais alto —tem mais de l,90m — e umdos melhores. Em 1974, con-quistou o vice-campeonatobrasileiro de adultos emFortaleza, no ano seguintefoi campeão de duplas doTorneio Cidade de Florença,na Itália, ao lado de CarlosAlberto Kirmayr, e perdeuo titulo brasileiro de adul-tos para Jorge Paulo Le-man numa partida que du-rou quase seis horas. Fezparte da equipe brasileirada Taça Davis nos jogoscontra o Peru e a Argentina(o Brasil foi derrotado pelaArgentina por 3 a 2). Noano passado foi o quarto co-locado no Campeonato Bra-sileiro, e disputou, comocontratado, a I Copa Itaú.

TAVARES, OEMPRESÁRIO

Empresário bem sucedidono setor de promoções es-portivas, Luís Felipe Tava-res, de.27 anos, é o atualcampeão brasileiro de tênise divide com Thomas Kocho primeiro lugar no rankingnacional. Sócio de Koch naíirma Koch-Tavares, LuísFelipe ainda encontra tem-po para competir. Disputoutodo o circuito da I CopaItaú, chegando a finalista.Entrou no CampeonatoBrasileiro do ano passade"apenas porque não podUficar parado". Estava errsua melhor forma e venceuJúlio Góes em três sets. Suacategoria e maior experiên-cia — participou de tor-neios do Grand Prix emSão Paulo e foi da equipebrasileira da Taça Davis —o ajudaram a superar aagressividade e a juventudede Góes.

Dois-Comirá aoMundial

Somente a guanicão doDois-Com do Flamengo(Wandir Kuntz, Laíldo Ri-beiro e Terezo, timoneiro)tem participação certa noMundial de. Remo (adulto),de 20 a 28 de agosto, na Ho-landa, conforme decisão doConselho de Assessores Téc-nicos da CBD, que estevereunido para julgar os tem-pos das tentativas de indi-ces.

Esta foi a única guar-nição a obter duas vezes amarca (7m30s) estabelecidapela CBD. Numa delas coma raia desfavorável, dura econtra pequena brisa deproa. Com a raia parada, obarco andou mais e fez oexcelente tempo de 7ml6s,garantindo a vaga. O Skiffde Sérgio Brasil, do Botafo-go, mesmo conseguindo oindice (7m20s) uma vez,precisa vencer WaldemarTrombetta, do Flamengo, naverificação íinal do dia 31,às 8 horas, na Lagoa.

O Dois-Sem, de Guilher-me Campos e Oscar Somerdo Flamengo, necessita me-lhorar acentuadamente asua marca, a fim de com-pletar o número de cincoremadores para disputar oMundial. Todas as guar-nições continuarão tretnan-do e a única dúvida estáentre Sérgio e Trombetta:quem, vencer a verificaçãoirá à Holanda. O embarquefoi marcado para dia 11 deagosto e os brasileiros fi-carão no Hotel Casa 400, aquatro quilômetros da raiado Parque Bosbaan (umt. ,espécie de Parque do Fia-mengo), local das provas,

O CBD levará os barcossuíços, fabricados pelaStampfli, com assistência daprópria carpintaria que osfabricou. Outra decisão doConselho de Assessores é ade mandar apenas um Skiffà prova de velocidade noPeru, de 14 a 18 de agosto.Irá acompanhado por umdirigente que tentará mu-dar a data do Sul-America-no, de fevereiro para abrilde 1978.

Spassky ePortischadiam jogo

Genebra, Suíça — Ogrande mestre soviético eex-campeão mundial BorisSpassky utilizou ontem oprimeiro dos três adiamen-tos a que tem direito emseu matei» com o húngaroLajos Portisch, pela semifi-nal do Torneio de Cândida-tos, e assim a quinta parti-da só será jogada na sexta-feira.

Spassky encaminhou seupedido ao juiz Harry Go-lombek, da Grã-Bretanha,duas horas e meia antes dojogo (o prazo legal é de duashoras), e segundo um dosorganizadores, o motivo ale-gado foi "indisposição". Co-mo amanhã é normalmentedia de folga dos enxadris-tas, pois as partidas come-cam aos domingos, terçase sextas-feiras, terminandogeralmente um dia após,Spassky terá um dia extrapara recuperar-se. Portischlidera a série com 2,5 pon-tos contra 1,5 de Spassky.O primeiro a conseguir 8,5pontos está classificado pa-ra a final. Na semifinal deEvian, França, Korchnoi ePolugaievsky iniciam hoje aquinta partida. Korchnoiestá na frente com 3,5 pon-tos contra 0,5.

KARPOV MAL

O soviétlio Anatoly Kar-pov, atual campeão mim-dial de xadrez, que no pró-ximo ano defenderá o títulocontra o vencedor do Tor-neio de Candidatos —Spassky, Portisch, Korchnoiou Polugaievsky — não estase saindo muito bem noTorneio Internacional d eLeningrado, Após 13 roda-das, Karpov já foi derrota-do duas vezes e está classl-ficado no pelotão interme-diário, entre 18 participan-tes, com poucas possibilida-des de vencer.

Os soviéticos Romanishin,com oito pontos e uma par-tida atrasada, Vaganyancom sete e melo e duasatrasadas, e Tahl, com seise meio e duas atrasadas,são os lideres e dificilmentenão será um deles o vence-dor do Torneio de Lenin-grado. O único grande mes-tre ocidental na competiçãoé o italiano Sérgio Mariotti,que está com três pontos emeio. Mariotti chegou aatuar como segundo de Me-quinho quando este jogavacom Polugaievsky as quar-tas-de-final do Torneio deCandidatos, em março-abril, mas desentendimen-tos com o brasileiro provo-caram sua dispensa.

João SaldanhaaA noi, a iioi!"

CÁLI

— Mais do que em outras oporiu-nidades, foi em 1934, na segundaCopa Mundial, que ficou nitidamen-te marcada a importância do campo

neutro para jogos de futebol.Benito Mussolini, em atitude erecta e

marcial, de pé, golpeava com mão cerrada obalcão da tribuna de honra e gritava comtoda a força de seus exuberantes pulmões,como aliás fazia no balcão da Praça Venezaquando discursava:"A noi, a noi". E a torcida acompanhavao Duce mandando brasa: "A noi, a noi". 'Isso influenciou totalmente o árbitro, e o .excelente time espanhol, que Unha Zamora, ¦Samitier, Quincocés, Iraragorri e outros —o melhor time da Copa — foi obrigado aaceitar uma prorrogação, que permitiu umempate. Depois, na segunda partida, mais "a 'noi, a noi". E a Itália foi para a final. Aí sedecidiu o mundial de 34. Na final, dois outrês gritos bastaram para derrotar a Tcheco-Eslováquia, de Planicka, Kostalek, Nejedly,Sobotlca e outros bons jogadores, embora nãotanto quanto no time espanhol. Mas bemmelhor, sem dúvida, do que Monti, Combi,Meazza, Guiaita e Raimundo Orsi foi DomBenito, o melhor de todos.

Por isso é que o extraordinário ambientede absohita neutralidade que os colombianosestão proporcionando de Cáli está sendo fa-tor primordial para uma justa competição.Se este Mundialito fosse disputado em duplaeliminatória entre os competidores, como 'chegou a ser pensado, a coisa poderia ficarmuito feia. Com esse jogo Brasil x Peru emLima, fatalmente teríamos dois pênaltis con-tra o Brasil. Não sei até onde Comcsana te-ria coragem ou força para não aceitar recla-mações, principalmente as que partiriamda tribuna de honra, onde o Presidente Mo-.rales Bermudez gritaria por pênalti, manifes- •tando sua opinião de torcedor e de enten-ãeâor.

E em Cáli Comesana quase nem foi no-tado na cancha, o que significa que se saiumuito bem. Antônio Chávez e Mário Viana,dois especialistas em arbitragem, um a 100metros do outro e sem se conhecerem, tive-ram as mesmíssimas opiniões sobre a arbl-tragem.

Outra desvantagem que teríamos em Li-ma é que o Presidente Bermudez é realmen-te um entenãeãor. Isso é visível quando man-da as suas instruções, pedindo que o exce-.lente ponta-ãireita Munante jogue maisaberto — "Digales a Calderón y a Miinanteque ei puntero ãerecho tiene que jugar másplegado a Ia linea". Tem toda a razão.

Munante, quando se mandava para omeio, congestionava o caminho do gol e fa-cilitava a marcação. Evidentemente é me-'lhor o terreno neutro. Do Brasil, por enquan-to, ainda não veio nenhuma instrução.

Tom Watson, Nicklaus eLietzke somam 35% idevitorias no golfe de 77

Nova Iorque — O profis-sional Tom Watson — donoem 1977 de dois títulos doGrand Slam (Masters Tour-nament e British Open) —manteve a liderança deprêmios do ranking da PGAnesta temporada, após adisputa de 28 torneios. Wat-son tem uma diferença de54 mil 774 dólares paraJack Nicklaus, o segundocolocado, e de 99 mil 329 pa-ra Bruce Lietzke, que ocupaa terceira colocação. Os trêssão os únicos que consegui-ram mais de uma vitóriaeste ano, o que representa,juntos, 35 por cento deaproveitamento sobre os de-mais profissionais do circui-to.

Com a ausência de Wat-son, Nicklaus, Green, Irwine outros nomes famosos queficaram fora dos EstadosUnidos, por dois torneios,para competirem no 1069British Open, as mais nota-veis modificações no ran-king pertencem a D a v eEichelberger (vencedor doGreater Milwaukee) e MikeMorlcy (ganhador do QuadCities Open). Eichelbergeragora é o 389 da lista, com51 mil02G dólares, enquantoMike Morley, que conquis-tou sua primeira vitória co-mo profissional, subiu mais,

ocupando atualmente a 25a.posição, com ganhos de 68mil 573 dólares, logo atrásde Jim Simons.

,OS CONTRASTES ">«Entre os 20 mais bem co-

locados no ranking oficial,divulgado ontem, aparecemcinco profissionais sem vitó-rias: Lou Graliam, LannyWadkins, Gary PlaycryGeorge Burns e Larry Nel-son. Do 21° ao 30°, porém,surgem três nomes de ven-cedores: Tom Purtzer 122°i.Jim Simons i24°i e MikeMorley (25°). Do 31° ao 40°,há mais 'três ganhadores detorneios em 1977: GaryKoch (34°), Dave Eichclber-ger (38°) e Ed Sneed (39°).O vencedor de torneioi.Phoenix Open) mais dis-tante dos lideres é o jovemJerry Pate, 45° do rankingcom 44 mil 390 dólares,. deprêmios.

Dos 100 nomes publicadospela PGA, há muitos famo-sos entre os descolocados.Entre eles estão Miller Barrber (41°), Dave Stockton(429), Johnny Miller (46°/),Lee Elder (48°), Bob Mur-phy (50°), Bruce Devlin(53°), Roger Malbie (58S>,j,George Archer (60°), TonyJacklin (65°I, Lee Trevino(729), Billy Casper (8<?"*K

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Os que mais ganharamApós o Quad Cities Open

Em dólares ,,,,-,.,

1. Tom Watson (4) 269 mil 115 "

2. Jack Nicklaus (3) 214 mil 3413. Bruce Lietzke (2) 169 mil 7864. Tom Weiskopf (1) 128 mil 788 .,5. Hubert Grecn (I) 124 mil 6526. Ben Crenshaw (1) 105 mil 645''7. Rik Massengale (1) 104 mil 4178. Hale Irwin (1) 103 mil 745

-' '

9. Graham Marsh (1) 99 mil 276 _10. Andy Bean (I) 98 mil 469

"

11. Lou Graham (0) 95 mil 176"^12. Gene Littler (D 94 mil 163"°13. Lanny Wadkins (0) 93 mil 459""14. Danny Edwards (D 88 mil 99515. Mark Hayes (I) 87 mil 80216. Gary Player (0) 87 mil 269'17. Ray Floyd

' (1) 85 mil 698' '

18. George Burns (0) 79 mil 568 i '

19. Larry Nelson (0) 77 mil 8320. Al Goiberger (D 75 mil 864

OBS.: O número de vitórias dos jogadores está entro pa- "'

rênteses. A viíória de Tom Watson, no British Opciv^não está computada porque o torneio não faz parte*

'

da temporada da PGA dos Estados Unidos.

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 13/7/77 D l9 CadernoFSPORTE - 25

Bolívia garante o titular imenez no golJogadora éesquecidano hospitali¦ Não se sabe o que estava

passando pela cabeça dochefe da delegação da Se-icção Brasileira Femininade Basquete, Milton Monte-negro, quando resolveu iremuura de Nevada, EstadosUnidos (onde as brasileirasconquistaram o vice-cam-peonato da Copa Pan-Ame-ricana) para Los Angeies,visitar a Disneylandia eabandonar sozinha a joga-dora Sandra iSamuca), doJundiaí, operada do joelhono Squaw Valley, sem ne-nhuma comunicação.

O jornalista da delegação,Luís Alberto Gonçalves, daGazeta Esportiva, preocupa-do com o estado da jogado-ra, foi o único que ficoucom ela e providenciu pa-ra que a médica que a ope-rou entrasse em contatocom sua mãe em São Paulo,comunicando o ocorrido. Asituação de Milton está umpouco delicada, já que nãocomunicou nada à CBD etem que levar a delegaçãohoje para o México, onde asbrasileiras disputarão a ICopa Cristóvão Colombo.

Na Confederação, o fatofoi considerado inédito eninguém sabe o que fazer,mas consideraram três er-ros fundamentais na açãode Milton: abandono de umdos membros da delegaçãosob sua responsabilidade;não comunicou nada sobreos motivos do abandono; eó motivo do abandono (pas-seio à Disneylandia).

Pinheirosvai mesmoao Japão

São Paulo — Os nadado-res do Pinheiros que parti-•ciparão do Campeonato Na-cional Japonês e de váriascompetições amistosas emTóquio e em outras cidades,viajam no próximo dia 19,após cumprir extenso pro-g v a m a de treinamento,orientado pelo técnico Wil-liam Urise Urizzi. Algunsatkrtas do clube, no momen-to'fora do Brasil, se incor-pecarão à delegação n oJapão. Gladis Anchieta,Caio Salvador, Celso Ogatae Luís Francisco Carvalho,que fazem parte da equipedo Pinheiros — atual cam-peão brasileiro — estão nosEstados Unidos, cumprindounn estágio de 20 dias, emMiami e só se juntarão àequipe em Tóquio. Os queestão em São Paulo treinamnormalmente todos os dias.Além da competição, o Pi-nheiros recebeu convites devários clubes japoneses, pa-ra que seus principais nada-dores se apresentem em ou-tros campeonatos, em ou-tra.s oportunidades. A con-íinnaçáo da viagem vempôr fim aos comentários deque a natação do clube pas-sa por uma crise, pois hou-ve um desentendimento en-tre o diretor Migliorl e otreinador Ilson Pinto Astu-riano, da equipe principal,por causa do nadador Sér-gio Cappelano. A diretoriaqueria puni-lo e Asturianonão concordava, chegandoa declarar que deixaria oclube, caso isso acontecesse.

Ali podedar revancheá Ron Lyle

¦ Colorado, Estados Unidos— Se depender apenas deSam Boardman, treinadordo pugilista Ron Lyle, ter-eeiro colocado no rankingmundial dos pesos-pesados,a próxima luta de Muham-mad Ali, válida pelo título,será contra seu pupilo por-que, segundo ele, Ali ofere-

'ceu revanche a Joe Bugner,George Chuvalo, HenryCooper e chegou a enfren-tar Joe Frazier e Ken Nor-

¦ ton três vezes. Além deBardman, o promotor de lu-tas Ben Thompson tambémestá muito interessado noencontro Ali-Lyle. Ofereceuontem uma bolsa de 5 mi-lhões e 200 dólares (cercade Or$ 74 milhões e 620 mil)para o campeão enfrentaroutra vez Lyle, derrotadocm 1975. Lyle tinha uma lu-ta contra Norton, que foiacusado de recusá-la, diantedas boas apresentações dodesafiante.

Juvenis desembarcam com troféusOs juvenis brasileiros,

terceiro colocados no Cam-peonato Mundial da Tuni-sia, desembarcaram ontemde manhã no Galeão, ondeforam recebidos pelo presi-dente da CBD, Heleno Nu-nes. Considerada pelos jor-nalistas a melhor equipe dacompetição- — foi eliminadanos pênaltis pelo México,com quem empatou de 1 a1 no tempo regulamentar— a Seleção juvenil chegoucom três troféus: ,a Taça

Disciplina, o de artilheiro(Guina, com quatro gols) eo de segundo melhor joga-dor (Júnior Brasília), alémde medalhas pela terceiracolocação. O melhor joga-dor do torneio foi o sovieti-co Bes&onov. No Rio fica-ram Jorge Luís, Júhior Bra-silia (Flamengo) e Edvaldo(Fluminense), enquanto osdemais, liberados, viajarampara seus respectivos Esta-dos.

Flu promove novos para o 2.° turnoCom a recuperação de

Doval e a efetivação dos ju-venis Zezé e Tadeu (pon-ta-esquerda e zagueiro, res-pectivamentej, a ComissãoTécnica do Fluminense nãovê necessidade de reiorçarsua equipe para a disputado segundo turno do Cam-peonato Carioca. Ao contra-rio: na reunião de ontem ànoite com o presidenteFrancisco Horta, ficou deci-dido que o elenco de profis-sionais, atualmente com 26

jogadores, será reduzido pa-ra 23. O superintendenteDomingo Bosco disse queaté agora a Comissão Téc-nica so considera dois joga-dores negociáveis:, JorgeLuís e Wilson. O terceiro dalista ainda não foi confir-mado, mas ao que tudo in-dica será o aporador Artur.Em principio, esses jogado-res serão emprestados, semque tenham o valor dospasses fixados.

Vasco desiste de reforçosApós a reunião de mais

de uma hora, realizada on-tem peia manhã, no gabine-te do presidente AgatirnoGomes, em Sáo Januário, oscomponentes do Departa-mento de Futebol do Vascoficaram com uma certeza:nenhum reforço será con-tratado para a equipe, con-forme havia sido solicitadoà diretoria. O preparadorfísico D j a 1 m a Cavalcantiorientou um circuito paraos jogadores antes do

meio-dia e, à tarde, o técni-co Orlando Fantoni dirigiuum coletivo no Estádio Pro-letário, do Bangu, onde oVasco treinará até o fim dasemana e jogará domingocom o Campo Grande. Fan-toni teve que pedir cincojuvenis emprestados parapoder realizar o coletivo e,domingo, é certo que nãoterá nem Zanata nem Wil-son na equipe para o pri-meiro jogo do segundo tur-no do Campeonato.

Botafogo se prepara para viagemO técnico Zezé Moreira

pretende definir o time doBotafogo para o amistosocontra o Taguatinga, do-mingo, em Brasília, no cole-tivo de hoje, às 9 horas, emMarechal Hermes, contra aSeleção de Gana, que estáem preparativos no Brasilpara disputar a Copa daÁfrica, ano que vem. Coma chegada de São Paulo,hoje, do presidente CharlesBorer as bases para a reno-

vação dos contratos, de Os-mar, Odélio e Luisinho, queterminam no fim do mês,devem ficar acertadas. Odiretor da Casa da Áfricano Brasil, Claude AlexandreMouangué, viajou ontempara a'África, mas recebeuo prazo de 15 dias para res-gatar as promissórias de 36mil dólares (Cr$ 550 m i 1aproximadamente) referen-tes à indenização da fracas-sada excursão do Botafogo.

América defende invencibilidadeO América defende, à noi-

te, a invencibilidade na Co-pa Vale do Paraíba, contrao time do São José, na cida-de de São José dos Campos,São Paulo. O treinador Timmostra-se bastante satisfei-to com os últimos resulta-dos — principalmente o

empate em um gol com oFluminense de Juiz de Fora— e escalou assim o timepara hoje: Zecão, César,Alex, Biluca e Álvaro; Re-nato, Bráulio e Léo Olivei-ra; fteinaldo, Mano e Ail-iton.

Carlos Alberto hoje no CosmosQuando embarcar esta

noite para Nova Iorque,Carlos Alberto Torres come-cará a viver uma nova ex-periência: de capitão da Se-leção Tricampéà do Mundo,já foi jogador de Show-Balldo Fluminense, do Flamen-go e agora inicia um perío-do de dois meses de testesno Cosmos, como qualquerprincipiante anônimo. Asexaustivas negociações en-tre dirigentes do Flamengoe do Cosmos deram à trans-íeréncia um rumo que nemo jogador previa.

Para cedè-lo a titulo deexperiência, o Flamengo re-ceberá 30 mil dólares (cercade Cr$ 450 mil), aguardadoscom ansiedade pela direto-

ria para pagar os saláriosatrasados no clube. Paranegociar o passe definitiva-mente, além de Cr$ 2 mi-lhões e 250 mil, ganharámetade das rendas de doisjogos, um cm Nova Iorque,outro no Rio, contra o Cos-mos.

O Flamengo enfrenta oURT hoje à noite, em Patosde Minas, com o time assimescalado: Cantarele, Toni-nho, Dequinha, Vanderiei eJúnior; Merica, Adiüo eLuís Pauio; Osni, Luisinhoe Cláudio Adão; URT: Aré-sio, Toninho, Zezé, Macha-do e Nicomedes; Jorge, Ivóe Caca; Gil, Caiaba e Sei-xas.

Dalegrave quer alteração táticaPorto Alegre — Desde a

conquista do titulo de bi-campeão brasileiro, o Inter-nacional de Porto Alegrenão vivia crise tão fortequanto a atual. O novo trei-nador, Sérgio Moacir, já di-vulgou a substituição d eManga por Benitez, a partirdo treino desta manhã. Maso importante fato do dia se-rá, fora de dúvida, a con-versa do vice-presidente Ar-

tur Dalegrave com o timeapós o treino. O diretoranunciará contratações edispensas — a única jáacertada é a de Lula, insa-tisfeito no clube há algumtempo — e provavelmentedecretará o fim da "táticado impedimento", absoluta-mente ineficaz na partidacom a Portuguesa de Acan-gua, da Venezuela, pela Ta-ça Libertadores da América.

Don Revie se demite na InglaterraLondres — Ao final de

uma longa conversa comsua mulher Elsie, Don Revieescreveu a carta de de-missão do cargo de treina-dor da Seleção Inglesa eentregou-a, ontem, na sededa Associação de Futebol.Ao jornal Daily Mail — quepublicou ontem uma entre-vista sua — Don Revie ex-plicou estar cansado dascríticas que invadiram suavida profissional e particu-lar.

A Inglaterra não temmuitas chances de classiíi-

cação para a próxima Copado Mundo, mas mesmo as-sim, durante os três anosem que ocupou o cargo, Re-vie obteve com o EnglishTeam 14 vitórias, oito em-pates e sete derrotas, comsaldo de 24 gols no cômputogeral! Mas não conseguiuainda classificar a Seleçãono Grupo 2 europeu, ondea Itália é a favorita. Parao cargo de Revie, até agora,os nomes mais citados pelosjornais são os de Dave Sex-ton ,Bobby Robson e BrianClough.

Seleções argentinas da EspanhaMadri — Com base nas

más atuações da Seleção daArgentina, sem contar o jo-go de ontem contra a daAlemanha Oriental, o sema-nário espanhol Don Baiónrecomenda ao técnico LuísCésar Menotti que convoqueos argentinos que atuam naEspanha e sugere a for-mação de três equipes: Se-leção A — Carnevalli, Kil-ler, Giuliano, Rezza e

Wolff; Trobiani, Ruben Ca-no e Brindissi; Scotta, Aya-Ia e Kempes. Seleção B —D'Ales.andro, Dominicchi,Piris, "Cacho" Heredia eMartínez; Saccardi, Vilano-va e Vcglino; "Milonguita"Heredia, Morete e Guerini.Seleção C — Fenoy, Longhi,Bustillo, Echecopar e Com-misso; Adorno, Ameijenda eValdez; Ferrero, RobertoMartinez e Anzarda.

j bj.ii. mu ii. a !HLiiminjnjmi ¦.-¦

Camacho preparou time para jogar na retranca

Calderón muda Peru ejá acredita no Brasil

Pressionado pelos pró-prios jogadores, que desdea derrota para o Brasil con-testam abertamente s u acompetência como técnico,Marcos Calderón anunciouontem três alterações no ti-me para enfrentar a Boli-via, domingo que vem: So-ria voltará à lateral direitaem substituição a Navarro,Perci Rojas entra no co-mando do ataque no lugarde Hugo Sotil, e Qucsada,suspenso por ter recebido osegundo cartão amarelo nojogo com o Brasil, cede seulugar a Palácios. Desta for-ma, o time titular já estáconfirmado desde ontem, eenfrentará a Bolívia comQuiroga, S o r i a , Melendez,Chumpitaz e Diaz; Velas-qiez, Cubillas e P a 1 a c i o s ,Munante, Pcrci Rojas eOblitas.

OTIMISMO QUE VOLTA

O abatimento visível quetomou conta dos peruanosapós a derrota para o Bra-sil, e até a revolta com asdecisões e a escalação daequipe feitas por MarcosCalderón, começaram a di-minuir ontem na delegaçãodo Peru, podendo-se notaraté um certo otimismo en-tre jogadores e dirigentes.

Na segunda-feira à ncitehouve uma reunião d,e joga-

dores com a comissão técni-ca, no próprio Hotel Inter-continental, quando foramdecididas as mudanças, etambém feito um trabalhopsicológico para que nin-guém se abatesse antes dapartida com a Bolívia. On-tem pela manhã, antes desaírem para o treino no es-tádio do América local, amaioria dos jogadores pe-ruanos já percorria as de-pendências do hotel, sorrin-do e conversando animada-mente com jornalistas pe-ruanos e brasileiros.

versa era sempre em umsó sentido. Cobrar uma am-pia vitória brasileira frentea Bolívia, amanhã ã noite.

— Vocês não vão nos dei-xar na mão, dizia sorriden-te Alberto Soria, sempreque passava por um brasi-leiro.

O treino de ontem dos pe-ruanos limitou-se a exerci-cios técnicos, chutes a gol,cruzamentos para a área ee.tc. — pois Calderón achaque ainda há muito tempoaté o jogo com a Bolívia equer observar seu adversa-rio, amanhã, na partidacom os brasileiros. Partidaque o próprio Calderón faz,agora, questão de ressaltar,deverá ser fácil para a Se-leção Brasileira.

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Carlos Conrado Jiménez,o goleiro considerado o prin-cipal responsável pela cias-sificação da Bolívia na pri-meira fase das eliminató-rias, será mesmo o titularna partida de amanhã anoite frente ao Brasil. Onervosismo evidente de seureserva Peinado acabou portirar as últimas dúvidas dotécnico Willi Camacho, queapesar de ainda temer pelascondições físicas de Jimé-nez (há mais de um mêssem jogar, recuperando-sede uma contusão no joelhodireito) decidiu escalá-lo.

Peinado, o goleiro regra-3 da Bolívia, ainda não feznenhuma partida pela Se-leção e seus próprios com-panheiros não têm confian-ça nele, principalmente por-que o nervosismo do reservaparece ter piorado muitodesde que a Seleção Bolívia-na chegou a Cáli. Nem mes-mo em conversa com repor-teres estrangeiros Peinadoconsegue esconder seu me-do enorme de ser escaladocomo titular, principalmen-te contra o Brasil.

CONTRASTESempre que perguntam

sobre as possibilidades desua escalação, o próprio Pei-nado faz questão de encara-Ia como uma possibilidademuito remota, dizendo queo titular é Jiménez, ídolo datorcida em seu país.Não sei por que tantasdúvidas. Vocês não viram otreinamento. Carlos (Ji-ménez) está totalmente re-cuperado. Ele é o titular.Naturalmente que jogará —disse Peinado ontem de ma-nhã no Hotel Intercontincn-tal, onde está hospedada aequipe boliviana.

Contraste com o nervosis-mo e a omissão de Peinadoé a absoluta confiança ecoragem de Jiménez: fazquestão de dizer sempre queestá totalmente recuperado— o que não é verdade — 'e garante que tem plenascondições de repetir asatuações consagradoras daspartidas contra Uruguai eVenezuela, na primeira par-te das eliminatórias. Acres-centa sempre que não po-deria ficar de fora contrao Brasil, "de jeito nenhum".

Mas é lógico que voujogar!

PELO EMPATEA opinião de que o empa-

te é o grande resultado aser obtido é unanime entreos bolivianos. O misteriosoWilfredo Camacho já nãofala em vitória, lembrandosempre as conveniências daigualdade entre bolivianos ebrasileiros. Até sugere — ede maneira pouco sutil —que o jogo deve ser tran-quilo, pois o empate satis-fará a ambas as partes:

Vejam bem, com umponto ganho na partida deamanhã damos um granrinpasso para a classificação eos brasileiros garantem asua. Não que isso indiqueque as duas equipes entra-rão em campo determina-das a empatar. Mas, se oempate é bom, pelo menosnós os bolivianos não saire-mos desesperadamente embusca da vitória, pois issopoderia nos custar a der-rota.

De qualquer forma, talvezpara não deixar a impressãode que o que se pretende éum jogo voltado para o em-pate, acrescenta:

Já alertei meus joga-dores sobre a melhor formade ganhar do Brasil, noscontra-ataques. Pelo que vino jogo Brasil x Peru, osbrasileiros têm a sua maiordeficiência justamente nomiolo da área, onde tantoLuis Pereira como Edinhome pareceram muito mal.Por ali a Bolívia poderásair-se bem. ¦

Informado de que Edinhonão jogará, disse que pelomenos espera que o setorcontinue desentrosado e de-verá ser por ali mesmo quea Bolívia- fará suas tentati-vas, ao contra-atacar. Masa principal arma da Boli-via será mesmo a retrancae apenas o ponta-de-lançaPorfirio Jiménez deverá sermantido à frente, sempreque possível auxiliado porAragonés, o cérebro do time,que faz o terceiro homemde meio-campo pelo meio etem na rapidez da organi-zação de contra-ataque suacaracterística.

Não confirmada aindaoficialmente por Camacho,a equipe titular deverá seresta: Jiménez, Del Llano,Rimazza, Lima e Baldivie-so; Angulo, Romero e Ara-gonés; Saucedo Landa, Por-firio Jiménez e Aguilar. Osbolivianos só fizeram on-tem um treino de reconhe-cimento do gramado e dailuminação do Estádio Pas-cual Guerrero. Ficaram sa-tisfeitos. Hoje farão treinorecreativo, o qual, apesar dasua provável íxnica impor-tancia, Camacho faz quês-tão de continuar mistério-so: proibiu-o para a im-prensa.

— Campo Neutra—José Inácio IVcrneck

CONTINUO

alarmado com a dispariãa-de entre o futebol que Cláudio Cou-Unho prega e o que sua Seleção pra-tica em campo e só posso admitir

que o treinador estava sendo absolutamentesincero quando me confessou pelo telefone,na véspera do embarque: "Vamos nos cias-sificar com o futebol antigo mesmo, porqueagora já não há tempo de tentar mais nada,e só na volta é que vou retomar o caminhode minhas reformulações".

O técnico estava assim reconhecendoque todos os meses de teorização tinham le-vado a nada, ou muito pouco. E falo mesesde teorização porque precisamos admitir to-da a verdade: Coutinho não teve de fatotempo suficiente para treinar o time. Desdeque assumiu se viu sempre na contingênciade espremer seus treinamentos entre jogosque sé sucediam com quatro e até menosdias de intervalo.

* *

MAS

agora, com a classificação à vista,e dela ninguém jamais pôde duvi-dar, temos que começar a projetarpara o futuro e nos perguntar co-

mo será a preparação da Seleção Brasileirapara a Copa de 1978.

E desde já surge a certeza de que, mes-mo com a Seleção Permanente (se ela vier)a fazer um jogo por mês, Cláudio Coutinhose verá em março de 1978 às voltas com osmesmos problemas com que se vê agora se,nos clubes, os jogadores não praticarem otipo de futebol de que ele precisa na Sele-ção.

Acho que o técnico exclusivo (Coutinhoou qualquer outro) deveria ter, além de suasviagens de observação, a missão de lecionar,de convencer os treinadores de outros times— principalmente em nível de juvenis —com o auxílio de slides e filmes, a rever oupelo menos atualizar os seus conceitos.

* *

FAMOS

esperar que, talvez com a con-vocação de alguns outros jogadores,Coutinho, contra todas as dificul-dades, consiga nos dar no ano quevem um time mais próximo de suas teorias.

Porque o que se sente agora é que, depois detantas doutrinações, Coutinho chegou emCáli, chamou aparte jogadores como Zé Ma-ria, como Gil, como Roberto, e lhes disse:"Olhem, vocês joguem como sempre soube-ram, e vamos em frente".

Mas há no noticiário recente dois errosdo treinador contra os quais não posso dei-xar de me manifestar. Do primeiro, sei porinformação de amigos: em uma entrevista àtelevisão, Coutinho fez críticas a Luís Perei-ra, lembrando inclusive que ele representouum custo muito granãe para a CBD e que,entretanto, não vem correspondendo.

Ora, esta é uma crítica — com a qual,incidentalmente, concordo — que deve serfeita diretamente ao jogador, não de esqui-na, através de uni meio de comunicação. Por-que agora Luís Pereira pode até se resolver ainterpelar o técnico dizendo-lhe que, se aCBD investu muito dinheiro nele, foi por terjulgado necessário, e que ele lá estava emMadri, posto em sossego, sem incomodar nin-guém.

Este é um equívoco antigo, que vem des-de o tempo de Brandão, mas se Coutinho, aoassumir, decidiu encampar a convocação deLuís Pereira, tem agora que ir com ela até ofim e criticar o jogador pessoalmente, e atébarrá-lo, se necessário — mas nunca atingi-Io de público.

AINDA

na entrevista, Coutinho elogia-va Gil dizendo que "ele recuperou seubom futebol, porque eu o prestigieisempre". Não é bem assim, pois se

Coutinho tivesse sempre prestigiado Gil nãoteria feito todas aquelas experiências, com ZéMário, com Marcelo e até com Paulo Césarna ponta direita.

. Mas é de Paulo César que quero falaragora, porque temo que haja em sua anun-ciada barracão algo mais do que contusão oumotivo de ordem tática. Há sua reivindica-ção por um prêmio maior e, mais uma vez,a Comissão Técnica só teria a ganhar se agis-se com franqueza.

Estou pronto a concordar com a saídade Paulo César, pois ele é outro que, em cam-po, nunca chegou a mostrar aquilo que delese esperava. Mas esta é uma observação queCoutinho já poderia ter feito há mais tempo,sem esperar a ocasião de uma reivindicaçãoconsiderada descabida. Se ela é descabida,que lhe digam, abertamente.

£ finalmente, noto crescer aqui, noRio, a polêmica sobre o número de

'« convidados extras da CBD (extras,' isto è, fora da delegação, que já égrande). Segundo alguns, 20, segundo ou-tros, 30, enquanto mais outros afirmam te-rem sido 40.

Infelizmente, só não parece haver ãúvi-da quanto ao fato de que foi muita gente,muito mais do que o "um convidado c meio"referido pelo senhor Heleno Nunes. A CBDcontinua calada.

pensa em vetar Paulo César e Marinho em 78Um treino rápido

só em meio campoMais uma vez lotando de

torcedores o pequeno Está-dio de Palmira, a SeleçãoBrasileira realizou ontem àtarde um rápido treinamen-to tático, com o objetivomuito mais de desintoxicaros jogadores do que ensaiaralguma tática especial paraa partida de amanhã, con-tra a Bolívia, no EstádioPascual Guerrero.

Desta vez, a torcida saiumulto satisfeita. Apesar dopéssimo estado do campo,Cláudio Coutinho coman-dou um exercício de doistoques, utilizando metadedo campo. A movimentaçãodos jogadores, se não che-gou a ser um espetáculoprimoroso, ipelo menos mos-trou algo mais do que os ro-tineiros chutes a gol, comono último treinamento lárealizado.

VÁRIOS AUSENTES

Além de Paulo César —já vetado para o jogo deamanhã — também nãotreinaram Leão, E d i n h o,Rondinelli e Toninho Cere-zo. Todos apresentam con-tusões leves, exceto Cerezo,ainda sob a ameaça de nãoatuar. Leão e Edinho com-pareceram ao Estádio dePalmira, mas os demaispermaneceram no CIA T,em tratamento.

Os que treinaram reali-zaram apenas um exercíciotático, na metade do cam-po, divididos em dois timesde sete. A movimentaçãodos jogadores caracterizou-se por seguidas brincadei-ras e raros momentos deseriedade. Carlos e Wendellse revezaram no gol e asequipes treinaram assim:Azuis — Marinho, Zé Ma-ria, Oscar, Isidoro, Gil, Ro-berto e Zé Mário; Amarelos— Amaral, Dirceu, Rivelino,Luis Pereira, Marcelo, Ro-drigues Neto e Zico.

Em meio às brincadeirasgeneralizadas, apenas Ama-ral e Zico chamavam aatenção, pela seriedade eempenho com que partici-pavam das jogadas maissimples. E o motivo era ób-vio, pois demonstravam oentusiasmo natural de quemreaparece, após longo afãs-tamento. Os dois davammesmo a impressão de no-vatos que pela primeira vezmereciam uma oportunida-de na equipe principal.

CáliMárcio Guedes, Renato Maurício Prado e

Alm ir Veiga.Enviados especiais

Marinho cai durante o leve treino de ontem da Seleção, co mo parece estar caindo também no coSüoda SSaoTecSa

Marcelo é a opção paravaga de Toninho Cerezo

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Para escalar oficialmenteo time na despedida das eli-minatórias e da temporadadeste ano, Coutinho depen-de apenas de um teste queToninho Cerezo faz hoje noEstádio Pascual Guerrero.Segundo o médico Lidio To-ledo, Cerezo tem 80% depossibilidades de ser libera-do, porque seu tcrnozclo di-rc-ito está quase normal emconseqüência do tratamentointensivo. De qualquer for-ma, Marcelo está de sobrea-viso e pode entrar u.o meio-campo. Neste caso, ele eDirceu se revezariam notrabalho de marcação eapoio.

—- Seria até uma experi-éncia interessante escalareste meio-campo — disseCoutinho — porque e upoderia analisar bem umavariação de jogo capaz deacontecer durame uma par-tida. Acho que Dirceu e Ri-veiino se movimenta mdemais atualmente e da-riam um extraordináriodinamismo a nosso meio-campo.

IMPORTÂNCIA

É certo que Coutinhopoderá fazer essa análisecontra a Bolívia, amanhã,porque Dirceu, jogando aolado de Cerezo e Rivelino,terá importância tripla nasaçõts que partem do meio-campo para o ataque: 1)permitirá que Rivelino selance mais ao ataque, por-que recua rapidamente pa-ra o bloqueio na intermedi-ária; 21 ao contrário dePaulo César, luta com obs-tinacão e se faz presentetanto no meio-campo comona ponta esquerda e 3)fixando-se como terceirohomem de meio-campo, dei-xa Zico à vontade paraatuar no ataque e ajudar

Gil e Roberto na luta con-tra a defesa adversária.

A confirmação oficial desua escalação deixou Dirceutão contente como Couti-nho, que suspeita só ter en-contrado a formação maisadequada, dentro das cir-distancias, na última parti-da. Enquanto brincava comos repórteres, Dirceu afir-mava que não tem dúvidaquanto a sua utilidade e ex-plicava que não haverá pro-blema de jogar na ponta ouno meio-campo:

— No Coritiba e no Bota-fogo joguei por muito tem-po como um autêntico pon-ta-esquerda e por isso é queocasionalmente executo es-sa função sem problemas.No meio-campo, então, éaté melhor, porque na cam-panha deste ano no Vascoprovei que estou em exce-lente forma técnica e física.Sou o verdadeiro polivalenteque Coutinho tanto andaprocurando.

C o u t inho demonstravaestar muito mais à vontadeao confirmar a escalação deDirceu e chegou a revelarque espera muito mais doataque da Seleção na noitede amanhã, porque Rivelino

e Zico serão mais ofensivose criarão maiores espaçospara Gil e Roberto.

Só há mesmo algumapreocupação com as con-dições físicas de Cerezo,que, mesmo liberado, podesentir e precisar de substi-tuição. Se isso acontecer,Marcelo entra, o que abrenovo campo de observaçõespara o técnico, mas ao mes-mo tempo exigirá de Riveli-no maior cuidado na mar-cação, especialmente pelarapidez dos contra-ataquesbolivianos.

A troca do brilhopelo sacrifício

O afastamento de Paulo César deveu-se, cmparto, a razões físicas, porque realmente seu joelhofoi bem afetado na entrada violenta do peruanoNavarro domingo passado. Mas não há como ne-gar que havia um absoluta disposição da comis-são técnica e de Cláudio Coutinho em aproveitarDirceu de qualquer forma neste time porque seus45 minutos contra o Peru, se não foram brilhan-tes, pelo menos deram à Seleção a cota de sacrifi-cio e de ocupação de espaços que se fazia ausen-te desde as primeiras partidas amistosas. Já cot. raos paulistas no Morumbi, Dirceu deu ao ataçi-cmaiores opções de penetração e maior disciplinanas jogadas de meio-campo. Como na Copa de 74,à falta de grandes craques, ele exige dos adver-sários atenção redobrada no bloqueio da defesa eum esforço muito maior no ponto de partida desuas incursões ao ataque.

Será que é pobre o futebol que sente a faltade um jogo apenas disciplinado, lutador e objetivode um jogador com as limitações técnicas de Dir-ceu? E' uma pergunta de resposta muito complexaporque ela depende fundamentalmente da dispo-nibilidade de bom material humano no país e prin-cipalmente se esse material humano de melhorqualidade (que seria representado no momento porum rauio uésar por um Plntinho ou por um Ma-rinho) se dispõe a deixar no gramado as gotas desuor Indispensáveis a quem vive de uma profissãoque se atualiza a cada momento « que é implaca-velmente observada por um público cada vez menosingênuo e por uma crítica cada vez mais técnica eexigente.

Se não é possível ganhar competições aliandoa mais refinada técnica ao sacrifício tático, o jeitomesmo é dispensar essa habilidade de cada vezmais duvidosa eficiência e partir para formar umconjunto sem grandes expoentes mas capaz coma força do conjunto e um pouco da malícia bra-sileira de chegar a resultados mais honrosos e me-nos ridículos dos que os alcançados ultimamente.Resultados tão ruins que nem urna longa invencibi-lidade consegue apagar o constante mal-estar den-tro e fora dos limites das concentrações da equi-pe.

Talvez seja mesmo um fenômeno curioso, masé possível que Dirceu acabe representando o exem-pio definitivo de comportamento do atleta brasi-leiro dentro das quatro linhas e um ponto de par-tida --- mais um — para a formação de um grupomais sério e obstinado no objetivo de fazer o íu-tebol brasileiro superar o europeu em criatividadee eficiência.

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Coutinho uindateme o fracasso

Se o Brasil não ganhar,ou se mais uma vez conse-guir a vitória com uma exi-bicão de baixa categoria, aComissão Técnica encerrarásua atual fase de trabalhoconvencida de ter fracassa-do nas tentativas de refor-mulação do futebol brasilei-ro. Por isso, o mais impor-tante amanhã, contra a Bo-lívia, será uma excelenteapresentação da equipe euma vitória que não deixediividas sobre sua, superiori-dade, além de mostrar algode produtivo em matéria deorganização tática.

— Não há dúvida sobreisso — concordou Coutinho

o resultado dessa parti-da é o menos importante enem passa por minha cabe-ça a hipótese do empate.Quero vencer bem, por boamargem de gols e chegarcom absoluta tranqüilidadeao primeiro lugar nas eli-minatórias, resultado quenos situa em condições desuperioridade na AméricaLatina e como o mais forteconcorrente da região naCopa do Mundo.

TIME PERIGOSO

Coutinho não quis se es-tender nos comentários,mas disse ter informaçõescompletas sobre o estilo dejogo dos bolivianos e queeles poderão ser tão ou maisperigosos que os peruanos.Confessou-se satisfeito como afastamento de Mezza,que considera o melhor jo-gador da Bolívia — foi des-ligado da Seleção por indis-ciplina — assim como des-tacou os apoiadores Rome-ro e Aragonês como os maishabilidosos do time. Quan-do recebeu a informação deque os bolivianos vão jogarna retranca, em busca doempate, Coutinho conside-rou natural essa preocupa-ção dos adversários.

— Acho esse comporta-mento lógico, porque se em-patarem conosco, terãovantagem sobre os peruanosno jogo em que decidirão asegunda vaga. Eles não po-dem é se arriscar a sofrer •uma goleada. Ocorre quenossa disposição é exata-mente a de vencer por am-pia margem. Precisamos deuma vitória assim, que nosdeixe finalmente respirarno banco de reservas e quetambém devolva ao povobrasileiro a confiança emsua Seleção.

CARTÃO VERMELHO

O presidente da ComissãoTécnica, André Richer, in-formou ontem que os joga-dores brasileiros receberãoseveras instruções no senti-do de não provocarem pro-blemas disciplinares emcampo. A providência tempor motivo o fato de umaexpulsão acarretar, ama-nha, o afastamento auto-mático do jogador da pri-meira partida pela Copa.

Em caso de cartãoamarelo — explicou — nãohaverá problema. Eles todosse apagam agora. O cartãovermelho é diferente, e asuspensão tem que ser cum-prida em jogo oficial da Se-leção. No caso, a próximacompetição é a Copa. Creioque a maioria dos jogadoresatuais vai continuar na Se-leção e não podemos correro risco de perder uma peçaimportante no jogo de es-tréia na Argentina.

Cáli — Logo que vol-fcar ao Rio, a ComissãoTécnica da Seleção Bra-sileira vai preparar umminucioso relatório so-bre o comportamento dosjogadores durante osamistosos no Brasil e,principalmente, durantea estada em Cáli. Nesserelatório, dois jogadoresconsiderados dos maisimportantes da equipeterão um parecer desía-vorável para a convoca-ção em 78: Paulo Césare Marinho. Os dois tive-ram atitudes que nãoagradaram a Comissãoe, embora sem se envol-verem em falta discipli-nar grave, não elemons-traram o mesmo espíritode equipe dos demais.

Nos últimos jogo s,Paulo César teimou emnão atender às determi-nações táticas de Couti-nho e jamais cumpriuseu duplo papel de ho-mem de rrjsio-campo eponta esquerda (Por is-so o técnico demonstraagora mais tranquilida-de com a volta de Dir-ceu, um jogador que lhedá total confiança.)

CASO PAULO CÉSAR

À noite, Paulo César,mais por uma reação dedesespero diante de suasituação na Seleção, fezum apelo à ComissãoTécnica para jogar dequalquer maneira contraa Bolívia como uma for-ma de recuperar a suaimagem desgastada pe-los problemas por elepróprio criados. Segundoo médico Lidio Toledo,não há chance para elejogar por causa do esta-do do seu joelho, mas aComissão, mais comouma forma de resguar-dá-lo, prometeu que fa-rá outro teste de campohoje.

Além de sua discretaapresentação sob o pon-to-de-vista técnico, Pau-Io César repetiu antigasatitudes que o levarama se afastar da Seleçãopor muito tempo. Do-mingo, em dois episódios,conseguiu irritar' toda aComissão. Primeiro porseu pedido antecipadode aumento de gratifi-cação em caso de

"vitória(com o apoio de outroscompanheiros) e depoispelo incidente com jor-najstas.

— A CBD estava pa-gando Cr$ 6 mil de gra-tificação por vitória nosamistosos e Cr$ 8 milera o que estava previstopara as partidas das eli-minatórias — informouum dos componentes dadelegação. Paulo Césarachou que era uma dis-crepancia o que estavaocorrendo, porque consi-derou a diferença muitopequena levando emconta a maior importan-cia das partidas oficiais.Talvez até ele tivessecerta razão, mas o mo-mento não foi oportuno.

O incidente com osjornalistas, que foi ofi-cialmente comunicadopor um representante daAssociação dos CronistasEsportivos de São Pauloao chefe da delegação,Carlos Alberto Cavalhei-ro, dividiu a opinião daComissão Técnica, ai-guns considerando quetudo não passou de umaexplosão momentâneacausada pelo tempera-mento do jogador semmaiores conseqüências, eoutros atribuindo maiorimportância em funçãodos antecedentes dessemesmo jogador na Sele-ção.

— Não posso dar ago-ra uma opinião oficialsobre o assunto — disseCarlos Alberto Cavalhei-ro. — Estou informadode tudo, mas minha po-sição só pode ser comu-nicar tudo ao presidenteda CBD. Serei apenas ointermediário porque opoder de decisão não es-tá comigo.

Um dos componentesda delegação, que parti-

cipou das reuniões paradebater o assunto, dei-xou claro que o episódiopoderá afastar de vezPaulo César da SeleçãoBrasileira, a não ser queseu futebol na época dapróxima convocação serevele insubstituível.

Os jogadores têmsuas fichas individuais,onde tudo está devida-mente registrado. E' cia-ro que esses aconteci-mentos vão sempre pe-sar na balança na horadas decisões — disse odirigente.

A pos s i b i lidade dePaulo César ser proces-sado pelo jornal que seconsiderou atingido nãopreocupa tanto a Co-missão Técnica porqueela considera que nestenível o caso vai ser deci-dido pelas duas partesenvolvidas.

Essa questão deprocesso — informaCarlos Alberto Cavalhei-ro — foge da nossa ai-cada porque a Justiça.éque vai dar a última pa-lavra. Este é um proble-ma entre Paulo César eo jornal.CASO MARINHO

Se até março do anoque vem Marinho con-tinuar exibindo sua pés-sima forma física e téc-nica, não há dúvida quenão fará mais parte dosplanos de Cláudio Cou-Unho e da atual Comis-são Técnica. Eles achamque se esgotaram todasas oportunidades de re-cuperação dadas ao jo-gador e que ele tambémparece não entender aimportância do seu es-forço pessoal para alcan-car novamente um pon-to pelo menos próximodaquele que exibiu du-rante a temporada de74.

Marinho vem se em-penhando pouco nostreinos físicos e por issoseu rendimento nos co-letivos técnicos e táti-cos fica sempre compro-metido. Além disso, Ma-rinho, por sua persona-lidade infantil e disper-siva, tem também difi-culdade de se adaptaràs responsabilidades exi-gidas pela Comissão.

Nas conversas com oscompanheiros e até comdirigentes, Marinho sepreocupa apenas com as-suntos alheios à sua pro-fissão e no atual momen-to da Seleção fala commuito mais entusiasmode suas incursões na vi-da artística. Num dosprimeiros dias na con-cen tração do Cl AT, Ma-rinho, com uma nota de20 dólares nas mãos, pe-dia que um empregadodo hotel comprasse uís-que ou cerveja para umacomemoração e só mãoteve êxito porque o mé-dico Lidio Toledo tomouconhecimento de suaspretensões e, além deproibir o pedido, ainda oadvertiu energicamente,mostrando o absurdo dopedido e as consequên-cias negativas para suaimagem.

Por diferentes razões,que acabam convergindono entanto para o mes-mo caminho da falta deseriedade e da inadapta-ção profissional, Mari-nho e Paulo César po-dem se despedir desta Se-leção, deixando nos diri-gentes e nos analistas aimpressão de que difícil-mente encontrarão o ca-minho de volta, a não serque se recuperem em vá-rios sentidos e de umaforma radical, ou entãode que a própria Seleção,por falta de opções, nãoencontre uma saída.

Bolívia e Peru estão na página 25

Rio de Janeiro G Quarta-feira, 13 de julho de 1977

i 1 PRIMEIRO

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x(ESTE ANO, MUITO MAIS DIFÍCIL)

EMPREGO

Toste,"Prolifera o

médico:subemprego"

Segundo o coordenadorde Estatística do Centro deDocumentação e Informáticado Ministério do Trabalho, SrGilberto Pires de Amorim,1977 é um ano atípico no mer-cado de mão-de-obra: seu pri-meiro mês não conseguiu co-brir o déficit de empregos dei-xado tradicionalmente por de-zembro, quando há sempremais desligamentos do que ad-missões de trabalhadores. E opróprio Ministro do Trabalho,Sr Arnaldo Prieto, em dadosque divulgou na semana pas-sada, admite que o número de

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Maria Cleone: depois da provade Matemática, quem sabe?

pessoas incorporadas ao tra-balho de janeiro a abril desteano cresceu menos do que emigual período de 1976. Essecrescimento foi quase nulo noRio de Janeiro: apenas 0,4fi%.

Nesse quadro, os princi-pais prejudicados são aquelesque estão procurando agora oseu primeiro emprego. Os de-poimentos de quatro pessoasque estão nessa situação, com-parados com os de outras qua-tro que procuraram o primei-ro emprego em outras épocas,mostram que agora gasta-semuito mais tempo para conse-

guir trabalho. Maria das Gra-ças Mendonça Torres, porexemplo, uma auxiliar de escri-tório que começou a trabalharno ano passado, levou dois me-ses para se empregar pela pri-meira vez, ao passo que Acá-cio Gomes Pereira, que tam-bém pretende uma colocaçãocomo auxiliar de escritório, es-tá à cata de trabalho desde fe-vereiro. Ambos têm mais oumenos o mesmo a oferecer:instrução equivalente ao se-gundo grau, curso de datilo-grafia e idade na faixa dos 19anos.

Luana: talvez o escritório,talvez a passarela

Acácio, um exemplo demão-de-obra gratuita

Em outras áreas de traba-lho, nas quais se exige menosqualificação, o panorama é omesmo. Almir Fernandes deOliveira não demorou mais doque uns poucos dias para ob-ter o seu primeiro emprego,em 1953, quando tinha apenas14 anos de idade. Já Maria Jo-sé Trindade Farias, de 20 anos,procura uma vaga de opera-ria há três meses. O grau deinstrução, nesses casos, pare-ce não ter relevância: Almirtinha apenas o primário; Ma-ria José já chegou ao equiva-lente ao segundo ano ginasial.

CADERNO

Maria das Graçasainda espera ser chamada

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I §;¦ wÊÊÊtèmÊÊ:

ÍliPM3IÉIW<M»ii^^Almir: "Meu salárioestava estacionado"

UMA TAREFA PARAO DR A.: DIRIGIRA AMBULÂNCIA

A. é um médico alagoa-no, recém-formado, queveio para o Rio no iniciodo ano fazer residência(uma espécie de especiali-zação) num hospital. Co-mo médico-residente, tra-balha oito horas por dia,sem carteira assinada, comsalário de CrS 1 mil 300mensais. Pede para perma-necer no anonunato, e.ex-plica: "Estou realmenteprocurando emprego — nãoposso viver com CrS 1 milã(J0 por mês — mas os re-sidentes são obrigados adar tempo integral ao hos-pitai. Se sair no jornal queestou à procura de empre-go, perco a residência".

Por que, então, fazer re-sidéncia? Ele responde: "E'a única forma de o médicose especializar — eu, porexemplo, estou me especia-lizando em Ortopedia. Em-bora a residência não sejaoficializada, isto é, não te-nha nenhum valor legal,na prática ela dá melho-res condições para a lutapelo mercado de trabalho."

Enquanto procura umemprego fixo, coi.sa maisdifícil de conseguir na me-dida em que tem de sermeio às escondidas, A. tra-balha como médlco-substi.tuto, uma figura muito co-mum, segundo ele. Trata-se do profissional que co-bre as ausências (férias, li-cenças, etc.) de outro, semcarteira assinada. "Há mé-dicos que vivem exclusiva-mente disso" — garante.

A. concorda com seu co-

lega João Toste em que Boferta de trabalho para osmédicos é boa, "mas nãohá estabilidade e é um tra-balho mal remunerado". Oresultado, na sua opinião,é a alta rotatividade damão-de-obra do setor (oque talvez gere a ilusão deque há oferta de empregosuficiente).

Sobre o aviltamento dotrabalho dos médicos, A.tem uma experiência acontar. Logo que chegou aoRio, dirigiu-se ao diretorde uma clínica, pedindoemprego. Depois das per-guntas de praxe sobre oque ele sabia fazer, o d'.re-tor perguntou-lhe se sabiaguiar automóvel. Surpreso,disse que não e quis sabero motivo da pergunta.Resposta: "De vez emquando, .seria preciso vocêsair com a ambulância".

Cr$ 10 MIL PAGAMOS QUATRO TRABALHOS

DO GINECOLOGISTAJoão Toste, capixaba, gi-

necologista formado hápouco mais de três anos,acha que a oferta de traba-lho para médicos existeapenas no que se refere aquantidade. "Qualidade" —diz ele — "não há. Prolife-ram os subempregos."

Para ganhar CrS 10 milmensais, Toste trabalha desegunda a sábado — 70 ho-ras — em quatro empregos.Conseguiu o primeiro, emhospital particular, logoque veio para o Rio. Na ver-dade, não encontrou difi-culdades para obter nc-nhum dos quatro: com ummês de Rio, já os tinha. Poi

isso, acha que teve "muitasorte".

Segundo Toste, a prolife-ração de clínicas particula-res concorre para uma cons-tante oferta de empregospara médicos, mas a sala-rios aviltados, porque amaioria delas, exatamentepara pagar pouco, comple-ta seus quadros de profis-sionais com muitos quinta-nistas e sextanistas de Me-dicina. "Estes" — explicaToste — "têm de ter umaatividade médica para en-trar no mercado, alguns atémesmo para sobreviver. Mascomo ninguém pode exercera Medicina sem concluir ocurso, os empregadores osrotulam ds estagiários, em-bora, na prática, façam otrabalho de profissionaisformados."

O mínimo profissional dosmédicos corresponde a trêssalários mínimos por 24 ho-ras de trabalho semanais. Omédico que trabalha oitohoras por dia ganha de cin-co a seis salários mínimos.João Teste acha que um sa-lário razoável para esse pe-riodo de trabalho deveriasituar-se na casa dos CrS15 mil mensais.

VAGA PARAMOÇA

ACABA CEDO

Maria José Trindade Fa-rias, 20 anos, segunda de se-te irmãos (dos quais cincosão menores) e órfã de pai,está procurando empregocomo operária — "ou balco-nista, só não quero ser em-pregada doméstica".

Saiu de manhã de Nilo-polis, onde mora, para es-

tar às 11 h no balcão deempregos do Ministério doTrabalho, no Rio. Passavado meio-dia quando foiatendida: "Vaga para mo-ças, por hoje, acabou" — ou-viu do funcionário. Pareciaestar preparada: às 14 ho-ras chegava a uma emisso-ra de rádio que oferece umserviço social de emprego.

A romaria de Maria Josécomeçou em, março, quan-do precisou abandonar ocolégio, onde fazia o segun-do ano ginasial, por não dis-por dos CrS 170 da mensali-dade (ela, a mãe e os seisirmãos vivem da pensãodeixada peio pai, correspon-dente a um salário mínimo.O irmão mais velho era bal-conista de padaria, mas foidemitido e também estáprocurando emprego). Ma-ria José está fazendo umcurso de datilografia e pre-tende voltar a estudar, tãologo consiga o emprego (emúltimo caso, "vou ser do-mestiça mesmo")

SECRETÁRIAGANHA SALÁRIO DE

RECEPCIONISTA

Um curso de especializa-ção facilita a obtenção deemprego?

Maria Cleone Fernandesda Silva, 23 anos, formadaem secretariado pelo Senac,nos dois meses que levoupara conseguir seu primei-ro emprego, ouviu repetidasvezes a observação de que"não admitimos gente semexperiência".

Em junho do ano passa-do. quando ainda eslava fa-zendo o curso de secreta-

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rlado, um anúncio classifi-cado levou-a a uma agên-cia de emprego, que a en-caminhou a uma confec-ção necessitada de auxiliarde contabilidade. Lá, disse-ram-lhe que a vaga já es-tava preenchida.

No dia seguinte, a meshiaagência a mandou a um es-critório em Copacabana,"não me lembro de quê".

Mandaram que aguardasseser chamada. "Estou aguar-dando até agora". Nova-mente, a agência a envioua duas outras empresas:não a aceitaram por nãoter prática. Decidiu, entao,enviar cartas, oferecendo-se para trabalhar, a trêsbancos. Dois responderam,dizendo que voltasse a pro-curá-los quando terminas-se o segundo grau (que elaestá fazendo pelo supletivo,faltando apenas a prova deMatemática). Finalmente,em agosto, conseguiu o em-prego numa firma de equi-pamentos médicos, com sa-lário de CrS 1 mil 300. Trêsmeses depois pediu demis-são, "porque o salário nãodava para nada". Ingres-sou na empresa onde estahoje, uma Iirma que alugacompressores de ar. Entrouganhando CrS 2 mil (emdezembro) e agora recebeCr$ 2 mil 400 (ela é secre-tária do vice-presidentei.

Maria Cleone pretende"procurar coisa melhor, as-sim que pegar mais expe-riència". Mas prevê que te-rà dificuldades, pois "o

grimde problema é quemuitas empresas pedem re-cepcionistas que sejamtambém datilógrafas. As-sim, conseguem uma secre-tária com salário de recep-cionista".

A ESPERADOS PLANOS

DE EXPANSÃOLuana Maria Modesto

Olímpio, 17 anos, começoua procurar emprego no anopassado. Logo sentiu obs-táculos na pouca idade ena inexperiência. Decidiuentão "dar uma parada" e,enquanto isso, fazer umcurso de especialização.

Está no Senac, fazendo ocurso básico de Escritório.Aprende nueões de relações

públicas, cálculos comer-ciais, português e datilo-grafia. Sua intenção, de fa-to, é ser manequim, mascomo sabe que essa não èuma profissão para toda avida — "é como a de joga-dor de futebol" — prepa-ra-se para "saber lazer ou-tra coisa também".

Ela tem esperança deconseguir seu primeiro em-prego no ano que vem. Umparente que trabalha numaindústria de tintas prome-teu conseguir-lhe uma vagano escritório da fábrica,tão logo esta conclua seuspianos de expansão. Luananão tem a menor idéia dequanto poderá receber, masimagina que "CrS 3 mil pormês é um salário razoável".

OS MUITOS PONTOSANTES

DO MONTEPIO

Acácio Gomes Pereira, 19anos, precisa começar a tra-balhar para pagar as men-saudades do curso pré-ves-tibular de Engenharia quecomeçou em março. Sem ne-'nhuma experiência de trarbalho, mas com nível de ins-trução equivalente ao se-gundo grau, seu caminhonatural é um escritório. Emfevereiro começou a pro-curar emprego. Em todos oslugares, as mesmas respos-tas: "Não há vagas" ou"Precisamos de alguém comexperiência".

Depois de uma intensaperegrinação por uma in-unidade de empresas eagências de emprego, Acá-cio procurou lojas de tecidose confecções: estava dispôs-to a ser balconista. Mas,novamente, viu-se diantedos mesmos argumentos:"Sem experiência não épossível" ou "Não temos va-ga".

Na busca de emprego,Acácio já se deslocou da suacasa, na -Penha, para luga-res tão variados como SãoCristóvão, Colégio, Vicentede Carvalho, Del Castilho eMadureira. Na primeira em-presa a que se dirigiu, ummontepio cujo anúncio pe-dia "instrutor de vendedo-res" para trabalhar emmeio expediente, informa-ram-lhe de que, para obtero emprego, precisava antesvender um piano da firma.

Conseguiu e voltou. Aí men-cionaram um sistema depontos: só seria admitido ocandidato que fizesse 10pontos, contados em funçãode planos vendidos (haviauma tabela de quatro pia-nos diferentes, valendo de0,25 a 5 pontos cada pia-no). Ou seja, a empresa en-controu uma forma de ob-ter mão-de-obra farta egratuita.

Recusando-.se a aceitar ascondições da empresa, Acá-cio dirigiu-se a uma fábri-ca em Del Castilho, indica-da por um amigo. Havia va-ga, mas não foi aceito por-que não tinha prática. Es-sa razão seria invocada ain-da das outras vezes: umaindústria em Vicente deCarvalho, uma agência deempregos, uma agência deviagens, um laboratório far-macêutico, um supermerca-do e. uma fábrica de Unge-ne feminina. Procurou tam-bém a Standard Electric:"Até hoje estou esperandovaga" — diz eie (recente-mente, a Standard demitiumais de mil empregados).

A EMPRESAESTAVA A PONTO

DE FECHAR

Maria das Graças Men-donça Torres, 19 anos, é au-xiliar de escritório numacompanhia de seguros, comsalário de Cr$ 2 mil. E' oseu segundo emprego. Oprimeiro foi obtido em abrildo ano passado, depois dedois meses de procura. "Fuia mais de 20 lugares" — dizela. "A grande diliculdadeera eu não ter carteira as-sinada" (em outras pala-vras: experiência anterior).

A primeira empresa queprocurou foi uma joalheriaque pedia recepcionista.Fez teste psicotécnico e dedatilografia. Passou, mas"estou até hoje esperandoser chamada". Depois foi auma editora cujo anúnciotambém pedia recepcionis-ta. Lá, descobriu que o tra-balho, na verdade, era ven-der livros. Mas nem paraIsso ficou: exigia-se cartei-ra assinada. Depois de pas-sar por uma loja de doces,uma clínica, uma boutique,um consultório de dentistae um laboratório, entro ou-tros lugares, procurou uma

financeira que pedia reccp-cionista/secretária. Foi es-colhida entre 98 cândida-tas. Salário: "CrS 1 mil nacarteira e CrS 1 mil 400 porfora". Alguns meses depois,porém, descobriu que a em-presa estava a ponto de fe-char e preferiu pedir de-missão. O segundo empregojá foi mais fácil de obter:passou apenas dois dias semtrabalhar, pois logo umaamiga indicou a segurado-ra onde trabalha agora.

O VERSÁTILMONTADOR

DE CHAVEIROS

Almir Fernandes de OU-veira. 38 anos, chefe da se-ção de montagem de cha-veiros de uma pequena em-presa metalúrgica, com sa-lário de Cr$ 3 mil, diz que"nunca encontrou dificul-dade para obter empregos".Começou a trabalhar aos 14anos, consertando rádios ealto-falantes (antes desseemprego fez apenas umatentativa, numa indústriade tecidas, onde não ficouporque

"não havia vaga").Da indústria de rádios

saiu quando foi servir aoExército. Terminado o ser-viço militar, fez um testecom mais de 20 candidatospara uma indústria deóculos, onde trabalhou cin-co anos. Saiu de lá paratrabalhar numa pequenaindústria do mesmo ramoque estava começando eprecisava de alguém comexperiência. O salário ofe-recido era de Cr$ 45. Mas,após outros cinco anos, pe-diu demissão, "porque meusalário estava estacionado".Foi, então, trabalhar numafábrica de colchões, comoservente, ganhando umpouco mais.

Depois de seis anos, foidemitido. Mas imediata-mente começou a trabalharna fabricação de tubos pa-ra a Ponte Rio—Niterói.Quando a obra estava qua-se no final, os operáriosmenos especializados come-çaram a ser demitidos: "Eu

entrei nessa" — diz ele— "mas logo depois vimpara a metalúrgica". Almirgarante que não teve difi-culdades de conseguir ne-nhum dos empregos pelosqua.s passou.

PÁGINA 2 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977

CartasDança dos momentos

"A transferência do chafarizda Praça da Bandeira para a Cine-landi a vem sendo combatida pelostijucanos e pelo bom senso da cida-de. Inúmeras cartas divulgadas pe-Ia imprensa manifestam-se contraa despesa de vários milhões decruzeiros em obra desnecessária eem cidade falida e carente de re-cursos, que vive do criminoso au-mento. indiscriminado e explora-tivo, de taxas e de impostos.

Junto ao Palácio Monroe, exls-tia o tradicional monumento ao li-der Mahatma Gandhi. Ele se cons-tltuiria no centro do espelho deágua econômico e ambiental queocuparia o espaço deixado ©om acriminosa demolição do históricopalácio. Por que, então insistir emdesfalcar a Zona Norte do chafarizda Praça da Bandeira, ainda maisgastando soma fabulosa? Por mui-to menos se construiria obra maiseconômica e decorativa, como seriao espelho de água oitavado ou re-dondo que valorizaria a área daOinelandia e o popular monumentoao Mahatma Gandhi.

Terminaria, "assim, a chamadadança dos monumentos cariocas,de tristo memória e tão satirizada,nacional e internacionalmente,' nasáreas turística e de urbanização.Maurício Bezerra — Rio de Janei-ro (RJ)."

Pandorgas e viluperações"Tive o desprazer de ler a cor-

respondência denegridora do IIConcurso de Pipas, enviada pelo SrArmando Augusto da Cunha e pu-blicada no JORNAL DO BRASIL dodia 4 do corrente. Semelhante con-cepção só se justifica em quem nãotenha tido o mínimo de iniciaçãono conhecimento das conquistas dahumanidade. Por outro lado, refle-te o estado de completa submissãodas pessoas, hoje em dia, aos veícu-los de propaganda.

Como é que alguém ousadirigir-se a um veículo de infor-mação para condenar a realizaçãode um festival de pandorgas pro-movido por um órgão oficial, oDepartamento de Parques e J-ar-dins? A idéia que o Sr Armandotom das pipas, da sua "nocividade".do aspecto "prejudicial a seus em-pinadores", retrata a frustação dequem se sente prejudicado pelas lé-pidas armações de bambu, pelascruzadas das linhas. Mas não :cor-responde à verdade. A pipa temuma importância social enorme,constitui-se em excelente instru-

mento de lazer tão necessária àsufocante vida que levamos na atu.alidade. Como instrumento peda-gógico, o valor da pipa é inquestio-nável. Ela desperta o engenho, ahabilidade e a criatividade das cri-ancas, além de colocá-las em con-tato com a natureza. Desde o sécu-Io passado a pipa é recomendadapor educadores do mundo inteiro.

O Sr Armando 'afirma que apipa "sempre" se constituiu numabrincadeira nociva. Isso evidenciaraie o citado senhor nem ao menosprocurou saber algo relativo à his-tória do brinquedo. A prática decmninar pipas surgiu na China, noséculo XIII ou XIV (como nos in-forma Luis da Câmara Cascudo, noseu Dicionário do Folclore Brasi-lciro). A contribuição da pipa, nodecorrer da História, às artes, àsletras, à música, à tecnologia e àciência é inestimável.

Goya tem um quadro famoso,no qual aparece um garoto em-pinando uma pipa. Cândido Por-tianri, também. Inúmeras composi-ções poéticas e obras de ficçãoevocam ou descrevem a pipa, como

o poema Arraia, de Eugênio Gomes,e o moderno romance Bartazar, deLawrence Durrel. Villa-Lobos temum bailado chamado O Papagaiodo Moleque e Armando Cavalcantiuma samba denominado Pandorga,Papagaio, Pipa.

A ciência e à tecnologia, a pipapossibilitou a invenção do pára-raios, ajudando Benjamin Franklina provar a natureza elétrica doraio, e permitiu a fabricação doavião. O 14 Bis, de Santos Dumont,era uma pipa gigante na qual o ae-ronauta brasileiro substituiu a li-nha empinadora pelo motor a ex-plosào.

A lei nv 1899, a que se refere oSr Armando da Cunha, foi apro-vada em 1970, pela Assembléia Le-gislativa, para agradar as empresasde comunicação telefônica e distrl-buiçâo de energia elétrica. E' com-pletamcnte absurda. Tanto assimque não é acatada nem cumpridapor ninguém. E' letra morta. E ne-nhuma autoridade ousa apreenderqualquer papagaio nem 'cobrar '

amulta de CrS 279,50, instituída re-centemente pelo Prefeito MarcosTamoyo, porque sabe que estácometendo um crime contra a bele-za, contra a cultura. Onde é que sepode encontrar no Rio de Janeirouma região que não tenha fios elé-tricôs num raio de 500 metros? Sónas praias, em cima dos morros ena zona rural. Quem quiser soltarpipas terá de se dirigir a esses lu-gares?

Quero esclarecer que não tra-balho para o Departamento deParques e Jardins e tampouco te-nho qualquer ligação com esse ór-gão. O que me move a tomar adefesa do mesmo contra as vitupc-rações do Sr Armando é o fato deser eu mesmo um defensor daspipas que a violência da .sociedadeIndustrial procura arrancar domapa.

Esto», no momento, realizandoum fume documentário cujo temaé o citado brinquedo. A minha pro-

posta é exatamente a de desmlstifi-car a imagem negativa e absurdaque campanhas divulgadas na im-.prensa tentam impingir à popula-ção. Campanhas dessa naturezapodem gerar concepções teratoló-gicas como a exemplificada no SrArmando.

Esse negócio de espalhar pelaimprensa que a pipa é um perigo,que leva as pessoas à morte, que écrime soltar pipas, é puro papo fu-rado. A inconveniência de soltarpipas perto dos fios existe mas esseé um assunto que deve ser tratadopela consciência e pela prática doempinador. E' preciso que as duascoisas coexistam, a pipa e o fio, eque uma saiba respeitar a sobera-nia do outro. O que não se pode ésimplesmente proibir o uso da pipaem proveito do discutido avançotecnológico. As campanhas na im-prensa deveriam ter um caráterexclusivamente esclarecedor ejamais desestimulador.

Está de parabéns o Depar-tamento de Parques e Jardins porter promovido o II Festival dePipas. Acredito que tenha sido umafesta para os olhos. Ao primeiro,realizado na Quinta, estive presen-te e o registrei, em castmancolor,com uma camera de 35mm. Assegu-ro que está ótimo o material, quecomplementará a montagem domeu documentário.

Gostaria de sugerir ao Sr Ar-mando que da próxima vez, antesde manifestar-se contra a pipa, di-rija-se ao Instituto Nacional do Fo-clore para obter uma informaçãomais precisa a respeito do brinque-do cuja existência ele tanto deplo-ra. Ranxon Alvarado — Rio de Ja-nciro (RJ)."

O' lado abjeto"A televisão brasileira encontra-

se num verdadeiro estado de degra-d,ação moral. O baixo nível de suasprogramações, e m cumplicidadecom o mau gosto e mascarado pelafalsa idéia de que tudo agora é cul-tura, dissemina por todos os rin-cões que a Embratel possa alcançaruma filosofia de vida que nunca se-ria o padrão de um povo civilizado.

Os programas por ela trans-mitldos, principalmente as novelas,se movem pelo interesse de auferirIBOPE e lucros, preocupando-se so-bretudo em mostrar o lado abjetoda vida, os exemplos negativos deconduta familiar, de violência ea p elações gratuitas, enaltecendotudo o que seria contrário aos bonsprincípios morais ,e religiosos.

Reside ai o perigo de que essainfluência no comportamento damassa possa tornar-se imeontrolá-vel e perniciosa à sociedade e à cul-tura de nosso povo.

Por que a televisão não procu-ra transmitir programas de bomnivel e novelas que mostrassembons exemplos de vida? Assim, opúblico, ao assimilá-los, poderia,aos poucos, soerguer, através dagrande influência desse tipo decomunicação, a nossa sociedade játão degradada. João Bosco MariaDuarte — Rio de Janeiro (RJ)."

Fagner e os baianos'Gostaria de que chegasse ao

conhecimento do compositor Rai-mundo Fagner a minha sugestão.É simples: que ele apenas troquealgumas palavras dos versos dacomposição Canteiros (troque-ospara o original, é claro) e desse,nela, parceria a Cecília Meireles.

Feito isso, a música poderápassar a se chamar Rimanco(como quer o Almanaque Bertrand,que pode ser encontrado no Arqui-vo Almirante): Quando penso noteu rosto/ Fecho os olhos de sau-dado/ Tenho visto muita coisa/Menos a felicidade/ Soltam-se osmeus dedos tristes/ Dos sonhos cia-ros que invento/ Nem aquilo queimagino/ Já me dá contentamento.

Gostaria de dizer também queantes de atacar os baianos ele de/ese lembrar de que os mestres nosderam de Gregório > de Mattos aSouzandrade, sem precisar fazer oque ele fez. Luis Carlos PaladinoLopes Ferreira — Rio de Janeiro(RJ)".

Salgadinbos e infortúnio"Um domingo desses, em pas-

seio p»3la Ilha do Governador, ti-vemos o infortúnio de entrar naPadaria Linda, no Cocotá, para co-mer alguns doces e salgadinhos,confiantes no bom conceito de ca-sa.

À noite, tivemos dores abdomi-nais, vômitos e febre. Como quemnão comeu não teve indisposiçãoalguma, pudemos detectar a ori-gem do mal. Conversando comamigos, soubemos que outras pes-soas também sofreram, no mesmodia, após alimentarem-se na pada-ria, que está sempre repleta de fre-gueses.

No balcão, lindos panetones es-tão entregues às moscas, abelhase à poeira, sem qualquer proteção,Pobre 'consumidor. Vera Lúcia Mi-randa Castelhano — Rio de Ja-neiro (RJ)".

As cartas dos leitores serão publicadassó quando tiverom assinatura, nome com-plefo o legível c endereço. Todos estesdados serão dovidamente verificados.

A Artes Plásticas3SB22HESSSÍSSSBS

MUSEUDE

RUARoberto Pontual

UMA

das iniciativas mu-seológicas mais inte-ressantes e oportunasque tenho visto nos úl-

timos tempos, entre nós, é oProjeto Museu de Rua, desen-volvido pelo Museu Históricoda Imagem Fotográfica da Ci-dade de São Paulo. Assumindohá pouco a direção deste, o fo-tógrafo Júlio Abe precisou en-frentar uma primeira dificul-dade aparentemente intranspo-nível: o Museu não dispõe desede, tanto para as tarefas ad-ministrativas quanto para aamostragem de obras e do-cumentos. O obstáculo gerouuma solução criativa — fazerda rua, da praça pública, dacidade inteira á sede do Museu,Para isto, Abe imaginou um

IfSli-.' M:M

O projeto Museu de Rua, no Viaduto do Chámm&z

engenhoso sistema de painéisfotográficos deslocáveis e mu-táveis, bem como o método deapresentar através deles pe-quenas mostras relacionadas acada um dos locais onde se es-colha colocá-los.

A primeira mostra foi noPátio do Colégio, bem no cen-tro histórico de São Paulo. Aela seguiu-se a atual — Histó-ria do Anhangabaú e do Viadu-to do Chá (1887-1977) — dis-

tribuindo-se os 10 ou 12 painésde dupla face num dos extre-mos do viaduto. Ali, estão re-produzidos, em tamanho natu-ral ou ampliados, documentos,desenhos, fotografias, textos eaté o estupendo São Paulo —quadro que Tarsila pintou em1924, fixando lirieamente umavisão da "paulicéia desvaira-da": os altos edifícios, o bondeelétrico, o automóvel e a bombade gasolina ("exaltação à mo-

dernidade de São Paulo", comodiz Aracy Amaral), com o Par-que do Anhangabaú e o Via-duto participando do cenário. Eo que mais comove nessa ini-ciativa tão simples e eficaz deJúlio Abe é ver a gente que nãopára de passar em multidãopelo local parando alguns mi-nutos à frente de cada um dospainéis. O museu se abre, as-sim, avivadamente, e sejustifi-ca.

Ponto por ponto• Ainda a presença intensa dafotografia entre nós, neste momen-to: sem falar da individual de LuizAlphonsus — inaugurada há diasno MAM do Rio, com uma centenade trabalhos que tomam o recursofotográfico como ponto de partidapara uma personalíssima explora-ção em termos de pintura, desenhoe gravura — pelo menos três ou-trás mostras a utilizam, atualmen-te, no eixo Rio/São i;»ulo. Aqui, naSala Cecilift. Meireles, expõem des-de quinta-feira passada quatro fo-tógrafos: José Carlos Filizola, GuyGonçalves, Mário Barata e JafetNacle Vieira. No Museu de Arte deSão Paulo, o crítico de arte, pintore fotógrafo Olney Kruse apresentasete fotos em preto e branco to-mando como figura exclusiva a es-oritora Edla van Steen. E na Gale-ria Fotóptica, também de São Pau-Io, uma "expo íoto-geo-arqueo-ideo-antropo e, por que mão, ilógi-ca" reúne retratos e pesquisas de-senvolvidas por Paulo Klein nos úl-timos dois anos, em torno do tituloSete Cidades Encantadas.

A Galeria Luiz Buarque de Hol-landa & Paulo Bittencourt, do Rio,entregou à museólogo Maria Au-gusta Machado da Silva a tarefade realizar, a partir das 16h dequartas e domingos, visitas guia-das à importante mostra Testemu-nho Artístico das Culturas Pré-In-calças, que ali se encontra até 31de julho.

Encerram-se no próximo dia 22as Inscrições para o I Salão Cario-ca de Arte, promovido pelo Depar-tamento

' Geral de Cultura desta

cidade, em convênio com a Punar-té. Sua Inauguração será a 5 de se-tembro, no Centro EducacionalCalouste Gulbenkian. Dedicado, naprimeira edição, exclusivamente aodesenho e à gravura, o Salão con-ta com prêmios no valor total deCr$ 70 mil.

A Funarte está informando que14 Universidades em todo o Bra-sil já receberam em 1977 o mon-tante global de Cr$ 5 milhões 803mil 700 para a realização de diver-sas promoções na área da cultura.O convênio de maior valor íoi íir-

. 0B^jaBmmÊ^iÊBÊBmmBBÊÊÊÊÊmÊÊÊÊÊÊm'TARSILA DO AMARAL /

São Paulo / óleo sobre tela / 1924col. Pinacoteca do

Estado de São Paulo

imtim'^'¦«VMmt

JOSÉ CARLOS FILIZOLA /fotografia /1977

mado com a Universidade Federalda Paraíba (Cr$ 974 mil), com vis-tas a exposições no âmbito do foi-clore, cursos de xilogravura e gra-•Vüiâ c'ÍT* COlirO, acScaUrSÇaC USobras de arte, salão de fotografiase simpósio de artesanato, entreoutras atividades.

O número de maio da revista/jornal Artes, que Carlos von Sch-midt edita em São Paulo e queme chegou às mãos c«m muitoatraso, traz como matéria de maiorpeso e interesse uma entrevistacom o pintor pernambucano JoãoCâmara Filho, centralizada na suarecente série Cenas da Vida Bra-sileira (1930-1954), vista no Rio eem São Paulo, em 1976.

Nos Estados fora da área Rio/São Paulo, algumas novas exposi-ções a destacar: pinturas de IberêCamargo (Oficina de Arte, PortoAlegre) e de Antônio HenriqueAmaral (Galeria Guignard, PortoAlegre); gravuras de Isabel Pons,mostra fotográfica sobre o Canadáe gravuras do grupo alemão Kwarz,todas as três em Brasíiia, pafcroci-nadas pela Fundação Cultural doDistrito Federal; Alberto Luz (Ga-leria Açu-Açu, Blumenau): e de-senhos de Manfredo de Souza Ne-to (Instituto Cultural Brasil-Es-

tados Unidos, Belo Horizonte I, Jo-vem mineiro que também expõe nomomento na Galeria Graffiti, doRio, depois de uma estada de dois°nos cm Pnris

A Galeria Arte Global, de SãoPaulo, está distribuindo um bemimpresso catálogo relatando suaatividade no primeiro semestredeste ano, quando apresentou asindividuais de Artur Luiz Piza,Avatar Morais, Inge Roesler e Ru-bens Gerchman. Para o resto de1977, a programação inclui Cybel-le Varela, Lasar Sogall (a itineran-te A Esperança É Eterna, que seencontra agora no MAM cio Rio),o italiano Stefanoni, Maurício No-guerra Lima (ainda esperando con-firmação definitiva) e Eliseu Vis-conti.

No programa do Museu Guggc-nheim, de Nova Iorque, para o se-gundo semestre, um dos maioresdestaques 'ai para a mostra 40Mestres A. ,dernos, ali inauguradahá 10 dias. Conta com obras deArp, Bonnard, Brancusi, Braque,Cézanne, Chagai], Dali, Delaunay,Dabuffet, Duchamp, Ernst, Giaco-metti, Kandinsky, Klee, Léger,Lipchitz, Miro, Modigliani, Mon-drian, Picasso e Sourat, entre ou-tros.

Música

A RENASCENÇAITALIANA

COM O WAVERLYCONSORT

Ronaldo Miranda

Ê difícil encontrar umconjunto de músicaantiga tão completo,dinâmico e eficiente

quanto o Waverly Consort. In-tegrado por 10 componentesmusicistas (seis cantores e qua-tro instrumentistas), o gruponorte-americano mantém, ape-sar das constantes mudançasde seus elementos, um alto pa-drão de qualidade, desde a suaestréia nova-iorquina, em 1966.

Existem atualmente inú-meros conjuntos do gênero, es-palhados pelo mundo inteiro,tendendo em geral a se espe-

cializarem lia* parte vocal ouinstrumental. E, embora mui-tos combinem os dois aspectos,há sempre a predominância deum deles. Cultores do cantorenascentista são, por exemplo,os intérpretes do Collegium Vo-cale Koeln (que também seaventuram no repertório con-temporaneo) e o incomparávelDeller Consort. Já entre os con-juntos basicamente instrumen-tais, há uma infinita varieda-de, do pequeno Ars Antiqua aograndioso e sisudo CappellaColloniensis.

O Waverly Consort — querevisitou o público carioca,

quinta-feira, na Sala CecíliaMeireles — é um dos poucosque reúne, com igual perfec-cionismo, bons vocalistas e exi-mios instrumentistas. Os 10 ar-tistas liderados por Michael Jaf-fee conseguem transmitir comenergia e sinceridade a mensa-gem musical a que se propuse-ram, dosando o repertório esco-lhido com interesse estético einteligentes contrastes. Dentrodessa orientação, números comtodo o conjunto se alternamcom peças exclusivamente ins-trumentais, solos acompanha-dos e obras vocais a cappella.E a harmonia e vibração dasexecuções não se refletem so-mente' nas vozes e nos instru-mentos: verificam-se tambémna maneira como os músicosentram e saem do palco, sen-tam-se ou levantam-se, agrade-cem os aplausos e arrumam-separa cada interpretação.

O programa de quinta-fei-ra, exclusivamente dedicado àRenascença Italiana, começoucom uma convincente realiza-ção do Beatus Vir, de Monte-verdi, e prosseguiu com umaexpressiva série de obras daépoca. Vale ressaltar os solos deJudith Malafronte e FrankHoffmeinster (em peças deCaccini), de Patrick Mason(alestani), de Jeffrey Gall

(Tromboncino) de John-PaulBogart (Marco Cara) e de LucyShelton (outro Tromboncino —Virgine Bella — com um es-plêndido vocalise para Amémfinal).

Embora não atinjam o re-quinte e a perfeição técnica dogrupo de Deller, os cantores doWaverly Consort apresentamvozes bem colocadas e de tim-bre agradável, que, sem arrou-bos de virtuosismo, enquadram-se homogeneamente nos objeti-vos propostos. Já os instrumen-tistas — Michael e Kay Jaffee,Sally Logemann e Lucy Bardo— são todos excelentes, tendooferecido generosas demonstra-cões da sua arte na Suite deDanças da Corte Italiana, naPavana alia Veneziana e em to-dos os acompanhamentos.

Com um repertório repletode canções profanas, o Werver-ly Consort atingiu, contudo,seus melhores momentos nasobras sacras. Além do BeatusVir, de Monteverdi, foi esplen-didamente realizada a Missa,de Philippe de Monte. Kyrie,Credo e Agnus Dei fluíram coma perfeição desejada, podendo-se imaginar um pequeno órgãoao se ouvir a expressiva con-cepção instrumental que apoiouo Dona Nobis Pacem conclusi-vo.

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977 ? PAGINA 3

Experiênciaem Gstaad

Em sua recente passagem por Gstaad, na Suíça,etapa final de uma viagem que o levou a Pequim eIstambul, o Dr Ivo Pltanguy viveu uma experiênciaque deslumbraria e encantaria qualquer tenista ama-dor, de um quinta classe a primeira.

O cirurgião foi convidado a participar de um tor-nelo de duplas, anualmente disputado na cidade, quemistura personalidades internacionais com proflssio-nais. Formam-se então as várias duplas, Jogandosempre lado a lado tuna personalidade e um profis-sional.

Este ano, enfrentaram-se duplas que misturavamentre outros Mary Obolensky e Phil Dent, David Mc-Conncll (Avon) e François Proisy, além de Ivo Pltan-guy e Llto Alvarez, que acabaram, por não ter sidodisputada a final, dividindo com uma dupla adver-sária a taça do torneio.

IIODA-VIVAA Sra Ligla Machado colocou à venda sua bela

casa nas proximidades do Itanhangá.O Sr Agostinho Olavo recebe amanhã, para ian-

tar em homenagem ao Embaixador e Sra Carlos Veras.O 14 Juillet terá no Rio dupla comemoração. O

Cônsul-Geral da França e Sra Georges Mac Clenahanestarão recebendo a colônia francesa ao meio-dia paradrinks, repetindo-se a recepção às 18 horas para *u-toridades brasileiras e consulares.

O Sr José de Castillo Miranda segue na sexta-feirade volta ao México. Seu substituto no Consulado-Geralno Rio será o Sr Manuel Ancona.

Maria José Magalhães Pinto homenageou ontemMaricy Trussardi com um grande almoço só de mu-lheres.

Ana Luiza e Gustavo Afonso Capanema recebemen tênue de ville para um jantar sentado de 16 pessoas.

A Galeria Bonino Inaugura amanhã uma exposiçãodo pintor peruano Gonzalo Cienfuegos.

Ta7iibêm amanhã, só que em Brasília, na GaleriaOscar Seraphico, Marilia Rodrigues inaugura umamostra de gravuras e colagens.

O Leblon ganhou um novo bar, o Do Lado, Instala-do de parede colada ao Antonio's. Tem pinta de redu-to da velha guarda.

A Sra Maria Alice de Mello Puppin recebe parachá na sexta-feira guando serão tratados assuntos re-laUvos à programação da Barraca do Maranhão naFeira da Providência.

Celina e Beca de Castro terão convidados amanhãpara jantar.

O Sr Antônio Gallotti aparecendo com freqüêncianos simpáticos almoços do Bismarck.

Nasceu Ilka, filha de Gilda e Antônio Carlos deAndrada Tostes.

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3"OS DOURADOS ANOS SO" — ... "De Gegê a JK",«atual show de Carlos Machado, apresenta dois grandes

r04 v-idestaques, a cantora Claudia — uma das vozes mau-,V;i afinadas do Pais — e o comediante Amandio, ao lado

.23Wa exuberante Lady Hilda, Roberto Audi, Adel» Fátima:3%jje

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* • +"OS PREGÕES" — Tanto no Brasil-Colônia, como no jBrasÜ-Império, as lojas comerciais eram incipientes. Des-tinadas mais as coisas importadas. O comércio do "dia-

dia" se fazia de porta em porta. No oferecimento de [seus produtos ficaram caracterizados "03 pregões"Eles, aparecem no show "Brasil em Três Tempos", no jNacional-Rio, comandado por Paula Ribas.

*•¦*-•

VOLTA AO BRASIL EM 80 MINUTOS - O humor sa-cÜo, o samba quente, o rebolado insinuante da mula-ta, o ritmo animado da orquestra são os ingredientesdessa viagem musical que tem em Ivon Curi o cice-rone maior num espetáculo dos mais belos em exibi-rão na noite carieca. Cartaz do Sambão (1.° andar). NoSínhá, cozinha genuinamente brasileira. (237-5368).

-*- * +FESTIVAL DE INVERNO — O Tivoli Park está triplicando seu diver-tímento, com a nova promoção bolada por Luís Mangia: crianças

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I li

Verão movimentadoO affair envolveu-

do a prisão de Maria-Cristina von Opel emais oito amigos, en-tre eles um brasileiro,cujo nome as reporta-gens sobre o caso têmomitido, acusados pe-Ia polícia de Sai7it-Tropez de tráfico de 1mil 100 quilos dehaxixe, ganhou estasemana as páginasde toda a imprensaeuropéia.

Os motivos, dois: anotoriedade da prin-cipal acusada, herdei-ra das indústriasOpel, multimilionáriae membro do jet-setinternacional, e aquantidade de drogadescoberta, a maiorpartida apreendida deuma só vez na Fran-ça.

As autor ida-des francesas, empe-nhadas a fundo naelucidação do caso,estão à procura doschefões, uma vez queficou constatado ser ogrupo de Maria-Cris-tina apenas interme-diário entre a com-pra no Líbano e a ãis-tribuição na Europa.

A estrelado Molicre

Já tem nome a estrela do showda festa de entrega do Prêmio Moliè-re, em outubro próximo: Gérard Le-nomian.

Embora tenha iniciado sua car-reira em 68, compondo para BrigitteBardot, trabalhando no ano seguin-te para Sylvie Vartan, Lenorman co-meçou a ficar realmente conhecidoem 70, como vedete durante um anoda montagem francesa de Hair. Es-touron, porém, como estrela, nos íil-timos três anos, período em que pas-sou duas vezes pelo Olympia.

Bonitão, 32 anos, casado com umamulher jovem e bonita, Caroline, de23 anos (que o acompanhará na via-gem ao Brasil), Gérard Lenorman, dequem o Jours de France desta semanapublica três páginas, figura no mo-men to no hit parade europeu com amúsica Michcl.

• • •

Hemingwaye Fidel

A MGM conseguiu do Governocubano autorização para rodaralgumas cenas do filmeHemingway, na mansão em que oescritor viveu durante algunsmeses em 1939, nos arredoresde Havana.

Para preparar as filmagens, umaequipe da Metro seguiu para Cubaem companhia da viúva do escritor,Mary, que é quem estásupervisionando toda a produção.

Em Havana, o grupo americanoteve uma surpresa: um convite deFidel Castro para jantar noPalácio do Governo e a revelaçãode que ele e Hemingway tinham sidovelhos colegas de pescaria, amboscampeões de torneiosde pesca, na baia de Cojimar.

Esperados• Estão sendo esperados cmBrasília, como convidados do

Festival de Cinema, a atrizGeraldine Chaplin e o diretor

Carlos Saura (Ana e os Lobos).

Dois lançamentosFoi uni sucesso total a noite orga-

nizada pelo produtor Luis Carlos Bar-reto e Bea Feitler, em Nova Iorque,anteontem, para a exibição, cm sessãoprive, do filme Dona Flor, que temestréia marcada para os Estados tini-dos mês que vem.

Estava presente toda a intelligent-sia nova-iorquina, liderada por AndyWarhol, e mais Liv Ullman e LouisMalle, entre muitos outros.

O filme não será mais distribuídopela Warner e sim pela própria pro-dutora brasileira, que já reservou oCine Paris para o lançamento nosmesmos moldes de Cousin, Cousinc.

Por falar em Dona Flor: a estréiaem Paris também já tem data mar-cada — 3 de agosto, em 10 cinemasda Gaummont.

O filme, anunciado como a pontade lança dos lançamentos de meio doano da Gaunimont, será mostrado emversões dubladas e originais.

• • •

QUEM FECHAO National Obscrver, uma expe-

riência em jornalismo semanal inicia-da em 1962 pela poderosa Dow Jonesand Co., com tiragem de 450 mil exem-plares, fechou na semana passada de-vido ao acentuado desequilíbrio en-tre custos e receita. A Dow Jones éresponsável pela publicação do WallStreet Journal, um dos principais in-formativos econômicos e financeirosdo mundo.

Vigaristana cidade

Existe à solta na cidade um vi-garista que está usando o nome daEletrobrás para penetrar em resi-dências particulares. Identifica-secomo técnico da empresa com a in-cumbência de verificar as condi-ções de funcionamento da parteelétrica da casa.

Aberta a porta, inicia uma sériede exames de rotina — chuveiro,ferro elétrico, geladeira, etc. — equando a empregada ou dona dacasa se distrai parte sem se despe-dir levando bens e objetos de valor.

• A Eletrobrás não mantém essetipo de serviço.

9 # #

Sinalfechado

Os sinais de três tempos re-centemente instalados ao longo daAvenida Atlântica começaram on-tem a apresentar defeitos.

Não estavam sincronizados, oque impedia — pelo menos à noi-te — um fluxo constante do tran-sito. E, pelo menos dois, nas esqui-nas dos hotéis Méridicn e Copaca-bana Palace, permaneceram amadrugada inteira vermelhos.

Como um dos sinais luminososjá foi destruído por um curlo-cir-cuito, há dias, as previsões dedurabilidade dos novos aparelhosnão chegam a animar o mais oti-mista dos contribuintes.

Primeira e elegante etapaA primeira etapa do casamento de

Isabel Maria, filha do Sr » Sra Guilher-me da Silveira Filho, com José Francls-co, filho do Sr e Sra João Pedro GouvéaVieira, foi cumprida na segunda-feiracom a realização da cerimônia civil aque se seguiu uma grande recepção ofe-recida pelos pais do noivo em sua resi-dência da Rua Davi Campista.

A segunda etapa levará no sábadoum novo grupo de convidados a Petró-polis, celebrando-se, então, a cerimôniareligiosa na propriedade dos pais de Iza-bel Maria.

A recepção oferecida por Cecília eJoão Pedro Gouvêa Vieira reuniu cente-nas de convidados nos belos jardins dacasa de Botafogo, resplandescentes deluz e, sobretudo, de som.

Residências tão agradáveis e elegan-temente instaladas como a dos GouvêaVieira contam-se nos dedos hoje no Rio.Daí a oportunidade para muitos sabe-rem e outros tantos recordarem comoé possível, embora cada vez mais raro,combinar, vivendo em plena cidade, con-forto, espaço, bom gosto e natureza —noções, no fim das contas, praticamenteindissociáveis.

A noite foi toda organizada tendo co-mo ponto de referência o extenso gra-mado cercado de grandes árvores querodeia a piscina e sobre o qual se de-bruça o varandão existente na casa. Nogramado estavam armados os dois buf-fets, bem como dispostas as várias me-sas iluminadas com velas.

Num dos cantos do jardim, no pro-longamento da casa, foi montada umapista de dança, animada e povoada porinúmeros jovens casais depois do jantar.

Nem o Dr Mabuse eseus famosos mil olhosseriam suficientes pararegistrar, sem cometeromissões, a extensa re-lagão de presentes. Don-de. a impossibilidade deenumerá-los.

De qualquer forma, êimportante assinalar, re-cebidos na porta pelo ca-sal de noivos e seus pais,João Pedro e Guilherme,

dor e Sra Faria Lima.Como estava presen-

te também o Coman-dante Celso Franco, pa-res de olhos curiosos co-meçaram a acompanharseu e7icontro com o Go-vernador, que afinal setraduziu num cordial

A recepção dos Gou-vêa Vieira foi também anoite de uma importan-te prevlew: o lançamen-to, pela primeira vez empúblico e justamente pa-ra paladares que enten-dem e conhecem, doMoet et Chandon brasi-leiro, o M. Chandon, pro-duzido apenas em versãoextra brut.

Como não podia dei-xar de ser, presidindo olança mento estavam

aperto de mão e troca desorrisos.

Uma das inúmerasmesinhas reunia o casalGilberto Marinho, o Mi-nistro Evanãro Lins eSilva e o Marechal Nei-son de Mello. Formavamuma das rodas de con-versa mais vivas e inbe-ressantes.

Os amigos do profes-sor Eugênio Gudin (comD Violeta) antecipavamos cumprimentos pelapassagem de seu aniver-sário, ocorrido ontem.

Uma das mulheresmais bonitas da noiteera Alice Jenlis, semprecom Patrick excêntrica-

• • •

Evinha e Baby Monteirode Carvalho e Astridi-nha e Pedro AlbertoGuimarães, presentes àrecepção e festejadospela qualidade do pro-duto.

Basta dizer que mui-ta gente só foi perceberque não bebia o champâautenticamente francêsao ser informada de queaquele era o nacional.

Em que pese o exa-gero da confusão, gera-

mente trajado de ternobranco e gravata borbo-leta.

Lúcia e Antônio Sou-za formavam com José-fina Jordan e Baby Bo-cayuva um grupo deconversa amena e diver-tida, assim como MariaAlice e Joãozlnho Pro-ença e Nena Médicis.

Igualmente bonita,reaparecendo pela pri-vieira vez depois de che-gar de Paris, ReginaMarcondes Ferrax, comPaulo Fernando.

E também o Embaixa-dor e Sra Antônio Cor-rêa do Lago, trocandoMontevidéu pelo Rio du-rante alguns dias.

da evidentemente muitomais por motivos de or-dem psicológica do quepelo sabor, o champâ foiclassificado pelos con-r.aisseurs como excepcio-nal. Se obviamente nãotem a qualidade do fran-cês, nem era esta a pre-tensão da marca que oproduz, mostrou-se bas-tante superior ao argen-tino, inclusive porqueperdeu o ligeiro travoamargo do champâ vizi-nho.

Zózimo Barrozo do Amaral

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angra dos reis

PÁGINA 4 G CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977

roseCarlosOliveira

¦ssaEssBsnEraffiBBBaBBBaEssffls^nasaaBaB

CENA DE BAR

Hoje, o primeiro incidente deum conto condenado a ser só isso

mesmo, um fragmento

/UAREZ

até que não podia se quei-xar de sua profissão. É verdadeque tinha entrado nela pela por-ta dos fundos, tangido pela ne-

cessidade e recebido por caridade. Unicaminhão carregado de devotos a cami-nho de Juazeiro perdeu uma roda, capo-tou, rolou no ãespenhaãeiro e lá se foramprós infernos a sua santa mãe, já viúva,e mais quatro irmãos, ficando Juarezórfão de tudo aos 15 anos, salvo por mi-lac/re ou castigo, apanhado vivinho dasilva no meio dos cadáveres destroçados,sem nem ao menos uma clavícula que-brada. Ficou três meses no hospital,curando machucaãuras, e quando lhe de-ram alta era o garoto que toda gente co-nhecia, com nome e retrato no jornal eaté rimado num cordel de feira:

De todos aqueles mortosEsmigalhados e tortosSó o menino JuarezDa morte não foi freguês.

Ê verdade também que levou umasenhora paulada pouco depois de che-gar ao Rio, quando fechou o Bar e Res-taurante Recreio. A casa entrara emdecadência algum tempo antes, por cau-sa do suicídio de um freguês. Era umsenhor de cabelos brancos, sempre deterno e gravata, abotoaduras de ouronos alvos punhos da camisa, de nome Dr.Almeida. Em sua mesa cativa lá nos fun-dos, de costas para o balcão justo debai-xo da caixa registradora, donde des-cortinava o salão por inteiro, chegavasempre às oito da noite, jantava, lança-va o guardanapo na mesa, estalava osdedos, e enquanto Juarez recolhia ospratos: "Agora, vamos iniciar os trdba-lhos", dizia ele piscando safaãinho osolhos enviesados. Isto queria dizer quedali por diante beberia exclusivamenteuísque nacional. Bebia devagar, solitá-TÍO QbSQTVClIldQ CÍ^CliXQIlCldüTJlCílis Cflt&TJtentrava e quem saía, sorrindo às vezesque alguma piada dita em voz alta alcan-cava seus ouvidos, o Dr. Almeida de be-xiga de esponja, pois bebia cinco horassem parar e só contadas no relógio e sólevantava pra ir ao ba7iheiro duas vezes,e finalmente estalava os dedos exigindoo "penúltimo" no bar já vazio, donde seretirava por baixo da porta semicerrada,depois de atravessar o corredor de ca-deiras emborcadas nas mesas. Pagava oque vinha na nota e deixava 12 por cento,nem mais nem menos. Nos sábados nãoaparecia. Aos domingos, entre duas etrês da tarde, almoçava com vinho, re-batia com um cálice de Ucor e ia embo-ra. Figura misteriosa, o Dr. Almeida!Só mesmo um doido podia ser tão cer-Unho assim. E parecia mesmo doido na-quela tarde de domingo, os cabelos des-penteados, o paletó amassado, a espi-nhenta barba de dois ou três dias dedesleixo, tropeçando nas mesas, o salãoruidoso de crianças postas a comer narua pela folga das babás e cozinheiras,e parando estupefato diante de sua mesacativa ocupada por três casais que che-garam em roupas de praia e cobriam osombros com guardanapos, pois no Re-creio era proibido freguês de peito nu, eo Dr. Almeida com o dedo em riste, pa-recendo ter praticado por muitos anos aarte de acusar e condenar pessoas (nodia seguinte, de fato, os jornais informa-riam sua profissão: promotor públicoaposentado), gritando com vos metálicaque ribombava nas paredes e tornavaao ponto de partida, passando por cirnada algazarra geral: "Filhos de mãe! Gen-talha vil!" — e girando o corpo, dandoas costas aos intrusos que acabava deinsultar, jogando-se pesado na únicamesa vaga, uma mesinha de canto paraduas pessoas. Estava num porre federal!Gritou sem olhar pra trás: "Juarez!"Juarez se aproximou rápido: — "Me tra-ga um uísque duplo! Copo grande, du-pio, sem gelo! E é pra ontem, está ou-vindo? Amanhã não tem nada a ver co-migo e com o resto do mundo... Façoquestão que seja pra ontem!"

Juarez no caminho foi fazendo ges-tos, pedindo calma à clientela, o homemestava bêbado m a s era conhecido dacasa. Voltou com a dose dupla, botou namesa. O Dr. Almeida pegou o copo coma mão toda e com a outra apontou-lheo indicador e declarou colérico: "Este éo último, senhor!" Esvaziou o copo numgole só, longo e ávido, lançou o copo pelosares (quebrou-se em mil pedaços duasmesas adiante, ao bater na cabeça deuma menina de trança com aparelho nodente), puxou uma pistola do bolso e en-liou uma bala na cabeça. Pânico no sa-lâo. O sangue esguichou na cara de umbebê que, na mesa ao lado, mamava nopeito da mae.

Mulher CURSOS

A CRISE DO INVERNONAS "BOÜTIQUES" CARIOCAS

« W\\\ xwi <

(E A EUFORIA DASVENDAS DE ALGODÕES,

MAIOS E SANDÁLIAS)lesa Rodrigues

"^¦^¦?"0 ano passado, aj^^l grande novidade1 ^B para a moda de"*• ™ inverno foi o apa-

irecimento do tricô de lã,em suéteres que, de tão lon-gas e grandes, podiam até

ser usadas como mini-saias.O lançamento, como sem-pre, foi em Nova Iorque,passou rapidamente por Pa-ris e, em junho, já estavacm experiência nas bou-tiques do Rio. Nunca vimostantos blusões, écharpes,

meias bordadas e casacõescom pontos de trancas nasvitrines de Ipanema eCopacabana. Os preços va-riavam: a lã é um materialcaro, a maioria do modelosera quase .artesanal e eradifícil encontrar qualqueragasalho da moda pormenos de Cr$ 1 mil.

Mas junho passou, che-gamos a julho, agosto enada de frio. Nem nas liqui-dações de agosto aparece-ram compradores para aslãs.

Para este ano, em que asrevistas estrangeiras insis-tem em mostrar belas fotosde casacões, gorros e suéte-res listradas, não houvequem se atrevesse a estocarlãs, pelo menos no Rio. Departe das confecções cario-cas, durante os desfiles daFeira Janeiro F ashionShow, apenas os acessórioslembravam que havia apossiblidade de termos tem-peraturas abaixo de 20

graus durante o inverno.Botas de vinil, écharpes en-roladas no rosto e capas decobertor fingiam esquentaras túnicas de algodão gros-so, rústico, as malhas defios acrílicos, as popelinese crepons que fizeram a

moda de confecção. Sábiamoda: as vendas foram ai-tas e muitos coníeccionistasreservaram .apenas umapequena parte da coleçãopara lãs e peles, que eramvendidas na pronta-entrega, caso fizesse frio. Apronta-entrega é um sis-tema de vendas que não li-da com encomendas: o lo-j is ta compra como se es-tivesse numa boutiqut - en-tra na confecção, encontratudo pronto, escolhe aspeças preferidas nos tama-nhos e cores que quiser, eleva na hora.

ENTÃO, NÃO HÁVENDAS NO INVERNO?

Quem passou pela portaou se dispôs a entrar em ai-guma das grandes bou-tiques cariocas na semanapassada, depois do dia 5 dejulho, ou desistiu de com-prar ou esperou algum tem-po até ser atendido.

Na Laís, comprava-se atépor telefone. Uma clientequeria saber se já haviachegado uma determinadatúnica de seda pura e seera possível entregá-la emcasa. A loja, que não é dotipo popular ou jovem, masuma das mais requintadado Rio, não costuma re-ceber enchentes de pessoasentrando ao mesmo tempo;os preços não são acessíveisà consumidora comum.Mas, na tarde de quarta-feira, dia 6, pelo menos trêsclientes disputavam roupas.Nada de lã — apenas astais túnicas de seda, saiasestampadas, bolsas e sapa-tos metalizados.

Em frente à Laís, naMônaco, quem sabe haveria

chance de uma compramais tranqüila?

Um momento, que jávou atender a senhora.

Não havia vendedoras li-vres, e o momento deu tem-po de sair da loja, comprarum sorvete e acabar comele, sentada no sofá da loja.E por fim, uma pequenadecepção, quando se con-seguiu uma vendedora:

Ah, foi a senhoraquem ligou perguntando seainda tínhamos espadrillesde lona, há dois dias?

Pois é, naquele dia tinha.Infelizmente já acabaram.

Também na Mônaco,nada de lã. Espadrill? é umsapatinho de verão, feito delona, com cordas trançadasnas pernas. E já acabou.Quem sabe em Ipanemaainda existe um par, do ve-rão passado?

Continuando no mesmonível alto de loja, tenta-sea Twiggy. Belas túnicas dealgodão, em todas as tonali-dades de lilás e rosa, estãopenduradas nos cabides;bijuteria em marfim e coral(típicas de verão) enfeitamprateleiras internas. As es-padrillcs são rapidamentesubstituídas na bolsa daconipradora por um par depulseiras douradas. En-quanto é feito o cheque depagamento, uma ipanemen-se típica fala ao telefone,junto da caixa,

Mamãe, a senhora medá de presente uma bolsa?E' linda, e custa Cr.? 1 mile 80.

O frenesi de comprascontinua em Ipanema. Nagaleria Cidade de Ipanema,compra-se de tudo. Traves-sas de cabelo com purpuri-na, écharpes de rede de lu-rex, sandálias Anabela, blu-

soes de estamparia taitiana.Se existe alguma mercado-ria de inverno, está repre-sentada por alguns blazersde veludo, em liquidação naPomme et Cannelle.

Precisamos do espaçopara colocar roupas de ve-rão. Vamos acabar com es-tes veludos e flanelas a pre-

O PRATO DO DIA

ISQUEIROS COMMARCA DE SAPATOS

A etiqueta Charles Jourdan ampliaseus domínios, passando da fabricaçãodos sapatos para os óculos, relógiose agora, para os isqueiros. O desenhoé simples, alongado, um paralelepipedoligeiramente arredondado nos cantos,com placas de pedras verdadeiras(olho-de-tigre, marfim ou madrepérola);laqueadas (preto ou coral) ou deaço escovado (cinza, azulado, ouro)Na parte técnica, um circuitotransistorizado integrado com osistema de acendimento sparklincjJlash, é o mais avançado em matériade Isqueiros, com possibilidades derecarga rápida e fácil. A gravaçãodas iniciais do proprietário é feitasobre a placa de acendimento. Ospreços, conforme o material deapresentação vão de 550 a 1000francos (de Cr$ 1650 a Cr$ 3 mil)

Ruth Maria

tÊÊÊ^rryrÍÊÍímSmm^fu\ ^r^SSSSSm^F1LET MIGNON

E CALDOUm filet mignon de 1,5 kg;

uma garrafa de champanha seco,sal, dois copos de caldo de laran-ja, dois tomates, duas cebolas ra-lados, 125 g de margarina.

— Limpe o filet e salgue-o.Ponha uma panela no fogo com amargarina, as cebolas raladas eos tomates, deixe dourar e acres-cente a carne, dourando-a de am-

COM CHAMPANHADE LARANJA

bos os lados. Adicione o suco delaranja e ferva 10 minutos. De-iwis junte o champanha, tampe apanela e diminua o fogo ao má-ximo. Quando o mignon estivermacio e o molho bem saboroso,retire do fogo e sirva acompanha-do de uma salada de alface,agrião, temperada com azeite,creme de leite e mostarda.

ços de custo — explica umadas proprietárias.

Quem sabe existe alguminverno nas sapatarias?

Não há botas sobrando àscentenas na Mariazinha?

Botas? Já acabaram osmelhores modelos há maisde dois meses. Não r"tariainteressada em ver os novostamancos altos?

E sapatinhos fechadospara crianças? Um bom en-dereço é a Muni's. Mas omodelo Ortopé de cadarçosó tem em branco, e nãochegará mais nenhuma re-messa do preto, porque asencomendas foram todasentregues e vendidas.

Depois desta maratona,em que saímos com sacolas'cheias de maios, sandálias,tamancos, pulseiras de ve-'rão e blusas de algodão,'1 e m b r amo-nos da expli-'cação "" -,.a por Laís da bou-^tique de mesmo nome:

O problema das lojasdo Rio, no mês de julho, não

¦foi o inverno ausente. Foi'o depósito das cadernetas'de poupança. Até o dia 5 dejulho, ninguém gastounada, c conomizando paradepositar nas cadernetas eretirar com juros. Agora re-começam as vendas, au-mentadas pelos turistas dosEstados, em férias no Rio.

Mas, para quem estiverinteressado em comprar lãs,uma informação útil: a Ce-leste Modas, em Copacaba-

na, vende com descontos de20% o estoque de mante-aux, suéteres, chemisiers ecasacos de lã. Talvez até láas compras estejam maistranqüilas, sem disputaspor cachecóis e luvas de feri-cô. E, afinal, são compraspráticas para quem preten-de viajar para a Argentinaou para quem freqüentaserras de Friburgo, Tere-sópolis. Aqui no Rio, segun-do os comerciantes demoda, é hora de renovar oguarda-roupa de praia,comprando biquínis, shortse maios. Lã, nem nas lojas,nem nas ruas.

SERVIÇOSE COMPRAS

Doces na serra — Quem co-nhece as delicias do cafécolonial servido no Sul dopaís pode matar as sauda-des das geléias, dos bolos equeijos que acompanhameste tipo de refeição; quemnão sabe como é, aproveitepara provar um lanche des-tes na Bolo Fofo, lojinha dedoces recém-inaugurada emTeresópolis. (Travessa Por-tugal, 47)

Ginástica olímpica — Parameninos e meninas a partirdos 4 anos, em horários si-mull-aneos de jazz e aulasna Academia Adnet. Assima família inteira tem opor-Umidade de fazer exercidosao mesmo tempo. As men-saudades são a partir deCr$ 300, com aulas duas ve-zes por semana. (Av. Alaul-fo de Paiva, 527/6.9 andar).Sapatos — Inaugurou-se es-ta semana mais uma Le-fan em Ipanema. E' a pri-meira loja da galeria TopCenter, perto da R. Aníbalde Mendonça: (R. Viscondede Pirajá, 550 loja D.

Viagens à China — No dia27 de setembro, partirá maisum grupo de turistas paraa China, em excursão orga-nizada pela Prodei-ur. O ro-teiro inclui passagens peloJapão, Hong-Kong, NovaIorque e algumas Capitaiseuropéias. (Informações naAv. Rio Branco, 156/31? an-dar. Tel: 232-6751).

Relógios Antigos — Funcio-nando, modelos para pare-de, de vários estilos. As vi-sitas para compras sãomarcadas pelo telefone 267-2902.

Armários revestidos — Comfeltro ou flanela, conservammelhor a roupa. Este servi-ço de forraçâo pode ser en-comendado à Silvia Lopes(tel.: 257-9044).

Desenho Animado — E.s-tão abertas as inscriçõespara o curso orientado porStil, a partir de agosto,com duração de 5 meses. 6programa inclui aulas prá-ticas e teóricas, aprendiza-do de roteiro, montagem,direção e fotografia. NoAtelier Hélio Rodrigues (R.General Dionisio, 63. Tel-286-4699).

Teatro — Um curso prá-tico a partir do dia 18 de ju-lho. com aulas às segundase quartas-feiras, sob a co-ordenação de Gctúlio Coc-lho Araújo. Na Silnnac —Promoções e Produções Ci-ncunalográficas Ltda. (Av.Marechal Floriano, 125/so-brado. Tel: 223-0859).

Internato — O Colégio St.Germain já abriu matrí-cuias para os regimes de in-ternato e seml-internato,para alunos do segundo se-mestre de 1977. As aulascomeçarão no dia Io deagosto, e são aceitas crian-ças desde um ano e meio deidade. Para os maiores, o

coléifio oferece além docurso normal, aulas In-glês, música e piano. (R.Major Rubens Vaz, 537. Tel:274-3846).

Método Monte.s.sorl — Pa-ia estudantes, pais * pro-fessores, a equipe do Cen>tro Educacional João XXIIIpromoverá um curso sobrea educação montessorianaem crianças de 2 aos 6 anos.As aulas serão de 9 de agos-to a 30 de novembro, commensalidades de CrS 400 etaxa de inscrição de Cr$ 100.(R. Abolia, 271/Ilha do Go-Vcrnador. Tel: 396-0326).

Inglês e francês —. A par-tlr do dia 18 de julho osinteressados nos cursos dosegundo período úc 1977podem fazer suas inscriçõesno Museu da Imagem e doSom. Os preços são ótimos:matricula por CrS 50 e men-saudades de Cr$ 150. Asaulas começam no dia 8 deagosto, no horário das 14 hs,às segundas e sextas-feiras.(Praça Rui Barbosa, 1/Cen-tro).

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CADERNO B D JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977 D PÁGINA 5

UM MICHELANGELO REDESCOBERTO

A cabeça de Cristo encontrada naBasílica de Santa Maria seria a primeira versão da

Pietá Rondanini, de Michelangelo. .

DE REPENTE, A RECESSÃO ECONÔMICA PROVOCA UM FATO INÉDITO

TENSÃO RACIAL¦ NA SUÉCIA

Estocolmo — Os primeiros ca-sos de violência racial registradosna Suécia aumentaram a tensãoque já vinha se observando com acrise na economia do país. Choquesrecentes entre rapazes suecos — co-nhecidos como raggare — e jovensimigrantes assírios na cidadezinhade Sodertalje, a 10 quilômetros daCapital, resultaram em 14 pessoasferidas a golpes de correntes de bi-cicleta, macacos de automóvel e bar-ras de ferro.

Os assírios são cristãos que sedizem descendentes dos antigos as-sírios da Mesopotamia. Durante sé-culos viveram nas regiões fronteiri-ças entre a Turquia, a Síria e o Ira-que, sofrendo periódicas persegui-ções nas mãos da maioria muçulma-na que os cercava. Há alguns anoscomeçaram a se infiltrar na Suécia,estimulados pela política aberta da-quele país, que sempre garantiu osdireitos das minorias.

Os raggare têm entre 17 e 25anos e dedicam-se a voar dia e noi-te pelas ruas das grandes cidades

em seus carros americanos, bebendocerveja e procurando mulheres e di-versões. Freqüentemente batem-secontra a polícia. Sua adoração peloautomóvel é equivalente à dos HelFsAngels pelas motocicletas, em ou-tros países.

No conflito contra os assírios deSodertalje, os raggare disseram re-presentár a aversão profunda e ge-neralizada a eles entre respeitáveissuecos da classe média. O pretextopara a briga foi, desta vez, a acusa-ção de que um imigrante teria cuspi-do no carro de um raggare. A partirdaí, mais de 200 suecos fortementearmados saíram à cata dos assíriosda cidade, gritando "Vamos racharesses escuros."

Depois da decisão inicial de ad-mitir 200 assírios no país, em 1967,o Governo permitiu que esse nume-ro crescesse, tendo atingido agora acota de 6 mil — metade deles con-centrados atualmente em Sodertal-je, cuja população total é de 77 mil.Os funcionários da emigração disse-ram que os primeiros assírios a con-

seguir empregos nas fábricas escre-veram entusiasmados para os seusparentes e amigos, convidando-os ase juntarem a eles na Suécia. Masmuitos foram despedidos por causada recessão econômica, que parecepiorar a cada ano.

Olof Palme, Primeiro-Ministroaté o outono passado, quando os So-cial-Democratas foram apeados doPoder depois de 44 anos de Gover-no, reagiu à violência recomendan-do que os imigrantes fossem disper-sados. "Para o próprio bem dos as-sírios, seria melhor que eles se es-palhassem pelo país e não se con-centrassem tanto em apenas um lu-gar como Sodertalje."

Os jovens suecos hostilizamabertamente os assírios. Um ragga-re disse: "Eles pensam que mandamna cidade. E, se continuar assim, vãoacabar tomando conta do país. Essesescuros estão por toda parte. Pro-curam as moças suecas. Não traba-lham. Vivem às custas do Estado eriem de nós, que trabalhamos parapagar os impostos que os sustentam,para que possam dormir até 2 horasda tarde. Muitos suecos pensam co-mo nós, mas têm medo de dizer ai-guma coisa, por causa da re-percussão negativa. Mas nós não te-mos medo. Dissemos o que pensa-mos."

Alguns suecos de meia-idadeadmitem a existência de um lentoe silencioso crescimento de hostili-dade aos imigrantes. Percebendoisto, o Governo tem aumentado nosúltimos dois anos as restrições à imi-gração. Há pouco, a Suécia foi o uni-co país escandinavo a recusar-se areceber um pequeno grupo de ativis-tas políticos bascos que iôra expulsoda Espanha.

Juntamente com a tensão ra-ciai, a Suécia está-se debatendo comuma série crise econômica, provoca-da pela recessão mundial e pelacompetição estrangeira. Depois dedécadas de prosperidade, a crise apa-nhou-os desprevenidos, e os própriosfuncionários governamentais pre-vêem um aumento no desempregoem 1978. Já o criminologistá KnutSveri, da Universidade de Estocol-mo, afirma que é preciso tomar sé-rias medidas para conter a violênciados raggare, e recomenda que seapliquem as medidas tomadas pelaInglaterra, onde a repressão ajudoua diminuir as tensões raciais. Os as-sírios são minoria até entre os imi-grantes na Suécia A maioria abso-luta é de finlandeses. Outros grupossão 40 mil iugoslavos, 18 mil gregose 7 mil poloneses. Todos se benefi-ciam dos mesmos privilégios assis-tendais que os cidadãos suecos.

ARTUR MOREIRA LIMA

A SALA, ANTESDO SEIS E MEIA

Desde que venceu, em 1965, umconcurso internacional de piano naUnião Soviética, Artur Moreira Li-ma não teve mais sossego. São con-certos e mais concertos: Europa,Ásia, América. Ele está de novo. noBrasil e hoje, na Sala Cecília Mei-reles, tocará a Sonata em Fá Menor,de Brahms e Os Quatro Scherzos,de Chopin:

A sonata, já a toquei aqui háalguns anos. Os scherzos vou apre-sentá-los pela primeira vez, no Bra-sil, em sua forma integral. Gosto demostrar as coisas em bloco, emborasinta que às vezes o público prefereapreciar apenas um bouquet.

Além de suas apresentações naSala, Artur dará um recital de Villa-Lobos, no fim deste mês, no MuseuImperial de Petrópolis, e fará tam-bém, durante uma semana, a sériepopular Seis e Meia, no Teatro JoãoCaetano:

Não será minha primeira ex-pertencia com o público habitualdesse programa, pois fui um dosinauguradores, ao lado dos conjun-tos Época de Ouro e A Fina Flor doSamba, no Clube do Choro. No ano

passado, fiz uma apresentação como trombonista Raul de Barros, noTeatro Casa Grande.

No Seis e Meia, Artur MoreiraLima tocará Ernesto Nazareth, commúsicas de quem gravou, em Lon-ares, para a etiqueta Marcus Perei-ra, dois áiscos que venderam, noBrasil, cerca de 50 mil cópias. Elegravará novo disco com peças dofamoso pianista brasileiro não in-cluídas nos dois álbuns anteriores.Sua admiração por Nazareth é an-tiga e sempre renovada:

Entre as peças que vou gra-var agora há uma na qual ele utili-za o trinado de forma magnífica.Outra é uma espécie de gozação aomovimento futurista, com dissonan-cias totalmente impróprias para aépoca. Essas coisas me fascinam.

Artur diz que há um ano vemmais gravando do que se apresen-tando em público:

Para a Colúmbia, gravei doisdiscos no Japão, um com músicasde Villa-Lobos e outro com peças deChopin. Fiz também um disco coma versão inteç-nl das valsas de Cho-pin e em breve deverei gravar, tam-bém na foiina integral, as Rapsó-

'^Svfôtf^L^I HS&lSv^Lw^v''—-' ¦¦ .^Sfrflo^". 'Á\^''ffijCTMfi&.^^'. "4

Moreira Lima: os grandes mestres em bloco, não em bouquet

dias Húngaras, além do álbum jámencionado com as valsas e os tan-guinhos de Nazareth.

Ele tem feito gravações espe-ciais da obra de Nazareth para o rá-dio e a televisão estrangeiros, comuma receptividade que consideraboa, "na medida do possível". Expli-ca a ressalva:

— Um país exportador de mú-sica, erudita ou popular, é em geraluma potência econômica. E' fácilconstatar que todos os países quetêm folclore conhecido são ou foramimportantes. A exportação de cul-tura está intimamente ligada ao po-

ãerio econômico. Mas quem ouveNazareth acaba gostando: são mui-tas as pessoas interessadas em músi-ca que me pedem para tocar suaspeças.

Moreira Lima começou a tocarErnesto Nazareth apenas para fazerum registro, sem esperar o sucessoque obteve:

— Isso não quer dizer que eutenha abandonado minha linha depianista clássico. E' apenas maisum campo que estou explorando.Um serve ao outro, através do rit-mo, da técnica. Em suma, com issoadquire-se mais conhecimento.

A maiordescoberta

arqueoló°&:icatdo séculocausa umapolêmicana

Roma — "Um pedaço de mármoresem valor" transformou-se mim compli-cado processo judicial e está causandouma polêmica que envolve alguns dosmaiores historiadores de arte da Itália.

Nos anos 50, os trabalhos de restau-ração da Basílica de Santa Maria InTrastevere, na resrião de São Calixto, emRoma, foram confiados ao empreiteiroAmélio Schiavo. Durante as escavações,recuoeraram-se diversos objetos e franr-mentos arqueológicos, mas um deles in+e-ressou tanto ao empreiteiro, que este olevou para decorar sua casa na praia.

Em 1972 alguém da família Schiavoacreditou que o "pedaço de mármore"poderia ter grande valor. Para certificar-se, pediu a avaliação de um perito, quenão hesitou em atribuir a obra nada me-nos que a Michelangelo. Seguindo umcostume muito italiano, Amélio Schiavoe seu filho Bruno embalaram a peca e adepositaram na filial da Fintcr Bank deChiasso, Suíça.

Foram necessários três processos(concluídos com a condenação dos doisSchiavo) para que os suíços se convences-sem de que aquela poderia ser a mais sen-sacional descoberta arqueológica do sé-culo. E só em junho de 1976 entregaram-na ao Estado italiano.

A peça de mármore (que reproduzuma cabeça de Cristo) seria a primeiraversão da Pietá Rondanini de Michelan-gelo, confirmando o que os especialistasitalianos e estrangeiros sempre afirma-ram, sem nunca poder prová-lo: que ogrande maestro, insatisfeito com a pri-meira versão, teria feito uma segunda,que se tornaria célebre em todo mundo.

A autenticação oficial da obra foifeita pelos professores Giulio Cario Ar-gan (Prefeito de Roma) e Cesare Brandi,contra os quais reagiu polemicamente afamília Schiavo pondo em dúvida a suacredibilidade como estudiosos e dizendo-se vítimas de uma conjuntura maquina-da pela "cultura oficial" para tirar-lhes o"pedaço de mármore sem valor". Emapoio de sua tese juntaram as afirma-ções de outro perito, um desconhecidoarquiteto de Salcrno, que chegou a pu-blicar suas conclusões num livro ilustra-do por numerosas fotografias e desenhosfeitos por ele próprio.

Segundo Argan e Brandi, no entan-to, "o fragmento deve ser considerado,sem dúvida, obra autêntica e autografa-tia por Michelangelo: a) pela qualidadeartística; b) pelas características técni-cas; c) pela relação com obras segurasdo artista". E consideraram inútil que serefizesse o exame mineralógico do már-more, solicitado pelo empreiteiro julgan-do suficientes os primeiros resultados for-necidos pelo Instituto Central de Restau-ração, de Roma.

Da polêmica participou também umoutro historiador de arte, Maurizio Cal-vesi, que, num artigo publicado num dosmais importantes jornais italianos, afir-mou: "Tenho a mesma opinião de Argane Brandi. Acho que a autenticidade dapeça é óbvia para qualquer estudioso dearte. A mesma opinião é partilhada poroutro perito, o arquiteto A. Schiavo, ho-mônimo do proprietário e exportador dapeça: "Hoje em dia, qualquer um podepublicar textos de arte. Devo dizer, po-rém, que nunca ouvi falar naquele meucolega. Certas autenticidatles, como a dofragmento em questão, são límpidas etransparentes, para quem saiba vê-las,naturalmente..."

O que significa, na grande produçãode Michelangelo, a Pietá Rondanini?

Como quase todos os grandes artistasMichelangelo sofreu, no último períodode sua vida uma profunda crise mística.A expressão desta nova consciência reli-giosa e sua conseqüente nova linguagemartística se concretizam na Pietá Ronda-nini. Desaparecem nesta obra a formagrandiosa e qualquer realce da belezacorpórea, que eram próprios do Miche-langelo escultor, para dar lugar a umsentimento puro que, aos 90 anos, quan-do criou esta impressionante obra, in-corporou-se ao estilo do artista.

PÁGINA 6 D CADERNO B O JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977

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ESTRÉIASA MÃO SINISTRA DA IEI (The Left Hand of lhe law), deGiuseppe Rosati. Com Lconard Mann, Enrico Mari-a Salerno,James Mason, Slephen Boyd e Jancl Agren. Vitória (RuaSenador Dantas, 45 — 242-9020): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h.Capri (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 226-7107): a partirdas 18h. (18 anos). O seqüestro de um milionário levainvestigadores da polícia de Milão a cidadãos acima de

qualquer suspeita. Policial italiano.

A FORÇA VIGILANTE (Vigilante Force), do George Armi-tage. Com Kris Krislofferson, Jan-Michael Vicem, VicloriaPrincipal, Bernadette Peters e Brad Dexlçr. Plaia (Rua doPasseio, 78 — 222-1709): de 2a a sábado, ás lOh, llh45m,13h30m, lShlSm, 17h, 18h45m, 20h30m, 22hl5m. Domin-

go a partir das 13h30m. Coral (Praia de Botafogo, 320 —

246-7218): 17h, 18h45m, 20h30m, 22hl5m. (18 anos). Numacidade da Califórnia o boom econômico originário da des-coberta de petróleo traz ern contrapartida aumento dacriminalidade. Os cidadãos conlratam para limpar a comu-nidade um ex-combatente do Vietnã, guarda de segurança«m Los Angeles, que eles expulsaram quando mais Jovem• rebelde. Produção americana.

O EXPRESSO DE CHICAGO (Silver Sfreak), de Arthur Hiller.Com Gene Wilder, Jill Clayburgh, Richard Pryor e PatrickMcGoohan. Veneza (Av. Pasteur, 184 — 226-5843), Como-doro (Rua Haddock Lobo, 145 - 264-2025): 15h, 17hl5m,19h30m, 21h45m. (16 anos). Aventura de suspense e hu-mor. Um escritor do Oeste toma o expresso para Chicago

pretendendo descansar a ler durante três dias. Um homem

é assassinado no trem e ninguém acredita. Atribulado, oescritor encontra um pouco de tudo, menos repouso. Pro-dução americana,¦^t-fa Diversão fácil, embora excessivamente esticada(quase duas horas de projeção) para a relativa despreten-são do roteiro. O diretor não demonstra pulso firme para othriller, mas coordena profissionalmente as várias linhas dogênero (comédia, cinema-desastre, sátira, um* pouco de ro-mance sentimental e erotismo) superpostas na. trama. (E.A.).WON TON TON, O CACHORRO QUE SALVOU HOLLY-WOOD (Won Ton Ton, lho Dog Who Saved Hollywood),de Michael Winnor. Com Dennis Morgan, Madeline Kahn,Bruce Dern, Phil Silvers, Teri Garr, Art Carney e Ron Leib-man. Art-Copacabana (Av. Copacabana, 759 — 235-4895),Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 238-6898), Ar».Móier (Rua Silva Rabelo, 20 — 249-4 54 4), Art-Madurcira (Shopping Center de Madureira), Pax (Rua Vis-conde de Pirajá, 351 — 287-1935): 14h, 16h, 18h, 20h,22h. Aos sábados, sessões à meia-noite, no Art-Copacabanae Pax. (Livre). Um cão pastor alemão foge de um canil emHollywood (1924), faz amizade com uma jovem à procurade chance no cinema e torna-se uma grande figura da in-dústria cinematográfica. Comédia americana inspirada prin-cipalmente no antigo astro canino Rin Tin Tin. Até amanhã.-Jt De como um cachorro se apaixona por uma garota,vira astro de cinema e recebe o prêmio de melhor atordo ano. Depois, ele fracassa • a mocinha alcança o estrelatoe a riqueza. Uma tentativa de comédia (meio) pastelão com-pletamenle frustrada. (M.R.F.).

A MãoSinistraLei, deGiuseppeRosan:seqüestroviolêncianas ruasMilão

da

de

CONTINUAÇÕES

COSTINHA E O KING MONG (Brasileiro), de Alcino Di-niz. Com Costinha, Ferrugem, Wilza Carla, Nidiad» Paula e Canarinho. Palácio (Rua do Passeio, 38 —222-0833), Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 246-7705),Copacabana (Av. Copacabana, 801 — 255-0053), Carioca(Rua Conde de Bonfim, 338 — 288-8178): 14h, 16h, 18h,20h, 22h. São Luii (Rua Machado de Assis, 74 — 225-7679):cíe 2a. a 6a., a partir das 16h. Sábado e domingo, a partir das14h. Imperator (Rua Dias da Cruz, 170— 249-7982). Rosário(Rua Leopoldina Rego, 52 — 230-1889): Madureira-1 (R. Dag-mar da Fonseca, 54 — 390-2338). Vitória (Bangu): 13h30m,15h30m, !7h30m, 19h30m 21h30m. (Livre). Chanchada comelementos de paródia às histórias de Tarzã e de King Kong.Costinha é capturado pelos homens-leopardos, que preten-dem sacriíicá-io ao supergoriia King Mong, apaixonado por»ua prisioneira Jane. Malfeitores aprisionam Costinha, o me-nino Ferrugem, Jane e King Mong a fim de explorá-loscomo atração em um show no Rio.-K Num cinema que tantas vezes tem recorrido a imita-ção da uma grande produção americana, para tentar furaro bloqueio de um mercado feito só para o produto estran-geiro, nada mais natural que uma subdesenvolvida paro-dia a King Kong. Tão desinteressante quanto as imitaçõesfeitas anteriormente, esta nova paródia parece, no entanto,ter chegado ao ideal da cópia: entrar em cartaz ao ladodo original imitado. (J.C.A.)

TESTA-DE-FERRO, POR ACASO (The Front), de Martin Ritt.Com Woody Allen, Zero Mostel, Herschell Bernardi, MichaelMurphy e Andréa Marcovicci. Cinema-1 (Av. Prado Júnior,286 - 275-4546), Cinema-3 (Rua Conde de Bonfim, 229),Sludio-Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4653):14h40m, 16h30m, lBh20m, 20h!0m, 22h. (18 anos). No iniciodos anos 50, quando o maccarthismo introduz a práticadas listas negras que impediam o exercício da profissãopor diretores, roleirislas, atores e outros profissionais doshowbusiness considerados antiamericanos, um caixa debar (Woody), sem vinculações políticas, aceita ser tesla-de-ferro de roleirislas perseguidos. Drama com humor. P, o-dução americana."^"^¦K^r Um destes raros filmes onde o letreiro final tr<izuma informação dramática que dá nova dimensão ao queo espectador viu antes. Após os nomes do diretor, doroteirista e de alguns atores (ali, onde habitualmente apa-recém as iniciais das associações profissionais a que per-tencem) se encontra a indicação do período em que eles,perseguidos pelo maccarthismo, estiveram na lista negra,impedidos de trabalhar. Aí se percebe mais facilmente que,em lugar de uma ficção, estamos dianle de uma narraçãoautobiográfica. (J.C.A.)

KING KONG (King Kong), de John Guillermin. Com JeffBridges, Charles Gordin, Jessica Lang e John Randolph.Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 8 — 222-1508): 10h50m,13h30m, 16hl0m, 18h50m, 21h30m. Leblon-1 (Av. Ataulfode Paiva, 391 - 247-2668), Roxi (Av. Copacabana, 943 —238-6245), Tiiuca (Rua Conde de Bonfim, 422 - 288-4999):a partir das 13h30m\ Madurcira-2 (Rua Dagmar da Fon-seca, 54 - 390-2338): 10h20m, 13h, 15h40m, 18h20m,21 h. Olaria, Santa Alice (Rua Barão de Bom Retiro,1095 - 201-1299): 13h, 15h40m, 18h20m, 21h. Aos sá-bados, sessões à meia-noite, no Roxi. (10 anos).Nova versão do clássico do cinema fantástico realizado em

1933 por Mcrian C. Cooper e Ernest Schoedsack. Produçãoamericana (ao custo declarado de 24 milhões de dólares)que conquistou o Oscar de melhores efeitos especiais. Umgorila gigantesco sa apaixona pela jovem branca que lheé oferecida em sacrifício por uma tribo selvagem. A aven-tura se transfere a Nova Iorque, onde a fera insiste naafeição de sua bela, contra o poder bélico das autoridades.¦^C Uma grandiloqüente retomada da idéia comum a to-dos os filmes de mocinho: o herói, sempre muito forte ameio bronco (aqui um gortlão de quase 14 metros de ai-tura), é incapaz de resistir às investidas de um bichinhode aparência frágil, irracional e desprotegida, a mulher(aqui uma mulher de proporções normais, que ataca o go-rilão com afetados tapinhas no focínho). De novo o super-homem em luta com a serpente, de novo o veiho conse-lho, misógino para manter o paraíso; mulher é muito pe-rigoso. (J.C.A.)A REGRA DO JOGO (La Regia du Jau), de Jean Renoir.Com Mareei Dalio, Nora Gregor, Roland Toutain, Mila Pa-rely, Jean Renoir e Paulelte Dubost. Cinema-2 (Rua RaulPompéia 101 - 137-8900) 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (Livre)Realizado em 1939 e proibido pela Censura francesa doismeses depois, este filme, incompreendido na época, foieleito pela crítica internacional, depois da guerra, comoum dos mais importantes da história do cinema. Um dramaalegre (segundo Renoir) reunindo em um castelo de So-logne figuras da sociedade que procuram respeitar as re-gras do jogo ainda que isto os obrigue a ocultar umcrime."K^"^"^^ Não espanta que este filme de exceção sem-pre tenha desconcertado críticos e espectadores, exercendocom grande atraso influência marcante sobre o modernocinema. A história, de construção simples o vigorosa inte-ligência satírica, recebeu um tratamento formal aberto,como o cinema só começaria a aceitar mais de 20 anosdepois. A regra do jogo conformista contagia os empre-gados, que vêem na alta burguesia a suprema detentorada fórmula da felicidade. (E.A.).BARRY LYNDON (Barry lyndon), de Stanley Kubrick. ComRyan 0'Neal, Marisa Berenson, Patrick Maggee, Hardy Kru-ger e Diana Koemer. Tijuca-Palace (Rua Conde de Bonfim,214 - 228-4610), Caruso (Av. Copacabana, 1.362 —227-3544): 14M0m, 17h35m, 21h. (14 anos).•^.^C-^C-k-^C Um dos momentos mais preciosos que o ei-nema nos proporcionou nestes últimos anos. A linguagemde Kubrick alcança uma eficiência a um nivel de concei-tuação a serviço do espetáculo do notáveis profundidades.Uma obra-prima irretocável. (M.R.F.)NA IDADE DA INOCÊNCIA (l'Ár9ent da Poche), deFrançois Truffault. Com Nicole Felix, Chantal Mercier, Jean-François Slevenin, Virginie Thevenet e Tânia Torrens. Scala(Praia de Botafogo, 320 - 246-7218): 14h, lóh 18h, 20h,22h. (10 anos). Um retrato da infância, reunindo mais deuma centena de crianças — do berço ao limiar da adoles-cência — em uma cidade do interior da França. O cineastaprocura a colaboração dos pequenos intérpretes não profis-sionais, incitando-os ao improviso e colhendo suas reações.Prod. francesa."K"fc"K Provavelmente pela primeira vez em um filmede ficção produzido dentro do sistema industrial as crian-ças são vistas como co-autoras e tém sua legitimidade daexpressão respeitada. (E.A.)

REAPRESENTAÇÕES

A GRANDE ILUSÃO (La Grand lllusion), de Jean Renoir.Com Jean Gabin, Pierre Fresnay, Erich von Stroheim, DitaParlo, Dalio, Carette e Modot. Lido-2 (Praia do Flamengo,72 - 245-8904): 15h30m, 17h45m, 20h, 22hl5m. (Livre).¦*T"K"KtC Um exame do aparentemente polido códigode guerra. (J.C.A.)TEMPOS MODERNOS (Modem Times), de Charles Chaplin.Com Chaplin e Paulelte Godard. Alasca (Av. Copacabana,1.241): de 2a. a 6a. às 18h, 20h, 22h. Sábado e domingo,« partir das 14h. (Livre)."K-K*-fc Realizada em 1935, esta comédia muda (musi-cada pelo próprio Chaplin) opõe o seu iá clássico perso-nagem vagabundo ao aulomatismo da sociedade contem-poranea. (J.C.A.)UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO (Tha Party), de BlakeEdwards. Com Peter Sellers a Claudine Longer. Bruni-Copa-cabana (Rua Barata Ribeiro, 502 — 255-2908), Bruni-Tiiuca(Rua Conde de Bonfim, 379 - 268-2325): 14h, lóh, 18h,20h, 22h. (10 anos). Último dia.•K-KA-K Uma das grandes criações de Peter Sellers: umdesastrado e tímido ator de cinema indiano que, com ainocência de um personagem de Jacques Tati, estabelece ocaos na recepção oferecida por um grande produtor deHollywood. (E.A.)

POR UM DESTINO INSÓLITO (Travolti da un Insólito Dosti-no NePAzzurro Maré d'Agosto), de Lina Wertmuller. ComGiancarlo Gianini, Mariangela Melato, Ricardo Salvino, IsaDanirli, Aldo Puglisi e Eros Pagni. Ricamar (Av. Copacaba-na, 360 - 237-9932): 20h, 22h. (18 anos). Uma grã-fina eum criado, integrantes das camadas, dirigentes e dirigidade um iate, encontram-se isolados, numa ilha deserta, si-tuação que provoca inversão em suas relações de classe.Produção italiana. Até domingo¦K-K"Ar Instrutivo, divertido, contraditório, um filme-quin-tessèncía do talento paradoxal de Una Wertmuller, quepassa em revista brilhantemente os reflexos da luta declasses na guerra dos sexos mas escorrega feio ao sugeriruma universalidade arcaica da dominação machista. De qual-quer forma, uma |6ia de furor humorístico. (CM.)

PÂNICO NA MULTIDÃO (Two Minuta Warning), de LarryPeercc. Com Charlton Heston, John Cassavetes, MartinBalsam, Beau Bridges e Marilyn Hasselt. Cisna (Av Gere-mário Dantas, 1 207 — 392-2860): 14h50m, 17h, 19hl0m,21h20m. (18 anos). Até sábado.'Ar Talvez a pior de todas as recentes tentativas de con-vencer a platéia da necessidade e um forte e absoluta-mente livre sistema de segurança, com poder para matarqualquer suspeito. Pior que o filme insinua todo tempo

que o assassino é um homem comum, como nós na pia-teia, que enlouqueceu e sem mais nem menos resolveu ma-tar as pessoas que se divertiam com um futebol americano.(J.C.A.)

A ÚLTIMA LOUCURA DE MEL BROOKS (Silent Movia), deMel Brooks. Com Mel brooks, Marly Feldman, Dom DeLoui-se, Bernadetle Peters • Sid Caeser. Studio-Tijuca (Rua De-sembargador Isidro, 10 — 268-6014): 14h40m, 16h20m, 18h,19h40m, 21h20m. (Livre). Comédia. Um cineasta e seus doismaiores amigos realizam um filme inteiramente mudo, va-lendo-se de sua experiência no passado e procurando re-cuperar a fama perdida. Produção americana. Até domin-90.-^C^C^C Uma reedição do estilo narrativo das comédiasamericanas no período do cinema mudo. Os diálogos sãocolocados em letreiros, a faixa sonora é feita só de mú-sicas e efeitos sonoros sincronizados com o movimento dosatores a as anedotas se baseiam numa lógica puramentevisual. (J.C.A.).DEU A LOUCA NO MUNDO (lt'« a Mad, Mad, Mad, MadWorld), de Stanley Kramer. Com Spencer Tracy, Milton Ber-le, Sid Caeser a Buddy Hackett. Roma-Bruni (Rua ViscondePirajá, 371 - 287-9994): 13h, lóh, 19h, 22h. (Livre). Últimodia.•fa-jC Uma velha tradição do cinema mudo, a comédia emtorno de perseguições a correrias, retomadas em cores asons. (J.C.A.).

REFORMATORIO DE MULHERES PERDIDAS (Sweet 5ugar),da Michel Levesque. Com. Phyllis Elizabeth Davis, Ella Ed-wards, Timothy Brown e Pamela Collins. Programa com-plementar: Os Homens Violentos do Klan. Orly (Rua AlcindoGuanabara, 21): de 2a. a 6a„ às 10h20m, 13h55m, 17h30m, 19h05m. Sábado e domingo a partir das 13h55m. (18anos). Melodrama de violência e sexo ambientado em umaprisão rural.¦^T Melodrama vulgar com ingredientes de sexo (lesbia-nismo) e sadismo. Produção de 72 lançada com atraso com-preensível. (E.A.).VITIMAS DO PRAZER / SNUFF (Brasileiro), de CláudioCunha. Com Carlos Vereza, Rossana Ghessa, Canarinho,Nadir Fernandes, Hugo Bidet a Fernando Reski. Programacomplementar: Kung Fu a os Samurais Assassinos. Rex (RuaÁlvaro Alvim, 33 - 222-6327): 14h30m, 18h, 20h. (18 anos).Dois produtores americanos de filmes pornográficos che-gam ao Brasil para fazer um pornô em que mulheres serãoestupradas a assassinadas (de verdade) em frente às ca-maras.¦K Um filme inapelavelmente medíocre (pelo pobre nívelde fabulação apresentado) e pretensioso (pelo nível críticoapresentado) mas, ao mesmo tempo, extremamente signi-ficativo em relação ao apocalíptico impasse criador que ocinema brasileiro vem atravessando. (M.R.F.)AS INCRÍVEIS PERIPÉCIAS DO ÔNIBUS ATÔMICO (ThaBig Bus), de James Frawley. Com Joseph Bologna, StockardChanning, John Beck, René Auberjonois, Ned Beatly, RulhGordon e Sally Kellerman. Condor largo do Machado (Lar-go do Machado, 29 — 245-7374): 14h40m, 16h30m, 18h20m, 20hl0m, 22h. (Livre). Comédia satírica relacionadaprincipalmente com o ciclo cinema-catástrofe. Apesar daoposição dos interesses petrolíferos, o primeiro e gígan-tesco ônibus nuclear empreende sua viagem inaugural,transportando passageiros na linha Nova-lorque—Denver.Produção americana. Último dia.-K Desastrosa tentativa de traduzir em tom de comédiae numa produção pouco custosa as atrações habituais dosfilmes catástrofes, isto é, luxo e sofisticação. (J.C.A.)DESEJO DE MATAR (DeatlTwish), de Michael Winner. ComCharles Bronson, Vincent Gardênia, William Redfield aHope Lange Pathí (Praça Floriano, 45 — 224-6720): de 2a.a 6a., às 12h, 13h40m, 15h20m, 17h, 18h40m, 20h20m,22h. Sábado a domingo, a partir das 13h40m. Paralodos(Rua Arquias Cordeiro, 250 — 281-2628): 15h, 16h40m, 18h20m, 20h, 21h40m. (18 anos). Último dia.-K Nesta nova aventura de Charles Bronson a defesa deinstituições especiais para superar a inoperancia da políciae vencer o crime — em outras palavras, um esquadrão damorte — « feita por um civil: um novaiorquino resolve s»expor aos assaltantes para eliminá-los de modo mais sim-pies: um tiro. (J.C.A.).OS REIS DO IÊ-IÊ-IÊ (A Hard Day'i Night), de Richard Les-ter. Com The Beatles, Wilfrid Brambell, Norman Rossingtona Victor Spinetti. Complemento: Na Onda do Skate. Jóia(Av. Copacabana, 680 — 237-4114), lido-1 (Praia do Fia-mengo, 72 - 245-8904): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. (Livre)."f*"fc'Ár O estilo nervoso e irreverente de Lester casa-semuito bem com a música e a imagem dos Beatles nestefilme que se propõe como uma brincadeira muito simples,como uma espécie de documentação livremente encenadade dias corridos (mas não tão duros assim), entrecortadospor noiles amenas e musicais. (J.C.A.)GOLPE DE MESTRE (Tha Sting), de George Roy Hill. ComPaul Newman, Robert Redford, Robert Shaw, Charles Dur-nlng e Ray Walston. Rio (Rua Conde de Bonfim, 302 -254-3270), Rio-Sul (Rua Marquês de São Vicente, 52 -274-4532): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Metro-Boavista (Ruado Passeio, 62 - 222-6490): 14h30m, 17h, 19h30m, 22h.Condor-Copacabana (Rua Figueiredo Magalhães, 286 —255-2610): de domingo a 5a., às 14h30m, 17h, 19h30m,22h. 6a. e sábado, às 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. (18 anos).•K-K-fc^" O mundo fora-da-lei de Chicago, 1936, revivecomo por milagre, num filme que, no gênero, justifica otítulo. Humor, suspense, espírito lúdico. (E.A.)20.000 LÉGUAS SUBMARINAS (ÍO^ÕÒTTeãgües Under thaSea), de Richard Fleischer. Com Kirk Douglas, James Mason,Paul Lukas a Peter Lorre. Império (Praça Floriano, 19 —224-5276), Ópera-1 (Praia de Botafogo, 340 — 246-7705),América (Rua Conde de Bonfim, 334 — 248-4519),Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 - 227-7805), Astor(Rua Ministro Edgar Romero, 236): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. (Livre).

MM~k Um filme de aventuras que, mesmo sem alcançar a sofisticação e o excepcional nível de invenção dotexto de Jules Verne, possui sólidas qualidades a umasoberba interpretação de James Mason. (M.R.F.)

DRIVE-IN

A HERANÇA DOS FERRAMONTI (L'Eredití Ferramonti), deMauro Bolognini. Com Anthony Quinn, Dominique Sanda,Adriana Asti a Fábio Testi. Lagoa Drive-in (Av. Borges doMedeiros, 1.426 - 274-7999): 20h, 22h30m. (18 anos). Noséculo passado uma jovem sedutora a ambiciosa sobe auma posição dominadora na família de um padeiro quefez fortuna a incutiu nos filhos o culto do dinheiro. Pro-dução italiana. Até domingo.¦^C-K Bolognini parece disposto a fazer sempre o mesmofilme, a julgar (principalmente) pela comparação entre anarrativa deste e a do recente A Granda Burguesia. Casosde família que se resolvem em um círculo fechado com umgosto de perversão e como se a vida fosse um charmosomelodrama. A Herança dos Ferramonti se defende pelaexpressiva a meticulosa ambientação e, na érea do elenco,pela sedutora personificação de Dominique Sanda. (E.A.)TUBARÃO (Jaws), de Steven Spielberg. Com Roy Scheider,Robert Shaw e Richard Dreyfuss. Ilha Auto-Cine (Praia deSão Bento — Ilha do Governador): 20h30m, 22h30m. (14anos). Até sábado.¦A--fc-K"K O livro milionário de Peter Benchley proporcio-na a Spielberg, até certo ponto, uma chance de retomar aatmosfera semifantástica de lerror de Encurralado (Duel)e o tema do grande desafio que põe à prova o homemcomum. Sem um roteiro atento ès possibilidades mobydi-ckianai da idéia-base, o filme fica um pouco aquém daexpectativa. Mas ninguém esquecerá o prodígio de técni-ca que deu vida ao Grande Tubarão Branco. (E.A.)^C-^C Uma fera "assassina,

que mata pelo prazer de ma-tar" usada como pretexto para demonstrar que o bom sís-tema é o que dispensa os políticos (o prefeito ambicioso adesumano) e se apoia na tecnologia (o especialista em tu-barões e na segurança (o delegado). (J.C.A.)

MATINÊS

O SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO — Lagoa Drive-ln: 18h30m. (Livre). Até sexta.

ROBIN HOOD - Coral: 13h30m, 15hl0m. (Livre).TOM E JÈRRY N0_14 - Capri: de 2a. a 6a., às 15h45m,T6h50m. Sábado e domingo, às .4h40m, 15h45m, 16h50m.(Livre).

EXTRA GRANDE RIOMOSTRA INTERNACIONAL DO FUME CIENTIFICO - Re-trospecliva Visões do Futuro II: Exibição de Sol a Sombra

(Slanceto na Senkata), de Rangel Vulcanov (Bulgária). Ho-

je, às 14h. Filmes em Competição III: Exibição de Percep.

ção (Perception), (Inglaterra) Os Estaleiros de Gdansk (Stoc-linia Gdanska), (Polônia), Cristais Líquidos (Cristala Lichide),de Doru Chesu (Romênia), Conhnç» » Broc» (Know the Drill),de Tony Truíford (Inglaterra), Imagens da Vida (Images ofLife (Estadas Unidos) e Cisticerco Macular e Sua Extração, deSimes Alvares (Brasil). Hoje, às lóh, 18h, 20h. Ambos os

programas serão exibidos na Cinemateca do MAM. Entradafranca.

NITERÓI

CINEMA-1 - Dona Flor a Seus Dois Maridos, com SínlsBraga. Às 14h, lóh, 18b, 20h, 22h. (18 anos). Últimodia.

CINEMA NA PRAÇA - Exibição de A Velha a Fiar, deHumberto Mauro, Ilha de Bananal, de Gcnil Vasconcelos,Urbis, de Still e Xaréu, realizado pelo Instituto de Es-tudos Pedagógicos. Hoje, às 19h, no Conj. Habit. EstradaVelha da Pavuna (Del Castilho). Programa elaborado pelaEquipe de Difusão da Divisão de Audiovisual do Depar-tamento de Cultura do Estado.

CENTRAL - 20.000 Légua. Submarina., com Kirk Do"glas. As 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. (Livre). Até dominga.CENTER - Costinha a o King Mong, com Costinha. Aa14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (livre). Até domingo.ICARAÍ — King Kong, com Jessica Lang. Às 13h30m lóhlOm, )8h50m, 2)h30m. (10 anos). Até domingo.

ART-UFF - Os Reis do lê-lê-li, com The Beatle.. À» 14blóh, !8h, 20h, 22h. (Livre). Alé domingo.ALAMEDA - Fuga no Século 23, com Michael Caine. À«I6h45m, 19h, 2lhl5m. (14 anos). Até sábado.ÉDEN - A Força Vigilante, com Kris Kristofcrson. Às 13h30m, 15hl5m, 17h, 18h45m, 20h30m, 22hl5m. (18 anos).Até sábado.

NITERÓI — A Mão Sinistra da Lei, com lconard Man. Àt14h, lóh, 18h, 20h, 22h. (18 anos). Até sábado.SÃO GONÇALO '

AMERICA: A PERSONAL HISTORY - Série de 13 filmesde Alislair Cooke produzidos pela BBC-TV. Hoje:exibição dos episódios 12 e 13: A Mistura das Mas-ias a Promessa Não Cumprida. Às 20h30m, no Usacentar,Rua Barata Ribeiro, 181. Entrada franca.

TAMOIO — Dona Flor a Seus Dois Maridos, com SôniaBraga. Às 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. (18 anos). Alé do-mingo.

DUQUE DE CAXIAS ~

PAZ - King Kong, com Jessica Lang. Às 13h, 15h40m,18h20m, 2lh, (10 anos). Até domingo.PETRÓPOLIS ~~

A TRANSFORMAÇÃO DO RIO DE JANEIRO - Exibição deRio de Janeiro, de Humberto Mauro, Tempo Passado, deBenedito Astolfo Araújo, Arquitetura Rio, de José M. Be-zerril e Rio, Princípio do Século, de Eduardo Ruogg. Hoje,às 21h, no Cine-FAU da Aliança Francesa da Copacabana,Rua Duvivier, 43.

DOM PEDRO - Costinha a o King Mong, com Costinha.Às 15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. (Livre). Ata do-mingo.

PETRÓPOLIS — O Expresso da Chicago, com Gene Wilder.Ás I5h, 17hl0m, 19h20m, 21h30m. (16 anos). Até domingo,TERtSÓPOLIS "*

ALVORADA - Os Quatro Magníficos, com Dean Reed. À«14h, lóh, 18h. (Livre). O Jovem Frankenslein, com GenaWilder. Às 20h, 22h. (16 anos). Até amanhã.

Show

TEATROBELCHIOR — Show do cantor e compositor acompanhadode Tuca (piano), Odylon (baixo), Palhinha (guitarra e viola)e Flávio (bateria). Teatro Teresa Raquel, Rua Siqueira Cam-pos, 143 (235-1113). De 3a. a 6a. e dom., às 21h, sáb., às20h e 22h, Ingressos a CrS 50,00. Alé domingo.SEIS E MEIA — Apresentação da cantora folclórica InezitBarroso e da Banda de Pífanos de Caruüru, formada porBenedito Clarindo Biono, Sebastião (pífanos), Gilberto (ta-rol), João (bumbo), Mario (surdo) e José (prato). Direção deAlbino Pinheiro. Teatro João Caetano, Pça. Tiradcnles(221-0305). De 2a. a 6a., às 18h30m. Ingressos a CrS 12,00.BICHO BAILE SHOW - Show dançante do cantor e corn^positor Caetano Veloso e da banda Black-Rio. Teatro Car-Io. Gomes, R. Pedro I, 1 — Pça. Tiradentes (222-7581). De4a. a sáb., às 21h., dom., às 19h. Ingressos 4a., 5a. edom., a Cr$ 50.00 e Cr$ 70,00, camarole. 6a. e sáb., aCrS 60,00 e Cr$ 70,00, camarote.

Al. .. QUINTO — Show do humorista Chico Anísio, acom-panhado do conjunto Tempo Sete. Direção de Osvaldo Lou-reiro. Teatro da Lagoa, Av. Borges de Medeiros, 1 426,(274-7999 e 274-7748). De 4a. a dom., às 21 h. Ingressos4a., 5a. e dom. a Cr$ 80,00 a Cr$ 50,00, estudantes, e 6a.e sáb. a Cr$ 100,00.

PÁSSARO DA MANHÃ - Show da cantora Maria Bethaniaacompanhada do conjunto Terra Trio, formado por ZéMaria (piano), Fernando (contrabaixo) e Ricardo (bateria).Participação especial de Pedrinho Albuquerque (guitarra)a Juarez (sopro). Direção de Fauzi Arap. Cenário a figuri-nos de Flávio Império. Teatro da Praia, Rua Francisco Sá,88 (267-7749). De 4a. a sáb. às 21h30m, dom., às 19h. In-gressos 4a. 5a. e dom. a Cr$ 100,00 e Cr$ 50,00, estudan-tes, 6a. e sáb., Cr$ 10„0. Até dia 31.

JORNAL DEPOIS DE AMANHÃ - O Teleiornsl Musical doMPB-4 apresentando o Canto dos Homens, Show com o

_^_^^^^^ O Jornal Depois de Amanhã, ^V ____^^_. show que o MPB.4 apresenta no \ I i.«iiiiiitMiniaill

Teatro da Galeria, terá amanhã, 1 /axcepclonalmenta (em função do jogo, / /

à noite, Brasil x Bolívia), T /sessão somente à. 19h, com ) . /. ingressos a Cr$ 30,00 {wÊÊÈ

Belchior faz seu primeiro showindividual no Rio, até domingo,

no Teresa Raquel

conjunto formado por Rui, Milton, Magro a Aquiles. Par-ticipaçáo especial de Bebeto (baixo) e Mário Negrão (ba-teria). Texto de Aldir Blanc, direção de Antônio Pedro,programação visual de Melo Menezes. Teatro da Galaria,Rua Senador Vergueiro, 93 (225-8846 e 225-9185). De 4a. adom., àt 2lh30m. Ingressos 4a. a CrS 30,00., 5a., 6a. adom., a Cr$ 60.00 e CrS 40,00, esludjntes e sáb., a Cr$70,00 e CrS 50,00, estudantes. Até dia 31.HOMEM NÃO PMTOA _ T-...- J- i-i-i -i. ,-. i . ~'¦¦¦- h.a(0 «jc ¦ lelonelaã oiuuciit, kosc

^ Marie Muraro e Cidinha Campos. Show de Cidinha Campos.'Teatro

Mesbla, Rua do Passeio, 42. De 4a. a dom., às 17h.Ingressos a CrS 50,00. Até dia 31.CANTO DAS TRÊS RAÇAS - Show da cantora Clara Nu-nes, com acompanhamento da orquestra. Texto da PauloCésar Pinheiro. Direção de Arlindo Rodrigues. Teatro Cia-ra Nunes, Rua Marquês de São Vicente, 52 — 3? andar(274-9696). De 4a. a sáb., às 21 h, dom., às 20h. Ingressos4a., 5a. e dom. a Cr$ 80,00 e Cr$ 50,00 (estudantes), 6a.a CrS 80,00 e sáb., a Cr$ 100,00.ALTA ROTATIVIDADE - Show humorístico com Rogéria eAgildo Ribeiro. Participação do Luís Pimentel, Maria Ode-te e o conjunto Somterapia. Teatro de Max Nunse e Ha-roldo Barbosa. Dir. de Agildo Ribeiro. Teatro Princesa Isa-bel, Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346). De 3a. a 6a., edom., às 21h30m, sáb. às 20h30m e 22h30m. vesp. dom.às 18h. Ingressos de 3a. a 5a. a Cr$ 70,00 e CrS 50,00,estudantes, 6a. e sáb. a CrS 80,00, dom., Ia. sessão) aCr$ 70,00 e Cr$ 50,00, estudantes e (2a. sessão) a CrS70,00.

O PEQUENO NOTÁVEL - Show com o cantor e compo-sitor Jucá Chaves. Teatro Casa Grande, Av. Afranio de MeloFranco, 290 (227-6675). De 5a. a dom. às 21h30m. Ingres-sos a CrS 100,00.

EXTRAHOLIDAY ON ICE-77 - Espetáculo de bale no gelo comcerca de 40 bailarinos e animais amestrados. Maracanã-zinho. De 3a. a dom., às 20h30m, vesp. sáb. e dom., às17h. Ingressos: arquibancada, a Cr$ 40,00 e Cr$ 20,00(menores de 10 anos), cadeira de pista lateral a CrS 60,00,cadeira de pista central a Cr$ 70,00, cadeira especial aCr$ 80,00, camarotes (quatro lugares) a CrS 300,00 efrisas (cinco lugares) a Cr$ 400,00. Até domingo.

MusicaARTHUR MOREIRA LIMA — Recital do pianista interpretan-do peças de Brahms e Chopin. Sala Cecília Meireles, Lgo.da Lapa, 47. Hoje, às 21h. Ingresso, a Cr$ 80,00, Cr$60,00 e Cr$ 40,00.

DUO VETERE ARGOLO - Recital de violão e piano. Biblio-toca Regional da Engenho Novo, Rua Dias da Cruz, 303.Hoje, às 20h30m .Entrada franca.

TEATRO DE ÓPERA DO RIO DE JANEIRO - Concerto coma participação de Nanita Lutz, Carmem Grieco e LyginaSoares de Pinho (sopranos), Lúcia de Paola (mezzo sopra-no), Nicolino Cupello e Dante de Paola (tenores). HelvécioAlvarez (baixo). No programa, peças de Massenet, Thomas,Flegier e outros. Auditório da ABI, Rua Araújo Porto Ale-gre, 71/9? Amanhã, às 17h30m. Entrada franca.

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA - 2? concerto daSérie de Inverno, sob a regência do maestro Júlio Meda-glia. Solista: a pianista austríaca Lili Krauss. Programa: Ko-zertsuck, de Weber, Concerto n? 20, em Ré Menor, K 466.de Mozart, Abertura em Si Bemol, de Bernardo SouzaQueiroz, e Sinfonia n° 104. Londres, de Haydn. Sala Coei-lia Meireles, Lgo. da Lapa, 47. Sexta-feira, às 21 h. Ingressosa CrS 100,00, Cr$ 90,00 e CrS 40,00.

GRANDES VESPERAIS - Recital do violonista Darci VillaVerde. Programa: Gavota, de Scarlattí, Prelúdio, Alemandaa Giga, de Weiss, Sonata Op. 9, n? 11, de Sor, Gavota,Alemanda e Prelúdio, de Bach, Canarius, de Saenz* e peçasde Villa-Lobos, Ponce, Turina, Granados e Albcniz. SalaCecília Meireles, Lgo. da Lapa, 47. Sexta-feira, às 18h30m.Ingressos a Cr$ 15,00 e Cr$ 10,00.

OS CURUMINS — Apresentação do coral infantil sob a re-

gência de Elza Lakschevitz. No programa, peças de Aichin-

ger, Lassus, Martini, Mozart, Hindemith, Ibert « canções

populares. Casa de Rui Barbosa, Rua S. Clemente, 134. Sex-

ta-feira, às 21 h. Ingressos a Cr$ 15'00.

Cursilho

DIGBY, O MAIOR CAO DO MUNDO - Ricamar: 14hl0m,lóh, 17h50m. (Livre).

CURSILHO DA SEMANA — Começa amanhã, com saída às19h do Colégio Santo Agostinho (Rua José Linhares esqui-na com Ataulfo de Paiva), o Cursilho n.° 111 de Mulheres— Zona Sul. A cerimônia de encerramento está previstapara domingo, dia 17, às 21 h, ao lado do local da partida[Igreja Santa Mônica).

REUNIÃO — Os coordenadores, membros do sub-secreta-riado, dirigentes de comunidades e responsáveis pelas Es-colas estão sendo convidados para um encontro com osecretariado, a ser realizado no Instituto Social, à RuaHumaitá, 170, dia 17, à. 21 h. O encontro contará com

a presença de Sua Eminência o Sr Cardeal Dom EugênioSalles.

COMUNIDADE N. S. DA ALEGRIA — Gilda Costa Pinto

prossegue sua palestra sobre Fé, Cultura • Religião ni

próxima segunda-feira, dia 18, às 14h, no teatro da DivinaProvidência, Rua Lopes Quintas, 274.

MUDANÇA DE ENDEREÇO — Em virtude das obras do me-trô, a Comunidade de São Francisco Xavier passa a reu-nir-se no Colégio Santa Tereza (Largo da Segunda-feira),todas as quintas-feiras, às 20h30m.

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇOS — Solicitamos a todos o.

cursilhstas que nos últmos anos tenriam mudado de resi-

dência ou telefone comunicarem-se com o Secretariado afim de serem atualizadas suas fichas.

Secretariado de Cursilhos de Cristarvdacf*Av. Prcs. Antônio Carlos, 54 — Sala 1103 —

Tel.: 252-7823.

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977 D PÁGINA 7

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OS FILMES DE HOJEOs duelos a cavalo e o luxo da produção constituem

as credenciais limitadas de Ivanhoé, o único espetáculo no-

lurno da hoie. Os apreciadores mais ferrenhos dai aven-

turas de faroeste talvez consigam se entreter com Três

Hora» pari Matar. O» dois espetáculo» restantes da tarde

não oferecem atrativos sequer para o» benevolentes.

MINHA NOIVA Ê UM COLOSSOTV Globo - 14h

(The Thirty Foot Brids of Candy Roek). Produção amerlea-

na d» 1959, dirigida por Sidney Miller. No elenco. Lou

Costello, Dorothy Provine, Gale Gordon, Charles Lane, Jim-

my Conlin, Peter Leeds. Prelo * branco.

Costello — om «u» úniei aparição cinematográfica «m

¦ companhia «I» Bud Abbott — apaixona-»» por Provim,

que lofr» um misterioso crescimento, alcançando altura

gigantesca. Comédia pobre d» Invenção, etcorad» «m uma

única Idéia humorística esticada par» 75 minuto» d»

projeção.

YONGARY, O MONSTRO DASPROFUNDEZAS

TV Tupi - 15h(Dai Kaesu Yongkari). Co-produção sul-coreano-iaponesa d«

1967, dirigida por Kim 01 Duk. No elencoi Oh Yung-il,

Nam Chung-ln, Lea Soon-Jai, Kang Moon, Lee Kwang-Ho.

Colorido.

Um vulcão causa uma «norma fissura no tolo, aba-

lando o Centro Espacial da Wang Wei, «urg» um réptil

fjigantcsco com hálito d» fogo, lembrando o dragão mito-

lógico Yongary, Imune às arma» do Exército. A curiosidade

da origem (Coréia do Sul) parece que * ilimitada pelatimilitude do espetáculo com o» congênere» japoneses, é

> que dizem aquele» que já o conhecem.

TRÊS HORAS PARA MATARTV Studios - 16h

(Three Hours to Kill). Produção americana de 1954, dirigida

por Alfred Werker. No elenco: Dana Andrews, Donna Reed,

Diana Foster, Shephen Elliott, Richard Coogan, Laurence

Hugo, James Westc-rfield, Richard Webb, Carolyn Jones,

Whit Bissell. Colorido.

Acusado injustamente do matar o Irmão d» noiva

(Reed), o condutor de diligência» Jim Guthri» (Andrews)

livra-se d» um linchamento, foge • retorna è eidad» trê»

anos depol» para doscobrir o verdadeiro responsável.

O titulo rofere-s» ao tempo qu» lh» • dado pelo xarif»

para a» Investigaçõe». D» novidade» não »• cogita, obvia,

mente. Entretanto, nem mesmo o andamento i adequado,

i«lvando-s» a» presença» d» Andrew» • Reed e » eficiên-

cia técnica.

IVANHOÊ, O VINGADOR DO REITV Globo - 0h05m

(Ivanhoe). Produção americana de 1952, dirigida por Ri-

chard Thorpe. No elenco: Robert Taylor, Elizabeth Taylor,

WBBZ*T~MV.' ;r?aE3Ma^aWWlrah. ^MWMIIilllJ

JHNHPfliBHHHHhMhH

I* ¦

Robert Taylor em Ivanhoé, oVingador do Rei (canal 4, 0h05m)

Joan Fontaine, George Sanders, Robert Douglas, FinlayCurrie, Guy Rolfe, Sebastian Cabot, Norman Wooland,Brasil Sydney, Felix Aylmer. Colorido.

A Inglaterra medieval segundo o popular romance doSir Wnltor Scott ó transposta para o cinema de acordo com

os cânones dos épicos hollywoodianos da Metro. O Taylor

é o heróico cavaleiro, e Taylor é a judia Rebecca, quedisputa o amor de Ivanhoé com Fontaine (Lady Rowcna).

Há intrigas palacianas • traições, mas si o que funciona

mesmo são os duelos a cavalo.

Ronald F. Monteiro

CANAL 2 CANAL 416h30m — Padrão.17h — 408 — Telejornal educativo. Hoje: A Alma da»

Plantas, Pássaros.

17h30m — Hatha Yoga — Aulas orientadas pelo prof. Pe-ter Pslug.

18h — Caminhos da Aventura — Programa didático.

Colorido.

lRh30m — Iníorprogrgms — Informe cultura!.

18h30m — Ginástica — Aulas com e professora Iara Vaz.

19h — Arco-íris — Programa infanto-juvenil com fil-mes, desenhos animados e o participação dePlim Plim, o mágico do papel. Hoje: O Showde Betty e Rífifi as Avessas. Colorido.

a0h30m — Stadium — Telejornal esportivo apresentado porLuís Orlando e Roso Mary Araújo. Colorido.

20li45m — Repóter — Telejornal com o resumo das notf-cias do dia. Apresentação de Dinoel Santana.Colorido.

21h — Sítio do Pica.Pau-Amarelo — Novela Infante-,juvenil baseada na obra de Monteiro lobato.Com Zilko Salaberry. Dirce Migliaclo, JaciraSampaio * outros. Colorido. Capítulo 62.

21h30m — E' Preciso Cantar — A influência da música navida de pessoas famosas. Hoje: Paulo Tapajós,Bamba Moleque, Ad.iana, Telinho da Manguei-ra, Pedrotto, Leni Andrade e Dorival Caymi.

22h30m — 1977 — Tclejornalismo com entrevistas ao vivo.

23h05m — Cinemateca — Programa dedicado ao cinemanacional. Hoje: Entrevista com Rui Guerra e Mil-ton Nascimento, pesquisa sobre o som no cíne-ma brasileiro.

7h45mSh9h9h30m

10h30rnllh30m

llhSSrrí —

i2h

13h -

13h30m -

14h -

16h -

16h45m -

17h25m -

17h30m -

18b

Padrão a Coras.TVE.Sítio do Picapau Amarelo. (Reprise). Colorido.Daktari — Desenho. Colorido.Flipper — Desenho. Colorido.O Mundo Animal — Documentários das sériesUntamed World • Animal World sobre < natu-reza, os animais » o homem. Colorido.Globinhs — Noticiário infantil nsrrads porPaula Saldanha. (Ia. edição). Colorido.Globo Cor Especial — Desenhos: Os Flinslonete Top Cat.Hoje — Noticiário apresentado por Sônia Ma-ria, Ligia Maria, Marcos Hummel e Nelson Mot-ta. Colorido.O Feijão • o Sonho — Reprise da novela adap-tada por Benedito Rui Barbosa do romance d*Origenes Lessa. Com Nives Maria, Cláudio Ca-valcanti,' Lúcia Alves, Roberto Bonfim. Colo-rido.Sessão da Tarde — Filme: Minha Noiva E' umColosso. Prelo e branco.Sessão Comédia — A Feiticeira — Filme. Co-lorido.Faixa Nobre — Rhoda — Filme. Colorido.Globinlio — Noticiário infantil apresentado porPaula Saldanha. (2a. edição). Colorido.Sítio do Pica-Pau Amarelo — Programa infanto-

juvenil baseado no livro d» Monteiro Lobato.Com Zilka Salaberry, Dirce Migiiaccio, JaciraSampaio, André Valli e outros. Colorido.Dona Xep» — Novela baseada na peça do Pe-dro Bloch. Adaptação de Gilberto Braga. Dir.de Herval Rossano. Com Yara Cortes, Frego-

lente, Nívea Maria, Ida Gomes, Reinaldo Gon-zaga. Colorido.

18h50m — HB 77 — Desenho: 7.4 Buscapé. Colorido.19h — Loco Motivas — Novela de Cassiano Gabus

Mendes. Dir. de Régis Cardoso. Com Eva To-dor, Araci Balabanian, Lucélia Santos, WalmorChagas, Célia Biar, João Cario» Barroso, Deni»Carvalho, Elizangela e outros. Colorido.

19h40m — Jornal Nacional — Noticiário apresentado porCid Moreira e Sérgio Chapelin. Colorido.

20hl0m — Espelho Mágico — Novela de Lauro César Mu-niz. Direção de Daniel Filho, Gonzaga Blota eMarco Aurélio Bagno. Com Glória Menezes,Tarcsio Meira, Jucá de Oliveira, Lima Duarte,Yoná Magalhães e Djenane Machado. Colorido.

21h — Quarta Nobre — Caso Médico Especial — Fil-me: Amor «o Próximo (2a. parte). Colorido.

21hS5m — Jornalismo Eletrônico — Noticiário local comBerto Filho. Colorido.

22h — Nina — Novela de Walter George Durst. Dir.de Walter Avancini e Fábio Sabag. Com ReginaDuarte, Antônio Fagundes. Colorido.

22h35m — Jornalismo Eletrônico — Noticiário local comBerto Filho. Colorido.

22h40m — Teatro Especial: O Mercador de Veneza (3a.parte). Colorido.

23h40m — Amanhã — Noticiário. Colorido.OIiOjmi — Coruja — Filme: Ivanhoé. Colorido.

Teatro

CANAL 6llhl5m — TVE.12h — Bcn, o Urso Amigo — Desenho. Colorido.12h30m — Rodo Fluminense de Notícia» — Apresentação

de José Salema. Colorido.12h45m — Speed Raccr — Seriado. Colorido.i3h15m — Operação Esporte — Apresentação de Carlos

Lima e Milton Colen. Colorido.13h45m — Panorama Pop — Apresentação de M. Lima. Co-

lorido.14h — Sérgio Bittencourt Informal — Colorido.14hlSm — Muito Praier, Doutor — Informe sobre estética.14h30m — Show do Turismo — Apresentação de Paulo

Monte. Colorido.14h45m — Roberto Milost — Noticiário social. Colorido.14h50m —Agora — Programa jornalístico com Luiza Ma-

ria e Jacyra Lucas. Colorido.15h — Cinema 6 — Filme: Youngary, o Monstro das

Profundeza». Colorido.,6l,30m — Agora — Jornalístico. Colorido.16h35m — Capitão Aza — Filmes e desenhos: Robot Gl-

gante, Speod Racer e Simba Jr. Colorido.18h05m — Desenhos — Colorido.18hl5m — Cinderel» 77 — Novela com Ronnle Von, Va-

nusa, Ricardo Petraglia, Kata Hansen, OlderCazzarré, Elizabeth Hartman, Leda Milo. Co-lorido.

lBhSOm — Éramos Sei» — Novela com Gianfrancesco Guar-nieri, Jussara Freire, Paulo Figueiredo e outros.Colorido.

19h40m — Agora — Jornalístico com Cévio Cordeiro. Co-lorido.

19h45m — Um 5ol Maior — Novela com Rodolfo Mayer,Laura Cardoso, Zsnoni Ferrite, Marcos NanniniBettty Sadi e Walter Santos. Colorido.

20h40m — O Grande Jornal — Noticiário apresentado porfris Letlieri, Ferreira Martins e Fausto Rocha.Colorido.

21h — Deu a Louca no Show — Programa humorísticocom Renato Corte Real, Ary Leite, íris Bruzzi •outros. Colorido.

22h — Burt Reynolds — Seriado, Colorido.

23h — J. Silvestre — Programa da entrevistas. Colo-rido.

241» — Informe Financeiro — Apresentação d« NelsonPriori. Colorido.

0h05m — Longa-Metragom — Filme: Cupido Não TemBandeira.

CANAL 1115h30m — Sessão Novela — Meu Pedacinho de Chão. De

Benedito Rui Barbosa. Produção da TV Culturado São Paulo.

16h — Sessão das Quatro — Filme: Três Horas paraMatar. Colorido.

17h43m — Sessão Alegria — Os Três Paletas. FilmesAs Férias São um Gozo.

18h — Sessão Desenho — A Princesa e o Cavaleiro eJornada nas Estrelas.

19h — Sessão Aventar" — Seriado: Balman.20h — Sessão Bangue-Bangu» — Seriado: Gunsmoke.21h — Sessão Cinoac — Filmes: Mr Magoo e Fran-

Jcenstein Jr.

21hl5m — Sessão Novela — O Espantalho. Do Ivany Ri-beiro. Dir. de José Miziara. Com Jardel Filho,Nothalia Timberg, Rolando Boldrin, TerezaAmayo, Hélio Souto e Walter Stuart.

22h — Sessão Policial — Seriado: Como Vender SuaAlma. Com Ben Gazzara.

23h — Sessão Terror — Seriado: Galeria do Terror.23h30m — Sossão Passatempo — Seriado: James West. Com

Robert Conrad e Ross Martin.

•|«a

Os apreciadores do canto estão bemservidos: há vários lançamentos no setorda música vocal.

Com a Orquestra Pro-Arte, sob a re-gência de Kurt Redel, o contralto Or-trun Wenkel demonstra sua voz avelu-dada e sua correção estilística no LP AArte Vocal da Itália nos Séculos 17 e 18(Odyssey). Excetuando-se o Salmo 126,de Vivaidi (onde há alguns agudos im-próprios para sua voz), Ortrun percorretranqüilamente um repertório de obrasbonitas mas pouco contrastantes, o queconfere ao disco uma atmosfera um tan-to triste e linear.

Também da Odyssey. chega-nos umnovo LP do soprano Ana Maria Miranda,que não se aventura em peças difíceis,mas realiza com correção tudo aquilo aque se propõe. Dessa vez, Ana Maria in-terpreta uma série de peças espanholas,reunidas sob o título Cantos na Corte deCarlos Quinto. A malofta das canções éde autores anônimos, havendo tambémcomposições de Juan dei Encina, Luis deMilan, Francisco de Ia Torre e outros. Asexecuções conseguem traduzir com es-pontaneidade a atmosfera de cada obra,seja em momentos de contagiante ale-gria (Pase ei Agua/De los Alamos Ven-go), seja nos de melancólica contempla-cão (De Ia Vida de Este Mundo/A TalPerdida Tan Triste).

Em matéria de qualidade vocal, con-tudo, nada se compara à de que dispõe ocontralto Vera Soukupova, que interpre-xa magistralmente as Canções Bíblicas,de Dvorak, em excelente LP da Supra-phon 'Copacabana. Na mesma editora, oPrague Madrigal Singers gravou a Missa

a Cappella, de Monteverdi, obra poucoacessível e de difícil realização. O resul-tado constitui-se num disco excessiva-mente hermético.

Ronaldo Miranda

A ARTE VOCAL NA ITÁLIA/SÉCULOS 17 o 18 - Odyssey/

CBS — 240,007 — Com o contralto Ortrun WenVel e a

Orquestra Pro-Arte, sob a regência de Kurt Redel. Lado

1: Salmo 126 (Nisi Dominus), de Vivaidi. Lado 2: No non

si Speri, de Carissimi, Ária da Cantata "Mirti, Faggi, Tron-

chi", de Caldnra, e Lamento d'Arianna, de Monteverdi.

CANTOS NA CORTE DE CARLOS QUINTO - Odyssey/CBS— 240.011 — Com o soprano Ana Miranda e o Grupo efe

Instrumentos Antigos de Paris, sob a direção de Roger

Cotte. Lado 1: En La Fucnte dei Rosei, Três Morillas me

Enmoran, De Antequera Sale ei Moro, Pas» ei Água, Ay

linda Amiga, De Ia Vida de Este Mundo, La Mii Penas,

Madre, Pastorcico, Non te Aduermas, Toda mi Vida oi Am»e Por Unos Puertos Arriba. Lado 2: Dindirindin, Con Amo-res, La Mi Madre, Duelete de Mi, Senora, Ay Triste qu»Vongo, Ouen Amores ten, De Los Alamos Vengo, A TalPerdida tan Triste, Que Bien me Io Veo, Pampano Verde,A Ia Caza, Sus, a Caza.

ANTONIN DVORAK/BIBLICAL SONGS - Supraphon/Copa-cabana - SPLP. 9125 - Com o contralto Vera Soukupo-va, acompanhada ao piano por Ivan Moravec. Lado 1: Bi-bllcal Songs op. 99 Lado 2: Biblical Songs (continuação),I Dreamed last Night c Songs My Mothcr Taught Me.

NIONLNÜLHLLCAL SOMOS

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A A1CTE VOCAL NA ITAUAnos séculos XVII oXVllI

í\N1Q\'IO YIMM.WKItAl/ONiO CARIAM!ANItW•>í Al.UM!A«Gi;,\U!)K> XKjNTKVJ-RIM.

MONTEVERDI/MISSA A CAPPELLA - Suprapho/Copacaba-na — SPLP. 9124 — Com o Prague Madrigal Singers (re-gente: Miroslav Venhoda), o organista Jaroslav Vodrazkae o conjunto Musica Antiqua, da Viena (regente: RenéClemencic). Lado A: Missa a Cappella, eis Monteverdi (Ky-

ne, Gloria e Credo). Lado B: Missa a Cappella (Sanctus, Be-nedictus, Agnus Dei), Riccrcar, He Andréa Gabrtefi. AudiDomine Hymnuni e Deus in Nomine Tuo, de Giovanni Ga-brieli.

A ÁRVORE DOS MAMULENGOS - Musical de Vital San-tos. MÚJ. de Onildo Almeida e outros. Dir. do autor. ComLutero Almeida, Beto Rafael, Regina Bastos, Denise Assun-

ção, Iran Barreto, Daniel Loviski, Ailton Silva. Participaçãoda Banda de Pífanos de Caruaru. Teatro João Caetano,Praça Tiradentes (221-0305). De 3a. a 6a. e dom. às 21h.Sáb., às 20h e 22h. Vesp. dom., às 18h. Ingressos a Cr$20,00. Conflito entre o palhaço João Redondo e o chefede polícia Cabo Fincão, em torno da moça mais bela da

pequena cidarlezinhe do Nordeste. Até domingo.

FIM DE PAPO — Comédia de Sérgio Cecco e Armando

Chulak. Tradução e adaptação do Lafayette Galvão. Di-

reção de Eloy Araújo. Com Aríete Sales, Mário Mendon-

ça, Edson França, Jayme Barcelos, Licia Magna e Paulo

Bravus. Teatro Serrador, Rua Sen. Dantas, 13 (232-8531).De 3a. a 6a. e dom, às 21hl5m, sáb, às 20h30m e 22h30m,

vesp. dom, às 18h. Ingressos de 3a. a 5a. e dom, a Cr$

70,00 e Cr$ 40,00, estudantes. 6a. a Cr$ 80,00 • Cr$ 50,00.

estudantes, sáb, a Cr$ 80,00. As repercussões de uma

televisão enguiçada sobre o convívio conjugai.

VIVA O CORDÃO ENCARNADO — Comédia de Luís Ma-

rinho. Dir. do Lúcio Lombardi. Com Leandro Filho, Isa Fer-

nandes, Ozita Araújo, lisa Cavalcanti, Paulo Bispo e outros.

Teatro do Sesc da Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539

(258-8142). De 3a. a 6a., e dom., às 21h. Sáb., às 20h e

22h. Vesp. dom., às 18h. Ingressos a Cr$ 30,00, Cr$ 20,00,

estudantes, e Cr$ 15,00, comorciários. A cidadezinha per-nambucana agita-se em torno da apresentação de um pas-toril. Até domingo.

ÃTrÕVÊÍtTÕTaGAÇoTaNTES DA LIQUIDAÇÃO - Revista

de bolso de João Carlos Rodrigues. Mús. de Paulinho

Pedroso. Dir. de Sebastião Apolônio. Com Yone Catrambi,Ciro Bcrnardes, Mara Baraúna, Evans Brito e outros. Te«-

tro Dulcin», Rua Alcindo Guanabara, 17 (232-5817). De3a. a sáb., às 18h30m. Ingressos a Cr$ 30,00 e Cr$ 15,00,estudantes.

A CHAVE DAS MINAS — Tragédia-cabaré de José Vicente.Mús. do Paulo Machado. Dir. de Ivan de Albuquerque.Cen. o fiourinos de Anísio Medeiros. Com Ivan de Al-

buquerque, Rubens Correia, Eduardo Conde, Leila Ribeiro,Paulo Machado, Odilon Parkinson. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824 (247-9794). De 3a. a 6a. e dom.

às 21h30m, sáb., às 20h e 22h30m, vesp. dom.,às 18h. Ingressos de 3a. a 5a. a Cr$ 40,00 • Cr$ 20,00, es-tudantes. 6a., sáb. (Ia. sessão) e dom., * Cr$ 60,00 e Cr$30,00 estudantes, sáb. (2a. sessão) a Cr$ 60,00. O brutaldesmantelamento do Império Inca pelos espanhóis, narra-do pelo tripulante de um disco voador.

PALÁCIO DO TANGO — Texto de Maria Irene Fornés.Dir. de Ari Coslov. Com André Valli e Pedro Paulo Ran-

gel. Museu de Arte Moderna, Av. Beira-Mar, s/n.° . . .

(231-1871). De 4a. a 6a. e dom., às 21h30m, sáb., às 20h30m e 22h30m, vesp. dom. às 18h. Ingressos a Cr$ 40,00e Cr$ 20,00 estudantes. Conflito simbólico entre o poder,que detém os conhecimentos representativos da culturaocidental e a contestação aos padrões estabelecidos.

DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA — Texto de Plínio

Marcos. Dir. de João das Neves. Com Jucá de Oliveira eOsvaldo Loureiro. Teatro Opinião, Rua Siqueira Campos,143 (235-2119). De 3a. a 6a. e dom., às 21h30m, sáb. às20h30m e 22h30m, vesp. dom. às 18h. Ingressos de 3a. •6a. e dom. a Cr$ 60,00 c Cr$ 30,00, estudantes, sáb., aCr$ 70,00. (18 anos). Dois patéticos personagens vivem àmargem da sociedade.

É... — Texto de Millor Fernandes. Direção de Paulo José.Com Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Renata Sor-rah, Maria Helena Pader, Jonas Bloch. Cenários MarcosFiaksman. Teatro Maison de Franco, Av. Presidente An-tònio Carlos, 58 (252-3456). 4a. e 5a. às 21 h, 6a. e sáb.às 20h o 22h30m., dom., às 18h a 21 h. Ingressos 4a. aCr$ 50,00 e Cr$ 30,00, estudantes. 5a., 6a. • dom., *Cr$ 100,00 e Cr$ 50,00, estudantes. Dom. a Cr$ 100,00,CrS 50,00, estudantes. Problemas de casamento,relacionamento sexual e maternidade na visão de duas di-ferentes gerações da burguesia carioca^

ENTRE QUATRO PAREDES / HUIS CLOS - Drama de JeanPaul Sarrre. Dir. de Cecil Thiré. Com Vands Lacerda, Olá-vio Augusto, Susana Vieira, Milton Luís. Teatro Senac,Rua Pompeu Loureiro, 45 (256-2746). De 3a. a 6a., às 21 h30m, Sáb., as 20h a 22h30m. Dom. às 18h • 21 h. Ingressos3a. a Cr5 35,00 e Cr$ 20,00, estudantes. De 4a. a ia. edom. a Cr$ 70,00 a Cr$ 40,00, estudantes. Sábado a Cr$70,00. (16 anos). Todas as 4as., debate após o espetáculo.Três pessoas trancadas juntas para sempre, refazem/ cadaum por intermédio das outras, o balanço de suas vidas.Até dia 31.

GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE — Drama de Ten-nessee Williams. Dir. dn Paulo Jos*. Com Teresa Raquel,Paulo Gracindo, Antônio Fagundes, Gracinda Freire, Jac-

queline Laurence, Marcus Toledo, Renato Coutinho. TeatroCopacabana, Av. Copacabana, 237 (257-1818, R. Teatro).De 3a. a 6a., às 21h30m, sáb., às 20h e 22h30m, dom. às18h e 21 h. Vesp. de 5a., às 17h. Ingressos de 3a. a 5a.,c dom. a Cr$ 70,00 e Cr$ 40,00, estudantes, 6a. a CrS60,00. Sáb. Ia. sessão a Cr$ 70,00 e CrS 50,00, estudan-tos e 2a. sessão a CrS 70,00. Vesp. de 5a. a CrS 60,00.

(18 anos). Dramática noite de crise sacode a família deum rico plantador de algodão do Sul dos Estados Unidos.

LIÇÃO DE ANATOMIA — Texto e dir. de Carlos Mathus.Com Geraldo Del Rey, Imara Reis, Márcio de Luca, PerrySales, Stela Freitas, Carlos Eduardo, Calita Soares. TeatroGláucio Gill, Pça. Cardeal Arcoverde (237-7003). De 3a. a6a. às 21hl5m, sáb. às 20h e 22h30m, dom., às 21h, vesp.5a., às 17h a dom. às 1 Sh. Ingressos de 3a. * 6a. e dom.a Cr$ 70,00 e Cr$ 40,00, estudantes, sáb. Ia. sessão aCrS 80,00 c Cr$ 50,00, estudantes, 2a. sessão a Cr$ 80,00.Vesp. de 5a. a CrS 50,00. Não é permitida a entradadepois do espetáculo começado. (18 anos). A experiênciada análise transacional, em forma de dramatizações teatrais,fixa os conflitos psicológicos básicos.

FESTA DE SÁBADO — Show dramacômico de Bráulio Pe-droso. Dir. de Daniel Filho. Mús. de Egborto Gismonti.Com Camila Amado e Antônio Pedro. Teatro Fonta daSaudade, Av. Epitácio Pessoa, 4 866 (238-9233). De 4a. a6a., às 21h30m, sáb., às 20h e 22h., dom. às 18h a 21h.Ingressos 4a. a CrS 30,00 e Cr$ 15,00, estudantes, de 5a.a dom., a CrS 30,00. Processo esquizofrênico de uma moçasolitária abordado com recursos de revista musicada.

A MORTE DE DANTON — Drama histórico de Georg Bu-fhner. Dir. de Aderbal Jr. Com Gilson Moura, Suzana Fai-r\i, Beth Mendes, Aderbal Jr. e outros. Galeria do Metrô dolargo da Glória, entrada pela Rua do Calote, entre as RuasPedro Américo e Santo Amaro. De 3a. a 5a. às 20h30m, 6a.e sáb., às 21 h, dom., às 18h. Ingresso ao preço único deCrS 15,00. Estacionamento no local. Não ó permitida a en-troda depois do espetáculo começado. (18 anos). Confrontode idéias entre Robespierre e Danton, dois líderes da Revo-lução Francesa, sobre a dificuldade de preservar a purezado:; ideais originais de movimento.

TRATE-ME LEÁO — Criação coletiva do Grupo AsdrúbalTrouxe o Trombone. Dir. de Hamilton Vaz Pereira. ComRegina Case, Luís Fernando Guimarães, Fábio Junqueira,Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Perfeito Fortuna aNina de Pádua. Teatro Dulcina, Rua Alcindo Guanabara17 (232-5817). De 3a. a sáb. às 21h. dom. às 19h. Ingres-sos 3a. a CrS 30,00 e CrS 15,00 (estudantes). 4a., 5a. aCrS 40,00 e CrS 25,00 (estudantes). De 6a. a dom. a CrS50,00 c CrS 30,00 (estudantes). Sucessão de cenas, geral-mente elaboradas a partir da vivência dos próprios atores,sobre a vida e os problemas da juventude brasileira.

EXERCÍCIO — Texto de Lewis John Carlino. Dir. de Klaus

Viana. Com Marília Pera e Gracindo Júnior. Teatro Glória,Rua do Russel, 632 (245-5527). De 3a. a 6a. a dom. às21h. Sáb. 20h e 22h30m, vesp. dom. às 18h. Ingressos3a., e de 5a. a dom. a Cr$ 70,00 e CrS 40,00, estu-

dantes. 4a. a Cr$ 35,00 e Cr$ 20,00 estudantes. (18 anos).Problemas pessoais de dois atores vem a tona durante

exercícios de laboratório através dos quais eles procuramaprofundar os personagens que estão elaborando.

CINDERELA DO PETRÓLEO - Comédia de João Bethen-court. Dir. do autor. Com Rosana Ghessa, Felipe Wagner,

Milton Carneiro, Berta Loran, Ari Leite, Janine Carneiro,Ivan Sena, César Montenegro. Teatro Ginástico, AvenidaGraça Aranha, 187 (221-4484). De 4a. a 6a. e dom., às 21h15m, sáb. às 20h n 22li30m vesp. 4a. às 17h e dom. às18h. Ingressos de 4a. a 6a. a dom. a Cr$ 20,00, sáb. a Cr$

30,00. (18 anos). A França resolve sua crise de petróleoatravés do sacrifício — não muito doloroso de uma d»suas jovens cidadãs.

GERAÇÃO SEM AMANHÃ - Drama de John Osborne. Dir.da Aurimar Rocha. Com Fábio Rocha, Elisa Fernandes, VeroBrito, Eduardo Correia e Aurimar Rocha. Teatro de Bolsodo leblon, Av. Ataulfo de Paiva, 269 (287-0871). De 3a.a 6a., às 21h30m, sáb., às 2Ih, dom. às 20li. Ingressos3a. a Cr$ 30,00 e Cr$ 15,00, estudantes, de 4a. a dom.a CrS 70,00 e Cr$ 35,00, estudantes. (18 anos). Um jovemsufocado pela falia de perspectivas do dia-a-dia londrinoreage agressivamente contra as tradições e rotina da suasociedade.

AS CRIADAS — Texto de Jean Genct. Dir de José MárioTamas. Com Augusto Porto, Carlo3 Honoralo, Sérgio Maia.Teatro do Conservatório, Praia do Flamengo, 132 — 1?De 3a. a dom., às 21 h. Ingressos a CrS 40,00 e 20,00, cs-tudantes. Não é permitida a entrada depois do espeta-culo começado.

UM GRITO DE ESPERANÇA — Criação e produção doGrupo Motumbá. Dir. de Edson Siqueira. Com Decio Wei-de, Orlando Vieira, Helena Adehon, Nadima latelaze eEdson Siqueira. Teatro do Instituto da Educação, Rua Ma-riz e Barros, 273. De 3a. a dom. às 21 h. Ingressos a Cr$30,00.

O BOM BURGUÊS (MARKETING) - Comédia de PedroPorfírio. Dir. de Luís Mendonça. Com Hélio D'Andrea,Priscila Camargo, Sílvio Fróes, Fátima Valença, Neusa Ra-malho e outros. Teatro Nacional de Comédia, Av. Rio Bratvco, 179 (224-2356). De 3a. a 6a. às 18h30m, sáb. às 17h.Ingressos a CrS 40,00 e CrS 20,00, estudantes. (18 anos).Sátira sobre o transplante de know-how a capital ameri-cano para uma pequena empresa carioca.

GRITE NA HORA CERTA - Texto de Paulo Carvalho. Dir.de Jorge Roberto Borges. Com Nelson Caruso, Arthur CostaFilho, José Luzimar Paiva, Paulo Carvalho, Lady Francisco,Carmen Filgueíra. Teatro Nacional de Comédia, Av. RioBranco, 179 (224-2356). De 3a. a 6a. e dom. às 21h. sáb.,às 20h e 22h, vesp. dom. 18h. Ingressos a Cr$ 50,00 e CrS30,00 (estudantes), sáb., CrS 50,00. Através da trajetóriaexistencial do personagem central, o autor pretende mos-trar a dissolução da sociedade.

INFANTILA REVOLTA DOS BRINQUEDOS - Texto de Pernambucode Oliveira. Com o Grupo de Kabide de Kores. Teatro daGávea, Rua Marquês de S. Vicente, 52/4?. De 2a. a 6a.,às lóh. Ingressos a CrS 20,00.

AS CRIANÇAS BRINCAM DE TEATRO DE BONECOS —Brincadeiras e jogos orientados pelo grupo Asfalto Pontode Partida. Pça. Saiqui, Vila Valqueire. Hoje, às 9h. Entradafranca.

Rádio JORNALDO BRASIL

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Diariamente das 6h às 2h30m

8h30m - HOJE NO JORNAL DO BRASIL.Apresentação de Eliakim Araújo.

8h35m — ROTEIRO — Produção a apresentaçãode Ana Maria Machado.

9h - INFORME ECONÔMICO - Produção daNicolau Zarvos Neto « apresentação de EliakimAraújo.

I5h - MÚSICA CONTEMPORÂNEA - Pro-grama: John Miles Band, Jimmy Cliff e Jo* Walsh,Produção de Alberto Carlos de Carvalho e> apresen-tação de Orlando de Souza.

23li — NOTURNO — Lançamentos musicais, des-taques internacionais e entrevistas. Produção a apra-sentação de Luís Corlos Saroldi.

JORNAL DO BRASIL INFORMA - 7h30m, 12h30m, 18h30m, 0h30m. Dom., 8h30m, 12h30m, 18h30m, 0h30m. Apresentação de Eliakim Araújo, JorgaNedehf e Orlando de Souza.

INFORMATIVOS INTERMEDIÁRIOS - Flashaanos intervalos musicais e informativos de um ml-nuto, às meias horas de segunda a texta-feira.

ZYD-460FM-ESTÉREO - 99.7MHz

llplaliaMaaílDiariamente das 7h à lh

HOJE20h — Danças Fantásticas, de Turina {Fruehbeck

de Bugos — 17:12), Gaspard de La Nuit (Ondina,La Gibet e Scarbo), de Havei (Marta Argeerich —22:02), Sinfonia n? 2 — Pequena Sinfonia Russa,de Tchaikowsky (Filarmônica de N. Iorque e Berns-tein — 30:20), Concerto para Piano a Orquestra n?2, Op. 102, do Shostakovitch (Cristina Ortiz, Sinfâ-nica de Bournemouth e Paavo Berglund — 19:52),Sexteto ii° 1, em Si Bcniol Maior, Op. 18, daBrahms (Amadeus, Aronowitz e Pleth — 33:10) So-nata para Flauta e Cravo n? 4, om Fã Maior, K 13,do Mozart (Rampal e Veyron Lacroix — 9:11) ElSombrero do Três Picos, de Falia (Victoria de LosAngeles, Orquestra Philharmonia e Rafael Frueh-beck de Burgos — 39:12).

AMANHÃ20b — Transmissão Quadrafôniea — SQ — Pre-

lúdio em Si Menor, de B-ach (organista Power Biggs12:38). Poema, para Violino a Orquestra, Op. 25,

Je Chausson (Perlman, Orquestra de Paris a Marti-non — 16:30). Dybbuk (o bale completo), de Lco-nard Bernstein (Solistas o Orquestra do New YorkCity Ballet, sob a regência do autor — 48:20).

21h25m — Stereo, Dois Canais — Duas SonatasOp. 27, n.° 13, em Mi bemol, e n.° 14, em DóSustenido Menor — Ao Luar, de Beethoven (CláudioArrau — 34:02). 3a. Suíte de Árias a Dançai Anti-

gai, do Respíghi (Filarmônica de Berlim e Karajan20:02). Concerto em Sol Maior, para Harpa • Or-

questra, de Wagenscil (Zabaleta e Kuentz — 11:50).Divertimento para Orquestra de Cordas, do Bartok

(Orquestra de Filadélfia e Ormandy — 24:36).

INFORMATIVO DE UM MINUTO - Da 2a. a tab.às 9h, 12h, 15h, 18h, 23h a 24h. Dom. as lOh, 13b,15h, 18h, 23h • 24h.

Correspondência para a RÁDIO JORNAL DO BRA-Sll: Av. Brasil, 500 — 7.° andar — Telefonei264-4422.

Para receber mensalmente o Boletim da programa-ção de Clássicos em FM, basta enviar UMA VEZ o

•eu noma • endereço à RÁDIO JORNAL DO BRA-

SR/FM, Av. Brasil 500. Oferecimento Rádio JB.

Rádio CidadeZYD-462

Diariamente das 6h às 2h

Os grandes sucessos da música popular dosanos 60/70 e os melhores lançamentos em músicanacional e internacional.

CIDADE DISCO CLUB - O som das discotecascariocas. De 2a. a 5a. das 22h às 23h. 6a. e sáb.das 22 ás 24h. Produção de Carlos Townscnd. Apra-

sentação de Ivan Romcro.

PAGINA 8 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977'Tf

ülU jIUJLtIUVEISAbaixo, as versões básicas do pick-up, daKombi e do Furgão, e os modelosreestilizados, com novo motor VW-1600.

A dir., acima, o Corcel 1969 e, abaixo, o 1977

A esq., a Vemaguete de 1957.Acima, a Rural 1977. Abaixo, oFord Galaxie-500 do ano•^^^— —————- IMBUI || *

OS VELHOSGARROS NOVOSBRASILEIROS

s AO Paulo — O consumidorbrasileiro é pouco exigente.Adquire seu automóvel ias-

ctnado pela mercadoria, sem le-var cm consideração itens comosegurança, mecânica e estética.Há dificuldades para manter-seum bom indice de vendas, alémdas vários problemas trabalhis-tas. O custo do Instrumental pa-na criar uma nova linha de pro-dução é multo alto. O construtornão pode definir o preço final doseu próprio produto, pois esteprivilégio cabe ao CIP — Conse-lha Interministerlal de Preços.

Estas são as explicações dosfabricantes <le automóveis, parajustificar o fato de os carrosnacionais serem inferiores emrelação aos .similares americanose europeus. Explicações que sãofeitas reservadamente, já que asfábricas mantêm um completosilêncio em relação ao assunto.Silêncio que continua mos encon-tros com projetistas, engenhei-ros, técnicos e até pilotos ligadosao automobilismo.

O Governo proíbe a impor-tação de fcrramental e matrizes,a não ser que se comprove a fal-ta de um correspondente brasl-lelro, ou a possibilidade de suafabricação por Indústrias nado-nais. Como a Brasonca, a Chrys-ler do Brasil « a Karmann têmgabaritos para fornecer qualquerpeça necessária à construção dequalquer modelo novo (a Chrys-ler forneceu grande parte doferramental da Fiat), as fábri-eas só podem importar o projetoe as idéias.

No Brasil, o projeto originalsofri' uma série de adaptações.Como a nossa gasolina tem qua-lidade inferior, o motor precisaser modificado. Depois é a vezde mudar detalhes estéticos,como frisos, cromados e faixas.A suspensão também tem de seradaptada às condições das estra-das brasileiras, e muitas vezeso cambio é alterado. A Volks-

wagen garante que a suspensãodo seu carro é perfeita para oBrasil: barra de torção na fren-te e facão atrás. Mas esse tipode suspensão está proibido nosEstados Unidos. Lá o mesmomodelo usa a suspensão Mac-Pherson, que a Volkswagen doBrasil usa no Passat.

Mesmo que, na época do seulançamento, o carro brasileiroseja igual ao correspondente nosEstados Unidos ou na Europa,com o passar dos anos ele vai sedesatualizando, já que aqui sofrepequenas modificações meca-nicas, troca de frisos, lanternas,cremados, cores e estofamento.Caso típico é o Galaxie, que naépoca de seu lançamento, 1967,estava só um ano atrasado emrelação ao modelo americano.Hoje, colocados lado a. lado, elesnão têm mais nada em comum,a não ser a marca Ford e omotor 302, que o Galaxie brasi-leiro começou a usar há poucosmeses.

No mês de abril, foram ven-didos no Brasil 35 mil 702 carrosnovos, de 12 modelos diferentes.Maverick, 457; Alfa, 423; Corcel,3 756; Dodge (linha Dart e Char-ger), 94; Galaxie, 220; Polara,

Tlfflininilf IIMIIlUlH .ll|f I

I ffüRS •yffimrff*^!íy^iSytR?ff6J8õiWWg '

Uma Fiat italiana127, de 1977

mil; Chevetle, 3 875: Opala,1871; Puma, 220; Volkswagen,13 045; Passat, 6192; e o Fiat,4 543. Foram vendidos ainda 17mil 900 veículos de u.so misto:Brasília, 11573; Kombi, 3 060;Belina, 1 578; Variant, 659; Vera-neio, 81; e Caravan, 847.

Desses carros, apenas o Pumafoi criado completamente com ouso de material e tecnologianacionais. Hoje, seus modelospara exportação recebem oacréscimo de vários itens quenão são usados para os modelos

postos à venda no mercado In-terno. O Chevette foi dcsenvol-vido ao mesmo tempo no Brasil,Alemanha e Estados Unidos e,embora tenha nascido do OpelL, foi lançado primeiro no Bra-sil, em 1973, e só depois posto àvenda na Alemanha. Mas en-quanto nosso modelo poucomudou, guardando ainda todassuas características originais, osmodelos alemães e americanos jánada têm do primeiro carro.

O Brasília foi criado por enge-nheiros brasileiros da Volks-wagen, e apresentado em julhode 1973. De lá para cá, mudoupouco. O mesmo aconteceu como Corcel, projeto feito de comumacordo entre a Willys do Brasil

e a Renault francesa. O projetojá estava bem desenvolvidoquando a Ford comprou a Wil-lys, mandou um dos protótipospara os Estados Unidos e o sub-meteu a severos testes, que cau-saram algumas modificações.Mas, depois de lançado, em 1968,

o Corcel quase nada mudou, jáque suas vendas sempre foramboas (é um carro econômico).

A General Motors do Brasilsuspendeu a fabricação do Opalacom motor de 6 cilindros 250S,embora continue com o motorde 4 cilindros. A medida, tomadaoficialmente por causa da ten-dência do comprador a econo-mizar gasolina, tem seu lado nãorevelado: o conjunto do Opala,c h a s s is-motor-suspensão, nãoera adequado para a força epotência do motor 250S.

O Opala foi apresentado noSalão do Automóvel de 1968,quando já tinha vários anos deuso na Europa (Opel Rekordalemão e Vauxhall inglês) e naAustrália (Holden). Nove anosdepois, suas linhas continuamiguais, o conjunto o mesmo e denovidade apenas novas lanter-nais traseiras e dianteiras e umnovo capo.

O Dodge Dart apareceu noBrasil em 1969, cópia exata doDodge 1968 americano. Na época,o modelo americano já era con-siderado superado, pois vinhasendo desenvolvido de uma li-

nha criada em 1960. Ho]»,:apesar das versões de 2 e 4 por-tas e do modelo Charger, é umcarro que a própria fábrica reco-nhece ter somente "o mesmomotor do similar americano". '.

O Dodge 1800, que foi posto :à venda no Brasil em abril de1973, .só tinha uma diferença doHilmann Ávenger inglês,

"que,também era fabricado na Argen- jtina: o brasileiro tinha 2 portas,'enquanto os outros eram de 4.',O carro sofreu várias modifica-'ções, que atingiram todos seuspontos, menos a carroceria. Afábrica passou a dar até "garan-!tia total", e sua aceitação eidesempenho fizeram com que^fosse eleito pela revista Auto Es-porte o Carro do Ano de 1977.

Também com modificações,a Ford conseguiu estabilizai- as.vendas do Maverick, lançado noBrasil em 1973, quatro anos.depois de ter sido comercializadonos Estado Unidos. Na época desua apresentação, o Maverickbrasileiro tinha o aspecto dosimiiar americano de um anoantes, que mantém até hoje, en-quanto o carro americano estácompletamente mudado.

Na sua primeira série, o Ma-verick foi equipado com motorde seis cilindros, o mesmo queera usado nos jipes e no antigoAcro Willys. Em seguida, tentou-se aumentar as vendas com oapelo da velocidade do motor302, de 8 cilindros, o mesmo dalinha Mustang. Com a crise dopetróleo e as medidas de econo-mia, bem como a retração nasvendas e motores de alto con-sumo, foi preciso projetar comurgência um motor mais econó-mico, como o atual, de quatrocilindros.

Oficialmente, o primeiro car-ro a andar no Brasil foi o Daim-ler a vapor, de Henrique San-tos Dumont. Ele costumava pas- Isear a 5 quilômetros por hora.pela Rua Direita, em São Paulo,em 1893, época do primeiroacidente: Olavo Bilac pegou ocarro emprestado e bateu numaárvore. Em abril de 1919, a Fordcomeçou a montar, na Praça daRepública, São Paulo, seu mode-Io mais famoso, o T. Mas só em1955 é que foi posto à venda oprimeiro carro construído n oBrasil, o italiano Romiseta, commotor de iambreta, que fazia 25quilômetros por litro. Era um.carro inseguro, de uma únicaporta na frente, que ao abrir 1c-vava a direção junto.

Dois anos depois, a DKWVemague começou a vender aperua Vemaguete, um carro queera comum nas ruas da Alemã-nha há pelo menos 10 anos.

UMA OBRA QUE PODERÁ AJUDAR O NOSSO FUTEBOL APROGREDIR TAMBÉM FORA DAS QUATRO LINHAS

Tf NEXPLICAVEL M E N-M TE, o futebol brasilei--™ ¦ ro, um dos assuntos

que mais mobilizam a opi-nião pública do país, dispõede uma bibliografia tão ma-gra que não ultrapassa os200 títulos. Agora, porém,parece estar se criando umaobra definitiva sobre o as-sunto: Enciclopédia do Fu-tebol Brasileiro. Pelo menosé esta a intenção de seu co-ordenador, José Bonetti.Composta por quatro volu-mes de aproximadamente700 páginas cada um, ela se-rá lançada em janeiro de 78— ano da próxima Copa —e, nesta primeira edição his-tórica, terá uma tiragemde 2 mil exemplares perso-nalizados. Em seguida seráfeita uma edição popular.

A idéia de se organizarum trabalho que abranges-se todo o universo do fute-boi começou a se esboçarhá algum tempo, quandoproduzi, juntamente com oSr Abílio de Almeida, umasérie de seis documentáriose um longa-metragem sobreo futebol brasileiro. Maistarde, junto com um grupode jornalistas e técnicos, re-alizei em caráter particular10 audiovisuais sobre o as-

sunto. Ai começamos a sen-tir necessidade de registrartudo isso por escrito e,aproveitando parte domaterial já existente, deci-dimos fazer uma obra defôlego.

Em janeiro, José Bonetti,ex-supervisor da Seleção eatualmente conselheiro daFIFA, começou a coordenaras pesquisas e a convidarpessoas entendidas no as-sunto para participar daEnciclopédia. No momento,cerca de 80 pessoas estãoenvolvidas no trabalho.

A parte de arbitrageme leis do jogo, por exemplo,está a cargo do Coronel Au-reo Nazareno. A preparaçãofísica ficou por conta doprofessor Medina, de SãoPaulo, e a parte técnica es-tá sendo escrita por RaulCarlesso e Kleber Cameri-no. O professor Ernesto

A ENCICLOPÉDIADO FUTEBOLBRASILEIRO

Santos, que considero opapa do ensino de futebol,ficou encarregado de falarsobre tática. Sobre as sele-ções brasileiras de todos ostempos, o jornalista Solan-ge Bibas. Maneco Muller es-creverá sobre as relaçõesentre sociedade e futebol eo jornalista Mauro Pinheirofalará da imprensa espor-tiva. Nilton Pedrosa, quetrabalhou na realização doNovo Dicionário Aurélio, se-rá o responsável pelos ver-betes e tem sido muitasvezes nosso conselheiro.

Até então os dirigentes eos técnicos de futebol noBrasil não dispunham deum manual prático paraisuas consultas. Um dos ob-jetivos da Enciclopédia seráo de preencher este vazio,que a bibliografia existentenão supre.

Na maioria das vezesos dirigentes são desprepa-rados para assumir a dire-ção de um clube. Mas nosegundo volume da Enciclo-pedia eles encontrarão tudoo que se refere aos assuntosligados a um departamentode futebol. Disporão dedados sobre estatutos, or-ganogramas, divisões, fun-ções, documentação, regis-tro, administração... Alémde um manual prático, aEnciclopédia será tambémum documento de pesquisa.

o primeiro volume trata-rá, entre outros aspectos,das origens, evolução e re-gulamentação do futebol nomundo e no Brasil, do joga-dor, do treinamento espor-tlvo. da medicina, da higie-ne e do dopping do atleta.

No terceiro volume se-

rão abordados assuntoscomo a CBD, Seleção Brasi-

leira, justiça esportiva, lote-ria, federações nacionaisconfederações e outros. E,no quarto livro, faremosum retrospecto dos cam-peonatos estaduais, dos clu-bes, falaremos dos estádioscom localizações e capaci-dades, além de darmos asbiografias de jogadores edirigentes esportivos brasi-leiros.

Embora a Enciclopédiaainda se encontre em fasede pesquisa — a elaboração

final está prevista paranovembro — já ultrapassouo orçamento previsto pelaEditar Publicações Téc-nicas, responsável pela suapublicação.

— Inicialmente, diz oeditor Carlos Alberto Devi-sate, calculamos em Cr$ -500mil o custo total da obra.Hoje já dobramos essaquantia e até o final deverádobrar novamente. Nãocontávamos com as dificul-dades que estamos tendopara apurar os dados. Tive-mos, inclusive, de formaruma equipe de trabalho pa-r.a pesquisas locais. Quarcn-ta por cento da Enclopédiaserão ilustrações. A ilustra-ção histórica será feitaatravés de reproduções e

a parte técnica será ilustra-da com fotos produzidas.Está prevista também aedição do livro do ano, queatualzará a obra.

Para José Bonetti seriacomercialmente mais van-tajoso lançar a Enciclo-pedia no mês de dezembro,porque muitas empresasiriam adquiri-la para pre-

sentear clientes. Aludia, as-sim, os criadores acharammais importante que o lan-çamento se desse no ano daCopa do Mundo.

Paralelamente ao lan-çamento, estamos pensandoem organizar um encontronacional de técnicos e dlrl-gentes, com a presençatambém de nomes estran-geiros. Pretendemos trazer,por exemplo, o Rlnus Mi-chel, técnico que criou ocarrossel holandês.

Com certas reservas, tal-vez impostas pela sua posi-ção de conselheiro da FIFA,José Bonetti concordou emdar algumas opiniões sobreaquele que é o assunto daenciclopédia que está coor-denando: o futebol brasl-leiro. Solicitado a manifes-tar seu ponto-de-vista sobrea atual campanha da Sele-ção, ele começou definindouma filosofia de vida.

Na vida em geral exis-tem quatro palavras mágl-cas: planejar, prever, coor-denar e controlar. Quandose faz isso, e se tem recur-sos humanos e materiaisnecessários, chega-se sem-pre a um bom resultado.Sob o ponto-de-vista téc-nico, acho que faltou tempoà Seleção pra nivelar íisi-oamente os jogadores con-vocados — ou seja, con-vocou os atletas e já come-çou a jogar. O que contrariao princípio básico de ad-ministração.

Contrário à opinião dotreinador Flávio Costa deque o futebol brasileiro sóteria progredido da boca dotúnel para frente, JoséBonetti alega que "se oBrasil não tivesse progre-dido fora das quatro linhas,não seriamos trlcampeõesdo imundo". Sem querercomentar a atuação do téc-nico Coutinho, ele afirmaque dirigir >a Seleção Brasl-leira é tarefa imulto difícil.

Somos 110 milhões detécnicos, o Brasil foi o quar-to lugar na Alemanha enão serviu. Para nós só valeuma colocação na Copa: oprimeiro lugar.

A-quando se falava em

"Enciclopédia do Futebol"os cronistas e

locutores queriamreferir-se ao grande

craque Nilton Santos, ohomem que sabia

tudo de bola.Mas, a partir de janeiro

do ano que vem, onosso futebol teráfinalmente — uma

autêntica enciclopédiaa ser consultadapelos que mais

precisam dela (osdirigentes dos nossos

clubes) e por todasas pessoas que

simplesmente amamo esporte mais

popular do Brasil

Depois de ter sidosupervisor da Seleção,

Bonetti agora éconselheiro da FIFA.

Seu trabalho pode terimportância para todo o

futebol internacional

LOGOMANIA

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 13 de julho de 1977 D PAGINA 9

Luiz Carlos Bravo CAULOS

PROBLEMA N.° 764 instruções

I O objetivo deste jogo é formar o maior número possível de palavras

7 Li de quatro letras ou mais, usando apenas as letras que aqui aparecem mistura-

JL—J jCJL das e que formam uma palavra-chave (a palavra-chave é sempre apresentadana edição do dia seguinte, em letras maiúsculas, juntamente com as palavrasencontradas no problema anterior). A letra maior deverá aparecer obriga-

0^^^^^ toriamente

em todas as palavras, em qualquer posição. Uma letra não po-H*™^aÁ dera aparecer em cada palavra, maior número de vezes do que na palavra-H chave. O autor não usa dicionário e só apresenta palavras de uso corrente,wntmz&immr por isso o leitor muitas vezes encontrará mais palavras do que as publicadas

-m -r- no dia seguinte. Não valem verbos, nomes próprios, plurais nem gíria.

JL Y PALAVRAS DO N9 7Í3:

amor, antro, antúrio, anuro, aprumo, apuro, ator, «trio, autor, ímpar, IM-

PORTUNA, impura, impuro, irmã, irmão, maior, mauro, mira, mirto, mttra,/,' .g J~ miuro, montra, mora, morna, morta, moura, tnuar, mura murta, mutirão,

gâ \_J _/ nora, norma, nutria, outra, parto, pátrio, pintor, pintura, pior, piora, pira,i | pomar, porta, potra, pranto, prato, prima, primo, proa, pronta, prumo, pura,Encontradas 52 pslavras: 20 de 4 letras; Puro> ">», ramo, rato, rima, ritmo, romã, rota, rotina, roupa, ruão, tora,20 de 5; 9 de 6; 1 de 7; 1 de 8. trapo, trina, trino, trio, tripa, tróia, tropa, truão, tumor, turma, turno, urina,a 1 de 9. "»"•

HORÓSCOPO Jean Perrier

FINANÇAS AMOR SAÚDE PESSOAL

CARNEIRO - 21 de março a 20 de abril

TOURO -

Antas de iniciar um» outraatividade, examina tudo mui*to bem pois você não será fa-vorecido (i). Aisim, voei «vi*tara problemas.

Você terá receio de compro-meter-se neste plano, por me-do de perder a pessoa ama-da.

Vigie tua saúda: descansaa paistia ia ar livra.

Uma idéie o apaixona tan-to que você poderá se tor*nar exigente; cuidado.

21 de abril a 20 de maio

Sa você for representante outrabalha no comércio, poderáraaliiar ótimos negócios. Con-tratos favorecidos.

Este dia lhe trará decepçõessentimentais, problemas fami-Uares, aborrecimentos. Sejapaciento.

Boa, st» voei nio abusarnas refeições.

Boas iniciativas « sucessopara tudo o que for rela-tivo ao exterior.

GÊMEOS — 21 de maio a 20 de junho

Este dia nio trará novidadesa você sentirá bastante tédio,diante d» rotina de nu tra*balho.

Esta dia lhe promete alegriasintensas t possibilidades de fa-zer projetos para o seu fulu-ro. Harmonia em família.

Saúda perfeita, ia vocêpraticar esporte com mo*deração.

Você deve por ordem n»sue casa. Toma decisõesquento às mudanças a rea-lizar.

CÂNCER - 21 de junho a 21 de julho

/raaW^Laf-L'*)ActiK • avantura. Ela não lhatrará decepções, mas a pos>sibüidade da melhorar seria-mente sua situação.

Nada deve ser assinalado. Vo-cé procurará manter relaçõesharmoniosas com as pessoasque você ama. Controle me-lhor suas emoções.

Os excessos nada valempara o seu organismo. Cui-dido com seu estômago.

Hoje, todas ss suas açõespodem marcar a sua per*sonalidade: NSo fique ina*tivo (a).

LEÃO - 22 de julho a 22 de agosto

w) Não assuma muitos riscos nosplanos profissional • financei-ro. Você poderá ter sériosproblemas.

Você terá mais satisfações comseus amigos. Sua vida senti-mental será marcada por pe-ríodo» de tensão.

Indisposições hepátices, vl>gie sua alimentação.

Ponha em dii a sua cor-rcípondéncia c atualizaseus métodos da trabalho.

VIRGEM - 23 de agosto a 22 de setembroDia benéfico, qua lha assegu*ra sucesso nas suas solicita-ções. Conversações proveito*sas. Mas, seja prudante finan*ceiramente.

Haverá altos e baixos na suavida sentimental. Parece que ociúme o (a) fará sofrer ou quevocê será vítima dele.

Seu sistema digestivo po-dera dar problemas, saibacontrolasse.

Adie, s* possível, e soíu*ção de um problema pes-soai.

BALANÇA - 23 de setembro a 22 de outubro

tm Você trabalhará muito mas ¦suas relações com stus próxi* I O clima amoroso, no qual vo-mos no pleno profissional te* | cê vive atualmente, é propíciorão um pouco tensas. Cuide» j ao seu desenvolvimento p«*do com projetos quiméricot. j soai. Sorte.

Coma alimentos ticos emvitaminas, cálcio • ferropare manter a eu» forma.

Trate bem suas relações «os resultados serão inespe-padoia

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21 de novembro

f/''&$t^,yANada de extraordinário acon*tecerá. Penso bem, compara osresultados obtidos • o alvo fi-xado. Prudência.

Cuidado com o seu ciúme. Es-te dia trará brigas mas e re*conciliação virá muito depres-

Você gosta de esportes,pratique-os para mantersua forma.

Simplifique leu empregodo tempo « não revelaseus projetos, nem suasidéias.

SAGITÁRIO — 22 de novembro a 21 de dezembroVocê trabalhará bem mas po-der» faitar sangue-frio diantedas dificuldades que surgirão.Seja prudente nas suas deci*sões.

Este dta ihe dará oportunido-des para poder ver 'até

queponto você está agradando.Alegrias familiares.

Sua falia de iiabilidsds ps-dera lhe causar alguns fe-rimanloi. Prudiruii.

Voes provavelmente rcell-zará seus sonhos. Pára sedistrair, convide seus emi*gos.

CAPRICÓRNIO - 22 de dezembro a 20 de janeiroDi» interessante qua lhe traráanimo a lucros importantes.Você tara a oportunidade derealizar um ótimo negócio.

Hoje você terá muito poucotempo para o amor. Mas, tamizade terá um papel impor-tanta na sua vida.

Você está em ótima for-ma física, não inventedoenças.

Se você souber agir, po*I dera obter mais do qu»

possa Imaginar.

AQUÁRIO — 21 de janeiro a 19 de fevereiro

PEIXES -

Dia mareado por muito traba-lho mas também por aborre*cimentos o preocupações con-tra as quais você não saberálutar. Fique calmo (a).

Este dia lhe promete alegrias,estabilidade afetiva e a possi-bilidade de assumir compro-missos para o seu futuro.

Você tem muita resistência• su» saúda ó perfeita.

Mudanças desejadas ou im-postas transtornsreo seusplanos.

20 de fevereiro a 20 de marçoSatisfações financeiras.Ótimodia para emprestar dinheiro.Sucasio, sa você trata de ne*gócios imobiliárias. Viagensfavorecidas.

Este dia favorecerá principal-mente sues amizades, o pia-no intelectual mais do quasentimental.

Você é inquieto (a), nio seatormenta com dores pas*sageirai.

i

Saiba que » noite será ex-celenta para convidar seusamigos.

CRUZADAS Carlos da Silva

HORIZONTAIS — 1 — indivíduo que compõe ou escrevepeças teatrais. 9 — o conjunto dos seres animais e ve-gelais de uma região. 10 — interjeição que exprime es-panto. 11 — madeira petrificada ou fóssil. 11 — chefedos moços espartanos nos exercícios ginásticos e mili-tares. 15 — espírito bonfazejo, tido entre os persas comogênio, ora das éguas, ora das minas de chumbo e ferro.17 — indivíduo de uma tribo indígena que habita asimediações do rio Maracã (AM). 18 — arma branca, maislarga e maior que o punhal, com um ou dois gumes. 19

célula que se rompe para libertar a gema do musgo.21 — que imita o eco, que faz eco. 23 — espécie desapo da região do Amazonas. 25 — cabecear com sono,abrindo e fechando os olhos repetidamente, 27 — ele-mçnto de composição grego que significa eixo, usadotambém em Medicina com o sentido de cilindro-eixo. 28

planta que habita a porção mais alta de uma mon-

rr~ I 2 3 3] í «i j 7i a

—tr ia ^ ThMT"* M^

mm

tanha, e que apresenta aspecto e estrutura característica.29 — o primeiro dos três grupos em que «« dividemos livros do Velho Testamento. 30 — sobre o.VERTICAIS — 1 — arranjo, disposição. 2 — soldados romã-nos escolhidos que, em tempo de guerra, formavam a

guarda dos cônsules. 3 — designatívo de um ácido, emcristais vermelhos solúveis na água, na qual se decom-

põem, formados pela ação do amoníaco sobre um ex-cesso de anidrido sulfuroso (pi.). 4 — avance girandosobre seu próprio corpo. 5 — indivíduo de uma triboindígena extinta, que habitou nos Campos Novos de Pa-ranapanema (SP). 6 — 0 Ogum dos nagôs. 8 — excelcn-te, rica. 12 — palmeira silvestre, da família das palmei-ras, cujas nozes são usadas pelas crianças para fazer

pião. 13 — cada uma das seis divisões de cada triboateniense. 16 — gênero das compostas rico em espéciesnativas herbáceas ou arbustívas, mentrasto. 18 — gene-ro de plantas euforbiáceas, oleaginosas, da América tro*.

picai. 20 — dar aviso de algo em voz alta. 21 — subs-tancia orgânica formada pela combinação de 16 átomosde carbónio, 34 de hidrogênio e um de oxigênio. 22 —

diz-so de quem tem uma perna mais curta que a outra.23 — romeiro de Meca. 24 — ancestral de todos os bo-vídeos, segundo alguns pesquisadores, partidários da teo-ria monofilótica, 26 — prato típico da cozinha baiana, cujaconsistência é dada por verduras preparadas com cama*rão seco, azeite-de-dendê, pimenta, etc, às quais se podeacrescentar camarão fresco ou peixe. Léxicos: Morais, Me-Ihoramentos, Aurélio e Casanovas.

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — algaraviz, langare, oi, graelo, gol, ad,

relance, rafa, elo, cifro, to, meios, aaru, hot, niples,roça de Ia, uropos, sar.

VERTICAIS — algar, lardaceo, gna, agerato, rale, aroiio,vc, zooclorela, ileo, gnelales, filtro, ranço, mheu, apd,usar, ias, op.

Colaborações, remessa de livros a revistas a correspon-dência: Rua das Palmeiras, 57, apto. 4 — Botafogo —2C02.

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PEANUTS Charles M. Schulz

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(^HAÍÍ^) •'^>^w\ '/ LEGAL, PARCEIRO!VAMOS GANHAR!

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é ISSO AÍ, maude!EU E O AFONSINHOVAMOS PASSAIUMA SEMANA FORA-PESCANDO 1!

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SEMPRE VOCÊ E OAFONSINHO» HEM?! PORQUÊ NUNCAME LEVA?/ powe ApBN_

.SÃO DA REBECAE SO' PARA ,HOmEMS .'

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E MESMO ? E ESSA ^MGRAEADO [REBECA O QUE Ej O AFONSINHO

AFINAL ?.' _J SEMPRE DIZ AMESMA COISA!r"

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VERÍSSIMO / AS COBRAS

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Tom K. Ryan

NÃO t>GIKO PA£A AMA-a/ha" o aue posso,FAze/zH0J6.

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O MAGO DE ID Brant Parker e Johnny Hart

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I CWOVERÍ / j VdêSPESASÍ/ ji|!;|j| }'j FERIAS, ij

O QUE\S FORMIGASiFQTAHJ_JkJ X 1 1_V^

DIZENDODon Marquis

ÍÈéÉêSilmê^prezado chefe outro dia eu estavaconversando com uma formigae ela me contouuma série de coisas que as formigasdo mundo inteiro andam ruminandoentre si

levo-as ao seu conhecimentona esperança de que as transmita a outrosseres humanos e deixe-os bem aborrecidosnenhum inseto gosta do ser humanoe a única razão pela qual eu o toleroé porque você me parece ainda menos humano que os outroseis o que as formigas estão dizendoagora falta pouco muito poucoo homem faz da terra um desertoagora falta pouco -para que o homem acabe com elade modo que só formigascentopéias e escorpiõesconsigam viver nelao homem nos oprime há milhões de anosmas ao mesmo tempo varre o chãodebaixo dos próprios péscriando desertos desertos desertosnós formigas nos lembramose temos Lúcio registradoem nossa memória tribalde quando gobi era um paraísofervilhando de homens e riquezasideais à prosperidade humanahoje é um desertolar de formigas centopéias e escorpiõeso que o homem chama de civilizaçãosempre resulta em desertoso homem nunca se contentaesgota a seiva e a gordura da terracada geração devora um pouco maisdo futuro, com a sua ambição e luxúria

a áfrica do norte já foi um jardime então vieram cartago e romãpara despojar-lhe as riquezasem seu lugar há agora o saaraideal para formigas e centopéias

toltecas e astecas tiveram uma belacivilização neste continentemas devastaram de tal forma o seusolo e a naturezaque agora só abrigam escorpiõesformigas e centopéiase os desertos do oriente próximosucederam ao egito a babilônia e a assíriae a romã a pérsia e a turquiao escorpião sucedeu aos césarese a formiga foi herdeira de gengis-cãa américa já foi um paraísorico em rios e florestasmas está morrendo por causa da ambiçãoe do dinheiro de mil pequenos reisque cortaram toda a lenha que encontrarame que não puderam ser contidose que mudaram até o climae roubaram as quedas das cascatasmas agora falta poucomuito poucopara que seja tudo um só desertotão deserto quanto os canions e as rochosas

os desertos estão chegandoos desertos se espraiandoas fontes e correntes ressecandoaté que tudo seja um banco de areiaherdada por formigascentopéias e escorpiões

os homens falam de dinheiro e de indústriade crises e depressõesde finanças e economiamas as formigas contentam-se em esperarporque enquanto os homens falamcriam seus desertos mais depressabelas secas e erosõespreparando os vastos desertospara a nossa definitiva conquistaos homens não aprendem

as chuvas caem e descem os rioscarregando com elas a boa terraporque já não há florestaspara aprisionar a águana densa tessitura das raizes

falta pouco agora muito poucopara que a terra seja estéril como a luae ressequida como um osso ao sol

prezado chefe passo-lhe essas informaçõessem o menor temor de que a humanidadedelas tome conhecimento e se emende

archy

Don Marquis (1878-1937) foi um conhecido poeta, humorista c teatrólogo americano.A maioria de seus poemas é assinada por archy, uma barata que, durante a noife,tubia em sua maquina de escrever e pulava sobre aa tcclti — daí as letras minúsculas.Este poema fei originariamente publicado em 1927.

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A JH. ^W JHL^ByXV .ai. WLJLA A»DO SOROGLICOSAD(UMACONSPIRAÇÃO DAS Ai SM

T"MULTINACIONAIS?) IIImmI te

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myêmEZ mil frascos

de água comaçúcar, oumais exata-

mente soro glicosado,produzidos e vendidospelo Instituto Vital Bra-zil, de Niterói, foram la-crados pela SecretariaMunicipal de Saúde doRio de Janeiro, a com-pradora, depois dedenúncias, através d etelefonemas anônimos ajornais cariocas, de queo soro estava causandoproblemas a pacientesem que era aplicado.

Fundado em 1922 pe-Io cientista Vital BrazilMineiro da Campanha,o Instituto está sob con-trole acionário doGoverno do Estado doRio de Janeiro, tem ex-celente tradição científi-ca e foi considerado peloDr Merrier — o pro-dutor da vacina antime-ningite consumida noBrasil — um dos maissérios do mundo.

Além de integrar oCEME, órgão do Gover-no Federal encarregadode fornecer remédios,aos que não podem ad-quirí-los aos preços vi-gentes, o Vital Braziltambém vende normal-mente aos mercado e,há um mês, vencendolaboratórios partícula-res, ganhou concorremcia para fornecimentode soro aos hospitais darede municipal carioca.

Diante das denún-cias, o Secretario Muni-cipal de Saúde, FelipeCardoso, resolveu lacraros 10 mil frascos de sorodo Instituto Vital Brazile pediu ao segundo colo-cado na concorrência, olaboratório Darrow, for-necimento de emergên-cia. Preocupado com oque classificou de "ten-tativa de desmorali-zação do Vital Brazil",o Dr Roched Seba, dire-tor-científico do Institu-to, afirma:

Garanto e juro: aprodução do InstitutoVital Brazil observa ri-gor técnico absoluto.Temos enorme cuidadono controle, dos maisperfeitos do país. OVital Brazil não é umaindústria de fabricaçãode remédios que preten-da apenas lucro imedia-to. E' uma instituiçãoque reaplica os dividên-dos da venda de seusprodutos na pesquisa.

Por estar turvo, quan-do deveria apresentar-setransparente, o soro te-ria provocado febre empacientes que o recebe-ram por via intraveno-sa. O soro turvo nãopode, porém, ser apli-cado — informa o pró-prio rótulo colocado emcada frasco: "A presen-ça de depósito ou qual-quer turvação contra-indica o seu emprego.Examine o produto deti-damente à luz solar oucom iluminação indire-ta."

Só se poderia falarsobre os efeitos da con-taminação, sobre os cui-dados que devem ter oscontaminados ou sobreos fatores da contami-nação, depois áp se fazera análise, não só do li-quido mas do recipientede plástico que contémo soro e das agulhas etubos utilizados para le-vá-lo ao organismo dopaciente — opina o DrBismark Heitman. NoHospital d e Ipanema,onde ele trabalha, nãose registrou um só caso

MM

de contaminação. O DrHeitman — a exemplodos demais médicos doHospital de Ipanema —é cético quanto a um re-sultado letal:.

— Para levar o paci-ente à morte seria pre-ciso, primeiro, que nin-guém notasse a tur-vação. Um absurdo, poiso próprio rótulo re-comenda atenção equalquer enfermeira oumédico sabe que nãopode utilizar um pro-duto sem verificá-lo an-tes. Depois, seria precisotambém que o pacientetomasse uma quantida-de muito grande de so-ro, sem apresentari m e d iatamente qual-quer reação; e que aapresentasse, posterior-mente, sem que nin-guém notasse. Para ad-vir a morte seria pre-ciso, enfim, que s esomassem situações dedesatenção na aplicaçãoe às reações do paciente.O sinal mais grave é fe-bre, nunca exagerada.E' reação que pode serprovocada por qualquerremédio.

A impressão geral, en-tre os médicos, é a deque existiria uma inten-ção desmoralizadora portrás das denúncias.

Á cerca deum mês —conta o DrR o che d

Seba — começaram asdenúncias anônimas ajornais e autoridades. Épelo menos o que os jor-nalistas me dizem. Odenunciante, embora seafirmando médico,jamais declarou nomeou instituição a que per-tenceria. Diante do queveio a ocorrer, atribuí asacusações e consequen-te escândalo a interes-ses comerciais. Pelomenos à primeira vista,é o que me parece. Podeser que os telefonemasanônimos do médicoanônimo tenham sidoapenas uma coincidên-cia. Estranha-se, porém,que sendo a classe medi-ca tão ciosa da ética, es-se médico tenha procu-rado um jornal parafazer sua denúncia,quando seria de se espe-rar que procurasse opróprio Instituto VitalBrazil ou a Secretariade Saúde.

A Secretaria de Saúdelacrou, na sede do Ins-tituto, as amostras dapartida sob suspeita.Para o Dr Seba, "foiuma atitude natural.Não nos incomodamos,mesmo porque nessesfrascos está a nossadefesa".

Retirados de circula-ção os 10 mil frascosproduzidos pelo VitalBrazil, o segundo colo-cado na concorrência

laboratório Darrowentrou como fome-

cedor de emergência,por decisão do Secreta-rio Municipal de Saúde,Felipe Cardoso:

— Como não podiaavaliar qual a partidaque estava causandoproblemas, resolvi pecarpor excesso.

Apesar da compra fei-ta ao laboratório Dar-row, o Ministério d aPrevidência Social, hátrês dias, encomendou àQuimicanorte, do Mara-nhão, 10 mil frascos desoro, para distribuiçãoaos hospitais do Rio atéque se resolva o impas-se. Por enquanto, a situ-

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ação não é clara e o pró-prio Dr Seba, mesmo ju-rando que a produçãodo Instituto Vital Brazilobserva rigor absoluto,admite a possibilidadede contaminação:

A possibilidadesempre existe. Aindanão foi feita a análisedo soro, que está sendolevado para depósito daPrefeitura. Pode ter ha-vido penetração de arou de corpo" estranho,durante o transporte oiidurante o armaze-namento. Há o proble-ma de embalagem deplástico, que é frágil,facilmente perfurável eforma bolhas de ar. La-mentavelxnente, estáfaltando vidro no Brasil.O vidro aumenta muitoos custos de produção.Ele exige rolha de borra-cha e tampa e alça dealumínio. Além disso équebrável e cria proble-mas de transporte. Poressas razões, utilizamoso plástico para algumaslinhas de fabricação. Osoro, nutriente e hidra-tante, em si é inócuo.' Mas funciona comotransporte para outrosmedicamen tos injeta-dos diretamente na am-pola: antibióticos, vita-minas. Qualquer um de-les pode ser fator decontaminação.

• Abrem-se então ai-gumas questões para re-flexão: seria mesmomédico o cidadão quedurante um mês se em-penhou em denúnciascontra o Insítuto VitalBrazil? O réu é o soro, aembalagem inadequada(porém barata) ouquem teria aplicado oproduto sem a devidaa t enção? Tratar-se-ia,de fato, de alguma cam-panha d e desmorali-zação do produto far-macêutico nacional?

O secretário-geral daAssociação Médica d o"Rio de Janeiro, Dr Má-rio Victor de Assis Pa-checo, é conclusivo nasua opinião:

Enquanto o Ins-tituto Vital Brazil tinhauma produção de sorolimitada e gratuita, quenão despertava concor-rência nem influía noslucros das multinacio-nais farmacêuticas, pos-s i v e i s acidentes resul-tantes de qualquereventual defeito de fa-bricação jamais vinhamà baila. Não eramcomentados. Pode-seafirmar que os efeitospirogènicos do soro doVital Brazil são comunsaos do soro de todo e

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qualquer outro fabri-cante, nacional ou es-trangeiro. Nos últimostempos esses efeitos têmaumentado por uma ra-zão econômica: é maisrendosa a embalagemde plástico do que a devidro. Com a embala-gem de plástico não háperda no transporte.Mas o plástico faci-1 i t a a contaminação— do soro do VitalBrazil e de qual-quer outro. Note-se, con-tudo, que as denúncias,cuja origem não se podeprovar, surgem exata-mente quando o VitalBrazil ganha uma con-corrência, ferindo inte-resses de lucros dasmultinacionais farma-cêuticas estrangeiras.Não se pode formularuma acusação frontal aessas multinacionais,mas deve-se registrar acoincidência: a denún-cia surge no momentoexato em que o Institu-to Vital Brazil ameaçarecuperar um mercadopara o país.

São três, no Rio, os la-boratórios que pro-duzem soro: o Darrow— segundo colocado naconcorrência para for-necimento aos hospitaismunicipais cariocas, re-alizada há um ano —o Baxter e o B. Brown,alemão.

Só o Brown admiteser estrangeiro. Os ou-tros são enfáticos nasua definição de nacio-nais e negam — comoigualmente o Brown —qualquer intenção d eprejudicar o InstitutoVital Brazil. Os três sãounanimes no elogio doDr Roched Seba,diretor-científico do Ins-tituto, e da eficácia daprópria instituição.

O laboratório Darrow(produção mensal d e

7U0 mil ampolas de so-ro) nega, através de seudiretor, Nelson TorresDuarte, interesse e msubstituir o Vital Brazilno fornecimento do pro-duto: "Uma ampola de500ml custa apenas CrS4,70. Não haveria tantavantagem assim em bri-gar por um mercadodesses." Nelson TorresDuarte, que é tambémvice-presidente do Sin-dicato da Indústria Far-macêutica do antigo Es-tado da Guanabra e daAssociação Brasileira daI n d ú stria Farmacêu-tica, nega igualmenteque o Darrow seja mui-tinacional:

O nome do nossolaboratório, Darrow, lio-menageia um importan-te cientista americanoque se dedicou a estudossobre alimentação pa-rental. Somos 1 0 0 %brasileiros, nosso capi-tal é nacional. O nomeé estrangeiro, o labora-tório não.-^wgk-y ÉLSON consi-^^j dera que a^H c 1 a ssilicação-**- ^ de organismo

oficial atribuída ao Ins-tituto Vital Brazil não éexata: "Não acho o Vi-tal Brazil tão oficial as-sim. Ele também fabricaprodutos vendidos a far-macias. Agora, é um la-boratório muito bom,excelente mesmo, e oque aconteceu com elepoderia acontecer aqualquer outro. Nãovejo sentido nessaacusação de que se tratade manobra de multina-cionais. No nosso caso,vendemos soro ao Brasilinteiro e a alguns outrospaíses. Nossa produçãoé inclusive limitada/ seconsideradas as exigên-cias da demanda. Seriapois um absurdo apro-veitar um acidente for-tuito para uma mano-bra dessas. Além domais estamos do ladodos brasileiros."

E conclui:No geral, 80% dasvendas dos laboratórios,

no Brasil, pertencem àsmultinacionais. No casodo soro, dá-se exatamen-te o contrário: as mui-t i n a c i onais vendemapenas 20%. Há apenasduas no mercado: aBaxter, americana, e aBrown, alemã. Esperoque o Instituto VitalBrazil supere essas difi-culdades e seja muitofeliz.

O Sr Virgilino Borges,do laboratório Baxter,também não acreditaem pressões contra oVital Brazil. Ele elogianivel científico e res-salta a credibilidade do

a b o ratório nacional.Mas faz restrições àsembalagens de plásticousadas para o soro (oBaxter usa vidros):

Achamos que oplástico que se usa noBrasil para essas eniba-lagens não oferece segu-rança, já comprometi-da, de resto, pelo pró-prio sistema de fecha-mento do frasco. O pro-duto pode sair perfeitodo laboratório e sofrercontaminação posterior.

Borges afirma queseu laboratório é 100'ínacional, apesar donome estrangeiro, e de-clina estatística aindamais eloqüente do quea apresentada por Nél-son para o marcado dosetor: "Noventa e novepor cento dos fornecedo-res do setor são labora-tórios nacionais".

O laboratório B.Brown não quer tratar ¦do assunto, do qual des-carta-se com uma ex-pressão da moda: atra-vés da telefonista, seusdiretores informam que"nada têm a declarar".

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