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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
ARIANE RITTI POMMERENINH
BRUNA IZIDÓRIO
DAIANE FIORESE
MICHELE CATARINA DE SOUZA
ROSANGELA BALDISSERA ORSO
VERA MORAIS
INVESTIGAÇÃO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS
MÚLTIPLAS DIMENSÕES: a gestão, a rotina e a prática de sala de
aula
1
Videira
2014
ARIANE RITTI POMMERENINH
BRUNA IZIDÓRIO
DAIANE FIORESE
MICHELE CATARINA DE SOUZA
ROSANGELA BALDISSERA ORSO
VERA MORAIS
INVESTIGAÇÃO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS
MÚLTIPLAS DIMENSÕES: a gestão, a rotina e a prática de sala de
aula
Projeto de pesquisa apresentado ao cursode Pedagogia, na área de Ciências Humanase Sociais da Universidade do Oeste de
2
Santa Catarina, como requisito parcial aaprovação de disciplina de prática einvestigação educativa nos anos iniciaisdo Ensino Fundamental.
Orientadora: Terezinha Ivone Vian Valmorbida
Videira
2014
SÚMARIO
1 INTRODUÇÃO 3
1.1 TEMA 3
1.1.1 Delimitação do tema 3
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA 4
1.3 QUESTÕES DE ESTUDO 4
2 OBJETIVOS 5
2.1 OBJETIVO GERAL 5
2.2 OBEJTIVOS ESPECÍFICOS 5
3 JUSTIFICATIVA 6
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
4.1 EDUCAÇÃO INFANTIL 7
4.2 O ENSINO FUNDAMENTAL 8
3
4.2.1 Anos Iniciais – primeira etapa do ensino fundamental
10
4.3 ENSINO MÉDIO 11
4.4 GESTÃO DOS PROCESSOS EDUCATIVOS 12
4.5 A PRÁTICA EM SALA DE AULA 15
4.6 O PLANEJAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR 18
4.6.1 A importância do planejamento para a docência 20
4.6.2 Os conteúdos de ensino sob o olhar interdisciplinar
22
4.6.2.1 Educação Física 23
4.6.2.2 Ciências Naturais 25
4.6.2.3 Geografia 27
4.6.2.4 História 29
4.6.2.5 Matemática 30
4.6.2.6 Língua Portuguesa 31
4.7 EDUCAÇÃO ESPECIAL: perspectivas em relação à inclusão
34
REFERÊNCIAS 36
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo refere-se à investigação da prática em
sala de aula nos Anos Iniciais do ensino Fundamental, bem como
de sua gestão, organização e funcionamento. Sendo uma das
4
etapas da educação básica, tem como intenção o desenvolvimento
da criança, onde ela terá de acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases (1996), um entendimento mais amplo sobre os principais
conteúdos do currículo escolar, tendo como principal
finalidade a alfabetização e a importância das diversas
expressões para o seu desenvolvimento como a brincadeira, a
música, a dança e o teatro.
É na escola que o educando passa a maior parte do seu
tempo, muitos hábitos e atitudes são transformados, com isso,
cabe ao professor o seu olhar atento que acompanhe as
diferenças dentro da sala de aula, visando criar oportunidades
para experiências e aprendizagens.
No contexto dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental o
planejamento é necessário para que o professor consiga
projetar suas intenções em sua atuação na sala de aula, vendo
a educação como uma atividade social que busque a formação dos
indivíduos através do conhecimento. Sendo assim o grande
desafio em torno do ensino, é garantir uma aprendizagem de
qualidade para todos e desenvolver métodos significativos e
prazerosos, que assegurem o pleno desenvolvimento dos
educandos.
1.1 TEMA
Investigação dos anos iniciais do ensino fundamental e
suas múltiplas dimensões: a gestão, a rotina e a prática de
sala de aula.
5
1.1.1 Delimitação do tema
O projeto com o tema “Investigação dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental e suas múltiplas dimensões: a gestão, a
rotina e a prática de sala de aula”, será realizado no segundo
semestre do corrente ano em escolas Municipais, Estaduais e
Particulares, nos municípios de Videira, Fraiburgo e Monte
Carlo, onde será observado a prática pedagógica, a rotina e a
gestão da instituição.
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
De que forma as múltiplas dimensões: a gestão, a rotina e
a prática de sala de aula estão sendo organizadas e
desenvolvidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental?
1.3 QUESTÕES DE ESTUDO
De que forma ocorre à rotina das escolas
investigadas, bem como suas estruturas?
Como é realizada a prática pedagógica em sala de
aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental?
De que maneira ocorre a organização e a gestão dos
anos iniciais do ensino fundamental?
Como é elaborado o planejamento escolar das escolas
que serão investigadas?
De que forma o Projeto Político Pedagógico das
escolas investigadas estão sendo executados?
6
De que maneira as escolas acompanham os alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais?
7
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Investigar os Anos Iniciais do Ensino Fundamental e suas
múltiplas dimensões: a gestão, a rotina e a prática de sala de
aula.
2.2 OBEJTIVOS ESPECÍFICOS
Observar de que forma ocorre a rotina, das escolas
investigadas bem como suas estruturas;
Analisar como é realizada a prática em sala de aula
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
Conhecer a organização e a gestão dos anos iniciais
do ensino fundamental fazendo comparativo entre as
diferentes modalidades;
Verificar de que maneira ocorre o planejamento nas
escolas que serão investigadas;
Identificar como o Projeto Político Pedagógico das
escolas investigadas está sendo executados.
Averiguar de que maneira as escolas acompanham os
alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais
8
3 JUSTIFICATIVA
Historicamente os Anos Iniciais do Ensino Fundamental
modificou sua visão, no qual o ensino tornou-se obrigatório
para todas as crianças, favorecendo o seu desenvolvimento e
estruturando o processo de ensino e a aprendizagem.
Nesta etapa, as crianças e adolescentes são estimulados
através de atividades lúdicas, jogos, leituras, imagens e
sons, principalmente no primeiro nível. De acordo com
Oliveira; Adrião e outros (2007), através dos vários processos
pedagógicos, busca-se conduzir a criança ao conhecimento do
mundo pessoal, familiar e social.
Dessa forma a escola necessita formular objetivos tendo
como referências as suas necessidades, elaborando planos de
ação, para que esses objetivos sejam alcançados. Sem
planejamento as ações dos diversos atores da escola irão
ocorrer com base no improviso ou na reprodução de trabalhos
anteriores, para tanto essa investigação se torna relevante
pois irá contribuir para o melhor entendimento da prática do
professor em sala de aula, baseando suas ações no projeto
político pedagógico. Neste sentindo entende-se que o mesmo
configura-se como a forma de planejamento que estabelece os
objetivos da escola, bem como os mecanismos e estratégias mais
adequados para que as metas sejam alcançadas.
Partindo dessa investigação torna-se importante averiguar
como a inclusão social está sendo contemplada na escola,
visando que a mesma está ganhando força pois é amparada pelas
leis que regem o ensino no Brasil. Pois os alunos que
9
frequentam a escola e necessitam de atendimento especializado,
precisam de profissionais capacitados que possam integra-los
de forma adequada ao ambiente escolar.
Diante do exposto, torna-se importante investigar sua
gestão, a rotina e a prática de sala de aula, para que assim
possa ter uma visão ampla da instituição e preparando para as
futuras atuações na prática pedagógica, em vista de que se
entende que os professores também são responsáveis pelas
formas de ação, organização e gestão, tornando a educação
melhor para as crianças. O professor tem por missão
desenvolver em sala de aula um trabalho que seja eficiente e
coerente em suas ideias e ações. Deste modo o educador passa a
ser o mediador do conhecimento, observador e incentivador do
processo de construção da aprendizagem.
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo tem como revisão bibliográfica questões de
estudos as quais vem destacar uma ênfase produtiva para a
construção de conhecimentos em que serão apresentados nas
seções a seguir. A primeira seção vai falar sobre a educação
infantil e o ensino fundamental dando ênfase nos anos
iniciais. Na segunda seção irá abordar a gestão dos processos
educativos. Já na terceira seção será destacado a pratica em
sala de aula. A quarta seção tratar-se à do planejamento no
contexto escolar, bem como os conteúdos a serem aplicados nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental e na última seção terá
como assunto a educação especial.
10
4.1 EDUCAÇÃO INFANTIL
O atendimento a crianças de 0 a 5 anos vem percorrendo um
longo caminho, repleto de lutas e conquistas, o que fez com
que a educação infantil se tornasse uma etapa importante para
o aprendizado das crianças, pois os estímulos recebidos nos
primeiros anos de vida irão contribuir para o desenvolvimento
de suas habilidades e dons, através de diferentes tipos de
linguagens, proporcionando condições para que possam se
expressar e interagir com o mundo que as cerca.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil, a definição para esta etapa é a seguinte:
Primeira etapa da educação básica, oferecida em crechese pré-escolas, às quais se caracterizam como espaçosinstitucionais não domésticos que constituemestabelecimentos educacionais públicos ou privados queeducam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade noperíodo diurno, em jornada integral ou parcial,regulados e supervisionados por órgão competente dosistema de ensino e submetidos a controle social. Édever do Estado garantir a oferta de Educação Infantilpública, gratuita e de qualidade, sem requisito deseleção. (BRASIL, 2010, p.12).
O primeiro contato que as crianças têm com a escola, é na
educação infantil, e ela é dividida em creche (0 a 3 anos) e
pré-escola (4 e 5 anos). A função desta etapa antigamente era
apenas cuidar das crianças enquanto as mães estavam
trabalhando, hoje vai muito, além disso. A função da educação
infantil é educar e cuidar de forma integrada, proporcionando
o desenvolvimento da criança em diversas áreas como: social,
cognitivo, psicomotor, entre outras. Essa etapa da educação
possui três princípios e de acordo com as Diretrizes
11
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), são os
seguintes:
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, dasolidariedade e do respeito ao bem comum, ao meioambiente e às diferentes culturas, identidades esingularidades.Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício dacriticidade e do respeito à ordem democrática.Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, daludicidade e da liberdade de expressão nas diferentesmanifestações artísticas e culturais. (BRASIL, 2010, p.16).
São esses os princípios que irão nortear a ação pedagógica
da educação infantil, pois uma criança não vai para a creche e
pré- escola apenas para ser cuidada e alimentada, ela dever
ser respeitada e estimulada para desenvolver plenamente suas
habilidades.
O tempo em que as crianças permanecem na instituição pode
ser de duas formas: jornada parcial (no mínimo quatro horas
diárias) ou integral (igual ou superior a sete horas diárias),
dessa forma a educação infantil deve ser um ambiente de
socialização que promova o desenvolvimento físico,
psicológico, intelectual e social, ampliando experiências e
conhecimentos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil (2010, p.17) cabe a essas instituições a
responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e o
cuidado das crianças com as famílias, ampliar saberes e
conhecimentos, promover a igualdade de oportunidades, fazer
com que as crianças possam usufruir de seus direitos civis,
12
humanos e sociais, e estar comprometida com novas formas de
ludicidade, democracia e sustentabilidade.
Diante do exposto fica claro a importância da educação
infantil para o desenvolvimento da criança, pois essa dará a
sua contribuição para a formação de um cidadão crítico e
reflexivo, e que possa através de suas habilidades contribuir
com o futuro da sociedade.
4.2 O ENSINO FUNDAMENTAL
O ensino fundamental é a segunda etapa da educação básica.
Tem início aos seis anos de idade e duração de nove anos,
sendo a matrícula obrigatória e gratuita nas escolas públicas
como afirma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(1996). Ele se divide em duas fases: os anos iniciais que
corresponde aos primeiros cinco anos, e os anos finais que
compreendem os outros quatro anos.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei
9394/96), o objetivo desse ensino é a formação básica do
cidadão:
Art. 32. I – o desenvolvimento da capacidade deaprender, tendo como meios básicos o pleno domínio daleitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão doambiente natural e social, do sistema público, datecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentaa sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade deaprendizagem, tendo em vista a aquisição deconhecimentos e habilidades e a formação de atitudes evalores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família,dos laços de solidariedade humana e tolerância recíprocaem que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996 p.11).
13
O trabalho em sala de aula no ensino fundamental é
presencial, dividido em 200 dias letivos, com carga horária de
800 horas anuais, sendo 4 horas diárias, subdividas em 45
minutos cada aula, mas pode ser ampliado de acordo com a
necessidade, dessa forma pode ser oferecido o ensino em
período integral, e para que isso aconteça mudanças
significativas precisam acontecer, como maior planejamento das
atividades, expansão da rede física, alimentação saudável e
disponibilidade de professores que possam atender as crianças
com dedicação e carinho.
A educação no ensino fundamental, assim como nas outras
etapas, deve garantir a permanência de crianças e adolescentes
na escola, eliminando assim, o analfabetismo, reduzindo a
repetência e aumentando progressivamente sua escolaridade, e
isso acontecerá primeiramente por parte do aluno, mas pais e
professores também devem se responsabilizar por essa atitude.
Os pais devem incentivar seus filhos com os estudos e a escola
então precisa oferecer um ensino de qualidade, despertado na
criança o prazer em frequentá-la. É necessário então que o
ensino fundamental prepare o indivíduo para a formação como
ser humano, conhecedor de seu papel na sociedade, onde irá
atuar de forma ativa, e consciente de seus direitos e deveres.
De acordo com HAMZE (2011, p.1):
No dia 06/02/2006 o Presidente da República sancionou aLei nº. 11.274 que regulamenta o ensino fundamental denove anos. No Ensino Fundamental de nove anos, oobjetivo é assegurar a todas as crianças, um tempo maiorde convívio escolar, maiores oportunidades de aprender ecom isso, uma aprendizagem com mais qualidade.
14
Conforme esta nova lei a organização do ensino fundamental
passou a se configurar desta maneira:
Tabela 01- organização do ensino fundamental quanto a
idade
Idade Ensino Fundamental de nove
anos6-7 1º ano7-8 2º ano8-9 3º ano9-10 4º ano10-11 5º ano11-12 6º ano12-13 7º ano13-14 8º ano14-15 9º ano
Fonte: (BRASIL, 1996).
Com esta alteração da lei, possibilita melhorar a
qualidade de ensino no país, mais recursos para a educação
básica, capacitação dos professores e melhores condições,
referentes ao espaço físico da instituição.
4.1.1 Anos Iniciais – primeira etapa do ensino fundamental
Esta etapa trabalha com crianças de 6 a 11 anos, onde
busca garantir a aprendizagem e o desenvolvimento social,
cultural e individual de todos os alunos. É necessário que o
professor dos anos iniciais absorva o lúdico presente na
15
Educação Infantil, tornando as aulas menos repetitivas, mais
prazerosas e desafiadoras, onde o aluno participe ativamente
do processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma a escola
deve proporcionar maior participação dos alunos em sala de
aula, explorando as diversas formas de linguagem, estimulando
de forma lúdica o processo de alfabetização.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos:
[...] é preciso garantir que a passagem da Pré-Escolapara o Ensino Fundamental não leve a ignorar osconhecimentos que a criança já adquiriu. Igualmente, oprocesso de alfabetização e letramento, com o qual elapassa a estar mais sistematicamente envolvida, não podesofrer interrupção ao final do primeiro ano dessa novaetapa da escolaridade (BRASIL,2010, p. 121).
Dessa forma é necessário acompanhar o processo de
alfabetização de cada aluno, pois ao entrar na escola seu
desenvolvimento e suas capacidades irão ser trabalhadas de
acordo com a ação do professor a qual terá um entendimento
mais amplo sobre os principais conteúdos do currículo escolar.
Será nos anos iniciais, o momento que a criança irá
desenvolver a capacidade de representação, importante para a
aprendizagem da leitura, conceitos matemáticos e a compreensão
da realidade que a cerca, pois nessa fase ela terá maior
interação com os ambientes, destacando a escola. Com isso o
ambiente escolar deve ser estruturado e organizado para
receber essas crianças com qualidade e eficácia, favorecendo a
ampliação de novos conhecimentos e habilidades.
Toda a instituição escolar necessita de uma estrutura de
organização interna, geralmente prevista no Regimento Escolar
16
ou em legislação específica estadual ou municipal. O termo
estrutura tem aqui o sentido de ordenamento e disposição das
funções que asseguram o funcionamento de um todo, no caso a
escola.
4.2 ENSINO MÉDIO
O ensino médio é a etapa final da educação básica, onde
compreende os últimos três anos e pode ser considerado como
uma fase de grande importância para a formação profissional do
ser humano, pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (lei 9394/96) essa etapa tem como finalidade, como
está ressaltado no artigo 35:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentosadquiridos no ensino fundamental, possibilitando oprosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadaniado educando, para continuar aprendendo, de modo a sercapaz de se adaptar com flexibilidade a novas condiçõesde ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana,incluindo a formação ética e o desenvolvimento daautonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando ateoria com a prática, no ensino de cada disciplina(BRASIL, 1996, p.12).
Dessa forma o ensino médio passa a ter um padrão mais
elevado de ensino, contribuindo para que os adolescentes saiam
qualificados para ingressarem no mercado de trabalho, com esse
propósito foi criado então o ensino médio inovador, que tem
como objetivo dar uma visão mais atraente para essa etapa,
pois muitos adolescentes terminavam o ensino fundamental e
17
saiam da escola, pois não estavam mais interessados ou porque
precisavam de um trabalho.
Com isso o ensino médio inovador chegou para mostrar aos
adolescentes dos 15 aos 17 anos de que é possível continuar na
escola, mas de uma forma muito mais prazerosa, com isso esse
projeto busca oportunizar aos adolescentes novos conhecimentos
e a construção de novas habilidades para que ele saia
preparado para construir uma carreira de sucesso no mercado de
trabalho e um cidadão digno e culto perante a sociedade.
Para que o ensino nessa etapa seja de qualidade é preciso
que o professor use uma metodologia que atenda as necessidades
do adolescente, buscando por métodos interdisciplinares,
fazendo relação entre teoria e prática, preparando o ser
humano para o mercado de trabalho e para o exercício da
cidadania.
4.3 GESTÃO DOS PROCESSOS EDUCATIVOS
Para que uma organização – grupo de pessoas que interagem
entre si, a fim de alcançar objetivos – possa ter um bom
funcionamento, ela precisa da tomada de decisões e da direção
e controle da mesma, esse processo então pode ser intitulado
como gestão. Diante dos fatos Libâneo da um significado para a
palavra gestão.
Os processos intencionais e sistemáticos de se chegar auma decisão e de fazer a decisão funcionar caracterizama ação que denominamos gestão. Em outras palavras, agestão é a atividade pela qual são mobilizados meios eprocedimentos para se atingir os objetivos daorganização, envolvendo, basicamente, os aspectos
18
gerenciais e técnicos administrativos (LIBANEO, 2008, p.101).
Parafraseando Libâneo, Oliveira e Toschi (2011) a gestão
escolar possui duas concepções: a técnico-científica e a
sociocrítica. A primeira é uma concepção fechada, tendo como
base a hierarquia, onde a direção é centralizada em uma
pessoa, e os professores, alunos, pais e funcionários da
escola não participam na tomada de decisões. Na visão técnico-
científica as áreas são fragmentadas, ou seja, não trabalham
juntas, pois cada um deve exercer a sua função
individualmente. Essa concepção apresenta como características
a descrição detalhada das tarefas, centralização do poder, as
relações são de subordinação, o foco está no produto, e possui
a existência de vencedores e perdedores. Para essa concepção
Libâneo, Oliveira e Toschi afirmam o seguinte:
A versão mais conservadora dessa concepção é denominadade administração clássica ou burocrática. A versão maisrecente é conhecida como modelo de gestão da qualidadetotal, com utilização mais forte de métodos e práticasde gestão da administração empresarial (LIBÂNEO,OLIVEIRA E TOSCHI, 2011, p. 324).
Nessa concepção encontramos uma realidade neutra, técnica
e racional, sendo organizada para alcançar resultados de
eficácia e eficiência. Essa ideia é muito encontrada nas
empresas, onde funcionários são submetidos aos seus patrões,
fazendo tudo que for solicitado para que possam estar
garantindo uma vaga no quadro de funcionários, também devem
desempenhar sua função com qualidade para que dessa forma
possam estar gerando mais lucro para a empresa.
19
Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2011) a segunda
concepção, denominada sociocrítica, busca lidar com as
pessoas, com o conjunto, e tem como foco a construção da
cidadania. No processo de tomada de decisões, a participação é
coletiva possibilitando a colaboração de todos os membros do
grupo. Essa concepção se divide de três formas:
autogestionária, interpretativa e democrático-participativa.
A primeira baseia-se na responsabilidade coletiva, e não
possui direção centralizada, recusando o exercício da
autoridade, valorizando a capacidade do grupo de criar suas
próprias normas e procedimentos. A segunda tem como prioridade
as intenções e a interação das pessoas. Apresenta como
característica o uso do convencimento, valoriza a
interpretação de cada um e a construção de normas é coletiva.
A última forma de gestão é a democrático-participativa, que
está baseada essencialmente na relação entre direção e os
membros da equipe. Defende a coletividade nas decisões e a
busca pelos objetivos comuns, porém uma vez tomada as
decisões, cada um deve ser responsável pela sua parte no
trabalho. Apresenta como característica a definição explícita
dos objetivos, ênfase tanto nas tarefas quanto nas relações,
ações transparentes e compromisso com a transformação social.
Essa forma de gestão pode ser considerada a mais correta, pois
busca o equilíbrio do trabalho escolar, dando possibilidades
para a construção de um ambiente sadio e prazeroso, promovendo
dessa forma uma educação de qualidade.
4.4.1 A gestão escolar e a legislação
20
A gestão democrático-participativa ganha força a partir do
momento que é defendida pela Constituição Federal de 1988,
onde afirma em seu artigo 206 que a educação no Brasil deve
ser democrática e participativa, como mostra o inciso VI,
desse artigo: “gestão democrática do ensino público, na forma
da lei” (BRASIL, 1988). Essa forma de gestão também é
valorizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996), que declara em seu
artigo 3º, no inciso VIII, que o ensino deverá ser ministrado
de acordo com os seguinte princípio: “gestão democrática do
ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino”. No artigo 14 dessa mesma lei, fica claro
que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação naelaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local emconselhos escolares e equivalentes (BRASIL, 1996, p.6).
Diante dos fatos, compreende-se que a gestão escolar deve
assumir a forma democrática e participativa, possibilitando
novas mudanças na organização, conforme o contexto que ela
está inserida.
4.4.2 Gestão democrática e seus quatro elementos
A gestão democrática tem como base quatro elementos
essenciais que segundo Gracindo (2009) são eles: participação,
autonomia, transparência e pluralismo. A primeira possibilita
o envolvimento de todos os membros da escola no momento das
21
decisões e a participação na organização escolar, e de acordo
com Libâneo, Oliveira e Toschi a participação proporciona:
[..] melhor conhecimento dos objetivos e das metas daescola, de sua estrutura organizacional e de suadinâmica, de suas relações com a comunidade, e propiciaum clima de trabalho favorável a maior aproximação entreprofessores, alunos e pais (LIBÂNEO, OLIVEIRA E TOSCHI,2011, p. 328).
Em paralelo a participação está à autonomia, que significa
a capacidade que as pessoas possuem para conduzir sua própria
vida, e no contexto da instituição escolar, essa autonomia
surge pela participação na escolha de objetivos e nos
processos do trabalho escolar. O terceiro elemento é o
pluralismo, que reconhece que o pensamento e o interesse das
pessoas podem ser diferentes, mas que favorecem o surgimento
de novos debates e conflito de ideias, levando ao processo
democrático, e o último elemento é a transparência que está
ligada a ideia de escola como um espaço público, ou seja, o
processo educacional que ocorre na instituição escolar deve
estar visível para a sociedade. Esses quatro elementos
proporcionam uma base forte para que a gestão democrática seja
realizada com sucesso.
4.4 A PRÁTICA EM SALA DE AULA
A formação continuada vem favorecer a prática do
professor, fornecendo uma estrutura para a formação do aluno
que está iniciando sua alfabetização, assim vinculando meios e
didáticas para que as capacidades e objetivos sejam alcançados
22
dentro do contexto esperado pela etapa do Ensino Fundamental.
Estas modalidades de ensino necessitam ser vivenciadas pela
prática, pois a escola é o intermediador que dá acesso ao
conhecimento determinado pelo ensino que deve ter uma
abrangência muito relevante dentro das aplicações das
atividades dos anos em que atuam os professores
alfabetizadores ou não.
Se quisermos que o professor trabalhe numa abordagemsócio-construtivista, e que planeje e promova na sala deaula situações em que o aluno estruture suas ideias,analise seus próprios processos de pensamento (acertos eerros), expresse seus pensamentos, resolva problemas,numa palavra, faça pensar, é necessário que seu processode formação tenha as mesmas características. Parececlaro que as inovações introduzidas no ensino dascrianças correspondam mudanças na formação inicial econtinuada dos professores (LIBÂNEO, 1998, p. 87).
Assim entende-se que estes precisam estar sempre em
processo de formação continuada para que possam estar em atual
comprometimento com a globalização e evolução das tecnologias.
De acordo com os Referenciais para a Formação de
Professores (BRASIL, 1998, p. 56) “a formação precisa
intencionalmente possibilitar o desenvolvimento do professor
como pessoa, como profissional e como cidadão”. Para que os
professores tenham uma formação adequada, é preciso que eles
sejam trabalhados contemplando o todo, dando oportunidade para
que este desenvolva competências necessárias para a função que
vai exercer.
Os relatos e experiências vivenciadas sobre a diversidade
de práticas em sala de aula, envolvendo o ensino fundamental,
permite compreender que essas necessitam ser ampliadas para
23
que em contextualização com toda a equipe pedagógica construa
novos horizontes de conhecimentos e esclarecendo a importância
dos mesmos para a construção de uma vivência mais reflexiva
sobre a realidade.
Quando a pessoa se inicia na tarefa de alfabetizar, terao seu lado alguém para trocar ideias e discutirproblemas costuma ser um auxílio precioso. Mesmo depoisde possuir experiência, uma boa prática é unir-se a umou mais colegas que estejam alfabetizando para fazer umtrabalho coletivo de reflexão e crítica. (CARVALHO,2007, p. 46)
A capacidade de tornar crítico é condição imprescindível
para que o indivíduo almeje, entenda o mundo para além do
observado, estabelecendo relações de causa e efeito,
construindo explicações entre ambas, e assim, se forma a
essência do conhecimento.
Ao pesquisar, ler, observar experiências que já deram
certo é possível a abertura de novos horizontes para que os
professores encontrem meios envolvendo todos os alunos
trabalhando a interdisciplinaridade e a inclusão. Segundo
Referenciais para a Formação de Professores:
O trabalho do professor visa o desenvolvimento dosalunos como pessoas, nas suas múltiplas capacidades, enão apenas a transmissão de conhecimentos. Isso implicauma atuação profissional não meramente técnica, mastambém intelectual e política. (BRASIL, 1998, p. 19).
Para atuação da prática no Ensino Fundamental os
professores são os responsáveis pela aprendizagem dos alunos,
mesmo os casos mais difíceis que encontra-se em sala, ou seja,
aqueles alunos com dificuldade de aprendizagem, que sofrem
24
para alcançar os objetivos propostos. As formas lúdicas de
aprendizagem vão amenizando as dificuldades e estimulam para
que estes continuem buscando desafiar a sua dificuldades.
4.5.1 A alfabetização no Ensino Fundamental: anos iniciais
É possível entender que a alfabetização é um direito de
todos e a importância de uma sociedade com conhecimentos
heterogêneos vem alavancar métodos de ensino que fortaleçam a
aprendizagem superando as dificuldades pelas quais passa o
processo educação formando assim uma pessoa letrada.
Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina: EstudosTemáticos:
Entender a alfabetização como uma atividadeinterdiscursiva e de interação, implica refletir como ofazer pedagógico possibilita as crianças o dizer e oescrever sobre o que pensam, o que desejam, o quesonham, o que falam e como falam. Pressupõe açõescompartilhadas no cotidiano da sala de aula, priorizandoa mediação com outro pela palavra. É o domínio destascapacidades e seu uso efetivo em práticas sociais quecaracterizam a alfabetização como prática que produz oletramento. (SANTA CATARINA, 2005, p 23)
Para obter resultados mais abrangentes sabe-se que cabe ao
professor observar e acompanhar o planejamento diariamente,
também o plano de aula necessita estar adequado para que as
atividades nele propostas sejam concluídas, tudo deve estar
visando o processo de evolução dos eixos que norteiam a
alfabetização dos quais busca alcançar no índice municipal.
No entanto a escola precisa estar organizada de forma em
que possa sustentar uma qualidade de ensino que favoreça ao
trabalho do professor e também a aprendizagem do aluno.
25
Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina (2005, p.33)
“o ambiente físico de uma classe de alfabetização constitui
grande estímulo para a criança entrar no mundo do
conhecimento. Deve ser envolvente, preparado sistemática e
intencionalmente e possibilitar a interação para o processo de
conhecimento ser contemplado”.
Contudo a criança aos poucos irá aprendendo, cabe à escola
possibilitar atividades que envolvam a aprendizagem sem perder
tempo com a decoreba, pois o método tradicional hoje vai sendo
orientado a uma nova forma de ensinar. A forma lúdica, jogos,
brincadeiras, música, poesia, teatros, dramatizações,
paráfrases, entre outros, vem dando ênfase de que o aluno se
tornará mais reflexivo e capaz de conviver melhor em
sociedade.
Quando a pessoa se inicia na tarefa de alfabetizar, terao seu lado alguém para trocar ideias e discutirproblemas costuma ser um auxílio precioso. Mesmo depoisde possuir experiência, uma boa prática é unir-se a umou mais colegas que estejam alfabetizando para fazer umtrabalho coletivo de reflexão e crítica. (CARVALHO, p.46, 2007)
Sabe-se que o professor em sua função por direito deve
mostrar o caminho para concretização da Alfabetização na Idade
Certa, ele deve buscar a interação dos familiares para a
função que lhes é permitida de ajudar na formação de educação
dos filhos. O aluno deve acompanhar o conhecimento e sentir-se
parte interessada pela aprendizagem.
Para que o processo de alfabetização nos anos iniciais
aconteça com uma ênfase positiva, a rotina de trabalho em sala
de aula não há uma receita pronta, necessita ser acompanhada
26
dos métodos planejados, livros didáticos, jogos e atividades
diversificadas, estas podem estar sendo as principais bases
que influenciarão na perspectiva de alfabetização e letramento
dos alunos. Pode-se compreender segundo Carvalho (2007, p.67)
que, “não se ensina a gostar de ler e escrever por decreto, ou
por imposição, nem se forma leitores por meio de exercícios de
leitura e gramática rigidamente controlados. Para formar
indivíduos letrados, a escola tem que desenvolver um trabalho
gradual e contínuo”.
Em cada etapa o aluno vai tornando capaz de agregar novos
conhecimentos, ele não vai aprender tudo de uma vez só e para
isto é que vale conhecer bem a forma do processo de
Alfabetização na idade Certa, o momento de Introduzir, Retomar
e Consolidar. Portanto se nos primeiros anos de educação
infantil a criança não tiver uma base bem que suporte o
equilíbrio, com certeza ela vai encontrar dificuldades também
na alfabetização.
O mundo em que se vive hoje necessita de aspectos
fundamentais como carinho, afeto e atenção. Os professores
além de passar o conteúdo com a sala cheia de alunos vão
inserir no seu cotidiano estas habilidades que vão
transformando vidas. Não basta querer mudar, portanto é
preciso ter apoio, estrutura, organização para um bom
funcionamento de tudo o que vem por aí, a educação só será de
qualidade quando a humanidade se der conta de quanto tempo
está jogando fora.
4.5 O PLANEJAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR
27
A gestão na escola, se dá de maneira clara e objetiva
quando é pensada e é seguida por todos, dessa maneira
começando pela gestão de sala de aula que o professor
necessita realizar todos os dias, ou seja o planejamento que
ele faz, é a gestão no contexto de cotidiano de sala de aula.
No cotidiano do ser humano o planejamento se faz presente,
pois tudo o que ele realiza necessita de uma reflexão para a
sua ação. Desde o momento em que acorda o homem já planeja seu
dia, para que no final tudo tenha corrido de forma positiva.
Da mesma forma acontece com o educador na escola, onde
diariamente precisa organizar suas estratégias didáticas
pedagógicas. Esse ato de planejar é o início do processo de
ensino e aprendizagem, tornando-se o caminho para o professor
percorrer, norteando a sua didática.
Nesse contexto escolar, o professor precisa estar atento a
todo o tipo de conhecimento, levando em conta as diferentes
tecnologias, e saber como trabalhá-las dentro e fora de sala
de aula, dessa maneira deve ter coerência em organizar as suas
aulas para que a aprendizagem aconteça com privilégio.
Tem como ponto de partida o conhecimento da realidadeonde o processo educativo se desenvolverá. Para tal énecessário que se faça coletas de informações sobre osaspectos significativos da realidade, seguindo-se aanalise e interpretação das mesmas e cujo resultado serásubsidio ao planejamento. O planejamento deveráconsiderar os múltiplos aspectos que deverão serabrangidos pela ação administrativa. O processo deplanejamento dará origem a um documento denominadoplano. Devido a importância que representa quanto aoêxito da administração escolar e aos benefícios queoferecerá aos educandos e a sociedade, o planejamentodeverá ser realizado com o maior esmero (MARTINS,1991,p.33).
28
Nessa visão o planejar, o agir do professor é uma maneira
de gestão que contribui para que as relações de aprendizagem
aconteçam. Assim, o planejamento não pode ser visto como algo
isolado do ensino, mas sim age em contrapartida como um
documento necessário para que o professor possa se organizar
em sua docência.
O planejamento pela concepção de muitos autores se trata
de uma metodologia essencial para a realização da prática
escolar. Relatando que é o planejamento que dirige toda a ação
do professor tanto dentro de sala de aula, quanto nas suas
estratégias pedagógicas realizadas fora de sala de aula.
Um planejamento eficaz consiste em estabelecer pequenasmetas que devem ser alcançadas gradativamente. Uma metaé um objetivo em propósito. Nada acontece, nenhum passona educação é dado sem que antes se estabeleça umobjetivo. A aprendizagem se faz passo a passo. Uma casase constrói de tijolo em tijolo (LOCH, 1995, p.20).
Desta forma entende-se ser possível fazer relação do
planejamento com a realidade dos indivíduos, tanto em sala de
aula como em seu cotidiano, pois em todas essas situações a
organização de metas esta presente, consequentemente
alcançando os objetivos e construindo uma aprendizagem
significativa.
Mas para que fique clara a ideia de gestão de sala de
aula, observou-se a opinião dos dois autores e outros que não
estão entre as citações, se faz claro a noção de gestão
educacional principalmente Martins (1991) onde coloca que o
professor é o colaborador de uma gestão participativa, não é
só o gestor a pessoa que dirige a escola, se o mesmo não
29
souber as suas metas, os seus objetivos assim como afirma Loch
(1995) ele não conseguira administrar a sala de aula, e assim
a escola não vai bem, não obtêm um ensino de qualidade como se
é esperado.
Por isso a ideia de conhecer a gestão de maneira integral
dentro de todo o processo da escola, não somente a
administração dela, mas primeiramente a ação em que o
professor realiza dentro de sala de aula com os seus alunos,
para depois a gestão da unidade escolar.
Esse planejamento não pode estar dissociado da realidade
do aluno e das necessidades em que este se encontra, bem como
as implicações da turma e as suas dificuldades e habilidades.
4.5.1 A importância do planejamento para a docência
Nota-se a necessidade do uso do planejamento em qualquer
área para indicar as prioridades básicas, na qual se determina
os recursos e meios a serem utilizados para execução das
metas, no âmbito escolar faz-se necessário para facilitar,
ajudar nas ações e coordenação do trabalho docente. O ato de
planejar não é apenas o preenchimento de formulários, mas
serve de referência envolvendo todo o processo de ensino e de
aprendizagem da instituição.
O planejamento educacional torna-se necessário, tendo emvista as finalidades da educação; mesmo porque, é oinstrumento básico para que todo o processo educacionaldesenvolva a sua ação, num todo unificado, integradotodos os recursos e direcionando toda a ação educativa(MENEGOLLA e SANT’ANNA,2010, p.29).
30
O planejamento pode também não ser nem apenas considerado
como um ato técnico, mas também pode ser considerado um
documento cientifico, pois ele engloba todo o entorno da
escola, todo o contexto social da escola e da comunidade, pois
todo trabalho realizado em sala tem certo impacto na vida e no
desenvolvimento da rotina escolar.
Quando se fala em planejamento, a própria palavra
demonstra a necessidade de um pensar no ato educacional, algo
como uma previsão que o trabalhado em sala de aula pelo o
professor. Os recursos utilizados pelo educador na hora de
planejar podem ser de diversas formas e materiais.
O ato de planejar, como todos os outros atos humanos,implica escolha e, por isso, esta assentado numa opçãoaxiológica. E uma atividade meio, que subsidia o serhumano no encaminhamento de suas ações e na obtenção deresultados desejados, portanto, orientada por um fim. Oato e planejar se assenta em opções filosófico-politicas, são elas que estabelecem os fins de umadeterminada ação. E esses fins podem ocupar um lugartanto no nível macro como no nível micro da sociedade.Situe-se onde se situar, e um ato axiológicocomprometimento (LUCKESI, 2001, p.106).
Compreende-se que o planejamento escolar é uma atividade
sistemática, no qual um dos principais objetivos é de acordo
com Libâneo (1992), facilitar o trabalho de ensino
aprendizagem. O planejamento do professor deve integrar-se aos
seus alunos que aconteça um processo dinâmico na integração
das relações sociais, na qual a ação de planejar não está
relacionada apenas ao que se coloca no papel, mas no
desenvolvimento das atividades elencadas em sala de aula.
31
Os planos de aula também podem ser vistos como guia de
orientação, pois é nele que o professor estabelece as
atividades e as direciona nas ações e os procedimentos que
estariam sendo usados como objetos de estudo. Portanto Martins
(1990) relata que “o planejamento educacional deve partir de
um estudo cientifico da realidade onde ira desenvolver-se o
processo educacional e, mediante as constatações, montar os
esquemas de atuação”. Tem-se o entendimento de que o processo
de planejar deve ser uma sequência direta onde um assunto se
interligue com o outro, onde o próprio educando se direcione
no conteúdo e consiga acompanhar o desenrolar das aulas. Se o
conteúdo for interligado e em uma linguagem que seja de fácil
compreensão aluno associa com mais facilidade o que está sendo
repassado.
Com isso, o planejamento deve abranger a necessidade das
escolas e principalmente as necessidades dos alunos, mostrar a
importância de como e do porque adquirir tal conhecimento.
4.5.2 Os conteúdos de ensino sob o olhar interdisciplinar
Sabe-se que aprendizagem nos anos iniciais se constitui na
utilização de planejamentos como poderoso auxiliar de todas as
disciplinas escolares e também como forma de motivação e
experiência por parte dos professores como um processo de
aprendizagem. A escolha dos conteúdos contribui muito para
este desenvolvimento, pois é uma interação entre a criança e o
meio em que se inicia a aprendizagem.
32
Contudo os conteúdos devem listar os assuntos ou temas do
currículo escolar, para assim dar uma finalidade da atividade
de uma forma científica para a construção de um conhecimento
comprovado, desta forma é preciso entender o conteúdo:
[...] como tudo o que se tem que aprender para alcançardeterminados objetivos que não apenas abrangem ascapacidades cognitivas, como também incluem demaiscapacidades. [...] Portanto, também serão conteúdos deaprendizagem todos aqueles que possibilitem odesenvolvimento das capacidades motoras, afetivas, derelação interpessoal e de inserção social (ZABALLA,1998, p. 30).
Ao conviver com os colegas e produzir atividades
interdisciplinares, por meio de uma didática motivadora, a
criança é levada a assumir atitudes críticas, reflexivas,
curiosas e investigadoras que lhe desenvolvem a capacidade de
intervir, construir e transformar. Entretanto a prática em
sala de aula é um caminho seguro para que o lúdico seja
explorado no trabalho pedagógico sem desrespeitar a realidade
da criança. Enquanto experimenta, a criança constrói seu
conhecimento de forma significativa, pois cada ação da criança
é marcada pelo sentimento que a impulsiona a outras ações.
Por isso a classificação dos conteúdos a ser realizado não
tem por objetivo fragmentar o trabalho a ser realizado com os
alunos, segundo Zaballa (1998, p. 39), “é uma construção
intelectual que tem como propósito compreender o pensamento e
o comportamento das pessoas”.
Os recursos para trabalhar nos iniciais precisam
possibilitar uma maneira que não seja algo sem vida, mecânico,
deve-se partir de onde as crianças se encontram e ampliar seu
33
pensamento, seus sentidos, suas percepções de forma gradual.
Isto proporciona a oportunidade de uma expansão em todas as
direções possíveis, constituindo assim uma ampliação lógica do
seu próprio pensamento. As aulas precisam planejadas de tal
forma que a criança possa ter liberdade de ser ela própria, em
sua autenticidade, e pudesse relevar seus conhecimentos,
podendo avaliar seu próprio progresso, sem a imposição de um
sistema decisivo de classificação. Segundo Demo (2005), “é
imprescindível que o docente seja o autor das suas produções e
não apenas o mero reprodutor do saber já elaborado”. Portanto
ao selecionar os conteúdos do seu planejamento, o professor
precisa ser um questionador de sua prática, ampliando as
abordagens do livro didático para que ocorra a aprendizagem
dos alunos, agrupando valores a todas as disciplinas, de forma
interdisciplinar.
Os parâmetros curriculares nacionais tem como função
orientar o professor em relação aos conteúdos que devem ser
trabalhos no ensino fundamental, onde cada um deles tem seus
objetivos e sua organização, como descrito abaixo:
4.5.2.1 Educação Física
A educação física destina-se a promover os
desenvolvimentos físicos, sociais, emocionais e mentais da
criança por meio da atividade corporal. É importante lembrar
este conceito de educação física:
É o conjunto de atividades físicas, metódicas eracionais, que se integram ao processo de educaçãoglobal, visando ao pleno desenvolvimento do aparelholocomotor, bem como ao desenvolvimento normal das
34
grandes funções vitais e ao melhor relacionamentosocial. (Hurtado, 1987, p. 15).
A educação física tem como finalidade contribuir para a
educação integral da criança promovendo o seu desenvolvimento.
A partir dos primeiros movimentos motores da criança já se faz
necessário seguir os objetivos gerais da educação física.
Alguns princípios da disciplina devem ser considerados para o
desenvolvimento da mente e do corpo da criança.
Quanto aos conteúdos a serem trabalhados na disciplina de
Educação Física de acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais (1997) ele se constituí em três blocos:
1. Jogos, Ginásticas, Esportes e Lutas;
2. Atividades Rítmicas e Expressivas;
3. Conhecimento sobre o corpo;
Os blocos são descritos a seguir conforme consta nos
Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Educação
Física (1997):
1. Jogos, Ginásticas, Esportes e Lutas;
Os jogos podem ser adaptados conforme a idade da criança
em funções do espaço, do material disponível, conforme o
numero de alunos, etc. Possui três classificações:
competitivo, cooperativo ou recreativo. Inclui-se aqui os
jogos regionais, jogos de mesa, de tabuleiro e as brincadeiras
de um modo geral.
As ginásticas são caracterizadas como trabalho corporal
dotado de técnicas, possui caráter individualizado com varias
finalidades. Envolve ou não utilização de aparelhos. A
ginástica pode ser trabalha tanto em lugares abertos ou
35
fechados. O bloco do Conhecimento sobre o corpo é bastante
evidenciado na ginástica, pois o conhecimento é explicado com
nitidez.
Os esportes possuem regras de caráter oficial e
competitivo, sendo organizadas em federações internacionais,
nacionais e regionais que reconhecem a atuação amadora e
profissional. Evolvem equipamentos e espaços como campos,
piscinas, bicicletas, ginásios, pistas, entre outros. A
divulgação da mídia favorece a popularização dos esportes.
As lutas são competições onde os participantes são subjugados,
conforme as técnicas e estratégias de desequilíbrio, ataque e
defesa, contusão, imobilização, entre outros. Ocorrem punições
de atitudes violentas e deslealdade. Ex: capoeira, judô como
também cabo de guerra.
2. Atividades Rítmicas e Artísticas
São manifestações da cultura corporal, que se caracterizam
pela comunicação e expressão por meio dos gestos e
incitamentos sonoros de base, para o movimento corporal. São
as danças e brincadeiras com musicas.
Os conteúdos deste bloco são diversificados e amplos,
dependem muito da localização da escola. No Brasil existe uma
riqueza de manifestações rítmicas e danças que podem ser
trabalhadas, promovendo a cultura, contando a história do
país, possui um leque de possibilidades de aprendizagem.
3. Conhecimento sobre o corpo
36
Diz respeito ao conhecimento e conquistas individuais,
perceber o próprio corpo por meio dos sentidos. O corpo é
entendido como um organismo integrado e que interagem com o
meio externo, sentindo dor, alegria, medo, entre outros. O
corpo é o centro da relação entre o vivido e o universo. No
ensino Infantil o conhecimento do corpo é abordado de maneira
básica.
O esquema corporal é gradativamente revelado á criança,
evidencia-se poupo a pouco para a criança, o contorno, forma e
coloração cada vez mais nítidas.
As habilidades motoras devem ser aprendidas durante toda a
escolaridade, devem ser abordados também nos outros blocos,
observados e vivenciados dentro dos jogos, atividades lúdicas,
recreações, esportes, lutas e danças.
Os hábitos posturais e atitudes corporais também entram no
conhecimento corporal. Podem ser abordados e explicados
assuntos de História, Geografia e Pluralidade Cultural,
trabalhando-se juntamente com os professores em sala de aula.
(EX: os orientais sentam-se no chão com as costas eretas).
Pode-se estar incluindo a postura com que os alunos devem
sentar-se na classe.
Embora estejam elencados separadamente: Conhecimento sobre
o corpo está incluído nos demais, mas pode tranquilamente ser
trabalho de forma separada.
A Educação Física tem uma vantagem em relação as outras
disciplinas, ela pode adequar-se ao meio que está inserida (ao
37
grupo social que irá trabalhar). Essa liberdade na escolha é
benéfica ao processo educacional do aluno.
4.5.2.2 Ciências Naturais
Formar um cidadão crítico exige que ele seja inserido em
uma sociedade que valoriza cada vez mais o conhecimento
científico e tecnológico. Dessa forma, segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o ensino de Ciências Naturais
(2000), o papel das Ciências Naturais será de colaborar para o
melhor entendimento do mundo e de suas transformações, onde o
homem possa ser um indivíduo participativo e parte integrante
do Universo. Os conceitos e procedimentos que são ensinados
nessa área contribuem para um melhor entendimento sobre os
fenômenos da natureza, os modos de intervenção sobre a mesma e
a compreensão das mais variadas formas de utilizar os recursos
naturais.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino
de Ciências Naturais (2000):
[...] é necessária a construção de uma estrutura geralda área que favoreça a aprendizagem significativa doconhecimento historicamente acumulado e a formação deuma concepção de Ciência, suas relações com a Tecnologiae com a Sociedade. Portanto, é necessário considerar asestruturas de conhecimento envolvidas no processo deensino e aprendizagem — do aluno, do professor, daCiência. (BRASIL, 2000, p. 31).
Porém esse processo o aluno não constrói sozinho, mas com
a intervenção do professor, onde o mesmo irá orientar e
encaminhar o aluno, criando situações interessantes e
38
significativas, que favoreçam a ampliação dos conhecimentos
prévios, articulando-os com os conhecimentos já adquiridos. No
ensino fundamental o conhecimento científico acontecerá
gradualmente, ou seja, no primeiro ciclo o aluno construíra
conjuntos de imagens, fatos e noções e os conceitos
científicos ficará para os ciclos finais.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o
ensino de Ciências Naturais (2000):
Em Ciências Naturais são procedimentos fundamentaisaqueles que permitem a investigação, a comunicação e odebate de fatos e ideias. A observação, aexperimentação, a comparação, o estabelecimento derelações entre fatos ou fenômenos e ideias, a leitura ea escrita de textos informativos, a organização deinformações por meio de desenhos, tabelas, gráficos,esquemas e textos, a proposição de suposições, oconfronto entre suposições e entre elas e os dadosobtidos por investigação, a proposição e a solução deproblemas, são diferentes procedimentos que possibilitama aprendizagem (BRASIL, 2000, p. 34).
Dessa forma cabe ao professor planejar, selecionar e
organizar bem as suas aulas, para que possa promover o avanço
intelectual de seus alunos e para construção da formação
social.
Em relação aos conteúdos a serem trabalhados, segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Ciências
Naturais (2000) são quatro os blocos temáticos propostos para
o ensino fundamental:
1 – Ambiente
2 – Ser Humano e saúde
3 – Recursos Tecnológicos
4 – Terra e Universo
39
Ambiente: Neste tema é discutido sobre os problemas ambientais
e fatores econômicos, sociais e históricos. E como conteúdo
escolar, essa temática permite entender as relações entre
sociedade e ambiente, marcadas pelas necessidades humanas,
seus conhecimentos e valores.
Ser humano e saúde: Para o aluno o conhecimento sobre o corpo
humano é muito importante pois dessa forma ele tem um
entendimento melhor acerca do seu próprio corpo, entendendo
que é seu, e é único. Essa visão favorece atitudes de respeito
e de uma melhor auto-estima, desenvolvendo o respeito pelas
diferenças que os cercam.
Recursos tecnológicos: Diz respeito às discussões acerca das
relações entre ciências, tecnologia e sociedade, envolvendo o
Brasil e o mundo, tanto no passado quanto no presente. Nesse
bloco temático serão estudado sobre a origem e o destino
social dos recursos tecnológicos, as consequências para a
saúde pessoal e ambiental, e as vantagens sociais do emprego
de algumas tecnologias.
O ensino de ciências não deve estar voltado apenas para
uma aprendizagem futura, pois a criança começa a ser cidadã a
partir de hoje, dessa forma conhecer ciências é permitir a sua
participação social e capacidade plena agora e no futuro,
formando um cidadão crítico e culto, que esteja preparado para
as transformações científicas e tecnológicas que irão conduzir
a sociedade.
40
4.5.2.3 Geografia
O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreenderem
de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela
interfiram de maneira mais consciente, sendo preciso que
adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e
procedimentos básicos, de modo a poder não apenas compreender
as relações socioculturais e o funcionamento da natureza, mas
também saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a
realidade.
Está disciplina estuda as relações entre o processo
histórico que regula a formação das sociedades humanas e o
funcionamento da natureza, por meio da leitura do espaço
geográfico e da paisagem. Assim com a mesma precisa trabalhar
com diferentes noções espaciais e temporais, bem como os
fenômenos sociais, culturais e naturais, característicos de
cada paisagem.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: história e
geografia:
Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino daGeografia pode e deve ter como objetivo mostrar ao alunoque cidadania é também o sentimento de pertencer a umarealidade na qual as relações entre a sociedade e anatureza formam um todo integrado, constantemente emtransformação do qual ele faz parte e, portanto, precisaconhecer e sentir-se como membro participante,afetivamente ligado, responsável e comprometidohistoricamente (BRASIL, 2000, p. 13).
Contudo, espera-se que ao longo dos oito anos do ensino
fundamental, os alunos construam um conjunto de conhecimentos
referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados
41
à Geografia. No que se refere ao ensino da mesma, para os
Parâmetros Curriculares Nacionais: história e geografia os
alunos precisam ser capazes de:
Conhecer a organização do espaço geográfico e o
funcionamento da natureza em suas múltiplas relações;
Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos
geográficos;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da
Geografia para compreender o espaço, a paisagem, o
território e o lugar, seus processos de construção,
identificando suas relações, problemas e contradições;
Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de
diferentes fontes de informação, de modo a interpretar,
analisar e relacionar informações sobre o espaço
geográfico e as diferentes paisagens;
Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter
informações e representar a espacialidade dos fenômenos
geográficos;
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sócio
diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e
indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia
(BRASI L, 2000, p. 122).
Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é algo
importante para a vida em sociedade, em particular para o
desempenho das funções de cidadania, pois cada cidadão, ao
conhecer as características sociais, culturais e naturais, é
possível comparar, explicar e compreender as múltiplas
42
relações que diferentes sociedades em épocas variadas
estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção de
seu espaço geográfico, portanto, os alunos podem desenvolver
hábitos e construir valores importantes para a vida em
sociedade.
Em relação ao ensino da Geografia é possível dividi-la em
1º e 2º ciclo. No primeiro ciclo, é preciso abordar questões
relativas à presença e ao papel da natureza e sua relação com
a ação dos indivíduos, dos grupos sociais e, de forma geral,
da sociedade na construção do espaço geográfico. Já no segundo
ciclo deve abordar as diferentes relações entre as cidades e o
campo em suas dimensões sociais, culturais e ambientais e
considerando o papel do trabalho, das tecnologias, das
informação, da comunicação e do transporte. O objetivo em si,
é que os alunos construam conhecimentos a respeito das
categorias de paisagem urbana e rural, como foram constituídas
ao longo do tempo e ainda o são, e como sintetizam múltiplos
espaços geográficos (BRASIL, 2000).
Finalmente, ensino de Geografia precisa ser ministrado de
forma mais dinâmica e instigante para os alunos, mediante
situações que problematizem os diferentes espaços geográficos
materializados em paisagens, lugares e territórios, fazendo
relações entre o passado e o presente, o específico e o geral,
as ações individuais e as coletivas.
4.5.2.4 HISTÓRIA
43
Tem como objetivo, o auxilio para que os alunos consigam
entender conteúdo de forma correta dominando os conhecimentos
de que necessitam para crescer como cidadãos plenamente
reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade.
O propósito do Ministério da Educação ao consolidar os
parâmetros é apontar metas de qualidade que ajudem o aluno a
enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexível
e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres. Os
parâmetros serão instrumento útil no apoio pedagógico da
escola, na elaboração de projetos educacionais.
A história tem sido um conteúdo no currículo escolar
autônomas e significativa pois através do mesmo os alunos da
Educação Infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental
passam a ter um conhecimento voltado para as idéias de
mudanças constantes do novo cotidiano tecnológico. Os assuntos
a serem estudados será feito a partir dos locais que são
inseridos.
Considerando que as crianças estão no inicio da
alfabetização, deve-se dar preferência aos trabalhos, com
fotos mapas, filmes. O professor deve introduzir no contexto
do aluno a leitura e outras informações, para que se adquira
uma autonomia intelectual.
4.5.2.5 Matemática
Entende-se que os direitos de aprendizagem são trabalhados e
compartilhados a partir da organização dos conteúdos e eixos
que contemplem a aprendizagem dos alunos para a alfabetização
44
e letramento matemático, que, apesar de serem apresentados
separadamente, para fins de organização, devem ser abordados
de forma integrada para proporcionarem experiências com as
práticas de representar, pois são constituídos por conceitos,
propriedades, estruturas e relações. Sabe-se que os símbolos,
os signos, os códigos, as tabelas, os gráficos e os desenhos
são representações que atribuem significação às operações do
pensamento humano e são assim classificados:
Números e Operações;
Pensamento Algébrico;
Espaço e Forma/Geometria;
Grandezas e Medidas;
Tratamento da Informação/Estatística e probabilidade.
Segundo Pacto de Nacional pela Alfabetização na Idade Certa;
Apresentação (2014, p.42):
Números e OperaçõesNeste eixo estão elencados os objetivos relativos aosnúmeros desde a contagem “um-a-um” até a construção doSistema de Numeração Decimal e seu uso nas operações,que tem como finalidade a resolução de problemas.Pensamento AlgébricoEste eixo diz respeito a uma série de habilidades que,de alguma forma, já constam nos outros eixos, seja noreconhecimento de padrões numéricos e na realização dedeterminados tipos de problemas, dentro do eixo númerosde operações, seja no reconhecimento de padrõesgeométricos e da classificação, presentes no eixo geo-metria.GeometriaO eixo Espaço e Forma ou Geometria é divido em doisgrandes objetivos. O primeiro é relativo a localização emovimentação e o segundo trata das formas geométricas.Grandezas e Medidas
45
Este eixo trata do desenvolvimento do ato de medirconsiderando as diferentes grandezas. Cabe salientar quequando nos referimos a medidas, não estamos objetivandoque a criança, desde cedo sistematize o uso de unidadespadronizadas, como o metro, o litro etc. Antes disso énecessário que se experiencie situações em que medirfaça sentido para elas.Educação EstatísticaO eixo Tratamento da Informação que, nesse conjunto decadernos, optamos por denominar Educação Estatística,trata de auxiliar o aluno a “reconhecer e produzirinformações, em diversas situações e diferentesconfigurações”.
Entretanto é fundamental explorar os conhecimentos e
habilidades dos educandos despertando a curiosidade, o
espírito investigador, a criaticidade. Assim pode-se
considerar que a escola passa a utilizar de uma estratégia de
ensino construtivista, em que o professor passa a ser o
mediador do conhecimento.
Entende-se que a criança necessita ser estimulada para
conseguir ir adiante, ou seja, para aprender a ler escrever e
gostar daquilo que esta fazendo, isso não depende só de quem
aprende, mas é também de quem ensina, por isso é preciso ter
profissionais qualificados para trabalhar com os alunos a
matemática mostrando a elas de forma interessante, por que é
preciso estudar sobre esse assunto, por que é preciso primeiro
alfabetizar conhecer, aprender para o contexto onde se vive.
4.5.2.6 Língua Portuguesa
Os eixos organizadores dos conteúdos da Língua Portuguesa
partem do pressuposto que a língua se realiza no uso e nas
práticas sociais, onde os indivíduos se apropriam dos
46
conteúdos, transformando-os em conhecimento por meio da ação
sobre eles. Sendo assim, é importante que a criança expanda
sua capacidade de uso da língua aperfeiçoando-a e adquirindo
outras situações lingüísticas significativas.
Os objetivos e conteúdos específicos são
divididos em prática de escuta de textos orais e leitura de te
xtos escritos, praticas
e produção de textos orais e escritos e prática
de análise linguística.
A linguagem verbal é resultado de textos orais ou escritos
produzidos para serem compreendido, são processos de produção
e compreensão, se desdobram em atividades de fala e escrita,
leitura e escuta. Estão relacionadas as quatro habilidades
linguísticas: falar, escutar, ler e escrever. São diferentes
práticas de
trabalho com a linguagem, cujo objetivo é desenvolver no aluno
o domínio da expressão oral e escritas em situações de uso
público da linguagem.
A todo momento os alunos são testados a utilizar a
linguagem oral com eficácia e saber adequá-la as intenções e
situações comunicativas seja falarem sobre as atividades,
conversar com os colegas, defender pontos de vistas, expressar
opiniões e relatar acontecimentos, participando de diferentes
situações de comunicação oral, os professores devem acolhe-los
respeitando os diferentes modos de falar.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000) os
conteúdos são propostos e organizados em função de eixo uso,
reflexão e uso, aparecem portanto como pratica de leitura,
47
prática de produção de textos e análise e reflexão da língua.
Os conteúdos aparecem ao longo da escolarização, variando
apenas o grau de aprofundamento, valorizando seus
conhecimentos anteriores e possibilitando a continuidade da
aprendizagem.
É necessário compreender que a leitura e a escrita são
práticas complementares, que se modificam no processo de
letramento sendo que a escrita, transforma a fala e a fala
influência na escrita. São práticas que permitem o aluno
construir seu conhecimento sobre os diferentes gêneros, sobre
os procedimentos adequados para ler e escrever.
O ensino da língua portuguesa apresenta a leitura e a
produção de textos como a base na formação do aluno. Conforme
Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa;
(...) a possibilidade de produzir textos eficazes temsua origem na prática de leitura, espaço de construçãoda intertextualidade e fonte de referênciasmodelizadoras. A leitura por um lado, nos oferece amatéria-prima para a escrita: o que escrever. Por outro,contribui para a constituição de modelos: como escrever(BRASIL, 2000, p.53)
Uma prática constante de leitura na escola pressupõe o
trabalho com a diversidade de textos que caracterizam as
práticas de leitura, o significado da leitura constrói pela
interpretação do leitor, a partir não só do que está escrito,
mas do conhecimento que traz sobre o texto.
O trabalho com produção de textos tem como finalidade
formas escritores capazes de produzir textos eficazes,
conhecendo as possibilidades que estão postas culturalmente,
sabendo selecionar o gênero, sabe elaborar resumo, sabe
48
esquematizar anotações que sabe expressar por escrito suas
opiniões e experiências. A atividade com leitura deve fazer
sentido para os alunos se a escola pretende converter a
leitura em objeto de aprendizagem deve preservar a natureza e
complexidade, sem descaracterizá-la, isso significa trabalhar
com textos; lendo por prazer cartas, crônicas, poemas,
histórias em quadrinhos, ler para se informar, textos
jornalísticos e ler para aprender textos, livros didáticos,
dicionários e manuais é preciso ler para aprender.
Com as produções de textos o escritor cuida a própria
escrita para assegurar sua coerência, coesão e correção, que
ganham utilidade nos conhecimentos sobre os aspectos
gramaticais.
4.6.3 A avaliação como possibilidade de aperfeiçoamento no
ensino aprendizagem
Compreende-se que a ampliação do Ensino Fundamental,
também é uma oportunidade de rever concepção e práticas de
avaliação do ensino-aprendizagem, partindo do princípio de que
a criança não poderá reprovar no primeiro e segundo ano trata
a avaliação como contínua e abrangente, uma função diagnóstica
da qual verifica se as dificuldades e o progresso da criança,
bem como a tomada de uma nova postura diante de assunto em
estudo. Entretanto a avaliação precisa possibilitar o
aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais Introdução
(1997, p. 55) a avaliação não deve ser utilizada somente para
49
verificar o sucesso ou fracasso do aluno, ela precisa ser
entendida como um conjunto de vários fatores que sustentam a
prática pedagógica, ela deve ser continua e sistemática para
observar qualitativamente o grau de conhecimento do educando,
levando em consideração o que o aluno traz de casa. Portanto a
avaliação é um instrumento pelo qual o professor pode se
orientar e saber em que nível a criança se encontra, podendo
assim ajudá-lo a seguir um caminho adequado para seu processo
de ensino e aprendizagem.
A avaliação deve ser utilizada pelo professor para avaliar
o aluno e se auto avaliar, é preciso observar e ver onde está
algum problema que for encontrado e de que forma poderá ser
melhorado, e quais atitudes e estratégias o professor deverá
usar para que haja o aprendizado.
Sabe-se que com a Inclusão de nove anos a avaliação
deverá ser levada em conta os aspectos qualitativos que serão
expressos em notas e em caso de alunos especiais a avaliação
será descritiva, com o objetivo de romper com esse caráter
meramente classificatório e de verificação dos saberes, que
busca constituir nos tempos e espaços da escola e da sala de
aula uma prática de avaliação ética e democrática.
Quando a avaliação do aproveitamento do aluno é
diagnóstica, auto avaliação, processual, e contínua de forma
global, mediante verificação de competência e de aprendizagem
de conhecimentos, em atividades de classe e extra classe,
incluídos os procedimentos próprios de recuperação paralela.
A unidade escolar pode oferecer novas oportunidades de
avaliação, sempre que verificado o aproveitamento insuficiente
50
durante os bimestres, assegurando a promoção de recuperação
paralela e prevalecerá o resultado maior obtido. Estas
decisões cabem ao conselho de classe em conjunto, para dar
condições de aprendizagem aos alunos com dificuldades
aplicando sempre novas avaliação e técnicas diferentes. É
feita no decorrer do processo ensino-aprendizagem.
4.7 EDUCAÇÃO ESPECIAL: PERSPECTIVAS EM RELAÇÃO À INCLUSÃO
Ao longo dos anos, a inclusão de crianças e adolescentes
no âmbito escolar, sofreu importantes avanços, considerando
que, congressos, declarações e leis estão focados cada vez
mais na possibilidade de inserção de pessoas com necessidades
especiais na sociedade. Segundo Salto para o futuro “a
Constituição Federal (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) estabelecem que a educação
é direito de todos, garantindo atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência” (BRASIL, 1999, p.
13).
Nesta perspectiva inclusiva da educação, torna-se
imprescindível que as escolas estejam preparadas para lidar
com as diferenças, sendo necessário que seus profissionais
sejam capacitados para oferecer oportunidades de atendimento
educacional que atendam às necessidades, as limitações e as
potencialidades de cada aluno. De acordo com salto para o
futuro, “assim, necessitamos de uma nova escola que aprenda a
refletir criticamente e a pesquisar. Uma escola que não tenha
medo de se arriscar, com coragem suficiente para criar e
51
questionar o que está estabelecido, em busca de rumos
inovadores, e em respostas as necessidades de inclusão”
(GOLFFREDO, 1997, apud BRASIL, 1999, p. 46).
Visando a melhoria do ensino, é necessário refletir sobre
a prática pedagógica em relação ao atendimento especializado,
considerando que o profissional da educação deve ter uma
qualificação específica para atender ás necessidades
educacionais especiais destes alunos tanto auditiva, visual,
mental, motora, dificuldades de aprendizagem dentre outras,
garantindo assim, a qualidade da educação. Pois, para incluir
é necessário romper com os preconceitos criados pela
sociedade, trabalhando com um objetivo de ter uma sociedade
mais justa, na qual os professores não tenham medo do novo,
dando-lhes formação adequada para que se sintam seguros em
sala de aula.
Porém não convém dizer que a inclusão é somente para
aqueles alunos com necessidades físicas e cognitivas, cada
educando deve ser envolvido na proposta da inclusão, para que
assim, seja possível o desenvolvimento de todos. “Quando
acreditamos no indivíduo, no seu potencial humano e na sua
capacidade de reconstruir seu futuro, o incluímos, e nossa
atitude torna-se o movimento que dará início ao seu processo
de emancipação” (CUNHA, 2011, p. 101).
Sendo assim, acredita-se que a escola precisa estar
aberta para a diversidade, e os professores atentos para
olhar, ver, ouvir, escutar e produzir novas narrativas a fim
de tornar a escola mais humana, de maior qualidade, com uma
prática geradora de transformações, rica em aprendizagens
52
significativas. Afinal de contas, o sujeito principal de nosso
fazer, são os alunos.
Assim como a escola, a família assume um papel de suma
importância na educação e desenvolvimento da criança com
necessidades especiais, a família é a base para as crianças
que necessitam de um atendimento especializado, sendo assim,
precisam aceitar suas crianças, rompendo com os preconceitos
de que são dependentes para tudo, muitos pais superprotegem
seus filhos, não os levando para a escola na tentativa da não
fazê-los sofrer, sendo que muitas vezes acabam não encontrando
uma escola que atenda às necessidades de que seus filhos
precisam.
Segundo a Secretaria de educação especial:
É muito comum ver famílias se movimentando, em busca deatendimento ou mesmo frequentando serviços diferentes,sem ter noção do que é que estão fazendo. Constata-seque a relação entre a família e profissionais tem sidouma relação de poder do conhecimento nas decisões do queé melhor para seus filhos (BRASIL, 2004, p. 07).
Neste contexto é de fundamental importância o trabalho
conjunto entre a família e os profissionais envolvidos, pois
assim, o progresso e evolução no desenvolvimento dessa criança
estará assegurado, visto que a família influencia na dinâmica
escolar do aluno e também na sua personalidade. Assim, se faz
necessário dar condições para que a criança que possui
necessidades possa evoluir superando suas dificuldades.
53
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