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Secretaria Municipal da Saúde Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas Divisão de Enfermagem “MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO - POPs” RIBEIRÃO PRETO 2022 Versão 12 Atualizado em 01/06/2022

MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO

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Secretaria Municipal da Saúde

Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas

Divisão de Enfermagem

“MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

PADRÃO - POPs”

RIBEIRÃO PRETO

2022

Versão 12 Atualizado em 01/06/2022

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO

SECRETARIA DA SAÚDE

Gestão 2022

José Carlos Moura

Secretário Municipal da Saúde

Enfermeira Giovanna Terezinha Candido

Assistente do Secretário

Dra. Vanessa Colmanetti Borin Danelutti

Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas

Farmacêutica Rute A. Casas Garcia

Educação Permanente em Saúde

Enfermeira Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão Enfermagem

Enfermeira Ana Carolina Teles Flávio

Divisão Enfermagem

Enfermeira Lauren Suemi Kawata

Divisão Enfermagem

Enfermeira Lilian Carla de Almeida

Divisão Enfermagem

Enfermeira Maria de Fátima Paiva Brito

Divisão Enfermagem

Enfermeira Mariane Fabiani Ciccilini Simões

Divisão de Enfermagem

AUTORIZAMOS A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE

TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA

FINS DE ESTUDO OU PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

FICHA CATALOGRÁFICA

Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de

Saúde. Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas. Divisão de Enfermagem.

Manual: Procedimentos Operacionais Padrão - POPs / Secretaria Municipal de Saúde. Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas. Divisão de Enfermagem. Ribeirão Preto: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2022.

539 p. Vários autores 1. Enfermagem. 2. Prática profissional. I. Título. II. Título:

procedimentos operacionais padrão.

CDU: 614.21

ELABORAÇÃO

Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto

Karina Domingues de Freitas

Lauren Suemi Kawata

Lilian Carla de Almeida

Maria de Fátima Paiva Brito

Mariane Fabiane Ciccilini Simões

Grupo de trabalho

Ana Paula Raizaro – DASP / SMS

Anazilda Carvalho da Silva – SAMU

Cleuza Cunes Mestrinel – Programa de Saúde do Escolar

Daniela Moré Gorzílio – UBS Vila Mariana

Danielle Cristine Martins – UBDS Vila Virginia / UNIP

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti – SAD

Gabriela Barbosa Pegoraro – UNAERP

Lauren Suemi Kawata – Divisão de Enfermagem

Maria Verônica Ferrareze Ferreira – EERP / USP

Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira - UNAERP

Marisa Akiko Iwamoto – Barão de Mauá

Miriã Avelino Prado – SAD

Patrícia Abrahão Curvo – EERP / USP

Valdirene Marta Salgueiro Santana – USF Vila Albertina

Zigmar Borges Nunes – UNIP

Responsável pela formatação

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde

Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto -

USP

Colaboração

Adrielen Aparecida Silva Calixto – Programa de Doenças

Crônicas Não Transmissíveis

Alessandra Renata Targa Long – UNIP

Andrea Nakamura Prates Gustavo – SAMU

Cátia Helena Damando Salomão – Comissão de Controle

de Infecção (CCI-SMS)

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti – SAMU

Cesar Eduardo Pedersoli – SAMU

Daniela Thaysa Rodrigues Pimentel – EERP / USP

Desie Cristina Lataro Penha - NADEF

Elaine Cristina Manini Minto – Laboratório SMS

Elisângela Aparecida Almeida Puga – CCI-SMS

Fabiana Bolela de Souza - EERP / USP

Fátima de Bonifácio Heck – Programa de Saúde da Mulher

Helena Megumi Sonobe – EERP / USP

Heloisa d’Affonseca – UBDS Castelo Branco

Ilka Barbosa Pegoraro - DASP

Juliana Pereira Machado – Barão de Mauá

Karemme Ferreira Oliveira - SAD

Kelli Cristina Silva de Oliveira – UNAERP

Lilian Donizete Pimenta Nogueira – Programa de

Aleitamento Materno

Maria Antonieta Spinos Prado – EERP / USP

Maria Cristina Durante - NADEF

Marcelo Aparecido Batista - UNIP

Márcia Cristina Guerreiro dos Reis – Programa de

Aleitamento Materno

Lis Neves – Programa de IST/AIDS, hepatites virais e

tuberculose

Patrícia Lazara Serafim Campos Diegues – Programa

Saúde da Mulher

Rita Canesin Dourado – Programa de Saúde da Mulher

Silvia Sidnéia da Silva - UNAERP

Susana I. Segura Muñoz – EERP / USP

Tatiana Soares Costa – UBS Marincek

Waldomiro Roberto Tavares – Programa de Saúde da

Criança

AGRADECIMENTOS

A todos enfermeiros que participaram do grupo de trabalho.

A Biblioteca Central de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - USP

pela revisão das referências bibliográficas.

À Gideany Maiara Caetano, egressa da Escola de Enfermagem de Ribeirão

Preto – USP, pela participação no grupo de trabalho e colaboração na formatação

inicial deste material.

À Tatiane Areas da Cruz, egressa da Universidade de Ribeirão Preto, pela

colaboração na formatação do material durante as reuniões do grupo de trabalho

durante seu estágio supervisionado.

Aos cursos de graduação de enfermagem do Centro Universitário Barão de

Mauá, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP, Universidade de Ribeirão

Preto – UNAERP e Universidade Paulista – UNIP pela participação dos docentes e

enfermeiros no grupo de trabalho.

Ao Departamento Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem

de Ribeirão Preto da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP, pela

formatação final deste manual.

A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram na elaboração deste

material.

APRESENTAÇÃO

A Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto

apresenta o Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs para a rede

municipal.

Os primeiros POPs foram elaborados durante a gestão da Enfermeira Jane

Aparecida Cristina em 2011, visando à padronização da assistência de enfermagem

prestada em todos os serviços da rede municipal, considerando a segurança do

usuário, a valorização do servidor e a melhoria da qualidade dos serviços prestados,

além da diminuição de infrações éticas e ocorrência de erros.

A Divisão de Enfermagem – Gestão 2018 estabeleceu, em março de 2018, um

Grupo de Trabalho integrando ensino, pesquisa e assistência, com a participação de

enfermeiros atuantes nas unidades, nos programas de saúde e nas Universidades, a

fim de elaborar um Manual para rede de serviços do município, tendo em vista a

atualização do pessoal de enfermagem bem como a produção e difusão de

procedimentos operacionais que visem padronizar e qualificar o processo de trabalho

da enfermagem.

Ressaltamos que o Grupo de Trabalho desenvolveu as atividades,

considerando informações cientificamente fundamentadas em literatura e normativas

de órgãos regulamentadores, como Conselho de Enfermagem e Agência Nacional de

Vigilância Sanitária.

Considerando que os POPs são instrumentos para a Sistematização de

Assistência de Enfermagem, esperamos que este Manual colabore com a organização

do processo de trabalho e norteie a prática estimulando o raciocínio, a tomada de

decisão e as intervenções de forma humanizada, além de contribuir para avanços na

assistência ao usuário nos diferentes serviços da rede municipal de saúde.

Divisão de Enfermagem – Gestão 2019-2021

Grupo de trabalho POPs

SUMÁRIO

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia ......................................... 13

Administração de medicamentos por SNG / SNE ................................................................... 16

Administração de medicamentos tópicos ................................................................................ 19

Administração de medicamentos via auricular ........................................................................ 21

Administração de medicamentos via intradérmica (ID) ........................................................... 24

Administração de medicamentos via intramuscular (IM) ......................................................... 28

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z ....................................... 35

Administração de medicamentos via ocular ............................................................................ 40

Administração de medicamentos via retal .............................................................................. 43

Administração de medicamentos via subcutânea ................................................................... 46

Administração de medicamentos via sublingual ..................................................................... 50

Administração de Zoladex (Acetato de gosserrelina) .............................................................. 52

Aferição de frequência respiratória ......................................................................................... 55

Aferição de saturação de oxigênio .......................................................................................... 57

Aferição de temperatura ......................................................................................................... 59

Aferição de pressão arterial .................................................................................................... 64

Aferição do pulso .................................................................................................................... 69

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical ......................................................... 74

Anteriorização da mandíbula - abertura das vias aéreas ........................................................ 79

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow ............................................................................ 82

Armazenamento, distribuição e inspeção de materiais ........................................................... 87

Aspiração de vias aéreas ....................................................................................................... 90

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care) ..................................................... 96

Assistência ao parto fora do ambiente hospitalar SAMU ...................................................... 101

Autocateterismo vesical intermitente .................................................................................... 105

Avaliação da reatividade pupilar ........................................................................................... 108

Avaliação do enchimento capilar .......................................................................................... 111

Calçar e retirar luvas estéreis ............................................................................................... 113

Cateterismo vesical de alívio feminino .................................................................................. 118

Cateterismo vesical de alívio masculino ............................................................................... 122

Cateterismo vesical de demora feminino .............................................................................. 126

Cateterismo vesical de demora masculino ........................................................................... 132

Cateterismo vesical de demora por cistostomia .................................................................... 137

Coleta de citologia ................................................................................................................ 141

Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR) ........................................................ 147

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1 ................................................ 149

Coleta do teste do pezinho ................................................................................................... 153

Conferência de carro/caixa de emergência .......................................................................... 157

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento ............................................ 170

Curativo ................................................................................................................................ 174

Curativo com terapia compressiva inelástica - bota de Unna ................................................ 177

Descontaminação da viatura ................................................................................................ 181

Desinfecção de nasofibroscópio ........................................................................................... 183

Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais plásticos/silicone/borracha .............. 187

Eletrocardiograma – ECG ..................................................................................................... 189

Elevação do mento - abertura das vias aéreas ..................................................................... 193

Exame clínico das mamas .................................................................................................... 196

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal .................................................................. 199

Exame físico do abdome ...................................................................................................... 204

Exame do pé diabético ......................................................................................................... 208

Exame físico do tórax: coração ............................................................................................. 211

Exame físico obstétrico ........................................................................................................ 215

Exame físico tórax: pulmão .................................................................................................. 219

Extricação rápida .................................................................................................................. 225

Fricção antisséptica das mãos.............................................................................................. 233

Higienização simples das mãos ............................................................................................ 238

Higiene do coto umbilical ...................................................................................................... 244

Hipodermóclise ..................................................................................................................... 247

Identificação do usuário através de pulseiras ....................................................................... 257

Imobilização com o dispositivo KED ..................................................................................... 260

Imobilização dos membros com talas maleáveis .................................................................. 267

Instalação de cânula orofaríngea de Guedel ........................................................................ 270

Instalação de colar cervical .................................................................................................. 274

Instalação de curativo de três pontos ................................................................................... 278

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea .................................................. 281

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea) .................................................... 288

Instalação de protetor lateral de cabeça ............................................................................... 295

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório ........................................................... 298

Lavagem intestinal ................................................................................................................ 301

Lavagem intestinal via colostomia ........................................................................................ 304

Limpeza da viatura (limpeza concorrente) ............................................................................ 309

Limpeza de autoclave ........................................................................................................... 312

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal) ........................................................... 314

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio ............................................... 318

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico . 321

Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio ..................................................................... 324

Limpeza e desinfecção de incubadora de transporte (limpeza terminal) ............................... 326

Limpeza e desinfecção de máscaras de oxigenação e respiradores (ambus) ..................... 329

Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias ................................................... 332

Limpeza e desinfecção de superfícies .................................................................................. 334

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar .................................................... 340

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos ....... 343

Medida da circunferência abdominal .................................................................................... 346

Medida da estatura ............................................................................................................... 349

Medida do perímetro cefálico ............................................................................................... 353

Medida do perímetro torácico ............................................................................................... 355

Medida do peso .................................................................................................................... 357

Métodos / técnicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido ................ 363

Mistura de insulina ................................................................................................................ 368

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico .......................... 370

Montagem de carga na autoclave para esterilização ............................................................ 375

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Trach Care) ............................ 379

Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio ........................................ 382

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino .......................................... 384

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino ........................................ 387

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente ...................................... 390

Orientações gerais para administração de medicamentos .................................................... 394

Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o laboratório ...................... 397

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta .............................. 399

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré- hospitalar ................................ 404

Precauções de isolamento ................................................................................................... 409

Precauções padrão .............................................................................................................. 424

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos .............................................................................. 428

Preparo da solução de Incidin Extra N 1% ........................................................................... 431

Preparo da solução de Surfic 1% ......................................................................................... 434

Preparo de embalagens para esterilização ........................................................................... 437

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e frascos contendo pó ................... 440

Pressão digital de pulso........................................................................................................ 444

Prova do laço ....................................................................................................................... 447

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial ........................................... 450

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso ..................................................... 453

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia ................................................ 457

Realização de prova tuberculínica ........................................................................................ 461

Reanimação Cardiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do

Desfibrilador Externo Automático (DEA) ............................................................................... 464

Reprocessamento de espaçadores de inalação ................................................................... 471

Retirada de capacete ........................................................................................................... 474

Retirada de pontos ............................................................................................................... 477

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa ............................................................. 479

Sondagem nasoenteral ........................................................................................................ 485

Sondagem nasogástrica ....................................................................................................... 489

Técnica de ordenha manual das mamas .............................................................................. 498

Terapia de reidratação ......................................................................................................... 502

Teste de microhematócrito ................................................................................................... 504

Teste de SNELLEN .............................................................................................................. 514

Teste rápido de gravidez ...................................................................................................... 522

Transporte de usuário em ventilação mecânica domiciliar .................................................... 525

Troca de cânula de traqueostomia de plástico (PVC) ........................................................... 527

Troca de cânula traqueal metálica ........................................................................................ 532

Troca do filtro de ar da incubadora de transporte ................................................................. 536

Ventilação com bolsa valva-máscara (Ambu®) .................................................................... 538

Verificação de glicemia capilar ............................................................................................. 542

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

13

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos adequadamente pela via gástrica e entérica a

fim de proporcionar tratamento adequado de diversas patologias, em usuários

impossibilitados de deglutição.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

2.1 Prescrição médica

2.2 Bandeja

2.3 Medicamento

2.4 Recipiente descartável

2.5 2 seringas 20mL

2.6 Luvas de procedimentos

2.7 Estetoscópio

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Verificar a prescrição médica;

4.3 Explicar o procedimento ao usuário;

4.4 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;

4.5 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo

e assinatura do prescritor;

4.6 É recomendado abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;

4.7 Retirar cada medicamento(s) da embalagem para preparar em um copo descartável;

no caso de múltiplos medicamentos, triturá-los e diluí-los separadamente em água

devido ao risco de incompatibilidade físico-química;

4.8 Dissolver o medicamento em água, se necessário recomenda-se o uso de

macerador de vidro ou cerâmica;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

14

4.9 Usar dispositivos adequados de medida ao entornar os líquidos e verificar a

quantidade de medicamento ao nível dos olhos;

4.10 Limpar a borda do frasco com toalha de papel após dispensação;

4.11 Aspirar o medicamento em seringa;

4.12 Calçar luvas de procedimentos;

4.13 Verificar o posicionamento da Sonda Mickey ou Tubo de gastrostomia/jejunostomia;

4.14 Se estiver em infusão de dieta, antes de passar o medicamento, interromper a dieta;

4.15 Lavar a sonda/tubo com 15 a 30 mL de água;

4.16 Conectar a seringa na ponta da sonda/tubo certificando que está realmente no local

adequado;

4.17 Administrar o medicamento lentamente;

4.18 Administrar água 15 a 30mL para lavar a sonda/tubo após a administração do

medicamento;

4.19 No caso de múltiplos medicamentos, entre um medicamento e outro deverá ser

lavado com 5 a 15 mL de água;

4.20 Medicamentos líquidos mantidos em geladeira, verificar a data de abertura do frasco;

4.21 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.22 Registrar o procedimento.

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

6 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, verificação de posicionamento da sonda/tubo,

aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de

quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos por gastrostomia e jejunostomia

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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009. Estabelece diretrizes nacionais para atenção à saúde das pessoas ostomizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.html.> Acesso em: 20 fev. 2018. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 453/2014, de 16 de janeiro de 2014. Aprova a norma técnica que dispõe sobre a atuação da equipe de enfermagem em terapia nutricional. Disponível em: <http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=264977>. Acesso em: 21 fev. 2018. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP 045/2012 – CT, de 31 de janeiro de 2013. Troca de sonda de gastrostomia, jejunostomia. Respaldo legal e competência do Enfermeiro. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20045-2012.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. HOEFLER, R.; VIDAL, J. S. Administração de medicamento por sonda. Farmacoterapêutica, Brasília, ano 14, n. 3-4, p. 1-4, mai./ago. 2009. Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/063a068_farmacoterapeutica.pdf>. Acesso em: 16 mai 2019. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP:144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Danielle Cristine Martins Enfermeira. COREN-SP: 94671 Zigmar Borges Nunes Enfermeira. COREN-SP: 72799

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos por SNG / SNE

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Administração de medicamentos por SNG / SNE

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos adequadamente pela via gástrica e entérica a

fim de proporcionar tratamento adequado de diversas patologias, em usuários

impossibilitados de deglutição.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Prescrição médica

3.2 Bandeja

3.3 Medicamento

3.4 Recipiente descartável

3.5 2 seringas 20mL

3.6 Luvas de procedimentos

3.7 Estetoscópio

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Verificar a prescrição médica;

4.3 Explicar o procedimento ao usuário;

4.4 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;

4.5 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo

e assinatura do prescritor;

4.6 É recomendado abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;

4.7 Retirar cada medicamento(s) da embalagem para preparar em um copo descartável;

no caso de múltiplos medicamentos, triturá-los e diluí-los separadamente em água

devido ao risco de incompatibilidade físico-química;

4.8 Dissolver o medicamento em água, se necessário recomenda-se o uso de macerador

de vidro ou cerâmica;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos por SNG / SNE

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4.9 Usar dispositivos adequados de medida ao entornar os líquidos e verificar a

quantidade de medicamento ao nível dos olhos;

4.10 Limpar a borda do frasco com toalha de papel após dispensação;

4.11 Aspirar o medicamento em seringa;

4.12 Calçar luvas de procedimentos;

4.13 Verificar o posicionamento da SNG ou SNE conforme procedimento operacional

padrão;

4.14 Se estiver em infusão de dieta, antes de passar o medicamento, interromper a dieta;

4.15 Lavar a sonda com 15 a 30 mL de água;

4.16 Conectar a seringa na ponta da sonda certificando que está realmente no local

adequado;

4.17 Administrar o medicamento lentamente;

4.18 Administrar água 15 a 30mL para lavar a sonda após a administração do

medicamento;

4.19 No caso de múltiplos medicamentos, entre um medicamento e outro deverá ser

lavado com 5 a 15 mL de água;

4.20 Medicamentos líquidos mantidos em geladeira, verificar a data de abertura do frasco.

4.21 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.22 Registrar o procedimento.

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

6 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, incluindo testes de verificação de posicionamento da

sonda, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e

assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento

Ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos por SNG / SNE

18

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009. Estabelece diretrizes nacionais para atenção à saúde das pessoas ostomizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.html.> Acesso em: 20 fev. 2018. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO-SP. Parecer COREN-SP 045/2012 – CT, de 31 de janeiro de 2013. Troca de sonda de gastrostomia, jejunostomia. Respaldo legal e competência do Enfermeiro. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20045-2012.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. HOEFLER, R.; VIDAL, J. S.. Administração de medicamento por sonda. Farmacoterapêutica, Brasília, ano 14, n. 3-4, p. 1-4, mai./ago. 2009. Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/122/063a068_farmacoterapeutica.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Danielle Cristine Martins

Enfermeira. COREN-SP: 94671

Zigmar Borges Nunes

Enfermeira. COREN-SP: 72799

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos tópicos

19

Administração de medicamentos tópicos

1 OBJETIVO

Administrar medicamentos de ação local ou sistêmica absorvíveis pela pele.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Medicamento (pós, cremes, óleos, loções, adesivos transdérmicos)

3.3 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou

higienização simples das mãos;

4.2 Verificar a prescrição;

4.3 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;

4.4 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos;

4.5 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez;

4.6 Conferir o nome do usuário data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo e

assinatura do prescritor;

4.7 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o

medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via

prescrita;

4.8 Somente abrir o medicamento diante do usuário;

4.9 Calçar luvas de procedimento ou luvas estéreis (avaliar o local de aplicação);

4.10 Verificar se o local de aplicação está limpo e proceder limpeza com Solução Fisiológica

0,9% ou água e sabão (se necessário);

4.11 Proceder a aplicação do de uma fina camada do medicamento no local prescrito de

maneira asséptica, espalhando-o uniformemente com auxílio de uma espátula,

aplicador e/ou gaze;

4.12 Quando se tratar de adesivos, proceder a aplicação conforme a orientação do

fabricante;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos tópicos

20

4.13 Retirar as luvas;

4.14 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou

higienização simples das mãos;

4.15 Checar o medicamento na prescrição médica.

5 OBSERVAÇÃO

• Avaliar a necessidade de oclusão local, com gaze e/ou faixa, a fim de evitar que o contato

com roupas remova o medicamento;

• Em caso de loções e cremes espalhe-os suavemente, pois a fricção pode causar

irritações;

• Em caso de adesivos transcutâneos, remover o anterior antes de aplicar o novo.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIA

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via auricular

21

Administração de medicamentos via auricular

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar

tratamento adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Medicamento

3.3 Luvas de procedimento (se necessário)

3.4 Gaze estéril

3.5 Solução Fisiológica 0,9% 10 mL

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar aas mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Verificar a prescrição;

4.3 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;

4.4 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos;

4.5 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;

4.6 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo

e assinatura do prescritor;

4.7 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o

medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via

prescrita;

4.8 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador, se

possível;

4.9 Colocar luvas de procedimento (se houver secreção), e limpar a orelha externa com

gaze embebida com Solução Fisiológica 0,9%;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via auricular

22

4.10 Colocar o usuário deitado sobre o lado não afetado ou sentado com a cabeça bem

inclinada para o lado, para que a orelha afetada fique em posição superior;

4.11 Deixar reto o canal auditivo, puxando a porção cartilagínea do pavilhão auditivo para

cima e para traz, no adulto, e para traz no caso de crianças em idade escolar. Puxar

para baixo e para traz no caso de bebês e crianças menores de 3 anos;

4.12 Instilar o medicamento sobre a lateral do canal auditivo, sem contaminar o conta-

gotas/frasco (fica desconfortável para o usuário se o medicamento cair diretamente

na membrana timpânica). Aguardar de dois a três minutos na posição para após

realizar o procedimento na outra orelha, se prescrito;

4.13 Com delicadeza, pressionar o trago (pequena saliência na entrada do ouvido

externo), algumas vezes para ajudar a movimentação do medicamento;

4.14 Se prescrito, inserir um chumaço de algodão na região mais externa do canal, sem

comprimir, deixar por 15 minutos e após retirá-lo;

4.15 Retirar as luvas;

4.16 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.17 Checar o medicamento na prescrição médica.

5 OBSERVAÇÃO

Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via auricular

23

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intradérmica

24

Administração de medicamentos via intradérmica (ID)

1 OBJETIVO

Geralmente é utilizada para realizar teste de hipersensibilidade, PPD (Derivado Proteico

Purificado), processo de dessensibilidade, imunização BCG e para administrações de

anestésicos locais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Prescrição médica

3.2 Bandeja

3.3 Medicamento

3.4 Recipiente de material perfurocortante

3.5 Seringa 1mL

3.6 Agulha 13x0,45mm

3.7 Algodão

3.8 Álcool a 70%

3.9 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Identificar o usuário, perguntando seu nome completo;

4.3 Verificar a prescrição e certificar-se de que está completa: verificar o nome do

usuário, o medicamento, a dose, a via e o horário;

4.4 Questionar o usuário ou familiares sobre histórico de alergias;

4.5 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir a sua data de

validade, identificar a seringa com o medicamento, organizar o material na bandeja

e transportá-lo até o usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intradérmica

25

4.6 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento. Nesse momento, quando

possível, comunicar ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual

a sua ação.

4.7 Somente preparar o medicamento diante o usuário;

4.8 Escolher o local de aplicação preferencialmente na parte anterior do antebraço, que

não seja pigmentado ou tenha muitos pelos;

4.9 Calçar as luvas de procedimento e colocar óculos de proteção (para teste

tuberculínico);

4.10 Solicitar ao usuário que estenda o cotovelo e apoie o antebraço sobre uma

superfície plana;

4.11 Delimitar o local de acordo com o a finalidade do procedimento: três a quatro

centímetros abaixo da fossa antecubital e um palmo acima do punho (terço médio da

face anterior do antebraço) para testes de sensibilidade, processo de

dessensibilização e teste tuberculínico;

4.12 Realizar antissepsia no local da injeção utilizando bola de algodão embebida em

álcool 70%, com movimento circular, firme e único, de dentro pra fora. Após, deixar

secar completamente (30 segundos);

4.13 Abrir a embalagem da seringa e colocar a agulha, mantendo os princípios de

assepsia;

4.14 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento

operacional;

4.15 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;

4.16 Usar a mão não dominante para esticar as dobras da pele no local da injeção;

4.17 Colocar a agulha com bisel para cima formando com a pele um ângulo de 5 a 15°,

colocando a agulha quase paralela à superfície da pele;

4.18 Em seguida avance o bisel da agulha através da epiderme aproximadamente 3mm

abaixo da superfície da pele. A extremidade da agulha poderá ser vista embaixo da

pele;

4.19 Injetar o líquido lentamente, ao mesmo tempo em que observa o surgimento de uma

pápula pálida de aproximadamente 6mm. Normalmente a resistência é sentida.

Quando não, a agulha está muito profunda; remova e recomece o procedimento;

4.20 Retirar a agulha no mesmo ângulo da inserção e não fazer compressão no local.

Caso seja necessário enxugar alguma gota de solução do local, utilizar gaze seca;

4.21 Colocar o usuário em posição confortável;

4.22 Recompor a unidade;

4.23 Descartar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local

adequado;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intradérmica

26

4.24 Retirar as luvas;

4.25 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.26 Checar o medicamento administrado na prescrição médica;

4.27 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÕES

• A via ID suporta um volume máximo de 0,5mL por injeção.

• Lembrar-se da importância de identificar os nove certos para administração de

medicamentos: usuário certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa,

registro certo, ação certa, forma certa e resposta certa.

• Não administrar a injeção se a pele do usuário não estiver completamente seca, pois

a presença de água, álcool ou umidade na pele pode inativar o antígeno. Não injetar

a solução até que o bisel tenha sido introduzido completamente, evitando possível

extravasamento.

• Não é necessária a troca de agulhas no momento da aplicação.

• A região superior do tórax, abaixo das escápulas, também pode ser utilizada como

alternativa de aplicação.

• Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa

de Imunização.

• Para realização de PPD seguir POP específico.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intradérmica

27

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, DF: ANVISA, 2017. (Série segurança do usuário e qualidade em serviços de saúde). BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os protocolos básicos de segurança do paciente. Anexo 3: protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 dez. 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos, Cadernos de Atenção Básica, n. 32). CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: COREN-SP, 2017. ELLIOTT, M.; LIU, Y. The nine rights of medication administration: an overview. British Journal of Nursing, London, v. 19, n. 5, p. 300-305, 2010. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem.

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

28

Administração de medicamentos via intramuscular (IM)

1 OBJETIVO

Administrar medicamentos por via intramuscular.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Prescrição médica

3.2 Álcool a 70%

3.3 Bandeja

3.4 Medicamento

3.5 Curativo bandagem s/n

3.6 Recipiente para descarte de material perfurocortante

3.7 Algodão

3.8 Seringa de 3 ou 5mL

3.9 Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm)

3.10 Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm)

3.11 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher o usuário e se apresentar;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Verificar a prescrição e certificar-se que está completa: o nome do usuário, o

medicamento, a dose, a via e o horário;

4.4 Questionar o usuário e família sobre histórico de alergias;

4.5 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir sua data de validade;

4.6 Abrir a embalagem da seringa e colocar a agulha, mantendo os princípios de

assepsia;

4.7 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento

operacional;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

29

4.8 Trocar a agulha por uma compatível com o medicamento e as condições da

musculatura do usuário;

4.9 Organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;

4.10 Explicar o procedimento ao usuário. Nesse momento, quando possível, comunicar

ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua ação;

4.11 Identificar o usuário (perguntando o nome completo), orientar o procedimento e

comunicar o início do mesmo;

4.12 Garantir a privacidade do usuário fechando cortinas, biombo, portas etc.

4.13 Selecionar a região apropriada para a injeção;

4.14 Inspecionar o local da pele avaliando existência de equimose, inflamação, edema

entre outros;

4.15 Observar a integridade e o tamanho do músculo;

4.16 Posicionar o usuário dependendo da posição escolhida (ortostática, sentada, sims ou

pronada);

4.17 Calçar as luvas de procedimento;

4.18 Delimitar a área intramuscular de escolha.

Região Ventroglútea:

Posicionar o dedo médio da mão contrária ao lado selecionado (mão direita em região

ventroglútea esquerda e mão esquerda em região ventroglútea direita) sobre crista ilíaca,

deixar a palma da mão cair naturalmente sobre o trocânter maior do fêmur, afastar o dedo

indicador apontando-o para a espinha ilíaca anterossuperior e fazer a aplicação no centro

do triângulo formado pelos dedos médio e indicador, com a agulha ligeiramente voltada à

crista ilíaca em um ângulo aproximado de 72º (volume máximo 4mL).

Fonte: Potter et al. (2018)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

30

Região da face anterolateral da coxa (músculo vasto lateral):

Traçar uma linha média na parte anterior e uma linha média na parte lateral da coxa, dividir

o espaço entre o trocânter e o joelho em três partes iguais e fazer a aplicação no terço

médio, introduzindo a agulha na direção podálica num ângulo aproximado de 60o (volume

máximo 4mL). Em RN (até 28 dias), lactente (de 28 dias até 24 meses) e crianças (de 24

meses a 10 anos), introduzir a agulha com ângulo de 45° a 60° e em adolescentes (11 a

17 anos), ângulo de 60° a 90°.

Fonte: Potter et al. (2018)

Região deltoidea (músculo deltoide):

Solicitar que o usuário relaxe o braço ao lado do corpo e flexione o cotovelo. Localizar o

acrômio e traçar uma linha horizontal 3,5 a 5,0 cm abaixo do mesmo. Identificar a inserção

inferior do deltoide e, a partir daí, traçar duas linhas diagonais formando um triângulo

imaginário com a linha horizontal. Fazer a aplicação na região central do triângulo,

introduzindo a agulha num ângulo de 90o (volume máximo 1mL).

Fonte: Potter et al. (2018)

Artéria femoral

Trocânter maior

Vasto lateral

Joelho

Reto femoral

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

31

Região dorsoglútea:

Este local está associado a injeções inadvertidas, em muitas pessoas; injetar neste tecido

altera a absorção do fármaco e causa irritação tissular. Mais importante ainda, o local está

associado a lesão significativa, inclusive dor e paralisia temporária ou permanente,

causada por danos ao nervo ciático. Deverá ser usado como última escolha no adulto.

Traçar uma linha imaginária da espinha ilíaca póstero-superior ao trocânter do fêmur e

fazer a aplicação no ponto médio a 2,5 cm acima da linha imaginária, introduzindo a agulha

com ângulo de 90o em relação à superfície em que o usuário estiver deitado (volume

máximo 4mL).

Fonte: Atkinson e Murray (1989)

4.19 Realizar a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, com

movimento firme, único e centrífugo (circular do centro para fora) e deixar secar

completamente;

4.20 Segurar o algodão seco entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;

4.21 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;

4.22 Segurar a seringa, entre o polegar e o dedo indicador da mão dominante como um

dardo com a palma da mão para baixo;

4.23 Com a mão não dominante, estirar a pele e fixar o músculo;

4.24 Introduzir rapidamente a agulha em ângulo adequado para o músculo selecionado;

4.25 Com a mão não dominante, aspirar para verificar se a agulha está alcançando um

vaso sanguíneo e em caso negativo, injetar lentamente o medicamento (1mL/10s).

Caso retorne sangue, desprezar a seringa com o medicamento e recomeçar o

procedimento;

4.26 Colocar o algodão seco na pele próximo da inserção da agulha.

4.27 Esperar 10 segundos e então retirar a agulha no mesmo ângulo que foi inserida em

movimento rápido, único e firme e solte a pele;

4.28 Aplicar algodão seco sobre a região e não massagear;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

32

4.29 Não reencapar a agulha - utilizar dispositivos de segurança;

4.30 Desprezar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local

adequado;

4.31 Avaliar necessidade de curativo bandagem;

4.32 Retirar as luvas, em recipiente e local adequados;

4.33 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.34 Checar o medicamento e registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

VOLUME

IDADE DELTOIDE VENTROGLÚTEO DORSOGLÚTEO VASTO

LATERAL

Prematuros - - - 0,5mL

Neonatos - - - 0,5mL

Lactentes - - - 1,0mL

Crianças de 3 a 6 anos

- 1,5mL 1,0mL 1,5mL

Crianças de 6 a 14 anos

0,5mL 1,5 - 2,0mL 1,5 - 2,0mL 1,5mL

Adolescentes 1,0mL 2,0 – 2,5mL 2,0 – 2,5mL 1,5 - 2,0mL

Adultos 1,0mL 4,0mL 4,0mL 4,0mL

Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2010 a)

CALIBRE DA AGULHA

Calibre da agulha Local Características do usuário

30 x 0,8mm Ventroglúteo Dorsoglúteo

Usuários adultos Homens com peso entre 60 e 118Kg

Mulheres entre 60 a 90Kg

30 x 0,7mm Ventroglúteo dorsoglúteo

Usuários adultos Homens com peso entre 60 e 118Kg

Mulheres entre 60 a 90Kg

25 x 0,7mm Deltoide

Vasto Lateral

Usuários Adultos Mulheres com peso superior a 90Kg

25 x 0,6mm Vasto lateral da coxa Crianças - avaliação clínica é imprescindível

para tomada de decisão

20 x 0,55mm Vasto lateral da coxa Crianças - avaliação clínica é imprescindível

para tomada de decisão

Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2010 a)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

33

Quando a massa muscular do usuário é pequena, segure o corpo do músculo entre o

polegar e os dedos (prega muscular).

Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de

Imunização.

Atenção: para os usuários que possuem implantação de prótese de silicone em glúteos e

coxas, utilizar preferencialmente região ventroglútea. Se dúvida, consultar o enfermeiro.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, local de aplicação, intercorrências (se houver), assinatura e horário de quem

realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

ATKINSON, L. D.; MURRAY, M. E. Fundamentos de Enfermagem: introdução ao processo de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Guia de recomendações para registro de enfermagem no prontuário do usuário ou outros documentos de enfermagem. Brasília, DF: COFEN, 2015. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos por via intramuscular. São Paulo: COREN, 2010a. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010b. Uso de luvas de procedimento para a administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP 010/2009 – CT, de 10 de setembro de 2009. Troca de agulha para administração de medicamento por via intramuscular. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/10/Parecer%2010.2009.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. FURLAN, M. L. S. et al. Manual de procedimentos técnicos de Enfermagem. Ribeirão Preto: Centro Universitário Barão de Mauá, 2017. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular

34

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Recomendações para uso de luvas em serviços de saúde. São Paulo: Secretaria da Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Marisa Akiko Iwamoto Enfermeira. COREN-SP: 0115839

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

35

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos pela via intramuscular, por meio da técnica em

Z, com a finalidade de reduzir a dor e minimizar a irritação cutânea local pela vedação do

medicamento no tecido muscular.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Prescrição médica;

3.2 Bandeja;

3.3 Medicamento;

3.4 Recipiente de material perfurocortante;

3.5 Seringa;

3.6 Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm);

3.7 Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm);

3.8 Algodão;

3.9 Álcool a 70%;

3.10 Luvas de procedimento;

3.11 Recipiente descartável ou seringa.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher o usuário;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica

das mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Identificar o usuário (perguntando o nome completo), orientar o procedimento e

comunicar o início do mesmo;

4.4 Verificar a prescrição e certificar-se de que está completa: verificar o nome do

usuário, o medicamento, a dose, a via e o horário;

4.5 Questionar o usuário ou familiares sobre histórico de alergias;

4.6 Reunir o material;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

36

4.7 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento

operacional;

4.8 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez, conferir a sua data de

validade;

4.9 Trocar a agulha por uma compatível com o medicamento e as condições da

musculatura do usuário;

4.10 Organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;

4.11 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento. Nesse momento, quando

possível, comunicar ao usuário qual o medicamento está sendo administrado e qual

a sua ação;

4.12 Evitar locais com equimose, inflamação, edema, endurecimento ou queixas de dor;

4.13 Avaliar as condições do músculo para aplicação do medicamento e selecionar a

região mais adequada, preferir um músculo grande e profundo (como o músculo

ventroglúteo);

4.14 Garantir a privacidade do usuário fechando cortinas, biombo, portas etc.

4.15 Orientar o usuário sobre a melhor posição para receber o medicamento e ajudá-lo a

ocupar a posição adequada;

4.16 Posicionar o dedo médio da mão contrária ao lado selecionado (mão direita em região

ventroglútea esquerda e mão esquerda em região ventroglútea direita) sobre a crista

ilíaca, deixar a palma da mão cair naturalmente sobre o trocânter do fêmur, afastar o

dedo indicador apontando-o para a espinha ilíaca anterossuperior e fazer a aplicação

no centro do triângulo formado pelos dedos médio e indicador, com a agulha

ligeiramente voltada à crista ilíaca – ângulo aproximado de 72° (Figura 1A).

Figura 1 - Localização da região ventroglútea (1A). Administrando a injeção intramuscular no

músculo ventroglúteo usando o método do trajeto em Z (2A); (3A)

(1A) (2A) (3A)

Fonte: Potter et al. (2018)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

37

4.17 Para utilizar o método do trajeto em Z, coloque a mão não dominante sobre o local e

tracione a pele e os tecidos subcutâneos suprajacentes por aproximadamente 2 a 3

cm lateralmente ou para baixo (Figura 3A).

Figura 2 - Tracionar a pele suprajacente durante a injeção intramuscular move o tecido para

evitar o trajeto posterior. O método de injeção com trajeto em Z impede a deposição de

medicamento no tecido sensível.

Fonte: Potter et al. (2018)

4.18 Manter a pele nesta posição até administrar a injeção;

4.19 Realizar a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, com

movimento firme, único e centrífugo (circular do centro para fora) e deixar secar

completamente;

4.20 Segurar o algodão seco entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;

4.21 Retirar a capa protetora da agulha e segurar a seringa com a mão dominante, como

se estivesse segurando um dardo;

4.22 Introduzir a agulha profundamente no músculo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

38

4.23 Com a mão não dominante, aspirar para verificar se a agulha está alcançando um

vaso sanguíneo e em caso negativo, injetar lentamente o medicamento (1mL/10s).

Caso retorne sangue, desprezar a seringa com o medicamento e recomeçar o

procedimento;

4.24 Esperar 10 segundos para a retirada da agulha, para possibilitar que o medicamento

se disperse de modo uniforme em vez de percorrer o canal formado pelo trajeto da

agulha;

4.25 Colocar o algodão seco sobre o local e exercer uma pressão leve, retirando a agulha

no mesmo ângulo em que foi introduzida, em um movimento firme, único e rápido,

sem massagear;

4.26 Soltar a pele ao retirar a agulha (isto deixa uma trajetória em zig-zag que veda o

trajeto da agulha onde os planos teciduais deslizam um sobre o outro);

4.27 Desprezar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local

adequado;

4.28 Retirar as luvas, em recipiente e local adequados;

4.29 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.30 Checar medicamento e registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

O volume máximo a ser administrado na região ventroglútea é de 4mL.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos por via intramuscular. São Paulo: COREN, 2010.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z

39

HOPKINS, U.; ARIAS, C. Large volume IM injections: a review of best practices. Oncology Nurse Advisor, New York, jan./feb., p. 32-37, 2013. NICOLL, L. H.; HESBY, A. Intramuscular injection: an integrative research review and guideline for evidence-based practice. Applied Nursing Research, Philadelphia, v. 15, n. 3, p. 149-162, 2002. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via ocular

40

Administração de medicamentos via ocular

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar

tratamento adequado de diversas patologias através de aplicação de pomada ou colírio na

conjuntiva ocular.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Medicamento

3.3 Luva de procedimento (se necessário)

3.4 Gaze estéril ou bola de algodão

3.5 Solução Fisiológica 0,9% 10 mL

3.6 Lenços de papel

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizaras mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Verificar a prescrição;

4.3 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela

pulseira de identificação;

4.4 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento;

4.5 Determinar se usuário tem alergia a algum medicamento;

4.6 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;

4.7 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo

e assinatura do prescritor;

4.8 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;

4.9 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o

medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via

prescrita;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via ocular

41

4.10 Inclinar a cabeça do usuário um pouco para trás, se estiver sentado, ou colocar sua

cabeça sobre um travesseiro, se estiver deitado;

4.11 Oferecer lenço de papel para o usuário retirar o medicamento e as lágrimas que

possam sair dos olhos durante o procedimento;

4.12 Colocar luvas de procedimento;

4.13 Limpar as pálpebras do usuário com gaze embebida em solução fisiológica 0,9%, em

movimento único, da porção interna para o canto externo, evitando o transporte de

resíduos para os dutos lacrimais;

4.14 Descartar a gaze e usar uma para cada limpeza;

4.15 Afastar a pálpebra inferior com o polegar, com o auxílio de uma gaze, apoiando a

mão na face do usuário, solicitando ao usuário para olhar para o teto;

4.16 Se medicamento em gotas, instilar o número de gotas no saco conjuntivo inferior, no

canto externo; sem tocar o conta-gotas na conjuntiva;

4.17 Se o medicamento for apresentado na forma de pomada, depositá-la ao longo de

toda a extensão do saco conjuntivo inferior, sem tocar o aplicador da pomada na

conjuntiva;

4.18 Soltar a pálpebra inferior após a instilação/aplicação e solicitar que o usuário feche

os olhos delicadamente;

4.19 Orientar o usuário a não esfregar o olho;

4.20 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.21 Checar o medicamento.

5 OBSERVAÇÃO

A solução deve ser direcionada ao saco conjuntivo inferior porque a córnea é sensível e

passível de lesão. Tal procedimento evita o reflexo de piscar.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via ocular

42

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via retal

43

Administração de medicamentos via retal

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar

tratamento adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Supositório

3.3 Luva de procedimento

3.4 Gaze estéril

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela

pulseira de identificação;

4.3 Apresentar-se ao usuário. Explique o procedimento em relação ao posicionamento e

às sensações a esperar, como a de defecação;

4.4 Determinar se o usuário tem alergia a algum medicamento;

4.5 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez;

4.6 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo

e assinatura do prescritor;

4.7 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o

medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via

prescrita;

4.8 Cercar o leito com biombos, e fechar a porta quando possível, a fim de garantir a

privacidade;

4.9 Colocar luvas de procedimento. Caso o usuário informe alergia ao látex, utilize luvas

sem látex;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via retal

44

4.10 Colocar o usuário na posição de decúbito lateral (Sims)*, mantendo-o coberto,

apenas com a região anal exposta;

4.11 Solicitar ao usuário para realizar respirações lentas e profundas pela boca, e relaxar

o esfíncter anal;

4.12 Afastar os glúteos com auxílio de uma gaze, com a mão não dominante;

4.13 Introduzir o supositório, gentilmente pelo ânus até o esfincter interno e contra a

parede do reto, 10cm no adulto e 5 cm na criança e bebê, solicitando ao usuário que

não tente fazer força de evacuar;

4.14 Aplicar uma pressão suave para segurar as nádegas e manter a medicação na

posição;

4.15 Descartar os materiais, remover as luvas e higienizar as mãos conforme

procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples

das mãos;

4.16 O usuário deverá permanecer na mesma posição por 5 minutos, para evitar a

expulsão do supositório;

4.17 Checar o medicamento.

5 OBSERVAÇÃO

Posição Sims*:

Fonte: http://enfcetep.blogspot.com/2010/11/posicao-de-sims.html

O enfermeiro deverá avaliar o histórico do usuário em relação à hemorroidas, fissuras

anais, cirurgia retal ou sangramentos.

O enfermeiro poderá avaliar, quando necessário, as condições do ânus externamente,

palpando as paredes retais, antes de administrar o medicamento.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via retal

45

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, resultado da evacuação (quantidade, aspecto e consistência das fezes),

carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento

ambulatorial

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via subcutânea

46

Administração de medicamentos via subcutânea

1 OBJETIVO

Administrar medicamentos pela via subcutânea.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Agulhas (13x0,45mm / 8x0,30mm)

3.2 Álcool a 70%

3.3 Bandeja S/N

3.4 Curativo bandagem

3.5 Medicamento

3.6 Seringa 1mL

3.7 Algodão

3.8 Luvas de procedimento

3.9 Prescrição do medicamento

3.10 Recipiente para descarte de material perfurocortante.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher o usuário;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Verificar a prescrição

4.4 Aspirar o medicamento da ampola ou frasco-ampola conforme procedimento

operacional;

4.5 Identificar o usuário, orientar o procedimento e comunicar o início do mesmo;

4.6 Atentar-se para a privacidade do usuário fechando cortinas, colocando biombos e

fechando portas etc;

4.7 Escolher o local de aplicação realizando rodízio dos locais frequentemente;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via subcutânea

47

Fonte: Potter et al. (2013)

4.8 Escolher o local de aplicação, verificando se o local escolhido está limpo, palpar o

local em busca de nódulos, rubor ou dor. Inspecione a superfície da pele verificando

a existência de equimose, inflamação ou edema. Evitar estes locais;

4.9 Posicionar o usuário de acordo com a área selecionada para aplicação;

4.10 Calçar as luvas de procedimento;

4.11 Realizar antissepsia da região com algodão embebido em álcool 70%. Posicionar o

chumaço no centro da região a ser limpa e faça movimento circular do centro para

bordas aproximadamente 5 cm;

4.12 Segurar a bola de algodão entre o terceiro e quarto dedos da mão não dominante;

4.13 Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;

4.14 Pinçar a pele com os dedos polegar e indicador da mão não dominante, mantendo

até o fim da aplicação;

4.15 Segurar a seringa (como um dardo) entre o polegar e indicador da mão dominante;

4.16 Inserir a agulha no ângulo de 45 a 90º; para usuário obeso ângulo de 90º;

4.17 Injetar o medicamento de forma lenta (1mL/10s);

4.18 Soltar a pele e colocar algodão seco na pele próximo da inserção da agulha;

4.19 Retirar a agulha no mesmo ângulo da inserção, aplicando algodão seco;

4.20 Não reencapar a agulha; colocar a seringa na bandeja ou acionar dispositivos

especiais de segurança que protegem a agulha;

4.21 Colocar curativo bandagem, se necessário;

4.22 Descartar a seringa na caixa de perfurocortante;

4.23 Retirar as luvas;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via subcutânea

48

4.24 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.25 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

• Volume máximo para essa via: 1,5mL;

• Medicamentos anticoagulantes somente devem ser aplicados na região dos flancos;

• Evitar região peri umbilical;

• Para insulina diária alterne os locais de aplicação;

• Perfurar um vaso sanguíneo nesta via é muito raro, por isso aspiração não é necessária.

• Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de

Imunização;

• Para administração de insulina seguir orientações do protocolo do Programa de

Doenças Crônicas Não Transmissíveis;

Fonte: Oliveira, Montenegro Junior e Venâncio (2017)

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via subcutânea

49

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, local de aplicação,

intercorrências e providências tomadas, data e horário do procedimento, carimbo e

assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

No caso de não administrar o medicamento, anotar o motivo.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Guia de recomendações para registro de enfermagem no prontuário do usuário ou outros documentos de enfermagem. Brasília, DF: COFEN, 2015. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. OLIVEIRA, J. E. P.; MONTENEGRO JUNIOR, R. M.; VENANCIO, S. (Org.). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Recomendações para uso de luvas em serviços de saúde. São Paulo: Secretaria da Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via sublingual

50

Administração de medicamentos via sublingual

1 OBJETIVO

Garantir a administração de medicamentos adequadamente a fim de proporcionar tratamento

adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Medicamento

3.3 Recipiente descartável

3.4 Espátula de madeira

3.5 Água

3.6 Luvas de Procedimento

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

4.2 Verificar a prescrição.

4.3 Identificar o usuário pela identificação do leito, perguntar seu nome completo e pela

pulseira de identificação.

4.4 Avaliar o histórico de alergias a medicamentos.

4.5 Explicar o procedimento ao usuário.

4.6 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez.

4.7 Conferir o nome do usuário, data de validade, posologia, data da prescrição, carimbo

e assinatura do prescritor.

4.8 Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar o

medicamento, confrontando a apresentação do medicamento com a posologia e via

prescrita.

4.9 Somente abrir o medicamento diante o usuário ou acompanhante/cuidador.

4.10 Colocar o(s) medicamento(s) embalado(s) em um copo descartável.

4.11 Calçar luvas de procedimento se necessário.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de medicamentos via sublingual

51

4.12 Colocar o medicamento sob a língua do usuário (com a mão enluvada ou com a

utilização de copo descartável). Se necessário, elevar a língua com auxílio da

espátula, caso necessário.

4.13 Orientar o usuário para que aguarde a absorção sem conversar, e sem deglutir a

saliva até dissolver o medicamento.

4.14 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.15 Checar o medicamento.

5 OBSERVAÇÃO

• Oferecer os medicamentos em separado quando forem mais que um.

• Para administração de imunobiológicos seguir orientações do protocolo do Programa de

Imunização.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIA

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de Zoladex

52

Administração de Zoladex (Acetato de gosserrelina)

1 OBJETIVO

Administrar Zoladex via subcutânea.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAIS

3.1 Prescrição médica

3.2 Bandeja

3.3 Algodão

3.4 Álcool à 70%

3.5 Esparadrapo

3.6 Gaze

3.7 Gelo reciclável

3.8 Luvas de procedimentos

3.9 Recipiente para descarte de resíduo infectante.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher o usuário;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos com sabão líquido e água corrente ou com álcool em gel;

4.3 Identificar o usuário (perguntando o nome completo), orientar o procedimento e

comunicar o início do mesmo;

4.4 Verificar a prescrição e certificar-se de que está completa: verificar o nome do

usuário, o medicamento, a dose, a via;

4.5 Questionar o usuário ou familiares se esta é primeira aplicação ou se já realizou

aplicações anteriores do medicamento. Em caso de primeira aplicação, orientar sobre

administração e eventos adversos;

4.6 Reunir o material;

4.7 Preparar um esparadrapo com gaze para curativo compressivo;

4.8 Conferir se o medicamento está conservado em temperatura, conforme orientação do

fabricante;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de Zoladex

53

4.9 Verificar a embalagem do medicamento;

4.10 Conferir a validade do medicamento;

4.11 Explicar o procedimento ao usuário;

4.12 Garantir a privacidade do usuário fechando cortinas, biombo, portas etc.

4.13 Orientar o usuário sobre a melhor posição para receber o medicamento e ajudá-lo a

ocupar a posição adequada (decúbito dorsal ou sentado);

4.14 Expor o abdômen do usuário;

4.15 Envolver o gelo reciclável em um tecido ou compressa e colocar por 10 a 15 minutos

no abdômen no local em que será administrado o medicamento no usuário;

4.16 Abrir o invólucro do medicamento e examinar a seringa em um ângulo inclinado para

a luz. Verificar que o depósito de Zoladex esteja visível;

4.17 Retirar a aba protetora plástica da seringa e descarte-a;

4.18 Remover a cobertura da agulha. Atenção: como o Zoladex não é uma injeção líquida,

não tentar remover bolhas de ar, pois isso pode deslocar o depot do medicamento;

4.19 Realizar a antissepsia do local de aplicação com algodão embebido em álcool a 70%,

3 vezes, em movimento centrífugo;

4.20 Realizar a prega cutânea com a mão não dominante;

4.21 Segurar a seringa com o bisel voltado para cima;

4.22 Inserir a agulha com ângulo de 30 a 45 graus em relação à pele, até que a capa

protetora toque a pele do usuário;

4.23 Pressionar o êmbolo da seringa até um ponto que não consiga mais fazê-lo – isso vai

ativar a capa protetora. O enfermeiro poderá ouvir um clique e sentirá que a capa protetora,

automaticamente, começará a deslizar para cobrir a agulha. Se o embolo não for totalmente

pressionado, a capa protetora não será ativada. Se esta situação ocorrer, retirar a agulha e

deixar que a capa protetora deslize e recubra a agulha;

4.24 Desprezar a seringa no recipiente de descarte de perfuro cortante;

4.25 Realizar um curativo compressivo no local da aplicação;

4.26 Retirar as luvas;

4.27 Orientar o usuário sobre possíveis eventos adversos;

4.28 Lançar a administração no sistema hygia, identificando lado administrado e lote do

medicamento;

4.29 Registrar a administração na prescrição médica, identificando o lado em que o

medicamento foi administrado e o lote do medicamento e devolvê-la ao usuário.

4.30 Orientar o usuário sobre a data da próxima aplicação, se houver, conforme prescrição

médica.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Administração de Zoladex

54

5 OBSERVAÇÃO

• O ZOLADEX deve ser conservado em temperatura inferior a 25ºC e não pode ser

congelado.

• O conteúdo da embalagem é estéril até a sua abertura. Portanto, não utilize o

produto caso sua embalagem interna esteja aberta.

• Reações adversas mais comuns:

- mulheres: diminuição da libido; fogachos (ondas de calor); hiperidrose (transpiração

anormalmente aumentada); acne; ressecamento vaginal; aumento no tamanho da mama;

reações no local da injeção.

- homens: diminuição da libido; fogachos; hiperidrose; disfunção erétil.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado no sistema Hygia e na prescrição médica, identificando

o lado em que o medicamento foi administrado, o lote do medicamento e eventos adversos,

se houver.

REFERÊNCIA

ZOLADEX. [Bula]. Cotia: Astrazeneca. Disponível em:

https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/saude/eleicao-2022-2024. Acesso em: 04 mai

2022.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP: 126659 Mariane Fabiani Ciccilini Simões Enfermeira. COREN-SP: 321273

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de frequencia respiratória

55

Aferição de frequência respiratória

1 OBJETIVO

Realizar avaliação física do sistema respiratório, avaliando a frequência respiratória, ritmo

e a qualidade do movimento respiratório, obtendo valores fidedignos para embasamento

das ações de enfermagem e condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento não estéril, se necessário

3.2 Biombo

3.3 Relógio com ponteiros de segundos

4 AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional padrão;

4.2 Reunir o material;

4.3 Identificar o usuário;

4.4 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;

4.5 Promover privacidade do usuário;

4.6 Simular verificação do pulso radial do usuário, observando os movimentos

respiratórios;

4.7 Contar o número de inspirações por 30 segundos e multiplicar esse número por 2

para calcular a frequência durante 1 minuto, mas se a frequência, ritmo ou amplitude

estiver anormal, palpar e contar por 1 minuto.

4.8 Higienizar as mãos;

4.9 Comunicar a enfermeira e/ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais

como: assimetria, bradipneia, taquipneia, apneia, entre outras anormalidades

relacionadas a frequência respiratória;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de frequencia respiratória

56

4.10 Valores de Referência (repouso e sem febre)

Faixa Etária Limites Normais Limite de Alerta

Recém-nascidos 35 a 55 rpm 60 rpm

Lactentes < 6 meses 30 a 50 rpm 50 rpm

Entre 6 meses e 2 anos 25 a 35 rpm 40 rpm

Pré-Escolares e escolares 20 a 30 rpm 35 rpm

Adolescentes 16 a 20 rpm 30 rpm

Adultos 12 a 20 rpm 25 rpm

Fonte: Oliveira (2016)

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

6 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos,

incluindo o membro utilizado para aferição; data e horário do procedimento, carimbo e

assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e

lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Daniela Moré Gorzílio

Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de saturação de oxigênio

57

Aferição de saturação de oxigênio

1 OBJETIVO

Verificar a saturação parcial de oxigênio nos tecidos através de uma monitorização não

invasiva, obtendo valores fidedignos para embasamento das ações de enfermagem e

condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento não estéril se necessário

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Algodão

3.5 Produto padronizado pela CCI - SMS

3.6 Oxímetro de pulso

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Identificar o usuário;

4.4 Explicar ao usuário sobre o procedimento;

4.5 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;

4.6 Promover privacidade do usuário;

4.7 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.8 Realizar a desinfecção do sensor do pulso oxímetro com algodão embebido em

produto padronizado pela CCI – SMS;

4.9 Instalar pulso oxímetro em extremidades (quirodáctilos, pododáctilos ou lóbulos

auriculares);

4.10 Realizar a leitura da saturação periférica de oxigênio;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de saturação de oxigênio

58

4.11 Realizar a desinfecção do sensor do pulso oxímetro com algodão embebido em

Solução padronizada pela CCI - SMS e guardá-lo em local adequado;

4.12 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais

como: saturação periférica de oxigênio inferior a 90%, cianose ou frialdade em

extremidades entre outras anormalidades relacionadas à saturação periférica de

oxigênio.

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

6 OBSERVAÇÕES

A saturação de oxigênio aceitável varia de 95% a 100%; um valor de menos que 90% é

considerável hipoxemia; entretanto, os valores abaixo de 90% podem ser aceitáveis para

certas doenças crônicas.

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados; data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento

e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Daniela Moré Gorzílio

Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de temperatura

59

Aferição de temperatura

1 OBJETIVO

Realizar avaliação física do sistema termorregulador, obtendo valores fidedignos para

embasamento das ações de enfermagem e condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento não estéril se necessário

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Termômetro digital ou termômetro de infra vermelho

3.5 Algodão

3.6 Produto padronizado pela CCI - SMS

3.7 Papel toalha

3.8 Hastes flexíveis

4 AFERIÇÃO DA TEMPERATURA

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Identificar o usuário;

4.4 Explicar ao usuário sobre o procedimento;

4.5 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;

4.6 Promover privacidade do usuário;

4.7 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.8 Para termômetro digital: realizar a desinfecção do termômetro com algodão

embebido em produto padronizado pela CCI - SMS no sentido da haste para o bulbo;

4.9 Para termômetro de infra vermelho: limpar o termômetro usando uma haste flexível

com álcool a 70% para limpar o sensor. O restante do termômetro deve ser limpo

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de temperatura

60

com algodão umedecido com álcool a 70% e manter em contato por pelo menos um

minuto. Assegurar-se de que não entre qualquer líquido no interior do aparelho. Não

utilizar produtos de limpeza abrasivos ou diluentes para limpar o termômetro e nunca

o mergulhe em água ou em qualquer outro líquido.

TEMPERATURA AXILAR

• Secar a região axilar do usuário se necessário, utilizando papel toalha;

• Colocar o bulbo do termômetro na região axilar do usuário, dobrando seu braço sobre o

peito;

• Aguardar o termômetro digital emitir o sinal sonoro, retirar o termômetro e realizar a

leitura;

• Realizar a desinfecção do termômetro com ou solução padronizada pela CCI - SMS da

haste para o bulbo e guardá-lo em local adequado;

• Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

• Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:

hipotermia e hipertermia.

TEMPERATURA ORAL

• Conferir se o usuário não utilizou alimentos quentes ou frios;

• Colocar bulbo do termômetro sob a língua ou no espaço entre os dentes e a bochecha;

• Solicitar ao usuário que feche a boca, mas que não morda o termômetro;

• Aguardar o termômetro digital emitir o sinal sonoro, retirar o termômetro e realizar a

leitura;

• Realizar a desinfecção do termômetro com produto padronizado pela CCI - SMS da

haste para o bulbo e guardá-lo em local adequado.

• Higienizar as mãos.

• Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:

hipotermia e hipertermia.

TEMPERATURA TEMPORAL

• Verificar se a lente ou o sensor de infravermelho estão livres de detritos, sujeira ou

condensação que possam afetar a precisão da leitura. Usar haste flexível e álcool à

70% para limpá-lo com cuidado, se necessário. Evitar arranhar a lente ou o sensor;

• Realizar a aferição nas condições ambientes (temperatura e umidade) especificadas

pelo fabricante;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de temperatura

61

• Certificar que o usuário não fez ingestão de alimentos ou bebidas e nem realizou

esforço físico. Caso tenha feito, deve-se aguardar no mínimo 5 minutos para que o

usuário possa repousar;

• Ligar o termômetro pressionando o botão Liga/Desliga;

• Certificar que no visor que a aferição da temperatura esteja em <°C>;

• Certificar que o usuário não esteja com a cabelo na testa e que a pele não esteja

úmida;

• Posicionar o sensor conforme orientação do fabricante;

• Certificar para distância conforme orientação do fabricante;

• Assegurar de que a lente ou sensor de infravermelho estejam a um ângulo reto (90°)

da superfície, ou seja, perpendicular à testa. Quando a aferição estiver concluída, um

sinal sonoro será emitido;

• Registrar a temperatura que aparece no visor e informe o resultado ao usuário;

• Caso o termômetro não desligue automaticamente, desligar o termômetro

pressionando ligeiramente o botão Liga/Desliga;

• Aguardar por pelo menos dois minutos para nova mensuração (obrigatoriamente o

termômetro deve ser desligado e ligado novamente entre medições consecutivas);

• Limpar o termômetro usando uma haste flexível com álcool a 70% para limpar o

sensor. O restante do termômetro deve ser limpo com algodão umedecido com álcool

a 70% e manter em contato por pelo menos um minuto. Remover a bateria, caso não

vá utilizá-lo por longo período;

• Armazenar o termômetro em lugar protegido de temperaturas altas e baixas, umidade,

luz direta e poeira.

TEMPERATURA ANAL

• Calçar luvas de procedimento;

• Lubrificar a ponta do termômetro que será inserida no reto;

• Colocar o usuário deitado em decúbito lateral e com as pernas fletidas ou em posição

de Sims, expondo apenas o sulco interglúteo;

• Lubrificar a ponta do termômetro;

• Entreabrir o sulco interglúteo com a mão esquerda;

• Introduzir o bulbo no ânus com a mão direita, cerca de 2,5 cm, cuidadosamente;

• Aguardar o termômetro digital emitir o sinal sonoro;

• Entreabrir o sulco interglúteo, removendo o termômetro;

• Cobrir a área exposta do usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de temperatura

62

• Realizar a leitura;

• Colocar o termômetro na cuba-rim;

• Colocar o usuário em posição confortável;

• Recompor a unidade;

• Lavar o termômetro com água e sabão;

• Realizar a desinfecção do termômetro com produto padronizado pela CCI-SMS;

• Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

• Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais como:

hipotermia e hipertermia.

• Não usar temperatura retal em recém-nascidos ou em usuários submetidos a

intervenções cirúrgicas no reto e períneo, ou com processos inflamatórios presentes no

reto e períneo.

Medida Normal Maior que a axilar Subfebril Febril

Axilar 35,5 a 36,9 C 37,0 a 37,7 C Acima de 37,8 C

Oral 36,0 a 37,3 C 0,5 a 0,6 C 37,4 a 37,7 C Acima de 38,0 C

Retal 36,0 a 37,5 C 0,5 a 0,8 37,6 a 37,9 Acima de 38,0 C

Fonte: Oliveira (2016)

O idoso por conta da perda de massa, diminuição de metabolismo e de células

sudoríparas pode apresentar uma variação de 0,5 a 1°C menos que o adulto jovem e

estar normotérmico ou afebril.

5 OBSERVAÇÃO

Na aferiação de temperatura temporal, seguir os mesmos valores de referência de

temperatura axilar.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Auxiliar odontológico (temperatura axiliar e temporal)

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

• Dentista (temperatura axiliar e temporal)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de temperatura

63

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos;

respectivas características, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem

realizou a técnica em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento

no sistema.

REFERÊNCIAS

BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Daniela Moré Gorzílio

Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 2 APROVAÇÃO – 2

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de pressão arterial

64

Aferição de pressão arterial

1 OBJETIVO

Obter o valor fidedigno da pressão arterial para subsidiar as ações de enfermagem e as

condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento não estéril se indicado;

3.2 Bandeja;

3.3 Biombo;

3.4 Esfigmomanômetro;

3.5 Estetoscópio;

3.6 Algodão;

3.7 Produto padronizado pela CCI-SMS;

3.8 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional padrão;

4.2 Identificar o usuário;

4.3 Explicar o procedimento ao usuário;

4.4 Certificar-se de que o usuário não: está com a bexiga cheia, praticou exercícios

físicos há pelo menos 60 minutos, ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos,

fumou nos 30 minutos anteriores;

4.5 Deixá-lo em repouso por, no mínimo, 5 minutos em ambiente calmo, se possível;

4.6 Instruir o usuário a não conversar durante a medida;

4.7 Calçar luvas, se necessário;

4.8 Posicionar o usuário corretamente: posição sentada, se possível, pernas

descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado e relaxado. O braço deve estar

na altura do coração (nível médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de

roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente

fletido;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de pressão arterial

65

4.9 Expor o local onde se encontra a artéria braquial;

4.10 Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço;

4.11 Selecionar o manguito segundo o quadro abaixo ou seguindo a regra: A largura da

bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu

comprimento, envolver pelo menos 80%;

Circunferência do

braço (cm)

Denominação do

manguito

Largura do manguito

(cm)

Comprimento da bolsa

(cm)

≤ 6 Recém-nascido 3 6

6-15 Criança 5 15

16-21 Infantil 8 21

22-26 Adulto pequeno 10 24

27-34 Adulto 13 30

35-44 Adulto grande 16 38

45-52 Coxa 20 42

Fonte: 7ª Diretriz... (2016)

4.12 Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;

4.13 Conferir se a agulha do manômetro aneroide está na marca zero da escala;

4.14 Apertar a válvula aparafusada na bomba de ar;

4.15 Assumir uma posição em que você esteja além de 90 cm em relação ao manômetro;

4.16 Colocar as peças auriculares do estetoscópio nas orelhas. Direcioná-las para o

interior do canal e não para o ouvido em si;

4.17 Palpar o pulso da artéria radial e braquial;

4.18 Inflar o manguito ao mesmo tempo em que continua a palpar a artéria radial com os

dedos indicador e médio e observar o ponto na escala do manômetro em que

desaparece o pulso;

4.19 Situar a campânula ou o diafragma do estetoscópio, com firmeza, embora com o

mínimo possível de pressão, sobre a artéria braquial. Não deixe que o estetoscópio

toque as roupas ou o manguito;

4.20 Bombear a pressão 30mmHg acima do ponto em que a pressão sistólica foi palpada

e estimada. Abrir a válvula no manômetro e deixar o ar sair devagar (possibilitando

que o medidor caia 2-3 mm por segundo);

4.21 Registrar o ponto no medidor em que o primeiro som, ainda que fraco, mas claro

pareça lentamente aumentar de intensidade. Registrar esse número como a pressão

sistólica. Ler a pressão mais próxima do intervalo de 2mmHg;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de pressão arterial

66

4.22 Não reinflar o manguito assim que o ar estiver sendo liberado para novamente

verificar os dados da pressão sistólica;

4.23 Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons;

4.24 Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no

abafamento dos sons e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;

4.25 Realizar pelo menos 2 medidas com intervalo de 1 minuto e considerar a média das

duas aferições;

4.26 No primeiro atendimento do usuário na Atenção Primária, realizar esse procedimento

nos dois braços e considerar o valor mais alto. Nas vezes subsequentes verificar

apenas em um dos braços;

4.27 Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o usuário;

4.28 Higienizar as mãos;

4.29 Realizar desinfecção do estetoscópio com algodão embebido em produto

padronizado pela CCI-SMS.

5 OBSERVAÇÃO

Fonte: 7ª Diretriz... (2016)

5.1 Em usuários obesos, manguitos mais longos e largos são necessários para não

haver superestimação da pressão arterial. Em braços com circunferência superior a

50 cm, onde não houver manguito disponível, pode-se fazer a medição no antebraço,

devendo o pulso auscultado ser o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa

prática. Especial dificuldade ocorre em braços largos e curtos, em forma de cone,

onde manguitos de grandes dimensões não se adaptam.

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Normal ≤ 120 ≤ 80

Pré-hipertensão 121 - 139 81 - 89

Hipertensão estágio 1 140 - 159 90 - 99

Hipertensão estágio 2 160 - 179 100 - 109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110

Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de pressão arterial

67

5.2 Em gestantes, a pressão arterial deve ser obtida com a mesma metodologia

recomendada para adultos, reforçando-se que ela também pode ser medida no braço

esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, não devendo diferir

da obtida na posição sentada.

5.3 Coxa: Colocar o usuário em decúbito ventral, se possível. Se essa posição não for

possível, optar por decúbito dorsal, com o joelho levemente flexionado. Usar um

manguito que seja grande o suficiente para que se faça uma verificação precisa.

Colocar o manguito 2,5 cm acima da artéria poplítea com a bolsa de borracha acima

da porção posterior da parte média da coxa. Seguir o mesmo procedimento de

ausculta recomendado para a artéria braquial. Procurar manter-se relaxado, decúbito

ventral ou dorsal, perna ao nível do coração. A escala do manômetro deve manter-

se visível aos olhos. Local com luminosidade adequada localizar a artéria poplítea e

aferir colocando a campânula ou membrana sobre a artéria poplítea.

Fonte: Jarvis (2002)

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos,

incluindo o membro utilizado para aferição; data e horário do procedimento, carimbo e

assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e

lançar procedimento no sistema.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição de pressão arterial

68

REFERÊNCIAS

BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 7a DIRETRIZ brasileira de hipertensão arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 107, n. 3, set. 2016. Suplemento 3. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Daniela Moré Gorzílio

Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Zigmar Borges Nunes

Enfermeira. COREN-SP: 72799

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição do pulso

69

Aferição do pulso

1 OBJETIVO

Avaliar e monitorar as condições hemodinâmicas do usuário; detectar e monitorar arritmias

cardíacas; avaliar efeitos de medicamentos que alterem a frequência cardíaca e; verificar

a frequência, ritmo e amplitude do pulso, obtendo valores fidedignos para embasamento

das ações de enfermagem e condutas médicas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento não estéril se necessário;

3.2 Bandeja;

3.3 Biombo;

3.4 Estetoscópio;

3.5 Relógio com ponteiros de segundos;

3.6 Algodão;

3.7 Produto padronizado pela CCI - SMS

4 AFERIÇÃO DO PULSO PERIFÉRICO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Identificar o usuário;

4.4 Explicar ao usuário sobre o procedimento;

4.5 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;

4.6 Promover privacidade do usuário;

4.7 Higienizar as mãos;

4.8 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com algodão

embebido em produto padronizado pela CCI - SMS;

4.9 Identificar o usuário;

4.10 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;

4.11 Promover privacidade do usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição do pulso

70

4.12 Calçar luvas se for o caso;

4.13 Colocar seu primeiro, segundo e terceiro dedos sobre uma artéria superficial,

comprimindo-a levemente. Geralmente as artérias escolhidas são (radial, braquial,

carótida, femoral, poplítea e pediosa);

4.14 Contar os batimentos arteriais durante 30 segundos e multiplicar esse número por 2

para calcular a frequência durante 1 minuto, mas se a frequência, ritmo ou amplitude

estiver anormal, palpar e contar por 1 minuto.

4.15 Determinar frequência, ritmo e amplitude do pulso.

4.16 Comunicar o enfermeiro em caso de eventuais anormalidades, tais como: arritmias,

taquicardias, bradicardias entre outras anormalidades relacionadas ao pulso;

4.17 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

AFERIÇÃO DO PULSO APICAL

4.18 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.19 Reunir o material;

4.20 Identificar o usuário;

4.21 Explicar ao usuário sobre o procedimento;

4.22 Colocar o usuário sentado ou em decúbito dorsal, de forma confortável;

4.23 Promover privacidade do usuário;

4.24 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com algodão

embebido em produto padronizado pela CCI - SMS;

4.25 Segurar o diafragma contra as mãos durante alguns segundos para aquecer;

4.26 Palpar o espaço entre a 5º e 6º costelas (quinto espaço intercostal) e chegar a linha

clavicular média esquerda;

4.27 Colocar o diafragma sobre o ápice cardíaco;

4.28 Contar os batimentos cardíacos durante 1 minuto;

4.29 Determinar frequência, ritmo e amplitude do pulso.

4.30 Cobrir o usuário e deixa-lo em posição confortável;

4.31 Comunicar o enfermeiro ou o médico em caso de eventuais anormalidades, tais

como: arritmias, taquicardias, bradicardias entre outras anormalidades relacionadas

ao pulso.

4.32 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.33 Realizar desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com algodão

embebido em produto padronizado pela CCI - SMS e guardá-lo em local adequado;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aferição do pulso

71

4.34 Valores de referência (repouso sem febre)

Faixa Etária Limites Normais Média Limites de Alerta

Recém-nascidos 100 a 150 bpm 140 < 80 e > 170

Lactentes 80 a 140 bpm 120 < 70 e > 160

Crianças de 1-2 anos 80 a 130 bpm 110 < 60 e > 140

Pré-Escolares 70 a 120 bpm 100 < 60 e > 140

Escolares 70 a 110 bpm 95 < 60 e > 130

Adolescentes 60 a 90 bpm 80 < 55 e > 120

Adultos 60 a 100 bpm 80 < 50 e > 120

Fonte: Oliveira (2016)

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

6 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados sem arredondamentos,

incluindo o membro utilizado para aferição; respectivas características, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em ficha de atendimento

e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Daniela Moré Gorzílio

Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Ajustes para controle da temperatura da incubadora de transporte

72

Ajustes para controle da temperatura da incubadora de transporte

1 OBJETIVO

Estabelecer os parâmetros adequados para realizar o transporte do Recém-Nascido (RN)

em incubadora, garantindo durante a assistência a manutenção da estabilidade da

temperatura do RN, em um ambiente térmico neutro.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)

3 MATERIAL

3.1 Incubadora de transporte

4 PROCEDIMENTO

O controle de temperatura das incubadoras pode ser realizado por dois diferentes

sistemas: a partir do monitoramento da temperatura do ar interno e através do

monitoramento da temperatura cutânea do RN.

4.1 Modo de ajuste ar

4.1.1 Ligar a incubadora pelo menos 40 minutos antes do transporte;

4.1.2 Selecionar no display a condição “Modo Ar”;

4.1.3 Programar por meio das teclas de acréscimo ou decréscimo, a temperatura desejada,

tendo como base o peso estimado do RN, utilizando a tabela abaixo para os ajustes:

Tabela:

Peso (g) ao nascer Ajuste da temperatura do ar (oC)

da incubadora

< 1001 36-37

1001-2000 35-36

2001-3000 34-35

>3000 32-34

Fonte: Aula do prof. Paulo Martins ministrada no NEU

4.2 Modo de ajuste pele

4.2.1 Conectar o plug do sensor de pele em sua respectiva tomada, localizada no painel

lateral a incubadora;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Ajustes para controle da temperatura da incubadora de transporte

73

4.2.2 Ao recepcionar o RN, posicionar o sensor de temperatura de pele em contato direto:

quando em posição supina, este deve ser posicionado no quadrante superior direito do

abdome, quando em prona deve ser fixado nas costas, com auxílio de fita adesiva

microporosa;

4.2.3 Selecionar no display a condição “Modo Pele”;

4.4.4 Programar por meio das teclas de acréscimo ou decréscimo, a temperatura desejada

ao RN, que deve ser de 36,5 oC;

4.4.5 Iniciar o transporte somente com normotermia: 36,5 – 37,5 oC.

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliares de enfermagem

• Técnicos de enfermagem

• Enfermeiros

6 REGISTRO

Anotar na ficha de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a temperatura da

incubadora e do RN aferida durante o transporte.

7 REFERÊNCIAS

COSTA, C. C. Avaliação de incubadoras neonatais e práticas de manuseio pela equipe

de enfermagem. 2016. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina de Botucatu.

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/11449/137905/3/costa_cc_me_bot.pdf. Acesso em: 02

de mai 2022.

FANEN. Manual do usuário: incubadora neonatal modelo IT 158 TS. São Paulo; 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Ediane Gonçalves de Oliveira Enfermeira. COREN-SP: 299933

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

74

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

1 OBJETIVO

Manter a coluna cervical alinhada em posição anatômica (neutra) sem a utilização de

equipamentos e materiais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de

Assistência Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

Nenhum material em específico faz se necessário para a execução deste procedimento,

apenas a utilização do equipamento de proteção individual.

4 PROCEDIMENTO

Esse procedimento pode ser realizado em diversas abordagens pela frente do paciente

(figura 1), por trás (figura 2), pela lateral (figura 3) ou em posição supina (decúbito dorsal

horizontal – figura 4) e deve ser mantido até instalação do colar cervical em caso de trauma.

Figura 1 - Abordagem pela frente do paciente

Fonte: PHTLS (2014)

4.1 O profissional posiciona-se em pé, a frente do paciente, orientando os pacientes

conscientes sobre a técnica e sua finalidade;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

75

4.2 Utilizando as duas mãos para segurar a cabeça, posicione-as em ambos os lados,

na face do paciente, de forma que os dedos mínimos apoiem a parte posterior da

cabeça, os outros deverão estar posicionados ao longo da superfície da cabeça,

enquanto que a face hipotênar das mãos fique a frente e na altura das orelhas;

4.3 Exerça uma leve tensão no sentido axial e execute o alinhamento em posição neutra;

4.4 Mantenha o posicionamento da cabeça exercendo uma pressão que garanta sua

estabilidade;

4.5 Apoie seus braços (região do cotovelo) sob o tórax do paciente para obter apoio

adicional;

4.6 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e

disponível.

Figura 2 - Abordagem por trás do paciente

Fonte: PHTLS (2014)

4.7 O profissional aproxima-se em pé, por trás do paciente, orientando os pacientes

conscientes sobre a técnica e sua finalidade;

4.8 Utilizando as duas mãos, posicione-as em ambos os lados, na face do paciente, de

forma que os polegares fiquem apoiados na parte posterior do crânio (em nível da

região occipital), os dedos indicadores e médios pressionando a mandíbula,

enquanto que os dois mínimos estejam abaixo do ângulo da mandíbula sem exercer

força de compressão;

4.9 Após o posicionamento das mãos realize uma leve tração longitudinal e o

alinhamento (anteroposterior e lateral) em posição neutra utilizando movimentos

suaves;

4.10 Mantenha o posicionamento da cabeça exercendo uma pressão que garanta sua

estabilidade;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

76

4.11 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e

disponível.

Figura 3 - Abordagem pela lateral do paciente

Fonte: PHTLS (2014)

4.12 O profissional aproxima-se do paciente, posicionando ao seu lado, orientando os

pacientes conscientes sobre a técnica e sua finalidade;

4.13 Passe um dos seus braços por cima do ombro e por trás da cabeça do paciente

apoiando a parte posterior da cabeça com sua mão, evitando movimentos adicionais;

4.14 Coloque a outra mão na parte anterior da face, abaixo da boca, de forma que o

polegar e o dedo indicador fiquem posicionados na chanfradura da face, onde se

juntam os dentes e a mandíbula;

4.15 Exerça uma leve pressão apenas para sustentar e estabilizar a cabeça do paciente,

alinhando-a em posição neutra se não houver restrições;

4.16 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e

disponível.

Figura 4 - Abordagem do paciente em posição supina (decúbito dorsal horizontal)

Fonte: PHTLS (2014)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

77

4.17 O profissional posiciona-se atrás e acima da cabeça do paciente, fletindo os membros

inferiores, ajoelhando- se e orientando os pacientes conscientes sobre a técnica e

sua finalidade;

4.18 Posicionem as mãos em ambos os lados da cabeça, com a face hipotênar cobrindo

as orelhas;

4.19 Coloquem os dedos na face do paciente de forma que promova a estabilização da

cabeça, posicionando os polegares na região frontal, os indicadores sob o maxilar, o

dedo médio logo abaixo da mandíbula e o quarto e quinto dedo deverão envolver a

parte posterior do crânio do paciente;

4.20 Com movimentos leves alinhe a cabeça ao longo do corpo em posição neutra;

4.21 Apoiem os antebraços e cotovelos no chão para melhor sustentação;

4.22 Mantenha a posição até que ocorra a instalação do colar cervical se indicado e

disponível.

5 OBSERVAÇÔES:

5.1 Lembre-se de que para iniciar qualquer procedimento é necessário ter certeza que a

cena (local da ocorrência) está segura.

5.2 Em casos suspeitos de traumatismo cervical estar atento, quando possível, aos

seguintes fatos relatados pelo paciente:

• Formigamento, paralisia ou perda de sensibilidade dos membros;

• Dor espontânea e/ou a palpação local com resistência ao procedimento;

Presença de traumatismos graves acima da clavícula;

• Inconsciência pós-trauma;

• Piora das condições ventilatórias;

• Ocorrência de espasmos musculares no pescoço.

• Na presença de um desses sinais o socorrista deve manter o paciente na posição

inicial, evitando ou interrompendo o procedimento e relatando os achados na

ficha de registro da assistência executada.

6 RESPONSABILIDADE

• Condutor

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico intervencionista

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Alinhamento e estabilização manual da coluna cervical

78

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento do paciente com assinatura e

carimbo constando nome e registro do conselho de classe de quem realizou a técnica.

REFERENCIAS

MARIANI, P. P.; PARANHOS, W. Y. Traumatismo cranioencefálico. In: ATUAÇÃO no trauma: uma abordagem para enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Enfermeira. COREN-SP: 268146

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Anteriorização da mandíbula – abertura das vias aéreas

79

Anteriorização da mandíbula - abertura das vias aéreas

1 OBJETIVO

Utilizar a técnica de anteriorização da mandíbula em usuários traumatizados para

permeabilizar as vias aéreas, da boca, faringe e laringe permitindo que o ar passe pelas

cordas vocais e traqueia alcançando a via aérea baixa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (óculos, luvas e máscara facial).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Posicionar-se atrás da cabeça da vítima (figura 1);

4.3 Posicionar as duas mãos espalmadas uma de cada lado da face da vítima

mantendo o alinhamento da coluna cervical da mesma em posição neutra (figura 1);

4.4 Posicionar os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula;

4.5 Projetar a mandíbula para frente enquanto os polegares deprimem o lábio inferior,

abrindo a boca (figura 2);

4.6 Pesquisar a presença de corpos estranhos, próteses dentárias ou sangramentos que

possam obstruir as vias aéreas superiores;

4.7 Após esta intervenção, caso necessário, proceda a aspiração de secreções

orofaríngeas e instale a cânula orofaríngea, conforme procedimento operacional

padrão;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Anteriorização da mandíbula – abertura das vias aéreas

80

Figura 1 Figura 2

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

5 OBSERVAÇÔES

• Mantenha o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna

cervical.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor dentro de suas atribuições

• Técnico de Enfermagem

• Auxiliar de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do COREN de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê de Trauma. Suporte avançado de vida no trauma para medicos ATLS: manual do curso de alunos. 8. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2008. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Anteriorização da mandíbula – abertura das vias aéreas

81

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo

Enfermeira. COREN SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira. COREN SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

82

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

1 OBJETIVO

Aplicar a técnica de mensuração do nível de consciência em pacientes vítimas de uma

lesão cerebral aguda.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA) do Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS),

Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA),

Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção biológica)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Para pacientes adultos, iniciar a avaliação pela Abertura Ocular e pontuar de acordo

com a melhor resposta obtida:

4.2.1 Observar se o paciente apresenta abertura ocular espontânea: 4 pontos;

4.2.2 Caso o paciente não abra espontaneamente os olhos, usar um comando verbal

“abra os olhos” e observar sua reação, se o paciente atender ao estímulo

verbal: 3 pontos;

4.2.3 Se o paciente não responde ao estímulo verbal, aplicar um estímulo físico:

aplicar pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária

e observar a reação, se o paciente abrir os olhos após o estímulo: 2 pontos;

4.2.4 Na ausência de abertura ocular: 1 ponto.

4.2.5 Caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de alguma

limitação, marcar “NT” (não testável) na pontuação.

4.3 Avaliar a Resposta Verbal e pontuar de acordo com a melhor resposta obtida.

Formular questões simples, como “qual é o seu nome” ou “o que aconteceu com

você?”, e avaliar a qualidade da resposta;

4.3.1 Considerar “orientado” o paciente que responde coerentemente às perguntas:

5 pontos;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

83

4.3.2 Considerar “confuso” o paciente que embora responda às perguntas, demonstra

desorientação no tempo e no espaço e/ou incompreensão da situação atual e/ou

incoerência com a realidade: 4 pontos;

4.3.3 Considerar o uso de palavras inapropriadas: não consegue falar em frases, mas

interage através de palavras isoladas: 3 pontos;

4.3.4 Considerar o uso de sons incompreensíveis, somente produz gemidos: 2 pontos;

4.3.5 Na ausência de resposta verbal: 1 ponto.

4.3.6 Caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de alguma limitação,

marcar “NT” (não testável) na pontuação.

4.4 Avaliar a Resposta Motora, utilizar a comunicação verbal, dando ordens simples ao

paciente, como “levante a mão”, e observar a reação.

4.4.1 Se o paciente obedece ao comando, cumpre ordens de atividade motora (duas

ações) como apertar a mão do profissional e colocar a língua para fora: 6 pontos;

4.4.2 Na ausência de resposta ao comando, utilizar um estímulo físico para avaliação

da resposta. Utilizar como estímulos: aplicar pressão na extremidade dos dedos,

trapézio ou incisura supraorbitária. Considerar resposta de “localização” se o

paciente eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de

interromper o estímulo: 5 pontos;

4.4.3 Considerar resposta de “flexão normal”: a mão não alcança a fonte do estímulo,

mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao

corpo: 4 pontos;

4.4.4 Considerar resposta de “flexão anormal” se a mão não alcança a fonte do

estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo: 3

pontos;

4.4.5 Considerar resposta de “extensão” quando há uma extensão do braço ao nível

do cotovelo: 2 pontos;

4.4.6 Considerar “resposta ausente” se o paciente não apresenta nenhuma resposta,

mesmo mediante estímulo físico: 1 ponto.

4.4.7 Caso não seja possível obter resposta do paciente por conta de alguma limitação,

marcar “NT” (não testável) na pontuação.

4.5 Pontuar e somar: Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem

ser marcados em cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator impede a vítima

de realizar a tarefa, marcar NT (Não Testável) e nenhuma pontuação numérica será

dada àquela região. As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de

forma simples e prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2 e M1 significando

respectivamente a nota para ocular, verbal e motora, com resultado geral igual a 7)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

84

ESCALA DE COMA DE GLASGOW

Quadro 1 - Escala de Coma de Glasgow para adultos

CRITÉRIO PONTUAÇÃO

ABERTURA OCULAR

Olhos abertos previamente à estimulação Abertura ocular após ordem em tom de voz normal ou em voz alta Abertura ocular após estimulação da extremidade dos dedos Ausência persistente de abertura ocular Olhos fechados devido a fator que interfere na pontuação

4 3 2 1

NT

MELHOR RESPOSTA

VERBAL

Resposta adequada relativamente ao nome, local e data Resposta não orientada, mas comunicação coerente Palavras isoladas inteligíveis Apenas gemidos Ausência de resposta audível, sem fatores de interferência Fator que interfere com a comunicação

5 4 3 2 1

NT

MELHOR RESPOSTA MOTORA

Cumprimento de ordens com 2 ações Elevação da mão acima do nível da clavícula para localizar o estímulo Flexão rápida do membro superior ao nível do cotovelo, padrão normal Flexão do membro superior ao nível do cotovelo, padrão predominante anormal Extensão do membro superior ao nível do cotovelo Ausência de resposta Fator que limita resposta motora

6 5 4 3

2 1 NT

Fonte: GLASGOW Coma Scale (2015)

4.6 Para crianças, utilizar a escala de Coma de Glasgow Pediátrica, aplicada de acordo

com o quadro abaixo:

ESCALA DE COMA DE GLASGOW MODIFICADA PARA PEDIATRIA

Quadro 2 - Escala de coma de Glasgow modificada para Pediatria

CRIANÇAS BEBÊ (< 1 ANO) PONTUAÇÃO

ABERTURA OCULAR

Espontânea Ao estímulo verbal Ao estímulo físico Ausência de resposta

Espontânea Ao estímulo verbal Ao estímulo físico Ausência de resposta

4 3 2 1

MELHOR

RESPOSTA VERBAL

Palavras apropriadas, orientada Confusa Palavras inapropriadas Palavras incompreensíveis ou sons Inespecíficos Ausência de resposta

Murmura ou balbucia Inquieta, irritada, chorosa Chora em resposta à estímulo Geme em resposta à estímulo Ausência de resposta

5 4 3 2 1

MELHOR RESPOSTA MOTORA

Obedece a comando verbal simples Localiza estímulos físicos Flexão normal à estímulo físico Flexão anormal dos braços ao estímulo físico Extensão dos braços ao estímulo físico Ausência de resposta

Move-se espontânea intencionalmente Retira o membro ao toque Flexão normal a estímulo físico Flexão anormal dos braços ao estímulo físico Extensão dos braços ao estímulo físico Ausência de resposta

6 5 4 3

2

1

Fonte: Brasil (2016 a, b)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

85

5 OBSERVAÇÃO

5.1 O escore máximo na Escala de Coma de Glasgow é 15, indicando um paciente sem

dano neurológico, e o menor escore é de 3, indicando um sinal de péssimo

prognóstico. Um escore menor que 8, indica lesão grave e necessidade de via aérea

definitiva. Escores entre 9 e 12, lesão moderada, e de 13 a 14, lesão leve.

5.2 Atualização 2018:

Análise da Reatividade Pupilar:

Este item foi adicionando como uma etapa posterior à contagem tradicional e que

deve ser subtraída da conta geral, resultando em um panorama mais preciso da

situação do paciente e permitindo ações mais rápidas para evitar consequências

drásticas, denominada escala de coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P).

Assim, Ocular + Verbal + Motora – Pupilar = Total: 1 a 15.

Análise da Reatividade Pupilar (atualização 2018):

(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz

(1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz.

(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz.

5.2.1 Pontuar e somar os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente.

Se algum fator impede a vítima de realizar a tarefa, marcar NT (Não Testável).

As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples

e prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2 e M1 significando respectivamente

a nota para ocular, verbal e motora, com resultado geral igual a 7).

5.2.2 Analisar a reatividade pupilar conforme o POP Avaliação da Reatividade

Registrar a nota correspondente à reação ao estímulo. Esse valor será

subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando final mais

preciso. (Ex.: um paciente classificado como O1V2M3 pela escala de coma de

Glasgow, dando uma pontuação total de 6, nenhuma das pupilas reage à luz,

gerando uma pontuação de reatividade pupilar igual a 2. Neste caso, a escala

de coma de Glasgow com reação pupilar será de 6 menos 2, ou seja, 4 pontos).

6 RESPONSABILIDADES

• Enfermeiro

• Médico intervencionista

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aplicação da Escala de Coma de Glasgow

86

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com

assinatura e carimbo constando o número do Coren.

REFERENCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016a. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016b. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-avancado-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. GLASGOW Coma Scale. Glasgow: Institute of Neurological Sciences, 2015. Disponível em: <https://www.glasgowcomascale.org/downloads/GCS-Assessment-Aid-Portuguese.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2018. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira Responsável Técnica SAMU

Regional Ribeirão Preto

COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Armazenamento, distribuição e inspiração de materiais

87

Armazenamento, distribuição e inspeção de materiais

1 OBJETIVO

Armazenar materiais na Central de Material e Esterilização e distribuí-los para os devidos

setores na Unidade de Saúde.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Materiais reprocessados

3.2 Caixas rígidas para armazenamento de materiais (Bins) ou caixas organizadoras com

tampa

3.3 Caixas rígidas para transporte

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Após a esterilização, inspecionar todos os pacotes para avaliar a integridade das

embalagens, indicador de esterilização e datas de validade;

4.3 Armazenar os pacotes com artigos estéreis nas caixas rígidas (bins) ou

organizadoras com tampa de modo a não comprimi-los, não torcê-los, não perfurá-

los para não comprometer sua esterilidade;

4.4 Acomodar as caixas nas prateleiras mantendo-os longe da umidade, a uma distância

de 25 cm do piso, 45 cm do teto e 5 cm das paredes;

4.5 Efetuar a inspeção periódica dos itens estocados para verificação de qualquer

degradação, devendo ser considerados contaminados e reprocessados para

posterior utilização. Não utilizar artigos que apresentam as seguintes condições:

✓ papel grau cirúrgico amassado ou rompidos;

✓ umidade ou manchas;

✓ desprendimento de partículas;

✓ presença de sujidade;

✓ suspeita de abertura do pacote.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Armazenamento, distribuição e inspiração de materiais

88

O prazo de validade dentro das condições adequadas descritas acima é de 1 mês

para papel grau cirúrgico;

4.6 Revisar o estoque semanalmente, colocando o pacote que estiver próximo ao

vencimento na frente dos recém esterilizados, seguindo uma ordem pela data de

validade.

4.7 Realizar a dispensação dos itens conforme a rotina estabelecida em cada serviço,

protegendo os artigos da contaminação, de danos físicos e perda durante o

transporte, utilizando-se de recipiente rígido destinado exclusivamente a este fim.

5 OBSERVAÇÃO

• A CME normalmente é responsável pelo armazenamento, transporte e distribuição dos

pacotes estéreis aos diversos setores da Unidade de Saúde, porém cada uma tem sua

peculiaridade, devendo-se adequar a realidade. O mais importante é o método utilizado

para garantir a integridade e esterilidade do artigo.

• A estocagem deve ser feita de preferência em armário ou prateleira fechados para maior

segurança, os materias com data de esterilização mais antiga devem ser armazenados

na frente dos demais. A Central de Materiais Esterilizado (CME) deve ser utilizada para

estocagem, porém os diferentes setores (GO, sala de curativo, sala de urgência, sala de

medicação etc.) devem ser abastecidos diariamente com número de pacotes que

permita novo reabastecimento no próximo turno;

• Prateleiras abertas podem ser utilizadas, devendo apenas merecer maior atenção ao

controle de fluxo de pessoal, à limpeza e ventilação.

• Manusear os pacotes quando estiverem completamente frios antes de estocá-los.

• O número de vezes que o pacote foi manuseado, prateleiras abertas ou fechadas,

condições da área de estocagem, podem interferir na continuidade da esterilidade dos

artigos.

• Artigos estéreis não devem ser transportados junto com artigos contaminados ou sujos,

utilizar caixas de transporte exclusivas para cata tipo de artigo, de acordo com a

padronização de cores:

• Caixa Cinza ou Azul: transporte interno na Unidade de material com sujidade;

• Caixa Preta: transporte de material limpo a ser encaminhado para esterilização;

• Caixa Branca: transporte de material esterilizado.

• Realizar limpeza semanal da área de estoque e das caixas de transporte.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Armazenamento, distribuição e inspiração de materiais

89

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe de enfermagem

• Equipe de odontologia

7 REGISTRO

Qualquer intercorrência durante o processo deve ser registrada em livro ata de registro.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRURGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Aparecida de Almeida Puga

Enfermeira. COREN-SP:0143873

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração de vias aéreas

90

Aspiração de vias aéreas

1 OBJETIVO

Remover secreções, vômito, sangue ou corpos estranhos e manter a permeabilidade das

vias aéreas em usuários que não são capazes de realizá-la de maneira eficiente.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, Unidades Básicas de Saúde

(UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de pronto Atendimento

(UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD),

Ambulatórios, Centros de Referência de Especialidades, Centros de Atenção Psicossocial.

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial óculos

de proteção, avental descartável)

3.2 Luvas estéreis

3.3 1 a 2 pacotes de gaze estéril

3.4 Algodão

3.5 Álcool a 70%

3.6 Solução fisiológica 0,9% frasco de 10 mL

3.7 Fonte de vácuo ou aspirador portátil

3.8 Sistema coletor de secreções descartável

3.9 Cateter de aspiração de tamanho apropriado ou cânula de ponta rígida se suspeita/ou

trauma

3.10 Recipiente para descarte de materiais

3.11 Oxímetro de pulso

3.12 Estetoscópio

3.13 Reaminador manual (Bolsa-Valva-Máscara)

3.14 Biombo, se necessário

3.15 Cadarço

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos de acordo com procedimento operacional padrão ou fricção

antisséptica das mãos, se não houver disponibilidade de local adequado para

higienização;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração de vias aéreas

91

4.2 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.3 Identificar sinais e sintomas que indiquem a necessidade da realização do

procedimento: presença de secreções nas vias aéreas superiores (VAS), dispneia,

estertores, roncos, inquietação, presença de vômito e apatia;

4.4 Preparar o material e levar para próximo do usuário;

4.5 Explicar o procedimento ao usuário se este estiver consciente, e ao acompanhante,

se houver;

4.6 Garantir a privacidade do usuário;

4.7 Posicionar o usuário em decúbito dorsal se vítima de trauma, ou com a cabeceira

elevada a 30o para usuários em situação de agravo clínico;

4.8 Instalar o oxímetro de pulso e avaliar a saturação de oxigênio antes e durante o

procedimento. Na ausência do oxímetro de pulso, avaliar os sinais e sintomas do

usuário antes e durante o procedimento;

4.9 Aproximar o recipiente para descarte de material sujo;

4.10 Posicionar-se ao lado do leito de forma que a mão não dominante fique mais próxima

da fonte de vácuo;

4.11 Abrir o pacote do sistema de aspiração e conectá-lo à fonte de vácuo;

4.12 Abrir o pacote de gazes estéreis;

4.13 Abrir o cateter de aspiração de calibre compatível com a situação, com técnica

asséptica e colocá-la no interior do pacote de gaze; se for vítima de trauma, utilizar

ponta rígida estéril;

4.14 Abrir os frascos de solução fisiológica 0,9%, realizando assepsia dos mesmos no

local de abertura com algodão embebido em álcool à 70%;

4.15 Abrir o vácuo canalizado ou ligar o aspirador portátil;

4.16 Calcar as luvas estéreis conforme procedimento operacional padrão (se aspiração

nasotraqueal ou por tubo);

4.17 Com a mão não dominante, conectar a ponta da extensão do sistema de aspiração

e abrir a fonte de vácuo;

4.18 Com a mão dominante, segurar o cateter de aspiração / ponta rígida e conectá-la à

ponta do sistema de aspiração;

4.19 Fechar o cateter de aspiração com o polegar da mão dominante;

Aspiração oral:

Agravos clínicos:

• Introduzir o cateter de aspiração na cavidade oral da vítima, com a extensão de PVC

pinçada;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração de vias aéreas

92

• Soltar o polegar para aspirar, retirando o cateter enquanto aspira, em movimentos

circulares, realizando a sucção por 10 a 15 segundos;

• Repetir o processo até a limpeza total da cavidade oral, dando um intervalo entre uma

aspiração e outra, avaliando a condição respiratória do cliente e o padrão de saturação

de oxigênio.

• Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos orifícios do cateter de

aspiração para proceder a limpeza de seu lúmen.

Agravos traumáticos:

• Introduzir a cânula de ponta rígida, posicionando-a lateralmente na cavidade oral, com

a extensão de PVC pinçada;

• Soltar o polegar para aspirar, retirando-a lentamente em movimento único; não realizar

movimentos circulares na retirada;

• Devido ao seu tamanho, as cânulas rígidas não são usadas para aspirar narinas.

Aspiração nasotraqueal

• Introduzir o cateter por cerca de 20 cm no adulto, 16 a 20 cm em crianças e 8 a 14 cm

em bebês;

• Soltar o polegar para aspirar, retirando o cateter enquanto aspira, em movimentos

circulares, realizando a sucção por 10 a 15 segundos;

• Repetir o processo até a limpeza total, dando um intervalo entre uma aspiração e outra,

avaliando a condição respiratória do usuário e o padrão de saturação de oxigênio.

• Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos orifícios do cateter de

aspiração para proceder a limpeza de seu lúmen.

Aspiração traqueal por tubo oro ou nasotraqueal

• Pré-oxigenar o usuário (Ventilador Mecânico ou Bolsa-Valva-Máscara - BVM);

• Desacoplar o ventilador mecânico ou BVM do tubo traqueal;

• Inserir o cateter estéril clampado através do tubo;

• Soltar o polegar e ir retirando o cateter em movimentos circulares, não prolongando a

aspiração por mais de 10 ou 15 segundos;

• Ventilar o usuário com oxigênio a 100% através da BVM ou reinstalar o ventilador

mecânico se for o caso;

• Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos orifícios do cateter de

aspiração para proceder a limpeza de seu lúmen;

• Aguardar alguns segundos, observando o padrão respiratório do usuário, realizar

ausculta pulmonar se necessário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração de vias aéreas

93

• Repetir o procedimento se necessário, analisando o risco de comprometimento da

função cardiopulmonar, náuseas e vômito;

• Desprezar os resíduos no recipiente apropriado;

• Reposicionar o usuário confortavelmente, se possível;

Aspirar cânula traqueal

• Introduzir o cateter de aspiração na cânula até encontrar resistência ou até o usuário

tossir; em seguida recue 1 cm;

• Soltar o polegar para abrir o cateter;

• Realizar movimentos circulares para frente e para trás, com o cateter entre o polegar e

o indicador, à medida que vai retirando lentamente o cateter de aspiração;

• Aspirar por, no máximo, 10 segundos;

• Com a mão não dominante, instilar Solução Fisiológica 0,9% nos furos do cateter de

aspiração para lavar o interior do cateter e do sistema de aspiração;

• Esperar alguns segundos até que o usuário recupere a respiração;

• Repetir o procedimento. Não faça mais do que duas passagens com o cateter, intervalo

mínimo de 1 minuto entre uma aspiração e outra;

• Realize a aspiração nasofaríngea e orofaríngea, se necessário. Após realizar a

aspiração nasofaríngea e orofaríngea o cateter está contaminado; não insira novamente

na traqueostomia;

• Remover as gazes ao redor do estoma;

• Proceder à limpeza externa do estoma com gaze embebida em Solução Fisiológica

0,9%;

• Dobrar duas gazes ao meio e colocá-las ao redor do estoma, protegendo o pescoço do

contato com a cânula;

• Se necessário, trocar o cadarço de fixação da cânula;

• Comparar a saturação de oxigênio antes e após a aspiração;

• Reposicionar o usuário confortavelmente;

Recompor a unidade e higienizar as mãos de acordo com procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

• Não aplicar sucção enquanto o cateter estiver sendo introduzido;

• Mantenha o pescoço em posição neutra em vítimas de trauma, para evitar trauma

secundário na coluna cervical;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração de vias aéreas

94

• Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são

necessárias, como a elevação do mento e pronação da mandíbula. A pronação da

mandíbula é uma intervenção mais indicada para usuários vítimas de trauma devido

promover a imobilização da coluna cervical manual;

• Instalar uma cânula orofaríngea se o usuário não for capaz de manter a via aérea

permeável;

• Os membros da equipe de Enfermagem deverão realizar o procedimento Aspiração de

Vias Aéreas de acordo com a normativa descrita na RESOLUÇÃO COFEN Nº

0557/2017 (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2017):

“Art. 2º Os usuários graves, submetidos à intubação orotraqueal ou traqueostomia, em

unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou

demais unidades da assistência, deverão ter suas vias aéreas privativamente aspiradas

por profissional Enfermeiro, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional da

Enfermagem.

Art. 3º Os usuários atendidos em Unidades de Emergência, Salas de Estabilização de

Emergência, ou demais unidades da assistência, considerados graves, mesmo que não

estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional Enfermeiro,

exceto em situação de emergência, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional de

Enfermagem e Código de Ética do Profissional de Enfermagem – CEPE.

Art. 4º Os usuários em unidades de repouso/observação, unidades de internação e em

atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão ter esse procedimento

realizado por Técnico de Enfermagem, desde que avaliado e prescrito pelo Enfermeiro,

como parte integrante do Processo de Enfermagem.

Art. 5º Os usuários crônicos, em uso de traqueostomia de longa permanência ou

definitiva em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou atendimento domiciliar,

poderão ter suas vias aéreas aspirada pelo Técnico de Enfermagem, desde que

devidamente avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo

de Enfermagem.

Art. 6º Nas hipóteses dos artigos 4º e 5º desta Resolução, deverá ser instituído protocolo

institucional prevendo a observação de sinais e sintomas do padrão respiratório durante

o procedimento, para comunicação imediata ao Enfermeiro.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração de vias aéreas

95

6 RESPONSABILIDADES

• Técnico de enfermagem de acordo com Resolução COFEN Nº 0557/2017

(CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2017).

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com

assinatura e carimbo constando o número do COREN de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 0557/2017, de 23 de agosto de 2017. Normatiza a atuação da equipe de enfermagem no procedimento de aspiração de vias aéreas. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05572017_54939.html>. Acesso em: 15 mai 2019. PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira. COREN- SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Gabriela Barbosa Pegoraro

Enfermeira. COREN-SP: 353393

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

96

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

1 OBJETIVO

Remover secreções traqueais de usuários mecanicamente ventilados que não devem ser

desconectados do Ventilador Mecânico - VM, com precaução por aerossóis (COVID-19,

tuberculose, varicela, sarampo; pacientes soropositivos para HIV e hepatite por vírus C),

usuários com sangramento pulmonar ativo e excesso de secreções nas vias aéreas, através

da introdução de um dispositivo (cateter de aspiração próprio para sistema fechado - Trach

Care) conectado ao sistema de vácuo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Unidades de Suporte Avançado (USA) do Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1. Equipamentos de proteção individual (luvas de procedimento, máscara facial – N95

ou PFF2, óculos de proteção biológica, gorro, avental)

3.2. Fonte de vácuo

3.3. 2 ampolas de 10 mL de Solução Fisiológica 0,9%

3.4. 1 seringa de 20 mL de bico Luer Slip;

3.5. 1 agulha 40x12 para aspirar o Solução Fisiológica 0,9%

3.6. Recipiente para descarte de materiais

3.7. Oxímetro de pulso

3.8. Estetoscópio

3.9. Sonda de aspiração sistema fechada (Trach Care) no número compatível com a

sonda endotraqueal (Fig. 1)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

97

Fig. 1 – Sonda de aspiração Trach Care

4 PROCEDIMENTO

4.1. Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2. Reunir o material e disponibilizá-los à beira leito do usuário;

4.3. Utilizar equipamentos de proteção individual conforme procedimento operacional

de precauções padrão. Realizar paramentação na seguinte sequência: avental,

máscara N95, óculos ou protetor facial, gorro, luvas de procedimentos;

4.4. Calçar as luvas de procedimento;

4.5. Posicionar o usuário com cabeceira elevada à 30º - 45º;

4.6. Explicar o procedimento ao usuário e ao acompanhante, se possível;

4.7. Aspirar Solução Fisiológica 0,9% em uma seringa de 20 ml;

4.8. Abrir e testar o funcionamento do sistema de aspiração;

4.9. Conectar a ponta do sistema de aspiração fechado ao sistema de aspiração a

vácuo;

4.10. Girar a trava de segurança do sistema de aspiração fechado para abrir o sistema

de vácuo;

4.11. Introduzir a sonda do sistema de aspiração no tubo orotraqueal ou nasotraqueal ou

traqueostomia, com auxílio da bainha plástica de proteção, quando perceber uma

resistência (carina) elevá-la 1 ou 2 cm e então liberar o vácuo de aspiração

apertando o clamp do sistema, realizar movimentos lentos circulares e retirar

lentamente a sonda, embutindo na bainha de proteção novamente. Não ultrapassar

10 segundos devido ao risco de hipoxemia;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

98

4.12. Seguir o tutorial do uso do sistema de aspiração fechado, do Hospital das Clínicas

da Faculdade de Medicina de Botucatu:

https://www.youtube.com/watch?v=A4oQmOyLllY

4.13. Adaptar a seringa de 20 ml (solução fisiológica) no injetor;

4.14. Lavar a sonda do sistema injetando a solução fisiológica e sugando ao mesmo

tempo, entre as aspirações e ao final do procedimento. Realizar o procedimento,

quantas vezes for necessário;

4.15. Desconectar a seringa;

4.16. Travar a válvula de segurança do sistema de aspiração fechado;

4.17. Desconectar o vácuo do sistema de aspiração fechado;

4.18. Colocar a tampa protetora do sistema de aspiração fechado;

4.19. Desligar o sistema de vácuo e proteger sua ponta;

4.20. Avaliar saturação de O2 e realizar ausculta pulmonar;

4.21. Organizar o leito do usuário, descartar todo o material no recipiente para descarte

de resíduos apropriado;

4.22. Retirar as luvas e jogá-las no recipiente para descarte de resíduos apropriado;

4.23. Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.24. Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

Instalar o sistema de aspiração fechado e filtro HEPA, HMEF ou HME com especificação de

filtragem de vírus acoplado ao ventilador mecânico pulmonar, realizando o pinçamento ou oclusão

do TOT antes da desconexão e conexão aos dispositivos de ventilação e antes de desconectar

realizar a pausa no ventilador mecânico;

Cateteres de Aspiração ou Sistema fechado de aspiração (Trach Care) dispensam a utilização de

luvas estéreis;

O sistema de aspiração fechado deverá ser trocado a cada 72 horas ou antes se apresentar

sujidade, a fim de evitar a contaminação do ambiente e dos profissionais de saúde devido à

desconexão do circuito, SEMPRE promovendo o clampeamento do tubo com uma pinça para que

não haja aerossolização do ambiente;

6 RESPONSABILIDADE

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

99

• Técnico de enfermagem, de acordo com resolução COFEN Nº 0557/2017

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura

de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção

Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em

<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-

+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C

3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-

fccf9220c373> Acesso em: 02 jun 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância

das Doenças Transmissíveis. Guia para a Rede Laboratorial de Vigilância de Influenza no

Brasil [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Protocolo de

Tratamento do Novo Coronavírus (2019-nCoV). Disponível em:

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/05/Protocolo-de-

manejoclinico-para-o-novo-coronavirus-2019-ncov.pdf Acesso em 21/08/2020. Acesso em: 02

jun 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Protocolo de manejo

clínico do coronavírus (covid-19) na atenção primária à saúde. Disponível em

<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/20200323-ProtocoloManejo-

ver05.pdf> Acesso em: 31 ago. 2020.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 0557/2017, de 23 de

agosto de 2017. Normatiza a atuação da equipe de enfermagem no procedimento de

aspiração de vias aéreas. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-

05572017_54939.html>. Acesso em: 31 ago. 2020.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Aspiração endotraqueal – Sistema Fechado (Trach Care)

100

EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH – Ministério da Educação

POP: Fisioterapia Hospitalar no Paciente Adulto – Condutas para Reabilitação Respiratória –

Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian / UFMS –

Campo Grande/MS: 2017. 53p.

HCFMB. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Tutorial O

procedimento de aspiração em sistema fechado, como orientação para atendimento de

pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19. CCIRAS: Disciplina de Pneumologia do

Departamento de Clínica Médica da FMB; Equipe de Fisioterapia - UTI Adulto; Função

Pulmonar; Pronto-Socorro Referenciado; Seção Técnica de Reabilitação. Produção Geral:

Núcleo de Comunicação, Imprensa e Marketing HCFMB - Bruna Carla Fioruci, Guto Albano,

João Lucas, Maíra Masiero, Renato Maia e Vivian Abílio. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=A4oQmOyLllY.> Acesso em: 04 set. 2020.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Ariadne Beatriz Silvério

Médica Infectologista. CRM-SP: 134084

SAMU Regional de Ribeirão Preto / CCI-SMS

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP:144846

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

101

Assistência ao parto fora do ambiente hospitalar SAMU

1 OBJETIVO

Prestar assistência a um parto normal fora do ambiente hospitalar, atuando de acordo com

sua responsabilidade técnica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

- SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO.

3 MATERIAL

3.1 02 aventais descartáveis

3.2 02 máscaras faciais

3.3 02 pares de luvas estéreis

3.4 02 óculos de proteção biológica

3.5 Luvas de procedimento

3.6 02 lençóis de tecido

3.7 01campo de parto estéril

3.8 Compressas de gaze com algodão (Zobec)

3.9 Pacotes de gaze estéril

3.10 01 touca de algodão para o recém-nascido

3.11 02 mantas térmicas aluminizadas

3.12 03 cord-clamps

3.13 02 conjuntos de pulseiras para identificação (mãe e RN)

3.14 02 sondas para aspiração no. 06, 08 e 10

3.15 01 ambú neonatal com máscara

3.16 01 lâmina de bisturi ou tesoura estéril

3.17 Oxímetro de pulso com sensores adulto e neonatal

3.18 01 saco plástico para a placenta.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Acolher a gestante, identificando os sinais e sintomas do trabalho de parto iminente

(relato de contrações uterinas, perda de tampão vaginal, rompimento da bolsa com

saída de líquido aminiótico);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

102

4.3 Garantir privacidade para ao usuário;

4.4 Solicitar a presença de um acompanhante autorizado pelo usuário, sempre que

possível;

4.5 Informar e solicitar o consentimento do usuário para a realização de todos os

procedimentos;

4.6 Realizar avaliação primária;

4.7 Realizar avaliação secundária com ênfase para:

• Sinais vitais;

• Entrevista direcionada:

• Realização de pré-natal;

• Idade gestacional e/ou data provável do parto;

• Histórico de paridade: número de filhos e tipo de partos;

• Perda vaginal atual;

• Presença de contração uterina, frequência e duração;

• Presença de comorbidades;

• Inspeção da vulva (sangramentos, perdas líquidas e presença de partes fetais);

4.8 Demonstrar segurança nos seus atos;

4.9 Acalmar a usuário;

4.10 Considerar a realização do parto em ambiente domiciliar ou se estiver em transporte,

estacionar a viatura e realizar os procedimentos de assistência;

4.11 Comunicar o mais rápido possível à Regulação Médica que você se encontra numa

situação de parto expulsivo e receber as orientações do médico regulador;

4.12 Posicionar a usuário em decúbito dorsal, com as pernas e joelhos fletidos e afastados;

4.13 Realizar rápida higiene do períneo (se possível, com água e sabão ou Solução

Fisiológica 0,9%);

4.14 Trocar as luvas de procedimento por luvas estéreis;

4.15 Colocar lençóis sob os glúteos e sobre as coxas e abdome da parturiente;

4.16 Incentivar a parturiente a manter a calma e fazer força nas contrações e descansar

na fase de relaxamento;

4.17 Ao visualizar a cabeça, apoiar com uma mão para evitar desprendimento brusco e

com a outra mão sobre uma compressa dobrada, apoiar firmemente o períneo da

parturiente;

4.18 Após a saída da cabeça, inspecionar a região cervical identificando a presença de

circulares de cordão. Se for identificada a circular, proceder da seguinte forma:

circular frouxa- com delicadeza deve ser desfeita passando o cordão através da

cabeça, se apertada, deve-se realizar a ligadura do mesmo conforme a técnica

descrita abaixo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

103

4.19 Manter o apoio até a saída completa do bebê (após a saída da cabeça, esta começa

a rodar para facilitar o desprendimento dos ombros, após a saída destes ocorre o

desprendimento do corpo);

4.20 Manter o recém-nascido lateralizado, no mesmo nível da mãe, com cuidado para não

tracionar o cordão umbilical;

4.21 Prevenir a perda de calor, secando o recém-nascido com as compressas e

agasalhando com o campo seco, inclusive a cabeça com o auxílio da touca de

algodão;

4.22 Limpar o nariz e a boca com gaze, só aspirar vias aéreas se necessário;

4.23 Estimular o bebê a chorar;

4.24 Aguardar de 1 a 3 minutos, clampar o cordão umbilical, colocando o primeiro clamp

a 15 cm do abdome do bebê e o segundo 3 dedos acima do primeiro. Proteger com

gaze e cortar entre os dois clamps;

4.25 Mostrar o bebê para a mãe, indicando o sexo;

4.26 Identificar o Recém-nascido e a mãe, utilizando pulseiras de identificação com nome

da mãe, data, hora do nascimento e sexo de recém-nascido;

4.27 Manter mãe e bebê aquecidos;

4.28 Aguardar a dequitação da placenta massageando gentilmente o abdome da mãe

para favorecer a contratilidade uterina, monitorando a perda sanguínea vaginal;

4.29 Se houver dequitação, guarde a placenta em saco plástico identificado e leve-a para

o hospital;

4.30 Realizar novo contato com a Regulação Médica para receber as orientações do

médico regulador para o transporte para Hospital ou Unidade de Saúde;

4.31 Realizar o transporte posicionando a usuário em decúbito dorsal ou posição mais

confortável sob aquecimento. Avaliar as condições da mãe e RN durante o

transporte, instalar o oxímetro de pulso se necessário;

4.32 Passar o plantão no destino, realizar as anotações de enfermagem;

4.33 Realizar a limpeza e desinfecção e recompor a viatura.

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Manejo das intercorrências do trabalho de parto na Unidade de Suporte Básico

(USB):

- Parto Pélvico: conduta expectante, proteger o concepto com uma compressa para

prevenir da perda de calor, comunicar à Central de Regulações e aguardar

orientações sobre cuidados complementares e destino da usuária.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Assistência ao parto for do ambiente hospitalar SAMU

104

- Prolapso de Cordão Umbilical: comunicar à Central de Regulações e aguardar

orientações sobre cuidados complementares e destino da usuária. Transportar a

usuário na posição genupeitoral.

5.2 Em caso de sofrimento fetal, isoimunização ou comorbidades como HIV positivo,

realizar ligadura precoce do cordão umbilical em até 30 segundos;

5.3 Este POP aplica-se também para Unidades de Saúde quando o profissional médico

não estiver presente no momento do parto expulsivo.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor

• Técnico de Enfermagem

• Auxiliar de Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com

assinatura e carimbo constando número do COREN.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_avancado_vida.pdf >. Acesso em: 21 fev. 2019.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Autocateterismo vesical intermitente

105

Autocateterismo vesical intermitente

1 OBJETIVO

Esvaziar/drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico

esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL (disponibilizado ao usuário para 30 dias)

3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível.

Recomenda-se 10 para adulto);

3.2 05 tubos de gel hidrossolúvel lubrificante estéril ou mais se necessário;

3.3 200 compressas hidrófilas de algodão;

3.4 Sabonete neutro líquido;

3.5 Água corrente

3.6 Luvas de procedimentos;

3.7 Local para desprezar a urina (comadre, vaso sanitário e outros).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Lavar bem as mãos com água corrente e sabão;

4.2 Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;

4.3 Colocar luvas de procedimento (esse material só é usado quando é cateterismo por

terceiros - se cuidador/profissional);

4.4 Realizar limpeza local com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na

retirada do sabão se houver);

4.5 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabão;

4.6 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;

4.7 Colocar luva de procedimento (esse material só é usado quando é cateterismo por

terceiros - se cuidador/profissional);

4.8 Introduzir na uretra de 5 a 10 mL de gel lubrificante para introdução do cateter;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Autocateterismo vesical intermitente

106

4.9 Passar o cateter como orientado pelo enfermeiro, conforme POP nº 15 ou 16,

massagear a região da bexiga para favorecer a saída da urina. Aguardar o

esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);

4.10 Retirar o cateter após;

4.11 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabão;

4.12 Descartar o material utilizado em lixo adequado.

ORIENTAR USUÁRIO, CUIDADORES E FAMILIARES QUANTO AOS CUIDADOS COM

O AUTOCATETERISMO

4.13 Orientar sobre a técnica limpa e como realizar, informando a necessidade periódica

de realização;

4.14 Ressaltar a importância das lavagens das mãos e do meato uretral antes da

realização do procedimento, para evitar infecções;

4.15 Orientar para mulheres o uso do espelho acomodado entre as pernas para melhor

visualização do meato uretral;

4.16 Informar que aos sinais de sangramento, urina turva ou com odor fétido e sintomas

febris o médico deverá ser consultado;

4.17 Orientar que nos casos de resistência na passagem da sonda deve-se retrair a sonda

ligeiramente e iniciar novamente a introdução com movimento giratório em torno de

si mesmo.

5 OBSERVAÇÕES

Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa

conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

• Usuário e cuidador/ familiar

7 REGISTRO

Anotar no prontuário do serviço data e horário do procedimento, orientações e capacitação

do usuário e do usuário, aceitação ou recusa dos mesmos.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Autocateterismo vesical intermitente

107

Anotar no prontuário domiciliar data e horário do procedimento, orientações e a

capacitação realizada do usuário e do usuário, se for usuário acompanhado no domicílio.

REFERÊNCIAS

ASSIS, G. M; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019. PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Avaliação da reatividade pupilar

108

Avaliação da reatividade pupilar

1 OBJETIVO

Avaliar a reatividade pupilar. Observar o diâmetro, a simetria, o reflexo ao estímulo

luminoso e a velocidade da resposta do estímulo a luz.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de

Atenção Domiciliar (SAD), Ambulatórios.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (óculos, luvas e máscara facial)

3.2 Lanterna

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Fechar o olho do usuário ou, se possível, pedir para que o usuário feche;

4.3 Aguardar alguns segundos;

4.4 Levantar rapidamente a pálpebra ou pedir para que abra os olhos, dirigindo o foco

de luz diretamente sobre a área da pupila;

4.5 Repetir no outro olho o mesmo procedimento;

4.6 Avaliar as pupilas quanto à simetria, diâmetro, fotorreatividade e velocidade da

resposta ao estímulo luminoso.

5 OBSERVAÇÔES

Na incidência da luz espera-se que a pupila apresente constricção e na retirada do foco

luminoso retorno à dilatação.

Quanto a velocidade da reação a luz devemos considerar constrição rápida como normal

(fotorreagente), a constrição lenta (bradirreagente) e arreativa ou fixa como dados de

avaliação de anormalidade.

Avalie as pupilas quanto à simetria, diâmetro, fotorreatividade e velocidade da resposta ao

estímulo luminoso – PERRL: Pupilas estão Equivalentes, Redondas e Reativas à Luz?

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Avaliação da reatividade pupilar

109

Ainda quanto à reação ao estímulo luminoso pupilar espera-se que ao incidir a luz em uma

das pupilas a outra produza um reflexo consensual àquela que recebe o foco de luz direto.

O diâmetro da pupila varia de 1 a 9 mm, sendo considerada uma variação normal de 2 a 6

mm, com um diâmetro médio em torno de 3,5 mm.

Quanto à simetria elas serão isocóricas quando possuírem o mesmo diâmetro e

anisocóricas quando uma pupila for maior que a outra.

OBS: Quando anisocóricas, sempre anotar a pupila maior em relação à menor - pupilas

anisocóricas Ex. D>E.

Fonte: acervo do autor

Fonte: acervo do autor

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Avaliação da reatividade pupilar

110

Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI),

como óculos, luvas e máscara facial.

Uma alteração pupilar significa uma situação de gravidade neurológica e, portanto o

médico regulador ou assistencialista deve ser comunicado imediatamente.

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

MARIANI, P. P., PARANHOS, W. Y. Traumatismo cranioencefálico. In: ATUAÇÃO no trauma: uma abordagem para enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Enfermeira. COREN-SP: 268146

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Avaliação do enchimento capilar

111

Avaliação do enchimento capilar

1 OBJETIVO

Avaliar a perfusão periférica, sendo esta técnica um requisito da condição hemodinâmica

do usuário.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção biológica).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI);

4.2 Se possível, explicar o procedimento ao usuário;

4.3 Pressionar o leito ungueal do usuário por aproximadamente 20 segundos (figura 1) e

soltar (figura 2);

4.4 Mensurar em quantos segundos, a região pressionada retorna à coloração inicial.

Figura 1 - Pressão no leito ungueal Figura 2 - Retorno de sangue

Fonte: Olson (1988)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Avaliação do enchimento capilar

112

5 OBSERVAÇÃO

5.1 O tempo em segundos, para que o leito ungueal ou lábios retorne a coloração inicial,

é considerado o tempo de enchimento capilar.

5.2 Tempo de enchimento maior que 2 segundos é um sinal de perfusão inadequada

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com

assinatura e carimbo constando o número do Coren.

REFERÊNCIAS

OLSON, T. R. A.D.A.M. Atlas de Anatomia. São Paulo: Guanabara Koogan, 1988.

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Calçar e retirar luvas estéreis

113

Calçar e retirar luvas estéreis

1 OBJETIVO

Prevenir a contaminação e transmissão de infecções ao usuário durante a utilização de

materiais estéreis e realização de procedimentos invasivos.

Reduzir o risco de contaminação das mãos dos profissionais de saúde com sangue e outros

fluidos corporais.

Reduzir o risco de disseminação de germes para o ambiente e de transmissão do

profissional de saúde para o usuário e vice-versa, bem como de um usuário para o outro.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL E PROCEDIMENTO

Embalagem de luva estéril com numeração adequada.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

4.2 Apoiar embalagem da luva sobre uma superfície limpa.

4.3 Abrir a embalagem de forma correta conforme indicado pelo fabricante verificando

data de validade da esterilização.

4.4 Pegar a embalagem interna e colocá-la sobre a superfície limpa, seca e plana, ao

nível dos punhos. Abrir a embalagem, mantendo as luvas na superfície interna do

invólucro.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Calçar e retirar luvas estéreis

114

Fonte: Potter et al. (2018)

4.5 Identificar a luva direita e a esquerda. Cada luva tem um punho com cerca de 5cm

de largura. Calçar primeiro a luva da mão dominante.

4.6 Com o polegar e os dois primeiros dedos da mão não dominante, segurar a margem

do punho da luva para a mão dominante.

4.7 Puxar a luva sobre a mão dominante, deixando o punho e certificando-se de que ele

não enrole até o seu pulso. Assegurar que o polegar e os dedos estejam nos espaços

adequados.

Fonte: Potter et al. (2018)

4.8 Com a mão dominante enluvada, deslizar os dedos sob o punho da segunda luva e

puxar cuidadosamente sobre a mão não dominante.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Calçar e retirar luvas estéreis

115

Fonte: Potter et al. (2018)

Fonte: Potter et al. (2018)

4.9 Após a colocação da segunda luva, entrelaçar as mãos acima do nível do punho. Os

punhos da luva costumam descer após a aplicação. Certificar se de tocar somente

os lados estéreis.

Fonte: Potter et al. (2018)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Calçar e retirar luvas estéreis

116

4.10 Retirar as luvas após o procedimento.

4.11 Pegar a parte externa de um punho com a outra mão enluvada e puxar. Evitar tocar

no punho.

4.12 Puxar a luva para fora, virando a de dentro para fora e colocando-a na mão enluvada.

4.13 Colocar os dedos da mão sem luva dentro do punho da luva de dentro para fora e

sobre a luva anteriormente removida.

Fonte: Potter et al. (2018)

4.14 Descartar as luvas em recipiente adequado de material contaminado.

5 OBSERVAÇÃO

Luvas de procedimentos devem ser utilizadas para:

• proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais e contato

com mucosas e pele não íntegra de todos os usuários;

• reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismos de um usuário para outro

nas situações de precaução de contato;

Devem ser trocadas:

• durante o contato com um mesmo usuário ao mudar de um sítio corporal contaminado

para outro, limpo;

• quando estiverem danificadas;

• sempre que o profissional entrar em contato com outro usuário;

• O profissional, quando com luvas, não deve tocar desnecessariamente superfícies e

materiais (tais como telefones, maçanetas, portas);

• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Calçar e retirar luvas estéreis

117

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

• Dentista

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011. OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Higienização das mãos. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5077:higienizacao-correta-das-maos-e-fundamental-para-garantir-seguranca-do-paciente&Itemid=812>. Acesso em: 20 fev. 2018. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Zigmar Borges Nunes

Enfermeira. COREN-SP: 72799

Danielle Cristine Martins

Enfermeira. COREN-SP: 94671

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio feminino

118

Cateterismo vesical de alívio feminino

1 OBJETIVO

Promover o esvaziamento da bexiga impedindo a distensão abdominal e coleta de exames

livres de contaminação.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Cateter uretral de calibre compatível;

3.3 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%;

3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça;

3.5 Pacote de gaze estéril;

3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico ou solução de clorexidina a 0,2%;

3.7 Comadre;

3.8 Sabonete neutro;

3.9 Luvas de procedimento;

3.10 Luvas estéreis;

3.11 Bacia com água;

3.12 Duas compressas ou toalha;

3.13 Campo fenestrado (vide observação);

3.14 Biombo;

3.15 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Preparar o material;

4.3 Reunir todo o material necessário;

4.4 Separar o material necessário para higienização do períneo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio feminino

119

4.5 Avaliar as condições da usuária, mobilidade, limitações físicas, nível de consciência,

capacidade de compreensão e cooperação, padrão e última eliminação urinária,

alterações geniturinárias, intercorrências ou alergias;

4.6 Conferir o nome completo da usuária, data de nascimento, número do prontuário;

4.7 Orientar a usuária quanto ao procedimento a ser realizado;

4.8 Fechar a porta do local e/ou colocar biombo para manter a privacidade da usuária;

4.9 Calçar as luvas de procedimento;

4.10 Higienizar a região perineal e genital da usuária, caso necessário, utilizando a bacia

com água, as compressas ou toalha e o sabonete neutro;

4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos, após higiene perineal;

4.12 Separar o material necessário para o cateterismo vesical;

4.13 Posicionar a usuária em decúbito dorsal supina com joelhos flexionados e afastados.

Posição feminina alternativa: decúbito lateral (de Sims), com a parte superior da

perna flexionada no joelho e no quadril;

4.14 Abrir o pacote estéril de cateterismo, com cuidado para não contaminar;

4.15 Abrir o pacote de gaze estéril dentro da cuba redonda;

4.16 Umedecer as gazes com o PVPI tópico;

4.17 Posicionar a cuba rim próxima à região perineal da usuária, em cima do campo

estéril;

4.18 Abrir o cateter uretral em cima do campo/embalagem estéril;

4.19 Despejar o gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2% na cuba rim;

4.20 Calçar a luva estéril em cima de uma superfície plana próxima ao campo conforme

procedimento operacional;

4.21 Dobrar as gazes embebidas em PVPI tópico, uma a uma e mantê-las dentro da cuba

redonda;

4.22 Separar cuidadosamente os lábios vaginais com a mão não dominante (agora

contaminada) para expor totalmente o meato urinário, manter a posição da mão não

dominante durante todo o restante do procedimento;

4.23 Com auxílio da pinça limpar os lábios e o meato urinário do clitóris para o ânus. Usar

uma gaze para cada área que limpar;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio feminino

120

Fonte: Potter et al. (2018)

4.24 Limpar a prega labial mais distante, a prega labial mais próxima e diretamente sobre

o centro do meato uretral;

4.25 Lubrificar o cateter uretral cerca de 2 a 5cm no gel hidrossolúvel lubrificante ou

anestésico gel a 2%;

4.26 Pedir à usuária para fazer força para baixo de leve e introduzir lentamente o cateter

lubrificado no meato uretral da usuária até a saída da urina;

4.27 Liberar os lábios vaginais, mas manter o cateter seguro;

4.28 Verificar a saída de urina pelo cateter, deixando-a cair na cuba rim;

4.29 Realizar movimento de compressão da bexiga para auxiliar na saída da urina;

4.30 Após a saída completa da urina, clampar o cateter com a pinça e removê-lo da uretra;

4.31 Recolher todo o material;

4.32 Recompor a unidade;

4.33 Colocar a usuária em posição confortável;

4.34 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Se disponível, pode ser colocado o campo fenestrado estéril ao redor da região genital da

usuária para manter a área mais protegida. O campo fenestrado será removido após a

finalização do procedimento.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio feminino

121

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, número do cateter, características da diurese e

quantidade, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a

técnica em prontuário e lançar procedimento no Sistema Hygia.

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Valdirene Marta Salgueiro Santana Enfermeira. COREN-SP: 68785

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio masculino

122

Cateterismo vesical de alívio masculino

1 OBJETIVO

Promover o esvaziamento da bexiga impedindo a distensão abdominal e coleta de exames

livres de contaminação.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU), Centros de Referência de Especialidades, Centros de Atenção Psicossocial.

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Cateter uretral de calibre compatível;

3.3 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%;

3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça;

3.5 Pacote de gaze estéril;

3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico 10% ou solução de clorexidina a 0,2%;

3.7 Uma seringa de 20 mL;

3.8 Comadre;

3.9 Sabonete neutro;

3.10 Luvas de procedimento;

3.11 Luvas estéreis;

3.12 Bacia com água;

3.13 Duas compressas ou toalha;

3.14 Campo fenestrado (vide observação);

3.15 Biombo;

3.16 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Preparar o material;

4.3 Reunir todo o material necessário;

4.4 Separar o material necessário para higienização do períneo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio masculino

123

4.5 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.6 Orientar o usuário quanto ao procedimento a ser realizado;

4.7 Fechar a porta ou colocar biombo para manter a privacidade do usuário;

4.8 Calçar as luvas de procedimento;

4.9 Higienizar a região perineal e genital do usuário utilizando a bacia com água, as

compressas ou toalha e o sabonete neutro;

4.10 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos, após procedimento;

4.11 Separar o material necessário para o cateterismo vesical;

4.12 Posicionar o usuário em decúbito dorsal com as pernas estendidas e afastadas;

4.13 Abrir o pacote estéril de cateterismo, com cuidado para não contaminar;

4.14 Abrir o pacote de gaze estéril dentro da cuba redonda;

4.15 Umedecer as gazes com o PVPI tópico ou solução de clorexidina a 2%;

4.16 Posicionar a cuba rim próxima à região perineal do usuário, em cima do campo

estéril;

4.17 Abrir o cateter uretral, a seringa de 20 mL e colocar no pacote estéril de cateterismo;

4.18 Calçar a luva estéril em cima de uma superfície plana próxima ao campo; conforme

procedimento operacional;

4.19 Desconectar o êmbolo da seringa;

4.20 Preencher o interior do corpo da seringa com 10 mL de gel lubrificante com auxílio

de gazes estéreis;

4.21 Conectar novamente o êmbolo da seringa com cuidado para que o gel lubrificante

não extravase;

4.22 Dobrar as gazes embebidas em PVPI tópico ou solução de clorexidina a 2%, uma a

uma e mantê-las dentro da cuba redonda;

4.23 Segurar o pênis do usuário com a mão não dominante (essa mão não deverá ser

removida dessa posição até o final da introdução da sonda);

4.24 Com a outra mão pegar a pinça e iniciar a antissepsia da região genital;

4.25 Realizar a antissepsia do meato uretral com uma gaze em movimento circular único;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio masculino

124

Fonte: Potter et al. (2018)

4.26 Realizar a antissepsia da glande com outra gaze em movimento circular único;

4.27 Pegar a seringa com gel lubrificante;

4.28 Introduzir a seringa com gel lubrificante na uretra do usuário;

4.29 Introduzir o cateter na uretra do usuário até a saída de urina;

4.30 Verificar a saída de diurese pelo cateter, deixando-a cair na cuba rim;

4.31 Realizar movimento de compressão da bexiga para auxiliar na saída da diurese;

4.32 Após a saída completa da diurese, clampar o cateter com a pinça e removê-lo da

uretra;

4.33 Recolher todo o material;

4.34 Recompor a unidade;

4.35 Colocar o usuário em posição confortável;

4.36 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Após o item 4.22, se disponível, pode ser colocado o campo fenestrado estéril ao redor da

região genital do usuário para manter a área mais protegida. O campo fenestrado será

removido após a finalização do procedimento.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de alívio masculino

125

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, número do cateter, características e quantidade da

diurese, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica

em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Valdirene Marta Salgueiro Santana

Enfermeira. COREN-SP: 68785

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora feminino

126

Cateterismo vesical de demora feminino

1 OBJETIVO

Realizar técnica asséptica de forma segura para a usuária e profissional, evitando

contaminações e prevenindo infecções urinárias. Tendo como finalidades, promover o

esvaziamento da bexiga, monitorar o débito urinário, preparar para cirurgias, realizar

irrigação vesical, tratar incontinências urinárias, retenções urinárias, distúrbios obstrutivos,

entre outras causas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Cateter uretral tipo Foley de 2 ou 3 vias, conforme prescrição médica

3.3 Bolsa coletora

3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo: 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça pean

3.5 Pacote de gaze estéril

3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico 10% ou solução de clorexidina a 0,2%;

3.7 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%;

3.8 02 seringas de 20 mL com bico Luer Slip

3.9 01 Agulha 40x 1,2 mm

3.10 Uma ou mais ampolas de água destilada frasco de 10 mL, usar a quantidade indicada

no cateter

3.11 Fita adesiva hipoalérgica

3.12 Luvas de procedimento

3.13 Luvas estéreis

3.14 Campo fenestrado estéril com fenda (opcional)

3.15 Biombo

3.16 Equipamentos de Proteção Individual.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora feminino

127

MATERIAL PARA HIGIENE DO PERÍNEO

3.17 Comadre

3.18 Sabonete líquido

3.19 Luvas de procedimento

3.20 Bacia com água

3.21 Duas compressas ou toalha

4 PROCEDIMENTO

4.1 Revisar os registros da usuária, buscando a indicação do procedimento e a

prescrição médica;

4.2 Avaliar as condições da usuária, mobilidade, limitações físicas, nível de consciência,

capacidade de compreensão e cooperação, padrão e última eliminação urinária,

alterações geniturinárias, intercorrências ou alergias;

4.3 Quando possível use um cateter de menor calibre para reduzir ao máximo o trauma

e o desconforto (cateter de grosso calibre pode danificar a uretra e o meato uretral,

aumentar a irritabilidade da bexiga e fazer a urina vazar em torno do cateter devido

a um espasmo);

4.4 Conferir o nome completo da usuária data de nascimento, número do prontuário;

4.5 Checar a prescrição médica, indicação para o cateterismo, calibre do cateter tipo

foley;

4.6 Reunir todo o material necessário;

4.7 Explicar o procedimento e a finalidade do mesmo a usuária e ou acompanhante;

4.8 Promover ambiente iluminado e privativo; utilize o biombo ou foco de luz extra, se

necessário;

4.9 Obter ajuda para posicionar usuárias frágeis, debilitadas, mentalmente confusas;

4.10 Realizar a higiene perineal, caso necessário, utilizando luvas de procedimento,

recipiente com água e sabonete líquido, comadre, toalha ou compressas;

4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.12 Posicionar a usuária em decúbito dorsal, joelhos flexionados e afastados, deixando

somente a genitália exposta;

4.13 Colocar uma toalha, lençol abaixo das nádegas e coxas da usuária;

4.14 Posição feminina alternativa: decúbito lateral (de Sims), com a parte superior da

perna flexionada no joelho e no quadril.

4.15 Assegurar que a área retal seja coberta para reduzir o risco de contaminação;

4.16 Abrir o pacote estéril de cateterismo, utilizando técnica asséptica, entre as pernas da

usuária, próximo à genitália, tomando o cuidado para não contaminar o material;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora feminino

128

4.17 Abrir o pacote de gazes estéril dentro da cuba redonda;

4.18 Umedecer as gazes com PVPI tópico ou solução de clorexedina a 2%;

4.19 Abrir todo o material estéril colocando em cima do campo do pacote de cateterismo:

o cateter (mantê-lo na embalagem plástica), a bolsa coletora, o campo fenestrado

(se disponível), as seringas, a agulha;

4.20 Despejar o gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2% na cuba rim;

4.21 Realizar a desinfecção da ampola de água destilada com álcool a 70% e a abri-la

posicionando-a próxima para a aspiração da mesma;

4.22 Calçar a luva estéril em cima de uma superfície plana próxima ao campo, conforme

procedimento operacional;

4.23 Conectar a agulha na seringa;

4.24 Aspirar o conteúdo da ampola de água destilada em quantidade indicada pelo

fabricante do cateter uretral tipo foley (vide observação);

4.25 Retirar o ar da seringa, desconectar a agulha e conectar a seringa à via do balonete

do cateter;

4.26 Efetuar o teste do balonete do cateter, injetando o volume de água destilada;

4.27 Desinsuflar o balonete após teste, mantendo a seringa conectada ao cateter;

4.28 Conectar o cateter à bolsa coletora, mantendo o sistema de drenagem fechado;

4.29 Verificar o clamp da extensão que deve permanecer aberto e o clamp da bolsa

coletora deve permanecer fechado;

4.30 Posicionar o campo fenestrado com a fenda para baixo sobre o períneo da usuária,

expondo a genitália;

4.31 Separar os lábios vaginais com a mão não dominante, expondo o meato urinário;

4.32 Manter a posição da mão não dominante até terminar o procedimento;

4.33 Com auxílio da pinça inicie utilizando as gazes umedecidas no PVPI tópico ou

solução de clorexidina a 2% e limpe os lábios e o meato uretral em direção ao ânus.

Usar uma gaze para cada área que você limpar, começando pelos grandes lábios,

pequenos lábios e meato uretral;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora feminino

129

Fonte: POTTER et al. (2018)

4.34 Pegar e segurar o cateter uretral de 7,5 a 10 cm pela extremidade, com o cateter

frouxamente enrolado na palma da mão;

4.35 Lubrificar o cateter uretral (cerca de 2,5 a 5cm) no gel hidrossolúvel lubrificante ou

anestésico gel a 2%;

4.36 Pedir para a usuária fazer força para baixo (se possível), introduzir o cateter

lentamente pelo meato uretral, de 5 a 7,5 cm num adulto ou até a urina fluir, não

forçar caso encontre resistência;

4.37 Liberar os lábios vaginais, mas manter o cateter seguro na mão não dominante;

4.38 Injetar a água destilada que está na seringa na via do balonete;

4.39 Tracionar o cateter delicadamente até obter resistência;

4.40 Fixar o cateter com a fita hipoalergênica (de preferência), no nível da bifurcação do

mesmo na face interna da coxa, deixando uma folga permitindo livre movimentação

da perna e evitar tração do cateter;

4.41 Colocar a bolsa coletora na parte inferior da cama da usuária, do mesmo lado em

que foi fixado o cateter, sempre abaixo do nível da bexiga,

4.42 Observar o volume drenado e as características da urina;

4.43 Recolher todo material usado e colocá-lo na bandeja;

4.44 Retirar as luvas;

4.45 Identificar a bolsa coletora com data, número da sonda, volume injetado no balonete,

nome do executor da técnica;

4.46 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.47 Registrar a anotação de enfermagem.

5 OBSERVAÇÃO

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora feminino

130

Não existe recomendação embasada em pesquisa de padronização de tempo para troca

rotineira do cateter, a troca deve considerar a avaliação do usuário e o funcionamento do

cateter. Fatores que influenciam o tempo de permanência do cateter: ingestão hídrica e

alimentar, PH da urina, histórico de incrustações, ITU de repetição. Seguir as

recomendações da CCI-SMS e SAD.

Troca Imediata: Obstrução do cateter ou tubo coletor, sempre que houver violação do

sistema fechado, mal funcionamento do cateter, extravasamentos e presença de febre de

origem indeterminada.

Os cateteres de demora vêm em diversos tamanhos de balão, de 3 mL (para crianças) a

30 mL (para adultos). O tamanho do balão está geralmente impresso na escotilha do

cateter. O tamanho de balão recomendado para um adulto é 10 mL (o balão tem 5 mL e

requer 10 mL para se encher totalmente). O uso prolongado de balões maiores (30 mL) foi

associado a um maior desconforto do paciente, à irritação e ao trauma à uretra, a um risco

aumentado de expulsão do cateter e ao esvaziamento incompleto da bexiga.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar em prontuário o procedimento realizado anotando as características da diurese,

data e horário do procedimento, tamanho do cateter utilizado, volume injetado no balonete,

colocando o carimbo e assinatura de quem realizou a técnica. Lançar o procedimento no

sistema Hygia.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 450/2013, 11 de dezembro 2013. Normatiza o procedimento de sondagem vesical no âmbito do sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.html>. Acesso em: 15 mai 2019. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora feminino

131

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cleuza Cunes Mestrinel Enfermeira. COREN-SP: 0129987

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora masculino

132

Cateterismo vesical de demora masculino

1 OBJETIVO

Realizar técnica asséptica de forma segura para o usuário e profissional, evitando

contaminações e prevenindo infecções urinárias. Tendo como finalidades, promover o

esvaziamento da bexiga, monitorar o débito urinário, preparar para cirurgias, realizar

irrigação vesical, tratar incontinências urinárias, retenções urinárias, distúrbios obstrutivos,

entre outras causas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Cateter uretral tipo Foley de 2 ou 3 vias, conforme prescrição

3.3 Bolsa coletora sistema fechado

3.4 Kit de cateterismo vesical estéril contendo: 1 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça pean

3.5 Pacote de gaze estéril

3.6 Solução antisséptica aquosa de PVPI tópico ou solução de clorexidina a 0,2%

3.7 Gel hidrossolúvel lubrificante ou anestésico gel a 2%

3.8 02 seringas de 20 mL com bico Luer Slip

3.9 01 Agulha 40x 1,2 mm

3.10 Ampola de água destilada frasco de 10 mL, usar a quantidade indicada no cateter;

3.11 Fita adesiva hipoalergênica

3.12 Luvas estéreis

3.13 Biombo

3.14 Equipamentos de Proteção Individual

MATERIAL PARA HIGIENE DO PERÍNEO

3.15 Comadre

3.16 Sabonete líquido

3.17 Luvas de procedimento

3.18 Bacia com água

3.19 Duas compressas ou toalha

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora masculino

133

4 PROCEDIMENTO

4.1 Revisar os registros do usuário, buscando a indicação do procedimento, a prescrição

médica;

4.2 Avaliar as condições do usuário, mobilidade, limitações físicas, nível de consciência,

capacidade de compreensão e cooperação, padrão urinário, alterações

geniturinárias, intercorrências ou alergias;

4.3 Conferir o nome completo do usuário, data de nascimento, número do prontuário;

4.4 Checar o calibre do cateter. Quando possível, usar um cateter de menor calibre para

reduzir ao máximo o trauma e o desconforto. Cateter de maior calibre pode danificar

a uretra e o meato uretral, aumentar a irritabilidade da bexiga e fazer a urina vazar

em torno do cateter devido a um espasmo;

4.5 Promover ambiente iluminado e privativo. Utilizar o biombo e foco de luz extra, se

necessário;

4.6 Explicar o procedimento e a finalidade do mesmo ao usuário e/ou acompanhante;

4.7 Reunir todo o material necessário;

4.8 Obter ajuda de outro profissional para posicionar usuários frágeis, mentalmente

confusos, debilitados;

4.9 Realizar a higiene intima prévia, utilizando luvas de procedimento, recipiente com

água e sabonete líquido, comadre, toalha ou compressas;

4.10 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.11 Posicionar o usuário em decúbito dorsal, com as pernas estendidas e ligeiramente

afastadas;

4.12 Colocar uma toalha ou lençol embaixo das nádegas e coxas do usuário;

4.13 Utilizar técnica asséptica para abrir o pacote estéril de cateterismo, preferencialmente

entre as pernas, próximo à genitália do usuário;

4.14 Abrir o pacote de gazes estéril dentro da cuba redonda;

4.15 Umedecer as gazes na cuba redonda com a solução tópica antisséptica;

4.16 Abrir todo o material estéril colocando em cima do campo do pacote de cateterismo:

o cateter (mantê-lo na embalagem plástica), a bolsa coletora, as seringas e a agulha;

4.17 Calçar as luvas estéreis conforme procedimento operacional padrão;

4.18 Conectar a agulha à seringa;

4.19 Solicitar que o auxiliar que proceda com a desinfecção da ampola de água destilada

com álcool a 70% e a abra posicionando-a para a aspiração da mesma;

4.20 Retirar o ar da seringa, desconectar a agulha e conectar a seringa à via do balonete

do cateter;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora masculino

134

4.21 Efetuar o teste do balonete do cateter, injetando o volume de água destilada indicada

pelo fabricante;

4.22 Desinsuflar o balonete após teste, mantendo a seringa conectada ao cateter;

4.23 Com a outra seringa de 20mL, retirar o êmbolo e solicitar que o auxiliar despeje cerca

de 10 a 15mL do gel hidrossolúvel lubrificante ou gel anestésico à 2% dentro da

mesma, desprezando a primeira gota, recolocar o êmbolo e retirar o ar da mesma,

reservar deixando em cima do campo;

4.24 Conectar o cateter à bolsa coletora, mantendo o sistema de drenagem fechado;

4.25 Verificar o clamp da extensão que deve permanecer aberto e o clamp da bolsa

coletora deve permanecer fechado;

4.26 Com a mão não dominante expor o prepúcio (caso não circuncidado) e segurar

cuidadosamente o pênis pelo eixo imediatamente abaixo da glande. Manter o eixo

do pênis em ângulo reto com o corpo. Esta mão permanece nesta posição pelo

restante do procedimento;

4.27 Usando uma pinça estéril na mão dominante, pegar uma gaze umedecida com

solução antisséptica e proceder à antissepsia do meato uretral em movimento circular

em direção externa num movimento em espiral. Repetir 3 vezes usando uma gaze

de cada vez;

4.28 Após a antissepsia, manter a pinça fora do campo estéril;

4.29 Pegar a seringa com gel hidrossolúvel lubrificante ou gel anestésico a 2%, injetando

lentamente 10 a 15 mL pelo meato uretral;

4.30 Manter o pênis posicionado a 90º; pedir para o usuário fazer força para baixo como

se fosse para urinar e introduzir o cateter lentamente pelo meato uretral;

4.31 Avançar com o cateter até sua bifurcação ou até que a urina flua pela extremidade

do cateter. Se houver resistência, não forçar, pedir para o usuário respirar fundo e

lentamente para promover um relaxamento do esfíncter e facilitar a entrada do

cateter;

4.32 Abaixar o pênis e segurar firmemente o cateter com a mão não dominante;

4.33 Injetar a água destilada que está na seringa na via do balonete;

4.34 Se o usuário se queixar de dor no momento da insuflação do balonete, desinsuflar o

balão, avançar um pouco mais com o cateter e reinflar o balão;

4.35 Tracionar o cateter delicadamente até obter resistência;

4.36 Reposicionar o prepúcio;

4.37 Fixar o cateter com a fita hipoalergênica, ao nível da bifurcação do cateter na região

suprapúbica, ou na face anterior da coxa, deixando uma folga, permitindo livre

movimentação dos membros inferiores;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora masculino

135

4.38 Colocar a bolsa coletora na parte inferior da cama do usuário, do mesmo lado em

que foi fixado o cateter, sempre abaixo do nível da bexiga;

4.39 Observar o volume drenado e as características da urina;

4.40 Recolher todo o material usado e colocá-lo na bandeja;

4.41 Retirar as luvas;

4.42 Identificar a bolsa coletora com data, hora, volume injetado no balonete, número da

sonda, nome do executor da técnica;

4.43 Encaminhar o material para desprezo adequado;

4.44 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

4.45 Registrar a anotação de enfermagem.

5 OBSERVAÇÃO

Não existe recomendação embasada em pesquisa de padronização de tempo para troca

rotineira do cateter, a troca deve considerar a avaliação do usuário e o funcionamento do

cateter. Fatores que influenciam o tempo de permanência do cateter: ingestão hídrica e

alimentar, pH da urina, histórico de incrustações, ITU de repetição. Seguir as

recomendações da CCI-SMS e SAD.

Troca Imediata: Obstrução do cateter ou tubo coletor, sempre que houver violação do

sistema fechado, mal funcionamento do cateter, extravasamentos e presença de febre de

origem indeterminada.

Os cateteres de demora vêm em diversos tamanhos de balão, de 3 mL (para crianças) a

30 mL (para adultos). O tamanho do balão está geralmente impresso na escotilha do

cateter. O tamanho de balão recomendado para um adulto é 10 mL (o balão tem 5 mL e

requer 10 mL para se encher totalmente). O uso prolongado de balões maiores (30 mL) foi

associado a um maior desconforto do paciente, à irritação e ao trauma à uretra, a um risco

aumentado de expulsão do cateter e ao esvaziamento incompleto da bexiga.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado em prontuário, anotando as características da diurese,

data e horário do procedimento, nº do cateter utilizado, quantidade de água destilada

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora masculino

136

colocada no balonete, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica. Lançar o

procedimento no sistema Hygia.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 450/2013, 11 de dezembro 2013. Normatiza o procedimento de sondagem vesical no âmbito do sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.html>. Acesso em: 15 mai 2019. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cleuza Cunes Mestrinel

Enfermeira. COREN-SP: 0129987

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora por cistostomia

137

Cateterismo vesical de demora por cistostomia

1 OBJETIVO

Realizar cateterismo vesical de demora por cistostomia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Sonda foley ou de silicone de duas vias com calibre adequado, conforme prescrição

3.3 Bolsa coletora sistema fechado

3.4 Kit de cateterismo estéril contendo 01 cuba rim, 1 cuba redonda, 1 pinça ( se for

coletar urina para exames)

3.5 Pacotes de gaze estéril

3.6 Sabonete neutro líquido/ álcool gel

3.7 Solução fisiológica a 0,9%

3.8 PVPI tópico ou solução aquosa clorexidina 0,2%

3.9 Duas seringas de 20 mL

3.10 Agulha 25x0,8 mm

3.11 Água destilada estéril – frasco de 20 mL

3.12 Fita hipoalergênica (micropore)

3.13 Luvas de procedimentos (1 par)

3.14 Luvas estéreis (1 par)

3.15 Equipamento proteção individual (avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Explicar o procedimento para o usuário e cuidador;

4.3 Paramentar-se com os EPIs;

4.4 Preparar o material necessário;

4.5 Promover a privacidade do usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora por cistostomia

138

4.6 Calçar as luvas de procedimento;

4.7 Posicionar o usuário;

4.8 Iniciar o procedimento em duas pessoas, sendo que uma fica paramentada e realiza

o procedimento e a outra auxilia;

4.9 Higienizar a região da estomia, utilizando as gazes, sabonete neutro líquido,

enxaguar com gaze e Solução Fisiológica 0,9% e secar

4.10 Retirar as luvas;

4.11 Higienizar as mãos conforme o procedimento operacional de fricção antisséptica

das mãos ou higienização simples das mãos, após procedimento;

4.12 Abrir o pacote estéril para cateterismo;

4.13 Abrir o pacote de gaze estéril dentro da cuba redonda;

4.14 Umedecer as gazes com PVPI tópico ou solução aquosa de clorexidina 0,2%;

4.15 Abrir a sonda e a bolsa coletora em cima do campo;

4.16 Abrir a seringa de 20 mL e a agulha de 25x0,8 mm em cima do campo;

4.17 Calçar a luva estéril conforme o procedimento operacional padrão;

4.18 Conectar a agulha na seringa;

4.19 Abrir a água destilada e oferecê-la para aspirar (auxiliar);

4.20 Aspirar água destilada, 10-30 mL, conforme fabricante da sonda;

4.21 Desconectar a agulha da seringa;

4.22 Testar o balonete da sonda insuflando-o com água destilada;

4.23 Desinsuflar o balonete da sonda;

4.24 Conectar a sonda à bolsa coletora;

4.25 Verificar o clampe da extensão que deve permanecer aberto e o clampe da bolsa

coletora que deve permanecer fechado;

4.26 Realizar a antissepsia do estoma com PVPI tópico ou solução aquosa clorexidina

0,2%;

4.27 Conectar a seringa, desinsuflar o balonete e retirar a sonda, desprezando-a (auxiliar);

4.28 Introduzir cerca de 10 a 20 cm da sonda na cistostomia;

4.29 Insuflar o balonete com água destilada, 10-20 mL, conforme fabricante;

4.30 Tracionar lentamente a sonda até sentir resistência;

4.31 Verificar a drenagem espontânea e as características da urina;

4.32 Fixar a sonda, proteger o estoma e a base da sonda com gaze estéril e ocluir com

fita hipoalergênica;

4.33 Prender a bolsa coletora na parte inferior da cama após colocar a data, hora e nome

do executante;

4.34 Deixar o usuário confortável;

4.35 Retirar os EPIs;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora por cistostomia

139

4.36 Desprezar o material no lixo adequado e recompor a unidade;

4.37 Higienizar as mãos conforme o procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.38 Orientar o usuário e o cuidador sobre os cuidados com a cistostomia;

4.39 Agendar retorno;

4.40 Registrar o procedimento no prontuário do usuário e no prontuário domiciliar.

5 OBSERVAÇÃO

Cateterismo vesical por cistostomia: drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com

obstrução do fluxo urinário normal. Cistostomia suprapúbica ou vesicostomia é uma

abertura cirúrgica feita acima do osso púbico até a bexiga urinária. Um cateter urinário é

introduzido na bexiga e mantido no lugar com um balão e/ou suturas;

Técnica estéril;

Respeitar a privacidade do usuário, mesmo que este esteja inconsciente;

Trocar a sonda a cada 30 dias, ou de acordo com orientação médica ou característica da

sonda ou do sistema fechado;

Existem sondas de calibre (6 a 12FR) para crianças e (14 a 24FR) para adultos;

Realizar o curativo do estoma a cada 24 horas;

Atentar aos cuidados preventivos de complicações, hidratação, estoma, dermatites;

Solicitar ao usuário ou responsável que assine o Termo de Consentimento para realização

do procedimento no domicílio que complementa as orientações da equipe e os riscos do

procedimento;

Cuidados com o resíduo de saúde.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, número da sonda, volume insuflado no balonete, carimbo e assinatura de

quem realizou a técnica em prontuário e documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS

ASSIS, G. M; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cateterismo vesical de demora por cistostomia

140

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de citologia

141

Coleta de citologia

1 OBJETIVO

Realizar coleta de citologia oncótica em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF).

3 MATERIAL

3.1 Camisola/Avental

3.2 Lençol

3.3 Escova endocervical

3.4 Espátula de Ayre

3.5 Espéculo descartável P, M ou G

3.6 Lâmina de vidro com uma extremidade fosca para identificação e bordas lapidadas

3.7 Lápis preto nº 2 para identificação da lâmina

3.8 Luvas de procedimento

3.9 Papel lençol

3.10 Caixa para acondicionar as lâminas

3.11 Fixador celular

3.12 Pinça Cheron, se necessário

3.13 Gaze, se necessário

3.14 Solução fisiológica 0,9%, se necessário

4 PROCEDIMENTO

3.1 Acolher a usuária. Ao fazer a identificação, checar nome, data de nascimento,

endereço. Observar que o nome que consta no Sistema Hygia deve ser idêntico ao

nome do Cartão Nacional de Saúde (CNS).

3.2 Realizar coleta de dados;

3.3 Orientar a usuária quanto ao procedimento;

3.4 Mostrar os materiais que serão utilizados;

3.5 Identificar, com lápis preto nº 2, a lâmina na extremidade fosca com iniciais do nome

da usuária (letra maiúscula de forma separada por ponto) e número Hygia. Verificar

se a lâmina está limpa. Se necessário, limpá-la com gaze seca antes de realizar a

identificação;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de citologia

142

3.6 Entregar camisola/avental a usuária e encaminhá-la ao banheiro/local reservado,

solicitando-a que retire toda a roupa, vista o avental com a abertura para frente e

esvazie a bexiga;

3.7 Higienizar as mãos, conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

3.8 Colocar papel lençol sobre a mesa ginecológica;

3.9 Solicitar que a usuária sente-se a mesa ginecológica;

3.10 Realizar exame clínico das mamas conforme procedimento operacional;

3.11 Solicitar que a usuária deite sobre a mesa ginecológica, auxiliando-a a se posicionar

adequadamente, para a coleta do exame citopatológico, cobrindo-a com lençol;

3.12 Selecionar o espéculo de tamanho adequado;

3.13 Abrir a embalagem do espéculo e separar demais materiais, dispondo-os na mesa

auxiliar;

3.14 Ligar o foco de luz, posicionando-o de modo adequado;

3.15 Calçar as luvas de procedimento;

3.16 Introduzir o espéculo, na posição vertical, ligeiramente inclinado (15º). Caso

necessário, proceda à lubrificação do canal vaginal com SF 0, 9%, introduzido no

interior do espéculo. Faça uma rotação de 90º mantendo o espéculo em posição

transversa de modo que a fenda do espéculo fique na posição horizontal, com

regulador de abertura para baixo;

3.17 Abrir o espéculo lentamente e com delicadeza;

3.18 Caso a visualização do colo não seja possível, solicitar que a usuário tussa ou faça

pequena força com o períneo;

3.19 Inspecionar as paredes vaginais e o colo. Verificar se o colo uterino é normal, ausente

ou não visualizado, se está alterado (ectopia, pólipo endocervical e prolapso) e se há

leucorreia (aspecto da secreção, volume e cheiro) para posteriormente registrar na

Requisição de Exame Citopatológico;

3.20 Se ao visualizar o colo uterino houver grande quantidade de muco ou secreção,

seque-o delicadamente com uma gaze montada em uma pinça Cheron, sem

esfregar, para não perder a qualidade da amostra, ou com 02 gazes abertas em X

posicionadas na abertura do espéculo e empurradas para o interior da vagina com

auxílio de uma espátula de madeira comum;

3.21 Encaixar a ponta mais longa da espátula de Ayre no orifício do colo, apoiando-a com

firmeza, e com movimento rotativo único de 360º ao redor de todo o orifício;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de citologia

143

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical. Imagens cedidas pela Dra Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá Roma

3.22 Estender o material ectocervical, dispondo-o no sentido horizontal, ocupando 2/3

iniciais da parte transparente da lâmina, utilizando as duas laterais da espátula;

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical. Imagens cedidas pela Dra. Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá, Roma.

3.23 Introduzir delicadamente a escova endocervical até cobertura total das cerdas, no

canal cervical realizando movimento circular em 360º de duas a três vezes;

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical. Imagens cedidas pela Dra. Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá, Roma.

3.24 Estender o material ocupando o 1/3 restante da lâmina, rolando a escova de cima

para baixo, em sentido único, contrário ao sentido utilizado para coleta do material

endocervical.

Fonte: FOSP - Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical. Imagens cedidas pela Dra. Margherita Branca-Instituto Superior de Sanitá, Roma.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de citologia

144

3.25 Fixar o esfregaço imediatamente após a coleta com produto disponibilizado pela

farmácia;

3.26 Colocar cuidadosamente a lâmina no recipiente de acondicionamento;

3.27 Fechar, retirar o espéculo e desprezar no lixo apropriado;

3.28 Realizar o exame da vulva e períneo, inspecionando para identificar possíveis

alterações, verificar a presença de lesões, verrugas ou feridas e orientar sobre a

prevenção de ISTs;

3.29 Retirar as luvas;

3.30 Higienizar as mãos conforme procedimento padrão de fricção antisséptica das mãos

ou higienização simples das mãos;

3.31 Desligar o foco de luz;

3.32 Auxiliar a usuária a descer da mesa ginecológica, encaminhando-a para vestir-se;

3.33 Orientar a usuária a agendar retorno conforme a rotina da Unidade de Saúde;

3.34 Recompor a unidade;

3.35 Realizar a solicitação de exame no SISCAN. Preencher corretamente os dados nos

formulários para requisição de exame, pois dados incompletos ou ausentes podem

comprometer a análise do material e rejeição da lâmina pelo prestador;

3.36 Registrar o procedimento conforme processo de enfermagem e médico no Sistema

Hygia. Inserir em lançamentos de procedimento o Código 0201020033 (Coleta de

material para exame citopatológico de colo uterino).

5 OBSERVAÇÃO

Recomendações para as 48 horas que antecedem a coleta:

• Não utilizar medicações intravaginais;

• Não utilizar duchas vaginais;

• Não manter relações sexuais, nem mesmo com uso de preservativo;

• Não ter realizado exames como: USG TV, toque vaginal;

• Não estar menstruada;

• Aguardar o 5° dia após o término da menstruação para realização da coleta;

Essas recomendações não se enquadram àquelas usuárias identificadas em situação de

prioridade, ou seja, mulheres que coletaram o exame citopatológico há mais de 03 anos.

Nesses casos o procedimento deve ser realizado de forma oportunística (imediata), salvo

a condição de gestante e fora da faixa etária estipulada, que terão a coleta realizada pelo

profissional médico, após avaliação.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de citologia

145

SITUAÇÕES ESPECIAIS

• No caso de mulheres histerectomizadas, verificar se o colo foi mantido. Se houver colo,

o exame deve ser procedido regularmente, seguindo orientações do rastreamento

habitual;

• Em mulheres histerectomizadas sem colo uterino, não será realizado o procedimento;

• Na presença de pequeno sangramento não menstrual durante o procedimento, secar o

sangramento com gaze e proceder à coleta. Lembrar-se de avisar a usuária que isso

pode acontecer e que cessará sozinho.

• Em mulheres idosas, com vagina ressecada recomenda-se molhar o espéculo com

solução salina (SF 0,9%);

• Não lubrificar o espéculo com óleo, glicerina, creme, vaselina ou gel lubrificantes a base

de água;

• O exame não deve ser realizado em usuárias virgens, em qualquer faixa etária.

• Em mulheres com suspeita de gravidez realizar apenas coleta de material ectocervical.

Porém, cabe ao enfermeiro proceder ao teste rápido de gravidez, no caso de resultado

positivo, iniciar o pré-natal precocemente.

• No caso de usuárias grávidas, a coleta não é contraindicada. Entretanto, deve ser

realizado pelo profissional médico, conforme protocolo do Programa Saúde da Mulher

da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

Cuidados com o Fixador:

Observar o prazo de validade do fixador;

Homogeneizar o fixador antes do uso;

Não expor ao sol;

Manter o frasco sempre fechado para evitar evaporação.

Na fixação com spray de polietilenoglicol, deve-se borrifar a lâmina a uma distância de 20

cm. A lâmina deve estar em posição horizontal.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar: data e hora da realização do procedimento, intercorrências e providências

adotadas; orientações efetuadas; nome completo e registro de classe do responsável pelo

procedimento.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de citologia

146

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de atenção básica, n. 13).

FOSP. Fundação Oncocentro do Estado de São Paulo. Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo. Capacitação Teórico-Prática nas Ações de Rastreamento do Câncer Cervical. São

Paulo: Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP:126659 Fátima Aparecida De Bonifácio Heck Enfermeira. COREN-SP: 36492 Rita Canesin Dourado Enfermeira. COREN-SP: 40742 Daniela Taysa Rodrigues Pimentel Enfermeira. COREN-SP:107905 Patrícia Abrahão Curvo Enfermeira. COREN-SP:0115657 Patrícia Lázara Serafim Campos Diegues Enfermeira. COREN-SP: 112730

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR)

147

Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR)

1 OBJETIVO

Realizar coleta adequada de material para exame de TMR, para diagnóstico da

tuberculose.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Ambulatórios Especializados, devem se

responsabilizar pela realização da busca ativa dos sintomáticos respiratórios, oferecendo

a coleta do escarro para TMR, para diagnóstico da Tuberculose.

3 MATERIAL

3.1 Solicitação de exame – SADT – preenchida pelo médico ou enfermeiro;

3.2 Pote de escarro

3.3 Luvas descartáveis

3.4 Lenço de papel ou papel toalha

3.5 Geladeira ou caixa de térmica para material biológico

3.6 Etiqueta com identificação

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Identificar o pote coletor com etiqueta na parte externa do lado oposto à graduação,

contendo às seguintes informações: nome completo, Hygia e data da coleta;

4.4 Identificar e acolher o usuário;

4.5 Explicar ao usuário sobre o procedimento:

4.5.1 Antes de iniciar, pedir que higienize a cavidade oral com água (não usar creme

dental ou solução anti-séptica) e que lave as mãos; caso use prótese dentária

deve removê-la antes da coleta, entregar o pote identificado e fechado.

4.5.2 Orientações para coleta: Inspirar profundamente pelo nariz, reter o ar por alguns

instantes e expirar, repetir o procedimento três vezes, inspirar profundamente e

expirar com esforço de tosse, após tossir, abrir o pote e expectorar a secreção

dentro dele, sem encostar os lábios no pote, repetir o procedimento até que o

volume mínimo seja alcançado, o volume ideal é de 5 a 10 mL de escarro;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de escarro para Teste Molecular Rápido (TMR)

148

4.5.3 Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a

tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição;

4.5.4 Orientar o usuário a lavar as mãos após o procedimento;

4.5.5 As amostras devem ser coletadas em local aberto de preferência ao ar livre ou

em sala bem arejada;

4.5.6 Orientar o usuário sintomático respiratório a fazer uso de máscara cirúrgica.

5 OBSERVAÇÃO

• Preferencialmente, as amostras devem ser enviadas ao laboratório imediatamente após

a coleta, em caixas térmicas com gelo reciclável;

• Para aquelas amostras coletadas fora da rotina do transporte, conservá-la sob

refrigeração (geladeira ou caixa térmica com gelo) até que seja providenciado o

transporte. O material pode ficar acondicionado em geladeira por até 4 dias.

• Para o transporte de amostras, deve-se considerar o acondicionamento adequado para

evitar derramamento. Nunca colocar a requisição de exame juntamente com o pote,

anexá-las fora da caixa térmica.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem: coleta e encaminhamento do exame, registro e notificação.

• Técnico em Enfermagem: coleta encaminhamento do exame, registro e notificação.

• Enfermeiro: Solicitação, coleta, encaminhamento do exame, registro e notificação.

7 REGISTRO

Registrar o procedimento no Sistema Hygia e anexar ao prontuário do usuário.

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose na atenção básica: protocolo de enfermagem. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lis Aparecida de Souza Neves Enfermeira. COREN-SP: 40 985

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

149

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

1 OBJETIVO

Realizar coleta de swab naso-orofaríngeo para identificação de SARS-CoV 2 ou H1N1.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 2 unidades de Swabs estéreis, com haste de plástico, do tipo Rayon

(1 para nasofaringe direita e esquerda e 1 para orofaringe)

3.2 1 Tubo Falcon

3.3 Solução Fisiológica 0,9% (1 mL ou 3mL, a depender do laboratório)

3.4 Equipamentos de Proteção Individual (avental, máscara N95, óculos ou protetor

facial, gorro, luvas de procedimentos)

3.5 Etiqueta para identificação do tubo

3.6 Tesoura, se necessário

4 PROCEDIMENTO

4.23 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.24 Reunir o material;

4.25 Realizar identificação do tubo Falcon:

- para Laboratório Adolfo Lutz: utilizar com etiqueta contendo nome completo e Hygia do

usuário;

- para Laboratório Municipal: o pedido do exame é feito pelo Sistema Hygia. Acessar o

menu requisições. Requisitar o exame para Laboratório Municipal COVID. Gerar amostra

e lote. Imprimir a requisição e um par de etiquetas com código de barras. Colar uma das

etiquetas no tubo alinhada na posição vertical sem rugas, e outra etiqueta na guia do exame

impressa pelo Sistem Higya.

4.26 Realizar paramentação na seguinte sequência: avental, máscara N95, óculos ou

protetor facial, gorro, luvas de procedimentos;

4.27 Identificar o usuário, perguntando seu nome completo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

150

4.28 Confirmar se o usuário atende aos critérios para coleta de material para identificação

de SARS CoV-2 ou H1N1;

4.29 Explicar o procedimento ao usuário;

4.30 Posicionar o usuário (deitado ou sentado com a cabeça levemente inclinada para

trás);

4.31 Introduzir o swab de Rayon na narina (cerca de 5 cm), direcionando para cima

(direção dos olhos), com uma angulação de 30 a 45°em relação ao lábio superior).

A coleta deve ser realizada com a fricção do swab na região posterior do meato nasal

tentando obter um pouco das células da mucosa;

Fonte: BRASIL, 2016

4.1 Remover o swab do nariz do usuário, repetir o procedimento com o mesmo swab

na outra narina

4.2 Introduzir o swab imediatamente no tubo Falcon;

4.3 Utilizar o segundo swab para coleta na área posterior da faringe e tonsilas, evitando

tocar na língua;

Fonte: BRASIL, 2016

4.4 Remover o swab da cavidade oral do usuário e introduzi-lo imediatamente no tubo

Falcon;

4.5 Para Laboratório Adolfo Lutz: inserir 3 mL de Solução Fisiológica 0,9% no tubo

Falcon;

Para Laboratório Municipal: inserir 1 mL Solução Fisiológica 0,9% no tubo Falcon;

4.6 Se necessário, utilize a tesoura para aparar as hastes dos swabs;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

151

4.7 Lacrar o tubo Falcon;

4.8 Realizar desparamentação na seguinte sequência: luvas, avental, higienizar as

mãos, gorro, óculos ou protetor facial, higienizar as mãos, máscara, higienizar as

mãos.

4.9 Para Laboratório Adolfo Lutz, preencher o GAL e ficha de notificação.

4.10 Enviar para laboratório o material coletado e identificado junto com a ficha de

requisição (do GAL para Laboratório Adolfo Lutz e do Sistema Hygia para

Laboratório Municipal) e ficha de notificação.

4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.12 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

A coleta deve ser realizada do 3° ao 7º dia de início dos sintomas.

O envio das amostras ao Laboratório Municipal deve seguir critérios estabelecidos no

“Protocolo de encaminhamento de amostras para diagnóstico de Covid-19 nas

Unidades da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto – Convênio FIPASE”.

As amostras devem permanecer em geladeira até o envio ao Laboratório e poderão ser

mantidas em geladeira até 72 horas.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem, se capacitado

• Técnico de enfermagem, se capacitado

• Enfermeiro

• Médico

• Cirugião-Dentista

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura

de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

152

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento

de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia para a Rede Laboratorial de

Vigilância de Influenza no Brasil [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da

Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde.

Departamento de Saúde da Família. Coordenação-Geral de Saúde Bucal. Nota

técnica nº 16/2020-CGSB/DESF/SAPS/MS. Assunto - covid-19 e atendimento

odontológico no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elaine Cristina Manini Minto

Farmacêutica. CRF: 15.217

Camila Balsero Sales

Enfermeira. COREN-SP: 76434

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO 1 APROVAÇÃO -1

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO 2 APROVAÇÃO -2

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Artur Rocha Martini

Chefe da Divisão de Odontologia

CROSP:44329

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta o teste do pezinho

153

Coleta do teste do pezinho

1 OBJETIVO

Colher material para realização do teste do pezinho nos recém-nascidos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF)

3 MATERIAL

3.1 Caixa organizadora contendo

3.2 Papel filtro

3.3 Algodão ou gaze

3.4 Álcool a 70%

3.5 Luvas de procedimento

3.6 Lancetas

3.7 Dispositivo para contenção de sangramento

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher o binômio mãe/bebê no local para coleta do teste do pezinho, que pode ser

realizada em qualquer ambiente, não exigindo sala específica para o procedimento;

Explicar o que é o teste do pezinho e quais suas finalidades;

4.2 Orientar a mãe a colocar o recém-nascido para amamentar alguns minutos antes do

procedimento (caso esteja em aleitamento materno), pois o procedimento poderá ser

realizado com a criança amamentando, o que diminui a sensação álgica no recém-

nascido;

4.3 Se o recém-nascido não estiver em aleitamento materno, o procedimento deve ser

realizado com a mãe segurando o bebê em posição de arroto;

4.4 Preencher corretamente com caneta azul ou preta todos os dados contidos no cartão

de coleta do teste do pezinho. Não deixar nenhum dado em branco.

4.5 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.6 Calçar luvas de procedimentos após ter preenchido os dados do cartão de coleta;

4.7 Expor o calcâneo do recém-nascido que será realizado a punção;

4.8 Observar se o pé do recém-nascido está aquecido. Em épocas de frio, aconselha-se,

caso necessário, utilizar bolsa térmica ou imergir o pé do recém-nascido em cuba

com água morna para favorecer a vasodilatação e o fluxo sanguíneo; após, seque o

pé do recém-nascido;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta o teste do pezinho

154

4.9 Determinar o local a ser puncionado, observando o local ideal para a punção;

Fonte: Brasil (2016)

4.10 Fazer a assepsia do local usando algodão ou gaze embebida em álcool 70 %; retirar

o excesso de álcool 70% com o algodão ou gaze secos ou deixe o local secar

espontaneamente; puncionar o local com a lanceta estéril específica fornecida pelo

laboratório de screening do HCRP;

Fonte: Brasil (2016)

Desprezar sempre a primeira gota de sangue com o auxilio de uma gaze ou algodão;

4.11 Encostar gentilmente o lado do papel filtro na gota de sangue, sem esfregar. Permita

que o sangue seja absorvido, preenchendo totalmente os círculos e fique

completamente visível ao outro lado do papel filtro; durante o procedimento evite

espremer o pé do recém-nascido o que pode ocasionar hemólise da amostra do

sangue e mistura com fluidos tissulares e inviabilizar a realização dos testes;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta o teste do pezinho

155

Fonte: Brasil (2016)

4.12 Terminada a coleta, pressione levemente o local puncionado com algodão ou gaze

para conter o sangramento e colocar o dispositivo de proteção local e contenção do

sangramento (discreto curativo);

4.13 Os materiais utilizados na coleta devem ser descartados seguindo-se as normas de

descarte de material biológico e resíduos infectocontagioso;

4.14 Entregar o comprovante de coleta do teste do pezinho aos pais e orientar sobre o

prazo para retirada do resultado do exame;

4.15 Colocar o cartão de coleta com o sangue coletado em local apropriado para secagem

por pelo menos duas horas, longe de fontes emissoras de calor como estufas,

aquecedores, ar condicionado ou Liz direta do sol;

4.16 Depois de secos, manter os cartões com sangue coletados na geladeira protegidos

da umidade, em sacos plásticos fechados e caixa plástica com tampa até serem

enviados ao laboratório de referência;

4.17 Antes de enviar os exames coletados para o laboratório de referência, preencher a

guia de envio de remessa, contendo o nome/dados de todos os exames enviados

(uma via desta guia deve ser enviada junto com os exames);

5 OBSERVAÇÃO

Todo o material necessário para a coleta do teste do pezinho fica armazenado na caixa

organizadora de plástico resistente com tampa, padronizada para todas as Unidades de

Saúde que realizam o procedimento. Esta caixa deve ser lavada com água e sabão neutro

e realizada a desinfecção com produto padronizado pela CCI-SMS a cada 30 dias.

6 RESPONSABILIDADE

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Coleta o teste do pezinho

156

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia, e lançar procedimento

no sistema.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de atenção básica, n. 33).

BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal: deficiência de biotinidase. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal: hiperplasia adrenal congênita. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal biológica: manual técnico. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Waldomiro Roberto Tavares Enfermeiro. COREN-SP: 70350

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

157

Conferência de carro/caixa de emergência

1 OBJETIVO

Padronizar a conferência do carro/caixa de emergência a fim de garantir o funcionamento

adequado do monitor/desfibrilador/DEA e a manutenção do controle dos materiais e

medicamentos padronizados para o carro/caixa de emergência.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios, Unidades de Saúde da Família (USF).

3 MATERIAL

3.1 Check list impresso

3.2 Caneta

3.3 Lacre

3.4 Pasta

4 PROCEDIMENTO

4.1 O Enfermeiro deverá escalar um técnico/auxiliar de enfermagem para conferência

dos lacres diariamente das caixas/carro de emergência.

4.2 O Técnico ou Auxiliar de Enfermagem deverá conferir o número do lacre de

emergência diariamente e anotar no check list ANEXO 1 (Conferência de Lacre).

Se o número do lacre for o mesmo que estiver anotado anteriormente no check list,

anotar novamente o número do lacre.

4.3 Se o número do lacre for diferente do que estiver anotado no check list anterior, o

técnico ou auxiliar de enfermagem deverá verificar se existe justificativa da troca do

lacre. Caso não tenha, deverá conferir novamente e colocar novo lacre.

4.4 Mensalmente, a equipe de enfermagem deverá realizar uma checagem geral,

romper o lacre e realizar a conferência sistemática do carro/caixa de emergência,

contando e checando todos os itens e repondo os necessários, verificando

principalmente QUANTIDADE E DATA DE VALIDADE (ANEXO 2– 3), assim como

realizar a conferência dos kits de procedimento (ANEXO 4).

4.5 Trimestralmente, a equipe da farmácia deverá conferir sistematicamente todos os

itens, no que diz respeito à data de validade e ao lote, repondo os necessários

(controle qualitativo de medicamentos do Carro/caixa de emergência).

4.6 Uma vez por semana realizar o teste do laringoscópio e demais equipamentos

existentes (ANEXO 5).

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

158

4.7 Devido à especificidade do CAPS 3, será utilizada a Planilha de Conferência Diária

Material de Urgência (ANEXO 6).

5 OBSERVAÇÃO

Ações em caso de Não Conformidade:

5.1 Caso na conferência esteja faltando qualquer material, medicamento e se detectar o

mau funcionamento do laringoscópio ou do ambú, comunicar ao Enfermeiro para

reposição imediata;

5.2 Qualquer intercorrência no funcionamento dos equipamentos comunicar ao

Enfermeiro para solicitar avaliação imediata da manutenção e substituição do

equipamento.

ATENÇÃO:

5.3 Quando utilizado em situação de emergência, deverá ser conferido, reposto e lacrado

logo após o uso;

5.4 Todos medicamentos com vencimento nos próximos 3 meses deverão ser

encaminhados à farmácia para a troca;

5.5 Na conferência deverá ser testado o funcionamento do laringoscópio e do Ambú.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro: escalar técnico ou auxiliar de enfermagem para conferência dos lacres.

Controle rigoroso dos psicotrópicos e demais itens do carro de emergência. Teste dos

equipamentos da sala de emergência.

• Técnico ou Auxiliar de Enfermagem: realizar a conferência dos lacres, auxiliar na

conferência mensal e reposição dos materiais e medicamentos necessários.

• Farmacêutico ou Auxiliar de Farmácia: realizar a conferência, reposição e troca dos

medicamentos.

7 REGISTRO

Realizar todas as anotações nos referenciandos Check List e Anexos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Os Check List deverão ser arquivados na Unidade por um ano e depois encaminhados ao

Arquivo Central.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

159

REFERÊNCIAS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÂO PAULO. Parecer COREN-SP CT 037/2013. PRCI nº 100.547, de 10 de julho de 2013. Ementa: carro de emergência: composição, responsabilidade pela montagem, conferência e reposição. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_37.pdf>. Acesso em : 11 jul. 2022.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Maria de Fátima Paiva Brito

Enfermeira. COREN-SP:44331

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto

Chefe da Divisão de Enfermagem – SMS

COREN-SP: 39113

ATUALZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Maria de Fátima Paiva Brito

Enfermeira. COREN-SP:44331

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALZAÇÃO - 2 APROVAÇÃO - 2

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

160

ANEXO 1

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS CARROS/CAIXA URGÊNCIA

UBS/USF/NSF/CAPS/CRE/AMB.

Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: Unidade:

DATA HORÁRIO Nº LACRE ASSINATURA OBSERVAÇÃO

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

LEGENDA

Tipos de Ocorrências

1 Atendimento 5 lacre encontrado rompido

2 Limpeza 6 Aguardando reposição de medicamento

3 Conferência 7 Aguardando reposição de material

4 Auditoria 8 Falta de lacre

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

161

ANEXO 2

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS CARROS/CAIXA URGÊNCIA

UBS/USF/NSF, CAPS, CRE, AMB.

Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: Unidade:

QTD MATERIAL VALIDADE C NC OBS

Ambú adulto c/ máscara

Ambú infantil c/ máscara

Máscara p/ O2 adulto

Máscara p/ O2 infantil

GUEDEL 1

GUEDEL 2

GUEDEL 3

GUEDEL 4

ABOCATH 14

ABOCATH 16

ABOCATH 18

ABOCATH 20

ABOCATH 22

ABOCATH 24

AGULHA 40X16

AGULHA 25X0,8

EQUIPO

MACROGOTAS

EQUIPO

MICROGOTAS

ESPARADRAPO/

MICROPORE

GARROTE

SERINGA 5mL

SERINGA 10mL

SERINGA 20mL

TESOURA

TORNEIRINHA

CADARÇO DE ALGODÃO

GEL PARA DESFIBRILAÇÃO

ELETRODOS

FIO GUIA ADULTO

FIO GUIA INFANTIL.

LANTERNA

LARINGOSCÓPIO

ADULTO E INFANTIL

TOT 2,5

TOT 3,0

TOT 3,5

TOT 4,0

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

162

*Legenda:

C = Conforme

NC = Não Conforme

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS CARROS/CAIXA URGÊNCIA

UBS/USF/NSF, CAPS, CRE, AMB.

Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: Unidade:

TOT 4,5

TOT 5,0

TOT 5,5

TOT 6,0

TOT 6,5

TOT 7,0

TOT 7,5

TOT 8,0

TOT 8,5

RESPONSÁVEL: NOME/COREN

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

163

ANEXO 3

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS MEDICAMENTOS E PSICOTRÓPICOS DO CARRO/CAIXA

EMERGÊNCIA UBS/USF/ NSF, CAPS, CRE, AMB.- Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: UNIDADE:

QTD MATERIAL VALIDADE C* NC* OBS

15 ADRENALINA

10cps

AAS 100 MG

08 ATROPINA

08cps CLOPIDOGREL 75 MG

01 CLORIDRATO DE HIDRALAZINA

05 FUROSEMIDA

08 GLICOSE 50%

01 GLUCONATO DE CALCIO

04 HIDROCORTIZONA 500 MG

(Solucortef)

10cps ISOSSORBIDA 5 MG (Isordil)

04 NORADRENALINA

10 SF 0,9% 10 ML

04 SULFATO DE MAGNÉSIO 10%

PSICOTRÓPICOS

02 CLORPROMAZINA (Amplictil)

02 DIAZEPAM 10 MG injetável

03 FENITOÍNA (Hidantal)

02 FENOBARBITAL (Gardenal)

01 FLUMAZENIL

02 HALOPERIDOL (Haldol)

02 MIDAZOLAN 15 MG (Dormonid)

02 MORFINA

02 TRAMADOL (Tramal)

10 cps DIAZEPAM 5 MG

10 cps DIAZEPAM 10 MG

SOLUÇÕES

02 SF 0,9% 100 ML

02 SF 0,9% 500 ML

02 RINGER LACTATO

01 SG 5% 500 ML

01 MANITOL

02 BIC SÓDIO

NOME

COREN *Legenda:

C = Conforme

NC = Não

Conforme

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

164

ANEXO 4

CHECK LIST CONFERÊNCIA DOS KITS E MATERIAIS SALA DE URGÊNCIA UBS/USF/ NSF, CAPS, CRE, AMB.

Ribeirão Preto - SP

Mês: Ano: Unidade:

QTD MATERIAL VALIDADE C NC OBS

KIT SONDA NASOGÁSTRICA

SNG 08

SNG 10

SNG 12

SNG 14

SNG 16

SNG 18

SNG 20

CORDONÊ

SERINGA COM BICO SLIP

20 ML

SORO FISIOLÓGICO 0,9% 10

ML AMPOLA

ASPIRAÇÃO VIAS AÉREAS

FRASCO COLETOR

S. URETRAL 06

S. URETRAL 08

S. URETRAL 10

S. URETRAL 12

S. URETRAL 14

S. URETRAL 16

GAZE ESTÉRIL

SF 0,9% AMP

LUVA ESTÉRIL

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

165

KIT CATETERISMO VESICAL

SONDA FOLEY 12,14,16

BOLSA COLETORA

KIT CAT VESICAL

GAZE ESTÉRIL

LIDOCAÍNA GEL

SERINGA COM BICO SLIP

20 mL

AGULHA 25X0,8

AD

LUVAS CIRÚRGICAS

KIT PARTO + ASSIST. AO RN

AVENTAL DESCART´VEL

MÁSCARA CIR. FACIAL

ÓCULOS DE PROTEÇÃO

LUVAS CIRÚRGICAS

CAMPO PARTO

DESCARTÁVEL

KIT PARTO

COMPRESSA ZOBEC

GAZE ESTÉRIL

TOUCA DE ALGODÃO

MANTA TÉRMICA

CORD-CLAMP

PULSEIRA IDENTICAÇÃO

S. URETRAL 06 E 08

AMBÚ NEONATAL

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

166

OUTROS

COMPRESSAS E FAIXAS

GAZE ESTÉRIL

ZOBEC

FAIXA CREPOM 10cm

FAIXA CREPON 15 cm

COLAR CERVICAL TAM. PP

COLAR CERVICAL TAM. P

COLAR CERVICAL TAM. M

COLAR CERVICAL TAM G

RESPONSÁVEL

NOME/COREN

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

167

ANEXO 5

CONFERÊNCIA DESFIBRILADOR/DEA/ LARINGOSCÓPICO Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: Unidade:

ITENS PARA VERIFICAÇÃO SEMANA 1 SEMANA 2 SEMANA 3 SEMANA 4 SEMANA 5

CONFERÊNCIA DO LARINGOSCÓPICO

1 LIMPEZA DOS CABOS E LÂMINAS

2 LÂMINAS SEM CORROSAO

3 LÂMINAS COM LAMPADAS

4 CABO COM PILHAS

5 TESTE DO CABO COM LÂMINAS FUNCIONANDO

CONFERENCIA DO DESFIBRILADOR

1 LIMPEZA EXTERNA DO DESFIBRILADOR

2 CABOS E CONECTORES INTEGROS E DESEMBARACADOS

3 CABO CONECTADO NA REDE ELETRICA- LED DE REDE ACESO

4 BATERIA CARREGADA - LED DE BATERIA ACESO.

5 TESTE DAS PAS ADEQUADO - LED DE TESTE ACESO

6 PAS LIMPAS E SEM CORROSAO

7 ELETRODOS CONECTADOS NOS CABOS

8 GEL CONDUTOR AO LADO DO DESFIBRILADOR

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

168

CONFERÊNCIA DESFIBRILADOR/DEA/ LARINGOSCÓPICO

Ribeirão Preto – SP

Mês: Ano: Unidade:

ITENS PARA VERIFICAÇÃO SEMANA 1 SEMANA 2 SEMANA 3 SEMANA 4 SEMANA 5

CONFERENCIA DO DEA

1 LIMPEZA EXTERNA

2 BATERIA CARREGADA – LED DE BATERIA ACESO

OU SINAL VERDE (MARCA ZOLL)

3 ELETRODOS CONECTADOS NO APARELHO

4 AUTO TESTE (MARCA ZOLL)

RESPONSÁVEL: NOME/COREN

Tipos de Ocorrências

1 Limpeza

2 Bateria descarregada

3 Falta eletrodos/eletrodos vencidos

4 Falha no auto teste

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Conferência de carro/caixa de emergência

169

ANEXO 6

PLANILHA DE CONFERÊNCIA DIÁRIA MATERIAL DE URGÊNCIA - CAPS 3 Carinho da sala de urgência

DATA HORA Nº DO LACRE DO CARRINHO

DE URGÊNCIA

FUNCIONAMENTO DO ASPIRADOR

S (SIM) N (NÃO)

FUNCIONAMENTO DO DEA

S (SIM) N (NÃO)

ASSINATURA E CARIMBO DO RESPONSÁVEL

OBSERVAÇÃO

Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Divisão de Enfermagem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

170

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

1 OBJETIVO

Manter o corpo limpo e identificado. Evitar a saída de odores e secreções.

Dispor o corpo em posição adequada antes da rigidez cadavérica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (máscara cirúrgica, óculos protetor, avental e

luvas de procedimento)

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Algodão e/ou gaze não esterilizada

3.5 Tesoura

3.6 Fita Crepe

3.7 Faixa crepe

3.8 Lençol

3.9 Fita adesiva ou esparadrapo com identificação do usuário (nome completo e Hygia)

ou pulseira de identificação

3.10 Hamper

3.11 Maca

4 PROCEDIMENTO DE ENCAMINHAMENTO

4.1 Médico constata o óbito;

4.2 Médico e/ou enfermeiro comunica o óbito para a família, solicita documento de

identificação com foto do usuário e orienta familiares a providenciar a funerária;

4.3 Médico preenche a guia de encaminhamento ao Serviço de Verificação de Óbito –

SVO (morte natural) ou Instituto Médico Legal - IML (morte violenta e/ou acidental)

em duas vias, devendo uma ser entregue à funerária para fins de registro de Boletim

de Ocorrência (B.O). A outra via deve permanecer na unidade com o registro do

número do B.O e ser anexada ao prontuário após preenchimento do campo

“Transporte do Corpo” e retirada do corpo da unidade;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

171

PROCEDIMENTO DE PREPARO DO CORPO

4.4 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.5 Colocar EPI;

4.6 Reunir o material;

4.7 Desligar todos os equipamentos após constatação escrita do óbito pelo médico

responsável;

4.8 Identificar o usuário;

4.9 Oferecer ao acompanhante a opção de ver o corpo e despedir-se do usuário;

4.10 Posicionar o corpo em decúbito dorsal;

4.11 Retirar sondas, cateteres, drenos, dispositivos agulhados, traqueostomia (caso

necessário);

4.12 Proceder à higiene do corpo, quando necessário;

4.13 Realizar curativos oclusivos externos nos locais necessários;

4.14 Manter o corpo em decúbito horizontal dorsal com braços fletidos sobre o tórax;

4.15 Fixar mandíbula com faixa crepe, amarrando-a no alto da cabeça;

4.16 Unir as mãos do cadáver, mantendo-as unidas pelos punhos, com faixa crepe sobre

a parte superior do abdome, na altura da cintura;

4.17 Juntar os pés, mantendo-os unidos pelos tornozelos com faixa crepe;

4.18 Proceder à identificação fixando-a no corpo do usuário.

4.19 Envolver o corpo do usuário com lençol, cobrindo-o completamente e fechando com

a fita crepe;

4.20 Fixar a etiqueta de identificação do cadáver, por fora do corpo, sobre o lençol,

devidamente preenchida, com fita adesiva tipo crepe, entre os joelhos e os pés do

cadáver;

4.21 Encaminhar corpo para o morgue, se houver ou aguardar a funerária.

4.22 Entregar os pertences do usuário ao acompanhante;

4.23 Providenciar a limpeza e desinfecção do local conforme procedimento operacional

da Divisão de Enfermagem.

5 OBSERVAÇÃO

SAMU: seguir protocolo de atendimento ao óbito.

Em horário de funcionamento do SAD, em caso de óbito de seus usuários, o atestado de

óbito poderá ser emitido pelo médico da equipe que o acompanhava.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

172

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem (somente procedimento de preparo do corpo)

• Técnico de Enfermagem (somente procedimento de preparo do corpo)

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar na ficha de atendimento o número do boletim de ocorrência.

Registrar anotação em ficha de atendimento e no Sistema Hygia.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Cuidados com o corpo pós-morte: preparo e encaminhamento

173

REFERÊNCIAS

CHEREGATTI, A. L. et al. Técnicas de Enfermagem. São Paulo: Rideel, 2009. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP 003/2016 – CT, de 21 de março de 2016. Ementa: competência do enfermeiro na comunicação de óbito do paciente. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20003.2016%20ENF%20comunicar%20%C3%B3bito.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. OLIVEIRA, R. G. Blackbook Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook, 2016. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Daniela Moré Gorzílio Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo

174

Curativo

1 OBJETIVO

Realizar técnica de curativo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Kit para curativo estéril, composto por 3 pinças (hemostática, dente de rato e

anatômica);

3.3 Frasco de solução fisiológica 0,9% de 250mL ou 500 mL em temperatura ambiente;

3.4 Agulha 25 x 0,8 mm ou 40 x 1,6 mm;

3.5 Pacotes de gaze estéril;

3.6 Caixa plástica contendo coberturas padronizadas pela SMS;

3.7 Faixa crepe (10 ou 15 cm, conforme necessidade);

3.8 Esparadrapo, fita microporosa, fita crepe;

3.9 Luvas de procedimentos e estéreis;

3.10 Réguas de papel;

3.11 Espátula;

3.12 Lâmina de bisturi (se necessário);

3.13 Tesoura;

3.14 Papel toalha;

3.15 Equipamentos de Proteção Individual (avental, máscara cirúrgica, óculos de

proteção, gorro)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Reunir todo o material necessário em uma bandeja;

4.2 Orientar o usuário quanto ao procedimento a ser realizado;

4.3 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.4 Abrir o pacote de curativos ou instrumentais (pinças) com técnica estéril;

4.5 Calçar a luva estéril conforme procedimento operacional padrão e utilizar

instrumentais;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo

175

4.6 Colocar o usuário em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;

4.7 Remover cuidadosamente o curativo anterior com pinça, caso haja aderência aos

tecidos recém-formados, umedeça-o com solução fisiológica a 0,9% até que se

desprenda. Este cuidado reduz as chances de traumatizar o tecido de granulação no

leito da ferida;

4.8 Observar o curativo anterior, quanto às características do exsudato;

4.9 Realizar a limpeza do membro e das adjacências da ferida, com sabonete neutro e

água corrente (encanada e tratada pelo serviço de abastecimento, ou então fervida),

se necessário.

4.10 Trocar /calçar as luvas de procedimentos e se necessário a estéril;

4.11 Realizar a limpeza da ferida com jatos de solução fisiológica a 0,9%, mediante a uma

única perfuração no frasco com uma agulha de calibre 30x0,8 ou 40x1,6

preferencialmente morno ou em temperatura ambiente.

4.12 Secar a pele peri-lesão com gaze

4.13 Remover tecido desvitalizado solto com lâmina (tamanho) e com cuidado para não

provocar sangramento, se necessário (procedimento privativo do enfermeiro);

4.14 Realizar a mensuração com a régua de papel e registro fotográfico (esse último

sempre que possível), dependendo do tamanho da ferida, pode ser mensurada a

cada 15 dias ou semanal;

4.15 Realizar avaliação da fase da ferida e o tipo de tecido presente no leito da ferida, e

escolher a cobertura mais indicada;

4.16 Aplicar a cobertura escolhida;

4.17 Ocluir o curativo, conforme necessidade (cobertura secundária, gazes, compressas

algodoada, ataduras e bota de Unna);

4.18 Reposicionar o usuário confortavelmente;

4.19 Remover todo o material usado e dispense-o em local específico;

4.20 Higienizar as mãos;

4.21 Agendar retorno para nova avaliação;

4.22 Registrar o procedimento no prontuário domiciliar e do serviço.

5 OBSERVAÇÃO

Para a realização de curativos, há a possibilidade de escolher a técnica estéril ou limpa

considerando características da ferida, riscos de contaminação da lesão, características do

usuário e local da realização do curativo.

Para realização de curativo no domicílio e em lesões de pele por queimaduras, consultar o

Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas – SMS/RP (RIBEIRÃO PRETO,

2011).

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo

176

Quando é necessário o uso de instrumentos de corte, como tesouras e bisturi, a remoção

mecânica assume características de desbridamento instrumental, tornando-se um

procedimento especializado cabível ao enfermeiro com treinamento específico (Resolução

COFEN n. 501/2015) ou estomaterapeuta e aos médicos.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

atendimento ambulatorial. Em domicilio, documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de assistência integral às pessoas com feridas. Ribeirão Preto: SMS, 2011.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

177

Curativo com terapia compressiva inelástica - bota de Unna

1 OBJETIVO

Realizar técnica de curativo associando a terapia compressiva inelástica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Biombo;

3.2 Material para curativos;

3.3 Sabonete e papel toalha;

3.4 Tesoura ponta arredondada (retirada de gesso);

3.5 Pasta de Unna;

3.6 Recipiente em alumínio para banho-maria, identificado para bota de Unna;

3.7 Espátulas estéreis;

3.8 Faixas elástica ou atadura de crepe (crepom);

3.9 Compressa algodonada;

3.10 Fita crepe;

3.11 Luvas de procedimentos;

3.12 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Reunir todo o material necessário, conforme o ambiente (domicílio / unidade de

saúde);

4.2 Acolher e orientar o usuário quanto ao procedimento a ser realizado;

4.3 Utilizar o recipiente de alumínio para derreter a pasta de Unna, com pote semiaberto,

em banho-maria, até diluição total do produto, ou em forno micro-ondas a cada 30

segundos para total diluição sem transbordar o frasco;

4.4 Manter a privacidade do usuário, colocar biombo se necessário;

4.5 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.6 Calçar as luvas de procedimentos e outros EPI´s;

4.7 Remover o curativo anterior, utilizando tesoura de ponta arredondada, em posição

contralateral à localização da ferida;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

178

4.8 Realizar curativo, conforme procedimento operacional padrão; com higienização da

perna a partir da região infra patelar até a base dos dedos, interdigítos e região

plantar; seguindo sempre a cobertura primária segundo a avaliação pelo protocolo

da SMS – PMRP;

4.9 Posicionar o usuário deitado, preferencialmente, com pé em posição anatômica a 90

graus;

4.10 Iniciar o enfaixamento com faixa elástica ou atadura de crepe desde a base dos

dedos até região do maléolo e calcâneo, com proteção desta região, com

enfaixamento reforçado e manter após esta região o enfaixamento a 50%, do dorso

do pé até 3 cm abaixo do joelho. Não deixar dobras na atadura ao enfaixar;

4.11 Testar temperatura da pasta de Unna diluída na face anterior do antebraço do

profissional. Se temperatura tolerável, iniciar a aplicação a partir do dorso do pé,

evitando a região plantar, até 3 cm do joelho, acompanhando o enfaixamento;

4.12 Aplicar o produto, observando o preenchimento dos poros da faixa, em camadas

finas; reforçando a área da ferida;

4.13 Após aplicação da pasta de Unna, usar outra faixa de crepom para finalizar;

4.14 Em feridas exsudativas, utilizar compressa algodonada e outra faixa de crepom;

orientando que esta última cobertura o paciente/cuidador poderá trocar, se

necessário;

4.15 Colocar o usuário sentado;

4.16 Após, observar marcha e se necessário orientá-lo a caminhar com a planta do pé

inteira no chão;

4.17 Orientar sobre cuidados diários, sinais de complicação, retirada emergencial do

curativo e avaliação por profissional habilitado;

4.18 Recolher todo o material;

4.19 Deixar a unidade/domicílio do usuário em ordem;

4.20 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.21 Agendar retorno para reavaliação e reaplicação;

5 OBSERVAÇÃO

De acordo com o Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas da SMS/RP

(RIBEIRÃO PRETO, 2011, p.48-50):

A compressão obtida pela aplicação de bandagem rígida, chamada de Bota de Unna,

constitui uma das formas de terapia compressiva inelástica, utilizada há mais de 300 anos,

eficiente para a melhoria do retorno venoso. Durante a deambulação, ocorre aumento da

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

179

pressão contra os músculos da panturrilha, auxiliando o retorno venoso. Portanto, não deve

ser indicada a pacientes que não deambulam.

Este tratamento é absolutamente contraindicado nas patologias arteriais, onde a

compressão agravaria o quadro de isquemia. Necessita de prescrição médica, de

preferência após criteriosa avaliação, cabendo ao enfermeiro a responsabilidade da

execução e acompanhamento de todo o tratamento. O enfermeiro poderá indicar a

aplicação da bota de Unna desde que, na anamnese e exame físico seja identificado o

diagnóstico de insuficiência venosa crônica- IVC, assim como avaliando as características

da úlcera, além da realização do ITB/Doppler, conforme a tabela 1 – página 25 e 26, do

Manual.

Não colocar a bota em presença de infecção;

A periodicidade de troca da bota de Unna deverá ser semanal, no entanto, nas primeiras

aplicações a troca deverá ter intervalo de três dias, aproximadamente.

Após cicatrização da ferida, o paciente deverá ser monitorado e estimulado ao autocuidado

para as medidas de reabilitação e prevenção. Há indicação do uso das meias elásticas,

sob prescrição médica;

Caso a bota seja industrializada, deverá seguir os passos do procedimento 4.1 ao 4.9, após

aplicar a bota industrializada (faixa pronta contendo bandagem impregnada com pasta à

base de óxido de zinco, goma acácia, glicerol, óleo de rícino e água deionizada), pós seguir

a partir do passo 4.13.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliares e Técnicos de enfermagem podem auxiliar no procedimento de retirada da

bota de Unna e realização do curativo colocando a cobertura primária após a avaliação

e prescrição da cobertura primária.

• Auxiliares e Técnicos de Enfermagem podem vir a receber a delegação apenas da

confecção e remoção do curativo bota de Unna, desde que devidamente capacitados

para tal procedimento, e sempre sob orientação e supervisão do Enfermeiro.

• Enfermeiro.

• Médico.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Curativo com terapia compressiva inelástica – bota de Unna

180

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do paciente, data e horário do

procedimento carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de

Atendimento Ambulatorial. Em domicílio, documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT

nº 007/2013, de 31 de janeiro de 2013. Competência e capacitação para realização de bota de unna. Disponível em: < https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/parecer_coren_sp_2013_7.pdf >. Acesso em: 04 ago. 2021. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de assistência integral às pessoas com feridas. Ribeirão Preto: SMS, 2011.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO – 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 2 APROVAÇÃO – 2

Mirela Modolo Martins do Val

Enfermeira. COREN-SP: 0138321

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Descontaminação da viatura

181

Descontaminação da viatura

1 OBJETIVO

Realizar a remoção das sujidades e eliminação de microorganismos sempre que algum

material biológico (sangue, fezes, urina, vômitos, secreções) potencialmente contaminado

entrar em contato com qualquer parte da viatura, através do uso de produtos químicos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO e

Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de limpeza

3.2 Óculos de proteção biológica

3.3 Máscaras faciais

3.4 Aventais descartáveis

3.5 01 balde

3.6 02 ou mais panos de limpeza

3.7 Produto recomendado pela CCI - SMS

3.8 Papel descartável (lençol)

3.9 Saco para lixo infectante (branco leitoso identificado).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Preparar um balde com água limpa para o enxágue do pano de limpeza. Esta água

deve ser renovada quando estiver suja;

4.2 Retirar o material biológico com auxílio de papel descartável e desprezar no saco

para lixo infectante, encaminhando o mesmo para o abrigo próprio;

4.3 Aplicar o produto recomendado pela CCI - SMS no local onde foi retirado o material

biológico, deixando agir por 10 minutos, ou o tempo recomendado pelo fabricante;

4.4 Remover o excesso de produto de limpeza;

4.5 Realizar a limpeza do local borrifando e friccionando com o pano para soltar a

sujidade;

4.6 Enxaguar o pano na água de enxágue sempre que necessário e torcer; bem;

4.7 Proceder a limpeza concorrente ou terminal conforme procedimento operacional.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Descontaminação da viatura

182

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Utilizar somente produtos de limpeza recomendados pela Comissão de Controle de

Infecção (CCI) do Município;

5.2 Realizar o procedimento em local com escoamento para calha coletora com

direcionamento para o esgoto, onde haja Sistema de Tratamento de Esgotos que

atenda à RDC nº 222, de 28 de março de 2018 quanto ao tratamento de resíduos

líquidos.

6 RESPONSABILIDADE

• Condutor

• Técnico de Enfermagem

• Auxiliar de Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Não se aplica

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. RIBEIRAO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto: Prefeitura Municipal, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Desinfecção de nasofibroscópio

183

Desinfecção de nasofibroscópio

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza e desinfecção do nasofibroscopio, após relizar exame de

videonasoscopia, videolaringoscopia ou videonasolaringoscopia com ótica rígida ou

flexível.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Nasofibroscopio do NADEF/CER, utilizado para realização de exames de imagem.

3 MATERIAL

3.1 Duas caixas de plástico duro para mais de um litro de água (20x30x10

profundidade)

3.2 Um cálice graduado de 1,5 l

3.3 Um suporte para a ótica flexível

3.4 Uma seringa descartável par dosar o sabão neutro

3.5 Detergente neutro líquido com ou sem enzimas

3.6 Escova descartável de cerdas macias

3.7 Luva de borracha

3.8 Luvas descartáveis de vinil ou látex

3.9 Filtro de polipropileno com grau de retenção entre 5 a 10 micra instalado no

encanamento da torneira ou de osmose reversa

3.10 Álcool 70%

3.11 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.12 Livro de registro ou impresso próprio;

3.13 Compresas limpas e secas.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material necessário;

4.3 Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;

4.4 Antes de iniciar o exame, pegue com a seringa descartável o detergente líquido

escolhido, na medida orientada pelo fabricante e coloque na caixa plástica,

misturando em seguida com o volume de água filtrada orientado.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Desinfecção de nasofibroscópio

184

4.5 Verificar o volume final desejado

4.6 Após o exame de videonasoscopia, videolaringoscopia ou videonasolaringoscopia

com ótica rígida ou flexível, imergir imediatamente a ótica na solução de detergente

neutro com ou sem enzimas, diluído em água filtrada, preparada conforme indicado

pelo fabricante. Sempre preparar uma nova diluição para cada equipamento. Deixar

a solução contendo o detergente agir no material durante o tempo recomendado pelo

fabricante no rótulo do produto. Geralmente o tempo de contato é curto, entre 5 a 9

minutos

4.7 Retirar o equipamento da imersão, após o tempo recomendado pelo fabricante e

apoia-lo sobre a bancada da pia aonde será realizado a limpeza. Friccionar a

superfície externa de cada instrumento com auxílio de uma escova de cerdas firmes

e macias, várias vezes, até a eliminação de sujidade visível. Certifique-se de que

todas as partes que estiveram em contato com o paciente foram friccionadas e

limpas. A escova é um artefato de limpeza que serve para remover a matéria orgânica

quebrada pelo detergente. Manter a escova limpa e seca de um uso para o outro,

trocando-as no mínimo semanalmente.

4.8 Após a escovação e verificação da limpeza da ótica e esta estando limpa

visualmente, inicia-se o processo de enxague. Deve se enxaguar abundantemente a

ótica em água filtrada corrente para retirada total de resíduos de sujidade e

detergente. Entende-se por água filtrada aquela que passou por um filtro de

polipropileno com grau de retenção entre 5 a 10 micra, para eliminação de

microorganismos e sólidos em suspensão. Estes filtros devem seguir a manutenção

recomendada pelo fabricante. O uso do filtro praticamente elimina o risco da água

contaminada pelo biofilme dos encanamentos.

4.9 Secar a ótica rigida ou flexivel, com compressa

4.10 Em seguida, troque a luva de limpeza, por uma luva de látex ou vinil para proceder a

desinfecção de nível intermediário com Álcool 70%p/v, devidamente registrado na

ANVISA como saneante (verifique a lista de álcool saneante na ANVISA) Pode-se

embeber uma compressa de algodão, gazes ou toalha descartável de tecido não

tecido com Álcool 70% p/v para realizar a desinfecção. Deve-se friccionar toda a

superfície da ótica durante 30 segundos, em todos os sentidos, de próxima para distal

em movimentos horários e anti-horários e na ponta da ótica durante 30 segundos por

3 vezes consecutivas, com intervalos de 10 segundos entre as aplicações,

esperando-se assim a evaporação do álcool entre cada aplicação

4.11 Deve-se secar as superfícies externas dos materiais com auxílio de compressas de

algodão limpas e macias, gazes ou utilizando-se toalha de tecido não tecido. Neste

momento as óticas devem passar por uma nova inspeção visual.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Desinfecção de nasofibroscópio

185

4.12 Armazenar o equipamento limpo e desinfetado em um recipiente de plástico duro,

limpo e desinfetado com Álcool 70% p/v, caso os materiais não sejam utilizados

imediatamente. Está proibido transportar ou guardar as óticas nas embalagens

originais como as malas forradas com espuma recortada para o encaixe dos

equipamentos, pois na maioria das vezes, a mesma não é passível de limpeza e

desinfecção

4.13 Identificar externamente o recipiente contendo o nome do material, método de limpeza

e desinfecção realizado no processamento.

4.14 Após a realização da limpeza e desinfecção da ótica, deve-se proceder a limpeza e

desinfecção da porção terminal do cabo de fibra ótica em contato com a ótica, assim

como da micro câmera e do seu cabo com compressa de algodão, gazes ou toalha de

tecido não tecido absorvível descartável embebido em Álcool 70%

4.15 Recomenda-se proceder a limpeza e desinfecção sempre que a ótica ficar guardada

na caixa de armazenamento de um dia para o outro, assim como da própria caixa, que

também deve passar por uma limpeza e desinfecção consecutiva com álcool 70%.

5 OBSERVAÇÃO

POP elaborado segundo as diretrizes da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e

Cirurgia Cervico Facial - ABRL- CCF, seguindo o Protocolo Operacioanal Padrão para

processamento de materias utilzados nos exames de videonasoscopia, videolaringoscopia

ou videonasolaringoscopia nos consultorios e serviços de otorrinolringologia

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

REFERÊNCIA

GRAZIANO, K. U. Protocolo operacional padrão (POP) para processamento de materias utilizados nos exames de videonasoscopia, videolaringoscopia e videonasolaringoscopia nos consultórios e serviços de otorrinolaringologia. São Paulo: ABORL-CCF, 2017.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Desinfecção de nasofibroscópio

186

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Deise Cristina Lataro Penha Enfermeira. COREN-SP: 72879

Maria Cristina Durante

Enfermeira. COREN-SP: 56505

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais pláticos/silicone/borracha

187

Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais

plásticos/silicone/borracha

1 OBJETIVO

Promover a limpeza e desinfecção de máscaras e nebulizadores após utilização ou sempre

que necessário, e demais materiais plásticos, polímeros, acrílicos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha, luva de procedimento e calçado

fechado;

3.2 Detergente e água corrente;

3.3 Dois panos limpos e secos;

3.4 Solução de SURFIC ou Solução de produto padronizado pela CCI-SMS;

3.5 Saco plástico transparente e etiqueta de identificação.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir material;

4.3 Paramentar-se com os EPIs Indicados;

4.4 Lavar o conjunto completo dos nebulizadores/entre outros utensílios minuciosamente

com água corrente e detergente até que não se observe material orgânico conforme

procedimento operacional;

4.5 Enxaguar várias vezes em água corrente;

4.6 Retirar luvas de borracha e proceder higiene das mãos conforme procedimento

operacional padrão;

4.7 Calçar luvas de procedimento:

4.8 Secar com pano limpo e seco;

4.9 Mergulhar em solução de SURFIC preparada e validada, conforme procedimento

operacional padrão, por 10 minutos; (ou mergulhar em solução padronizada pela

CCI-SMS conforme fabricante);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Desinfecção do conjunto de nebulizadores e materiais pláticos/silicone/borracha

188

4.10 Enxaguar em água corrente;

4.11 Secar novamente com pano limpo e seco;

4.12 Retirar o EPI e higienizar as mãos;

4.13 Acondicionar os utensílios em sacos plásticos transparentes com identificação e data

da desinfecção em etiqueta adesiva, com validade de 1mês.

5 OBSERVAÇÃO

O conjunto corresponde à máscara/copo para medicação/extensão, USO ÚNICO PARA

CADA USUÁRIO. A extensão NÃO deve ser deixada pendurada ao fluxômetro.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

7 REGISTRO

Proceder à identificação do saco plástico com data e nome do responsável pela

desinfecção e acondicionamento.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO – 1/2 APROVAÇÃO

Cátia Helena Dalmando Salomão

Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

APROVAÇÃO – 1/2

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Eletrocardiograma - ECG

189

Eletrocardiograma – ECG

1 OBJETIVO

Avaliar a atividade elétrica cardíaca e a condução dos impulsos elétricos, registradas em

gráficos que indicam as condições de normalidade ou de possíveis alterações.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Aparelho de ECG;

3.2 Eletrodos reutilizáveis com ventosas e clamps plásticos reguláveis e, ou eletrodos

descartáveis;

3.3 Papel toalha, papel lençol e gaze;

3.4 Material para tricotomia (aparelho de barbear);

3.5 Gel para ECG;

3.6 Papel registro

4 PROCEDIMENTO

4.1 Certificar-se de que o aparelho está ligado na tomada na voltagem indicada e, que o

fio terra está conectado ao aparelho e posicionado corretamente;

4.2 Ligar o aparelho e ajustar conforme instruções de funcionamento do mesmo, afixada

na sala;

4.3 Receber o usuário na sala, conferir o nome e a requisição do exame;

4.4 Explicar o procedimento ao usuário, considerando queixa relacionada a sintomas e

motivo de solicitação de exame;

4.5 Solicitar que o usuário retire objetos de metal (brincos, relógios, pulseiras, entre

outros). Instrua-o a relaxar, deitar-se mantendo decúbito dorsal, manter pernas

descruzadas e braços lateralizados em relação ao corpo, respirar normalmente, não

falar e nem se mexer durante o procedimento;

4.6 Manter o usuário em decúbito dorsal. Se ele não puder suportar essa posição, ajude-

o a ficar na posição semisentada. Orientar o usuário a retirar as vestimentas de modo

a expor o tórax, ambos os tornozelos e pulsos para a colocação dos eletrodos.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Eletrocardiograma - ECG

190

Proteja o usuário cobrindo-o com o papel lençol até que sejam posicionados todos

os eletrodos e aplicadas as derivações;

4.7 Realizar quando necessário, a tricotomia nas áreas com maior concentração de

pelos;

4.8 Se a pele do cliente for excessivamente oleosa ou escamosa, limpe com compressa

de gaze seca, antes de aplicar o eletrodo, ajudando a reduzir a interferência do sinal;

4.9 Aplicar o gel para ECG e colocar os 4 clamps + ventosas ou eletrodos descartáveis

(4 derivações periféricas), sendo um em cada face ventral ou face medial dos pulsos

e na face ventral ou medial das pernas, evitando as proeminências ósseas.

4.10 Atenção: geralmente os equipamentos possuem coloração padronizada para os 4

fios que correspondem a cada uma das derivações: amarelo (acima e à esquerda),

vermelho (acima e à direita), verde (abaixo e à esquerda) e preto (abaixo e à direita).

Vide figura 1.

4.11 Posiocionar os clamps + ventosas ou eletrodos descartáveis nas derivações apicais

no tórax, conforme a sequência:

V1: Quarto espaço intercostal na borda esternal direita – ligado ao cabo vermelho;

V2: Quarto espaço intercostal na borda esternal esquerda – ligado ao cabo amarelo;

V3: metade da distância entre V2 e V4 – ligado ao cabo verde;

V4: Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular – ligado ao cabo marrom;

V5: Quinto espaço intercostal na linha axilar anterior (1/2 a distância entre V4 e V6)

– ligado ao cabo preto;

V6: Quinto espaço intercostal na linha média, nivelado com V4 – ligado ao cabo roxo;

4.12 Calibrar no padrão N velocidade 1mv/s;

4.13 Registrar a calibração;

4.14 Observar se o aparelho automático esta captando os sinais de todas as derivações;

4.15 Acompanhar o registro de todas as derivações certificando-se de que estejam

representadas na impressão;

4.16 Observar se caso alguma das derivações não esteja corretamente representada ou

apareçam artefatos (traçados irregulares que poluem visualmente o traçado de

ECG), neste caso reposicione-se, coloque o fio terra em outro local e recomece.

Atenção: Nos aparelhos operam no modo manual, o profissional deverá selecionar

as derivações e registrá-las uma a uma. Nestes aparelhos, imprimir um D2 longo:

com o eletrodo nessa posição, registrar o traçado por cerca de 4 a 5 segundos;

4.17 Se o usuário for portador de marcapasso definitivo ou em situação de urgência com

marcapasso temporário, anote a presença do mesmo;

4.18 Ao término, retirar os eletrodos do usuário, promovendo a limpeza de todo o gel

residual das extremidades reutilizáveis;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Eletrocardiograma - ECG

191

4.19 Recomponha o usuário e o local da unidade;

4.20 Realizar a limpeza do aparelho ao final de todos os procedimentos.

4.21 Desligar sempre o equipamento, recolher a extensão do fio terra e e desconectá-lo

da tomada de energia antes de iniciar a limpeza.

4.22 Guardar os cabos de modo organizado e preferencialmente alinhados em 2 feixes,

um para derivações apicais e outro para as derivações periféricas, para facilitar o uso

em uma situação de emergência.

Figura 1 - Posicionamento dos eletrodos para o traçado de ECG

Fonte: Como realizar um exame com o Sistema TEB – ECGPC. Disponível em: http://www.callecg.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Como-realizar-um-exame-com-o-sistema-TEB-ECGPC.pdf

5 OBSERVAÇÃO

Uma vez por semana lavar os eletrodos utilizando-se água e sabão neutro com uma

escova.

Com a utilização contínua os eletrodos tendem a escurecer. Não utilize abrasivos ou

objetos pontiagudos para limpá-los.

Quando necessário, os cabos poderão ser limpos com água e sabão neutro, tomando-se

sempre o cuidado de não molhar os conectores.

Quando o equipamento não estiver sendo utilizado, mantenha-o coberto, evitando acúmulo

de poeira em seu interior.

Se o equipamento for ficar inativo por um período superior a 30 dias, retirar as pilhas ou

baterias.

Não utilize produtos químicos como derivados da benzina para limpar os acessórios.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Eletrocardiograma - ECG

192

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Anotar na folha do traçado de ECG: Nome do cliente, idade, número do prontuário e nome

do profissional que realizou o procedimento; anotar no prontuário ou em ficha de

atendimento ambulatorial a data da realização do exame e horário, nome do profissional

que realizou o procedimento, assinar e carimbar.

REFERÊNCIA

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012. (Série Enfermagem).

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Ana Paula Raizaro

Enfermeira. COREN-SP: 114587

Juliana Pereira Machado

Enfermeira. COREN-SP: 78136

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Elevação do mento – abertura das vias aéreas

193

Elevação do mento - abertura das vias aéreas

1 OBJETIVO

Utilizar a técnica de elevação do mento para permeabilizar as vias aéreas, da boca, faringe

e laringe permitindo que o ar passe pelas cordas vocais e traquéia alcançando a via aérea

baixa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, luvas e máscara facial.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Posicionar uma das mãos na região frontal, sobre a testa, para fixar a cabeça da

vítima (figura 1);

4.3 Posicionar os dedos indicador e médio da outra mão sob o mento (figura 2);

4.4 Tracionar suavemente o mento para cima e para frente, enquanto o polegar da

mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca;

4.5 Simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço;

4.6 Verificar a necessidade de utilizar a cânula orofaríngea.

Figura 1 Figura 2

Fonte: Silva (2015)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Elevação do mento – abertura das vias aéreas

194

5 OBSERVAÇÔES

5.1 Indicada para usuários de agravos clínicos nas quais não há suspeita de lesão

raquimedular ou história de trauma. Em casos de suspeita de trauma, mantenha

sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna

cervical, ou utilize a Anteriorização da Mandíbula, conforme procedimento

operacional padrão.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor dentro de suas atribuições

• Técnico de Enfermagem

• Auxiliar de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.

Acesso em:15 mai 2019. COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê de Trauma. Suporte avançado de vida no trauma para medicos ATLS: manual do curso de alunos. 8. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2008. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. SILVA, A. C. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a capacitação em parada cardiorrespiratória. 2015. Dissertação (Mestrado em Tecnologia e Inovação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-02022016-104809/>. Acesso em: 15 mai 2019.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Elevação do mento – abertura das vias aéreas

195

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas

196

Exame clínico das mamas

1 OBJETIVO

Identificar alterações que necessitem de investigação diagnóstica, condutas e

encaminhamentos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Ambiente privativo

3.2 Mesa ginecológica ou divã

3.3 01 pacote de gaze

4 PROCEDIMENTO

4.1 Realizar a higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Apresentar-se a mulher e explicar o procedimento;

4.3 Fazer a anamnese: queixa principal, levantar fatores endócrinos/historia reprodutiva,

fatores comportamentais, risco de câncer de mama devido à radiação inonizante,

fatores genéticos/hereditários, antecedentes cirúrgicos nas mamas, investigar se

tiveram as mamas avaliadas por um profissional de saúde e mamografias anteriores

(rastreamento ou diagnóstica);

4.4 Realizar a inspeção estática e dinâmica. As mamas devem ser inspecionadas com a

usuária sentada, com os braços pendentes ao lado do corpo (inspeção estática) e

com a usuária realizando os seguintes movimentos (inspeção dinâmica): elevação

dos membros superiores acima da cabeça, pressão sobre os quadris, inclinação do

tronco para frente com os membros superiores acima da cabeça.

4.5 Observar se as mamas são simétricas, se a circulação venosa superficial é normal e

simétrica, se existem abaulamentos, retrações ou alterações de pele (hiperemia,

edema, ulceração, descamação ou erosão, tecido com aspectos de “casca de

laranja” e pele grossa);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas

197

4.6 Identificar alterações na aréola (tamanho, forma, simetria e coloração “vermelhidão”);

alterações na orientação dos mamilos (desvio da direção em que os mamilos

apontam), achatamento ou inversão; ou evidência de secreção mamilar, como

crostas em torno do mamilo;

4.7 Deve verificar a presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas

congênitas e tatuagens;

4.8 Realizar a palpação de todas as áreas do tecido mamário e linfonodos axilares e

supraclaviculares, em busca de nódulos, espessamentos, modificações na textura e

temperatura da pele;

4.9 Ao examinar a axila, é importante que os músculos peitorais fiquem relaxados para

que seja feito um exame completo da axila. Músculos contraídos podem obscurecer

discretamente linfonodos aumentados de volume;

4.10 Para examinar os linfonodos axilares direitos o examinador deve suspender o braço

direito da usuária, utilizando o seu braço direito; deve então fazer uma concha com

os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da

axila. A seguir, trazer os dedos para baixo pressionando contra a parede torácica. O

mesmo procedimento deve ser realizado na axila contralateral. O examinador deve

observar o número de linfonodos palpados, bem como seu tamanho, consistência e

mobilidade.

4.11 As fossas supraclaviculares são examinadas pela frente da usuária ou por

abordagem posterior.

4.12 Iniciar a palpação da mama com a usuária sentada, entretanto a melhor posição para

examinar as mamas é com a usuária em decúbito dorsal, em mesa firme. Pede-se

para a usuária elevar o membro superior isolateral acima da cabeça para tensionar

os músculos peitorais e fornecer uma superfície mais plana para o exame. O

examinador deve colocar-se no lado a ser palpado. Inicia-se o exame com uma

palpação mais superficial, utilizando as polpas digitais em movimentos circulares no

sentido horário, abrangendo todos os quadrantes mamários. Repete-se a mesma

manobra, porém com maior pressão (não se esquecer de palpar o prolongamento

axilar mamário e a região areolar).

4.13 Expressão: deve ser realizada somente se houver queixa de saída de líquido pelo

mamilo. Fazer a expressão suave da mama, desde a base até o complexo aréolo-

papilar. Ocorrendo a saída de fluxo, observar se é uni ou bilateral e monoductal ou

poliductal. Para verificar adequadamente a cor do fluxo, deve ser absorvido em uma

gaze.

4.14 Ajudar a mulher levantar-se Recompor a unidade.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas

198

4.15 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.16 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

Realizar orientações para promoção da saúde e prevenção do câncer de mama

Orientar sobre as alterações encontradas e encaminhamentos se necessários. Durante o

exame sinais como: assimetria, abaulamentos, retrações, eczemas, ulcerações, gânglios

linfáticos e nódulos, os casos com suspeita de câncer devem ser referenciados para

investigação diagnóstica definitiva.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado no sistema Hygia, aceitação ou recusa da usuária, data

e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BEREK, J. S. Berek & Novak: tratado de Ginecologia. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Falando sobre câncer de mama. Rio de Janeiro: MS: INCA, 2002.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Maria Antonieta Spinos Prado Enfermeira. COREN-SP: 17166 Daniela Taysa Rodrigues Pimentel Enfermeira. COREN-SP: 44546 Fátima Aparecida De Bonifácio Heck Enfermeira COREN-SP:36492 Patrícia Lázara Serafim Campos Diegues Enfermeira COREN-SP: 112730

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

199

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

1 OBJETIVO

Fazer inspeção das mamas e mamilos no início da gravidez e no puerpério imediato;

Identificar anormalidades e alterações nas mamas;

Verificar o tipo de mamilo (bico) e indicar técnicas para melhorar a protratilidade mamilar;

Avaliar, observar os sinais de risco para possíveis dificuldades na amamentação: mamilos

mal formados, cirurgias da mama (mamoplastia reducional, prótese mamária);

Prevenir / diminuir intercorrências mamárias como ingurgitamento mamário, traumas

mamilares e mastite,

Identificar o tipo de trauma mamilar quando este ocorrer.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Centros de Referência de Especialidades, Centro de Testagem e

Aconselhamento, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Biombo ou ambiente privativo;

3.2 Luvas de procedimento;

3.3 Maca ou divã.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Explicar o procedimento à usuário;

4.3 Atender a usuário em ambiente privativo, caso necessário utilizar biombo;

4.4 Realizar anamnese e registrar em prontuário eletrônico via Hygiaweb e/ou físico;

4.5 Ouvir as experiências anteriores, medos, dúvidas e expectativas com relação

amamentação (preencher a ficha Palma - opcional);

4.6 Solicitar à usuário que sente na maca / divã;

4.7 Realizar a inspeção estática das mamas: observar volume (pequenas, médias,

grandes ou volumosas), forma (firmes, flácidas, túrgidas), simetria (simétricas ou

assimétricas), pele (lesões, alterações na pele, cicatrizes, retrações, edemas,

hiperemia, abaulamentos), tipo de mamilo (protruso, semi-protruso ou plano, pseudo-

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

200

invertido, invertido, hipertrófico - Figura 1), integridade aréolo-mamilar (no caso de

puérperas), presença de mamilo supranumerário ou glândula mamária

extranumerária;

Figura 1 – Tipos de Mamilo

Fonte: Palma (1997)

4.8 Realizar a inspeção dinâmica das mamas: Solicitar à usuário que abra os braços

paralelos ao corpo e os levante até a cabeça, e com as mãos na cintura contraia a

musculatura peitoral;

4.9 Realizar palpação das axilas, identificando glândula mamária supranumerária

(puérperas); palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares (gestantes) ainda

com a usuário sentada;

4.10 Solicitar à usuário que deite na maca e coloque os braços atrás da cabeça;

4.11 Realizar palpação das mamas, uma de cada vez, com atenção em cada quadrante

mamário (Figura 2), caso haja alguma alteração, descrever e registrar localizando o

quadrante correspondente.

Figura 2 – Quadrantes da mama direita

Fonte: Moore (2001)

Protruso Semi-protruso Pseudo-invertido /

Invertido

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

201

4.12 Utilizar as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos para examinar todo o tecido mamário

de forma circular da área distal para proximal do mamilo (Figura 3);

Figura 3 – Palpação com as polpas digitais

Fonte: Rocco (2010)

4.13 A região da aréola e do mamilo deve ser palpada e não pressionada (comprimida) a

menos que haja descarga papilar espontânea;

4.14 Realizar estímulo tátil em região aréolo-mamilar para melhor identificar o tipo de

mamilo;

4.15 Orientar a usuário sobre os achados;

4.16 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos da Divisão de Enfermagem;

4.17 Realizar anotação de enfermagem, registrar em prontuário eletrônico via Hygiaweb

e/ou físico,

4.18 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado.

5 OBSERVAÇÃO

Na anamnese, investigar histórico anterior de procedimento nas mamas;

A expressão aréolo-mamilar não deve ser realizada rotineiramente e, no caso de gestantes,

deve ser realizada a partir do 2º trimestre;

No caso das gestantes com mamilos pseudo-invertidos ou invertidos, o profissional poderá

orientar o exercício de Hoffman (a partir do 2º trimestre), que consiste em manobras para

exteriorização do mamilo. A mulher deve posicionar o polegar e o dedo indicador em lados

opostos da base do mamilo e apertar para dentro e puxar suavemente para fora. Em

seguida, traciona-se a pele da aréola, puxando-a para os lados e, depois, para cima e para

baixo (Figura 4);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

202

Figura 4 – Exercícios de Hoffman

Fonte: Palma (1997)

Outra possibilidade para gestantes com mamilos semi-protruso, pseudo-invertidos ou

invertidos é o uso de uma seringa descartável para exteriorização. Recomenda-se o uso

de seringa de 20 mL, conforme o passo-a-passo da Figura 5.

Figura 5 – Uso da seringa para exteriorização dos mamilos

Fonte: Imagem do Google

Os exercícios supracitados não garantem o sucesso na amamentação, porém são válidos

para melhoria anatômica do mamilo e para o autoconhecimento da gestante;

Em caso de puérperas com trauma mamilar, identificar e descrever o tipo de trauma e

seguir o protocolo do Programa de Aleitamento Materno;

Orientar gestante e puérpera quanto à importância da exposição das mamas ao sol

(período, tempo, cuidados);

Contraindicar uso de pomadas (exceto a lanolina purificada, indicada para tratamento de

traumas mamilares), buchas, toalhas, óleos, cremes e compressas quentes ou frias nos

mamilos na gestação e puerpério;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame clínico das mamas gravídica e puerperal

203

No caso de ingurgitamento mamário, realizar e / ou orientar puérpera quanto à Ordenha

Manual da Mama conforme procedimento operacional 106;

O uso de luvas é opcional para o exame físico da mama.

6 RESPONSABILIDADE

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

MOORE, K. L. Anatomia orientada para a prática clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. PALMA Programa de Aleitamento Materno. Álbum seriado sobre cuidados na amamentação. Ribeirão Preto: Secretaria da Saúde, 1997. ROCCO, J. R. Semiologia médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Márcia Cristina Guerreiro dos Reis Enfermeira. COREN-SP: 40867 Lilian Donizete Pimenta Nogueira Enfermeira. COREN-SP: 0127595

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do abdome

204

Exame físico do abdome

1 OBJETIVO

Obter dados anatomofisiológicos do aparelho digestório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Estetoscópio

3.2 Fita métrica

3.3 Luva de procedimento (se necessário)

3.4 Algodão seco

3.5 Álcool a 70%

3.6 Biombos (se necessário)

3.7 Produto padronizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material

4.3 Explicar o procedimento e finalidade para o usuário

4.4 Manter a privacidade do usuário

4.5 Posicionar-se do lado direito do usuário

4.6 Posicionar o usuário em decúbito dorsal com os braços estendidos ao longo do

corpo, pode-se usar travesseiros sob a cabeça e joelhos para permitir o relaxamento

da musculatura abdominal.

4.7 Realizar Inspeção: Neste momento o enfermeiro pode posicionar-se a direita do

usuário, no entanto para melhor visualização do abdômen o enfermeiro pode baixar-

se, sentando ao lado do usuário ou permanecer em pé tangencialmente ao usuário.

4.8 Localizar:

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do abdome

205

Os quadrantes conforme figura:

Fonte: Barros (2016)

As regiões abdominais conforme figura:

Fonte: Barros (2016)

4.9 Avaliar a pele quanto a: coloração, continuidade ou integridade, simetria, manchas,

estrias

4.10 (mensurar tamanho), verrugas, regiões circunscritas maculares ou papulares

acastanhadas são comuns no abdômen, outros dados normais e anormais;

4.11 Avaliar o abdome quanto ao: formato (plano, globoso, pendular ou avental, ventre de

batráquio - quando o abdome permanece com flacidez muscular fazendo com que

este se projete para ambos os lados e escavado); pulsações, abaulamentos,

retrações, cicatriz umbilical (normalmente invertido e central), circulação colateral,

movimentos visíveis na parede, circunferência abdominal.

4.12 Realizar Ausculta: os sons normais são os Ruídos hidroaéreos (RHA); auscultar 1

minuto em cada quadrante, iniciando pelo QID, em sentido horário. Em caso de

ausência de RHA, auscultar por 5 minutos contínuos, de preferência em QID.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do abdome

206

4.13 Realizar Percussão

Realizar a técnica Digito-digital ou direta:

Iniciar a percussão pelo QID em sentido horário.

Sons normais: timpânico; maciço e submaciço.

Hepatimetria por percussão (em torno de 6 a 12 cm no adulto normal)

• Borda inferior: percutir da crista ilíaca para cima até encontrar som maciço

(geralmente na borda costal direita)

• Borda superior: percutir da linha hemiclavicular em sentido descendente (5º, 6º ou

7º EIC), até encontra som maciço.

Rim: sinal de Giordano (punho percussão direta ou em flanco posterior)

Baço: som maciço (no diagnóstico de esplenomegalia)

Ascite: macicez de decúbito ou Sinal de Piparote positivo

Bexiga: som timpânico e na presença de retenção urinária som maciço

Sinal de Jobert: percussão da linha média axilar sobre a área hepática produz sons

timpânicos ao invés de maciços, indica ar livre na cavidade abdominal por perfuração

de víscera oca.

4.14 Realizar Palpação

Palpar a pele e avaliar: umidade, temperatura, sensibilidade

Palpação superficial

Palpar delicadamente com a mão dominante mantendo os dedos estendidos e

fechados e palma da mão no plano horizontal no abdome com movimentos suaves

no sentido horário iniciando no QID.

Palpação Profunda

Aumentar a profundidade da parede abdominal usando a mão dominante ou as mãos

sobrepostas

Avaliar: sensibilidade, resistência da parede, continuidade da parede, pulsações;

Fígado - Normal – não palpável ou palpável até 1 a 2 cm abaixo do rebordo costal

direito

Baço – normal não palpável

Descompressão brusca dolorosa:

Sinal de Rosving – peritonite – contralateral

Sinal Murphy – dor á palpação em hipocôndrio D – vesícula biliar - colecistite

Sinal de Blumberg – dor á palpação no ponto de Mc Burney – terço médio entre

espinha ilíaca D e cicatriz umbilical – apendicite

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do abdome

207

4.15 Reunir material.

4.16 Retirar luvas quando utilizadas.

4.17 Reposicionar o usuário em posição confortável.

4.18 Recompor a unidade.

4.19 Descartar o material em local apropriado, utilizando as luvas de procedimento se

forem necessárias.

4.20 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.21 Anotar procedimento, ressaltando os achados anormais.

5 OBSERVAÇÃO

Os sons normais são os Ruídos Hidroaéreos (RHA):

- Normoativos: 5 a 35 ruídos/min

- Hipoativos: menor que 5 ruídos/min

- Hiperativos: maior que 35 ruídos/min

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado (avaliação da pele, formato do abdome, ausculta e

palpação), aceitação ou recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e

assinatura de quem realizou a técnica em prontuário.

REFERÊNCIAS

BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Marisa Akiko Iwamoto Enfermeira. COREN-SP: 0115839

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame de pé diabético

208

Exame do pé diabético

1 OBJETIVO

Identificar precocemente alterações para prevenir complicações como traumas, lesões e

amputações de membros inferiores.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento;

3.2 Monofilamento Semmes-Weinstein de 10g;

3.3 Sabão líquido.

4 PROCEDIMENTO

Exame da sensibilidade dos pés, medida com um Monofilamento Semmes-Weinstein de 10g

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Preparar o material;

4.3 Levar o material próximo ao usuário;

4.4 Explicar o procedimento ao usuário;

4.5 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do usuário;

4.6 Posicionar o usuário em decúbito dorsal;

4.7 Mostrar o filamento ao usuário e aplique-o em sua mão para que ele reconheça o

tipo de estímulo;

4.8 Solicitar ao usuário para manter os olhos fechados durante o teste e responda sim

ou não;

4.9 Ao aplicar o monofilamento, mantenha-o perpendicularmente à superfície testada, a

uma distância de 1-2 cm; com um movimento suave, faça-o curvar-se sobre a pele e

retire-o. A duração total do procedimento, do contato com a pele e da remoção do

monofilamento, não deve exceder dois segundos;

4.10 Testar 4 pontos na região plantar: hálux (região plantar da falange distal) e 1ª, 3ª e

5ª cabeças de metatarsos;

4.11 Pressionar o monofilamento sobre a pele (quatro pontos padronizados) e pergunte

ao usuário se ele sente a pressão aplicada (sim/não) e onde está sendo aplicada (pé

direito/esquerdo). Repita a aplicação duas vezes no mesmo local e alterne com uma

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame de pé diabético

209

aplicação simulada, na qual o monofilamento não é aplicado; faça três perguntas por

local de aplicação, sendo 8 efetivas (aplicação do monofilamento duas vezes em

cada um dos quatro pontos) e 4 aleatórias (uma pergunta sem aplicação do

monofilamento);

4.12 A incapacidade do usuário de sentir o filamento de 10g em um ou mais pontos, entre

os quatro pontos testados, indica Perda da Sensibilidade Protetora (PSP).

4.13 Se o usuário não responder à aplicação do filamento em determinado local, continue

a sequência randômica e volte àquele local para confirmar. Duas respostas corretas

por local testado descartam PSP;

4.14 Se o monofilamento escorregar pelo lado, desconsidere a eventual resposta do

usuário e teste o mesmo local novamente mais tarde;

4.15 Use uma sequência ao acaso nos locais de teste;

4.16 Havendo áreas ulceradas, necróticas, cicatriciais ou hiperceratóticas,

calos/calosidades, avaliar a região circundante, pois os usuários provavelmente não

sentirão o monofilamento nestas regiões;

4.17 Avaliar temperatura e coloração da pele, aspecto da pele, distribuição de pelos,

unhas, calosidades, ulcerações ou macerações, deformidades, pulsos pediosos e

tibiais posteriores;

4.18 Orientar o usuário sobre uso de calçados adequados, não caminhar descalço;

inspeção diária dos pés, corte reto das unhas, não cortar ou usar produtos químicos

em calos, lavar e secar bem os pés e usar creme hidratante (uréia 10% ou

padronizada pela SMS) exceto entre dedos.

Fonte: Ribeirão Preto (2018)

5 OBSERVAÇÃO

Recomenda-se que seja realizada a limpeza do monofilamento com uma solução de sabão

líquido e água morna após cada uso.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame de pé diabético

210

Não há necessidade de o produto passar por processo de esterilização em autoclave.

O uso repetitivo do monofilamento pode ocasionar a perda de sua calibração.

Não se deve usar o monofilamento em mais de 10 usuários ao dia; ademais, um “repouso”

de 24 horas é requerido para assegurar as 500 horas de meia-vida do instrumento em boas

condições.

Para confirmação do diagnóstico de PSP plantar é recomendado a realização do teste com

monofilamento de 10g e um ou mais testes, podendo ser: avaliação da sensibilidade

vibratória (diapasão), reflexos (martelo) ou dor (pino ou palito).

Porém, por necessitarem de materiais ainda não padronizados e nem disponíveis em todas

as unidades de saúde da rede básica, neste momento, optou-se por manter como padrão

somente o teste de sensibilidade com monofilamento 10g.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura

de quem realizou a técnica em prontuário e lançar procedimento no sistema hygia.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Caderno de Atenção Básica, n. 36) RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Protocolo de hipertensão e diabetes. Programa de atenção às pessoas com doenças crônicas não transmissíveis. Ribeirão Preto: SMS, 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Valdirene Marta Salgueiro Santana Enfermeira. COREN-SP: 68785

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do tórax: coração

211

Exame físico do tórax: coração

1 OBJETIVO

Obter dados anatomofisiológicos do aparelho circulatório

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Estetoscópio

3.2 Luva de procedimento (se necessário)

3.3 Algodão seco

3.4 Álcool 70%

3.5 Biombos (se necessário)

3.6 Agulha ponta romba

3.7 Produto pardonizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

4.2 Reunir o material

4.3 Explicar o procedimento e finalidade para o usuário

4.4 Manter a privacidade do usuário

4.5 Posicionar-se do lado direito do usuário

4.6 Posicionar o usuário em decúbito dorsal ou sentado

4.7 Realizar Inspeção

4.7.1 Avaliar pele quanto a:

• Coloração

• Continuidade ou integridade

• Distribuição de pelos

• Simetria

• Manchas

• Outras danos normais e anormais

• Abaulamentos (Ex: cardiomegalia)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do tórax: coração

212

• ÍctusCordis (depende do biótipo, pode ser visível entre 4º a 5º Espaço

Intercostal a E na linha hemiclavicular)

• Análise de batimentos ou movimentos visíveis

4.8 Realizar palpação:

Palpar a pele e avaliar:

• Umidade

• Temperatura

• Textura

• Turgescência

• Sensibilidades térmica, dolorosa e tátil

• Palpar o Ictus Córdis (depende do biótipo, pode ser visível entre 4º a 5º Espaço

Intercostal a E na linha hemiclavicular)

Observar:

• Localização: o impulso deve ocupar apenas uma espação intercostal e estar

imediatamente o sob a linha Hemiclavicular.

• Tamanho: normal um centímetro ou dois

• Amplitude: normalmente uma sensação curta e suave

• Duração: curta, normalmente ocupadasomente a primeira metade da sístole

Observação: A posição lateral esquerda também pode ser usada, pois permite

que o coração se desloque para mais próximo da parede torácica.

• O impulso apical é palpável em cerca de metade dos adultos. Ele não é

palpável nas pessoas obesas ou nas pessoas com paredes torácicas

espessas. O impulso apical aumenta de amplitude e duraçãoem estados de

débito cardíaco elevado (ansiedade, febre, hipertireoidismo, anemia)

Fonte: Jarvis (2002)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do tórax: coração

213

• Palpar o Frêmito precordial

- Posicionar a mão espalmada sobre a região precordial usando

preferencialmente a palma da mão.

Fonte: Jarvis (2002)

4.9 Realizar Ausculta

4.9.1 Frequência Cardíaca Apical de acordo com POP 010

4.10 Auscultar bulhas cardíacas

Localizar os focos

• Mitral: 4º ou 5º EIC Na linha hemiclavicular a E (coincide com a região do ictus

cordis).

• Tricúspide: 4º ou 5º EIC na linha paraesternal a E (base do processo xifoide).

• Aórtico: 2º EIC na linha paraesternal a D.

• Pulmonar: 2º EIC na linha paraesternal a E.

4.11 Reunir material.

4.12 Retirar luvas quando utilizadas.

4.13 Reposicionar o usuário em posição confortável.

4.14 Recompor a unidade.

4.15 Descartar o material em local apropriado, utilizando as luvas de procedimento se

forem necessárias.

4.16 Higienizar as mãos de acordo com procedimento operacional de fricção antisséptica

das mãos ou higienização simples das mãos;

4.17 Anotar procedimento, ressaltando os achados anormais.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico do tórax: coração

214

5 OBSERVAÇÃO

A presença de frêmito precordial pode significar fluxo turbulento de sangue nas valvas

cardíacas (sopro), contudo sua ausência não afasta necessariamente a presença do sopro.

Os frêmitos são percebidos como vibrações finas, semelhantes as vibrações observadas

na garganta de um gato miando.

Foneticamente as bulhas cardíacas foram consideradas como TUM - TÁ.

Os focos Mitral e Tricúspide correspondem a 1º bulha cardíaca (TUM - fechamento das

valvas atrioventriculares).

Os focos Aórtico e Pulmonar correspondem a 2º bulha cardíaca (TÁ - fechamento das

valvas semilunares: aórtica e pulmonar).

Identificar a presença de sopros (o terceiro tempo nas bulhas).

Em cada foco avaliar a intensidade dos sons (bulhas normofonéticas, hipofonéticas ou

hiperfonéticas) e a presença de 2 tempos (corresponde aos sons TUM e TÁ).

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado (avaliação da pele, ausculta e palpação), aceitação ou

recusa do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou

a técnica em prontuário.

REFERÊNCIAS

BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Marisa Akiko Iwamoto Enfermeira. COREN-SP: 0115839

Karina Domingues de Freitas Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico obstétrico

215

Exame físico obstétrico

1 OBJETIVO

Avaliar e acompanhar a gestante e o desenvolvimento fetal.

Identificar situações que necessitem cuidados específicos e/ou encaminhamentos para

intervenções precoces.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Balança para adultos (peso/altura)

3.2 Esfigmomanômetro

3.3 Estetoscópio clínico

3.4 Sonar doppler

3.5 Fita métrica flexível

3.6 Lençol

3.7 Maca, mesa ginecológica ou divã.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material, colocando na bancada próxima à maca;

4.3 Apresentar-se a gestante e explicar o procedimento;

4.4 Verificar a estatura e peso, conforme procedimento operacional;

4.5 Aferir a pressão arterial com a gestante sentada, conforme procedimento

operacional;

4.6 Orientar e ajudar a gestante a deitar-se em decúbito dorsal com a cabeceira elevada,

idealmente com a bexiga vazia.

4.7 Realizar a inspeção da pele e das mucosas.

4.8 Realizar a palpação da tireoide e de todo o pescoço, região cervical e axilar (pesquisa

de nódulos ou outras anormalidades).

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico obstétrico

216

4.9 Realizar o exame clínico das mamas: À inspeção estática e dinâmica: identifique

visualmente achatamentos dos contornos da mama, abaulamentos ou

espessamentos da pele das mamas, assimetrias, diferenças na cor da pele, na

textura e no padrão de circulação venosa; À palpação: consiste em utilizar os dedos

para examinar todas as áreas do tecido mamário e linfonodos axilares e

supraclaviculares, em busca de nódulos, espessamentos, modificações na textura e

temperatura da pele.

4.10 Abaixar a cabeceira, deixando aproximadamente 15 graus, com o abdome

descoberto, utilizando um lençol para cobrir outras áreas expostas, assim

preservando a privacidade da gestante;

4.11 Realizar a mensuração da altura uterina, a partir da 12ª semana de gestação:

Delimitar a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino; Fixar a extremidade

inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise

púbica, passando-a entre os dedos indicador e médio. Proceder à leitura quando a

borda cubital da mão atingir o fundo uterino.

4.12 Realizar as manobras de palpação obstétrica (Manobras de Leopold) que consiste

em um método palpatório do abdome materno em 4 passos, a partir da 20ª semana

de gestação: 1) Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e

reconheça a parte fetal que o ocupa; 2) Deslize as mãos do fundo uterino até o polo

inferior do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do feto; 3) Explore

a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico; 4) Determine a

situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em direção

à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que podem

ser encontradas são: longitudinal (apresentação cefálica e pélvica), transversa

(apresentação córmica) e oblíqua.

4.13 Realizar a ausculta dos batimentos cardíacos fetais com o sonar doppler (a partir da

12ª semana de gestação), conforme recomendações:

• Procure o ponto de melhor ausculta dos BCF na região do dorso fetal;

• Conte os batimentos cardíacos fetais por um minuto, observando sua frequência

e seu ritmo.

• A frequência esperada é de 110 a 160 bpm;

• Controle o pulso da gestante para certificar-se de que os batimentos ouvidos são

os do feto, já que as frequências são diferentes.

4.14 Identificar a presença de movimentação a partir da 20ª semana.

4.15 Realizar dinâmica uterina, se presença ou queixa de contrações:

• Posicionar-se ao lado da gestante;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico obstétrico

217

• Colocar a mão dominante sobre o fundo uterino;

• Marcar 10 minutos e contar o número de contrações uterinas e sua duração

neste intervalo de tempo;

• Perceber a intensidade da contração uterina.

4.16 Avaliar presença de edemas.

4.17 Nos membros inferiores:

• Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias;

• Pressionar a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na perna, no

nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial). O edema fica

evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local pressionado.

4.18 Na região sacra:

• Posicionar a gestante em decúbito lateral ou sentada;

• Pressionar a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o dedo polegar.

O edema fica evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local

pressionado

4.19 Ajudar a gestante a levantar-se;

4.20 Recompor a unidade.

4.21 Realizar higienização das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Realizar a anamnese: dados socioeconômicos; antecedentes familiares; antecedentes

pessoais gerais; antecedentes ginecológicos e obstétricos; dados da gestação atual;

Orientar sobre as alterações próprias do período gravídico;

Realizar orientações para o aleitamento materno.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou o exame em prontuário ou ficha de

atendimento ambulatorial e na caderneta da gestante.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico obstétrico

218

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Série A. Normas e manuais técnicos) (Cadernos de atenção básica, n. 32). BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da atenção básica: saúde das mulheres. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério São Paulo: SES, 2010.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Daniela Rodrigues Pimentel Enfermeira. COREN-SP: 107905

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico tórax: pulmão

219

Exame físico tórax: pulmão

1 OBJETIVO

Obter dados anatomofisiológicos do aparelho respiratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Estetoscópio

3.2 Luva de procedimento (se necessário)

3.3 Algodão seco

3.4 Álcool a 70%

3.5 Biombos (se necessário)

3.6 Produto padronizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Explicar o procedimento e finalidade para o usuário;

4.4 Manter a privacidade do usuário;

4.5 Posicionar-se do lado direito do usuário;

4.6 Posicionar o usuário sentado ou na impossibilidade desta posição, o usuário deverá

permanecer em decúbito dorsal para o exame do tórax anterior e em decúbito lateral

para tórax posterior;

4.7 Realizar inspeção estática. Identificar os marcos anatômicos das regiões anterior,

lateral e posterior do tórax. Localizar linhas torácicas:

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico tórax: pulmão

220

• linhas divisórias da face anterior: medioesternal e hemiclavicular

Fonte: Jarvis (2002)

• linhas divisórias da face lateral (levante o braço em 90º e divida o tórax lateral

em 3 linhas): axilar anterior, axilar média e axilar posterior.

Fonte: Jarvis ( 2002)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico tórax: pulmão

221

• linhas divisórias da face posterior do tórax: vertebral e linha escapular.

Fonte: Jarvis (2002)

4.8 Localizar regiões torácicas: infraclavicular, supraclavicular, precardíaca, traqueal,

interescapular, supraescapular e infraescapular;

4.9 Avaliar pele quanto a: coloração, continuidade ou integridade (cicatrizes e lesões),

distribuição de pelos, simetria, manchas, abaulamentos e retrações;

4.10 Avaliar o formato do tórax (normal, tonel/barril/globoso, funil, pombo ou

cifoescoliótico);

4.11 Realizar a inspeção dinâmica. Avaliar: tipo de respiração (abdominal ou

diafragmática, toracoabdominal ou torácica), expansibilidade torácica simétrica ou

assimétrica; amplitude (normal, superficial ou profunda); ritmo (normal ou regular,

irregular, dispneia, ortopneia, hiperpneia, trepopneia, platipneia, Cheyne-Stokes ou

dispneia periódica, Kussmaul e Biot); frequência respiratória (eupneia, taquipneia,

bradipneia e apneia); musculatura acessória, retrações, simetria;

4.12 Realizar palpação. Palpar a pele e avaliar: umidade, temperatura e sensibilidade;

4.13 Avaliar padrão respiratório em relação à expansibilidade torácica (simétrica ou

assimétrica). Para face posterior do tórax: colocar as mãos aquecidas na parede

torácica póstero-lateral, com os polegares aos níveis de T9 OU T10. Deslizar as mãos

medialmente para apertar para cima uma pequena dobra de pele entre os polegares;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico tórax: pulmão

222

Fonte: Jarvis (2002)

4.14 Avaliar sensibilidade ou dor;

4.15 Avaliar frêmito tóracovocal (transmissão da vibração do movimento do ar através da

parede torácica durante a fonação). Usar a base palmar dos dedos ou a face ulnar

de uma das mãos para tocar o tórax do usuário enquanto ele repete palavras

ressonantes (como por exemplo: 33) que causam vibrações fortes.

4.16 Avaliar frêmito brônquico. Provocado pela vibração das secreções nos brônquicos de

médio e grosso calibre durante a respiração (fases inspiratória e expiratória). Pode

desaparecer, diminuir ou mudar de localização com a mobilização das secreções

(tosse, mudança de decúbito). As regiões para localização posterior e anterior do

tórax são demonstradas nas figuras a seguir.

Fonte: Barros (2002)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico tórax: pulmão

223

4.17 Realizar percussão digito digital nas regiões demonstradas nas figuras a seguir:

Fonte: Barros (2002)

4.18 Realizar ausculta nas mesmas regiões demostradas na percussão;

4.19 Reunir material;

4.20 Retirar luvas quando utilizadas;

4.21 Reposicionar o usuário em posição confortável;

4.22 Descartar o material em local apropriado;

4.23 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.24 Anotar procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Exame físico tórax: pulmão

224

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado (avaliação da pele, formato do tórax, inspeção

dinâmica, expansibilidade torácica, ritmo, amplitude, frequência respiratória, uso de

musculatura acessória, percussão e ausculta), aceitação ou recusa do usuário, data e

horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário.

REFERÊNCIAS

BARROS, A. L. B. L. et al. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Marisa Akiko Iwamoto Enfermeira. COREN-SP: 0115839

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

225

Extricação rápida 1 OBJETIVO

Orientar a retirada manual e rápida, de dentro do veiculo, de usuários críticos e instáveis,

com lesões graves que implicam em risco de vida, com indicação para a imobilização da

coluna, antes de realizar qualquer procedimento.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de suporte básico de vida (USB), unidades de suporte avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU Regional de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

Para a realização do procedimento faz se necessário apenas a utilização dos

equipamentos de proteção individual.

4 PROCEDIMENTO

Os princípios deste procedimento (manter, sem interrupção, a estabilização manual da

cabeça e do pescoço e o alinhamento e estabilização da coluna) devem ser mantidos

independente da situação ou das mudanças de posicionamento que se fizerem

necessários.

4.1 Três ou mais profissionais

4.1.1 Abrir a porta do veículo, posicionar a maca da ambulância com a prancha

longa próxima à porta aberta e aproximar-se do usuário, orientando-o sobre

a técnica e sua importância;

4.1.2 Iniciar o procedimento de estabilização e alinhamento manual da cabeça e

do pescoço do usuário, abordando-o por trás ou lateralmente,

movimentando a cabeça e o pescoço sutilmente, trazendo para a posição

de alinhamento neutro e realize a colocação do colar cervical após a

avaliação rápida;

Fonte: PHTLS (2014)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

226

4.1.3 Enquanto se mantém a estabilização manual da cabeça, deve-se controlar

a região do tronco e dos membros inferiores, e girar o usuário

cuidadosamente, com movimentos precisos, curtos e controlados até que

não se possa mais manter o controle da estabilização manual;

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.4 Um segundo profissional sai do veículo e assume o controle da estabilização

manual, enquanto que o outro que está posicionado no assento traseiro

move-se e assume o controle da região inferior do tronco e das pernas do

usuário;

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.5 A rotação do usuário continua até que ele possa ser abaixado para fora da

abertura da porta do veículo e sobre a prancha longa. A prancha longa é

colocada com a extremidade distal sobre o assento do veículo e a

extremidade da cabeça sobre a maca da ambulância ou apoiada pelo outro

profissional enquanto o usuário é deitado sobre ela;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

227

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.6 Uma vez que o tronco do usuário esteja sobre a prancha, o peso do tórax é

aliviado enquanto se controla a pelve e as pernas. O usuário é movimentado

para cima sobre a prancha longa. O profissional que mantém a estabilização

manual deve ter cuidado para não puxar o usuário, mas sim dar suporte à

cabeça e ao pescoço;

Fonte: PHTLS (2014)

4.1.7 Após o usuário ser posicionado na prancha longa, o profissional pode fixá-

lo na prancha e esta na maca da ambulância. Primeiro, fixa-se a região

superior do tronco; posteriormente a região inferior do tronco, a pelve e

depois a cabeça. As pernas são presas por último. Se a cena não é segura,

o usuário deve ser removido para uma área segura antes de ser fixado na

prancha ou na maca.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

228

Fonte: PHTLS (2014)

4.2 Em dois profissionais:

4.2.1 Abrir a porta do veículo, posicionar a maca da ambulância, aproximar-se do

usuário orientando-o sobre a técnica e sua importância;

4.2.2 Se possível, a maca da ambulância com a prancha longa deve ser trazida

para a abertura da porta do veículo e a prancha longa é posicionada debaixo

das nádegas do usuário de forma que uma extremidade esteja seguramente

apoiada no assento do veículo e a outra na maca;

4.2.3 O primeiro profissional mantém a estabilização e alinhamento manual da

cabeça e do pescoço do usuário, enquanto que o segundo profissional

instala o colar cervical adequado e coloca um lençol previamente torcido em

volta do usuário. O meio do lençol é colocado na linha central do usuário

sobre o colar cervical rígido e as extremidades do mesmo são enroladas em

torno do colar cervical e passadas por baixo dos braços do usuário;

Fonte: PHTLS (2014)

4.2.4 Após isso o usuário é girado usando as extremidades do cobertor enrolado

até que as costas do usuário estejam centralizadas com a abertura da porta

do veículo

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

229

Fonte: PHTLS (2014)

4.2.5 Neste momento o primeiro profissional assume o controle das extremidades

do lençol, movendo-as por baixo dos ombros do usuário, e move-o pelo

lençol enquanto o segundo profissional controla a região inferior do tronco,

da pelve e das pernas do usuário, deslizando-o pela prancha longa e esta

pela maca da ambulância;

Fonte: PHTLS (2014)

4.2.6 Se a cena e as condições hemodinâmicas do usuário permitir realize

rapidamente a fixação dos cintos de segurança e remova o usuário para um

local seguro e inicie o atendimento indicado.

4.3 Em um profissional:

4.3.1 Abrir a porta do veículo, aproximar-se do usuário, orientando-o sobre a

técnica e sua importância;

4.3.2 Iniciar a estabilização da coluna cervical, fixando a região occipital com a

mão dominante ou esquerda;

4.3.3 Fixar a mandíbula, com a outra mão (direita), e passar o antebraço sob a

axila do usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

230

Fonte: http://uo.costa.zip.net

4.3.4 Alinhar manualmente, com movimentos sutis, o pescoço e o tronco;

4.3.5 Apoiar a cabeça do usuário no seu ombro esquerdo fazendo o apoio do

occipital para liberar sua mão esquerda;

4.3.6 Passar o braço esquerdo sob a axila do usuário e fixar seu punho esquerdo;

4.3.7 Tracionar o usuário para fora do carro e para cima, erguendo seu corpo,

tendo o cuidado para não derrubar o usuário, uma vez que você deverá

sustentar o peso do mesmo sobre seu corpo e sair de costas do veículo;

Fonte: http://uo.costa.zip.net

4.3.8 Deslocar seu corpo para trás, mantendo o alinhamento da coluna cervical e

do tronco superior do usuário;

4.3.9 Ao atingir uma distância segura do carro, sentar o usuário no solo mantendo

o alinhamento do dorso;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

231

4.3.10 Deslocar a mão esquerda que segurava o punho do usuário, para a região

occipital com o objetivo de deitá-la ao solo;

4.3.11 Deitar o usuário ao solo, mantendo o alinhamento cervical, ou deitá-lo sobre

a maca rígida se estiver disponível;

4.3.12 Iniciar os procedimentos ou manobras necessárias conforme os agravos do

usuário.

5 OBSERVAÇÃO

Este procedimento serve para que seja realizado a retirada de um usuário do interior de

um veiculo, nos casos em que o socorro não possa ser executado no local onde ele se

encontra, em decorrência de riscos para o usuário ou para a equipe, devido a insegurança

da cena (riscos de incêndio, explosão), condições hemodinâmicas do usuário (PCR), ou

porque este está atrapalhando o socorro de outro mais grave e o acesso é restrito (PHTLS,

2014).

A retirada rápida é escolhida quando existem condições de risco de vida e não com base

em preferências pessoais (PHTLS, 2014).

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor dentro de suas atribuições

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista.

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento do usuário com

assinatura e carimbo constando o número de registro no conselho de classe de quem

realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte avançado de vida no trauma ATLS: manual do curso para alunos, São Paulo: Colégio Americano de Cirurgiões, 2007. MANTOVANI, M. Suporte básico e avançado de vida no trauma. Atheneu: São Paulo, 2005. OLIVEIRA, B. F. M. et al. Trauma: atendimento pré-hospitalar. Atheneu: São Paulo, 2004.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Extricação rápida

232

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Enfermeira. COREN-SP: 268146

Karina Domingues de Freitas Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Fricção antisséptica das mãos

233

Fricção antisséptica das mãos

1 OBJETIVO

Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Dispensador com álcool em gel 70% antisséptico ou

3.2 Almotolia com álcool em gel 70% antisséptico para SAMU e equipes de atendimento

domiciliar e beira leito nas UBDS e UPA.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de álcool a 70%;

Fonte: Brasil, 2013

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Fricção antisséptica das mãos

234

4.2 Friccionar as palmas das mãos;

Fonte: Brasil, 2013

4.3 Friccionar o dorso de uma mão com a palma da outra entrelaçando os dedos, e vice-

versa;

Fonte: Brasil, 2013

4.4 Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;

Fonte: Brasil, 2013

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Fricção antisséptica das mãos

235

4.5 Friccionar o dorso dos dedos com a palma da mão oposta e vice-versa;

Fonte: Brasil, 2013

4.6 Friccionar o polegar com a palma da mão oposta com movimentos circulares, em

sentido proximal distal;

Fonte: Brasil, 2013

4.7 Friccionar as polpas digitais e as unhas de cada mão na palma da outra, com a mão

fechada, em concha, com movimentos circulares;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Fricção antisséptica das mãos

236

Fonte: Brasil, 2013

4.8 Deixar secar naturalmente.

Fonte: Brasil, 2013

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Momentos em que o procedimento deve ser realizado:

• Na impossibilidade de higienização das mãos;

• Antes de contato com o usuário;

• Após contato com o usuário;

• Antes de manipular dispositivos invasivos;

• Antes de calçar luvas para procedimentos;

• Após retirar as luvas;

• Durante o cuidado com o mesmo cliente, ao mudar de um local contaminado para

outro local;

• Após contato com superfícies próximas ao cliente.

6 RESPONSABILIDADE

Todos os profissionais das unidades de saúde, do SAMU e que realizam atendimento

domiciliar.

7 REGISTRO

Não se aplica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fiocruz. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 1: protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Fricção antisséptica das mãos

237

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos. Brasília, DF: Anvisa, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. Presidente da CCI-SMS

COREN-SP: 144846

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higienização simples das mãos

238

Higienização simples das mãos

1 OBJETIVO

Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como

o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à

proliferação de microrganismos (BRASIL, 2013).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Pia apropriada para higienização das mãos;

3.2 Dispensador com sabonete líquido;

3.3 Papel toalha;

3.4 Lixeira com tampa para resíduos comuns.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Abrir a torneira:

- Se usar torneira manual, ensaboar e fechar o volante da torneira;

- Se usar torneira que possui alavanca ou temporizador, acioná-los com o cotovelo;

Fonte: Brasil, 2013

4.2 Molhar as mãos, sem encostar-se na pia;

4.3 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda

a superfície das mãos;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higienização simples das mãos

239

Fonte: Brasil, 2013

4.4 Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as, com movimentos circulares e os

dedos fechados;

Fonte: Brasil, 2013

4.5 Esfregar o dorso da mão com a palma da outra mão, entrelaçando os dedos e vice-

versa;

Fonte: Brasil, 2013

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higienização simples das mãos

240

4.6 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;

Fonte: Brasil, 2013

4.7 Esfregar o dorso dos dedos com a palma da mão oposta e vice-versa, com

movimento de vai e vem;

Fonte: Brasil, 2013

4.8 Esfregar cada polegar com a palma da mão oposta em movimentos circulares, em

sentido proximal-distal;

Fonte: Brasil, 2013

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higienização simples das mãos

241

4.9 Friccionar as polpas digitais e as unhas de cada mão na palma da outra, com a mão

fechada, em concha, com movimentos circulares;

Fonte: Brasil, 2013

4.10 Abrir/acionar a torneira:

- Se usar torneira manual, enxaguar o sabonete ou solução antisséptica do volante;

- Se usar torneira com temporizador ou alavanca, acioná-los com o cotovelo;

Fonte: Brasil, 2013

4.11 Enxaguar as mãos retirando totalmente o resíduo do sabonete;

4.12 Se usar torneira manual, fechar a torneira, utilizando papel toalha.

4.13 Secar as mãos com papel toalha;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higienização simples das mãos

242

Fonte: Brasil, 2013

4.14 Desprezar o papel toalha na lixeira para resíduos comuns.

5 OBSERVAÇÃO

A higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.

Momentos em que o procedimento deve ser realizado:

• Antes e após o contato com o usuário;

• Antes e após manipular dispositivos invasivos;

• Antes de calçar luvas para procedimentos;

• Após retirar as luvas;

• Após risco de exposição a fluidos corporais ou excreções;

• Durante o cuidado com o mesmo usuário, ao mudar de um local contaminado para

outro local;

• Após contato com superfícies próximas ao usuário;

• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas;

• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho;

• Antes de manipulação e preparo de medicamentos e alimentos.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higienização simples das mãos

243

Seguir o esquema abaixo: Os cinco momentos para higienização das mãos

Fonte: Brasil (2013)

6 RESPONSABILIDADE

Todos os profissionais envolvidos no cuidado ao usuário das unidades de saúde, do SAMU

e que realizam atendimento domiciliar.

7 REGISTRO

Não se aplica.

REFERÊNCIAS BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fiocruz. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 1: protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos. Brasília, DF: Anvisa, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Antes de contato com

o usuário

Antes da realização de procedimento

asséptico

Após contato com o usuário

Após risco de exposição a

fluidos corporais Após contato com áreas próximas ao usuário

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higiene do coto umbilical

244

Higiene do coto umbilical

1 OBJETIVO

Remover sujidades do coto umbilical. Prevenir infecção. Promover a queda no coto

umbilical. Inserir os pais no cuidado.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 01 par de luvas de procedimento

3.2 Álcool a 70%

3.3 03 Hastes flexíveis

3.4 Bandeja

4 PROCEDIMENTO

4.1 Reunir o material, colocando-o próximo ao RN;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos

4.3 Calçar as luvas;

4.4 Explicar o procedimento e a finalidade aos pais / cuidadores e orientá-los durante o

procedimento;

4.5 Iniciar a higiene após verificar fralda limpa e dobrar a parte anterior da fralda para expor

o coto, mantendo o RN em decúbito dorsal;

4.6 Abrir o invólucro das hastes flexíveis com algodão;

4.7 Retirar uma das hastes flexíveis com algodão do invólucro, sem tocar na parte com

algodão;

4.8 Umedecer as extremidades da haste em álcool 70%;

4.9 Utilizar a mão não dominante para manter o coto longe do abdome, segurando

delicadamente pelo grampo/clamp;

4.10 Utilizando uma das extremidades da haste, proceder à antissepsia da base do coto,

com movimento circular único, girando a haste entre os dedos indicador e polegar;

4.11 Repetir o procedimento, utilizando a outra extremidade da haste;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higiene do coto umbilical

245

4.12 Umedecer as extremidades de outra haste e realizar a antissepsia ao longo do coto,

no sentido da base para a extremidade, com movimentos únicos, girando a haste após

cada movimento;

4.13 Umedecer as extremidades de outra haste e utilizar uma delas para realizar a

antissepsia do clamp, com movimentos únicos, girando a haste após cada movimento;

4.14 Utilizar a outra extremidade da haste para realizar a antissepsia da extremidade distal

do coto, com movimentos únicos, girando a haste após cada movimento;

4.15 Soltar o coto e colocar a parte inferior da vestimenta;

4.16 Envolver o RN em uma manta ou cueiro, se necessário e colocá-lo no colo da mãe /

cuidador;

4.17 Reunir e encaminhar ou desprezar o material;

4.18 Retirar as luvas e lavar as mãos;

4.19 Anotar o procedimento realizado.

5 OBSERVAÇÕES

Não se aplica

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, as condições do local (presença de sangramento,

secreções ou hiperemia no coto ou pele adjacente), desempenho da mãe / cuidador e

atitudes promotoras de apego observadas entre mãe / cuidador e bebê.

REFERÊNCIA

BROWDEN, V.R. GREENBERG, C.S. Procedimentos de enfermagem pediátrica. 3 ed. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Higiene do coto umbilical

246

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

247

Hipodermóclise

1 OBJETIVO

Realizar técnica de hipodermóclise, podendo ser definida basicamente como a

administração lenta de medicamentos e ou soluções isotônicas no tecido subcutâneo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 01 par de luvas de procedimento

3.2 01 microfusor (escalpe ou butterfly) 21 a 25G (observação: o cateter agulhado não

deve conter dispositivo de segurança, pois a movimentação do usuário pode acionar

o dispositivo e ocasionar a retirada acidental do acesso).

3.3 01 equipo de microgotas

3.4 01 cobertura estéril transparente ou micropore

3.5 Álcool a 70%

3.6 Algodão

3.7 Solução fisiológica 0,9% 10 mL

3.8 Agilha para aspiração 40X12.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Explicar o procedimento ao usuário e seus familiares/cuidador;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional higienização simples das

mãos;

4.3 Confrontar a prescrição médica com o medicamento, verificando também dose, via,

volume, tempo/gotejamento, período de tratamento;

4.4 Reunir todo o material;

4.5 Realizar o preparo da medicação conforme prescrição médica;

4.6 Preencher o lúmen do microfusor (escalpe ou butterfly) com solução fisiológica 0,9%.

Ao usar o microfusor (escalpe, cateter agulhado) manter a seringa acoplada na via

introdutória, isso garante que o lúmen do catéter permaneça preenchido, reduzindo

a possibilidade de contaminação.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

248

4.7 Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;

4.8 Avaliar as regiões anatômicas e escolha o local da punção. Se necessário, realizar

tricotomia com tricótomo ou tesoura. Não usar lâminas de barbear, pois elas

provocam escarificação da pele, o que pode comprometer a avaliação da integridade

do sítio de punção, além de aumentar o risco de infecção local;

4.9 Calçar luvas de procedimento e fazer a antissepsia da pele com álcool 70%;

4.10 Faça uma prega cutânea e introduza o catéter na prega, em um ângulo de 45º com

bisel voltado para cima, em direção centrípeta e voltada para a rede ganglionar local.

Usuários emagrecidos devem ser puncionados com angulação de 30º, observando se há

retorno de sangue no cateter por punção equivocada de algum capilar.

4.11 Aspirar para certificar-se de não ter puncionado um vaso. Se houver retorno

sanguíneo, retirar o cateter e repetir a punção a uma distância de pelo menos 5cm

da punção original.

4.12 Enrolar o intermediário e realizar a fixação do cateter com cobertura estéril,

preferencialmente transparente. Caso não esteja disponível, a fixação poderá ser

realizada com fita micropore ou esparadrapo. Identificar o curativo com data, horário

e nome do profissional responsável.

4.13 Administrar o medicamento em bolus ou conectar o cateter ao equipo da solução.

Após a administração de cada medicamento, injetar 1 mL de Solução Fisiológica

0,9% para garantir que todo o conteúdo do medicamento do circuito do catéter ou do

intermediário tenha sido administrado.

4.14 Sinalizar sítio de punção exclusivo: por exemplo, dexametasona é um glicocorticóide

e inativa outros medicamentos na infusão por via subcutânea;

4.15 Desprezar todo o material em destino correto, lixo comum, lixo infectante e caixa de

perfurocortantes;

4.16 Higienizar das mãos conforme procedimento operacional higienização simples das

mãos;

4.17 Realizar anotação de enfermagem sobre a realização do procedimento: local da

punção, catéter utilizado, aspecto de todo o sítio da punção e após, assinar e

carimbar.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

249

5 CONTRAINDICAÇÕES

Absolutas Relativas

Recusa do paciente

Anasarca

Trombocitopenia grave

Necessidade de reposição grave de

volume (desidratação grave ou choque).

Caquexia

Síndrome da veia cava superior

Ascite

Proeminências ósseas

Situações a serem observadas e avaliadas individualmente;

Área com circulação linfática reduzida (após cirurgia ou radioterapia)

Área de infecção, inflamação ou ulceração cutânea;

Proximidades de articulação.

6OBSERVAÇÕES

6.1 Sítios e volume de punção

Figura1. Regiões para punção subcutânea. Fonte: SBGG, 2016.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

250

Não puncionar regiões próximas a articulações.

Avaliar a espessura do tecido subcutâneo que é recomendável que seja de no mínimo 1,0 a

2,5cm.

O catéter deve ser inserido considerando a direção da drenagem linfática para reduzir o risco

de edemas, por isso a inserção deve ser centrípeta, ou seja, no sentido do coração.

Deve-se fazer o rodízio de punção respeitando 5 cm do local da punção anterior.

Diluir sempre o medicamento em solução fisiológica 0,9% em volume igual ou maior que

100%. Exemplo: morfina de 10 mg/mL (ampola de 1 mL) – diluir uma ampola em, no mínimo,

1 mL de Solução Fisiológica 0,9%.

Medicamentos irritantes são indicados diluição em 100mL de Solução Fisiológica 0,9%.

Medicamentos e Soluções para uso subcutâneo (ANEXO 1)

Tabela de compatibilidade entre medicamentos (ANEXO 2)

A compatibilidade entre os medicamentos deve ser rigorosamente observada.

Em caso de incompatibilidade (conforme anexo 2) os medicamentos devem ser administrados

em sítio de punção distintos e distantes uns dos outros, o que por vezes requer duas ou mais

punções. Recomenda-se, ainda, que cada sítio deva receber no máximo três medicamentos

compatíveis entre si.

A incompatibilidade entre medicamentos pode fazer com que, na interação, suas

características possam ser modificadas, causando desde precipitações (que podem ser

invisíveis à olho nu) até alteração de sua eficiência.

7 CUIDADOS DE ENFERMAGEM APÓS PUNÇÃO

7.1 Cuidados gerais

Higienizar as mãos antes e após cada manuseio do cateter para prevenir infecção;

Fazer assepsia da via de acesso sempre que abrir o sistema, friccionando gaze embebida em

álcool a 70% no óstio do lúmen de acesso;

Orientar usuário, familiares e equipe sobre a possibilidade de discreta hiperemia e edema no

local de inserção do cateter logo após a administração de medicamentos ou soluções;

Protejer a punção com plástico durante o banho para manter a área seca.

7.2 Velocidade de infusão

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

251

Os medicamentos podem ser administrados em bolus ou em infusão contínua, conforme a

necessidade.

Caso os volumes prescritos sejam superiores a 1500 mL por dia, será necessário um segundo

acesso no lado oposto à primeira instalação (obervar a figura dos possíveis sítios de infusão

e capacidade de volume permitida).

A infusão em bolus deve ser lenta. Para o gotejamento das infusões contínuas por ação

gravitacional, recomenda-se o uso de equipos de microgotas.

Sugere-se velocidade entre 60 e 125 mL/h para a infusão de soluções.

7.3 Tempo de permanencia do catéter

Agulhado: até 5 dias

Não agulhado: até 11 dias

Na suspeita de alguma complicação o catéter deverá ser retirado.

A troca do dispositivo vai variar conforme a cobertura utilizada: filme transparente, fita

micropore ou esparadrapo. No geral, a cobertura estéril transparente pode permanecer por

até sete dias. As demais deverão ser trocadas diariamente, e essa manipulação acarreta

diminuição da vida útil da punção pelo aumento do risco de contaminação e possibilidade de

tração do cateter.

No ambiente hospitalar é preconizada a troca do sítio de punção a cada 72 horas (ANVISA).

7.4 Observação de complicações

Monitorar sinais de irritação local lembrando que a hiperemia é normal no sítio de punção nas

primeiras 4 horas.

Verificar presença de sinais flogísticos: celulite, edema, calor, rubor e dor e também

endurecimento e hematoma local.

Observar relato de cefaléia e ansiedade do usuário;

Observar sinais de sobrecarga cardíaca (taquicardia e turgência jugular);

Na presença de sinais flogísticos, o cateter deve ser retirado e aquele sítio estará

contraindicado para novas punções por, no mínimo, dez dias.

Na presença de edema no local da infusão, reduzir a velocidade e se melhora, manter o

acesso.

A celulite é a complicação mais grave descrita, tem baixa incidência e pode requerer

antibioticoterapia.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

252

8 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

9 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou ficha de

atendimento ambulatorial. Em domicílio, documentar em prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, D.L. Organização. O uso da via subcutânea em geriatria e cuidados paliativos. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), 2017.2ª ed. 56p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Terapia subcutânea no câncer avançado. Rio de Janeiro: INCA; 2009. (Série cuidados paliativos). BRUNO, V.G. Hipodermóclise: revisão de literatura para auxiliar a prática clínica Hypodermoclysis: a literature review to assist in clinical practice. Einstein: v. 13, n. 1, p.122-82, 2015. CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Serviço de Atenção Domiciliar. Protocolo da assistência de Enfermagem. Campinas: Prefeitura Municipal, 2015. JAIN, S.; MANSFIELD, M.; WILCOX, M. H. Subcutaneous fluid administration – better than the intravenous approach? The Journal of Hospital Infection, London, v. 41, n. 4, p. 269-272, 1999. PEREIRA I. Hipodermóclise. In: CUIDADO paliativo. São Paulo: CREMESP; 2008. p. 259-272. QUAGLIO, R.C.; VARALLO, F.R.; LIMA, N.K.C.; JUNQUEIRA, A.F.; IANHEZ JÚNIOR, E.; MATUMOTO, S.; FORTUNA, C.M. Medicamentos passíveis de infusão por hipodermóclise. Medicina (Ribeirão Preto, Online.) 2018;51(1):55-68. Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br Acesso em: 25 Nov. 2020. QUÁGLIO, R. C. Hipodermóclise: aula [fev. 2016]. Aula ministrada na EERP-USP. SASSON, M.; SHVARTZMAN, P. Hypodermoclysis: an alternative infusion technique. American Family Physician, Kansas City, v. 64, n. 9, p. 1575-1579, 2001. YAP, L. K.; TAN, S.H.; KOO, W. H. Hypodermoclysis or subcutaneous infusion revisited. Singapore Medical Journal, Singapore, v. 42, n. 11, p. 526-529, 2001

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

253

. ANEXO 2

Medicamentos Apresentação Indicação de uso Posologia e dose Diluente e volume Tempo de infusão Observações específicas

Bromoprida Ampola:

10mg/ 2 ml Antiemético 20- 60mg SF 0,9% 1:1 ml Bolus: Infusão lenta

Cefepime Frasco-

ampola 1g

Antimicrobiano:

Infecções bacterianas

sensíveis a Cefepime

1g de 12/12h;

Reconstituir 1g em 10

mL de água destilada e

(re) diluir em 100 mL de

SF 0.9%.

Infusão contínua,

tempo: 60 minutos.

Prática clínica: Não mesclar durante a

infusão.

Ceftriaxona Frasco

ampola 1g

Antimicrobiano:

Infecções bacterianas

sensíveis a

ceftriaxona

1g de 12/12h

Reconstituir 1g em 10

mL de água destilada e

(re) diluir em 100 mL de

SF 0.9%.

Infusão contínua,

tempo: 60 minutos,

Prática clínica: observar e manter a

diluição recomendada e infusão lenta

para evitarirritação local. Não mesclar

durante a infusão.

Dexametazona Ampola:

10mg/2,5 ml

Anorexia, Astenia,

Aumento da pressão

intracraniana;

Compressão medular,

Dispneia, Dor,

Estimulante de

apetite; Náusea e

vômitos refratários,

Dose entre 0,75 a

15mg/dia,

dependendo da

indicação

terapêutica

SF 0,9%Bolus 1:1 ml

Bolus: Infusão lenta,

o tempo de infusão

preconizado é de 15

min.

Medicamento disponível em outras

formulações: liberação prolongada.

Frequentemente administrado uma

vez ao dia, de preferência pela manhã,

evitando o risco de insônia e

supressão adrenal. Por se tratar de

glicocorticoide, administrar em sítio

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Hipodermóclise

254

Obstrução intestinal

Edema peritumoral

exclusivo. Pode produzir boca seca e

confusão.

Dipirona Ampola

1g/2mL Dor e/ou febre 1g até 6/6h SF 0,9% 1:1 ml Bolus: Infusão lenta

Escopolamina Ampola:

20mg/ml

Reduz produção de

secreção em vias

respiratórias.

Sialorréia;

Antiespasmódico,

Antiemético (náuseas

e vômitos);

Estertores pré-morte.

Sedação

0,25-120mg/24h,

dependendo da

indicação

SF 0,9% 1:1 ml

Infusão lenta em

bolus ou infusão

contínua

Pode causar sedação, por ultrapassar a

barreira hematoencefálica. OBS: a

administração de buscopan-composto

é contraindicada por via SC.

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Hipodermóclise

255

ANEXO 2

Tabela de compatibilidade entre medicamento

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Hipodermóclise

256

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 2 APROVAÇÃO - 2

Karemme Ferreira Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 242729

Fabiana Bolela de Souza

Enfermeira. COREN-SP: 111703

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Identificação do usuário através de pulseiras

257

Identificação do usuário através de pulseiras

1 OBJETIVO

Padronizar a identificação do usuário através do uso de pulseiras a fim de assegurar que

o usuário receba o cuidado correto, reduzindo a ocorrência de incidentes.

2 CAMPOS DE ATUAÇÃO

Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA),

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU.

3 MATERIAL

3.1 Pulseira de identificação

3.2 Ficha de atendimento

3.3 Caneta

4 PROCEDIMENTO

4.1 A identificação do usuário ocorrerá na admissão do mesmo na Unidade de Saúde

ao ser recepcionado pelo servidor responsável;

4.2 Na sala de acolhimento o funcionário que estiver escalado neste local deve solicitar

ao usuário que declare seu nome completo e data de nascimento;

4.3 Deverá ser registrado na pulseira de identificação no mínimo 2 (dois) identificadores

(nome completo do usuário sem abreviações, número do hygia, número do

chamado da ambulância – SAMU – 192). Essa informação deve permanecer

durante todo o tempo que usuário (sala de urgência, em unidades de observação,

nos consultórios, nas salas de procedimentos;

4.4 O registro pode ser impresso ou manuscrito com letra legível (letra de forma) na

pulseira de identificação;

4.5 A pulseira deverá ser colocada no pulso para usuários adultos e crianças maiores

de um ano. Para recém-nascidos a pulseira deverá ser colocada preferencialmente

no tornozelo;

4.6 Caso a pulseira caia ou fique ilegível esta deverá ser substituída imediatamente pelo

funcionário que está atendendo o usuário naquele momento;

4.7 A identificação dos acompanhantes deverá ser feita no momento da admissão

colocando uma etiqueta escrita “ACOMPANHANTE”.

4.8 A retirada da pulseira será pelo serviço de portaria no momento da alta, quando o

usuário estiver saindo da unidade.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Identificação do usuário através de pulseiras

258

5 OBSERVAÇÃO

5.1 No caso da impossibilidade do uso da pulseira no pulso colocar no membro inferior;

5.2 Usuário que entrar na unidade pela sala de urgência, sala de sutura: deverá receber

a pulseira de identificação pelo profissional responsável pelo cuidado.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Agente administração

REFERÊNCIAS

CLEOPAS, A. et al. Acceptability of identification bracelets for hospital in patients. Quality & Safety in Health Care, London, v,13, n. 5, p. 344-348, 2004. CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO. Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais. 4. ed. Rio de Janeiro: CBA, 2011. DEPARTMENT FOR HEALTH AND AGEING. South Australia. Policy guideline: patient identification guideline. South Australia: SA Health, 2011. NATIONAL LEADERSHIP AND INNOVATION AGENCY FOR HEALTHCARE. National Patient Safety Agency. 1000 lives plus: reducing patient identification errors. [S.l.]: NHS Wales, 2012. (Tools for improvement, n. 5). Disponível em: <http://www.1000livesplus.wales.nhs.uk/sitesplus/documents/1011/T4I%20%285%29%20Patient%20ID%20%28Feb%202011%29%20Web.pdf> Acesso em: 29 mai 2018. SCHULMEISTER, L. Patient misidentification in oncology care. Clinical Journal of Oncology Nursing, Pittsburgh, v. 12, n. 3, p. 495-498, 2008. SMITH, A. F. et al. Wristbands as aids to reduce misidentification: an ethnographically guided task analysis. International Society for Quality in Health Care, Oxford, v. 23, n. 5, p. 590-599, 2011. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Joint Commission. Joint Commission International. Patient Identification. Patient Safety Solutions, Geneva, v. 1, solution 2, 2007.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Identificação do usuário através de pulseiras

259

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Maria de Fátima Paiva Brito Enfermeira. COREN-SP: 44331 Jane Aparecida Cristina Enfermeira. COREN-SP: 44071 Catia Helena Damando Salomão Enfermeira. COREN: 144846 Heloisa Helena de Almeida Batista Departamento Administrativo e Financeiro

Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto

Chefe da Divisão de Enfermagem – SMS

COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Maria de Fátima Paiva Brito Enfermeira. COREN: 44331

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

260

Imobilização com o dispositivo KED

1 OBJETIVO

O procedimento tem a finalidade de orientar a instalação do colete de imobilização KED

(Kendrick Extrication Device) em usuário traumatizado, hemodinamicamente estável, com

suspeita de lesão de coluna, antes de movimentá-lo da posição sentada.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de suporte básico de vida (USB), unidades de suporte avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU Regional de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

Equipamento de proteção individual;

Colete de imobilização KED (dispositivo de retirada Kendrick).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Este procedimento é comumente utilizado para retirar usuários estáveis do interior

de veículos, onde a cinemática do trauma e os sinais e sintomas apresentados pelo

usuário, durante a avaliação primária, suspeitam de lesão de coluna. Para a

realização correta faz se necessário à presença de três profissionais, e o colete KED

deve ser utilizado em conjunto com o colar cervical permitindo a imobilização da

cabeça, pescoço, coluna cervical, dorsal e lombar em uma posição anatômica,

possibilitando que o usuário seja imobilizado, extricado e transportado em posição

sentada, prevenindo lesões adicionais durante as manobras de extricação;

4.2 Após certificar-se de que a cena está segura (local sem riscos a equipe e ao usuário)

e que a equipe de atendimento está devidamente paramentada com os

equipamentos de proteção individual, o primeiro profissional posiciona-se próximo ao

usuário, orientando-o sobre a técnica e sua importância, trazendo o colar cervical e

o dispositivo KED;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

261

4.3 Um segundo profissional entrará no carro, posicionando-se no banco traseiro do

veículo, atrás do usuário, se possível, realizando o alinhamento e a estabilização

manual da cabeça do usuário, enquanto que o outro faz a colocação do colar cervical,

e auxilia no posicionamento correto do mesmo deixando-o sentado, de forma ereta,

com espaço adequado entre as suas costas e o banco do veículo. Este segundo

profissional, responsável pela estabilização da cabeça, permanecerá nesta posição

até a extricação do usuário do veículo;

4.4 Examinar o dorso do usuário passando a mão na sua costa até a região lombar para

procurar ferimentos, fragmentos de vidro, objetos transfixados ou outras lesões. Se

estiver sem lesões aparentes, iniciar a colocação do KED, posicionando o dispositivo

entre o banco do veículo e as costas do usuário, ajustando sua altura pela altura da

cabeça do usuário. Lembrando que o profissional que está garantindo a sustentação

da cabeça com as mãos, permanecerá agora pelo KED já em torno da cabeça do

mesmo;

Fonte: PHTLS, 2014

4.5 Estando o dispositivo posicionado corretamente nas costas do usuário, passar as

abas laterais em torno do tórax ajustando-o de maneira que estas fiquem abaixo das

axilas e inicie o afivelamento das cintas de amarração, fixando primeiramente a cinta

central (abdominal - amarela) ajustando-a;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

262

Fonte: PHTLS, 2014

4.6 Posteriormente ao ajuste da cinta central, realizar o afivelamento da cinta inferior

(pélvica - vermelha). Cada cinta é ajustada após a colocação. Neste momento, o uso

da cinta superior (torácica - verde) é opcional. Se a cinta superior do tórax for

utilizada, então o profissional deve garantir que ela não esteja tão apertada que

impeça a ventilação do usuário. A cinta superior do tórax deve ser apertada

imediatamente antes de mover o usuário;

4.7 Estando às cintas de amarrações do tórax já posicionadas, iniciar a fixação das cintas

longas. Passar uma das cintas longas por baixo do joelho do usuário (de fora para

dentro) e deslizá-la até a raiz da coxa, posicionando-a lateralmente aos genitais e

sob a nádega. Cada cinta da virilha é colocada debaixo da perna do usuário e

conectada ao dispositivo no mesmo lado da sua origem. Uma vez que a cinta da

virilha esteja no local correto, cada cinta é ajustada e apertada. A genitália do usuário

não deve ser colocada sob as cintas, mas sim, ao lado delas. Repetir procedimento

do outro lado da cinta longa;

Fonte: PHTLS, 2014

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

263

4.8 Estando às cintas do tórax e das virilhas ajustadas e apertadas, revisá-las e ajustá-

las quando necessário;

4.9 Verificar o espaço existente entre a cabeça e o KED e colocar a almofada ou coxim

neste espaço, sem forçar a cabeça para trás, mantendo a posição neutra alinhada,

posicionando as abas laterais e a fita na testa do usuário logo acima dos olhos e

horizontalmente fixando-a no velcro envolvendo o KED;

4.10 Posicionar a segunda fita (com abertura central) no colar cervical (mento) e fixá-la no

velcro do KED. Observar para não apertar muito impedindo os movimentos da

mandíbula e de abertura de boca;

4.11 Somente agora, o profissional que estava sustentando a cabeça pode soltá-la e

passar a segurar o KED pela alça superior;

4.12 Se possível, a maca da ambulância com a prancha longa deve ser trazida para a

abertura da porta do veículo. A prancha longa é posicionada, pelo terceiro

profissional, debaixo das nádegas do usuário de forma que uma extremidade esteja

seguramente apoiada no assento do veículo e a outra na maca. Se a maca da

ambulância não estiver disponível ou o terreno não permitir o posicionamento da

maca, outros socorristas podem segurar a prancha;

Fonte: PHTLS (2014)

4.13 Girar o usuário em bloco para o lado de fora do veículo, após liberar as extremidades

inferiores, elevando-as para o assento. Se o veículo tem console central, as pernas

do usuário devem ser levantadas por cima do console, uma por vez;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

264

Fonte: PHTLS (2014)

4.14 Uma vez que o usuário tenha sido girado de tal forma que suas costas fiquem

voltadas para o centro da prancha longa, o mesmo é deitado na prancha mantendo

as pernas elevadas. Após colocar o usuário sobre a prancha, as duas cintas da virilha

devem ser soltas, e as pernas do usuário abaixadas. O usuário é posicionado na

medida em que é movimentado para cima na prancha com o colete vestido. O

profissional pode soltar o tirante superior do tórax neste momento;

Fonte: PHTLS (2014)

4.15 Estando o usuário posicionado na prancha, o colete é mantido seguro nele para que

continue imobilizando a cabeça, o pescoço e o tronco, para posteriormente ser fixado

na prancha. As extremidades inferiores do usuário são imobilizadas na prancha, e a

prancha é fixada na maca da ambulância.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

265

Fonte: PHTLS (2014)

5 OBSERVAÇÃO

Este equipamento está disponível nos tamanhos adulto;

Possui resistência para imobilizar e transportar usuários de até 165 Kg;

Deve ser utilizado em usuário estável, com suspeita de lesão de coluna, quando não é

possível utilizar a prancha rígida em decorrência da posição ou localização do usuário e

quando as condições da cena são seguras e o tempo não é a principal preocupação

(PHTLS, 2014);

Quando situações adversas estiverem presentes impondo riscos à equipe e ao usuário, o

dispositivo KED não deve ser utilizado, nestes casos, deve-se seguir as orientações para

retirada rápida.

Os tirantes ou cintas de amarração deverão estar devidamente afivelados para facilitar a

instalação do colete. As duas cintas longas, da região da virilha, deverão estar

posicionadas abertas e atrás do colete, enquanto que as da região toraco-abdominal

deverão estar fechados e presos nas presilhas, para posteriormente serem utilizados.

Em gestantes as cintas inferiores abdominais e torácicas não devem ser afiveladas,

evitando-se assim a compressão abdominal.

6 RESPONSABILIDADE

• Condutor dentro de suas atribuições

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Imobilização com o dispositivo KED

266

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento do usuário com

assinatura e carimbo constando o nome e número de registro no conselho de classe de

quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê de Trauma. Suporte avançado de vida no trauma para medicos ATLS: manual do curso de alunos. 8. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2008. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Enfermeira. COREN-SP: 268146

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

267

Imobilização dos membros com talas maleáveis

1 OBJETIVO

Promover a estabilidade de lesões ortopédicas através do uso de talas maleáveis em

membros inferiores e superiores.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção);

3.2 Talas maleáveis em tamanhos PP, P, M e G;

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

3.3 Faixa crepe;

3.4 Tesoura.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Abrir ou cortar a vestimenta da vítima de modo a poder visualizar o membro afetado;

4.3 Remover os anéis e pulseiras, que podem comprometer a vascularização da

extremidade. Cortar anéis que estejam em extremidades edemaciadas;

4.4 Caso identifique uma lesão aberta, proceder a limpeza e proteger com gaze estéril

ou compressa de gaze e algodão antes da imobilização;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

268

4.5 Colocar a extremidade em posição anatômica e alinhada, com uma tração delicada

para restaurar seu comprimento normal (caso não apresente resistência). NÃO

reduzir fraturas ou luxações no Atendimento Pré Hospitalar;

4.6 Imobilizar a extremidade uma articulação acima e outra abaixo da lesão, para

garantia de estabilização do seguimento do membro;

4.7 Colocar a tala moldável em baixo do membro e, duas outras, distribuídas lateralmente

à área lesada;

4.8 Antes e depois do alinhamento e imobilização, verificar pulsos distais, enchimento

capilar, sensibilidade e motilidade da área distal do membro;

4.9 Promover o enfaixamento da parte mais distal da fratura para área mais proximal, ou

seja, no sentido dos pés para a cabeça;

4.10 Em caso de luxação ou fratura de articulação, imobilizar a extremidade na posição

em que foi encontrada.

5 OBSERVAÇÔES

5.1 Efetuar a imobilização de todas as lesões suspeitas de extremidades em usuários

estáveis, antes do transporte. Em usuários que apresentam critérios de instabilidade,

a imobilização deve ser feita apenas em imobilizador de corpo inteiro (prancha longa).

Não perder tempo imobilizando uma fratura quando a vida da vítima está em risco.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor dentro de suas atribuições

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIA

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

269

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

270

Instalação de cânula orofaríngea de Guedel

1 OBJETIVO

Instalar dispositivo que promova a permeabilização das vias aéreas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (óculos, luvas e máscara facial);

3.2 Cânula orofaríngea (COF) adequada à faixa etária do usuário, ou seja, cânulas

números. 0,1 e 2 para bebês e crianças respectivamente e em adultos, cânulas

números 3, 4 e 5 (figura 1):

Figura 1

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

3.3 Abaixador de língua.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Manter a cabeça e o pescoço do usuário alinhados em posição neutra, abrir as vias

aéreas conforme procedimento operacional;

4.3 Determinar apropriadamente o tamanho ideal da Cânula Orofaríngea (COF)

posicionando a mesma próxima à face do usuário, mensurando da comissura labial

ao lóbulo inferior da orelha da vítima do mesmo lado, conforme a figura 2;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

271

Figura 2

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

4.4 Em adultos: introduzir a COF com a concavidade voltada para o palato duro (figura

3), até atingir a parede posterior da faringe, quando deve sofrer uma rotação de 180°

para ser acomodada (figura 4). Dessa forma segue-se o contorno anatômico da

cavidade;

Figura 3 Figura 4

Fonte: arquivos Samu regional Ribeirão Preto

4.5 As abas da COF devem apoiar-se na superfície externa dos dentes, conforme figura 5;

Figura 5

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

272

Fonte: arquivos Samu regional Ribeirão Preto

4.6 Em crianças: com palato ainda mole (menor de 1 ano), colocar sob visualização

direta, utilizando o abaixador de língua para abaixar a língua e inserir a COF já na

posição que irá ficar.

5 OBSERVAÇÔES

Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna

cervical.

Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias,

como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea.

Não deve ser utilizada em usuário consciente, pois pode provocar náuseas, vômitos e

aspiração.

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica

REFERÊNCIAS

AEHLERT, B. PALS Pediatric advanced life support. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

273

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

274

Instalação de colar cervical

1 OBJETIVO

Promover a imobilização da coluna cervical.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção);

3.2 Colar cervical nos tamanhos PP, P, M e G (figura 1):

Figura 1

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Identificar-se e explicar o procedimento ao usuário à medida do possível;

4.3 Profissional 1: realizar a estabilização manual, segurando a cabeça da vítima com

cuidado e movendo-a até uma posição neutra, a menos que seja contraindicado (por

exemplo, quando houver resistência ao movimento, espasmo do músculo do

pescoço, aumento da dor, início do aumento do déficit neurológico, como

adormecimento, formigamento ou perda de habilidade motora, comprometimento das

vias aéreas ou da ventilação);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

275

4.4 Profissional 2: realizar a avaliação do pescoço e região mentoniana para rápida

detecção de lesões que necessitem de abordagem antes da instalação do colar ou

que impeçam sua instalação. Utilizando seus dedos, medir o pescoço do usuário,

distância entre a mandíbula e o ombro (figura 2). Usando esta medida aproximada,

selecionar o tamanho adequado do colar. No caso de colares ajustáveis, deve-se

realizar o ajuste o tamanho indicado, certificando-se que este está travado no

tamanho selecionado. É importante o uso do tamanho apropriado, portanto faça a

medida do pescoço para escolha do colar cervical ideal. A medida exata do colar é a

distância entre o ponto de REFERÊNCIA (botão) e a borda inferior do plástico rígido

e não até o emborrachado de espuma (figura 3).

Figura 2 Figura 3

Fonte: Ribeiro (2007)

4.5 Enquanto a estabilização e alinhamento da cabeça são mantidos pelo profissional 1, o

profissional 2 instala o colar. Com o usuário em decúbito dorsal horizontal (DDH), a

colocação se inicia com a passagem do colar por trás, entre o pescoço e a superfície

(figura 4), complementando-se pelo ajuste do apoio mentoniano à frente, sob o mento

(figura 5) sendo o ajuste final realizado através da fita de velcro (figura 6).

Figura 4 Figura 5 Figura 6

Fonte: Ribeiro (2007)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

276

4.6 Com o usuário sentado ou em pé, a instalação do colar se inicia pela adequação do

apoio mentoniano do colar sob o mento complementando-se com a passagem por trás

do pescoço sendo o ajuste final realizado através da fita de velcro.

4.7 Finalizar o ajuste do colar pela checagem do correto posicionamento: do apoio

mentoniano do colar sob a mandíbula de um ângulo ao outro; do apoio esternal do

colar sobre a região do esterno no tórax do usuário; e dos apoios laterais do colar sobre

as clavículas e trapézio. Após a colocação do colar cervical, a estabilização manual da

cabeça e do pescoço deve ser mantida até que o usuário seja colocado na prancha e

seja instalado o imobilizador lateral de cabeça.

5 OBSERVAÇÃO

O procedimento deverá ser realizado por duas pessoas em conjunto;

Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna

cervical;

Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias

para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea,

conforme procedimento operacional padrão.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor dentro de suas atribuições

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista.

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com

assinatura e carimbo constando o número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de colar cervical

277

RIBEIRO, M. C. Técnica de imobilização da coluna cervical. Florianópolis: NEU-SC, 2007. Disponível em: <http://neu.saude.sc.gov.br/index.php/rotinas-atendimento/category/13-gestos-materiais-e-tecnicas>. Acesso em: 21 fev. 2019.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 01262663

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de curativo de três pontos

278

Instalação de curativo de três pontos

1 OBJETIVO

Instalar o curativo de três pontos com a finalidade de promover o tamponamento imediato

da lesão torácica aberta ou aspirativa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (como óculos, luvas e máscara facial)

3.2 Fita adesiva

3.3 Solução fisiológica 0,9% ou água destilada

3.4 Gaze estéril

3.5 Plástico ou material estéril impermeável

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante se possível;

4.3 Realizar a limpeza da lesão com Solução Fisiológica 0,9% ou água destilada

utilizando a gaze para passar na lesão depois de umedecida e também ao seu redor,

utilizando técnica para curativos. Nunca realize o movimento contrário, sempre da

ferida para área peri lesão;

4.4 Realizar a cobertura de toda ferida com a cobertura impermeável (p.ex., embalagem

da gaze industrializada face interna- plástico);

4.5 Colar as fitas adesivas em três lados do curativo de forma a permitir a saída de

exsudato da lesão no sentido da gravidade (Fig. 1);

4.6 Monitorar a dinâmica ventilatória.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de curativo de três pontos

279

Figura 1

5 OBSERVAÇÔES

5.1 A fixação do curativo oclusivo em apenas três lados produz um efeito de válvula;

desse modo, na expiração, tem-se a saída de ar que é impedido de retornar na

inspiração, evitando, assim, formar um pneumotórax hipertensivo.

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte avançado de vida no trauma ATLS: manual do curso para alunos. São Paulo: Colégio Americano de Cirurgiões, 2007. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de curativo de três pontos

280

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

281

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

1 OBJETIVO

Realizar a técnica de inserção do dispositivo EZ-IO® para punção intraóssea de

emergência, visando acesso à circulação sistêmica venosa em crianças e adultos (LANE;

GUIMARÃES, 2008).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –

SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO.

3 MATERIAL

3.1 Furadeira Elétrica EZ-IO® (perfurador - figura 1)

3.2 Agulhas tamanhos 15 mm (rosa) e 25 mm (azul) (figura 1)

3.3 Luva estéril

3.4 Gazes estéreis

3.5 Solução tópica padronizada pela CCI-SMS para antissepsia (iodo ou clorexedina);

3.6 Ampola de 10 mL de SF0,9%

3.7 Seringa de 10 mL

3.8 SF0,9% ou Ringer Lactato conectado a equipo para infusão

3.9 Equipamentos de Proteção Individual

Figura 1

Fonte: ARROW®... (2017)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

282

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Obter o consentimento informado do paciente e/ou responsável (em casos de

emergência, seguir o protocolo institucional e assim que possível, esclarecer ao

paciente e /ou responsável sobre os motivos e finalidades do procedimento

realizado);

4.3 Posicionar o paciente em decúbito dorsal;

4.4 Escolher o dispositivo adequado: para pacientes de 3 a 39 kg: agulha de 15 mm

(dispositivo ROSA), inserção da tíbia proximal em neonatos e bebês pequenos; para

pacientes acima de 39 kg, agulha de 25 mm (dispositivo azul) indicado para acesso

tibial em pacientes adultos;

4.5 Abrir a embalagem do dispositivo;

4.6 Preencher o conjunto de extensão do dispositivo com 10 ml de SF 0,9%;

4.7 Proceder antissepsia da pele com o produto preconizado (PVPI tópico ou clorexidina

tópica);

4.8 Delimitar o local de inserção:

4.8.1 Identificação do local de inserção da tíbia proximal – Adulto (figura 2 A e B)

Estender a perna. Localizar a tuberosidade da tíbia. O local de inserção é 2 dedos

medial à tuberosidade da tíbia, ou, medir 2 dedos abaixo da patela sobre a

tuberosidade da tíbia, e identificar o local de inserção deslizando 2 dedos

medialmente a 90º para o platô tibial (superfície lisa da tíbia)

Figura 2 A

Fonte: ARROW®... (2017)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

283

Figura 2 B

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

4.8.2 Identificação do local de inserção da tíbia proximal – Crianças (figura 3)

Estender a perna. Comprimir a tíbia entre os dedos para identificar as bordas medial

e lateral da tíbia. O local de inserção é cerca de 1 dedo medial para a tuberosidade

da tíbia ou, medir 1 dedo abaixo da patela e identificar o local de inserção deslizando

1 dedo medialmente a 90º ao longo do aspecto liso da tíbia.

Figura 3

Fonte: ARROW®... (2017)

4.9 Segurar o perfurador com sua mão dominante e conectar a agulha alinhando a

agulha magnetizada ao perfurador (figura 4);

4.10 Remover a tampa de segurança do conjunto de agulhas usando as precauções

padrão contra objetos cortantes (figura 4);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

284

Figura 4

Fonte: ARROW®... (2017)

4.11 Realizar a inserção da agulha posicionada em um ângulo de 90° em relação ao osso

(figura 5);

Figura 5

Fonte: ARROW®... (2017)

4.12 Empurrar a ponta da agulha através da pele até que a ponta fique encostada ao osso;

4.13 Perfurar aplicando a quantidade mínima de pressão necessária para manter o

perfurador avançando em direção ao osso;

4.14 Segurar o canhão no local e puxar o perfurador para fora. O cateter deve ficar bem

firme no osso (primeira confirmação da colocação) (figura 6);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

285

Figura 6

Fonte: ARROW®... (2017)

4.15 Descartar o estilete em um recipiente destinado a objetos cortantes;

4.16 Colocar o estabilizador sobre o canhão (figura 7)

4.17 Conectar o conjunto de extensão preparado ao canhão girando-o no sentido horário

(figura 7);

4.18 Puxar as abas do estabilizador para expor o adesivo e aplicar sobre a pele (figura 7);

4.19 Aspirar o sangue/medula óssea (segunda confirmação da colocação) (figura 7);

Figura 7

Fonte: ARROW®... (2017)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

286

4.20 Certificar-se de que o grampo no conjunto de extensão esteja aberto. A incapacidade

de retirar/aspirar o sangue do cateter não significa que a inserção não foi bem-

sucedida. Considerar a ideia de tentar aspirar após a lavagem. A colocação no local

pode ser confirmada pela capacidade de administrar fluidos pressurizados e

observação dos efeitos farmacológicos da administração da medicação após o fluxo

ser estabelecido (figura 8)

4.21 Instalar o soro preparado (figura 8);

Figura 8

Fonte: ARROW®... (2017)

4.22 Retirar luvas, lavar as mãos.

5 OBSERVAÇÔES

5.1 Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI)

- óculos, luvas estéreis e máscara facial.

5.2 Para a remover a agulha, conecte uma seringa com trava luer ao canhão do cateter. Gire

a seringa e o cateter no sentido horário enquanto puxa para fora.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo EZ – IOR para punção intraóssea

287

5.3 A furadeira apresenta-se vedada e não foi feita para ser aberta. As baterias não são

substituíveis, devendo ser feito contato com o fabricante quando o led indicador de

acionamento, que normalmente é verde, se tornar vermelho piscante. Realizar a limpeza

da mesma com pano limpo e macio, umedecido em solução antimicrobiana recomendada

pela CCI-SMS, secando após.

5.4 A obtenção de outro acesso deve ser providenciada o mais rápido possível para a retirada

da agulha intraóssea.

6 RESPONSABILIDADES

• Enfermeiro;

• Médico intervencionista.

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

ARROW® EZ-IO® intraosseous vascular access system: 2017 the science and fundamentals of intraosseous vascular access including frequently asked questions. Wayne: Teleflex, 2017. Disponível em: <https://www.teleflex.com/en/usa/ezioeducation/documents/EZ-IO_Science_Fundamentals_MC-003266.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. LANE, J. C.; GUIMARAES, H. P. Acesso venoso pela via intraóssea em urgências médicas. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 63-67, 2008.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

288

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

1 OBJETIVO

Utilizar a técnica de inserção do dispositivo supraglótico denominada máscara laríngea

(ML) visando permeabilização da via aérea, permitindo que o ar alcance a via aérea inferior.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidade de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Assistência Móvel de Urgência –

SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades

Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de

Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Unidade bolsa-valva-máscara (BVM) equipada com dispositivo de reservatório de

oxigênio e extensão em PVC

3.2 Fonte de Oxigênio (fixa ou portátil)

3.3 Máscaras laríngeas tamanhos 3, 4, 5, 6

3.4 Seringa de 20mL

3.5 Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína gel ou spray, solução fisiológica)

3.6 Estetoscópio

3.7 Cadarço para fixação

3.8 Equipamento de proteção individual

3.9 Oxímetro de pulso

Figura 1 - A máscara laríngea (Laryngeal Mask Airway)

Fonte: Danks e Danks (2004)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

289

4 PROCEDIMENTO

4.1 Preparo:

4.1.1 PASSO 1: selecionar o tamanho apropriado (figura 2).

Nº. 1: usuários menores que 5Kg;

Nº. 1,5: usuários de 5 a 10Kg;

Nº. 2,5: usuários de 20 a 30Kg;

Nº. 3: usuários de 30 a 50Kg;

Nº. 4: usuários de 30 a 50Kg;

Nº. 5: usuários de 70 a 100Kg

Nº. 6: usuários acima de 100Kg.

Figura 2 - Seleção do tamanho da ML

Fonte: Pedersoli (2013)

4.1.2 PASSO 2: examinar o dispositivo, verificar o conector e presença de corpos

estranhos (figura 3);

Figura 3 - Examinar o dispositivo

Fonte: Pedersoli (2013)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

290

4.1.3 PASSO 3: testar o funcionamento do cuff (figuras 4);

Figuras 4 - Testagem do cuff

Fonte: Pedersoli (2013)

4.1.4 PASSO 4: lubrificação. Após desinflar o cuff, lubrificar apenas a face posterior

da máscara (não utilizar lubrificantes à base de silicone) (figura 5). Na ausência

de Lidocaína spray ou gel pode ser utilizada solução fisiológica (SF0,9%).

Figura 5 - Lubrificação

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2 Inserção:

4.2.1 PASSO 1: segurar o dispositivo como uma caneta (figura 6).

Figura 6 - Modo de segurar o dispositivo

Fonte: Pedersoli (2013)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

291

4.2.2 PASSO 2: posicionamento. Se o usuário não necessitar de imobilização da

coluna cervical, segurar a cabeça na região occipital com a mão não-

dominante e anteriorizá-la. O objetivo é proporcionar até mesmo um ângulo

de 90º na base da língua (figura 7).

Figura 7 - Fixar a região occipital com a mão não - dominante.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2.3 PASSO 3: inserção. Segurar a ML como se estivesse pegando uma caneta,

próximo à junção entre o tubo e a elipse; apertá-la contra o palato duro, sob

visão direta (figura 8).

Figura 8 - Técnica de inserção da máscara laríngea.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2.4 PASSO 4: pressionar a ML contra o palato duro, avançando até a parede

posterior da faringe (a resistência é percebida quando a máscara atinge a

base da hipofaringe) (figura 9). A máscara segue o mesmo trajeto que um

alimento durante um reflexo normal de deglutição.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

292

Figura 9 - Inserir o dispositivo até encontrar resistência compatível

com base da língua e glote.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.2.5 PASSO 5: enchimento do cuff. O cuff deve ser insuflado com o volume de ar

descrito no dispositivo (figura 10).

Figura 10 - Insuflar o cuff com a quantidade de ar recomendada.

Fonte: Pedersoli (2013)

4.3 Checagem:

4.3.1 Posteriormente, deve-se conectar a unidade bolsa-valva com

suplementação de oxigênio (O2) e iniciar as ventilações (figura 11);

verificar presença de expansão torácica efetiva e auscultar os campos

pulmonares, bem como monitorar a oximetria de pulso (quando

disponível e se indicada). Em seguida fixar de acordo com o protocolo

da instituição (semelhante ao tubo traqueal).

4.3.2 Alguns indicadores que a máscara se encontra adequadamente

posicionada são: a capacidade de ser gerada nas vias aéreas uma

pressão de 20 centímetros de água (cmH2O) sem vazamento e a

possibilidade de ventilar manualmente (POLLACH Jr, 2001).

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

293

Figura 11 - Ventilação com bolsa-valva para checagem do

posicionamento correto

Fonte: Pedersoli (2013)

5 OBSERVAÇÔES

Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI)

- óculos, luvas e máscara facial.

Se usuário for vítima de trauma mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar

trauma secundário de coluna cervical.

Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias

para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea

antes da ventilação com BVM e instalação da ML.

Monitorar a saturação de oxigênio, avaliando se houve melhora da saturação e do padrão

de perfusão periférica (coloração das extremidades).

A ML é uma alternativa rápida e eficaz para manejo da via aérea e é empregada para um

número crescente de indicações clínicas, incluindo a ventilação durante a parada

cardiorrespiratória (PCR). A colocação deste dispositivo é geralmente bem sucedida na

primeira tentativa, portanto, trata-se de um importante procedimento a ser aprendido e

praticado (LIGHTHALL; HARRISON; CHU, 2013).

6 RESPONSABILIDADES

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do COREn do enfermeiro que executou a técnica.

REFERÊNCIAS

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de dispositivo supraglótico (máscara laríngea)

294

BRAIN, A. I. J. The Laryngeal Mask: a new concept in airway management. British Journal of Anaesthesia, London, v. 55, p. 801-805, 1983. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO DISTRITO FEDERAL. Parecer Técnico nº 022/2011, 28 de novembro de 2011. Atuação do Enfermeiro quanto a utilização dos dispositivos de vias aéreas avançadas: combitubo esofagotraqueal (CET), máscaralaríngea (ML) e tubo endotraqueal (ET). Disponível em: <http://www.coren-df.gov.br/site/parecer-tecnico-coren-df-222011/>. Acesso em: 15 mai 2019. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESPÍRITO SANTO. Parecer Técnico nº 22/2010, de 25 de novembro de 2010. Solicitação de parecer sobre manuseio de máscara laríngea por enfermeiro em situações de emergência. Vitória: COREN-ES, 2010. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL. Decisão COREN-RS nº 128/09, de 7 de outubro de 2009. Dispõe sobre máscara laríngea em situação emergencial por Enfermeiro. Porto Alegre: COREN-RS, 2009. DANKS, R. R.; DANKS, B. Laryngeal mask airway: review of indications and use. Journal of Emergency Nursing, St. Louis, v. 30, n. 1, p. 30-35, 2004. HAZINSKI, M. F. et al. 2010 International consensus on cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care science with treatment recommendations. Circulation, Baltimore, v. 122, p. S250-75, 2010. Suplemento 2. LIGHTHALL, G.; HARRISON, K.; CHU, L. F. Laryngeal mask airway in medical emergencies. New England Journal of Medicine, Boston, v. 369, p. e26, 2013. PEDERSOLI, C. E. Desempenho dos estudantes de enfermagem na inserção de dispositivo supraglótico (máscara laríngea): um estudo randomizado e controlado em manequins. 2013. 244 f. Tese (Doutorado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. PEDERSOLI, C. E. et al. O uso da máscara laríngea pelo enfermeiro na ressuscitação cardiopulmonar: revisão integrativa da literatura. Texto contexto - Enfermagem, Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 376-383, 2011.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cesar Eduardo Pedersoli Enfermeiro. COREN-SP: 88840

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de protetor lateral de cabeça

295

Instalação de protetor lateral de cabeça

1 OBJETIVO

Proteger a coluna cervical de compressão, impedindo os movimentos de lateralidade da

cabeça, através do uso do imobilizador lateral ou protetor lateral de cabeça.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção);

3.2 Protetor lateral de cabeça (figura 1);

Figura 1

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Após instalação e ajuste final do colar cervical conforme procedimento operacional e

instalação da prancha longa conforme procedimento operacional, manter a fixação

lateral manual até a instalação do protetor lateral de cabeça (Profissional 1);

4.3 Profissional 2: instalar os blocos direito e esquerdo lateralmente aos ouvidos,

aplicando pressão para fixação do velcro sobre a base apoiada na prancha longa;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de protetor lateral de cabeça

296

4.4 Realizar a colocação dos tirantes da testa e mento de acordo com a figura 2, fixando

o velcro de cada tirante na base do protetor lateral de cabeça estabelecido na

prancha rígida. Após a completa fixação do protetor lateral pode-se soltar a cabeça

da vítima.

Figura 2

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

5 OBSERVAÇÔES

5.1 Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de

coluna cervical.

5.2 Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são

necessárias para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de

cânula orofaríngea, conforme procedimento operacional padrão.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor dentro de suas atribuições

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista.

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte avançado de vida no trauma ATLS: manual do curso para alunos, São Paulo: Colégio Americano de Cirurgiões, 2008.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação de protetor lateral de cabeça

297

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

298

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

1 OBJETIVO

Administrar oxigênio em altas concentrações para usuários com desconforto respiratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção);

3.2 Máscara facial não-reinalante com reservatório (figura 1);

Figura 1

Fonte: Arquivo SAMU Regional Ribeirão Preto

3.3 Extensão em PVC;

3.4 Copo umidificador;

3.5 Fluxômetro de oxigênio;

3.6 Rede de gases (sistema fixo ou portátil);

3.7 Oxímetro de pulso.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Se possível, explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante;

4.3 Instalar o oxímetro de pulso e monitorar a saturação de oxigênio;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

299

4.4 Conectar a extensão de PVC à máscara com reservatório, e o conjunto à fonte de

oxigênio, abrindo o fluxômetro até o enchimento do reservatório;

4.5 Regular o fluxo de oxigênio de acordo com a FiO2 prescrita, sendo o mínimo 6 l/min

e o máximo 10 l/min;

4.6 Acoplar a máscara de oxigênio com reservatório à face do usuário, recobrindo a boca

e o nariz, e fixar a máscara à cabeça por meio do elástico, ajustando nas

extremidades;

4.7 Monitorar o usuário avaliando a melhora do agravo, observar os parâmetros de

saturação de oxigênio, após a instalação da máscara.

5 OBSERVAÇÔES

5.1 Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de

coluna cervical.

5.2 Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são

necessárias, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea.

5.3 Em unidades móveis de atendimento, utilizar umidificador seco.

5.4 Algumas situações comprometem a leitura dos parâmetros no oxímetro, como

esmalte escuro nas unhas, hipoperfusão sanguínea, coloração do leito ungueal entre

outros.

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Instalação máscara oxigenoterapia com reservatório

300

SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42637

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal

301

Lavagem intestinal

1 OBJETIVO

Promover alívio da distensão abdominal, flatulência e constipação. Preparar o usuário para

cirurgias, tratamentos e exames.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento

3.2 Bandeja

3.3 Frasco com a solução glicerinada padronizada, conforme prescrição médica

3.4 Sonda retal própria que vem com o frasco de solução

3.5 Solução hidrossolúvel

3.6 Compressa de gaze

3.7 Comadre

3.8 Lençol, toalha de banho ou camisola

3.9 Papel higiênico

3.10 Biombo

3.11 Equipamentos de Proteção Individual

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Certificar-se da solução prescrita e volume;

4.3 Reunir todo o material necessário;

4.4 Levar o material próximo ao usuário;

4.5 Explicar o procedimento ao usuário;

4.6 Se possível, manter o usuário em leito mais próximo ao banheiro;

4.7 Proteger a unidade com biombo ou fechar a porta;

4.8 Calçar as luvas de procedimento;

4.9 Cobrir o usuário, expondo somente a área retal;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal

302

4.10 Se possível, colocar o usuário na posição Sims (decúbito lateral esquerdo com a

perna direita fletida por cima da perna esquerda);

4.11 Conectar o frasco de solução à sonda retal;

4.12 Colocar um pouco do gel lubrificante em uma gaze e aplicar na ponta da sonda (cerca

de 5 cm);

4.13 Com a mão não dominante afastar a prega intraglútea;

4.14 Com a mão dominante clampar a sonda e introduzi-la cuidadosamente no reto, em

adolescentes e adultos 7,5 a 10 cm e crianças de 5 a 7,5 cm e bebês de 2,5 a 3,75

cm;

4.15 Com a mão não dominante fechar a prega intraglútea;

4.16 Apertar o frasco até que permita entrada de todo o líquido prescrito pela sonda retal;

4.17 Se houver prescrição de outro frasco de solução, clampar a sonda retal com a mão,

remover o frasco vazio e conectar o frasco cheio;

4.18 Após administrado todo o líquido prescrito, manter a prega intraglútea fechada e

retirar cuidadosamente a sonda retal;

4.19 Deixar o cliente na posição por 10 a 15 minutos se possível ou pelo tempo máximo

que conseguir;

4.20 Colocar a comadre ou encaminhá-lo ao banheiro;

4.21 Higienizar o usuário após a evacuação ou fornecer o material para que ele faça a

higienização íntima;

4.22 Observar as características das fezes, como quantidade, coloração, consistência e

presença de melena;

4.23 Recolher todo o material, levar ao expurgo;

4.24 Retirar as luvas de procedimento;

4.25 Deixar a unidade do usuário em ordem;

4.26 Colocar o usuário em posição confortável;

4.27 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal

303

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados, características das fezes,

data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em

prontuário, Ficha de atendimento ambulatorial e lançar o procedimento no Hygia.

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de procedimentos operacionais padrão (POP) de enfermagem. 2. ed. Campinas: SMS, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Gabriela Barbosa Pegoraro

Enfermeira. COREN-SP: 353393

Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira

Enfermeira. COREN-SP: 100902

Kelli Cristina Silva de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 58063

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal via colostomia

304

Lavagem intestinal via colostomia

1 OBJETIVO

Promover o esvaziamento intestinal por meio de colostomia para preparo de exames,

tratamentos e cirurgias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Estratégia de Saúde da Família

(ESF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja;

3.2 Solução prescrita (em geral, o volume prescrito é de1000 mL) aquecida

aproximadamente com temperatura 37ºC;

3.3 Equipo macrogotas;

3.4 Suporte de soro;

3.5 Biombo;

3.6 Sanito (saco) preto de 60L;

3.7 Gazes;

3.8 Gel Lubrificante;

3.9 Cateter de PVC Nº 14 ou 16 (sonda retal/uretral/aspiração);

3.10 Solução fisiológica 0,9% ou água destilada 10mL – 2 frascos/ampolas;

3.11 Comadres;

3.12 Equipamento coletor (bolsa de colostomia, se possível 2 peças);

3.13 Equipamento de Proteção Individual – EPI (avental, óculos, máscara e luvas de

procedimentos);

4 PROCEDIMENTO

4.1 Identificar-se e conferir o nome completo do usuário que consta na ficha de

atendimento e prescrição médica;

4.2 Verificar se o usuário já realizou este procedimento anteriormente e a ocorrência de

intercorrências, além do funcionamento do estoma intestinal na última semana;

4.3 Conferir a prescrição médica e procedimento a ser realizado;

4.4 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal via colostomia

305

4.5 Reunir todo o material necessário;

4.6 Preparar a solução prescrita para lavagem intestinal na temperatura próxima de 37ºC

(verificar a temperatura da solução derramando uma pequena quantidade sobre a

parte interna do pulso);

4.7 Conectar o equipo ao frasco com a solução preparada e retirar todo ar da extensão

do equipo;

4.8 Manter o frasco da solução em suporte de soro com altura não superior a 70 cm em

relação à cama ou ao estoma;

4.9 Promover a privacidade do usuário colocando biombos ou fechando a porta;

4.10 Explicar o procedimento para o usuário/familiar;

4.11 Colocar os EPI;

4.12 Se possível, encaminhar usuário para o banheiro e colocá-lo sentado na privada;

4.13 Usuários acamados ou com dificuldade em sentar, realizar o procedimento no leito

em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 45º e proteger o leito com sanito preto;

4.14 Colocar a comadre abaixo do estoma e nos casos de colostomias de 02 bocas, com

prescrição de lavagem intestinal do estoma distal (não funcionante) colocar uma

comadre para coletar o efluente que sairá pelo ânus ou colocá-lo sentado no vaso

sanitário;

4.15 Remover o equipamento coletor se for de 01 peça; caso seja de 02 peças, remover

somente a parte que acopla na base protetora (guardar a presilha);

4.16 Higienizar o local com gaze embebida em SF 0,9% ou água destilada;

4.17 Lubrificar o 5º dedo da mão dominante com gel lubrificante;

4.18 Realizar toque digital introduzindo o dedo lubrificado delicadamente através do

estoma, para avaliar a perviabilidade e identificar o seguimento do cólon distal e cólon

proximal nos casos de colostomia com 02 bocas;

4.19 Lubrificar o cateter de PVC aproximadamente 10 cm;

4.20 Introduzir o cateter aproximadamente 5 cm no estoma com movimentos suaves e na

ausência de resistência ou desconforto, iniciar infusão lenta, de até 100 ml da

solução. Introduzir mais 5 cm do cateter, até ter uma extensão total de 10 cm

introduzida no estoma;

4.21 Em caso de resistência e/ou sangramento, interromper o procedimento e comunicar

o médico do plantão;

4.22 Abrir a pinça do equipo e infundir a solução lentamente (5 a 10 min) até o término da

solução prescrita. Nos casos de colostomias de 02 bocas (cólon distal e cólon

proximal), infundir a metade da solução em cada boca e proceder a infusão de 1000

mL no outro estoma;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal via colostomia

306

4.23 Observar as reações do usuário durante a infusão. Em casos de dor, distensão

abdominal e resistência, interromper o procedimento e solicitar para que este respire

profundamente. Caso haja melhora do quadro, prosseguir.

4.24 Após o término da infusão, retirar lentamente a sonda e aguardar a drenagem de

todo efluente e o conteúdo infundido;

4.25 Após o término da drenagem, auxiliar o usuário a realizar a higiene;

4.26 Caso o usuário utilize equipamento de 02 peças, conectar a bolsa coletora à base;

4.27 Retirar as luvas e descartar os resíduos nos recipientes adequados;

4.28 Auxiliar o usuário deixando-o confortável.

4.29 Recompor a unidade;

4.30 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.31 Checar na prescrição médica e anotar o procedimento realizado, registrando volume,

aspecto e coloração das fezes e aspecto do estoma, além das reações do usuário

durante a lavagem intestinal e a presença de um acompanhante familiar adulto na

folha de anotação de enfermagem e/ou no Sistema Hygia.

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Atentar para queixa de dor, distensão abdominal e ausência de eliminação via retal,

o que pode indicar sinal de obstrução por fezes, tumores ou estenose no cólon.

5.2 É necessário manter observação do estoma durante todo o procedimento para

detectar sinais de diminuição de irrigação sanguínea no estoma (escurecimento) ou

sangramentos, ou ainda lesões de pele;

5.3 Podem ser necessárias várias lavagens intestinais para a limpeza efetiva do cólon.

5.4 Em caso de intercorrências, o Enfermeiro deverá realizar um relatório explicitando o

ocorrido para a equipe que solicitou o procedimento;

5.5 Para este procedimento o equipamento coletor de 02 peças oferece mais conforto ao

usuário.

5.6 A identificação do cólon distal da colostomia em alça é feita pela observação (não

tem eliminação de fezes, mas por vezes poderá apresentar saída de pequena

quantidade de muco) e pelo toque pode-se identificar o sentido da alça (tem ligação

direta com o ânus), e portanto, o líquido infundido pela boca distal saíra pelo ânus.

5.7 A identificação do cólon proximal da colostomia é feita pela observação (tem

presença de eliminação de fezes), portanto a solução infundida e efluente sairão pelo

mesmo estoma.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal via colostomia

307

5.8 A temperatura de 37º para a solução que será infundida é recomendada para prevenir

cólicas e desconfortos intestinais (verificar a temperatura da solução derramando

uma pequena quantidade sobre a parte interna do pulso).

5.9 Em usuários idosos ou que apresentam desconfortos abdominais, é possível

fracionar o volume da solução a ser infundida, ou seja, infusão de 500 ml em duas

etapas ou de cerca de 300ml em três etapas, com drenagem do volume infundido e

do efluente ao final de cada uma. É imprescindível a observação das suas reações.

5.10 O procedimento não é isento de riscos, uma vez que existe perda de líquido

imediatamente após o preparo, podendo ocorrer distúrbio hidroeletrolítico.

5.11 Existem algumas contraindicações para a realização do procedimento, que estão

ligadas ao quadro clínico do usuário e que podem ser observadas pela enfermagem

e relatada à equipe médica, como por exemplo as complicações no estoma: prolapso,

hérnia, retração e estenose.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, os resultados apresentados, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica na Ficha de atendimento

e/ou no Sistema Hygia.

REFERÊNCIAS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DA BAHIA. Parecer 013/2016, de 18 de agosto de 2016. Disponível em: <http://ba.corens.portalcofen.gov.br/parecer-coren-ba-n%E2%81%B0-0132016_27519.html>. Acesso em: 10 abr. 2018. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Orientação fundamentada 113/2015. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/Orienta%C3%A7%C3%A3o%20Fundamentada%20-%20113_0.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT. nº 032/2010, de 01 de setembro de 2010. Lavagem intestinal. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_32.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018. GUIMARÃES, M. C. S. S.; GEOVANINI, T. Cuidados específicos a usuários com estomia. In: GEOVANINI, T. Tratado de feridas e curativos: enfoque multiprofissional. São Paulo: Rideel, 2014.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Lavagem intestinal via colostomia

308

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. ROCHA, J. J. R. Coloproctologia: princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2011.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Tatiane Soares Costa Enfermeira. COREN-SP: 400162

Helena Megumi Sonobe Enfermeira. COREN-SP: 50353

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

309

Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

1 OBJETIVO

Realizar a remoção das sujidades logo após a exposição e no final de cada turno de

trabalho preparando o ambiente para o atendimento de usuários em ambiente pré-

hospitalar.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO e

Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de limpeza

3.2 Óculos de proteção biológica

3.3 Máscaras faciais

3.4 Aventais descartáveis

3.5 01 balde

3.6 02 ou mais panos de limpeza

3.7 Frasco com solução padronizada da CCI – SMS

3.8 Rodo

3.9 Saco de lixo (branco leitoso para infectantes, conforme orientações do GRSS)

3.10 Recipiente rígido para descarte de perfurocortantes.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Comunicar a Regulação Médica sobre a necessidade de realizar o procedimento. A

equipe deverá permanecer disponível em QAP (na escuta) para acionamentos;

4.2 Reunir o material necessário;

4.3 Utilizar os equipamentos de proteção individual: uniforme, botas, avental, luvas,

óculos e máscara;

4.4 Preparar um balde com água limpa para o enxágue do pano de limpeza. Esta água

deve ser renovada quando estiver suja;

4.5 Retirar o lixo se necessário, fechar adequadamente e depositar no abrigo para lixo

hospitalar da base operacional do SAMU ou Unidade de Saúde;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

310

4.6 Realizar a limpeza borrifando a solução padronizada da CCI – SMS diretamente

sobre as superfícies, utilizando um pano seco para friccionar e soltar a sujidade, do

local mais alto para o mais baixo, do mais limpo para o mais sujo ou contaminado,

da cabine para a saída do veículo, em sentido único, de cima para baixo ou em linhas

paralelas, nunca em movimentos de vai e vem;

4.7 Realizar o mesmo procedimento para a maca;

4.8 Enxaguar o pano na água de enxágue sempre que necessário e torcer bem;

4.9 Realizar a limpeza do piso, com o auxílio do rodo;

4.10 Colocar novo lençol descartável na maca;

4.11 Recompor a unidade colocando novo saco de lixo, se necessário;

4.12 Realizar a reposição de material, se necessário;

4.13 Limpar e guardar todo o material de limpeza utilizado.

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Utilizar somente produtos de limpeza recomendados pela Comissão de Controle de

Infecção (CCI) do município;

5.2 Realizar sempre a limpeza concorrente da maca e do colchonete após cada atendimento.

A limpeza concorrente não implica em suspensão da prontidão;

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor

• Técnico de Enfermagem

• Auxiliar de Enfermagem

7 REGISTRO

Não se aplica

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.

Acesso em: 15 mai 2019. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto: PMRP, 2007.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza da viatura (limpeza concorrente)

311

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza da autoclave

312

Limpeza de autoclave

1 OBJETIVO

Realizar limpeza da autoclave na Central de Material e Esterilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (gorro, avental impermeável e luvas de

borracha)

3.2 Balde com água e detergente líquido neutro hospitalar

3.3 Balde com água

3.4 Pano úmido

3.5 Pano seco

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Desligar o aparelho da tomada;

4.3 Esperar o resfriamento completo do aparelho;

4.4 Retirar toda água do aparelho;

4.5 Vestir EPIs conforme indicação;

4.6 Lavar com água e sabão todas as superfícies internas e externas, utilizando esponja;

4.7 Enxaguar muito bem com pano úmido;

4.8 Secar com pano seco.

4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÃO

Manter o equipamento seco, quando não estiver em uso.

Verificar sempre o nível da água antes de nova autoclavação, trocando a água após cada

esterilização.

Freqüência: diariamente ou sempre que houver necessidade.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza da autoclave

313

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia.

7 REGISTRO

Registrar em impresso próprio a data, hora e nome do responsável pela limpeza do

equipamento.

REFERÊNCIA

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de qualificação de esterilização em autoclaves. Ribeirão Preto: SMS, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Aparecida de Almeida Puga Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

314

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

1 OBJETIVO

Realizar a remoção das sujidades e eliminação de microorganismos, preparando o

ambiente para suas atividades, mantendo a ordem, conservando equipamentos e

instalações limpos e em condições de higiene ideais para o atendimento de usuários em

ambiente pré-hospitalar. Deve ser realizada semanalmente conforme escala e/ou nos

casos de suspeita de doença infectocontagiosa ou sujidade excessiva.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Regional Ribeirão Preto e

Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de limpeza

3.2 Óculos de proteção biológica

3.3 Máscaras faciais

3.4 Aventais descartáveis

3.5 01balde

3.6 02 ou mais panos de limpeza

3.7 Frasco com solução padronizada da CCI – SMS

3.8 Rodo

3.9 Saco de lixo (branco leitoso para infectantes, conforme orientações do GRSS)

3.10 Recipiente rígido para descarte de perfurocortantes.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Solicitar e aguardar a liberação pela Central de Regulação para realizar a limpeza da

viatura;

4.2 Utilizar os equipamentos de proteção individual: uniforme, botas, avental, luvas,

óculos e máscara (figura1);

4.3 Reunir o material necessário (figura 2);

4.4 Preparar um balde com água limpa para o enxágue do pano de limpeza. Esta água

deve ser renovada quando estiver suja;

4.5 Retirar todo o material da viatura (figura 3);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

315

4.6 Retirar o lixo e o coletor de resíduos perfurocortantes, fechar adequadamente e

depositar no abrigo para lixo hospitalar da base operacional do SAMU (figura 4).

4.7 Realizar a descontaminação localizada, se houver presença de matéria orgânica ou

fluidos corporais, conforme o procedimento operacional;

4.8 Realizar a limpeza borrifando a solução padronizada da CCI – SMS diretamente

sobre as superfícies, utilizando um pano seco para friccionar e soltar a sujidade, do

local mais alto para o mais baixo, do mais limpo para o mais sujo ou contaminado,

da cabine para a saída do veículo, em sentido único, de cima para baixo ou em linhas

paralelas, nunca em movimentos de vai e vem (figuras 5,6,7);

4.9 Realizar o mesmo procedimento para a limpeza da maca;

4.10 Enxaguar o pano na água limpa sempre que necessário, torcer bem (figura 8);

4.11 Realizar a limpeza do piso, com o auxílio do pano e do rodo; ou se necessário pode-

se proceder a esfregação (figura 9);

4.12 Recompor a unidade colocando novos sacos de lixo, coletor de perfurocortantes e

todo o material nos seus lugares (figuras 10,11);

4.13 Realizar a reposição de material se necessário;

4.14 Limpar e guardar todo o material de limpeza utilizado;

4.15 Encaminhar a viatura para lavagem externa, em local apropriado, com produtos

automotivos;

4.16 Após o término, comunicar à Central de Regulação a liberação para atendimentos.

Figura 1 Figura 2

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

316

Figura 3 Figura 4 Figura 5

Figura 6 Figura 7 Figura 8

Figura 9 Figura 10

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção da viatura (limpeza terminal)

317

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Utilizar somente produtos de limpeza recomendados pela Comissão de Controle de

Infecção (CCI) do município;

5.2 Realizar o procedimento em local com escoamento para calha coletora com

direcionamento para o esgoto, onde haja Sistema de Tratamento de Esgotos que atenda

à RDC nº 222, de 28 de março de 2018 quanto ao tratamento de resíduos líquidos.

6 RESPONSABILIDADE

• Condutor

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Não se aplica

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>.

Acesso em: 15 mai 2019. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto: PMRP, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Jane Aparecida Cristina Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 44071

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

318

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio após cada utilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades

Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento

(UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço

de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, máscara cirúrgica, óculos de

proteção, avental impermeável, luvas de borracha e calçados fechados;

3.2 Campos de tecido limpos e secos ou compressa;

3.3 Água e detergente hospitalar;

3.4 SURFIC ou produto padronizado pela CCI - SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Vestir EPIs conforme indicação

4.3 Desmontar todo o conjunto;

4.4 Lavar a lâmina do laringoscópio com campo de tecido, água e detergente hospitalar;

4.5 Enxaguar abundantemente com água corrente;

4.6 Secar lâmina com campo seco, sem deixar umidade ao redor da lâmpada;

4.7 Borrifar e friccionar SURFIC (ou produto padronizado pela CCI-SMS) na lâmina por

30 segundos;

4.8 Limpe o cabo do laringoscópio externamente com um campo ou compressa

umedecido em solução com água e sabão;

4.9 Secar o cabo com uma compressa seca;

4.10 Borrifar e friccionar SURFIC ou produto padronizado pela CCI-SMS na lâmina por 30

segundos;

4.11 Monte o laringoscópio, teste seu funcionamento, certifique-se que não há sujidade

ou umidade;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

319

4.12 Guarde o laringoscópio em um recipiente limpo e seco com tampa ou em saco

plástico;

4.13 Retire os EPIs e os descarte em local adequado;

4.14 Higienize as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Este material deve ter seu funcionamento testado em cada plantão pela equipe de

enfermagem;

Este material não pode ser deixado imerso em soluções;

Solicitar no subalmoxarifado da saúde compressa tipo campo operatório padronizado para

limpeza de materiais e superfícies.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Proceder à identificação no recipiente contendo o laringoscópio com data da limpeza,

assinatura e carimbo do responsável pela desinfecção.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Orientações para prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Brasília: Anvisa, 2009. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de limpeza e desinfecção da ANVISA. Brasília: Anvisa, 2010.

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de limpeza, desinfecção e esterilização em unidades de saúde. Ribeirão Preto: SMS, 2006.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringoscópio

320

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Karina Aparecida Vilar Enfermeira. COREN-SP: 0099814

Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO – 1/2 APROVAÇÃO – 1/2

Karina Aparecida Vilar Enfermeira. COREN-SP: 0099814 Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

321

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento

de material biológico

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza e desinfecção de caixas para transporte de material biológico e caixas

de armazenamento do material biológico nas Unidades de Saúde.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Todas as Unidades de Saúde que realizam coleta de material biológico vinculados a

Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.2 Compressas ou panos de limpeza;

3.3 Água e detergente hospitalar;

3.4 Solução padronizada pela CCI - SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Vestir EPIs conforme indicação;

4.3 Limpar a caixa com uma compressa de limpeza umedecida em solução de água e

detergente;

4.4 Remover a solução com uma compressa umedecida em água ou proceder enxágüe

em água corrente;

4.5 Secar a caixa com uma compressa seca, após desprezar a compressa;

4.6 Preparar a solução padronizada pela CCI-SMS, conforme o fabricante, usando a

diluidora automatizada;

4.7 Utilizar uma compressa limpa embebida na solução fazendo uso do borrifador e

aplicar dentro e fora da caixa;

4.8 Deixar secar;

4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.10 Deverá ser realizada semanalmente ou se necessário;

4.11 O dia da semana será padronizado de acordo com cada UNIDADE DE SAÚDE

conforme orientação do enfermeiro do dia de menor movimento;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

322

5 OBSERVAÇÃO

O procedimento deverá ser realizado semanalmente ou sempre que necessário;

O procedimento de limpeza das caixas deverá acontecer em local adequado (expurgo);

As estantes e caixas para acomodação do material nas Salas de Coleta também deverão

passar pelo mesmo processo deste POP, sendo realizada na própria Unidade de Saúde;

Em unidades onde o transporte é terceirizado, a limpeza das caixas será responsabilidade

da equipe da enfermagem da Unidade.

O Profissional de enfermagem da sala de coleta é responsável por entregar – conferir –

acondicionar o Material biológico dentro da caixa de Transporte, quando o profissional que

o transporta vier buscar.

É de responsabilidade do enfermeiro comunicar ao gerente de sua unidade o estado de

conservação das caixas e outras intercorrências necessárias.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar a data da limpeza das caixas em impresso próprio.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n. 20, de 10 de abril de 2014. Dispõe sobre regulamento sanitário para o transporte de material biológico humano. Brasil: Ministério da Saúde, 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

323

ANEXO 1 – Impresso para anotação de desinfecção das caixas de transporte

UNIDADE:___________________________________________________

DATA Identificação da Caixa RESPONSÁVEL

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio

324

Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza e desinfecção de cones de otoscópio.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização, ou nos próprios consultórios das Unidades e Serviços de

Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Unidades Básicas de Saúde

(UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto

Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar

(SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Campos de tecido limpos e secos (Compressas);

3.2 Água e detergente hospitalar;

3.3 Solução padronizada pela CCI - SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Calçar luvas de procedimento;

4.3 Realizar limpeza dos cones com água e detergente neutro se houver sujidade visível.

Caso contrario seguir diretamente para Item 4.5

4.4 Enxaguar abundantemente com água corrente

4.5 Secar com campo seco, sem deixar umidade de dentro para fora em sentido

unidirecional;

4.6 Aplicar solução padronizada pela CCI – SMS diluída conforme fabricante e validade,

com borrifador uma única vez;

4.7 Armazenar em pote com tampa, identificado como material limpo;

4.8 Higienizar as Mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Este material deve ser armazenado em local apropriado para este fim.

Deverá ser realizado a desinfecção a cada uso do material, ou seja, entre cada

usuário/exame.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de cones de otoscópio

325

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Não se aplica.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de limpeza e desinfecção da ANVISA. Brasília, DF: Anvisa, 2010. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de limpeza, desinfecção e esterilização em unidades de saúde. Ribeirão Preto: SMS, 2006. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. 6. ed. São Paulo: SOBECC, 2013. WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge, v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de incubadora de transporte (limpeza terminal)

326

Limpeza e desinfecção de incubadora de transporte (limpeza

terminal)

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza/desinfecção da incubadora neonatal semanalmente, conforme

protocolo do serviço, e após todo transporte de Recém-Nascido (RN).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAIS

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental descartável, luvas;

3.2 01 recipiente com água limpa para enxágue do pano de limpeza se necessário;

3.3 02 ou mais panos de limpeza;

3.4 Frasco borrifador com o produto de limpeza e desinfecção em ação única

recomendado pela CCI/SMS;

3.5 Etiqueta de identificação.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de higienização simples das

mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Paramentar-se com os EPIs indicados;

4.4 Calçar as luvas;

4.5 Remover o cabo de energia e os sensores da incubadora com delicadeza;

4.6 Separar as partes móveis da incubadora (colchão, bandeja, acrílico interno);

4.7 Realizar a limpeza e desinfecção de todos os componentes da incubadora (ver

descrição em observações) com a solução desinfetante, em movimento único, iniciando

pela parte interna;

4.8 Se houver presença de matéria orgânica, remover antes com papel absorvente;

4.9 Com um pano seco, retirar o excesso do produto e secar a incubadora, se necessário;

4.10 Proceder à limpeza da cúpula na parte externa, com a solução desinfetante, em

movimento único, seguido dos itens 4.8 e 4.9;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de incubadora de transporte (limpeza terminal)

327

4.11 Higienizar os sensores e cabos da mesma forma;

4.12 Montar a incubadora;

4.13 Proceder a limpeza e desinfecção da maca de transporte, com a solução

desinfetante, em movimento único, seguido dos itens 4.8 e 4.9;

4.14 Retirar as luvas;

4.15 Identificar com data e o nome de quem realizou o procedimento em etiqueta colada

na parte inferior da incubadora, próximo ao painel;

4.16 Organizar a unidade;

4.17 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de higienização simples

das mãos;

4.18 Manter a incubadora ligada na rede elétrica para o carregamento da bateria.

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliares de enfermagem

• Técnicos de enfermagem

• Enfermeiros

6 REGISTRO

Identificar a limpeza por meio de etiqueta com data, hora e nome do profissional que

executou o procedimento.

7 OBSERVAÇÕES

Incubadora de transporte é aquela destinada ao transporte interno e externo de RN.

Possui baterias internas com autonomia de 4 horas de funcionamento com carga total.

Os seus principais componentes incluem:

- cúpula de acrílico: de parede dupla, oferece total visibilidade e provem um efetivo

isolamento térmico para a manutenção da temperatura.

- porta de acesso: permite abertura para a movimentação da bandeja e colocação e

retirada do RN, retirada dos componentes para limpeza.

- portinholas: duas portinholas frontais permitem o acesso do profissional ao RN para

executar os cuidados. A portinhola lateral tem como função a saída de materiais.

- manga-íris: auxilia na passagem e posicionamento de tubulações de ventiladores

mecânicos, CPAP e cabos de monitores. É localizada na direção da cabeça do RN. Manter

sempre justa junto aos tubos para manter o posicionamento e impedir a perda de

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de incubadora de transporte (limpeza terminal)

328

temperatura e oxigênio. Para passar equipos de soro e nutrição, utilizar os dispositivos

próximos às portinholas (“abafador tipo íris”).

- cama com colchão: para acomodação do RN, possui duas cintas de segurança

ajustáveis por velcros, que deverão envolver o paciente durante o transporte. Pode ser

movimentada para fora da cúpula.

- filtro de ar: localizado na parte de trás da incubadora, tem a função de filtragem do ar.

Deve ser trocado a cada três meses, ou antes em caso de transporte de pacientes em

isolamento respiratório, conforme POP: Troca do filtro de ar da incubadora de transporte.

- cabo de energia: permite o funcionamento da incubadora através da rede elétrica e

recarga da bateria.

- visor do painel frontal e teclas: indicações de mensagens visuais e controle de

parâmetros e funções.

8 REFERÊNCIAS

COSTA, C. C. Avaliação de incubadoras neonatais e práticas de manuseio pela equipe

de enfermagem. 2016. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina de Botucatu.

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/11449/137905/3/costa_cc_me_bot.pdf. Acesso em:

02 de mai 2022.

FANEN. Manual do usuário: incubadora neonatal modelo IT 158 TS. São Paulo; 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Ediane Gonçalves de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 299933

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de máscaras de O2 e ambu

329

Limpeza e desinfecção de máscaras de oxigenação e respiradores

(ambus)

1 OBJETIVO

Promover a limpeza e desinfecção das Máscaras de oxigenação e respiradores (Ambus).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretária

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.2 Esponja não abrasiva ou escova de limpeza;

3.3 Detergente neutro hospitalar e água corrente;

3.4 Panos limpos e secos;

3.5 Solução de SURFIC, conforme procedimento operacional;

3.6 Sacos plásticos transparentes e etiquetas de identificação.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir os materiais;

4.3 Paramentar-se com EPIs indicados;

4.4 Desmontar as máscaras ou respiradores em maior número de peças, para limpeza

conforme orientação do fabricante;

4.5 Lavar os materiais minuciosamente com solução de água e detergente usando a

esponja de limpeza, realizando limpeza mecânica até retirada total de matéria

orgânica;

4.6 Enxaguar as peças abundantemente em água corrente;

4.7 Colocar para escorrer e secar em um pano limpo e seco, até secarem totalmente;

4.8 Imergir por 10 minutos em solução de SURFIC, preparada e validada conforme

procedimento operacional;

4.9 Enxaguar em água corrente;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de máscaras de O2 e ambu

330

4.10 Colocar novamente para escorrer e secar em um pano limpo e seco, até secarem

totalmente;

4.11 Retirar o EPI e higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.12 Acondicionar o respirador montado em caixa plástica com tampa e as máscaras de

oxigenação em sacos plásticos transparentes, ambos com identificação e data da

desinfecção. Validade de 30 dias.

5 OBSERVAÇÃO

Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

7 REGISTRO

Proceder à identificação do saco plástico com data e nome do responsável pela

desinfecção e acondionamento dos materiais. Validade 30 dias.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007. WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge, v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Karina Aparecida Vilar Enfermeira. COREN-SP: 0099814

Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO – 1/2/3 APROVAÇÃO – 1/2/3

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. COREN-SP 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de máscaras de O2 e ambu

331

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias

332

Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza e desinfecção de papagaios, comadres, bacias de banho/ curativo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades

Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento

(UPA), Odontologia, Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar

(SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Centros de Especialidades.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.2 Campos de tecido limpos e secos (compressas);

3.3 Água e detergente hospitalar;

3.4 Solução padronizada pela CCI-SMS.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Vestir EPIs conforme indicação;

4.3 Realizar limpeza de comadres, papagaios e bacias com água e detergente neutro e

esponja;

4.4 Enxaguar abundantemente com água corrente

4.5 Secar com campo seco, sem deixar umidade de dentro para fora em sentido

unidirecional;

4.6 Encaminhar para área limpa;

4.7 Borrificar a solução padronizada e diluida conforme o fabricante e validade no pano

limpo e seco e aplicar em toda superfície da comadre e papagaio/bacia;

4.8 Embalar em sacos plásticos ou em papel grau cirúrgico sem filme;

4.9 Retire os EPIs;

4.10 Higienizar as mãos procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou

higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de papagaios, comadres e bacias

333

Este material deve ser armazenado em local apropriado para este fim, não devendo ser

armazenado no mesmo armário dos materiais esterilizados.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Não se aplica.

REFERÊNCIA

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Manual de Limpeza e Desinfecção da

ANVISA, 2010.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.

Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. 1ª Ed. São Paulo:

APECIH; 2010. p.265 – 302.

RIBEIRÃO PRETO. Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. Manual de Limpeza,

Desinfecção e Esterilização em Unidades de Saúde. 2006.

SOBECC. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro cirúrgico, Recuperação anestésica

e centro de Material e esterilização. Práticas Recomendadas, 6 ed. São Paulo: SOBECC,

2013.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Maria de Fátima Paiva Brito

Enfermeira.

COREN-SP: 44331

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de superfícies

334

Limpeza e desinfecção de superfícies

1 OBJETIVO

Realizar a limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Odontologia, Unidades de Saúde

da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência (SAMU), Centros de Especialidades.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.2 Compressas ou panos de limpeza;

3.3 Solução padronizada pela CCI-SMS, PHMB neste momento SURFIC 1%;

3.4 Água

3.5 Cálice graduado

4 PROCEDIMENTO

4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.12 Vestir EPIs conforme indicação;

4.13 Proceder a diluição do produto conforme ANEXO 1;

4.14 Borrifar a compressa e aplicar nas superfícies a serem higienizadas em sentido único.

4.15 Retirar os EPIs;

4.16 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.17 Proceder a anotação da validade em ANEXO 2. A validade da diluição no borrifador

será de 30 dias;

4.18 Desinfeccção dos borrifadores – ANEXO 3

5 OBSERVAÇÃO

O procedimento deverá ser realizado diariamente ou sempre que necessário;

O produto pode ser aplicado em presença de matéria orgânica;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de superfícies

335

Pode ser aplicado em todos os tipos de materiais, tais como: mesas, cadeiras, mocho, cadeira

de dentista, bancadas, mesa auxiliar, monitores, cardioversores, etc.

Compressas podem ser solicitadas ao sub almoxarifado da Saúde no pedido mensal

com código: 65.5.37.10

Os borrifadores serão fornecidos pelo representante do produto.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem.

• Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO

Não se aplica.

REFERÊNCIA

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do usuário em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília, DF: Anvisa, 2010. WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge, v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de superfícies

336

ANEXO I

DILUIÇÃO DO SURFIC 1% PARA BORRIFADORES

DILUIÇÃO COM VÁLVULA DOSADORA:

- Primeiro colocar 495 ml de água e após colocar 5ml do produto, ou seja, apertar uma vez a

válvula dosadora até o final.

DILUIÇÃO DOSADORA AUTOMATIZADA:

- Como a dosadora já esta calibrada para 1% apenas preencher o frasco (borrifador), a

dosadora já faz a diluição.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de superfícies

337

ANEXO 2

FICHA DE CONTROLE DE VALIDADE DA DILUIÇÃO DO SURFIC 1% PARA

BORRIFADORES

UNIDADE DE SAÚDE:_____________________________________________________

MARCA:________________________________________________________________

LOTE:__________________________________________________________________

VALIDADE:______________________________________________________________

DATA DA DILUIÇÃO:______________________________________________________

RESPONSÁVEL PELA DILUIÇÃO:___________________________________________

DATA HORA RESPONSÁVEL

- A diluição é mensal ou sempre que necessária e deverá ser anotado na planilha (ANEXO 2)

a data realizada.

- Proceder ao envase de todos os borrifadores no mesmo dia.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de superfícies

338

ANEXO 3

DESINFECÇÃO DOS BORRIFADORES

1 MATERIAL

1.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

1.2 Esponja macia não abrasiva ou escova de limpeza;

1.3 Água e detergente;

1.4 Campos de tecido limpos e secos;

1.5 Vasilha com tampa;

1.6 Solução padronizada pela CCI-SMS (SURFIC 1%)

2 PROCEDIMENTO

2.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional da Divisão de Enfermagem;

2.2 Vestir EPI conforme indicação.

2.3 Esvaziar os borrifadores, desprezando a solução em pia;

2.4 Lavar externamente o frasco e a tampa com esponja macia, água e sabão;

2.5 Lavar internamente com escova própria de limpeza, água e sabão, desprezando a

solução;

2.6 Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em água corrente;

2.7 Colocar os borrifadores para secar em campo limpo e seco;

2.8 Imergir os borrifadores completamente secos em solução de SURFIC 1% conforme

POP, por 30 minutos;

2.9 Retirar os borrifadores da solução de Incidin e após, colocá-los para secar em campo

limpo e seco;

2.10 Retirar as luvas e higienizar às mãos;

2.11 Acondicionar em local limpo e seco e em recipiente com tampa devidamente

identificado com a data da desinfecção e nome do responsável.

3 OBSERVAÇÃO

Realizar o processo de limpeza e desinfecção a cada 30 dias, ou antes se necessário;

Manter os borrifadores com as soluções datadas e identificadas.

4 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de superfícies

339

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO – 1/2 APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 39113

APROVAÇÃO – 1/2

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

340

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

1 OBJETIVO

Reduzir/eliminar a carga microbiana dos artigos, retirar contaminantes orgânicos e

inorgânicos para possibilitar a reutilização, protegendo usuários de infecções cruzadas de

microrganismos patogênicos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Ambulatórios, Unidades de Pronto

Atendimento (UPA), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Unidades de Suporte Avançado

(USA) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.2 Caixa plástica com tampa para acondicionar as extensões contaminadas;

3.3 Caixa plástica com tampa para acondicionar o desinfetante;

3.4 Esponja não abrasiva;

3.5 Detergente neutro hospitalar e água corrente;

3.6 Panos limpos e secos;

3.7 Solução desinfetante padronizada pela CCI-SMS;

3.8 Sacos plásticos transparentes e etiquetas de identificação.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Desligar o aparelho e desconectar as extensões cuidadosamente, para não danificar

o silicone;

4.3 Realizar a limpeza/desinfecção das partes externas do ventilador, utilizando um pano

limpo e macio umedecido em solução desinfetante padronizada pela CCI-SMS,

tomando cuidado para que nenhum resíduo de produto de limpeza se acumule nas

conexões do aparelho. Após a limpeza, fazer a secagem com um pano limpo, macio

e seco;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

341

4.4 Encaminhar as extensões para a sala de desinfecção em caixa organizadora plástica

com tampa;

4.5 Desmontar as extensões e desconectar as partes da válvula de ventilação;

4.6 Lavar minuciosamente as extensões e partes da válvula com compressa ou esponja

embebida em detergente, tendo cuidado para não danificar os diafragmas, lavar o

lúmen das extensões de silicone;

4.7 Enxaguar abundantemente em água corrente todas as partes;

4.8 Colocar para escorrer e secar em um pano limpo e seco;

4.9 Imergir totalmente todas as peças por 10 minutos em solução desinfetante

padronizada pela CCI-SM, preparada e validada conforme POP, assegurando que

todo o lúmen seja preenchido com a solução;

4.10 Enxaguar em água corrente;

4.11 Colocar novamente para escorrer e secar em um pano limpo e seco, podendo ser

utilizado ar comprimido para secar as traqueias, porém não utilizar ar comprimido

para secar a válvula de ventilação para não danificar o diafragma;

4.12 Montar e acondicionar em saco plástico, identificar com data, hora e nome de quem

realizou o procedimento;

4.13 Retirar o EPI e higienizar as mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Realizar a troca do circuito a cada usuário ou para o mesmo usuário a cada 48h se este

permanecer por período prolongado na unidade de saúde.

Realizar a limpeza concorrente em cada plantão na parte externa do ventilador mecânico.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de

quem realizou a técnica.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

342

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção

Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em

<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-

+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C

3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-

fccf9220c373> Acesso em: 02 jun 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº

15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento

de produtos para saúde e dá outras providências. Disponível em

<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html >

Acesso em: 02 jun 2020.

SOBECC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO-

SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos

para a Saúde – 7ª edição. 2017.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Jucélia Alves da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 115831

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP:144846

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos

343

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de

instrumentais cirúrgicos

1 OBJETIVO

Proceder à limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais

cirúrgicos durante o processo de reprocessamento.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha, luvas de procedimento e calçado

fechado;

3.2 Solução de detergente padronizado (neutro ou de uso hospitalar)

3.3 Seringa de 20 mL

3.4 Água corrente

3.5 Escova de cerdas macias

3.6 Esponja macia não abrasiva

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Vestir EPIs conforme indicação;

4.3 Preparar solução detergente conforme orientação do rótulo do fabricante se

necessário, caso o produto utilizado não seja de pronto uso;

4.4 Friccionar a superfície externa de cada instrumental com uma esponja macia, no

mínimo cinco vezes, do sentido proximal para o distal. Repetir esse procedimento até

a eliminação de sujidade visível, certificando-se de que todas as reentrâncias foram

lavadas;

4.5 Friccionar a superfície interna de cada lúmen com uma escova macia, ajustada ao

tamanho do lúmen, no mínimo cinco vezes, do sentido proximal para o distal. Repetir

esse procedimento até a eliminação de sujidade visível.

4.6 Enxaguar a superfície externa do instrumental com água potável corrente;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos

344

4.7 Enxaguar a superfície interna dos lumens injetando água potável sob pressão, com

seringa de 20 mL, pelo menos cinco vezes.

4.8 Certificar que o enxágüe retirou todos os resíduos da solução detergente, observar

se ainda há presença de sujidade, caso afirmativo o material deverá iniciar o

processo de pré-limpeza novamente;

4.9 Retirar as luvas de borracha, lavar as mãos e calçar novo par de luvas de

procedimento.

4.10 Proceder à secagem dos instrumentais com um pano limpo e seco de cor clara em

bancada limpa e desinfetada com produto padronizado pela CCI - SMS;

4.11 Verificar a presença de sujidade sobre o pano;

4.12 Verificar a presença de sujidade a olho nu, analisando o instrumental do sentido

proximal para o distal;

4.13 Em caso de presença de sujidade deve-se proceder novamente todo o processo de

limpeza.

4.14 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos conforme procedimento

operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÃO

Antes do processo de esterilização o material deve estar rigorosamente limpo e seco, pois

a sujidade e a presença de umidade interferem no processo de esterilização.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia.

7 REGISTRO

Não se aplica.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe técnico nº 01/09: princípios básicos para limpeza de instrumental cirúrgico em serviços de saúde. Brasília, DF: Anvisa, 2009. RIBEIRAO PRETO (Cidade). Prefeitura Municipal. Protocolo de processamento de artigos e superfícies nas unidades de saúde de Ribeirão Preto – SP. Ribeirão Preto: Prefeitura Municipal, 2007.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Limpeza mecânica ou manual, secagem e inspeção visual de instrumentais cirúrgicos

345

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Aparecida de Almeida Puga Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Andréa Nakamura Prates Gustavo Enfermeira. COREN-SP: 83986

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da circunferência abdominal

346

Medida da circunferência abdominal

1 OBJETIVO

Avaliar a distribuição de gordura nos indivíduos, visto que algumas complicações, como as

doenças metabólicas crônicas, estão associadas à deposição da gordura abdominal.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Algodão

3.5 Produto pardonizado pela CCI-SMS

3.6 Fita métrica (não extensível/inelástica)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto

padronizado pela CCI-SMS em movimento único;

4.4 Identificar o usuário;

4.5 Explicar procedimento;

4.6 Promover privacidade do usuário;

4.7 Solicitar ao cliente que fique em pé, ereto, abdômen relaxado, braços estendidos ao

longo do corpo e as pernas paralelas, ligeiramente separadas;

4.8 O profissional deve se posicionar lateralmente à pessoa para fazer a leitura;

4.9 Localizar a última costela e solicitar para a pessoa inspirar e segurar a respiração por

alguns segundos;

4.10 Localizar a crista ilíaca e apalpar o ilíaco até encontrar a região mais elevada;

4.11 Colocar a fita horizontalmente ao redor do abdome sobre o ponto médio definido;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da circunferência abdominal

347

4.12 Segurar a parte inicial da fita com a mão esquerda e posicionar abaixo da parte final

da fita que estará segura pela mão direita;

4.13 Verificar se a fita está no mesmo nível em todas as partes da cintura alinhada em um

plano horizontal, paralelo ao chão;

4.14 Ajustar a fita firmemente em torno do abdome, sem enrugar a pele, nem comprimir

os tecidos subcutâneos;

4.15 Pedir ao cliente que inspire e, em seguida, que expire totalmente, realizando a leitura

ao final da expiração;

4.16 Realizar a desinfecção da fita com produto padronizado pela CCI-SMS e guardá-la

em local adequado;

4.17 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Circunferência abdominal Homem Mulher

Risco cardiovascular ≥94 ≥80

Alto risco cardiovascular ≥102 ≥88

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia e lançar procedimento

no sistema.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de Saúde. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da circunferência abdominal

348

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Daniela Moré Gorzílio Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da estatura

349

Medida da estatura

1 OBJETIVO

Verificar a medida da estatura.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF).

3 MATERIAL

3.1 Antropômetro horizontal ou vertical

3.2 Produto padronizado pela CCI-SMS

3.3 Papel lençol

4 PROCEDIMENTO

4.1 AFERIÇÃO DO COMPRIMENTO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS

4.1.1 Acolher a criança e mãe/responsável;

4.1.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.1.3 Certificar que o antropômetro horizontal esteja apoiado sobre uma superfície

plana, lisa e firme;

4.1.4 Solicitar que a mãe/responsável retire os sapatos e os adereços da criança;

4.1.5 Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de

adereços.

4.1.6 Com a ajuda da mãe/ responsável, manter a criança com:

• a cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do antropômetro, com o

pescoço reto e o queixo afastado do peito, no plano de Frankfurt (margem

inferior da abertura do orbital e a margem superior do meatus auditivo

externo deverão ficar em uma mesma linha horizontal);

• os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio;

• braços estendidos ao longo do corpo;

• as nádegas e os calcanhares em pleno contato com a superfície que apóia

o antropômetro;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da estatura

350

4.1.7 Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das

mãos, de modo que eles fiquem estendidos. Juntar os pés, fazendo um ângulo

reto com as pernas.

4.1.8 Levar a parte móvel do antropômetro até as plantas dos pés da criança e

realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não

se moveu da posição indicada.

4.1.9 Anotar a estatura e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Anotar a

estatura também na Caderneta de Saúde da Criança.

4.1.10 Retirar a criança do antropômetro.

4.1.11 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;

4.1.12 Realizar limpeza do antropômetro, com produto padronizado pela CCI-SMS.

Fonte: Brasil, 2011

4.2 AFERIÇÃO DA ALTURA DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES

E ADULTOS

4.2.1 Acolher a criança, o adolescente e mãe/responsável ou o adulto;

4.2.2 Solicitar que a criança, o adolescente ou o adulto retire os sapatos e adereços

da cabeça;

4.2.3 Posicionar a criança, adolescente ou adulto descalço e com a cabeça livre de

adereços, no centro do antropômetro. Mantê-lo de pé, ereto, com os braços

estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto

fixo na altura dos olhos.

4.2.4 A cabeça da criança, do adolescente ou do adulto deve ser posicionada no

plano de Frankfurt (margem inferior da abertura do orbital e a margem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da estatura

351

superior do meatus auditivo externo deverão ficar em uma mesma linha

horizontal). As pernas devem estar paralelas. Não é necessário que as partes

internas das pernas estejam encostadas. Os pés devem formar um ângulo

reto com as pernas. Idealmente, o indivíduo deve encostar os calcanhares,

as panturilhas, os glúteos, as escápulas e parte posterior da cabeça (região

do occipital) no antropômetro ou parede. Quando não for possível encostar

esses cinco pontos, devem-se posicionar no mínimo três deles

4.2.5 Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com

pressão suficiente para comprimir o cabelo.

4.2.6 Solicitar que criança, do adolescente ou do adulto desça do antropômetro,

quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu.

4.2.7 Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento.

4.2.8 Anotar a estatura e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Para crianças,

marcar a altura na Caderneta de Saúde da Criança.

Fonte: Brasil, 2011

5 OBSERVAÇÃO

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida da estatura

352

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar: data e hora da realização do procedimento e intercorrências e providências

adotadas; orientações efetuadas; nome completo e Coren do responsável pelo

procedimento.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP: 126659 Heloisa d’Affonseca Enfermeira. COREN-SP: 30917

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do perímetro cefálico

353

Medida do perímetro cefálico

1 OBJETIVO

Identificar anomalias cerebrais nos primeiros meses de vida.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento se indicado

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Algodão

3.5 Produto padronizado pela CCI-SMS

3.6 Fita métrica (não extensível/inelástica)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto

padronizado pela CCI-SMS em movimento único;

4.4 Identificar a criança;

4.5 Explicar o procedimento e a finalidade aos pais / cuidadores e criança, se puder

compreender;

4.6 Posicionar a criança em decúbito dorsal ou sentada;

4.7 Posicionar a fita métrica sobre as proeminências occipital, parietal e frontal, para

determinar a circunferência máxima, mantendo a fita ajustada no mesmo nível em

todas as partes da cabeça;

4.8 Não incluir pavilhão auricular;

4.9 Podem ser necessárias várias medidas, selecionando-se a maior;

4.10 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto

padronizado pela CCI-SMS em movimento único;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do perímetro cefálico

354

4.11 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

PC - RN a termo Meninas

Escore Z zero= 34,0cm

Variação = 32,5 a 35,0 cm

Meninos

Escore Z zero = 34,5 cm

Variação= 33 a 35,5 cm

- 1o ano = 12 cm 2 cm/mês ( 1o trim. )

1 cm/mês ( 2o trim. )

0,5 cm/mês ( 3o trim.)

Obs.: Pode ocorrer o processo de acavalamento dos ossos do crânio que ocorre durante o

parto vaginal voltando ao normal após 2 a 3 dias

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia, no formulário com a

curvas de crescimento e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e

procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de Saúde. 2. ed. São Paulo: SMS,

2012.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Daniela Moré Gorzílio Enfermeira. COREN-SP: 0102183

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do perímetro torácico

355

Medida do perímetro torácico

1 OBJETIVO

Identificar anomalias torácicas nos primeiros meses de vida.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento se indicado

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Algodão

3.5 Produto padronizado pela CCI-SMS

3.6 Fita métrica (não extensível/inelástica)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto

padronizado pela CCI-SMS em movimento único;

4.4 Identificar a criança;

4.5 Explicar o procedimento e a finalidade aos pais / cuidadores e criança, se puder

compreender;

4.6 Posicionar a criança em decúbito dorsal ou sentada;

4.7 Colocar a fita métrica ao redor do tórax da criança, passando pelas escápulas, abaixo

da axila e em cima dos mamilos. A fita métrica não deve permanecer apertada, para

não aferir medida incorreta.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do perímetro torácico

356

Fonte: Kenner (2001)

4.8 Realizar a desinfecção da fita métrica com algodão embebido em produto

padronizado pela CCI-SMS em movimento único;

4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar anotação em ficha de atendimento e/ou no Sistema Hygia, no formulário com as

curvas de crescimento e lançar procedimento no sistema.

REFERÊNCIAS

KENNER, C. Enfermagem Neonatal. 2. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2001. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de Saúde. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do peso

357

Medida do peso

1 OBJETIVO

Verificar a medida do peso corporal.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF).

3 MATERIAL

3.1 Balança antropométrica

3.2 Produto padronizado pela CCI-SMS

3.3 Papel lençol ou papel toalha

4 PROCEDIMENTO

4.1 AFERIÇÃO DE PESO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS, UTILIZANDO

BALANÇA ELETRÔNICA (DIGITAL)

4.1.1 Acolher a criança e mãe/responsável;

4.1.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.1.3 Certificar que a balança esteja apoiada sobre uma superfície plana, lisa e

firme;

4.1.4 Cobrir o prato da balança com papel lençol;

4.1.5 Ligar a balança e esperar que a balança chegue ao zero;

4.1.6 Orientar a mãe/responsável sobre o procedimento;

4.1.7 Retirar roupas, adereços e sapatos da criança com o auxílio da

mãe/responsável;

4.1.8 Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato da balança, de forma

que o peso fique distribuído. Manter a criança parada (o máximo possível)

nessa posição.

4.1.9 Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança, nem

no equipamento;

4.1.10 Aguardar que o valor do peso esteja fixado no visor e realizar a leitura;

4.1.11 Retirar a criança da balança e solicitar que a mãe/responsável coloque as

roupas e os sapatos na criança;

4.1.12 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Anotar o peso na

Caderneta de Saúde da Criança;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do peso

358

4.1.13 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;

4.1.14 Realizar a limpeza da balança, com produto padronizado pela CCI-SMS;

Fonte: Brasil, 2011

4.2 AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E

ADULTOS, UTILIZANDO BALANÇA ELETRÔNICA (DIGITAL)

4.2.1 Acolher o usuário e/ou mãe/responsável;

4.2.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.2.3 Cobrir o prato da balança com papel lençol;

4.2.4 Ligar a balança e esperar que a balança chegue ao zero;

4.2.5 Orientar o usuário e a mãe/responsável sobre o procedimento;

4.2.6 Solicitar que a criança, adolescente ou adulto retire os sapatos e objetos

pesados tais como chaves, cintos, óculos, telefones celulares e quaisquer

outros objetos que possam interferir no peso total;

4.2.7 Solicitar que a criança, adolescente ou adulto, suba no centro da balança,

com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado

nessa posição;

4.2.8 Realizar a leitura após o valor de o peso estar fixado no visor;

4.2.9 Solicitar que a criança, o adolescente ou adulto desça da balança;

4.2.10 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Para crianças,

anotar o peso na Caderneta de Saúde da Criança;

4.2.11 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do peso

359

4.2.12 Realizar a limpeza da balança com produto padronizado pela CCI-SMS.

4.3 AFERIÇÃO DE PESO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS, UTILIZANDO

BALANÇA MECÂNICA

4.3.1 Acolher a criança e mãe/responsável;

4.3.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.3.3 Orientar o usuário e a mãe/responsável sobre o procedimento;

4.3.4 Cobrir o prato da balança com papel lençol;

4.3.5 Destravar a balança;

4.3.6 Verificar se a balança está calibrada, observando se a agulha do braço e o

fiel estão na mesma linha horizontal. Caso seja necessário calibrar a balança,

girar lentamente o calibrador e até que a agulha do braço e o fiel estejam

nivelados;

4.3.7 Travar a balança;

4.3.8 Retirar roupas, adereços e sapatos da criança com o auxílio da mãe ou

responsável;

4.3.9 Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir

o peso igualmente;

4.3.10 Destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo possível nessa

posição. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na

criança, nem na balança;

4.3.11 Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos;

4.3.12 Mover o cursor menor para marcar os gramas e esperar até que a agulha do

braço e o fiel estejam nivelados;

4.3.13 Travar a balança, evitando, assim, que sua mola desgaste, assegurando o

bom funcionamento do equipamento;

4.3.14 Realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível

da escala para visualizar melhor os valores apontados pelos cursores;

4.3.15 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia. Anotar o peso

também na Caderneta de Saúde da Criança;

4.3.16 Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica;

4.3.17 Retirar e desprezar o papel lençol no lixo apropriado;

4.4 AFERIÇÃO DO PESO DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E

ADULTOS, UTILIZANDO BALANÇA MECÂNICA

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do peso

360

4.4.1 Acolher o usuário e a mãe/responsável;

4.4.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.4.3 Orientar o usuário e a mãe/responsável sobre o procedimento;

4.4.4 Certificar que a balança plataforma está afastada da parede;

4.4.5 Destravar a balança;

4.4.6 Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar

na mesma linha horizontal). Se houver necessidade, calibrar a balança,

girando lentamente o calibrador até que a agulha do braço e o fiel estejam

nivelados.

4.4.7 Travar a balança;

4.4.8 Cobrir a plataforma da balança com papel toalha;

4.4.9 Solicitar que o usuário suba na plataforma da balança para ser pesado;

4.4.10 Posicionar o usuário de costas para a balança, descalço, com o mínimo de

roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os

braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição;

4.4.11 Destravar a balança;

4.4.12 Mover o cursor maior sobre a escala numérica, para marcar os quilos;

4.4.13 Mover o cursor menor para marcar os gramas;

4.4.14 Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;

4.4.15 Travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o

bom funcionamento do equipamento;

4.4.16 Realizar a leitura de frente para o equipamento, para visualizar melhor os

valores apontados pelos cursores;

4.4.17 Anotar o peso e registrar o procedimento no Sistema Hygia e também anotar

o peso na Caderneta de Saúde da Criança;

4.4.18 Retirar a criança, adolescente ou adulto;

4.4.19 Retornar os cursores ao zero na escala numérica;

4.4.20 Retirar e desprezar o papel toalha no lixo apropriado;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do peso

361

Fonte: Brasil, 2011

5 OBSERVAÇÃO

As crianças menores de 2 anos devem ser pesadas sempre completamente despidas e na

presença da mãe/responsável, que deverá auxiliar na retirada da roupa da criança e na

verificação da medida.

Uma fralda molhada pode representar até 20% do peso de uma criança.

As crianças maiores de 2 anos devem ser pesadas descalças e com roupas bem leves,

idealmente, usando apenas calcinha, short ou cueca, na presença da mãe ou do

responsável.

Os adultos e adolescentes devem ser pesados descalços e usando roupas leves, sem

adereços ou objetos que possam interferir no peso total.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Medida do peso

362

7 REGISTRO

Registrar: data e hora da realização do procedimento e intercorrências e providências

adotadas; orientações efetuadas; nome completo e Coren do responsável pelo

procedimento.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP: 126659 Heloisa d’Affonseca Enfermeira. COREN-SP: 30917

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

363

Métodos / técnicas para oferecimento de complemento lácteo ao

recém-nascido

1 OBJETIVO

Relactação / Translactação:

• Estimular a produção de leite materno em decorrência de hipogalactia; quando a mãe

deixou de amamentar e deseja retomar o aleitamento ou em casos de mães adotivas

que desejam amamentar;

• Auxiliar no retorno ao Aleitamento Materno;

• Aumentar a produção de leite materno;

• Estimular a produção Láctea e em mulheres que desejam iniciar a amamentação

• Auxiliar no ganho de peso adequado de bebês baixo peso.

• Desestimular o uso de bicos artificiais para complementação láctea

Finger Feeding (Sonda–dedo):

• Manter o estímulo de sucção nos casos de intercorrências mamárias (traumas

mamilares e mastite);

• Estimular o recém-nascido com dificuldade na sucção;

• Oferecer leite materno cru ou pasteurizado na impossibilidade da sucção do seio

materno (Traumas mamilares, mastite, internação da mãe ou do RN);

• Oferecer leite materno na transição da alimentação via sonda para amamentação ao

seio materno (em casos de prematuridade, por exemplo),

• Desestimular o uso de bicos artificiais para complementação láctea.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Gorro

3.5 Máscara

3.6 Óculos de proteção

3.7 Sonda gástrica / uretral nº 4

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

364

3.8 Seringa de 20 mL sem o êmbolo ou outro recipiente limpo e fervido com o leite a ser

oferecido

3.9 Fita adesiva cirúrgica

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Prender o cabelo, vestir gorro, máscara e óculos de proteção;

4.3 Preparar recipiente limpo e fervido ou seringa estéril;

4.4 Reunir o material;

4.5 Identificar e acolher o binômio em ambiente privativo;

4.6 Explicar à puérpera sobre o procedimento;

4.7 Auxiliar a mãe a posicionar o RN para mamar normalmente;

4.8 Após a mamada, colocar o leite materno cru ordenhado (conforme procedimento

operacional 000 do Programa de Aleitamento Materno), pasteurizado ou artificial (de

acordo com a prescrição médica) na seringa de 20 mL (sem o êmbolo) ou recipiente

limpo e fervido;

4.9 Fixar com fita adesiva, na roupa da mãe, na altura das mamas ou entre as mamas

(acomodar o recipiente no soutien). Posicionar a seringa ou o recipiente com o leite,

acoplado a uma sonda gástrica ou cateter uretral nº 4, com a extremidade com furos

colocada ao nível do mamilo, mergulhar a extremidade mais larga da sonda no leite

ou conectar na seringa (Figura 1 e 2).

Figura 1 – Posicionamento da sonda e do recém-nascido

Fonte: imagem Google

4.10 Colocar o bebê no peito, abocanhando a aréola e a sonda (Figura 2);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

365

Figura 2 – Relactação / translactação

Fonte: BRASIL, 2011

4.11 O bebê, ao mamar, retirará leite do peito ao mesmo tempo em que recebe o leite que

flui da seringa / recipiente;

4.12 Fechar a sonda dobrando-a quando o bebê fizer pausas. Ao retornar a sucção, libera-

se a sonda;

4.13 Avaliar a mamada e orientar a puérpera quanto à pega, prega e posições adequadas;

4.14 Finalizada a mamada, orientar a mãe a lavar o material com água e sabão, ferver o

frasco / recipiente, passar a sonda na água fervente, injetar água fervente com a

seringa e depois injetar ar para secá-la.

4.15 Se a técnica tratar-se do finger feeding (Sonda-dedo), basta fixar a ponta da sonda

no dedo mínimo ou indicador e oferecer ao RN, encostá-lo no palato duro do RN para

que este tenha estímulo de sucção adequado (Figura 3);

Figura 3 – Finger feeding

Fonte: Imagem Google

4.16 O bebê deverá sugar o dedo do profissional, da mãe ou de outra pessoa, que deverá

fechar a sonda dobrando-a quando ele fizer pausas,

4.17 Ao finalizar o procedimento, organizar a unidade, lavar as mãos e registrar no Hygiaweb

e/ou prontuário físico (de acordo com a rotina do serviço) agendar retornos s/n.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

366

5 OBSERVAÇÃO

A Relactação é utilizada para auxiliar no estabelecimento da produção láctea de

mulheres com baixa produção, em casos de indicação de oferta de complemento (bebês

prematuros, PIG, GIG, baixo peso), para mulheres que querem retomar o aleitamento ou

até mesmo mães adotivas que desejam amamentar. Neste caso é utilizado o leite humano

pasteurizado ou artificial;

No caso da Translactação a mulher tem produção de leite, mas necessita

complementar a mamada por algum motivo. Nesta técnica a puérpera pode utilizar o

próprio leite ordenhado ou outro leite. É utilizada em caso de procedimento cirúrgico nas

mamas com comprometimento de ductos ou glândulas, quando o bebê não suga

adequadamente e não promove o estímulo correto das mamas, ou quando é necessária a

suspensão temporária da amamentação de uma das mamas, e a volta gradativa da

amamentação, devido a traumas mamilares ou mastite,

Na técnica de relactação/ translactação deve-se oferecer primeiramente as duas

mamas, e, no fim da mamada colocar a sonda para complementação. Quando não for

possível; fazer a ordenha da mama comprometida e oferecer o leite ordenhado na sonda

na outra mama.

O finger feeding (sonda-dedo) é muito utilizado em caso de RNs prematuros, para

prepará-los para a sucção do seio materno ou RN com dificuldade na sucção diretamente

nas mamas. Pode ser utilizado também em caso de trauma mamilar ou mastite, que

indiquem a suspensão temporária da sucção da mama. Deve ser uma técnica temporária,

como auxilio no manejo do aleitamento materno;

A reutilização da sonda pode ocorrer desde que seja feita a higienização adequada,

por 2 a 3 semanas, a depender da qualidade do material, pois pode obstruir;

Orientar a puérpera quanto aos procedimentos para armazenamento e conservação

do Leite Materno (conforme material educativo / folder de apoio do PALMA – Programa de

Aleitamento Materno, disponíveis no almoxarifado) solicitar e entregá-los à mulher.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Métodos / ténicas para oferecimento de complemento lácteo ao recém-nascido

367

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou o exame em prontuário ou ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. OLIVEIRA, T. L.; MORAES, B. A; SALGADO, L. L. F. Relactação como possibilidade terapêutica na atenção a lactentes com necessidades alimentares especiais. Demetra: alimentação, nutrição & saúde, Rio de Janeiro, v. 9, p. 297-309, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Márcia Cristina Guerreiro dos Reis Enfermeira. COREN-SP: 40867 Lilian Donizete Pimenta Nogueira Enfermeira. COREN-SP: 0127595

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Mistura de insulina

368

Mistura de insulina

1 OBJETIVO

Reduzir o número de aplicações, procedimentos invasivos e lipodistrofia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU) e domicílio.

3 MATERIAL

3.1 Frascos de insulinas

3.2 Seringa de insulina

3.3 Álcool a 70%

3.4 Algodão

4 PROCEDIMENTO

4.1 Verificar a prescrição médica;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Reunir as insulinas prescritas, a seringa, o algodão e álcool 70%;

4.4 Homogeneizar a insulina NPH, realizando 20 movimentos circulares suaves no

frasco. Se a insulina NPH estiver na geladeira, recomenda-se retirá-la de 15 a 20

minutos antes da aplicação, pois quando gelada a homogeneização é comprometida;

4.5 Proceder à desinfecção das borrachas dos frascos de insulinas com álcool 70%;

4.6 Aspirar ar até a graduação correspondente à dose de insulina NPH prescrita;

4.7 Injetar o ar no frasco de insulina NPH e retirar a agulha do frasco sem aspirar a

insulina NPH, reservar;

4.8 Aspirar ar até a graduação correspondente à dose de insulina Regular;

4.9 Injetar o ar no frasco de insulina Regular, virar o frasco e aspirar a insulina Regular

correspondente à dose prescrita;

4.10 Eliminar bolhas se houver;

4.11 Retornar o frasco de insulina Regular à posição inicial e retirar a agulha;

4.12 Posicionar de cabeça para baixo o frasco de insulina NPH, introduzir a agulha da

seringa que já está com a insulina Regular, e aspirar a dose correspondente à

insulina NPH;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Mistura de insulina

369

4.13 Retornar o frasco para a posição inicial e remover a agulha protegendo-a até o

momento da aplicação.

5 OBSERVAÇÃO

Se após aspirar as duas insulinas houver bolhas de ar ou a dose aspirada for maior que a

soma das doses prescritas, descartar a seringa com a insulina e reiniciar o procedimento

com uma nova seringa.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

• Usuário

• Cuidador ou familiar capacitado.

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, as doses administradas de cada insulina, o local, se

ocorreram intercorrências durante o procedimento, data e horário do procedimento,

carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário e lançar no Sistema Hygia.

REFERÊNCIA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: Clannad, 2017.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Valdirene Marta Salgueiro Santana

Enfermeira. COREN-SP: 68785

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

370

Monitorização do processo de esterilização através de indicador

biológico

1 OBJETIVO

Realizar monitorização do processo de esterilização através de Indicador Biológico.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 PERIODICIDADE

3.1 Semanalmente, as terças feiras, no primeiro ciclo do dia;

3.2 Após manutenções preventivas e reparativas.

4 MATERIAL/EQUIPAMENTO

4.1 Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento e gorro);

4.2 Nas autoclaves com menos de 50 litros utilizar 1 pacote teste (Ver item 6.1) com

indicador biológico contaminado com Bacillus de G. Stearothermophilus;

Nas autoclaves com mais 50 litros utilizar 3 pacotes teste (Ver item 6.1) com indicador

biológico contaminado com Bacillus de G. Stearothermophilus;

4.3 Uma ampola de indicador biológico a ser empregada como controle do mesmo lote

do pacote desafio;

4.4 Indicador químico externo (fita zebrada);

4.5 Caneta esferográfica;

4.6 Autoclave;

4.7 Computador;

4.8 Incubadora.

5 PROCEDIMENTO

5.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional da enfermagem de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos e paramentar-se com os

EPIs;

5.2 Identificar as ampolas de acordo com a posição colocadas na autoclave: frente meio

e fundo, data e Unidade de Saúde;

5.3 Identificar pacote teste externamente de acordo com sua posição na autoclave,

número da carga e data. Aplicar fita zebrada externamente;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

371

5.4 Nas autoclaves menores de 50 litros posicionar o pacote teste horizontalmente

próximo ao dreno (10 a 20 cm acima) da autoclave (ponto com menor incidência

possível de vapor) e carrega - lá, com os demais pacotes de artigos a serem

esterilizados;

5.5 Nas autoclaves maiores de 50 litros posicionar os pacotes teste horizontalmente na

frente, meio e fundo da autoclave e carrega - lá, com os demais pacotes de artigos a

serem esterilizados;

5.6 Fechar a porta da autoclave;

5.7 Iniciar o ciclo de acordo com o funcionamento de cada autoclave;

5.8 Aguardar o término do ciclo e o resfriamento da câmara da autoclave;

5.9 Retirar os pacotes teste da autoclave juntamente com os demais pacotes;

5.10 Aguardar resfriamento do pacote desafio por 15 minutos;

5.11 Verificar indicador químico externo do pacote, e abri-lo;

5.12 Inspecionar o indicador químico da etiqueta do IB (Indicador Biológico): uma

alteração da cor inicial indica que o IB foi exposto ao processo de vapor;

5.13 Realizar incubação das ampolas conforme anexo I;

5.14 Arquivar/registrar os resultados em impresso (anexo II) próprio na Unidade por 1 ano

e após encaminhar ao setor de arquivo.

5.15 Descartar as ampolas no coletor de perfurocortante.

6 OBSERVAÇÃO

O pacote teste deve ser feito com envelope auto selante representando o maior pacote

esterilizado na autoclave da Unidade de Saúde, a ampola ATTEST deve ser colocada no

centro do pacote.

Os resultados positivos deverão ser informados imediatamente ao gerente e ao gerente e

cirurgião dentista da Unidade, que deverá abortar o ciclo e refazer o processo em outro serviço

mais próximo; Repetir o teste na autoclave da Unidade, caso seja positivo novamente entrar

em contato com a CCI pelo email: [email protected] e com a divisão odontológica.

Qualquer intercorrência com a autoclave ou em uma das etapas do processamento do IB

deverá ser informado ao enfermeiro responsável, ao gerente e a CCI-SMS.

7 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

372

8 REGISTRO

Ver item 5.12 ao 5.14

Retirar os rótulos das ampolas e colar ao lado do resultado (não é necessário uso de cola),

quando incubado na própria unidade.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de qualificação de esterilização em autoclaves. Ribeirão Preto: SMS, 2009. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Ana Célia da Silva

Enfermeira. COREN–SP: 107632

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira Presidente da CCI-SMS

COREN-SP: 144846

Luciana de Paula R. S. Porto Cirurgiã-dentista Equipe técnica Subalmoxarifado Saúde

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

373

Anexo I - Como incubar um Indicador Biológico:

✓ Ligar a incubadora deixar aquecer por no mínimo 15 minutos;

✓ Após o resfriamento das ampolas, posicioná-las inclinando-as com ângulo de 45°, na

porção central do compartilhamento específico central;

✓ Incubar os Indicadores Biológicos nos compartimentos laterais;

✓ Empurrar as ampolas para frente, a ampola de vidro quebrará no interior da ampola de

plástico;

✓ Proceder da mesma forma para uma ampola não processada para utilizá-la como

controle-positivo;

✓ Deixar os Indicadores Biológicos por 48h;

✓ Realizar a leitura:

- Resultado positivo: mudança de cor para amarelo indicará crescimento bacteriano e,

portanto, falha no ciclo de esterilização;

- Resultado negativo: não havendo crescimento bacteriano a cor permanecerá a mesma

(cor roxa), o que indica um ciclo de esterilização eficaz.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Monitorização do processo de esterilização através de indicador biológico

374

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem de carga na autoclave para esterilização

375

Montagem de carga na autoclave para esterilização

1 OBJETIVO

Montar carga da autoclave e processo de esterilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL/EQUIPAMENTO

3.1 EPI: Gorro

3.2 Materiais embalados para esterilização

3.3 Autoclave

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos antes de iniciar os procedimentos, conforme procedimento

operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos e

vestir EPI conforme indicação;

4.2 Esterilizar têxteis e materiais rígidos em cargas diferentes. Não sendo prático,

coloque têxteis acima e materiais rígidos abaixo, não o contrário;

4.3 A disposição dos artigos no interior dos pacotes é fator primordial para a obtenção

de um processo de esterilização eficaz;

4.4 Materiais articulados e com dobradiças devem ser colocados de forma a

permanecerem abertos;

4.5 Materiais encaixados um no outro devem ser separados por material absorvente de

forma que o vapor possa passar entre eles. Material cirúrgico não deve ser

acondicionado encaixado ou empilhado;

4.6 O uso de proteção (compressas de gaze) nas regiões perfurocortantes dos

instrumentais diminui os riscos de contaminação dos pacotes devido à perda da

integridade da embalagem, além de ser um fator de biossegurança para o

funcionário;

4.7 Materiais côncavos, como cubas e bandejas, devem ser posicionadas de forma que

qualquer condensado que se forme flua em direção ao dreno, por gravidade;

4.8 Os pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior da câmara e os menores,

na parte superior. Isto facilita o fluxo do vapor através dos espaços entre os pacotes;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem de carga na autoclave para esterilização

376

4.9 Caixas de instrumentais devem ser colocados longitudinalmente na cesta da

autoclave, sem empilhar; os materiais e embalagens não devem tocar as paredes e

teto da câmara;

4.10 Não ultrapassar 80% da capacidade da câmara interna do equipamento;

4.11 Iniciar o ciclo para esterilização, conforme orientação do fabricante;

4.12 Após o término do ciclo de esterilização, desligar (quando for manual) e abrir a porta

da autoclave, deixando-a entreaberta para o término da secagem;

4.13 Os pacotes não devem ser tocados ou movidos de 30 a 60 minutos após a

esterilização, devendo ser deixados na máquina ou local sem correntes de ar; se um

material úmido ou morno for colocado em um lugar mais frio pode umedecer o

pacote, comprometendo a esterilização;

4.14 Abrir totalmente a porta após a secagem;

4.15 Retirar todo o material do equipamento;

4.16 Verificar se a fita zebrada apresenta alteração na coloração que indica se o artigo foi

processado. Caso haja dúvida (fita não enegreceu) todo este lote deve ser invalidado.

5 OBSERVAÇÃO

5.1 O operador sempre deve ter em mente ao preparar uma carga a necessidade de

remoção do ar da câmara da autoclave, da penetração do vapor e a saída do vapor

e re-evaporação da umidade do material.

5.2 Não há benefício em fechar novamente a autoclave após a abertura para "secar"

melhor. Isto apenas aumentará o tempo necessário para o resfriamento natural;

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO

Registrar processo em impresso – Registro do Processo de Esterilização em Autoclaves

na SMS-RP- que deverá ser arquivado na CME da Unidade em pasta.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. MIGUEL, E. A. Validação e montagem de carga desafio “da teoria a prática”. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem de carga na autoclave para esterilização

377

RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE - SOBECC, 10., 2016, São Paulo. Resumos... São Paulo: SOBECC, 2016. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de qualificação de esterilização em autoclaves. Ribeirão Preto: SMS, 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Aparecida de Almeida Puga Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem de carga na autoclave para esterilização

378

Anexo 1 – Registro do Processo de Esterilização em Autoclaves na SMS-RP.

Data N° ciclo

Tempo do ciclo

(registrar o horário)

Temperatura

durante a

esterilização

Quanti- dade

de de

pacotes

Conteúdo dos

pacotes

Manô-

metro1

Manovacuô-

metro2

Uso de

Indicador

Biológico3

Incubação Ocorrência

de

problema4

(Descrever)

Responsá- vel5

Hora

da

incuba-

ção

Hora

leitura

Início Fim Dura- Ção

Sim Não

Observações: 1 e 2. Manômetro e Manovacuômetro: registrar o valor alcançado durante a esterilização, quando houver este dispositivo no painel frontal do equipamento. 3. Ocorrência de problema: preencher com NÃO se não foi observado qualquer anormalidade de funcionamento dos dispositivos operacionais. Se ocorrer qualquer problema registrar SIM e descrevê-lo. 4. Responsável: importante que o funcionário responsável pelo processamento registre de forma legível seu nome e data

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Tach Care)

379

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Trach

Care)

1.6.1 OBJETIVO

Descrever a montagem do dispositivo do sistema fechado de aspiração (Trach Care) acoplado

ao filtro HME em usuários com indicação de IOT (intubação orotraqueal), ou em usuário em

uso de traqueostomia, suspeito ou confirmados de covid-19.

1.6.2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Unidades de Suporte Avançado (USA) do Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

1.6.3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (luvas de procedimento, máscara facial – N95 ou

PFF2, óculos de proteção biológica, gorro, avental)

3.2 Sistema fechado de aspiração

3.3 Filtro HME/HMEF

3.4 Piça para clampar

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material conforme figura 1 (sonda de sistema fechado de aspiração; filtro

HME/HMEF, circuito do ventilador mecânico);

Figura 1

Fonte: Acervo das auto

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Tach Care)

380

4.3 Utilizar equipamentos de proteção individual conforme procedimento operacional de

precauções padrão. Realizar a paramentação na seguinte sequência: avental,

máscara N95, óculos ou prototer facial, gorro, luvas de procedimentos;

4.4 Conectar o bocal menor de saída da sonda do sistema de aspiração fechado ao filtro

HME/HMEF conforme figura 2.

Figura 2

Fonte: Acervo das autoras

4.5 Conectar o bocal maior da sonda de aspiração fechada, ao tubo endotraqueal ou

traqueostomia, acoplar o circuito do ventilador mecânico ao bocal do filtro HME, já

acoplado a sonda de aspiração fechado, conforme figura 3.

Figura 3

Fonte: Acervo das autoras

5 OBSERVAÇÃO

Observar se a sonda de aspiração está com sua capa protetora íntegra.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Montagem do dispositivo de sistema fechado de aspiração (Tach Care)

381

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura

de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIA

EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH. POP: Utilização do sistema

de aspiração fechado em pediatria e neonatologia. Disponível em <

http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Aspira%C3%A7%C3%A3o+fechado+em+n

eonatologia+final.pdf/bb062409-4f14-444c-a686-98bd796f3508> Acesso em: 16 out 2020.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Ediane Gonçalves de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 299933

Ariadne Beatriz Silvério

Médica Infectologista. CRM-SP: 134084

SAMU Regional de Ribeirão Preto / CCI-SMS

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP:144846

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio

382

Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio

1 OBJETIVO

Nortear equipe de saúde para realizar as orientações ao usuário/cuidador quanto a manter

o curativo com bota de Unna limpo e seco, trocando as compressas de gazes e ataduras

externas.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Domicílio.

3 MATERIAL (disponibilizado ao usuário para 3-7 dias)

3.1 10 a 14 ataduras de crepe;

3.2 10 a 14 compressas de gazes;

3.3 01 caixa de luvas de procedimentos (mensal);

4 PROCEDIMENTO

4.1 Orientar o usuário/ cuidador a

• Lavar bem as mãos com água corrente e sabão;

• Colocar todo material que vai utilizar ao alcance das mãos;

• Calçar luvas de procedimento;

• Retirar a faixa crepe externa da bota de Unna, a qual se encontra úmida e com

sujidade;

• Observar a quantidade e características do exsudato (líquido drenado pela ferida);

• Descartar no lixo único;

• Abrir um pacote de compressa de gaze limpa e sobrepor na região da lesão;

• Enfaixar o membro com nova atadura (o enfaixamento deverá sempre ser sentido

retorno venoso, conforme orientação do enfermeiro, que realizou a aplicação da

bota de Unna);

• Retirar luvas de procedimentos e lavar novamente as mãos com água corrente e

sabão.

5 RESPONSABILIDADES

• Enfermeiro e equipe de saúde.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações e cuidados com a terapia bota de Unna no domicílio

383

6 OBSERVAÇÕES

O procedimento realizado é considerado limpo (não estéril), devido tratar-se de coberturas

secundárias e microbiota presente no domicílio.

Os dados e construção do documento foram baseados na literatura sobre realização de

procedimentos especiais no domicilio e na experiência do Serviço de Atenção Domiciliar

de Ribeirão Preto.

REFERENCIA

RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de Assistência, Assessoria e Pesquisa em Feridas Manual de assistência integral às pessoas com feridas. Ribeirão Preto: SMS, 2013.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

384

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

1 OBJETIVO

Esvaziar/ Drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível e

recomenda-se o Nº 10 para adulto) por dia;

3.2 01 tubo de gel hidrossolúvel lubrificante com ou sem anestésico por semana;

3.3 01 pacote de gaze, com 05 unidades por dia;

3.4 Sabonete (preferencialmente neutro e líquido);

3.5 Água corrente;

3.6 Toalha ou papel toalha;

3.7 Local para desprezar a urina (comadre e outros).

4 PROCEDIMENTO

Orientar o usuário:

4.1 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;

4.2 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;

4.3 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;

4.4 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;

4.5 Colocar gel lubrificante na ponta do cateter, mantendo-o na embalagem original;

4.6 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante e realizar higiene no sentido da

região púbica a região perianal, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar

na retirada do sabonete, se houver);

4.7 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.8 Para melhor visualizar o meato uretral, poderá ser utilizado um espelho acomodado

entre as pernas;

4.9 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante, identificar o meato uretral e

manter esta posição até introduzir o cateter;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

385

4.10 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante mantendo a outra extremidade

do cateter no recipiente;

4.11 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da

urina e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);

4.12 Nos casos de resistência na introdução do cateter, sinais de sangramento, urina turva

ou com odor fétido e sintomas febris a equipe de saúde deverá ser consultada;

4.13 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;

4.14 Desprezar a urina em vaso sanitário;

4.15 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.16 Descartar o material utilizado em recipiente e local adequados.

5 OBSERVAÇÕES

Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa

conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.

Os resíduos gerados no domicílio pelos procedimentos realizados deverão ser

devidamente acondicionados e descartados em lixo comum.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar as orientações quanto capacitação do usuário e ao procedimento realizado,

número do cateter, características e quantidade da diurese, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.

Registrar no prontuário domiciliar.

REFERÊNCIAS

ASSIS, G. M.; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para autocateterismo vesical intermitente feminino

386

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

387

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

1 OBJETIVO

Esvaziar/ Drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível e

recomenda-se o Nº 10 para adulto) por dia;

3.2 01 tubo de gel hidrossolúvel lubrificante com ou sem anestésico por dia ou mais, se

necessário;

3.3 01 seringa de 20 mL com bico slip para cada procedimento;

3.4 01 pacote de gaze, com 05 unidades por dia;

3.5 Sabonete (preferencialmente neutro e líquido);

3.6 Água corrente;

3.7 Toalha ou papel toalha;

3.8 Local para desprezar a urina (vaso sanitário e outros).

4 PROCEDIMENTO

Orientar o usuário:

4.1 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;

4.2 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;

4.3 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;

4.4 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;

4.5 Retirar o embolo da seringa e preencher com 10 ml de gel lubrificante,

aproximadamente;

4.6 Levantar o pênis com a mão não dominante e realizar higiene da glande e do

prepúcio, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na retirada do

sabonete, se houver);

4.7 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

388

4.8 Levantar o pênis com a mão não dominante, retrair o prepúcio e manter esta posição

até introduzir o cateter;

4.9 Colocar delicadamente, com a mão dominante, o bico da seringa na uretra e

introduzir o gel lubrificante;

4.10 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante mantendo a outra extremidade

do cateter no recipiente;

4.11 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da

urina; e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);

4.12 Nos casos de resistência na introdução do cateter deve-se retrair o cateter

ligeiramente e iniciar novamente a introdução com movimento giratório em torno de

si mesmo;

4.13 Aos sinais de sangramento, urina turva ou com odor fétido e sintomas febris a equipe

de saúde deverá ser consultada;

4.14 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;

4.15 Desprezar a urina em vaso sanitário;

4.16 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.17 Descartar o material utilizado em recipiente e local adequado.

5 OBSERVAÇÕES

Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa

conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.

Os resíduos gerados no domicílio pelos procedimentos realizados deverão ser

devidamente acondicionados e descartados em lixo comum.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar as orientações quanto capacitação do usuário e ao procedimento realizado,

número do cateter, características e quantidade da diurese, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.

Registrar no prontuário domiciliar.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para autocateterismo vesical intermitente masculino

389

REFERÊNCIAS

ASSIS, G. M.; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

390

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

1 OBJETIVO

Esvaziar/ Drenar urina da bexiga urinária em indivíduos com disfunção vesico esfincteriana.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 01 cateter uretral (sonda vesical) para cada procedimento (menor calibre possível e

recomenda-se o Nº 10 para adulto) por dia;

3.2 01 tubo de gel hidrossolúvel lubrificante com ou sem anestésico por dia para uso

masculino e por semana para uso feminino;

3.3 01 seringa de 20 mL com bico slip para cada procedimento para uso masculino;

3.4 01 pacote de gaze, com 05 unidades por dia;

3.5 01 caixa de luvas de procedimento por mês;

3.6 Sabonete (preferencialmente neutro e líquido);

3.7 Água corrente;

3.8 Toalha ou papel toalha;

3.9 Local para desprezar a urina (comadre, vaso sanitário e outros).

4 PROCEDIMENTO

Orientar ao cuidador para o cateterismo vesical intermitente masculino:

4.1 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;

4.2 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;

4.3 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;

4.4 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;

4.5 Retirar o embolo da seringa e preencher com 10 mL de gel lubrificante,

aproximadamente;

4.6 Calçar as luvas de procedimentos;

4.7 Posicionar o usuário no leito em posição dorsal reclinado, com as coxas ligeiramente

afastadas;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

391

4.8 Levantar o pênis com a mão não dominante e realizar higiene da glande e do

prepúcio, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar na retirada do

sabonete, se houver);

4.9 Retirar as luvas, descartar em local adequado;

4.10 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.11 Calçar luvas de procedimento;

4.12 Levantar o pênis com a mão não dominante, retrair o prepúcio e manter esta posição

até introduzir o cateter;

4.13 Colocar delicadamente, com a mão dominante, o bico da seringa na uretra e

introduzir o gel lubrificante;

4.14 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante, mantendo a outra extremidade

do cateter no recipiente;

4.15 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da

urina; e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);

4.16 Nos casos de resistência na introdução do cateter deve-se retrair o cateter

ligeiramente e iniciar novamente a introdução com movimento giratório em torno de

si mesmo;

4.17 Aos sinais de sangramento, urina turva ou com odor fétido e sintomas febris a equipe

de saúde deverá ser consultada;

4.18 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;

4.19 Desprezar a urina em vaso sanitário;

4.20 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.21 Descartar o material utilizado em recipiente e local adequados.

Orientar ao cuidador para o cateterismo vesical intermitente feminino:

4.22 Realizar o procedimento com técnica limpa e a necessidade periódica de realização;

4.23 Lavar bem as mãos com água corrente e o sabonete;

4.24 Colocar todo material que será utilizado ao alcance das mãos;

4.25 Conferir número do cateter e abrir a embalagem;

4.26 Colocar gel lubrificante na ponta do cateter, mantendo-o na embalagem original;

4.27 Calçar as luvas de procedimentos;

4.28 Posicionar a usuária no leito em posição dorsal reclinado, com as pernas afastadas

e os joelhos flexionados;

4.29 O cuidador deverá se posicionar ao lado do leito da usuária, de forma que a mão não

dominante fique mais próxima à região genital do que a mão dominante;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

392

4.30 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante e realizar higiene no sentido da

região púbica a região perianal, com sabonete e água (pode usar a gaze para ajudar

na retirada do sabonete, se houver);

4.31 Retirar as luvas, descartar em local adequado;

4.32 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.33 Calçar luvas de procedimento;

4.34 Abrir os grandes lábios com a mão não dominante, identificar o meato uretral e

manter esta posição até introduzir o cateter;

4.35 Introduzir o cateter na uretra com a mão dominante, mantendo a outra extremidade

do cateter no recipiente;

4.36 Massagear com a mão não dominante a região da bexiga para favorecer a saída da

urina; e aguardar o esvaziamento completo da bexiga (de 5 a10 minutos);

4.37 Nos casos de resistência na introdução do cateter, sinais de sangramento, urina turva

ou com odor fétido e sintomas febris a equipe de saúde deverá ser consultada;

4.38 Retirar o cateter após esvaziamento completo da bexiga;

4.39 Desprezar a urina em vaso sanitário;

4.40 Lavar novamente as mãos com água corrente e sabonete;

4.41 Descartar o material utilizado em lixo adequado.

5 OBSERVAÇÕES

Para realizar o procedimento é necessária prescrição médica, a equipe de saúde precisa

conhecer para orientar, prever e prover os materiais necessários para o usuário.

Os resíduos gerados no domicílio pelos procedimentos realizados deverão ser

devidamente acondicionados e descartados em lixo comum.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar as orientações quanto capacitação do usuário e ao procedimento realizado,

número do cateter, características e quantidade da diurese, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.

Registrar no prontuário domiciliar.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para o cuidador para cateterismo vesical intermitente

393

REFERÊNCIAS

ASSIS, G. M.; FARO, A. C. M. Clean intermittent self catheterizationin spinal cord injury. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 282- 286, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. CAMPOS, C. V. S.; SILVA, K. L. Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 17, n. 4, 2013. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20130056>. Acesso em: 15 mai 2019.

PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações gerais para administração de medicamentos

394

Orientações gerais para administração de medicamentos

1 OBJETIVO

Orientar os profissionais de enfermagem na administração de medicamentos, a fim de

proporcionar tratamento adequado de diversas patologias.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Prescrição do medicamento

3.2 Medicamento

3.3 Outros (verificar demais materiais necessários, de acordo com cada via de

administração).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos

4.2 Identificar os nove certos para administração segura de medicamentos: medicamento

certo (confirmar o medicamento com a prescrição e conferir três vezes o rótulo),

usuário certo (utilizar dois identificadores para cada usuário), dose certa, via certa,

horário certo, registro certo, ação certa, forma farmacêutica certa e monitoramento

certo;

4.3 Verificar a prescrição (nome do usuário, data da prescrição, nome do medicamento

a ser administrado, dosagem do medicamento, via de administração do

medicamento, frequência de administração do medicamento, assinatura e carimbo

do prescritor);

4.4 Explicar o procedimento ao usuário;

4.5 Verificar se o usuário tem alergia a algum medicamento;

4.6 Preparar os medicamentos para um usuário de cada vez; conferir a sua data de

validade, organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;

4.7 Somente abrir o medicamento diante do usuário ou acompanhante/cuidador;

4.8 Atentar-se para garantir a privacidade do usuário fechando portas, colocando

biombos, cortinas, quando necessário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações gerais para administração de medicamentos

395

4.9 A depender da via de administração, atentar-se sempre para alterações do local de

aplicação verificando presença de edema local, hematomas, endurações,

hiperemias. Evitar esses locais.

5 OBSERVAÇÃO

Na preparação do medicamento para sua administração, verificar se a condição, os

sintomas e o estado de saúde do usuário garantam que ele receba esse fármaco.

Em caso de soroterapia, utilizar rótulo em anexo.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, intercorrências se houver, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica

em prontuário ou Ficha de Atendimento Ambulatorial.

REFERÊNCIAS CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. São Paulo: COREN-SP, 2017. ELLIOTT, M.; LIU, Y. The nine rights of medication administration: an overview. British Journal of Nursing, London, v. 19, n. 5, p. 300-305, 2010. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações gerais para administração de medicamentos

396

ANEXO I – Rótulo para identificação do soro

IDENTIFICAÇÃO DE SORO

Nome:

Medicação:

Data:

Correr à: gts/min OU a ml/h

Início: Correr em: Término:

Responsável:

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Catia Helena Damando Salomão Enfermeira. COREN: 144846

Jane Aparecida Cristina Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Maria de Fátima Paiva Brito Enfermeira. COREN-SP: 44331

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO – 2 APROVAÇÃO - 2

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP:126659 Maria de Fátima Paiva Brito Enfermeira. COREN-SP: 44331

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o laboratório

397

Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o

laboratório

1 OBJETIVO

Orientar profissionais de enfermagem sobre o encaminhamento de lâmina de citologia para

o laboratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF).

3 MATERIAL

3.1 Formulários de requisição do SISCAN;

3.2 Caixa com lâminas acondicionadas;

3.3 Luvas de procedimento.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Reunir os materiais;

4.2 Calçar luvas de procedimento;

4.3 Checar cada lâmina, conferindo as iniciais do nome, com cadastro no Hygia e

formulário de requisição do SISCAN;

4.4 Imprimir o formulário de laudo do SISCAN no verso da requisição;

4.5 Colocar as lâminas na caixa de acondicionamento na mesma ordem dos formulários

de requisição do SISCAN;

4.6 As lâminas devem ser enviadas ao laboratório o mais breve possível, para que o

tempo entre a coleta e o resultado não seja prolongado desnecessariamente;

4.7 Preencher a guia de remessa;

4.8 Encaminhar as lâminas ao laboratório devidamente acondicionadas e

acompanhadas dos formulários de requisição do SISCAN e guia de remessa;

4.9 Não esperar completar a caixa com lâminas coletadas;

4.10 Recomenda-se o envio das lâminas ao laboratório, no mínimo, duas vezes por

semana, independente do número de lâminas.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para encaminhamento de lâmina de citologia para o laboratório

398

5 OBSERVAÇÃO

As lâminas com erros de identificação serão descartadas e, no resultado do SISCAN

publicado: lâmina rejeitada.

Para toda a lâmina rejeitada deverá ser realizada nova coleta e uma nova requisição no

Siscan.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Armazenar em pasta arquivo a listagem das lâminas enviadas.

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de atenção básica, n. 13).

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP:126659 Fátima de Bonifácio Heck Enfermeira. COREN-SP: 36492 Rita Canesin Dourado Enfermeira. COREN-SP: 40742

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta

399

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando

caneta

1 OBJETIVO

Orientar o usuário/familiar/cuidador a administrar insulina no domicílio utilizando caneta

descartável disponibilizada pelo Ministério da Saúde.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Algodão;

3.2 Agulha para caneta de insulina;

3.3 Álcool a 70%;

3.4 Caneta de insulina.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Verificar a prescrição, certificar-se que a caneta corresponde ao tipo de insulina

prescrita;

4.3 Reunir o material;

4.4 Apresentar a caneta ao usuário/família/cuidador, mostrando cada parte;

Fonte: adaptado de https://www.canetadasaude.com.br/a-caneta.html

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta

400

4.5 Realizar assepsia com álcool a 70% na borracha do Carpule no qual será acoplada

a agulha; esperar secar;

Fonte: adaptado de https://www.canetadasaude.com.br/a-caneta.html

4.6 Remover o selo protetor da agulha descartável

4.7 Rosquear a agulha e retirar suas tampas externa e interna, reservando a tampa

externa para ser utilizada depois; a tampa interna pode ser descartada;

Fonte: adaptado de https://www.canetadasaude.com.br/a-caneta.html

4.8 Comprovar o fluxo de insulina:

4.8.1 Girar o seletor de dose para 2 (duas) unidades;

4.8.2 Com a agulha voltada para cima, verifique se há ar dentro do carpule, caso

haja, bata levemente com o dedo no carpule algumas vezes para deslocar a

bolha de ar para o topo do carpule;

4.8.3 Manter a agulha apontada para cima e pressionar o botão injetor

completamente. Uma gota de insulina deve aparecer na ponta da agulha.

4.8.4 Caso não seja comprovado o fluxo, o procedimento deve ser repetido por no

máximo 6 vezes. A troca da agulha pode ser necessária. Se ainda a gota não

aparecer, provavelmente o sistema está com defeito e deverá ser solicitada

troca na farmácia de dispensação.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta

401

Fonte: Bula Novo Nordisk

4.9 Certificar de que o seletor de dose mostra o “0” (zero) antes de você começar. O “0”

(zero) deve estar alinhado com o indicador de dose.

4.10 Selecionar a dose de insulina prescrita, girando o seletor de dose para marcar a dose

que deseja injetar, o seletor da caneta permite selecionar doses pares e ímpares;

4.11 Escolher o local de aplicação, verificando se o local escolhido está limpo, palpar o

local em busca de nódulos, rubor ou dor. Inspecionar a superfície da pele verificando

a existência de equimose, inflamação ou edema e evitar estes locais;

Fonte: SILVA, J. P.; 2018

4.12 Realizar antissepsia da região com algodão embebido em álcool 70%. Posicionar o

chumaço no centro da região a ser limpa e fazer movimento circular do centro para

bordas aproximadamente 5 cm. A limpeza com álcool a 70% é obrigatória em

ambientes institucionais, como serviços de saúde, creches e lares para idosos. No

domicílio o uso do álcool é opcional, a pele deve estar limpa e seca. Se o álcool for

utilizado, esperar a pele secar completamente, antes da injeção ser realizada;

4.13 Inserir a agulha da caneta no ângulo de 90º;

4.14 Em crianças menores de 6 anos ou pessoas com escassez de tecido subcutâneo,

realizar a prega subcutânea com os dedos polegar e indicador da mão não

dominante, mantendo até o fim da aplicação;

4.15 Pressionar o botão injetor completamente até que o “0” (zero) se alinhe ao indicador;

4.16 Manter o botão injetor totalmente pressionado e a agulha sob a pele por pelo menos

10 segundos, isso garante que não haja perda da dose de insulina;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta

402

4.17 Retirar a agulha da pele e verificar se o seletor de dose mostra o número “0” (zero)

para confirmar que recebeu a dose completa;

4.18 Remover a agulha, usando a tampa externa desrosqueando-a;

4.19 Descartar a agulha em recipiente adequado para perfurocortantes. Considerar que o

Ministério da Saúde fornece uma agulha por paciente/dia, no caso de mais de uma

aplicação diária, o usuário deverá reutilizar a agulha. Não ferver, não lavar com água

ou álcool, e não passar algodão com álcool na agulha, apenas reencapar

cuidadosamente;

4.20 Recolocar a tampa da caneta;

4.21 Solicitar ao usuário que verbalize os passos do procedimento para checar a

aprendizagem;

4.22 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.23 Realizar a anotação no prontuário.

5 OBSERVAÇÃO

A caneta descartável, que é o tipo de caneta atualmente fornecido pelo Ministério da

Saúde, já vem preenchida com insulina. Portanto, quando a insulina acaba, a caneta deve ser

descartada em lixo comum sem a agulha.

Quando a quantidade de insulina restante não for suficiente para realização da última dose

completa, deve-se fazer as unidades restantes e completar a dose com uma nova aplicação

utilizando uma nova caneta.

As canetas descartáveis lacradas devem ser acondicionadas sob temperatura entre 2 e

8°C e tem validade de 2 a 3 anos, de acordo com o fabricante, lembrando de não colocar

próximo ao congelador/portas/paredes a fim de evitar o congelamento.

A caneta descartável em uso deve ser armazenada em temperatura ambiente, evitando

as temperaturas extremas e exposição ao sol, com validade de 4 a 8 semanas de acordo com

o fabricante.

6 RESPONSABILIDADE

● Auxiliar de Enfermagem

● Técnico de enfermagem

● Enfermeiro

● Médico

● Farmacêutico

● Auxiliar de farmácia

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta

403

7 REGISTRO

Registrar a orientação no prontuário.

CIAP2: T89 (diabetes insulino-dependente).

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas diabetes mellitus tipo 1. Brasília, 2018. NOVORAPID FLEXPEN. Bula Paciente - Público (CCDS v. 17.0, v. 1.0). POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. São Paulo: Editora Clannad, 2019.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Adrielen Aparecida Silva Calixto Enfermeira. COREN-SP: 195391

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Carla Regina de Souza Teixeira

Enfermeira. COREN-SP: 68406

Angelina Lettiere Viana

Enfermeira. Coren-SP 188271

Maria Helena Terenciani Rodrigues Pereira

Farmacêutica – CRF 18072

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-hospitalar

404

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-

hospitalar

1 OBJETIVO

Padronizar as informações para a passagem de plantão entre o Serviço de Atendimento Móvel

de Urgência (SAMU) e demais unidades de saúde.

Cumprir com a Resolução COFEn 655/2020, que determina aos profissionais de enfermagem

a passagem de plantão e comunicação efetiva no APH.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF), Unidades de

Pronto Atendimento (UPA), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidades

Especializadas e Hospitalares.

3 MATERIAL

3.13 Ficha de Regulação e Encaminhamento do paciente (Hygia);

3.14 Ficha de regulação médica e transporte (TRUE) obrigatório para UPA e se

disponível em UBS/USF;

3.15 Cópia da prescrição médica (UPA);

3.16 Ficha de Registro de Transferência de Pacientes (UPA)

3.17 Outros documentos quando o paciente portar (cartão SUS, cartão de atendimento

hospitalar, receituários médicos, etc).

2 PROCEDIMENTO

4.1 Passagem de plantão pelos Profissionais do SAMU para admissão nas

unidades receptoras:

4.1.1. A entrada de pacientes atendidos por ambulâncias deve ser pela SALA

VERMELHA das Unidades de Pronto-Atendimento em maca ou cadeira de rodas,

onde acontecerá a triagem/ classificação de risco.

4.1.2. Passar o plantão do atendimento para o profissional da enfermagem

responsável pelo acolhimento. A passagem de plantão para um profissional da equipe

de enfermagem é obrigatória, de forma a garantir a continuidade da assistência de

enfermagem, bem como informações complementares e entrega de pertences;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-hospitalar

405

4.1.3. Após a classificação do risco em cores de acordo com o nível de complexidade,

fica sob responsabilidade da equipe receptora conduzir o paciente para os demais

setores da unidade;

4.1.4. A ambulância/equipe SAMU está liberada após a passagem de plantão e o

paciente na SALA VERMELHA PARA EQUIPE DE ACOLHIMENTO sendo liberada

para se dirigir ao próximo atendimento, permanecendo o menor tempo possível dentro

da unidade.

4.1.5 Registrar o atendimento e passagem de plantão nas Fichas de

Atendimento de Enfermagem do SAMU, anotando o nome e função de quem

recebeu o plantão (FICHAS SAE E RAE);

4.1.6 Cumprir com as rotinas do serviço e comunicar à Central de Regulação o fim da

ocorrência e liberação para novo atendimento.

4.2 Passagem de plantão na transferência de pacientes para internação hospitalar

ou Inter - Unidades de Saúde:

4.2.1. Receber o plantão da equipe de enfermagem da unidade de origem que prestou

o atendimento ao paciente,

4.2.2. Receber a documentação do paciente: ficha Hygia, Ficha de Registro de

Transferência de Pacientes (UPA) contendo os dados: data e hora da admissão,

condições de admissão, antecedentes clínicos, cirúrgicos, alérgicos, etc., diagnóstico,

medicamentos administrados, sinais vitais atualizados, ficha TRUE (contendo:

hospital de destino, nome do médico receptor, senha e o setor que vai receber o

paciente), cópia da prescrição médica/enfermagem,

4.2.3 Checar a identificação correta do paciente com a pulseira de identificação,

4.2.4. Checar permeabilidade dos dispositivos (acesso venoso, sondas), horário de

aplicação das medicações, sinais vitais atualizados antes de sair da origem, glicemia

e outras informações que julgar importante para a passagem do plantão no hospital,

4.2.3 Acomodar o paciente na maca ou encaminhar em cadeira de rodas até a viatura,

4.2.4 Certificar-se da presença de familiares para acompanhar no deslocamento ou

caso não tenha, certificar que a família está ciente e autorizou a remoção,

4.2.5 Arrolar pertences e descrever no registro de enfermagem os detalhes para

possível identificação de propriedade (ex: prótese dentária se superior ou inferior,

celular, fraldas, roupas),

4.2.6 Iniciar o deslocamento até a Unidade receptora,

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-hospitalar

406

4.2.7 Na unidade receptora, procurar pela enfermagem do setor regulado e proceder

a passagem de plantão (utilizar a metodologia ISBAR).

3 OBSERVAÇÃO

5.1 A triagem/classificação de risco será realizada nas Unidades receptoras por meio de

ferramenta adotada por cada serviço, que geralmente se baseia na gravidade e

necessidade de utilização de recursos pelo paciente,

5.2 Sempre que houver mais de uma equipe do APH Móvel no local, aguardar a sua vez

para o acolhimento e passagem de plantão,

5.3 Para a passagem de plantão efetiva e organizada, os enfermeiros devem fazer uso de

metodologias que facilitem a compreensão da informação, como a técnica ISBAR:

ISBAR é uma técnica estruturada para tornar a comunicação clara, transmitir informações

exatas, melhorar a eficiência da equipe e elevar a segurança do paciente em situações de

transição de cuidados. Esta técnica permite, através de formas simples, memorizar

construções complexas que são utilizadas na transmissão verbal de informação sobre o

estado de saúde dos pacientes, em que:

I – Identification- Dados que identifiquem o paciente- nome, idade

S - Situation - Situação atual. A razão do chamado para atendimento. O que aconteceu

B – Background - Antecedentes – História resumida e tratamento atual

A – Assessment - Avaliação – Como está no momento, alteração de sinais vitais e condutas

tomadas

R – Recommendation - Recomendação – dados sobre a transferência do paciente como

nome da unidade, setor, senha (DGS, 2011).

Os técnicos / auxiliares de enfermagem devem informar, minimamente, na passagem de

plantão:

- Identificação do paciente (nome, idade) e antecedentes pessoais (se possível):

- Descrição do motivo do atendimento

- Sinais Vitais e procedimentos realizados.

4 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Auxiliares e Técnicos de enfermagem

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-hospitalar

407

5 REGISTRO

Registrar o atendimento e passagem de plantão na Ficha de Atendimento de

Enfermagem do SAMU, anotando o nome e função de quem recebeu o plantão (FICHAS

SAE E RAE).

REFERÊNCIAS

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. RESOLUÇÃO COFEN Nº 655/2020. Normatiza

a atuação dos profissionais de enfermagem no Atendiment Pré-hospitalar (APH) móvel

Terrestre e Aquaviário, quer seja na assistência direta, no gerenciamento e/ou na Central de

Regulação das Urgências (CRU). Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-

no-655- 2020_84045.html>. Acesso em: 30 dez 2021.

FARIAS, E. S.; SANTOS, J.O.&GÓIS, R. M. O. Comunicação efetiva: elo na segurança do

paciente no âmbito hospitalar. Caderno de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde -

UNIT - SERGIPE, 4(3), 139. 2018. Disponível em: <

https://periodicos.set.edu.br/cadernobiologicas/article/view/5168> Acesso em: 30 dez 2021.

PRO.NUSEP.009 – Página 1/24 COMUNICAÇÃO EFETIVA PARA A SEGURANÇA DO

PACIENTE Corrigida. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-

universitarios/regiao-nordeste/ch-ufc/acesso-a-informacao/protocolos-e-pops/protocolos-

meac/maternidade-escola-assis-chateaubriand/nucleo-de-seguranca-do-paciente/pro-nusep-

009-r2 . Acesso em: 30 dez 2021.

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL.Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de

Atenção Integral à Saúde. Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde

Protocolo de Atenção à Saúde. Segurança do paciente: comunicação efetiva. Área(s):

Gerência de Serviços de Enfermagem na Atenção Hospitalar e nas

Urgências/DIENF/COASIS/SAIS e Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente da

SES/DF. Portaria SES-DF Nº 31 de 16.01.2019 , publicada no DODF Nº 17 de

24.01.2019Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/wp-

conteudo/uploads/2018/04/VERSAO-FINAL-PROT-COMUNICA%C3%87%C3%83O-

EFETIVA-1.pdf. Acesso em: 30 dez 2021.

DIREÇÃO GERAL DA SAÚDE. Avaliação da Cultura de Segurança do Doente numa amostra

de Hospitais Portugueses. Resultados do Estudo Piloto. Lisboa. 2011. Disponível em: <

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-hospitalar

408

https://www.dgs.pt/em-destaque/avaliacao-da-cultura-de-seguranca-do-doente-numa-

amostra-de-hospitais-portugueses-pdf.aspx. > Acesso em: 30 dez 2021.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149 Karina Fonseca de Souza Leite Enfermeira. COREN-SP: 100012 Maria de Fátima Paiva Brito Enfermeira. COREN-SP: 44331

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

409

Precauções de isolamento

1 OBJETIVO

Precauções baseadas na via de transmissão são usadas quando a transmissão não pode

ser completamente interrompida usando as precauções padrão isoladamente.

Para maioria das doenças é suficiente a aplicação de um tipo de precaução, porém para

outras, que podem ser transmitidas por várias vias, há necessidade da combinação de 2

ou mais tipos de precauções.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU), Unidades de Saúde Mental.

3 PRECAUÇÕES

3.1 PRECAUÇÕES DE CONTATO

• Usar Precauções de Contato para usuários com infecção suspeita ou conhecida

ou evidência de situações, que representem um risco aumentado para

transmissão por contato.

• Sempre que possível colocar o usuário que requer Precauções de Contato em

ambiente privativo ou comum para o mesmo microorganismo.

• Evitar sua acomodação em local de trânsito ou próximo a usuários

imunodeprimidos, neonatos e usuários críticos.

• Quando houver pequena disponibilidade de ambiente privativo priorizar usuários

com condições que possam facilitar a transmissão (ex: drenagem não contida,

incontinência fecal) para uso de ambiente privativo.

• Se for necessário colocar um usuário que requeira precauções de Contato em

um ambiente com outro usuário que não é colonizado ou infectado pelo mesmo

patôgeno, os usuários devem estar acomodados com distância mínima de 1

metro um do outro.

• Trocar o EPI e fazer a higienização das mãos entre contato com usuários no

mesmo quarto.

• Quando o transporte for necessário, as áreas infectadas/colonizadas do corpo

do usuário deverão estar contidas e cobertas com curativo, avental ou lençol.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

410

• Remover e descartar os EPIs contaminados e realizar higienização das mãos

antes de transportar usuários sob Precauções de Contato.

• Usar EPI limpo para transportar o usuário

• Utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI):

− Luvas e avental

Deverão ser utilizados ao contato com usuário ou material infectante.

Calçar as luvas e vestir o avental ao entrar no local de isolamento.

O avental não deverá ser utilizado pelo profissional/visitante/acompanhante

ao deixar o ambiente de isolamento, ou seja, o mesmo avental não deve ser

utilizado em outras áreas da unidade.

Seguir a técnica para retirar o avental e fazer a higienização das mãos antes

de deixar o ambiente onde está o usuário.

Após a remoção do avental a pele e roupas não devem entrar em contato

com as superfícies potencialmente contaminadas.

3.2 PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS COM GOTÍCULAS

• Indicadas para o contato próximo (1 metro) com usuários em suspeita ou

confirmação de doenças com transmissão por gotículas (partículas > 5 micra de

diâmetro) eliminadas pelas vias aéreas durante tosse, espirro, fala, e realização

de procedimentos com a aspiração de secreções.

• Ambiente privativo ou compartilhado com usuários infectados pelo mesmo

microorganismo, mantendo a porta fechada. Instruir o usuário a seguir

recomendações de higiene respiratória ao tossir (Ver item 7.3).

• Evitar a saída do usuário da sala de isolamento, quando necessário o usuário

deverá sair do quarto/sala utilizando máscara comum (cirúrgica).

• Não é necessário que o profissional de saúde use máscara para transportar os

usuários sob precauções com gotículas, se o usuário estiver usando máscara.

• Utilização de equipamento de proteção individual:

− Máscara

É obrigatório o uso de máscara comum, durante o período de

transmissibilidade de cada doença, para todas as pessoas que entrarem no

quarto/sala em uma distância menor que 1 metro.

A máscara deverá ser desprezada na saída do quarto.

3.3 PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS COM AEROSSÓIS

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

411

• Indicadas para contato com usuários em suspeita ou confirmação de doenças

com transmissão através de aerossóis (partículas < 5 micra de diâmetro)

eliminados pelas vias aéreas durante tosse, espirro ou fala.

• Quarto privativo obrigatório, mantendo sempre a porta fechada.

• Após identificação da necessidade de isolamento, deverá ser colocada uma

máscara comum (cirúrgica) no usuário, acomodá-lo em uma sala privativa até

sua transferência para um serviço que disponha de quarto adequado para este

tipo de isolamento: sistema de ventilação com pressão negativa de 6 trocas de

ar por hora, com uso de filtro HEPA.

• Após a transferência do usuário a sala deverá ficar aberta pelo período mínimo

de 1 hora, para permitir uma completa troca de ar.

• Orientar todos os usuários com suspeita ou confirmação de doenças transmitidas

por aerossóis a usar máscara cirúrgica e adotar as medidas de Higiene

respiratória ao tossir (Ver item 8.3).

• Evitar a saída do usuário da unidade de isolamento, quando necessário sair do

quarto o usuário deverá utilizar máscara cirúrgica.

• Utilização de equipamento de proteção individual:

− Máscara

É obrigatório o uso de máscara tipo N95 com capacidade de filtrar partículas

< 5 micrômetros de diâmetro, por todo o profissional que prestar assistência

a usuários com suspeita ou confirmação de doença infecto-contagiosa

transmissível por aerossóis.

A máscara deverá ser colocada antes de entrar na sala e retirada somente

após a saída da mesma.

A máscara não tem uma vida útil pré-estabelecida, podendo ser usada

muitas vezes pelo mesmo profissional. Descartar quando estiver suja,

úmida, com deformações na estrutura física que possam prejudicar a

vedação facial, elásticos danificados.

3.4 PRECAUÇÕES EMPÍRICAS

• Constituem o uso de precauções apropriadas baseadas no potencial modo de

transmissão, logo no momento em que o usuário desenvolve sinais ou sintomas que

sugerem algum tipo de infecção transmissível. Algumas condições clínicas

determinam um alto risco para justificar o uso empírico das precauções até que possa

ser confirmado ou não a presença de determinada patologia. Ver Quadro II -

Situações Clínicas que requerem precauções empíricas.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

412

4 OBSERVAÇÕES

Estender a duração das Precauções para usuários imunossuprimidos com infecções virais

devido ao prolongado período de eliminação dos vírus.

Artigos e equipamentos deverão ser de uso exclusivo de cada usuário, para reutilização

em outro usuário, quando permitido o reprocessamento, deverão seguir os protocolos de

desinfecção/esterilização conforme protocolo estabelecido.

Higiene respiratória consiste em orientar o usuário a cobrir a boca e o nariz com um lenço

ao tossir, desprezando adequadamente e higienizando as mãos.

A aplicação de qualquer uma destas precauções implica no uso associado das Precauções

Padrão (ver POP).

Ver Quadro I – Precauções recomendadas segundo a infecção ou agente etiológico, tipo e

duração.

5 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

• Equipe médica

6 REGISTRO

Colocar identificação (cartaz, placa) conforme o tipo de precaução na porta do quarto.

Colocar identificação conforme o tipo de precaução na ficha de atendimento do usuário.

Registros de avaliação, procedimentos e resultados em ficha do usuário com carimbo e

assinatura do responsável.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Precauções e Isolamento. 2. ed. São Paulo: APECIH; 2006. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de infecção hospitalar. Brasília, DF: Anvisa, 2000. (Caderno C. Métodos de proteção anti-infecciosa). BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Precaução padrão, precaução de contato, precauções para gotículas e precauções para aerossóis. Brasília, DF: Anvisa, [2019]. Cartaz. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

413

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO. Hospital de Clínicas. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Protocolos de controle de infecção. Precauções padrão. Uberaba, UFTM: 2015.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Ap. de Almeida Puga Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Jane Aparecida Cristina Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Elisângela Ap. de Almeida Puga Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

414

Quadro I - Precauções recomendadas segundo a infecção ou agente etiológico, tipo e

duração

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Abscesso

Com grande drenagem C DD

Com pouca drenagem ou contido2 P

AIDS 3 P

Actinomicose P

Adenovirose em lactente e pré-escolar GC DD

Amebíase P

Ancilostomíase e necatoríase P

Angina de Vincent P

Antrax cutâneo ou pulmonar P

Arbovirose (encefalite, dengue, febre amarela) P4

Ascaridíase P

Aspergilose P

Babesiose P

Blastomicose norte-americana e sul-americana P

Botulismo P

Bronquiolite (ver Infecções respiratórias na criança)

Brucelose P

Candidíase P

Cancro mole P

Caxumba G F15

Celulite (extensa, secreção incontida) C DD

Cisticercose P

Citomegalovirose P

Clostridium perfringens ou Clostridium botulinum P

Clostridium difficile C DH

Clamydia trachomatis (todas as formas) P

Coccidioidomicose P

Conjuntivite P

Conjuntivite hemorrágica aguda C DD

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

415

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Coqueluche G F17

Coriomeningite linfocitária P

Coxsackie (ver Enterovirose)

Criptococose P

Criptosporidíose (ver Diarréia)

"Crupe" (ver Doenças respiratórias a infância)

Dengue P4

Dermatomicoses P

Diarréia

Campilobacter sp. P9

Cólera P9

Colite associada a antibiótico (ver C. difficile)

Criptosporidiose P9

E. coli êntero-hemorrágica O157:H7 P9

E. coli com incontinência C DD

E. coli – outras situações P9

Giardíase P9

Rotavírus P9

Rotavírus – incontinente C DD

Salmonelose P9

Shiguelose P9

Shiguelose – incontinente C DD

Vibrio parahemolyticus P9

Viral P9

Yersinia enterocolitica P9

Difteria

Cutânea C CN8

Faríngea G CN8

Doença da arranhadura do gato P

Doença de Creutzfeldt-Jacob P7

Doença de Kawasaki P

Doença de Lyme P

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

416

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Encefalite (ver Agentes específicos)

Endometrite P

Enterovirose

Adultos P

Crianças C DD

Enterobíase P

Enterococcus sp. (se multirresistente – ver Organismos

multirresistentes)14

Enterocolite necrotizante P

Epiglotite por H. influenzae G DD

Equinococose P

Eritemia infeccioso P

Escabiose C T24H

Esquistossomose P

Esporotricose P

Estafilococcias

Diarréia P

Enterocolite P

Furunculose em crianças C DD

Pele

ferida extensa1 e grande queimado C T24H

ferida pequena2 e queimados P

Pneumonia P

Síndrome do choque tóxico P

Síndrome da pele escaldada C20 DD

Resistente a múltiplos antimicrobianos (ver Organismos multi-

Resistentes)14

Estreptococcias

Endometrite (febre puerperal) P

Furunculose em crianças C DD

Pele

ferida extensa1 e grande queimado C T24H

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

417

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

ferida pequena2 e queimados P

Pneumonia, faringite ou escarlatina em crianças G T24H

sépsis neonatal . S. agalactiae P

Estrongiloidíase P

Exantema súbito P

Febre amarela (ver arbovirose )

Febre hemorrágica (Lassa, Sabiá, Boliviana, Argentina,

Venezuelana, Ebola, marburg) A23/C DD

Febre de mordedura de rato P

Febre Q P

Febre recorrente P

Febre reumática P

Gangrena gasosa P

Giardíase (ver Diarréia)

Gonococo (inclusive oftalmia neonatal) P

Granuloma venéreo/donovanose P

Hanseníase P

Hantavirose A,C DD

Hepatite viral

tipo A P

tipo A, usuário incontinente C F10

tipo B, C e demais, incluindo não especificada P

Herpangina (ver Enterovirose)

Herpes simplex

Mucocutâneo recorrente ou encefalite P

Mucocutâneo disseminado ou primário extenso11 C DD

Neonatal C DD

Herpes zoster

Localizado, em usuário imunocompetente P

Localizado, em usuário imunocomprometido/disseminado A,C F5

Histoplasmose P

Impetigo C T24H

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

418

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Infecção em cavidade fechada (com ou sem drenagem) P

Infecção de ferida

Extensa1 C DD

Pequena ou limitada2 P

Infecção pelo HIV P

Infecção respiratória aguda (se não abordada em outro item)

Adulto P

Criança3 C DD

Infecção urinária, com ou sem sonda P

Influenza (gripe) G12 DD

Infecção alimentar (botulismo, C. perfringers ou welchii,

estafilocóccica) P

Legionelose P

Leptospirose P

Listeriose P

Linfogranuloma venéreo P

Malária P

Micoplasma (pneumonia) G12 DD

Micobactériose atípica P

Mieloidose P

Meningite

Asséptica P

Bacteriana (Gram-negativos, em neonatos) P

por H. influenzae (comprovada ou suspeita) G T24H

por Listeria P

por meningococo (comprovada ou suspeita) G T24H

por pneumococo P

tuberculosa P

outras bactérias P

Fúngica P

Meningococcemia G T24H

Molusco contagiosos P

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

419

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Mononucleose (e outras infecções pelo Epstein-Barr vírus) P

Murcomicose P

Organismos multirresistentes14 (infecção ou colonização)

trato gastrintestinal C CN

trato respiratório C CN

Pneumococo G CN

pele ou solução de continuidade C CN

Nocardiose P

Parainfluenza (em crianças) C DD

Parvovírus B19 G F16

Pertussis G F17

Pediculose C T24H

Peste

Bubônica P

Pneumônica G T72H

Pleurodínia (ver Enteroviroses)

Pneumonia

Adenovírus G,C DD

outras bactérias P

Clamídia P

Fúngica P

H. influenzae

Adultos P

Crianças G T24H

Legionela P

Meningococo G T24H

Micoplasma G DD

Pneumocócica P

Pneumocystis carinii P18

Burkholderia cepacia em usuários com fibrose cística (incluindo

colonização do trato respiratório) C19 DH

Stahylococcus aureus P

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

420

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Estreptocócica (grupo A)

Adultos P

Crianças G T24H

Viral

Adultos P

Crianças (ver doenças respiratórias da infância)

Poliomielite P

Psitacose (ornitose) P

Raiva P

Riquetsiose (forma vesicular inclusive) P

Rotavírus (ver Diarréias)

Rubéola

Congênita C F6

outras formas G F21

Salmonelose (ver Diarréias)

Sarampo (todas as apresentações) A DD21

SARS C,G DD

Síndrome do choque tóxico P

Síndrome de Guilain-Barré P

Síndrome mão-pé-boca (ver Enteroviroses)

Síndrome de Reye P

Sífilis (qualquer forma) P

Tétano P

Tifo (endêmico ou epidêmico) P

Tínea P

Toxoplasmose P

Tracoma P

Tricomoníase P

Tuberculose

Extrapulmonar (com ou sem drenagem) P13

Pulmonar A F22

PPD reator sem doença pulmonar ou laríngea P

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

421

Infecção/Agente Etiológico Precauções

Tipo Duração

Tularemia P

Úlcera de decúbito

extensa, com secreção não contida C DD

pequena ou com secreção contida P

Varicela A,C F5

Verminoses P

Vírus marburg A23/C DD

Vírus sincicial (crianças e usuários imunocomprometidos) C DD

Zigomicose (murcomicose, fucomicose) P

Fonte: Brasil (2000)

Tipos de precauções:

P: Precauções padrão

G: Precauções com gotículas (devem ser somadas às precauções padrão).

C: Precauções de contato (devem ser somadas às precauções padrão).

A: Precauções com aerossóis (devem ser somadas às precauções padrão).

Duração das precauções:

DD: Durante toda a duração da doença (em feridas, até o desaparecimento da secreção).

F: Ver notas adicionais.

T: Até o tempo especificado, após início da terapêutica apropriada.

CN: Até que a cultura seja negativa.

DH: Durante todo o período de hospitalização.

Notas adicionais:

✓ Sem curativo ou curativo que não contém a drenagem.

✓ Curativos que adequadamente contêm a drenagem.

✓ Associar outras medidas de precauções caso co-morbidades que justifiquem estiverem presentes.

✓ Instalar telas em portas e janelas em áreas endêmicas.

✓ Manter precauções até que todas as lesões estejam na fase de crosta. Usar imunoglobulina (VZIG)

quando apropriado e procurar dar alta hospitalar para expostos suscetíveis antes do 10º dia e até

21 dias após o contato, sendo prorrogado até 28 dias em caso de VZIG. Pessoas suscetíveis não

devem entrar em quarto de contatantes.

✓ Aplicar precauções em lactentes de um ano de idade, a não ser que a cultura viral seja negativa

aos três meses de idade.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

422

✓ Precauções adicionais são necessárias para manipulação e descontaminação de sangue, líquidos

corporais, tecidos e itens contaminados. Utilizar preferencialmente artigos e instrumentais

descartáveis, na impossibilidade de proceder lavagem em lavadora automatizada e esterilizar em

autoclave a 132ºC por 1 hora.

✓ Até que duas culturas coletadas com intervalo de 24 horas se mostrem

negativas.

✓ Usar precauções de contato para usuários cujas excreções não possam ser contidas ou crianças

incontinentes com idade inferior a seis anos durante toda a duração da doença.

✓ Manter precauções para crianças menores de três anos durante a hospitalização. Em crianças de

3-14 anos, até 14 dias após início dos sintomas. Para os demais, até sete dias após.

✓ Para recém-nascidos de parto normal ou cesárea, esta última no caso de ruptura prematura de

membrana por período superior a 4-6 horas.

✓ Esta recomendação possui dificuldades práticas para aplicação, especialmente em épocas de

epidemia. Coorte nestas situações deve ser preferida, e contato com usuários de alto risco evitado.

✓ Tuberculose pulmonar deve ser pesquisada. Se presente, precauções adicionais são necessárias.

✓ Patógenos multirresistentes devem ser definidos de acordo com critérios epidemiológicos de cada

região ou hospital.

✓ Até nove dias após o início da parotidite.

✓ Manter precauções durante toda a hospitalização quando doença crônica em usuário

imunocomprometido.

✓ Manter por cinco dias após o início de terapêutica adequada.

✓ Evitar compartilhar quarto com imunocomprometido.

✓ Evitar coorte ou internação em mesmo quarto que usuário portador de fibrose cística não

colonozado ou infectado por P. cepacea.

✓ Bolhas são causadas por toxinas, e não pela bactéria. No entanto, muitas vezes o usuário é

maciçamente colonizado por S. aureus.

✓ Até sete dias após início do exantema.

✓ Suspender precauções quando o usuário estiver recebendo terapêutica adequada, com melhora

clínica e com três baciloscopias negativas, desde que coletadas em dias consecutivos, ou se

tuberculose for excluída do diagnóstico.

✓ Precauções com aerossóis são recomendadas até que se afaste com segurança esta via de

transmissão.

✓ Hantavirose: P, C e A.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções de isolamento

423

Quadro II – Situações Clínicas que requerem precauções empíricas (APECIH, 2006)

Categoria de Precaução Condição Clínica

Precauções

para aerossóis

Exantema Vesicular*

Exantema maculopapular com febre e coriza.

Tosse, febre, infiltrado pulmonar em qualquer localização em usuário

infectado pelo HIV (ou com suspeita de HIV positivo).

Precauções

para gotículas

Meningite.

Exantema patequial e febre.

Tosse persistente paroxística ou severa durante períodos de

ocorrência de coqueluxe.

Precauções

para contato

Diarréia aguda provavelmente infecciosa em usuário incontinente ou

em uso de fralda.

Diarréia em adulto com história de uso recente de antimicrobiano.

Exantema Vesicular*

Infecção respiratória, particulamente bronquiolite, em lactentes e

crianças jovens.

História de colonização ou infecção com microorganismos

multirresistente (exceto M. tuberculosis multirresistente)

Infecção de pele, ferida ou trato urinário em usuários com internação

recente em hospital onde microorganismos multirresistentes são

prevalentes.

Abcessos ou feridas com drenangem de secreção não contida pelo

curativo.

Fonte: APEICH, 2006

*Condição que exige 2 categorias de isolamento

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções padrão

424

Precauções padrão

1 DEFINIÇÃO

São medidas de proteção que devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde, no

cuidado de qualquer usuário ou na manipulação de artigos contaminados, quando houver

risco de contato com sangue, secreções e excreções (exceto suor), mucosas e também

pele íntegra.

2 OBJETIVO

Evitar ou diminuir a transmissão de micro-organismos do usuário para o profissional de

saúde, sendo também dirigidas para proteger usuários, ao minimizar o risco de transmissão

de agentes infecciosos dos profissionais de saúde aos usuários através das mãos ou de

equipamentos.

3 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU), Unidades de Saúde Mental.

4 PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO E EPIs (Equipamentos de Proteção

Individual)

4.1 Lavagem das mãos, conforme procedimento operacional higienização simples das

mãos;

4.2 Fricção antisséptica das mãos, conforme procedimento operacional;

4.3 Durante a realização dos cuidados, evite tocar desnecessariamente as superfícies

próximas ao usuário.

4.4 LUVAS:

4.4.1 Usar luvas quando antecipar que contato com sangue ou outro material

potencialmente infectante, membrana mucosa, pele não íntegra, ou pele

íntegra potencialmente contaminada (ex: usuário com incontinência fecal ou

urinária) possa ocorrer.

4.4.2 Usar luvas com tamanho e durabilidade apropriada para tarefa. Usar luvas

descartáveis para cuidado direto com o usuário.

4.4.3 Retire as luvas após contato com um usuário e/ou o ambiente que o cerca,

utilizando técnica adequada para prevenir contaminação das mãos.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções padrão

425

4.4.4 Trocar as luvas durante a assistência ao usuário entre o contato de um sítio

corporal contaminado com um sítio corporal limpo.

4.5 AVENTAL:

4.5.1 Paramentar com avental, que seja apropriado para a tarefa, para proteger a

pele e evitar sujidade ou contaminação das roupas durante procedimentos ou

cuidados com usuários sempre que exista a possibilidade de contato com

sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções.

4.5.2 Usar avental para contato direto com usuário que apresentar secreções ou

excreções não contidas.

4.5.3 Remover o avental e fazer higienização das mãos antes de deixar o ambiente

do usuário.

4.6 ÓCULOS E MÁSCARAS:

4.6.1 Usar EPI para proteção das membranas mucosas dos olhos, nariz e boca

durante procedimentos e cuidados com usuários, na possibilidade de gerar

respingos ou espirros de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções.

4.6.2 Utilizar mascara e óculos durante procedimentos que gerem aerossóis (ex:

broncoscopia, aspiração de trato respiratório, intubação endotraqueal) em

usuários que não são suspeitos de estarem infectados com um agente para o

qual proteção respiratória já seja recomendada.

4.7 ACOMODAÇÕES DOS USUÁRIOS

4.7.1 Analisar o potencial de transmitir agentes infecciosos nas decisões quanto à

acomodação do usuário. Colocar usuários que determinam risco de

transmissão para outros em um quarto individual quando disponível.

4.7.2 Determinar a acomodação de usuários baseado nos seguintes princípios:

- Vias de transmissão do agente infeccioso identificado ou sob suspeita.

- Fatores de risco para transmissão num usuário infectado.

- Disponibilidade de quarto individual.

4.8 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS

4.8.1 Devem ser manuseados com precauções padrão quando estiverem sujos de

sangue ou fluídos corporais, a reutilização em outro usuário, quando permitido,

deve ser precedida de limpeza e desinfecção ou esterilização de acordo com

protocolos estabelecidos.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções padrão

426

4.8.2 Odontologia:

Efetuar desinfecção da bancada, do equipo, das canetas de baixa e alta

rotação e seringa tríplice com álcool a 70%, entre o atendimento de um usuário

e outro.

Envolver a haste do refletor, ponteira do aparelho fotopolimerizador e as

canetas do aparelho Profi/Ultrassom com PVC para cada atendimento.

Colocar canudo plástico na seringa tríplice.

4.9 PERFUROCORTANTES

Todo material que perfura ou corta deve ser descartado em caixas apropriadas para

perfurocortantes e resistentes para prevenir acidentes quando transportados, nunca

jogue perfurocortantes no saco de lixo comum;

Não desconecte, reencape ou entorte agulhas usadas;

Não exceda o limite de preenchimento da caixa, lacre a tampa e transporte pelas alças

afastado do corpo.

4.10 ROUPAS

4.10.1 Roupas sujas/contaminadas devem ser manipuladas de modo a evitar

exposição à pele e membranas mucosas, acondicionadas em sacos

impermeáveis, lacrados para encaminhamento a lavanderia.

4.10.2 O risco de transmissão de microrganismos por roupas poderá ser muito

pequeno se sua manipulação for adequada.

4.11 SUPERFÍCIES

4.11.1 A descontaminação de superfícies deve ser feita caso haja presença de

sangue ou fluídos potencialmente infectantes, conforme protocolo

estabelecido.

4.11.2 Implementação de rotina de limpeza e desinfecção de superfícies que não

apresentam sujidade.

5 OBSERVAÇÃO

Evitar contaminação de roupas e pele durante o processo de remoção do EPI.

Antes de deixar a área de cuidado do usuário, remover e descartar o EPI.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

• Equipe médica

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Precauções padrão

427

7 REGISTRO

Registros de avaliação, procedimentos e resultados em ficha do usuário com carimbo e

assinatura do responsável.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Precauções e Isolamento. 2. ed. São Paulo: APECIH; 2006. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso básico de controle de infecção hospitalar. Brasília, DF: Anvisa, 2000. (Caderno C. Métodos de proteção anti-infecciosa). BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Precaução padrão, precaução de contato, precauções para gotículas e precauções para aerossóis. Brasília, DF: Anvisa, [2019]. Cartaz. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO. Hospital de Clínicas. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Protocolos de controle de infecção. Precauções padrão. Uberaba, UFTM: 2015.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Ap. de Almeida Puga Enfermeira.COREN-SP: 0143873

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Mônica M P Martins Liporaci Médica. Vice- Presidente da CCI/SMS

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

428

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

1 OBJETIVO

Submeter os instrumentais cirúrgicos ao processo de pré-lavagem através de processo

desincrustante.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.2 Solução de detergente enzimático;

3.3 Seringa de 20 mL;

3.4 Recipiente com tampa para imersão;

3.5 Água corrente.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Vestir EPI conforme indicação;

4.3 Imergir o instrumental cirúrgico em recipiente contendo solução com detergente

enzimático, preparada conforme a orientação do fabricante, após sua utilização.

Deixar o material imerso pelo tempo indicado, expondo todas as partes do mesmo

na solução, observar se os materiais estão desmontados. Ex: (pinças abertas,

cânulas de traqueostomia desmontadas) atentar-se a presença de lúmen, quando

houver;

4.4 Injetar essa solução dentro do lúmen do instrumental com uma seringa de 20 mL;

4.5 Deixar os instrumentais totalmente imersos na solução somente pelo tempo

recomendado pelo fabricante, para evitar danos aos instrumentais;

4.6 Após, enxaguar em abundância removendo todos os resíduos do detergente

enzimático;

4.7 Realizar o procedimento de limpeza mecânica ou manual conforme procedimento

operacional;

4.8 Descartar a solução do detergente enzimático a cada uso.

4.9 Retirar luvas;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

429

4.10 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÕES

5.1 Realizar o preparo da solução do enzimático após quantidade suficiente de material

(de acordo com o rotulo do fabricante);

5.2 Trocar a solução preparada com detergente enzimático após a utilização na imersão

(cada uso).

5.3 Entendemos por cada uso, quando colocamos uma quantidade de instrumental

suficiente que fique imersa na solução. Caso haja fluxo de nova quantidade de

instrumental deverá ser preparada outra solução. Não mais deixá-la preparada para

uso posterior ou outro plantão.

5.4 O detergente enzimático não tem ação bactericida nem bacteriostática, somente

desincrustante, sendo assim a solução não deve permanecer para ser utilizada

posteriormente.

5.5 O serviço de enfermagem e odontologia deverão usar o detergente enzimático em

conjunto, para evitar que a validade expire.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Proceder a identificação no recipiente contendo o artigo com data da limpeza, assinatura

e carimbo do responsável pela desinfecção.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 55, de 14 de novembro de 2012. Dispõe sobre os detergentes enzimáticos de uso restrito em estabelecimentos de assistência à saúde com indicação para limpeza de dispositivos médicos e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012. MESIANO, R. A. B. RED 55/12: detergente enzimático. Nova realidade para uso. Porto Alegre: Anvisa, 2014. Disponível em: <www.sindihospa.com.br/4jornada/palestras/RosaAiresBorbaMesiano.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2017.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Pré-lavagem de instrumentais cirúrgicos

430

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Ap. de Almeida Puga

Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Eliana Maria Fernandes de A. Tonetto Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 39113

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO – 1/2

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS. COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 2

Andréa Nakamura Prates Gustavo Enfermeira. COREN-SP: 83986

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

431

Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

1 OBJETIVO

Instruir o preparo da solução de Incidin Extra N a 1%

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização de materiais das Unidades e Serviços de Saúde da

Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Concentrado de Incidin Extra N a 1%;

3.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.3 Caixa ou balde plástico rígido com tampa e com capacidade relativa ao volume de

materiais do serviço a ser desempenhado (10 L, 20 L ou volume superior),

previamente limpa;

3.4 Água tratada;

3.5 Fita para validação;

3.6 Livro de registro ou impresso próprio;

3.7 Panos limpos e secos.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme Procedimento Operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material necessário;

4.3 Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;

4.4 Verificar o volume final desejado;

4.5 Para preparar a solução de Incidin Extra N 1% na Unidade de Saúde que dispor de

frasco com sistema valvulado, deverá acionar o sistema DUAS VEZES, onde cada

aperto (5mL), OU SEJA TOTAL DE 10 mL, para 990mL de água. A unidade que

dispor de DOSADORA AUTOMATIZADA acoplada ao sistema de água, deverá

acionar o equipamento onde o mesmo irá realizar a diluição desejada

automaticamente;

4.6 Para diluição de UBS (10 litros), UBDS e UPA (20 litros);

4.7 Fazer validação com fita própria para medir a concentração de Incidin Extra N 1%,

conforme orientação do fabricante, visando verificar a conformidade da

concentração; em caso de não conformidade, desprezar a solução. A validação

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

432

deverá ser repetida duas vezes na semana ás segundas e quartas-feiras, o prazo

máximo de utilização da solução é de 30 dias. Mesmo que a validação esteja em

conformidade, após este período desprezar a solução e realizar novo preparo;

4.8 Registrar a validação em impresso próprio (Anexo 1).

5 OBSERVAÇÃO

5.1 O Incidin Extra N 1% deverá ser utilizado para desinfecção apenas em materiais

plásticos e de borracha. Não utilizar em materiais metálicos ou inox;

5.2 Usar somente recipientes de plástico rígido com tampa para o preparo e

acondicionamento da solução.

5.3 Lavar os artigos com indicação minuciosamente e secá-los antes de submergi-los

completamente na solução.

5.4 Os artigos com indicação de desinfecção por Incidin Extra N 1% devem ser imersos

por 30 minutos na solução, após esse tempo proceder o enxágüe abundante,

secagem minuciosa, acondicionamento e identificação dos materiais.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO

Identificar o recipiente contendo a solução com data, horário, nome e assinatura de quem

preparou, registrar a validação em impresso próprio (Anexo 1). Este registro deverá ser

arquivado na Unidade, podendo após 1 ano ser encaminhado a setor de arquivo da SMS.

REFERÊNCIA

WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge, v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo da solução de Incidin Extra N 1%

433

ANEXO 1 – Impresso para validação

VALIDAÇÃO INCIDIN EXTRA N1%

UNIDADE: _________________________________________________________________

MARCA: __________________________________________________________________

LOTE: ____________________________________________________________________

VALIDADE: ________________________________________________________________

DATA DA DILUIÇÃO: ________________________________________________________

RESPONSÁVEL PELA DILUIÇÃO: ____________________________________________

DATA HORA RESULTADO RESPONSÁVEL

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Eliana Maria Fernandes de Aguiar Tonetto Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 39113

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo da solução de Surfic 1%

434

Preparo da solução de Surfic 1%

1.OBJETIVO

Instruir o preparo da solução de SURFIC (Cloreto de Benzalcônio (máximo de 6%) + PHMB

(mínimo de 3%).

2.CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização de materiais das Unidades e Serviços de Saúde da

Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3.MATERIAL

3.8 Concentrado de SURFIC 1%;

3.9 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado;

3.10 Caixa ou balde plástico rígido com tampa e com capacidade relativa ao volume de

materiais do serviço a ser desempenhado (10 L, 20 L ou volume superior),

previamente limpa;

3.11 Água tratada;

3.12 Fita para validação;

3.13 Livro de registro ou impresso próprio;

3.14 Panos limpos e secos.

4. PROCEDIMENTO

4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.10 Reunir o material necessário;

4.11 Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;

4.12 Verificar o volume final desejado;

4.13 Para preparar a solução de SURFIC 1% na Unidade de Saúde que dispor de frasco

com sistema valvulado, deverá acionar o sistema DUAS VEZES, em que cada aperto

(5ml), OU SEJA TOTAL DE 10 ML, para 990ml de água. A unidade que dispor de

DOSADORA AUTOMATIZADA acoplada ao sistema de água, deverá acionar o

equipamento onde o mesmo irá realizar a diluição desejada automaticamente;

4.14 Para diluição de UBS (10 litros), UBDS e UPA (20 litros);

4.15 Fazer validação com fita própria para medir a concentração de SURFIC 1%,

conforme orientação do fabricante, visando verificar a conformidade da

concentração; em caso de não conformidade, desprezar a solução. A validação

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo da solução de Surfic 1%

435

deverá ser repetida uma vez. O prazo máximo de utilização da solução é de 30 dias.

Mesmo que a validação esteja em conformidade, após este período desprezar a

solução e realizar novo preparo;

4.16 Registrar a validação em impresso próprio.

5.OBSERVAÇÃO

Usar somente recipientes de plático rígido com tampa para o preparo e acondicionamento da

solução.

Lavar os artigos com indicação minuciosamente e secá-los antes de submergi-los

completamente na solução.

Os artigos com indicação de desinfecção por SURFIC 1% devem ser imersos por 10 minutos

na solução, após esse tempo proceder o enxágüe abundante, secagem minuciosa,

acondicionamento e identificação dos materiais.

6.RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

7.REGISTRO

Identificar o recipiente contendo a solução com data, horário, nome e assinatura de quem

preparou, registrar a validação em impresso próprio (Anexo 1). Este registro deverá ser

arquivado na Unidade, podendo após 1 ano ser encaminhado a setor de arquivo da SMS.

REFERÊNCIAS

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies – Brasília: ANVISA, 2012. KRAMER A, SCHWEBK I, KAMPF G. How long do nosocomial pathogenes persist on inanimate

surfaces? A Systematic review. BMC Infect Dis, v. 6, n.130, 2006.

ANEXO 1 – Impresso para validação

VALIDAÇÃO SURFIC

UNIDADE: _________________________________________________________________

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo da solução de Surfic 1%

436

MARCA: __________________________________________________________________

LOTE: ____________________________________________________________________

VALIDADE: ________________________________________________________________

DATA DA DILUIÇO: ________________________________________________________

RESPONSÁVEL PELA DILUIÇÃO: ____________________________________________

DATA HORA RESULTADO RESPONSÁVEL

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO / APROVAÇÃO - 1

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de embalagens para esterilização

437

Preparo de embalagens para esterilização

1 OBJETIVO

Realizar empacotamento de todo o artigo a ser submetido à esterilização.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 EPIs: Gorro e luvas de procedimento

3.2 Artigos a serem submetidos à esterilização

3.3 Papel grau cirúrgico

3.4 Fita Adesiva para alta temperatura

3.5 Fita com indicador químico de processo de esterilização

4 PROCEDIMENTO

5.1 Higienizar as mãos antes de iniciar o empacotamento dos artigos, conforme

procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples

das mãos.

5.2 Vestir EPIs conforme indicação.

5.3 Inspecionar o artigo antes do empacotamento, verificando limpeza integridade e

funcionalidade.

5.4 Abrir e desmontar o máximo possível os artigos articulados.

5.5 Colocar o material diagonalmente no centro da embalagem.

5.6 Dobrar a ponta voltada para o funcionário, levando-a até o centro do pacote, cobrindo

o material e realizando uma dobra na ponta.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de embalagens para esterilização

438

5.7 Trazer uma das laterais até o centro do pacote, deixando uma dobra na ponta.

5.8 Realizar o mesmo procedimento na outra lateral, de modo que cubram todo o artigo.

5.9 Completar o pacote, levando a quarta e última ponta até o centro do pacote. Fechar

com fita indicadora de processo de esterilização, envolvendo todo o pacote, selar o

pacote com duas fitas adesivas para alta temperatura.

5.10 Identificar com uma fita adesiva o pacote com o nome da unidade, conteúdo do

pacote, data da esterilização, data de validade do processo de esterilização e nome

do responsável pelo empacotamento.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de embalagens para esterilização

439

5.11 Após embalagem dos artigos retirar as luvas e higienizar as mãos conforme

procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples

das mãos.

5 OBSERVAÇÃO

A utilização da técnica adequada permite proteção, identificação, manutenção da

esterilidade durante o transporte e manuseio do artigo, facilitando a abertura e utilização

segura.

Apenas para Unidades de Saúde que ainda não estão contemplados na terceirização do

Processo.

6 RESPONSABILIDADE

• Equipe técnica de enfermagem

• Equipe técnica de odontologia

7 REGISTRO

Verificar item 4.9.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRUNA, C. Q. M. Preparo e embalagem dos materiais para esterilização. Enfermagem em CME. Disponivel em < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4168052/mod_resource/content/1/preparo%20e%20embalagem.pdf> Acesso em 24 mai 2019. RIBEIRAO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Comissão de Controle de Infecção. Circular nº 20, de 2008. Ribeirão Preto: Secretaria Municipal da Saúde, 2008. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Práticas recomendadas. 4. ed. São Paulo: SOBEC, 2007.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elisângela Aparecida de Almeida Puga Enfermeira. COREN-SP: 0143873

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Vanessa Van Voltarelli

Enfermeira. Membro CCI/SMS

COREN-SP: 81731

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

440

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e frascos

contendo pó

1 OBJETIVO

Administrar adequadamente os medicamentos mantendo os princípios de controle de

infecção.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Medicamento ampola ou solução (frasco-ampola)

3.3 Recipiente de material perfurocortante

3.4 Algodão

3.5 Seringa de 10 ou 20 mL

3.6 Agulhas 30x0,8 ou 25x0,8

3.7 Álcool a 70%

3.8 Diluente (soro fisiológico 0,9% ou água destilada), para caso de frasco contendo pó

sem diluente.

4 PROCEDIMENTO

4.1 AMPOLA

4.1.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.1.2 Verificar a prescrição (nome do usuário, data da prescrição, nome e dosagem

do medicamento a ser administrado, via de administração do medicamento,

frequência e horário de administração do medicamento, assinatura e carimbo

do prescritor);

4.1.3 Revisar as informações pertinentes relacionadas ao medicamento,

verificando ação, dose e via, finalidade, efeitos colaterais, implicações para a

enfermagem;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

441

4.1.4 Examinar a história clínica, a história de alergias e a medicamentos do

usuário.

4.1.5 Examinar a constituição corporal, o tamanho do músculo e o peso quando

administrar injeção subcutânea ou intramuscular.

4.1.6 Preparar o medicamento para um usuário de cada vez;

4.1.7 Se possível, somente preparar o medicamento diante o usuário ou

acompanhante/cuidador;

4.1.8 Bater no ápice da ampola de maneira suave e rápida com o dedo, até que o

líquido se desloque do gargalo da ampola;

4.1.9 Colocar um chumaço de algodão ao redor do gargalo da ampola;

4.1.10 Quebrar o ápice da ampola de forma rápida e firme no sentido para longe das

mãos;

4.1.11 Aspirar rapidamente o medicamento, usando uma agulha longa;

4.1.12 Segurar a ampola de cabeça para baixo, ou colocá-la em uma superfície

plana. Não permita que a extremidade ou corpo da agulha toque na borda da

ampola;

4.1.13 Aspirar o medicamento na seringa puxando suavemente o êmbulo;

4.1.14 Manter a extremidade da agulha sob a superfície do líquido. Incline a ampola

para colocar todo o líquido dentro do alcance da agulha;

4.1.15 Quando as bolhas de ar são aspiradas, não retirar o ar dentro da ampola;

4.1.16 Para expelir o excesso de ar, retirar a agulha da ampola. Segurar a seringa

com a agulha apontando para cima, bater levemente na seringa de modo que

as bolhas subam. Puxar ligeriamente para traz o êmbulo e empurre-o no

sentido de ejetar o ar. Não ejete o líquido;

4.1.17 Realizar o reencape passivo da agulha.

4.2 FRASCO CONTENDO SOLUÇÂO

4.2.1 Remover a capa que cobre a tampa do frasco para expor a vedação de

borracha estéril, mantendo a borracha estéril;

4.2.2 Em caso de frasco multidoses que já tiver sido usado anteriormente, a tampa

já foi removida. Limpar de forma firme a superfície da vedação de borracha

com algodão embebido em álcool a 70% e aguardar ficar bem seca;

4.2.3 Pegar uma seringa e conectar a agulha. Remover a capa da agulha, puxar o

êmbulo para trás e aspirar a quantidade de ar equivalente ao volume da

medicação a ser aspirada do frasco;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

442

4.2.4 Com o frasco em uma superfície plana, inserir a ponta da agulha com o bisel

entrando primeiro no centro da vedação da borracha. Aplique pressão na

ponta da agulha durante a inserção;

4.2.5 Injetar ar no espaço interno do frasco, segurando o êmbulo da seringa, com

uma pressão firme. A pressão de ar dentro do frasco algumas vezes força o

êmbulo para trás;

4.2.6 Inverter o frasco e manter a seringa e o êmbulo firmes. Segurar o frasco entre

o polegar e o indicador da mão não dominante. Apertar a extremidade do tubo

da seringa e o êmbulo com o polegar e o dedo indicador da mão dominante

para contrapor a pressão do frasco.

4.2.7 Manter a ponta da agulha abaixo do nível do líquido.

4.2.8 Permitir que a pressão do ar do frasco preencha a seringa gradualmente com

o medicamento. Se necessário, puxar devagar o êmbulo para obter a

quantidade correta da solução;

4.2.9 Remover a agulha do frasco puxando o tubo da seringa para trás;

4.2.10 Segurar a seringa ao nível dos olhos, em um ângulo de 90º, para assegurar

o volume correto e a ausência de bolhas de ar. Remover qualquer restante de

bolhas de ar, puxando o êmbolo par trás e empurrando-o para ejetar o ar.

4.2.11 Se a medicação for administrada no tecido do usuário, troque de agulha para

o calibre e comprimento adequados, de acordo com a via de administração;

4.2.12 Para frascos de doses múltiplas, faça um rótulo com data da mistura, validade,

assinatura de quem preparou.

4.3 FRASCO CONTENDO PÓ

4.3.1 Remover a capa que estiver cobrindo o frasco de um medicamento em pó e

a tampa do frasco contendo o diluente, apropriado. Limpar firmemente ambas

as vedações com algodão embebido em álcool a 70% e aguardar secar;

4.3.2 Puxar o diluente na seringa segundo a orientação da ampola (4.1)

4.3.3 Inserir no frasco a ponta da agulha através do centro da vedação de borracha

do frasco;

4.3.5 Injetar o diluente no frasco;

4.3.6 Remover a agulha;

4.3.7 Misturar o medicamento completamente, rolando o frasco entre as palmas,

não agitar;

4.3.8 O medicamento reconstituído no frasco está pronto para ser usada;

4.3.9 Ler o rótulo cuidadosamente para determinar a dose a ser aplicada;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Preparo de medicamentos a partir de ampolas, solução e fracos contendo pó

443

4.3.10 Preparar a medicação na seringa conforme passos 4.2;

4.3.11 Descartar todo material cortante na caixa apropriada.

5 OBSERVAÇÃO

Não se aplica.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Não se aplica

REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: considerações sobre seu uso. BIT - Boletim Informativo de Técnovigilância, Brasília, DF, n. 2, abr./maio/jun. 2011. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cátia Helena Damando Salomão

Enfermeira. COREN-SP: 144846

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Zigmar Borges Nunes

Enfermeira. COREN-SP: 72799

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Pressão digital de pulso

444

Pressão digital de pulso

1 OBJETIVO

Promover a interrupção de fluxo sanguíneo para contenção de hemorragia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de

Assistência Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Gaze ou curativo cirúrgico;

3.2 Bandagem ou faixa crepe.

4 PROCEDIMENTO

Figura 1

4.1 Realize a compressão digital dos seguintes pontos arteriais: artéria braquial para

sangramento de membros superiores; artéria femoral para hemorragia de membros

inferiores; artéria temporal para sangramento do couro cabeludo e artéria radial para

sangramento da mão.

4.2 Realize a compressão continuamente até chegada ao serviço de saúde orientado

pela Central de Regulação Médica.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Pressão digital de pulso

445

Figura 2

Fonte: http://www.bombeirosemergencia.com

Figura 3

Fonte: http://www.isaudebahia.com.br

5 OBSERVAÇÔES

Quando se cuida de um ferimento com um objeto empalado, a pressão deve ser aplicada

em ambos os lados do objeto, e não sobre o objeto. Nunca remover o objeto;

Caso as mãos estejam realizando atividades vitais, pode ser criado um curativo de

compressão usando chumaços de gaze e uma bandagem elástica ou com a utilização do

manguito do aparelho de pressão, inflando-o até que a hemorragia pare. O curativo

compressivo deve ser identificado com o horário de instalação, sendo seu tempo limite de

10 minutos. O torniquete também deve ter o horário de instalação identificado e seu tempo

limite é de 120 a 150 minutos. Não descomprimir em nenhum momento depois de instalado

seja o curativo compressivo, seja o torniquete, por isso o transporte para tratamento

definitivo é imprescindível (PHTLS, 2014).

A aplicação de compressão direta em uma hemorragia de vulto é prioritária com relação

à realização de acessos venosos e reanimação circulatória, por meio de soroterapia

(PHTLS, 2014).

Para realização das intervenções utilize sempre equipamentos de proteção individual

(EPI), como óculos, luvas e máscara facial.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Pressão digital de pulso

446

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de do usuário com assinatura e

carimbo constando número do registro de classe de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, B. M. Hemorragia e choque. In: TRAUMA: atendimento pré-hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2001. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Enfermeira. COREN-SP: 268146

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Prova do laço

447

Prova do laço

1 OBJETIVO

É utilizada na prática clínica como um dos elementos para triagem dos usuários com

suspeita de Dengue. É uma prova que representa a fragilidade capilar e deve ser realizada,

obrigatoriamente, em todos os casos suspeita clínica da doença não apresentem sinais de

sangramento espontâneo e nem sinal clínico de alarme e/ou choque. Deve ser repetida no

acompanhamento clínico apenas se previamente negativa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Esfigmomanômetro

3.3 Estetoscópio

3.4 Caneta esferográfica

3.5 Régua comum ou fita métrica

3.6 Relógio

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou

higienização simples das mãos;

4.2 Explicar o propósito e procedimento do teste ao usuário;

4.3 Dizer ao usuário que ele pode sentir desconforto e parestesia no membro durante a

realização do procedimento;

4.4 Anotar quaisquer medicamentos que o usuário esteja em uso;

4.5 Escolher o local de realização da prova, no antebraço que não tenha fístula

arteriovenosa, lesões ou esvaziamento ganglionar e que preferencialmente não seja

pigmentado ou tenha muitos pelos. Na impossibilidade desse local, pode-se medir a

pressão arterial em coxa, utilizando manguito mais largo ou de adulto.

4.6 Verificar a Pressão Arterial conforme procedimento operacional 013;

4.7 Calcular o valor médio da Pressão Arterial pela fórmula (PAS + PAD)/2

4.8 Insulflar o manguito até o valor médio.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Prova do laço

448

4.9 Manter o manguito insulflado durante 5 minutos no adulto e 3 minutos em crianças,

ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses. Caso a prova do laço apresente-

se positiva antes do tempo preconizado para adultos e crianças ela pode ser

interrompida.

4.10 Desenhar um quadrado com 2,5 cm2, no antebraço, no local de maior concentração

de petéquias;

4.11 Soltar o ar do manguito, retirá-lo do usuário;

4.12 Proceder à leitura do resultado:

• Contar o número de petéquias formadas dentro do quadrado;

• A prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias dentro do quadrado em

adultos e 10 ou mais em crianças

• Atenção para o surgimento de possíveis petéquias em todo o antebraço, dorso

das mãos e nos dedos.

4.13 Higienizar as mãos conforme procedimento de fricção antisséptica das mãos ou

higienização simples das mãos;

4.14 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

O resultado positivo pode reforçar a hipótese de dengue e aponta para uma necessidade

de maior atenção ao usuário.

A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o choque.

É importante ressaltar que a prova do laço não confirma e nem exclui o diagnóstico de

dengue.

A prova do laço pode ser realizada por todos os Profissionais de Enfermagem desde que

capacitados, orientados e supervisionados pelo Enfermeiro, entretanto, segundo o

PARECER COREN - SP 013/2014–CTPRCI n°106.428/2013, a leitura e interpretação do

resultado da prova deve ser feita pelo Enfermeiro.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Prova do laço

449

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado bem como o resultado encontrado, aceitação ou recusa

do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a prova

em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial e no Cartão de Acompanhamento de

Dengue.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: manual de enfermagem. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP 013/2014 – CT PRCI n° 106.428/2013, de 31 de janeiro de 2014. Realização da prova do laço por técnico e auxiliar de enfermagem. Disponível em: <http://ouvidoria.cofen.gov.br/coren-sp/transparencia/19078/download/PDF>. Acesso em: 19 mai 2019.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Susana I. Segura Muñoz.

Bióloga.

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

450

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

1 OBJETIVO

Realizar punção arterial para coleta de sangue para exames laboratoriais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja;

3.2 Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento, óculos);

3.3 Algodão;

3.4 Álcool a 70%;

3.5 Agulha (25x0,7 ou 25x0,8);

3.6 Microfusor (escalpe ou butterfly) 23 ou 25;

3.7 Seringa de acordo com o volume de sangue necessário para os exames;

3.8 Tubos para coleta;

3.9 Grade ou recipiente para acondicionamento dos tubos;

3.10 Requisição de exames;

3.11 Etiquetas para identificação dos tubos;

3.12 Recipiente para descarte de resíduo perfurocortante.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Preparar o material;

4.3 Identificar-se e explicar o procedimento para o usuário e/ou acompanhante;

4.4 Coleta da amostra de sangue:

▪ Identificar o usuário pelo nome completo (nome social, quando houver), verificar

exames solicitados, o preparo para os mesmos (se necessário) e proceder à

identificação dos tubos;

▪ Calçar luvas de procedimento;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

451

▪ Selecionar o local da punção: Realizar o teste de Allen (segurar a mão do usuário

firmemente e o profissional comprime as duas artérias ulnar e radial. O usuário,

então, relaxa e aperta a mão até que ela esteja esbranquiçada. O profissional

libera a pressão da artéria ulnar e observa o retorno da coloração para a mão.

Quando a coloração retornar dentro de 5 a 7 segundos, a circulação ulnar é

adequada. Se demorar mais de 15 segundos para o retorno, o enchimento ulnar

é inadequado e esta artéria radial não deve ser puncionada);

▪ Selecionar a artéria desejada;

▪ Realizar a palpação e localização da artéria com os dedos indicador e médio,

efetuando compressão suficiente para imobilizar, sem perder o batimento arterial;

▪ Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com o algodão embebido

em álcool a 70% com movimento centrífugo (circular, único, do centro para fora);

▪ Aguardar o antisséptico secar espontaneamente;

▪ Inserir a agulha entre os dedos indicador e médio, com o bisel da agulha voltado

para cima, em um ângulo de 30º na direção do sentido da artéria radial, 45º na da

braquial e 90º na da femoral;

▪ Puxar delicadamente o êmbolo e realizar a aspiração da quantidade necessária

de sangue para o(s) exame(s);

▪ Retirar a agulha comprimindo o local da punção com algodão seco por

aproximadamente 5 minutos ou até total estancamento de sangue (hemostasia);

▪ Colocar o sangue no(s) tubo(s) sem utilização de agulha, através da abertura do(s)

tubo(s), sem contaminação da(s) tampa(s), deixando que o sangue escorra

lentamente pela(s) parede(s) do(s) mesmo(s);

▪ A ordem correta para coleta nos tubos é: primeiro – tubo citrato (tampa azul);

segundo - tubo com gel (tampa amarela, vermelha); terceiro – tubo com EDTA

(tampa roxa); quarto – tudo com fluoreto (tampa cinza);

▪ Homogeneizar o tubo (exceto os de tampa amarela ou vermelha) com movimento

inversão de 8 a 10 vezes, mantendo o tubo em posição vertical por 30 minutos em

grade para acondicionamento;

▪ Descartar o material usado de acordo com as normas de descarte de resíduos;

▪ Encaminhar as amostras de acordo com os fluxos estabelecidos.

5 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção arterial para coleta de sangue para análise laboratorial

452

6 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, artéria puncionada, agulha escolhida, amostras

coletadas, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica

em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BARE, B. G.; SUDDARTH, D. S. Brunner: tratado de enfermagem médico – cirúrgico. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. CHAVES, S. et al. Procedimento operacional padrão de enfermagem para coleta de sangue arterial. Rio de Janeiro: HUPE/UFRJ, 2014. MACHADO, A. M. O.; MORALES JUNIOR, A.; FRIGATTO, E. A. M. Manual de coleta de material biológico. São Paulo: UNIFESP, 2015.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Danielle Cristine Martins Enfermeira. COREN-SP: 94671 Zigmar Borges Nunes

Enfermeira. COREN-SP: 72799

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

453

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

1 OBJETIVO

Realizar punção venosa para coleta de sangue para exames laboratoriais, exceto

hemocultura.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento, óculos)

3.3 Algodão

3.4 Álcool a 70%

3.5 Dispositivo de coleta de sangue a vácuo (adaptador de coleta de sangue a vácuo, com

agulha distal acoplada para a transferência do sangue diretamente para o tubo, sem a

necessidade de manuseio do sangue e abertura do tubo)

3.6 Garrote

3.7 Tubos para coleta

3.8 Grade ou recipiente para acondicionamento dos tubos

Requisição de Exames

3.9 Etiquetas para identificação dos tubos

3.10 Recipiente para descarte de resíduo perfurocortante com adaptador para desconexão e

descarte de agulha.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Preparar o material;

4.3 Escolha da agulha:

4.3.1 O calibre agulha acoplada a seringa do sistema à vácuo deve ser compatível

com a veia escolhida;

4.4 Escolha do local de punção:

4.4.1 Local de maior facilidade de higienização e garantia de assepsia;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

454

4.4.2 Sem escoriações e complicações mecânicas (hematoma, equimose,

anastomose);

4.4.3 Vasos mais calibrosos;

4.4.4 Local de maior conforto e segurança;

4.4.5 Evitar locais com possíveis fatores de risco (cateteres pré-existentes,

deformidade anatômica);

4.4.6 Não realizar punção de membros com esvaziamento ganglionar

(mastectomizados) e fístula arteriovenosa;

4.5 Coleta da amostra de sangue:

• Explicar o procedimento ao usuário;

• Identificar o usuário pelo nome completo (nome social, quando houver), verificar

exames solicitados, o preparo para os mesmos (se necessário) e proceder à

identificação dos tubos;

• Calçar luvas de procedimento;

• Selecionar o local da punção;

• Instalar o garrote aproximadamente a 4 cm acima do local escolhido para coleta

de sangue;

• Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com o algodão embebido

em álcool a 70% com movimento centrífugo (circular, único, do centro para fora);

• Aguardar o antisséptico secar espontaneamente;

• Estirar a pele com a mão não dominante e introduzir a agulha para punção com o

bisel voltado para cima;

• Introduzir os tubos um a um, de forma que o sangue escorra pela parede do tubo.

Aguardar o adequado enchimento do tubo para retirar do sistema;

• Retirar o garrote assim que o sangue refluir para dentro do tubo para continuar as

demais coletas (não exceder o tempo de 1 minuto com o membro garroteado);

• A ordem correta para coleta nos tubos é: primeiro – tubo citrato (tampa azul);

segundo - tubo com gel (tampa amarela, vermelha); terceiro – tubo com EDTA

(tampa roxa); quarto – tudo com fluoreto (tampa cinza);

• Homogeneizar o tubo (exceto os de tampa amarela ou vermelha) com movimento

inversão de 8 a 10 vezes, mantendo o tubo em posição vertical por 30 minutos em

grade para acondicionamento;

• Com auxílio de um algodão apoiar o local de inserção da agulha retirando-a em

movimento único e solicitando ao usuário que comprima o local sem dobrar o

braço por alguns minutos;

• Descartar o material usado de acordo com as normas de descarte de resíduos;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

455

• Retirar as luvas de procedimento;

• Encaminhar as amostras de acordo com os fluxos estabelecidos.

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Na impossibilidade do uso do sistema a vácuo, pode-se utilizar cateter intravenoso,

microfusor (escalpe ou butterfly) ou agulha acoplados à seringa de acordo com o

volume de sangue necessário para os exames. Aspirar a quantidade de sangue

necessária. Colocar o sangue no(s) tubo(s) sem utilização de agulha, através da

abertura do(s) tubo(s), sem contaminação da(s) tampa(s), deixando que o sangue

escorra lentamente pela(s) parede(s) do(s) mesmo(s);

5.2 Para o envio da(s) amostra(s) para o laboratório, é necessário gerar amostra e lote

no Sistema Hygia.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

• Farmacêutico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, membro puncionado, cateter/agulha escolhido,

amostras coletadas, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem

realizou a técnica em prontuário ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

MACHADO, A. M. O.; MORALES JUNIOR, A.; FRIGATTO, E. A. M. Manual de coleta de material biológico. São Paulo: UNIFESP, 2015. PAULI, C. Procedimento operacional padrão (POP): coleta de sangue venoso para análise laboratorial. Florianópolis: UFSC, 2017.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira COREN-SP: 0112551 Elisângela Aparecida de Almeida Puga

Enfermeira. COREN-SP: 0143873 Camila Balsero Sales

Enfermeira COREN-SP: 76434

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para coleta de sangue venoso

456

Ana Paula Raizaro Enfermeira COREN-SP: 114587

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

457

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

1 OBJETIVO

Realizar punção venosa para administração de medicamentos e soroterapia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Assistência Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Luvas de procedimento não estéril

3.3 Cateter intravenoso

3.4 Algodão

3.5 Álcool a 70%;

3.6 Garrote

3.7 Curativo transparente estéril ou micropore ou esparadrapo;

3.8 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Preparar o material;

4.3 Abrir o pacote do cateter intravenoso com técnica estéril;

4.4 Escolha do cateter:

4.4.1 Devem ser escolhidos preferencialmente cateteres flexíveis;

4.4.2 O calibre do cateter deve ser compatível com a veia escolhida;

4.5 Escolha do local de punção:

4.5.1 Local de maior facilidade de higienização e garantia de assepsia;

4.5.2 Sem escoriações e complicações mecânicas (hematoma, equimose,

anastomose);

4.5.3 Vasos mais calibrosos;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

458

4.5.4 Local de maior conforto e segurança;

4.5.5 Evitar locais com possíveis fatores de risco (cateteres pré-existentes,

deformidade anatômica);

4.5.6 Evitar áreas com dor, sensibilidade e infecção;

4.5.7 Evitar fossa antecubital;

4.5.8 Não realizar punção de membro previamente afetado por acidente vascular

encefálico, com paralisias, membros com esvaziamento ganglionar

(mastectomizados) e fístula arterio-venosa;

4.6 Inserção do cateter:

4.6.1 Explicar o procedimento ao usuário;

4.6.2 Identificar o usuário pelo nome completo (nome social, quando houver),

verificar a prescrição médica;

4.6.3 Avaliar histórico de alergias;

4.6.4 Preparar o medicamento e/ou soroterapia;

4.6.5 Calçar luvas de procedimento não estéril;

4.6.6 Selecionar o local da punção;

4.6.7 Instalar o garrote aproximadamente a 10 a 15 cm acima do local escolhido

para punção;

4.6.8 Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com algodão

embebido em álcool a 70% antisséptico com movimento centrífugo (circular,

único, do centro para fora);

4.6.9 Observar sujidade da pele e, se necessário, realizar novamente antissepsia

com outro algodão;

4.6.10 Aguardar a evaporação do antisséptico espontaneamente;

4.6.11 Remover o protetor do cateter intravenoso;

4.6.12 Estirar a pele com a mão não dominante;

4.6.13 Não tocar no local selecionado para a punção;

4.6.14 Introduzir o cateter com o bisel voltado para cima, num ângulo de 10° a 30°

compatível com a profundidade da veia;

4.6.15 Observar o fluxo de sangue pelo lumen do cateter;

4.6.16 Estabilizar o cateter com uma mão e soltar o garrote com a outra;

4.6.17 Instalar medicação, soroterapia ou salinizar de acordo com prescrição;

4.6.18 Para fixar o cateter, usar curativo transparente estéril;

4.6.19 Na ausência do curativo transparente estéril a fixação do cateter deverá ser

feita com micropore, preferencialmente, ou esparadrapo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

459

4.6.20 Identificar o curativo com data, hora de inserção, calibre e identificação do

profissional.

4.7 Manutenção do cateter:

4.7.1 Higienizar as mãos antes de manipular;

4.7.2 Calçar luvas de procedimento não estéril a cada manipulação;

4.7.3 Sempre antes de administrar medicamentos ou soro, realizar a desinfecção

do orifício do dispositivo de infusão com álcool a 70%.

4.8 Troca do cateter venoso periférico:

4.8.1 Rotineiramente a cada 96 horas. Clientes com difícil acesso, solicitar

avaliação do enfermeiro do plantão;

4.8.2 Em caso de quebra de técnica asséptica;

4.8.3 Em caso de sinais de flebite.

4.9 Curativo da punção venosa periférica:

4.9.1 Caso a inserção tenha sido em situação de urgência, observar e, se

necessário, trocá-lo em 24 horas;

4.9.2 O curativo transparente estéril não deverá ser substituído durante todo o

período de permanência do cateter, exceto nas seguintes situações: em

caso de umidade, extravasamento de sangue e sujidade visível;

4.9.3 Nos casos especiais em que o cateter permaneça por mais de 96 horas, o

curativo transparente estéril deverá ser substituído ao completar 7 dias de

permanência;

4.9.4 Nos casos específicos em que seja utilizado micropore ou esparadrapo para

fixação da punção, o curativo deverá ser diário, procedendo-se da seguinte

forma:

4.9.5 Remover o curativo anterior;

4.9.6 Realizar antissepsia do local de inserção com álcool a 70%;

4.9.7 Observar condições do local de inserção do cateter;

4.9.8 Colocar nova cobertura;

4.9.9 Identificar: Data da punção, data e horário da troca do curativo, tipo e

número do dispositivo, responsável pela inserção.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Punção venosa periférica para medicamentos e soroterapia

460

4.10 Retirada do cateter:

4.10.1 Com auxilio de algodão apoiar o local de inserção do cateter retirando-o em

movimento único e solicitando ao paciente que comprima o local sem dobrar

o braço por alguns minutos;

4.10.2 Descartar o material usado de acordo com as normas de descarte de

resíduos.

5 OBSERVAÇÃO

A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem;

• Técnico em Enfermagem;

• Enfermeiro;

• Médico.

7 REGISTRO E INDEXAÇÃO

Registrar o procedimento realizado, membro puncionado, cateter escolhido, data e horário

do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário ou Ficha

de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIA

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira COREN-SP: 0112551

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Lauren Suemi Kawata Enfermeira COREN-SP: 126659 Marisa Akiko Iwamoto Enfermeira. COREN-SP: 0115839

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Realização de prova tuberculínica

461

Realização de prova tuberculínica

1 OBJETIVO

Aplicação e leitura da Prova Tuberculínica – PPD.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Referência para o tratamento de tuberculose: Centro de Referência José

Roberto Campi, Centro de Referência em Especialidades Central e Centro de Referência

Alexander Fleming.

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento

3.2 Frasco com solução de tuberculina

3.3 Agulha 13 x 3,8

3.4 Seringa de 1 mL

3.5 Algodão hidrófilo

3.6 Geladeira para imunobiológicos ou caixa térmica

3.7 Etiqueta com identificação

3.8 Recipiente para descarte

3.9 Óculos

4 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO

4.1 Orientar o usuário quanto ao procedimento e à leitura em 72 horas;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos e utilizar luvas de procedimento;

4.3 Retirar da geladeira/caixa térmica o frasco da tuberculina, conferindo o nome, número

de doses, prazo de validade e aspecto do produto;

4.4 Remover o lacre;

4.5 Ajustar a agulha na seringa descartável;

4.6 Introduzir a agulha no frasco de tuberculina e aspirar 0,1 mL do líquido;

4.7 Realizar o reencape passivo da agulha;

4.8 Retirar o ar contido na seringa fora do frasco;

4.9 Colocar o frasco de tuberculina na caixa térmica/geladeira;

4.10 Aplicar imediatamente a tuberculina, selecionando o terço médio do antebraço

esquerdo, na intraderme, selecionar local com pouco pelo, sem tatuagem, cicatriz ou

lesões de pele. Introduzir o bisel voltado para cima de forma visível ao aplicador até

que o bisel desapareça;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Realização de prova tuberculínica

462

4.11 Injetar lentamente 0,1 mL de tuberculina;

4.12 Retirar a seringa com agulha e desprezar na caixa coletora

4.13 Agendar a data da leitura.

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Em caso de extravasamento importante de líquido durante a aplicação, repetir o

procedimento em local diferente, isto é, dois dedos abaixo ou acima da primeira

aplicação ou no outro braço e registrar o fato;

5.2 Não deixar em repouso a seringa com dose preparada para posterior aplicação;

5.3 Não é necessário trocar agulha para aplicação e não se deve deixar a agulha presa

ao frasco para aspiração

5.4 Informe ao usuário que não deve coçar, nem colocar qualquer substância em caso

de prurido ou dor no local da aplicação. Explique também que a enduração

desaparecerá gradativamente nos dias seguintes.

6 PROCEDIMENTO DE LEITURA

• Verificar se há iluminação suficiente para realização da leitura;

• Manter o antebraço do indivíduo relaxado e levemente fletido;

• Procurar indício de enduração, apalpando suavemente com o dedo indicador,

determinando o contorno da mesma;

• Caso haja enduração, delimitar a borda externa com o dedo indicador e fixar esse

limite com a régua, evitando marcar a pele;

• Delimitar a borda interna com o dedo indicador;

• Retirar a régua do limite externo, marcando visualmente o local;

• Posicionar a régua transversalmente ao eixo do braço e medir e registrar em milímetros

o maior diâmetro transverso da enduração;

• Explicar o resultado ao cliente;

• Registrar o resultado no sistema Hygia e imprimir o laudo.

7 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem capacitado

• Técnico de enfermagem capacitado

• Enfermeiro

8 REGISTRO

Registrar o procedimento no sistema Hygia e anexar ao prontuário do usuário.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Realização de prova tuberculínica

463

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Técnicas de aplicação e leitura da prova tuberculínica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lis Aparecida de Souza Neves Enfermeira. COREN-SP: 40 985

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

464

Reanimação Cardiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida

(SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

1 OBJETIVO

Realizar os procedimentos destinados a manter a circulação de sangue oxigenado para o

cérebro e outros órgãos vitais após uma parada cardíaca, com a inclusão da desfibrilação

elétrica através do uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA).

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

– SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de

Saúde da Família (USF), Núcleo de Gestão Assistencial (NGA-59) da Secretaria Municipal

da Saúde de Ribeirão Preto – SP.

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de proteção individual (luvas, óculos de proteção biológica, máscaras

de barreira)

3.2 Bolsa valva-máscara com reservatório e extensão de PVC (AmbúR)

3.3 Torpedo/fonte de oxigênio

3.4 Prancha rígida/tábua de RCP

3.5 Desfibrilador Externo Automático com os eletrodos pré-conectados

3.6 Cânulas orofaríngeas (Guedel)

3.7 Aspirador de secreções montado com ponta rígida.

3.8 Tesoura (para cortar as roupas ou pêlos do tórax)

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual

4.2 Aproximar-se do usuário após avaliação da cena e certificar-se da segurança do

local;

4.3 Avaliar a responsividade do usuário: se irresponsivo, verificar se respira ou se há

evidência de respiração anormal (“gasping”) ou ruidosa, checar pulso.

4.4 Na presença dos sinais inconsciência, ausência de respiração normal, ausência de

pulso: chamar por ajuda comunicando a ocorrência de uma Parada

Cardiorrespiratória (solicitar a presença de uma Unidade de Suporte Avançado no

local para as USB do SAMU; médico e equipe de enfermagem nas Unidades de

Saúde);

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

465

4.5 Iniciar a RCP:

4.5.1 Posicionar o usuário em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida;

4.5.2 Remover as roupas que estiverem cobrindo o tórax do usuário;

4.5.3 Posicionar as mãos colocando a face tenar de uma das mãos sobre o tórax

do usuário, entre os mamilos; colocar a outra sobre esta e entrelaçar os

dedos; aplicar movimentos de compressão em um ângulo de 90o em uma

frequência de 100 a 120 compressões por minuto, e profundidade de 5 cm

(no máximo 6 cm) para usuários adultos (figuras 1 e 2);

Figura 1 Figura 2

Fonte: Silva (2015)

4.5.4 Realizar as compressões, permitindo o retorno do tórax após cada

compressão, até a chegada do DEA;

4.5.5 Preparar o DEA para uso (figura 3): ligar o aparelho, abrir a embalagem dos

eletrodos de acordo com as instruções do rótulo, observando se estão no

tamanho adequado para a idade do usuário (adulto ou pediátrico);

Figura 3

Fonte: arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

4.5.6 Certificar-se de que o tórax do usuário esteja seco; se o usuário for do sexo

masculino e se houver necessidade, cortar os pelos do tórax;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

466

4.5.7 PARA OS MODELOS DE DEA QUE POSSUEM SENSOR DE RCP:

posicionar o sensor de RCP sobre o esterno do usuário, orientando-se pelas

linhas cruzadas do mesmo, da seguinte forma: linha horizontal alinhada com

os mamilos e linha vertical alinhada com a linha mediana do corpo, e

pressionar para aderir à pele (figura 4)

4.5.8 Colocar os eletrodos no peito do usuário, pressionando para a aderência

adequada à pele colocando o eletrodo superior à direita da parte superior do

esterno, abaixo da clavícula, e o eletrodo inferior à esquerda, abaixo do

mamilo, sendo que seu centro deve estar na linha média axilar (figura 4);

Figura 4

Fonte: Silva (2015)

4.5.9 Aguardar a análise do ritmo: se choque indicado, o aparelho dará uma

advertência para todos se afastarem do usuário e pressionar o botão de choque,

após aplicado realizar um ciclo de RCP e verificar o pulso, permitir nova análise

pelo DEA, se choque não indicado, verificar pulso, se não encontrado, iniciar a

RCP, sempre pelas compressões; Abrir as vias aéreas e aplicar 2 ventilações

rápidas (1 segundo) através do ambú e máscara conectados a uma rede de

oxigênio conforme procedimentos operacionais (figura 5);

Figura 5

Fonte: Silva (2015)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

467

4.5.10 Realizar esta sequência de 30 compressões e 2 ventilações por 2 minutos

com atenção para minimizar as interrupções nas compressões para as

ventilações, após os quais o aparelho dará novas instruções para interrupção

da RCP e análise do ritmo cardíaco (caso não seja possível, aplicar somente

as compressões num ritmo de 100 a 120min.);

4.5.11 Checar o pulso do usuário após cada ciclo de 2 minutos seguido de análise

do ritmo;

OBS: Os passos desse procedimento estão organizados em um algoritmo no

anexo

4.5.12 Manter os procedimentos até a chegada da Unidade de Suporte Avançado ao

local. Quando o atendimento for realizado pela USB e não houver

disponibilidade de USA naquele momento, realizar 2 a 3 ciclos de 2 min e

preparar o usuário para o transporte até a Unidade de Saúde mais próxima.

4.5.13 Passar o plantão para o profissional que irá assumir o atendimento, desligar

o aparelho e retirar as pás adesivas somente após a instalação de outro

recurso ou da interrupção dos procedimentos pelo médico intervencionista.

4.9 Após o término dos procedimentos, encaminhar o material sujo para limpeza e

desinfecção conforme rotina do serviço.

4.10 Realizar a limpeza e desinfecção do DEA com um pano macio umedecido com

Incidim. Conectar um novo gel adesivo no eletrodo reusável (DEA Zoll Pro) ou um

novo conjunto de eletrodos descartáveis para os demais modelos e guardar o

aparelho em local seguro.

4.11 Providenciar reposição dos eletrodos conforme fluxograma estabelecido pela SMS.

5 OBSERVAÇÔES

5.1 Não coloque os eletrodos diretamente sobre um marcapasso implantado. Caso o

usuário tenha um marca-passo ou desfibrilador implantado no tórax superior à direita,

posicione os eletrodos levemente angulados, evitando coloca-los sobre o dispositivo;

5.2 Mantenha o cabo do eletrodo sempre conectado ao aparelho;

5.3 Usar o eletrodo pediátrico em crianças com menos de 8 anos de idade ou 25 kg, com

atenção ao posicionamento dos eletrodos conforme figura 7.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

468

Figura 7

Fonte: Arquivos SAMU Regional Ribeirão Preto

5.4 Afastar o usuário de superfícies condutivas ou poças de água antes de usar o

aparelho, sempre se afastando do usuário ao realizar a leitura e aplicar o tratamento

(choque).

5.5 As unidades de DEA marca Zoll e CMOS- DRAKE possuem autotestes automáticos

para verificar a integridade e prontidão do aparelho. O aparelho realiza um autoteste

sempre que é ligado, sempre que uma bateria é instalada, ou em intervalos

periódicos quando no modo standby. Os aparelhos marca Zoll possuem a opção de

auto teste manual, que deve ser realizado cada 7 dias, pressionando e segurando o

botão Lig/Deslig. por 5 segundos. A realização deste teste deve ser registrada em

impresso próprio (Checklist SAMU ou procedimento operacional padronizado). Ao

término do teste o DEA envia mensagens de voz e de texto com o diagnóstico do

teste realizado, além disto aparece no visor uma marca de verificação, sendo que

verde (V) indica que os testes foram aprovados e um (X) vermelho indica falha ou

defeito.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor

• Técnico de Enfermagem

• Auxiliar de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar devidamente a assistência prestada na FICHA REGISTRO DO ATENDIMENTO

DE ENFERMAGEM (RAE – SAMU) e Ficha atendimento do usuário nas Unidades de

saúde, com assinatura e carimbo constando nº do COREN.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

469

REFERÊNCIAS

AMERICAN HEART ASSOCIATION. American Heart Association guidelines update for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation, Hagerstown, v. 132, p. S315-S367, 2015. Supl. 2. SILVA, A. C. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a capacitação em parada cardiorrespiratória. 2015. Dissertação (Mestrado em Tecnologia e Inovação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-02022016-104809/>.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Leila Aparecida de Castro Pereira Enfermeira Responsável Técnica SAMU Regional Ribeirão Preto COREN-SP: 34516

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reanimação carfiorrespiratória (RCP) em Suporte Básico de Vida (SBV) com uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA)

470

ANEXO

Fonte: Silva (2015)

ALGORITMO DO ATENDIMENTO À PCR POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Não Sim

Respiração normal Sem respiração ou respiração anormal (gasping)

Se a vítima parar de respirar

Ausente Presente

se pulso ausente

sim Não

Verifique o pulso

Abra via aérea e aplique 1

ventilação a cada 6 seg.

Inicie ciclos de 30 compressões torácicas,

abra as vias aéreas e aplique 2 ventilações

Reavalie o pulso a cada

2 minutos

Assim que o DEA chegar, ligue-o e siga as instruções

Após todos se afastarem da vítima, pressione o botão e

aplique o choque. Reinicie a RCP por 2 min.

Reinicie a RCP por 2 min.

Continue até que uma Unidade de Suporte Avançado chegue ou que a

vítima retorne à consciência. A cada 2 minutos o DEA irá analisar o ritmo,

cheque o pulso e aproveite este momento de pausa para revezar as

compressões com outro socorrista.

Aproxime-se da vítima após avaliação da cena e

segurança do local

Apresente-se e pergunte se ela precisa

de ajuda

Vítima responsiva?

Avalie a respiração

Avalie a responsividade da vítima

Colocar em posição de recuperação e solicitar

o Suporte Avançado de Vida (SAV)

Solicite um DEA/Desfibrilador e apoio do SAV.

Verifique o pulso da vítima em menos de 10

seg.

Ritmo chocável?

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reprocessamento de espaçadores de inalação

471

Reprocessamento de espaçadores de inalação

1 OBJETIVO

Proceder a limpeza e desinfecção dos espaçadores de inalação

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Seção de preparo e esterilização das Unidades e Serviços de Saúde da Secretaria

Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental impermeável, luvas de borracha e calçado fechado

3.2 Caixa ou balde plástico rígido com tampa e com capacidade relativa ao volume de

materiais do serviço a ser desempenhado (10 L, 20 L ou volume superior),

previamente limpa

3.3 Água tratada ou deionizada ou osmose reversa

3.4 Detergente hospitalar

3.5 Esponja de limpeza

3.6 Panos limpos e secos

3.7 Solução de SURFIC 1% ou produto padronizado pela CCI-SMS

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material necessário em pia apropriada na área específica destinada a

lavagem de material (CME);

4.3 Paramentar-se;

4.4 Desmontar os espaçadores conforme orientação do fabricante;

4.5 Realizar limpeza mecânica adequada e retirada de toda matéria orgânica conforme

procedimento operacional;

4.6 Enxaguar abundantemente por dentro e por fora em água corrente;

4.7 Colocar para escorrer sobre o pano limpo e seco, em ar ambiente, sem usar tecido

ou papel até secarem completamente;

4.8 Imergir em produto padronizado pela CCI-SMS;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reprocessamento de espaçadores de inalação

472

4.9 Retirar o material da solução, enxaguar abundantemente em água corrente e deixar

escorrer sobre pano limpo e seco, em ar ambiente, sem usar tecido ou papel na

aerocâmara metálica ou plástica;

4.10 Remontar o conjunto e acondicioná-lo individualmente em saquinhos plásticos;

4.11 Armazenar os conjuntos em recipiente seco com tampa;

4.12 Identificar a embalagem com nome do responsável, data e hora do término da

desinfecção,

4.13 Retirar as luvas e higienizar as mãos conforme Procedimento Operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

5 OBSERVAÇÃO

Em espaçadores de material metálico não é necessário instilar a medicação em seu interior

para acondicionamento, já nos espaçadores plásticos é necessário seguir a orientação do

fabricante.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Ver item 4.12.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH, 2010. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de limpeza e desinfecção da ANVISA. Brasília, DF: Anvisa, 2010. RIBEIRÃO PRETO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual de limpeza, desinfecção e esterilização em unidades de saúde. Ribeirão Preto: SMS, 2006. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO. Recuperação anestésica e centro de material e esterilização. Práticas recomendadas. 6. ed. São Paulo: SOBECC, 2013. WIDMER, A. F.; FREI, R. Antimicrobial activity of glucoprotamin: a clinical study of new disinfectant for instruments. Infection Control and Hospital Epidemiology, Cambridge, v. 24, n. 10, p. 762-764, 2003.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Reprocessamento de espaçadores de inalação

473

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO / APROVAÇÃO - 1

Cátia Helena Damando Salomão Enfermeira. Presidente da CCI-SMS COREN-SP: 144846

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Retirada de capacete

474

Retirada de capacete

1 OBJETIVO

Remover corretamente o capacete, visando diminuir o risco de lesão adicional, permitir a

avaliação imediata das vias aéreas e da ventilação do usuário, e realizar a imobilização da

coluna se indicado.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO.

3 MATERIAL

Não há necessidade de material ou equipamento especifico para a realização da técnica,

apenas os equipamentos de proteção individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Para a realização correta do procedimento faz se necessário à presença de dois

profissionais.

4.2 O primeiro profissional posiciona-se atrás e acima da cabeça do usuário, fletindo os

membros inferiores, ajoelhando-se e orientando os usuários conscientes sobre a

técnica e sua finalidade;

4.3 Numa posição o mais estável possível, este profissional, segura com as palmas das

mãos as laterais do capacete, fixando as pontas dos dedos no rebordo do capacete,

estabilizando-o concomitantemente com a cabeça e o pescoço, mantendo numa

posição a mais alinhada e neutra possível;

4.4 O segundo profissional ajoelha-se ao lado do usuário, em nível do tórax e abre a

viseira (se esta existir e estiver fechada), ou ainda dependendo do tipo de capacete

remove a proteção do rosto, inspecionando a face a procura de situações que

requeiram atuação imediata (obstrução da via aérea) e em seguida desaperta ou

corta, se necessário, a fita do queixo ou cinta jugular do capacete;

4.5 Após se certificar do tipo de capacete e de todas as manobras que vai efetuar para

retirá-lo, o profissional deve colocar uma das mãos de forma que fixe a mandíbula do

usuário entre o polegar e os dois primeiros dedos na altura do ângulo da mandíbula,

e a outra mão posicionada por baixo do pescoço do usuário no occipício do crânio

para assumir o controle da estabilização manual, segurando a cabeça do usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Retirada de capacete

475

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/54146077/11/REMOCAO-DO-CAPACETE

4.6 Depois de completada esta manobra e ter garantido uma posição estável, o segundo

profissional informa o primeiro profissional que pode começar a retirada do capacete;

4.7 Após essa certificação o primeiro profissional exerce uma pressão para fora, nas

laterais do capacete, na tentativa de promover seu alargamento, afastando-o da

cabeça do usuário, e de maneira lenta e controlada inicia a retirada do capacete,

movimentando-o para cima e para baixo em movimentos de balanço tracionando-o

para fora da cabeça, para descalçar o capacete. O profissional deve ter o cuidado

para liberar o nariz e a atenção para não levantar involuntariamente a cabeça do

usuário

4.8 Durante o procedimento e após a remoção do capacete, o segundo profissional deve

estar preparado para suportar o peso da cabeça do usuário, mantendo-a imóvel na

posição inicial e realizar o alinhamento cervical, se indicado, para posteriormente

colocar os coxins atrás da cabeça, mantendo-a em posição neutra alinhada, se

disponível. A estabilização manual é mantida até a colocação do colar cervical;

4.9 Para a colocação do colar cervical o primeiro profissional que acabou de retirar o

capacete coloca-o de lado e assume a estabilização manual da cabeça, colocando

as mãos abertas de cada um dos lados da face do usuário, de tal forma que os seus

dedos polegares fiquem posicionados sobre os ossos que formam as maças do rosto

e os outros dedos sobre a região occipital garantindo o alinhamento neutro e estável

da coluna cervical;

4.10 Após essa manobra, o segundo profissional que estava segurando a cabeça,

realizará a colocação do colar cervical.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Retirada de capacete

476

Fonte: PHTLS (2014)

5 OBSERVAÇÔES

Lembre-se que pode haver cabelos no capacete, se isso ocorrer, o profissional que está

estabilizando a cabeça pode juntá-lo na região occipital, facilitando assim a realização do

procedimento.

6 RESPONSABILIDADES

• Condutor

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento do usuário com assinatura e

carimbo constando o nome e registro de classe do profissional que realizou a técnica.

REFERÊNCIA

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Cláudia Carvalho Moreira Pinotti Enfermeira. COREN-SP: 268146

Karina Domingues de Freitas Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Retirada de pontos

477

Retirada de pontos

1 OBJETIVO

Retirar os pontos minimizando os riscos de infecção, proporcionando um melhor processo

de cicatrização da ferida.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA),

Unidades de Saúde da Família (USF), (Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS), Serviço

de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAIS

3.1 Tesoura Íris

3.2 Gazes (estéril)

3.3 Pinça Kelly ou anatômica ou dente de rato ou Kocker (pacote de retirada de pontos)

3.4 Luvas de Procedimento

3.5 Solução Fisiológica 0,9%

4 PROCEDIMENTO

4.1 Orientar o usuário sobre o procedimento;

4.2 Higieniza as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Preparar o material

4.4 Calçar as luvas de procedimento;

4.5 Abrir pacote de retirada de pontos e pacote de gases usando técnica asséptica;

4.6 Expor a área

4.7 Realizar antissepsia do local de retirada dos pontos com gaze e SF0,9%,

promovendo a limpeza do local, a partir da área menos contaminada;

4.8 Se a ferida estiver limpa, deverá ser iniciada a limpeza no sentido de dentro para

fora;

4.9 Segurar com a mão dominante o ponto cirúrgico;

4.10 Cortando-o com a mão não dominante;

4.11 Tracionar o ponto pelo nó com auxilio da pinça e cortá-lo com a tesoura em um dos

lados próximo à pele;

4.12 Colocar os pontos, já cortados, sobre uma gaze e desprezá-los em saco de lixo

branco;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Retirada de pontos

478

4.13 Desprezar o material utilizado em local apropriado;

4.14 Retirar EPI e higienizar as mãos

4.15 Registrar o procedimento no prontuário do usuário no sistema Hygia.

5 OBSERVAÇÃO

Antes de realizar a retirada dos pontos, verificar a data da realização da sutura e checar

com o usuário a prescrição médica do procedimento.

Nos casos em que houver sinais flogísticos, comunicar o enfermeiro e ou médico da

Unidade para avaliação.

Realizar curativo oclusivo se presença de sangramento ou secreções.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado em prontuário colocando data e horário, assinatura e

carimbo do profissional, anotando as características, local, aspecto da lesão, material

utilizado, orientações ao usuário, intercorrências se houver e providencias adotadas.

Lançar o procedimento no sistema Hygia.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 0514/2016, de 5 de maio de 2016. Guia de Recomendações para os registros de enfermagem no prontuário do usuário, com a finalidade de nortear os profissionais de enfermagem. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05142016_41295.html>. Acesso em: 15 mai 2019. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012. (Série Enfermagem).

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cleuza Cunes Mestrinel Enfermeira. COREN-SP: 0129987

Karina Domingues de Freitas Chefe da Divisão de Enfermagem COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

479

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

1 OBJETIVO

Rolar o usuário em bloco com estabilização da coluna cervical, para colocá-lo em prancha

longa para facilitar o transporte, ou virar uma vítima com suspeita de trauma

vertebromedular para examinar o seu dorso.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de

Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamento de Proteção Individual (luvas de procedimento, máscara facial, óculos

de proteção);

3.2 Colar cervical

3.3 Imobilizador lateral de cabeça

3.4 Prancha longa montada com três cintos.

4 PROCEDIMENTO

4.1 ROLAMENTO EM BLOCO 90O (USUÁRIO EM POSIÇÃO SUPINA - DECÚBITO

DORSAL HORIZONTAL)

4.1.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.1.2 Identificar-se e explicar o procedimento ao usuário à medida do possível;

4.1.3 Profissional 1: posicionar-se atrás da cabeça do usuário, com os joelhos e

cotovelos apoiados para melhor estabilidade e realizar o alinhamento e

estabilização manual da cabeça;

4.1.4 Profissional 2: mensurar e colocar o colar cervical no usuário (figura 1)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

480

Figura 1

Fonte: PHTLS (2016)

4.1.5 Enquanto o profissional 1 mantém a cabeça do usuário em posição neutra

alinhada, os profissionais 2 e 3 deverão se posicionar à altura do tórax e à

altura dos joelhos respectivamente;

4.1.6 Avaliar os braços do usuário e alinhar junto ao corpo com as palmas das mãos

voltadas para o tronco, alinhar as pernas em posição neutra;

4.1.7 Posicionar a prancha do lado oposto ao rolamento, junto ao usuário com a

borda superior pouco acima da cabeça;

4.1.8 Profissional 2: posicionar uma das mãos em concha na cintura escapular

contralateral e a outra na cintura pélvica contralateral. Profissional 3:

posicionar uma das mãos em concha na cintura pélvica contralateral e a outra

próximo ao joelho contralateral (figura 2);

Figura 2

Fonte: PHTLS (2016)

4.1.9 Profissional 1: confirmar o posicionamento dos demais e efetuar a contagem

para início do rolamento do usuário em bloco à 90º;

4.1.10 Profissional 2: avaliar a região dorsal em busca de possíveis lesões antes

que a prancha seja posicionada;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

481

4.1.11 Profissional 3: posicionar a prancha ao longo do dorso do usuário (figura 3);

Figura 3

Fonte: PHTLS (2016)

4.1.12 Após o posicionamento correto da prancha, profissional 1: efetuar

novamente a contagem para posicionar o usuário de volta à posição de

decúbito dorsal (DDH);

4.1.13 Com o usuário em DDH sobre a prancha e mantida a estabilização manual da

coluna, os profissionais 2 e 3 devem segurar firmemente o usuário

respectivamente pela cintura escapular e pélvica para movimentar o usuário

para cima e lateralmente para posicioná-lo adequadamente sobre a prancha,

com movimentos de deslizamento, com objetivo de centralizar o mesmo na

prancha (figuras 4 A e B);

4.1.14 Instalar o imobilizador lateral de cabeça conforme o procedimento

operacional;

4.1.15 Posicionar os cintos de segurança para a correta fixação do usuário à

prancha.

Figura 4 A Figura 4 B

Fonte: PHTLS (2016)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

482

4.2 ROLAMENTO EM BLOCO 180O (USUÁRIO EM POSIÇÃO SEMIPRONA OU

DEITADO DE BARRIGA PRA BAIXO)

4.2.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2.2 Identificar-se e explicar o procedimento ao usuário à medida do possível;

4.2.3 Profissional 1: posicionar-se atrás da cabeça do usuário, com os joelhos e

cotovelos apoiados para melhor estabilidade e realizar o alinhamento e

estabilização manual da cabeça, prevendo a posição final da cabeça após a

rotação completa;

4.2.4 Enquanto o profissional 1 mantém a cabeça do usuário em posição neutra

alinhada, os profissionais 2 e 3 deverão se posicionar à altura do tórax e à

altura dos joelhos respectivamente;

4.2.5 Avaliar os braços do usuário e alinhar junto ao corpo com as palmas das mãos

voltadas para o tronco, alinhar as pernas em posição neutra, considerando a

rotação completa;

4.2.6 Avaliar a região dorsal em busca de possíveis lesões antes que a prancha

seja posicionada;

4.2.7 Profissional 2: posicionar uma das mãos em concha na cintura escapular

contralateral e a outra na cintura pélvica contralateral, ao mesmo tempo em

que segura o punho do usuário. Profissional 3: posicionar uma das mãos em

concha na cintura pélvica contralateral e a outra próximo ao joelho

contralateral (figura 5);

4.2.8 Profissional 3: posicionar a prancha do mesmo lado do rolamento, entre sua

posição e a do usuário (figura 6);

Figura 5 Figura 6

Fonte: PHTLS (2016)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

483

4.2.9 Realizar o rolamento em 2 tempos:

4.2.9.1 1º tempo: com a prancha posicionada, o profissional 1 irá

confirmar o posicionamento dos demais e efetuar a contagem para

o rolamento do usuário em bloco à 90º. Nesse rolamento, a cabeça

do usuário sofre uma rotação discretamente menor e mais lenta que

o tronco até que à 90º cabeça e tronco estejam alinhados (figura 7);

Figura 7

Fonte: PHTLS (2016)

4.2.9.2 2º tempo: com o usuário posicionado à 90º e sem atraso, o

profissional 1 irá confirmar o posicionamento dos demais e efetuar

a contagem para complementar o rolamento do usuário em bloco à

180º;

4.2.10 Com o usuário em DDH sobre a prancha e mantida a estabilização manual da

coluna, os profissionais 2 e 3 devem segurar firmemente o usuário

respectivamente pela cintura escapular e pélvica para movimentar o usuário

para cima e lateralmente para posicioná-lo adequadamente sobre a prancha,

com movimentos de deslizamento, com objetivo de centralizar o mesmo na

prancha (figura 8);

Figura 8

Fonte: PHTLS (2016)

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Rolamento em bloco e instalação da prancha longa

484

4.2.11 Profissional 2: mensurar e colocar o colar cervical no usuário;

4.2.12 Instalar o imobilizador lateral de cabeça conforme o procedimento

operacional;

4.2.13 Posicionar os cintos de segurança para a correta fixação do usuário à

prancha.

5 RESPONSÁVEIS

• Condutor dentro de suas atribuições

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

REFERÊNCIA

PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasoenteral

485

Sondagem nasoenteral

1 OBJETIVO

Realizar inserção de sonda enteral com fio guia por via nasal para alimentação, hidratação

e administração de medicamentos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Luvas de procedimento

3.3 Sonda para nutrição enteral com fio guia (mandril) de poliuretano ou silicone

3.4 Gazes

3.5 Seringa 20 mL para adultos e para RN e crianças seringas de 3mL e 5 mL

3.6 Solução fisiológica 0,9%

3.7 Fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo

3.8 Cordonê

3.9 Estetoscópio

3.10 Abaixador de língua

3.11 Lenço de papel

3.12 Lanterna

3.13 Fita métrica

3.14 Copo plástico

3.15 Biombo se necessário

3.16 Equipamentos de Proteção Individual.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Verificar a prescrição médica para a inserção da sonda nasoenteral;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Reunir o material e colocá-lo próximo ao usuário;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasoenteral

486

4.4 Observar estado geral do usuário (capacidade de cooperar com procedimento, nível

de consciência e sinais vitais);

4.5 Conferir o nome completo do usuário, data de nascimento, número do prontuário;

4.6 Explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante;

4.7 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do usuário;

4.8 Posicionar o usuário em decúbito dorsal em posição Fowler alta;

4.9 Pedir ao usuário que assoe as narinas, se possível ou realizar limpeza das mesmas;

4.10 Pedir ao usuário que respire por uma narina enquanto ocluir a outra; verifique o fluxo

de ar e selecione a narina mais pérvia;

4.11 Medir a extensão da sonda, colocando sua extremidade distal na ponta do nariz,

estendendo ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifoide. Em crianças menores

de 1 ano de idade, a medição deve se estender até o espaço médio entre a cicatriz

umbilical e o apêndice xifóide;

4.12 Para a introdução na porção superior do intestino delgado, adicione 20 a 30 cm de

comprimento. Marcar este ponto com esparadrapo;

4.13 Marcar o local da medida envolvendo a sonda com esparadrapo ou fita adesiva

hipoalergênica;

4.14 Calçar luvas de procedimento;

4.15 Lubrificar a ponta da sonda com solução fisiológica 0,9%, utilizando as gazes, se

necessário;

4.16 Introduzir a sonda pela narina selecionada até a demarcação da medida, solicitando

que usuário degluta quando possível;

4.17 Com a lanterna e o abaixador de língua verificar a presença da sonda na orofaringe;

4.18 Checar o posicionamento:

Se posicionamento gástrico:

• Com a seringa injetar aproximadamente 10ml de ar na sonda e efetuar a ausculta

com o estetoscópio na região epigástrica;

Utilizando a seringa, aspirar material pela sonda para obter o conteúdo gástrico,

colocá-lo no copo plástico e verificar o valor do pH, conforme orientação do

fabricante da tira. O pH deve estar entre 1 e 5.5;

Se posicionamento entérico:

• Orientar o paciente a andar ou colocá-lo deitado sobre o lado direito do corpo

durante pelo menos uma hora, se possível. Esse período permite que a sonda

se mova através do piloro, pela ação da gravidade.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasoenteral

487

4.19 Se os testes indicarem posicionamento correto da sonda, retirar o fio guia usando

tração suave e guardá-lo enquanto a sonda estiver no paciente;

4.20 Fixar a sonda: prenda a sonda junto ao nariz utilizando o dispositivo de fixação

específico ou colocando um pedaço de esparadrapo sobre a fronte e outro sobre o

dorso nasal do cliente fixando-a com auxílio do cordonê;

4.21 Realizar a medida externa do comprimento da sonda desde o nariz até sua

extremidade,

4.22 Recolher o material;

4.23 Recompor o ambiente;

4.24 Retirar as luvas;

4.25 Colocar o cliente em posição confortável;

4.26 Encaminhar à UBDS com guia de referência para confirmar o posicionamento da

sonda (Raio X).

4.27 Higienizar as mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Se o usuário apresentar sinais de angústia respiratória (tosse, dificuldade respiratória,

cianose, agitação), retirar a sonda imediatamente e reintroduzi-la posteriormente.

Evitar a inserção nas narinas em RNs e lactentes com menos de 4 meses.

Diante da necessidade de um novo procedimento ou repasse da sonda em um mesmo

usuário, considerar o rodízio das narinas, quando possível.

Reforçar as orientações sobre os cuidados para manutenção adequada e segura das

sondas para usuários do dispositivo no domicílio.

6 RESPONSABILIDADE

A responsabilidade da técnica de sondagem nasoenteral é do Enfermeiro;

A prescrição do uso de sonda nasoenteral e do Raio X é feita pelo médico;

O auxiliar de enfermagem e o técnico de enfermagem devem auxiliar o enfermeiro no

preparo do material e durante a realização do procedimento, posicionando o usuário e

fornecendo o material.

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, número da sonda, por qual narina a sonda foi

introduzida, os testes de posicionamento da sonda, medida externa do comprimento da

sonda desde o nariz até sua extremidade; se ocorreram intercorrências durante o

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasoenteral

488

procedimento, realização do Raio-X, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura

de quem realizou a técnica em prontuário e lançar procedimento no sistema hygia.

REFERÊNCIA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN - SP). Parecer COREN - SP CAT nº. 005/2018. Assunto: Passagem de sonda nasogástrica/orogástrica. POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018. TAYLOR, C.R. et al. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira Enfermeira. COREN-SP 0100791. Patrícia Abrahão Curvo Enfermeira. COREN-SP 0115657. Valdirene Marta Salgueiro Santana Enfermeira. COREN-SP: 68785

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 2 APROVAÇÃO - 1

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasogástrica

489

Sondagem nasogástrica

1 OBJETIVO

Realizar inserção de sonda gástrica sem mandril (PVC ou silicone ou poliuretano) por via

nasal ou oral para drenagem e lavagem gástrica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Luvas de procedimento

3.3 Sonda gástrica

3.4 Gazes

3.5 Seringa 20 mL

3.6 Solução fisiológica 0,9%

3.7 Fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo

3.8 Cordonê

3.9 Estetoscópio

3.10 Abaixador de língua

3.11 Lenço de papel

3.12 Lanterna

3.13 Fita métrica

3.14 Copo plástico

3.15 Biombo se necessário

3.16 Equipamentos de Proteção Individual

3.17 Frasco para drenagem

3.18 Tira de pH

3.19 Copo plástico

4 PROCEDIMENTO

4.1 Verificar a prescrição médica para inserção da sonda nasogástrica;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasogástrica

490

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Reunir o material e colocá-lo próximo ao usuário;

4.4 Observar estado geral do usuário (capacidade de cooperar com o procedimento,

nível de consciência e sinais vitais);

4.5 Conferir o nome completo do usuário, data de nascimento, número do prontuário;

4.6 Explicar o procedimento ao usuário e/ou acompanhante;

4.7 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do usuário;

4.8 Posicionar o usuário em decúbito dorsal em posição Fowler alta;

4.9 Pedir ao usuário que assoe as narinas, se possível ou realizar limpeza das mesmas;

4.10 Pedir ao usuário que respire por uma narina enquanto ocluir a outra; verificar o fluxo

de ar e selecionar a narina mais pérvia;

4.11 Medir a extensão da sonda, colocando sua extremidade distal na ponta do nariz,

estendendo ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifoide;

4.12 Marcar o local da medida envolvendo a sonda com esparadrapo ou fita adesiva

hipoalergênica;

4.13 Calçar luvas de procedimento;

4.14 Lubrificar a ponta da sonda com a solução fisiológica 0,9%, utilizando as gazes, se

necessário;

4.15 Introduzir a sonda na narina selecionada até chegar à demarcação da medida,

solicitando ao usuário que degluta quando possível;

4.16 Com a lanterna e o abaixador de língua verificar a presença da sonda na orofaringe;

• Com a seringa injetar aproximadamente 10ml de ar na sonda e efetuar a ausculta

com o estetoscópio na região epigástrica;

• Utilizando a seringa, aspirar material pela sonda para obter o conteúdo gástrico,

colocá-lo no copo plástico e verificar o valor do pH, conforme orientação do

fabricante da tira. O pH deve estar entre 1 e 5.5;

• Se os testes indicarem posicionamento correto da sonda, prenda a sonda junto ao

nariz utilizando o dispositivo de fixação específico ou colocando um pedaço de

esparadrapo sobre a fronte e outro sobre o dorso nasal do cliente fixando-a com

auxílio do cordonê;

4.17 Em caso de prescrição de drenagem de conteúdo gástrico, conectar a ponta da

sonda direto no frasco coletor ou conectar a ponta da sonda em um equipo e este ao

frasco coletor.

4.18 Realizar a medida externa do comprimento da sonda desde o nariz até sua

extremidade,

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasogástrica

491

4.19 Recolher o material;

4.20 Recompor o ambiente;

4.21 Retirar as luvas;

4.22 Colocar o cliente em posição confortável;

4.23 Higienizar as mãos.

5 OBSERVAÇÃO

Se o usuário apresentar sinais de angústia respiratória (tosse, dificuldade respiratória,

cianose, agitação), retirar a sonda imediatamente e reintroduzi-la posteriormente.

Caso não obtenha retorno de conteúdo gástrico com a aspiração da sonda, o usuário pode

ser orientado a permanecer em decúbito lateral esquerdo e, após 15 minutos, nova

tentativa ser realizada.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, por qual narina a sonda foi introduzida, os testes de

posicionamento da sonda, se ocorreram intercorrências durante o procedimento, data e

horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário

ou Ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN nº. 619/2019. Normatiza a atuação da Equipe de Enfermagem na Sondagem Oro/nasogástrica e Nasoentérica.

NHS. National Safety Patient Agency. Patient Safety Alert NPSA/2011/PSA002: Reducing the harm caused by misplaced nasogastric feeding tubes in adults, children and infants. March, 2011. POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018. TAYLOR, C.R. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Sondagem nasogástrica

492

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP 0100791.

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP 0115657.

Valdirene Marta Salgueiro Santana

Enfermeira. COREN-SP: 68785

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO - 2 APROVAÇÃO - 2

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Soroterapia

493

Soroterapia

1 OBJETIVO

Restaurar a volemia das vítimas em situação de choque circulatório, administrar

medicamentos e promover o equilíbrio hidroeletrolítico.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO:

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) do

Serviço de Assistência Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO,

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de

Atenção Domiciliar (SAD), ambulatórios.

3 MATERIAL

3.1 Rótulo de soro devidamente preenchido;

3.2 Frasco com soro prescrito;

3.3 Ampolas de soluções/ medicamentos a adicionar (se necessário);

3.4 Algodão;

3.5 Álcool;

3.6 Fita adesiva;

3.7 Seringa com agulha (se necessário);

3.8 Equipo de soro (gota /microgota / equipo para bomba).

3.9 Luvas de procedimento

3.10 Prescrições médica

4 PROCEDIMENTO

4.1 Proceder com atenção a escuta/leitura da prescrição médica com o nome do usuário,

tipo e quantidade de liquido intravenoso, aditivos farmacológicos e finalidade da

infusão;

4.2 Transcrever a composição do soro para o rótulo com os seguintes dados: nome do

usuário, hygia, componentes do soro, volume e gotejamento da infusão, hora e data

do início, acrescentando o nome e assinatura de quem realizou o procedimento.

4.3 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Soroterapia

494

4.4 Preparar o material e seguir procedimento operacional padrão para Orientação geral

para administração de medicamentos e procedimento operacional padrão para

Preparo de medicações a partir de ampolas, soluções e frascos.

4.5 Verificar se o usuário tem alergia ao látex, adesivo ou a algum

medicamento/composto. Na impossibilidade, acompanhar se existe surgimento de

reações alérgicas e interromper o procedimento em caso positivo;

4.6 Proceder à desinfecção com álcool a 70% da ponta do frasco do soro e das ampolas,

quebrando e abrindo as mesmas;

4.7 Aspirar os componentes sem contaminar;

4.8 Abrir a embalagem do equipo, certificar que a pinça rolete esteja fechada [figura 1 -

B], retirar a tampa protetora da ponta de inserção do equipo, não tocando na ponta;

inseri-la na entrada do frasco de soro realizando um movimento de torção;

Fonte: POTTER, P.A; PERRY, A.G. (2013)

4.9 Comprimir a câmara de gotejamento do equipo, permitindo que se encha até a

metade com o líquido de infusão;

Figura 1 - A, pinça rolete na posição

aberta. B pinça rolete na posição

fechada.

Figura 1 - B, Inserir ponta do equipo

no frasco de soro sem toca-la

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Soroterapia

495

Figura 2 – Apertar câmara de gotejamento para encher o equipo de líquido

Fonte: POTTER, P.A; PERRY, A.G. (2013)

4.10 Retirar o ar da extensão do equipo percutindo, fechar a pinça rolete, proteger a

extremidade do equipo;

Assegurar-se de que o equipo esteja livre de bolhas. Para retirar as bolhas de ar,

percutir o equipo com o dedo onde estão localizadas as bolhas;

Figura 3 – Remoção das bolhas de ar do equipo

Fonte: POTTER, P.A; PERRY, A.G. (2013)

4.11 Injetar os medicamentos/ componentes no frasco de soro prescrito;

4.12 Fixar o rótulo no frasco;

4.13 Datar o equipo com fita adesiva e registrar a hora da instalação/troca do equipo;

4.14 Calçar luvas de procedimento;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Soroterapia

496

4.15 Verificar a permeabilidade do acesso e se necessário, puncionar/repuncionar

segundo Procedimento Operacional Padrão de Punção Venosa Periférica para

Medicamentos e Soroterapia;

4.16 Retirar a tampa da extremidade distal do equipo e em seguida conectar o equipo ao

acesso venoso;

4.17 Abrir a pinça rolete lentamente;

4.18 Ajustar o gotejamento fazendo a contagem durante 1 minuto, conforme a prescrição

médica utilizando a pinça rolete ou dispositivo eletrônico de infusão (bomba).

5 OBSERVAÇÃO

5.1 Caso não seja prescrito o gotejamento, calcular a velocidade da infusão em mL/h

dividindo o volume total da infusão pelo número de horas: mL/h= volume total da

infusão/horas de infusão.

5.2 Com este resultado, calcular o gotejamento em gotas por minuto, dividindo o volume

em ml que corre em 1 hora por 60 (minutos) - logo o resultado será o volume de soro

que corre em 1 minuto.

5.3 Para calcular o gotejamento em gotas/minuto, calcule o volume em ml em 1 minuto

x 20 (lembrar que 1 ml tem 20 gotas).

5.4 Para calcular o gotejamento em microgotas/minuto, calcule o volume em ml em 1

minuto x 60 (lembrar que 1 ml tem 20 gotas e cada gota= 3 microgotas).

5.5 Instrua o usuário a informar, se:

5.5.1 O curativo não estiver limpo, íntegro e seco;

5.5.2 Presença de ardor, sangramento, edema ou frieza na região da inserção do

cateter.

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar e Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO E INDEXAÇÃO

Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem a

data e hora da inserção, local preciso da punção, calibre do cateter, duração da infusão,

velocidade de gotejamento e tipo de curativo. Finalizar com assinatura e carimbo

constando o número do COREN.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Soroterapia

497

REFERENCIAS

SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para a enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009. POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2013.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; HALL, M.A. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 8ª ed., 2018

Anexo I – Rótulo para identificação de soro

IDENTIFICAÇÃO DE SORO

Nome:

Medicação:

Data:

Correr à: gts/min OU a ml/h

Início: Correr em: Término:

Responsável:

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo

Enfermeira. COREN-SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes

Enfermeira. SAMU. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO – 1 e 2 APROVAÇÃO – 1 e 2

Lauren Suemi Kawata

Enfermeira. COREN-SP:126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Técnica de ordenha manual das mamas

498

Técnica de ordenha manual das mamas

1 OBJETIVO

− Aliviar o desconforto decorrente de uma mama ingurgitada;

− Estimular a produção de leite materno ou manter a produção láctea quando o bebê não

está mamando;

− Aliviar a região areolar, garantir a flexibilidade do complexo mamilo-areolar para que o

bebê consiga fazer a pega corretamente e mamar (Bebê sente o cheiro e gosto do leite,

facilita a pega);

− Auxiliar no manejo de intercorrências mamárias (Ingurgitamento mamário, bloqueio de

ductos, traumas mamilares e mastite),

− Retirar o leite para ser oferecido posteriormente ao RN ou para doação a um banco de

leite.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Luvas de procedimento

3.2 Bandeja

3.3 Biombo

3.4 Gorro

3.5 Máscara

3.6 Óculos de proteção

3.7 Compressa

3.8 Frasco de vidro com tampa plástica

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Prender o cabelo, vestir gorro, máscara e óculos de proteção;

4.3 Preparar recipiente limpo e fervido e identificar com data e horário o frasco;

4.4 Reunir o material;

4.5 Identificar e acolher a usuário em ambiente privativo;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Técnica de ordenha manual das mamas

499

4.6 Explicar à usuário sobre o procedimento;

4.7 Se puérpera apresentar dor intensa, encaminhar ao profissional médico para

prescrição de medicamento;

4.8 Orientar a puérpera a ficar em posição confortável e relaxante;

4.9 Orientar a puérpera a pensar no recém-nascido (RN), isso ajuda na ejeção do leite

materno;

4.10 Vestir a luva de procedimento;

4.11 Massagear as mamas com movimentos firmes e circulares da aréola para base da

mama (Figura 1);

Figura 1 – Massagem da mama

Fonte: Rego (2015)

4.12 Posicionar os dedos indicador e polegar nas margens da aréola (Figura 2);

Figura 2 – Posição dos dedos na ordenha manual

Fonte: Imagem do Google

4.13 Comprimir levemente a mama na direção do tórax, pressionando o indicador e

polegar um contra o outro;

4.14 Os movimentos de compressão devem ser firmes e os dedos não devem escorregar

sobre a pele;

4.15 Caso a ordenha tenha a finalidade de extrair leite para o recém-nascido, deve-se

utilizar um vidro esterilizado para coletar este leite (Figura 3). Desprezar os primeiros

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Técnica de ordenha manual das mamas

500

jatos ou gotas e iniciar a coleta no frasco. Em outras situações, pode-se usar uma

compressa para reter o leite com o intuito de não deixar a mãe ou o profissional

molhados;

Figura 3 - Ordenha Manual

Fonte: Brasil (2009)

4.16 Ao finalizar o procedimento, organizar a unidade, higienizar as mãos conforme

procedimento operacional de fricção antisséptica das mãos ou higienização simples

das mãos, e registrar no Hygiaweb e/ou prontuário físico (de acordo com a rotina do

serviço) agendar retornos s/n.

5 OBSERVAÇÔES

Nos casos intercorrências mamárias como: ingurgitamento mamário, traumas mamilares e

mastite é contraindicado o uso de bomba tira leite manual ou elétrica;

Quando a puérpera fizer ordenha para manutenção da produção Láctea (RN internado ou

volta ao trabalho), poderá utilizar bomba desde que não apresente intercorrências

mamárias e saiba manipular o equipamento;

O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer (quando for

doação); oferecido ao RN ou entregue para mãe levar para casa (acondicionar no gelo

reciclável);

Ensinar a puérpera ou acompanhante (avó, companheiro, etc) como realizar a ordenha

manual no domicílio nos demais horários necessários;

Orientar a puérpera que nas próximas ordenhas deverá utilizar recipiente esterilizado (de

preferência, copo de vidro) e, em seguida, acondicioná-lo em frasco que já está no freezer

ou congelador,

Orientar a puérpera quanto aos procedimentos para armazenamento e conservação do

Leite Materno (conforme material educativo/ folder de apoio do PALMA – Programa de

Aleitamento Materno, disponíveis no almoxarifado) solicitar e entregá-los à mulher.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Técnica de ordenha manual das mamas

501

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, aceitação ou recusa do usuário, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou o exame em prontuário ou ficha de

atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil, aleitamento materno e alimentação. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. (Cadernos de Atenção Básica, n. 23). REGO, J. D. Ordenha de leite: como, quando e por que fazê-la? In: REGO, J. D. Aleitamento materno. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2015.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Márcia Cristina Guerreiro dos Reis Enfermeira. COREN-SP: 40867 Lilian Donizete Pimenta Nogueira Enfermeira. COREN-SP: 0127595

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Terapia de reidratação

502

Terapia de reidratação

1 OBJETIVO

Realizar a reposição hidroeletrolítica para prevenir a desidratação e/ ou reverter a

desidratação e seus agravos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Jarra de 1 litro (vidro ou plástico com tampa)

3.2 Água filtrada ou fervida (fria), 1 litro

3.3 Envelope de soro de reidratação oral

3.4 Colher de cabo longo

3.5 Copo descartável/ seringa

3.6 Prescrição médica ou protocolos específicos.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Conferir prescrição médica/ protocolo.

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Diluir 1 envelope de soro de reidratação oral em 1 litro de água filtrada ou fervida na

jarra;

4.4 Levar o material para a unidade do usuário;

4.5 Explicar o procedimento ao cliente e/ou acompanhante;

4.6 Oferecer solução em intervalos curtos, toda vez que o cliente desejar, após a

evacuação ou de acordo com prescrição médica;

4.7 Recompor a unidade e jogar os resíduos nos recipientes adequados.

5 OBSERVAÇÃO

Se houver vômito oferecer solução mais gradativa, se persistir avisar o médico.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Terapia de reidratação

503

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar em Enfermagem

• Técnico em Enfermagem

• Enfermeiro

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado, volume de SRO que foi ingerido, tempo de duração,

se houve presença de vômitos e/ou outras intercorrências se houver, data e horário do

procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a técnica em prontuário, Ficha de

atendimento ambulatorial e lançar o procedimento no sistema Hygia.

REFERÊNCIAS

CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de procedimentos operacionais padrão (POP) de enfermagem. 2. ed. Campinas: SMS, 2016.

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Gabriela Barbosa Pegoraro

Enfermeira. COREN-SP: 353393

Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira

Enfermeira. COREN-SP: 100902

Kelli Cristina Silva de Oliveira

Enfermeira. COREN- SP: 58063

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de microhematócrito

504

Teste de microhematócrito

1 OBJETIVO

É utilizado para auxiliar na triagem e diagnóstico dos casos suspeitos de Dengue;

A palavra hematócrito significa “separar o sangue”, o que justifica o mecanismo do teste

porque o plasma e as células do sangue são separadas por centrifugação. É também parte

do hemograma completo e determina a massa de hemácias (resultado expresso em

porcentagem) contida em volume de sangue total.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF).

3 MATERIAL

3.1 Microcentrífuga

3.2 Bandeja

3.3 Massa de modelar

3.4 Luvas de procedimento

3.5 Agulha 25 x 0,8 mm ou 0,7mm

3.6 Algodão embebido em álcool a 70 %

3.7 Algodão seco

3.8 Microcapilar revestido com anticoagulante

3.9 Régua própria para leitura do teste (cartão do hematócrito)

3.10 Recipiente de material perfurocortante

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.2 Explicar o propósito e procedimento do teste ao usuário;

4.3 Anotar quaisquer medicamentos que o usuário esteja em uso;

4.4 Abrir o invólucro da agulha, mantendo-a com a capa protetora;

4.5 Calçar as luvas de procedimento;

4.6 Realizar a antissepsia da região lateral da polpa digital do segundo, terceiro ou quarto

artelhos com algodão embebido em álcool 70%;

4.7 Retirar o protetor da agulha, sem contaminar a cânula e o bisel da mesma;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de microhematócrito

505

4.8 Realizar uma punção capilar (punção digital);

4.9 Aproximar o tubo microcapilar diretamente ao local da punção e preencher o seu

conteúdo com pelo menos ¾ de sangue, cuidando para não entrar ar;

4.10 Limpar as paredes do tubo com algodão seco se necessário;

4.11 Vedar a extremidade vazia com a massa de modelar.

4.12 Colocar o microcapilar na microcentrífuga com a extremidade vedada (massa de

modelar) voltada para a borda externa da centrífuga, atentando-se para deixar um

tubo microcapilar sempre ao lado oposto para equilibrar;

Fonte: Manual Procedimentos EERP

4.13 Tampar a centrífuga adequadamente e centrifugar por 5 minutos;

4.14 Proceder à leitura do resultado no cartão do hematócrito da seguinte forma:

4.15 Colocar o tubo microcapilar na régua de leitura com a extremidade vedada junto ao

menisco inferior (hemácias) na linha zero, conforme figura abaixo:

Fonte: Manual Procedimentos EERP

4.16 Deslizar o tubo na extensão da régua até que o menisco superior, ou seja, a

extremidade final do plasma coincida com a linha 100, com cuidado para não retirar

a extremidade inferior do ponto zero;

4.17 Proceder à leitura do valor, identificando na régua (cartão de hematócrito) o ponto de

separação do plasma (capa de leucócitos) e as hemácias sedimentadas.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de microhematócrito

506

4.18 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.19 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

VALORES DE REFERÊNCIA: Hematócrito aumentado em 10% do valor basal ou, na

ausência deste, de acordo com os valores de referência abaixo:

− crianças: > 38%

− mulheres: > 44%

− homens: > 50%

Alguns fatores podem interferir no resultado e devem ser evitados. Evitar exercício físico

intenso, estresse ou excitação antes do teste. Isso causa números elevados de valor clínico

questionável;

Evitar super-hidratação ou desidratação, se possível. Ambos invalidam os resultados. Se

o usuário estiver recebendo líquidos IV ou terapia, anotar na requisição ou junto ao

resultado.

Para microcapilar seco (sem anticoagulante): preencher seu conteúdo com pelo menos ¾

de sangue, cuidando para não entrar ar. Vedar a extremidade com massa de modelar.

Colocar o microcapilar na centrífuga em até 2 minutos e iniciar a centrifugação

imediatamente.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado bem como o resultado encontrado, aceitação ou recusa

do usuário, data e horário do procedimento, carimbo e assinatura de quem realizou a prova

em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial e no Cartão de Acompanhamento de

Dengue.

REFERÊNCIAS

FISCHBACH, F. Manual de Enfermagem: exames laboratoriais & diagnósticos. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de microhematócrito

507

BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: manual de enfermagem. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Elaine Cristina Manini Minto

Farmacêutica. CRF: 15.217

Maria Verônica Ferrareze Ferreira

Enfermeira. COREN-SP: 0100791

Patrícia Abrahão Curvo

Enfermeira. COREN-SP: 0115657

Susana I. Segura Muñoz

Bióloga.

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de Snellen

514

Teste de SNELLEN

1 OBJETIVO

Realizar a técnica da medida da Acuidade visual nos educandos, através da Escala de sinais

de Snellen);

Identificar crianças e jovens matriculados na rede publica de ensino com alterações visuais

como distúrbios de refração que necessitem do uso de óculos e consulta com o

oftalmologista;

Contribuir para a promoção da qualidade de vida identificando problemas visuais que possam

interferir no processo de ensino /aprendizagem, diminuindo assim os riscos para a evasão

escolar.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Escolas Municipais ou Estaduais de Educação.

3 FREQUENCIA RECOMENDADA

As crianças devem ser triadas pelo menos uma vez durante o ano no período do ensino

fundamental e no ensino médio.

4 MATERIAIS

4.1 Escala de Sinais de Snellen;

4.2 Um Lápis para apontar os optótipos (símbolos da escala)

4.3 Giz;

4.4 Oclusor;

4.5 Cadeira;

4.6 Metro ou fita métrica;

4.7 Fita Adesiva ou barbante;

4.8 Impresso para anotação dos resultados

5 PREPARO DO LOCAL E REALIZAÇÃO DO TESTE

5.1 O local deve ser calmo, bem iluminado e sem ofuscamento;

5.2 A luz deve vir por trás ou dos lados da pessoa que vai ser submetida ao teste.

5.3 Deve-se evitar que a luz incida diretamente sobre a Escala de Sinais de Snellen;

5.4 A Escala de Sinais de Snellen deve ser colocada numa parede a uma distância de cinco

metros da pessoa a ser examinada;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de Snellen

515

5.5 O profissional responsável pela triagem deve fazer uma marca no piso com giz ou fita

adesiva, colocando a cadeira de exame de forma que as pernas traseiras desta

coincidam com a linha demarcada;

5.6 Em casos de pessoas com deficiência física (cadeirante) o teste poderá ser realizado

na própria cadeira de rodas;

5.7 Deve-se verificar, ainda, se as linhas de optótipos (sinais da escala) correspondentes

a 0,8 a 1,0 estão situadas ao nível dos olhos do examinado;

5.8 Em alguns casos em que o examinado apresente dificuldades de diferenciar qual

optótipos está sendo apontado, sugere-se que o profissional utilize um papel de cor

única para cobrir os optótipos vizinhos;

5.9 O aplicador do Teste deve colocar um estudante de cada vez na sala reservada ao

procedimento;

5.10 A prontidão da resposta ao teste, por parte do examinado, depende da sua

compreensão em relação às instruções recebidas. Por essa razão é conveniente que

haja um adequado preparo coletivo ou individual, como:

5.11 O profissional deve explicar e demonstrar o que vai fazer;

5.12 Deve-se colocar a pessoa próxima à Escala de Sinais de Snellen e pedir-lhe que

indique a direção para onde está voltado cada optotipo;

5.13 O profissional deve ensinar o examinado a cobrir o olho com o oclusor, sem comprimi-

lo, mantendo os dois olhos abertos;

5.14 A pessoa que usar óculos para longe deve mantê-los durante o teste;

5.15 O profissional que aplicara o teste deverá apontar os optótipos com um objeto como

um lápis, caneta, entre outros;

5.16 Para apontar o símbolo a ser visto, o profissional deve colocar o objeto em posição

vertical passando-o em cima e repousando abaixo do símbolo. Mover com segurança

e ritmicamente o objeto de um símbolo para outro;

5.17 A medida da acuidade visual sempre deve ser realizada primeiramente no olho direito,

com o esquerdo devidamente coberto com oclusor;

5.18 O exame deve ser iniciado com os optótipos maiores, continuando a sequência de

leitura até onde a pessoa consiga enxergar sem dificuldade. Utilizar a mesma conduta

para medir a acuidade visual no olho esquerdo;

5.19 O profissional deve mostrar pelo menos dois símbolos de cada linha. Se o educando

tiver alguma dificuldade numa determinada linha, mostrar um número maior de sinais

da mesma linha. Caso a dificuldade continue, voltar à linha anterior;

5.20 A acuidade visual registrada será o número decimal ao lado esquerdo da última linha

em que a pessoa consiga enxergar mais da metade dos optótipos. Exemplo: numa

linha com 6 optótipos, o examinado deverá enxergar no mínimo 4;

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de Snellen

516

5.21 Todos os educandos que não atingirem 0,7 devem ser retestados. Valerá o resultado

em que a medida da acuidade visual foi maior;

5.22 Se a pessoa que estiver sendo examinada não conseguir identificar corretamente os

optótipos maiores, ou seja, os optótipos da 1ª linha da escala de Snellen, deverá ser

anotado, Acuidade Visual (AV) como menor que 0, 1;.

5.23 Atenção especial deve ser dada à anotação dos dados. É muito comum a troca da

anotação dos dados do olho direito com o olho esquerdo. Por isso, anotar sempre os

resultados do olho direito, antes de iniciar o teste no olho esquerdo;

6 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO PRIORITÁRIO

6.1 Acuidade visual (com correção) inferior a 0,1 em qualquer um dos olhos;

6.2 Quadro agudo (olho vermelho, dor, secreção abundante, dentre outros sinais e

sintomas);

6.3 Trauma ocular recente;

7 CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO REGULAR

• Acuidade visual com correção inferior ou igual a 0,7;

• Estrabismo (olho torto);

• Usuário diabético;

• História de glaucoma na família;

• Outros sintomas oculares (coceira (prurido), lacrimejamento ocasional, dor de cabeça,

piscar contínuo dos olhos, testa franzida, olhos semicerrados entre outros.

8 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de Enfermagem

• Agente Comunitário de Saúde

• Enfermeiro

9 REGISTRO

Registro na Ficha de Atendimento Escolar, e na ficha de Atividade coletiva disponível no

ESUS.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Saúde ocular. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. (Cadernos temáticos do PSE, 8).

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste de Snellen

517

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cleuza Cunes Mestrinel Enfermeira. COREN-SP: 0129987

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

518

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARS-CoV-2

Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARS-

CoV-2 (TR SARS-CoV-2 Ag)

1 OBJETIVO

Realizar a detecção qualitativa de antígenos do SARS-CoV-2 em amostras de swab

nasofaríngeo ou orofaríngeo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAIS

3.1 Kit TR SARS-CoV-2 Ag

3.2 Cronômetro ou relógio

3.3 Caneta

3.4 Máscara padrão de segurança N95/PFF2

3.5 Protetor ocular ou protetor de face

3.6 Luvas de procedimentos

3.7 Avental descartável

3.8 Gorro descartável

3.9 Recipiente para descarte de resíduo infectante

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos com sabão líquido e água corrente ou com álcool em gel;

4.2 Reunir o material;

4.3 Conferir validade do kit TR SARS-CoV-2 Ag;

4.4 Permitir que o kit TR SARS-CoV-2 Ag atinja temperatura conforme orientação do

fabricante antes de ser utilizado;

4.5 Realizar a paramentação na seguinte sequência: avental, máscara N 95, óculos de

proteção ou protetor facial, gorro e luvas de procedimento;

4.6 Acolher o usuário

4.7 Identificar o usuário (perguntando nome completo);

4.8 Explicar o procedimento ao usuário;

519

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARS-CoV-2

4.9 Colocar o suporte de teste em superfície plana;

4.10 Identificar o suporte de teste com iniciais do usuário e hygia;

4.11 Posicionar o usuário (decúbito dorsal ou sentado com a cabeça levemente inclinada

para trás.

4.12 Proceder o desenvolvimento do teste conforme orientação do fabricante;

4.13 Realizar interpretação do resultado conforme orientação do fabricante;

4.14 Após a interpretação do resultado, descartar os materiais utilizados (suporte de

teste, tubo de amostra) como resíduo infectante;

4.15 Seguir protocolo Municipal para enfrentamento ao Novo Coronavírus (SARS-CoV-2

/covid-19) conforme resultado positivo ou negativo;

4.16 Realizar desparamentação na seguinte sequência: luvas, avental, higienizar as

mãos, gorro, óculos ou protetor facial, higienizar as mãos, máscara, higienizar as mãos;

4.17 Realizar o registro da requisição no Sistema Hygia, lançar o resultado no sistema Hygia e imprimir laudo para fornecimento ao usuário.

5 OBSERVAÇÕES

Seguir recomendações do protocolo Municipal para enfrentamento ao Novo Coronavírus

(SARS-CoV-2 /covid-19) quanto às notificações e ao momento de realização do exame.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro: registro da requisição no Sistema Hygia + coleta de material e

realização do teste + interpretação de resultado + lançamento do resultado no sistema

• Médico: registro da requisição no Sistema Hygia + coleta de material e realização

do teste + interpretação de resultado + lançamento do resultado no sistema +

notificação no Sistemas de Informação.

• Auxiliares / Técnicos de Enfermagem: registro da requisição no Sistema Hygia

coleta de material e realização do teste + lançamento do resultado no sistema

(SOMENTE REGISTRAR SEM CONSOLIDAR) + notificação no Sistemas de

Informação.

• Farmacêutico: registro da requisição no Sistema Hygia + coleta de material e

realização do teste + interpretação de resultado + lançamento do resultado no

sistema+ notificação no Sistemas de Informação.

• Dentista: registro da requisição no Sistema Hygia + coleta de material e

realização do teste + interpretação de resultado + lançamento do resultado no sistema

+ notificação no Sistemas de Informação.

520

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARS-CoV-2

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado com laudo no sistema Hygia. Imprimir laudo para

fornecimento ao usuário, carimbar e assinar.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde Departamento de

Saúde da Família Coordenação-Geral de Saúde Bucal. Nota informativa Nº 1/2020-

CGSB/DESF/SAPS/MS “Coleta de swab por cirurgiões-dentistas no SUS”. Disponível

em https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/publicacoes-tecnicas/notas- tecnicas/nota-

informativa-coleta-de-swab-por-cirurgioes-dentistas-no-sus.pdf/view. Acesso em: 25 jan

2022.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Parecer de Câmara Técnia No 018/2020/CTAs/

COFEN. Disponível em http://www.cofen.gov.br/parecer-no-018-2020-cofen-

ctas_81609.html. Acesso em: 25 jan 2022.

CRF-SP Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Manual de rientação ao

farmacêutico. Testes rápidos para COVID -19 em farmácias.Disponível

em:http://www.crfsp.org.br/images/arquivos/200518_coronavirus_manual_teste_rapido_RT_

s12_compressed.pdf. Acesso em: 25 jan 2022.

RIBEIRÃO PRETO. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Departamento de Vigilância em

Saúde. Protocolo Municipal quanto ao enfrentamento do novo Coronavírus (SARS-CoV-2

/covid-19). Ribeirão Preto, 2022.

521

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARS-CoV-2

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Gabrielly Gonzalez Orlandin Aluna de Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP: 126659 Mirela Modolo Martins do Val

Enfermeira. COREN-SP: 0138321

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ATUALIZAÇÃO 1 APROVAÇÃO 1

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP: 126659

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

522

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Teste rápido de gravidez

1 OBJETIVO

Acolher a mulher com uma escuta imparcial, respeitando a sua autonomia, inclusive para

poder lidar com as questões emocionais advindas de um resultado não esperado;

Detectar precocemente a gravidez para início no Pré Natal em tempo oportuno;

Identificar situações oportunas para escolha de método contraceptivo para o uso de

anticoncepção de emergência em caso de relação sexual desprotegida em até cinco

dias, ocorrência da violência sexual, entre outras.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF).

3 MATERIAIS

3.1 Teste rápido de gravidez

3.2 Amostra de urina

3.3 Luvas de procedimento

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher a mulher

4.2 Orientar a mulher que para a realização do teste ela não deve estar apresentando

sangramento, nem utilizando pomadas ou cremes vaginais.

4.3 Indagar sobre o período de amenorreia, irregularidade menstrual, relação sexual

desprotegida a menos de uma semana da realização do teste;

4.4 Orientar que para detectar a gravidez geralmente deverá ser realizado após 7 dias

de atraso menstrual (seguir orientação do fabricante do teste);

4.5 Encaminhar ao sanitário para coleta da amostra da urina;

4.6 Oferecer o frasco para a coleta da amostra;

4.7 Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã, por conter maior concentração

do hormônio Hcg;

4.8 Orientar a cliente a realizar higiene, desprezar o primeiro jato e coletar dois dedos de

urina;

4.9 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.10 Calçar as luvas de procedimento

523

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

4.11 Receber a amostra de urina

4.12 Abrir a embalagem do teste, retirar a tira e mergulhar a extremidade da tira indicada

pelas setas na amostra da urina coletada, não permitir que a amostra ultrapasse a

linha indicada;

4.13 Após 3 a 5 segundos retire a fita do recipiente e coloque em uma superfície plana;

4.14 Após 5min. Fazer a leitura do teste. O resultado do teste é invalidado após 5minutos;

4.15 Não interpretar os resultados após 5min, pois baixas concentrações de hCG podem

produzir uma linha fraca após um período de tempo prolongada, gerando confusão

na interpretação do resultado;

4.16 Descartar a tira teste após a interpretação do resultado;

4.17 Para a realização do teste e interpretação do resultado, seguir sempre as instruções

do fabricante, pois podem mudar conforme a marca do teste;

4.18 Após o exame o resultado positivo ou negativo, deverá ser orientado segundo o

protocolo de atendimento da SMS, fluxograma em anexo.

4.19 Registrar o resultado do exame no Sistema Hygia.

5 OBSERVAÇÕES

Quando realizar o Teste Rápido de Gravidez (TRG)

Entre os diferentes motivos que fazem uma mulher, suspeitar que esteja grávida, o principal

é o atraso menstrual, algumas podem estar no período do climatério, ou na menarca, com

ciclos irregulares e de difícil controle, outras não estão usando métodos contraceptivos, ou

que utilizam de forma incorreta e desconfiam da sua eficácia, outras podem estar tentando

engravidar, e, às vezes, por ansiedade em saber se estão grávidas, desejam fazer o teste.

O tempo de atraso para realização do teste deve observar a indicação do insumo

disponível, sendo em sua maioria igual ou superior a 7 dias.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar o procedimento realizado colocando data e horário, carimbo do profissional que

realizou o teste em prontuário ou ficha de atendimento ambulatorial.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Teste rápido de gravidez na atenção básica: guia técnico.

524

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. (Série direitos sexuais e direitos reprodutivos. Caderno n. 8).

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012. (Série Enfermagem).

Fluxograma

Fonte: BRASIL (2014)

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Cleuza Cunes Mestrinel Enfermeira. COREN-SP: 0129987

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

ELABORAÇÃO - 1 APROVAÇÃO - 1

Mirela Modolo Martins do Val

Enfermeira. COREN-SP: 0138321

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

525

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Transporte de usuários em ventilação mecânica domiciliar

Transporte de usuário em ventilação mecânica domiciliar

1 OBJETIVO

Locomover o usuário em Assistência Domiciliar que faz uso de Ventilação Mecânica para

os diversos serviços de saúde do município, mantendo a continuidade do cuidado ao

usuário, com qualidade de ventilação e oxigenação, evitando complicações durante o

transporte ou como resultado do mesmo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL RIBEIRÃO PRETO e

Unidades de Transporte (UT).

3 MATERIAL

3.1 Ambulância equipada com inversor de voltagem para alimentação do ventilador;

3.2 Cilindros de oxigênio fixo e portátil;

3.3 BVN- Bolsa- valva-máscara (AmbuR) adulto e infantil;

3.4 Oxímetro de pulso;

3.5 Extensões de PVC;

3.6 Aspirador tipo Venturi ou portátil;

3.7 Frasco coletor de secreções de vias aéreas;

3.8 Sondas para aspiração de diversos calibres;

3.9 Estetoscópio;

3.10 Esfigmomanômetro;

3.11 Equipamento de Proteção Individual (luvas, máscaras, óculos).

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Instalar o oxímetro de pulso no usuário e observar a medida da saturação de O2;

4.3 Avaliar e estabilizar o usuário antes de iniciar o transporte: permeabilidade das vias

aéreas, oxigenação, saturação de oxigênio, realizar aspiração se necessário, atentar

aos cuidados com sondas ou drenos;

4.4 Desconectar o usuário do ventilador e manter sob ventilação com BVM- bolsa-valva-

máscara (AmbúR)

4.5 Acomodar o ventilador na ambulância;

4.6 Ligar o inversor e conectar o plug do aparelho (bivolt);

4.7 Acomodar o usuário na maca e embarcar na ambulância;

526

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Transporte de usuários em ventilação mecânica domiciliar

4.8 Conectar o ventilador, instalando oxigênio suplementar de 2 a 5 L/min, conforme a

necessidade do usuário;

4.9 Verificar os sinais vitais durante o transporte e passar o plantão na chegada ao

destino;

5 OBSERVAÇÃO

Levar no transporte o aparelho (BI LEVEL conhecido como BIPAPR), que será utilizado

durante o transporte e o copo umidificador, que não será usado no transporte, porém

poderá ser útil no destino do usuário.

O aparelho é desprovido de sistemas de baterias, porém o Nobreak só poderá retirado da

residência se houver autorização por parte da empresa fornecedora do aparelho.

6 RESPONSABILIDADE

• Condutor

7 REGISTRO

Registrar o atendimento prestado na ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando nº do Coren de quem prestou a assistência.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.527, de 27 de outubro de 2011. Redefine a atenção domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2527_27_10_2011.html >. Acesso em: 21 jun. 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Melhor em casa: a segurança do hospital no conforto do seu lar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. (Caderno de atenção domiciliar, v. 2). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2013.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO / ATUALIZAÇÃO - 1 APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira SAMU COREN-SP: 42637

APROVAÇÃO - 1

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

527

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

Troca de cânula de traqueostomia de plástico (PVC)

1 OBJETIVO

Realizar troca de cânula de traqueostomia de plástico (em PVC) em crianças e adultos.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Pia para higienização das mãos/ álcool gel

3.3 Conjunto de cânulas de traqueostomia de plástico (em PVC sem cuff / balonete,

conforme prescrição médica) completo no tamanho indicado e de preferência ter em

mãos cânulas com diâmetros abaixo e acima do prescrito;

3.4 Material de curativo estéril (se o procedimento for realizado em Unidades de Saúde)

3.5 Avental descartável

3.6 Gorro

3.7 Máscara cirúrgica

3.8 Luva estéril

3.9 Óculos de proteção

3.10 Luvas de procedimento

3.11 Seringa de bico Luer-Slip

3.12 Gazes estéreis

3.13 Fita de fixação ou cadarço

3.14 Tesoura

3.15 Solução fisiológica a 0,9%

3.16 Reanimador pulmonar

3.17 Cilindro de oxigênio portátil

3.18 Cateter de aspiração nº 10, 12 ou 14;

3.19 Aspirador portátil de vias aéreas

3.20 Estetoscópio

3.21 Saco de lixo.

528

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

4 PROCEDIMENTO

4.1 Explicar o procedimento para o usuário/ cuidador;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Preparar a bandeja com o material;

4.4 Auxiliar no posicionamento do usuário em fowler ou mantendo o tórax em posição

elevada, apoiado por travesseiros com a cabeceira elevada, ou sentado com o

pescoço ligeiramente estendido;

4.5 Realizar o procedimento usando técnica estéril, se realizado em Unidade de Saúde.

Utilizar técnica limpa em domicílio;

4.6 Vestir o avental, colocar a máscara cirúrgica, o gorro e os óculos de proteção;

4.7 Abrir o pacote do material de curativo, de gazes e do conjunto da cânula;

4.8 Abrir o frasco de solução fisiológica a 0,9%;

4.9 Calçar luvas conforme procedimento operacional;

4.10 Se houver um ajudante na equipe, este deve colocar luvas de procedimento para

auxiliar no procedimento;

4.11 Preparar a cânula de traqueostomia seguindo os passos do 4.13 ao 4.15;

4.12 Montar a cânula, caso seja de duas ou três peças;

4.13 Cortar uma das partes da fita em diagonal para fixar a cânula e colocar a fita através

dos orifícios laterais da cânula;

4.14 Lubrificar a cânula com solução fisiológica a 0,9%, se necessário;

4.15 Realizar ausculta pulmonar para identificar a necessidade de aspiração antes do

procedimento;

4.16 Aspirar à cânula de traqueostomia, se necessário;

4.17 Solicitar que o usuário expire profundamente e remova a cânula suja, tendo em

mente a sua curvatura;

4.18 Limpar a pele periestoma com gaze embebida em solução fisiológica 0,9%;

4.19 Avaliar a pele periestoma, se necessário, usar creme barreira/ película protetora;

4.20 Inserir a cânula limpa;

4.21 Imediatamente remova o guia, se houver;

4.22 Girar a cânula interna na posição, se necessário;

4.23 Segurar as pontas da fita com os dedos passando por de trás do pescoço;

4.24 Prender a fita com segurança, ao redor do pescoço;

4.25 Conectar o equipamento de suporte ventilatório, se necessário;

4.26 Realizar proteção do espaço entre a pele, com duas gazes dobradas ao meio e

colocá-las ao redor do estoma, protegendo o pescoço do contato com a cânula;

4.27 Remover as luvas conforme procedimento operacional;

529

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

4.28 Avaliar o padrão respiratório e fazer a ausculta pulmonar;

4.29 Reposicionar o usuário confortavelmente;

4.30 Remover todo o material usado e dispense-o em local específico;

4.31 Registrar o procedimento no prontuário domiciliar e do serviço.

5 OBSERVAÇÕES

Para realização do procedimento no domicílio haverá a necessidade da elaboração do Termo

de Consentimento com a anuência do cuidador/ familiar. Explicar ao usuário ou cuidador/

familiar sobre o Termo de Consentimento. Solicitar ao usuário ou responsável que assine o

Termo de Consentimento para realização do procedimento no domicílio que complementa

as orientações da equipe e os riscos do procedimento.

A troca poderá ser realizada a cada 30 dias ou se a cânula apresentar complicações antes

deste prazo, conforme avaliação médica e indicação do fabricante.

O conjunto de cânulas de traqueostomia de plástico/PVC pode abarcar uma peça ou até três

peças (a depender do tipo de cânula e do fabricante), verificar antes da inserção se há guia

e cânula interna para montar antes do procedimento com técnica estéril. Tenha sempre em

mãos cânulas com diâmetros menores ou maiores do prescrito, para segurança no

procedimento.

Atentar para os usuários em uso de ventilação mecânica invasiva, nesses casos o médico

avaliará o usuário e determinará o local da troca e outros insumos necessários.

Manter o usuário com oxímetro de pulso durante todo o procedimento.

No domicílio, a troca da cânula PVC sem cuff poderá ser realizada pelo enfermeiro. A troca

da cânula de PVC com cuff deverá ser realizada somente pelo médico habilitado.

ORIENTAR USUÁRIO, CUIDADORES E FAMILIARES QUANTO AOS CUIDADOS COM

A TRAQUEOSTOMIA

Orientar sobre a inspeção do curativo quanto à umidade ou drenagem e características das

secreções (cor e odor);

Explicar como realizar a higiene do curativo diário com a troca de gazes e da fita de fixação

com cautela, sem movimentar a cânula;

Orientar sobre sinais e sintomas de alteração respiratória e possíveis complicações após o

procedimento;

Orientar sobre sinais de inflamação local e pedir para entrar em contato com o médico;

Para realizar a troca da cânula de traqueostomia de plástico/PVC, é necessária prescrição

médica com o tipo de cânula e o diâmetro utilizado de acordo com a avaliação da ostomia.

6 RESPONSABILIDADE

530

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Anotar no prontuário do serviço data e horário da troca da cânula de traqueostomia de

plástico, a marca utilizada, o diâmetro interno, a pressão do balonete se o mesmo for

insuflado, descrever o padrão respiratório antes da troca, a reavaliação do padrão

respiratório após troca da traqueostomia e se houver intercorrências durante o

procedimento. Deve conter também o registro de aceitação da família perante a

necessidade do procedimento, se houve aceitação ou se negaram a realização do mesmo.

A troca sendo no domicílio, anotar no prontuário domiciliar data e horário da troca da cânula

de traqueostomia de plástico, a marca utilizada, o diâmetro interno, a pressão do balonete

se o mesmo for insuflado e os sinais vitais do usuário após a realização do procedimento.

REFERÊNCIAS

A. C. CAMARGO CANCER CENTER. Centro Integrado de Diagnóstico, Tratamento, Ensino e Pesquisa. Orientações para pacientes traqueostomia. Disponível em: < https://accamargo.org.br/sites/default/files/2018-07/manual---traqueostomia.pdf >. Acesso em: 15 mai 2019. AVELINO, M. A. G. et al. First clinical consensus and national recommendations on tracheostomized children of the Brazilian Academy of Pediatric Otorhinolaryngology (ABOPe) and Brazilian Society of Pediatrics (SBP). Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, São Paulo, v. 83, n. 5, p. 498-506, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019. MITCHELL, R. B. et al. Clinical consensus statement: tracheostomy care. Otolaryngology Head and Neck Surgery, London, v. 148, n. 1, p. 6-20, 2013. PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Miriã Avelino Prado

Enfermeira. COREN-SP: 81737

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

531

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

532

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

Troca de cânula traqueal metálica

1 OBJETIVO

Realizar troca de cânula traqueal metálica, em crianças e adultos, com garantia de

minimização de riscos de infecções e garantindo a permeabilidade do estoma.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja

3.2 Estetoscópio

3.3 Luvas estéreis ou luvas de procedimento (no domicílio)

3.4 Máscara cirúrgica

3.5 Óculos de proteção individual

3.6 Avental descartável

3.7 Conjunto de cânula metálica com numeração adequada ao estoma

3.8 Um pacote de gaze estéril

3.9 Solução Fisiológica 0,9% ampola de 10 mL

3.10 Cadarço

3.11 Biombo

3.12 Torpedo de oxigênio para procedimento realizado em domicílio, se necessário

3.13 Equipamentos de Proteção Individual

4 PROCEDIMENTO

4.1 Explicar o procedimento para o usuário/ cuidador;

4.2 Higienizar as mãos conforme procedimento operacional de fricção antisséptica das

mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Preparar o material;

4.4 Levar o material para a unidade do usuário;

4.5 Fechar a porta ou colocar biombo para garantir a privacidade do cliente;

4.6 Auxiliar no posicionamento do usuário em Fowler ou mantendo o tórax em posição

elevada, apoiado por travesseiros com a cabeceira elevada, ou sentado com o

pescoço ligeiramente estendido;

533

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

4.7 Vestir o avental, colocar a máscara cirúrgica, e os óculos de proteção;

4.8 Realizar ausculta pulmonar do usuário, conforme procedimento operacional;

4.9 Verificar a necessidade de aspiração da cânula traqueal e, se houver necessidade,

realizar o procedimento conforme Procedimento Operacional “Aspiração de Cânula

Traqueal” da Divisão de Enfermagem;

4.10 Abrir o pacote do conjunto traqueal;

4.11 Abrir as gazes e colocá-las sem a embalagem sobre a embalagem estéril do

conjunto traqueal;

4.12 Abrir a ampola de Solução Fisiológica 0,9%;

4.13 Soltar o cadarço da cânula de traqueostomia que está no usuário;

4.14 Calçar as luvas;

4.15 Montar o conjunto traqueal para testar a adaptação entre as cânulas interna e

externa;

4.16 Desmontar o conjunto;

4.17 Colocar o mandril na cânula externa;

4.18 Retirar o conjunto traqueal do usuário;

4.19 Fazer a limpeza do estoma traqueal com Solução Fisiológica 0,9%;

4.20 Umidificar o mandril e a cânula externa com Solução Fisiológica 0,9%;

4.21 Introduzir o conjunto cânula externa e mandril delicadamente no estoma;

4.22 Retirar o mandril;

4.23 Introduzir a cânula interna e girar com os dedos indicador e médio até que consiga

ser travada;

4.24 Passar o cadarço na cânula externa para posterior fixação;

4.25 Fixar a cânula amarrando o cadarço;

4.26 Dobrar duas gazes ao meio e colocá-las ao redor do estoma, protegendo o pescoço

do contato com a cânula;

4.27 Compare os dados respiratórios antes e após o procedimento através da ausculta

pulmonar;

4.28 Certificar-se que o estoma está pérvio;

4.29 Reposicionar o usuário em confortavelmente;

4.30 Recompor a unidade e jogar os resíduos nos recipientes adequados;

5 OBSERVAÇÃO

Deverá ser avaliado a necessidade de realizar a esterilização do cadarço para fixação.

Para realização do procedimento no domicílio haverá a necessidade da elaboração do

Termo de Consentimento com a anuência do cuidador/ familiar.

534

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

Explicar ao usuário ou cuidador/ familiar sobre o Termo de Consentimento.

Solicitar ao usuário ou responsável que assine o Termo de Consentimento para

realização do procedimento no domicílio que complementa as orientações da equipe e

os riscos do procedimento.

A troca da cânula interna deverá ser realizada diariamente e o conjunto completo a cada

90 dias, após avaliação do médico, ou se apresentar complicações o conjunto de cânulas

será trocado antes.

Manter o usuário com oxímetro de pulso durante todo o procedimento.

Orientar usuário, cuidadores e familiares quanto aos cuidados com a

traqueostomia

Orientar sobre a inspeção do curativo quanto à umidade, drenagem e características das

secreções (cor e odor);

Orientar os cuidados durante o banho, proteger a traqueostomia para não entrada de

água;

Orientar sobre sinais e sintomas de alteração respiratória e possíveis complicações após

o procedimento;

Orientar sobre sinais de inflamação local e pedir para entrar em contato com o médico;

Orientar a importância da higienização diária da cânula interna e a higiene do curativo

diário com troca de gazes e fita.

6 RESPONSABILIDADE

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Anotar no prontuário do serviço data e horário da troca da cânula de traqueostomia

metálica, o diâmetro interno, descrever o padrão respiratório antes da troca, a

reavaliação do padrão respiratório após troca da traqueostomia e se houver

intercorrências durante o procedimento.

Deve conter também o registro de aceitação da família perante a necessidade do

procedimento, se houve aceitação ou se negaram a realização do mesmo.

REFERÊNCIAS

A. C. CAMARGO CANCER CENTER. Centro Integrado de Diagnóstico, Tratamento, Ensino e Pesquisa. Orientações para pacientes. Traqueostomia. Disponível em: < https://accamargo.org.br/sites/default/files/2018-07/manual---traqueostomia.pdf>. Acesso em: 15 mai 2019.

535

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca de cânula de traqueostomia de plástico

AVELINO, M. A. G. et al. First clinical consensus and national recommendations on tracheostomized children of the Brazilian Academy of Pediatric Otorhinolaryngology (ABOPe) and Brazilian Society of Pediatrics (SBP). Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, São Paulo, v. 83, n. 5, p. 498-506, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado do usuário no ambiente domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_cuidado_paciente_ambiente_domiciliar.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019. CAMPINAS (Cidade). Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de procedimentos operacionais padrão (POP) de enfermagem. 2. ed. Campinas: SMS, 2016. PAULA, M. A. B.; PAULA, P. R.; CESARETI, I. U. R. (Org.). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São Caetano do Sul: Yendis, 2014. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. RODRIGUES FILHO, E. M.; JUNGES, J. R. Traqueostomia no doente crítico na era do consentimento livre e esclarecido. Revista Bioética, Brasília, v. 25, n. 3, p. 502-511, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422017253207>. Acesso em: 15 jun. 2018.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Mayra Fernanda de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 011255

Jane Aparecida Cristina

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 44071

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Emília Maria Paulina Campos Chayamiti

Enfermeira. COREN-SP: 44546

Gabriela Barbosa Pegoraro

Enfermeira. COREN-SP: 353393

Mariana Ribeiro Brunherotti Pereira

Enfermeira. COREN-SP: 100902

Kelli Cristina Silva de Oliveira

Enfermeira. COREN- SP: 58063

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

536

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca do filtro de ar da incubadora de transporte

Troca do filtro de ar da incubadora de transporte

1 OBJETIVO

Realizar a troca do filtro de ar da incubadora a cada três meses, ou antes em caso de

transporte de usuários em isolamento respiratório.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): gorro, óculos de proteção, máscara

cirúrgica, avental descartável, luvas;

3.2 02 ou mais panos de limpeza;

3.3 Frasco borrifador com o produto de limpeza e desinfecção em ação única

recomendado pela CCI/SMS;

3.4 Filtro de ar compatível com a marca da incubadora.

4 PROCEDIMENTO

4.1 Higienizar as mãos conforme POP Higienização simples das mãos;

4.2 Reunir o material;

4.3 Paramentar-se com os EPIs indicados;

4.4 Calçar as luvas;

4.5 Remover os dois parafusos para destravar a tampa do compartimento, na parte

traseira da incubadora;

4.6 Remover o filtro usado e descartá-lo no lixo infectante;

4.7 Realizar a limpeza e desinfecção do compartimento de acomodação do filtro com a

solução desinfetante, em movimento único;

4.8 Com um pano seco, retirar o excesso do produto e secar o compartimento, se

necessário;

4.9 Instalar o filtro novo, que deverá ser de tamanho adequado para a incubadora;

4.10 Reinstalar a tampa;

4.11 Retirar as luvas;

4.12 Identificar com data e o nome de quem realizou o procedimento em etiqueta

colada na parte externa da tampa;

537

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Troca do filtro de ar da incubadora de transporte

4.13 Organizar a unidade;

4.14 Higienizar as mãos conforme POP Higienização simples das mãos;

5 RESPONSABILIDADE

• Auxiliares de enfermagem

• Técnicos de enfermagem

• Enfermeiros

6 REGISTRO

Identificar a limpeza e troca do filtro por meio de etiqueta com data, hora e profissional

que executou o procedimento.

7 REFERÊNCIAS

COSTA, C. C. Avaliação de incubadoras neonatais e práticas de manuseio pela equipe

de enfermagem. 2016. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina de Botucatu.

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/11449/137905/3/costa_cc_me_bot.pdf. Acesso em:

02 de mai 2022.

FANEN. Manual do usuário: incubadora neonatal modelo IT 158 TS. São Paulo; 2009.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Anazilda Carvalho da Silva

Enfermeira. COREN-SP: 46149

Ediane Gonçalves de Oliveira

Enfermeira. COREN-SP: 299933

538

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

Ventilação com bolsa valva-máscara (Ambu®)

1 OBJETIVO

Administrar oxigênio suplementar em alta concentração ao usuário sob pressão positiva,

visando prevenir ou tratar a hipóxia.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA)

do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO

PRETO, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde

(UBDS), Unidades de pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família (USF),

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).

3 MATERIAL

3.1 Equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, luvas e máscara facial.

3.2 Bolsa valva-máscara- BVM -AMBUR equipada com dispositivo de reservatório de

oxigênio e extensão em PVC

3.3 Fonte de Oxigênio (fixa ou portátil)

3.4 Oxímetro de pulso

4 PROCEDIMENTO

4.1 Utilizar os equipamentos de proteção individual;

4.2 Testar os materiais e observar seu perfeito funcionamento;

4.3 Instalar o oxímetro de pulso no usuário para monitorar a saturação de oxigênio;

4.4 Conectar a fonte de oxigênio à BVM- AMBUR ajustando o fluxômetro entre 10 a 15

l/min promovendo o enchimento do reservatório;

4.5 Posicionar a máscara facial da BVM- AMBUR apropriadamente cobrindo o nariz e a

boca concomitantemente, vedando-os com a mão não dominante e promovendo a

abertura da via aérea (técnica do C + E) (figuras 1, 2, 3);

539

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

Figura 1 Figura 2

Fonte: Silva (2015)

Figura 3

Fonte: Silva (2015)

4.6 Comprimir a BVM - AMBUR (figura 4) de forma que o usuário apresente a expansão

torácica simétrica e como resultado eleve a saturação de oxigênio;

Figura 4

Fonte: Silva (2015)

540

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

4.7 Proceder de 10 a 12 ventilações/minuto;

4.8 Monitorar a saturação de oxigênio, avaliando se houve melhora da saturação e do

padrão de perfusão periférica (coloração das extremidades).

4.9 Na presença de 2 profissionais, o profissional 1 deverá posicionar a máscara facial

de maneira firme contra a face do usuário aplicando a técnica do C + E com ambas

as mãos, mantendo simultaneamente a cabeça do usuário em posição adequada,

enquanto o profissional 2 irá pressionar bolsa até haver a expansão do tórax.

5 OBSERVAÇÔES

Se usuário for vítima de trauma mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para

evitar trauma secundário de coluna cervical;

Vítimas inconscientes apresentam queda da língua e manobras manuais são necessárias

para abertura das vias aéreas, como a elevação do mento e uso de cânula orofaríngea

antes da ventilação com BVM- AMBUR.

6 RESPONSABILIDADES

• Auxiliar de Enfermagem

• Técnico de Enfermagem

• Enfermeiro

• Médico Intervencionista

7 REGISTRO

Registrar a assistência prestada em ficha de atendimento de enfermagem com assinatura

e carimbo constando número do Coren de quem realizou a técnica.

REFERÊNCIAS AEHLERT, B. ACLS, advanced cardiac life support. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: serviço de atendimento móvel de urgência. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-basico-2016.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019. PHTLS atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. SILVA, A. C. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a capacitação em parada cardiorrespiratória. 2015. Dissertação (Mestrado em Tecnologia e Inovação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-02022016-104809/>.

541

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Ventilação com bolsa valva máscara (Ambu®)

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Regilene Molina Zacareli Cyrillo Enfermeira. COREN SP: 51636

Rosana Joaquim Fernandes Enfermeira SAMU. COREN-SP: 42639

ATUALIZAÇÃO – 1 APROVAÇÃO - 1

Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

542

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Verificação de glicemia capilar

Verificação de glicemia capilar

1 OBJETIVO

Obter amostra de sangue capilar para a mensuração dos níveis de glicose sanguíneos

através do uso de glicosímetro.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS),

Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades de Saúde da Família

(USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU).

3 MATERIAL

3.1 Bandeja S/N

3.2 Gaze ou algodão

3.3 Álcool a 70%

3.4 Lanceta ou agulha 13X4,5

3.5 Glicosímetro

3.6 Fitas reagentes para glicose, específica ao aparelho utilizado no momento

3.7 Luvas de procedimento

3.8 Recipiente para descarte de material perfurocortante

4 PROCEDIMENTO

4.1 Acolher o usuário;

4.2 Realizar higiene das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.3 Reunir o material necessário e certificar-se de que a fita reagente está na validade;

4.4 Verificar se existe risco para perfuração da pele em usuários com baixa contagem de

plaquetas, em terapia anticoagulante e distúrbios hemorrágicos;

4.5 Avaliar a área da pele que será usada como local de punção;

4.6 Orientar o usuário sobre o procedimento;

4.7 Calçar as luvas de procedimento;

4.8 Ligar o aparelho e observar a compatibilidade da fita reagente com o número do

código, conforme orientação do fabricante do glicosímetro;

4.9 Posicionar a fita reagente, conforme orientação do fabricante;

543

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Verificação de glicemia capilar

4.10 Fazer uma leve pressão na ponta do dedo escolhido de modo a favorecer o seu

enchimento capilar;

4.11 Com a outra mão limpar a área com algodão embebido em álcool a 70%, aguardar

secagem natural (deixá-lo secar completamente);

4.12 Com a lanceta ou agulha estéril, em posição perpendicular ao local, fazer uma

punção na ponta do dedo escolhido, preferencialmente na lateral do dedo, onde a

dor é minimizada;

4.13 Pressionar levemente o dedo e obter uma gota suficiente para preencher o campo

reagente;

4.14 Pressionar o local da punção com algodão seco até hemostasia e avaliar novamente

o local;

4.15 Atentar para usuários em uso de anticoagulantes;

4.16 Informar o resultado obtido ao usuário;

4.17 Desprezar a fita reagente e a lanceta na caixa específica para material

perfurocortante;

4.18 Limpar o glicosímetro com algodão embebido em produto padronizado pela CCI e

guardá-lo;

4.19 Retirar as luvas;

4.20 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha;

4.21 Realizar a higienização das mãos conforme procedimento operacional de fricção

antisséptica das mãos ou higienização simples das mãos;

4.22 Registrar o valor obtido no prontuário do usuário ou na ficha de controle de glicemia;

4.23 Registrar o procedimento.

5 OBSERVAÇÃO

Se o usuário apresentar nível glicêmico abaixo de 70 mg/dL comunicar o médico.

6 RESPONSABILIDADE

• Auxiliar de enfermagem

• Técnico de enfermagem

• Enfermeiro

• Médico

7 REGISTRO

Registrar: data e hora da realização do exame; condição do usuário (jejum, alimentado);

aspecto da polpa digital; desconforto decorrente da perfuração necessária para obter a

gota de sangue; local da punção; valores da glicemia capilar (Mg/dl); intercorrências e

544

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Verificação de glicemia capilar

providências adotadas; orientações efetuadas; nome completo e Coren do responsável

pelo procedimento.

REFERÊNCIAS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº 002/2010, de 28 de janeiro de 2010. Antissepsia da pele com álcool 70% e a realização do teste de glicemia capilar. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_2_0.pdf>. Acesso em: 19 mai 2019. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP CAT nº 014/2010, de 18 de fevereiro de 2010. Uso de luvas de procedimento para a administração de medicamentos. Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_14.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018. POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Recomendações para uso de luvas em serviços de saúde. São Paulo: Secretaria da Saúde, 2016.

DADOS DA VERSÃO

ELABORAÇÃO APROVAÇÃO

Lauren Suemi Kawata Enfermeira. COREN-SP: 126659 Adrielen Aparecida Silva Calixto Enfermeira. COREN-SP: 195391 Anazilda Carvalho da Silva Enfermeira SAMU. COREN-SP: 46149

Karina Domingues de Freitas

Chefe da Divisão de Enfermagem

COREN-SP: 0126266

545

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Verificação de glicemia capilar

“MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO - POPs” 2020

VERSÃO 1

POPs atualizados:

Desinfeção do conjunto de nebulizadores e materiais pláticos/silicone/borracha

Limpeza e desinfecção de cabos e lâminas de laringosópio

Limpeza e desinfecção de máscaras de oxigenação e respiradores (ambus)

Preparo da solução SURFIC 1%

Reprocessamento de espaçadores de inalação

Sondagem nasogátrica

VERSÃO 2

POPs atualizados:

Conferência de carro/caixa de emergência

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

VERSÃO 3

POP atualizado:

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1

VERSÃO 4

POP atualizado:

Coleta de swab para identificação de SARS-CoV2 ou H1N1: inserido o cirurgião dentista no

item responsabilidade

VERSÃO 5

POP atualizado:

Limpeza e desinfecção de caixas para transporte e armazenamento de material biológico

POP inserido:

Limpeza e desinfecção de ventilador mecânico pulmonar

VERSÃO 6

POPs atualizados:

Aferição de temperatura: inserido temperatura temporal

Conferência de carro/caixa de urgência: inserido Planilha de conferência diária material de

urgência - CAPS 3

POPs inseridos:

Aspiração endotraqueal Sistema Fechado (Trach Care)

Montagem do dispositivo de Sistema Fechado de Aspiração (Trach Care)

VERSÃO 7

546

Manual de Procedimentos Operacionais Padrão – POPs

Verificação de glicemia capilar

POPs atualizados:

Hipodermcóclise

Limpeza e desinfecção de superfície

POP retirado:

Desinfecção manual do endoscópio

VERSÃO 8

POP atualizado:

Sonagem nasogástrica: inserido verificação de pH.

VERSÃO 9

POPs atualizados:

Teste rápido de gravidez: inserido registro do resultado do exame no sistema Hygia.

Curativo com terapia compressiva inelástica - bota de Unna: inclusão de atadura de crepe

(crepom) nos materiais.

POP inserido:

Orientações para usuários para aplicação de insulina utilizando caneta.

VERSÃ0 10

POPs inseridos:

- Passagem de plantão de enfermagem no atendimento pré-hospitalar

- Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARSCoV-2 (TR SARS-CoV-

2 Ag)

VERSÃO 11

POPs atualizados:

Conferência de carro/caixa de urgência

Orientações gerais para administração de medicamentos

POPs inseridos:

Administração de Zoladex (acetato de grosserrelina)

Limpeza e desinfecção de incubadora de transporte (limpeza terminal)

Troca de filtro de ar de incubadora

VERSÃO 12

POPs atualizados:

- Teste rápido qualitativo para detecção de antígenos do vírus SARSCoV-2 (TR SARS-CoV-

2 Ag)