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Grupo nacional paga por Jari US$ 280 milhões

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JORNAL DO ¦ RASILTEMPO

RIO — Tampo nublado lujitito o' poncodoi de chuvai o trovondai

na parte do tarde, Temperotufntttúvali Vento* de e*te a nortefraco* e moderado* Inmpetnfu-ra Mómma. 31 1 em Bangu ••temperoturo mínima; 180 noAlio do Boa Viita.

O Satvomar informa que omar eitá calma ctié SAoConrndo • ogltado nn Barra.Águas a 24° dentro • forada barra • correndo de letteo tul.

* Temperoturo* referente à* úl-tirno* 24 hora*.

(Mapai na página IB)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio de Janeiro/Minas GeraisDios úteis CrS 40,00Domingos Cr$ 50,00

Sâo Paulo/Espirito SantoDios úteis CrS 50,00Domingos Cr$60,00

RS, SC, PR, MS, MT, BA, SE,AL, PEDios úteis CrS 70,00Domingos CrS 70,00

DF, GODios úteis CrS 60,00Domingos CrS 70,00

Outros Estados• TerritóriosDias úteis CrS 80,00Domingos CrSBO.OO

ACHADOS EPERDIDOS 510ACHOU-SE CADELA POIN-TER — No Itanhangá. FavorLigar para 221-A345.

DECLARAÇÃO A PRAÇA —ÍCARO CASTELLO BRANCO.CIC 126876778-68 o RG4 852,608 da SSPSP. declaraque foi furtada em 05/01/82.uma bolsa do sua propriedadecontendo os seguintes docu-mentos C I. n° RG 4 852 608.CIC n° 126.876.778-68, Car-toes de Crédito Bradesco den° 0000 005 185 855. e. Di-ners n° ZT 02 072954 10 8,talào de cheques do BancoBradesco de n° 000 191a 000210 en° 000211 a 000230. Cln° 4 824.917 de Felicidade deFítima G O. Castello BrancoDeclara, também quo foi feitaocorrência policial no 12° Dis-trito de Copacabana o pedidode susiaçâo de todos os docu-mentos acima mencionadosComunicar Tel 233-3122RM32 Dra Silvia.

DOCUMENTOS PERDIDOS -Acham-se extraviadas a cedu-Ia de identidade do COREN n°5709 e a carteira de identidaden° 1654623 do IFP pertoncen-tes a HILDETE DE CASTROCONTREIRAS DE CAR-VALHO.

ixTRAVIOU-SE O diploma deBacharel de Estatística do Ed-son de Moura Ribeiro. Favorcomunicar c/o Tel: 281-2801

EXTRAVIOU-SE A CARTEIRAConselho regional de estalisti-ca de Edson de Moura RibeiroFavoi comunicar c/o Tel 281-2801

EXTRAVIO DE DOCUMENTO— Cartão de Inscrição do ISSO ABATEDOURO RIO BRANCO LTDA . (irmã estabelecidaà Av. Rodrigues Alves. 431Loja A, inscrita no CGCMF sobo n° 17.767 435/000240, co-muntca que foi extraviado oCartão de inscrição sob o n°566.756.00 Riode Janeiro. 07de |aneiro/82. Abatodouro RioBranco Ltda

EXTRAVIOU-SE A CARTEIRA- CRMV n° 52339 de AnnaValéria Martins Sagnori Favorquem encontrar telefone p/399-1380

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Rio de Janeiro — Quinta-feira, 7 de janeiro de 1982 Ano XCI — N° 272 Preço: Cr$ 40,00

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O Secretário Emüio Ibrahim percorreu as regiões alagadas pelas cheias dos rios Meriti, Iguaçu e Sarapul

Brigada em Romafere policialque a combatia

O vice-diretor da Polícia Antiterrorista Ita-liana (DIGO), Nicola Simone, foi gravementeferido a tiros por quatro terroristas das Briga-das Vermelhas que invadiram sua casa, emRoma. Alarmes falsos da morte do Generalamericano James Dozier, alto oficial da OTANseqüestrado pelas Brigadas, agitaram a Itáliadurante várias horas enquanto a policia realiza-va buscas no local indicado, Abruzos, ItáliaCentral, sem sucesso.

Mais tarde novo comunicado do grupo ter-rorista anunciou que Dozier continua sob inter-rogatório. Na Irlanda, uma bomba feriu o chefedo Departamento de Medicina Forense da poli-cia, James Donovan, que perdeu o pé esquer-do. Na Guatemala, dois sacerdotes católicosforam seqüestrados e mortos. Morreram tam-bém quatro policiais e um sacristâo. (Página 12)

Grupo nacional paga porJari US$ 280 milhões

O empresário Augusto Trajano deAzevedo Antunes, presidente do GrupoCaemi, em um ano de negociações com oGoverno brasileiro, conseguiu assegurara nacionalização do Projeto Jari, numaoperação de 280 milhões de dólares refe-rentes às dividas externas do empreendi-mento.

Nos próximos dias será constituídauma empresa com capital inicial de 100milhóes de dólares — que assumirá o Jari— controlada por Azevedo Antunes (40%)e um grupo de 20 empresários privadosnacionais (industriais, banqueiros e segu-radores). O presidente das Listas Telefo-nicas Brasileiras, Gilbert Huber, será opresidente.

Haverá também participação do Go-verno: o Banco do Brasil assume o avaldos 200 milhões de dólares concedidos em76 pelo BNDE à Jari Florestal e Agrope-cuária Ltda., para transformá-los em par-ticipação acionária preferencial, sem di-reito a voto. O Governo deverá arcar comas obras de infra-estrutura do projeto.

A intenção do Governo é transformara área do Jari num novo pólo dé desen-volvimento econômico na Amazônia. Omilionário Daniel Ludwig, que investiucerca de 1 bilhão de dólares no projeto,nada recebe de imediato: sua fundaçãode combate ao câncer começará a receberdividendos em cinco anos. (Página 17)

Afi Gomai

Imposto de RendaOs contribuintes (pessoas físicas) começam

a receber dia 20 os formulários para declaraçãode rendimentos do exercício de 1982, ano-basede 1981. O Secretário da Receita Federal. Fran-cisco Dornelles, explicòíTque õ~ivianuar-tte"Orientação para as pessoas jurídicas está sendoremetido à rede bancária. Prometeu divulgar,nos próximos dias, os critérios da malha paraevitar fraudes e sonegação em geral. (Página 15)

Cupom da CopaO ganhador do 23° Chevette do concurso

Espanha 82 — Os Gols da Copa é NiltonLopes. Mora na Rua 7 de Setembro, em Juiz deFora, e é supervisor postal da Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafos, onde trabalhahá 21 anos; começou como carteiro. Emociona-do, disse que participa desde o primeiro sorteio.É casado e tem um casal de filhos. (Página 7)

INAMPS limitaatendimentode alto custo

O Ministro da Previdência, Jair Soa-res, aprovou as sugestões do ConselhoConsultivo de Assistência à Saúde Pre-videnciária que limitam, a partir destemês, o atendimento médico de segura-dos da Previdência Social que necessi-tarem de tratamento de alto custo("medicina sofisticada"). O atendimen-to será restrito aos serviços do próprioINAMPS, hospitais universitários e hos-pitais do Ministério da Saúde.

Os tratamentos considerados de al-to custo são hemodiálise e diálise pe-ritonial, cirurgia cardiovascular, trans-plante de órgãos, radioterapia e qui-mioterapia do câncer e outros diagnós-ticos terapêuticos especiais (provas he-modinàmicas, ultrassonografia, tomo-grafia computorizada, medicina nucleare fisioterapia). (Página 9 e editorial)

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D Enecina, retida mensal de quase Cr$ 100 mü, transferiuunui de suas filhas de urna escola particular para unui oficial

Obra inacabadada RFF fazCaxias inundar

Obstruído por uma obra que aRede Ferroviária Federal come-çou mas não terminou, no distritode Gramacho, Duque de Caxias, orio Sarapuí transborda quandochove. Esta é a principal causa dasenchentes no município, onde,desde as chuvas de dezembro,mais de 200 pessoas estão desabri-gadas. Além do Sarapuí, transbor-dam na região os rios Meriti eIguaçu.

O Estado tenta prevenir novasinundações, com dragagem emdois canais e um dique, este des-truído parcialmente pela popula-ção para que a água acumuladaescoasse. Ao inspecionar os traba-lhos o Secretário de Obras, EmílioIbrahim, disse já ter exposto oproblema ao DNOS, do qual espe-.,ra recursos financeiros. (Pág. 7)

Lagoa-Barramudará trânsitoem 4 bairros

Em quatro bairros da Zona Sul — Gá-vea, Jardim Botânico, Lagoa e Leblon — otrânsito vai mudar para melhor, a partir dodia 22, com a inauguração da auto-estradaLagoa—Barra. Acabarão os engarrafamen-tos na Rua Marquês de São Vlcente, a sinali-zação será sincronizada de acordo com ofluxo de veículos e a auto-estrada dará pas-sagem a 40 mil carros por dia, prevê o DER.

O trânsito em toda a área será modifica-do com a inauguração da Lagoa—Barra, aque estarão presentes o Presidente Figueire-do, o Ministro Eliseu Resende e o Governa-dor Chagas Freitas. Para quem mora naBarra ou em Jacarepaguá, a obra represen-tara uma economia mensal de CrS 3 mü 400em combustível, a preços atuais. (Página 5)

Empobrecimentoé causa daevasão escolar

O alto índice de evasão escolar na redeparticular do Rio — 40% em 1981, de acordocom dados da Federaçáo Nacional dos Esta-belecimentos de Ensino — tem como causaprincipal problemas econômicos enfrenta-dos, no caso, pela classe média. É o queindicam depoimentos de várias pessoas queeste ano não renovarão as matrículas deseus filhos em escolas particulares.

O presidente do Sindicato dos Professo-res do Rio, José Monrevi Ribeiro, disse que aevasão está provocando desemprego emmassa de professores. Para o professor PauloSampaio, do Sindicato dos Estabeleclmen-tos de Ensino de Io e 2o Graus do Rio deJaneiro, os 100 colégios que fecharam entre1975 e 1981, no Rio, foram vítimas do "des-compasso da política salarial". (Página 8)

PMs invademdelegacia paralibertar colega

Cerca de 30 PMs, em oito viaturas,invadiram a 19a Delegacia, na Tijuca.Queriam resgatar o colega Arlindo Cân-dido da Silva, que, ao tentar prenderbicheiros na Rua Uruguai, feriu doiscontraventores, invadiu uma casa, arre-bentou um cadeado com um tiro, ten-tou levar à força um carro de umamoradora da vila n° 266 e destratouuma terceira com palavrões.

Na delegacia, quando o delegadopediu sua identidade e a arma, elerespondeu que só as entregaria na pre-sença de um superior. O delegado Os-mar Peçanha o autuou em flagrante,por colocar em perigo a vida de tercei-ros, lçsões corporais e invasão de domi-cílio. O Secretário de Segurança eo Comandante da PM telefonaram aodelegado, dando-lhe apoio. (Página 4)

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3 — POLÍTICA E GOVERNO 1" Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

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Coluna do Castello

Facilidades esimplificação

Brasília — Liberado pelo Ministro Chefedo Gabinete Civil, o presidente do PDS autori-zou o Senador Murilo Badaró a apresentar suaemenda que interrompe por 30 dias o prazo defiliação partidária para efeito de preservar aelegibilidade dos membros do PP e do PMDBinconformados com a incorporação dos doisPartidos e proíbe que daqui por diante serealizem incorporações de Partidos no períodode um ano antes de eleições. O Governo nãointerferirá diretamente no processo de unifica-ção dos dois Partidos oposicionistas, o que fazdepois do convencimento dos seus mentorespolíticos de que é inviável pelas dificuldadesintrínsecas a reunião do PP e do PMDB, masproíbe que outros Partidos tentem a mesmacoisa antes da eleição de novembro e procuraalcançar ganhos políticos mediante a adesão aoPDS ou ao PTB de parlamentares e prefeitos doPP.

Não se especifica a partir de quando deveser contado o prazo de 30 dias de suspensão doprazo de filiação partidária para beneficiar osatuais membros dos Partidos em incorporação.Presume-se que o prazo comece a correr depoisda entrada em vigência da Lei de Inelegibilida-de, embora a incorporação só possa estaroficialmente caracterizada depois da convençãocomum dos dois Partidos marcada para 14 defevereiro. Mas como o projeto de lei que oSenado adotará deva voltar à Câmara parareferendar a emenda Badaró, somente em mar-ço essa tramitação se completará, posteriormen-te portanto à data da convenção incorporadora.O Ministro Leitão de Abreu deixou o assunto acritério do Partido, que melhor identificará oseu próprio interesse, embora se saiba quecoincidentemente seu ponto-de-vista favorecia aadoção de medidas que permitissem a absorçãode parlamentares do PP para enriquecer amaioria do PDS.

A suspensão do prazo de filiação poderá,contudo, ter por efeito facilitar a incorporação,a qual, segundo a avaliação governamental,seria obstada pelos problemas que envolve,equivalentes aos problemas de criação de umnovo Partido. Mas pode acontecer que, realiza-da a convenção comum e permitida aos descon-tentes a transferência de legenda, os dois Parti-dos de oposição se aproveitem do dispositivolegal para simplificar sua junção. Poderá bastarque os membros do PP favoráveis à incorpora-ção se transfiram em massa para o PMDB e osinconformados desse último Partido se transfi-ram para outras legendas para que esteja consu-mada a incorporação. Restaria, é claro, arecomposição dos Diretórios municipais, esta-duais e federal e das respectivas Executivas, aqual, embora com seus complicadores, afasta-ria a hipótese de impugnações judiciais as quais,segundo o entendimento oficial, tornariam in-viável a própria incorporação.

Outra conseqüência previsível é que umgrupo ponderável de políticos, capitaneado pe-los liderados do Governador Chagas Freitas, serecusassem à incorporação e à transferência delegenda e decidam permanecer no PP, cujalegenda sobreviveria à transferência de grandenúmero de seus correligionários para outraslegendas. O PP poderia sobreviver, dada asumariedade do processo de ingresso da suamaioria no PMDB, a qual praticamente elimi-naria a necessidade de levar adiante, nos termosda lei, a própria incorporação.

Tais questões deverão ter sido examinadaspelo PDS e pelo Palácio do Planalto e seusdesdobramentos estarão certamente na linha deprevisibilidade que fez com que fosse liberada aemenda do Senador Murilo Badaró.

Quanto ao desdobramento da vinculaçãoem duas etapas, conforme pleiteiam algunssetores do PDS, não é assunto ainda decidido edificilmente o será antes de março. O essencialpara o Governo é a vinculação, isto é, aproibição de coligações, mas o interesse parti-dário, que poderá ser afetado na composição daCâmara pela verticalização do voto, aconselha-rá talvez a adoção de uma cissiparidade davinculação a fim de libertar os candidatos adeputado pela legenda oficial dos candidatos agovernador que não alcancem a necessáriadensidade eleitoral ou sejam nitidamente supe-rados por seus contendores. O assunto, suscita-do pelo Senador Amaral Peixoto mas já coloca-do antes por outros setores da bancada, serácertamente objeto de estudos e de avaliaçãoobjetiva antes que a decisão seja tomada.

São muito pessimistas as previsões quantoà presença do PDS na futura Câmara dosDeputados, principal efeito negativo para oGoverno da vinculação de votos. Por issomesmo admite-se em princípio que as advertén-cias do Partido sejam levadas em conta pelocomando político do Planalto.

Magalhães com Leitão

Segunda-feira à noite o Deputado Maga-'Ihães Pinto voltou à Granja do Torto paraencontrar-se com o Ministro Leitão de Abreu.Ò tema da conversa continuou a ser o mesmo:uma avaliação do quadro nacional em busca depontos de equilíbrio do processo de normaliza-Ção institucional. O ex-Governador de Minasprefere manter-se nesse plano antes de tomardecisões relacionadas com seu destino pessoal.

O Senado em Minas

O Governador Francelino Pereira, aparen-temente decidido a permanecer no Palácio daLiberdade até o final do seu mandato paracomandar a eleição, vem sendo instado porcorreligionários eminentes a disputar a cadeirade senador.

Carlos Castello Branco

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O Governador Chagas Freitas, quemantém posição contraria à Incorporaçãodo, PP ao PMDB, admitiu, ontem, numapequena noticia publicada em O Dia, Jor-nal de sua propriedade, que recebeu convi-te para ingressar com seu forte grupopolítico no PDS. Na mesma noticia deu aentender que poderia, contudo, consuma-da a incorporação, abrir entendimentoscom o PTB.

Na noticia, sob o titulo Solidariedade, odestaque é para uma mensagem do 8ena-dor Tancredo Neves, presidente nacionaldo PP, de solidariedade a Chagas pelosataques que lhe foram dirigidos, recente-mente, pelo Senador Roberto SaturninoBraga (PMDB-RJ). O Dia revelou, na mes-ma noticia, atribuindo as Informações "apolíticos ligados ao Governo", que Cha-gas, nos últimos 15 dias, esteve duas vezesem Brasüia.

PerplexidadeO presidente nacional em exercício do

PTB, ex-Deputado Ario Teodoro, garan-tiu, ontem, que nenhum contato com oschagulstas, que poderfio trocar de Partido,se a Incorporação ao PMDB for concluída,foi aberta pela direç&o trabalhista. Enca-rou a possibilidade do Ingresso em blocodos aliados do Governador fluminense noseu Partido "com perplexidade". E ob-servou:

— Nós do PTB adotamos o principio denâo vetar ninguém. Mas, num caso comoesse, teremos de reunir o Partido, porqueos nossos Interesses regionais Já estão pos-tos. O PP tem um candidato lançado aGovernador que é o Deputado Miro Tei-xeira, enquanto nós jô colocamos na rua acandidatura da ex-Deputada Sandra Ca-valcanti.

Ario Teodoro reconheceu que o cha-gulsmo, movimento que Integrou até oInicio do processo de reorganização doPTB, "representa uma das forças políticasde maior expressão no Estado". Fez umúnico reparo à posição da corrente lidera-da por Chagas: "Ela é Governo, a nívelregional, e nós estamos ocupando em to-dos níveis no Estado amplos espaços deoposição."

SurpresaAs revelações sobre o que o Governador

do Estado Imagina em termos de futuropolítico, se a Incorporação do PP aoPMDB nâo for sustada, colheu de surpre-sa, ontem, a maioria dos Integrantes doseu grupo político, que se encontrava noRio.

O presidente da Assembléia Leglslatl-va. Deputado Jorge Leite, que seria opuxador de legenda do PP para a Câmarados Deputados, antes do Inicio do proces-so de Incorporação do Partido Popular aoPMDB, disse, por exemplo, que única posi-çâo da sua corrente "é a de lutar contra a

união com os pemedebistas". E acrescen-tou: "Daí para a frente, eu náo sei de maisnada."

Jorge Leite admitiu que a incorporação,se concluída, terá de ser realizada no Esta-do do Rio com respeito às posições "dequem detém a maioria de forças". Julgaque o seu grupo não pode é flear marglnali-zado, "sejam quais forem as conseqüen-cias desse projeto, porque os que témvotos e uma linha de conduta conhecidanâo podem, de uma hora para a outra,serem atirados na clandestinidade".

ContatosO vlce-llder do PP na Assembléia do

Rio, Deputado José Carlos Lacerda, con-firmou que o Governador Chagas Freitas,acompanhado apenas pelo seu assessor deGabinete, Mauro Tavares, esteve em Bra-sllia no final desta semana. Negou, contu-do, qualquer entendimento do Governa-dor com o Palácio do Planalto em torno dafiliação do seu grupo ao PDS.

Fontes ligadas ao PP confirmaram queos encontros do Governador em Brasília,na área política, limitaram-se ao Chefe doGabinete Civil da Presidência da Repúbll-ca, Ministro Leitão de Abreu. Os encontrosde Chagas com Leitão foram dois: o pri-melro no dia 30 de dezembro e o último nodia 3 de Janeiro.

Dois únicos políticos, ambos mineiros— o Governador Francelino Pereira e oDeputado Magalhães Pinto — souberamdas reuniões entre Chagas e Leitão. Sobreo convite do Palácio do Planalto para quevinculasse seu grupo ao PDS, a dúvida é seele ocorreu dia 30 de dezembro ou dia 3 deJaneiro. Chagas descartou essa hipótese aolembrar que nâo haveria, além de outrosfatores, condições para conviver novamen-te com o Senador Amaral Peixoto nummesmo Partido.

Em BrasíliaParlamentares ligados ao Governador

fluminense revelaram que ele voltará àBrasília, para contatos políticos, na próxl-ma segunda-feira. Dentro da bancada fe-deral do PP começou a prosperar, ao mes-mo tempo, nas últimas horas, um fortemovimento de descontentes que estariamdispostos a procurar abrigo no PTB.

O Deputado Sérgio Murilo, partidáriodo ingresso em bloco dos descontentes doPP no PTB chegou a realizar algumassondagens entre parlamentares chaguis-tas. O Partido Trabalhista Brasileiro já sepreparou, de certa forma, para receberpepistas e pemedebistas que resistirem àincorporação, numa reunião de seu Direto-rio Nacional, realizada no Rio, quandodecidiu considerar "ficção" as notícias deque poderia se unir ao PDT. Na oportuni-dade, o PTB resolver abrir as suas portas,sem vetos a ninguém "para os que, numahora difícil, se comprometam a honrar e adefender o seu estatuto e o seu programa".

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Pemedebistacondena Senador

Brasília — O Deputado fede-ral Oswaldo Lima (PMDB-RJ)condenou ontem o SenadorRoberto Saturnino Braga,candidato do seu Partido & su-'cessão do Governador ChagasFreitas, que há aols dias cias-slflcara os chagulstas como"gang de marginais".

Depois de assinalar que oBrasil "é um pais abençoado,mas amaldiçoado por um regi-me que deveria ser combatidocom Inteligência e patriotismopor parte dos homens que Inte-gram as oposiçôes", o parla-mentar acusou o Senador Ro-berto Saturnino de ofender oPP e de nâo ter sensibilidadepolítica.— Nào poderia o Senadordescer tanto o nível de suasdeclarações porque nâo ficabem para um senador da Re-pública, para um homem pú-blico, deixar-se cegar pelassuas ambições pessoais e ofen-der aquele que o consagrounas urnas em 1974. Talvez,quem sabe, estes anos de escu-ridâo democrática devam terafetado a inteligência políticadaquele parlamentar.

PMDB promoveencontros

O PMDB fluminense vai pro- -1mover, a partir deste mês, en-contros regionais entre a dire-çáo e as bases do Partido par»extrair uma Unha de açôo comrelação à Incorporação do Par-tido Popular no Estado. AIdéia surgiu de um encontro,anteontem ü noite, no Rio, en-tre o presidente regional doPMDB, ex-Senador MárioMartins, e o candidato do Par-tido â sucessão estadual, Se-nador Roberto SaturninoBraga.

A direção do PMDB prefereafastar, por enquanto, o proje-to de realizar uma convençãoregional, em princípios de—março, para ouvir as basespartidárias sobre o processode Incorporação do PP, porqueteme pelo baixo compareci-mento. O assunto será discuti-do na reunião da ComissãoExecutiva Regional com asbancadas estadual e federal doPartido, amanha.

ENCONTRO

O encontro entre RobertoSaturnino e Mário Martinsocorreu na residência do pri-melro e durou quase uma hora.Nào houve testemunhas. Se-gundo informou o candidatodo PMDB, o ex-Senador reco-nheceu a existência de resls-tênclas dentro do Partido aincorporação do PP. Ambosvoltarão a encontrar-se nova-mente neste flm de semana, noRio.

O presidente regional doPMDB, ex-Senador MárioMartins, afirmou ontem que sóhaverá acordo entre o seu Par-tido e o Partido Popular emtorno da Incorporação se forrespeitado o protocolo que Qr-mou Junto com o DeputadoMiro Teixeira (PP) e que esta-belecla o critério de paridadepara o preenchimento dos car-gos de direção do PMDB.

Mário Martins declarou queas recentes declarações do Ro-berto Saturnino, acusando oGovernador Chagas Freitas eo Deputado Miro Teixeira decomandarem uma gang, foramfeitas em seu nome pessoalmas sem autorização do Parti-do, e que se o presidente regional do PP for escolhido na con-vençáo candidato a Governa-dor, o apoiará, contrariandoassim a posiçáo de RobertoSaturnino.

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JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82 D ln Caderno POLÍTICA E GOVERNO — 3

Ex-sindicalistas não condenadosNey lançaRaiz à suasucessão

Curitiba — O GovernadorNey Braga anuncia hoje o no-me do Secretário Saul Raizcomo candidato do PDS aoOoverno do Paraná, durantereunião no Palácio Iguaçucom o secretariado e as banca-das do Partido. O candidatooficial do Governador 6 o últi-mo colocado nas pesquisascom apenas 3% do eleitorado.

O Prefeito de Curitiba desls-tiu de éua candidatura e emnota oficial aflrmou que a deci-sáo foi tomada após ter sidoconvocado ao Palácio pelo Go-vernador que lhe informou desua preferência, alegando queo nome do Sr Saul Raiz repre-senta o consenso do Partidomanifestado através dc abai-xo-asslnados das bancadas es-tadual e federal do PDS, alémde grande número de prefeitos.Jaime Lerner permanece naPrefeitura e na nota distribuí-da â imprensa aflrmou acatare acompanhar a decisão doGovernador.

BEUNATI

O Prefeito Antônio Bellnatl,apontado na última pesquisacomo o candidato do PDS me-lhor situado, com 11%, disseontem em Londrina que pre-tende concorrer de qualquermaneira à sucessflo estadual enáo vai retirar sua candidatu-ra. Ele negou que sugestãonesse sentido tenha sido feitapelo Chefe da Casa Civil, Fa-blano Braga Cortes, que Junta-mente com o 8ecretário daJustiça, Octávio Cesário, estl-veram reunidos com ele pelamanha durante 40 minutos,em seu gabinete.

A vlce-govemança seria a so-luçôo dada para acomodar oPrefeito de Londrina. O om-bic-nte na Prefeitura de Curi-tiba era de consternação. OPrefeito Jaime Lemer náo quisreceber ninguém, mandandodizer que sua nota de seis 11-nhas explicava tudo.

Colasuomioquer serGovernador

O ex-Prefeito paulista Ml-guel Colasuonno, atual presl-dente da Embratur, poderálançar sua candidatura ao Go-vemo de Sâo Paulo ainda estasemana, anunciou seu asses-sor de imprensa, Dirceu Couti-nho, em entrevista publicadapelo jornal O Diário.

Além de sua candidatura.Colasuonno lançaria tambémseu companheiro de chapa, oPrefeito Duarte Nogueira, deRibeirão Preto, Integrante, noPDS, da corrente que apoia oex-Govemador Laudo Natel,nome mais bem posicionadonas prévias eleitorais para asucessão estadual paulista.

Gaúchopropõeconsulta

Porto Alegre — Com apoiodas bancada do PMDB na As-sembléia gaúcha, o DeputadoAntenor Ferrari encaminhouontem ao presidente do Dire-tório Regional do seu Partido,8enador Pedro Simon, a pro-posta da realização de umaconsulta junto aos filiados doPMDB e do PDT sobre a lncor-poraçâo dos trabalhistas aoPMDB,

O presidente do DiretórioRegional do PDT. DeputadoJoão Satte, repudiou o plebis-cito afirmando que "o PMDBestá insistindo em se imiscuirnas nossas questões internas,pois até agora tudo o que temfeito é dar tiros que saem pelaculatra". Apesar disto, o Depu-tado Antenor Ferrari aflrmouque a consulta será realizadano Estado, mesmo sem a parti-clpaçào do PDT.

Líder doPDS mudano Rio

O Deputado Wllmar Palllsserá o novo lider do PDS naAssembléia Legislativa do Es-tado do Rio. num movimentoque começou a ser articulado,há um més, pelo DeputadoFrancisco Lomelino, ligado aogrupo do Senador Amaral Pel-xoto.

Pallls é o principal porta-vozdo Governador Paulo Maluf noEstado do Rio, que já revelou alntençáo de ajudá-lo, este ano,a se eleger deputado federal.Oito parlamentares pedessls-tos. numa bancada de 13 re-presentantes, Jâ decidiram ti-rar o Deputado Jorge David daliderança do Partido.

CREDENCIAIS

Ontem, houve reunláo infor-mal do grupo que apôla a idade Wllmar Pallls para a lide-rança do PDS, em substitui-ção ao Deputado Jorge David.A principal credencial do fütu-ro líder é a sua agressividade ea intensa oposição que faz aoGovernador Chagas Freitas,na politica do Rio, desde otempo em que era seguidor deCarlos Lacerda.

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PRINCESA ISABELINSTITUTO GUANABARA

Brasília — O Governo decidiu tornar ele-givels os dirigentes sindicais destituídos quenáo tenham sido condenados pela Justiça,determinando a inclusão de dispositivo nessesentido no substitutivo do Senador MuriloBadaro (PD8-MGI ao projeto de reforma daLei rias Inelegibilidades, que sô nâo foi apro-vario ontem porque a Oposição pediu vlsta damatéria.

O presidente da Comissão de Constituiçãoe Justiça do Senado, Aloisio Chaves (PDS-PA), foi acusado de desrespeitar o Regimentoda Casa, ao manifestar a intenção de convo-car outra reunláo, apenas para decidir se oprazo do pedido dc vista solicitado pelosoposicionistas seria de 24 horas ou cinco dias.Posteriormente, os lideres dos Partidos foramInformados de que o projeto voltará a serdiscutido terça-feira.

Nada à OposiçãoTodos os senadores do PDS pertencentes

à Comissão de Justiça compareceram à reu-nláo da manhã, para aprovar o substitutivo esua tramitação em caráter de urgência. Con-forme entendimento entre o comando pedes-sista e a liderança da bancada, a matéria iriaa plenário na tarde de ontem.

O presidente Aloisio Chaves retardou oinicio da sessão, para que os pedessistas queestavam na Comissào de Economia, reunidaem outra sala no mesmo horário, tambémpudessem comparecer. Ele foi pessoalmentebuscar o Senador Bernardino Viana (PI) e sócomeçou a sessáo depois que chegaram osúltimos retardatárlos — Senadores Almlr Pln-to (CE) e Raimundo Parente (AM).

Eram 10hl4m e a essa altura estavam noplenário da Comissão de Justiça oito mem-bros do PDS contra sete da Òposlçáo. Natentativa de obstruir a votaçáo, os oposiclo-nlstas convocaram seus membros suplentes.O Senador Dirceu Cardoso (PMDB-ES), umdos convocados, acusou Aloisio Chaves deparcialidade, por nâo ter sido aceita nenhumadas emendas apresentadas pela Òposlçáo.

Uma das emendas do Senador HumbertoLucena (PMDB-PB), beneficiava com a elegi-bilidade os condenados, "por sentença |udl-ciul transitada em Julgado", tomando elegivelo presidente nacional do PT, Luis Inácio daSilva. Outra emenda, do Senador Tancredo

Neves (PP-MGI, visava a beneficiar o Depu-tado Genival Tourlnho (PP-MG), consldcran-do eleglvcis os condenados "por sentençalrrecorrivel".

O Governo recusou as emendas, mas to-mou a Iniciativa espontânea, segundo aflr-mou o 8enador Murilo badaró, relator damatéria, de beneficiar os dirigentes sindicaisnâo condenados, como é o caso do DeputadoBenedito Marclllo (PT-SP). De resto, no subs-tltutlvo, foi mantido todo o texto do projetooriginal, acrescentando-se mais as emendasque permitem nova flllaçáo aos descontentescom a incorporação do PP e PMDB. O Sena-dor Marcos Freire (PE), líder do PMDB, consi-derou "um absurdo" e "um caso Inusitado"pretender emendar com lei complementaruma lei ordinária, como é a Lei Orgânica dosPartidos. Com ele concordou o vice-liderHumberto Lucena, afirmando que a matériasobre incorporação nada tinha a ver com oprojeto de Inelegibilidades.

"Operação Cansaço"Depois de evitar a votação do projeto pelo

Senado com o pedido de vista -- que tambémfoi subscrito pelo Senador Raimundo Parente(PD8-AM) — a Oposição decidiu mobilizarseus 30 senadores para protelar a decisãoatravés de uma "operação cansaço'1. Os opo-slclonlstas esgotarão todos o.s recursos regi-mentais para ocupar o tempo das sessões,criando dificuldades para o PDS reunir suabancada.

Ontem, a Oposição ainda conseguiu pôrem votaçáo requerimento de Humberto Luce-na, propondo que o projeto de reforma da Leidas Inelegibilidades enviado pelo Governofosse anexado a outro idêntico, de autoria doSenador ltamar Franco (PMDB-MG). O presi-dente Aloisio Chaves votou contra, para de-sempatar o resultado de sete votos do PDScontra sete do PMDB e PP.

Se o projeto das inelegibilidades fosse on-tem a plenário, o PDS nâo conseguiria apro-vá-lo sem acordo com a Oposição. Dos 37senadores pedessistaa, apenas 30 estavam emBrasília. O compareclmento foi total na bnn-cadu da Oposição, que na sessão da tardederrubou a ordem do dia, da qual constavam10 projetos de pedido de empréstimo.

Bratllla/Sonjo R*go

Marcos Freire (C) acha a emenda Badaró um absurdo jurídico

Pedessista teme pela aberturaRramlla — O vice-lider do PDS na Câmara

dos Deputados, Bonifácio de Andrada. temeque a emenda apresentada pelo Senador indl-reto Murilo Badaró (PDS-MG) ao projeto quealtera a Lei das Inelegibilidades. possa preju-dlcar a abertura política, favorecendo à voltado blpartldarismo.

A emenda Badaró viabiliza nova opçãopartidária para os descontentes do PMDB edo PP com a Incorporação dos dois Partidos.Bonifácio de Andrada acha que a emenda doSenador indlretor "legaliza" o processo deincorporação que ainda esta em andamento.

Atestado de óbito— Quem teria Interesse, agora, em deixar o

PMDB ou o PP, e ingressar no PDS? Semudanças acontecerem, sô depois das elel-çóes. O maior beneficiado seria mesmo oPMDB, pela fragilidade dos demais Partidosde Oposição. A emenda dá o atestado deóbito ao PP — disse o vice-lider do Govemo.

Na prática, a emenda Badaró, representa-ria o bote salva-vidas aos descontentes do PPe do PMDB. O Senador Marcos Freire consi-dera justo impedir que os descontentes fl-quem inelegíveis. Mas discorda da extenso daemenda, avançando sobre a Lei Orgânica dosPartidos.

O líder do PMDB sugeriu ontem ao relatordo projeto do Govemo que altera a Lei dasInelegibilidades, Murilo Badaró, que limitas-se sua emenda à nova filiação. O Senadorpernambucano acha lógico emenda conside-rando elegivels os que não aceitarem a incor-poraçâo, desde que filiados a outros Partidos.

— O que nâo pode ser entendido ê umaemenda a um projeto de lei complementaralterar dispositivos de lei ordinária — n Leidos Partidos. — Além disso —• observou — areforma da Lei dos Partidos nâo consta dapauta da convocação extraordinária, subme-tida ao Congresso pelo Presidente da Repú-bllca.

Os lideres e os dirigentes do PP e doPMDB discordam de alguns dos dispositivosda emenda Badaró. A emenda permite quequalquer filiado do Partido incorporado —- nocaso, o PP — tenha a iniciativa de impugnar oprocesso, no âmbito nacional, estadual oumunicipal. "Isto poderá tumultuar todo oprocesso, com pedidos dirigidos de impugna-ções" — comentou o Senador Mendes Ca-nalle.

Outra discordância ê com o dispositivopermitindo incorporação ou fusào de Parti-dos apenas até um ano antes da data daseleições. A ressalva apresentada na emenda

de que o processo iniciado até 31 de dezem-bro de 1981 náo seria atingido pela limitação

está sendo considerada "muito perigosa".Acham os lideres do PP e do PMDB que.aprovada esta ressalva, o Presidente da Re-pública poderia vetá-la. inviabilizando intei-ramente a Incorporação do PP ao PMDB.

De qualquer forma, sente-se apreensão noPP e no PMDB diante da emenda do SenadorMurilo Badaró. O 2°-vice-presldente du Sena-do, Gilvan Rocha iPMDB-SE), comentou;"Estamos tumultuando quem quer nos tu-multuar".

Oposiçõestentam votar

pacote'<.<.. •>•>o

Brasília — Os Partidos opo-slclonlstas tentarão aprovarrequerimento para que o pro-Jeto dc reforma eleitoral doGoverno, que vincula todos osvotos nas eleições de 15 denovembro e proíbe as coliga-ções, seja votado ainda hoje demanha, quando ocorre o se-gundo turno de discussões so-bre a matéria.

As discussões começaramontem â noite, no plenário daCâmara, em sessão conjuntaaberta com a presença de 203deputados e 62 senadores. OPDS pretende aprovar o proje-to por decurso de prazo no dia11 e para Isso negará o quorummínimo de 211 deputados paraa votação da matéria.

O lider do PMDB, DeputadoOdacyr Klein, acredita quevencerá a tática govemista,"pois todos os oposicionistas,á exceção do Deputado FlorimCoutinho (PMDB-RJ) Já estáem Brasills". O prazo para amatéria ser deliberada esgota-se no dia 11. Assim, o PDS, quetem 214 dos 420 deputados daCâmara, negará sucessiva-mente o quorum mínimo de211 a flm de conseguir a suaaprovação por decurso de pra-zo. A Oposição tem 206 depu-tados e, se todos estivessempresentes em Brasüia, precisa-ria de mais cinco para derrotaro projeto.

Bonifácionão admiteapoiar Bias

Brasüia — "8e numa hipôte-se, que consideramos remotís-slma, o PDS mineiro indicar oDeputado Blas Fortes candl-dato a Governador, nós nâoteremos condições de disputaras eleições" — disse, ontem,em Brasília, o vice-Uder do Go-verno, Deputado Bonifácio deAndrade — o "Andradlnha".

O parlamentar mineiro con-firmou a declaração de seu pai,o ex-llder do Governo Geisel,José Bonifácio, de que a faml-lia nâo aceitará a candidaturaBlas Fortes ao Palácio da Ll-berdade. "Não temos nada depessoal, mas. politicamente, éuma candidatura inaceitávelque contraria até mesmo osprincípios da Revolução. Oque ele fez pela Revolução?" —comentou o vice-lider do PDS.

serão elegíveisGoverno separavoto majoritáriodo proporcional

Brasília — O Presidente do Senado, Jarbas Passari-nho, confirmou a remessa, em março, ao Congresso, deprojeto destinado a desvincular o voto das eleições majo-ritárias das proporcionais. Jâ o Presidente da Câmara,Nelson Marchezan, aflrmou que a medida conserva aintenção original de fortalecer o pluripartidarismo faelll-tando, ao mesmo tempo, o desempenho eleitoral dosparlamentares.

O Deputado Nelson Marchezan foi um dos primeirosparlamentares a alertar para o risco representado pelavinculaçào total que, a seu ver, embora garanta um bomdesempenho do PDS na eleição majoritária, prejudica alegenda nas proporcionais.

Geisel queriaO ex-Presldente Ernesto Geisel, quando baixou o

pacote de abril, em 1977, chegou a cogitar da vinculaçàototal — revelou o Presidente do 8enado — mas a reaçãodentro do Congresso foi de tal ordem que ele, aconselhadopelo então lider da Arena, Deputado José Bonifácio,desistiu da Idéia.

Enquanto o presidente do PDS. Senador José Sarney.aflrmou desconhecer qualquer decisão oficial quanto àdlvlsáo da vinculaçào. o Senador Jarbas Passarinhoacrescentou que ainda hoje a reação â medida continua amesma, pois vários parlamentares nâo concordam emcolocar sua própria eleição na dependência do desempe-nho do candidato a cargo majoritário. A vinculaçàoparalela, segundo ele, vai naturalmente trazer mudançasno processo da eleição e, certamente, o eleitor se utilizaráde duas cédulas, uma para os candidatos a cargos majori-tários, outra para os candidatos nas eleições proporcio-nais.

PMDB não responde areivindicação do PPsobre secretaria-geral

Brasília — Os dirigentes do PMDB reagiram com osilêncio à reivindicação do presidente do PP. SenadorTancredo Neves, de ser destinada a um membro do seuPartido a secretaria-geral do PMDB. apôs a incorporaçãodo Partido Popular. Foi o único cargo examinado, ontem,informalmente, no encontro de dirigentes dos dois Parti-dos, no apartamento do Senador Tancredo Neves.

Ficou decidido que o PP terá um terço do DiretórioNacional e um terço da Comissão Executiva Nacional.Dos 71 membros do Diretório, 23 serão do PP e. dos 15integrantes da Executiva, cinco serão do PP. A conven-çào nacional conjunta flcou confirmada para o dia 7 defevereiro. O advogado e ex-Senador Josafâ Marinho.presente ao encontro, confirmou as datas das convençõesregionais e municipais conjuntas — 18 de abril a 2 demaio.

Malufgarantevitória

Brasília — O GovernadorPaulo Maluf disse a 21 depu-tados federais paulistas, du-rante reunião realizada na últi-ma segunda-feira, que estepreparado para ganhar adisputa pelo Governo do Esta-do, nào apenas no interior doEstado, como também na Ca-pitai, onde pretende Intcnslfl-car o seu trabalho.

O Govemo paulista revelouque está realizando um inten-so trabalho que resultará navitória do PDS. "Com o inte-rior. me preocupo eu. Os se-nhores estáo liberados paratrabalhar intensamente a Ca-pitai de Sào Paulo, com a cer-teza de que eu colocarei toda amáquina do Estado e da Pre-feitura a favor dos Interessesda cidade", disse Maluf.

O Governador de Sâo Paulorecomendou a todos os parla-mentores que participaram dareunláo que trabalhassem emfavor da aprovação da emendado Deputado José Camargo(PD8-SP) que permite a reelei-çáo do Presidente da Repúbll-ca, dos governadores e pre-feitos.

Maluf recomendou que to-dos trabalhassem, pela apro-vação da referida emenda, sü-primindo a reeleição do Presi-dente da República e dos go-vemadores e deixando apenasa dos prefeitos.

Deputadoqueixa-sede Montoro

Brasília — O Deputado JoàoCunha i PMDB-SP) requereu âComissão de Ética do Partido,através de oficio dirigido aoDeputado Ulysses Guimarães,a abertura de processo contrao Senador Franco Montoro pe-las suas declarações de quenâo fará oposição ao GovemoFigueiredo nem promoveráuma devassa na administra-çâo Paulo Maluf, caso seja elei-to em novembro governadorde Sâo Paulo.

Montoro distribuiu nota la-mentando "as repercussõescontraditórias" da publicaçãode suas declarações e reaflr-mou seu compromisso de fazeroposição.

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CIDADE 1" Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

PMs invadem delegacia da Tijuca para resgatar colegaPara Cardeal, IlhaGrande é apenasponta de "iceberg"

— Infelizmente, o episódio do Presídio Cân-dido Mendes c seus desdobramentos sno, no meuentender, apenas n parte visível de um Iccberg —declarou ontem o Cardeal Eugênio Sales, refenn-dose aos espancamentos Impostos a presos danha Grande nos últimos dias de novembro.

Dom Eugênio náo falou diretamente aos Jor-nalistas. Nem mesmo o coordenador da PastoralPenal, Padre Bruno Trombetta, estava autoriza-do a falar. A assessoria de imprensa do PalácioSâo Joaquim divulgou um boletim — o primeiro¦ do ano — mas com n recomendação de que fossetranscrito na integra:

"O Cardeal Eugênio Sales, nao desejando seenvolver em debates e manter a altura do assun-to. negou-se a dar entrevistas sobre o que hoje(dia 6) foi publicado a respeito da Ilha Grande. Aassessoria de imprensa do Palácio Sao Joaquim.devido â Insistência da imprensa, ouviu o Arce-bispo do Rio e distribui a seguinte declaração:

Os fatos falam por si e estáo sob a alçada daJustiça. Além disso, prefiro náo fazer comenta-rios. pois o que hoje foi divulgado responde ãstentativas de distorcer a Verdade ou ás insinua-çôes contra a Verdade.

Infelizmente, o episódio do Presidio CândidoMendes, na Ilha Grande, e seus desdobramentossao no meu entender apenas a parte visível deum iceberg, uma subversão da ordem jurídica apretexto de defender as Instituições.

Cito apenas um fato. Somente na semanapassada as duas irmãs de caridade que presta-ram depoimento sobre o último massacre ocorri-do naquele presídio puderam regressar à suacomunidade. Entretanto, por prudência, náo ofizeram como de costume, desembarcando noporto Abrãao e seguindo por terra atê o presidio.Foram transportadas de helicóptero até as ime-diações de sua residência".

Promotor não ouvePins indiciados

O Promotor Elio Fiwchberg, designado paraacompanhar o inquérito que apura as torturas apresos do Instituto Penal Cândido Mendes illhaGrande), esteve ontem na Secretaria de Seguran-ça Pública mas nào pôde ouvir õ diretor daquelaprisáo, Capitão Paulo António Guedes de Lima eSilva, seu assistente. Capitão Magdiel Lemos daSilva, e os guardas Luiz Carlos Alves Pereira.João Evangelista e Luiz Geraldo da Costa, por-que se recusaram a depor.

Os dois capitães e os três guardas Iam serouvidos na qualidade de indiciados no inquéritoque apura as violências praticadas contra osinternos daquele presídio, como represália pelafuga do presidiário José Lourival Siqueira Rosa,o Mimoso. Os cinco alegaram que sô falarão emjuizo. O promotor estava acompanhado do dele-gado de Angra dos Reis, Jacques Sodré Viana,que preside o inquérito.

Leia editorial "Casa dos Mortos"

Encaminhe-se cópia ao Évc.slorvtí.sslinoSecretario do Estácio de Justiça dc relatório do Doutor FrcW-tor f.3 Justiçt e bem ?.'.:ei___ deste dospaoho»

Por fira, oficie--- ao ExcelentíssimoSenhor Sacrstario do Estado ce Segurança Public?, rolnètandb-lhacopia ifstigral 0oj autos desta sindicância para ac medidas oj-.!entenáer. ...

Rio ds Janeiro, 19 dc i<ísonrt_rovde .1981

Em seu despacho, o Juiz Wellington Jones Paiva reconhece a violência eremete os autos para as providências cabíveis

Cerqueira justifica policiaisNâo acredito em tortura na Ilha Grande —

disse ontem o Comandante da PM, Coronel NiltonCerqueira, a propósito da Informação, publicadaontem pelo JORNAL DO BRASIL, de que o Juizda Vara de Execuções Criminais, Wellington JonesPaiva, confirmou em despacho as violências pratl-cadas em novembro do ano passado contra presosdo Instituto Penal Cândido Mendes.

Para o Coronel Cerqueira, os detentos da IlhaGrande, cujas acusações resultaram em Inquéritopolicial, determinado pela Justiça e aberto nadelegacia de Angra dos Reis, tèm "interesses in-confessãveis" ao apontar responsáveis pela dire-çáo do presídio como envolvidos nos espancamen-tos. Ele fez as declarações de manhã, quandoparticipou de uma solenidade de troca de coman-do realizada np 3o BPM, no Méier.

Reações imprevisíveisComo Comandante da Policia Militar, co-

mo o senhor viu a confirmação dc que foramtorturados presos da Ilha Grande c entre os acusa-dos estejam oficiais da PM?

Eu ainda não vi.Em seu despacho, o Juiz da Vara dc Execu-

çóes Criminais confirma isso.Você tem ai a cópia do despacho?Náo, mas tenho o jornal que reproduz o

despacho do juiz.Ah, jornal, náo. Eu quero a assinatura do

juiz. Nós sabemos que presidio nào integra asorganizações policiais militares. Presídio está in-cluído no Departamento de Sistema Penitenciário,que faz parte da Secretaria de Justiça.

Mas, como Comandante da PM, o senhordeve ter designado o diretor do instituto, que éum capitão.

Absolutamente. O Comandante da PM, nocaso, atendeu a uma solicitação feita pessoalmen-te pelo responsável pelo Desipe e atendeu, poste-riormente, a esta solicitação em documento assi-nado pelo Secretário de Justiça encaminhado aoComandante-Geral da PM. que cedeu o policial,que foi agregado, Agora, quanto à aceitação dadenúncia, isso e um problema do juiz. Ainda nâofoi feito nenhum inquérito.

Sobre a responsabilidade que, como Coman-

dante da PM. pudesse sentir num caso como o dopresidio da Ilha Grande, o Coronel Cerqueira de-clarou:

Eu náo sinto nenhuma responsabilidade.Acredito que não seja o caso de me. sentir comresponsabilidade e sim atribuir a quem acusa oônus de provar.

Quanto às penas a que ficarão sujeitos ospoliciais acusados, se comprovada sua participa-çâo nas torturas a detentos, comentou:

Eu gostaria muito de saber, mas nâo soujuiz criminal, nem procurador, nem advogado.

E o caso deixaria dc ser entáo da área daPM?

Nunca esteve na área da Polícia Militar.nMcsmo considerando serem da PM os po-

liciais acusados?Eles quando estão agregados ficam à dispo-

sição de outra autoridade, daSecretartade Justi-ça, no desempenho de cargo civil, considerado deinteresse policial militar.

Coronel, o senhor nào é juiz, mas declarourecentemente que sc tivesse havido algum tipo dcocorrência na Ilha Grande poderia ter sido umacidento dc trabalho. Mas, pelas conclusões doJuiz da Vara dc Execuções Criminais, parece quehouve tortura mesmo. Independente dc sua posi-çào de Comandante da PM, o senhor acredita querealmente tenha havido tortura na Ilha Grande?

Eu não disse que aquilo tinha sido umacidente de trabalho O que houve foi um corte naminha exposição. Eu disse que eventualmente umpolicial militar em atividade, na rua, sofre tensõesàs vezes insuportáveis e pode ter reações lmprevl-siveis, e foi isso que caracterizei como acidente detrabalho. Quanto à existência de tortura, eu nãoacredito que exista na Ilha Grande, Pode, sim, faceè ação de elementos de alta periculosldade, comoem Sào Paulo, onde um preso considerado recupe-râvel, que se fantasiou de Papal Noel em plenoNatal, seqüestrou o diretor do presídio, o ameaçoude morte e a integridade fisica de Inúmeras pes-sous para tentar fugir Então, vejam bem, é ohomem que está dentro do presidio. E esses ho-mens que estão no presídio têm interesses Incon-fessaveis. Se eles falam a verdade, por que náoaproveitar a oportunidade e Interrogá-los sobre oscrimes que eles praticaram anteriormente, que atehoje náo conseguimos descobrir?

PM exoneradiversoscomandantes

O Comandante da PoliciaMilitar, Coronel Nilton Cer-queira, exonerou ontem os co-mandantes do 9" BPM, Coro-nei Leonam Barros/Morelra,do 10° BPM, Coronel Hugo Lo-catell do Amaral, do Io BPM,Coronel Altair Noronha, doCentro de Especialização e Re-completamento, Tenente-Coronel Pedro Augusto LisboaBatista, e da 2" CompanhiaIndependente de Policia MIU-tar, Tenente-Coronel Anani deAndrade Santos.

No mesmo ato transferiu doEstado-Maior para o seu gabi-nete o Tenente-Coronel MárioJosé Bandeira, e do 10° Bata-lhào para o Estado-Maior oTenente-Coronel Jorge Fran-cisco de Paula, Nomeou o Te-nente-Coronel Caio FigueiredoNogueira para comandar Inte-rinamente o Io BPM, o Tenen-te-Coronel Anani dc AndradeSantos para o 9o BPM, na mes-ma condição de interino, e oTenente-Coronel Pedro Ale-xandro Gáudio para coman-dar Interinamente o 10" BPM.

O atual chefe de relações pú-blicas da corporação, Tenente-Coronel Jorge da Silva, foi no-meado para comandar o Cen-tro de Especialização e Re-completamento, órgão quepassará a ministrar todos oscursos da Polícia Militar. De-signou para a 2" CompanhiaIndependente de Polícia Mili-tar o Major Josias Quintal.

Delegados mudamde departamento

A Informação de que seriammodificadas, nos próximosdias. as chefias de seis dos oitosetores que compõem o Depar-tamento de Polícia Especlall-zada praticamente paralisou,ontem, o trabalho dos policiaisdaquela área. que durante to-do o dia comentaram o assun-to. As modificações, aparente-mente, foram bem recebidas,exceto a transferência do dele-gado Aloisio Russo, que deixa-râ a Delegacia de Roubos eFurtos para assumir a Divisãode Fiscalização de Censura eDiversões Públicas.

No Departamento de PoliciaEspecializada foi realizadauma reuniáo de todos os dele-gados titulares de delegacias edivisões do setor, presidida pe-lo diretor do órgáo, Peter Gers-ten.

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A 19" DP, naTUucB, follnva-dida ontem por soldados do fi"BPM, no Andarai, que que-riam resgatar o PM ArlindoCândido da Silva. O policial,ao tentar prender bicheiros, âtarde, invadiu casas de umavila na Rua Uruguai, 268, atl-rou em dols contraventoras ecolocou em pânico os morado-res, que pediram auxilio aodelegado Osmar Peçanha

Arlindo invadiu a casa deuma moradora, tentou levar âforça o carro de outra e destra-tou uma terceira Na 19" DP.recebeu voz de prisão do dele-gado porque se recusou a de-por e a entregar sua arma. OSecretario de Segurança. Ge-neral Valdir Muniz. e o Coman-dante da PM, Coronel NiltonCerqueira, ligaram para a dele-gacia. manifestando apoio aodelegado.

TIROTEIO

Por volta das 15h, o soldadoda PM Arlindo Cândido da Sil-va, que fazia ronda a pé naRua Uruguai, notou que esta-va sendo feito Jogo do bicho navila n° 266. Sem que ninguémpercebesse, aproximou-se dolocal, sacou a arma e deu qua-tro tiros: dois atingiram o bi-cheiro Ivaldo Santos e umcompanheiro dele. que conse-guiu fugir.

O policial saiu em persegui-ção ao bicheiro ferido, atlran-do, o que causou pânico nosmoradores, que trataram deretirar as crianças que brinca-vam no local. A casa 6, deCarmem Gannem Mattar, foiinvadida pelo soldado, na ten-tativa de. pelo quintal, chegarà Rua Maria Amália, e suamoradora ameaçada:

— Sou autoridade Entroonde quiser — disse o PM

D Carmem fechou a portados fundos com um cadeado eo PM o arrebentou com umtiro. Em seguida, tentou levarâ força o Volkswagen OZ-0817.de ítala Damasceno Soares.que estava em frente à casa n°1. Sua irmã. Maria VenturaSantiago, se atracou com o po-licial militar e não permitiuque ele levasse o veículo. OPM. entáo. pulou um muro e,sempre atirando, atingiu o n°457, onde Marta Looks Guima-rães, apavorada, escondeu suafilha.PRISÁO

Apavoradas, as três mulhe-res resolveram pedir ajuda ao

delegado Osmar Peçanha. porser esta a terceira vez que p»*»-ciais invadem a vila e amea-çam moraçlores, por causa doJogo do bicho.

Uma turma da 19" DP foi aolocal e Intimou o PM a acom-panhã-la. Em menos de 15 mi-nutos. a delegacia foi invadidapor cerca de 30 PMs — em oitoviaturas — que queriam resga-tar Arlindo e levá-lo para o 6ÜBPM. Eles alegavam que o queele fez "ê crime militar e deveser punido no quartel,"

O delegado, porém, decidiuautuà-lo e. quando pediu aidentificação do PM sua arma,o policial, arrogante, respon-deu que só as entregaria napresença do seu superior. Essaatitude irritou o delegado, quelhe deu voz de prisáo. A confu-são aumentou quando Arlin-do, na delegacia, desacatou DCarmem com palavras de bai-xo calào. dizendo:

— Sou profissional e profis-sional tem de atirar em bandi-do. Vocês queriam dar prote-çào aos bicheiros

D Carmem retrucou, afir-mando que "dou tanta prote-çáo quanto vocês, que vivemna vila apanhando dinheiro".Aí, o ambiente ficou tenso e opolicial teve de ser retirado àforça, por um colega

Num canto da delegacia,quieto, estava Ivaldo Santos,de 25 anos, solteiro. Ele foiatingido de raspão por um tiro,na perna esquerda. Contouque o policial entrou na vila —onde ele escreve jogo do bichohá quatro anos — "como en-tram todos" e, por isso, nãodesconfiou. De repente, o PMsacou a arma e atirou em seucolega (nào quis revelar o no-mei e nele.

O delegado Osmar Peçanhaautuou Arlindo Cândido daSilva por colocar em perigo avida de terceiros, por lesõescorporais e invasão de domici-lio. apesar cios insistentes pe-didos dos sargentos Pessoal.Gabriel e Veloso para que náoo fizesse. Durante cinco horas,depuseram todos os envolvi-dos e o delegado recebeu vâ-rios telefonemas de colegas.para que náo recuasse. Os co-legas de Arlindo. depois da au-tuaçâo, afirmaram que pedi-rão a instauração de IPM. parainterrogar as moradoras da vi-la que o acusaram.

Polícia Militar voltaa combater o "bicho"

A Polícia Militar, que duran-te o período de festas do fim dcano esteve mobilizada para ga-rantir o comercio e os compra-dores no Centro da Cidade,reiniciou, ontem, a campanhade combate ao jogo do bicho,efetuando cerca de 50 prisõesde empregados dos banquei-ros José Petros. o Zinho. RaulCorreia de Melo. o Raul Capi-tào. Ângelo Maria Longa, o TioPatinhas, e Márcio Molinaro.

Os 13 pontos de jogatina es-tourados. ontem, estavam fun-cionando a cerca de 20 metrosdas fortalezas interditadas pe-la Justiça, desde o inicio dacampanha, cm novembro doano passado. Na operação. ío-ram mobilizados 30 policiaisdo 5a BPM. que apreenderamfarto material de contraven-çao nas jurisdições das 1*. 2".3". 4» e 5a DPs. Somente umapostador foi preso.

DESCONTRAÇÀO

A operação, comandada pe-lo Capitão Marcos, teve irucioas 9hs e terminou ás 18hs.Grande parte dos pontos dejogo do bicho teve intenso mo-vimento, durante todo o dia deontem, porque a ultima extra-çào correu pela Loteria Fede-ral, como acontece todas a.squartas-feiras e sábados. Mes-mo assim, apenas um aposta-dor. Roberto Gomes, de 35anos. foi preso ao jogar, noponto da esquina das Ruas daQuitanda e Buenos Aires.

A maioria dos flagrantesocorreu na jurisdição da 1" DP,na Praça Maua, onde sete pon-tos foram estourados e cercade 20 bicheiros presos. Na salaanexa ao cartório, onde os con-traventores aguardavam o mo-mento da autuação, o climaera de descontraçáo. porqueeles tinham conhecimento deque os banqueiros ja estavamprovidenciando o pagamentoda fiança de Cr$ 10 mll paraque fossem liberados. Alguns,inclusive, fizeram refeição nadelegacia Os banqueiros com-praram marmitas térmicas,conhecidas como Quentínhas.e as enviaram a seus empre-gados.

Todos o.s bicheiros alega-vam náo saber para quem tra-balhavam e um deles chegou apedir ao Capitão Marcos umacarta de apresentaçào paraque pudesse trabalhar comoporteiro de um edifício e aban-donar a contravenção. JaciCassiano Balduino. de 46 anos.que já esteve preso cinco vezespor contravenção, justificouesse meio de subsistência di-zendo náo conseguir empregoem lugar algum, devido aidade.

— Tenho quatro filhos paracriar e pouca instruçáo. Nasminhas condições, são poucasas possibilidades de arranjaruma colocação que me dè osalário que ganho escrevendojogo do bicho. Por isso, traba-lho na contravenção, sujeitan-do-me aos riscos e à humilha-ção — disse.

As palavras de Jaci recebe-ram a aprovação dos demaiscontraventores presos, algunscom mais de 70 anos, comoSebastião Paulo de Oliveira,de 75 anos, e Oscar José Lins.de 77. Os bicheiros, em suamaioria, sofrem de ulcera ner-vosa (conseqüência da perma-nente expectativa em que tra-balhami e sâo humildes e mal-vestidos.

Na area da Ia DP. os policiaisdo 5o BPM estouraram os pon-tos de jogo do bicho perten-centes aos banqueiros Rau!Capitão. Zinho e Tio Pati-nhas, nas Ruas do Mercado.Mayrink Veiga, Benedit.' .os,Uruguaiana e Camerino comSacadura Cabral.

Na jurisdição da 4a DP, naPraça da Republica, três pon-tos de contravenção foramdescobertos: mais de 10 bi-cheiros foram presos escreven-do jogo nas Ruas Senhor dosPassos com Andradas, Regen-te Fejió com Buenos Aires eGonçalves Ledo. conhecidocomo Beco do Tesouro. Gran-de quantidade de material decontravenção foi apreendida,como blocos, carbonos. resul-tados de jogos e canetas.

Na área das 2a DP, no SantoCristo: da 3d DP. no Castelo; eda 5a DP. na Lapa, apenas umponto de jogo foi estourado,em cada uma.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO

SECRETARIA DE ESTADODA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO

AVISOEncontra-se na sede da Secretaria

de Estado da Industria e do Comércio,sito à Rua Fábio Ruschi, n° 02 — BentoFerreira, Vitória, Estado do Espirito San-to, à disposição dos interessados, o Edi-tal para a venda da totalidade das açõesnominativas ordinárias representativasdo capital social das empresas: "Fábricade Tecidos de Cachoeira de ItapemirimS.A. — Tecisa" e "Companhia de ÓleosAraribóia" de propriedade do Estado e deemissão das referidas empresas.

Vitoria (ES), 06 de janeiro de 1982Haroldo Dario Ribeiro

Presidente da Comissão de Licitação(P

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QUADRINHOSDOMINGO

JORNAL DO BRASILaaea

JORNAL IX) BRASIL D quinta-feira, 7/1/88 D 1" Caderno CIDADE — 5

Trânsito em 4 bairros melhorano dia 22 com a Lagoa—Barra

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A auto-estrada Lagoa—Barra tetfkmovimento de 40 mil carros por dia,segundo estimativa do DER, e vai nlte-rar o trânsito na Gávea. A Rua Marquêsde Sao Vicente flcarô desafogada e osacessos do Jardim .Botânico, Lagoa eLeblon mais fáceis. A sinalização serásincronizada de acordo com o Quxo deveículos.

A inauguração dn auto-estrada serádia 22, às ÍOh, e contará com a presençado Presidente Figueiredo, do Ministrodos Transportes. Eliseu Resende, e doaovernador Chagas Freitas. O DERcontinua estudando a extensfto da pistada Praça Slbellus à Lagoa, evitando aRua Visconde de Albuquerque.

TrânsitoA abertura da auto-estrada Lagoa—

Barra acabará com os engarrafamentosconstantes da Qávea, principalmente oda Rua Marquês de Sáo Vicente, que,nas proximidades da Praça Santos Du-mont, registra a passagem de cerca de 81mil veículos por dia. A rua servirá ape-nas para o trânsito do bairro, de morado-res e serviços.

A Lagoa—Barra deverá receber, as-sim, movimento de 35 mil 700 carros queatualmente cruzam pela Rua Marquêsde Sâo Vicente o Túnel Dois Irmáos. Emais alguns carros que i'a7«m, hoje, omovimento de 31 mil veículos da Av.Niemeyer. Segundo o diretor de Planeja-mento do DER, Acílio Magalhães, cercade 40 mil veículos deverão usar a auto-estrada.

— A capacidade diária da estrada(respeitando as variações de movimentonos diversos horários) é da ordem de 75mil veículos por dia — explicou. A llml-taçáo é Imposta pelo Túnel Dois Irmãos,que tem quatro pistas apenas.

O trânsito será mais intenso na RuaPadre Leonel Franca, sem problemas,porém, porque naquele trecho existemoito faixas de trânsito. A rua continuaráservindo de saída da Rua Marquês deSão Vicente para a Oávea, um Quxo de 7mil carros.

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LagoaO principal cruzamento será o da

Praça Slbellus. A partir daquele ponto otrânsito se divide, em direção ao JardimBotânico (metade dos carros); Lagoa(25% do movimento) e Leblon (25%). Nosprojetos originais da Lagoa—Barra, es-tava prevista a construção de uma vialigando a Rua Padre Leonel Franca àRua Mário Ribeiro por viaduto, mas aobra, de custo elevado, devido às desa-propriações, será protelada.— O Ideal seria o viaduto, mas émulto caro. Que você vai ter flla nestesinal, vai. Mas não vai existir mais aque-le nó que era a passagem pela AvenidaBartolomeu Mitre e Praça Santos Du-mont — garantiu o engenheiro LeonelTrotta, responsável pelas pesquisas detrânsito.

Ele deverá encaminhar nos próximosdias sugestões ao Detran para a defini-çâo dos tempos dos sinais, baseado nascontagens realizadas em toda a área eque definiram os volumes de trânsito.

MudançasAs mudanças no sentido das ruas

serão pequenas: a Rua Marquês de sàoVicente terá mâo dupla, entre as RuasRubem Berardo e Artur Araripe; a RuaDias Ferreira terá mão Invertida; e oacesso da Avenida Borges de Medeirosserá facilitado, entre outras. Mas as alte-rações dos principais itinerários que cru-zam a Gávea serão grandes.

Os itinerários são destacados abaixo:Jardim Botânico—Barra: o aceno da

Rua Jardim Botânico à Lagoa—Barraserá direto pela Rua Padre Leonel Fran-ca. As ruas se cruzam na Praça Slbellus.

Leblon—Barra: para quem vem pelaAv. Bartolomeu Mitre o acesso à auto-estrada é pela Rua Visconde de Albu-querque (que terá mâo única), em frenteao Hospital Miguel Couto e, depois, pelaRua Leonel Franca. Isto evita a passa-gem atual pela Praça Santos Dumont.

Lagoa—Barra: o percurso que dâ no-me à estrada ainda não será todo direto.Da Avenida Borges de Medeiros o moto-rista pode seguir pela Rua Mário Ribei-ro, que terá máo dupla, ou pela RuaGilberto Cardoso, ambas em frente aoEstádio de Remo da Lagoa. O cruzamen-to das pistas será naqueles pontos, o queeliminará o atual retorno em frente aoposto de gasolina, próximo ao ClubeMonte Líbano.

Lagoa—Leblon: quem sal da Lagoapara o Leblon poderá evitar a área daPraça Slbellus passando pela Rua Ju-qulá. A Bartolomeu Mitre terá" máo du-pia, entre a Rua Capitão César de An-rií:5_re-ff-T--»»Ki_i__iii<: Fprrpira. e a DiasFerreira terá seu sentido de trânsitoInvertido, permitindo a passagem até aRua Venãncio Flores.

Rua Marquês de Sào Vicente: o trân-sito na Marquês de São Vicente seráfacilitado pela abertura de retornos, nasruas transversais. Terá mão dupla, inclu-sive, entre as Ruas Rubem Berardo eArtur Araripe, onde hoje funciona numúnico sentido. Na Praça Augusto de Li-ma, Já subindo pela Estrada da Gávea,também haverá pista de retorno. Paraquem sai do Túnel Dois Irmãos e querseguir pela Gávea, haverá acesso por umviaduto.

Acesso à PUC: a entrada de carros daUniversidade será feita pela Rua RubemBerardo, seguindo por trás do Planeta-rio, exatamente como é hoje. A saída,será passando por baixo do viaduto daLagoa—Barra. Este trecho Já está fün-cionando assim.

Barra—Jardim Botânico: a saida daauto-estrada para o Jardim Botânico équase direta, cruzando a Praça Slbellus,seguindo pela Rua Rodrigo Otávio (queterá mão dupla, até a Praça SantosDumont) e depois Rua Jardim Botânico.

Barra—Leblon: o trajeto é fácil, pelasRuas Visconde de Albuquerque e Gene-ral Venàncto Flores. A Rua Humberto deCampos terá mão para a Lagoa.

Barra—Lagoa: o melhor caminho ésair da Praça Slbellus pela Rua Vlscon-de de Sepetlba, entrar na Rua CapitãoCésar, Av. Bartolomeu Mltre e, perto daPraça Nossa Senhora de Auxiliadora, naRua Mário Ribeiro.

GOVERNO DO ESTADO DA BAHASECRETARIA DO TRABALHO

E BEM-ESTAR SOCIAL — SETRABESALAGADOS MELHORAMENTOS S/A — AMESA

CGC, N° 13 590 112/0001-9)

AVISO DE LICITAÇÃOEdital de Concorrência Pública n° 01/82

A ALAGADOS MELHORAMENTOS S/A — AMESA, empresade economia mista, vinculada à Secretaria do Trabalho o Bem-Estar Social — SETRABES. com sede na Avenida Bonfim. 191— Dondezeiros, na cidade do Salvador. Capital do Estado daBahia, torna público, para conhecimento de quantos interessarpossa, que realizará concorrência pública para contratação delirma especializada que deverá executar obras de aterroshidráulicos e mecânicos e obras complemontares, nos setoresMangueira — 2" Etapa, Baixa do Petróleo e parte dos setoresdo Canal Central e Santa Luzia, na área de Alagados, emSalvador, Estado da Bahia, podendo, por conseguinte, apresen-tar propostas, toda e qualquer firma de construção, desde quesatisfaça às condições do supra-referido Edital, o qual poderáser obtido pelos interessados a partir do dia 08.01.82, naEmpresa, onde quaisquer esclarecimentos serão prestados naDiretoria Técnica, sita na Praça Prof. Hermano Santana n°04 —

Dendezeiros. Salvador — Bahia, onde também, serão recebidasas propostas às 15:00 (quinze) horas do dia 08 de fevereiro de1982.

Salvador. 04 de janeiro de 1982.

Valfredo de Assis RibeiroPresidente da Comissão do Licitação (P

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i^assagem nova em frente ao Estádio de Remo facilitacruzar (na entrada e saída) a Borges de Medeiros

4Jm-p£_rcurso mais econômicoQuem mora na Barra ou em Jacaré-

paguá e passa regularmente pela RuaMarquês de São Vicente, nas horas derush, a uma velocidade de 25 km/h, faráuma economia de Cr$ 136 por dia com aauto-estrada Lagoa-Barra (um persursomenor e onde o carro pode desenvolver70 km/h). Em um mès, a economia decombustível chega a um valor considera-vel: CrS 3 mil 400, a preços atuais.

Segundo o DER, atualmente cerca de50% dos veículos que cruzam o túnelDois Irmãos, da Barra para a Gávea, ofazem por motivo de trabalho, um tipode viagem que não pode ser evitado eque se concentra nas horas de rush.Levando em conta os fluxos de trânsitono dia, a redução do percurso e a veloci-dade média dos carros em cada horário,o DER chegou à conclusão que a Lagoa-Barra representará uma economia de 4milhões 500 mil litros de gasolina; oequivalente a Cr$ 362 milhões, por ano.

EconomiaOs dados do DER Indicam que, nas

condições atuais, os carros que passampela Rua Marquês de Sào Vicente gas-tam, no flnal de cada ano, um total de 7milhões 300 mil litros no trajeto de 2quilômetros 300 metros, bastante con-gestlonado.

Na Lagoa-Barra, o percurso será maiscurto: 1 mil 800 metros. E as velocidades

seráo maiores, 70 km/h (o máximo per-mitido), em média. O consumo de igualnúmero de veículos, nestas condições,será de 2 milhões 800 mil itros, em umano.

A diferença, 4 milhões 500 mil litrosde gasolina, representa a economia decombustível obtida com a estrada, se-gundo os dados oficiais. O equivalente aCr$ 362 milhões.

Esta economia poderá ser verificadapor qualquer motorista. No caso damaioria, ou seja, os que freqüentam aRua Marquês de São Vicente nas horasde rush, será bastante significativa. Nes-tes horários, as velocidades médias sãode 12 km/h (unidade registrada entre 17he 18h). O rendimento de um carro médio,segundo as tabelas do DER, é de 2,35km/l. Assim, o percurso de 2,3 km conso-me cerca de 1 litro; dois litros, ida evolta.

Na Lagoa—Barra a situação será dife-rente: a velocidade será de 70 km/h, oque permite ao mesmo carro um rendi-mento de 8,66 km/l. Como o percurso émenor (1,8 km), o gasto é ainda maisreduzido e nâo passa de um quinto delitro (200 ml); 400 ml, Ida e volta.

O gasto com dois litros de gasolina naRua Marquês de Sáo Vicente representaCr$ 170. Os 40 ml despendidos na La-goa—Barra, Cr$ 34. A economia é de 1,61; Cr$ 136, por dia. Em um mês, Crt 3 mil400 (tomando-se 25 viagens por mès).

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SEXTA-FEIRA CADERNO BJORNAL OO BRASIL

1" Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Informe JBA Lição do Pastor

Os presos da Ilha Grande sofremtorturas. A denúncia do Cardeal Eu-gênio Sales, menosprezada por autori-dades policiais, foi comprovada pelaJusttça. A sociedade, embora trauma-tizada, nutre esperança de que os tor-turadores sejam punidos. A tortura é AtOS rápidosinadmissível.

As autoridades já tèm provas deque há pessoas nos quadros da políciaque nâo honram a funçáo que a socie-dade Ifies delega: a de recuperar pre-sidiários. Antes, revelam-se sádicas,tão criminosas ou mais do que aquelescuja guarda lhes foi cor\flada.

de um cordeiro ou se antes era umcordeiro vestindo a pele de um lobo."(Ex-Deputado Gnstone Righi.)

Do PDS: "Nós nunca duvidamosque o Montoro era um fisiológico, Ape-sar disso, imaginávamos que ele fosseum candidato da Oposição."

Foram ligeiras as autoridades poli-ciais ao desprezarem a denúncia doCardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro.Um homem da estatura moral, com aexperiência e a moderação de DomEugênio Sales, não falaria se náo ti-vesse a certeza de que os fatos ampa-ravam suas palavras.

Diferentemente de outras persona-lidades civis, militares ou religiosas, oCardeal-Arcebispo do Rio dc Janeiro éum homem que náo ultrapassa os liml-tes da sua autoridade, náo exorbita,náo interfere na conduta de outrasinstituições. Depois de fazer a denún-cia, recusou-se a comentar o menos-prezo das autoridades policiais, "paranão ser acusado de promotor de atri-tos entre a Igreja e o Estado." Confiouno desempenho da Justiça.

A atitude do Cardeal foi exemplar.Nào se furtou ao seu dever de solida-riedade humana: denunciou as tortu-ras: não foi além da sua autoridadepastoral: confiou na Justiça.

Mesmo agora, confirmada sua de-núncia. abstém-se de fazer comenta-rios. Não tripudia sobre os erros dosoutros. Mas seu dever de Pastor leva-oa dizer que, "infelizmente, o episódiodo Presídio Cândido Mendes, na IlhaGrande, e seus desdobramentos sáo,no meu entender, apenas a parte visí-vil de um iceberg, uma subversão daordem jurídica a pretexto de defenderas instituições."

Mais uma lição exemplar do Car-deal-Arcebispo do Rio de Janeiro: náose pode defender as instituições sub-vertendo a ordem jurídica.

Espada de DámoclesA Comissão de Justiça do Senado

adiou para terça-feira a apreciação daemenda do Senador Murilo Badaró aoprojeto das inelegibilidades. A emen-da permite que os descontentes doPMDB e do PP com a incorporaçãopossam filiar-se a outros Partidos econtinuarem elegiveis.

À Câmara, a emenda só chegará, noentanto, no mês de março.

No dia 14 de fevereiro o PMDB e oPP fazem convenção para oficializar aincorporação.

Até lá, a emenda Badaró ficará sus-pensa sobre a cabeça dos -pepistas.,,como uma espada de Dãmocles.

Afinal, o projeto das lnelegibilida-des interessa é às oposições.

Movimenta-se o PMDB para tentarrejeitar o pacote da Previdência noCongresso. Aprovado por decreto-lei, opacote precisa ser referendado peloPoder Legislativo.

O PMDB tem ainda uns 50 diaspara movimentar-se. Se até lá nftoconseguir provocar nova dissidênciano PDS ou náo houver deliberação doCongresso, o decreto-lei será tido poraprovado.

Ainda que seja rejeitado, o MinistroJair Soares terá dois meses, ao todo,para encher as burras da Previdência.

Segundo o Parágrafo 2o do Art. 55da Constituição Federal, "a refeiçãodo decreto-lei nâo implicará a nullda-de dos atos praticados durante suavigência".

Desde que sejam, naturalmente,atos rápidos.

Amigos mandam floresO Governador Paulo Maluf fez uma

que deixou mal o Senador Jarbas Pas-sarinho.

Há très dias, o filho do Senador,Jarbas Passarinho Jr., sofreu acidente.Muita gente ligou para a casa do Sena-dor, mas como ele está tenso com asituação do PDS no Pará, sua mulherachou melhor nào lhe transmitir tan-tos recados. Inclusive um do Governa-dor Ney Braga.

Ontem, o Senador comentava comjornalistas esses dias atribulados quevivera e foi perguntado se o Governa-dor Paulo Maluf náo tinha telefonado,ele que é táo solícito.

Fez pior, declarou o Senador.Fez uma que me deixou com cara detacho: no dia 2, ele mandou flores paraminha mulher, felicitando-a pelo nos-so aniversário de casamento.

E cabisbaixo:Eu tinha esquecido da data.

DespadronizadoÈ mais fácil o Liverpool vencer o

Flamengo do que desburocratizar estepais.

O Diário Oflcial do dia 21 de no-vembro de 1981 — a menos de doismeses, portanto — publicou decretodo Ministro da Desburocratização, Hé-lio Beltrão, padronizando as fotos exi-gidas ém documentos da administra-çào federal em 3 por 4 centímetros.

No Ministério do Trabalho nin-guém leu o decreto. Ou se leu...

O Diário Oficial de ontem publicaportaria do Ministério do Trabalhoespecificando características do novomodelo de carteiras de identidade dosinspetores do trabalho e exige, nascarteiras, fotos de 2,2 por 3 centíme-

: tros.

NomeaçãoO professor Carlos Alberto Direito

deixa a Fundação Rio. E a Fundaçãodesaparece.

Para dirigir o Instituto Municipalde Arte e Cultura, que a substituirá,será nomeado o acadêmico José Cân-dido de Carvalho.

Convidado, já aceitou.

Duras respostasForam duras as respostas que o PT,

o PTB e o PDS deram ao SenadorFranco Montoro, que prometeu fazerem Sào Paulo um Govemo de entendi-mento com o Presidente Figueiredo.Se for eleito.

As respostas:Do PT "Com essa afirmação do

Montoro, o PT ganha mais 500 milvotos." (Ex-líder estudantil JoséDirceu.)

Do PTB: "Estou em dúvida. Nào seise o Montoro é um lobo vestindo a pele

Espera-se que, no Diário Oficial deamanhã, a portaria seja republicada,retificada, respeitada a lei.

Afinal, o Ministério do Trabalhonão pode ser despadronizado em tudo.

Com apetiteA professora Sandra Cavalcanti

jantou ontem no Restaurante 14-Bis,no Aeroporto Santos Dumont, levan-tando o vôo da sua candidatura paraum grupo de magistrados e membrosdo Ministério Público do Rio de Ja-neiro.

Sobremesa: apoio discreto, masfirme.

Sábado, às lOh, a candidata doPTB participará de concentração delideranças da Regiáo dos Lagos, emMaricá.

A professora Sandra Cavalcantiaguarda que as outras forças políticasse definam. Ela ja está definidíssima: écandidata inarredável.

E com apetite: está certa de quejantará todos os outros candidatos.

Lance-livreDo Deputado Magalhães Pinto:"Estou acima dos Partidos. Mas no

futebol estou envolvido com o Atléticomineiro, Flamengo, Internacional eCoríntians."

O Deputado Roberto Cardoso Al-ves (PMDB-SP) está apostando: oDeputado Magalhães Pinto ingressa-rá no PDS, se concretizada a incorpo-raçôo.

Os Estaleiros Verolme acabam dereceber o Prêmio Instituto Ibero-Americano de Marinha Mercante pelamaior tonelagem de navios entreguesem 1981. Já haviam recebido o mesmoprêmio em 1979 e 1980.

Très irmãos são candidatos aDeputado federal por Partidos dite-rentes: o Procurador José Maria deMelo Porto, pelo PTB; o Prefeito deMaceió, Fernando Collor de Melo, pe-lo PDS e Manuel Afonso de Melo, peloPMDB de Alagoas.

Inaugurada pela Fundação Rio, naGaleria Cândido Mendes (Rua JoanaAngélica, 63, Ipanema), a Mostra deArte Postal com o tema Cultura Alter-nativa e a participação de 34 países e300 artistas. A Mostra será encerradano dia 26.

A Editora Record está soltando asegunda ediçáo do romance O Sobri-nho do General, de Ledo Ivo. Trata-sede uma história de amor num golpe deestado. Mas, o principal personagem éo Brasil.

O Conselho Regional de Economiado Rio. acaba de reeleger presidente oprofessor Francelino de AraújoGomes.

A Associação dos Moradores doCosme Velho convoca os moradorespara reunião, hoje, às 20h30m, no Co-légio Sào Vicente de Paula na pauta;discussão e adoção de medidas quemelhorem a segurança do bairro, on-de recentemente, em três assaltos se-guidos, foi morto um engenheiro mo-rador do bairro.

O Deputado Israel Dias Novaes(PMDB-SP) sugeriu, ontem, no plena-rio da Câmara, que a Mesa da Casa dèo nome do Deputado Djalma Marinho,recentemente falecido, à atual sala daComissão de Constituição e Justiça.Em todos os seus mandatos, o Depu-tado Djalma Marinho foi integrantedaquela Comissão.

Toma posse, hoje, no Conselho Re-gional de Contabilidade, o Sr HugoRocha Braga. A posse será às 20h, noSindicato dos Contabilistas do Rio.

A Associação de Dança Contempo-rânea inaugura, no dia 11, no Mezani-no da estaçáo Cinelandia do metrô, aexposição Retrospectiva da DançaContemporânea np Brasil.

O Deputado Darcílio Aires (PDS-RJ) comentou com o Senador AmaralPeixoto: "O PDS pode começar a ad-mitir a hipótese do ingresso no Parti-do do Governador Chagas Freitas." Osenador fluminense náo gostou e res-pondeu: "É uma hipótese muito incô-moda para mim."

O Conselho Regional de Contabili-dade empossa hoje, às 20h, sua novadiretoria, presidida pelo professor Or-lando Martins Pinto. A solenidade se-rá na sede do Sindicato dos Contabi-listas do Rio de Janeiro.

DP investigadoce de leitedeteriorado

Niterói — Alertado pela morte, por botu-lismo, de Edllánea Leal Pinto (que comeupnté contaminado), o advogado Otho deOliveira apresentou queixa na 76" DP/Cen-tro contra a Lelteria BrasU, na Rua daConceição, 7, onde ele comprou, segunda-feira, um vidro de doce de leite CCPL estra-gado.

O doce de leite foi enviado para examesno Instituto Carlos Éboli, que Irá prepararlaudo pericial respondendo se poderia enve-nenar quem o comesse. Segundo o inspetorJoaquim, da 76* DP, caso seja provada adeterioração do doce, será aberto inquéritopara punir os culpados, que serão Indicia-dos no Artigo 279 do Código Penal, queprevê pena de reclusão de um a três anospara quem vende produto deteriorado.

Disse o advogado Otho de Oliveira que,ao chegar em casa, abriu o pote de vidro enotou que sobre o doce de leite havia umacamada aclnzentada, semelhante ao mofo.Ele voltou à Lelteria BrasU a flm de exigirque o doce fosse trocado por outro. Como osempregados se recusaram, resolveu apre-sentar queixa à 76" DP.

Salvamar ameaçainterditarpiscinas no Rio

O Corpo Marítimo de Salvamento adver-tlu que interditará as piscinas dc clubes,hotéis, colégios e condomínios que não asregistrarem até o dia 16. Apesar do prazoconcedido de cinco meses, apenas 15 das 600piscinas do Município do Rio de Janeiroforam Inscritas.

Nenhum grande clube registrou piscina esó o Copacabana Palace Hotel, entre oshotéis, tomou a medida. Em Cabo Frio,Petrópolls, Niterói, Teresópolis e Friburgo,nenhuma foi Inscrita.

NormasPelo Decreto n° 4 447, de 14 de agosto de

1881, o Governador Chagas Freitas baixounormas para controle e fiscalização das pis-clnas. Os clubes, condomínios, clinicas, ho-t/.l.s e similares, estabelecimentos de ensinoe entidades públicas ou privadas que te-nham piscinas devem manter cilindros deoxigênio, manômetros com válvulas reduto-ras, fluxômetros, sistema de assistênciaventllatórla, cônulas orofarlngeas, cercas deproteção ou redes, fiscais de piscinas e ca-delras de observação com l,B0m de altura.

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Chevette n° Objetos atirados do alto23 sai para de edifício no Centro põemJuiz de Fora em risco vida das pessoas

.aêsSilwO Prefeito de Caxias, Américo de Barros, e oSecretário ÈmíUc> Ibrahim visitaram os locais de

^inundações

Obra da RFF no Sarapuícausa enchentes em Caxias

A obstrução do'rio Sarapuí por uma obraque a Rede Ferroviária começou e náo aca-bou, no distrito de Gramacho, é a maiorresponsável pelas inundações no Municípiode Duque de Caxias, por impedir, em épocade chuvas, o escoamento das águas. As en-chentes de dezembro e Janeiro Já deixaram,ali, mais de 200 pessoas desabrigada^.

Ontem, acompanhado do Prefeito Améri-co de Barros, de Duque de Caxias, o Secreta-rio estadual de Obras e Serviços Públicos,Emílio Ibrahim, visitou diversos pontos doMunicípio atingidos pelas cheias dos rios Me-ri ti, Iguaçu e Sarapuí. Durante a visita lnspe-clonaram os trabalhos de dragagem dos ca-nals Caboclo e Roncador e do dique de Pilar.

Dique obstruídoO primeiro local visitado pelo Secretário

foi o canal Caboclo, em Vila Ideal, Duque deCaxias. O canal estava totalmente obstruído,pois as manilhas do dique, por onde ocorre oescoamento, nâo sáo suficientemente grandespara comportar o enorme volume de égua dorio, apôs as chuvas de dezembro. O resultadodessa obstrução foi a total inundação da área,o que obrigou os moradores a destruir parcial-mente o dique para permitir o escoamentodas águas. O Secretário disse que o DNOS jáestá a par do problema, e espera obter recur-bos para realizar as obras necessárias à recu-peração e aumento da capacidade de escoa-mento do dique no canal Caboclo.

No quilômetro 139 da Estrada Rio—Magé,uma draga da Seria vem trabalhando há maisde um mês na dragagem das águas, queInundaram grande área do 3o Distrito deDuque de Caxias. Segundo o Prefeito Améri-co do Barros, a última dragagem no rio Ron-cador, que banha a regiáo, foi feita em 1979.Dessa vez, as águas nâo ultrapassaram o níveldo rio, mas durante as chuvas de dezembro aárea que circunda o canal Roncador foi amais atingida pelas enchentes, com o maiornúmero de desabrigados. Outro dado impor-tante é a construção de 4 mil 400 casas daCehab no Jardim Anhangá/Parque Paulista,às margens do rio Roncador, no local ondeocorreram as maiores enchentes. O Secreta-rio informou que, só em Duque de Caxias,estáo sendo aplicados recursos de Cr$ 100milhões. Em toda a Baixada, os custos com as

No dique de Pilar o problema sâo as bom-bas de recalque Instaladas pelos DNOS e queforam desativadas, ocasionando inundações.Outra preocupação, que fez com que o Prefei-to Américo de Barros baixasse portaria recen-temente, é a grande quantidade de casasconstruídas às margens do canal. A portariado prefeito determina o levantamento das

casas localizadas ás margens dos dos, naszonas mais prejudicadas pelas enchentes.

GramachoO principal problema no Município de

Duque de Caxias continua sendo a obstruçãodo rio Sarapuí, na altura do distrito de Ora-macho. O problema começou quando umaobra-da Rede Ferroviária Federal, a pontesobre o rio Sarapuí, foi interrompida. Duranteas obras, um conjunto de estacas de eucaliptofoi colocado no leito do rio, para servir de baseà ponte. Com a paralisação das obras, asestacas permaneceram no rio, obstruindoquase que totalmente a passagem das águas.O leito do rio, que tem originalmente 80metros de largura, ficou reduzido a um peque-no canal de cinco metros.

Essa barragem de detritos e entulho oca-slona freqüentes Inundações e Já deixou maisde 200 pessoas desabrigadas. O problemarequer solução urgente, pois a cada novatromba-d'água ocorrem novas enchentes, Jáque o pequeno canal de cinco metros náo dávazão âs águas pluviais. O Prefeito de Duquede Caxias Jâ entrou em contato com a RFFpara que o problema seja Imediatamente re-solvido, com a remoção das estacas, draga-gem e limpeza do leito do rio.

MagéEmílio Ibrahim falou ontem, durante a

visita, sobre os problemas no município deMagé. Com as fortes chuvas de dezembro e asque tèm caldo nos últimos dias, os manan-ciais do município foram bastante danifica-dos, o que causou o corte no abastecimentode água à região, pois detritos e entulhotrazidos pelas chuvas contaminaram aságuas, antes cristalinas.

Um plano de emergência foi traçado para omunicípio, que permaneceu sem água porlongo período. O plano, elaborado pela Cedae,consiste em adicionar grande quantidade decloro âs águas, enquanto novos córregos nâosáo descobertos (Magé náo tem estação detratamento de água). A situação no municípiose agravou com as últimas chuvas e levou oSecretário a pedir, ao BNH, Crt 280 milhõespara a abertura de um canal, que vai funcio-nar como extravasor no escoamento daságuas. Também esta prevista a construção deum sistema de abastecimento, com uma adu-tora, que trará a água dos mananciais, e umaestação de tratamento. O Secretário garanteque, liberados os recursos, as obras serãorealizadas em seis meses.

No próximo dia 10, a Secretaria Estadualde Obras e Serviços Públicos vai-se reunircom o DNOS e com a FEEMA para discutir aabertura do canal de Magé.

Desabrigados ainda são 1 mil 119A coordenação de Defesa Civil estadual

informou, ontem, que ainda existem 1 mll 119pessoas desabrigadas em todo o Estado doRio. Em Nova Iguaçu, município mais atingi-do pelas chuvas do último flm de semana, aPrefeitura continua vacinando os desabriga-dos contra tifo. Em Duque de Caxias, aságuas baixaram e alguns desabrigados come-çaram a voltar para suas casas.

O trânsito continua dificil em todos osmunicípios da Baixada Fluminense. Em No-va Iguaçu, Duque de Caxias, Sào João deMeütl,-Paracambi e Itaguairmultas ruas ain^da estão cobertas de lama e máquinas, ehomens das Prefeituras ainda trabalham naremoção do lixo e de galhos de árvores.

Nova IguaçuEm Nova Iguaçu, ainda há 530 desabriga-

dos, que continuam em escolas, igrejas eclubes. Ontem, o Prefeito Rui Queirós reuniu-se com o presidente do BNH, José LopesOliveira, e solicitou o apressamento da cons-truçáo de cerca de 30 mll casas do Promorar,em Nova Iguaçu, para atender, principalmen-te, a população do distrito de Belford Roxo.

Segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, apopulação do município está sendo vacinadae quem está-se encarregando disso é o Esta-do. Porém, ontem, cerca de 100 moradores dodistrito de Belford Roxo foram ao programaO Povo na TV, da TVS, reclamar que até

agora nâo foram vacinados e já há algumascrianças còm tifo.

Os moradores acusaram a empreiteiraEsusa de causar as enchentes no local, aoconstruir um conjunto habitacional às mar-gens do rio Bota que, desde o começo dasobras, transborda sempre que chove e lmun-da as casas. Segundo eles, cerca de 300 pes-soas estáo morando na igreja de Santa Maria,em Belford Roxo, e nào tém para onde lr, Jáque suas casas ficaram completamente des-t ruídas.

Duque de CaxiasVacinadas contra o tifo e com donativosfornecidos pela Fundação Leão xm, CruzVermelha Brasileira e Prefeitura Municipal,

os desabrigados das últimas chuvas em Du-que de Caxias começaram a retornar, ontemàs suas residências. A maioria dos desabriga-dos eram moradores das Favelas do Shop-ping Center e Vila Ideal, as mais atingidaspelas chuvas.

Durante dols dias, cerca de 120 famíliaspermaneceram abrigadas no Colégio CasteloBranco e na Escola Nova, sendo atendidaspela Fundação Leào XIH e pela Cruz Ver-melha.

Apesar da retirada de parte dos desabriga-dos, colchonetes, roupas e alimentos aindacontinuam sendo distribuídos nas favelas pe-la Prefeitura Municipal,

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Prefeito declara área demorro de utilidade paraevitar despejo em Ramos

Uma área com 13 mll metros quadrados no Morroda Baiana, em Ramos, foi declarada de utilidadepública para fins de desapropriação, pelo PrefeitoJúlio Coutinho, através de decreto assinado, ontem,no Palácio da Cidade. No final do mès passado, oprefeito havia sustado o despejo de moradores deoutra área com 4 mll 300 metros quadrados, tambémno Morro da Baiana, entrando com uma ação judicialde desapropriação na 8* Vara de Fazenda Pública.

Segundo o decreto, que irá beneficiar cerca de 700famílias que ocupam a área há mais de 20 anos e,desde 1980, estáo ameaçadas de despejo, foi declara-do de utilidade pública para fins de desapropriação oterreno situado no prolongamento da Rua Itajubaracom entrada pela Rua Teixeira Franco, necessáriopara obras de urbanização do morro. Nele, a Prefeitu-ra irá construir uma caixa d'água de 100 mil litros,conforme adiantou o Secretário Municipal de Desen-volvimento Social, Vicente Barreto.

Juiz de Fora — O ganha-dor do 23° Chevette doconcurso Espanha 82 — osGols da Copa, promoçãodo JORNAL DO BRASILe Rede Bandeirantes deTelevisáo é um funcionárioda Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos deJuiz de Fora. Nilton Lopes,morador na Rua 7 de Se-tembro, 409, apt0 202, é su-pervisor postal, tem 41anos, é casado com Maria-na Matilde Venàncio Lo-pes e tem um casal de fl-lhos: Brunner, de doisanos, e Cibele, de apenascinco meses.

— Estou começando avida agora — disse, emo-cionado — Desde o primei-ro sorteio venho acompa-nhando o concurso. Nâotenho nem palavras paraexpressar minha alegria aotomar conhecimento deque füi contemplado. Istoé um bom sinal de que o'ano novo será muito me-lhor para a minha família.

Nilton Lopes começouna ECT há 21 anos, comocarteiro. Ele tem o cursode Contabilidade e, porconcurso, chegou a super-visor postal. Eie já tem umcarro — um Opala — quepretende vender. Nilton é osegundo ganhador do con-curso em Juiz de Fora: oprimeiro foi Juiz VergüioSalazar.

SERVIÇOSEXTA-FEIRACADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Há cerca de três anos, comerciantes e transeuntesda Rua Rodrigo Silva, no Centro, perderam a tranqüi-lidade de caminhar pelo calçadào ou sentar nosbancos no meio da rua. Do Edifício Cardeal Arcover-de, na esquina de Sâo José, são atirados freqüente-mente balas e sacos de água, lâmpadas, copos de cafécheios e até peças de escritório e decoração. Navéspera do Ano-Novo, em comerciário foi gravementeferido na cabeça.

Multas queixas Já foram feitas à administração doedifício, que pertence à Mitra Episcopal do Rio deJaneiro. O zelador, entretanto, afirma que nada maispode fazer além de enviar circulares aos condôminos.Para o criminallsta Serrano Neves, que coordena amobilização dos comerciantes, "o importante é que setermine de uma vez por todas com este esportesanguinário e subdesenvolvido".A RUA

Orlando Mandarlno, 71 anos,vende bilhete de loteria hâmais de 20, nas imediações daRua Rodrigo Silva. Por mês,fatura em torno de Cr$ 10 mil.Com saudade, lembra-se dostempos em que todas as cons-truçôes eram sobrados e. noniimero 18, funcionava a retia-çâo de O Jornal e O Diário daNoite. Naquela época, afirma,a rua ainda nâo era privativade pedestres e os carros trafe-gavam no sentido da Rua Setede Setembro para Sâo José.— Eu vendia muito mais bl-lhetes, porque os jornalistassempre faziam sua fczlnha.Eles impunham respeito.Quando fizeram o calçadào,por incrível que pareça, as col-sas pioraram. Há cerca de trêsanos começaram a Jogar obje-tos do número 90. Já tomei atéum banho de água. Agora, sótrabalho debaixo da marqulse.

O lado impar da rua ainda éde construções baixas, ondefuncionam bares, o escritóriode um Jomal e a AcademiaMilitar de Medicina. No outrolado, os prédios nâo tém me-nos de 20 andares. José Joáode Almeida, dono da Cantina

Sllvares há mais de 17 anos,afirma que seus fregueses sâoos mesmos desde a inaugura-çâo da casa, "mas com multagente nova também, graças aDeus". O letrelro luminoso deseu bai- foi quebrado por umpedaço de madeira atirado doediflclo.

VÍTIMA-A última vitima "deste es-

porte sanguinário", como defi-ne o criminallsta Serrano Ne-ves, foi o comerclário Esmerai-dino Silva, que há 23 anos tra-balha na papelaria Carioca. Nodia 29 de dezembro, ele, naesquina de Sâo José com Ro-drigo Silva, foi atingido na ca-beca por um pedaço de trincode porta. Ficou melo tontomas se agachou e conseguiuencontrar o objeto, que guardacomo lembrança.

— Minha sorte foi que otrinco caiu deitado e náo meatingiu de ponta. Caso contra-rio, nâo sei se estaria vivo. Fuimedicado no Hospital SousaAguiar. Desta vez nem procu-rei a administração porquenâo adianta: eles prometemsoluções há três anos e nuncafizeram nada.

AMEAÇA ANTIGA

O Secretário Vicente Barre-to, que, Juntamente com umacomissão de moradores e poli-ticos da região da Leopoldina,assistiu a assinatura do decre-to, contou que a ameaça dedespejo vem rondando os mo-radores do Morro da Baiana hâmulto tempo. Por Isso, em de-zembro do ano passado, apóssaber que um dos proprietá-rios da área, Joseph Ganhem,havia entrado com uma açáode reintegração de posse na 3"Vara Civel, comunicou o fatoao Prefeito Júlio Coutinhoque, dias depois, deu entrada

com uma ação Judicial paradesapropriação, na 8' Vara deFazenda Pública, assegurandoa permanência dos moradores.

O decreto assinado pelo Pre-feito Júlio Coutinho susta umaoutra ameaça de despejo porparte do proprietário do outrolado no morro, Ary 0'LearlyPaes Leme, que também estáreivindicando reintegração deposse do seu terreno, com 13mll metros quadrados, atravésde processo tramitando na 7"Vara Civel. O passo seguinteserá a açáo Judicial de desa-proprlaçào, para assegurar upermanência dos moradoresna área.

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8 — ENSINO 1" Caderno quinta-feira, 7/1,82 JORNAI, UO BH/vMtL.

GABARITO DE GEOGRAFIA+OSPB PROVA COR ....

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GABARITO DE HISTÓRIA* OSPB PROVA COR

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TABELA DE MÉDIAS DO VESTIBULAR ESTATÍSTICA ^

PROVAS DE HOJE:

NUMERO DE ACERTOS:

MÍNIMO NECESSÁRIO:

MÉDIA 1 (GRANDE PROCURA)

MÉDIA 2 (BAIXA PROCURA)

HIST.+ OSPB GEO+OSPB

N*-1ACUMULADO(6 PROVAS)

Sigilo naParaíba foiquebrado

Joáo Pessoa — A Polida Fe-deral constatou ontem quehouve quebra de sigilo no ves-tlbular unificado da Paraíba einstaurou Inquérito pare apu-rar quem foi o responsável pe-la distribuição prévia dasquestões da prova de Química.O vestibular, na Paraíba, ter-minou anteontem e reuniumais de 30 mll estudantes quedisputavam S mll vagas.

A PoUcia Federal foi convo-cada pela Reitoria da Univer-sldade Federal da Paraíba, de-pois que os fiscais do vestlbu-lar encontraram Indícios, nassalas de aulas, de que alguémse tinha beneficiado com osresultados das questões, fome-cldos de forma fraudulenta.Ninguém foi preso até o mo-mento, mas a policia está dlll-genciando e espere apresentaros nomes dos responsáveis atéo flm de semana.ADIADO

O vice-reitor em exercício naUFPB, professor José JacksonCarneiro de Carvalho, nâo quisantecipar, ontem, qual a provi-déncla que será tomada, masfala-se que um novo concursopode ser marcado por causa daconstatação da fraude. A co-missão do vestibular, na Paral-ba, é integrada por oito profes-sores da UFPB, que preparamo concurso unificado envol-vendo a Federal, a Autônomae a Regional de CampinaOrande.

As provas do concurso queterminou anteontem foramimpressas numa gráfica daprópria universidade (comis-são do vestibular). Para o su-perlntendente da Policia Fe-deral, Edson Costa Lopes, aquebra de sigilo, nas primeirasinvestigações, flcou logo com-provada e agora as diligênciassão ampliadas pois desconfia-se de que hã muita gente evn-volvida.

A MÉDIA 1 REFERE-SE ÀS CARREIRAS MUITO PROCURADAS NO VESTIBULAR 82A MÉDIA 2 REFERE-SE ÀS CARREIRAS DE BAIXA PROCURA NO VESTIBULAR 82Com essas tabelas, os candidatos poderão acompanhar, pela TVBandeirantes, os resultados das provas de Geografia e História

Questões hoje são curtasnas provas do vestibular

O grau de prestigio social de uma carreiraobriga os candidatos do vestibular a ter bomdesempenho em todas as disciplinas para seclassificarem. Assim é que, em Historia e Geo-grafia — as provas de hoje — os concorrentes àsvagas de Engenharia tiveram, em 81, médiassuperiores às obtidas pelos que disputaram asvagas dos cursos de Geografia e História.

A observação é do diretor acadêmico doCesgranrio, Herman Jankowltz, que disse que aprova de hoje apresentará questões mais curtase nâo exigira memorização dos estudantes."Eles sempre reclamam que a prova tem quês-toes multo longas, mas Isto está ligado aohábito ou não de leitura."

Melhor desempenhoPara Ilustrar sua afirmação, Jankowltz dis-

se, que no vestibular unificado do ano passado,a média dos classificados para Engenharia na

prova de História foi 5, mas, se levadas emconta apenas as escolas oflciais, ela sobe para5,8. Já os classificados para o curso de Históriaficaram com média 5,7, contra 5,5 para os queconseguiram vagas em Medicina.

Em Geografia aconteceu um fato Interes-sante: a média dos classificados para as vagasda carreira de Geografia foi 4,4, abaixo mesmoda média geral dos classificados para todas ascarreiras. Os que conseguiram vagas em Medi-clna ficaram com a média 5.5 na matéria e os deEngenharia tiraram 4.8 (5,9 se consideradas soas escolas oficiais).

— Isto significa que, nas carreiras de maiorprestígio social, onde a procura é maior e onível dos candidatos mais alto, para conseguiruma das vagas — e principalmente as da esco-las públicas ¦— os candidatos têm que ter umbom desempenho em todas as provas, Inclusivenas disciplinas que não estejam ligadas aocurso escolhido.

História, currículo ultrapassadoOs cursos de História oferecidos pelas facul-

dades do Rio sâo estruturados em currículosultrapassados e desinteressantes para o alunoque está entrando na Universidade. Este ê ocaso do curso da Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ), considerando um dos me-lhores do Rio, e que segundo Phllomena Ge-bran, diretora do Departamento de História daUniversidade, possuí "um dos piores currículos,prejudicando sensivelmente a formação do fu-turo historiador".

Desde de que assumiu a diretoria do Depar-tamento de História da UFRJ, Phllomena Ge-bran luta pela aprovação de um currículo novoque será fundamental para a melhoria do curso.O novo projeto de curso que, segundo ela,deverá ser instituído na UFRJ em 82, introduzno ciclo básico diciplinas voltadas para o mun-do contemporâneo — atuando como Instru-mento de interesse — e elimina os pré-requisitos, dando maior liberdade ao aluno na' escolha de matérias optativas.

CurrículoPara a elaboração do novo currículo de

História da UFRJ, foi criada uma comissão deprofessores no ano passado, que após um anode estudos definiu um projeto de curso: "Nào setrata de um currículo totalmente revoluciona-rio", diz Phllomena Gebran, "mas é o primeiropasso importante para o curso de História sairda estagnação em que está". Segundo ela ocurrículo antigo ê tão ruim que acredita que, dequalquer forma, o novo projeto de curso deveráser aplicado ainda em 82 para salvar os alunosdo desinteresse total.

O novo currículo de História, para ser lm-plantado na UFRJ, depende da aprovação doCFCH (Centro de Filosofia e Ciências Huma-

nas) e depois do CEG (Centro de Estudos deGraduação). A alteração básica do novo projetoé referente à ordenação das matérias: "Paradespertar o interesse do aluno novo", esclarecePhllomena, "foram criadas duas disciplinascom a visão do mundo contemporâneo (Histó-ria do Mundo Contemporâneo e História dasAméricas) que serão introduzidas nos dois pri-melros períodos (ciclo básico). Segundo a pro-fessora, todo aluno, quando entra na faculdade,está mobilizado para o estudo da História desua época, e só apôs o seu amadurecimentouniversitário ele se volta para o estudo daHistória Antiga ou Medieval. "O que ele (oaluno) nâo quer", acrescenta Phllomena, "écomeçar com um estudo distante da sua reali-dade histórica".

Esta alteração deverá suprir a principalfalha do currículo antigo, onde as áreas deconhecimento não eram bem distribuídas pro-vocando no aluno, logo no começo do curso,uma sobrecarga de disciplinas relativas â His-tória Antiga. Segundo Phllomena Gebran, asdisciplinas de História Contemporânea nãoprejudicarão de forma alguma as outras épocasda História e darão ao aluno novo o conheci-mento da realidade em que ele esta vivendo,satisfazendo assim sua curiosidade Inicial.

A outra alteração do novo currículo daUFRJ tem como objetivo dinamizar o curso deHistoria e também dar maior liberdade deescolha de disciplinas ao aluno. Ela elimina ospré-requisitos que antigamente obrigavam osalunos a flcar meses estudando apenas umperiodo da História. "Esta mudança", explicaPhllomena, "despertará maior interesse no alu-no, na medida em que ele terá liberdade deescolher disciplinas de períodos adiantados, enão impedira que ele faça também as matériasoptativas tais como História Antiga e Me-dleval".

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;, 1.° GRAU - 2.° GRAU - VESTIBULAR

ç^iwâiva dawõría.NO VESTIBULAR, O SEGREDO DO SUCESSO EA

¦ BOA PREPARAÇÃO AO LONGO DE TODO 2? GRACJv.|- NOS COLÉGIOS DA REDE MV 1: IPANEMA, TIJUCA, m1 MÉIER, MADUREIRA E CAMPO GRANDE-VOCÊ| TEM O MELHOR ENSINO, AJWEJJiOREQUli^Q^-—

TTTMEtHOR PREPAROTPÀRA 0:VESllBULAR: : .;,,;.

Faça MV 1: você aprende para sempre.

U quintarfeira, 7/1,82 LJ

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DPF investigafraude

Maceió — A Policia Federaliniciou, ontem. Investigaçõespara prender a gang do vesti-bular, como foram identifica-dos os intermediários que ne-goclaram aprovações no vesti-bular deste ano na Unlverslda-de Federal de Alagoas e Escolade Ciências Médicas. A DOP-SE passou o caso para a Poli-cia Federal, embora Já tenhaenquadrado seis pessoas porcrime de estelionato.

Segundo o delegado daDOPSE, Tenente-Coronel Fer-nando Theodomlro Lima, aquadrilha agiu com a contra-tação de estudantes de reco-nhecido conhecimento lntelec-tual. em Recife, fazendo comque eles realizassem as provasno lugar dos candidatos Inseri-tos em Alagoas. O negocio foifechado por CrS 200 mú, mas aparte que cabia aos estudan-tes prestadores dos examesvariou de Crt 40 mll a CrS 100mll, dependendo do curso. Omais caro era Medicina.

De acordo com o coordena-dor do vestibular da Escola deCiências Médicas, professorMoaclr Andrade, somente naECM havia suspeitas de 50candidatos que fraudaram oscartões de inscrição e carteirasde Identidade. Destes, 10 fo-ram flagrados.

_§,_.Paulo encena...a segunda faseSâo Paulo — Terminou on-

tem em 19 escolas da Capital esete do interior a segunda fasedo vestibular da Fuvest, quan-do 24 mil 240 candidatos, dos27 mll 260 aprovados na pri-meira fase, realizaram provasde Química e Comunicação eExpressão, incluindo prova deredação.

Na opinião de vários vesti-bulandos a prova de Comuni-cação e Expressão nào apre-sentou grandes dificuldades, ea redaçáo teve um tema multofácil — Descreva uma Festapara a qual Você Vai Ser con-vidado, com Pessoas que MalConhece" — mas a de Químicafoi considerada pela grandemaioria multo dificil.

Pelo vestibular da Fuvest oscandidatos disputaram 8 mil28 vagas na Universidade deSào Paulo. Universidade deCampinas, Escola Paulista deMedicina e Faculdade PadreManoel da Nóbrega. E ficarãosabendo se foram aprovadosno próximo dia 27.

Os Inscritos para os cursosde Arquitetura, Artes Plásti-cas, Artes Cênicas, Musica,Educação Física e Paramédl-cas fazem hoje as provas deaptidão.

Pará reprovamais de metadeBelém — Dos 19 mll 761 can-

dldatos Inscritos ao vestibulardeste ano da Universidade Fe-deral do Pará, mais da metadeforam eliminados logo na pri-meira prova, de conhecimen-tos gerais, realizada no últimodomingo. Ao todo, foram ell-minados 11 mll 609 estudan-tes, sendo 974 por falta e 10 mll635 por Insuficiência de pon-tos, restando portanto aindaem condições de concorrer auma vaga, após a primeira pro-va, apenas 8 mll 152 candl-datos.

A eliminação em massa deestudantes, na primeira prova,surpreendeu justamente por-que foi ela considerada fácil oupelo menos razoável pelamaioria dos vestlbulandos. Deacordo com o mapa-resumofornecido ontem pelo serviçode computação da UFPA, amédia aritmética das notasbrutas foi de 17 acertos, numtotal de 60 questões, e quemacertou de 16 para baixo Jâflcou automaticamente alijadodo vestibular-82.

A julgar pelo que ocorreu naprimeira prova, vai-se repetireste ano o que aconteceu noano passado: centenas de va-gas, em diversos cursos, deixa-rão de ser preenchidas por fal-ta de alunos habilitados.

Tânia (E) e Enecina passaram as filhas de escolas particulares para públicas

Problemas econômicos levamalunos para a escola pública

Depoimentos de vários pais de ex-alunos da redeparticular de ensino indicam que problemas econômicossâo a principal causa do alto Índice de evasão verificadoem 1981 nas escolas pagas do Rio —40^, de acordo somdados da Federação Nacional de Estabelecimentos deEnsino.

Alguns dos que mantinham seus filhos em escolasparticulares nâo renovarão suas matrículas para esteano por não poderem arcar com as altas mensalidadespedidas pelos colégios. Registram-se casos em que ospreços aumentaram quase oito vezes nos últimos trêsanos.

DificuldadesCom três filhas para criar e uma renda familiar que

nâo chega a Crt 100 mll, Eneclna da Conceição Soares eseu marido. Francisco da SUva — proprietário de doiscaminhões, com os quais trabalha como motorista auto-nomo no setor da construção civil — chegaram à conclu-sáo de que nào poderiam continuar mantendo a fllhamenor, de seis anos, no Jardim de infância do ColégioSagres, no Rio Comprido, onde moram.

Eles pagariam Crt 3 mil pela mensalidade e aindateriam outros gastos com os materiais pedidos pelaescola. As duas outras filhas do casal. Helzana. de noveanos. e Elisângela, de oito. fizeram também o Jardim deInfância numa escola particular, mas, igualmente porproblemas financeiros dos pais. acabaram sendo transfe-ridas para a rede oficial.

Agora ê Halalne quem vai passar a estudar naEscola Municipal Jenny Gomes, onde suas irmãs cursama 3" e 4" séries. Na opinião de D Enecina, o Jenny Gomesé um dos melhores estabelecimentos públicos do RioComprido.

A disciplina é ótima. As crianças têm horáriocerto para entrar e se chegarem atrasadas voltam paracasa. A diretora nào admite que as crianças usem tênisde uma cor diferente da permitida. Se a criança se sujarna escola, como jâ aconteceu com uma das minhasfilhas, a escola troca a roupa e manda a criança limpapara casa. porque eles têm uniformes de reserva paraesses casos. No caso de algum acidente, levam a criançapara o hospital e depois avisam o.s pais, como aconteceucom uma coleguinha da Helzana. Quanto ao ensino, euacho multo bom.

Halalne fez o jardim de infância no Colégio Sagres,ano passado. Seus pais pagaram CrS 1 mil 600 demensalidade no primeiro semestre e Crt 2 mll no segun-do. A menina esta feliz: sua vontade era estudar nomesmo colégio das irmás.

PreconceitosDurante dois anos, Maira, de seis anos, fez o CA

(curso de alfabetizaçào) na Escola Serelepe. Rua Dois deDezembro, no Flamengo. Filha da Jornalista Tânia Coe-lho e do arquiteto e cineasta Sergio Péo. ela acaba de sertransferida para Atina.£scola.p.>ibllra.HQ_Blo. Comprido,onde a família mora. Tânia diz que a transferencia sedeve ao aumento excessivo da mensalidade.

O Serelepe — comenta — é uma escola pequena,com pouco espaço para a criança, mas a alfabetizaçào emuito boa. Acredito que o ensino particular, de modogeral, tem um boa alfabetizaçào. mas nào prepara acriança para a vida. Persiste o esquema de proteção e asdiferenças sociais são evidentes, fatores que poderãoprejudicar a criança quando diante de uma mudançapara a escola pública, onde ela terá que se defendersozinha, entre as mais educadas e as mais desajustadas.

Em dezembro de 1979. a mensalidade paga porTânia era de CrS 1 mil 360. Em dezembro de 1982, elaestaria pagando Crt 10 mil. Por Isso, preferiu "arriscar ecolocar Maura num estabelecimento publico, que é maisfraco mas evita um orçamento apertado". Faz, também,um comentário sobre o que chama de preconceitos declasse media:

Conheço muita gente que nào encara com natu-ralidade a escola pública e, algumas vezes, vè a situaçãocomo sendo humilhante. A visão de que a escola públicanâo é boa abrange o preconceito de que quem asfreqüenta sào favelados, crianças de periferias e subiu-blos. Assim, muitas pessoas acham que elas sáo portado-ras de violência, transmitindo tais impressões para osfilhos.

-— Vou economizar cerca de Crt 15 mil mensais, queeu pagaria este ano no Jardim Escola Atchtm. ao matri-cular minha filha de quatro anos no pré-escolar daEscola Municipal Desembargador Oscar Tenório, e elavai conhecer o pais em que vive no contato com criançasde várias classes sociais.

Este é o depoimento de Mauro Filho, morador noJardim Botânico, cuja renda mensal chega a Crt 150 mil.Seu único receio é que. "devido ao bandicap econômicoda maioria dos alunos, o nível de exigência da professorapossa ser menor do que o desejável".

O próprio Mauro estudou até o flnal do curso prima-rio em escola pública, mas sua preocupação com o níveldo ensino nas escolas oflciais mais precisamente nas quenão sào consideradas padrào — Impediu que seu fllhomais velho, de sete anos, seguisse o exemplo da Irmã.

Desemprego aumentaentre professores

Só em fevereiro, quando seencerrarem as matrículas, serápossível avaliar com precisãoo grau de evasão das escolasparticulares, que terão um au-mento de 957c este ano, diz umdos diretores do Sindicato dosEstabelecimentos de Ensinode Io e 2o graus do Rio deJaneiro, Paulo Sampaio, paraquem "a situação é bastantegrave", embora nào tão criticaquanto se divulgou.

A evasão tem provocado al-to Índice de desemprego deprofessores. De acordo com opresidente do sindicato doRio, José Monrevi Ribeiro, háno mínimo 20 mll professoresdesempregados. Segunda-feira, o presidente do Cesgran-rio e dono do Centro UnificadoProfissional, Carlos AlbertoSerpa. demitiu 84 professores.No flm de dezembro, as Facul-dades Integradas Estácio deSã dispensaram 10 professoresida área de Comunicação) e oColégio Santo Inácio, nove.DESCOMPASSO

Para as escolas particulares,as perspectivas deste ano nâosao melhores do que as do anopassado. O professor PauloSampaio afirmou que os 100colégios que fecharam entre1975 e 1981, no Rio. foram vltl-mas do "descompasso da poli-tica salarial".

A evasão, diz. concentra-sena Zona Sul do Rio. onde estatambém a maior parcela daclasse media.

— O número de desempre-gados e reempregados com sa-larios mais baixos aumenta acada dia — comenta — Isso fazcom que os pais tirem seusfilhos de escolas particulares

.. p.a.ra.jTiatriçulâ-ios em escolaspübiicas.

Paulo Sampaio nào acredl-'ta. porem, que o índice de eva-são no Rio. ano passado, tenhachegado a 40'"r. Admite quepossa ter alcançado 30ri. Ob-servou que os grandes colégiosestão sendo obrigados a demi-tir professores por falta de alu-nos ou por não terem condi-çóes de pagar aos professoresmais antigos os aumentos se-mestrals impostos pela políti-ca do Governo.

De 1981 para 1982. as mensa-lidades nas escolas partícula-res aumentaram 95^, contraum aumento de 102^ nos sala-rios dos professores. A mensa-lidade em uma escola na ZonaSul varia entre CrS 15 mil e CrS20 mll; na Tijuca. entre CrS 10mil e Crt 15 mil; e no restanteda Zona Norte, de Crt 4 mll aCrt 10 mil.PROFESSORES

Para o professor José Monre-vi Ribeiro, do Sindicato dosProfessores do Rio, o presiden-te da Federação Nacional dosEstabelecimentos de Ensino,Roberto Dornas, esta se preo-cupando mais com o lado fl-nanceiro do problema do quecom o social. Em sua opinião,para que o problema seja re-solvido, a educaçáo precisa pa-rar de ser fonte de renda.

De acordo com Monrevi Ri-beiro, há 900 — e nâo 600, comoafirma Dornas — estabeleci-

mentos de ensino privados deprimeiro grau. Ele nào acredl-ta que esses colégios estejamenfrentando tantas dificulda-des financeiras, uma vez que"continuam a proliferar".— A empresa privada de en-sino — diz o professor — è oprincipal fator de desempregono magistério, de subempregoe insegurança no emprego,além de ser responsável porgrande parte da evasão esco-lar, pois o ensino em estabele-cimentos particulares torna-seuma mercadoria cara. A edu-cação e o ensino têm de serfunção do Poder Público, co-mo o sáo as Forças Armadas.

O Sindicato dos Professoresdo Rio de Janeiro enviou àDelegacia Regional do Traba-lho uma lista com os nomes de130 estabelecimentos particu-lares de ensino que nâo assi-nam carteira, náo pagam fé-rias (demitem os professoresao flnal do ano letivo e contra-tam outros) e passam chequessem fundo, entre outras irregu-lartdndes

As escolas do Estado e doMunicípio estão pagando bemmelhor aos seus professores,mas sáo insuficientes paraatender tanto à demanda deprofessores como â de alunos.Na rede pública, os professoresde 1° grau ganham Crt 17 mll eos de 2o grau. Crt 26 mil 598.dando 12 aulas por semana. Seos professores da rede privada,do 2o grau. derem o mesmonúmero de aulas, receberiamexatamente CrS 17 mil 628, enâo têm direito a ganhar maisCrS 9 mll 189.76 por regênciade turma, que os da rede ofl-ciai têm.

Dos cerca de 30 mil professo-res que trabalham na rede pri-vada. pelo menos 20 nill,tiye:.ram contratos de trabalho ho-mologados ano passado. Mui-,tos desses professores lecio-nam na rede particular. Por-tanto, pouco adiantarão osconcursos para o magistérioque o Estado e o Municípiorealizarão em fevereiro.

O Estado ofereceu 100 milvagas para este ano. mas ain-da foram insuficientes paraatender a demanda, para aqual contribuiu a evasão dasescolas particulares. Cerca de300 mil bolsas de estudo —mais bolsas do que vagas — darede particular tiveram queser utilizadas.

Ontem, o professor ArnaldoNiskier, Secretário Estadualde Educação, nào quis falarsobre a evasão das escolas par-ticulares. dizendo simples-mente que jã havia dado entre-vista sobre o assunto. Na en-trevlsta a que se referiu, o se-cretário náo diz se a rede pú-bllca está apta para atenderaos 40"7r de alunos que deixa-ram a rede privada.

Sô menciona a quantidadede vagas que esta oferecendo— 100 mil e as bolsas de estudoque terá que utilizar nas esco-las particulares — mais do que261 mil, número que atendeu àdeficiência de vagas nas esco-las publicas, ano passado.Mas. em entrevistas anteiores,o Secretário atribui o aumentoda procura às escolas públicasà melhoria da qualidade doensino público.

O Companhia de Pesquisade Recursos Minerais CPRM

COMUNICADO

Agradecendo às manifestações de so-lidariedade recebidas, a Companhia dePesquisa de Recursos Minerais CPRM,comunica que foram contornadas todasas dificuldades momentaneamente sur-gidas com o incêndio ocorrido na ma-nhã de segunda-feira, dia 4, no 39 andardo prédio de sua sede, no Rio de Janei-ro, na Av. Pasteur, 404, estando seus es-critórios em funcionamento normal,com exceção de sua rede telefônica in-terna, em fase de substituição provisó-ria e de alguns telefones diretos, cujarecuperação está sendo providenciadapelaTELERJ.em caráter de emergência.

IMPASHl da ¦*.-•» • *¦

t$rINPS / INSTITUTO NACIONAl DA-PREVIDÊNCIA SOCIAL

AGENCIA CAMPO GRANDEEDITAL N° 014/81

O AGENTE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL-CAMPOGRANDE/RJ., pelo presente e nos termos do § 2o doArt. 387 do RBPS, faz saber ao segurado abaixoindicado, que deverá comparecer ao INPS (InstitutoNacional de Previdência Social), sito à Rua CoronelTamarindo, n° 1920 — sala 15 — Bangu — Rio deJaneiro, para prestar esclarecimentos referente aoprocesso de auxilio-doença requerido em 14.11.79.

JORGE FERREIRA DA SILVA NB31-22.560.148

1^ _^js_ssjsjj \

SEDE DA AGÊNCIA, 22.12.81

José Rodrigues da Silva SobrinhoAGENTE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Campo Grande — RJiP

JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82 D 1" Caderno NACIONAL — 9

INPS limita a seus hospitaisos tratamentos de alto custo

Brasília — A partir deste mès, o nten-dimento módico de pacientes seguradosda Previdência Social que necessitaremde tratamento de alto custo ("medicinasofisticada") será feito, prioritariamente,nos serviços próprios do INAMPS, noshospitais universitários e de ensino quese encontrem sob convênio MEC-MPASe nos hospitais do Ministério da Saúdeque estejam em regime de co-gestfto como Ministério da Previdência.

A decisAo foi tomada ontem pelo Ml-nistro Jair Soares, ao homologar as pri-melras medidas propostas pelo Conse-lho Consultivo de Assistência â SaúdePrevidenciária (Conasp) visando a redu-çâo dos gastos com assistência médica.Os atendimentos considerados de altocusto sáo hemodiállse e dlãllse perito-nial, cirurgia cardiovascular, transplan-tes de órgãos, radloterapla e qulmlotera-pia do câncer e outros procedimentosdiagnóstlcos-terapèuticos especiais(provas hemodinámlcas, ultrassonogra-fla, tomografla computorlzada, medicinanuclear e fisioterapia), bem como trata-mento fora do domicílio (locais onde nãoexiste hospital especializado).

As medidas"Os pacientes que, por motivos de

localização geográflca ou absoluta faltade disponibilidade de recursos, nào pos-sam ser atendidos nas unidades de saú-de prioritárias, serão encaminhados,através de documentação especifica ouRuia de internação hospitalar, pelo se-cretário regional de Medicina Social, aosserviços a seguir discriminados, observa-da rigorosamente a seguinte linha deprioridade: hospitais estaduais e munici-pais sob regime de contrato de subsidioglobal; hospitais universitários e de ensi-no contratados; entidades beneficentes(filantrópicas); hospitais e serviços man-tidos por entidades sindicais (tanto deempregadores como de trabalhadores); ehospitais e serviços de federações deconfederações.

No sentido de se evitar a multiplict-dade de serviços e em atendimento àsdiretrizes de regionalização, hlerarquiza-çào e integração de serviços federais,estaduais e municipais, seráo estabeleci-dos e designados "centros de excelência— referência" para controlar a "mediei-na sofisticada". Esses centros, por suanatureza, além do papel asslstenclal queprestarão, poderão desenvolver a con-tento o de formação e aprimoramento derecursos humanos.

Funcionarão nas unidades assisten-ciais do setor público (hospitais, centrosde saúde e ambulatórios) comissões es-pecialmentc designadas e constituídaspor professores universitários e chefes deserviços para avaliação de casos e reco-mendaçáo daqueles onde houver indica-çáo da utilização dos procedimentos dealto custo aqui definidos. Caberá às su-perintendènclas regionais a devida auto-rizaçâo para a realização destes procedi-mentos e o seu envio à rede privadacontratada, quando for totalmente lm-possível a realização nos serviços pró-prios ou nos alternativos.

O Conpas recomendou que. dentro domenor prazo possível, sejam descentrall-zadas a programação e a execução orça-mentárlas, conforme alocações de recur-

sos a níveis regionais e de acordo com asdisponibilidades do orçamento aprova-do para o INAMPS."

Recomendações específicasPara a hemodiállse e dlãllse perito-nial, o Conasp recomendou ainda que

nos próximos três meses, a contar do diaIo último, só serão admitidos novos pa-cientes em hospitais próprios doINAMPS, nos hospitais universitários ede ensino — sob convênio MEC-MPAS —e nos hospitais estaduais e municipais.No flm deste prazo, concluídos os estu-dos que estão sendo realizados sobre oassunto, poderão ser agregadas novasmedidas de racionalização, ou mantidasas atuais.

Em relação ao transplante de órgão, oConasp sugere que, além das recomen-daçòes gerais, seja criado um grupo detrabalho, formado por pessoas de reno-me nacional e com vivência em hospitaisuniversitários ou em unidades especiall-zadas em transplante renal, de cómea,medula e outros, para estabeleceramnormas que disciplinem as indicaçõesdos transplantes e elaborem critérios deprioridade. Outra medida que se faz ne-cessaria em relação aos transplantes ê adesignação, pelo grupo de trabalho acl-ma indicado, de centros de referência-excelência, onde possam ser atendidosos casos de transplantes c estabelecidasas bases de intercâmbio técnico-científico, através de convênios de coo-peraçáo técnica.

Ainda sobre os transplantes, o Co-nasp apóla e incentiva o projeto da leique possibilita o emprego de órgãos decadáveres sem os rlgorismos atuais.

Como medidas de cunho operacional,o Conselho Consultivo propôs que o pa-gamento do transplante de órgãos sejafeito sempre na forma de subsídio global,e que. durante os primeiros seis meses de1982, os transplantes financiados pelaPrevidência Social só seráo realizadosem hospitais próprios do INAMPS, emhospitais universitários e de ensino quese encontrem sob contrato-padrào MEC-MPAS e em hospitais estaduais e muni-cipais convenlados. quando considera-dos c designados centros de referência-excelência.

Na ausência desses grupos, a comls-sào regional, prevista nas recomenda-çóes gerais, se pronunciará sobre a con-venlêncla da autorização, para efeito deconfirmação pela superintendência re-gional do INAMPS.

CâncerNos casos de radioterapia e quimlote-

rapla do câncer, além das recomenda-çóes gerais, o Conasp propôs que:

a) os hospitais c Instituições fllantrõ-picas, possuidores de equipamentos cc-didos em comodato pelo Ministério daSaúde, sejam enquadrados nas normasque regem o Instituto Nacional do Can-cer e passem a operar também nos ter-mos do convênio padrão universitárioMEC-MPAS;

b) no primeiro trimestre de 1982. no-vos procedimentos de radioterapia, noEstado do Rio de Janeiro, só seráo reali-zados no Hospital dos Servidores doEstado, no Instituto de Ginecologia da

Universidade Federal do Rlc de Janeiroe no Instituto Nacional do Câncer;

cl nos demais Estados, só serão reali-zados em hospitais próprios doINAMPS, hospitais universitários e deensino que se encontrem sob contratopadrão MEC-MAPAS e em hospitais es-taduais e municipais convenlados e sobsubsidio global

Medicina nuclearPara mediclnn nuclear, provas hemo-

dinâmicas, ultrassonográfia. tomograflacomputorlzada e fisioterapia, compo-nentes da área de diagnósticos e trata-mentos especiais, o Conasp sugeriu,além das recomendações gerais, o se-guinte:

a) nos primeiros très meses de 1982,sô serão realizados exames de medicinanuclear, ultrassonográfia e estudos he-modinâmicos em hospitais próprios doINAMPS, hospitais universitários e deensino sob contrato padrão MEC-MPASe hospitais estaduais e municipais con-venlados;

b) nos três primeiros meses de 1982, aultrassonográfia, fisioterapia e estudoshemodinãmlcos só poderão ser realiza-dos em próprios do INAMPS, em hospi-tais universitários e de ensino sob con-trato padrão MEC-MPAS, em hospitaisestaduais e municipais.

c) os órgãos do setor público (hospi-tais próprios, universitários, estaduais emunicipais), obedecendo a rigorosos cri-téríos de regionalização, hierarquizaçãoe integração dos serviços médicos, deve-rão constituir ou completar, na medidado possível, seus serviços e unidades dehemodinâmica. tomografla compu-torizada, medicina nuclear, ultrassono-grafia e fisioterapia, em processo raclo-nal de utilização dos recursos do setorpúblico e visando ao máximo empregoda capacidade instalada e dos recursoshumanos e técnicos existentes.

Fora do domicílioAs sugestões do Conasp quanto ao

tratamento fora de domicilio, obedeci-das as disposições das recomendaçõesgerais, foram:

al durante os très primeiros meses de1982, a modalidade de tratamento forade domicílio somente será permitidaquando os serviços oferecidos aos benefi-ciários da Previdência Social forem rea-lizados através de unidades especializa-das no próprio INAMPS, de hospitaisuniversitários e de ensino sob contratoMEC—MPAS e hospitais estaduais emunicipais, além de próprios do Mlnistè-rio da Saúde, em regime de co-gestào;

bi as comissões regionais que se cons-tituinio a partir desta proposição atua-rão no sentido de elaborar e propor aoINAMPS normas para disciplinar a con-cessão do tratamento, visando a maiorutilização dos recursos médico-assistenciaís locais, regionais e nacio-nais;

o os tratamentos fora de domicilio,que impliquem viagens ao exterior, so-mente serão efetivados quando, apôssubmetidos â junta especial em centrode referência, receberem expressa auto-rizaçào do Ministro da Previdência eAssistência Social.

Dickstein revoga padronizaçãoO superintendente do INAMPS no

Rio, Júlio Dickstein. disse que determi-nou a revogação da Circular 517-004.5, de10 de dezembro último, que padronizavao tratamento a vitimas de acidentes dotrabalho nos postos de atendimento eclinicas sob convênio para prestaçãodesses serviços. Explicou que a circularera contrária aos interesses dos segu-rados.

Em Brasília, o Ministro da Previdên-cia, Jair Soares, não quis esclarecer aportaria quê padroniza ô tratamento avitimas de acidentes do trabalho. Seusassessores também nâo quiseram falar,alegando que o assunto era da alçada doMinistro.

A circularDistribuída a todos os postos de aten-

dimento de acidente do trabalho c clíni-cas conveniadas. a circular foi assinadapelo assessor de Acidente do Trabalho

Figueiredo dará300 mil títulosde terra em 82

Brasília — O Presidente Figueiredorevelou ontem, em solenidade no Pala-cio do Planalto, que o Governo pretendebeneficiar èm 1982 mais 300 mil agricul-tores com seus documentos de posse daterra, ao entregar a camponeses de vá-rios Estados 11 títulos de regularizaçãofundiária referentes à programação de1981, quando foram distribuídas 115 milglebas pelo INCRA.

Os títulos foram entregues na presen-ça do Ministro da Agricultura. AmauryStábile. que disse que o atual Governoestá realizando uma reforma agrária que"respeita o direito de propriedade da-quele que usa a terra como fator deprodução e não de especulação". Afir-mou que esse esforço ê por uma refe-naagrária "pacífica, dentro da lei e dentroda realidade e das possibilidades dopaís".

Muitos títulosO Ministro da Agricultura revelou

que o atual Governo distribuiu maistítulos do que nos nove anos anterioresde existência do INCRA, quando forambeneficiados 198 mil agricultores. Nostrês últimos anos, informou, os númerosse elevaram a 238 mil títulos.

Figueiredo entregou a cada um dosagricultores o seu titulo de propriedadee, em seguida, falou de improviso.

— Quero no decorrer deste ano quese Inicia que o meu Governo possa distri-buir mais títulos do que nos très anos domeu mandato. Sei que isto vai custarmuito trabalho e muitos recursos. Masconto com a agilização das atividadesadministrativas pelos órgãos competen-tes, para que consigamos atingir esseobjetivo. Recursos adequados seráo pro-porclonados para esse flm — afirmou.

da Divisão Local de Medicina Social doINAMPS, Alexandre Macieira Belizze. Aordem para sua revogação velo depoisde uma solicitação da Sociedade de Me-diclna e Cirurgia, por considerá-la redigi-da "por colega nâo afeito aos problemasda especialidade".

O tratamento a vítimas de acidentedo trabalho está sendo estudado poruma comissão de especialistas, encarre-gada de apresentar ao INAMPS a formaideal de atendimento dos pacientes acl-dentados. No oficio que encaminhou aosuperintendente do INAMPS, o presi-dente da Sociedade de Medicina e Clrur-gia, Eduardo Augusto Bordallo, expli-cou que, "além do grave erro ético decercear o livre exercício profissional, im-pedindo o médico de oferecer ao paclen-te o melhor tratamento, de acordo comcada especialidade, a circular continhauma série de incorreções, quer quanto àadequada caracterização das lesões,quer quanto à terapêutica sugerida emesmo quanto à qualidade do texto".

O superintendente regional doINAMPS, Júlio Dickstein, informou quemandou apurar a denuncia do InformeJB sobre irregularidades praticadas poruma ambulância do INPS, mas adiantouque "a alfanumérica de nossas ambu-làncias começa com X. e nâo dispomosde nenhuma placa DE-5732".

De acordo com a denúncia, a ambu-lância do INPS. DE-5732. estava sendocarregada com material de construçãoâs 13h de anteontem no pátio do edifícion° 51 da Avenida Presidente AntônioCarlos, no Centro. Ainda segundo a de-núncia. depois de carregada, a ambulân-cia saiu de sirene desligada pelas ruas dacidade.

Leia editorial"Dívida sem Dono"

Universitário carentetem refeição a Cr$ 30

Brasília — Os restaurantes universi-târiòs das instituições federais custaramà nação, em 1981, Cr$ 1 bilhào 200 ml-lhões e, para diminuir tal despesa esteano, o Ministro da Educação, RubemLudwig, baixou portaria estipulando osmáximos de CrS 30 para a refeição doaluno carente e CrS 130 para o aluno nâocarente.

A portaria, que entrará em vigor logoapós sua publicação no Diário Oficial,visa não só diminuir os subsídios àsrefeições universitárias, como facilitar oacesso do aluno carente à refeição subsl-dlada.

Preços variamA elaboração da portaria teve a parti-

clpaçào da maioria dos reitores das uni-versidades federais e fundações que, emcomuni acordo, acharam que as refel-çôes não deveriam ser mais fornecidaspelo mesmo preço. Indiscriminada-mente.

O preço das refeições, segundo porta-ria, variarão de acordo com o custo re-gional de gêneros alimentícios, mas mes-mo a quantia cobrada para os alunos desituação econômica razoável serã infe-rior ao custo total do prato. A tabela depreços de refeições será. portanto, diver-slflcada, mas fica determinado o acresci-mo de no mínimo 20% no preço dobandeij&o do usuário que nào for alunoda Instituição.

Os preços das refeições para carentese nâo carentes seráo corrigidos, semes-tralmente, pela variação correspondenteao item alimentação do INPC, corres-pondente aos meses de dezembro e ju-lho, para vigência, respectivamente, nosemestre seguinte.

IME/826 Aprovados

4 nos 17 primeirosOscar. Elizeu, Mauro

Marcos Rubem e EnnserCOLÉGIO PRINCESA

ISABELINSTITUTO GUANABARA

PREFEITO E BISPO COMEMORAMANIVERSÁRIO DE CAXIAS

E INAUGURAM OBRAS EM FAVELAO Prefeito Am*'«o Barros comemorou o 37° aniversário de cneçio bo mun.c.Eso de Duque Oe Ca».as e passou o üti.fno &è d« 1981

inaugurando es obres de drenagem __• pavimentação de vínas ruas na Favela da V-la tòeal Em sua comparsa estava c 8-soo D Mauro Moreii-Para a entrega das obras de drenagem a oavimenlaçfc) das Rua» Prol. Mota Sobnnho, Jos* tegei de Barros. OswaWo Aranha • Mano*! Htét

Momi*». a Associação dos Moradores da iav«ia tocatiiada prônma a Rua Manoel Taiies. oo Centro da cdade. promoveu inúmeras at-v-dades quettve/em inicio com o desatamento cia Ma de <naugu'iç*o e a benção do Btsoo da D-oceso de Duoue de Cawas-Sío Joio òe Menti

O Preleito íatou sobre as obras do sou Go*e'rx> (em ués anos foram pavimentado» cerca de 400 m*\ m? (je tuasl. e da criação do mumcipo em3idede:embrodel9d3 peto Decreto-* rP\ QE>5. tP

s§§s? | ,. '.,-fi -.Cldad» do Volkono — UPI \

Para prova de carência do aluno uni-versltário da rede oficial será aplicada amesma fórmula criada no Ministério doSr Euro Brandão (10761 para concessãode bolsas-de-estudo. Feita a fórmula, oaluno será considerado Insuficiente fl-nancelramente se o resultado for Igualoii inferior ao coeficiente um (1).

A formula é a seguinte: multiplica-sea constante 0,6, destinada a abater darenda bruta familiar mensal, o aluguelde casa ou financiamento para aquisiçãode casa própria pela renda bruta familiarmensal; divide-se este resultado pelamultiplicação do valor de referência re-gional pelo número de dependentes.

Justiça socialDiante da resolução, o porta-voz do

MEC, Antônio Praxedes, disse que oMinistro Rubem Ludwig promoveu oinicio da justiça social, que neste aspec-to jâ está apoiada pela Constituição des-de 1946. "O MEC continuará subsldlan-do os restaurantes universitários. Osalunos em condição financeira passarãoa ajudar os carentes e o dinheiro econo-mizado com refeição em 1982 será desti-nado a outros programas das universi-dades."

Reiterou que o uso da refeição subsl-diada pelos alunos nào carentes, na mes-ma condição dos carentes, nâo podiacontinuar, lembrando que 1 milhão 150mil alunos un__v.'.-si'.hrics da rede parti-cular são os mais necessitados e pagamseu próprio estudo e refeição.

— Dos 350 mil alunos de ensino supe-rior da rede federal, 42 mil fazem uso dorestaurante universitário. Desses usuá-rios, 12% sào carentes — afirmou.

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João Paulo II sagra D Alberto e o nomeia Bispo de Caetité,Bahia

Papa sagra novo bispo brasileiroCidade do Vaticano — O Papa João

Paulo II sagrou ontem, na Basílica de SaoPedro, nove bispos, entre eles um brasilei-ro: Dom Antônio Alberto Guimarães Re-sende, de 55 anos, que dirigirá a diocese deCaetité, na Bahia A cerimônia foi assistidapor 10 mil pessoas e 17 cardeais e 50 bisposconcelebraram a missa.

Dirigindo-se aos novos bispos. JoãoPaulo II disse: "Façam tudo o que estiverao seu alcance para que a humanidade,para a qual vocês foram encaminhados,acredite na Epiiaiia do Deus vivo " Para aIgreja, a Eplfanla assinala o dia em que ostrès Reis Magos visitaram Cristo recém-nascido.

Os BisposAlém do brasileiro Dom Antônio Alber-

to, João Paulo II sagrou os seguintes bis-

pos: Dom Thomas J_ 0'Brien. 46 anos.Bispo de Phoenix. Arizona, EUA; DomAnthony Milone. 49 anos. Bispo-Auxlliarde Omaha, Nebraska. EUA; Dom CharlesVandame, francês. 53 anos. Arcebispo deNDjamena. Chade. Dom Jonas Bulaitis.48 anos. lituano nascido em Londres. Nún-cio-Auxiliar Apostólico para a RepúblicaCentro-Aíricana e o Congo e DelegadoApostólico para o Chade; Dom Traian Cri-san. romeno, 53 anos, secretário do SacroColégio do Vaticano para as Causas dosSantos; Dom Charles Kweku Sam. 41 anos.de Gana, Bispo de Sekondalata Koradi.Gana; Dom Francis Adeodatus Mlcallef.maltês. 53 anos, Vigârio-Apostôlico para oKuwait, e Dom Sellm Sayegh. jordaniano,46 anos. Bispo-Auxlliar junto ao PatriarcaLatino de Jerusalém.

Andreazzaadmite erroem previsão

Sâo Paulo — O Ministro doInterior, Mário Andreazza, re-conheceu ontem em Campinasque as metas preconizadas pe-lo Presidente Joào Figueiredo,no setor habitacional, dlflcll-mente seráo alcançadas: Fi-gueiredo pretende deixar oGoverno, em princípios de1985. com um déficit de 3,5milhões de moradias no país,enquanto que a deficiênciaatual é de 8,5 milhões de casas.

Andreazza reformulou a pre-vlsâo estimando que o déficitnos próximos três anos deverágirar em torno de 5 milhões deresidências. Atribui essa dife-rença âs novas necessidadeshabitacionais do país, "que serenovam a cada ano num totalde 500 mil habitações".

Disse que seráo necessáriosmais très períodos de Oovemopara que a deficiência habita-cional no Brasil possa ser con-trolada. Com os recursos 11-nancelros para este ano — CrS1 trilhão — o Governo federalespera ser possível construir700 mil novas casas, mas, naverdade, esse volume significa-rá um acréscimo de 200 milcasas diante do déficit acumu-lado: "Ao chegarmos ao flnalde 82, terá crescido o númerode habitantes carentes de casaprópria, calculado em 500 uni-dades/ano".

Sul apurafraude noProrural

Porto Alegre — A PolíciaFederal de Santo Ângelo abri-rá inquérito, por fraude, paraInvestigar as denúncias feitaspor Hilário Schorr e AntônioLugoch, respectivamente pre-sldentes dos Sindicatos deTrabalhadores Rurais de San-ta Rosa e Alecrim, de que osHospitais Caridade e DomBosco. de Santa Rosa. estáocobrando parte do atendimen-to aos segurados do Prorural. oque ê proibido pelo Ministérioda Previdência.

Os dois líderes sindicaiscompareceram ontem à tardena Delegacia Regional da Poli-cia Federal de Santo Ângelo,levando documentos que, se-gundo a delegada interina Ce-ly Relchert. "atestam a fraudee a má-fe dos hospitais". Deacordo com Ezídio Pinheiro,vice-presidente da Fetag —Federação dos Trabalhadoresna Agricultura — o problemada cobrança do atendimentoocorre em Inúmeros munici-pios gaúchos.

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Dlrrlon Waltrr FontouraKditon Paulo Henrique Amorim

Casa dos MortosSurge ofinnl, em todos os seus detalhes, o

quadro do que aconteceu na Ilha Grande algumas

semanas atrás e que motivou a decisão do Cardeal

do Rio dc Janeiro de não celebrar a missa de

Natal no presídio.Os fatos encadeiam-se, agora, cm perfeita

lógica e abundância de detalhes. Como resposta àfuga do delinqüente Mimoso, desabou sobre os

detentos a violência oficial. Montou-se uma cena

de espancamento que cm nada fica a dever às da

Cam dos Mortos de Dostoievsky; e em conse-

qüêncin desse espancamento um dos presos está

parolitico.Levados esses fatos ao conhecimento dc

D Eugênio Salles, e em seguida h sua reação, a

Procuradoria Geral da Justiça instaurou sindi-câncias. Foram ouvidos os presos espancados, o

médico do presídio, duas freiras que trabalhamhá alguns anos na Ilha Grande.

Todos os depoimentos convergem. Conhe-

cem-se o local dos espancamentos é os nomes dos

carrascos mais conspícuos. 0 despacho do Juizda Vara de Execuções Criminais caracteriza, com

base nos autos do processo, a participação do

diretor da colônia penal, de seu assistente, de

agentes de segurança do Desipc. 0 exame de

corpo de delito também não deixa margem a

qualquer dúvida: não eram fantasistas os queacusavam a Ilha Grande de ter-se transformadonum local de tortura.

Ante episódios desta natureza, entra logo

em ação um mecanismo que busca atenuar a sua

gravidade. O esprit de corps procura dar a

entender que as coisas não se passaram exata-

mente assim, que pode ter havido exageros; e a

isto responde um certo comodismo da sociedade,

que, cansada de violências, escorrega para a

noção de que "não se pode tratar bandidos com

flores".De escorregão em escorregão, entretanto,

eis-nos no fundo do poço. 0 primeiro brado foi o

de D Eugênio: "Não se pode confiar criminosos à

guarda dc criminosos." À advertência do pastordeve seguir-se a reação da própria sociedade —

cm sua legítima defesa.

O que aconteceu — ou acontece — na IlhaGrande é corruptor no sentido mais estrito;configura um câncer com que não se pode convi-ver. É pura ingenuidade achar que se podemmaltratar criminosos preservando o respeito pc-los "bons cidadãos". A própria violência seencarrega de eliminar essas distinções.

D Eugênio, num protesto que ainda reper-

cute, não agiu apenas como pastor c como

defensor de um determinado sentimento ético:

agiu, em primeiro lugar, como cidadão, mesmo se

a sua elevada posição o singulariza. Pois o preso,seja ele quem for, encontra-se sob a responsabili-dade do Estado; e o Estado que compactua com aviolência e com a tortura termina por degradar-se

a si mesmo.

Os fatos da Ilha Grande são demasiadoclaros e chocantes para que tudo continue a sercomo antes. Envolvem um problema infinitamen-te grave, que é o da desqualificação das forçasmantenedoras da ordem. Se essas mesmas forçasse deixam corromper, se guardas terminam porconfundir-se com criminosos, o que restará de péno edifício social?

É impossível exagerar a seriedade deste

problema, que tem de ser encarado dc frente, semsubterfúgios. Agora, pelo menos, tornou-se im-

possível dizer que havia excesso de imaginação

por parte de alguns. Estamos diante da nossaCasa dos Mortos. E só não estamos em situaçãotão má quanto a da Rússia de Dostoievsky porquenela não era possível levar diretamente os fatosao conhecimento público: tinha-se de escrever umromance e dizer que os fatos ali narrados tinhamacontecido "há muito tempo". Aqui. pelo menos,os fatos estão, desde agora, à vista de todos.

Dívida sem DonoCoube a um empresário exprimir objetiva-

mente, a reação da sociedade às medidas governa-mentais para cobrir o déficit da Previdência: o SrPedro Conde, presidente da Federação Brasileirade Associações de Bancos, lembra que não temobrigação de pagar quem não é responsável pelasdespesas. Não é a sociedade, portanto, quedeveria ser convocada a salvar a má administra-

ção previdenciária. A responsabilidade é dos

gestores e eles é que deveriam responder pelo quefizeram ou deixaram de fazer.

Ninguém tem a menor ilusão de que afórmula seja de eficiência duradoura. Provável-mente todo o conjunto de medidas através das

quais a sociedade vai levar recursos à Previdên-cia será impotente para cobrir a previsão dodéficit deste ano que começa sob tão precáriosaugúrios sociais. E para o futuro só poderá ser

pior.Não há, sequer, unidade na previsão do

déficit. 0 contribuinte não foi até hoje informadooficialmente das dimensões do abismo financeiroem que funciona a Previdência. As cifras dançamcomo figuras de retórica à beira do abismo:ninguém sabe ou ninguém quer a responsabilida-de de dizer qual foi efetivamente o déficit previ-denciário de 1981 e qual é a previsão para 82 —

com e sem a receita extra agregada pelo Governo.Falou-se em CrS 200 milhões, recuou-se para CrS150 milhões, houve quem falasse até em CrS 400milhões.

Faltou uma voz autorizada para dar omontante e traçar o perfil do abismo: quais asdespesas que concorreram para o déficit? Ocontribuinte suspeita de que o déficit não cai docéu, maj_je forma na má administração. E parase entender a má administração é indispensávelespecificar onde começam e terminam o abuso, afraude, a má gestão, o planejamento sem compe-tència.

Precisamos saber o que vamos pagar —

proclama o Sr Pedro Conde, com a objetividadedo raciocínio empresarial /— pois náo somos os

autores do déficit. Se não há como recusar essa

responsabilidade, temos pelo menos o direito de

receber explicações sobre o que vamos pagar.Porque com a cobertura do déficit será sepultadaa responsabilidade de seus arquitetos e construto-res. O déficit é o resultado contábil, portantouma abstração numérica, mas tem causas mate-

riais, administrativas e morais. E a sociedade tem

o direito de receber as explicações a título de

elementar consideração pelo sacrifício que foi

convocada a oferecer.

—Tópicos-Intolerância

Indlgnaram-se os Srs Ulysses Oul-maráes e Tancredo Neves com a Idéiade ser legalmente garantido o direito auma nova opçôo política por parte dosque discordarem da Incorporação par-tldárla. Ao que se sabe, o único caso deIncorporação conhecido ê o do PP como PMDB, presididos respectivamentepelos Srs Tancredo Neves e UlyssesGuimarães. Reagem, portanto, no casocomo Interessados e nâo na condiçãode combatentes no plano dos princi-pios.

A lndlgnaçôo é uma atitude politi-ca, mas nem por Isso Isenta de lnteres-se ou mesmo de Intolerância. No casoda Incorporação do PP ao PMDB, oepisódio começou como uma reaçãopolítica de aparente lndlgnaçào, mas aaparência logo se desfez e prevaleceuum Jogo político cada vez mais claro. AIncorporação de um Partido a outro éopção praticada em nome da democra-cia? Então nâo há como recusar aosque discordarem da fórmula o direitode fazerem nova opção partidária. Emnome da democracia é Irrecusável aoportunidade que se pretende assegu-rar aos Insatisfeitos.

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Cartas

A idéia de grandeza do déficit previdência-rio para a sociedade está expressa na verificaçãode que, em quatro meses — ou seja, de outubro a

janeiro — o desconto para a Previdência chegoua atingir numa faixa de salários um aumento de123,3%. É suficiente, como se finge, ou não,como se suspeita? Não se trata de correçãomonetária, mas de modificação estrutural nacontribuição. O nível de remuneração situado em20 salários mínimos é o ápice da punição despeja-da sobre a sociedade mas para atingir particular-mente a classe média, em seu estrato superior.Sobre essa faixa convergiram as duas pinças: onovo valor mais alto da alíquota e o teto mais altode descontos. A contribuição obrigatória dobrou,sem que nada mais tenha tido acréscimo porparte da Previdência. Talvez a ineficiência, nomáximo, tenha aumentado.

Torna-se mais claro o sentido punitivo daclasse média remunerada com 20 salários mini-mos: os descontos para a Previdência representa-vam 4,4% em outubro e em janeiro passaram a10%. Nâo há como descontar qualquer boaintenção por parte da burocracia nessa tributa-

ção social que é um espetáculo à parte.E não é tudo. Contemplada, nesse nível de

remuneração, com peso dc um desconto maior ecom um teto superior para os cálculos, a classemédia já vem gradativamente perdendo poderaquisitivo nos últimos dois anos. A remuneração

que excede a 20 salários mínimos está fora doscálculos percentuais e tem um aumento fixo

invariável, que não guarda qualquer proporçãocom seu total.

A realidade comprova, a cada aumentosalarial, uma perda acentuada de poder aquisiti-vo nos níveis mais altos de salários. E os acresci-mos (acima da inflação) nos níveis inferiores desalário em nada melhoram um mercado carentede consumidores, porque os que podiam comprardeterminados produtos não podem mais adquiri-los e os que não podiam continuam sem poder.

A política salarial, inadequadamente volta-da para a inoportuna redistribuiçáo de renda,não consegue alcançar sua finalidade social e

ainda pune indiscriminadamente a todos, porquerealimenta a inflação. Sobre esse painel de equi-vocos, monta o Governo a solução para o déficit

previdenciário: obter de quem tem menos a daruma contribuição maior, sem melhorar ou acres-centar o que o contribuinte tem direito a receber,a qualquer título, de uma frustrante carteira debenefícios sociais.

Dtrào os mesmos Ulysses Guima-râes e Tancredo Neves que a fusão foidecidida por maioria de votos em con-vençâo. Mas democracia nâo é tanto avontade da maioria, como igualmenteo respeito pela vontade da minoria. Amaioria decidiu acabar com o PP, masa minoria que se curvou à solução nâoestá obrigada a aceitar o seu efeito:pelo contrário, fica-lhe democrática-mente o direito de escolher entre osdemais o Partido que quiser. Ou mes-mo nâo escolher qualquer deles.

Para quem fala tanto em democra-cia, como os presidentes do PP e doPMDB, a Indignação com a Idéia gene-rosa tem um amargo ressalbo totalltá-rio, além de sintomático casuísmo. Se-ria o cúmulo que o» dois presidentes de3 Partidos oposicionistas quisessem lm-pedir os que discordam — quer por suaorigem politica, quer por suas convlc-ções pessoais — de fazerem nova opçãodentro do pluripartldarismo que ou-tros contribuem para manter e conso-lidar.

AutonomiaÉ medida salutar, visando a uma

saudável descentralização, a decisãodo MEC de encarregar os sistemas

estaduais de ensino da analise, seleçãoo Indicação dos livros didáticos a se-rem adotados em suas escolas de Iograu, ainda que os livros sejam distri-buldos pelo Ministério da Educaçãoatravés do programa especifico para oIo grau. Em portaria recém-asslnada, oMinistro Rubem Ludwig determinaque as Secretarias, ao selecionar oslivros didáticos, adotem critérios queatendam às peculiaridades locais e re-glonals. Isto atinge um dós pontoscríticos da nossa educação básica; poisé nos primeiros anos de estudo que severifica a grande evasão no ensino bra-sileiro; e um dos fatores dessa evasão éa Inadequação de currículos e, conse-qüentemente, dos livros didáticos. OMinistro determina, ao mesmo tempo,que esses livros para o ciclo básicodevem ser adotados por um periodominimo de dois anos; o que é outroacerto. Conhece-se o abuso representa-do pela troca anual de livros perfeita-mente equivalentes — o que era des-perdido de papel, de dinheiro e umaofensa ao poder aquisitivo das classesmais desfavorecidas. Dois anos é pou-co tempo; mas com esta simples medi-da reduz-se o desperdício—e os gastos— ã metade.

Risco indesejávelNa ocasião'em que a discussão Inevl-

tável de um sistema eleitoral nâo podemais ser adiada, ainda que embalada csujeita a aprovação por decurso de pra-zo, é Importante ressaltar dentre ossubstitutivos apresentados aquele quepropõe uma medidn do alcance da extln-çáo dos Partidos. -

Corporificação das oligarquias, osPartidos políticos foram, tradicional-mente, o instrumento de organização econtrole de um patriclado ao qual sem-pre se restringiu a distribuição de bens eoportunidades que de direito caberiam atoda população. Em seu casuísmo a pro-posta, como foi apresentada, se extinguena tentativa de evitar uma confrontaçãopolítica. Jã que a velha alternância dopoder se transformou num risco lndese-jftvel a quem hoje controla a nação.

Uma proposta como esta, que porameaçar os beneficiários destes privilé-gios Iria encontrar a oposição das ollgar-quias tradicionais como daquelas em viade formação, foi habilmente limitada aoperiodo de um ano. Esquecem todavianossos oportunistas parlamentares quea mesma proposta entra em choque coma Constituição; este farrapo emendado epermanentemente transgredido que des-de o Império restringe o direito à candi-datura aos Partidos políticos, excluindoos cidadãos comuns do direito de servotado e dc escolher seu representante,nâo apenas votar nos disponíveis. Seriapreciso uma nova emenda constituclo-nal para legitimar, ainda que transitória-mente, esta proposta de sistema elei-toral.

Melhor seria a convocação de umaConstituinte mas se em novembro quaseninguém compareceu para apreciar estaproposta, outrora ponto de honra daque-les que foram eleitos pela maioria denosso povo. talvez seja porque nossosrepresentantes dêem à Idéia de umaconstituição o mesmo valor que seusdetratores. Luciano Pereira Lopes —Rio de Janeiro.

SupérfluosCom escopo de cooperar de maneira

mais Oexível tanto para o setor socialcomo para o Fisco, venho trazer a minhatese quanto à taxação dos supérfluos,precisamente o tabaco. Como existemmarcas para todos os segmentos da so-ciedade, sugiro que sejam taxados so-mente os cigarros considerados da cias-se média superior podendo estabelecer-se limite acima dos Crt 100.

A classe menos aquinhoada ficarátque é a base da pirâmide) com o seuúnico (talvez) passatempo predileto queè o de pitar o cigarro. Assim sendo,tomadas as medidas sugeridas nào tere-mos quedas significativas de vendas oque. certamente, trará maior arrecada-çáo para o pais, além de evitar proble-mas sociais com elevação do nível dedesemprego. José Francisco dos Arcos— Rio de Janeiro.

Transporte carenteVenho em nome dos moradores da

Estrada do Rio Grande e adjacênciastomar público, através desse Jornal, umproblema que vem nos afetando há vá-rios^anõsT Trata-se do nosso melo detransporte que piora constantemente.Primeiro tínhamos duas linhas de ônl-bus que nos levavam da Santa Maria,(763) e do Pau-da-Fome (764) para Madu-relra em intervalos que Já nào erammuitos bons. Agora, dispomos apenas da1* linha, Já que a 2" teve o seu itinerárioalterado para atender ao bairro conheci-do por Jardim Boluna, cujo grau decarência era ainda mais critico.

O nosso ônibus (763) circula em Inter-valos Irregulares, levando âs vezes 40minutos de um para o outro. No verão asituação é ainda mais critica: a empresaretira os carros para as suas linhas dapraia e, entáo, os que nos restam sáopoucos carros velhos que, lotados emexcesso, chegam a levar mais de umahora no percurso.

A Estrada do Rio Grande começa naTaquara e segue até o Hospital SantaMaria numa extensão de 6 Km; nelaestão localizados, além do referido hos-pitai, varias clinicas, quatro colégioscom aulas Inclusive à noite, uma inflnl-

dade de loteamentos, bairros e conjun-tos residenciais, a Central de Fumas,uma Vila Olímpica (UGF), algumas in-dústrias e um comércio que vem crês-cendo a passos largos. Com o cair danoite, os ônibus sào recolhidos à gara-gem de forma arbitrária, deixando che-fes de família, estudantes e usuários emgeral à mercê da sorte. As 23h sal oúltimo ônibus e, depois disso, sô nosresta apelar para o táxi.

Estamos enviando abaixo-assinadoao DGTC no qual pedimos a criação deuma linha que sala do Hospital SantaMaria com destino ao Centro da Cidade,Cascadura ou Méier. Gostariamos quefosse para o Centro pois Isso nos poupa-ria o transtorno de ter que pegar outroônibus na Taquara ou Madureira vindode outro bairro já lotado, e que esseônibus circulasse em Intervalos maiscurtos para que não fiquemos à disposi-çâo da Emp. de Transp. Santa MariaLtda. que nào esta cumprindo com o seudever. Maria da Graça de Amorim Guer-ra — Rio dc Janeiro.

Atitude condenadaHã algumas semanas o JB publicou,

em duas ocasiões diferentes, notícias so-bre um grupo minoritário de origem eu-ropéla do Espírito Santo: numa manlfes-taçào típica de xenofobia, um Juiz orde-nou a prisáo de dois pomeranos por nãosaberem falar o português; posterior-mente, esse mesmo juiz ameaçou cassaros títulos eleitorais de cerca de 2 milpomeranos, aparentemente por nào con-siderâ-los cidadãos suficientemente bra-sileiros.

É preciso lembrar que a chamadacolonização alemã do Espirito Santo foiiniciada em 1847, com a colônia de SantaIzabel, onde se estabeleceram colonosvindos do Hesse, Reno e Hunsrück. Ospomeranos — uma minoria alemã cujaregiáo de origem, a Pomerània. fariaparte do Estado prussiano — chegaramao Espirito Santo entre 1870 e 1879. Apósesta data. a Imigração alemà para esteEstado foi Irrelevante. Jà que a maioriados colonos europeus se dirigiu para osEstados do Sul. As pessoas que táo arbl-trariamente foram tratadas pelo juiz emquestão sào descendentes de Imigrantesque chegaram ao Brasil hà mais de 100anos. Têm elas todos os direitos de cida-danla e esta não pode ser cassada ape-nas porque, num contexto de Isolamento— geográfico, étnica social — estes colo-nos pomeranos conservaram seus costu-mes e sua língua. A cultura dos pomera-nos. alias, mereceu uma longa reporta-gem publicada no Caderno B doJORNAL DO BRASIL de 20.11.1976. Édifícil aceitar que num país como o Bra-sil — que após sua independência rece-beu lmigrante_> das mais diversas proce-dências — uma minoria, seja ela qual for,possa ser objeto de discriminação e pre-conceito por parte de autoridades ou dequalquer cidadão.

Cientistas sociais como Ernst Wage-mann (em 1910) e Jean Roche (em 1968),dois dos poucos que estudaram as comu-nldades teuto-capixabas, apontaram pa-ra o Isolamento dessas comurüdades_e_para as multas maniputeçóeT~3équeforam vítimas por parte de comercian-tes, cabos eleitorais, autoridades e ou-tros; mostraram, ainda, o descaso doEstado para com os pomeranos que,entre outras coisas, nâo cuidou sequerda educação elementar, garantida pelaConstituição. Perguntamos: o quadrodescrito nos trabalhos de Wagemann eRoche se manteve Imutável até hoje?

A atitude do juiz. ao prender pessoasapenas porque nâo sabiam se expressarem português, lembra bastante as perse-gulçôes — na maioria dos casos semsentido — de que foram vítimas cida-dàos brasileiros, descendentes de iml-grantes europeus e japoneses, durante acampanha de nacionalização no EstadoNovo, posta em prática em nome daameaça do nazi-faclsmo. Nessa época,pessoas que nunca tiveram chance defreqüentar uma escola primária públicaforam simplesmente presas porque nào_olavam o português. O espanto em face

dessa violência deve ter sido o mesmoem 1939 como em 1981

As coisas, aparentemente, nào muda-ram multo no Espirito Santo desde que,inspirado nos imigrantes europeus (Ita-llanos e alemães), Graça Aranha escre-veu seu romance Canaà. É até recomen-dável que este clássico da nossa literatu-ra seja lido pelas autoridades capixabasantes de falarem na cassação de tituloseleitorais de cidadãos brasileiros e deprender pessoas apenas porque sâo dife-rentes. Hã que se respeitar o direito dasminorias manterem sua cultura — inclu-sive sua língua — de se comportarem,enfim, como grupos étnicos, numa sccle-dade que pretende ser democrática. Gl-ralda Seyferth, antropóloga Museu Na-cional; Gilberto Velho, conselheiro daAssociação Brasileira de Antropologia;Yonne Leite, conselheiro da AssociaçãoBrasileira de Antropologia; Eunlce Du-rham, presidente da Associação Brasi-leira de Antropologia; e Anthony See-ger, chefe do Departamento de Antropo-logia do Museu Nacional — Rio de Ja-neiro.

UsucapiãoFoi afinal discutido e votado o ante-

projeto de lei que alterava os prazos doinstituto do usucapião, jâ agora conver-tido em lei. Em carta nessa Seção publi-cada no JORNAL DO BRASIL de02/12/81 e subscrita por Ivan Gauderetode Abreu (Juiz de Fora — MG), o autor seInsurge pelo uso indevido quando aindaprojeto de lei, quanto ao uso da flexâomasculina na palavra usucapião, alegan-do que esta palavra ê de Qexào feminina,escudado no dicionário de Aurélio Buar-que de Holanda. Diz, ainda, o autor dacarta citada que se vem errando nogênero dessa palavra, isto é, no uso damesma no masculino há mais de 65 anos,período da vigência do nosso CódigoCivil revisto pelo eminente e o maisilustre jurista brasileiro — Ruy Barbosa.Não errou Ruy e também nào erraramtodos aqueles que usaram a forma mas-cullna na palavra usucapião, no lapso detempo a que se reporta o missivista, poisestavam certíssimos gramaticalmentepodendo-se comprovar e provar cumpul-sando-se o Dicionário Ilustre da LínguaPortuguesa do Insigne fllólogo AntenorNascentes, que tem o abono da Acade-mia Brasileira de Letras, onde se verificaque se pode usar tanto a forma masculi-na ou feminina para designar a palavrausucapião. Portanto temos a faculdadedo uso opta tlvo quanto à flexào genéricadessa palavra. Assim, o ainda missivistafoi um pouco precipitado na pesquisagramatical uma vez que não se aprofun-dou para uma certeza mais absolutavisto que consultou apenas uma fonteque foi o novíssimo Dicionário Brasileiroda Língua Portuguesa de Aurélio Buar-que de Holanda. Mas o próprio mestreAurélio no pequeno Dlclon/uio Brasilei-ro da Língua Portuguesa Ilustrado regls-tra a palavra usucapião nos dois gene-ros. Spencer Vampré nas suas magnifl-cas lições de Direito Civil escreveu aforma feminina como opçáo. talvez por-que mais lhe agradasse e nâo como for-ma definitiva genérica. Que tenha a últi-ma palavra a Academia Brasileira deFilologia onde pontificam os Doutos dalinguagem. Augusto Robertson Tllscher— Rio de Janeiro.

Venda nas barcasSugiro à administração da Cia. de

Navegação do Estado do Rio de Janeiroque estude a possibilidade de permitir aatividade dc vendedores ambulantes dedeterminadas mercadorias, como sejamrefrigerantes, picolés, amendoim, coca-das etc nas barcas Rio—Niterói. Observoque as guardas de segurança têm umtrabalho Insano para evitar que essesvendedores ambulantes, em sua maioriaconstituída de meninos e rapazolas, ven-dam aquelas mercadorias. Sendo dada apermissão sugerida, as guardas de segu-rança se limitariam a fiscalizar a atua-çáo disciplinada daqueles vendedoresambulantes... (...). Raphael Di Marino —Rio de Janeiro. ^_gi carta* seráo selecionadas para puHli--

cação no todo ou em part» entre as qu»

tiverem assinatura, nom» completo • l»*jl-

vel • endereço que permita confirmação,

prévia.

(JORNAL DO BRASIL LTDAAvenida Brasil. 500 — CEP 20 940 — Rio deJaneiro, RJCaixa Postal 23 100 — S Cristóvão — CEP20 940 — Rio de Janeiro, RJTelefone — 264-4422 (PABX)Telex — (021) 23 690, (021) 23 262, (021)21 558

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Coisas da política

Governo absorve incorporação do PP ao PMDBA

Incorporação do PP ao PMDB, que chegou a serrecebida pelo Palácio do Planalto, em sua pri-meira hora, como um desaflo Insensato ao pro-Jeto de abertura do Presidente João Figueiredo já nâoprovoca pânico dentro do Governo. Os próprios setoresde linha dura, que voltaram a Influenciar o sistemadepois da renúncia do Ministro Golbery do Couto eSilva, deixaram de ver fantasmas e caminham paraabsorver a Idéia da unlâo dos dols grandes Partidosoposicionistas.Dois governadores, três senadores e quatro depu-tados federais que recolheram, nas últimas horas emáreas da maior intimidade com o poder, essa nova

posição do Palácio do Planalto diante de um processoque chegou a lhe causar arrepios, garantiram que aIncorporação do PP ao PMDB começa a ser encaradapaulatinamente, como uma açáo politica qualquersujeita, aqui e ali, a lucros e perdas.

O simples retorno de conhecidas lideranças mode-radas à frente oposicionista que o PMDB herdou doMDB é vlsta, por segmentos mais realistas que cercamo Presidente da República, como fato capaz de gerarlucros, a médio prazo, para o projeto de abertura no seutodo. O Governo espera, em linhas gerais, que osoposicionistas moderados que resolveram liquidar oPP ajudem o Deputado Ülysses Guimarães, como ocor-

ria no passado, a Isolar os grupos radicais que estáo lhetomando, pouco a pouco, o comando do PMDB.A emenda proposta pelo Senador Murilo Badarti ao

projeto de alteração da lei das lneleglbllldades, perml-tlndo que pemedebistas e peplstas descontentes com aincorporação façam uma nova opção partidária, ê apre-sentada como sintoma de que o Governo, dentro deuma nova ótica, vai buscar, agora, tirar vantagens doepisódio. Essa orientação, na verdade, vinha sendosugerida pelo Governador Paulo Maluf, que prometetirar do PP e do PMDB de 30 a 40 deputados, redistri-buindo-os entre o PDS e o PTB, este definido, recente-mente, pelo sistema, como futuro Partido alternativo.

No curso de sua tramitação, a emenda do SenadorMurilo Badaró poderá até sofrer uma pequena altera-ção quando retornar à Câmara. É que setores doGoverno consideram importante que pemedebistas oupepistas, arranhados em suas posições políticas, pos-sam Ingressar em outros Partidos mesmo que o proces-so de Incorporação não chegue ao flm. Os defensoresdessa tese lembram, como exemplos de políticos quenâo tém mais condições para retornar às legendas deorigem, o do Senador Nelson Carneiro IPMDB-RJ) e odo Deputado Magalhães Pinto (PP-MG).

Alguns fatos isolados concorreram para a mudançade estratégia do Palácio do Planalto. O mais importan-

Rogério Coelho Netote deles foi uma análise ampla das dificuldades que oPMDB terá para reajustar suas bases regionais e muni-clpais, depois de efetivada a incorporação, redlvidlndoespaços entre velhos e novos hóspedes. Essa análiseem forma de relatório, é creditada por algumas fontesao presidente do Senado, Jarbas Passarinho e poroutras ao Governador Paulo Maluf. O trabalho, queImpressionou bastante o Governo, salienta que, até aconclusão de uma penosa etapa de reorganização inter-na, o PMDB não terá condições de pensar em campa-nha eleitoral, o que beneficiará o PDS e os pequenosPartidos oposicionistas.

Do ponto de vlsta legal, a Incorporação foi conside-rada, ao mesmo tempo, pelo Palácio do Planalto,depois de exaustivas consultas a Intérpretes do DireitoEleitoral, como um ato Jurídico perfeito e acabado. OPP cumpriu à risca o ritual previsto na resolução 10785do TSE, de 15 de fevereiro de 1980, que regulamentou aorganização, o funcionamento e a extinçáo dos Par-tidos.

Num de seus dispositivos, essa resolução diz: "nocaso da incorporação caberá ao Partido que tiver ainiciativa de propô-la deliberar por maioria absoluta devotos, em convenção nacional, sobre a adoção doestatuto e do programa da outra agremiação". E que"concordando com aqueles" — o programa e o estatuto

do Partido lncorporador — deve, a seguir, em conven-çáo conjunta com o Partido ao qual está se Integrandoeleger um novo Diretório Nacional. O Partido Popularlimitou-se, como se vê, a adotar um simples procedi-mento legal. E quanto a Isto não cabe mais nenhumadiscussão.

Agora, a única salda para que a Incorporação sejasustada, é a da desistência da convenção nacionalconjunta pelas partes Interessadas. Essa hipótese é, noentanto, bastante remota, embora preocupe ao PP asdificuldades que o Deputado Ülysses Guimarães estáencontrando para convencer um terço dos 71 membrosdo Diretório Nacional do PMDB a abrir máo de suasvagas em favor dos aliados do Senador TancredoNeves.Ao abandonar uma posiçáo de franca hostilidade— e de constantes ameaças de represálias — paraadotar a de espectador privilegiado o Governo, nofundo, castiga o PP por uma decisão Impensada e

praticamente sem volta. Declsáo que embora perfeitanos seus aspectos Jurídicos, exibe falhas gritantes doponto de vlsta político, em Estados da expressão doRio de Janeiro, Minas e São Paulo.Rogério Cwlho N.lo _ Sub«_lto. da PolWco do JORNAL DO BRASIL.

RaízesNO

Clube da Aeronáutlcs, o PresidenteInvoca as raízes de 1964.Quais sáo essas raízes?A anamnésia torna-se urgente. Paraavivar a memória dos desmemortados.

Raízes, os movimentos sempre tèm. A dinâ-mica dos fatos os conduz, entretanto, ao terrenocircunstancial. Como as nuvens peregrinas.Tantos sáo os ventos que, ao longo de 18anos, sacodem as árvores que suas velhas raízesacabam abaladas.Pior ainda quando as raízes sáo indefinidas,sem Identidade precisa.Urge um trabalho ecológico, portanto, pararecompô-las.

O movimento de 1964 é súbito. Explode sempreparação prograrnâtica.

Magalhães Pinto, no Governo de Minas, otece com ousadia e coragem. Dols emissáriosseus, José Monteiro de Castro e Osvaldo Plcru-cetti, fazem-se milionários do ar. Com pés-de-láconseguem algum acesso aos altos comandos'Mas esbarrum sempre em prudônclas, que, comocaldo de galinha, náo fazem mal a ninguémAmaury Kruel, em Sâo Paulo, admite que ascoisas váo de mal a pior. Mas se diz amigo deJango e prefere tentar repô-lo no bom caminho.Ancora, no Rio, está mais preocupado com a suaasma. Não quer saber de bombas, salvo a que lhepermita respirar melhor. Ladário Teles, no RioGrande do Sul. está com o Presidente. Em Recl-fe. Justino faz intensa vida social. Os emissáriostrazem um dado importante: ninguém quer cor-rer o risco da iniciativa e do compromisso maspor outro lado, ninguém está disposto a dar a'vida pelo Rei. E a partir desse dado que se realizao casamento Magalhftes-Guedes, tendo OlímpioMouráo como possível celebrante.Guedes diz ao articulista que aguardara umfato novo, apto a traumatizar a Nação, para se

lançar à grande aventura. O fato novo 6 a reuniãode sargentos no Automóvel Clube, com o Presi-dente pronunciando Inflamado discurso, que me-xe nos brios da hierarquia militar. Mouráo, colhi-do de surpresa, está a passar a Semana Santa emOuro Preto. Guedes afirma que o encontra relu-tante, a querer cumprir o programa de festassacras que sua mulher tanto planejara. Ameaça-o, entáo, de assumir o comando da 4a RegiáoMilitar, se náo o encontrar no entroncamento darodovia de Ouro Preto com a BH—Rio. Encontra-o. E Mouráo preserva, assim, o seu comando.Ocorre, entáo. o passeio. Ninguém se opõe àgrande marcha mineira. Juntos e entendidos osdois Generais, em um só dia de campanha semresistências, chegam ao Ministério da GuerraMas, ali, o Almanaque, nfto as tropas, os mantémà distância.Costa e Silva é o número 1 do Almanaque. Eantigüidade é posto. Ora bolas, ninguém haviapensado no Almnnaque!Agora, todos sáo revolucionários. Até Petró-nlo Portela, o Indefectível languista da vésperaMinas ganha a batalha, que, como a deItararé, nâo houve. Mas perde a guerra

O Movimento ê levado ft porta errada. Vai aCh co Campos, o teórico fascista do Estado NovoDele. diria Milton Campos: "É o mais liberal dosliberais, quando está fora do poder InvocaNietzsche, para dizer que o centro é a posiçáo doff™ ao aproximar-se do poder. É direitista-totalitário, se o poder lhe sorri". Cabe a ChicoCiência, a maior cabeça do seu tempo e talvez detodos os tempos no Brasil, conceber o Ato Insti-tuclonal, elaborado para ser o unlco, mas que setoma o n° 1 de uma série.

Conceltuoso, logo propõe a legitimação do¦ ~_ £ revolução vitoriosa sc investe no exerci-Cio dp Poder Constituinte. Este se manifesta pelaelelçáo popular ou pela revolução. Esta è a formamais expressiva e mais radical do Poder Consti-

Darcy Bessonetuinte. Assim, a revolução vitoriosa, como opoder constituinte, se legitima por si mesma".

Mas, se se detlne como uma revolução, oMovimento, na própria justificação do Ato Insti-tuclonal, revela-se conservador: "Para demons-trar que nào pretendemos radicalizar o processorevolucionário, decidimos manter a Constituiçãode 1946, limitando-nos a modificá-la, apenas, naparte relativa aos Podêres do Presidente daRepublica, a fim de que este possa cumprir amissão de restaurar no Brasil a ordem econômicac financeira e tomar as urgentes medidas desti-nadas a drenar o bolsão comunista, cuia purulèn-cia já se havia infiltrado náo só na cúpula dogovemo como nas duas dependências adminis-trattvas Para reduzir ainda mais os plenos pode-res de que se acha investida a revolução vitorio-sa. resolvemos, Igualmente, manter o CongressoNacional, com as reservas relativas aos seuspodêres, constantes do presente Ato Instltu-cional",O Ato estabelece que "a eleição do Presiden-te e do Vice-Presidente da República, cujos man-datos terminarão em trinta e um (31) de janeirode 1966. será realizada pela maioria absoluta doCongresso Nacional" (art. 2°). Dispõe que. elemesmo, o Ato, vigorará ate 31 de Janeiro de 1966(art. 11).A nova ordem deixa-se marcar por gravecontradição interna: o poder se legitima porefeito do próprio fato da vitória militar e, nâoobstante, busca legitimação na eleição do Presi-dente pelo Congresso, representante do povo!Para se entender o dissídio, pode-se suspeitarde um conflito entre o teórico autocrático e a

pragmática aspiração de legitimidade, pelo votoindireto, dos vencedores, imbuídos da fé demo-crática.

A formaçáo profissional do militar náo oreveste da paciência e da tolerância, que sâoapanágio do comportamento democrático Sâo

preparados para o uso da força, contra as resis-tèncias.As raízes liberais de 1964 náo conseguiriamconviver com os embates do jogo político Aque-les mesmos que tanto se mostravam prevenidoscontra a radicalização, cedo resolvem usar otrator, náo a vassoura de Jânio ou o aspiradorpara a remoção dos entulhos janguistasEm 26 de outubro de 1965, apenas 18 mesesdepois do primeiro Ato Institucional, radicall-zam o processo, editando o AI-2 no qual decla-ram "suspensas as garantias constitucionais oulegais de vltalicledade. inamovlbllidade e establ-lidade, bem "como a do exercício em funçào portempo certo" (art. 14). Inauguram a era dascassaçòes: "No Interesse de preservar e consoil-dar a Revolução, o Presidente da Repúblicaouvido o Conselho de Segurança Nacional, e senias limitações previstas na Constituição, poderásuspender os direitos políticos de quaisquer cida-daos pelo prazo de dez (10) anos e cassar manda-tos legislativos federais, estaduais e municipais "As raízes liberais de 1964 estão mortas Apartir do AI-2, o poder toma-se absoluto Avoluntária autolimitaçâo de 9 de abril de 1964cede lugar ao arbítrio incontrastável.As velhas raízes náo poderiam gerar árvorese frutos idênticos aos que produziriam as de 1965

.. Ainda que as aparências possam suscitarduvidas, raízes novas sorrateiramente asfixiamas anteriores, com as quais nâo poderiam con-viver.

Em 24 de Janeiro de 1967, o Congresso Nacio-nal promulga uma nova Constituição, de cunholiberal, calcada na de 1948.\ Inaugura-se um novo ciclo. De normalidadeinstitucional, abolidos os mecanismos do arbí-trio.Conclui-se, assim, o processo do Movimentode 1964.

Em 13 de dezembro de 1968. o edifício consti-tuclonal, de 22 meses de Idade, recebe o AI-5como matéria explosiva, a causar-lhe a implosão'Um novo golpe ocorre.' Com outras raízes, Ainda uma vez, falta â formaçáo castrense avocação para as soluções IntermediáriasA Justificação do AI-5 é expressa. A Revolu-çao de 1964 se propôs a "dar ao País um regimeque atendendo ás exigências de um sistemaJurídico e politico, assegurasse autêntica ordemdemocrática, baseada na liberdade e no respeitoà dignidade da pessoa humana". Pessoas ougrupos anti-revolucionários trabalham tramame agem contra esse objetivo revolucionário. Masestá de pé o compromisso de preservá-lo PorIsso, só por isso, edita-se o AI-5Durante 10 anos, de 1968 a 1978. o Atoassegura o pleno funcionamento da autênticaOs Presidentes Médicl e Geisel esmeram-se emsua defesa. O primeiro, totalmente absorvidopela repressão, náo tem tempo para cassar nempara caçar, nem para se cocar. O segundo, tudo láreprimido, pode cassar à vontade. Diverte-se avaler.

Em certa altura, todos Já cassados, Oelselenteciia-se da autêntica. Pensa em algo novoConsidera que os adjetivos sáo importantes Re-solve substituir a autêntica pela relativa E paraque nào se diga oue a coisa é puramente seminti-ca. decide, complementarmente, suprimir o AI-5que nasceu como Irmáo siamès da autêntica Fá-lo dentro de um pacote. Agora, Jâ náo somosautênticos. Somos relativos. Ficamos Jubilosospois nos aproximamos de Einstein

Estamos vinculados, para honra e glória dopluripartldarismo....C"™ <™ 1968, começam a falar nas raízes de1964. Será que estáo pensando em autenticar-nos, novamente? Ou poderemos continuar rela-tivos?

Breve ciclo, todavia. Dorcy B*i_oni . p,<_l.„or do U. MG. od-ogodo, Mentor • polffla

Polônia: a segunda liçãoNUM

artigo anterior (A aula magna polonesa —JORNAL DO BRASIL. 19.10.1980) teci algumasconsiderações de caráter genérico em tomo darevolta popular polonesa, que chamei de "revolu-çáo branca de Gdansk". Disse, na ocasião, que faltavaperspectiva temporal suficiente para avaliar os resultadosDe fato, depois de uma aparente acalmla — em que narealidade, se preparava o golpe autoritário da cúpulacomunista — os acontecimentos preclpltaram-se No mo-mento em que escrevo estas linhas é, ainda, difícil prever odesfecho final e. desta vez, a perplexidade e a expectativanão sáo mais matizadas de otimismo, como um ano atrásembora, na época, tenha feito a ressalva de que "nâo sesabe em que medida essas conquistas (sindicatos livres edireito de greve) serão mantidas ou nào". Agora sào maio-res as apreensões, quando a revolução branca Jâ se tomouvermelha...

Os comentários atuais independem, contudo, do desen-lace do drama. Os fatos ocorridos Já estáo cheios designificado, proporcionando, tais como os do ano passadouma perspectiva melhor das realidades, em cotejo com asteses teóricas do marxismo (ou, para os ideólogos maissensíveis, marxlsmo-leninlsmo, ou marxlsmo-lenlnlsmo-stallnismo, e assim por diante, sem alterar a essência doproblema).Já nos comentários anteriores, além de alguns aspectosfactuals (a própria possibilidade de um movimento popularnum país comunista, a desilusão com os resultados dapolítica econômica planlflcada, a aparente passividade das—autoridades governamentais) apontava-se para três pontosque desafiavam attontrifia^Ednietrojuttnstataçâo de quenâo passava de uma ilusão a ldêlãdã supressão de iodas astensões sociais, uma vez abolido o capitalismo. Segundo apermanência das classes sociais num regime comunistacontrariamente ao dogma marxista. Terceiro, o conflitocriado pela planlflcação econômica centralizada através daimposição da escala de valores dos planificadores emoposição à do corpo social.Nada do que aconteceu desde agosto de 1980 Invalidaos três aspectos mencionados. Pelo contrário. A exacerba-çáo das tensões demonstraram a profundidade e autentlcl-dade do fenômeno, a despeito das premissas da teoriamarxista» Assiste-se a essa sltuaçáo, pelo menos estranha:o povo — o operariado que pressupostamente está no poder— rejeita um regime que, segundo o rigor do dogma, deviatrazer prosperidade, Justiça social e verdadeira liberdade.Em face desse comportamento contraditório, os deten-tores da "verdade absoluta", ao mesmo tempo detentoresdo poder, intervieram para colocar os fatos de acordo com odogma. Este deve ser salvo, embora as contradições, comose verá, se encontrem no seu bojo. Quanto aos fatos... "peor

para los hechos", como dizia o Inefável Sancho Pança.Essa Intervenção da força para restabelecer um modelorejeitado pelos próprios operários tem um significado mui-to mais grave do ponto de vlsta doutrinário. Coloca-se,mais uma vez, em confronto o dogma (a "religião" mar xis-ta, como táo bem a caracterizou o insuspeito Schumpeter) ea praxis. O dogma quer demonstrar a necessidade lnexorá-vel do advento do comunismo, mas, a despeito dessaevolução necessária, exalta-se a Importância da açáo daprática, para fazer acontecer os fatos que cientificamentedeveriam realizar-se por sl mesmos. Ê difícil conciliar asduas posições. (Aliás, o mesmo Schumpeter sublinhou essecaráter fugidio do marxismo que, numa pletora de Idéias eargumentos, encontra sempre as armas adequadas pararefutar uma tese ou sua contrária.!

A contradição dogma-práxls aparece desde a base. Aqueda do capitalismo é demonstrada, com rigor pretensa-mente cientifico, como uma fatalidade inevitável. Essaposição teórica devia conferir ao comunismo a força darevelação — uma revelaçáo ao mesmo tempo cientifica emística. Entretanto, náo é suficiente: é preciso agir ("prole-tários de todo o mundo, uni-vos"). Enquanto Marx queria,em primeiro lugar, conferir ao comunismo o prestigio dòrigor cientifico, Lenine, olhando mais para a praxis, fezprevalecer, desde o célebre programa de Zlmmerwald(1903), a necessidade de organizar um partido comunistaforte, sob disciplina militar, para efetivar a revolução, semesperar a evolução fatal (ou duvidosa?) pregada pelo mar-xlsmo.

Transcrevendo as idéias de Lenine, a História doPartido Comunista da Uniáo Soviética diz: "Náo seriapossível haver movimento revolucionário sólido sem umaorganização diretora estável e que assegure a continuidadedo trabalho". De fato, o próprio Marx havia afirmado muitoantes que "as Idéias nada podem realizar; para isso, épreciso ter homens que ponham a funcionar uma forçapública." Daí se vê que a ambigüidade náo resultou deacréscimos posteriores: ela existiu no próprio creator dodogma.

Assim, a tese na lnelutabllldade do comunismo é subs-tituida, na prática, pela tomada violenta do poder. No caso

Mircea Buescuem pauta, náo se deve esquecer que os regimes comunistasda Europa Oriental nâo resultaram de movimentos popula-res, e sim da imposição através da ocupação militar sovlê-tica.

Teoricamente, a supressão do capitalismo e a elimina-çáo das classes sociais levariam ao quadro idílico de umasociedade sem conflitos em que o Estado não Justificariamais sua existência. Escreve Engels em seu Anti-Dühring'"Não havendo mais uma classe social para manter náopressão, nada mais haverá a reprimir que tome necessárioo poder de repressão".

Na prática, as coisas sáo diferentes — e a lição polonesarepresenta um exemplo expressivo, sob nossos olhos Aambigüidade básica entre o advento "natural" do comunis-mo e a determinação de implantá-lo a todo custo apareceainda numa forma estilizada, no conceito da ditadura dòproletariado. Em 1852. numa carta dirigida a WeidemeverMarx definia o papel estratégico da ditadura do proletária-do dizendo que "a luta de classes conduz necessariamente áditadura do proletariado" e que "essa ditadura constituisomente o período de transição para a supressão de todasas classes e para uma sociedade sem classes".Mais tarde, em 1875, Engels, numa carta a Bebei, é maisclaro: "Quando o proletariado ainda necessita do Estadonâo é para a liberdade, mas para reprimir seus adversa-rios". Muitas dúvidas podem surgir ao cotejar-se estaultima frase com as palavras do Manifesto Comunista queenfatizavam que "o poder político é... o poder organizado deuma classe com vistas à opressão de outra".A ditadura do proletariado é apresentada inicialmentecomo um estágio de transição que deveria cessar com aImplantação do comunismo, mas, depois, jâ aparece comouma arma permanente. Afinal, quem decide quanto tempoduraria o período de transição? (Humptv Dumpty, o sisudoherói de Lewis Carroll, responderia: "O problema, apenas ésaber quem manda".)Isso subentende que a ditadura do proletariado —exercida através do partido comunista, órgão esclarecido eatuante do proletariado — serve para a Implantação emanutençáo de um regime que, sem ela, nâo poderiasobreviver. A idéia de fatalidade histórica, pregada pelomateriallsnío científico, ofusca-se atrás de uma realidadede luta, de conquista do poder. Será que náo se lê na mesmaHistória do Partido Comunista que, na véspera da coletlvl-zaçáo agrícola na URSS, agitadores foram enviados nazona rural "para levar a luta de classes ao campo" —

quando, de acordo com o dogma, a luta de classes seriafenômeno histórico, natural e Inevitável?Mas, enfim, ainda poder-se-la pensar que a luta étravada pelos proletários contra seus Inimigos. Logo ai-guém poderia lembrar as palavras de Lenine: "É preciso'utilizar provisoriamente os Instrumentos do poder do Esta-do contra os opressores, do mesmo modo que para asupressão da classe a ditadura provisória da classe oprimi-da é indispensável".Os acontecimentos da Polônia mostram que a realida-de política ê diferente. A máquina do poder lndubitavel-mente existe, dirigida pelo partido comunista. Náo comoum mecanismo transitório, mas comb uma garantia perma-nente do regime. Deve-se atentar para o fato de que toda apopulação de até 40 anos de idade — náo dlsponho dedados estatísticos, mas provavelmente pelo menos uns 60%da população total — toda essa população só conheceu naidade consciente o regime comunista. Uma geração inteiraou mais, nâo foi suficiente para ficar convencida dosméritos do regime, perpetuando-se, portanto, a permanen-te promessa do paraíso comunista.E nào é sô Isso. O aparelho do poder é mobilizado nâocontra eventuais vestígios reacionários, capitalistas mascontra os próprios operários que teoricamente exercem opoder. E Impossível, nestas condições, acreditar, ainda, naimagem seráflea do Estado comunista em que os sindicatosnào sào necessários como Instrumentos de defesa contra oGoverno, pois o Governo é dos operários. Ou que o exércitoé o povo, portanto nâo pode entrar em conflito consigomesmo. Contrariamente, as classes existem — a classeoperária e a classe dirigente, o partido. E os conflitos

persistem, resultando na aplicação da força pela classedirigente.A conclusão é bem diferente das premissas, demons-trando a existência, também dentro do mundo comunistadas "contradições" que o materiallsmo dialético Insiste emapontar no capitalismo. A realidade crua foi desvendada

por Milovan DJtlas ao afirmar que o dogmatlsmo de Marxfoi utilizado "com o objetivo de fortalecer o poder, Justificara tirania e violar a consciência humana". Seria válidoacrescentar que estes resultados nào representam umdesvio, uma distorção, mas fazem parte da própria essênciada doutrina.

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12 — INTERNACIONAL

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Haig confirma que vai aGenebra dia 26 de janeironegociar armas com URSS

Armando OuriqueWashington — O Secretário de Estado, Alexander

Haig, confirmou pela primeira vez que pretende com-parecer à reunião com o Chanceler soviético, AndreiGromiko — marcada para o dia 26 de janeiro emGenebra — e fez a primeira afirmação categórica deque os Estados Unidos retornarão às negociaçõescom a URSS sobre armas nucleares no próximo dia12;

O Governo Reagan vinha afirmando nas últimassemanas que, diante do envolvimento soviético na leimarcial da Polônia, a reunião dos Chanceleres dasduas grandes potências estava "sob revisão" e che-gou a ameaçar com a suspensão das negociações deGenebra.

ENTENDIMENTOSEm entrevista logo apôs a

partida do Chanceler (Chefedo Governo) alemão, HelmutSchmidt, Haig afirmou que es-ses assuntos haviam sido abor-dados em profundidade comos visitantes e, pela p.mielravez desde a decretação do es-tado de sitio na Polônia, con-firmou o seu encontro comGromiko c a continuação dasnegociações de Genebra. Aagência de noticias UPI. semmencionar fontes, concluiuque'essas decisões do Govemoamericano fazem parte dos en-tendlmentos entre o Presiden-te Ronald Reagan e o Chance-ler Helmut Schmidt.

Segundo o repórter Jim An-derson, da UPI, "parece que adeclsáo dos EUA de prossegui-rem com as conversações fazparte de um entendimento en-tre' 8chmldt e o PresidenteReagan sobre a crise da Polo-nla e sobre como lidar comela". A concessão feita peloChanceler alemão nesses en-tendlmentos teria sido a aflr-maçáo de que os soviéticos saoresponsáveis pelo estado de sl-tio na Polônia.

O Secretário Haig tambémafirmou, pela primeira vez, quenâo esperava que os países daEuropa Ocidental na reuniãode Chanceleres dn OTAN re-soivam adotar sanções contraa Uniáo Soviética. Disse queos europeus apenas deverãocompartilhar- de uma mesma"avaliação" sobre a situaçáopolonesa e usar "umn língua-gem multo clara a respeito daresponsabilidade soviética pe-los eventos na Polônia e sobreas obrigações da URSS em 11-dar com esses eventos".

Afirmou que o PresidenteReagan havia ficado "multosatisfeito" com os resultadosdas discussões com o Chance-ler alemão. Haig disse que osentendimentos entre os EUA ea Alemanha Ocidental tinhamdeixado claro que "o que esta-mos presenciando é um pro-fundo fracasso do sistema deGoverno no Oriente e náo umacrise no Ocidente",

O Secretário reconheceu, en-tretanto, que, apesar do me-lhor entendimento sobre a sl-tuação da Polônia e o envolvi-mento da Uniáo Soviética nadecretação do estado de sitio,os EUA e a Alemanha Ociden-tal ainda nâo estão de plenoacordo sobre as sanções que oPresidente Reagan decretou

unllatcralmente contra aUniáo Soviética. Disse que oslideres dos dois países "con-cordaram em manter Intensasconsultas bilaterais e coletivaspara lidar com as questões dassanções à URSS e à Polônia".GASODUTO

Uma das principais medidasadotadas pelo Govemo amerl-cano na semana passada foisuspender a exportação deequipamento para a constru-çâo de um gasoduto entre aSibéria e a Europa Ocidental.Haig reafirmou ontem que oGovemo Reagan mantém suaposição sustentada há váriosmeses de que a Europa Oci-dental deveria abandonar esseprojeto com os soviéticos. Noinicio dessa semana uma fonteamericana afirmou que os Es-tados Unidos iriam solicitaraos europeus que nào substi-tulssem a Caterpillar no fome-cimento do equipamento em-bargado, o que implicaria atra-sar a construção do gasoduto.

Haig disse ontem que os Go-vemos da Europa Ocidentalnáo tinham imposto qualquerobjeção às empresas privadasde seus paises que estào levan-do o projeto adiante. Masacrescentou que o GovemoReagan continua a realizarconsultas (com paises aliados)sobre a sua preocupação comesse gasoduto.

As exportações de produtosindustrializados da EuropaOcidental para a Uniáo Sovié-tica sào muito mais importan-tes para as economias dessepaises do que o comércio des-ses produtos entre os EUA e aURSS. Vários observadorestém levantado esse problemapara questionar a decisáo doGovemo Reagan de solicitar oembargo europeu de produtosindustrializados, enquantoque os Estados Unidos nàosuspenderam suas vendas decereais, que respondem pordois terços a três quartos dovalor das suas exportações pa-ra a Uniáo Soviética.

Haig, no entnnto, nâo des-cartou a possibilidade de osEstados Unidos virem a sus-pender as exportações de ce-reais se essa medida for neces-sária pelo desenrolar dos acon-tecimentos na Polônia. Disseque o Presidente Reagan nâoadotou a medida para nào sa-criticar de forma desigual umsetor da economia americana.

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COMUNICADOA Centrais Elétricas de Santa Ca-

tarina S/A. — CELESC, comunica aosinteressados que foi prorrogado paraas 11:30 (onze e trinta) horas do dia 18de janeiro de 1982, o vencimento daConcorrência Pública Básica n°025/81, referente a aquisição de "pos-

:„tes de concreto", para o Programa deObras da Distribuição da Companhia.

! As firmas interesadas em participar dapresente Licitação e que ainda nãosejam inscritas no Cadastro Geral deFornecedores da CELESC, deverãoapresentar até o dia 08 de janeiro de1982, a documentação completa, exi-gida para tal finalidade.

Florianópolis,29 de dezembro de 1981Aldo Bellarmino da Silva

Diretor Administrativo (P

GslescCentrais Elétricas de Santa Catarina S A.GABINETE DO VICE-GOVERNADOR

Galtieri decide aumentarparticipação de civisna administração pública

Rosehtal Calmon AlvesBuenos Aires — O Presidente Leopoldo Fortuna-to Galtieri está promovendo uma alteração impor-tante no esquema de poder que vinha sendo adotado

pelo regime Iniciado em março de 1976. Ele deuordens a todos os oficiais que exercem cargos deconfiança no Governo, principalmente em empresaspúblicas, para que renunciem, e os está substituindo,em grande parte, por civis.

Na realidade, a mudança do esquema de podercomeçou com o próprio Galtieri, que acumulou ocargo de Comandante do Exército com o de Presiden-te da República, ao contrário do que determinam osestatutos do regime militar. A situaçáo, porém, foiqualificada de excepcional e com duraçáo até o finaldeste ano, mas possivelmente será mantida até o finaldo mandato presidencial, em 1984. Assim, o Presiden-te náo flca subordinado à Junta Militar, mas faz partedesse órgão supremo do regime.

1° Caderno D quinta-feira, 7/1/88 D JOflNAJL DO BRASIL

DESASTRE

Uma das mais evidentespreocupações do novo Oover-no militar argentino é evitar osmales gerados pela difusão depodêres que se verificou du-rante a curta administraçãodo Presidente Roberto Viola(29 de março a 11 de dezembrode 1981), que teve divergênciascom a Junta. Além disso, Violaoptou, por exemplo, pela dlvi-sáo da área de economia emcinco diferentes Ministérios ccolocou em cada uma dessaspastas um representante seto-rial, o que foi considerado umdesastre administrativo.

Galtieri, além de unificar acondução econômica è dar car-ta branca ao Ministro Roberto

Alemann, começou a se preo-cupar também com o númerode militares que ocupam car-gos públicos no pais, especial-mente no comando de empre-sas estatais que o novo Gover-no deseja privatizar. Esses ofl-ciais, em geral, nâo aconselha-vam nunca a venda das empre-sas e sao apontados como en-traves Importantes entre osque Impediram amplas priva-tlzaçôes durante do GovemoVidela.

Havia ainda o problema deque os oficiais prestavam con-tas sobre a repartição ou em-presa pública que administra-vam ao Comandante de suaarma e nào ao Ministro ou aosuperior hierárquico dentro daburocracia civil.

Nova política externa éde aproximação com EUA

Buenos Aires (do Correspon-dente) — O Presidente Leopol-do Galtieri, o Chanceler Nica-nor Costa Méndez e o Ministroda Economia Roberto Ale-mann se reuniram ontem comtrês senadores norte-america-nos, que fazem um giro pelaAmérica Latina (o Brasil estáfora do itinerário), e lhes expli-caram que o novo Governo ar-gentlno está disposto a manteruma relação mais estreita comos Estados Unidos, afastando-se do chamado grupo terceiro-mtindiütn

Apesar da falta de informa-çôes oficiais a respeito, sabe-seque o Incondicional apoio ar-gentino â política americanana América Central acabousendo um dos temas mais lm-portantes dos primeiros conta-tos da missão parlamentarcom autoridades locais. Os Se-nadores Howard Baker Jr, 11-der da maioria republicana noSenado, Paul Laxalt, tambémrepublicano, e Emest Hollings,democrata, encerrarão hoje ánoite sua visita à Argentina.UMA NOVA ERA

A viagem dos três senadoresse estende também ao Pana-má. Peru, Chile e México, masna Argentina os visitantes pro-

Tempestadesmatam 95 naCalifórnia

Sáo Francisco — Pelo menos95 pessoas morreram duranteas tempestades, enchentes edeslizamentos de terra queafetam o Norte da Califórniadesde o último final de sema-na. A chuva deixou milharesde desabrigados e causou umprejuízo estimado em 100 ml-lhôes de dólares.

Outras regiões dos EstadosUnidos também foram afeta-das pelo mal tempo. As neva-das continuas ocasionaram ofechamento de escolas e docomércio em várias localida-des dos Estados de Oregon,Washington, Nevada, Utah eArizona. O Governador da Ca-Ufõrnia, Edmund Brown. de-clarou em estado de calamida-de pública seis regiões do Es-tado.

vavelmente encontraram umasituação especialmente inte-ressente. A recente mudançade Govemo, apôs a destituiçãodo General Roberto Viola, lm-plicou uma nova era nas rela-ções exteriores da Argentina,principalmente quanto aos la-ços que unem Washington aBuenos Aires.

O ex-Embaixador argentinoem Brasília, Oscar Camilión,imprimiu uma linha mais lnde-pendente ô Chancelaria du-rante a gestão do General Vio-la, mas isso desagradou a seto-res conservadores e das pró-pria Forças Armadas, queviam na ascensão do OovemoReagan a oportunidade de seacabarem definitivamente asdivergências entre os dois pai-ses criadas durante a adminis-tração Carter.

Agora, a visita dos Senado-res foi a primeira oportunlda-de para ratificar depois da pos-se o compromisso do novo Go-vemo com os Estados Unidos.E Justamente o contato é como setor onde se encontrammaiores resistências, pois nocongresso norte-americano asgraves denúncias sobre viola-çóes dos direitos humanos pe-lo regime militar argentinoainda causam sérios proble-mas pura Buenos Aires.

Gana terátribunaispopulares

Abidjan — O novo dirigentemilitar de Gana, Tenente Jer-ry Rawlings, disse ontem queseráo Instalados tribunais po-pulares para Julgar crimes co-metidos contra o Estado e con-tra o povo. Os tribunais seráoInstalados pelo Conselho Pro-vlsório de Defesa Nacionalcriado logo depois do golpemilitar que derrubou o Presi-dente Hllla Llmann no dia 31do mês passado.

O Vice-Presldente ganense.Joseph de Graft-Johnson, en-tregou-se ontem às autorida-des militares em um quartelperto de Acra, Capital de Ga-na. Llmann, que acreditava-se,estava sob prisão domiciliar,foi preso na segunda-feira emuitos de seus ministros seentregaram âs autoridades,que fizeram um apelo na rádiolocal nesse sentido.

Governo do Estado do Rio ds JaneiroSecretaria de Estado de Obras e Serviços PúblicosCompanhia de Eletricidade do Estadodo Rio de Janeiro — CERJ

Concorrência n° 01/DRO/81Edital — «uplamanto n° 2

A CERJ (orna público a nova data de abertura da concorrênciaacima, referente à contratação de serviços da leitura deconsumos registrados nos medidores de watt-hora. e entregade contas de consumo de energia elétrica nas correspondentesunidades consumidoras, ora alterada para 26/1/82. às 14 00horasOs documentos necessários à HABILITAÇÃO serão recebidosno mesmo dia e local, às 13 30 horas.O edital e quaisquer informações necessárias poderão serobtidos em sua sede — Rua Eduardo Luiz Gomes n° 124. sala120l,emNiferói. jp

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%*BANCO CENTRAL DO BRASIL

TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAISLETRAS DO TESOURO NACIONAL

O BANCO CENTRAL DO BRASIL faz saberàs instituições financeiras e ao público em geral•que se encontra à disposição dos interessados naAssociação Nacional das Instituições de MercadoAberto (ANDIMA), localizada na Rua da Alfân-dega n9 91, 3° andar, no Rio de Janeiro, e emseus Departamentos Regionais, nas demais pra-ças, o seguinte comunicado:COMUNICADO DEMOB n? 144, de 04.01.82:oferta pública semanal de LTN de 91 e 182 dias,no montante de Cr$ 60.000 milhõos, cujas pro-postas serão recebidas no dia 11/01, na forma enas condições ali estabelecidas.

Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 1982.DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES COM

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Brigadas ferem vice-diretorda polícia antiterror italiana

Roma — O segundo homem no comando daPolicia Antlterrorlsta Italiana (DIGO), em Roma,vice-diretor Nicola Simone, foi gravemente ferido atiros em sua residência por um comando terroristaAs Brigadas Vermelhas, segundo a policia, reivindica-ram a autoria do atentado, numa chamada telefônicapara o diário Glornale d'Italla, anunciando que dei-xaram um comunicado numa lata de lixo numa ruacentral de Roma.

Um terrorista, disfarçado de carteiro, bateu ôporta do apartamento de Simone, enquanto oscúmplices — três homens e duas mulheres — perma-neciam na entrada do edifício. O policial que seencontrava sozinho em casa, abriu a porta com umaarma na môo e parece ter chegado a ferir no braço oatacante ao tentar reagir. Simone foi baleado no rostoe no pescoço. Alguns terroristas deixaram o localandando e outros num carro Fiat.Em Florença, Itália, a policia libertou ontem aprofessora Donatella Tesl Mosca, 38 anos, mulher deum tabelião florentino e que se encontrava seqüestra-da há 54 dias. Ela foi encontrada acorrentada dentrode um saco de dormir, numa gruta na regiáo deflorestas da Toscana. Os seqüestradores tinham pedi-do 800 mll dólares (Cr$ 1 mllháo) de resgate.

n A,Çruta 'o' abandonada pelos captores de Dona-tella Mosca dois dias depois que a policia prendeutrês membros da quadrilha durante as negociaçõespara o resgate. Ela foi a primeira vítima de seqüestroachada e libertada na regiáo de Toscana, onde, nosúltimos dois anos, grupos de pastores sardenhos seapoderaram de 19 pessoas, e umas das 38 pessoasseqüestradas no ano passado em todo o pais 12 dasquais ainda se encontram cativas.

O ataque à prisão de máxima segurança em Rovi-go, que livrou quatro mulheres membros da organiza-çào terrorista de esquerda Primeira Linha, abrindo-lhes à bomba uma passagem na parede para a fugano domingo, provocou uma segunda morte. RenatoAlfonso, 60 anos, aposentado, que vivia numa casapróxima à parte da parede dinamitada, foi derrubadopelo deslocamento dc ar da explosão, sofreu umchoque e morreu de infarto cardíaco ontem. No aten-tado, morreu um transeunte, Ângelo Furlan, 64 anos.

Em Bilbao. Espanha, fontes policiais disseramque ainda nào tèm qualquer Indicio sobre o paradeirode Josef Llpperheide, 76 anos, Industrial e financistaum dos homens mais abastados da região que umcomando da ETA seqüestrou terça-feira.Fontes chegadas ao industrial disseram que suafamília náo tinha recebido ainda qualquer comunica-

çáo dos seqüestradores, e empregados domésticos daramilla informaram que aparentemente o levaram porn^' J?°rqUfL0 0bJft|yo era José Antônio Llpperheide,filho do ancião. O industrial, que é alemào, velo para aEspanha na década de 20, dirige mais de uma dezenade empresas. E viúvo, tem três filhas e um filho JoséAntônio, que lhe deu 17 netos.

Na Guatemala, uma religiosa, a lrmá Vlctoria dela Roca, foi seqüestrada ontem no povoado de Esqui-pulas, perto da fronteira com Honduras — Informa-ram autoridades eclesiásticas. O seqüestro segue aoocorrido na véspera, de dois sacerdotes — OerardoSnilderman. de nacionalidade belga, e Roberto Pare-des, na localidade dc Nueva Concepciôn.

Médico perde o péem explosão do IRA

Dublin — Uma bomba explodiu no motor do carrode James Donovan, chefe do Departamento de Medi-cina Forense da Polícia, amputando o pé esquerdo domédico, que está passando bem.O atentado náo foi reivindicado mas as autorida-des acreditam que foi uma açào do Exército Republl-cano Irlandês (IRAi, porque Donovan foi testemunhade acusação em vários julgamentos de guerrilheirosincluindo o de Thomas McMahon. condenado pelamorte do Conde de Mountbatten, primo da RainhaElizabeth II. assassinado em novembro de 1979 naexplosão de seu barco.

RepresáliaO Governo da República da Irlanda condenou oatentado em comunicado que afirma:— Nâo há dúvidas de que a açáo foi uma represa-Ua ao trabalho de Donovan que tem contribuído demaneira relevante para a soluçáo de muitos crimes.A policia prendeu o quinto dos oito Integrantes doIRA que fugiram de uma prisào de Belfast em junhoPaul McGee, 34 anos, foi preso em Tralle, condado deKerry, 200 quilômetros ao Sul de Dublin. No domingofoi capturado outro fugitivo, Gerard Sloan, 25 anos'detido na Capital da república irlandesa. Os outrostres foram presos na Irlanda do Norte.Uma rosa dourada que o Papa Joào Paulo II deude presente ao templo mariano de Knock. Irlanda doNorte, foi roubada ontem à noite, Monsenhor JamesHoran afirmou que a rosa, apesar de seu pouco valormaterial, tem um significado simbólico multo grandepara os católicos irlandeses.O Governo britânico anunciou a concessão deuma verba adicional de 91 milhões de libras (Cr$ 22bilhões 100 milhões) para minorar a grave crise econô-mlca da Irlanda do Norte que registra uma taxa dedesemprego de 17,7% — uma pessoa desempregadaem cada cinco. A média britânica é de 11,5%.

Terror seqüestra e matapadres na Guatemala

Guatemala — Os dois sacerdotes católicos se-questrados anteontem, Gerardo Shilderman, 31 anosde nacionalidade belga, e Roberto Paredes 28 anosda Guatemala, foram encontrados mortos numa es-trada da província de Esquintla.

Um sacristâo morreu ao reagir a cerca de 15nomens armados que invadiram a igreja de NuevaConcepciôn onde os religiosos foram seqüestrados, a75 quilômetros da Capital guatemalteca.

ExtremistasSegundo disse em Bruxelas um representante dacongreçao religiosa scheutista, provavelmente os se-questradores eram "extremistas de direita". Os sacer-dotes foram levados em dois carros que estacionaramdiante da igreja durante o ataque.Os quatro policiais que morreram ontem foram,segundo a policia, atacados na Capital da Guatemala

por guerrilheiros esquerdistas, que também Incendia-ram postos de gasolina e colocaram uma bombanuma delegacia policial, que foi desativada por pe-ritos. r *Desde 1978 nove religiosos foram assassinados naGuatemala, onde trabalham atualmente 37 padresscheutistas, a maioria belga. Desde o dia primeiro demaio de 1980 está desaparecido o sacerdote FelioinoConrado de la Cruz, que também pertencia a estacongregação religiosa. Outro scheutista, o Padre bel-

ga Walter Voodeckers, foi metralhado ano passadoem Santa Lúcia, na província de Esquintla.

ExpurgoO Chefe do Estado-Maior do Exército da Guate-mala, Benedito Lucas Garcia, anunciou ontem umaorensiva para "expurgar as bases de subversivos queperturbam os camponeses" ao longo das províncias

»&u. e e Huen"etenango, que fazem fronteira como México.Segundo as autoridades, uma mina instalada pe-los guerrilheiros explodiu segunda-feira sob um veícu-lo de transporte de tropas matando um soldado eferindo gravemente 15 na província de Chimaltenan-

go, 56 quilômetros a Oeste da Capital.

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O General James Dozier

Alarme falso anunciamorte do General Dozier

Roma, Verona, Itália, e Wa-shlngton — Várias chamadastelefônicas praticamente idèn-ticas chegaram ontem quasesimultaneamente a diversosJornais italianos anunciando,em nome das Brigadas Verme-lhas, a execução do "ianquesujo" General James Dozier.alto oficial da OTAN seques-trado em dezembro, e lnfor-mando o local onde teria sidodeixado o seu corpo, numa re-gláo da Itália Central e a Lestede Roma.

Ao fim do dia de ontem, ummembro da redação do jornalMattlno de Padua informou àagência France Presse que oComunicado n° 3 das BrigadasVermelhas — deixado naquelacidade simultaneamente como de Roma — afirma que o"interrogatório" do GeneralDozier "continua" no "tribu-nal proletário". O comunicadose compõe de 10 folhas — oexemplar encontrado por indi-cação do editor de II Glornaled'Italia em Rorrfa tem sete fo-lhas.

Previamente, outro avisoanônimo, á sucursal milanesado Jornal esquerdista 11 Mani-festo, disse que o corpo de Do-zler seria encontrado depoisdas I4h. Em principio a políciamilanesa achou que o avisoera falso. mas. em seguida aosoutros telefonemas — para LaRepubblica, II Glornale d'Ita-lia e II Messagero — a policia eos carablnelros iniciaram ln-tensas buscas na região indi-cada

CONTRADIÇÕES

À sucursal milanesa de LaRepubbiica o mensageiro anô-nimo das Brigadas Vermelhasdisse:

— Aqui as Brigadas Verme-lhas. Executamos o ianque su-jo General Dozier. Seu cadáveresta nos Abruzos (Itália Cen-trali, a 50km de Pescara, numacasa de campo entre as locali-dades de Popoli e Bussi, pertode uma fábrica da SociedadeMontedison (indústria quiml-ca). Um comunicado será dl-vulgado mais tarde.

Os telefonemas se referiamao General americano JamesLee Dozier, 50 anos, Subco-mandante das Forças Terres-tres da OTAN na Europa Meri-dional, seqüestrado a 17 de de-zembro em sua casa de Vero-na. no Norte da Itália, pelasBrigadas Vermelhas.

Mas houve detalhes contra-dltôrtos nos avisos suposta-mente dados pelas BrigadasVermelhas. Um disse que Do-zler foi deixado numa casa decampo, outro mencionou umcanal. Um terceiro — esse apolícia disse parecer genuíno— guiou um editor de II Gior-nale d'Italla até uma lata delixo, em Roma. onde se encon-trou um comunicado das BV,datado de ontem, o terceirodesde o seqüestro do General,apreendido pela policia, quenào revelou Imediatamenteseu conteúdo. Cópia do comu-nicado foi deixada simultânea-mente em Pádua, perto de Ve-rona, no Norte da Itália.

As autoridades lembraramque no passado as BrigadasVermelhas divulgaram mensa-gens dizendo que tinham ma-tado pessoas seqüestradas,quando na realidade a vitimacontinuava viva. Isso aconte-

ceu com o ex-Primeiro-Ministro e chefe da Democra-cia Cristã Aldo Moro. Bem an-tes de matá-lo — seu corpo foiencontrado em Roma a 9 demaio de 1978 — os brigadistasanunciaram sua execução e olocal onde teriam deixado ocorpo. Quando a policia reali-zava busca na regiáo Indicada,os terroristas anunciaram queele continuava vivo.

O General Dozier è a primei-ra vitima não Italiana das Bri-gadas Vermelhas, organizaçãode extrema esquerda fundadaem 1970. Dozier foi seqüestra-do por um grupo de brigadis-tas disfarçados de bombeiros.Eles entraram em seu aparta-mento, amarraram e amorda-çaram a mulher do militar, Ju-dlth. e o levaram num furgáo.Sô algumas horas mais tardeJudlth conseguiu fazer-se ou-vida e mobilizar o esquemapoliciai antlterrorlsta. Doisdias depois, num primeiro co-municado, as Brigadas Verme-lhas assumiram a responsabl-lidade do seqüestro.

Após Inúteis buscas e pro-longado silencio dos terroris-tas, as BV divulgaram o segun-do comunicado, anunciandoque começara o julgamento do"porco" da OTAN por um "tri-bunal proletário". E Juntaramao comunicado uma foto deDozier no "cárcere do povo".Depois de algumas hesitaçõessobre a autenticidade da foto,as autoridades aceitaram-nacomo autêntica, redobrandoinvestigações e buscas, comauxílio de especialistas ameri-canos em luta contra terro-rismo.INTERROGATÓRIO

Ontem, a policia italiana dis-tribuiu — anteriormente aossupostos avisos das BV — cin-co retratos falados de brigadis-tas que correspondem às des-crlçôes dos seqüestradores deDozier, feitos com base em in-formações de Judith Dozier ealguns vizinhos. Um funciona-rio americano informou emRoma que o seu Governo vaienviar mais agentes especiali-zados para ajudar a policia ita-liana no caso do General. Logodepois do seqüestro, pelo me-nos oito agentes americanosforam enviados à Itália.

Na versão recebida em Pâ-dua. as cinco primeiras folhasestào consagradas âs teoriasdas Brigadas Vermelhas, e asoutras à transcrição do inter-rogatório do refém. Segundo otexto de Pádua, Dozier estariafornecendo certos detalhes so-bre a organização das forçasda OTAN na Itália e citando osnomes dos funcionários Itália-nos que participam delas.

Uma parte do interrogatóriose refere ao treinamento dossoldados das forças aliadas, àguerra do Vietnam (onde Do-zler comandou sua primeiracampanha), e às razoes do fra-casso da tentativa de derrubaro regime castrista na operaçãoBaía dos Porcos, em abril de1961

Em Washington, o Ministé-rio da Defesa declarou às 23hGMT de ontem que ainda nãodispunha de qualquer elemen-to que permitisse confirmar oudesmentir as informaçõesacerca da execuçáo do Gene-ral James Lee Dozier pelas Bri-gadas Vermelhas.

Extremistas atacampoliciais no Peru

LIVROSÁBADO CADERNO BJORNAL DO BRASIL

Lima e Bogotá — Vários ex-tremlstas fortemente armadosatacaram na madrugada deontem o depósito de água po-tável de Lima, ferindo um poli-ciai e roubando armamento.As autoridades temiam que oatentado tivesse por objetivo oenvenenamento da ãgua, masos exames realizados em se-guida apresentaram resultadonegativo.

O depósito está situado emLa Atarjea. Noroeste da Capi-tal peruana, e ô permanente-mente vigiado por um destaca-mento da Guarda Republica-na (Policia Militar), cujas ar-mas foram roubadas pelos ex-tremlstas. A policia iniciouuma operação cie buscas, masapenas encontrou o carro utili-

zado pelos atacantes, prova-velmente membros da organi-zaçâo terrorista Sendero Lu-minoso, responsável por mui-tos atentados ocorridos ulti-mamente no Peru.

Em Bogotá, o Exército co-lombiano informou ter detidoElvencio Ruiz Gômez. impor-tante dirigente da organizaçãoguerrilheira 19 de Abril iM-19l.Com ele foram detidos outrosdirigentes qualificados dc ni-vel "médio" na organização.Ruiz Gômez, acusado de terassassinado um policial e feri-do outro, è casado com a mun-dialmente conhecida La Chi-qui. que negociou pelo M-19 alibertação dos reféns detidosna Embaixada dominicana emBogotá durante dois meses,ano passado

mm

13 — INTERNACIONAL D 2" Clichê

Haig confirma que vai aGenebra dia 26 de janeironegociar armas com URSS

A ratando OuriqueWashington — O Secretário de Estado, Alexander

Halg, confirmou pela primeira vez que pretende com-parecer à reunião com o Chanceler soviético, AndrelGromlko — marcada para o dia 26 de janeiro emGenebra — e fez a primeira afirmação categórica deque os Estados Unidos retornarão ifis negociaçõescom a URSS sobre armas nucleares no próximo dia12.

O Governo Reagan vinha afirmando nas últimassemanas que, diante do envolvimento soviético na lelmarcial da Polônia, a reunião dos Chanceleres dasduas grandes potências estava "sob revisão" e che-gou a ameaçar com a suspensão das negociações deGenebra.ENTENDIMENTOS

Em entrevista logo apôs apartida do Chanceler (Chefedo Qovcmo) alemão, Helmut8chmldt, Halg afirmou que es-ses assuntos haviam sido abor-dados em profundidade comos visitantes e, pela primeiravez desde a decretação do es-tado' de sitio na Polônia, con-Ormou o seu encontro comGromlko e a continuação dasnegociações de Genebra. Aagência de noticias UPI, semmencionar fontes, concluiuque essas decisões do Govemoamericano fazem porte dos en-lendimentos entre o Presiden-te Ronald Reagan e o Chance-ler Helmut Schmidt.

Segundo o repórter Jim An-derson, da UPI, "parece que adecisão dos EUA de prossegui-rem com as conversações fazparte de um entendimento en-tre . Schmidt e o PresidenteReagan sobre a crise da Polo-nla c sobre como lidar comela,',', A concessáo feita peloChanceler alemão nesses en-tendimentos teria sido a aflr-maçôo de que os soviéticos sãoresponsáveis pelo estado de si-tio na Polônia.

O Secretário Halg tambémaürmou, pela primeira vez, quenâo esperava que os países daEuropa Ocidental na reuniãode Chanceleres da OTAN re-solvam adotar sanções contraa União Soviética. Disse queos europeus apenas deverãocompartilhar de uma mesma"avaliação" sobre a situaçáopolonesa e usar "uma lingua-gem muito clara a respeito daresponsabilidade soviética pe-loseventos na Polônia e sobreas obrigações da URSS em 11-dar com esses eventos".

Afirmou que o PresidenteReagan havia ficado "multosatisfeito" com os resultadosdas discussões com o Chance-ler alemão. Haig disse que o.sentendimentos entre os EUA ea Alemanha Ocidental tinhamdeixado claro que "o que esta-mos presenciando é um pro-fundo fracasso do sistema deGoverno no Oriente e nâo umacrise no Ocidente".

O Secretário reconheceu, en-tretanto, que, apesar do me-lhor entendimento sobre a sl-tuação da Polônia e o envolvi-mento da União Soviética nadecretação do estado de sítio,os EUA e a Alemanha Ociden-tal ainda nâo estáo de plenoacordo sobre as sanções que oPresidente Reagan decretou

unilateralmente contra aUniáo Soviética. Disse que osUderes dos dois países "con-cordaram em manter intensasconsultas bilaterais e coletivaspaia lidar com as questões dassanções è UR88 e à Polônia".

GASODUTOUma das principais medidas

adotadas pelo Governo ameri-cano na semana passada foisuspender a exportação deequipamento para a constru-çâo de um gasoduto entre aSibéria e a Europa Ocidental.Halg reafirmou ontem que oGoverno Reagan mantém suaposição sustentada há váriosmeses de que a Europa Oci-dental deveria abandonar esseprojeto com os soviéticos. Noinicio dessa semana uma fonteamericana afirmou que os Es-tados Unidos Iriam solicitaraos europeus que nâo substi-tiussem a Caterpillar no fome-cimento do equipamento em-bargado, o que implicaria atra-sar a construção do gasoduto.

Halg disse ontem que os Go-vemos da Europa Ocidentalnào tinham imposto qualquerobjeção às empresas privadasde seus paises que estào levan-do o projeto adiante. Masacrescentou que o GovernoReagan continua a realizarconsultas (com países aliados)sobre a sua preocupação comesse gasoduto.

As exportações de produtosIndustrializados da EuropaOcidental para a Uniáo Sovié-tlca sáo multo mais importan-tes para as economias dessepaíses do que o comércio des-ses produtos entre os EUA e aURSS. Vários observadorestêm levantado esse problemapara questionar a decisão doGovemo Reagan de solicitar oembargo europeu de produtosindustrializados, enquantoque os Estados Unidos náosuspenderam suas vendas decereais, que respondem pordois terços a três quartos dovalor das suas exportações pa-ra a União Soviética.

Haig, no entanto, náo des-cartou a possibilidade de osEstados Unidos virem a sus-pender as exportações de ce-reais se essa medida for neces-sâria pelo desenrolar dos acon-teclmentos na Polônia. Disseque o Presidente Reagan nâoadotou a medida para nâo sa-crlflcar de forma desigual umsetor da economia americana.

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111SANTA CATAnWJA

GOVERNO JORGE BOPirJHAUSEIM

CO CADOA Centrais Elétricas de Santa Ca-

tarina S/A. — CELESC, comunica aosinteressados que foi prorrogado paraas 11:30 (onze e trinta) horas do dia 18de janeiro de 1982, o vencimento daConcorrência Pública Básica n°025/81, referente a aquisição de "pos-tes de concreto", para o Programa deObras da Distribuição da Companhia.As firmas interesadas em participar dapresente Licitação e que ainda nãosejam inscritas no Cadastro Geral deFornecedores da CELESC, deverãoapresentar até o dia 08 de janeiro de1982, a documentação completa, exi-gida para tal finalidade.

Florianópolis,29 de dezembro de 1981Aldo Bellarmino da Silva

Diretor Administrativo (P

íâ

GdescCentrais Elétricas dc Santa Catarina SA.

GABINETE DO VICE-GOVERNADOR

Galtieri decide aumentarparticipação de civisna administração pública

Rosental Calmou AlvesBuenos Aires — O Presidente Leopoldo Fortuna-to Galtieri está promovendo uma alteração impor-tante no esquema de poder que vinha sendo adotado

pelo regime iniciado em março de 1976. Ele deuordens a todos os oficiais que exercem cargos deconfiança no Governo, principalmente em empresaspúblicas, para que renunciem, e os está substituindoem grande parte, por civis.

Na realidade, a mudança do esquema de podercomeçou com o próprio Galtieri, que acumulou ocargo de Comandante do Exército com o de Presiden-te da República, ao contrário do que determinam osestatutos do regime militar. A situaçáo, porém, foiqualificada de excepcional e com duração até o flnaldeste ano, mas possivelmente será mantida até o flnaldo mandato presidencial, em 1984. Assim, o Presiden-te náo fica subordinado à Junta Militar, mas faz partedesse órgáo supremo do regime.

1" Caderno D quinta-feira, 7/1/88 D JORNAL DO BRASIL

DESASTRE

Uma das mais evidentespreocupações do novo Gover-no militar argentino é evitar osmales gerados pela difusão depodéres que se verificou du-rante a curta administraçãodo Presidente Roberto Viola(29 de março a 11 de dezembrode 1981), que teve divergênciascom a Junta. Além disso, Violaoptou, por exemplo, pela dlvi-sôo da área de economia emcinco diferentes Ministérios ecolocou em cada uma dessaspastas um representante seto-rial, o que foi considerado umdesastre administrativo.

Qaltleri, além de unificar acondução econômica e dar car-ta branca ao Ministro Roberto

Alemánn, começou a se preo-cupar também com o númerode militares que ocupam car-gos públicos no pais, especial-mente no comando de empre-sas estatais que o novo Gover-no deseja privatizar. Esses ofl-ciais, em geral, não aconselha-vam nunca a venda das empre-sas e são apontados como en-traves Importantes entre osque Impediram amplas priva-tlzaçôes durante do GovemoVidela.

Havia ainda o problema deque os oficiais prestavam con-tas sobre a repartlçôo ou em-presa pública que administra-vam ao Comandante de suaarma e não ao Ministro ou aosuperior hierárquico dentro daburocracia civil.

Nova política externa éde aproximação com EUA

Buenos Alres (do Correspon-dente) — O Presidente Leopol-do Oaltleri, o Chanceler Nica-nor Costa Méndez e o Ministroda Economia Roberto Ale-mann se reuniram ontem comtrês senadores norte-america-nos, que fazem um giro pelaAmérica Latina (o Brasil estáfora do Itinerário), e lhes expU-caram que o novo Govemo ar-gentlno está disposto a manteruma relação mais estreita comos Estados Unidos, afastando-se do chamado grupo terceiro-mundista

Apesar da falta de informa-çôes oficiais a respeito, sabe-seque o Incondicional apoio ar-gentlno à política americanana América Central acabousendo um dos temas mais im-portantes dos primeiros conta-tos da missão parlamentarcom autoridades locais. Os Se-nadores Howard Baker Jr, 11-der da maioria republicana noSenado. Paul Laxalt, tambémrepublicano, e Ernest Holllngs,democrata, encerrarão hoje íinoite sua visita à Argentina.

UMA NOVA ERAA viagem dos três senadores

se estende também ao Pana-má, Peru, Chile e México, masna ArgenUna os visitantes pro-vavelmente encontraram uma

situação especialmente Inte-ressante. A recente mudançade Govemo, após a destituiçãodo General Roberto Viola, lm-pücou uma nova era nas rela-çôes exteriores da Argentina,principalmente quanto aos la-ços que unem Washington aBuenos Alres.

PROTESTOBuenos Aires — O Govemo

Oaltleri deu a conhecer suaIrritação com o Govemo ltalla-no. através da Embaixada deRoma na Capital argentina,pela "Impressão negativa" quecausou uma matéria paga pu-bllcada nesta Capital, assina-da por autoridades e políticoseuropeus reclamando a situa-çáo dos desaparecidos, infor-mou ontem à noite uma fontedo Palácio San Martin.

A Chancelaria argentina no-tlflcou ao Encarregado de Ne-gôcios da Itália em Buenos Al-res, Marcello Rugirello, que apublicação foi considerada"uma intromissão externa emassuntos internos", agravadaprincipalmente porque entreos signatários do documentoencontra-se o Primeiro-Ministro italiano, GiovanniSpadollni, ainda que na quall-dade de presidente do PartidoRepublicano

Tempestades Gana terámatam 95 naCalifórnia

Sâo Francisco — Pelo menos95 pessoas morreram duranteas tempestades, enchentes edeslizamentos de terra queafetam o Norte da Califórniadesde o último flnal de sema-na. A chuva deixou milharesde desabrigados e causou umprejuízo estimado em 100 ml-lhôes de dólares.

Outras regiões dos EstadosUnidos também foram afeta-das pelo mal tempo. As neva-das contínuas ocasionaram ofechamento de escolas e docomércio em várias locallda-des dos Estados de Oregon,Washington, Nevada, Utah eArizona. O Governador da Ca-llfôrnia, Edmund Brown, de-clarou em estado de calamlda-de pública sets regiões do Es-tado.

tribunaispopulares

Abidjan — O novo dirigentemilitar de Gana. Tenente Jer-ry Rawlings, disse ontem queserão Instalados tribunais papulares para Julgar crimes co-metidos contra o Estado e con-tra o povo. Os tribunais seráoInstalados pelo Conselho Pro-vlsôrio de Defesa Nacionalcriado logo depois do golpemilitar que derrubou o Presl-dente Hllla Llmann no dta 31do mês passado.

O Vice-Presidente ganense,Joseph de Graft-Johnson, en-tregou-se ontem às autorida-des militares em um quartelperto de Acra, Capital de Ga-na. Llmann, que acreditava-se,estava sob prisão domiciliar,fot preso na segunda-feira emuitos de seus ministros seentregaram às autoridades,que fizeram um apelo na ràdlolocal nesse sentido.

Governo do Estado do Rio de JaneiroSecretaria de Estado de Obras e Serviços PúblicosCompanhia de Eletricidade do Estadodo Rio de Janeiro —- CERJ

Concorrência n° 01/DRO/81Edital — suplemento n° 2

A CERJ torna público a nova data de abertura da concorrênciaacima, referente à contratação de serviços de leitura deconsumos registrados nos medidores de watt-hora. e entregade contas de consumo de energia elétrica nas correspondentesunidades consumidoras, ora alterada para 26'1<82, às 14 00horas.Os documentos necessários à HABILITAÇÃO seráo recebidosno mesmo dia e local, às 13:30 horas.O edital e quaisquer informações necessárias poderão serobtidos em sua sede — Rua Eduardo Luiz Gomes n° 124, sala1201. em Niterói. (p

(_V |~, banco central do brasil

TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAISLETRAS DO TESOURO NACIONAL

O BANCO CENTRAL DO BRASIL faz saberàs instituições financeiras e ao público em geralque se encontra à disposição dos interessados naAssociação Nacional das Instituições de MercadoAberto (ANDIMA), localizada na Rua da Alfân-dega n9 91, 39 andar, no Rio de Janeiro, e emseus Departamentos Regionais, nas demais pra-ças, o seguinte comunicado:COMUNICADO DEMOB n? 144, de 04.01.82:oferta pública semanal de LTN de 91 e 182 dias,no montante de Cr$ 60.000 milhões, cujas pro-postas serão recebidas no dia 11/01, na forma enas condições ali estabelecidas.

Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 1982.DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES COM

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Brigadas ferem vice-diretorda polícia antiterror italiana

Roma — O segundo homem no comando daPolicia Antltcrrortsta Italiana (DIGO), em Roma,vlce-dtretor Nicola Simone, foi gravemente ferido atiros em sua residência por um comando terrorista.As Brigadas Vermelhas, segundo a policia, reivindica-ram a autoria do atentado, numa chamada telefônicapara o diário Glornale d'Italia, anunciando que dei-xaram um comunicado numa lata de lixo numa ruacentral de Roma.

Um terrorista, disfarçado de carteiro, bateu âporta do apartamento de Simone, enquanto oscúmplices — três homens e duas mulheres — perma-neclam na entrada do edifício. O policial, que seencontrava sozinho em casa, abriu a porta com umaarma na mâo e parece ter chegado a ferir no braço oatacante ao tentar reagir, Simone foi baleado no rostoe no pescoço. Alguns terroristas deixaram o localandando e outros num carro Fiat.

Em Florença, Itália, a policia libertou ontem aprofessora Donatella Tesl Mosca, 38 anos, mulher deum tabelião Dorentlno e que se encontrava seqüestra-da há 54 dias. Ela foi encontrada acorrentada dentrode um saco de dormir, numa gruta na reglfto deflorestas da Toscana. Os seqüestradores tinham pedi-do 800 mll dólares (Cr$ 1 mllháo) de resgate.

A gruta foi abandonada pelos captores de Dona-tella Mosca dois dias depois que a policia prendeutrês membros da quadrilha durante as negociaçõespara o resgate. Ela foi a primeira vitima de seqüestroachada e libertada na regiáo de Toscana, onde, nosúltimos dois anos, grupos de pastores sardenhos seapoderaram de 19 pessoas, e umas das 38 pessoasseqüestradas no ano passado em todo o país, 12 dasquais ainda se encontram cativas.• O ataque à prisão de máxima segurança em Rovl-go, que livrou quatro mulheres membros da organiza-ção terrorista de esquerda Primeira Linha, abrindo-lhes à bomba uma passagem na parede para a fuga,no domingo, provocou uma segunda morte. RenatoAlfonso, 60 anos, aposentado, que vivia numa casapróxima à parte da parede dinamitada, foi derrubadopelo deslocamento de ar da explosáo, sofreu umchoque e morreu de Infarto cardíaco ontem. No aten-tado, morreu um transeunte, Ângelo Furlan, 64 anos.

Em Bilbao, Espanha, fontes policiais disseramque ainda náo têm qualquer Indicio sobre o paradeirode Josef Llpperhelde, 76 anos, Industrial e financistaum dos homens mais abastados da regiáo, que urricomando da ETA seqüestrou terça-feira.

Fontes chegadas ao Industrial disseram que suafamília nào tinha recebido ainda qualquer comunica-çáo dos seqüestradores, e empregados domésticos daramilla Informaram que aparentemente o levaram porerro, porque o objetivo era José Antônio LlpperheldeOlho do ancião. O Industrial, que é alemão, velo para aEspanha na década de 20, dirige mais de uma dezenade empresas. E viúvo, tem três Olhas e um Olho JoséAntônio, que lhe deu 17 netos.

Em Nápoles, uma bomba explodiu ontem ã noitenas obras em construção de um edifício situado em frenteda vila onde mora o Almirante norte-americano Grower.Comandante da AFSE. Forças Aliadas do Sul da Europa.Segundo a policia, o atentado foi praticado por motivosde extorsão e não tem nada a ver com o oficia! que,recentemente, fez uma visita de solidariedade a família doGeneral Dozier.

Médico perde o péem explosão do IRA

Dublin — Uma bomba explodiu no motor do carrode James Donovan. chefe do Departamento de Medi-clna Forense da Polícia, amputando o pé esquerdo domédico, que está passando bem.

O atentado náo foi reivindicado mas as autorida-des acreditam que foi uma açào do Exército RepubU-cano Irlandês (IRA), porque Donovan foi testemunhade acusação em vários julgamentos de guerrilheiros,incluindo o de Thomás McMahon, condenado pelamorte do Conde de Mountbatten, primo da RainhaElizabeth n, assassinado em novembro de 1979 naexplosão de seu barco.

RepresáliaO Qoverno da República da Irlanda condenou o

atentado em comunicado que afirma:— Náo hã dúvidas de que a açáo foi uma represa-

lia ao trabalho de Donovan que tem contribuído demaneira relevante para a soluçáo de muitos crimes.

A polícia prendeu o quinto dos oito Integrantes doIRA que fugiram de uma prisão de Belfast em Junho.Paul McGee, 34 anos, foi preso em Tralle. condado deKerry, 200 quilômetros ao Sul de Dublin. No domingofoi capturado outro fugitivo, Gerard Sloan, 25 anos'detido na Capital da república Irlandesa. Os outrostrês foram presos na Irlanda do Norte.

Uma rosa dourada que o Papa Joáo Paulo n deude presente ao templo martano de Knock, Irlanda doNorte, foi roubada ontem á noite. Monsenhor JamesHoran afirmou que a rosa, apesar de seu pouco valormaterial, tem um significado simbólico multo grandepara os católicos Irlandeses.

O Governo britânico anunciou a concessão deuma verba adicional de 91 milhóes de libras (Cr$ 22bilhões 100 milhões) para minorar a grave crise econô-mlca da Irlanda do Norte que registra uma taxa dedesemprego de 17,7't — uma pessoa desempregadaem cada cinco. A média britânica é de 11,5%.

Terror seqüestra doispadres na Guatemala

Guatemala e Bruxelas — Dois sacerdotes católicosforam seqüestrados anteontem em Nueva Concepción, a75 quilômetros da Capital, por cerca de 15 homensarmados que invadiram a igreja local e mataram osacristâo que reagiu aos agressores.

As autoridades policiais desmentiram que os doiscorpos encontrados numa estrada perto de Nueva Con-cepción sejam dos padres desaparecidos, Gerardo Shll-derman, 31 anos, de nacionalidade belga, e RobertoParedes Caldcron, da Guatemala.

Extremistas

Segundo informes chegados ã Capital ontem ô noite,os corpos dos dois sacerdotes haviam sido encontradosnuma estrada bem perto de Nueva Concepción, poucashoras depois do seqüestro.

Em Bruxelas, um representante da congregação reli-glosa Scheutista afirmou que os seqüestradores dos doispadres eram provavelmente "extremistas de direita".

Também ontem, na Guatemala, a Irmà Vlctorla de laRoca foi seqüestrada no povoado de Esquipulas, perto dafronteira com Honduras, informaram autoridades ecle-slãsticas.

Os quatro policiais que morreram ontem foram,segundo a policia, atacados na Capital da Guatemalapor guerrilheiros esquerdistas, que também Incendia-ram postos de gasolina c colocaram uma bombanuma delegacia policial, que foi desativada por pe-ritos.

Desde 1978 nove religiosos foram assassinados naGuatemala, onde trabalham atualmente 37 padresscheutlstas, a maioria belga. Desde o dia primeiro demaio de 1980 está desaparecido o sacerdote FellolnoConrado de la Cruz, que também pertencia a estacongregação religiosa. Outro scheutista, o Padre bel-ga Walter Voodeckers, foi metralhado ano passadoem Santa Lúcia, na província de Esquintla.

ExpurgoO Chefe do Estado-Maior do Exército da Guate-

mala, Benedito Lucas Garcia, anunciou ontem umaofensiva para "expiugar as bases de subversivos queperturbam os camponeses" ao longo das provínciasde Qulche e Huehuetenango, que fazem fronteira como México.

Segundo as autoridades, uma mina instalada pe-los guerrilheiros explodiu segunda-feira sob um veicu-lo de transporte de tropas matando um soldado eferindo gravemente 15 na província de Chimaltenan-go. 56 quilômetros a Oeste da Capital.

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O General James Dozier

Alarme falso anunciamorte do General Dozier

Roma, Verona, Itália, e Wa-shlngton — Várias chamadastelefônicas praticamente idén-tlcas chegaram ontem quasesimultaneamente a diversosJornais Italianos anunciando,em nome das Brigadas Verme-lhas, a execução do "Ianquesujo" General James Dozier,alto oficial da OTAN seques-trado em dezembro, e Infor-mando o local onde teria sidodeixado o seu corpo, numa re-glão da Itália Central e a Lestede Roma.

Ao flm do dia de ontem, ummembro da redação do JornalMnttlno de Pâdua informou aagência France Presse que oComunicado n° 3 das BrigadasVermelhas — deixado naquelacidade simultaneamente como de Roma — afirma que o"interrogatório" do GeneralDozier "contínua" no "tribu-nal proletário". O comunicadose compõe de 10 folhas — oexemplar encontrado por Indi-cação do editor de II Glornaled'Italia em Roma tem sete fo-lhas.

Previamente, outro avisoanônimo, à sucursal mllanesado jornal esquerdista II Mani-festo, disse que o corpo de Do-zler seria encontrado depoisdas 14h. Em princípio a políciamllanesa achou que o avisoera falso. mas. em seguida aosoutros telefonemas — para LaRepubblica, II Glornale d'Ita-Ha e II Messagero — a policia eos carablnetros Iniciaram ln-tensas buscas na região tndl-cada

CONTRADIÇÕES

A sucursal milanesa de LaRepubblica o mensageiro anô-nimo das Brigadas Vermelhasdisse:

— Aqui as Brigadas Verme-lhas. Executamos o Ianque su-jo General Dozier. Seu cadáverestá nos Abnuos iltálla Cen-trai), a 50km de Pescara, numacasa de campo entre as locall-dades de Popoli e Bussi, pertode uma fábrica da SociedadeMontedlson (Indústria qulml-ca). Um comunicado será dt-vulgado mais tarde.

Os telefonemas se referiamao General americano JamesLee Dozier, 50 anos, Subco-mandante das Forças Terres-tres da OTAN na Europa Meri-dional, seqüestrado a 17 de de-zembro em sua casa de Vero-na, no Norte da Itália, pelasBrigadas Vermelhas.

Mas houve detalhes contra-dltôrios nos avisos suposta-mente dados pelas BrigadasVermelhas. Um disse que Do-zler foi deixado numa casa decampo, outro mencionou umcanal. Um terceiro — esse apolícia disse parecer genuíno— guiou um editor de II Gior-nale d'Italia até uma lata delixo, em Roma, onde se encon-trou um comunicado das BV,datado de ontem, o terceirodesde o seqüestro do General,apreendido pela policia, quenão revelou Imediatamenteseu conteúdo. Cópia do comu-nlcado foi deixada simultânea-mente em Pâdua, perto de Ve-rona, no Norte da Itália.

As autoridades lembraramque no passado as BrigadasVermelhas divulgaram mensa-gens dizendo que tinham ma-tado pessoas seqüestradas,quando na realidade a vltünacontinuava viva. Isso aconte-

ceu com o ex-Primeiro-Ministro e chefe da Democrs-cia Cristã Aldo Moro Bem an-tes de matá-lo — seu corpo foiencontrado em Roma a 9 demaio de 1978 — os brigadlstasanunciaram sua execução e olocal onde teriam deixado ocorpo. Quando a policia reall-zava busca na região Indicada,os terroristas anunciaram queele continuava vivo.

O General Dozier é a primei-ra vitima nào italiana das Bri-gadas Vermelhas, organizaçãode extrema esquerda fundadaem 1970. Dozier foi seqüestra-do por um grupo de brigadis-tas disfarçados de bombeiros.Eles entraram em seu aparta-mento, amarraram e amorda-çaram a mulher do militar, Ju-dith, e o levaram num (Urgâo.Só algumas horas mais tardeJudlth conseguiu fazer-se ou-vida e mobilizar o esquemapolicial antlterrorista. Doisdias depois, num primeiro co-municado, as Brigadas Verme-lhas assumiram a responsabi-Udade do seqüestro.

Após Inúteis buscas e pro-longado silêncio dos terroiis-tas, as BV divulgaram o segun-do comunicado, anunciandoque começara o Julgamento do"porco" da OTAN por um "tri-bunal- pr«4e-tári«::..E4un_aramao comunicado uma fotô""deDozier no "cárcere do povo".Depois de algumas hesitaçõessobre a autenticidade da foto.as autoridades aceitaram-nacomo autêntica, redobrandoInvestigações e buscas, comauxilio de especialistas ameri-canos em luta contra terro-rismo.INTERROGATÓRIO

Ontem, a polícia italiana dis-tribuiu — anteriormente aossupostos avisos das BV — cln-co retratos falados de brigadis-tas que correspondem âs des-criçòes dos seqüestradores deDozier, feitos com base em ln-formações de Judlth Dozier ealguns vizinhos. Um funciona-rio americano Informou emRoma que o seu Governo vaienviar mais agentes especial!-zados para ajudar a policia ita-liana no caso do General. Logodepois do seqüestro, pelo me-nos oito agentes americanosforam enviados à Itália.

Na versão recebida em Pã-dua, as cL".co primeiras folhasestào consagradas âs teoriasdas Brigadas Vermelhas, e asoutras à transcrição do Inter-rogatório do refém. Segundo otexto de Padua, Dozier estariafornecendo certos detalhes so-bre a organização das forçasda OTAN na Itália e citando osnomes dos funcionários Itália-nos que participam delas.

Uma parte do Interrogatóriose refere ao treinamento dossoldados das forças aliadas, àguerra do Vietnam (onde Do-zler comandou sua primeiracampanha), e às razoes do fra-casso da tentativa de derrubaro regime castrtsta na operaçãoBala dos Porcos, em abril de1961.

Em Washington, o Minlsté-rio da Defesa declarou ás 23hGMT de ontem que ainda nâodispunha de qualquer elemen-to que permitisse confirmar oudesmentir as informaçõesacerca da execução do Gene-ral James Lee Dozier pelas Bri-gadas Vermelhas.

Extpol

remistas atacamiciais no Peru

Uma e Bogotá — Vários ex-tremlstas fortemente armadosatacaram na madrugada deontem o depósito de água po-tável de Lima, ferindo um poli-ciai e roubando armamento.As autoridades temiam que oatentado tivesse por objetivo oenvenenamento da ãgua, masos exames realizados em se-gulda apresentaram resultadonegativo.

O depósito está situado emLa Atarjea, Noroeste da Capi-tal peruana, e é permanente-mente vigiado por um destaca-mento da Guarda Republica-na (Policia Militar), cujas ar-mas foram roubadas pelos ex-tremlstas. A policia iniciouuma operação de buscas, masapenas encontrou o carro utili-

zado pelos atacantes, prova-velmente membros da organi-zação terrorista Sendero Lu-mlnoso, responsável por mui-tos atentados ocorridos ultl-mamente no Peru.

Em Bogotá, o Exército co-lomblano Informou ter detidoElvenclo Ruiz aômez, Impor-tante dirigente da organizaçãoguerrilheira 19 de Abril (M-19).Com ele foram detidos outrosdirigentes qualificados de nl-vel "médio" na organização.Ruíz Gômez, acusado de terassassinado um policial e feri-do outro, é casado com a mun-dlalmente conhecida La CW.qul, que negociou pelo M-19 alibertação dos reféns detidosna Embaixada dominicana emBogotá durante dois meses,ano passado.

JORNAL PO BRASIL (J quinta-feira, 7 1.82 Ü 1" Caderno INTERNACIONAL — 13

URSS promete crédito para cobrir déficit da PolôniaJuan Carlos pedereflexão e lealdadeàs Forças Armadas

Juarez Bahia

Moscou — A ITnlflo Soviética anunciou que vai concederum crédito â Polônia, em condições favoráveis, para cobrir odéficit na balança comercial entre os dois países. A agendaTnw nôo deu detalhes sobre o acordo, que faz part»-doprotocolo comercial assinado durante visite da delegaçãopolonesa, chefiada pelo Ministro do Comércio, TadeuszNestorowlcz, a Moscou.

O Governo soviético emprestou a Varsóvia os 350 ml-lhões de dólares solicitados para saldar os Juros da divida,referentes ao quarto trimestre de 1981, devidos aos bancosocidentais. Uma alta fonte do Kremlin, citada pela FrancePress, disse que Moscou está disposto a pagar o preço parasustentar econômica e financeiramente o regime polonês eque Já realizou um "esforço particular" em divisas fortes.

Matérias-primasA agência Tass Informou que a Uniáo Soviética continua-

rá suprindo as necessidades polonesas de petróleo, gásnatural e matérias-primas. Fontes oficiais disseram que asexportações soviéticas â Polônia sáo cerca de 50% superioresâs Importações,

O protocolo, assinado pelo Ministro do Comércio soviéti-co. Ntkolal Patolichev, engloba vendas polonesas de ferra-mentes, veículos, máquinas agrícolas, equipamento paraIndustria química, máquinas para construção. Náo há refe-rência sobre as vendas de carvão, que caíram no ano passa-do, devido as greves na Polônia.

Fontes polonesas disseram que Nestorowlcz se encontra-rá hoje com o chefe do Comitê de Planejamento estatalsoviético, Nlkolal Balbakov. A ajuda soviética se dá atravésde. créditos e alimentos.

8ete bancos ocidentais, credores da Polônia, se reunirãohoje em Londres para debater a renegociação da divida¦estorna polonesa vencida em 1981. A discussão havia sidocancelada hft alguns dias, mas os banqueiros resolveramrealizá-la antecipadamente para dar a Varsóvia mais tempodfe'responder a suas obrigações.

. . Em Brasília, o Banco Central anunciou que a Polôniapagou parte da divida correspondente a 1981 — 19 milhões600 mil dólares — e forneceu outros 10 milhões de dólares nafóíma de carvão.

"Banho de sangue"

/" Moscou — A Unláo Soviética defendeu a Imposição da leimarcial na Polônia como medida necessária para "evitar umIjainho de sangue" planejado pelo Sindicato Solidariedade e.oiltros grupos dissidentes. O Pravda, ôrgfto oflcial do PC,cítósé que "por sua própria experiência da ocupação hitlcris-UC muitos poloneses comparam estas experiências com osatos dos fascistas".

O jornal disse que está sendo observada certa reação naeconomia polonesa, citando a produçáo da Indústria pesada,como a siderurgia, centrais elétricas e usinas de açúcar. Ocorrespondente do Travo» em Varsóvia informou que agrande preocupação da sociedade polonesa é descobrir oculpado pelo agravamento da economia do pais. Segundoele, as notícias demonstram que grupos destruidores, anti-socialistas, tiveram a liderança de pessoas contra-revolucionárias, sem princípios, sanguinárias e cruéis".

Campanha. Uma violenta campanha contra o Sindicato Solldarieda-

de foi lançada em Moscou, evidenciando o desejo do Krem-llm de que os dirigentes poloneses efetuem uma normaliza-çáo total em seu país, disseram fontes citadas pela agênciaFrance Press.

O fato mais significativo dessa campanha é que pelaprimeira vez o líder Walesa ê atacado pelo ôrgâo do Exércitosoviético Estreia Vermelha. O artigo o Inclui entre os mem-bros mais intransigentes do Sindicato, que preferia o con-fronto direto com o Estudo socialista."Os líderes do Solidariedade, que tentam agora aparecercomo defensores da democracia, estão sempre dispostos ausar métodos de terror e de violência física. Queriam liquidarpor todos os meios os dirigentes do Partido, os Juizes, ospromotores, os responsáveis pela segurança e suas famílias,sem distinção de sexo", disse o jornal.

Reagan quer embargototal aos soviéticos

Washington — O Presidente Ronald Reagan conversoucom o dirigente da mais importante Federação de QranJeirosdos Estados Unidos, Robert Deiano, sobre a possibilidade deimpor um embargo total no Intercâmbio comercial com aUnião Soviética. "Analisamos a questão do embargo total enâo só de grãos", declarou Deiano, "acrescentando que osgranjeiios nào se oporiam a isso desde que nâo sejam osúnicos a sofrerem as conseqüências da medida.

embargo total é considerado pelo Oovèrno americanoapenas como uma resposta à maior intervenção da UnláoSoviética na crise polonesa, acrescentou Deiano. Reaganlevantou em abril o embargo à venda de cereais a Moscou,que havia sido imposto pelo Presidente Jimmy Carter em

3.980 emjprotesto contra a intervenção soviética no Afegã-nistâo. — •—- ___

Governo põe Walesaem mansão de luxo'"' Copenhaguc — O líder do Sindicato Solidariedade, Lech

Walesa, esta confinado em uma "luxuosa mansão" e podereceber representantes da Igreja e parentes, afirmou o porta-voz do Governo militar polonês, Wieslaw Gornlcki, que estáem Copenhague participando da reunião do Conselho Mun-dial para a Paz.

Ele disse que Walesa recebe todos os dias a visita de seuconfessor e de familiares. Acrescentou que o Govemo esperaque ele logo volte a desempenhar suas fUnções de lídersindical "e exclusivamente de líder sindical".

. " Em Londres, fontes do Keston College, centro de pesqul-sas da prática religiosa nos paises do bloco soviético, afirma-rám que as autoridades polonesas teriam concordado emtransferir o lider sindical Lech Walesa para a custódia daIgreja desde que nenhum comunicado dele chegue ao exte-rior.

Disseram ainda que a mulher de Walesa, que está grávi-da, esteve com ele no dia de Natal e afirmou que o marido serecusa a negociar sem a presença do Arcebispo Josef Glempe de colegas do Solidariedade.

Em Paris, o jornal Le Matin informou que Walesa disseaos seus guardas em Varsóvia que "o Solidariedade nâoperderá esta batalha", conforme relato de um sacerdote queò visitou na prisão. O diário afirmou que Walesa é transferidoa cada dois ou très dias pois as autoridades temem que eleescape e unifique a resistência ao golpe.

_| Autoridades dissolvemUnião dos Estudantes

Moscou e Viena — As autoridades polonesas dissolverama União Independente de Estudantes qüe "prosseguia lnci-tendo à greve e divulgando mensagens clandestinas", anun-ciou a agência soviética Tass. Segundo a agência polonesaPAP, a Unláo estava "Inteiramente controlada por comunis-tas como Kuron, Michnik e Moczulski e mantinha relaçõescom os serviços especiais ocidentais", como o Centro deEmigração polonesa em Paris.

... "A Union Independente de Estudantes que dirigia suasatividades contra o sistema político polonês, continuavaintervindo contra a ordem pública apesar da decisão doConselho de Ministros de suspender suas atividades. Apesarda instauração do estado de sitio, a União náo deixou depublicar mensagens subversivas, imprimir e difundir panfle-tos", disse a Tass, cintando a agência PAP.

SolidariedadePorta-voz do Govemo militar polonês, Wieslaw Gomlckl,

disse em Copenhague que o Sindicato Solidariedade poderáretomar suas atividades na área sindical, desistindo daatuação como Partido político. Admitiu que o líder LechWalesa possa reassumir o cargo quando a lei marcial forrevogada.

Gornlcki criticou o Presidente Ronald Reagan pelo cortedas exportações de cereais à Polônia:

— Punir uma nação usando a arma dos alimentos, quenunca foi aplicada tâo duramente em qualquer outra partedo mundo, náo é compatível com as causas humanitárias.

A imprensa oflcial polonesa atribuiu o declínio na produ-çáo interna de alimentos aos problemas econômicos em gerale à falta de confiança na moeda. Agricultores com estoquesde cereais e porcos e bois prontos para o abate nâo estáoquerendo vender seus produtos ao Governo porque a moeda(zloty) se desvaloriza quase diariamente.

Um lider do Solidariedade, libertado de uma prisào. próxima a Gdansk. disse que as condições eram razoável-mente boas e que não soube de ninguém que tenha apanhadoou. sido torturado, segundo um despacho do The New YorkTimes.

'^^¦mn autoridades polonesas lançaram uma campanha comé «ojetlvo de dividir os trabalhadores e Intelectuais doSolidariedade. O principal negociador do Govemo, Mleczys-law Rakowski, acusou os Intelectuais de "jogadores políticos•de visào curta que empurraram os trabalhadores na direçãoda anarquia".

Relatório oflcial diz que o lidei Lech Walesa é "umnianonete dos intelectuais" e que as ameaças anti-socialistasJor parte do.s conselheiros do Sindicato estão rompendo omovimento trabalhista.

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Em Swiecko, a caminho de Varsóvia, William Waack, do JORNAL DO BRASIL, limpaa neve na janela do furgão com o qual entrou na Polônia e permaneceu cinco dias

Solidariedade está desmanteladoWilliam Waack

Varsóvia — Desanimados, os dirigentes do Solldarie-dade que escaparam da prisão e continuam na Polôniaacham que o slndlcatto levará meses, ou até anos, paraser reorganizado. A repressáo em Vãrsovla e outras gran-des cidades desmantelou as estruturas do sindicato, e asorganizações espontâneas que surgiram apôs o golpe náomantêm contatos entre sl e possuem reduzido grau deInfluência.

Por mais que isto me atinja, sou obrigado acumprimentar os órgãos de segurança pela perfeita açáoque desenvolveram — disse um ativista do Solidariedadeque foi preso logo no dia seguinte ao golpe, e libertado 32horas mais tarde. — Aqui em Varsóvia nâo sobrou real-mente ninguém de importância fora da cadeia. Só oZbigniew Bujak, líder de toda a região, conseguiu escaparda rede armada em Gdansk e sumiu. Comenta-se queestaria de novo perto de Varsóvia.

Na noite do golpeA causa principal para o esmagamento tào rápido do

sindicato foi o corte absoluto nas comunicações. Na noitedo golpe, telex e telefones deixaram de funcionar em todoo pais e levou multas horas ato que os escritórios regio-nais pudessem saber o que estava acontecendo. No diaseguinte, ativistas Isolados tentaram formar um sistemade comunicações e de agitação, sem coordenação central.

As máquinas impressoras e as de escrever foramdeixadas pelos policiais no escritório central do Solldarie-dade. e nós as transportamos para casas particulares ealguns porões espalhados pela cidade — diz o mesmoativista. — Foi com essas máquinas que fizemos osprimeiros panfletos.

Esse Informante do Solidariedade, um Jovem de 28anos que hâ muitos meses participava dos grupos deImplantação da autogestão nas fábricas, foi preso quandotentava distribuir panfletos na porta da Huta Warszwa-wa, uma siderúrgica de porte médio nos arredores daCapital.

Logo no primeiro dia. o primeiro turno de traba-lhadores entrou espontaneamente em greve e nós tenta-vamos organizar a comunicação de fábrica a fábrica, parater uma Idéia se tudo havia sido paralisado ou nâo. Eulevava em meu carro muitos panfletos e fiquei longotempo parado na porta da siderúrgica, assistindo à nego-clação entre um grupo de operários e um representanteda policia. Quando me retirei, fui seguido por um carroque logo adiante me obrigou a parar. Seus ocupantes melevaram para uma delegacia, onde fui Interrogado pormultas horas — disse o ativista.

Fui muito bem tratado pelos dois policiais ema!ütl__Um fazia o papel do bom e o outro do mau.AmeaçarânvnircóiírTiTtêHiiiinento num dos campos senâo assinasse um papel renunciando às atividades con-trárias ao regime. Recusei-me e assim mesmo fui solto,mas dtsseram-me que sofreria conseqüências multo sériasse voltasse a exercer qualquer tipo de atividade sindical.

Bases operáriasOs funcionários ou lideres que escaparam da repres-

sfto nào tiveram oportunidade até agora sequer de sentar-se e discutir os erros cometidos. Mesmo os poloneses seespantam com a rapidez e facilidade com que a políciadestruiu a estrutura do sindicato, argumento que vemservindo de "comprovação para a tese oflcial de que entreos funcionários do sindicato e suas bases operárias jâ naohavia tanto contato.

O fato central é que não dlspúnhamos de nenhumplano de ação clandestina. Só nas últimas semanas houvediscussões na comissão nacional visando a criação deuma direção suplente para o caso da prisão dos titulares,mas nunca se chegou a elaborar qualquer projeto concre-to. Além disso, ninguém contava com o ".olpe antes dadiscussão das leis de exceção no Parlamento. Achávamosque o Parlamento nào as aprovaria e al o Exércitolnterviria, por isso fomos surpreendidos dormindo emnossas camas — disse funcionário do sindicato.

Na hora da derrota, tem havido nos círculos lntelec-tuals ligados ao Solidariedade na Polônia amargas dis-cussões sobre responsabilidades ou culpas no processopolítico. Longe de ter servido para apagar as diferençasentre os diversos grupos políticos e facções no sindicato, ogolpe e a repressáo agravaram as divergências internas,Já observáveis desde outubro de 1980. Mesmo sem teremsido obrigados a isso pelas autoridades, alguns funciona-rios foram à rádio e televisão oficiais fazer autocrítica eculpar os antigos companheiros.

Ala radicalHá pelo menos uma entrevista desse tipo por dia nos

meios oficiais.Os remanescentes do que se poderia chamar de ala

radical do sindicato, em particular os adversários deLech Walesa, preferem colocar como momento decisivoda derrota do Solidariedade o mês de março de 1980.

Naquela ocasião, após o espancamento de alguns lideresregionais na cidade de Bydgoszcz. o sindicato promoveuuma greve geral de advertência de quatro horas deduração e programou uma paralisação nacional por tem-po Indefinido, que acabou sendo anulada, apôs um encon-tro entre Walesa e o Vlce-Prlmelro-Ministro Rakowski.

— Se tivéssemos feito aquela greve geral, náo teria-mos perdido o controle da situação — disse um ex-funcionário, atualmente semlclandestlno (evita dormirsempre no mesmo lugar, mas nâo tem documentosfalsos 1.

Os setores do sindicato ligados à Igreja Católicapraticamente adotaram a Interpretação oflcial e culpamos extremistas na direção do Solidariedade pela situaçãopolítica a que chegou a Polônin. Um Importante assessordo Primaz da Igreja Polonesa disse, na semana passada,em Varsóvia, que o Eplscopado nfto conseguiu afastar os"extremistas" em torno de Walesa e que essa foi aprincipal razão da perda de controle sobre a máquinasindical.

Vendo a tragédiaHá multo tempo estamos vendo a tragédia chegar.

Mas, que vamos fazer, se um par de extremistas, defen-dendo Interesses próprios, se enqulstaram no sindicato?— disse o assessor do Primaz.

Para os "radicais", ao contrário, foi Justamente o queconsideram como demasiada proximidade de Walesa emrelação à Igreja que teria prejudicado o movimentotrabaihador e retirado o impulso revolucionário das mas-sas operárias.

Basta ver quem consegue ter ainda contato comWalesa — diz um Intelectual da ala "radical" do Solldarie-dade. — É o Blsoo Dabrowski e o Padre Orzuiyk (porta-voz do esplscopadoi, ambos conhecidos conservadores eacomodados na cúpula eclesiástica, dispostos a cooperarcom o Governo de qualquer maneira.

Quanto ao próprio Walesa, as opiniões sâo multodivergentes em Varsóvia. A Igreja sabe onde se encontra emantóm contatos freqüentes com o presidente nacionaldo sindicato. Seu nome continua táo popular como antesentre os habitantes de Varsóvia, mas os membros doPartido acham que Walesa nâo tem o mesmo significadode antigamente e que se quiser colaborar, será melhorpara todas as partes.Se nào quiser, será esquecido — disse um membrodo Partido que dispõe de acesso às altas esferas. —Walesa é apenas um Instrumento e mais cedo ou maistarde, em contatos com a Igreja, chegará à conclusão deque o melhor para ele e para todos nós ê discutir. Mas,negociações como as que ocorreram antigamente náomais terão lugar. Esse tempo Já passou, e agora o Gover-no está em umn npslçftn rie força. •

Peso políticoO curioso a ser observado nas esferas de derrotados

do Solidariedade é que o Partido continua náo existindopara esses grupos. Era corriqueiro ouvir a expressão,antes do golpe, de que os comunistas náo tinham maispeso político e que ao sindicato bastaria buscar o Podernas ruas, se o quisesse. Mesmo depois da terrível expe-rièncla do golpe militar e do sistemático desmantelamen-to da organização, continua difundida a Idéia, entre osremanescentes do sindicato, de que o Partido "nàoexiste".

Ocorre que o Solidariedade era um movimentopopulista com uma retórica demagógica e uma avaliaçãofalsa da correlação de forças — diz o Informante doPartido. — Seu poder de contestação possuía três elemen-tos: o anticomunismo, o anti-sovletlsmo e o chauvinismo.Não vou negar que tudo isto realmente exista, mas queroapenas lembrar que nâo se pode flear falando em vãodurante tanto tempo e esperando o apoio emocional dapopulação. Chega o momento em que o suporte popularse esvai, e os lideres do Solidariedade náo perceberamisto a tempo — afirmou.

O braço clandestino do Solidariedade, através decomunicados e de informações passadas oralmente, negaqualquer possibilidade sequer de diálogo, quanto mais decompromisso, com o Governo. Contudo, há fortes corren-tes dentro da Igreja dispostas a reorganizar as áreas maismoderadas do Sindicato e formar uma nova agremiaçãode tipo democrata-cristâo, com competências reduzidas eralo de açào limitado.

Por enquanto, os ex-ativistas ainda não discutemalternativas futuras. Todo mundo escondeu sua plaqueti-nha do sindicato, sumiram das prateleiras nos aparta-mentos os livros e publicações do Solidariedade, foramapagadas as pichaçòes. as bandeiras enroladas e asfotografias ao lado de Walesa estáo escondidas.

— Nunca mais seremos o mesmo sindicato — dizdesanimado o ex-funcionário.William Waack, carraipondant» do JORNAL OO BRASIL .m Boon, ..i.v.cinco dlai do wmano paiiada na Polônia.

Usboa — O Rei Juan Carlospediu às Forças Armadas es-panholas reflexão, slncerida-de, compreensão e disciplina,ao presidir ontem no Paláciodo Oriente, em Madri, o atoflnal da Páscoa militar, festacom tradição de mais de 200anos. Ele exortou o Exército,Força Aérea e Marinha a seadaptarem ao processo detransformação da sociedaderespeitando a organização po-litica aprovada pelo povo econdenou as ações dese&tablll-zadoras e golpistas.

A celebração da Páscoa mlll-tar espanhola se iniciara terça-feira com atos nas sedes dosEstados Maiores das três Ar-mas, presididos pelo Mlnlst.roda Defesa, em que os coman-dantes das Forças Armadaspronunciaram discursos deconteúdo político. Juan Car-los, vestindo o uniforme de Co-mandante-em-Chefe conftater-nlzou e distribuiu condecora-çôes, fazendo perante os mlll-tares e o Presidente do Gover-no, Calvo Sotelo, uma profls-são de fé na legalidade consti-tucional e democrática.

ATAQUE E DEFESA

Esta foi a primeira vez que oRei se pronunciou publica-mente depois das conspira-çôes militares que visaram, co-mo o manifesto dos cem ofl-ciais e subofleiais de Madri,expressar solidariedade à ten-tatlva de golpe do dia 23 defevereiro do ano passado, che-fiada pelo Tenente-CoronelAntônio Tejero de Molina ecom a Implicação de váriosgenerais. Juan Carlos atacouos que querem lntoxlcar e de-sestablllzar o setor militar, as-sumiu algumas das principaispreocupações das Forças Ar-madas, pediu proteção paraelas e se defendeu-se de ver-soes mentirosas.

Disse esperar que a "verda-de brilhe", e numa alusão dire-ta ao próximo Julgamento darebelião de 23 de fevereiro ridl-cularizou as campanhas quevisam lmpllcâ-lo no fracassadogolpe. A extrema direita, atra-vês de sua imprensa e de pan-fletos. explora freqüentementedepoimentos prestados pelosGenerais Mllans dei Bosch eAlfonso Armada, implicadosno assalto ao Parlamento pe-los guardas-clvls sob a lideran-ça de Tejero Molina, que alu-dem a um "conhecimento pré-vio" do golpe pelo monarca.

O Presidente do Governo.Calvo Sotelo, Já havia sugeridoa Corte Marcial para julgar arebelião militar de fevereiro erecomendado a máxima ener-gia dos chefes militares na pu-niçào dos autores do Manifes-

Lei marcial dividePC e PS na França

Arlette ChabrolParis — Pela primeira vez desde as eleições de junho, os

dirigentes do Partido Socialista e do Partido Comunista váoencontrar-se, amanhã, para uma análise da política nacionale Internacional. Nos meios da Maioria há quem receie quesuas divergências de pontos-de-vista sobre a Polônia possamchegar a rupturas que poderiam pôr em jogo o equilíbriogovernamental.

Desde que em Varsóvia o General Jaruzelski decretou oestado de emergência e suspendeu as liberdades, a tensãosubiu em Paris entre socialistas e comunistas. Os parceirosgovernamentais reagiram de maneira bem diversa diantedesse acontecimento. Os socialistas franceses, consideradosmais duros do que a maioria de seus homólogos estrangeiros— como se viu por ocasião da reunião da InternacionalSocialista em Paris, no flm de dezembro — condenaram ogolpe de estado e manifestaram opiniões muito firmes emrelação a Varsóvia.

OS comunistas franceses, ao contrário de seus camaradasitalianos, por exemplo, recusaram-se a toda condenação.Definiram a Instauração do estado de emergência como "amelhor solução possível, em todo caso a menos má". GeorgesMarchais, em nome do PCF. nâo cessou de manifestar areserva: nenhuma ingerência nos assuntos internos da Polo-nia, o que iria prejudicar a população.

A Oposlçào nào perdeu a oportunidade para tentar abriruma brecha na coligação governamental e tais divergênciasde apreciação chegaram a perturbar a vida política nacional.E o Presidente François Mitterrand confidenciava a umpequeno grupo, terça-feira, que essa situação acabaria por se"constituir em fato político", quer se queira ou nào, e queseria necessário levá-lo em conta.

to dos Cem. Também o Mlnlso"tro da Defesa, Alberto OUaxt,, \havia dito que a'Inquietaçãomilitar decorre de ações pro-gramadas de uma minoria Ifí-""slgnlflcante das Forças Arma-...das. Ontem, o Rei, na sua qua-.Udade de Chefe de Estado e 'Comandante supremo, conde- anou com veemência as conapl- )rações e se Identificou com osentimento da maioria que^considera democrática.

O Rei Juan Carlos lembrai}.,,às representações mllitarei},„presentes no ato do Palácio doOriente a "Importante mis:''sào" que compete às Forçai^Armadas, assim com a necessl-dade de se Integrarem plena-mente e defenderem a organl-zação política que o povo espa- -nhol aprovou. Lembrou que é ~necessário que os componen-tes das Forças Armadas "se-Jam protegidos pela lei contraameaças, violências, ultrajesou difamações que tenham poi; .causa ou origem a sua condi-çâo ou atividade militar". ._, „

Numa expressão de identd-:-!.dade com o sentimento militarque se queixa de ocasionais.,ataques de facções políticas oude grupos sociais que insistemem caracterizar o conjunto das .Forças Armadas como fran-'-*qulstas e ditatoriais, o Rei"Juan Carlos chamou a atençãopara a "necessidade de o Esta- •do velar a todo o momento: >pelos interesses das Forças Ar-madas, seu prestígio e sua...fama". «••

O Rei denunciou as "campar 'nhas que se levantaram, ospanfletos distribuídos profusa-mente entre os militares, a pia- ,nlflcaçáo de versões dos acon-teclmentos com as quais sepretendeu lntoxlcar e deso-rientar as Forças Armadas,com a mentira como lema, a 'confusão como método e o ¦-confronto como objetivo". Foia primeira vez que Juan Carlos "fez a sua defesa em relação às 'versões do 23 de fevereiro, ma-nifestando "dor pelos lamenta-veis procedimentos que algunsutilizam" e afirmando confiarem que "a verdade brilhe porcima de tudo".

Juan Carlos encerrou seii,"'_,discurso na Páscoa militarcom uma exortação às ForçasArmadas em favor da discl-. ,plina. _. .„— Peço-vos que tenhaissempre presente que a dlsclpll-"'na verdadeira náo se limita à. 'gestos extremos, às expres-.'soes formuladas, às atitudesde superficial subordinação eacatamento, mas ao cumpri-.-. >mento fiel do papel que com-.,pete a cada um. com o sentidodo dever e o espírito de lealda- ,de às Instituições.

Divergência com Áustrialeva Israel a sustar açãode agência de imigração

Ocidente vai ajudarse houver reformas

Bonn — O Ministro das Relações Exteriores alemào, HansDletrich Genscher, afirmou que o Ocidente está disposto aconceder auxílio financeiro à Polônia se o Govemo daquelepaís retomar a política de reformas que realizava antes dogolpe militar."

— Pedimos à liderança polonesa que leve essa oferta asério e ponha em prática suas promessas de normalizar a vidada Nação.

Genscher chegou de Washington onde acompanhou oChanceler (Chefe de Govemo) Helmut Schmldt, que manteveconversações com o Presidente Reagan. Fontes govemamen-tais disseram que a oferta é um incentivo para que os militarespoloneses suspendam a le! marcial, libertem os sindicalistaspresos e reiniciem o diálogo com a Igreja e o Solidariedade, asprincipais reivindicações ocidentais expressas em documentoda CEE aprovado segunda-feira.

O Ministro afirmou que o comunicado conjunto Armadopor Reagan e Schmldt terça-feira provou que náo passam deespeculações as noticias sobre divergências entre os aliadosacerca da crise polonesa. Advertiu para nào se "fabricar"nenhuma crise de aliança ocidental a partir da "tragédia dopovo polonês."

Apesar das palavras de Genscher, Bonn discordou publi-camente mès passado da tese americana de que o Kremlininstigou o golpe militar. Terça-feira, no entanto, Reagan eSchmldt reconheceram a responsabilidade soviética na decre-taçào do estado de guerra na Polônia e expressaram preocupa-çào pela séria pressão russa sobre os esforços poloneses derenovação.

O documento foi interpretado por funcionários americanoscomo uma significativa mudança de posição da AlemanhaFederal, que foi multo criticada na imprensa americana porsua posição branda.

"'VTéSfiTeTlõmã"— "O'GBVeni0*deisra«i-s-üsij&ndêá.-;—as atividades da sua agência oficial de Viena quejjtrata da imigração dos judeus soviéticos em virtude 'de desavenças com as autoridades da Áustria. Segua-^do um porta-voz da agência, o Governo austríaco».,mudou um antigo acordo que dava à instituiçãq^,israelense o acesso exclusivo aos judeus soviéticos •<que chegavam a Viena. S£i

Por trás das divergências estão a recente queda,!do número de judeus que recebem permissão para.deixar a União Soviética e os desentendimentos com-*organizações americanas. Estas organizações são *.acusadas de serem responsáveis pelo fato de que 80%-'dos judeus que saíram da União Soviética nos úl(I£'"mos anos preferiram não ir paia Israel, seguindona^maior parte para os Estados Unidos.DIREITOS ram ontem uma greve de unT"

dia para protestar contra a pchíMAs organizações americanas UUca sal^al do Govomo. Por.-alegam que os emigrantes têm ta.vozes dos grevistas explica- <o direito de escolher seu destl- ram a paraUsaçáo foi pro-no flnal e afirmam que a redu- vocada ^ negaüVR do m.çáo do movimento migratório n^no de Finanças de aceitarse deve às tensões entre o Oci- a exigência de um pagamentodente e o Oriente. extra para cornpensar a aitaEm Israel, o Ministério da do cusco de vida no palsAgricultura anunciou que oGoverno concordou em pagar ° Ministro do Exterior israe-o equivalente a 262 milhões de lense, Yltzhak Shamlr, partiudólares às 730 famílias que de- para Roma, onde terá audlên-vem abandonar as colônias ju- cia com o Papa e renovarádalcas no Sinal. Os colonos antigo convite para que Joàq^deveráo retirar-se do local Paulo II visite a Terra Santa,,quando Israel devolver o Sinai O encontro de Shamlr com o-,ao Egito, em cumprimento ao Papa será amanha e ambos",acordo de paz entre os dois deverão conversar sobre duas^países. leis Israelenses que causaram

Cerca de 60 mil empregados grande polêmica: as que ane--"de todas as empresas e instl- xaram o setor árabe de Jerusa-1'tuiçôes estatais de Israel flze- lém e as Colinas de Golan. '

EUA aprovam verbapara força de paz

Cairo e Nova Iorque — OGovemo dos Estados Unidosconcordou em pagar 120 ml-lhões de dólares para financiarparte dos custos da força demanutenção de paz do Sinal,com 2 mil soldados e que co-meçarâ a atuar assim que Is-rael devolver a parte flnal da-quela região ao Egito, emabril. Os custos totais sobemeste ano a 200 milhões de dóla-res, ficando o Egito e Israel

Iraquevitórias

Beirute e Paris — O Iraqueassumiu o "controle total" dedois trechos do setor centralda frente de combate com o Iràao flm de dois dias de batalhasIntensas, Informou um porta-voz militar iraquiano. Confir-mou que nas batalhas para ocontrole das regiões de Sumare Gllan Ghard foram mortoscerca de 1 mil 600 Iranianos. OIrã nâo divulgou qualquer co-mentârio e náo foi possívelconfirmar as notícias do Ira-que através de fontes neutras.

responsáveis por 40 milhões dedólares cada um.

Em 1983, depois que as ins-.,talaçóes Iniciais Já estiveremconstruídas, o orçamento da,;força cairá para 100 milhões de,"dólares, e os très países contri-buirão com partes iguais,"'acrescentou um porta-voz do' 'Ministério do Exterior do Egi^-.to. Nove paises Jâ concorda*-ram em enviar contingentes,para a força de paz, entre eles oj»,Uruguai e a Ilhas FUI.

¦mê"

confirmasobre Irã

Em Paris, o líder guerrilhetrtfIraniano exilado, Massoud Ra-javt, afirmou que o regime doaiatolá Khomeiny executounos últimos seis meses mais de8 mil pessoas. O chefe do movi-mento guerrilheiro Mujahedlrrdisse também que os prislonelt;ros sào torturados no Irá, mui%tos deles tendo a lingua corta-da e os olhos arrancados antesde serem executados. Rajavffugiu para Paris em Julho d^,1981, com o deposto Presiden»"te Bani Sadr.

jJgggAL DO BRASIL D quinta-feira. 7/1/82 D 1" Caderno 2" CHohé D INTERNACIONAL — 13URSS promete crédito para cobrir déficit da PolôniaMoscou ~~ A Unláo 8ovlíticn anunciou mip vni r.nn,.n,w "*•¦_•¦:.«/i Soviética anunciou que vai conceder

i«c.r.icm^ à PoIônl«. P>n condições favoráveis, para cobrir oSUL? i18 balallCn comercial entre os dois países. Segundo ar, l?^dc Vnrs6vla' o acordo assinado ontem em Moscou ê deJl bilhões 800 milhões de dólares. Além de combustíveis ematérias-primas, Varsóvia receberá 3 bilhões 800 milhões emdinheiro.

O Governo soviético emprestou a Varsóvia os 350 ml-lhftes de dólares solicitados para saldar os Juros da dividareferentes ao quarto trimestre de 1981, devidos aos bancosocidentais. Uma alta fonte do Kremlin, citada pela FrancePress, disse que Moscou esta disposto a pagar o preço parasustentar econômica e financeiramente o regime polonês eque Já realizou um "esforço particular" em divisas fortes.

Matérias-primasA agência Tass informou que a União Soviética continua-

rá suprindo as necessidades polonesas de petróleo, gásnatural e matérias-primas. Fontes oflciais disseram que asexportações soviéticas ã Polônia são cerca de 50% superioresâs importações.

O protocolo, assinado pelo Ministro do Comércio soviéti-co, Nikolal Patollchev, engloba vendas polonesas de ferra-mentas, veiculos, máquinas agrícolas, equipamento paraIndústria química, máquinas para construção. Não há refe-rêncla sobre as vendas de carvão, que caíram no ano passa-do, devido as greves na Polônia.

Fontes polonesas disseram que Nestorowicz se encontra-rá hoje com o chefe do Comitê de Planejamento estatalsoviético, Nikolal Balbakov. A ajuda soviética se dá atravésde créditos e alimentos.' Sete bancos ocidentais, credores da Polônia, se reunirãohoje em Londres para debater a renegociação da dividaexterna polonesa vencida em 1081. A discussão havia sidocancelada há alguns dias, mas os banqueiros resolveramrealizá-la antecipadamente para dar a Varsóvia mais tempode responder a suas obrigações.

Em Brasília, o Banco Central anunciou que a Polôniapagou parte da divida correspondente a 1081 — 19 milhões600 mll dólares — e forneceu outros 10 milhões de dólares naforma de carvão.

"Banho dc sangue"«. ^Moscou — A União Soviética defendeu a imposição da leiiparclal na Polônia como medida necessária para "evitar umbanho de sangue" planejado pelo 81ndlcato Solidariedade eoutros grupos dissidentes. O Pravda, órgão oficial do PC,di$se que "por sua própria experiência da ocupação hltlerls-ta, muitos poloneses comparam estas experiências com osatos dos fascistas".

O Jornal disse que está sendo observada certa reação naeconomia polonesa, citando a produção da Industria pesaria,como a siderurgia, centrais elétricas e usinas de açúcar. Ocorrespondente do Pravda cm Varsóvia Informou que agrande preocupação da sociedade polonesa é descobrir oculpado pelo agravamento da economia do pais. Segundoele, as notícias demonstram que grupos destruidores, anti-socialistas, tiveram a liderança de pessoas contra-revolucionárias, sem princípios, sanguinárias e cruéis".

Uma violenta campanha contra o Sindicato Solldarieda-de foi lançada em Moscou, evidenciando o desejo do Krem-lim de que os dirigentes poloneses efetuem uma normaliza-¦ çâo total em seu pais, disseram fontes citadas pela agênciaFrance Press.

O fato mais significativo dessa campanha é que pelaprimeira vez o lider Walesa é atacado pelo ôrgâo do Exércitosoviético Estrela Vermelha. O artigo o Inclui entre os mem-bros mais intransigentes do Sindicato, que preferia o con-fronto direto com o Estado socialista."Os lideres do Solidariedade, que tentam agora aparecercomo defensores da democracia, estáo sempre dispostos ausar métodos de terror e de violência física. Queriam liquidarpor todos os meios os dirigentes do Partido, os Juizes, ospromotores, os responsáveis pela segurança e suas famílias,sem dlstlnçáo de sexo", disse o jornal.

Reagan quer embargototal aos soviéticos

'•'¦' Washington — O Presidente Ronald Reagan conversoucom o dirigente da mais Importante Federação de Qranjelrosdos Estados Unidos, Robert Delano, sobre a possibilidade deImpor um embargo total no Intercâmbio comercial com aUnião Soviética. "Analisamos a questáo do embargo total enâo só de grãos", declarou Delano, "acrescentando que osgranjelros não se oporiam a isso desde que náo sejam osúnicos a sofrerem as conseqüências da medida.

O embargo total é considerado pelo Ooverno americanoapenas como uma resposta à maior intervenção da UniãoSoviética na crise polonesa, acrescentou Delano. Reaganlevantou em abril o embargo à venda de cereais a Moscou,que havia sido Imposto pelo Presidente Jimmy Carter em1980, em protesto contra a Intervenção soviética no Afegã-nistáo.

Alexander HaigO Secretário de Estado. Alexander Haig, disse ontem queos Estados Unidos nào irão pressionar seus aliados para quese juntem a uma frente comum nas sanções econômicas

contra a União Soviética, acrescentando que o OovernoReagan já ficaria satisfeito com uma firme condenaçãoverbal do envolvimento soviético na Polônia. Os comentáriosde Haig marcam uma mudança de expectativa do Governoamericano, alertado após as conversações com o ChancelerHeimüt bcnmiaraã~Areiniffnha-Ocidentai, para os perigos deuma crise na aliança ocidental.

Governo põe Walesaem mansão de luxo

Copenhague — O líder do Sindicato Solidariedade. LechWalesa, está confinado em uma "luxuosa mansão" e podereceber representantes da Igreja e parentes, aflrmou o porta-voz do Governo militar polonês. Wieslaw Gornlckl, que estáem Copenhague participando da reunião do Conselho Mun-dial para a Paz.

Ele disse que Walesa recebe todos os dias a visita de seuconfessor e de familiares. Acrescentou que o Governo esperaque ele logo volte a desempenhar suas funções de lídersindical "e exclusivamente de líder sindical".

Em Londres, fontes do Keston College, centro de pesqul-sas da prática religiosa nos países do bloco soviético, afirma-ram que as autoridades polonesas teriam concordado emtransferir o Uder sindical Lech Walesa para a custódia daIgreja desde que nenhum comunicado dele chegue ao exte-rior.

Disseram ainda que a mulher de Walesa, que está grávt-da, esteve com ele no dia de Natal e aflrmou que o marido serecusa a negociar sem a presença do Arcebispo Josef Glempe de colegas do Solidariedade.

¦Autoridades dissolvemUnião dos Estudantes

Moscou e Viena — As autoridades polonesas dissolverama União Independente de Estudantes que "prosseguia lncl-tando à greve e divulgando mensagens clandestinas", anun-ciou a agência soviética Tass. Segundo a agência polonesaPAP, a União estava "Inteiramente controlada por comunis-tas como Kuron, Mlchnlk e Moczulskl e mantinha relaçõescom os serviços especiais ocidentais", como o Centro deEmigração polonesa em Paris.-' "A Union Independente de Estudantes que dirigia suasatividades contra o sistema político polonês, continuavaIntervindo contra a ordem pública apesar da decisão doConselho de Ministros de suspender suas atividades. Apesarda Instauração do estado de sítio, a União nào deixou depublicar mensagens.

SIO " Solidariedade,. i Porta-voz do Governo militar polonês, Wieslaw Gomickl,ciisse em Copenhague que o Sindicato Solidariedade poderáretomar suas atividades na área sindical, desistindo daatuação como Partido político. Admitiu que o líder LechWalesa possa reassumir o cargo quando a lei marcial forrevogada.

Gornlckl criticou o Presidente Ronald Reagan pelo cortedas exportações de cereais â Polônia:

— Punir uma naçáo usando a arma dos alimentos, quenunca foi aplicada táo duramente em qualquer outra partedo mundo, náo é compatível com as causas humanitárias.A Imprensa oficial polonesa atribuiu o declínio na produ-

çào interna de alimentos aos problemas econômicos em gerale â falta de confiança na moeda. Agricultores com estoquesde cereais e porcos e bois prontos para o abate nâo estãoquerendo vender seus produtos ao Govemo porque a moeda(zloty) se desvaloriza quase diariamente.

• • Um Uder do SoUdariedade, libertado de uma prisãopróxima a Gdansk, disse que as condições eram razoável-mente boas e que nào soube de ninguém que tenha apanhadoou sido torturado, segundo um despacho do The New YorkTimes.

As autoridades polonesas lançaram uma campanha com. d objetivo de dividir os trabalhadores e Intelectuais do3 SoUdariedade. O principal negociador do Governo, Mleczys-

làw Rakowski, acusou os intelectuais de "jogadores políticosde vlsâo curta que empurraram os trabalhadores na dlreçàoda anarquia".

Relatório oficial diz que o lider Lech Walesa é "ummarionete dos intelectuais" e que as ameaças anti-socialistaspor parte dos conselheiros do Sindicato estão rompendo omovimento trabalhista.

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Em Swiecko, a caminho de Varsóvia, William Waack, do JORNAL DO BRASIL, limpaa neve na janela do furgão com o qual entrou na Polônia e permaneceu cinco dias

Solidariedade está desmanteladoWilliam Waack

Varsóvia — Desanimados, os dirigentes do Solidarie-dade que escaparam da prisáo e continuam na Polôniaacham que o slndlcatto levará meses, ou até anos, paraser reorganizado. A repressão em Varsóvia e outras gran-des cidades desmantelou as estruturas do sindicato, e asorganizações espontâneas que surgiram apôs o golpe nàomantêm contatos entre si e possuem reduzido grau deinfluência.

-==¦. Por mais que isto me atlr^a, sou obrigado acumprimentar os órgãos de segurança pela perfeita açãoque desenvolveram — disse um ativista do SoUdariedadeque foi preso logo no dia seguinte ao golpe, e libertado 32horas mais tarde. — Aqui em Varsóvia não sobrou real-mente ninguém de Importância fora da cadeia. Sô o

; Zbignlew Bi^ak. líder de toda a região, conseguiu escaparda rede armada em Gdansk e sumiu. Comenta-se queestaria de novo perto de Varsóvia.Na noite do golpe

A causa principal para o esmagamento táo rápido dosindicato foi o corte absoluto nas comunicações. Na noitedo golpe, telex e telefones deixaram de funcionar em todoo pais e levou multas horas ate que os escritórios regio-nais pudessem saber o que estava acontecendo. No diaseguinte, ativistas Isolados tentaram formar um sistemade comunicações e de agitação, sem coordenação central.As máquinas Impressoras e as de escrever foramdeixadas pelos policiais no escritório central do 8olldarle-dade, e nôs as transportamos para casas particulares ealguns porões espalhados pela cidade — diz o mesmoativista. — Foi com essas máquinas que fizemos osprimeiros panfletos.

Esse informante do Solidariedade, um Jovem de 28anos que há muitos meses participava dos grupos deimplantação da autogestão nas fábricas, foi preso quandotentava distribuir panfletos na porta da Huta Warszwa-wa, uma siderúrgica de porte médio nos arredores daCapital.

Logo no primeiro dia, o primeiro turno de traba-lhadores entrou espontaneamente em greve e nôs tenta-vamos organizar a comunicação de fábrica a fábrica, parater uma Idéia se tudo havia sido paralisado ou náo. Eulevava em meu carro muitos panfletos e fiquei longotempo parado na poria da siderúrgica, assistindo â nego-ciação entre um grupo de operários e um representanteda policia. Quando me retirei, fui seguido por um carroque logo adiante me obrigou a parar. Beus ocupantes melevaram para uma delegacia, onde fui Interrogado pormultas horas — disse o ativista.

Fui multo bem tratado pelos dois policiais emcivil. Um fazia o papel do bom e o outro do mau.Ameaçaram-me com Internamente num dos campos senâo assinasse um papel renunciando às atividades con-trárias ao regime. Recusei-me e assim mesmo fül solto,mas disseram-me que softeria conseqüências multo sériasse voltasse a exercer qualquer tipoiiestlvldade-slndic-al*--

Bases operáriasOs funcionários ou Uderes que escaparam da repres-

sâo nào tiveram oportunidade ate agora sequer de sentar-se e discutir os erros cometidos. Mesmo os poloneses seespantam com a rapidez e facilidade com que a poUciadestruiu a estrutura do sindicato, argumento que vemservindo de "comprovação para a tese oficial de que entreos funcionários do sindicato e suas bases operárias Jâ nâohavia tanto contato.

O fato centrai é que nâo dlspúnhamos de nenhumplano de ação clandestina. 8ó nas últimas semanas houvediscussões na comissão nacional visando a criação deuma direção suplente para o caso da prisão dos titulares,mas nunca se chegou a elaborar qualquer projeto concre-to. Além disso, ninguém contava com o golpe antes dadiscussão das leis de exceção no Parlamento. Achávamosque o Parlamento nào as aprovaria e al o Exércitolnterviria, por Isso fomos surpreendidos dormindo emnossas camas — disse funcionário do sindicato.

Na hora da derrota, tem havido nos círculos lntelec-tuals Ugados ao SoUdariedade na Polônia amargas dis-cussões sobre responsabilidades ou culpas no processopoUtlco. Longe de ter servido para apagar as diferençasentre os diversos grupos políticos e facções no sindicato, ogolpe e a repressão agravaram as divergências internas,já observáveis desde outubro de 1980. Mesmo sem teremsido obrigados a Isso pelas autoridades, alguns funciona-rios foram à rádio e televisão oflciais fazer autocrítica eculpar os antigos companheiros.

Ala radicalHá pelo menos uma entrevista desse tipo por dia nos

meios oflciais.Os remanescentes do que se poderia chamar de ala

radical do sindicato, em particular os adversários deLech Walesa, preferem colocar como momento decisivoda derrota do Solidariedade o mês de março de 1080.

Lei marcial dividePC e PS na França

Arlette ChabrolParis — Pela primeira vez desde as eleições de Junho, osdirigentes do Partido Socialista e do Partido Comunista vàoencontrar-se, amanhã, para uma anáUse da política nacional

e Internacional. Nos meios da Maioria há quem receie quesuas divergências de pontos-de-vista sobre a Polônia possamchegar a rupturas que poderiam pôr em jogo o equilíbriogovernamental.

Desde que em Varsóvia o General Jaruzelski decretou oestado de emergência e suspendeu as Uberdades, a tensãosubiu em Paris entre socialistas e comunistas. Os parceirosgovernamentais reagiram de maneira bem diversa diantedesse acontecimento. Os sociaUstas franceses, consideradosmais duros do que a maioria de seus homólogos estrangeiros— como se viu por ocasião da reunião da InternacionalSocialista em Paris, no flm de dezembro — condenaram ogolpe de estado e manifestaram opiniões multo firmes emrelação a Varsóvia.

08 comunistas franceses, ao contrário de seus camaradasItaUanos, por exemplo, recusaram-se a toda condenação.Definiram a instauração do estado de emergência como "amelhor solução possível, em todo caso a menos má". GeorgesMarchais, em nome do PCF, nào cessou de manifestar areserva: nenhuma ingerência nos assuntos internos da Polo-nla, o que iria prejudicar a população.

A Oposição não perdeu a oportunidade para tentar abriruma brecha na coUgaçào governamental e tais divergênciasde apreciação chegaram a perturbar a vida política nacional.E o Presidente François Mitterrand confidenciava a umpequeno grupo, terça-feira, que essa situação acabaria por se"constituir em fato político", quer se queira ou nâo. e queseria necessário levá-lo em conta.

Naquela ocasiáo, após o espancamento de alguns lideresregionais na cidade de Bydgoszcz, o sindicato promoveuuma greve geral de advertência de quatro horas deduração e programou uma paralisação nacional por tem-po Indefinido, que acabou sendo anulada, apôs um encon-tro entre Walesa e o Vlce-Prtmelro-Mlnlstro Rakowski.Se tivéssemos feito aquela greve geral, não teria-mos perdido o controle da sltuaçáo — disse um ex-funcionário, atualmente semlclandestlno (evita dormirsempre no mesmo lugar, mas nâo tem documentosfalsos).

Os setores do sindicato Ugados à Igreja CatôUcapraticamente adotaram a Interpretação oficial e culpamos extremistas na direção do Solidariedade pela sltuaçáopolítica a que chegou a Polônia. Um Importante assessordo Primaz da Igreja Polonesa disse, na semana passada,em Varsóvia, que o Episcopado nâo conseguiu afastar os"extremistas" em torno de Walesa e que essa foi aprincipal razão da perda de controle sobre a máquinasindical.

Vendo a tragédiaHá multo tempo estamos vendo a tragédia chegar.

Mas, qüe vamos fazer, se um par de extremistas, defen-dendo interesses próprios, se enqulstar»m no sindicato?— disse o assessor do Primaz.Para os "radicais", ao contrário, foi Justamente o quecoasideram como demasiada proximidade- de Walesa emrelaçáo á Igreja que teria prejudicado o movimento

trabalhador e retirado o impulso revolucionário das mas-sas operárias.Basta ver quem consegue ter ainda contato com

Walesa — diz um intelectual da ala "radical" do SoUdarie-dade. — É o Blsoo Dabrowski e o Padre Orzulyk (porta-voz do esplscopado), ambos conhecidos conservadores eacomodados na cúpula eclesiástica, dispostos a cooperarcom o Governo de qualquer maneira.

Quanto ao próprio Walesa, as opiniões são multodivergentes em Varsóvia. A Igreja sabe onde se encontra emantóm contatos freqüentes com o presidente nacionaldo sindicato. Seu nome continua tao popular como antesentre os habitantes de Varsóvia, mas os membros doPartido acham que Walesa náo tem o mesmo significadode antigamente e que se quiser colaborar, será melhorpara todas as partes.8e não quiser, serã esquecido — disse um membrodo Partido que dispõe de acesso âs altas esferas. —Walesa ê apenas um Instrumento e mais cedo ou maistarde, em contatos com a Igreja, chegará à conclusão deque o melhor para ele e para todos nôs ê discutir. Mas,negociações como as que ocorreram antigamente nâomais terèo lugar. Esse tempo Jâ passou, e agora o Gover-no está em uma posição de força.

Peso político-!—-0-.cüric<sQ.a.ser J3Í>J5ervgílíL_nas esferas de derrotados

do SoUdariedade é que o Partido cc^ntlnua"n"áõ'"êxístinaõpara esses grupos. Era corriqueiro ouvir a expressão,antes do golpe, de que os comunistas nâo tinham maispeso poUtlco e que ao sindicato bastaria buscar o Podernas ruas, se o quisesse. Mesmo depois da terrível expe-riència do golpe mlUtar e do sistemático desmantelamen-to da organização, continua difundida a idéia, entre osremanescentes do sindicato, de que o Partido "náoexiste".

Ocorre que o Solidariedade era um movimentopopulista com uma retórica demagógica e uma avaUaçáofalsa da correlação de forças — diz o informante doPartido. — Seu poder de contestação possuía três elemen-tos: o anticomunismo, o antl-sovietlsmo e o chauvinismo.Nâo vou negar que tudo Isto realmente exista, mas queroapenas lembrar que nâo se pode flcar falando em vâodurante tanto tempo e esperando o apoio emocional dapopulação. Chega o momento em que o suporte popularse esvai, e os Uderes do SoUdariedade náo perceberamIsto a tempo — aflrmou.

O braço clandestino do Solidariedade, através decomunicados e de Informações passadas oralmente, negaqualquer posslblUdade sequer de diálogo, quanto mais decompromisso, com o Oovemo. Contudo, há fortes corren-tes dentro da Igreja dispostas a reorganizar as áreas maismoderadas do Sindicato e formar uma nova agremiaçãode tipo democrata-cristáo, com competências reduzidas eralo de ação limitado.

Por enquanto, os ex-atlvlstas ainda nào discutemalternativas futuras. Todo mundo escondeu sua plaqueti-nha do sindicato, sumiram das prateleiras nos aparta-mentos os Uvros e pubUcaçôes do SoUdariedade, foramapagadas as pichaçôes, as bandeiras enroladas e asfotografias ao lado de Walesa estáo escondidas.

Nunca mais seremos o mesmo sindicato — dizdesanimado o ex-funcionário.William Waack, cort.ipond.nl. do JORNAL DO BRASIL .m Boon, tit.v.cinco dioi da «mana postada na Polônio

Ocidente vai ajudarse houver reformas

Bonn — O Ministro das Relações Exteriores alemão, HansDletrich Genscher, aflrmou que o Ocidente está disposto aconceder auxlUo financeiro à Polônia se o Governo daquelepaís retomar a politica de reformas que realizava antes dogolpe mUitar.

— Pedimos à Udérança polonesa que leve essa oferta asério e ponha em prática suas promessas de normalizar a vidada Nação.

Genscher chegou de Washtngton onde acompanhou oChanceler (Chefe de Governo) Helmut Schmidt, que manteveconversações com o Presidente Reagan. Fontes governamen-tais disseram que a oferta é um Incentivo para que os miUtarespoloneses suspendam a lei marcial, Ubertem os sindicalistaspresos e reiniciem o diálogo com a Igreja e o SoUdariedade, asprincipais reivindicações ocidentais expressas em documentoda CEE aprovado segunda-feira.

O Ministro aflrmou que o comunicado conjunto Armadopor Reagan e Schmidt terça-feira provou que nào passam deespeculações as noticias sobre divergências entre os aliadosacerca da crise polonesa. Advertiu para nâo se "fabricar"nenhuma crise de aUança ocidental a partir da "tragédia dopovo polonês."

Apesar das palavras de Genscher, Bonn discordou pubU-camente mès passado da tese americana de que o KremUninstigou o golpe mlUtar. Terça-feira, no entanto, Reagan eSchmidt reconheceram s responsablUdade soviética na decre-taçâo do estado de guerra na Polônia e expressaram preocupa-çào pela séria pressão russa sobre os esforços poloneses derenovação.

O documento foi interpretado por funcionários americanoscomo uma significativa mudança de posição da AlemanhaFederal, que foi muito criticada na imprensa americana porsua posiçáo branda.

Juan Carlos pedereflexão e lealdadeàs Forças Armadas

Juarez BahiaJ..D

Lisboa — O Rei Juan Carioupediu às Forças Armadas es-panholas reflexão, sincerida-de, compreensão e disciplina,ao presidir ontem no Paláciodo Oriente, em Madri, o atofinal da Páscoa multar, festacom tradição de mais de 200anos. Ele exortou o Exército,Força Aérea e Marinha a seadaptarem ao processo detransformação da sociedaderespeitando a organização po-lltica aprovada pelo povo econdenou as ações desestablU-zadoras e golpistas.

A celebração da Páscoa mlU-tar espanhola se iniciara terça-feira com atos nas sedes dosEstados Maiores das três Ar-mas, presididos pelo Ministroda Defesa, em que os coman-dantes das Forças Armadaspronunciaram discursos deconteúdo poUtlco. Juan Car-los, vestindo o uniforme de Co-mandante-em-Chefe confrater-nlzou e distribuiu condecora-çôes, fazendo perante os mUl-tares e o Presidente do Gover-no, Calvo 8otelo, uma profis-sâo de fé na legaUdade consti-tuclonal e democrática.

ATAQUE E DEFESA

Esta foi a primeira vez que oRei se pronunciou publica-mente depois das conspira-çóes militares que visaram, co-mo o manifesto dos cem ofl-ciais e suboflclals de Madri,expressar SoUdariedade à ten-tativa de golpe do dia 23 defevereiro do ano passado, che-fiada pelo Tenente-CoronelAntônio Tejero de Molina ecom a Implicação de váriosgenerais. Juan Carlos atacouos que querem lntoxlcar e de-sestablUzar o setor multar, as-sumiu algumas das principaispreocupações das Forças Ar-madas, pediu proteção paraelas e se defendeu-se de ver-soes mentirosas.

Disse esperar que a "verda-de brilhe", e numa alusão dire-ta ao próximo Julgamento darebeUão de 23 de fevereiro ridi-cularizou as campanhas quevisam Impllcâ-lo no fracassadogolpe. A extrema direita, atra-vés de sua Imprensa e de pan-fletos, explora freqüentementedepoimentos prestados pelosGenerais Mllans dei Bosch eAlfonso Armada, Implicadosno assalto ao Parlamento pe-los guardas-clvis sob a lideran-ça de Tejero Molina, que alu-dem a um "conhecimento pré-vio" do golpe pelo monarca.

O Presidente do Oovemo,Calvo Sotelo, Jâ havia sugeridoa Corte Marcial para Julgar arebeUão militar de fevereiro erecomendado a máxima ener-gia dos chefes miUtares na pu-nlçâo dos autores do Manifes-

to dos Cem. Também o Mining;tro da Defesa, Alberto OUart,havia dito que a InquietaçãomlUtar decorre de ações pto-'-*"'gramadas de uma minoria Iní™-'significonte das Forças Arrna..das. Ontem, o Rei, na sua quti .Udade de Chefe de Estado e.Comandante supremo, conde-'nou com veemência as consni-rações e se identificou com o"sentimento da maioria queconsidera democrática,

O Rei Juan Carlos lembrouâs representações miUtares -presentes no ato do Palácio do-Oriente a "Importante mis--sâo" que compete às Forças,,,Armadas, assim com a necessl-ndade de se integrarem plen^--mente e defenderem a orgaoJri.zaçâo poUtica que o povo espa-i,nhol aprovou. Lembrou que é ,necessário que os componen-tes das Forças Armadas "s?:""Jam protegidos pela lei contraameaças, violências, ultraje»ou difamações que tenham por ¦causa ou origem a sua condi-.çâo ou atividade mlUtar".

Numa expressão de identl-dade com o sentimento mUitarque se queixa de ocasionais1ataques de facções políticas oude grupos sociais que insistemem caracterizar o conjunto dasForças Armadas como fran-"quistos e ditatoriais, o ReiJuan Carlos chamou a atenção-para a "necessidade de o Esta-do velar a todo o momentopelos interesses das Forças Ar-*madas, seu prestígio e suafama".

O Rei denunciou as "campa-,,nhas que se levantaram, os"panfletos distribuídos profusa-"mente entre os miUtares, a piá-"nlficaçáo de versões dos acon-teclmentos com as quais sepretendeu lntoxlcar e deso-rientar as Forças Armadas,com a mentira como lema. aconfusão como método e oconfronto como objetivo". Foi.a primeira vez que Juan Carlosfez a sua defesa em relaçáo àsversões do 23 de fevereiro, ma-nlfestando "dor pelos lamenta-veis procedimentos que alguriS''utUlzam" e afirmando confiarem que "a verdade brilhe por 'cima de tudo".

Juan Carlos encerrou seudiscurso na Páscoa mUitarcom uma exortação às ForçasArmadas em favor da dlsci-,pUna. .ntr.— Peço-vos que tenhais"sempre presente que a dlsclpü-na verdadeira não se limitas*',gestos extremos, às expres-soes formuladas, às atitudesde superficial subordinação e.acatamento, mas ao cumpri-mento fiel do papel que com-pete a cada um, com o sentido,do dever e o espírito de lealda-de às instituições.

Divergência com Áustrialeva Israel a sustar ação üfde agência de imigração *

Viena e Roma — O Governo de Israel suspendeu-as atividades da sua agência oficial de Viena que»

-t]ata_da.imigraçÃ9„do.sJudeus soviéticos em virtude*".,de desavenças com as aüfôHHãaes^ÃusSãTsêpSSdo um porta-voz da agência, o Governo austríaco'mudou um antigo acordo que dava à instituição"israelense o acesso exclusivo aos judeus soviético'^que chegavam a Viena.

Por trás das divergências estão a recente quedfdo número de judeus que recebem permissão para"deixar a União Soviética e os desentendimentos corâjorganizações americanas. Estas organizações são"acusadas de serem responsáveis pelo fato de que 80%,dos judeus que saíram da União Soviética nos últi*'mos anos preferiram náo ir para Israel, seguindo-*•maior parte para os Estados Unidos.DIREITOS

As organizações americanasalegam que os emigrantes temo direito de escolher seu destl-no final e afirmam que a redu-ção do movimento migratóriose deve às tensões entre o Oci-dente e o Oriente.

Em Israel, o Ministério daAgricultura anunciou que oGoverno concordou em pagaro equivalente a 262 milhões dedólares às 730 famlUas que de-vem abandonar as colônias Ju-dalcas no Sinai. Os colonosdeverão reürar-se do localquando Israel devolver o Sinalao Egito, em cumprimento aoacordo de paz entre os doispaíses.

Cerca de 60 mU empregadosde todas as empresas e lnsti-tulçôes estatais de Israel flze-

ram ontem uma greve de uni'dia para protestar contra a po*ütica salarial do Govemo. Pop>:ta-vozes dos grevistas expUcaram que a paralisação foi pn*.vocada pela negativa do -MUnlstério de Finanças de aceitara exigência de um pagamentoextra para compensar a altado custo de vida no pais.

O Ministro do Exterior israe-lense. Yltzhak Shamlr, partiu

,para Roma, onde terá audièn-cia com o Papa e renovaAantigo convite para que JoãoPaulo II visite a Terra Santa.'O encontro de Shamir com li'Papa será amanhã e ambosdeverão conversar sobre duasleis Israelenses que causaramgrande polêmica: as que ane«xaram o setor árabe de Jerus*-lém e as CoUnas de Golan. ¦•u

Síria exige sançãocontra Tel Aviv

Nações Unidas — A Síriaexigiu ontem à noite, na se-gunda sessão do Conselho deSegurança sobre a anexaçãodas colinas de Golan (territó-rio sírio ocupado por Israel naGuerra dos Seis Dias em 1967),sanções contra Tel Aviv.

— Sanções e tão-somentesanções sáo o único caminhopossível — declarou o delega-do sírio ao Conselho. Dia AUahEl Fattal, acrescentando que

seu pais reserva-se ao direiUjde. como reza a Carta da ONy.— recorrer à auto-defesa lndl-'vídual ou coletiva — contraIsrael.

Al Fattal, que tem a posslbj^lidade de receber um veto noWte-americano. pediu sançõescomo o rompimento de relS2ções diplomáticas e consularescom Israel, a paraUsaçào docomércio internacional e de to"da ajuda mUitar.

Iraque confirmavitórias sobre Irã

Beirute e Paris — O Iraqueassumiu o "controle total" dedois trechos do setor centralda frente de combate com o Iraao flm de dois dias de batalhasIntensas, informou um porta-voz mlUtar iraquiano. Confir-mou que nas batalhas para ocontrole das regiões de Sumare Qilan Ghard foram mortoscerca de 1 mll 600 Iranianos. OIrâ nào divulgou qualquer co-mentârio e nào foi possívelconfirmar as noticias do Ira-que através de fontes neutras.

Em Paris, o líder guerrilhei»iraniano exüado. Massoud Ra-javi, aflrmou que o regime <fc>aiatolá Khomelny executoynos ültimos seis meses mais de8 mü pessoas. O chefe do movi-mento guerrilheiro MujahedKídisse também que os prisionêí-ros sào torturados no Irã, mvâ-tos deles tendo a Ungua corS-da e os olhos arrancados antesde serem executados. P.ajãviftigiu para Paris em Julho de1981, com o deposto Presidi*-te Bani Sadr. •>-

14 — ECONOMIA

Informe Econômico

A estratégia

I.v ,\

k

A nacionalização do Projeto Jari,1 operação já aprovada por decisão pes-

soai do Presidente da República, incor-pora uma estratégia de desenvolvimentopara a região amazônica.

Isto é, a partir da nacionalização, o\:; Governo pretende transformar o Jari em•» exemplo de ocupação e desenvolvimento

do espaço amazônico.'¦'" Os Ministros Delfim Neto e Mário" Andreazza, que são os dois mais entu-siastas da nacionalização, trabalham so-bre um projeto denominado Pólo de'.' Desenvolvimento da Região do Jari, quedeverá ter um esquema especial paradefinir o apoio governamental — sobre-

... tudo no tocante à infra-estrutura — para'¦¦¦¦ sensibilizar os empresários nacionais aparticiparem do empreendimento.

Evitando riscos

A venda, por Cr$ 8 bilhões, doEdifício São Sebastião do Rio de Janei-

.. ro, pela Veplan ao Banco do Brasil¦>¦¦¦ resultou, nas condições de pagamento,II,. de um encontro de contas de tal modo

que, simultaneamente, ficou liquidado ofinanciamento que o Banco do Brasilhavia feito para a construção do prédio eoutras operações em moeda externa,

- num valor total de Cr$ 5 bilhões, contraí-dos pela Veplan junto ao BB.

Esse valor, no entanto, correspondem integralmente a parcelas que ainda iriamm vencer. O saldo restante de Çr$ 3 bilhões... representou uma entrada de caixa líquida

para a Veplan.A operação foi boa para o Banco do

Brasil, que adquiriu um prédio de altol nível, em condições de abrigar todas as'¦ suas instalações no Rio, inclusive a agên-

cia Cinelándia, com um desembolso de; caixa relativamente pequeno.

Para a Veplan, a operação tambémfoi importante por representar considera-vel entrada de caixa e permitir a liquida-ção antecipada de financiamentos emdólares, ou seja, a redução do seu riscoem moeda estrangeira.

Eureka

Dentro de 30 dias, o presidente da. Confederação Nacional da Indústria, Al-

bano Franco, entregará ao Presidente daRepública um amplo estudo para a dimi-nuição das taxas de juros.

O trabalho reúne as sugestões feitas| por todas as federações estaduais, é obje-

tivo e concreto e fará realmente com queas taxas declinem, garante AlbanoFranco.

Casuísmo econômico

O bom resultado da balança comer-ciai, com uma previsão de 1 bilhão 200milhões de dólares de superávit em 1981,já permitiu em dezembro mais um ca-suísmo econômico para se vencer nofront da inflação.

Necessitando conter a expansão mo-netária na faixa dos 70%, o Banco¦ Central não hesitou em suspender todosos repasses da Resolução 674 (financia-mentos à produção de manufaturadosexportáveis). Afinal, nenhuma operaçãobeneficiaria a balança comercial de 81,mas poderia provocar expansão monetá-ria capaz de reativar a inflação.

Mais privatizaçãoA Embramec, subsidiária do

BNDE, oficializa hoje a transferência àEquipetrol, Digicom e Howa, de açõesque estavam em seu controle. As novasempresas privatizadas são, respectiva-mente, dos ramos de equipamentos depetróleo, máquinas de controle numéricoe máquinas têxteis.

Em Brasília, o presidente da Mafer-sa, José Carlos Couto Viana, reconheceuontem que a privatização de sua empresacomo necessária à diversificação de sualinha de produção. A Mafersa desejaproduzir outros bens de capital, reduzin-do a concentração dos equipamentosferroviários em seu faturamento, paraevitar riscos de retração de encomendas.

Exemplo clássico

O Governador do Ceará, VirgílioTávora, pediu ontem ao Ministro dosTransportes, Eliseu Resende, Cr$ 3 bi-lhões 250 milhões para a execução deobras rodoviárias federais em seu estado.

Antes da reunião, porém, em con-versa com os jornalistas, Virgílio Távorarevelou que estava pedindo aquela cifra,"mas

ficaria muito satisfeito se recebesse,pelo menos, a metade .

v (CONOMKOO Banco da gente.

Déficit elevado obrigaráReagan a aumentar imposto

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1" Caderno D quinta-feira, 7/1/88 D JORNAL DO BRASIL

Washington — O Secretário norteamericano do Tesouro, Donald Regan, admi-tlu que o Presidente Reagan provavelmenteterá que elevar Impostos — em flagrantecontradição com a política econômica queprometeu executar — para evitar que o déflcltorçamentário do Governo ultrapasse os 100bilhões de dólares em 83 e 84.

O porta-voz da Casa Branca, Larry Spea-kes, disse que Reagan permanece contrário aaumento de Impostos — ele pôs em execuçãoInclusive uma reduçflo anual de 10% no Im-posto de Renda, ate completar 30% — masreconheceu que o Presidente deverá receberpropostas nesse sentido de seus assessoreseconômicos.

Promessa JuradaEmbora uma das principais metas de Rea-

gan fosse equilibrar o orçamento, para reduzirpressões lnflaclonárlas, o déficit do ano fiscalpassado, encerrado a 30 de setembro, foi de 68bilhões de dólares. Há previsões de que suba a109 bilhões no atual ano fiscal, 162 bilhões em83 e 182 bilhões em 1984—ano em que deveriacair para zero, segundo as promessas eleito-rais do entáo candidato republicano.

Mas as necessidades de recursos para fl-nanclar gastos do Oovemo se mostrarammulto acima da capacidade da equipe de

Reagan de cortar despesas supérfluas e osdênclts começaram a se acumular, com aagravante de obrigar o Oovemo a recorrer aomercado privado de crédito, pressionando astaxas de Juro.

Kaufman adverteUma queda de 17,22 pontos no índice ln-dustrial Dow Jones da Bolsa de Nova Iorquefoi o primeiro resultado da nova previsão doInfluente economista norte-americano HenryKauftnan, do banco de investimentos Saio-mon Brothers, sobre taxas de Juro: como dehôblto pessimista, ele antecipou níveis altosde Juros este ano, em função de uma pressãorecorde de crédito por parte do Governo dosEstados Unidos, para financiar elevados défi-cita orçamentários.Previu que o Governo federal será pres-

ponsável, por 30% da demanda global porcrédito e que o setor privado também presslo-nará fortemente o sistema financeiro, poisnáo será capaz de financiar suas necessidadescom recursos próprios. Apesar da aura pessl-mista, os experta em Kaufman Identificaramem suas previsões para 82 uma diferença emrelação às anteriores: ele nâo acredita emnovos recordes, o que manteria os 21,6% de háum ano atrás como o ponto mais alto daprime rate.

BIRD onera crédito com taxaWashington — O Banco Mundial (BIRD)decidiu criar uma sobretaxa de 1,5% nos

empréstimos que concede aos países em de-senvolvlmento, e que será acrescida a taxaregular de Juros que cobra nessas operações,atualmente 11,8%. A medida ocorre um diaapós o Fundo Monetário Internacional (FMI)reduzir os Juros para créditos em DireitosEspeciais de Saque (DES). O BIRD é a maiorfonte externa de crédito Institucional para oBrasil.

Também os países mais pobres, que sôoassistidos pelo BIRD através da Agência In-temacional de Desenvolvimento (IDA), foramatingidos. Embora a IDA nfto cobre Juros,havia uma taxa de administração de 0,70%sobre os recursos desembolsados. Ela perma-nece, acrescida de uma taxa de serviço de0,5%. Tanto o BIRD como a IDA enfrentamescassez de recursos para manter suas atlvl-dades.

Bancos serão chamados asustentar preços do cacau

Londres — Antes do fim deste mês, aOrganização Internacional do Cacau (ICCO)poderá acionar os créditos que lhe foramoferecidos por um pool de bancos, Inclusivedo Brasil, em valor superior a 75 milhões dedólares, para retirar estoques excedentes eIndiretamente sustentar as cotações no mer-cado.

Os preços do cacau dispararam nos últi-mos dias, com as cotações recebendo umempurrôo psicológico Inesperado, devido aogolpe de estado em Ghana, mas ontem come-çaram a ceder. O que aconteça ou deixe deacontecer com o Jovem acordo é de particularImportância agora, pois esse será o primeiroteste depois que banqueiros brasileiros dire-tamente manifestaram Interesse em apoiar oesquema para a formaçôo de estoques regula-dores.

Pé esquerdoO acordo náo está em uma posição táo

confortável quanto o que se aplica ao café,pois dele nào participam nem os EstadosUnidos (maiores consumidores) nem a Costado Marfim (maior produtor). Além de nâocontar com essas duas Importantes peçaspara regular a procura e a oferta, o acordocomeçou tecnicamente com o pé esquerdo: ospreços despencaram do ponto de sustentação(110 centavos de dólar por Itbra-pesol e aICCO gastou quase toda sua caixa e seuscartuchos financeiros tentando enxugar osexcedentes, sem conseguir empurrar nova-mente as cotações para cima ou sequer Arear atendência de baixa. Pelos números divulga-dos em Londres, a ICCO Já comprou mais de68 mil toneladas (até terça-feira passada).

Noênio SpínolaConsta que dois fatores, pelo menos, con-

tribulram para a depressão das cotações:vendas em massa da Costa do Marfim, fome-cendo combustível para uma grande mano-bra especulativa contra o próprio acordo, e opessimismo sobre os estoques mundiais quechegariam, segundo a Gill and Duffus, corre-tora londrina, a 591 mil toneladas este ano.

A operação especulativa deve ter propor-clonado bons lucros, pois o cacau da Costa doMarfim (umas 200 mil toneladas) teria sidovendido para entrega futura pouco depois deo acordo ser concluído em Genebra e a preçosbaixos de 70 a 75 centavos por llbra-peso.Com o preço de suporte fixado pela ICCO em110 centavos, os compradores desovaramtanto quanto puderam em cima dos recursosformados pela ICCO, faturando a diferença.

No fundo, a ICCO está funcionando comoa administradora de um estoque flslco decacau, a exemplo do que tentaram os produ-tores de café, com a Pancafê. Se tiver dinheiroe fôlego para tirar os excedentes do mercado,será capaz de sustentar os preços. Se nâo, omecanismo deixará de funcionar. Seu proble-ma é também náo estimular demasiadamenteo superplantlo, principalmente na África, se-gurando — como se diz na gíria — um guarda-chuva de preços multo altos. Além disso, aadministração técnica da ICCO teve tambémque aprender algumas lições de marketingantes de engrenar com seu sistema de com-pras. A ICCO lançou-se com recursos limita-dos em uma operaçáo de enxugamento que setomou demasiadamente explicita para o so-flstlcado mercado de commodlties de Lon-dres. Em pouco tempo, a falta de fôlego doadministrador ficou clara.

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S.A.St?PORTOBRÀS

Ato Convocatório NQ 003-A/B1Convocação Geral NO 003/81

A EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S/A - PORTOBRÀS, empresapública de direito privado, vinculada ao MINISTÉRIO DOS TRANSPOR-TES, sediada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Blocos D e F, em Brasi'-lia, Distrito Federal, EM ADITAMENTO AO ATO CONVOCATÓRIO N9003/81 E AS INSTRUÇÕES DA CONVOCAÇÃO GERAL N9 003/81PARA EXECUÇÃO DA PRIMEIRA FASE DO TERMINAL DE CARVÃODO PORTO DE IMBITUBA, NO ESTADO DE SANTA CATARINA COM-PREENDENDO OBRAS CIVIS, SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA SIS-TEMA DE CONTROLE, SISTEMA DE TELEFONIA E SISTEMA DE MO-VIMENTAÇÃO DE CARVÃO, ESCLARECE AOS INTERESSADOS QUE:1 -O Capital Social mínimo, registrado e integralizado até primeiro de outu-

bro de 1981, exigido do participante, individualmente ou como lider deconsórcio, é de Cr$ 1.000.000.000,00 (Hum bilhão de cruzeiros) e deCr$ 100.000.000,00 (Cem milhCes de cruzeiros) aos demais integrantesde consórcio;

2-A lider de consórcio deverá ser, obrigatoriamente, firma com especiali-dade de execução de Obras de Construção Civil;

3 -A data fixada para apresentação das Propostas fica adiada do 04 de Mar-ço de 1982,para o dia 11 de Março de 1982, no mesmo horário e local.

Brasília, 06 de janeiro de 1982DÉCIO DE CASTRO MAGALHÃES

Chefe do Serviço de Administração Geral - Substituto

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IBMEC - Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais

CURSOIMPOSTO SOBRE A RENDA-PESSOA JURÍDICA-

(Prof. STEFANO ANTÔNIO ZOCCOLI)atualização dos conhecimen tos sobre a Legislação do Imposto de Renda,

buscando elementos que permitam um encerramento adequadodo Exercício Social.

Oi tópicos quo mnrecorSo maior dMtaque do: Alteração do Exercício Social. Lucro da Expio-ração. Lucro Inflacionário. Remuneração de Administradores. Gratificação e ParticipaçSo nosLucros. Programa de Alimentação do Trabalhador. Propaganda. Contribuições e Doações Incentivos à Exportação de Produtos Manufaturados.Distribuição de Material Didático

Realização: de 25.01 a 15.02.82, de' 2a a 5a feira, das 18:30 às 20:30 horas.Folheto com informações detalhadas encontra-se à sua disposição no IBMEC

Av Beira-Mar, s/n° (Anexo ao MAM) - Rio de JaneiroRESERVAS: Tels 220-5822 e 240-9934 sacibmec

BC quer emprego maior da Toyota e GMResolução 63 para captarmoeda no mercado externo

Brasüia — A estratégia de endividamento exter-no do país, este ano, será baseada nos seguintescritérios: 1) desaquecimento das pressões das empre-sas estatais sobre empréstimos em dólares; 2) utiliza-ção preferencial da Resolução 63, do Banco Central,para a captação de moeda; e 3) redução do uso doschamados "empréstimos Jumbo", que envolvem aformação de consórcio de bancos Internacionais.

O plano foi comentado ontem pelo presidente doBanco Central, Carlos Geraldo Langoni, que revelousua preferência pela captação de recursos através declub deais (pequenos consórcios de bancos estrangel-ros), para evitar uma sobrecarga na busca de dólaresem 1982.PRINCÍPIOS

"O mercado é sempre maisreceptivo a solicitações peque-nas, ainda que mais freqüen-tes", observou o presidente doBanco Central, após Informarque os bancos que lnterme-dlam operações com base na63 Jâ se estáo organizando es-pontaneamente para recorrerao mercado, este ano.

O 8r Langoni reafirmou queo principio que pautará o su-primento de recursos externospara as empresas estatais seráo de captar com o objetivoprioritário de saldar compro-mlssos de amortizações passa-

nao comprama Fiat

das, e sõ depois suplementarnecessidades de Investimento.

Apesar de haver divulgado oteto de 10,7 bilhões de dólarespara o setor público até de-zembro, o Oovemo náo divul-gará suas parcelas por empre-sas, para evitar de colocá-lasem situação desfavorável nahora de negociar com os ban-queiras Internacionais.

Já se sabe, porém, que oBanco Nacional do Desemvol-vimento Econômico — BNDE— será um dos mais apetltososconcorrentes, com expectati-vas de 830 milhões de dólares,quase 10% do volume total.

Cruzeiro tem primeiradesvalorização do ano

Brasília — O dólar custa hoje Crt 129,32 para comprae CrS 129,97 para venda, o que é a primeira desvalorizaçãodo ano, de 1,6997c, determinada ontem pelo Banco Cen-trai.A ultima correçáo cambial foi feita há 15 dias, antesdo Natal, quando a moeda norte-americana passou avaler Cr$ 127,16 para compra. Nos últimos 12 meses odólar passou por uma valorização de 93,593%, apenasligeiramente Inferior â taxa de Inflação de 1981

Desburocratização játem resultados no BCBrasília — O Ministro da

Desburocratlzação, Hélio Bel-tráo, e o presidente do BancoCentral, Carlos Langoni, apre-sentaram os primeiros resulta-dos da adesão do BC ao pro-grama: eliminação de 2 ml-lhóes 700 mil folhas de papelna troca de dados entre o Ban-co e Instituições financeiras.

Agora, o grupo-tarefa que seencarrega do assunto atuarácom o objetivo de simplificaras operações de crédito agrico-Ia e cambiais, responsáveis porenorme volume de exigênciasburocráticas.COMBATE A INFLAÇÃO

Dos 442 formulários queconstituíam a correspondèn-cia entre o Banco Central e osetor privado, para forneci-mento de Informações ou de-monstratlvos financeiros, cer-ca de 70% foram racionaliza-dos: 90 foram suprimidos; 143

tiveram seu número de viasreduzidas; 84 foram canaliza-dos para fitas magnéticas; ein-co acabaram fundidos; e 10mudaram a periodicidade.

Quando o trabalho estiverconcluído, o Sr Carlos Langoniespera eliminar cerca de 4 ml-lhões de folhas de papel darotina burocráUca do banco.Para ele, Isso significa maiordisponibilidade de mão-de-obra, que se ocupará de coisasmais relevantes.

— Vamos reduzir custosoperacionais, que afetam lndl-retamente o custo do dinheiroe que indiretamente abaixarãoos Juros, que ê o que todosqueremos.

O Ministro Hélio Beltráolembrou que a burocracia êresponsável pelo encareclmen-to p pela perturbação do de-senvolvlmento. E que sua eli-mlnaçâo também (az parte docombate à lnfiaçáo.

TCU recebe a diligênciasobre prédio em construçãoalugado em SP pela Nuclen

Brasília — O Tribunal de Contas da União rece-beu o resultado da diligência exigida para que aNuclen — Nuclebrás Engenharia S/A e o Banco doBrasil explicassem a quantificação de gastos efetiva-mente reall2ados nas Instalações do prédio da Aveni-da Augusto Severo, 82, alugado por Cr$ 17. milhõespor-5G-meses,--embora ainda ém construção.

Ao Julgar as contas da Nuclen em 1980, o Tribunalestranhou a irregularidade. O Procurador-Geral, IvanLuz, asseverou que a empresa celebrou um contratode locação ao longo de cujo prazo de vigência náohouve fruição, nem uso da coisa locada, realizando alocatária obras que aderiram ao imóvel sem qualquerdireito a indenização, retenção ou compensação.

OBRIGAÇÕESRECÍPROCAS

O Trlbunpl entendeu que dl-Qclimente poderia o Imóvel, noestado em que se encontrava,constituir-se em objeto de con-trato de locação, dado que nâopoderiam ser cumpridas, deambas as partes, as obrigaçõesrecíprocas dessa locação. A lo-cadora náo podia entregar acoisa sem qualouer serventia ea locatária nâo poderia retri-bulr com o pagamento de alu-guéls um Imóvel do qual nãose serviu, apenas para benefi-ciar a primeira.

O emprego pela Nuclen dedinheiro público em Imóvelparticular levou o Tribunal aconverter o Julgamento em dl-ligèncla.

O Tribuna] suspendeu emagosto do ano passado o Julga-mento das contas da Nuclen, aflm de que fosse atendida adiligência pela empresa e peloBanco do Brasil. Ainda nâosáo conhecidas as Justlflcatl-vas apresentadas e o processoestá em exame na lnspetoriade controle externo. Até mar-ço as contas seráo submetidasa Julgamento.

Sâo Paulo — Os dirigentesda Toyota do Brasil e da Gene-ral Motors do Brasil disseramontem desconhecer a possibili-dade da compra da Fiat Auto-móveis, mas a General Motor»,em nota a ser divulgada hoje,dará sua posição oficial, sa-bendo-se que ela está Intereu-sada em realizar acordos detroca de tecnologia com a em-presa de Betim, Minas Gerais.

O presidente K_.iz.io Saka-makl disse que a noticia deque a Toyota compraria a Fiat"foi uma novidade", mas tam-bém náo soube responder se aToyota do Japáo estaria tazen-do o negócio. Um porta-voz daempresa chegou a afirmar que,"mesmo que estivesse sendofeito, a empresa do Japão nftodaria uma resposta oficial".Também consideraram dlflcila hipótese de que a cúpula daToyqta do Japão estivesse ne-goelando a compra da Fiat Au-tomóvels, "mas náo lmpos-slvel".

Desde o Inicio de 1981, co-menta-se no mercado da ta-dústria automobilística que aFiat Automóveis estaria sendocomprada pela General Mo-tors do Brasil. O presidente daGM, Joseph Sanchez, que estáhoje nos Estados Unidos, des-mentiu a noticia por diversasvezes.

Em Sâo Paulo, as noticiassobre a compra da Fiat Auto-móveis pela General Motors seavolumaram após a empresamineira ter divulgado o seubalanço de 1980 com um gran-de prejuízo. A previsão é deque o de 1981 feche com umdéficit alto. Novos desmenü-dos ocorreram por parte dadlreçáo da General Motors.

Carro da Fiataumenta 8%

Belo Horizonte — Com o no-vo aumento de 8% em média, ocarro mais barato da Fiat Au-tomóvels, o Furgão-147, pas-sou de Cr$ 644 mil 50 para Crt696 mil 10 na regláo Centro-Sul. O reajuste, em vigor desdedia 4. inclui o repasse ao con-sumldor da sobretaxa variávelde 2% a 6% do IPI, impostapelo Governo, e a diferença danova alíquota de recolhimentoda Previdência Social dos em-pregados.

— A razáo do novo reajusteestá diretamente ligada á ne-cessldade de repassar custosacumulados nos quatro anosde controle do CIP e, agora, atransferência do aumento dataxa de IPI e do INPS, deter-minados pelo Governo federal— Informou o gerente de co-munlcaçâo social da Fiat, Un-dolfo Paoliello. Os novos pre-ços, três semanas após o últi-mo aumento de 1981, sur-preenderam os revendedores,que esperavam uma variaçãode 5% a 7%.

Petrobrásassina novocontrato

A Petrobrás assinou ontemcom a Occidental Explpratt.onarid Productlon Company seu103° contrato de risco para ex-ploração de petróleo no país. Aempresa atuará numa área depouco mais de 3 mil quilôme-tros, na plataforma conüijen-tal do Ceará.

Até hoje foram perfurados 55poços através de contrato derisco e investidos 890 milhõesde dólares nos trabalhos ex-ploratórios. Dós poços concluí-dos, apenas um foi considera-do potencialmente comercial:o da Bahia, no mar, realizadopela Pecten.

A diretoria executiva da Pe-trobrás solicitou ontem aoconselho de administraçãoproposta, para ser submetidaà assembléia-geral ordináriado próximo dia 15 de março,no sentido de elevar o capitalsocial da empresa de Crt 143bilhões 405 milhões para Crt208 bilhões 396 milhões, atra-ves da aprovação da capital!-zaçâo da reserva resultante dacorreção monetária do capitaiCom Isso o valor nominal daaçáo passaria de Crt 3,80 paraCrt 7,43.

Pediu ainda que seja enca-alinhada ao Presidente da Re-pública solicitação para cou-vocação de uma assembléia-geral extraordinária para ln-corporar ao capital social par-te das reservas constituídas,aumentando-o de Crt 280 bl-lhões 396 milhões para Crt 320bilhões 778 milhões. O valornominal da ação Iria então d»Crt 7,43 para Crt 8,50.

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ATÉ Cr $290.000,00ATENDIMENTO PERSONALIZADO

ou pelo telefone 232-6029Rf> Gonçalves Dias 65-Centro

.WHITE MARTINS

SOCIEDADE ANÔNIMA WHITE MARTINSCOMPANHIA ABERTAINSCR. C.G.C. MF N° 33.000.571/0001-85ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIASEGUNDA CONVOCAÇÃO

São convidados os Sr». Acionistas para a Assembléia Geral Extraordinária que. emsegunda convocação, se realizará na sede social da Empresa, á Rua Mayrink Veiga n°9, 27° andar, nesta cidade, às 14:30 horas do dia 14 de Janeiro de 1982, a flm de deli-berarem sobre os seguintes assuntos:• - Alteração da data de encerramento do exercício social da Empresa de 3M da

Janeiro para 31 de dezembro de cada ano, com a conseqüente reforma doartigo 30 dos Estatutos Sociais;Extensão do mandato dos administradores eleitos em 07.05.1981, até 31 dedezembro da 1982, em conseqüência da alteração constante do ftem I supra;Fixação da remuneração dos administradores para o período de 1o de feve^relro a 31 de dezembro de 1982;Assuntos gerais.

Poderão participar da Assembléia os Acionistas titulares de ações nominativas queexibirão, se exigido, documento hábil de Identidade. Os detentores de ações ao porta-dor deverão depositadas na sede social da Empresa, junto ao Setor de Ações (27° an-dar) até 5 (cinco) dias antes da realização da Assembléia.De acordo com o disposto no artigo 37 da Lei 6404/76, ficarão suspensas a partirdesta data até a realização da Assembléia as transferências e conversões de ações noml-

Rio de Janeiro, 06 de ianalro de 1982PEDRO LUIZ COUTINHO COELHOPresidente do Conselho de Administração

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jjffjgf^}*> BKA8IL LJ quinta-feira, 7/1/82 U 1" Caderno

Galvêas prevê crescimentodo PIB em 81 de até 3,5%

econoAota — 15

Brasília — Ao contrário das previsões doMinistro Delfim Neto, do Planejamento, dequeda ou crescimento zero do Produto Inter-no Bruto, o PIB cresceu aproximadamente'3,1% em 81, crescimento que pode"até chegaraos 3,5%", estimou o Ministro da Fazenda,Emane Galvêas, com base em estimativas doCentro de Informações Econômicas e Fiscaisdo Mlnlsterio sobre a arrecadação do ICM-Imposto sobre Circulação de Mercadorias.

O Sr Emane Galvêas atribuiu o desempe-nho positivo do PIB ao fato de a agriculturater crescido, ano passado, a uma taxa de9,5%, uma das mais altas em todos os tempos,só Inferior nos últimos 10 anos á de 9,6% de1977 (o crescimento da agricultura em 80também foi expressivo, 6,8%).

Os cálculosOs assessores econômicos Ministro da Fa-

zenda utilizaram para os cálculos do PIB osnovos pesos da composição relativa ao PIBmedido pela Fundação Getúlio Vargas-FGV:agricultura, 13%; Indústria, 34%; comércio,16,1%; transportes e comunicações, 5,1%; edemais atividades, 31,8%.

O Ministro eliminou a hipótese da novaconstrução da taxa do PIB ser responsávelpelo crescimento. Explicou que os cálculosforam feitos com base no comportamentotributário do atacado e do varejo. E garantiuque o critério "está correto", uma vez que a"arrecadação do ICM explica 95% do PIB". Aarrecadação do tributo cresceu nomlnalmen-te 101,4% e apresentou um crescimento, real

de 3,2% ano passado, como a taxo do cresci-mento do comércio.

Esta não foi a primeira vez que a FGVmudou os pesos. Em 75 houve mudança tam-bém, E, comparativamente, a agricultura estáganhando significação, maior peso, lnfluen-ciando um pouco mais a conclusão do PIB,como ocorreu no Inicio da década de 70 com osetor industrial.

O pesa da agricultura, que no início dosanos 70 foi de 10,1%, passou em 75 para 11%,sendo agora de 13%. O da indústria, que subiuno inicio dos anos 70 dos 35,9% para 37,1%,tem agora peso menor do que em 70/71, 34%.

A próxima mudança dos pesos está prevls-ta para 1983, quando seráo divulgados osresultados censltárlos de 1980 do IBGE.

Estudos — Ate ontem, um estudo combase em dados do IBGE afirmava que oProduto Interno Bruto foi negativo 2,7% noperiodo de, 12 meses até outubro de 81. Eexistem estimativas na área econômica dePIB negativo de 3,4%.

O estudo ressalva que o resultado negatl-vo global decorre em parte do método utiliza-do para avaliação do desempenho do setor deserviços e que há indicações de que este setordeverá apresentar uma expansão em 81 devi-do a um forte crescimento de Intermediaçãofinanceira, contribuindo para amenizar oucompensar a queda das atividades do setorsecundário da economia.

De acordo com trabalhos anteriores, aagricultura (lavouras) e a extração mineralforam os fatores que mais contribuíram paraque a queda do PIB nâo fosse maior.

FGV ainda não tem informaçõesA Fundação Getúlio Vargas ainda náo

divulgou nenhuma Informação oficial a res-peito da taxa de crescimento do PIB (ProdutoInterno Bruto) em 1981. Segundo o diretor daDivisão de Contabilidade Social da FGV,Ângelo Jorge de Souza, os números do PIBsâo publicados obrigatoriamente na revistaConjuntura Econômica de fevereiro, podendoser divulgados antes se for conveniente e se osdados apresentarem consistência.

Ao contrário do que ocorreu no ano passa-do, a FGV náo fez, até agora, nenhuma esti-inativa preliminar do PIB de 1981. ÂngeloJorge de Souza explica que a FGV ainda estána dependência de Informações mais detalha-das sobre o setor Industrial, uma vez que osdados do IBGE só estão disponíveis até outu-bro do ano passado. No setor agrícola, osdados mais recentes são de novembro.

Acontece que, quando as taxas de cresci-

mento nos diversos setores sâo bastanteselevadas, seja no sentido positivo ou negatl-vo, as alterações causadas pela Introdução dedados relativos aos dois ou três últimos mesesdo ano sâo menores que quando os resultadosencontram-se perto de zero, esclarece o dire-tor da Divisão de Contabilidade Social.

Existe também o Impacto psicológico cau-sado pela margem de erro das previsões. Noano passado, a FGV divulgou em dezembroum resultado preliminar do PIB, Indicandoum crescimento de 8,5% em 1980. Já emfeverelh), os dados definitivos Indicavam umataxa de 8% para o PIB em 1980. E recente-mente, depois de uma revisão da série dasContas Nacionais da FGV, o dado ficou em7,9%. Evidentemente, a diferença entre 7,9% e8,5% não tem um impacto psicológico tãogrande quanto a oscilação entre um PIB emenos 1% e de 1%.

Delfim acha previsões precáriasSào Paulo — O Ministro do Planejamento,

Delfim Neto, ao comentar o anúncio do Minis-tro Emane Galvêas, da Fazenda, de cresci-mento do PIB em 81 de 3,1%, esclareceu que"todas as estimativas do momento sáo precá-rias, pois o IBOE ainda não concluiu os dadossobre o comportamento do setor industrialano passado".— Nós ainda nào podemos garantir se oPIB foi positivo, negativo ou estável. Estaavaliação náo é fácil de ser feita e para issoprecisamos dos dados exatos da evolução dosetor industrial — acrescentou.

JurosEm entrevista â TV Globo, Delfim Neto

contestou a posição da FIESP de que a eco-nor«,'a brasileira nâo crescerá em 82 devido àstaxas de Juros. Garantiu náo serem "um fator

impeditivo, hoje, para se voltar a crescer". Emsua opinião, o crescimento do custo do dl-nhelro ano passado deveu-se ao flm de algunssubsídios "e a própria FIESP tem reconheci-do a necessidade de reduçáo dos subsídios".

Salientou que. apesar de a taxa de Juros demercado ser de 140%, "no caso da Indústriahá a vantagem de eles debitarem realmentedo Imposto de Renda 40% dessa despesa".Pelos cálculos do Ministro, "a Indústria pagaefetivamente apenas 60% da taxa de Jurosnominal e uma parte ê feita no Banco doBrasU, onde é menor ainda".

Sobre a criaçáo do fórum de empresários,voltou a se dizer contrário, alertando para orisco de criação de uma sociedade corporati-va. Segundo Delfim, náo há necessidade desterecurso para os empresários dialogarem como Govemo.

Fórum terá apenas caráterinformal, revela Theophilo

Os presidentes das principais entidadeseconômicas do país náo estáo pretendendocriar um fórum do empresariado, mas reunir-se Informalmente para estudar os principaistemas nacionais, procurar soluções e oferecersugestões ao Governo, Informou o presidenteda Feraçáo Nacional dos Bancos — Fenaban,Theophilo Azeredo Santos, que salientou:"Dentro desse espirito, cada entidade preser-vara sua autonomia".

O esclarecimento também foi feito aosMinistros do Planejamento e da Fazenda,Delfim Neto e Emane Galvêas, com quem oSr Theophilo Azeredo Santos conversou pelamanhã. E explicou; "Não haverá um fórum,uma organização formai, um superslndlcato,pois cada entidade manterá sua autonomia,sua Independência. Se fizéssemos um órgàosupernaclonal, seria corporatlvista, fascista eilegal, do que também discordo".

Diretrizes principaisRevelou o presidente da Fenaban que os

estudos empresariais terão três diretrizes bá-

sicas: perseguir o alargamento do mercado detrabalho, dar continuidade à redução do rit-mo inflacionário para recuperar o poder decompra do assalariado, e prestigiar os progra-mas do Presidente Figueiredo.

— Vamos procurar o consenso e, quandoeste nào for alcançado, o Govemo receberásugestões diferentes — acrescentou, desta-cando porém que o empresariado se esforçarápara convergir para o sentido comum. Paraele, a unidade de pensamento Implicará o flmde divergências e o fortalecimento da econo-mia de mercado, realçando as responsablllda-des sociais do empresariado!

O Sr Theophilo recebeu adesáo de outrasentidades: Confederação Nacional da Agri-cultura, Câmara da Construção Civil, Asso-clação dos Exportadores Brasileiros e Asso-clação Brasileira das Empresas ComerciaisExportadoras.

A idéia surgiu nos últimos dias de dezem-bro, em contatos com os presidentes da Con-federação Nacional da Indústria — CNI, Alba-no Franco, e Confederação Nacional do Co-mércio, Antônio Oliveira Santos.

CNI é contra formação de frentesSào Paulo — O presidente da Confedera-

çáo Nacional da Indústria, Albano Franco,esclareceu ainda náo ter dado apoio formal àconstituição de um fórum de empresários.Mostrou-se apenas favorável a uma conversasobre assuntos de Interesse nacional, ao falarcom o presidente da Fenaban, Theophilo deAzeredo Santos. "Defendo sempre a unláo, asoma de esforços", disse.

Em sua opinião, os empresários não de-vem formalizar qualquer tipo de frente, poisIsto abriria campo para que os trabalhadoresse organizassem em uma central única. Con-corda com o Ministro Delfim Neto de que aformação de frentes seria uma volta ao siste-ma corporatlvista.

Não se afastaO 8r Albano Franco informou também

que nâo deixará a CNI quando assumir a vagano Senado aberta com a nomeação do Sena-dor indireto Lourival batista para a Secreta-ria da Educaçáo e Cultura de Sergipe. Garan-tlu que em momento algum pensou em abdi-car da presidência da entidade.

— Minha posição é a de que o empresáriodeve participar da politica — salientou.

Idéia positivaPara o presidente da Federação das Indús-

trlas de São Paulo — FIESP—Luis Eulállo deBueno Vidigal, é "altamente positiva" a idéiade formaçáo de um fórum empresarial paradiscussão dos grandes problemas nacionais.

Alertou porém para a necessidade de se' evitar o esvaziamento do trabalho das entida-

des de classe, ou seja, das federações e sindi-catos dos setores industriais, comerciais efinanceiros. A seu ver, o fórum proposto peloSr Theophilo Azeredo Santos deve procurarfazer um trabalho mais amplo, levando aoGoverno propostas concretas.

A idéia do empresariado de reunir-separa debater os temas nacionais nâo temnada a ver com corporativismo. Este pressu-põe uma especialização da representação dasociedade, enquanto o que se pretende éinfluenciar ou agir na formação da vontadepolitica, através dos instrumentos da socieda-de — declarou o presidente Interino da Confe-deração das Associações Comerciais do Bra-sil, Amauri Temporal.

Ele acrescentou ser necessário "ir alémdas afirmações filosóficas e imaginar que ademocracia é um esquema que pressupõeautoridade, sem que esta se confunda comautoritarismo".

O presidente em exercício da Federaçãodo Comércio de Sáo Paulo, Abram Szajman,porém, teme que uma frente de empresáriospossa vir a criar uma resistência às autorida-des governamentais, antagonismos e polê-micas.

O mais urgente na situação em queestamos vivendo nào me parece ser necessá-riamente a criação e formalização de umafrente de empresários ou de outra categoria.O essencial é que o Governo seja levado acompreender que as graves decisões reclama-das pela conjuntura econômica nào devemser tomadas unllateralmente, sem consulta edebate prévio com todos os setores Interessa-dos da iniciativa privada — ressaltou.

SERVIÇOSEXTA-FEIRACADERNO B

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ANBID acha que vinculaçãocom taxas externas impedequeda dos juros internos

O presidente da Anbid (Assoclaçáo Nacional dosBancos de Investimento), Ary Waddlngton, admitiuontem que náo poderá haver uma queda nas taxas deJuros reais praticadas no mercado interno, em decor-rência da vinculação com as taxas do exterior. Suasprojeções indicam que o custo flnal dos empréstimosbancários continuará superior em cerca de 40 pontospercentuais à taxa de inflação, pelo menos no primei-ro semestre deste ano.

Com isso, a rentabilidade do sistema financeiroem 1982 tende a ser táo favorável quanto foi em 1981,gerando lucros mais substanciais para os bancos,concordou ele. Disse, porém, que o ano também será"bom" para as empresas capitalizadas, enquanto asque dependerem de empréstimos bancários necessl-turão ainda mais de um programa que estimule acapitalização da empresa privada, até agora inexls-tente.

JORNAL DO BRASIL%feM

MANUTENÇÃO

. Segundo o presidente da An-bld, o setor privado jâ acreditaem uma queda da inflação e dacorreção cambiai para cercade 75% ao ano, o que deveráser acompanhado pela redu-çào das taxas nominais de Ju-ros no mercado Interno. As ta-xas reais (o que excede ã taxade Inflação), entretanto, deve-rão manter a mesma propor-ção registrada atualmente.

Seus cálculos revelam que sea correção cambial declinardos atuais 95,1! para cerca de70% em 12 meses e a Libor(taxa de Juros no mercado doeurodólar) atingir a média de18% durante o ano, o custofinal de um empréstimo exter-no será de 110% ao ano, o queexigirá um custo de, no mini-mo, 115% ao ano para os em-préstimos no mercado interno,para manter o interesse pelacaptação de recursos no exte-rior.

Atualmente, os empréstimosno mercado interno tem umcusto final de 138% ao ano,com a inclusão do IOF (Impôs-to sobre Operações Flnancel-

ras). O percentual supera empouco mais de 40 pontos per-centuais a taxa de Inflaçãoanual de 1981 — 95,2%. Mas seo custo flnal declinar para cer-ca de 115% ao ano, a diferençaem relação a uma Inflação esti-mada em 70 ou 75% no anocontinuará praticamente amesma, prejudicando os invés-tlmentos das empresas, Já queseu custo financeiro é superiorà inflação.

Para o presidente da Anbid,a correção cambial ainda estáelevada, porque náo está sen-do deduzida a taxa de Inflaçãono mundo. Teoricamente, acorreção cambial deveria cor-responder à diferença entre aInflação brasileira e a Inflaçãoexterna, mas ató o inicio destemês ela atingiu 95,1% em 12meses, contra uma Inflação de95.2%. Ele acredita que a cor-reçâo cambial deverá acompa-nhar a correção monetária e aInflação, pelo menos neste pri-meiro semestre do ano, paracompensar a retirada do crédl-to prêmio do IPI (Imposto so-bre Produtos Industrializados)na exportação de manuíatu-rados.

Distribuição dosformulários do IRcomeçará no dia 20

Brasília — O Secretário da Receita Federal,Francisco Dornelles, anunciou ontem que a partir dodia 20 começarão a ser remetidos os formulários doImposto de Renda para os contribuintes pessoasfísicas. Seráo remetidos pelo correio 7 milhões deformulários. Quanto às pessoas Jurídicas, esclareceuque o Manual de Orientação já está sendo remetidopara as agências bancárias e da Secretaria da ReceitaFederal, onde poderão ser obtidos sem problemas ouônus.

O Secretário prometeu divulgar nos próximosdias os critérios da malhu, o sistema compu-tadorizado de cruzamento das informações dos con-tribulntes, para evitar fraudes e sonegação em geral.Váo ser cruzados, por exemplo, dados de Investimen-to com açóes, honorários de advogados, pagamentosa médicos e dentistas, entre outros. Ele estimou que aarrecadação do próximo IR vá chegar a pouco maisde Cr$ 1 trilhão 600 bilhões. No caso das pessoasjurídicas, informou que o maior crescimento ficou porconta das empresas do setor financeiro.

Reforma tributáriaO Sr Francisco Dornelles negou a existência de

quaisquer estudos sobre reforma tributária.Segundo ele, "o que foi feito está feito, e nâo se faz

mais porque o bom senso e a técnica não recomen-dam". Esclareceu que "tem de haver equilíbrio entretributar o capital e estimular os investimentos". Nasua opiniáo, "o capital, hoje, é muito tributado", umavez que "tributam-se 40% dos lucros das empresas",tributando-se "inclusive os dividendos". A única coi-sa náo tributada, conforme informou, "é a correçãomonetária dos rendimentos dos papéis, das caderne-tas de poupança e de outras aplicações".

Sobre os ganhos de capital em bolsa, explicouque "ninguém tributa". É. para isso. conforme ressal-tou, "existe uma razão lógica": "Se se tributar, o queé de eficiência duvidosa, vai-se desestimular os invés-timentos necessários para a capitalização das empre-sas privadas." A tributação alardeada, dos ganhos decapital na bolsa, não será feita, conforme enfatizou,porque o mercado é ainda incipiente, fundamentadoem ações ao portador, e morreria antes mesmo da-suamaturidade com tal medida.

Calmon querdistribuirsacrifício ;

Salvador e Belo Horizonte'— O presidente do Orupo Eco-"nômico e membro do Conselho*Monetário Nacional, ex-:Ministro Ângelo Calmon de .sá,defendeu ontem uma redlstriibulçâo do sacrifício na solução,para o déficit da Previdência^onde a Unláo deveria suportar,uma carga maior. Entende queIsto poderia ser feito sem pro-*blema para a política de con-trole da lnfiaçáo desde que'parcela desses recursos fosse"colocada sobre o orçamentofiscal. j

Ele acha que o Governo deve,diminuir o ônus de aplicaçõesque coloca no orçamento mo-,netário quando deveriam estar,no orçamento fiscal. E, paranáo haver desequilíbrio no or-çamento fiscal, propõe o cortede Investimentos em obras de'grande porte. Calmon de Sá'afirma que, hoje, o Oovemotem margem de manobra para,'pelo menos, retardar os cronoigramas de instalação das usl -nas nucleares Itaipu, Furnas eaté Tucurui

O presidente do Blndlcutodos Trabalhadores na Cons-truçao Civil de Belo Horizontee de mais três municípios,Francisco Plzarro, culpou áatual lei salarial pelo agrava-mento do achatamento sala-'rial, ao denunciar que 80% das3 mil construtoras da RegiãoMetropolitana estáo descum-prindo acordos salariais e pa-gando os aumentos Integraissomente aòs lideres sindicais.

Também o presidente daSindicato dos Professores deMinas, Guilherme TeU Quin-'táo, culpou a política salariafpelas dificuldades dos profes-»sores, ao Informar que as esco->las particulares mineiras de-'vem aos professores cerca deCr$ 1 bilhão por nâo cumpri-*mento de acordos salariais.-Disse que só as grandes esco-,las, que pagavam salários"Tnaiõres.^õram^beheflciãdáspela atual lei.

ANÚNCIO DE INICIO DE DISTRIBUIÇÃO

DOWDOW QUÍMICA S.A.

Companhia Aberta

Cr$ 6.000.055.605,000

Emissão de 51.171 debéntures, não conversíveis em ações, da espécie subordinada,com carta de garantia da matriz "The Dow Chemical Co."

INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA E O LANÇAMENTO:2? EMISSÃO

I. RAZÃO E SEDE SOCIAIS:Dow Química S.A. \v. Brigadeiro Fafià Lima. n9 1541 1 29 ao 199 andares São Paulo - SP

2. RAMO DE ATIVIDADE:Produção c comercialização, por conta própria ou de terceiros, do produtos químicos e petroquímicos.

3. CARACTERÍSTICAS DA EMISSÃO:1.1. AulorizaçSO da Emissão: A.G.E. dc OJ.09.H1 e A.C.E. dc J4.09.S1.3J. Série, Forma,.Quantidade, Valor Nominal: unia série ile 51.171 debéntures, ao portador, não conversíveis em ações, ao valor

nominal unitário ile OS 11 7.255.00 (bento e dezessete mil. duzentos e cinqüenta e cinco cruzeiros) equivalente a 100 ORTNdo mês de setembro de 1981. perfazendo neste mesmo mès a um toial de CrS 6.000.055.605,00 (seis bilhões, cinqüenta ecinco mil e seiscentose cinco cruzeiros);

3.3. Espécie: subordinada com carta dc garantia da matriz "lhe Dow Chemical Co.";3.4. Datade Emissão: 19 de setembro de 19X1;3.5. Data dc Vencimento: 19 de março de 1988,3.6. Correção Monetária: as debéntures terão seu valor nominal acrescido dc correção monetária no primeiro dia de cada mès, a

partir da data dc emissão, aos mesmos coeficientes fixados para a correção das ORTN c o produto da correção agregar-se-áao valor nominal para pagamento, no vencimento final ou na aquisição em decorrência de não repaetuação;

3.7. Preço de Subscrição c Forma de Pagamento: as debéntures seráo integralizadas à vista, no ato da subscrição pelo valor nominalacrescido de: a) correção monetária idêntica à das ORTN, calculada cumulativamente desde a data da emissão, até o primeirodia do més em que ocorrer a subscrição e exponcncialmcnte, por dias decorridos, até o dia da subscrição, de acordo com avariação das ORTN verificada entre o mès da subscrição e o més imediatamente posterior, b) juros calculados exponencial-mente, por dias decorridos, desde a data de emissão, ou. conforme o caso. do último vencimento de juros semestrais, até o diada subscrição;

3.8. Juros:al As debéntures farão jus a juros variáveis, sendo a taxa lixada pelo Conselho de Administração da Emissora de acordo com

o "período de incidência da taxa de juros" (espaço de (empo durante o qual permanece constante uma determinada taxa),sendo o primeiro período de 18 meses e encerrando-se no dia 01 de março de 1983 e os subseqüentes sempre anuais encer-rando-se cm igual dia e mès dos anos de 1984 a 1988.

b) Os juros serão calculados por dias decorridos sobre o valor nominal das debéntures, acrescido de correção monetária, eon-tado o primeiro vencimento a partir da data de emissão e os subseqüentes a partir do último vencimento de juros ocorridoe serão veneíveis semestralmente nos dias 01 dos meses de março e setembro dos anos de 1982 a 1987 e 01 de março de

.. 1988.c) Para o "primeiro período de incidência da taxa de juros" que iniciar-se-á em 01.09.1981 c encerrar-se-á em 01.03.1983, a

taxa é dc 12% ao ano.d) O Conselho de Administração da emissora reunir-se-á no prazo máximo de 40 (quarenta) diase no mínimo de 30 (trinta)

dias antes do encerramento dc cada "período de incidência da taxa de juros" para íixar a taxa dc juros a vencer durante opróximo período e eventual prêmio a ser pago com vistas à adequação dos títulos às condições de mercado.

e) A emissora se obriga a adquirir as debéntures pelo seu valor nominal acrescido dc correção monetária, na data de vencimen-to de cada "período de incidência da taxa de juros", dos debenturistas que manifestarem oposição às condições fixadaspelo Conselho de Administração.. As debéntures assim adquiridas poderão ser recolocadas no mercado.

3.9. Aquisição Facultativa: a emissora poderá, a qualquer tempo, proceder a aquisição das debéntures em circulação, advindas dapresente emissão, nas condições estatuídas na correspondente escritura.

3.10. Agente Fiduciário: Banco Induscred S.A. • Rua Boa Vista n9 128. São Paulo. SP;3.11. Procedimento Previsto para a Distribuição: será adotado o procedimento diferenciado de distribuição, nos termos do Art. 33

da Instrução CVM n° 13/80;3.12. Data do Início da Distribuição: 07.01.1982;3.13. Local de Pagamento de Juros, Prêmio. Correção Monetária e Valor Nominal: serão efetuados pelo Departamento de Acionis-

tas do Banco Lar Brasileiro S.A., situado à Rua Genebra n9 164. na cidade de São Paulo.

4. REGISTRO NA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS: CVMEsta emissão foi registrada na CVM sob o n9 SEP/GER/DEB-81/155 em 29.12.1981."O registro na Comissão de Valores Mobiliários significa que se encontram em poder da Comissão e também do líder da distribuiçãoe dos consorciados, os documentos e informações necessárias à avaliação pelo investidor, do investimento.O registro da presente distribuição náo implica por parte da CVM em garantia da veracidade das informações prestadas ou em julga-mento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre as debéntures a serem distribuídas".

5. INFORMAÇÕES ADICIONAIS:"Para maiores esclarecimentos a respeito da referida emissão, bem como para a obtenção de exemplares do prospecto, deverão osinteressados dirigir-se ao Unibanco - Banco de Investimento do Brasil S.A. à Rua Direita n9 250 - 279 andar - São Paulo, SPou àCVM".

<&UNIBNSICOBanco de Investimento do Brasil S A

Janeiro/1982

16--ECONOMIA

Família Bueno vende participação em corretora1° Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

EMPRESAS "5.

CVM só muda instrução 19se ficar provado que é"errada ou catastrófica"

A Comissão de Valores Mobiliários não vai mexerpu mudar a instrução n° 19, baixada no dia 11 dedezembro, "enquanto náo se provar que está errada,com efeitos ditos como catastróficos para o merca-do,", afirmou ontem o presidente do órgáo, HerculanoBorges da Fonseca. Ele considera a instrução umamedida de alta segurança para os investidores eparticipantes do mercado de ações.— Náo estamos esbudegando a Bolsa de Valoresou as ações. A CVM apenas estabeleceu parâmetrospara o mercado futuro de ações, baseada em dadosmatemáticos, que mostram inclusive um estreita-mento acentuado dos negócios à vista, desde que foicriado em 1979 o novo mecanismo operacional —disse Borges da Fonseca.

acusações da Lopes Filho eAssociados, que considerou aInstrução de redação dúbia eprejudicial para o mercado,lembrando que era o próprioLopes Filho que vinha preven-do retrocessos no processo dealta da Bolsa no mès de no-vembro. "Estou espantadoporque esse senhor previa que-das espantosas, tempestadesno mercado futuro, e agoraatribuiu essa responsabilidadeà CVM. Náo será por causa dosseus comentários que o merca-do passou a ter um comporta-mento ruim?" — questionou.

ACUSAÇÕESLembrou que náo procedem

as acusações no sentido da ins-trução n° 19 ter contribuídopara um esfriamento do mer-cado, com quedas acentuadas.Segundo ele, a Bolsa vinhanum processo de baixas conti-nuas desde novembro e sóapós as medida da CVM é quecomeçou a se recuperar. Issomostra, na opinião de Borgesda 'Fonseca,

que o principiogeral da Instrução está corre-to, pois evitou sérios proble-mas e tranqüilizou o mercado.

Rebateu firmemente as

Sâo P»ulo — O empresário ManoelOctávlo Pereira Lopes revelou que ele ecinco sócios compraram os 43% da faini-lia Bueno na Bueno, Vieira, Pereira Lo-pes e Associados e explicou que o valorda transação foi calculado com base novalor patrimonial da corretora, que atin-ge cerca de Crt 300 milhões.

A Bueno Vieira é a maior corretora demercado de capitais de São Paulo. Emdezembro movimentou Cr* 260 milhões/dia em negócios na Bolsa paulista edetinha 9% da movimentação diária dospregões. Para chegar à atual posição,além da flisão Inicial incorporou cincocorretoras.

FilosofiaOs sócios da Bueno Vieira — nome

que permanecerá, devido à tradição nomercado — sáo os Srs Manoel Octávlo,Luis Carlos Vieira, Antônio José Oou-vela de Oliveira, Assunção Filho, DrylSalgueiro e Jorge Carloba.

o Sr Manoel Octávlo Pereira Lopes,ex-presidente da Bolsa de Valores pau-lista, agora como presidente da correto-ra, adotará uma posição mais agressivano mercado.

— Os sócios trabalham com garradiariamente. Há uma correspondênciadireta entre o acionista da corretora e oseu trabalho diário. Quanto aos Bueno,cada um vai se dedicar a um negóciopróprio. Eles náo queriam mais conti-nuar no ramo da Intermediação. Todoscontinuamos amigos — disse.

Revelou que a Bueno, Vieira (E) Pe-reira Lopes tem uma distribuidora com

SAo Paulo — Jo«é Carlot Braill

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lanoel Octávio PereiraLopes

sede no Rio de Janeiro, da qual detém70% do controle, e uma agência em SãoPaulo.

— A sede da distribuidora é o Rio deJaneiro e através dela começamos a ope-rar no open market. Os 30% restantesficaram com novos sócios, que são pro-flsslonals do mercado. Posso adiantarque os investimentos que fizemos nosúltimos anos foram resultados da reapli-

cação de lucros. O maior Investimentoque fizemos sem dúvida alguma foi naformação de pessoal. Este Investimentonós contabilizamos no balanço comodespesa. Nosso segredo está na forma-ção de uma equipo de pessoal de altonível. Temos um departamento técnicocompetente — explicou o Sr ManoelOctávlo, 41 anos.

AnálisesA Bueno, Vieira, Pereira Lopes (e)

Associados também é pioneiro no mer-cado de ouro do pais, onde começou aatuar em 1979. Para 1982 o Sr ManoelOctávlo prevê que "o ouro voltará a sevalorizar.

Nfto considero que haja mala pers-pcctlva de queda. E prudente que oaplicador no mercado de ouro tenha umcerto porte financeiro e que aplique nometal de 10% a 15% do seu patrimônio.Seria um erro grande apUcar-se tudo noouro. Nfto aconselhamos Isto — afirmou.

Quanto ao mercado futuro, o Sr Ma-noel Octávio Pereira Lopes o considerou"Importante". Para ele a CVM — Comis-sfto de Valores Mobiliários — com suaresolução, "corrigiu as distorções".

Entendo entretanto que uma me-dlda adotada de abrupto, sem uma fasede transição, pode causar problemas.Vamos esperar até março para verificarcomo ficara. Nào creio que ocorra catas-trofe alguma, o mercado está sólido.Acho que de uma forma geral o mercadode capitais em 1082 deverá ser melhor doque 1081, um ano de recessão, onde ocomportamento foi razoável—concluiu.

CowanA Construtora Cowan obtevelucro liquido de Cr$ 1 bilhão765 milhões no exercício encer-rado a 31 de outubro de 81,com um lucro operacional deCrt 2 bilhões 311 milhões, paraum capital de Crt 2 bilhões 525milhões. As receitas de obrassubiram para Crt 5 bilhões 221milhões.

FenaçúcarDuzentos expositores de todoo pais estarão presentes à 2*Fenaçúcar — Feira Nacionalda Cana-de-Açúcar, que se rea-llza de 15 a 24 deste mês noPalácio das Exposições doParque Anhembl, SP.

BolsaAs operações da Bolsa de Va-lores Mlnas-Esplrito Santo-Brasüia atingiram em 81 Crt 7bilhões 500 milhões, 34% amais do que em 80. O volumede.títulos negociados cresceu30%, para 3 bilhões 300 ml-lhões.

BandepeO Bandepe Inaugura umaagência em Calçados dia 8, ãs10h30m, em cerimônia presidi-da pelo Governador MarcoMaciel.

BNDEO Banco Nacional do Desen-volvimento Econômico conce-

COTAÇÕES DA BOLSA DO RIO

Um mercado multo forte. Assim os analistas defini-ram ontem o comportamento da Bolsa de Valores do Riode Janeiro que operou em alta de 7,3% em média, com oIBV-índice Geral de Lucratividade subindo para 29.356pontos. O volume de negócios efetuados foi consideradoelevado — Cr$ 5 bilhões 9 milhões — Influenciado forte-mente pelos contratos a ftituro que totalizaram Crt 4bilhões 180 milhões, sendo 20,54% com Banco do Brasil e26,09% com Petrobrás PP. Esses dois papéis, inclusive,lideraram as altas do dia, com valorização de 0,87% e1.0,66%, respectivamente. A entrada de dinheiro dlsponl-vel para financiar posições, a taxas entre 10 e 10,5% porum mês, tranqüilizou multo o mercado, que temia dlflcul-dades para rolagens ou coberturas de contratos emaberto. A preocupação com o dia 13 próximo, datamáxima para se fazer negócios ainda para Janeiro, vemdiminuindo, com alguns analistas afirmando que se ocor-rer qualquer tipo de problema será após a liquidação (dia18) e mesmo assim casos pequenos e esparsos, pois osgrandes Investidores não trarão problemas.

Título

Cotoçóes (CS) % 5/ lnd d.Ouant MM do Lucrai

(mll) Abert F(Kh Móx Min M4d Dia ant Na ano

Titula»

Coto',6.I (CrJ)Ouant

(mll) Abert Fech Máx Ml

% S/ lnd d*Méd do Lucrai

M*d Dia ant No ono

Acasltoop I 010 1.35Artoxpp 2,000 2,65B Amazônia on 1,11B.Brasilon 4 811 9,10B Brosil pp 25.594 9,80B.Franc.Brason 15 9,50B.M.Broiilpn 15 4,00B.Nocional on 33 2,30B.Nacionot pn 56 2,30B.Nordesteon 2,60B Nordeste pp 92 3,20Banebpn 1,13Banebpp 10 2,00Bonerjon 54 2,20Banerj pp 199 3,00Bonespoon 15 1,51Banespa pn 1,70Banespa pp 5,510 2,15Belgo Mm op 1.910 3,29Bradescoos SB 2,40Brodesco ps 464 2,40Bradesco Inv ps 25 2,30Bhramapp 2,893 2,50Caf Braliliopp 95 1,80Cemig pp 2.756 0,65CamigPrtpp 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50-12,28

1.32 1,35 1.30 1.32 1,54 112,822,65 2,65 2,65 2,65 —1,11 l.ll 1,11 1,11 95,699.20 9,20 9,00 9,12 4,35 I I4.B60.10 10.10 9.65 9,91 9.87 119,409.50 9,50 9.50 9,50 —4,00 4,00 4,00 4,00 114,292,30 2,30 2.30 2,30 Est 107.482,30 2.30 2,30 2,30 Est 107,482,61 2,61 2,60 2,61 4.40 112.503,30 3,30 3,20 3,23 6.60 106,601,13 1,13 1,13 1,13 —2,00 2,00 2,00 2.00 14.29 125,002,00 2,20 2.00 2,09 0,97 126,6733,05 3,05 3,00 3,02 140.471.51 1,51 1,51 1,51 108,631,70 1,70 1,70 1,70 —2.15 2,20 2,15 2.16 4,85 122,033,30 3,30 3,25 3.27 3,15 105,832,40 2,40 2,40 2,40 2,13 114.292.45 2.46 2,40 2,45 2,51 113.952,30 2,30 2,30 2,30 bt 104,552,51 2.55 2,50 2.54 2,83 109,011,90 1.90 1,80 1,81 29,29 129,290,65 0.65 0,62 0.65 3,17 108,33

CerjopO. Isabel ppDocas Santos opF. BahgüppFerisul ppFin. Brodesco psItausa psJose Silva ppL Americanos osLobrosopLobrosppMannesmonn opMannesmonn ppMesblo 57-PlppMet. Gerdau ppMoinho Flum. opParanapanemo ppPetrobros onPetrobrás pnPetrobrás ppRiogrondense ppS. Nocionol pbSamitri opSharp ppSid. PoinsppSouza CiuiopSupergasbrás opTecnosoloppTelerj onTelerj pnTibros ebUnibanco onUnipor poValoR.DocadbVale R. Doce ppWhlta Man. op

3864

22710U470

15200

2.000224

21.1001.252

308,001.5201.010

3211.7001.105

1254.119

750I

1 5201.500

82.056

4800

7524

182153014

42517 667

0,801,392,300.751,501,557,851,756.502,703,452,201,512,354,205,00

11,014,156,206,652.400,401.751,502.506,303.201,200,451,80

0.851,002,400,751.421,557,851,756,502,703,452,301,602,454,205,00

11.014,306,207,002,300,401.751,512,506,653,201,200,411.85

10.00 10,001,10 1,104,850.108.501,85

4,850,108,501.80

0,851,402,400,751,501.557,851,756,502,703,452.301,602,504,205,00

11.014,306,207,152,400,401,801.512.506.703,201,200.491.85

10,001.104,850,108.501,85

0,801,002,300.751,401,557,851,756,502,703,452,201,512,35415

5,0011,014,156.206,502.300,401,751,502,506,303.201.200.411.80

10.001.104,850,108,501,75

3,290,57

bl

3,186,94

0,841,202,350.751,431,557,851,756.502.703,452.271,542,454,205,00

11,014,206,206.752.350,40 —1,78 5.951.51 —2,50 —6,57 7.183.20 —1.20 bt0.47 4-4.081,83 3.39

10,00 —1,10 bt4,85 —0,10 —8,501.81

240,00141,18

6,33 112,44

5,93 105,15

103,29102,94104.84100.00100,00114,65100.65104,26

bt 100,00

0.662,17

6,650,56

103.96124.00117,60105.86100,00124,48

119.24108.47100,00104,44101,67109.89100,0097,39

1I2.8B106.47

V.nc. UH. Méd. Ouant. (mil)lon 10,00 10,01 123.380fa» 11,40 11,04 96.870lon 2,15 2,17 17.740fa» 2,40 2,42 7.520|on 2,55 2.55 1000|an 2,25 2.18 500ion 1,50 1,50 100ion 6,90 6,90 1020jan 2,22 2,27 3.000ft» 2.55 2,55 1.700ian 1,48 1,47 700fev 12,22 12,22 1.700|on 7,20 6,79 160.770fev 8,00 7.52 88.270jan 1.80 1,79 700|an 6,55 6,55 500ion 8.70 8.32 1.000fev 2,02 2,02 2.500ion 2.10 2,10 1.350

Volume negociado

A vlitoA termoM. FuturoTololMais otto do ono(6/1)Maisboíitodoano(4/1)

Ouant.138716422

510320 000

649 036 422

649.036 422

182551 942

CrS

807 199 092,20

4 180 564 100.00

4 987 763 192.20

4 987.763 192.20

887 744 549,12

Mercado FuturoTHulo»B. Brasil ppB Braill ppBanespa ppBanespa ppBrahmo ppDocas Santos opFertlsul ppL Americanas osMannesmonn opMannesmonn opMonnesmann ppParanopanema ppPetrobrai ppPetrobros ppSamitri opSouzo Cruz opVala R Doce ppWhite Mari. opWhile Mart. op

Os números do Pregão

Papéis mais negociados à vivta, em dinheiro: Petrobráspp (46.28%), Banco do Brosil pp (31,42%), Bandado Brasil on (5,43%). White Martins ope (3.96%)jPoronapanema pp (2,31%).

Na quantidade de Títulos Petrobrás pp (39,01%), Bancodo Brasil pp (18.45%); White Martins op (12,73%);Banespa pp (3.97%), Banco do Brasil on (3,46%)

IBV: 29.356 (+ 7,3%), fechomento — 29.864 (+ 1,7%)IPBV. 2 077 (+1.9%)M*dia SN: Ontem — 421.737, onleontem — 404 726;

há uma semana — 389.249; hò um mès —405.741; ho um ano — 171.740.

OecUoçAoi Das 40 oçôes componentes do IBV: 22subiram, 2 cairom, 3 permoneceram estáveis e 13noo foram negociadas.

Maiores alto» do IBV; em reloçéo oo pregão anterior:Petrobros pp( 10.661'.). Banco do Brasil pp(9.87%);Souza Cruz op (7,18%), Monnesmann pp (6,94%);Vala do Rio Doca pp (6.65%)

Maiores baixos do IBV, em reloçéo oo pregòo anterior.Boto on (4.31%), Unipor pa (2,61%)

COTAÇÕES DA BOLSA DE SÃO PAULO

Sio Paulo — O mercado fechoucom alta nos preços, e o nivel deatividades totalizou a movimentaçãode 395 milhões 156 mll 516 açòes novalor de Cr$ 920 milhões 317 mll601,38. O volume total superou em5,8% o anterior.

No mercado â vista, Petrobrás pp,Banco do Brasil pp, Banespa pp,Anderson Clayton op e Mendes Jú-nior pp foram as mais negociadas.Petrobrás, a de melhor desempenhono grupo de primeira linha, apresen-tou evolução de 16,8%. No grupo desegunda linha destacaram-se Sharppp e Banespa on.

O mercado futuro apresentou re-dução do volume negociado. Foramrealizados 41 negócios, envolvendo ovolume de Cr$ 96,4 milhões.

Titulo.

Acesita op >Ap» Vill ppAlpargatas onAlpargatas pnAmazônia onAmerica Sul pnAnd Clayton opAntorct Nord onAntorct Nord pnArtex ppAtma op1Atmo ppAuxiliar pnBamerind Br onBandeirantes onBandeirantes ppBanespa onBanespa pnBanespa ppBarb Greene opBardello ppBelgo Mineir opBesc pnBesc ppBic Monark opBrodesco onBrodesco pnBradesco Fin onBradesco Fin pnBrodeico Fin Inv on

Titulai Abart. Med. Foch. Quont.1000

Tltuloe Abert. Med Fech. Ouant.1000

Abart. M4d. Fach Ouant.1000

Abart. Mtd. Fech Ouant.1000

1,35 1,35 1,35 1.0000,68 0,68 0,68 8.176

14,30 14,30 14,30 45011,05 11,05 11.05 483

1.10 1,10 1,10 71,15 1,15 1.15 13

14.00 13,95 13,70 1.5801.04 1,04 1,04 451.45 1.45 1,45 2802,65 2.65 2,65 2.3990,40 0,40 0,40 6000,450,752,601.221.051,701,802,101,003,203.150,500,627.B02,402,401,551.552,30

0,450,752,601,221.161.701.802,171,003,313,310,500,627.802,432,491.551.552,30

0,440,752,601,221.171.701,90

160584

229

3263021

2,2011 1341,00 1003.403,400,500,627,80

222258107500100

2.50 2.4252.50 3.6121.55 21.55 22.30 139

Brodosco Inv pnBrodesco Tur pnBrasil onBrosil ppBrasilit opBrasmotor onBrasmotor op

Caf Brasília ppCam Corrêa ppCasa J Silvo ppCbv Inds Mec ppCelm opCemig ppCerv Polar pnCesp ppCevat pnCio Hering ppCica ppCim Itau ppCimaf opCimepar ppCobrasma ppCoest Const ppComind B. tnv pnConcretex opConfab ppCopas ppCopene ppaCorbetto pp

Dohler ppDurotex pp

Elekeiroz ppEl umo ppEngesa ppEricsson opEst Paraná pnEstrelo ppEucatex pp

Farol pnFer Iam Bros opFer Lom Bros ppFertisul ppFrigobras ppFund Tupy pp

Guararapes op

lap onlop pnIbesa pplnd Villares oplnd Villares pp

2,301.559.009,502.158.508,50

1.506,90

1,7511.29

0,650,60

2,000,77

1,807,15

4,4010,70

2.30 2,30 2391,55 1,55 109,03 9,10 1.3359,84 10.00 4.8012,15 2,15 2708,50 8.50 1.0008.50 8,50 10

1,506,901.75

11,29

0.650,56

2,000,77

1.807,074,40

10,70

1,506,901,75

11,29

0,650,56

15010015043

61191

2,00 1.6410,76 4.760

1,80 1.0006,90 1.8794,40 400

10.70 12

14,00 14,00 14,00 3001.30 1,30 1,30 710

1.900,46

5,803,50

2,401.08

2.200,50

2.053,20

2.001,902,404,002,302,652,90

1,550,680,631,403.302,00

1.930,49

5,803,50

2,311.10

2,200,50

1.95 9560.50 450

5,80 103,50 3.000

2,30 1.1841,10 440

2,20 9400.50 905

2.10 2,10 1.6003,10 3,10 1.180

2,00 2,001,93 2,002,40 2,404,00 4,002,30 2,302,65 2,65

650230700105

5300

2,98 3,00 2.350

1,55 1,55 2410,68 0,68 20.64 0.69 171,47 1.50 2.6003,30 3.30 6022.02 2.10 1.381

8.00 8.00 8.00 117

0.950.901.35

10,800.70

0,95 0.95 1300.90 0,90 501,35 1.35 4000.62 0,83 1.3010,71 0,73 2.266

Inds Romi opiochpe ppItap ppItau banco onItaubanco pnItausa pnLorle Maqs ppLight opLobros ppManah opMongels Indi opMonnesmann opMannesmonn ppMarcopolo ppMec Pesada ppMendes Jr ppMerc S Paulo pnMet Barbara opMetal Iguaçu opMetal teve ppMoinho lopa ppMoinho Sant opMontreal opMontreal pp

Nocional onNacional pnNakato ppNord Brasil onNord Broslt ppNoroeste Est pnNoroeste Est ppOlvebra pp

Panex opParanopanema opParonaponema ppPerdigão opPerdlso pnPet Ipiranga ppPetrobrás ppPir Brasília apPir Brasília ppPirelli opPirelli ppPremeso ppPrometal ppProsdócimo ppReol onReal pnReal ppReal Cio Inv pnReol Cons pnReol Cons pnReal Cons pn

1,351,752,702.302,307,60

0,600.513.40

3,412.802,201,453.901,758,702,152.300,103.101,906.351,601,80

1.351.752.702.302,277,83

0,570,513,40

3,412,602,201,453,951.758.702,152,300,103.101.906,501,601.81

1,35 1451,75 5402.70 1.4282,30 22,30 7388,00 1.721

0,57 38180,51 2023.40 44

3.41 5822.80 302.20 371,45 244,00 1.0001,75 1008,70 2 0002.152,300,103,101,906,501.60

1204

21150

501210

61 1.85 1.190

2,30 2,30 2,30 172,30 2,30 2,30 172.70 2,70 2,70 1.3002,70 2,703,25 3,25

2,703,25

1,60 1.60 1,603.47 3,503,30

0.80 0,81

387516

259

0,85 871

1,4010,5010,502,601,752,906,510,460,90

1.40 1,40 1010,50 10,50 I10.80 11.20 1.2002,00 2,00 170

1,75 2002,90 157,30 9.4420,46 70.90 5

1,752.906,810.460,90

1,80 1,64 1.85 1.0801.60 1,60 1.60 961.20 1.20 1.20 I 0000,35 0,35 0,35 2080,50 0.50 0.50 8

2.30 2,33 2.40 2042,35 2.38 2.40 2612.80 2,80 2.80 1493.35 3.35 3.35 1122.60 2.60 2,80 22.60 2.80 2,80 53 00 3,00 3,00 10

Reol Cons pnReol Cons onReal de Inv onReol de Inv pnReal de Inv ppReal Part pnReol Pan pnReo' Part on

Sadia Avicol ppSadio Concor pnSadia Concor ppSadio Joacab ppSchlosser ppSecurit ppServix Eng opSharp ppSid Açonorte opSid Açonorte ppSifco Brasil ppSolorrico ppSouza Cruz opSta Olimpia ppSu zano pp

Teka ppTel B Compa onTel B Campo pnTelerj onTelerj pnTelesp oeTelesp onTelosp poTelesp pnTex Renoux ppTransbrasil ppTrol ppTrorion pp

Unibanco pnUnibanco pnUnibanco onUnibanco ppUnibanco ppUnibanco ppUnipor pnUnipor onUnipor ppUnipar ppVale R Doce ppVale R Doca ppVarlg ppVidr Smorino opVidr Smorino opVigorelli opVotec ppWagner pp

3.10 3.10 3,103.30 3.30 3.308.65 8.98 9,209,10 9.29 9,35

11.90 11,95 12.002.66 2.66 2.662.66 2.66 2.662,75 2,75 2,75

2,403,003,202,000,970,35

2.40 2.403.00 3,003,20 3.202.00 2,000.97 0,970.35 0,350,90 0,911.35 1,470,60 0.611,00 1,002,30 2,300,47 0,47

695

15105231

526626

2073

240'100116200

6.50 6.610,55 0,551.10 1,10

1,35 1,350.35 0.351.27 1,210,42 0.421.78 1.780.50 0,500,50 0,502,22 2,302,21 2,281.60 1.800.60 0,600,46 0,494,40 4,35

0.92 3.4381.50 1.6700.62 781.00 2202.30 1000,47 4.6406,75 2 1030,55 6601.10 1 172

1.350.351.270.421,810,500,502,302.301.800.60

5012128

3726

926

4800114

0.50 4584.30 60

1.111,11l.ll1,161.161.054,204,205,005.00

8.508,501.934.204,000.420.58

1.111.11l.ll1,231.181.054,204,20'5.005,00

6,696,601.934,374,0501430.61

1.111,111,111,251,201.054.204,205,005,00

64119723374816763

25

19913

8,80 6788,70 1.0201.93 5424.50 2.0694,15 2400,43 23210.65 23

1,10 1.10 1,10 432

COTAÇÕES DA BOLSA DE NOVA IORQUE

Nova Iorque — A Bolsa deValores de Nova Iorque abriu,ontem, com tendência de bal-xa. Mas, no flnal da sessão,uma boa parte das ações serecuperaram e o indice DowJones apresentou queda no fe-chãmente. Os analistas atrt-bulnim ás perdas de anteon-tem a situaçáo técnica da Boi-sa, fundamentalmente fraca. Opessimismo aumentou em re-a_ção ãs taxas de juros, afetan-ás. o mercado.

O tndlce Dow Jones atingiuMft.58 pontos, com uma baixade 3,71 pontos, quando foramnegociadas cerca de 51 ml-lhões de açòes.

Novo lorqua: Foi o seguinte o Médio Dow Jones no Bolso de Volores de N.I. ontem:

Açôei30 Industrieis20 Transportes15 Serviços NN,65 AçSes

Abertura865.20371,21108.86343.03

M6*lma868,72373,21109.10344,50

Mínima853,41366,19107,11338,23

Fechamento861,02370,46108,12341,57

Foram as seguintes os preços finais dos ações da Bolso de Nova Iorque, ontem, em dólores:

A.rco IncAlcan AlumAIliedChemAHisCholmersAlcoaAM AirlinesAMCynamidAM Tel & TelAMFIncAse rtoATIRichfieddAVCOCorpBendisCorpBanCPBethlehem Steel

381/2223/8

44151/2251/210 5/827 5/856 3/826 3/826 1/843 7/8

2058

18 3/423 1/8

BoeingBoise CoscadeBordWornerBranlHBrunswickBourroughsCorpCompbelISoupConodianCoterpillorTroccasCe lane seChase ManhotBkChrysler CorpCiticorpCoca-Cola

22 5/8333/8

27 1/4025/8

17 7/8323/4301/2

3453 7/846 3/854 3/453 1/8

424 3/834 3/4

Colgote PalmColumbia PictCom'. SatellltaCons EdisonControl DotaCorning GtosiCPCInlilCrown ZellerbachDow ChemicalDresser indDupontEostern AirEastman KodakElPassoComponyn 24 5/8Eoimark 501/2

163/642 7/860 5/8313/834 1/2505'8

3427 7/8

25305/8

376

71 3/8

ExxonFirestoneFord MotorGen Dy nomiaGenElwtricGenFoodsGen MotorsGTEGenTireGettyOilGilletaGoodrlckGoodyearGrocewGuIlOilGulf&WollernIBMInl HarvesterInt PaperInl Tel & TalJohnson & JohnsonKennecottCopLitton IndustLockheed AI rcLTV Corp

303/8121/40171/823 5/857 1/4301/839 1/831 1/821 1/2

60331/4215/8187/644 1/4

34155/8563/4

7 3/8385/829 1/8

3521 7/8

5644 3/8151/2

ManafoctHanover 34 5/8MerckMobil OilMonsanto CoNabiscoNatDistilliertNCR CorpNL IndustNortheast Alrlh0ccider-»al PetOlinCorpOwens IllinoisPocilicGos&EIPonAm World AirPenn CentralPespsicolncPfirerChosPhillipMorrisPhillips PetPolaroidProcter GambleRCAReynolds lndReymoldsMet

831/824 1/8693/4

30231/2421/4

361/8026

231/4221/2

28203/4

328 3/8

36 3/6052

49 7/8037 5/B205/fl781/J181/6463/823 7/8

Rockwell Intl 307/8Royal Dutch Pai 34

Safeway Strs 27ScottPoper 161/2Seors Roebuck 163/40ShellOil 401/2Slnger Co 123/4SmilhkelineCorp 653/80SperryRand 34StdOilO-tlf 39 1'BStdOil Indiana 477/8

Teledyne 136 1/8Tenneco 32Texaco 32Texas Instruments 76 1 /4Textron 27 3/4Trans World Air 14 1/2

UnionCarbide 49 1/4Uniroyal 7 l/BUnited Brands 101/2Us Industries 9 1/8UsSieel 29 1/8West Union Corp 333/4

SERVIÇO FINANCEIRO

Títulos públicos-No mercado financeiro, as

operações efetivas de comprae venda com Obrigações Rea-Justávels do Tesouro Nacionalrevelaram maior Interesse,principalmente para os papéisde cinco anos de prazo e Jurosanuais de 8% com vencimentoem 82. Esses títulos foram co-tados a 101,65% e 101,70% dovalor nominal do mês, CrS 1mll 45336, o que representauma elevaçáo de 70% e 75%pontos percentuais sobre a co-taçáo no dia anterior. Na ver-dade, o interesse das institui-ções sempre aumenta no Iniciode cada mês, quando o valornominal é reajustado pela cor-

reçáo monetária, mas, segun-do os operadores, a queda narentabilidade das LTNs tam-bém favorece para a agilizaçãodos negõclos. No entanto, oreduzido nivel de liquidez, queInclusive obrigou o BancoCentral a Intervir, injetandorecursos para conter as taxasde Juros, vem mantendo o mer-cado com volume fraco de ne-gõclos. Os financiamentos deposição por um dia oscilaramentre 117,60% e 117% ao ano,com a média dos negócios a11530% ao ano. O total denegõclos somou CrS 893 bl-lhões 867 milhões, segundo da-dos da ANDIMA.

Mercado de LTN

O Bonco Centro! voltou a intervir ontemno mercado aberto, financiando as institui-0es financeiras pelo prazo de sete diaspara reduzir as tonas de juros dot financia-mentos de posição o curtíssimo prazo.Depois de comprar Letras do Tesouro Na-cional. o BC financiou o mercodo a 9% aomes, quando os negócios estavam sendoreu li rodos a 10,30% oo m*j. Ai operaçõesde compra e venda com Letras do TesouroNocionol estiveram praticamente paradasentre os instituições financeiras, que con-centravam seus negócios apenas nos fi-nanciamentos de posição a curtíssimo pro-io. Suas taxas oscilaram entre 118,20%e117,00% oo ano. com a média dos neg6-cios o 115,80% oo ono. Apesar da atuoçòodo BC injetando recursos e do resgate deITNt, num total de Cri 32 bilhões, pratico-mente todo ele no mercada dado o reduzi-da colocação de papéis do leitão pelo BC, afolio de liquidez permanece e contribuiparo o llmitoçôo dos negócios no mercodo.Ontem, os papéis rom vencimento emmarço deste ano estiveram cotados entre64,60% e 61,35% de desconto oo ano.Mos, mesmo ossim, o volume total denegócios com esses títulos somou G$ IMlhóo 88 bilhies SM mllhAes, ligeira-mente inferior oo recorde alcançado nofinal do ano passado — Cr$ 1 trilhôo 118bilhâes 389 milhões — segunda dados daANOIMA. A seguir, as taxas médias anuaisde desconto de todos os vencimentos-.

Vencimento Compra

13/0120/0127/0103/0210/0217/0224/0203/0310/0317/0324/0331/0307/0414/0421/0428/0405/0512/0519/0526/0502/0609/0616/0623/0630/0607/0721/0718/0822/0920/1017/1122/12

80.0076,5072,5069.5068.5067.0065.7565,0064.2563,4562.6061,7540.9060,5560,1059,4558,9558.4557,9557,4556.9556,4555,7055,1554,3553,8553,2051.7050,5549,4048.2546,60

Venda

76.6075.1071.1068.1568.0066,5065,2564,6063,8563,0562,2061,3560.5060.1559,7059.0558,5558.1057,5557,1056.5556.1055,3554.8054.00

• 53,5052,5051,0549,9048,7547,6045,95

DólarLondres — O dólar norte-americano f«v-

chou om baixo ontem na maioria dosmercados europeus, refletindo uma quedanas taxas de curto prazo nos EUA. EmFrankfurt, o dAlor vol'0 ont-rrí 2,24 mOf-cos, contra 2,25 na véspera. Em Zurique,fechou o 1,8050 francos suíços (t,8070 nodia anterior).

OuroLondres — Pressão «isikJeüóiu tez o ouro

perder cotação ontem, nos principais mer-cados. Em Londres, fechou a 402,50 dóla-res o onco-troy, menos três dólares que navéspera. A cotação em Zurique baixoumenoft 1,50 dólar, fechando a 401,50dólores por onço-troy.

Bolsa de Londres

londrae — A Bolso de Valores teve,ontem, uma queda no mício da sessão,epresentondo no fechamento uma oltatécnico, marcada por escassez de compra.Oi investidores ficaram ò espera da voto-ção dos trabalhadores do Ford, para saberse iriam entrar ou não em greve. A maioriadas oçães de indústrias mais importantesperderam até cinco pontos.

Interbancário

O mercado interbancário de câmbio pa-ro contratos prontos foi procurado, moscom um volume reduzido de negóciosfeitos com toxas entre OS 127,57 e Cr$127,75, para telegramas e cheques. Obancário futuro foi oferecido, mos tambémcom um volume reduzido de negócios comtaxas de CrJ 127,80 mais 4,0% e 4,7%,para contratos de 30 e 180 dias.

Taxa do EuromercadoA Taxo interbancário de câmbio de Londres, no mercodo do eurodólor. fechou ontem,

para o periodo de seis meses em U 13/16%. Nas demais moedas foi o seguinte o seucomportamento, segundo dados do Banco Central.Ptaro

I mês3 meses6 meses

12 meses

Dólar13 7/1613 7/814 13/1614 3/4

Libra15 7/1615 11/1615 H/1615 3/8

Marco10 5/810 5/810 9/1610 3/8

Fr. Suíço9 1/89 3/16

9 1/88 1/2

Fr. Francês florim15 1/217 1/4

18 3/818 3/4

10 3/410 7/810 7/8

10 7/8

OBS.: Taxas válidas a partir dos próximos dois dias úteis.

Taxas de câmbio

MoedasOólor /Dólar australianoLibroCoroa dinamarquesaCoroa norueguesaCoroa SuecoDólar canadenseEscudoFlorimFranco BelgoFrona) francêsFranco suíçolen japonêslira italianoMarcoPesetaXelim

Compra127.16142.86243.4217,28121,88022.949106,741.938551.3803,305222.19769.876

0,576350,10528

56.3401,31156,0364

Vendo127.80144.80246,8217.51022.18023.266108.161,973652,0973.350222,49570,870

0,584580.10675

57,1171,33018,1521

Repasse127.35143.08243,7917.30721,91322.983106,901.941451.4573,310122.23069,960

0,577210.10544

56,4241.31358,0484

Cobertura127.67144,65246.5717.49222.15823.243108.051.971652.0443,346822,47270,798

0,583980.10664

57,0591.32878.1438

As taxas acima forom flxodas ontem, pelo Bonco Central, às I6h30m do Rio, nofechamento do mercodo de câmbio brasileiro. Ai demais, tomam por base os cotoçães dofechamento no mercodo de Novo Iorque.

Argentina (peso)Austrália {dólar)Áustria (cKelin)Bélgica (franco)Bolívia (peso)Chile (peso)Colômbia (peso)Equador (sucre)

Mercado paraleloNo mercado do Rio, o dólar foi cotado, ontem, entre CrS 163.00

e Cr$ 164,00 paro compra, e entre CrS 168,00 e Cr$ 170,00 paravenda.

i)S| r,« Fintóndio (morto) .2307 29,98408Hong Kong (dolor) .1758 22.84873.000103 0,01339 índia (rupio) .1103 14,335691.1289 146,72313 Israel (shekel) .0643 8,35707.0637 8,27909 <uwoit (dinar) 3,5527 461.74442.0261 3.39222 íMxIco (peso) 0367 5,02984.0404 5.25079 Peru (sol) 001978 0,25708¦0256 3,32723 África do Sul(rond) 1.0485 136.27355.0180 2,33946 Uruguoy (peso) .0871 11.32039.0352 4.57494 Veneigela(bol.vor) .239 30.27001

deu financiamento de CrS 109'mllhô«8 960 mll & Aços VUlareKÍ8/A, no âmbito do Programai¦>'>'¦de Conservação de Energia no*wsetor Industrial. Os recursos se1 -destinam a seis projetos dei" -¦conservação e substituição de.,energia. ;.;•_,';

NCRA NCR do Brasil exportou em :81 caixas registradoras eletro-'''1nicas produzidas em sua ttbri- f**ca em Bfto Paulo para váricÜ''"'''paises da América Latina e'Estados Unidos, atingindo cer-*--1ca de 6 mllhôer. de dólares; "'-¦crescimento de 28% em rela- * ¦çfto a 80.

BD-Rio ri"!C'O Banco de Desenvolvimento' ""'do Estado do Rio de Janeiroaprovou operaçôo de Dnancla-' 'nmento beneficiando a empresa f1-KLB — Empreendimentos e"Participações Ltda, no valorde Cr$ 80 milhões. Ao longo de81,o BD-Rlo aprovou 706 ope-rações de crédito, que totaliza-"''ram Cr$ 46 bilhões 500 ml-lhões, significando acréscimóji,,;'de 105% em número e 319% em".^'valor, em relação ao exercíciode 80.

UnitelCumprindo um contrato deCrS 5 milhões 300 mll, a Unitelvai fornecer às Centrais Elétrt^.-),'cas do Norte do Brasil equipa- ¦¦.mento de radlocomunlcaçfto,visando ampliar o sistema dej „',telefonia rural.

ftl&3 '

MERCADOEXTERNO

Chicoço e Nova Iorque Cotoçães futuras,, .nas bolsos de Mercadorias de Chicago, N.I.

* "e Londresl ontem: ií/JW

MÉS FECHAMENTO DIAANTERIOR.'

ALGODÃO (Nl)Cente e US$ por libra peso

Mor 65,77 +0,89Mai 67,37 +1.0ZJul 68,89 +1.08,Oul 70,90 +0,65U*z 71,95 +0,65Mar 73.05 +0,70Mal 74.00 +0,90

COBRE (Nl)Cents da US$ por libra pato

Jon 72.50 .0.15Fav 73,20 -0,20Mor 74,10 -0,20Moi 75,80 -0,20Jul 77,50 -0,15Set 79.20 -O.lSDor 81,75 -0.10

ÓLEO DE SOJA (Chkogo)Centt de US$ por libra peso

•¦ i«y

Jan 18,93 +0,35Mar 19,44 +0,30Moi 20.03 +0.29Jul 20,62 +0,30Ago 20.78 +0,24S»t 20,98 +0.23Out 21.15 +0.2O

MILHO (Chkogo)Cents da USI por bushal

Mor 276 1/4 +3 1/2Moi 286 3/4 +4Jul 292 +Set 294 1/4 +4 1/1Mor 309 1/2 +4

FARELO DE SOJA (CHICAGO)USS por tonelodo curto

Jan 188,20 +1.90Mor 189,30 +2,10Moi 191.60 +2,70Jul 194.00 +3.00Ago 194,80 +3,00Set 195,30 +3.30Out 195.50 +3.50

SOJA (Chicago)Centt da USS por bushel

Jon 625 1/4 +7 1/4Mor 638 +tfMoi 651 3/4 +8 1/4Jul 664 3/4 +8 3/4Ago 667 +9Set 667 +9'

'"

Nou 671 +9 ¦":

TRIGO (CHICAGO)C.nls da US} por bushal

MorMaiJulSeiDorMar

401 1/2 +10 1/2'410 1(4 -rIO -412 3/4 +8 ,. ,423 +6'440 +5 iu453 +4 1/2

Novo IorqueFech. Dia ant.

AçúcarCtnts de USSMf libtg SW>

londre .,.,,,Fech. Dia ______

Açúcar

Libra/t. méttlc^

Mar nrcn—+tct—rs9,4o 169.3oMal 13.22 +0,27 171,90 171,75Jul 13,49 +0,32 —Sal 13,62 +0.21 —Out 13,85 +0,23 179.40 ' I79-"Jon 13,88 -0,10 181,25 179,50'

Cocou CocouUSS por tonelodo libro/t. mltrlco

Mor 2,145 -14 11.89 11,68Moi 2,142 -8 11,87 11.85Jul 2,160 -10 11.96 11.95Sat 2,175 -5 12,06 12,04Dor 2,194 -11 12.23 12,21Mar 2.J24 -11 12,33 12.31

CaféCentt da UsSpor libra peso

Café

LibrOJt.métrico

Mar 142,06 -1.16 11,47 11.46Mai 135.84 -1.05 11.27 11,25Jul 132,62 -1.43 11.18 11,17Sat 130,25 -0,62 11,14 11,13Dar 127,50 -0.88 —Mot 125,40 -0,48 —

Metais':->

n

Cotações dos Metais em IOND8ES, onfBimAlumínioà visto 582trés mese» 606,50Chumboà vista 330trés meses 345Cobre (Cothodet)à visto 843trés meses 871Estanho (Stondart)6 vista 8.300trés meses 7,905Estanho (Hlghgrade)à vista 8.300tf*» meses 7.905Níquelà vistotrés meses

à vistotrés mesesZincoà vistatrés mesesOuroò visto 401.50 (Londres) 401,50 (Zurittv^).SAo Paulo (Oegussa :¦.'¦¦ de I 000 çnrí -.moi) CrJ 2.112,00 poro Compro e.Ci,2 200.00 para VendaNoto Alumínio, Chumbo, Cobre, EstanW,Níquel e Zinco — em libras por Tonetotíei.- -Prato ~ em pence dot froy 131.103 fla^,:Ouro — em dólares por on;a (JB.35 grç4 -

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JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82 D Io Caderno ECONOMIA — 17

Antunes assegura a nacionalização do Projeto Jari-Um ano apôs cntrur como Interme- */Um ano apôs cntrur como Interme

diário na pendência entre o milionárionorte-americano Daniel Keith Ludwig.84, o o Ooverno brasileiro em torno dnlegalização do Projeto Jari, o empresárioAugusto Trajano dc Azevedo Antunes,presidente do Grupo Caemi, conseguiuontem — depois de três dias de reuniõescom as autoridades econômicas em Bra-silia — assegurar o esquema de naclona-llzaçâo do projeto, numa operação de280 milhões de dólares, referentes âsdívidas externas do Jari.

Nos próximos dias, será constituídauma empresa que assumirá o Jari. Ocapital Inicial, de 100 mUhõcs de dólaresaerá 40% controlado por Azevedo Antu-nes — que assumirá a gerência do em-preendlmento — com os 60 milhões dedólares restantes divididos entre umgrupo de 20 empresários privados nacio-nais. A presidência desta empresa cabe-râ a Gilbert Huber. ex-presidente daEsso do BrasU e atual presidente dasListas Telefônicas Brasileiras.

Governo participaO Governo também participará do

projeto: o Banco do Brasil vai assumir oaval de 44,8 bilhões de ienes (200 milhõesde dólares) concedido, em 1976, peloBNDE à Jari Florestal e AgropecuáriaLtda., para o financiamento da fábricaflutuante de 750 mll toneladas de celulo-se adquirida à Ishikawajima, do Japào. etransformá-lo em participação acionáriapreferencial (sem direito a voto).

Além desse apoio, o Govemo deveráarcar com as obras de Infra-estrutura aolongo dos 1 milhão 632 mil hectaresocupados pelo Projeto Jari (estradas,hospitais, escolas, telecomunicações,energia etc.), Inclusive com a transfor-mnçào da área do Jari em um novo pólode desenvolvimento econômico na Ama-zónia, conforme sugestão dos empresa-rios nacionais.

O milionário Daniel Ludwig, que Jâinvestiu cerca de 1 bllháo de dólares noProjeto Jari nao Irã receber nada deimediato: os 280 milhões de dólares fixa-dos para a transferência do controle doJari envolvem as dívidas com a Ishlka-wajlma (em torno de 180 milhões dedólares, com uma parcela de 17 mühõesde dólares a saldar em 30 de Janeiro) eoutros empréstimos externos no valoraproximado de 100 milhões de dólares.Apenas, num prazo inicialmente fixadoem cinco anos, sua fimdaçáo de combateao câncer — Ludwig Instituto for CâncerResearch — começará a receber os paga-mentos, com base nos dividendos doprojeto.

Área territorialO pool de empresários deverá assu-

mlr uma área equivalente a 900 mll hec-tares — referentes ás terras jâ regulariza-das até agora pelo Grupo Executivo doBaixo Amazonas — Gebam, órgáo su-bordinado ao Conselho de SegurançaNacional — CSN, embora a extensãoglobal do Projeto Jari seja de 1 milhão60(1 mil hectares. A idéia é Incorporarnovas porções de terras na medida emque o Gebam for regularizando as pen-dènclas sobre o domínio patrimonial dosterrenos e os títulos de propriedade.

Náo agradou ao Governo a sugestãoinformal feita por alguns empresários nosentido de alongar os limites territoriaisdc Território Federal do Amapá de for-ma a englobar toda a extensão do Proje-to Jari, hoje dividido entre o Amapá e oEstado do Pará.

Duas outras pendências seráo resol-vidas nos próximos dias: o aumento domontante dos Incentivos fiscais concedi-dos via Comissào para Concessão deIncentivos Fiscais para a Exportação —Befiex ao projeto de exportação de celu-lose existente no Jari. O norte-americano Daniel Ludwig obteve estesincentivos para a primeira etapa da fá-brica de celulose, quando importou umafábrica montada do Japào, mas nâo con-seguiu uma segunda rodada de incenti-vos para a dupUcaçào da produção por-que pretendia Importar nova fábrica dosjaponeses.

Embora ainda nào exista um consen-so dentro do Governo a respeito do as-sunto, os empresários nacionais que es-tào assumindo o controle acionário doJar) seráo aconselhados a nâo importarequipamentos em face das já conhecidaslimitações existentes no balanço de pa-gamentos e devido à grande capacidadeociosa da indústria nacional de bens decapital, cujos índices chegam, em algunscasos, a 80r;.

O esquema para a solução do Impas-se do Jari — iniciado em 1980 quando oGrupo Executivo do Baixo Amazonas(Gebaml começou a contestar a titulari-iade das terras e o empresário DanieloUdwig começou a llcar desgostoso com3 tratamento recebido do Governo brasi-leiro — começou a ganhar impulso emjaneiro do ano passado, quando AzevedoAntunes honrou uma parcela semestral(entre juros e amortização) do financia-mento à fábrica de celulose.

Desde então. Azevedo A-itunes, velhoamigo de Ludwig (que era sócio do Gru-po Caeml passou a ser o intermediárioentre Ludwig e o Governo. Em julho doano passado (as parcelas do empréstimovencem em janeiro e julho I, venceu umaparcela de 10 milhões de dólares queDaniel Ludwig decidiu não honrar. Umaoperação triangular entre o BNDE e aCaemi garantiu o pagamento da dívida.Em troca, Antunes recomprou a partici-pação de Daniel Ludwig na Caemi.

Velho, cansado e doente, Ludwig.uma das maiores fortunas do mundo — êdono da Bulk Carriers, uma poderosafrota de navios mercantes, Inclusive pe-troleiros — náo estará mais a frente doJari. Mas sua fundação de combate aocâncer irá receber os dividendos do im-pérlo que sonhou implantar na Ama-zónia.

Maior problemaoi o da terra

A fórmula encontrada para a nacio-nalização do Projeto Jari foi consequen-cia de penosas discussões entre o Gover-no. através do então Chefe do GabineteCivil da Presidência da Republica, Ge-neral Golbery do Couto e Silva, e oempresário Azevedo Antunes, amigopessoal de Daniel Ludwig. Desde o prin-cipio. o principal entrave foi a regulariza-çâo fundiária, cuja solução mais rápida eoperacional foi tentada com a criaçáo doGebam.

É certo que o Gebam. coordenadopelo Almirante Gama e Silva, tido comoum oficial de idéias nacionalistas, emdeterminada fase do processo dificultouas negociações porque sugeriu, entre ou-trás coisas, a reduçáo da área ocupada —1 milhão 600 mll hectares -- em pelomenos 50r'r. Tal atitude influiu no animodns negociações e o empresário AzevedoAntunes esteve a ponto de abandonar asconversas com o Governo ressentido pe-lafdemora em se encontrar em alternati-vas capazes de viabilizar a continuaçãodõ ambicioso projeto do milionárionorte-americano.

Com o retomo do professor Leitão deAbreu â Casa Civil, as coisas passaram aandar mais depressa e o Ministro DelfimNeto passou a ter umn presença maisativa nas discussões. No momento, oMinistro dn Planejamento e o principalinterlocutor de Azevedo Antunes dentrodo Governo e se esforça para que oProjeto Jari passe às mãos de um grupoprivado nacional

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Projeto tem 3 áreas básicasCom uma população de aproximada-

mente 35 mil pessoas e ocupando umaárea de 1 rnllhôo 632 mll 121 hectares —985 mil 28 no Pará e 648 mll 93 no Amapá—, além de 2 milhões de hectares arren-dados e divididos em 32 glebas — terrascompradas em 87 por Cr$ 9 milhões —, oProjeto Jari é constituído por 21 empre-sas, subordinadas ao Ludwig Institutefor Câncer Research, uma entidade dedireito privado com sede na Suiça édestinado a pesquisas sobre o câncer. Ocomplexo ê gerenciado pela Unlversida-de Tankship Inc, Nova Iorque.

O empresário Daniel Ludwig concen-trou suas atividades, no Projeto Jari, emtrês áreas básicas: aproveitamento ln-dustrial das florestas natlva^e artificiais;exploração e beneflciamento de mlné-rios, especialmente caulim; e produçáode arroz para exportação (o projeto pro-duz 35 mll toneladas anuais de arroz.Tem o maior arrozal do mundo).

Os maiores investimentos estáo na U1/área florestal. No reflorestámento. mais "de 100 mll hectares de florestas nativa*'"''foram substituídos por duas espécies ar-, ''tiflclals, o plnus do Caribe e a gmellna ~"arbórea, de origem asiática, para o proje-,,,,to de celulose, a "menina dos olhos" do .,empresário, que tem incentivos do siste-ma Beflex, que isentou a empresa dos ,_impostos de Importação de uma fábricade pasta e de uma usina termelétrica, e

"r

do Imposto de Renda até 1985.Na área mineral, o Jari está produzln-

do 240 mil toneladas anuais de caulim dç£~alta brancura, utilizado principalmente'"'"na produção de papéis sofisticados. O^*Grupo Ludwig tem 10 concessões deáreas de caulim no Pará.

A criaçáo de gado, com mais de 15 mil '3cabeças, avicultura e outros subprojetos ¦'tém servido apenas para o abastecimen-*""to da população do Jari.

Contratado pelo empresário norte-americano Daniel Ludwig c designa-do pelo Governo brasileiro como ointermediário entre o Estado e osempresários para a formação dopool, o advogado José Luis BulhõesPedreira Jà convidou 20 empresas,das quais 15 Jâ manifestaram suaaprovação em participar da nova em-presa que vai administrar o ProjetoJari.

Entre as empresas, estáo 10 ban-cos, sete Industrias pesadas e trêsseguradoras. As empresas sáo Bar-delia, Votorantim. Cobrasma, Dedl-ni, Zanini, Monteiro Aranha e Ipiran-ga. As seguradoras sao a Sul-América, Atlãntica-Boavista e Inter-nacional de Seguros e, entre os ban-cos, estáo o Unibanco. Real, Brades-co, Iteú e BCN — Banco de CréditoNacional.

ParticipaçãoPora o presidente do Conselho de

Administração do Grupo Ipiranga.Joáo Pedro Gouvêa, sua participa-çáo no pool de empresas que vaiadministrar o Projeto Jari dependeainda da aprovação desse Conselho.

Bulhões Pedreira busca novos sóciosEle ainda nâo teve conhecimento ofi-clul das outras empresas que tam-bém Irão participar do empreendi-mento.

Ele considera, no entanto, que oempreendimento ê confiável e. sehouver üma solicitação formal porparte do Governo, os empresáriosprivados naclonnls Irão responderpositivamente ao convite. A Ipiran-ga, ate o momento, foi convidada aparticipar através de um telefonemado Sr Bulhões Pedreira ao SrGouvêa.

Além da Refinaria dc Petróleo Ipl-rangn. o Grupo detém a distribuidoraque controla 700 unidades no país eparticipa, com empresas, nas áreasda agricultura, do reflorestámento,da fruticultura, do pescado, couros eda Industria de hotéis.

Os novos donosDas seguradoras convidadas, a Sul

América e Atlãntica-Boavista têm,juntas, 30'"r da produção do mercadode seguro do pais. sendo que a Atlân-tica contn com nove empresas sõ nn

área de seguro e a Sul América, sete.Entretanto, as duns seguradoras sàoassociadas ao Bradesco, na área deseguro, enquanto que a terceira cm-presa convidada, do ramo, a Interna-cional de Seguros, é a maior empresadc seguro Independente do país. OGrupo Internacional participa, alémde outros empreendimentos indus-trials, nas áreas petroquímica e ml-neral.

Entre as empresas privadas convl-dadas, a maioria ê de Sào Paulo eopera principalmente no setor de má-quinas e equipamentos, sendo que aDedini e n Zanini desenvolveramequipamentos para de.srilurias de ál-cool. A Dedini tem grande pnrticlpa-çâo na agricultura, especialmente nosetor de produção de cana-de-nçücar.

Com umn receita operacional bru-Ui de mais de CrS 3 bilhões, em 1980,a Dedini tem uma liquidez de 0,87enquanto a Zanini, que opera tarn-bém em equipamentos de perfuraçãode petróleo, apresentou em 1980 umcrescimento de Ibfi^c. com um patrt-mónlo líquido de mais de Crt 1 bi-Ihôo, Paulista como a Dedini e Zanl-ni, o Grupo Votorantim se destacaentre as 500 maiores empresas do

pais, em 50° lugnr. com um patrimô-nio liquido de Crt 25 bilhões 484milhões. O Gnipo Votorantim esteveentre os três maiores lucros privadosdo pais, em 1980. com CrS 5 bilhões470 milhões.

A Cobrasma. fabricante de mate-riais de transporte, se destacou, em1980, entre os 10 maiores desempe-nhos globais do setor, com uma iecel-ta operacional de Crt 8 bilhões 713milhões e uma liquidez de 0,97, en-quanto a Bardella, também paulista,teve uma receita operacional de Crt 5bilhões 674 milhões e se coloca no 8olugnr entre as maiores receitas. Dogrupo das sete empresas, apenas oMonteiro Aranha se localiza no Rio eesta diversificado em quase todos ossetores dn economia, sempre mlnori-tortamente. Ele se caracteriza comouma holding de participações.

Já a lista dos bancos, segundo ln-formações de empresários, serão con-vidndos prioritariamente os 10 maio-res privados do pais. sendo que ofl-clalmente está confirmada a partici-paçáo do Unibanco, Banco Real, Bra-desço, Itaü e Banco de Crédito Na-cional

Arquivo

Daniel Ludwig Azevedo Antunes Bulhões Pedreira Gilbert Huber

wmKÊÊmÊÊmÊmÊÊÊÊÊmÊÊmaÊmÊÊ^^mmÊiaÊÊiÊÊÊÊÊBÊÊÊÊMKÊÊimÊm(Este anúncio é de caráter exclusivamente informativo, não se tratando de oferta de venda de ações)

Companhia Aberta

Rua do Passeio, n° 42/56 - Rio de Janeiro - RJ

Cr$ 675.000.000,00

O montante acima corresponde ao valor de subscrição da emissão de375.000.000 de ações, sendo 125.023.248 ações ordinárias e249.976.752 ações preferenciais, sem valor nominal, ao preço deCrS 1,80 cada, resultantes do aumento de capital deCrS 2.606.250.000.00 para CrS 3.281.250.000,00 autorizado pelaA.G.E. de 23/10/81 e homologado pela A.GE. de 30/12/81.

A emissão foi reqistrada na CVM - Comissão de Valores Mobiliários sob on° SEP/GER/REM-81/049em 30/11/81.

EMISSÃO LIDERADA POR

UNIBNVICOBanco de Investimento do Brasil S A A BANCO FINASA

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Dezembro de 1981

Governo decidiu :%entrar como sócio

Sfto Paulo e Brasília — O Ministro do Planeja- ~*mento. Delfim Neto, confirmou ontem, em SãoPaulo, que o Govemo decidiu transformar emparticipação acionária preferencial o aval que deupara a compra da fábrica de celulose que hoje estaoperando no Jari. Ele negou a possibilidade de oOovemo destinar recursos pnra o Projeto Jari. "Sealguém falou que o Ooverno destinaria 180 milhõesdc dólares para o Projeto Jari. está especulando,Isso náo existe." ^

O Ministro destacou que, asstm que a fábrica -de celulose começar a dar lucro, o Oovemo Irárepassá-la ao setor privado, como vem realizando

" "com outras empresas. Em entrevista à TV Globo,Delfim Neto revelou "que nós temos assistido auma renovado conflunça dos empresários, que têmvindo ao Governo dispostos a ajudar na absorçãodo Projeto Jari. Resolver o Projeto Jari significa nnacionalizar o Projeto Jari". Segundo ele. ê umprojeto de "multo boa qualidade, de grande futu-ro". Delfim acredita que "os empresários nacionaisváo tomar a seu enrgo n responsabilidade de levar.a bom termo esse projeto".

Delfim Neto justificou a entrada de gruposnacionais no Projeto Jnrl. Disse que quem tocava o

""'Projeto Jari nào tem condições de continuar to- -•'cando. "O Dr Daniel Ludwig. que fez uma obraextraordinária — o Projeto Jari — está cansado. "Esta desejoso de sair. Com isto nós estamos real-mente procurando grupos nacionais que tomemconta do Jari". explicou o Ministro.

PropostasFinanciamento do BNDE para a compra de

uma unidade de branqueamento de celulose; asse-gurar a posse de uma extensão de 2 milhões dehectares; e os mesmos Incentivos que o Grande "Carajás oferece — sáo algumas das propostas que.'

"estáo sendo feitas, em Brasüia, pelos empresários*convidados para a aquisição de parte do Projeto -Jari.

Segundo fontes governamentais, os Ministé-' "rios envolvidos estão estudando as diversas pro- ípostas feitas pelos empresários brasileiros. O fl--.-nanciamento do BNDE está em exame, mas sabe-se que o Govemo náo vè com simpatia a possibili-dade de se Importar outra unidade fabril do Japáo. ,como foi a que está em operaçáo.

É possível que a importação seja vetada devi-do à ênfase dada ao equilíbrio do balanço de *pagamentos. Nas Ultimas horas estão sendo sonda-dos setores técnicos e empresariais no sentido deinformar ao Govemo da viabilidade da construçãoda unidade de branqueamento no Brasil. Os pri-meiros indícios sáo de que se a fábrica for importa- -da, sairá mais barato do que construi-la no Brasil.O custo no Brasil está estimado em CrS 100 mi-lhôes.

Quanto à área de 2 milhões de hectares, o _Governo estuda n proposta. Pela argumentação dealguns empresários, o projeto sô se tomaria viávelnessas dimensões. O problema da regularizaçãodas terras está praticamente resolvido, apôs mesesde pesquisas do INCRA e do Grupo Executivo do '¦Baixo e Médio Amazonas — Gebam, subordinado "nao Conselho de Segurança Nacional.

O tratamento de incentivos reivindicado é-~semelhante ao do Grande Carajás Hâ no Governo- ¦•quem acene com a possibilidade de se propor acriação de uma zona franca para criar facilidadespara o Projeto Jari, desde que o controle sejaassumido por grupos nacionais. Alta fonte gover-namental aflrmou existir uma determinação deGovemo no sentido de que o problema seja resolvi-do com a brevidade exigida pelo tamanho do"projeto e com a prudência recomendada pelo^""interesses nacionais.

Adolpho Lindenbergconstruirá centroturístico nigeriano

Sào Paulo — A construção de um centro turis-tico na Nigéria — numa operação no valor de 120milhões de dólares — e de quntro apart-hotêis noBrasil, além de quatro prédios de apartamentos dealto luxo, reforçam os planos da Construtora Adol- 'pho Lindenberg paro 1982. disse ontem seu diretor- 'presidente, Adolpho Lindenberg.

A empresa, que teve aceito na Ultima terça- ¦feira um pedido de desistência de uma concordatapreventiva que durou cerca de 30 meses, obteveum lucro de CrS 10 milhões em 1980. após prejuízosda ordem de CrS 160 milhões em 1979. Em 1981também acusou prejuízos bem menores mas suadiretoria náo quis divulgar ontem o montante "estimado.

Seu passivo chega a CrS 400 milhões, CrS 350milhões de débitos com bancos e CrS 50 milhõescom outros credores. O diretor-superintendente da «empresa. Plínio Vidigal da Silveira, acredita queem cerca de um ano esse passivo será liquidado, a *Lindenberg se equilibrará e vai diversificar bnstan- ..te sua faixa de atuação na construção.

O Sr Adolpho Lindenberg explicou que duran- ¦•¦te os 30 meses da concordata, grupos empresariaisde amigos confiaram na empresa, financiando vá- ,'rias incorporações e ajudando a garantir a entregade todas as obras. Acrescentou que. com os CrS 200 __milhões que a Caixa Econômica Federal empresta- "ra nos próximos dias (prazo de cinco anos, juros ecorreção monetária de 10S: a 12%) e com os resul-tados operacionais, "a partir de agora nào haverámaiores preocupações para levar a empresa aretomar seu crescimento no pais e no exterior."

O Sr Lindenberg lembrou que a crescenteelevação dns taxas de juros dos bancos em 1979 —-que nào acompanharam a evolução das UPCspara as vendas da empresa — foi a principal razãoque o levou â concordata. Agora, ele concordouque pode driblar os bancos, pois a empresa evitará 'programar empreendimentos vinculados a finan-ciamentos.

Os apartamentos-hotéis ide dois e três quartos Ie duas garagens» e os apartamentos de luxo pro-gramados para 1982 serão vendidos por sistemasde condomínio, com rateio de todas as despesasentre os compradores, desde a compra do terreno*até a entregn dns chaves.

Serão cuuatiuidj "ijlésêin Sâo Paulo, umno Rio e outro em Betem, A construção do centroturístico na Nigéria, que inclui um hotel, está em-'fase de negociação e será financiado por um conCsórcio de bancos liderados pelo Banco da América...Através do Finex. serão financiados 40'5- da opera-çáo que tem valor total de 120 milhões de dólares.O centro serã instalado em Lagos.

18..«rta

0W<* '¦ Falecimentos

Rio de JaneiroMaria Amélia Mello Falcão

Barata, 75, na Casa de SaüdePortugal. Nascida em Braga,Portugal, morava na Tijuca,Viúva, tinha sobrinhos no Bra-sil e em Portugal.

Francisco Oliveira dc Ma-tos, 69, de parada cardíaca, emcasa. no Leme. Carioca, comer-clante, casado com Maria Apa-recida Freitas de Matos, tinhadois filhos: Paulo César e Ro-berto, três netos.

. Maurício Barreto da Silvei-;-:; ra, 40, de infarto, no Prontocor.^Carioca, lndustrlário, desqul-....,' tado, tinha três filhos: Fernan-

do, Mauro e Alice, morava em'Laranjeiras.** Antônio Carlos Fernandes

da Silva, 78, de edema pulmo-nar, em casa, em Botafogo. Ca-rioca, funcionário público apo-sentado, viúvo de Sandra Lu-cia Camargo da SUva, tinhaoito filhos, netos e bisnetos.

Fábio Gonzaga Ribeiro, 64,de acidente vascular cerebral,no Hospital Ipanema. Carioca,engenheiro civil, viúvo de Ro-berta Siqueira Ribeiro, mora-va no Leblon.

Gabriela Soares dns Neves,56, de insuficiência cardíaca,em casa, em Botafogo. Minei-ra, era viúva de Hilton P. dasNeves.

Consuelo Vieira dos Santos,80, de arteriosclerose, em casa,em Sâo Cristóvão. Carioca,viúva de Henrique Bezerra dosSantos, tinha seis filhos: Pau-lo. Nádla, Nelson, Suely, Rlcar-do e Robson, netos e bisnetos,

Vânia Ferreira de Barros,37, de insuficiência cardíaca,no Hospital Pedro Ernesto.Carioca, casada com Jorge G.de Barros, tinha uma filha:Jandira, morava na Tijuca.

Carollna Martins dc Souza,72, de mlocardlosclerose, noHospital N.S. da Penha. Cario-ca, viúva de Antônio Pinto deSouza, tinha dois filhos: Orlan-do e Walter, sete netos, mora-va em Olaria.

Carmem Pinheiro Cclano,69, de anemia, no Hospital deJacarepaguá. Carioca, soltei-ra, morava em Madureira, tl-nha uma filha e dois netos

EstadosBenta Fernandes dc Jesus,

78, de problema cardíaco, emSão Paulo. Viúva de EstêvãoConde, tinha filhos, nora enetos.

Abílio Gomes, 76, de derra-me, em Sáo Paulo. Tinha lrmáe sobrinhos.

Antônio Montezello, 82, decolapso, em Sào Paulo. Eraviúvo de Benedita Montezello.

Lucrêcia Santos, 76, de pro-blemas renais, em São Paulo.Viúva de Bento Antônio dosSantos; tinha filha: Tereza.

Rosa Maria Alaggio, 86, deInsuficiência cardíaca, no Hos-pitai Femlna, em Porto Alegre.Gaúcha de Cachoeira do Sul,era solteira.

Francisco Medina Cfchero,75, de broncopneumonla, noHospital Universitário da

PUC, em Porto Alegre. Gaú-cho de Alegrete, era funciona-rio aposentado da Viação Fér-rea. Viúvo de Hermínla Clche-ro, tinha três filhas, 13 netos eum bisneto.

José da Silva Meireles, 62,de caquexla, na residência, emBelo Horizonte. Natural de Va-lença (RJ), estava aposentado.Casado com Norma Ida SerraMeireles, tinha 10 filhos, Célia,Ismael, Norma, Milton, Marie-ne, Neuza, Nelson, José, Antô-nio e Eliana.

Maria Falcão, 64, de encefa-lopatla, na Santa Casa de Ml-sericórdla, em Belo Horizonte.Mineira de Plrapama, era filhade Balbino Falcão de Moura eVltallna Antônio Teixeira. Sol-teira.

ExteriorFrancis McCarthy, 70, de

. ataque cardíaco, numa rua deManhattan, Nova Iorque. Re-pórter da United Press Inter-nacional, cobriu a II GuerraMundial e a chegada do Presi-dente cubano Fidel Castro ao

,, Poder, durante seus 30 anos deJornalismo. Embora sem ter ocurso secundário completo,tornou-se famoso por seu tra-balho como correspondente deguerra no Pacifico para a Uni-

ted Press, que depois se uniuao International News Servicepara formar a UPI. Apôs aGuerra foi chefe da sucursal daUP cm Havana, Cuba, de ondefoi expulso juntamente comoutros correspondentes norte-americanos por Castro. Carthyvoltou a Nova Iorque comoeditor da mesa latino-americana e supervisionou acobertura da América Latinaaté que se aposentou em 1974.

Avisos Religiosose Fúnebres

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JORNAL DO BRASIL

AVISOS RELIGIOSOS

CONCETTA PERROTA DE OLIVEIRA

t(MISSA 7° DIA)

A família agradece as manifestações de pesar e convida paraMissa de 7o Dia a ser celebrada na Igreia Nossa S. do Líbano no dia7 ao correnie as 18 hs Rua Conde de Bonfim, 638 — Tijuca

ALICE BORGES DA VEIGA(FALECIMENTO)

t

Oscar da Veiga Filho e Familia, Maria Júlia da Veiga,Armando Pires de Amorim e Familia e Mana Helena'da Veiga, consternados comunicam o falecimentode sua querida màe, sogra, avó e bisavó e convidampara o seu sepultamento, a realizar-se hoje. dia 7, às

11 horas saindo o féretro da Capela Real Grandeza n° 2 parao Cemitério de São Joáo Batista.

Polícialiberaavião

Belo Horizonte — O avláomonomotor Cessna 172, prefl-xo PT-BUG, do Aero Clube deLagoa Santa, na Região Me-tropolltana, que pousou, an-teontem, na altura do Km 6 daBR-040, Rlo-Juiz de Fora, foiliberado pela policia de TrêsRios, após uma vistoria. Oaparelho devera seguir, hoje,para aquele cidade, seguindoinformou o presidente doaeroclube Alcides Fagioll.

Ele revelou, ainda, que asbagagens que estavam . noavião e que despertaram sus-peitas eram apenas roupas detrês pessoas que viajavam noaparelho: o Instrutor MôrcloSousa Reis. filho do vice-presidente do Aero Clube deLagoa Santa; o 2°-tesourelrodo clube, Fernando Mauro Ma-galhàes Pascoal; e a noiva deMárcio, Silvana da Silva Oll-velra, que estavam em CaboFrio desde o dia 31.

MEDO

Alcides Fagioll disse queFernando Pascoal esto toman-do aulas de pilotagem comMárcio e seguira junto com ocasal, que passou o réveillonem Cabo Frio. Anteontem àtarde, eles deixaram aquela cl-dade, com destino a LagoaSanta.

Quando o avláo decolou, ha-via teto, mas, nas proxlmlda-des de Três Rios, a visibilidadese tornou bastante precária,obrigando Márcio a descer naestrada, pois ele tinha conheci-mento de que o aparelho esta-va próximo à Serra da Manti-queira e poderia haver umacolisão se tentasse localizarum aeroporto, Alcides Fagiollinformou que Márcio SousaReis viajou, ontem, de auto-móvel, para Três Rios. a flm debuscar o avião.

O Instrutor comunicou aoaeroclube que o pouso deemergência foi feito por voltadas 15h e que náo houve negli-génCla de sua parte. Acrescen-tou que náo abandonou oavião, mas apenas o deixoupara pedir ajuda em Três Rios.

Laudo sobremoça ficapronto hoje

O laudo do IML sobre a mor-te da estudante Simone Paisde Aguiar deverá ficar prontohoje, segundo revelou o advo-gado da familia dela, Ivan Sen-ra Pessanha, no programa OPovo na TV, da TVS. Canal 11.Simone caiu ou foi jogada nuado ap. 1 001 da Rua Bolívar.162, em Copacabana, no dia 31de dezembro.

Na opinião do advogado, amoça foi trazida para o Riopelo namorado, Marcos Andréde Almeida Cunha, o AndréLuis, de 22 anos para, em com-blnaçáo com a comerciariaIandeci Monteiro, levá-la aprostituir-se e a vender tóxl-cos. Acrescentou que. em no-vembro. os pais de Simone fl-zeram uma festa nos 15 anosdela e lhe deram aproximada-mente CrS 500 mll em jóias,que foram roubadas.

Ele disse que, pelos depol-mentos de Marcos André eIandeci, na 12a DP, em Copa-cabana, ficou provado que osdois trouxeram Simone, queera muito sensível, gostava deescrever e sonhava ser modelo.Acentuou que a comerciariaera encarregada de apresentarmoças a pessoas de posses, co-mo Fernando de Sousa Ferrei-ra de Carvalho, dono do edlfí-cio em que a moça foi morta.

SURPRESA

Por volta das 17h30m de on-tem, quando o médico Miltonatendia ao menino Eduardo, oJuiz do Trabalho José Júlio,presidente da 3" Junta de Con-cillaçào e Julgamento de NovaIguaçu, pegou sua capanga euma bolsa e saiu para comprarleite, no supermercado Disco,em frente ao prédio ondemora.

Minutos após ter saldo, oporteiro comunicou a famíliado juiz, no apartamento 104,que ele estava ferido e san-grando muito. O médico saiupara socorrer o magistrado elogo providenciou que o ferido

Juiz é esfaqueado na Ruadas Laranjeiras e ninguémsabe o motivo da agressão

O Juiz do Trabalho José Túlio do Rego Monteiro,de 41 anos, foi esfaqueado ontem no tórax, braço eperna, na Rua das Laranjeiras, em frente ao HotelDalma Palace, no número 22, por um homem alto decabelos grisalhos. A polícia nãp soube informar osmotivos da agressão.

Tarciso Ferreira Carvalho, porteiro do edifícioonde mora o Juiz, no número 226 da mesma rua, osocorreu, comunicando-se com a família de José pelointerfone do prédio. O médico Milton Ungierowrz, queatendia, por coincidência, Eduardo, filho do magis-trado que estava com gripe, providenciou os primei-ros socorros para o Juiz.

fosse levado para o HospitalSouza Aguiar.

Logo que chegou ao hospl-tal, o juiz foi conduzido para asala de operações. Por nâo tersido roubado nada do juiz, ospoliciais da 9a DP, no Catete,encarregados de Investigar ocaso, acham que ele pode tersido atacado por vingança. Ospoliciais da 9a DP só consegui-ram saber que o criminoso ti-nha sido um homem de cabe-los grisalhos e alto. que embar-cou num ônibus apôs o ataque.

No Souza Aguiar, depois deoperado, os médicos Informa-vam ser grave o estado do JuizJosé Júlio, que, ao ser ferido,estava de bermuda e blusâo.

Pai de rapaz agredido norestaurante Rio's irá aMuniz pedir providências

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários,Herculano Borges da Fonseca, irá pedir ao Secretáriode Segurança Pública, General Valdir Muniz, maiorrigor na apuração das agressões sofridas por seu filho,Jorge Marcos da Cunha Borges da Fonseca, de 21anos, no interior do Restaurante Rio's, no Aterro doFlamengo, na madrugada do dia Io.

Segundo Herculano Borges da Fonseca, o rapazfoi espancado e pisoteado por um grupo de garçons —10 a 15, segundo um amigo — liderados pelo filho doconcessionário do estabelecimento, Orlando Lopesque "costuma andar armado de soco inglês". Jorgesofreu afundamento do cràneo com derrame, e foioperado na Beneficência Portuguesa.

porque ele considerou covar-dia o que faziam com o rapaz.

Jorge Maros foi levado porum amigo para o Hospital Ro-cha Maia de onde. em face dagravidade dos ferimentos sofri-dos, foi removido para a Bene-licencia Portuguesa. Lá foioperado, permanecendo ai-guns dias no Centro de Trata-mento Intensivo.

Também no Hospital RochaMaia foram conduzidos o casalque estava sendo espancadoantes de Jorge Marcos e maisuma moça. Herculano tam-bém Irã pedir providencias aoPrefeito da Cidade. Júlio Cou-tlnho, para colocar um flm nasviolências que vêm ocorrendono restaurante Rio's, pois oestabelecimento pertence aPrefeitura.

Genro mandamatar sogropor herança

Belo Horizonte — O vaquei-ro José Alves Balbino, de 25anos, confessou ter assassina-do o fazendeiro Sudario Cór-tes, de Patrocinio, noTriâhgu-lo Mineiro. Ele foi seqüestradona segunda-feira e encontrado,no dia seguinte, numa estradade terra, morto a facadas e apauladas. José acusou o genrodo fazendeiro. Carlos AlbertoMeneses, como mandante docrime, para ficar com a heran-ça. avaliada em mais de CrS100 milhões.

1" Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

AGRESSÃO

O pai do rapaz depois deregistrar o fato na 9a DP, noCatete, disse que pretendeapurar em minúcias a agres-são para responsabilizar osculpados.

— Há um assassino solto e asociedade precisa ser defendi-da. afirmou o Sr Herculano.

Esclareceu que o agressor êconhecido pelas violências quepratica ali como gerente dorestaurante, sempre acompa-nhado por um Icáo-dc-chácaraconhecido por Índio.

Disse que o filho foi agredidoporque pediu aos empregadosdo restaurante que deixassemde. bater em um rapaz que es-tava em companhia de umamoça. Os homens se voltaramcontra ele, diante do pedido

Loteriapremia n59 390

o

A 1 851' extração da LoteriaFederal apresentou os seguin-tes resultados:Prímioi Valorai Bilh.i.»

Io CrJ 15 milhòos 59 3902o CrJ I milhão 500 mil 25 3923C CrJ I m.lhóo 53 6764o CrJ 750 mil 65 1645o OS 400 m,l 36 2856o CrJ 350 mil 18 3367o CrS 300 mil 4C 8528o CrS 250 mll 58 3919o CrS 200 mll 43 885

10° CrS 150 mil 05 712

PROFESSORDR. ANTÔNIO CARLOS FREIRE

DA FONSECA(FALECIMENTO)

tA

família do Dr. ANTÔNIO CARLOS FREIRE DAFONSECA consternada, comunica o seu falecimentoe convida parentes e amigos para o seu sepultamen-to a realizar-se hoje. às 11 ;00 horas, saindo o féretroda Capela "F" Santa Izabel (Inhaúma), para o Cerni-

ténode Inhaúma. (P

LÚCIA DOS SANTOS PINTO

tHermano Fortunato Pinto, Deolinda Maria Pinto, Aluisio

José Pinto, Lúcio José Pinto, Nelson Mattos, LedaMaria Pinto de Mattos, Hermano Mattos, Maria Lúcia

Mattos, Carlos Eduardo Bertão, Maria Lúcia Mattos Bertão eEduardo Mattos Bertão, comunicam o falecimento de suaqutjiida esposa, mãe, sogid, avó c Lisavó LÚCIA e convidam-parentes e amigos para a Missa de 7o Dia, que mandamcelebrar hoje, quinta-feira, dia 7, às 11 hs, na Igreja de N. S.do Carmo, à Rua 1o de Março. (p

MARIA LUIZADO REGO MONTEIRO

DOMINGUES DE OLIVEIRA(BINGO)

(MISSA DE 7o DIA)

tSua

familia agradece as manifestações depesar, e convida parentes e amigos para aMissa de 7o Dia a ser celebrada às 17,30do dia 8 de janeiro (Sexta-feira) na Igreja

de N. S. do Rosário, à Rua Gen. Ribeiro daCosta n° 164, no Leme.

LÚCIA DOS SANTOS PINTO

t

TECIDOS H. F. PINTO S/A., comunica o falecimento da Sra. LÚCIADOS SANTOS PINTO, esposa e mãe de seus diretores, HermanoFortunato Pinto, Aluisio José Pinto e Lúcio José Pinto, e convida paraa Missa de 7o Dia, que fará celebrar, hoje, quinta-feira, dia 7, às 11:00

hs, na Igreja de N. S. do Carmo, à Rua 1 ° de Março. (P

TempoINPE/CNTq — »h!7m (j/j/g) — AE

ir,.¦! .><-' Mj^sÊBmmu. ...JSBmS %aBmmiÊÈfo.(*4S&m!mK3R!SisM8&

A zona dc convergência intcnropical eslá sobre oOceano Atlântico na nltura do litoral das regiões Norte eNordeste do Brasil. Grande parte das regiões Centro-Oeste,Norte e Nordeste npareccm com Áreas brancas indicandonebulosidade e chuvas isoladas.

No RioTempo nublado sujeito a pancadas de chuvas e trovoadas napane da tarde. Temperatura estável. Ventos de Este aNorte fracos e moderados. Temperatura máxima: 31.1 emBangu e temperatura mínima: 18.0 no Alto da Boa Vista.Al Chuvas — Precipitação em milímetros nas últimas 24horas 0.3; Acumulada este mês: 135.6; normal mensal:136.5; acumulada este ano: 135.6; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerá às 05hl0m e o ocaso será às I8h-I0m.O Mar — No Rio de Janeiro: Preamar: 03h4tm/K3m eIMi.i2mi.3m Baixamar: Wh-IJm/O.Jm e 22h55mAI.Om. EmAngra dos Reis1 Preamar: 02h50nVl 3m e 14h35m/1.2mBaixamar t0h25m/0.4m e 22h3lm/0.lm. Em Cabo Frio:l!.lh2Hm<l Jm e I5hllmi 2m Baixamar: 09h44mfl.5m e21h5Sm.0.1m.O Salvamar informa que o mar está calmo até Sào Conradoe agitado na Barra. Águas a 24° dentro e fora da barra,correndo de Leste para Sul.

A Lua

Uma (reme fria está localizada sobre o Oceano Atlánti-co alongando-se ale os Estados do Rio de Janeiro e EspiritoSanto e atingindo o interior dc Minas,

Os Estados dc Sáo Paulo. Paraná e Mato Grosso do Sulaparecem com a área escura indicando ausência dc nebulo-sidade c temperaturas elevadas. Nova frente fria estálocalizada no Rio Grande do Sul estendendo-se ate o Norteda Argentina.

Uma terceira frente fria. em formação, está no extremoSul do continente.

As Imagens do satélite metcorologko GOES sio recebidasdiariamente pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (IN-PE/CNPq), tm Sin Jnsf dos Campos (SP), transmitidas emInfra-vermelho. As áreas brancas Indicam temperaturasbalias e as arras pretas, temperaturas elevadas. Conhecer-do-se a temperatura das áreas brancas e das áreas pretaspode-se. com uma escala cromállca. determinar as tempera-luras da superfície da Terr». das massas de ar e do topo dasruvens.

DUlSalMinguante Sosa CrescenteIrVlll 25.HI 1/02

CheiatW Dl

Nos EstadosAraaionaV Par* — Nub a ene. d chuvas. Temp estável.Máx.. 29.3; mfn , 23.2. Roriima' Amapé — Nub. a ene. cichuvas esparsas, Temp.t estável. Máx.. 26.2; min.. 21.9;Acre.' Rondônia — Nub a ene. a chuvas. Temp . estável.'Max . 24 2. mín . 18.2. Maranhio —Nub. acne. e chuvas.Temp estável Máx , 27; min , 2.1 2; PUul/Ceara ~ Nub.a ene c chuvas esparsas Temp i estável. Máx . 31.2; mín .24 3. Rio (ide. do Norte — Pte. nub. a nub. Chuvas isoladasa Oeste Temp.: estável. Máx.. 32.1; min.. 24.<>; Paraíba —Pte. nub a nub ; chuvas isoladas a Oeste. Temp.: estável.Max . 30 4, mín . 25.2. Pernambuco —Nub. chuvas esp aoOeste, demais regs pte nub. a nub. Temp.: estável. Mlv,29.4; min.. 24.9; Ala|<oaV Sergipe — Pte. nublado anublado Temp : estável Máx. 29 5; min.. 25.4; Bahia —Nub. i ene. chuvas a Oeste e Sul. demais regs pte. nub. anub Temp: estável, Máx., 30.1; min.. 24.2. Mato Grosso

Nub a ene. c/chuvas Temp : estável. Máx,. 33.2; mín ,23; Mato Grosso do Sul — Pte. nub. a nub. suj. a chuvasisoladas ao Norte do Estado. Temp.: estável. Máx.. 31.9;mfn . 20.o; Goiás — Nub. acne. c/chuvas. Temp.: estável.Máx.. 28; mín.. 22.8, Brasília — Nub. a ene. à chuvas.Temp estável Máx .25. mfn., lb 8; Minas Gerais— Ene.a nub. d possíveis chuvas esparsas ao Norte c Centro doEstado; demats regs. pie. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.,26 J; min . 18.2; Espirito Santo — Ene. a nub. cf possíveischvs. esp Temp.: estável. Máx., 2«.l.mln.,21 6, Sáo Paulo

Pte nub a nub. Temp.: estável. Máx , 2"?.7; mín., 16.9;Paraná — Pte. nub. a ocas. nub. Temp.. estável. Máx.,27.2; mín.. 12.2. Su. Catarina — Pte. nub. d possíveisinstabilidades á tarde. Temp.: estável Máx.. 28.2; min.,15.6; Rio Gde. do Sul — Claro a pte. nub sujeito a instab àtarde no Norte. Temp eitável, Máx.. 28.6; min.. 19.7.

a? S^7^-

ANALISE S1NÔTICA IX) MAPA DO 1NST1TITO NACIO-NAL i)E METEOROLOGIA! Frente Ina nn litoral doEstado do Espirito Santo Outra frente fria fraca cmdissipaçâo no litoral do Rio Cirande do Sul massa dc arfVljr em transição para tropical com centro no Atlântico.

No MundoAmsterdam 11. nublado; Barbados: 27. nublado. Beirute:16. claro. Belarado 12. nublado, Berlim: - 2, neve; Bogoli:19. chuvoso; Bruxelas 8. nublado; Buenos Aires: 29,nublado. Ei Cairo 20. claro. Caracaj: 28. nublado; Chia.«o: 3, nublado; Copenhague -9. nese, Dublin: 3, nese;Krancfun 10, chuva. Genebra: II, chuva; Havana: 2ri.nublado. Jerusalém: 12. claro. Johannesburno: 26, claro;Lima 23. claro; Lisboa. 17, nublado; Londres: 2, claro; LosAngeles 16. nublado; Madri: 12. nublado; México. D.F.;22. claro, .Miami: 24. nublado; Montevidéu: 29. nublado,Montreal: 4. claro; Moscou 15, nublado; Naauu: 27.nublado; Nota Dell 22. claro; Nova Iorque: 5. nublado;Osío: - 15, claro; Paris: 12, nublado; Roma: 12, claro; SanFrancisco; 11. claro. San Juan: 28, nublado; Santiago: 29,nublado. Estocolmo: -10. neve; Tel Avis: 17. claro; T6-quio: 9. claro; Viena: 8, claro.

LÚCIA DOS SANTOS PINTOA.CIA. TÊXTIL BRASIL INDUSTRIAL, comunica o falecimento da SraLÚCIA DOS SANTOS PINTO, esposa, mãe e avó de seus diretores,Hermano Fortunato Pinto, Lúcio José Pinto e Hermano Pinto Beau-mont de Mattos, e convida para a Missa de 7o Dia, que fará celebrarquinta-feira, dia 7, às 11:00 hs, na Igreja de N. S. do Carmo, à Rua 1o

thoje,de Março (P

LÚCIA DOS SANTOS PINTO

tA

Cia. Fábrica de Tecidos São Pedro de Alcântara comunica ofalecimento da Sra. LÚCIA DOS SANTOS PINTO, mãe de seu Diretor,Lúcio José Pinto, e convida para a Missa de 7o Dia que fará celebrarhoje, quinta-feira, dia 7, às 11:00 hs., na Igreja de N.S. do Carmo à

Rua 1o de Março, (p

tNG* fRÂÍviClSCÜlÃETLOFILHO

MISSA 7° DIA

tA diretoria e colegas da ENGEVIX S.A. Estudos e

Projetos de Engenharia, convidam para Missa de7° Dia em memória de seu colaborador e amigo,

que será realizada amanhã, dia 8 de janeiro, às Í0horas, na Igreja Nossa Senhora do Carmo a Rua 1o deMarço. (P

ENGENHEIROFRANCISCO MELLO FILHO

(MISSA DE 7° DIA)

tOs

Engenheiros da Turma de 1945 da Escola Nacio-nal de Engenharia (U.B.), profundamente consterna-dos com a perda do seu querido colega e amigoFRANCISCO, convidam para a Missa que em suaintenção, será rezada na Igreja do Carmo, às 10:00

horas da próxima 6a feira, dia 8do mès em curso. (P

SSt

LUZIA DE PAOLA7° DIA

tAs

famílias de Paola e do Nascimento e Souzaconvidam para a Missa de 7o Dia que serácelebrada 6a feira, dia 8, às 10:00 horas, naIgreja da Irmandade da Imaculada Conceição, à

Praia de Botafogo, 266. Agradecendo as manifesta-ções de carinho recebidas, dispensam pêsames.

SILVIA MARIA MOREIRADE OLIVEIRA

(MISSA DE 7o DIA)

t

Júlio Moreira de Oliveira, sua esposa, filhos,nora e netas agradecem a solidariedade recebi-da e convidam parentes e amigos para a Missaem intenção da alma da inesquecível filha

SILVINHA, que será celebrada no dia 8 de janeiro, às10 horas, na Paróquia de Santana, Capela de StaCabriní (Santíssimo Sacramento) na Rua de Santana.

FRANCISCO MELLO FILHO(MISSA DE 7o DIA)

tArlette

Maron de Mello, Paulo Cezar Aragão, sua esposaAnita Maron de Mello Chaves de Aragão e filhos, AnaCarolina e Cezar Augusto, Carlos Cezar Saboya Galliez,sua esposa Mareia Mello Galliez e filhos Rafael e Maron,

Damião Maron de Mello, Neide Rodrigues e Angela Maron deMello, agradecem as manifestações de pesar recebidas porocasião do falecimento de seu querido marido, pai, sogro e avôFRANCISCO MELLO FILHO e convidam para a Missa de 7oDia que farão celebrar no dia 08, às 10:00 Hs, na Igreja N. S. doCarmo, na Rua 1o de Março.

JORNAL DO BRASIL D quinta-feira 7/1/82 D 1" Caderno

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A. Mora leiI, AmaralW. PeneloiDaniel NetoE. P. CoutinhoE. P. CoutinhoO. RibeiroS. FrançaW. G. Oliveira

Bom o apronto de Aster, confirmando uque-la sua exibição da manha de terça-feira náo

; vai perder. Seu maior adversário é Kaleldos-í cope que vem de segundo para Tri táo dc Ouro,

numa exiblçáo muito boa.pensionista de Zllmar erapois para Iapetus.

Só perdeu porque omelhor. Chance de-

ASTER — KALEIDOSCOPE — IAPETUS

3o PÁREO — às 20h55 — 1600 metros AreiaRecorde: Farinelli — lm37s 2/5 — Cr$ 105 mil INICIO DO CONCURSO

T^V VielbTahgo,A.P.Souza 72—2 Qui»!Run.J.M Silva I

3 Rueck.R. Marque» 3'3—4 .nliKhon.G. F Almoido 5

5 PetitParinen.E Marinho 64—6 Excluído

. 7 Tumi.C. Xavier 2

4° 6) Quarlro n Voglln (BH)4o 4) Harotha <• Upwt6o 8) Tuim v Jock Boy2o (14) Slronvilk • El Mercúrio5o 8) Monjolo « Phomur1° 8) Phomur o Yapur7o 7) Bamboriol o Trifl»

1400320015001600160016001600

AL Im34iGP 3m38lAP Im37ilNU Im31l3AM Im42lAM Im42iNP tm42i3

J. I. RxirotoA. Moralei5. FrançaC. A. VergadoJ. BorlonlM. Morale»Gl. Ferreiro

• Carreira dc difícil prognóstico. Vamos ficarcom a grande chance de Quiet Run, animal quecaiu num páreo realmente fraco para as suaspossibilidades técnicas. Vem de perder para

Haretha e Upset que sáo infinitamente melho-res que os adversários de hoje. Dupla comViejo Tango, animal que gosta de correr adistância de 1 mil 600 metros.

QUIET RUN — VIEJO TANGO — FRITZ KHAN

4o PÁREO — às 21H20 — 1200 metros AreiaRecorde: latagan — lm!2s 2/5 — Cr$ 176 mil

',1—1 Gamôo.F. Per»lraF> 56

2 Flume,EB.Queiroz 522—3.Margollo,C. Xovior 56

4 Tamoo.WN^Gonçalvei 563—5 .Toldador. J.M.Silvo 56

6 Herondl, I, Agoitinbo 564—7 CalePino.F. Lemo» 56

8 Rei Loâo, G F. Almeida 56

2o ( 9) Tora Tora e CrólloEstreante2° (11) Frade e Set Poim9o (12) Tudo Certo o Calouro4o (12) Tudo Certo e Colouro0o (10) Donnui o Gully4° { 9) Toro Toro e Gamáo9° (II) Frade e Margoifo

1100

130014001400140011001300

NL Im08l2

AMAPAPAMNLAM

Im22il.ImíBiIm28iImJBlIm08i2Im22il

• Gamáo e retrospecto. Vai ganhar pelamaior categoria técnica que os adversários.Váxx lutar pela formaçáo da dupla, Toldador,

GAMÃO

W PoneloiA. GarcioJ. E. Sou;oCIP. Nuneit. AcuftoA.V. NeveiOaniel NetoW. Aliono

Cale Pino e Margoifo, com vantagem para oconduzido de J.M. Silva. Depois, Cale Pintoque cada dia chega mais perto do vencedor.

TOLDADOR — CALE PINO

5o PÁREO — às 21 h50 — 1200 metros AreiaRecorde latagan — lml2s 2/5 — Cr$ 148 mil DUPLA EXATA

' l—F Heíeninho.G.F Almeida 57"-2..Hué.F. Pereira F° 572—3 Coloroto, J. C Coltillo 57

4 Girai. AP. Souro 573—5 Bibeico, J. M Silva 57

Sodejkò, E. R Ferreira 57Mi» Sunihine, I, Agoitinho 57

4—8 Blomleu. R. Freire „...,.._: 579 Benlna.P. Cordoio 57

10 Miu Sombolo. ESanloi 10 57

3° (12) Flying To Pori» e D Primavera10° (14) Purunça e Dirty Trick3° (13) Miralena o D Primavera°° (13) Miralena e 0 Primavera7° ( 9) Choguaya e Dirty Trick9° (13) Doce Primovero o Dirty Trick8o (10) Sulileio e Lody Pai

IIo (13) Doce Primavera e Dirty Trick9o (13) Aiiaibi e tWchlio5o (13) Aiiaibi e Hfchtia

1000 AP1300 NM1100 NL1100 NL1300 NM1400 GL1100 NP1400 GL1000 NM1000 NM

Im03llIm22i2ImOBlIm08lIm23l2Im26lllm09iIm26l2Im03iIm03l

• Novamente uma carreira muito difícil paraanalisar. Vamos ficar logo com Colorata quecorreu multo frente a útil Miralena. Bastaconfirmar aquela apresentaçáo para nào ser

C A MorgadoO RibeiroL Aeu AoIC. BononlA. VieiraM. SoleiA.V. Nev«Daniel NetoH. PereiS, Franco

derrotada. Dupla com Helenlnha que anda,agora, confirmando carreiras. Depois, MissSambola que pode ser a pule alta da compe-tlçáo.

COLORATA — HELENINHA — MiSS SAMBOLA

1 — 1 E Von Domork.P. Cordoio2 Virtuoio.F. Pereira F°

2—3 Hurdler.R. Silvo4 Crockihot. J.M. Silva. .

3—5 Cobiçojo.M. Vai6 BeauArdon.E, Morinho

4—7 Demofoon.E.R. Ferreiro.

6o PÁREO — Às 22h 15 — 1600 metros — AreiaRecordo: Forinalli.— Im37s 2/5 — Cr$ 148 mil

57575757575757

Bonano, W. Gonçolvei 3 57

4° (10) Canroben » Good Poker6o (10) Dactui e Huidler2o (10) Dactui o Rovono5o (10) Dactui o HurdlerIo (10) Cabaline e Ano Novo7o ( 8) Arcobu- e lord4o (10) Doctui o Hurdlor6° ( 7) Greot Defenior e Landgrave

C.AbreuM Morale*AHodeckerG UllooJ.CCoutmhoJ.C.Coutinho

• Exodus Von Demark é multo melhor que osadversários de hoje. Tem condições para lar-gar e acabar. A luta mais dificil é pela forma-

EXUDUS VON DEMARK —

çáo da dupla, onde o destaque deve ser Virtuo-so, multo ameaçado por Crackshot.

VIRTUOSO — CRACKSHOT

7o PÁREO — Às 22h45 — 1600 metros — AreioRecorde: Farinelli — lm37s 2/5 — Cr$ 122 mil

1-1 Ubln»,J.M.SIIva 56 3o ( 8) Fiorucci e Big Day 1600 NM Im42ll. R.Nah.d

, Vamondu W.Gonjalvei 55 8° (12) Nhonduvo e Candy i Per 1300 NP Im23i O.Cardoio

2—3 Holi Hot. M.Andrade 5B J° (12) Nhonduvá o Condyi Pet 1300 NP Im23» WG OliveiraA! Solto, L. Januário 57 7,12) Groí Jeu e Condyi Pel 1200 NP Iml6i3 C Ro>a3-5 Alorite.JC Camilo 57 4» ( 6) Fiorucci e Big Day 1600 NM Im42il. WAlianoFino Trato. J.Malto 58 2» ( 8) Imbó e Coh.il |600 NP Im45i3. EP.Coulinho

4—7 Potente. J.PodroP 57 4o ( 7) Groí Jeu e Gobun U00 AP Im29i F AbreuUndolo, J F. Frogo 58 7° (I I) Bangalo-e e Ubine 1500 AP lm36i GPCoilo

• Ublne, pelo que mostrou na sua Ultima exibi-çâo, quando perdeu para Fiorucci e Big Day, éa força destacada da competição. Seguiu em

boa forma e deve vencer. Seu maior adversárioé Hot Hot, que na última teve problemas nopercurso e ainda chegou perto.

UBINE — HOT HOT — ALARIFE

sua.

1—1 Itcociano, A Romoi

8o PÁREO — às 23hl5 — 1600 metros — AreiaRecorde: Farinelli — lm37s2/5 — Cr$ 148 mil

i uprmope.u,A_i-e_|0 57;'2—3 AnoNovo.G. Alvei 57

4 GayFlier, L. Jonuóno 57S—S Ceylan.J.R.Oliveira 57

6 Leviano, D. F. Graça 574—7 Supervisor, O Ricardo 57

8 Lucas, F. Lemoi 57

2o ( 8 Ignorado e llcorinn.lu ( 9) Gran Selenid e Carpaccio3o (10) Cobiçoso e Cabotino3° (12) Chinon e K.nd To Run4° (12) Ctaniante e Corybaniei6° (10) Cob.çoio o Cobalino2o ( 6) Toro Tora e Bold Pnnce8o (10) Cobiçoio e Cobalino

nnn13001600120015001600

NM Im23l3.NP Im42lNP Iml6l3.GM Im3li2NP Im42i

(CP) 1200 ImlSll O1600 NP lm42i

R.MorgadoG.P.ConaC.RoiaA HodeckerJ.n.MoreiiaMagalhàe*I.Amaral

• Ucoviano é retrospecto e força destacada dapenúltima corrida de hoje. Tem muita sobrasna competição. Dupla com Supervisor que

correu muito bem e seguiu em progressos.Depois, Ano Novo e Oprincipe, que venceu comfacilidade na turma de baixo.ILCOVIANO — SUPERVISOR — ANO NOVO

9° PÁREORecorde: latagan -

As 23h45 — 1200 metros — Areialml2s2/5 — Cr$ 105 mil — DUPLA EXATA

1—1 Arvik. A. P. Souza 57Juke Box. T.B. Pereira 56

2—3 lamerigo, I.Bfaillíen*»,. 56Éroz, J. Freire 58Damo*quim,E.Qarbo»a 57

3—6 Ticum, M.C. Porto 56EKudoReal.l Lonei 58Fandover, A. Ferreiro . 57

4—9 Alrium.J.Reil II 5410 Gaiui.A. Ramoi 10 5611 Yrhallo.L Coldeiro 55

2o (12) Kuki Bar e AtriumIo (10) Chico Machado o Bocor5o (11) Friu Klonner o D.Copoi6° ( 6) Jajâo e Favorable6o (13) Salmo e Colaborador5° ( 9) Adroir e Querlr5° ( 6} Jojào e Fovorable4° (10) Dama de Copai e Deodato3° (I2| Kuk. Bar o Arv.k9° (12) Cincinnol. Kid e lurno6o (II) Fritt KJanner e DCopoi

1300 NM Im22i4.1100 NL Iml0l3.1000 NL Im03il.1000 NP Im02i1400 AP Im29i3.1200 AP Iml6i2.1000 NP lm02i1000 NM Im03l41300 NM Im22i4.1300 NM Im23i2.1000 NL Im03il.

OM.Fernande»P.tobreGP. CoitaGl FerreiroA. GarciaJ.BorioniJ.U.Freue5 FrançaA RicardoJ l PediowJ.Coutinho

• Arvik deve encerrar a reuniáo de logo mais.Vem de ótima apresentaçáo e a turma ficouainda mais fraca. Seu maior adversário é

ARVIK

Atrium, que andou correndo multo frente aKuki Bar. Depois, dizem que Damasquim me-lhorou muito nos últimos dias.

ATRIUM — DAMASQUIM

AVISOS RELIGIOSOS

TEN CEL INT AER R/R

PEDRO SOARES DA SILVA(MISSA DE PRIMEIRO ANO DE FALECIMENTO)

t Carmem Pereira Allonso, Lygia Passos da Silva, PauloSérgio Soares da Silva, Neila Soares da Silva, Vânia eAntônio Durão Guimarães e Souza e filhos convidam

parentes e amigos para a Missa de Primeiro Ano de Falecimen-to que será celebrada em intenção de seu querido filho,esposo, pai, sogro e avô PEDRO SOARES DA SILVA, às10h30min, amanhã, dia 8 (sexta-feira), na Igreja Santa Cruz dosMilitares, na Rua Primeiro de Março. (P

Montevidéu — O cavalo bra-sileiro, Duplex, por BreedcfsDream em Dulcine, venceu oGrande Prêmio José PedroRamirez, na distância de 2 mll400 metros, com Cr$ 5 milhõesao vencedor, lmpondo-se porvários corpos ao segundo colo-cado que foi o argentino Qalts-teo. O ganhador teve a direçãodo Jóquei J. aercla.

Mantendo sempre o seu rlt-mo desde a partida, Duplexnfto teve maiores dificuldadesna importante carreira do tur-fc uruguaio, Jâ que um dosmaiores favoritos da tarde, Ba-bor, nâo teve condições paraacompanhá-lo, renunciando,ainda cedo, a qualquer preten-sâo ao triunfo.

Cotado para o público após-tador como um dos mais lm-portantes da competição, Du-plex, confirmou tudo que delese esperava, conquistandoaque a sua terceira vitória ln-ternacional. A primeira foi naArgentina ao ganhar uma lm-portante prova na milha, con-tra os melhores animais da es-peclalldade do continente. De-pois, Duplex foi até o Peru,quando venceu a sua provamáxima, derrotando os melho-res do continente por várioscorpos. Agora, repetiu aquelabrilhante atuação e marcouum novo triunfo de maneirafácil e categórica.

Já a segunda colocação foimulto bem disputada entreQallsteo e Boton (uruguaio),com vantagem nos metros fl-nals para o argentino, que con-tou com a direção de V. Cente-no. A dlreçáo de Boton, foientregue a W. Baez.

Cânter

!-3f-tt___NPIm22i2. A MoroleiI400 GM TmTJtfr-j-Síí-Ti--1400 GM Im24i4.1400 GM Im24i4.1600 NP Im42l1600 NM Im42i1400 GM Im24i4.1600 GL Im35l4

A principal carreira destasemana em Cidade Jardim,São Paulo, é a Prova EspecialJoão Alvarez Rublâo Filho, nadistância de 1 mll 200 metros,com uma dotação de CrS 420mil. O campo com as monta-'rias oficiais é o seguinte:1-1 Dubol», J. Vitorino2-2 Ferrageno, 8. Martlna3—3 Ouccl. E. Amorim4—4 HoseUu, FA. Marque»5—5 Lelí. A. Soaresft—8 Morelos, R. Penachlo7—7 Flavlâo, E. Sampaio" Good Baba, J. 8Uva

• • Campal, ganhador do Gran-de Prêmio Brasil de 1981, estásendo preparado peio treina-dor Pedro Nlckel para reapa-recer no dia 14 de fevereiro,uma carreira seletiva, visan-do a sua participaçáo no dia 7de março na Argentina, noGrande Prêmio AssociaçãoLatlno-Americana de JóqueisClubes, no Hipódromo de SanIsidro, com uma dotação deCrS 23 milhões, aproximada-mente. O ganhador da seletivarepresentará o turfe paulistanaquela Importante competi-çáo internacional.

• • *Para a corrida de hoje à

noite no Hlpódromo da Gáveahá duas estréias, cujas carac-terlsticas sáo as seguintes:Hubcrtus, por Rhone em Capi-nha, criação do Haras Itapu),pertence ao Stud Sérgio e Vai-déia. Seu treinador é E. P.Coutinho. É um animal comcampanha Inicial no Cristal,onde em cinco apresentaçõesconseguiu vencer duas vezes,-r""' da ^<*,'_.v_?j_L___.'_]Ar»cfio.Aqui na Gávea tem vários t?a-balhos de distância, sendo quena semana passada marcouIm04s para os 1 mll metros,correndo multo pelo centro dapista. Seu apronto foi multobom, marcou 37s para os 600metros, numa rala que náoestava lá multo boa para mar-cas. Vai enfrentar uma turmarelativamente fraca para suasforças e tem chance positivade sucesso. O outro estreante éFlume, por Jucá em Lamiii,criação do Haras Italassu. Seuatual proprietário é o StudTia Odete e seu treinador éAugusto Garcia. Flume apare-ce na corrida de hoje cercadode algum mistério, mas naverdade a sua chance de ven-cer ainda nâo deve ser multogrande, no entanto, pode cor-rer multo bem, pois é um ani-mal de bom porte e nâo estánuma táo despeitável assim.Seus trabalhos foram sempresuaves, numa demonstraçãode que seu treinador náo quismuito esforço na sua fase depreparação.

HELADIOFERNANDES(MISSA DE 7o DIA)

t

Esposa, filhos, gen-ros, nora e netos co-municam o faleci-mento do querido

HELADIO FERNANDES econvidam parentes e amigospara a missa de 7o dia arealizar-se no dia 06.01.82 às11:00 hs, na Igreja N. S. doCarmo (Centro)

ORAÇÃO AOESPÍRITO SANTO

Espirito Santo. Você que maesclarece tudo, que ilumina to-dos os caminhos para que euatinja o meu ideal. Vocô queme dá o dom divino de perdoare esquecer o mal que me fa-zem e que todos os instantesde minha vida está comigo, euquero neste curto diálogo agra-decer-lhe por tudo e confirmarmais uma vez que eu nuncaquero me separar de Voc4 P°rmaior que seja a Ilusão mate-rial. nâo será o mínimo devontade que eu sinto de um diaestar com Vocô e todos osmeus irmãos na glória perpô-tua. Obrigado, mais uma vez.(A pessoa deverá fazer estaoração 3 dias seguidos, semdizer o pedido, dentro de 3 diasserá alcançada a graça, pormais dificil que seja.) Publicarassim que receber a graça.Agradeço a graça recebida.

IVAN

Volta fechadaEscoriai

COMO

escrevemos na primeiracoluna desta série sobre a tempo-rada turffstica de 1981, dois no-

mes da geração nacional nascida em 1978tiveram amplo destaque: Boticão de Ouro(Locris em La Malma, por Manacle),criação do Haras Sideral e propriedade doStud D. S., e Revless (Closeness emRevlon, por Aram), criação do HarasSanta Bárbara do Oeste e propriedade deDelmar Biazóli Martins. Infelizmente,1982 não verá nenhum dos dois em ação.

Comparativamente, Boticão de Ouroe Revless não tiveram em 1981 nomes aomenos próximos a eles. No entanto, nosetor feminino, o Haras Faxina brilhouintensamente através de Off The Way(Tratteggio em Fifi La Joli, por EarldomII), magnífica ganhadora da milha dogrande clássico Criação Nacional (GrupoI), a Taça de Prata, e da milha e meia dogrande clássico José Guatemozin Noguei-ra (Grupo I), o Prix Vermeille, e esplendi-da runner-up de Revless tanto na milhadas One Thousànd Guineas paulistas,grande clássico Barão de Piracicaba(Grupo 1), quanto nos dois quilômetrosdo grandíssimo clássico Diana (Grupo 1),

-Q-Oaks deJOidade^Jardim, fhmando-se^como potranca de ótimo padrão, e atésegunda ordem, com as retiradas de Boti-cão de Ouro e Revless, como o nome maisinteressante da geração 78 ainda ementrainement. Entre as potrancas, aindamerecem citação Oh Que Boa (EarldomII em Droless, por Ogan), criação epropriedade do Haras Faxina, NaughtyMarietta (Locris em Nassau Melody, porTudor Melody), criação do Haras Siderale propriedade do Haras Santa Ana do RioGrande, certamente a melhor poulichecarioca de 1981, e Zoa (Royal Orbit emJuturna, por Zuido), criação de FazendaMondesir e propriedade do Haras Nacio-nal, principalmente por sua bela vitória,ao estrear contra potrancas já vencedoras,nos 1 mil 500 metros do simplesmenteclássico João Adhemar de Almeida Prado(Grupo III). A ser citada, como promessade especialista, Noquinha (Sail Throughem Dobres of Sevilha, por Diatome),criação e propriedade do Haras Pirajussa-ra.

Entre os potros, os destaques forammenores. Fora Boticão de Ouro, o grandroi, apenas três nomes produziram atua-ções acima da média: El Santarém (Sam-kio em Malaisia, por Sun Glade), criaçãodo Haras Balada e propriedade do StudBiscal, Dark Duke (Falkland em Galiléa,por Fort Napoléon), criação e proprieda-de dos Haras São José e Expedictus, e, noSul, Zirbo (Egoísmo em Leréia, por Mâtde Cocagne), criação de Fazenda Monde-sir. Ainda a serem lembrados, emboradevendo performances tecnicamente mais

IsxjrrTssivaSi pjar_ssja razão em plano bema baixo, Del Garbo

~(Viziáliêli^(sfVom-,~

por Mogul), criação do Haras São Quiri-no e propriedade do Stud Montecatini(talvez o grande stud do ano), derbi-winner paulista, Narbonne (Sail Throughem Ella Belle, por Tapioca), criação epropriedade do Haras Pirajussara, OMaior (Tratteggio em Hello Riso), criaçãoe propriedade do Haras Faxina, Goethe(El Asteróide em Show Girl, por Xadrez),criação e propriedade do Haras Ipiranga,Marquis (Sabinus em Tanarelle, por Ta-nerko), criação e propriedade do HarasSanta Maria de Araras, Zirkel (St. Chadem Nuza, por Waldmeister), criação deFazenda Mondesir e propriedade do StudPonte Nova, e Dersu (lsaton em Patina,por Coaralde), criação e propriedade doHaras Ponte Nova.

¦ ¦ ¦

ENTRE

os sementais, Locris apósum 1980 um tanto opaco, voltoua brilhar intensamente sobretudo

diante do excelente nível de sua geração78, já que pai do magnífico (e craque)Boticão de Ouro e de Naughty Marietta,além dos clássicos e semiclássicos, MaybeThis Time, Remember e April in Paris.Waldmeister, teve também em 1981 umano de ótimo nível. Para tanto, bastariamsuas éguas da geração 1977, como Vada,Virga e Valka. Mas Waldmeister aindateve Leão do Norte, um dos 10 melhoresanimais do ano passado. Tratteggio com-pareceu admiravelmente bem através dostrês anos Off The Way, O Maior e OurHope. Earldom II, novamente, brilhoucom as atuações de New Attack e OhQue Boa. Sail Through mostrou ótimaforma com sua fornada 1978, com osnomes de Narbonne e Noquinha emprimeiro lugar, mas também com a ótimasprinter da geração anterior, Marceline,um dos 10 melhores animais do ano quepassou. Para nós, foram estes os cincogaranhões de melhor classe em 1981,embora devam ser também citados Bree-der's Dream (Duplex e Ventaneiro), Sa-binus (Marquis, Leonino, Latino eMoonlight), Eylau (Nóvis), Falkland(Dark Duke e Haretha), Viziane (DelGarbo), Figurón (Campal), Nermaus(Denee) e Tumble Lark (Dark Brown e,na Argentina, Damping Wave).

Infelizmente, não conseguimos ter-minar o que faremos amanhã.

Ulll Co.ln_ DovW

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Renato Joaquim preferiu jogar o Hollywood

Renato Joaquimsai da Davis ejoga Hollywood

A equipe de Juvenis escaladapela Confederação Brasileirade Tênis para a primeira parti-da da Taça Davis, contra ovencedor de Equador e Boll-via, Já tem um desfalque. Re-nato Joaquim, vice-campeàodo Orange Bowl, na categoria18 anos, preferiu Jogar o Holy-wood Classlc International,que será na mesma época daDavis. Renato nào vai dispu-tar o torneio de qualificaçãodo Hollywood por ter recebidoconvite. Informou seu técnicoRoberto Marcher.

Dols dos Juvenis escalados,Carlos Chabalgoity. campeãodo Orange Bowl até 18 anos, eEdvaldo Oliveira, aceitaram oconvite e vào apresentar-se àCBT dia 17, para Inicio dostreinamentos. Os outros dolstenistas, Fernando Rosse eEduardo Omctms, ainda nâoforam contactados, por esta-rem nos Estados Unidos, masseus pais ficaram de dar umaresposta o mais rápido pos-sível.

JOAQUIM

Roberto Marcher, técnico deRenato Joaquim, que o acom-panhou à viagem aos EstadosUnidos, disse que o principalmotivo para que ele nào Jogue

_a_Taça Davis ê o convite paradisputar o Koüí«-acid C-l-asslaInternational, que conta pon-tos na ATP (Associação de Te-nlstas Proflsslonalsi e ganhar

dinheiro Jã que "ele quer mes-mo é ser profissional."

Além do problema de dihhei-ro, Já que a CBT nâo vai pagaraos tenistas, outro ponto paraMarcher, que pesou na decisãode Renato é a pressão exercidapor Jogos de Taça Davis:

— Renato está em fase deascensão e tem que aproveitartodas as chances. A melhoragora é jogar o Hollywood

O local para as partidas daDavis, que começa dentro de16 dias, ainda nào está deter-minado. Os dirigentes do tênispernambucano ficaram de daruma resposta ontem à CBTmas nâo telefonaram.

ESTADUAL

A partida entre PriscilaMendes (Flamengo) e JudyRensen (ICJQ), a que foi sus-pense anteontem por causadas chuvas, será jogada hoje,às I8h30m, no Flamengo.1 Osdois sets Jogados foram 7/6 pa-ra Judy e 6/4 para Priscilla.

Resultados: Suzana Lima(Fluminense) 6/1 e 6/0 AdrianaPaiva (Flamengo), MarcelaRaimo (Flamengo) walk overAna Qabrlela Antlcl (Coun-try). Duplas masculinas: Sér-gio Bezerra/Jorge Lima Rocha(Country) 6/4 e 7/6 Atila San-tos/Paulo Tomas Lopes (Tiju-«aCauntry), Breno Mascare-nhas/Josef Brich (Country)walk over Nelson Vaz Moreira;Roberto Calvet (Fluminense).

Kirmayr será o 2oentre os cabeças

Carlos Kirmayr é o segundopré-classiflcado no HollywoodClasslc Internacional, que serádisputado no Guarujá, comprêmios de 100 mil dólares(cerca de Cr$ 12 milhões) econta pontos para o rankingmundial. O cabeca-de-chavenúmero léo mexicano RaulRamirez, e outros brasileirosque estão entre os que náopreclsma disputar o torneio dequalificação sào João Soares,Júlio Góes, Marcos Hocevar eGivaldo Barbosa.

O torneio teve 86 Inscrições,mas apenas 25 garantem suaparticipação por pontos doranking mundial. Dos trésconvidados, apenas GivaldoBarbosa está designado ofi-clalmente — os outros sáo Cás-sio Motta e Renato Joaquim.Todos os demais teráo quedisputar o torneio de qualifl-caçáo.

Os oito cabeças-de-chave dotorneio sâo: 1. Raul Ramirez(México). 2. Carlos Kirmayr(Brasil), 3. Pat DuPre (EUA), 4.Manuel Orantes (Espanha), 5.Van Winitsky (EUA). 6. Ricar-

do Cano (Argentina), 7. JPhllDent (Austrália) e 8. GlanniOcleppo (Itália).

Alem desses, os outros queJá estão na chave principal sâoKim Warwick (Austrália); Pa-blo Arraya (Peru), Angel Gl-menez (Espanha), Diego Perez(Uruguai), Joáo Soares (Bra-sil), Christopher Vasselin(França), Georges Gqven(França), Ivan DuPasquelr(Suíça), Zoltan Kuharzki(Hungria). Kjell Johansson(Suécia), Erlck Debllèker(França), Damian Kefetlc(RFA), Marcos Hocevar (Bra-¦slll Stefan icia). Paul Torre (França), JúlioGóes (Brasil), Cláudio Panatta(Itália).

O torneio, disputado no Ca-sa Grande Hotel, no Guarujá,será realizado pela terceiravez. No ano passado tol venci-do por Kirmayr, que entãoconseguiu sua primeira vitóriana temporada mais Importan-te de sua carreira de tenistaprofissional. O vencedor doprimeiro ano foi o francês Pa-trick Proisy. _

Gerulaitis vence oIo jogo do Masters

Rosemont, Illinois — Na prt-meira rodada da fase prellml-nar do Masters do Grand Prixjá houve uma surpresa. JoséLuis Clerc, da Argentina, con-siderado ao lado de IvanLendl, o tenista que mais pro-gredlu na temporada de 1981.estreou com uma derrota parao norte-americano Vltas Geru-laltls por 7/5 e 6/2.

Gerulaitis, que terminou nanona colocação do ranking doGrand Prix, só conseguiu en-trar no Masters—que reúne osoito melhores da temporada—graças à desistência do suecoBjorn Borg, que só volta àscompetições em maio, noGrand Prix de Monte Cario.Mesmo com essa derrota,Clerc não está eliminado dotorneio, pois a fase Inicial é nosistema de um contra todosem cada grupo.MAIS FÁCIL

A partida mais fácil do prl-meiro dia foi entre o tehecoIvan Lendl e o polonês WojtekFlbak. Lendl, de 21 anos, mar-cou 6/1 e 6/2 sem maiores preo-cupações. mostrando por queé o fívoríto para fazer a finaldo torneio. Jimmy Connors.dos EUA, teve problemas no

set Inicial, mas acabou derro-tando Elliot Teltscher, Jam-bém dos Estados Unidos, por6,7, 6 2 e 6/1 na partida maisdisputada do dia.

A final do torneio, que dlstri-bul 310 mll dólares (cerca deCrS 27 milhões 200 mil), serádomingo; a semifinal, no sába-do. vai reunir os dols primeiroscolocados de cada grupo.

"Nes-te primeiro dia de Jogos. Jáhouve reclamações com os jul-zes, principalmente dos norte-americanos Jimmy Connors eVltas Gerulaitis.PRÊMIOS

John McEnroe foi o tenistaque mais recebeu prêmios emcompetições oficiais — exclui-dos Jogos de exibição e patro-clnios — com 641 mü dólares(cerca de CrS 106 milhões 920mil).

Os outros melhores, comprêmios em milhares de dôla-res, sáo: 2. Ivan Lendl (Tchec.),71,6; 3. Jimmy Connors, 39,6; 4.Guillermo Vilas (Argentina),38,7; 5. José Luis Clerc (Argen-tina), 31,7; 6. Heinz Gunthard(Suíça), 27,3; 7. Peter McNama-ra (Austrália), 26,8; 8. Vltas Ge-nilaitis (EUA), 23,3; 9. RoscoeTanner (EUA), 23,1; 10. TomasSmid (Tchec.) 22,5.

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80 — ESPORTE 1" Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

João Carlos melhora e faz sinal de vitóriaBrasileiro deFinn tem doisna liderança

Cristoph Bergmann, do Rio, e Feman-do Hackerott, representando São Paulo,lideram a classificação geral do 21° Cam-peonato Brasileiro de Finn, válido comoeliminatória para o Mundial da Classe,marcada' paru setembro, na Holanda.

Foram disputadas duas regatas comralas de percurso triangular olímpico, ar-madas na Baia de Guanabara, predoml-nando ventos direção Sul, força três, evelocidade aproximada entre 12 e 15 nós..O atual campeão brasileiro, Torben, dec-clarou que náo ia prosseguir competindoporque vai correr neste fim de semana oFestival Hollywood de Vela, em Guará-pari.

Equilíbrio

Na primeira regata, Fernando Hacke-rott venceu de ponta a ponta e com muitafacilidade, cruzando a linha de chegadacom grande diferença para o segundocolocado, o carioca Cristoph Bergmann.Claus Cordes, que voltou a velejar apóstrês anos afastado do iatismo, ficou emterceiro lugar, classiflcando-se a seguir:4o Alan Adler, 5o Fernando Bello, 6o LuisOliveira Neto, 7o Jonas de Barros Pentea-do, 8o Jorge Zarlff, 9o Torben Grael, e 10°Ratü Batista.

Na segunda prova, foi a vez de Crls-toph vencer, mas com grande dificuldade.Durante todo o percurso ele lutou contraFernando Hackerott, conseguindo supe-'rá-lo por apenas cinco metros. Zariff ter-minou em terceiro, Bello em quarto, Jo-nas Penteado em quinto, Claus Cordes,em sexto, Alan Adler, em sétimo, enquan-to Raul Batista e Luís Oliveira completa-vam o percurso na oitava e nona coloca-ções, respectivamente.

Hoje, com largada prevista para as 13horas, em frente da Escola Naval, estáprogramada a terceira regata, e caso ascondições de vento permitam, será reali-zada mais uma etapa.

Lightning

Pucon, Chile -— Realizadas três dasseis regatas programadas, o chileno Jai-me Fernptdez prossegue na liderança doCampeonato Sul-Americano da ClasseLightning, com 11 pontos perdidos. Seucompatriota Manuel Gonzalez ocupa aseguiida posição com 13 pontos, enquan-to a terceira colocação pertence ao equa-toriano Juan Santos, com 16.0 brasileiroWalmor Gomes reagiu na etapa de- on-tem, passando para o quinto lugar geral,com 23 pontos negativos, atrás do argen-tino Roberto Ricoveri com 20.

Saveiros

Salvador — A Capitania dos Portos deSalvador abre hoje às inscrições para aRegata de Saveiros João das Botas, aúnica desta modalidade no país. Segundoinformações do coordenador da regata,

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Alan Adler, estrea inn novo, não se adaptou, ficando em 4o na regata inicial e em 7o na segunda

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veiros de vários tipos, concorrerá tam-bém a Prancha a Vela.

A largada da prova será ao meio-diado dia 24 deste mès na praia do Farol daBarra e o coordenador da competiçãoespera cerca de 200 concorrentes em to-das as categorias. O Tenente Teixeirainformou ainda que todos os inscritosreceberão Cr$ 3 mil pela participação econcorrerão a troféus, medalhas e prè-mios em dinheiro.

O objetivo principal da Regata Joáodas Botas é prestigiar e tentar preservar oSaveiro, "embarcação que está em extln-çâo". A regata é uma promoção daCapitania dos Portos de Salvador eBahiatursa.

Ferrari apresenta seu novo carroMaranello, Itália — A Ferrari apre-

sentou ontem seu novo modelo de Fór-mula-1, o 126 C-2, que estreará no dia 23deste mês, no Grande Prêmio da Áfricado Sul, primeira prova do Mundial dePilotos de 82. O carro, um turbo-compressor com carroceria aerodinâ-mica de alumínio e fibra de carbono —um material muito utilizado na indus-tria aeroespacial — foi desenhado peloengenheiro inglês Harvey Postler-wahite.

À apresentação estiveram presen-tes todos os diretores da fábrica italia-na, tendo à frente o Comendador EnzoFerrari. Este preferiu não responder àsperguntas feitas por dezenas de jorna-listas presentes ao Circuito de Fiorano,deixando Postlerwaite e o diretor me-cânico Forghieri explicarem as inova-ções técnicas do carro. Mais tarde, opiloto canadense Gilles Villeneuve tes-tou o modelo na pista de Fiorano.

O carro

O novo Ferrari 126 C-2 tem algumasmodificações principalmente porque éum carro ae eíÇiRr^aiorA-p-reoeí^ação-maior de seu projetista foi com a pene-tração aerodinâmica. A frente é bemfina e compensada por um aerofólio degrandes dimensões e por um semi-aero-fólio, que cobre os braços da suspensãodianteira.

Há uma abertura para que o archegue limpo aos túneis laterais e nãoprejudique o efeito solo. Na traseira, éevidente a preocupação com o resfria-mento dos freios — há tomadas sobre aslaterais — e o aerofólio, em dois está-gios, é menor que o do modelo do anopassado.

Com relação ao modelo 126 C, o 126C-2 apresenta algumas inovações tam-

Moroncllo, lt<Mia/UP1

ü^i^rar^Ká^^G^r-r^^^bém na potência —- seu motor tem mais40 HP, isto é, 580 HP. É mais leve —pesa 595 quilos contra os 610 do 126 C e— e menor — mede 4 333 milímetroscontra 4 468.

Fórmula-2

Os carros brasileiros deverão sofreralgumas modificações básicas paradisputarem o Campeonato Sul-Americano de Fórmula-2, que tem suaprimeira prova prevista para o dia 14 demarço em Punta dei Este, Uruguai. A

Confederação Brasileira de Automobi-lismo recebeu ontem um relatório comdetalhes sobre a reunião que discutiu ocampeonato.

As modificações são as seguintes:aumento da largura do carro — estapoderá aumentar em até três polega-das; aumento da bitola das rodas; di-mensões gerais do carro; liberdade napreparação do motor, com virabrequin-biela e pistons livres; taxa de compres-sáo para carros argentinos e uruguaios10.1 a gasolina; taxa de compressãopara carros brasileiros 13.1 a álcool.

Sáo Paulo — Depois de passar suaprimeira noite tranqüila — graças à tra-queotomia (abertura da traquéla) que fa- ,cilltou sua respiração — João Carlos deOliveira deu os melhores sinais de melhora, até agora, fazendo o sinal da vitóriacom os dedos e jogando um beijo com amão esquerda na direção dos fotógrafos.

O atleta ficou praticamente 10 diassem dormir, obrigado a tossir a cada trêsminutos na tentativa de expelir a secre-çáo pulmonar e evitar a cirurgia. Até anoite de ontem, João do Pulo estavaesgotado e multo debilitado.

Pela manhã, mais refeito, Joào Carlosrecebeu a visita do seu irmão Francisco— o Chicão — que estava saindo dohospital de Campinas após receber altamédica Chicão foi removido para o Hos-pitai Geral do Exército, em São Paulo,onde Sara um período de convalescença.

Carinho e estimuloA tarde, Joáo Carlos recebeu a visita

do Ministro Mário Andreazza, que esteveem Campinas vistoriando um conjuntohabitacional.

Algumas das Inúmeras manifestaçõesde carinho e estímulo que envolvem Joáochegam a ser estranhas. Como a de umasenhora de Londrina, que telefonou dire-to para o neurologista Nubor Facure,chefe clínico do Hospital Irmãos Pentea-do, recomendando "um ótimo remédio"para debelar a lnfecção que ameaça João:gordura de porco, sem sal.

Um outro telefonema velo da cidadede Limeira (SP), quando um homem, dl-zendo-se admirador de Joáo do Pulo, re-comendou à equipe médica que o alimen-tasse com leite de cabra e geléia real.

Figas e rezas

No quarto de Joáo, além de sofistica-dos equipamentos médicos, notam-se pe-quenos detalhes, como um colar de con-tas, uma figa da Bahia, medalhinhas desantos e cópias de preces. Uma religiosachegou a insistir para que se colocassesobre a pema de Joáo Carlos uma réplicareduzida da pirâmide de Queops que,segundo ela, teria a propriedade de trans-ferir energia ao paciente.

O médico Facure só parece aborrecidoquando representantes de laboratóriospretendem "aconselhar" a equipe clínicaa usar seus antibióticos no combate àlnfecção que atinge Joáo. Houve ofertaaté de uma câmera hiperbárica. (paramanter o paciente sob um verdadeirotambor de oxigênio de alta pressão), ouuma cama móvel, lnflável, que deixa opaciente "como se estivesse sob um vaga-lháo de ondas".

— Essa terapia pode ser aplicada parafacilitar problemas circulatórios, masnunca em vítimas de traumatismo cra-nlano, como é o caso de João Carlos —disse o Dr Facure.

Sem febre

O destaque do boletim médico de on-tem à tarde foi o término da febre, sinalde que a infecçào da perna está sendosuperada. Os sinais clínicos sáo estáveis.A traqueotomia deve cicatrizar em 15dias. Joáo Carlos terá ainda de passar portrês cirurgias: uma, corrigindo a tíbiafraturada; outra, semelhante, para o coto-velo; além do Implante da ponte de safe-najE__n_usua.iifii_na.riire.i__a.

A equipe médica, comandada peloneurologista Nubor Facure e compostade 19 especialistas, continua acompa-nhando o quadro clinico do atleta "comcautela". Segundo o Dr Facure, "o aspec-to de Joáo é bom. Ele está cLlnicamentebem". O médico guarda, porém, reservassobre uma provável alteração do seu qua-dro de saúde. Acompanham o Dr Facure,o diretor da Faculdade de Medicina daUnlcamp, Dr Sérgio Leonardi (que ope-rou o abdomem de Joáo Carlos), o gas-troenterologista Mário Mantovani, dire-tor do Hospital das Clínicas de Campi-nas, além do cirurgião cardlovascular Be-nedito do Prado Fortuna, que integrou aequipe do professor Zerbini.

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ON'i'HA o Peru, os jogadores brasl-leiros demonstraram que possuemcadência de Jogo para qualquer ad-versário e Impuseram aos peruanos

o ritmo que quiseram.Nesta partida o Brasil mostrou como

impor seu padráo de jogo ao adversário eforçou só quando necessário. Mesmo sendoo time peruano formado por muitos valoresIndividuais, de primeira categoria, os brasl-leiros marcaram seus gols nos momentosmais Importantes. Fizeram dois a zero e pormedida de precaução pouparam-se visível-mente. O Peru, levado, principalmente, peloentusiasmo de alguns Jogadores e a catego-ria de outros, descontou fazendo dois a um.Isto serviu apenas para que a equipe brasi-leira, como que despertando, marcasse comcerta naturalidade seu terceiro gol logo noinicio do segundo tempo.

Mas, novamente, a habilidade dos perua-nos que possuem uma equipe de nível técni-co muito bom em todos os sentidos marca-ram seu segundo gol. Nâo demorou para quenovamente os Jogadores brasileiros fizessemmais um gol, e isto aconteceu seis minutosdepois, quando Jairzinho finalizou muitobem — após bela Jogada de Tostão, Rlvelinoe dele próprio.

A esta altura a Seleçáo Brasileira já nàotinha Gérson, o homem responsável pelapersonalidade com que a equipe atuava,pois Zagalo vendo que o jogo estava a seumodo, substitulu-o por Paulo César. O Bra-sil deu uma demonstração de obediênciatática e Inteligência, durante todo o Jogo,mostrando que a equipe era formada de 11Jogadores, e todos eles conscientes de que avitória era certa e que nào havia necessida-

de de um desperdício de energias a estaaltura do campeonato.

Mas a grande alegria desta partida foi oreencontro de Tostáo com o gol. Já quesabia que, mais cedo ou mais tarde, Tostàovoltaria a ser o artilheiro.

No primeiro tempo, Tostào mostrou todasua malícia e categoria ao chutar sem angu-lo, exatamente no lugar onde ninguém espe-rava, deixando o goleiro Rublnos sem açào.

No segundo, ele foi todo raiva, emoçáo ealma, ao concluir forte, após receber ótimopasse de Pele. Naquela jogada, ele colocoutoda sua alegria e paciência, contida a mui-tos jogos, e acabou caindo dentro do golnuma explosão, que mostrou a volta doartilheiro e que contagiou a todos seus com-panheiros, que o arrastaram até o meio decampo em abraços dos mais sinceros e emo-tivos.

BRASIL 4x2 PERU

LOCAL: Estádio de Jalisco (Cidade de Guadalajora); JUIZ:Virgil Loraux (Bélgica); AUXIUARES. Roger Machin (França) eGyola Emsberger (Hungria); PÚBLICO: 70 mil pessoas; TIMES:Brasil — Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Marco Antônio,-Clodoaldo e Gérson (Paulo César aos 20 minutos do segundotempo); Jairzinho (Roberto aos 35 minutos do segundo tempo),Tostão, Pele e Rivelino. Peru — Rubinas, Eloi, Fernandez,Chumpitaz e Fuentes; Chalé e Miflin; Baylon (Sotil, aos seteminutos do segundo tempo), Ponce Leon (Eládio Reyes, aos 15minutos do segundo tempo), Cubillas e Gallardo.

GOLS — Rivelino aos 11 minutos. Tostão oos 15 eGallardo aos 27 minutos do primeiro tempo. Na etapa finalmarcaram: Tostão aos seis, Cubillas aos 23 e Jairzinho aos 29.

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20— ESPORTE D 3" Cliohê 1" Caderno D quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

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João Carlos melhora e faz sinal de vitóriaBrasileiro dej

Finn tem doisria liderança

Crlstoph Bergmann, do Rio, e Fernan-do Hackerott, representando Sào Paulo,lideram a classificação geral do 21° Cam-peonato Brasileiro de Finn, válido comoeliminatória para o Mundial da Classe,marcada para setembro, na Holanda.

Foram disputadas duas regatas comraias de percurso triangular olímpico, ar-màdas na Bala de Guanabara, predoml-nando ventos direção Sul, força três, evelocidade aproximada entre 12 e 15 nós.O atual campeão brasileiro, Torben, dec-clarou que não ia prosseguir competindopoVque vai correr neste fim de semana oFestival Hollywood de Vela, em Guará-pari.

Equilíbrio<Na primeira regata, Fernando Hacke-

rott venceu de ponta a ponta e com multafaéilidade, cruzando a linha de chegadacom grande diferença para o segundocolocado, o carioca Cristoph Bergmann.Claus Cordes, que voltou a velejar apóstrês anos afastado do iatismo, ficou emterceiro lugar, classificando-se a seguir:4o Alan Adler, 5o Fernando Bello, 6o LuisOliveira Neto, 7o Jonas de Barros Pentea-do, 8o Jorge Zariff, 9o Torben Grael, e 10°Raul Batista.

Na segunda prova, foi a vez de Cris-toph vencer, mas com grande dificuldade.Durante todo o percurso ele lutou contraFernando Hackerott, conseguindo supe-rá-lo por apenas cinco metros. Zariff ter-minou em terceiro, Bello em quarto, Jo-nas Penteado em quinto, Claus Cordes,em sexto, Alan Adler, em sétimo, enquan-to'Raul Batista e Luis Oliveira completa-vam o percurso na oitava e nona coloca-ções, respectivamente.' Hoje, com largada prevista para as 13horas, em frente da Escola Naval, estáprogramada a terceira regata, e caso ascondições de vento permitam, será reali-zada mais uma etapa.

LightningPucon, Chile — Realizadas três das

seis regatas programadas, o chileno Jai-me Femandez prossegue na liderança doCampeonato Sul-Americano da ClasseLightning, com 11 pontos perdidos. Seu' compatriota Manuel Gonzalez ocupa asegunda posição com 13 pontos, enquan-to a terceira colocação pertence ao equa-tohano Juan Santos, com 16.0 brasileiroWalmor Gomes reagiu na etapa de on-tetn, passando para o quinto lugar geral,com 23 pontos negativos, atrás do argen-tino Roberto Ricoveri com 20.

SaveirosSalvador — A Capitania dos Portos de

Salvador abre hoje às inscrições para aRegata de Saveiros João das Botas, aúnica desta modalidade no país. Segundoinformações do coordenador da regata,Tenente Teixeira, este ano, além dos Sa-veiros de vários tipos, concorrerá tam-bém a Prancha a Vela.

A largada da prova será ao meio-diado dia 24 deste mês na praia do Farol daBarra e o coordenador da competiçãoespera cerca de 200 concorrentes em to-das as categorias. O Tenente Teixeirainformou ainda que todos os inscritosreceberáo CrS 3 mil pela participação econcorrerão a troféus, medalhas e prè-mios em dinheiro.

jõáõ dà Silvafica em terceiro

Madonado, Uruguai — Vencedor do anopassado, o brasileiro José Joáo da Silva ficouerri terceiro lugar na 8" Corrida de San Fernan-do, disputada nesta cidade uruguaia com atle-tas que participam, na passagem do ano, emSâo Paulo, da Corrida São Silvestre. O vence-dor foi o colombiano Silvio Salazar, com otempo de 25m, seguido do vencedor da SâoSilvestre, o também colombiano Victor Mora.

O outro brasileiro inscrito na prova, CláudioRibeiro, chegou em sexto lugar.

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Ferrari apresenta seu novo carroMarorullo. Itólio/UPI r

O tênis está na página 19

Maranello, Itália — A Ferrari apre-sentou ontem seu novo modelo de Fór-mula-1, o 126 C-2, que estreará no dia 23deste mès, no Grande Prêmio da Áfricado Sul, primeira prova do Mundial dePilotos de 82. O carro, um turbo-compressor com carroceria aerodinâ-mica de alumínio e fibra de carbono —um material muito utilizado na indús-tria aeroespacial — foi desenhado peloengenheiro inglês Harvey Postler-wahite.

À apresentação estiveram presen-tes todos os diretores da fábrica italia-na, tendo à frente o Comendador EnzoFerrari. Este preferiu não responder àsperguntas feitas por dezenas de jorna-listas presentes ao Circuito de Fiorano,deixando Postlerwaite e o diretor me-cânico Forghieri explicarem as inova-ções técnicas do carro. Mais tarde, opiloto canadense Gilles Villeneuve tes-tou o modelo na pista de Fiorano.

O carroO novo Ferrari 126 C-2 tem algumas

modificações principalmente porque éum carro de efeito solo. A preocupaçãomaior de seu projetista foi com a pene-tração aerodinâmica. A frente é bemfina e compensada por üm aèrõfólio degrandes dimensões e por um semi-aero-fólio, que cobre os braços da suspensãodianteira.

Há uma abertura para que o archegue limpo aos túneis laterais e nãoprejudique o efeito solo. Na traseira, éevidente a preocupação com o resfria-mento dos freios — há tomadas sobre aslaterais —- e o aerofólio, em dois está-gios, é menor que o do modelo do anopassado.

Com relação ao modelo 126 C, o 126C-2 apresenta algumas inovações tam-

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O Ferrari 126 C-2, um turbo, é um carro de efeito solo

bém na potência — seu motor tem mais40 HP, isto é, 580 HP. É mais leve —pesa 595 quilos contra os 610 do 126 C e— e menor — mede 4 333 milímetroscontra 4 468.

Fórmula-2

Os carros brasileiros deverão sofreralgumas modificações básicas paradisputarem o Campeonato Sul-Americano de Fórmula-2, que tem suaprimeira prova prevista para o dia 14 demarço em Punta dei Este, Uruguai. A

Confederação Brasileira de Automobi-lismo recebeu ontem um relatório comdetalhes sobre a reunião que discutiu ocampeonato.

As modificações sáo as seguintes:aumento da largura do carro — estapoderá aumentar em até très polega-das; aumento da bitola das rodas; di-mensões gerais do carro; liberdade napreparação do motor, com virabrequin-biela e pistons livres; taxa de compres-são para carros argentinos e uruguaios10.1 a gasolina; taxa de compressãopara carros brasileiros 13.1 a álcool.

Sâo Paulo — Depois de passar sua ,primeira noite tranqüila — graças à tra-queotomia (abertura da traquêia) que fa-cllitou sua respiração — Joáo Carlos deOliveira deu os melhores sinais de melho-ra, até agora, fazendo o sinal da vitóriacom os dedos e Jogando um beijo com amão esquerda na direção dos fotógrafos.

O atleta ficou praticamente 10 diassem dormir, obrigado a tossir a cada trêsminutos na tentativa de expelir a secre-çôo pulmonar e evitar a cirurgia. Até anoite de ontem, Joáo do Pulo estavaesgotado e muito debilitado.

Pela manha, mais refeito, Joáo Carlosrecebeu a visita do seu irmáo Francisco— o Chicão — que estava saindo dohospital de Campinas após receber altamédica. Chlcáo foi removido para o Hos-pitai Geral do Exército, em Sâo Paulo,

j onde fará um periodo de convalescença.

Carinho e estímuloA tarde, João Carlos recebeu a visita

do Ministro Mário Andreazza, que esteveem Campinas vistoriando um conjuntohabitacional.

Algumas das inúmeras manifestaçõesde carinho e estimulo que envolvem Joãochegam a ser estranhas. Como a de umasenhora de Londrina, que telefonou dire-to para o neurologista Nubor Facure,...chefe clinico do Hospital Irmãos Pentea-do, recomendando "um ótimo remédio"para debelar a infecçào que ameaça João:;'gordura de porco, sem sal. •

Um outro telefonema velo da cidadede Limeira (SP), quando um homem, di-zendo-se admirador de Joáo do Pulo, re-comendou à equipe médica que o alimen-tasse com leite de cabra e geléia real.

Figas e rezasNo quarto de Joáo, além de sofistica-

dos equipamentos médicos, notam-se pe: .quenos detalhes, como um colar de con-tas, uma figa da Bahia, medalhlnhas desantos e cópias de preces. Uma religiosachegou a Insistir para que se colocasse <sobre a perna de Joáo Carlos uma réplicareduzida da pirâmide de Queops que,segundo ela, teria a propriedade de trans-ferir energia ao paciente.

O médico Facure só parece aborrecidoquando representantes de laboratóriospretendem "aconselhar" a equipe clínica,.a usar seus antibióticos ho combate âlnfecção que atinge Joáo. Houve ofertaaté de uma cãmera hiperbárica (paramanter o paciente sob um verdadeirotambor de oxigênio de alta pressão), ouuma cama móvel, inflável, que deixa opaciente "como se estivesse sob um vaga-lháo de ondas".

— Essa terapia pode ser aplicada parafacilitar problemas circulatórios, masnunca em vitimas de traumatismo era-niano, como é o caso de João Carlos — *-disse o Dr Facure.

Sem febreO destaque do boletim médico de on-

tem à tarde foi o término da febre, sinalde que a infecção da perna está sendosuperada. Os sinais clínicos são estáveis.A traqueotomia deve cicatrizar em 15dias. Joáo Carlos terá ainda de passar portrès cirurgias: uma, corrigindo a tíbiafraturada; outra, semelhante, para o coto-velo; além do Implante da ponte de safe-na em sua pema direita.

A equipe médica, comandada peloneurologista Nubor Facure e compostade 19 especialistas, continua acompa-nhando o quadro clínico do atleta "comcautela". Segundo o Dr Facure, "o aspec-to de João é bom. Ele está clinicamentebem". O médico guarda, porém, reservassobre uma provável alteração do seu qua-dro de saúde. Acompanham o Dr Facure,o diretor da Faculdade de Medicina daUnicamp, Dr Sérgio Leonardi (que ope-rou o abdomem de Joáo Carlos), o gas-troenterologista Mário Mantovani, dire-tor do Hospital das Clínicas de Campi-nas, além do cirurgião cardiovascular Be-nedito do Prado Fortuna, que integrou aequipe do professor Zerbini.

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ONTRA o Peru, os jogadores brasi-leiros demonstraram que possuemcadência de Jogo para qualquer ad-versário e impuseram aos peruanos

o ritmo que quiseram.Nesta partida o Brasil mostrou como

impor seu padrão de jogo ao adversário eforçou só quando necessário. Mesmo sendoo time peruano formado por muitos valoresindividuais, de primeira categoria, os brasi-leiros marcaram seus gols nos momentosmais importantes. Fizeram dois a zero e pormedida de precaução pouparam-se visível-mente. O Peru, levado, principalmente, peloentusiasmo de alguns Jogadores e a catego-ria de outros, descontou fazendo dois a um.Isto serviu apenas para que a equipe brasi-leira, como que despertando, marcasse comcerta naturalidade seu terceiro gol logo noinício do segundo tempo.

Mas, novamente, a habilidade dos perua-nos que possuem uma equipe de nível técni-co muito bom em todos os sentidos marca-ram seu segundo gol. Nào demorou para quenovamente osjogadores brasileiros fizessemmais um gol, e isto aconteceu seis minutosdepois, quando Jairzinho finalizou muitobem — após bela jogada de Tostão, Rivelinoe dele próprio.

A esta altura a Seleção Brasileira já nàotinha Gérson, o homem responsável pelapersonalidade com que a equipe atuava,pois Zagalo vendo que o jogo estava a seumodo, substitulu-o por Paulo César. O Bra-sil deu uma demonstração de obediênciatática e inteligência, durante todo o jogo,mostrando que a equipe era formada de 11jogadores, e todos eles conscientes de que avitória era certa e que náo havia necessida-

de de um desperdício de energias a estaaltura do campeonato.

Mas a grande alegria desta partida foi oreencontro de Tostão com o gol. Já quesabia que, mais cedo ou mais tarde, Tostãovoltaria a ser o artilheiro.

No primeiro tempo, Tostão mostrou todasua malícia e categoria ao chutar sem angu-lo, exatamente no lugar onde ninguém espe-rava, deixando o goleiro Rublnos sem açáo.

No segundo, ele foi todo raiva, emoção ealma, ao concluir forte, após receber ótimopasse de Pele. Naquela Jogada, ele colocoutoda sua alegria e paciência, contida a mui-tos jogos, e acabou caindo dentro do golnuma explosão, que mostrou a volta doartilheiro e que contagiou a todos seus com-panheiros, que o arrastaram até o meio decampo em abraços dos mais sinceros e emo-tivos.

BRASIL 4x2 PERU

LOCAL: Estódio de Jalisco (Cidade de Guadalajara); JUIZ:Virgil Loraux (Bélgica); AUXILIARES: Roger Machin (França) eGyola Emsberger (Hungria); PÚBLICO: 70 mil pessoas; TIMES:Brasil — Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Marco Antônio;Clodoaldo e Gérson (Paulo César aos 20 minutos do segundotempo); Jairzinho (Roberto aos 35 minutos do segundo tempo),Tostão, Pele e Rivelino. Peru — Rubinas, Eloi, Fernandez,Chumpitaz e Fuentes; Chalé e Miflin; Baylon (Sotil, aos seteminutos do segundo tempo), Ponce Leon (Eládio Reyes, aos 15minutos do segundo tempo), Cubillas e Gallardo.

GOLS — Rivelino aos 11 minutos, Tostão aos 15 eGallardo aos 27 minutos do primeiro tempo. Na etapa finalmarcaram: Tostão aos seis, Cubillas aos 23 e Jairzinho aos 29.

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¦JQjffl*1' PO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82 D Io Caderno

Flamengo garanteo Mundial deClubes no Rio

ESPORTE 21 Z

O Flamengo fechou ontem ocontrato que garante sua par-tlclpaçáo no Mundlallto deClubes — um torneio a serdisputado em agosto, no Mara-cana, no qual estarão presen-tes mais quatro equipes queconquistaram o mundial declubes. Em cada uma das qua-tro partidas do torneio, queserá patrocinado pela televi-sâo italiana, o Flamengo rece-berft em tomo de 70 mll dôla-.res (cerca de Cr$ 9 milhões).

O empresário italiano Glor-dano Rossellnl disse que nopróximo mês chegará ao Rioum grupo de pessoas para Ins-talar o Comitê Organizador daSupercopa, permanecendoaqui até o final da competição.O clube vencedor terá um pré-mio de 1«0 mll dólares (cercade Cr$ 13 milhões).

MAIS DÓLARES

Este inicio do ano mostraque o Flamengo tem tudo poraconseguir uma temporada al-tamente lucrativa. A conquls-ta do titulo mundial de clubesvalorizou altamente os amlsto-sos do clube, e ontem mesmo oFlamengo recebeu um convitepara um Jogo em Trinidad yTobago por 100 mll dólares(Cr$ 13 milhões, aproximada-mente).

O vice-presidente de futebol,Eduardo Motta, explicou que

o Flamengo terá de arrecadaralto este ano, pois sun previsãoorçamentária gira em tomo deCr$ 500 milhões.

Para um clube europeuIsso nâo é nada, mas tratando-se de BrasU é um orçamentobastante significativo. Se agente flcar com medo, não con-segue nada. Tenho certeza deque o Flamengo terminará oano ainda com lucro. Acreditonas nossas cabeças pensantese além do mais o Flamengo éum clube que esta sempre àfrente.

Na realidade, o Flamengo,além de possuir a equipe defutebol mais valorizada doBrasil, é o clube que procuraatualizar-se cada vez maisdentro dos moldes das grandesempresas — o centro decomputação, que começará afuncionar em março, ê umaprova disso.

Com este sistema decomputação, ató tabela pode-remos confeccionar. Haveráum terminal na minha sala, nado presidente Antônio Augus-to, e o centro de computaçãoserá na minha antiga sala. Emfevereiro, os computadores Jáestarão funcionando na Gá-vea. Naturalmente, começare-mos de forma suave, pois nâo éda noite para o dia que seprograma tudo — explicouMota.

Titã chega pensandode novo na Seleção

Titã chegou ontem dos Esta-dos Unidos entusiasmado coma neve e com tudo o que viunas várias cidades que visitoudesde Salt Lake ate Nova íor-que, em percursos de corro eaviáo. Trouxe muitas fotos,gravações em video-cassetes eum desejo Imenso de voltar áSeleção Brasileira para atuarem qualquer que seja a po-sição.

A experiência Internacionaladquirida na Libertadores daAmérica e em Tóquio, onde oFlamengo conquistou o títulomundial de clubes, foi de fun-damental Importância paraque mudasse sua forma depensar. Se antes preferia lutarpnra se fixar numa única posi-ção, agora chegou â conclusãode que o importante pora ele equa'ouer jogador é ser convo-cado e participar de uma Copado Mundo.

Se ao flnal da temporada,Titã revelava em sua flslono-mia sinais de proftindo desgas-te, pois era visível que as se-guidas decisões do Flamengoo abateram tremendamente,ontem, após um periodo deférias, no qual limitou-se a des-cansar sem qualquer tipo deproblema, parecia uma outrapessoa, até mais forte.

— Foi um periodo maravl-lhoso. Jamais me esquecereide Honolulu, de Salt Lake Cl-ty, de Idaho, de Los Angeles ede tudo o que vi nestes dias emque pensei em tudo, menos emfutebol. Ate esqular eu esqulel.Cheguei à conclusão de que ogostoso nào é deslizar nasmontanhas cobertas de neve,mas cair naqueles montes deflocos. É realmente sensa-cional.

Dino Sani diz que Amaurientra logo no ataque seFluminense vender C. Adão

O técnico Dino Sani revelou,durante a reapresentaçào dosjogadores, ontem à tarde, nnsLarar\jelras, que se o cluberealmente negociasse CláudioAdáo parn o Vnsco, incluindoAmauri nn transação, o ata-cante seria colocado imediata-mente no time. Disse que co-nhece Amauri razoavelmentee que ele se encaixaria perfel-tamente na equipe do Flumi-nense.

Dino informou que com-preende a situação financeirado clube. Por isso, nâo flcoufrustrado por náo ter, nesteinício de temporada, nenhumanovidade com relação a refor-ços. E anunciou o time queprovavelmente estreará na Ta-ça de Ouro.com Paulo Gou-lart, Edevaldo, Tadeu, Edinhoe Rubens Gálaxe (Valdir); De-lei, Cristóvão e Mário; Roberti-nho, Amauri (Bira) e Ângelo.

Segundo Dino, Ângelo e Má-rio se encarregarão de ocupara ponta esquerda num reveza-

mento que náo prejudicará aatuação de nenhum dos dois,sobretudo se Amauri entrar notime, pois joga recuado e faelll-ta a penetração de quem vemde trás.

— Nào estou preocupado,nem triste com a situação. Pa-ra mim, está tudo sempre bem.O time que estréia é pratica-mente o mesmo e estou con-flante. Só me resta trabalharintensamente e aguardar os re-sultados, que espero sejambastante satisfatórios.

Os jogadores têm examesclínicos marcados para hoje demanha, nas Laranjeiras, e tes-tes de avaliação flsica à tarde,na Escoln de Educaçáo Fisicado Exército. Amanhã de ma-nhá, uma delegnçáo compostade 22 jogadores segue para Ri-beirão das Lajes, onde ocupa acolônia de férias da Light du-rante uma semana para que ogrupo se submeta a um recon-dicionamento flsico.

Fluminense dá de 3 a 0 noFlamengo pelo Brasileirode Vôlei em Juiz de Fora

Juiz de Fora — O Fluminense ficou em ótimasituação para atingir a final do Campeonato Brasilei-ro de clubes de voleibol feminino, ao derrotar comextrema facilidade o Flamengo por3a0(15a9,15a9e 15 a 8), em partida disputada ontem à noite noGinásio Francisco Caputo e presenciada por umpúblico superior a 4 mil pessoas — sendo 3 mil 723pagantes — que proporcionou a renda recorde nacio-nai de Cr$ 744 mil 600.

Meia hora antes de começar a partida, os portõesdo ginásio foram fechados pela polícia e os torcedo-res, entusiasmados, dividiram as preferências pelosdois clubes cariocas, embora se esperasse o predomi-nio de adeptos do Flamengo. Surpresos, os dirigentesdo Fluminense já anunciaram que, na hipótese de aequipe passar às finais, solicitarão que um dos jogosseja disputado aqui.

DEFINIÇÃO RÁPIDA

Outra surpresa foi a facillda-de com que o Fluminense ven-ceu, principalmente quando serecorda que há pouco o Fia-mengo o derrotou por 3 a 0, nosul-Americano realizado na cl-dade boliviana de Sucre. O jo-go teve apenas 71 minutos deduraçáo, pois as falhas segui-das nos saques, por parte doFlamengo, e o bloqueio poslti-vo do Fluminense representa-ram elementos importantespara que o jogo tivesse rápidadefinição.

Equipes: Fluminense — Cê-lia, Heloísa, Regina Uchôa,Cristina, Dulce e Mônica; téc-nico — Guilherme Guimarães;Flamengo — Denise, ReginaVilela, Isabel, Jacqueline, Vi-viane e Ana Lúcia; Andréa,Leticia e Virginia; técnico —

Frederico Marcondes. Arbitra-gem (excelente! de FranciscoCarvalho Pontes (Ceará) e Vai-mlr Delacqua (São Paulo).

Flamengo e Fluminense vol-tam a se enfrentar sábado, noGinásio do Maracanã e. caso oFlamengo vença (por qualquercontagemi, haverá uma tercei-ra partida, domingo, provável-mente no mesmo local. O ven-cedor desta série enfrenta, nafinal, o vencedor de Minas Té-nis Clube x Paulistano, cujoprimeiro jogo, ontem, em BeloHorizonte, favoreceu ao Minaspor 3 a 0(15 a 5), 15 a7e 15 a11), Hoje, também em Juiz deFora, Jogam Atlântica-Boavls-ta x Fluminense, na primeirapartida pelas semifinais mas-cullnas. A segunda será sába-do, no Ginásio do Maracaná.tendo o Fia x Flu femininocomo preliminar.

ESPECIAL

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JORNAL DO BRASIL

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uca cumprimentou um a um os 40 jogadores que se apresentaram depois das férias

Juca recebe os jogadorespara dar apoio e prometemais conforto na Zona Sul

O novo presidente do Botafogo, Juca Mello Ma-chado, fez questáo de recepcionar ontem os 40 joga-dores que se reapresentaram ao clube depois dasférias. Só dois estiveram ausentes: Perivaldo, quecontinua na Bahia, e Ziza, cuja mulher teve um'filho.Juca afirmou que sua principal preocupação ao trans-ferir os treinos de Marechal Hermes para a Zona Sul édar total apoio^o-grupo e mais conforta

Após a apresentação, Juca cumprimentou um aum cada jogador, pedindo que todos colaborem parainiciar um ciclo de vitórias no clube. Em seguida,passou a palavra ao vice-presidente de Futebol, XistoToniato, que apresentou a nova Comissão Técnica"todos homens experientes no futebol", garantindoainda que em sua gestão todos os salários seráo pagosem dia, mesmo que seja necessário fazer sacrifícios.

Espanha/82

BOA IMPRESSÃO

As palavras de Juca MelloMnchndo deixaram boa im-pressáo nos jogadores, a maio-ria expressandose nos mes-mos termos de Marcelo:

— Jâ náo sentia motivaçãopara Jogar no Botafogo, mnsagora vejo que existe uma es-tniturn de apoio que está memotlvnndo. Afinal, bola eu seiJogar.

Durante o contato que man-teve com os Jogadores, JucaMello Machado informou quefoi incluído pelo Ministro daEducaçáo como um dos Inte-grantes — o único do Rio — dogrupo que vai estudar a lei dopasse e a melhor forma de mo-dificâ-la. Inclusive por Isso,quer manter um contato lnten-so com eles.

O presidente decidiu ontemfechar as portas do Clube Mu-riqul. umn vez que sô no mésde dezembro foram criadas nocomércio local uma despesa deCrS 600 mil que o Botafogo

terá que pagar. Juca pede aoscomerciantes locais que náoaceitem mais qualquer despe-sa em nome do clube.

O goleiro Paulo Sérgio, quecompareceu ao clube acompa-nhado de seu procurador, Má-rio Eduardo, ficou de dar umnresposta definitiva hoje seaceita a proposta de Cr$ 12milhões de luvas e CrS 500 milmensais, além de um aumentode 207* caso seja titular daSeleção Brasileira e mais 20c>'cda venda dos direitos comer-ciais de sus Imagem, apresen-tada pelo vice-presidente deFutebol do Botafogo, XistoToniato.

Paulo Sérgio, através de seuprocurador, Mário Eduardo,havia proposto Cr$ 20 milhõesde luvas e salários de CrS 500mll, por 13 meses de contrato.A negociação esta bem enca-mlnhada e o Jogador deve acei-tar a proposta. Já que querJogar, e Inclusive se colocou adisposição do clube para atuarsem contrato.

Bangu tenta empréstimode Toninho Costa e acontratação de Vilmário

Depois de acertar a contrataçáo do atacanteVágner, do América Mineiro, por Cr$ 20 milhões, oBangu tenta agora o empréstimo do meio-campoToninho Costa, do Santos, e com possibilidades tam-bém de adquirir o ponta-esquerda Vilmário, quepertencia ao Atlético Mineiro e foi negociado com oInternacional de Limeira, de Sáo Paulo.

Vágner se apresenta hoje em Moça Bonita, ondeiniciará os exames médicos e será integrado ao elen-co. O técnico Joáo Francisco decidiu que ele será oponta-de-lança na partida de estréia contra o Cruzei-ro, dia 17, em Moça Bonita. A partida estava marcadapara Belo Horizonte, mas como o Mineiráo ainda estáem obras, o mando de campo foi invertido por deter-minaçào da CBF.

JOGADORES SURPRESOS

Os Jogadores do Bangu fica-ram surpresos ao tomarem co-nhecimento de que Carlos Ro-berto seria liberado pelo clube.Esta atitude dos dirigentesdeixou o ambiente meio tenso,pois os demais nâo sabem seficarão ou nâo. Carlos Roberto

era um líder no Bangu e queri-do por todos.

Mas nâo foi só os Jogadoresque ficaram surpresos. O pró-prio técnico João Franciscotambém sentiu a saída de Car-los Roberto. No entanto, admi-tiu que "se trata de um joga-dor de 35 anos e a filosofia daComissão Técnica é formar umtime Jovem". Na realidade, oJogador tem 33 anos.

SúmulaMoscou — A Seleção Juvenil do Brasil derrotou a Seleção n

da União Soviética por 1 a 0, em sua estréia no MemorialValentln Qranatkln. O gol foi de autoria de Glovanl, na cobrançade uma falta—o goleiro soviético nem sequer ameaçou a defesa,tal a perfeição da cobrança. Os brasileiros, que foram multoaplaudidos pela platéia soviética — principalmente Olovanl eJussie — estranharam o piso sintético e reclamaram multo doforte calor provocado pelo sistema de aquecimento centralinstalado no ginásio. A Seleção Brasileira formou com Brigatti,Raul, Mauro, Aloisio e Jailton; Demétrio, Glovanl e PauloSérgio; Jussie, Paulo Verdun (Valdir) e Teodoro.

Prossegue hoje, com a realização da quinta rodada, o TorneioInternacional de Xadrez Peão de Ouro, que está sendo lideradopelo mestre internacional Saeed Ahmeed, de Dubal. O dia deontem foi de folga para os enxadrlstas e os estrangeiros aprovei-taram para conhecer o Rio. Ahmeed, 14 anos, o mais Jovemmestre internacional do mundo, soma 3,5 pontos, meio a maisque o campeáo mundial juvenil, o inglês lan Wels, que estáempatado com Aron Darcyl, Thostelns e Dlugy, com trts pontoscada. O torneio está sendo realizado no Hotel Othon, emCopacabana, com patrocínio da IBM, e os Jogos hoje começamàs 8h.

Com o objetivo de melhor divulgar as modernas Instalaçõesdo Centro de Educaçáo Flsica Almirante Adalberto Nunes(CEFAN), seu Comandante, o ex-nadador e Jogador de water-pólo Ivar Oleris Pereira, resolveu organizar um torneio defutebol society, sábado, a partir de 8h30m, reunindo equipes dejornais, rádios e emissoras de televisão, em disputa do "TroféuImprensa". A competição terá caráter eliminatório simples ecada representação será composta por oito jogadores, inclusiveo goleiro, e quatro reservas, permitindo-se quatro substituiçõesCada jogo terá a duraçáo de 30 minutos, em dois tempos de 15,exceto o final, disputado em 40 minutos. Em caso de empate adecisão sc fará pela cobrança alternada de pênaltis.Terminado o torneio, ns equipes pnrtlclpantes formarãouma seleção para disputar uma partidn amistosa de 30 minutoscom o time da CEFAN. O "Troféu Imprensa" será de possetransitória, passando a pertencer definitivamente á equipe queconqulstã-lo três vezes consecutivas ou cinco alternadas

bi IBSTKSÃ II)M jPjj=aL..aL.

Argentina fica4 meses

treinandoBuenos Aires — A Argentina

se concentrara a partir de 14de fevereiro, em Mar Del Platn.pnra inlclnr a últlmn fase depreparação parn a Copn doMundo. O periodo de concen-tração, que durará quatro me-ses, foi solicitado pelo técnicoCésar Menotti, por considera-lo indispensável se os argenti-nos pretendem conquistar oblcampeonato mundial.

Devemos nos concentrarcom antecedência, porque pa-ra encontrar o ritmo das de-mnls equipes precisamos demulto treinamento, que nospermitam definir conceitos In-dlviduais e técnicos — expll-cou Menotti.

Jâ prevendo criticas quepossam ser feitas ao longo pe-ríodo que os jogndores perma-neceráo "reclusos". Menottidisse que é preciso se entenderque "nossa única família nomomento e a Seleção":

Nâo será um campo deconcentração, com toque dealvorada e ninguém vai apagaras luzes às 9 da noite. Somosgente grande, consciente, mascomo lider do grupo necessitoque fiquemos durante deter-minado tempo Juntos, paraacertarmos alguns aspectos. Eespero que respeitem as deter-mlnaçóes.

Os cinco atacantes chama-dos sâo os pontas Santamaria.Calderon e Bertoni e os cen-troavantes Dlaz e Chaparro.No meio-campo estáo Ardiles.Parbas, Bulleri. Gallego, Bau-za, Maradona, Hernandez,Kempes e Valencla. Para a de-fesa, foram chamados Olguin,Olarttcoechea, Galvan, VanTuyne, Passarella, Trossero,

Tarantinl e Gordtllo. Os golel-ros sào Flllol. Bnley e Pum-pldo.

Giulite vaiao Algarves

O presidente da CBF, Giull-te Coutinho, embarca amanhãpara rortugal, com o objetivode visitar a cidade de Faro, naregião do Algarves, onde a Se-icçào Brasileira fará um pe-rfodo dc adaptação ao ftisohorário europeu antes de se-guir para a Copa do Mundo,na Espanha. O estágio será noinicio de junho.

Depois, Giulite Coutinhovai â cidade de Sevllha. naEspanha, Jâ escolhida comosede do Brasil durante a Copa.O presidente da CBF vaiacompanhado do diretor deftitcbol Medrado Dias. O téc-nico Telè Santana, o adminls-trador Ferreira Duro e maisum médico, Nellor Lasmar ouOnaldo Pereira, irào após ocarnaval para vistoria dos lo-cais.

Mediei aceitahonra da FIFAO ex-Presldente Garrastazu

Mediei terá cadeira cativa emtodos os Jogos da Copa doMundo da Espanha, porque es-tá incluído na lista da FIFApara integrar o pequeno grupoque a entidade convida, emvárias partes do mundo, comoseu hóspede de honra.

Garrastazu Mediei, que acei-tou o convite, segundo a CBF,era Presidente da Republica,em 1970, quando o Brasil con-quistou o tricampeonato, noMéxico

Alemanhagrava disco

Colônia, RFA — Olé Espanaé o titulo do disco gravadorecentemente, num estúdiodesta cidade, pela Seleção daAlemanha Ocidental que irá àCopa do Mundo. Participamainda do disco os cantoresLcna Valaítis, expoente dacanção popular do pais, e Mi-chael Schame.

Apesar de em algumas fal-xas algumas vozes soarem dc-safinadus, os dirigentes espe-ram que o disco chegue àsparadas dc sucesso.

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todas as declarações que vem fazen-do ultimamente, Reinaldo afirma quevai fazer um excelente CampeonatoNacional e, com isso, convencer o

técnico Telê Santana a convocá-lo novamentepara a Seleção Brasileira. Diz mesmo quepretende ter uma conversa particular com Telê,seu amigo de longa data.

Reinaldo atribui a sua saída da Seleção,não à queda de forma ou às seguidas contusõesque a ausência de seus quatro meniscos provo-ca. Diz ele que perdeu prestígio devido a "umacentral de fofocas", montada em Belo Hori-zonte, cidade que adora mas que a seu ver"ainda é dominada por uma minoria atuante,envolta numa capa de provincialismo." Foiessa gente, afirma, que criou a imagem de umjogador farrista, dado a boêmia, só porque ele,Reinaldo, gosta de freqüentar as boates damoda.

Gozando as mordomias do Hotel Mediter-ranée, em Salvador — o que já deixa muitagente irritada — Reinaldo acha que o fato de terassumido posições políticas também atrapa-lhou a sua vida na Seleção. "Mas se iodos osbrasileiros estão participando da luta pela rede-mocratização do país, por que o jogador defutebol náo pode?" E confessa sua simpatiapelo Partido dos Trabalhadores, de Lula.

São declarações, sem dúvida, de um ho-mem de personalidade, que se sentindo numaposição certa e cheia de razão não se defende esim investe, com os seus argumentos, contra osque o atacam. Resta saber se será compreendi-do pelos que têm poderes para decidir seudestino de profissional. Seu sonho, insiste emafirmar, é jogar a Copa do Mundo. Se fizermesmo o bom Campeonato Nacional que pro-mete, vamos torcer para que a sua boa forma eo seu mais que reconhecido talento de craquevenham a prevalecer e pesar mais do que a suavida -particular ou as suas upiniõespolíticãST"Muito boas, por sinal.

JA

está decidido que no sorteio da Copa,dia 16, em Madri, Brasil, Argentina,Espanha, Alemanha Ocidental, Itália eInglaterra serão cabeças-de-chave. E

haverá mais três grupos, que serão sorteadoscomo primeiros adversários dos seis paísesacima, nos jogos das oitavas-de-final.

Há quem garanta que o sorteio é dirigidoe aposte que os adversários iniciais do Brasilserão a Tcheco-Eslováquia, Chile e Kuwait.Também já foi decidido pela FIFA que se, pormotivos políticos, a Polônia e El Salvador nãopuderem participar da Copa serão substituídospela Alemanha Oriental e México.

¦ ¦ ¦

EM

meio à intensa alegria dos seustorcedores, dois novos presidentes as-sumiram o comando de seus clubes:

. Lúcio Lacombe, no América, e JucaMello Machado, no Botafogo. A posse de Jucafoi uma festa que ganhou uma dimensão jamaisesperada pelos seus organizadores. Começouum tanto solene, com todos emocionados porrever a velha sede, mas muito formais, depaletó e gravata, faltava o povão. Aos poucos,porém, a pressáo da massa de torcedores dolado de fora foi-se tornando tão grande que osportões foram abertos e todo mundo veioparticipar daquela contagiante alegria, que eraum desabafo, depois de seis anos de vergonhase tristezas. Seis anos em que o verdadeiroBotafogo não existiu. O show montado porRegis Cardoso e o farto coquetel oferecido porManuel Agueda Filho contribuíram para quenada faltasse à explosão de alegria dos botafo-guenses.

Agora ao trabalho, que a casa está arrasa-da. Desativar Muriqui foi uma boa medida. Aproposta a ser feita ao Coríntians, pelo emprés-tinto de Sócrates por dois meses, para a Taça deOuro, é interessante, mas pode ser aumentada.Sócrates é um jogador que se paga em dois outrês jogos. E, sozinho, é capaz de armar essetime do Botafogo que está aí, pelo valor moralque representará para os companheiros emcampo e para os torcedores nas arquibancadas.

DE PRIMEIRA: Na posse de JucaMello Machado, velhos botafoguenses como oPirica, o Perrota, Enio Daut e tantos mais,recordavam passagens da velha sede, especial-mente das conversas das tardes na varanda. E,lógico, que a figura de Carlito Rocha foi amais lembrada.

Supersticioso como era, dele ficou umasérie de histórias, envolvendo várias geraçõesdo clube. O cachorro Biriba, uma de suascriações, foi mascote do time durante todo oano de 48 e no final do campeonato ganhou,com os demais jogadores, a sua faixa e odireito de sair na fotografia do time que foi ocampeão da cidade.

Nos jogos ali em General Severiano,Carlito Rocha gostava de ficar de terço namão, rezando e olhando para o Cristo doCorcovado, bem visível por trás do estádio.Numa partida, o Flamengo acabava de empa-tar e estava pressionando muito. Sempre re-zando, Carlito voltou-se para fazer um pedidodiretamente ao Cristo e viu, angustiado, aimagem coberta pela espessa nuvem. E nãoteve dúvida de que ali estava a causa da reaçãodo Flamengo. Aflito, ordenou a seu auxiliarAloísio:

Vê se tira aquela nuvem de lá, Aloi-sio, que ela está atrapalhando tudo.

Aloísio não sabia, evidentemente, comopodia tirar uma nuvem da frente da estátua láem cima do Corcovado. E Carlito, cada vezmais nervoso e irritado a gritar com ele, quequeria ver a imagem sem nuvem. Até queAloísio, irritado também, explode:

De que jeito eu vou tirar a nuvem seuCarlito? Soprando?

E Carlito muito sério:Pois então sopre, Aloísio. Sopre ou

faça o que quiser, mas tire aquela nuvem de lá.

Sandro MoreyraR*dotor-iubitituto

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Vasco acerta com C. Adão e só depende de Kelly¦; .i.: ¦¦*'_»¦:.* ; ______t__-_mdmÈ^^M-W£m,-,-. ..,•,-.. « , Almlr VelpO ^

_A vontade de jogar,ao lado de Roberto

Aos 26 anos de idade, Cláudio Adáovai-se realizar duplamente como joga-dor de futebol: por jogar no Vasco,clube de sua simpatia como torcedor,e ao lado de Roberto, de quem é amigoe admirador. Por essas razões, e porser também um dos principais artilhei-ros do Rio nos últimos anos, é gue estácerto de um sucesso rápido em SáoJanuário.

Formar dupla com Roberto seráótimo para os dois, pois já temos umagrande amizade fora do campo. E da-rei a ele uma colaboração que necessi-ta na preparação das jogadas, resul-tando daí muitos gols para os dois. OVasco passará a contar com dois cen-troavantes, o que será uma vantagemsobre os outros times — comentouCláudio Adão.

ExpectativaNa casa do sogro, Luís Carlos Bar-

reto, ao lado da mulher, Paula, Cláu-dio Adão se mantinha ontem bastantetranqüilo a respeito do seu destino,mas era evidente sua preferência peloVasco, na disputa deste com o Inter-nacional de Porto Alegre por seu pas-se. Ele ressaltava que a questão finan-ceira era muito importante e náo po-deria desprezar uma proposta excep-cional do Sul, mas gostaria dc pernia-necer no Rio.

Tenho esperança ainda de serconvocado para a Seleção que dispu-tara a Copa da Espanha, pois Telêtem dado oportunidade a muitos joga-dores e minha vez acabará chegando.O fato de Roberto estar na Seleção emnada me prejudicará. Ao contrário,náo vejo qualquer motivo para que eunâo possa ser chamado. Minha idapara o Vasco poderá ajudar muito —afirmou Clátidio Adão, sempre apoia-do por Paula.

Ao lembrar passagens de sua car-reira, ele ressaltou que será funda-mental para ter êxito no Vasco o apoioda torcida, e nào tem dúvida de queisso ocorrerá, pois é artilheiro, talcomo Roberto, e levará essa caracte-rística para o time. Esse è um fato quefaz questão de frisar e acha que jádeve ter alcançado também a marcados 500 gols, da qual Roberto estápróximo e que já foi superada porZico.

No Fluminense, jamais me faltouesse apoio do torcedor, justamente ogrande problema que tive no Flamen-go. Na Gávea, fui artilheiro e, emboratenha marcado cerca de 200 gols nosmeus três anos de clube, a torcidasempre me hostilizou, inexplicável-mente. Também do Botafogo nâo te-nho queixas, exceto do ex-presidenteCharles Borer, um homem bastantedifícil de lidar e que me deixou numasituação difícil para não comprar meupasse.

No SantosCláudio Adão se queixa do Flumi-

nense por não ter mostrado interesseem renovar seu contrato e, sim, em

jiegociá-lo a qualquer momento, ape-sar de ter feito excelente carreira noclube. Mas o seu período mais difícilfoi no Santos, quando, aos 19 anos,fraturou e rompeu os ligamentos do péesquerdo, num lance com o goleiroLuís Antônio, do América de Rio Preto.

O clube me deixou tiuma situa-çáo muito difícil, entregue ao INPS, eeu passei de uma grande admiraçãopelo então presidente Modesto Roma aquase odiá-lo por essa atitude. Aí oFlamengo foi buscar-me e acreditouna minha recuperação, por iniciativade Cláudio Coutinho, a quem semprefui grato.

Nascido em Volta Redonda, a 2 dejtãho de 1955, Cláudio Adão começoua jogar na Portuguesa Santista, du-rante uma viagem deJeriaSj_com._J.3_anos de idade, no infanto-juvenil. Nadecisào de um torneio da cidade com oSantos, fez os trés gols da vitória doseu time e o ex-zagueiro Olavo o levoupara a Vila Belmiro. Com 16 anos, jáatuava no time principal do Santos eparticipou de várias seleções amado-ras, destacando-se sempre como arti-lheiro, como no Pan-Americano do Mé-xico, em 1975.

Cláudio Adão explica que passou atorcer pelo Vasco justamente em San-tos, onde o clube conta com um grandenúmero de adeptos. E os gols que já fezcontra o clube agora pretende com-pensar com muitos mais com a camisa9 que passara a vestir a partir de hoje.

C. Adão e a mulher, Paula, acham melhor ficar no Rio do que ir para Porto Alegre

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33" LUGAR IMPACTO Jovr Delia Fern.mde% F°34" LUGAR IMPACTO i.</'s Felipe G Soa-esIb" LUGAR ¦ IMPACTO Mareio A L Cunlu F°36° LUGAR . IMPACTO . <v_,_ C. Pacitti37" LUGAR IMPACTO Mauro tope/ Reco38" LUGAR IMPACTO • Flav.o Yuan Gouvêa30" LUGAR ¦ IMPACTO José Tomáí V Santos40° LUGAR IMPACTO Alcides L F Languti41° LUGAR IMPACTO Leonardo O Ferreira44° LUGAR IMPACTO Marcelo A GR Schaller¦18° l UGAR IMPACTO NelsimarM Vandei li Jr

NO IME, COMO SEMPRE, SÓ DA IMPACTO! -^

Depois de um encontro entredirigentes do Vasco e o pro-curador de Cláudio Adão, seusogro, Luis Carlos Barreto, nacasa deste, falta apenas a assi-natura do presidente PllvloKelly dos Santos para co.icre-tlzar a venda do atacante, oque ocorrerá hoje, ao melodia,quando o vice-presidente Ra-fael de Almeida Magalhães lhelevará os papéis. Mas SilvioKelly disse que só concordará,após tomar ciência dos termosda transação.

Embora ainda não conside-rasse Cláudio Adáo Jogador doVasco ontem à noite, quandoos representantes do clubecompareceram ã sua casa, aOm de acertar as bases para oJogador, Luis Carlos Barretodeixou claro que, a partir daconcordância do Fluminense,o negocio estará feito. O Vascopagará Cr$ 40 milhões pelopasse, além de ceder o atacan-te Amauri.

NEGOCIAÇÕES

Embora confirmasse a prio-rldade dada ao Internacionalpara a contratação de CláudioAdão, o vice-presidente de Fu-tebol do Fluminense, Rafaelde Almeida Magalhães, deci-diu reabrir as negociações como Vasco ontem à tarde, quandofoi procurado em seu escritóriopelos dirigentes deste clube.Depois do encontro, o negócioflcou praticamente fechado,na dependência apenas deuma reunláo entre Rafael eoutros dirigentes do Fluml-nense, para discutir os deta-lhes finais.

Rafael explicou que tinhaum compromisso com o Inter-nacional e preferia negociá-locom o clube gaúcho, que paga-ria CrS 40 milhões à vista, en-quanto o Vasco, tirando parti-do do desejo de Cláudio Adão

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ncar no kio, oiereceu o mes-mo. parceladamente. Como ojogador prefere continuar nacidade, não seria possível dei-xar de atendê-lo, foi o que Ra-fael deixou claro.

O vice-presidente de Fute-boi do Vasco, Antônio SoaresCalçada, chegou ao clube às17h e se reuniu com o presiden-te Alberto Pires Ribeiro. Maistarde, mandou chamar Amau-ri em casa e, depois de cônsul-tar o Jogador sobre o interesseem se transferir para o Fluml-nense, autorizou-o a entrar emcontato com o supervisor des-te clube, Emilson Peçanha.

DOCUMENTAÇÃO

Calçada reuniu-se em segui-da com outros dirigentes doclube, para definir e redigir osdocumentos da compra deCláudio Adáo. Os papéis fo-ram levados a Rafael de Al-meida Magalhães por EuricoMiranda e Paulo Pereira. Maistarde, eles estiveram na casade Luís Carlos Barreto, paraconcluir o negócio.

Até então, Luís Carlos se'mantinha na expectativa doaacontecimentos, pois tiveracontatos com Calçada só portelefone e considerava os en-tendimentos apenas oficiosos.Por volta das 20 horas, o sogrode Cláudio Adão atendeu a umtelefonema do vice-presidentedo Internacional, Frederico •Balvê. que pediu explicaçõessobre as notícias da venda deCláudio Adão ao Vasco.

O atacante, nesse instante,estava se exercitando numaacademia e quando chegou emcasa confirmou que nada ha-via ainda de oficial com o Vas-co. Suas explicações foram asmesmas que Luís Carlos Bar-reto deu a Balvè, quando es-rlareceu que, apesar de bemadiantados os entendimentoscom o clube gaúcho. CláudioAdão nào poderia deixar deestudar a proposta do Vasco.Como náo havia um acordosobre o prêmio que pretendiareceber pela transferência, pornào ter direito aos 15c'c do pas-se, o negócio com o Internacio-nal não estava fechado, expli-cou Luis Carlos.

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JORNAL DO BRASIL caderno

Rio de Janeiro — Quinta-feira, 7 de janeiro de 1982

GOLFINHOS

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SUICIDI

Em 1980, foram assassinados a pauladas pelos pescadores japoneses, porque"devoravam 200kg de peixe por dia. Desta vez, 150 golfinhos se suicidam emmassa, recusando-se a voltar para a água. No Japão, terra do haraquiri

st"^^ ÓQUIO — Cerca de 150 golfinhos lançaram-se* U ¦ ontem sobre as areias de uma praia no Sul dog] Japão, onde resistiram às tentativas de pescado-¦aub res e voluntários vestidos com roupas de borra-

cha, que os empurravam de volta para a água. eeles tomavam a sair. Com a chegada da noite, os voluntáriosdesistiram e muitos golfinhos começaram a morrer.

Os golfinhos ficaram espalhados numa extensão de trêsquilômetros da praia de Aoshlma, em Mlyazake, um localmulto visitado por turistas no litoral Leste da Ilha deKyushu, cerca de 960 quilômetros ao Sul de Tóquio.

No Inicio de março de 1980, os golfinhos da mesma áreatornaram-se assunto do noticiário Internacional, porque fo-ram massacrados em grande número pelos pescadores daIlha de Iki. A matança provocou protestos de ecologistas nomundo Inteiro. Os pescadores de Iki mataram mais de 1 mllgolfinhos, alegando que os mamíferos destruíam os peixes,acabando com seu ganha-pôo.

Atordoados a porretadas, mortos a facadas, os golfinhosda Ilha de Iki foram lançados num moedor de came, depoisempacotados para serem doados aos agricultores, comofertilizantes. Choveram telefonemas e telegramas de protes-tos nas Embaixadas do Japáo nos Estados Unidos e Europa.Os pescadores alegaram que os golfinhos comiam seuspeixes e lhes causavam um prejuízo anual de 1 bllháo deienes.

Entre fevereiro e março, os golfinhos costumam aproxl-mar-se da costa Japonesa para comer os peixes. O próprioGoverno da província de Nagasakl pagou aos pescadores oequivalente a CrS 600 para cada golfinho capturado. Osanimais — considerados entre os mais Inteligentes — foramapanhados por redes, arrastados para as praias, onde recebe-ram pancadas na cabeça e sangrados a faca. A alternativaera deixá-los morrer de sede e de insolaçâo. Depois, eramlançados no triturador.

A matança dos golfinhos tomou-se conhecida em 1978.quando uma emissora de televisão filmou a operaçáo. Erritodo o mundo, divulgou-se a prática dos pescadores Japone-ses. acusados de crueldade. Mas o diretor da Divisáo dePesca da província de Nagasakl, Takashl Hashlmoto, aflr-mou que náo havia possibilidade de convivência entre os

goJünhos_e_ps_ pescadores, pois os 35 mil golfinhos na regiãocomiam uma média de 20Õkg de peixe por dia.Um monge foi chamado pelos pescadores para oficiar osfunerais dos golfinhos, e ergueram-se monumentos de madei-ra em memória dos animais. Verificou-se que a came dos

golfinhos distribuída para consumo humano estava contami-nada com 1,11 partícula por mllháo de mercúrio, segundo ostécnicos da Fundação Oreenpeace (o limite consideradotolerável para saúde humana é de 0,4 ppmi, Foi entào que sedecidiu que a came dos golfinhos seria usada como ferttli-zante.O norte-americano Dexter Cate chegou a ser preso (maistarde, foi solto e solicitado a deixar o Japáo), porque desafiouas autoridades e os pescadores Japoneses, quando numanoite cortou as redes que prendiam os golfinhos, soltando 200deles. Foi processado por danos à propriedade. O Oovemo

Japonês fez uma contra-ofensiva publicitária para desfazer aimagem de crueldade que se atribui ao Japáo. Mas agora, sáoos próprios golfinhos que se matam.

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pia ação. muito mais rápido e locali-zado. Conclusão: lui lá e em apenas30 dias estava na minha melhor lor-ma O resultado está ai no ar. no tea-tro, nas revistas. O resultado estáem mim que sempre fui e pretendocontinuar a ser uma mulher realiza-da e feliz. Faça como eu: telefoneagora mesmo'e marque uma entie-vista sem compromisso. Você vai sereencontrar com a sua beleza".

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•ala 1903

CIENTISTASAVISAM QUEGUERRA NUCLEARTRARÁ CÓLERA,TIFO, PESTE,VARÍOLA...WASHINGTON

— Os cientistas reunidos noencontro anual da Associação Norte-Amerlcanapara o Progresso da Ciência queparticiparam de um fórum sobre os efeitos da guerranuclear chegaram à conclusão de que, se os EstadosUnidos forem atacados, os sobreviventes ficarão àmercê de moléstias que a civilização Jã controlou noúltimo século.A devastação que causaram as duas primeirasbombas atômicas lançadas pelos Estados Unidoscontra as cidades japonesas de Hlroxlma e Nagasakl éapenas um ponto de partida para o quadro que osnorte-americanos terão em decorrência do arsenalnuclear de que a União Soviética dispõe no momentoadvertiram os cientistas.O Dr Stuart C. Finch, da Faculdade de Medicinade Nova Jérsei, disse no seminário realizado na Escolade Medicina Rutgers que, segundo estudos feitos nossobreviventes de Hlroxima e Nagasakl, o câncer foi oefeito mais duradouro da radiação sofrida pela popu-laçèo. As mulheres e as crianças mostraram-se maissuscetíveis do que os homens, acrescentou."Cerca de 110 mll sobreviventes foram mantidosem observação para a busca da causa mortls e adeflnlção da duração de suas vidas", esclareceuStuart, acrescentando: "Os dados colhidos indicam

que o câncer é o maior efeito somático" de umaexplosão atômica. "A correção mais concreta dosefeitos abrange a leucemia, o mieloma múltiplo e ocâncer dos seios, pulmões, tirólde e estômago."Stuart fez outra advertência: nos casos de Hiroxi-ma e Nagasakl, os auxílios chegaram rapidamente deoutras áreas do Japão não atingidas pelas bombasmas no momento este náo será o caso de um ataqueatômico, cujas proporções seráo multas vezesmaiores.

a ,? Dr Herbert Abrams, da Faculdade de Medicinade Harvard, disse que um ataque nuclear aos EstadosUnidos mataria 88 milhões de pessoas e causariaferimentos graves em 34 milhões que tentarem sobre-viver em abrigos subterrâneos onde a assistênciamédica será Inadequada. Isto, sem falar da contami-nação dos alimentos, da água e do ar.Nesse ambiente envenenado — acrescentouAbrams — os norte-americanos serão vulneráveis amoléstias que a civilização mundial já colocou sob

tóvv^liS? ^i0 tempo: &s^. cólera, varíola efebre tifóide. Sofrerão também um recrudescimentoda gripe, pneumonia, meningite e hepatite.Um confronto nuclear de grande envergaduraentre os Estados Unidos e a União Soviética tambémafetará a atmosfera terrestre de "várias maneirasmuito perigosas", segundo um documento apresenta-do por Bernard Feld, do Instituto de Tecnologia dei*13SS& c nus G t ts.Feld disse que as explosões liberarão elementosionizantes na estratosfera e que a disseminação des-ses elementos pelas correntes aéreas de elevada alti-tude resultará no empobrecimento dos Índices deozônio, a substancia que filtra as radiações ultraviole-tas do Sol, que causam as queimaduras da pele einduzem à cegueira.

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EMAGRECER 14CMSILLOUETTEPROMETE,NÃO CUMPREE É PUNIDA EMSÃO PAULO

Alberto Beuttenmuller

SÀO

PAULO — A empresa Síüouette.especializada em estética feminina,"foi punida com denúncia publica nosmeios de divulgação porque conti-

nuou reincidindo em anúncios inverídicos so-bre emagrecimento", revelou o Sr Luís Fernan-do Furquim, presidente em exercício do Conar(Conselho Nacional de Auto-RegulamentaçâoPublicitária).

"Toda vez que o Conar pediu àquela empre-sa que modificasse o anúncio, ela atendeu demaneira dúbia, realizando mudanças apenasno layout, mas permanecendo com as mesmasinverdades", continuou. "O último grau de pu-nição do Conar é justamente a denuncia púbii-ca, que só é feita depois de se esgotarem todosos recursos, o que acabou ocorrendo com aSillouette, ou Instituto de Estética Sillouette,ou ainda Sagic South American Gymnastic."

a empresa defendeu-se. por seu gerente, SrCavino Tanesi, que perguntou: "Por que nuncafoi punida nenhuma das empresas que sáoAliadas ao Conar?" A Sillouette não é associadado Conar e, segundo seu gerente, recebeu, du-rante a denúncia, folhetos para também parti-cipar do Conselho, mediante o pagamento deCrS 25 mil, embora ele não queira vincular adenúncia ao pedido de filiação. Disse apenasestranhar que tal fato tivesse ocorrido.

O presidente em exercício do Conar disseque é comum esse tipo de pergunta, mas quenão se trata de um bicho-de-sete-cabeças: "Asempresas filiadas ao Conar", explicou, "náoforam ainda punidas, mas poderão sê-lo a qual-quer momento, desde que infrinjam a ética.Elas estáo no Conar justamente por teremaceitado as exigências de uma disciplina éticano terreno da publicidade. Todos os nossossócios querem a moralização do setor. É óbvioque não iriam aceitar tal código para, de ime-diato, o infringirem, não é mesmo? Quem nãoentra no Conar é porque náo aceita seus princi-pios éticos."

A suspeita coloca em jogo uma possivelbarganha entre o Conar e a Sillouette e dá aimpressão de que se a empresa aceitasse afiliação, teria a punição relaxada. "Mas isso nãoacontece, nem irá contecer", diz Furquim, "poiso que ocorreu, se é que ocorreu, foi apenas umacoincidência. A campanha para aumentar nos-sos filiados coincidiu com a denúncia da empre-sa, daí as ilações que nào sâo verdadeiras. OConar é um conselho para defender a éticaprofissional da publicidade. Tem 140 associa-dos entre agências de propaganda, anunciantese órgãos de comunicação. É uma espécie detribunal ético. As firmas que entrarem no Co-nar seráo justamente aquelas que deveráocumprir à risca o código de anunciar apenasverdades, nada de mentiras para enganar o

EM MEIA HORA?público. Por isso é também indiretamente umadefesa do consumidor."

As denúncias contra a empresa Sillouette,diz Furquim, partiram do Procon, órgão deproteção ao consumidor, ligado à SecretariaEstadual de Planejamento, e de clientes queescreveram para jornais paulistas. Segundo umdos anúncios da empresa, havia promessa deemagrecimento de 14 centímetros em meiahora por dia. A empresa, segundo Furquim, foiaconselhada a mudar tal assertiva, mas respon-deu que "os 14 centímetros eram dois centíme-tros na coxa, três centímetros no braço etc.,somando tudo daria os 14 centímetros."

Esse anúncio também veicula um aparelho,o ADCT, que faria "o milagre de retirar cerca de20cm de gordura em horas." Segundo o gerenteda Sillouette, Sr Cavino Tanesi, o Conar chegoua apontar erros de português nos anúncios daempresa veiculados pela TV Globo (os de 30segundos). Tanesi chegou a afirmar que a em-presa tem fichas de clientes com as medidas,antes e depois, para comprovar que o aparelhofunciona. Mas não disse se o aparelho funcionamesmo em poucas horas, emagrecendo os cen-timetros alegados na publicidade.

A denúncia deuma das clientes,Sra Ana Maria Lo-vanka, publicada pe-lo Jornal da Tarde,diz que "as aulas deginástica tinhammais de 70 pessoasem pouco espaço",sempre com superlo-taçâo, enquanto oanúncio afirma quesáo 400 metros qua-drados de área parao salão de ginástica,e "na verdade tinhaapenas a metade". Ogerente Cavino Ta-nesi não aceita o ar-gumento e diz que "afilosofia da Sillouette é nâo criar confusão comex-cliente".

Os responsáveis pela Sillouette ficaram sur-preendidos porque a denúncia só ocorreu ago-ra. em janeiro, quando as cartas trocadas entreo Conar e a empresa datam de agosto passado.Mais uma vez, o presidente em exercício doConar, Sr Luis Furquim, explica:"Nós abrimos um processo, quando há vei-culaçáo de publicidade inveridica, recebemosas denúncias e estudamos cada caso. O proce-dimento é o seguinte: convidamos a empresadenunciada a mudar sua campanha; determi-namos expressamente que a mudança deve serfeita; enviamos instrução aos veículos de comu-nicaçào para que nào aceitem a peça publlcitá-ria com tais inverdades; fazemos a denúnciapública, após todas essas reincidências da em-presa que não procedeu de forma ética com oconsumidor."

Assim, segundo o Conar, os anúncios daSillouette apregoam emagrecimentos em centl-metragens impossíveis em táo pouco tempo,anunciam espaços de ginástica inverídicos^quando as aulas sáo superlotadas, e, além dis-so, em momento algum aceitou as restrições,"realizando modificações dúbias, criando assima meia-verdade para enganar o consumidor.Daí, a denúncia pública", finalizou o presidenteem exercício, pois o titular, Sr Petrônio Correiaestá de licença.

CADERNO B

~Cs£lFfrí&S-Paz encontrada

Morreu o nosso Dr Vilhena! Encer-rou o seu exílio terreno aquele que,durante quase um século de exlstên-cia, como bem recordou Pedro Calmoná beira do túmulo, outra missão náocumpriu que a de bem servir a Deus eà pátria.

Historiador, poeta, Jornalista, ad-mlnlstrador, Jurista e, acima de tudo,professor, teve a sua longa e fecundacarreira marcada pela majestosa pre-sença das serras. Para usarmos umaImagem do grande Laet, parece que oar serrano que se adelgaça e náo pade-ce da blasfêmia dus fúmaradas quenodoam o céu das capitais era umsímbolo, o símbolo da puríssima dou-trlna que sempre defendeu.

Foi a doce brisa da Mantiqueiraque lhe abriu os pulmões em 5 defevereiro de 1887 naquela minelríssimaCampanha da Prtnceza que um diamagniflcamente cantada seria por Al-

.fredo Valadáo. Às margens do rio Ver-de, a criança franzina, orfá de máe aoscinco meses, precocemente exibiriaaos seus conterrâneos a grandeza deuma Inteligência que a todos ofuscava,desenvolvida paralelamente a umavontade forjada no mais flno aço doDamasco.

Das montanhas sul-nünelras à ser-ra fluminense! Aos 10 anos, mal refeitode numerosos males que levaram suafamília a conduzi-lo ao Santuário de NSra Aparecida, da qual se consideravamlraculado, toma rumo de Nova Fri-burgo em busca da sabedoria dos sol-dados de Loyola. Asilado durante eln-co anos entre os Yabar e os Madurelra,ele que, mal sabendo falar, queria serJesuíta para ber uma lâmpada igual àque via sobre a mesa de um, desejavaagora a ciência dos membros da Com-panhla. E nâo desmerece os mestres.Aos 12 anos traduz Goethe. desvendaos segredos do grego e do latim, Iniciao seu namoro com o Idioma de Raclne,do qual se tornaria mestre insigne,sem Jamais ter contemplado os clvlll-zados horizontes da terra de S Luiz-Rei, o seu santo favorito. É lá naabençoada serra que nasceria o aman-te da filosofia, lá cresceria o professor.Também lá lnoculados lhe seriam osgermes do historiador pelo Padre Ga-lanti, com o qual aprenderia a polemi-zar e qua-seria a sua primeira vitima,durante um exame de lógica, assistidopelo portentoso Rui. Ouvindo este eoutros grandes tribunos da língua, co-mo Laet ou Alonso Celso, convivashabituais dos herdeiros de Nóbreganas grandes datas do colégio, o nosso"caipira da Campanha", como o cha-mara, de certa feita, Galantl, aprendeua cultivar o estilo, a conviver dia enoite com a gramática, convivênciaque Iria merecer, mais tarde, o elogiode um Cândido de Figueiredo. Mas, noAnchieta, onde receberia o grau debacharel em ciências e letras na turmade 1902, ao lado do seu irmão Rodol-pho, futuro discípulo de Hlpócraies,aprenderia principalmente a vencer aCompanhia de Jesus, veneração que oacompanharia por toda a vida. E comum ensaio sobre a Influência dos jesuí-tas nas nossas letras que ingressará,em 1921, no Instituto Histórico e Geo-gráfico Brasileiro, esse sagrado temploda verdade, onde hoje pontificam osCalmon, es Lacombe, os Valadáo, osCarneiro de Mendonça, "j'en passe etdes meilleurs", Instituto que era umdos seus orgulhos e de qual, ao morrer,tinha as honras de benemérito e desócio n° 1.

A extremada devoção aos filhos deSto. Inácio levou-o não só a nos legaralgumas das suas mais belas páginas,mas também a presentear o mundocom os frutos do espírito de um PadreLeonel Franca, de um Padre Madurei-ra, dé um Padre Augusto Magno. Domaior dos "paulos do sertão", cujarelíquia acompanhou-o até ao derra-deiro Instante, publicou os poemas DeBeata Virgine e De Ges lis Mendi deSaa, concorrendo para, nos círculossábios dos dois mundos, enaltecer obom nome e os foros do Brasil. Nobre-ga, quase tão grande quanto o santocanarino, aquele Nóbrega que Instavapara que da Europa viessem ao Brasilórfãs, "ainda que fossem erradas, poisque todas casariam, visto ser a terramuito grossa e iarga", impressionava-o vivamente. Assunto obrigatório dosnossos colóqulos dominicais, sonhavaem vê-lo gigantesca estátua aqui noRio de Janeiro, cidade que seria táosua como S. Paulo é de Anchieta.

A benemérita roupeta de S. Fran-cisco Xavier e de S. João de Brito estápresente ainda os dois maiores aml-gos, entre muitos que teve, durante a"sua dluturna jornada pela Terra: Pa-dre Ceccarone, a quem considerava-um pai, e Padre Francisco Leme Lo-pes, a quem, até morrer, tomava comofilho.As serras que oxigenaram o seuespírito na Infância e na adolescênciaservem-lhe novamente de cenário naidade madura. Uma lnfecçâo pulmo-nar fá-lo subir a Italpava, depois dealguns anos de Ipanema, onde desfru-tara a fraterna vizinhança de JonathasSerrano e Dorval de Moraes. Novo eImportantíssimo marco na sua exis-tência, testemunhado pelas monta-nhas. No aprazível recanto petropoli-tano, anos 30 correndo, entre uma he-moptise e outra, entrega à publicidadea_ suas mais importantes obras sobreCaXias. O Duque de Ferro, cuja figurafora desde tenra idade objeto do seuculto, com beneditina paciência es-miuçando-lhe a vida, preocupado sem-pre em náo falsear a história que, dizia,estar agora às portas da morte, teria, àépoca, grande divulgação. Depois deidealizar o Dia do Soldado, anualmen-té comemorado em 25 de agosto, datanatalícia do Pacificador, descobre-lheo local exato do nascimento, desfazlendas que sobre ele corriam como asligadas a Miguel de Frias e ao PadreFe^jó, analisa novos aspectos de suapersonalidade em magníficos estudospsicológicos, dos quais ê modelo AFarda Desabotoada.

Com as pesquisas sobre "o maiordos brasileiros" estreitaram-se as suasrelações com o Exército e nâo se po-dem contar pelos dedos os amigos quefez entre os militares: Dutra, Pessoa,Pinto, Pedro Cavalcante, Eduardo Go-mes, Masearenhas de Moraes, BinaMachado, Denys e tantos outros. Veioa Ordem do Mérito Militar, cuja rosetaostentou na botoelra, em detrimentodas numerosas outras comendas na-cionais e estragelras que, ao curso davida, receberia, até o sepulcro. O Insti-tuto de História Militar, hoje sabia-mente comandado por Jonas Corrêa,outro dos seus grandes amigos de far-dá; deu-lhe a cadeira que tinha o seuherói por patrono. Abriram-se-lhe asportas da profícua Biblioteca do Exér-cito. Aos amigos militares deve tam-bém o que considerava o seu maiorgalardão: dirigir o Arquivo Nacional,

ftinçflo que conservou durante 20 anos,durante os quais deu mostras de ex-traordlnária capacidade admlnistratl-va. No "seu" Arquivo pôde dar vidaaos grandes da história pátria, lmorta-Uzando-os em retratos do admirávelCarlos Oswald: Caxias, Calru, Inhaú-ma, Bartolomeu de Gusmão, SantaRita Durão, D Vital, D Macedo Costa,Cândido Mendes, D Sebastião Leme...Pela sala que levava o nome do nota-vel economista da aurora da naclonall-dade, Inslgnee conferencistas desfila-ram; pelas suas oficinas tipográficaspreciosos manuscritos passaram, náose limitando o diretor a Imprimir te-mas de história política e administra-tiva, com demasiada profusão de vezesno que tange ao enfadonho relato demovimentos revolucionários, mas pro-movendo admiráveis estudos brasilei-ros, como os que publicou sobre nos-sos aborígenes, nascidos de duas pe-nas sacerdotais, a do Cônego JoáoPedro Gay, uma trasladação emguarani da bula InefTabilis Deus dePio IX e a do filho de São Bento, DAlculno Meyer sobre a tribo Pauxiana.

A cura do seu pulmão e as necessi-dades Impostas pela vida pública, flze-ram-no descer a serra e voltar ao Rio.Refugiou-se na Gávea, onde a visãodos morros cariocas e a luxuriantevegetação, faziam-no lembrar-se dasalterosas terras do passado. De lá, comAlice Isnard Gorin Távora e suas noe-listas, consegue tornar realidade o so-nho de Nabuco com a criação do DiaNacional de Ação de Graças e em-preender a campanha para o Dia Uni-versai.

Na Gávea compõe algumas dassuas melhores poesias e transpõe parao vernáculo peças de escol da llteratu-ra francesa, particularmente do mes-tre Hugo.

A revista Verbum, magnífico veicu-.lo de cultura da PUC, sob a sábiadireção de Leme Lopes, conta com asua assídua colaboração. Vai envelhe-cendo, vào-lhe morrendo os amigos,todos contemporâneos do colégio e daFaculdade de Direito de S. Paulo, mui-to dos seus alunos; escasselam-se-lhesos auditórios, falta-lhe Já prestígio nosJornais onde fora çedator durante lon-gos anos.

Não esmorece, porém, no combate."Da minha cadeira posso ainda movi-mentar o mundo", dizia nos últimosanos. Com a ajuda de alguns fiéisamigos, "seus olhos e suas pernas",como o bom Manoel, Incansável leitordos jornais e portador quotidiano dassuas mensagens, continuava a produ-zir para Cristo e para o Brasil. Aindadá aulas aos que o procuram. Com adedicada professora Gilda Figueiredorecorda o grego e o latim. Para osfilhos e netos tem todos os dias umapalavra de ensinamento. Acha forçasainda para nos visitar todos os domin-gos: finge que almoça, toma algunsgoles de vinho e nos dâ lições, lições detudo, lições de vida. Entusiasma-sesempre pelos nossos trabalhos, arran-Ja-lhes títulos, discute-os, corrige-os.

Dois de maio de 1981! Aquele queera já um "esqueleto pensante", comodizia, perde por instantes a consclèn-cia e é levado âs pressas para o Hospl-tal da Lagoa pelos netos médicos e láflca aos cuidados de um sobrinho que-rido, o Dr Domingos Junqueira deMoraes. Novamente a serra ou a Ilusãodela, pelo menos. No oitavo andar,com a magnífica vista das montanhasque circundam a Lagoa Rodrigo deFreitas, sentiu-se em casa. Cercado delivros e periódicos, sempre lúcido, di-tava aos acompanhantes algumas re-comendações e sonhava. Sonhava emrepetir o feito do velho Senhor deBorja, Gonçalo Mendes de Maia. Co-mo o Lldador gostaria de dizer: "Pa-gens! que arretem o meu ginete marze-lo; a vós dai-me o meu lerigáo demalha de ferro e minha boa espada.Senhores cavaleiros, hoje contam-se95 anos que recebi o batismo, 80 quevisto armas, 70 que sou cavaleiro, equero celebrar tal dia fazendo umaentrada por terras da fronteira dosmouros." Cavaleiro do século XX, nâopretendia o nosso Lidador acometer osclrcuncisos, mas comemorar os seus 95anos diante de um imenso auditórioInteressado "para tirar a barriga damiséria", numa última aula onde, portempo Indeterminado, pudesse dizertudo o que ainda necessitava ser dito.Nâo quis Deus que assim fosse. Cha-mou-o para Si np dia 31 de outubro,trés meses antes do aniversário. Nâonos brindou com a magistral palestra.Hoje, lá onde o tempo nâo conta, ondea história não tem mais segredos, de-ve-se ter arquitetado o seu espírito decuriosidade e, diante de um auditóriode santos, finalmente encontrará apaz. J. L. Campinho Pereira —- Rio deJaneiro.

ExtermínioNossos poucos índios que sobrevi-

veram às lutas de interesses flnancei-ros, promovidas por companhias decolonização, já tomaram contato como homossexuallsmo, as doenças vené-reas, o alcoolismo e outras doençascontagiosas, a partir das relações comos chamados "civilizados". As compa-nhias de colonização que, por sinal,nâo sâo poucas, Invadem, desmatam enegociam inescrupulosamente as ter-ras que só pertencem ao índio, porqueeste preserva a fauna e a flora e estabe-lece, assim, o equilíbrio ecológico daregião.

Agora presenciamos, talvez, o últi-mo capítulo da existência de uma raçaem extinção, que lutou desesperada-mente como animais fugidos do seupróprio habitat. Como nos diz o jorna-lista Edilson Martins, "o último lugarbom", onde qualquer tentativa de con-tato será ainda mais prejudicial, qual-quer tentativa de alfabetlzaçáo e deensinamentos religiosos desagregará oíndio de seus próprios mitos e cos-tumes.

No livro Nossos tndios, Nossos Mor-tos, de Edilson Martins, o grande in-díanlsta nos narra: "Sem temer a mor-te, sem a necessidade de competir,agredir, se afirmar, náo sofrendo aangústia do nào-ser, o índio terminapor exercitar plenamente o ato deviver."

É tempo ainda de denunciar à po-pulaçào o extermínio que vem sofren-do o índio — uma raça tão sofrida —gerado por Interesses criminosos. JoàoAfonso Teixeira de Resende — Rio deJaneiro.

As cortas sorão ««lecionadas para publicaçãono lodo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível e endere-ço que permita confirmação prévia.

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quinta-feira, 7/i/sa _ JORNAL DO BRASILTEATRO

Bethania: as ironias de rainha

BETHANIAUMA ALTEZAEM CÍRCULOS

Tdrik de Souza

UMA

das questões maisdiscutidas nos bastido-res musicais no anopassado foi a declara-

ção de Thomaz Munoz, presiden-te da gravadora CBS, na FestaBrasileira do Disco, en Canela,RGS. Ele atribuiu à falta de cria-tlvidade dos artistas uma parcelasignificativa da crise do disco.Proliferaram também os dlagnós-ticos apressados de estagnação euníssona calmaria num setor on-de o pluralismo e a discrepânciade estilos e gêneros costuma ser atônica dominante. O novo discode Maria Bethânla (Alteza, Poly-gram) pode ser observado comosíntese e símbolo de todas essasquestões. A partir do recordista epremiado Álibi (78), a carreira dacantora perece ter estacionadonum limbo musicalmente neutro,onde a alteração anual do reper-tório nâo deve interferir no resul-tado sonoro antecipadamenteprevisto. Seria falta de criativida-de da cantora? Em Alteza, o bole-ro/baladismo romântico que temdominado o repertório (Rosa doViver, Todas as Horas, Maravi-lha, Sete Mil Vezes), como dehábito, é interrompido por umsamba mais movimentado. Emdiscos anteriores, valeram os par-tidos de D Ivone Lara (SonhoMeu, Alguém me Avisou); dessavez quem dá nas cadeiras é osamba de roda baiano, não muitoortodoxo, porém, Purificar o Su-baé (Caetano Veloso). Para náovariar, ainda, há uma pérola nos-tálglca, do repertório de Herivel-to Martins tâo caro a Bethânla(Atiraste uma Pedra). E outra daárea popularesca (Súplica), quelhe valeu boa circulação nessesmesmos territórios com Negue(Adelino Morelra'Enzo de Almei-da Passos, 78), Eu Tenho um Pe-cado Novo (Mariano Moreira/Al-berto Martinez, versão de LíOuri-vai Faissal, 80) e Lábios de Mel(Waldir Rocha, 79). Falta de cria-tlvidade — ou imposição ditato-rial dos laboratórios de marke-ting? A despeito do aparentecientiflclsmo, sabe-se que esse ra-mo novo dos ditames musicaisguia-se pela máxima peladeira,"em time vencedor não se mexe".

E Maria Bethania nem preci-saria do trono pleonástico da fai-xa-título ("sou uma rainha quevoluntariamente / abdiquei (sic)cetro e coroa") para exibir suavoz, cada vez menos modulada,de pessoa vitoriosa. Embora oassunto dessa faixa instigue tam-bém uma ironia sutil com a perdadó trono de rainha do disco paraRita Lee, no confronto recenteentre Talismã (620 mil discos) e

Lança-Perftime, (735 mll) o fato éque, a despeito de sua personali-dade forte, a cantora já nào pare-ce pertencer-se musicalmente.Nenhuma ousadia, nenhum riscoouve-se em Alteza, onde a surpre-sa solitária flca por conta dasminúcias rítmicas de Moraes Mo-relra (Caminho das índias) e adecepção maior pela ausência deChico Buarque — de quem a can-tora é eloqüente ventriloqua —náo compensada por uma partici-paçâo irreconhecível de Djavanno repertório (Todas as Horas).Resta uma inevitável impressãode uniformidade sonora, que criaexpectativas, por exemplo, paraas regravaçôes das músicas in-cluídas nas vozes — e discos — deseus próprios autores. Seráo, des-sa forma registrada por Bethâ-nia, tâo semelhantes e insossasessas músicas de autores tâo dife-rentes? Ou o arranjador de sem-pre, Perinho Albuquerque, obe-dece a uma fórmula tambémImutável por idênticos motivosda inamovibilidade do repertó--rio? A lista de músicos arregi-mentados para Alteza situa-seacima de suspeitas de redundân-cia: Juarez Araújo e Btju (saxes),Celso e Mauro Senise (flautas),Ed Maciel (trombone), MaurícioEinhorn (gaita), Chiquinho (açor-deom), Neco (cavaquinho). Isso,embora a essência, o corpo sono-ro do disco esteja a cargo dosInstrumentistas fiéis, a quem acantora recorre nos palcos, comoo veterano Zé Maria (pianista re-manescente do Terra Trio, que aacompanhava no início da carrei-ra), o citado Perinho (guitarra,violão e sintetlzador), seu irmão,Moacyr Albuquerque (baixo), acozinha de Enéas Costa e Bira daSilva mais a guitarra de ChiquitoBraga e o piano de Túlio Mouráo.

Na verdade, além das questõespuramente estratégicas da mer-cadologia que envolve uma ven-dedora de discos acima da marcade 600 mil cópias, Maria Bethâ-nia, em Alteza, soa prisioneira deseu próprio e defendido círculomusical. Subordinada incons-cientemente a uma equipe tãoleal quanto restrita e concorde,incapaz de tentar novas vias paraum caminho sonoro excessiva-mente nítido e pouco contrasta-do. Um caminho que começoupor vielas inesperadas como a darevisão de Noel Rosa (primeiroLP. 65), passou por atalhos

PRÊMIO PAULOPONTES

E OUTRASPREMIAÇÕES

Yan Mvchalski

curiosos e paralelos ao tropicalis-mo como a antecipada anistia dobolero de Linda Rodrigues (La-ma) e Ângela Maria (FósforoQueimado), mas hoje apenas se-gue o ritmo programado e previ-sível dos carros-chefes do mer-cado.

NOSTALGIAO CARRODE HITLERAINDADÁ "STATUS"PHOENIX,

Arizona — O carroaberto Mercedes-Benz de

Adolf Hitler e a barata Mercedes desua mulher, Eva Braun, deverão serarrematados por um mínimo de 1milhão 200 mil dólares (Cr$ 153 ml-Ihões 360 mil), no leilão que a firmaBarret-Jackson promoverá nesteflm de semana no Estádio Munici-pai de Phoenix. Tom Barret, sócioda firma, anunciou que 10 mil dóla-res da soma arrecadada com o lei-lão dos dois carros serão doados auma instituição de caridade Ju-daica.

O leilão de Phoenix — a maiorfeira de carros clássicos de todos ostempos — porá à venda 800 auto-móveis, entre os quais uma barataque foi de Rodolfo Valentino e vei-culos que pertenceram ao Xá doIrâ. Para restaurar a barata Mercê-des, modelo 1938, de Eva Braun,foram gastos 100 nül dólares. Nãofaltam ao carro agora sequer ascalotas folheadas a ouro, com asuástica.

A CHINATAMBÉM TEMSEU CINEMAINDEPENDENTEPEQUIM

— O primeiro filme chi-nès de produção Independente,

em quase duas décadas, será exibidonos Estados Unidos este ano — anun-ciaram aqui representantes de umacompanhia cinematográfica norte-americana.

A Terra Selvagem, dirigido porLlng Zi, filha de Ye Jianying, presi-dente do Congresso Nacional do Po-vo, terá sua estréia em São Francisco,em maio.

O filme, o primeiro de produçáoindependente feito na China em qua-se 20 anos, é baseado numa peça doconhecido escritor Cao Yu."Tentei mostrar a vida è a tragédia

das mulheres na China feudal", disseLing. "Elas constituíam uma classesem posição social, que não tinhadireito a individualidade ou liberdadepessoal, um grupo de pessoas maltra-tadas e abusadas."

O filme foi multo bem recebido emHong Kong, mas ainda náo foi exibi-do publicamente na China, aparente-mente porque seus temas de sensuall-dade e liberdade pessoal colidem coma campanha oficial contra o "Uberalls-mo burguês".

NA

sua segunda edição, cujos resultados foramanunciados segunda-feira, o Prêmio PauloPontes, da Associação Carioca de Empresa-rios Teatrais, manteve as características quemarcavam a sua criação pelo Presidente da ACET,

Rodrigo Farias Lima. Seu valor simbólico (além doapreciável valor não simbólico de 20 salários mínimospára cada um dos sete premiados) decorre fundamental-mente da personalidade do seu patrono, da homenagemque se presta anualmente à contribuição de Paulo Pon-tes para a luta por um teatro mais autenticamentenacional, mais consciente, critico e generoso. E suamarca registrada reside no fato de a escolha dos premia-dos, por serviços prestados ao teatro, lndependentemen-te dos setores de especialização, dar-se pelo voto dospróprios integrantes da atividade — os empresáriosteatrais, na sua maioria também artistas atuantes — enáo de outsiders como críticos e similares, como ocorrena maioria das premlaçôes.

Os sete Prêmios Paulo Pontes de 1981 distribuem-seequltatlvamente entre atores (dois), técnicos (dois), ad-minlstradores culturais (dois) e empresários (um). Osdois atores premiados, Grande Otelo — o mais votado detodos os candidatos — e Henriette Morineau, sáo bri-lhantemente representativos de duas grandes tradiçõesque concorreram para fazer do teatro brasileiro o que eleé hoje: a tradição popular, espontânea, autodidata, fielaos traços Inconfundíveis do temperamento nacional, nocaso de Grande Otelo; a tradição erudita, cosmopolita,alimentada por séculos de cultura teatral européia, nocaso de Mme Morineau. A folha de serviços dos dolsartistas ao longo de multas décadas torna supérfluoqualquer comentário sobre o merecimento da sua esco-lha, sendo que no ano ao qual a premiação especifica-mente se refere eles tiveram atuações de destaque,respectivamente, em Cabaré S.A. e Easina-me a Viver.

Como já aconteceu ano passado com a premiação deHumberto Silva, a presença de dois técnicos — o eletri-cista Elias e o maquinista Edinho — na lista dos premia-dos é particularmente significativa, tratando-se de pro-flssionals cujos nomes quase nunca chegam ao conheci-mento do público, mas cuja anônima contribuição éindispensável para que o mistério do teatro aconteça. O8r Elias, notadamente (e é sintomático que todos essesprofissionais só sejam conhecidos pelos seus primeirosnomes), é quase uma legenda viva do teatro carioca, dequem só ouço falar bem, desde que comecei a circular nomeio.

Orlando Miranda, o segundo mais votado, recebe oprêmio no ano em que sua gestão â frente do SNT terátalvez apresentado o menor volume de resultados tangi-veis; nâo por qualquer falha da equipe por ele chefiada,mas pela precariedade dos recursos postos pelo Govemoà disposição do órgão. Mas a obstinação e a dignidadecom que a direçáo do SNT lutou contra a adversidade, eque multo contribuiu para que a iminente criação doInstituto Nacional de Artes Cênicas (cuja efetivaçãoOrlando Miranda acaba de anunciar para a semana quevem) permita ver o futuro da política teatral do Govemocom algum otimismo, tomam o prêmio particularmentesignificativo Justamente nesse ano dificil. Já a presençana lista da outra autoridade cultural, o Secretário deEducação e Cultura e presidente da Funar) ArnaldoNiskier, me pareceria mais normal se tivesse sido votadapor meios ligados à ópera e à dança, campos nos quais oGoverno do Estado conquistou reais tentos em 1981. Emrelação ao teatro, a atuação da administração estadualcontinua deixando um saldo negativo, e náo chega aconfigurar uma politica cultural digna deste nome. Cer-tas medidas setoriais e paliativas que foram tomadas, epara as quais náo duvido que o empenho pessoal doSecretário deve ter sido decisivo, não chegaram a modifi-car substancialmente esse panorama. Creio que o prêmiodeve portanto entender-se no caso, sobretudo como umvoto de esperança, cobrança e confiança, cujo atendi-mento, supõe-se, tornar-se-á mais viável na conjunturaespecial do ano eleitoral.

Finalmente, o representante da classe empresarialna relação é, com pleno merecimento, o Sr AdauriDantas, que transformou o tradicional mas arruinadoespaço do velho Teatro Opinião no moderno, confortávele bem-equlpado Teatro de Arena, e o Inaugurou com umespetáculo de Inegável categoria artística e arrojo em-presarial, A Senhorita de Tacna.

Outro prêmio cujo resultado foi recentemente divul-gado é o já veterano e tradicional Prêmio IBEU deTeatro, que anualmente destaca a melhor montagemnacional de um texto norte-americano. Numa têmpora-da bastante rica em candidaturas (Village, Calúnia,Viva sem Medo Suas Fantasias Sexuais) a vitória coube,por unanimidade, â disparadamente mais significativadSs pmrinçftpn Pnnpnrrnntnr Hnnf Nnmn Solenidade tiser oportunamente marcada, os produtores receberão oprêmio em dinheiro, correspondente a 10 salários mini-mos, enquanto todos os membros da equipe artísticafarão jus a medalhas comemorativas.

E nos próximos dias o SNT deverá reunir o Júri doTroféu Mambembe, para a escolha dos candidatos sele-cionados a partir dos lançamentos do segundo semestrede 1981. Um pouco mais tarde, o mesmo júri procederá àescolha final dos ganhadores do Mambembe e seleciona-rá também os cinco melhores espetáculos cariocas de1981, que receberão o Prêmio MEC.

atrações da noitecarioca

UM ESPETÁCULO BRILHANTE — E a conclu-sâo de todos os que foram assistir à "Vitrine doBrasil", em cartaz no HOTEL NACIONAL-RIO.Dir. de Caribe da Rocha. C/ a presença deMaritiza(f) entre os 180 artistas em cena. T.399-0100 r 12 e 13(dia) e 69(noite).

O GOSTO FRANCÊS — Indiscutivelmente, o restau-rante LE RELAIS possui uma das cozinhas francesasmais renomadas desta cidade. Apresenta tambémpratos brasileiros e italianos. Almoço e jantar. E noanexo-bar. o pianista Emy de Oliveira(f) em duetomusical com o pistonista

"Barriquinha". R. VenàncioFlores. 365/294-2897. • •

• PrfÀ OESCONTRAIR — Nada melhor do que umaesticada ao POKER BAR. As melhores bebidas ecanapés, aliados a um time de atrações musicais.Presença do pianista e cantor Athié Bell. do cantor eviolonista Joel França e da pianista Mary Nicoloff Dir:Eduardo Gonzalezlf). A partir de 17h. R. Alm. Gonçal-ves. 50/5214999

O CHOPINHO DO PARQUE — NSo existe nada maisagradável do que tomar um chope ulíra-gelado nacervejaria de frente p'o mar do complexo RIO'S. Emanexo, restaurante francês e piano-bar c/Rosinha deValença (4* e 5'f às 21 h. 6' e sáb. às 22hl. EdsonMannho(f) e Tony Tno. Pae. do Flamengo (em frente fao M. da Viuva). T 551-1131.

*' • Esta coluna ê da responsabilidade de Ney Machado e SieiroNetto do Grupo Certa de Imprensa. Tel. 263-4222.

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JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82 CADERNO B

Onde comerbom rio Rio

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RODA VIVA — Av. Pasteur, 520 — ao lado do bondinho do Pâode Açúcar — Praia Vermelha. Como a roda que gira sem parar,com o movimento da água, logo à entrada, também os churras-cos no espeto rodam o salão no almoço. Nos jantares dançantes,o serviço à la carte, aos acordes da orquestra de Waldyr Calmon.A testa ó permanente. Tels.: 295-1546/1496.

IPANEMARIO NÁPOLI — Rua Teixeira de Melo, 53-B — Pr, Gen. Osório.No salão interno, com o conforto das cadeiras estofadas, e navaranda ao ar livre, o Rio Nápoli já é tradicional pela fartura de seu"Cozido à MadrileAa" (sugestão das 6's feiras) e pelo sabor da"Feijoada à Carioca" dos sábados. Cardápio internacional eentregas a domicilio. Tel.; 267-9909.

ANEXO — Rua Jangadeiros, 10 — Pr. Gen. Osório. O lugar idealpara receber os amigos. Aconchego no ambiente florido ecortezia na recepção sào os fatores sociais. Cardápio internacio-nal com ingredientes originais, sempre que possível. Carta devinhos e demais bebidas importadas — o imprescindível. Jantar.Estac c/manobrista. Tel.: 287-0555.

LEBLONENTRECÔTE — "Steack House" — Rua Rainha Guilhermina. 48— Esq. Gen. San Martin. "Filet com fritas" é o prato mais fácil dese escolher, Mas, ató mesmo o "Filet",

para os bons gourmets,varia de paladar de acordo com a maneira que é preparado. OEntrecôte especializou-se exclusivamente no preparo da carneAlm. e jantar. Tel.: 294-2915.

COPACABANAMICHEL —- Rua Fernando Mendes, 25-A. O lugar consagradopelos nomes de seus freqüentadores, afixados à parede emforma de placas de ruas. Tradicional por sua cozinha francesa domais alto nível, elaborada com ingredientes importados. Animadapelo dueto (piano e violáo) de Casemiro e Silvinho. Jantar. Estac.c/manobrista. Res. tel.: 235-2127.

CENTROBECO DO CARMO — Rua do Carmo, 55 — 2o andar. Nào só porsua localização em rua de pedestres, como também por situar-seno 2o and. do Ed. Garagem, o lugar é tranqüilo. As sugestões,sempre animadoras. "Filet Piquet" — A peça do mignon inteira,deitada no vinho tinto e ervas aromáticas. ó assada, servida combatata à "boulanger". T. 222-4400.

Aponte Onde Comer Bempelo Tel.: 255-1658

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fe <f/^/Grupo de Teatro Macunaíma

APÓS 500 REPRESENTAÇÕESPELO MUNDO, DESPEDIDA

DO RIO DE JANEIRO

MACUNAÍMADE MÁRIO DE ANDRADE

DIREÇÃO: ANTUNES FILHO

ATÉ DIA 17/01TEATRO JOÃO CAETANO-221-Ü305

DE3.aASÁBÀS21HSDOMINGO ÀS 20 HS

"NELSON RODRIGUESO ETERNO RETORNO"ESTRÉIA DIA 20/01

JORNAL DO BRASIL

IlilIlQNeste verão, a

MPB vai se hospedarno Rio Palace.

Quemtoca

A Orquestra Fllarmônl-ca de Nova Iorque, à frenteo maestro Zubln Mehta,vai se apresentar no Rio eSão Paulo no flnal do mèsde agosto.

A excursão da orques-tra começará por Caracas,prosseguirá no Brasil econtinuará por Montevl-déu, Buenos Aires, Santia-go e Quito.

Aqui, no Municipal, aFilarmônica toca dia 26;em Sáo Paulo, também noMunicipal, dias 27 e 28.

A excursão da orques-tra — uma das mais Impor-tantes do mundo, assimcomo seu regente-tltular—só será possível graças aopatrocínio do Cltlbank,que firmou com a Filarmô-nica de Nova Iorque umacordo de apoio financeiropara todas as excursõesque o conjunto fizer até1985.

¦ BBPara breveA revista Jours de

France sai na frente e vati-cina para este ano o casa-mento da Princesa Caroli-ne com Rob.ertino Rossel-Uni.

Sugere até que seuanúncio oficial poderiaocorrer no próximo dia 23,quando Caroline festejará25 anos, um aniversáriobem diferente do que elateve no ano passado, tristee frustrada pela recenteseparação de PhilippeJunot.

Se o casamento vierrealmente a ser consuma-do Juntará na cerimôniaíntima dois grandes nomesdo cinema — a PrincesaGrace e Ingrid Bergman,máe de Robertino, grandesamigas, aliás, desde ostempos em que Grace Kel-ly era uma das estrelas deHollywood.

Mais umApesar de mal compor-

tar os quatro já existentes,o Rio corre o risco de ga-nhar em breve mais umcanal de TV.

Pelo menos, está tudoencaminhado para que co-mece a operar aqui já apartir de março a TV Re-cord, de São Paulo.

NAO VAIO pianista Artur Morei-

ra Lima cancelou sua via-gem á Polônia, para ondeestaria viajando hoje ànoite.

Recebeu um comunica-~<i&~da embaixada polone-

sa de que iodas as Tnãftvfestações públicas —• aícompreendidos os concer-tos de música clássica —estáo proibidas até a sus-pensão da ordem do toquede recolher.

Moreira Lima tinhaacertada uma temporadade 14 espetáculos entre osdias 10 e 29 próximos, sem-pre ao lado da OrquestraFilarmônica de Varsóvia.

* * ?

Se náo viaja, tambémnáo fica parado em casa:entra semana que vem nosestúdios para gravar paraa etiqueta Kuarup as 12Valsas de Esquina, deFrancisco Mignone.

n? / • Uma fórmulaAté onde se sabe, o Botafogo Já tem a garantia,

de conseguir os Cr$ 1 bi 300 milhões necessáriqspara a recompra à Vale do Rio Doce do terreno deGeneral Severlano. -

Foram prometidos ao clube por uma construtorra, interessada em aproveitar parte do terrehó'para levantar um conjunto de edifícios residen-,ciais e parte para a reforma da atual sede social,mais a construção de uma area de esportes. ..

O clube perderia o campo de futebol, mas ganha* ¦ria de volta o prédio da sede, totalmente remodela-.do, e uma praça de esportes anexa — além de umnúmero significativo de apartamentos nos futurosprédios para renda mensal. _,,';

Quanto ao campo, entretanto, o Botafogo contir;nuaria treinando e jogando em Marechal Hermes.

Duda Cavalcanti e Jean Castel no barprecisamente do Castel

Ponto de encontro

MUITOASSUNTO

O Senador Murilo Bada-ró e o Deputado Maga-lháes Pinto andam conver-sando multo. Multo e cedo.

Vizinhos de parede emBrasilia num edifício daSuperquadra Sul 309 (qua-dra dos senadores), os doistinham ontem tanto o quefalar que começaram o diatomando café da manhaJuntos no apartamento doSenador.

A MAISPOPULAR T*".

Lady Di ganhou dispa- '-:

rada uma pesquisa de po- '¦¦¦

pularidade da Família-..'Real da Inglaterra promo. ^ -Avida pelo jornal The Sun-..-.day Times. •;•*.'

Levou 61% dos votoscomo a mais popular sé- •guida do marido, o Princi-pe Charles, com 22%. ';"--'

A Rainha Elizabeth fé- "'

chou a raia com míseros'2%. '" '>'

A PM, táo zelosa em sua missáode fiscalizar a orla marítima daZona Sul, bem poderia fazer umaincursão às areias de Copacabana,em frente à Rua Santa Clara.

É ali, bem ao melo de mães comcrianças, babás, adolescentes e tu-ristas, que se Instalou um grupo dedesclassificados que se entrega diá-

ria e competentemente ao hábitode fumar maconha e incomodar aspessoas ao redor.• Mesmo que náo houvesse a agra-vante do fumo, uma blitz da PMseria mais do que justificada: afl-nal, ir ã praia não significa necessá-riamente estar disposto a ser estor-vado e agredido.

¦ ¦ ¦Na frente

Guilherme Araiijo saltou na fren-te ejá está anunciando a organiza-ção da quinta versão consecutivade seu baile de carnaval do Morroda Urca.

Como já é tradição, vai abrir ocarnaval carioca com uma grandefesta dia 19 de fevereiro, tendo co-mo tema Rio — A Cidade Maraví-lhosa.

-•_0[baile vai também marcar odébut de um novo decorador —Américo Issa, que tem no currículoo mérito de ter sido durante anos oexecutor dos projetos de FernandoPinto.

Novo "front"Náo será surpresa se dentro de

pouco tempo a indústria mundialde refrigerantes aderir à moda lan-cada pelas fábricas de cigarros, pro-duzlndo bebidas lights, ou seja,com baixos teores.

A Coca-Cola, por exemplo, Jáestá na reta final dos estudos para olançamento mundial de uma Coca-Cola Lights, com menos cafeínaque o produto tradicional.

Também a Pepsl está na mesmatrilha, pesquisando um refrigerantemais leve para, se possível, ser lan-çado no flnal deste ano.

Negócio da ChinaA idéia inicial das escolas de samba de cobrarem da

TV Cr$ 300 milhóes pela transmissão de seu desfile nocarnaval não foi além da pretensão.

Depois de rápidas negociações, escolas e televisõescederam em certos pontos, e chegou-se a um denomiinador comum.» As TVs abriram máo da transmissão dos desfilesdas escolas do segundo e terceiro grupos, que faziaparte do pacote mas náo lhes Interessava, e as escolasdo primeiro grupo reduziram sua exigência original,"flxando-a em Cr$ 6 milhões.

• Qualquer semelhança com a fábula do lobo e p •cordeiro é mera coincidência.

CONTRASTE

¦ ¦ ¦

RODA-VWAa Atriz Olivia Newton-John virá

passar o carnaval no Rio. Tem re-serva jâ confirmada no CaesarPark.

A exposição de Anette Bergé, an-teontem, no Café des Arts do Meri-dlen, movimentou as artes plástl-cas. Eram centenas de amigos, co-lecionadores e artistas que apare-erram para um copo e contemplarsua obra A Caminhada, exposta emvárias dimensões.

"Dê' vui,La-A: ¦uir.-p_i;;?io-pglaj^gf-:^deste, estará amanhã novamente^no Rio, hospedada no Copa, Dianevon Furstenberg.

Chega novamente ao Rio no dia17, para uma temporada de descan-so, o Embaixador Paulo Carneiro.

Vai ao ar amanhã pela primeiravez, na TV Bandeirantes, o progra-ma Nova Mulher, dirigido pelaequipe da revista Nova.

Maria Inês e Jorge Piano rece-bendo até hoje os cumprimentospela festa de casamento de suafilha Maria Teresa com ÁlvaroPiano.

De férias no Rio o Embaixador doBrasil no Gabào e Sra João LuisAréas Neto.

O Portogalo, em Angra, inaugu-

rou ontem o seu teleférico quetransporta os hóspedes da piscinado hotel à praia ida e volta a umaaltura de 100 metros.

O Sr e Sra José Flávio Pécoracomemoraram ontem com umamissa em São Paulo suas bodas deprata.

Abre amanha as portas pela pri-meira vez o bar do Hippopotamus.

A cantora Roberta Flack espera-da hoje no Rio para uma permanèn-cia de quatro dias.

A intrincada sucessãoao Governo do Ceará e adisputa pela preferênciado Presidente Figueiredocomo candidato do PDSdava ontem a impressãode já ter um vencedor.

Enquanto o atual Go-vernador Virgílio Távora eo ex Adauto Bezerra esfal-

fam-se esta semana emBrasília em encontros su-cessivos com Ministros e o.Presidente, o Ministro Cé-sar Cais descansa plácida-,mente na Amazônia à bei-ra do Solimòes.• De onde, sem pressa,nem afobação, só regressa1-,rá a Brasília no domingo."

A nova admíaisisRç&o da Çobeccomemorando a exportação ariiTpassado de 10 milhóes de dólaresde zinco, metal até entáo sempreimportado pelo Brasil.

O 3o Concerto Villa-Lobos já temdata e local: 9 de abril, em Tóquio.

Está sendo falado o nome do SrJorge Bouças para a Secretaria deIndústria, Comércio e Turismo.

Constanza Teixeira de Freitasfesteja aniversário na terça-feira fe-chando o Hippo para uma noiteárabe com direito a evoluções deuma odalisca.

O violonista Sebastião Tapajósseguindo para uma extensa tour-née pela Europa. Ao todo, seispaíses.

A Funarj conquistou em81 um novo recorde defre-qüência para seus oito tea-tros: 1 milháo de especta-dores.

Desse total, quase a me-tade — 430 mü —ficou porconta do Teatro João Cae-tano. Em segundo, com vá-rios corpos de distância,ficou o Municipal.

Náo é nada, não é nada,a marca do milháo de es-pectadores representa aduplicação do público es-pectador carioca em rela-çáo ao ano anterior.

Zózimo

¦ ,•¦..-.•.:>

Na pista ;<•"Calva pronunciada, espessos bigodes, costele-.

tas, óculos sem aro, safári branco, dançava esta:;:semana totalmente anônimo na pista do GoldenRoom, rindo muito e esperando pelo show deAgildo Ribeiro, o médico Eduardo Andrade. .' ",:'

Em outras épocas, atendia pelo apelido de-Tostão. ¦¦;¦>, •'

¦ -"-„-i-".'

NABA-MAL SUCESSÃO-, |Apesar de ainda distaár'

~

te, começaram já a pipocai;,nomes para a sucessão çlà. .'¦presidência do FluínI-';nense. . V.;

O primeiro deles é Ed- .';'gar Hargreaves, que atúá' !hoje como empresário àp,

''.

mercado de capitais com a- -mesma competência e de^~' ¦senvoltura com que, apeli-' '-¦dado de Careca, defendia :anos atrás como atleta (te-V.nista, nadador e Jogador.;de water-pólo) a camisa •.tricolor. "¦• ¦¦'

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ESTRÉIASO SUPER VIGARISTA (Charleston), de Marcalo Fondato. Com Bud Sponcor. HorbortLom, Mlchele Starck, Peter Glaze e RolandMacleod. Brunl-Copacabana (Ruo BarataRibeiro. 502 - 255-2908): 1Bh. 17h10m,19h20m, 21h3Qm. Brunl-Tliuca (Rua Condodo Bonfim, 379 — 268-2325): 15h. 17h, 19h,21 h. (Uvre).

Mais um personagem inspirado notipo criado por Bud Spencer na série deTrinity, o grandalhão barbudo forte e bri-gfio. Aqui ele se chama Charleston erouba alguns milhões de dólares de umamericano meio empresário meio gangs-tar; lutando e dançando ao ritmo da músi-ca da década de 20, o charleston.

CONTINUAÇÕES••••

EXCAUBUR (Exuilibur). de John BoormanCom Nigel Terry, Helen Mirren, NicholasClay, Cherie Lunghi e Paul Geoffrey. Odeon(Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835),Veneza (Av. Pasteur, 184 — 295-8349),Comodoro (Rua Haddock Lobo, 145 — 264-202D): 13h20m. 16h, 18h40m. 21h20m. (18anos). ¦

' A história de Excalibur, do Rei Artur edos Cavaleiros da Távola Redonda, deMerlin, de Lancelot, de Perceval e deGUenevere, diz o realizador, John Boor-man, "é um relato que pode ser contado erecontado mll vezes seguidas, porque acada nova leitura encontramos um slmbo-lo que não descobríramos antes". E nestefilme, inspirado principalmente no livrode Thomas Mallory A Morte de Artur, orealizador afirma estar interessado emfazer assim como Jung e partir em buscade signos que se encontram gravados noinconsciente dos europeus.

•••POSSESSÃO (Possession). de Andrzej Zu-lawski. Com Isabolle Adjani, Sam Neil eHeinz Bennent. Clnoma-1 (Rua Prado Júnior.281 — 275-4546): 14h. 16h30m. 19h,2ih30m. (18 anos).

Numa atmosfera todo o tempo tensa,e num meio termo entre o real e o fantás-tico, esta co-produção entre a França e aAlemanha filmada em Berlim conta ahistorio de um homem que, ao voltar deuma de suas habituais viagens de nego-ciol descobre que a mulher tem um aman-te' há longo tempo, e que está decidida uabandoná-lo e ao filho de quatro anos. Elasaí de casa, e, enquanto o marido procuralocalizar seu novo endereço, a mulherreaparece para discutir sua condição depessoa que perdeu a fé e vive só dascircunstâncias.

•••OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES (BrasiLeirpl.de J. B. Tanko. Com Renato Aragáo,Ded^ Santana, Zacarias. Mussum, LucinhaLins e Mário Cardoso. Palácio 1 (Rua doPasseio. 38 - 240-6541). Tijuca (Rua Condode Bonfim, 422 — 2680790), Madureira 2<Rua"Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338):13h30rp. 15h30m. 17h30m. 19h30m.21 fi30m. Copacabana (Av. Copacabana, 801— 255-0953). Leblon 2 (Av. Ataulfo de Paiva,391 — 239-4998), Barra 3 (Av das Améri-cas. 4.666 — 327-7590), Ópera 1 (Praia deBotafogo. 340 — 246-7705): 14h, 16h, 18h.20h; 22h. Santa Alice (Rua Barão de BomRetiro: 1.995 — 201-1299). Palácio ((CampoGrande): 15h, 17h, 19h, 21. Olaria (RuaUrano, 1.474 - 230-2666): de 2a a sábado.às 15h. 17h, 19h, 21h. Domingo, a partir das13h. (Livre).

Inspirada na peça de Bardotti, Bacalose Chico Buarque, esta nova aventura deDidi; Dedé, Zacarias e Mussum mostra osquatros como humildes e explorados tra-balhadores de um circo cujo dono, OBarão, é um nobre arruinado que com aajuda do mágico Assis Satã planeja juntardinheiro para voltar ao antigo conforto epromover um casamento milionário paraa fil.tia,

•*OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA (Ral-

-^«-B?4feg-lis3»AriA- ris ¦Stav-DS-Sp^efee^-

"-- .' '. --..,...¦,..¦.,.... ,.—.,. „,,, ..„ .—

Ãs Mil e Uma Noites de Pasolini, classificado em 10"lugar na escolha dos críticos do JB, volta ao cartazsomente hoje no Lido-1

F08tiVBlitaliana

de CBnnes de 1974 Produção

<t_>______RRBe_B__S&.-____,_lÍBb - HBwM^t. •-. 1.. "&_..'.

IraiiaÉiMB Bob_''^W3"«^ V TftflH^W^^^P^^' ^^^^Mp-^CTii?*^ "'¦ ^-¦'¦''ifftf a^Sm^mmmmmmmmWSSeWf' .»"''

%^&*&'_á_W'$fâ-ty ***______m^TnnrattS__traiiliBiiiiiiffi_ii'i ¦^e^aSptyamtf^SSãm^. . ¦$. bej-v i ¦ vàijmmt. .... KV' ¦ SK JStmL'W^?)MSk»S<3lm'At>._..»^..x-......^._____MH_M__ »IP^ ^mSmm^^MÊ^m^^^^^m^A Vida de Brian, de Terry Jones: comédia do grupoinglês Monty Python que está em cartaz no Coral

Um espião nazista em Londres é en-carregado por Hitler de descobrir o verda-deiro local da invasão aliada no Dia D emata quem interfere em seu caminhocom um estilete em forma de agulha. Emseu encalço, um especialista em espiõesnazistas: Peroy Godliman. Produção brita-nica.

•*FUGA PARA A VITÓRIA (Escape to Victo-ry). de John Huston. Com Sylvester Stollone.Michael Caine. Max Von Sydow o Pele.América (Rua Condo de Bonfim, 334 — 248-4519), Astor (Rua Ministro Edgar Romero.236 — 390-2036): 14h. 16h20m. 18h40m21 h Rian (Av. Atlântica. 2.964 — 236-6114).14h30m, 16h50m. 19h10m. 21h30m. Nocinema Rian em Dolby Storoo. (14 anos)

As filmagens das cenas de futebol,orientadas por Pele, são a principal atra-ção desta história que se passa durante aSegunda Guerra Mundial. Num campo deconcentração nazista um oficial alemão,ex-jogador de futebol, descobre algunsprisioneiros divertindo-se num bate bola,e reconhece entre eles um craque daseleção inglesa. Decide então promoverum jogo entre um uelecionado alemão eum time de prisioneiros, oferecendo con-diçóes especiais de alimentação e treina-mento para os jogadores como o apoio doalto comando alemão, que programa ojogo para o estádio de Paris.

••POPEYE (Popeye), de Robert Altman. ComRobin Williams. Shelley Duvall. Paul Dooley ePaul L. Smith. Palácio-2 (Rua do Passeio. 38— 240-6541|, Tljuca-Palace (Rua Conde deBonfim, 214 — 228-4610): 13h30m15h30m. 17h30m, 19h30m, 21h30m. Cam-so (Av. Copacabana. 1.362 — 227-3544),

para ironizar e ao mesmo tempo se servirda fórmula dos filmes de bangue-banguefilmados na Itália: Mário Girotti e CarioPedersoli que, bem do acordo com oswesterns italianos, se apresentaram nosfilmes com pseudônimos em inglês, Te-rence Hill e Bud Spencer. Nesta novaaventura, onde eles são dirigidos por umantigo realizador de westerns spaghettis,Sérgio Corbucci, Hill e Spencer repetemas cômicas cenas do briga que interpre-tam desde a primeira aventura de Trinity.

QUEM NAO CORRE... VOA (The Cannon-bali Run). de Hal Needbam Com Burt Rey-nolds. Roger Moore. Farrah Fawcett. DomDoLouise e Dean Martin Roxi (Av. Copaca-bana, 945 — 236-6245), Barra 1 (Av. dasAméricas. 4.666 — 327-7590). 14h, 16h.18h, 20h. 22h. Vitória (Rua Senador Dantas.45 — 220-1783) 13h30m. 15h30m,17h30m, 19h30m. 21h30m (14 anos).

Para se opor à ordem e experimentar oprazer de uma emoção forte, como oxpli-ca o protagonista desta aventura, umgrupo do amantes de automóveis de todoo mundo organizam uma corrida pelasestradas americanas, e para burlar a vigi-lância da policia rodoviária inventam mildisfarces: dois corredores se vestem co-mo padres, dois outros de enfermeiros,enquanto duas corredoras guardam a car-teira de motorista dentro de um amplodecote, dois japoneses instalam um siste-ma de radar no carro e um outro corredor,para imitar seu ídolo, Roger Moore, (az deseu carro uma réplica dos usados porJames Bond nos filmes.

REAPRESENTAÇOES

Com Harrison Ford. Karen Allen, Wolf Kahler.Paul Freeman e Ronald Lacey. Metro Boa-vista (Rua do Passeio, 62 — 240-1291),Condor Copacabana (Rua Figueiredo Maga-Ihâes, 286 — 255-2610), Largo do Machado1 (Largo do Machado. 29 — 245-7374): 14h30m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Nos trêscinemas em som Dolby Stéreo. Baronesa(Rüa Cândido Benício. 1.747 — 390-5745),Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-81}8Í, lihperator (Rua Dias da Cruz. 170 —249-7982), Madureira-1 (Rua Dagmar daFonseca, 54 — 390-2338), Ramos: 14h,16h20m. 18h40m, 21h. Leblon-1 (Av. Ataul-fo de Paiva, 391 -- 239-5048). Berra-2 (Av.das Américas, 4.666 — 327-7590): 14h30m,18h50m. 19h10m, 21h30m. (14 anos).

Um pouco do clima das histórias emquadrinhos americanas da década de 30,um pouco do clima dos filmes de ficçãocientifica de George Lucas (Guerra nasEstrelas) e do ritmo ágil das perseguiçõesfilmadas por Spielberg (Encurralado e Tu-barão) se encontram nesta história escritae produzida pelo primeiro e realizada pelosegundo. A ação se passa às vésperas daSegunda Guerra Mundial, com o herói,um professor de antropologia, saltandode uma aventura com os índios na selvaamazônica, para o Nepal e dal para oEgito em busca da Arca Perdida, fonte depoder cobiçada também pelos nazistas eguardada pelos selvagens ou subdesen-volvidos que não sabem como usar aforça e os tesouros que possuem.

••O BURACO DA AGULHA (Eye of the Ne-edle), de. Richard Marquand. Com DonaldSu^Herland, Kate Nellingan, lan Bannen,Christopher Cazenove e outros. Scala (Praiade Botafogo, 320): 14h30m. 16h50m.19M0m. 21h30m. (18 anos)

7705), Art-Méier (Rua Silva Rabelo. 20 —249-4544), Largo do Machado 2 (Largo doMachado 29 — 245-7374): 14h, 16h. 18h20h. 22h. (Livre).

Adaptação para o cinema do conheci-do personagem de histórias em quadri-nhos cujos personagens são o marinheiroPopeye (que fica forte ao comer espina-fre), Olivia Palito e Brutus.

QUEM ENCONTRA UM AMIGO, ENCON-TRA UM TESOURO (Who Finds a Friend,Finda a Treasure). de Sérgio Corbucci. ComTerence Hill. Bud Spencer, John Fujoka.Luise Bennett e Sal Borgese. Rio-Sul (RuaMarquês de Sâo Vicente. 52 — 274-4532):14h30m. 16h50m. 19h10m. 21h30m. Art-Copacabana (Av. Copacabana. 759 — 235-4895). Bruni-lpanoma (Rua Visconde dePirajá. 371 —287-9994): 14h, 16h, 18h, 20h,22h. Studio-Paissandu (Rua Senador Ver-gueiro, 35 — 265-4653): 15h, 17h10m.19h20m. 21h30rn. Art-Madureira (ShoppingCenter de Madureira), Art-Tijuca (Rua Con-de de Bonfim, 406 - 288-6898): 13h30m.15h30m. 17h30m. 19h30m, 21h30m. Pathé(Praça Floriano. 45 — 220-3135): de 2* a 6",às 12h. 14h. 16h. 18h. 20h, 22h. Sábado edomingo, a partir das 14h. Paratodos (RuaArquias Cordeiro, 350 — 281-3628): 15h.17h, 19h. 21 h. Ilha Autocine (Praia de SãoBento — Ilha do Governador — 393-3211):de 2a a 6a, às 20h30m. 22h30m. Sábado edomingo, às 18h30m, 20h30m. 22h30m.(Livre)

No final da década de 60 — o westernspaghetti, o grande produto comercial docinema italiano até então já não contavacorh grande público — dois novos atoresconseguiram amplo sucesso em todo omundo com uma série de comédias feitas

*•••*TWHRMOffiTO HOMEM OE MARMOflE~TCziõwrêKz""

Marmuru). de Andrzej Wa|da. Com KrystynaJanda, Jerzy Radzwilowicz. Tadeusz Lomnic-kl, Jacek Lomnicki, Krystina Azchwatowicz eMichal Tarkowski. Rieamar (Av. Copacaba-

na. 360 — 237-9932): 17h30m. 20h40m. (14anos).

O melhor filme de 1981.Agnieszka está para terminar seus es-

tudos na Escola de Cinema e deve realizarum filme documentário para a TV queserá seu trabalho de formatura. Seu as-sunto: a recriação do perfil de um desseshomens que, no pós-guerra, davam novaforma a Polônia, um herói do trabalhocotidiano. Nos porões de um museu, elaencontra uma escultura abandonada: é aestátua de mármore de Mateusz Birkut,pedreiro. A jovem reconstrói o passadode Birkut através de trechos de filmes eentrevistas. Produção polonesa de 1977.

•••**FESTIVAL — UM FILME POR DIA — HojeAs Mil e Uma Noites de Pasolini (Le FioreDelle e Una Notte). de Pier Paolo PasoliniCom Ninetto Davoli, Franco Citti. Ines Pele-grini, Teresa Bouché. Franco Merli. MargaretClementi e Jocelyne Munchenbach. Lido-1(Praia do Flamengo, 72): 13h45m, 16h20m,18h55m. 21h30m (18 anos).

Último filme da chamada trilogia davida de Pier Paolo Pasolini (1922-1975),posterior a Decamaron e Os Contos deCanterbury. São 15 contos árabes interca-lados entre si, narrando histórias de amor'de adolescentes, príncipes, princesas,mercadores e escravos. Mais uma vez, ocineasta utiliza atores profissionais con-tracenando com pessoas comuns, esco-Ihidas entre os habitantes dos própriospaíses, onde o filme foi realizado: Pérsia,Nepal e lâmen. Prêmio Especial do Júri do

**•••FESTIVAL — UM FILME POR DIA - Ho|eOs Contos de Canterbury (I Raccontl diCanterbury), de Pier Paolo Pasolini. ComPier Paolo Pasolini, Hugh Griffith, FrancoCitti, Elizabetta Gonovese. Ninetto Davoli eLaura Betti. Jóia (Av. Copacabana, 680 —237«4714): 14h30m, 16h50m, 19h10m.21h30m (18 anos)

Segundo filme da Trilogia da Vida, dePasolini (1922-1975), posterior a Decame-ron (1971) e anterior a As Flores das Mll eUma Noftes (1975). São oito contos retira-dos da obra homônima do escritor britônico medieval Geoffrey Chaucer (1340-14001. O filme mescla atores profissionais(italianos e ingleses) com anônimos figu-rantes recolhidos nos arredores de Lon-dres, onde estão ambientadas suas hlstó-rias, num estilo de representação herdadodo neo-realismo. Produção italiana vence-dora do Festival de Berlim de 1972. '

••••DA VIDA DAS MARIONETES (Ur Mario-netternas Uv). de Ingmar Bergman. ComRobert Atzorn, Christine Buchegger e MartinBenrath. Studlo-Copacabana (Rua RaulPompéia. 102 — 247-8900! 20h. 22h (18anos).

A história, diz o próprio Bergman, seinspira em dois personagens já vistos emCenas de um Casamento: Peter e Katarina, o casal que se agride violentamentedurante uma visita a Johan e Marianne,os protagonistas das Canas. O diretorretoma estes personagens, numa histórianarrada em preto e branco mas com umprólogo e um epílogo em cores, no mo-mento em que Peter consulta um médico,aterrorizado com um pesadelo que o do-mina: eie sonha seguidas vezes que mataa mulher e se sente incapaz de dominar oimpulso de transformar o seu sonho emrealidade.

**•A NOVIÇA REBELDE (The Sound of Mu-sic). de Robert Wise. Com Júlio Andrews eChristopher Plummer. Cinema-3 (Rua Con-de de Bonfim. 229) 15h, 18h, 21h (Livre)

Adaptação musical da história A Fami-lia Trapp. Maria, noviça, em um convento,vai servir de preceptora dos sete filhos doBarão von Trapp, viúvo, de tradicionalfamília austríaca. Com o tempo, conquista'não só a adoração dos sete como o amordo Barão, e se torna sua esposa. A ascen-são dos nazistas faz com que a famíliaplaneje partir da Áustria. Produção ameri-cana.

•••A VIDA DE BRIAN (Ufe of Brian). de TerryJones Com Terry Jones. Graham Chapman,Michael Palm, John Cleos. Ken Colley. Coral(Praia de Botafogo, 316) (14 anos). 14h. 16h.18h. 20h. 22h

A história cômica de um rapaz quenasce na mesma época do Cristo e ganhaa vida como vendedor ambulante. Atraídopor uma feminista, ele decide entrar nu-ma organização clandestina que luta con-tra os dominadores romanos. Produçãoinglesa, segunda comedia do grupo Mon-ty Phiton.

*•A RECRUTA BENJAMIN (Private Bania-min), do Howard Zioff. Com Goldie Hawn.Eileen Brennan. Armand Assante. RobertWeliüor e Sam Wanamaker. Lagoa Drive -In (Av Borges de Medeiros, 1.426 — 274-7999) 20h. 22h30m. (14 anos).

Judy Benjamin, jovem da alta classemédia, protegida e mimada por seus pais,e iludida por um recrutador do exércitoque lhe mostra a foto de um acampamen-to militar semelhante a um condomíniode luxo rodeado por uma marina repletade iates. Acreditando nesta imagem, elaalista-se para o serviço militar e tem desobreviver ao duro treinamento am com-panhia dos demais recrutas. Produção

**TESTEMUNHA FATAL (Eyewitness). dePeter Yates Com William Hurt, SogourneyWeaver, Christopher Plummer, JamesWoods e Irene Warth Jacarepaguá Auto-Cine 1) Rua Cândido Benlcio, 2.973 — 392-6186) 20h. 22h Até torça (14 anos),

Daryl Deever trabalha à noite comozelador de um edifício comercial. TonySpkolow á uma jovem rica o.culta quetrabalha num programa jornalístico deemissora dé TV. Ambos nunca se encon-traram, até que suas vidas tomam novorumo quando um Importador de dlaman-tes vietnamista é assassinado no edifícioonde Daryl trabalha. Produção americana,passar por Italiano. Premiado com o Os-car de Melhor Roteiro Original (SteveTeslch).

**MORTE NO INVERNO (Winter Killsl. deWilliam Richert. Com Jeff Bridges. JohnHuston, Antony Perkins. Sterling Hayden, EliWallach e Dorothy Malone. JacarepaguáAuto-Cine 2 (Rua Cândido Benício, 2.973 —392-6186): 20h. 22h. Até terça (16 anos)

Nick Kegan, herdeiro de um industrial,trabalha supervisionando a frota de na-vios que o pai possui e tem sua vidatranqüila modificada quando um homem,antes de morrer, confidencia-lhe ter sido oautor dos disparos que mataram o seuirmão, o presidente dos Estados Unidos.Ele decide desvender sozinho a trama,envolvendo-se perigosamente contra osistema. Produção americana.

HOMEMARANHA VOLTA A ATACAR(Splder Man Strikes Back). de Ron SatlofCom Nicholas Hammond. Robert F. Simon,Michael Pataki, Chip Fields. Rieamar (Av'Copacabana. 360 — 237-9932): 13h45m15h35m (Uvre)

Produção americana baseada no heróidas histórias em quadrinhos. Peter Parker(Nicholas Hammond) estudante de Físicae fotógrafo de um jornal é acidentalmentepicado por uma aranha radioativa e ad-quiro podêres sobrenaturais que o trans-formam no Homem-Aranha, sempre emluta contra o crime.

O SEQÜESTRO (Brasileiro), de Victor deMelo. Com Jorge Dória. Milton Morais, Hele-na Ramos, Carlos Mossy. Adriano Reis, Gra-cinda Couto. Otávio Augusto e Míriam Pér-sia Bruni-Méisr (Av Amaro Cavalcanti. 105- 591-2756) 15h. 17h, 19h. 21h (18 anos).

Baseado no livro de Valério Meinel. Asinvestigações de três policiais pára desço-brir a identidade e prender os seqüestra-dores do um menino de 10 anos, que éretirado de sua casa à noite por umhomem com o rosto coberto por umlenço.

A FÚRIA DO DRAGÃO (Rst of Fury), de LoWei. Com Bruce Lee, Miao Ker Hsiu e TienFoong. Programa complementar: Punhosde Ferro do Kung Fu. Rex (Rua ÁlvaroAlvim. 33 — 240-8285). de 2» a 6", às 12h.15h40m, 19h20m. Sábado e domingo, às13h55m. às 13h55m. 17h35m, 19h30m

BARCA DAS SETE - Apresentação deMárcio Montarroyos, Edson e Terezinhae o Trio San. Estacionamento Sul. emfrente ao clube Canto do Rio, em NiteróiHoje, ás 19h Entrada franca

GRANDE RIONITERÓI

Até domingo

alVíof iuüTíTJ? '

•*HORIZONTE PERDIDO (Lost Horizon). de'Charles Jarrot. Com Peter Finch, Liv Ull-mann. Charles Boyer e Michael York. Stu-dio-Copacabana (Rua Raul Pompéia. 102 —247-8900): 14h30m, 17h. (10 anos)

Nova versão do romance de JamesHilton, agora com números musicais. Pro-duçáo americana.

**EM ALGUM LUGAR DO PASSADO (So-mewhere in Time), de Jeannot SzwarcCom Christopher Reeve. Jane Seymour,Christopher Plummer. Teresa Wright e BillErwin. Udo-2 (Praia do Flamengo. 72) 15h17hl0m. 19h20m. 21h30m. (Livre).

Produção americana baseada no ro-mance Bid Time Return, de Richard Ma-theson. História romântica sobre um ho-mem que, apaixonado pela fotografia deuma mulher, encontra um meio de viajarao passado para encontrá-la.

•*O VENCEDOR (Breoking Away), de PeteiYates. Com Dennis Christopher, DennisQuaid. Daniel Stern, Jackie Earle Haley eBarbara Barrie. Cândido Mendes (Rua JoanaAngélica. 63 — 267-7897): 14h. 16h, 18h20h, 22h. (Livre).

Comédia. Quatro adolescentes no li-miar das responsabilidades da vida adul-ta, depois de completar seus estudos,sentem-se deslocados vivendo nas proxi-midades do campus universitário e de-senvolvendo rivalidades com os estudan-tes. O mais ativo dos quatro pretende sercampeão de corridas de bicicletas e se faz

PETRÓPOLIS

ARTES PLÁSTICASCAMINHADAS — Esculturas de Anette Ber-çiô. CM des Arts do Hotel Móridien, AvAtlântica. 1 020. Diariamente, das lOh às20h. Até dia 14.

MOSTRA DE AHTE POSTAL — Exposiçãooom perca de 400 trabalhos entre postais,selos! colagens, recortes, carimbos e outrosentre:artistas brasileiros e estrangeiros. Ga-teria de Arte Cândido Mendes, Rua JoanaAngélica. 63. De 2* a 6a, das 15h às 22hSábados, das 16h às 20h. Até dia 26.

FOTOGRAFIAS — Exposição coletiva comfotos de Américo Vermelho, Bete Bullara.Cristina Zappa, Maria Elisa Ramos, PedroAgilson, Renato Aguiar, Ricardo Beliel e VeraSayão. Salto Moderno do Museu do Tele-fona. Rua Dois de Dezembro. 63. De 2* a 6a.das 9h às 17h. Sábados e domingos, das13h3pm. às 18h30m. Até dia 15.

COLETIVA — Exposição do acervo comobras de Mabe, Benevento, Portinari, Antô-njo Bandeira e outros. Galeria Pauto Klabin,Rqa" Marquês de Sáo Vicente, 52 — 204. De2a a 6*. das 14h às 21 h. Atô dia 29 de janeiro

OSWALDO GOELDI — Xilomatrizes e desenhòsi Galeria de Arte Banerj, Av. Atlântica.4 068. De 2a a 6a. das 10h às 22h. Sábados,das'16h âs 22h. Atô dia 16 de janeiro.

Caminhadasé o tema da

exposiçãode

esculturasde AnetteBergé noCafé des

Arts doHotel

Méridien 4iGilda Azevedo, Françoise Galle, Vivian Silva eoutros tapeei mos. Galeria Ato Original. Av.Armando Lombardi, 800 — loja 65-A. De 2a a6a, das 10h30m às 18h. Sábado, das 10h30màs 17h. Até dia 15.

EMERIC MARCIER — Paisagens GaleriaJean Boghici. Rua Joana Angélica, 180. De2a a 6a, das 14h às 22h: sábados até as 18h.Até sábado.

VÂNIA CASTELLO BRANCO - Fotografias. Galeria de Arte Dolfir. Av. Copacaba-na, 647. De 2a a 6a. das lOh às 18h. Até dia13.

'&tfâfÊamÊBWsBkm8mMÊÊÊ£Sr&^ j»? ,, . < * _ \«&H9HMHBHBHHMHMHHHBHHHHHHH_HHt : xà

M1NITÊXTEIS — Coletiva com peças de EVERARDO MIRANDA - Esculturas Gale-

r* n

ria Sérgio Milllet. Rua Araújo Porto Alegre80. De 2a a 6a. das 10h30m às 18h30m. Atédia 29 de janeiro.

FOTOGRAFIAS — Exposição com fotos deLuis Cláudio Poland. Restaurante ChezNous. Rua Visconde de Carandaí. 9. Diária-mente, das 12h às 0h30m. Até dia 15.

CARMEM NEVES — Quadros em colagemcom selos. Medalhão 1900. Rua Sorocaba.305. Até dia 16.

BARCOS — Pinturas de Pedro Loureiro.Galeria de Arte Fesp, Av Carlos Peixoto,54. De 2a á 6", das 12h às 20h Até dia 30 dtianeiro

RADIORADIO JORNAL

DO BRASILAM — 940KHz

7h30m — O Jomal do Brasil Informe.primeira ediçào — Noticiário.

8h30m — Hoje no JB — Resumo dasnoticias mais importantes publicadas pelo JOR-NAL DO BRASIL.

9h — Debata — O Movimento FamiliarCristão está em debate hoje, a partir dos esfor-ços que realiza em toda a América Latina para ofuncionamento de um Secretariado Pró-Justiça.O Presidente da Secretaria Latino-Americana,Hélio Amorim, e seu colega do MovimentoCristão, José Augusto da Fonseca Valente, sâoos convidados do programa apresentado porEliakim Araújo. Do debate podem participar osouvintes, fazendo as perguntas pelo telefone234-7566.

12h30m — O Jornal do Brasil Informa.segunda edição — Noticiário, com tudo o queaconteceu pela manhã no Rio. no Brasil e nomundo.

18h30m — O Jornal do Brasil Informaterceira edição — Resumo das primeiras noti-cias do dia.

23h — Noturno — Programa de músicas,entrevistas e atendimento sos ouvintes. Apre-sentação de Luis Carlos Saroldi.

0h30m — O Jomal do Brasil Inform*.edição final — Tudo o que aconteceu e asentrevistas mais importantes do dia queoassou

TEMPORADA DE VERÃO — Show dacantora Nana Caymmi e do pianista Ray-mundo Nicioli. Horse's Neck, Hotel RioPalace, Av Atlântica. 4 240 (521-3232ramal 7686), 5a a 6". às 22h30m: sáb.. âs22h30m e 1h Couvert artístico de CrS 1mil Até dia 16.

GRUPO MARIA DÉIA Show de música folclórica brasileira e Ibero-americanacom o grupo formado por Alberto deCastro. Chico Moreira e Alfredo. Bar doVioleiro, aloxo ao Gabnela Restaurante,Rua Anstides Esplnola com Rua GenSan Martin (274-0245). De 5a a sáb,. às23h. Couvert artístico de CrS 250 Atédia 16.

SÔNIA BURNIER — Apresentação dacantora e pianista. Klaus' Bar. Rua DiasFerreira. 410 (294-4197) De 3a a dom„ âs23h. Sem couvert. sem consumaçãoAté dia 17

DEIXA ROLAR — Show da banda VôoLivre, formada por Pedro Hermano (bate-ria). Eduardo Borgerth (teclado e vocal).Daniel Simom (guitarra e vocal), LuizXavier (baixo), Jorge Fernando (guitarra)Caribe, Estrada da Gávea, 700, S Conra-do. Hoje o amanhã, às 21h. Ingressos aCrS 250.

LUAR — Show de música instrumentalcom Helvius Villela (piano). Leonardo Ribeiro (baixo), Gegô (bateria). Estrada doJoà. 2 360 (339-0309). De 5a a sáb.. às22h30m. Ingressos a CrS 250.

EMOÇÕES — Show do cantor e compo-sitor Roberto Carlos, acompanhado doconjunto RC 9 e do Coral RC e grandeorquestra do Canecáo. Texto, roteiro edireção de Miele e Boscoli Regência domaestro Eduardo Lages. Cenografia deMário e Mauro Monteiro. Canecáo. AvVenceslau Braz. 215 (295-3044 e 295-1047). 4a e 5a. às 21h30m; 6a e sáb. às22h30m e dom., às 20h30m Ingressos4» e 5a. a CrS 1 200: 6a e sáb., a CrS1 500 e dom, a CrS 1 200. O Ingressosadquiridos para o dia 23 de dezembrovalem para o dia 13 de janeiro, os do dia26, valem dia 16 de janeiro, os do dia 27valem dia 17 de janeiro e os do dia 30 dedezembro, valem dia 20 de janeiro; os dodia 2 de janeiro valem para o dia 23 delaneiro; os do dia 3 valem para o dia 24de janeiro.

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ALAMEDA (718-6866) — Os SaltimbancosTrapalhões, com Renato Aragáo. Às 15h.17h. 19h, 21 h (Livre). Até domingo.

CENTER (711-6909) — Popeye. com RobinWilliams. As 14h. 16h. 18h. 20h, 22h (Livre)

CENTRAL (718-3807) — Quem NSôrCõfríTrrVoa. com Burt Reynolds. Às 13h30m,15h30m. 17h30m. 19h30m, 21h30m. (14anos.) Até domingo

ICARAI 1717-0120) — Os SaltimbancosTrapalhões, com Renato Aragáo. Às 14h,16h. 18h. 20h. 22h (Livre). Até domingo

NITERÓI 1719-9322) — Os Caçadores daArca Perdida, com Harrison Ford. Às 14h.16h20m. 18h40m. 21h (14 anos). Até do-mingo

CINEMA-1 (711-1450) — Quem Encontraum Amigo, Encontra um Tesouro, comTerence Hill. Às 14h. 16h, 18h. 20h. 22h(Livre). Até domingo.

DRIVE-IN ITAIPU — Justiça para Todos.com Al Pacino. Às 20h30m, 22h30m. (16anos). Até terça

DOM PEDRO (42-2659) — Os Caçadores daArca Perdida, com Harrison Ford. Às 14h16h20m. 18h40m, 21h (14 anos). Até do-mingo.

PETRÓPOUS (42-2296) — Os Saltimban-cos Trapalhões, com Renato Aragáo. Às15h. 17h. 19h. 21h (Livre) Até domingo

FM ESTÉREO99.7MHz

HOJE20h — Suite Grand Canyon, de Grofé

(Ormandy — 31 20). La PMmontolse 4èmaOrdra ds Les Natlons, de Couperin (QuadroAmsterdã — 21:20); Schelomo, de Bloch (Sa-terker. Filarmônica de Israel e Zubin Mehta —22:00); Variações La ci darem la mano, Op. 2.de Chopin (Arrau —19:20); Ibéria, de Debussy(Martmon — 20:40); La Bonn» Chanson, Op.61. de Faurô (Fischer-Dieskau. Sawalisch asolistas da Filarmônica de Berlim — 21:14);Histolrs du Soldat, de Strawinsky (OrquestraColumbia, regência do autor — 24:15); Triocom Plano n" 40,. em Fé Maior, de Haydn(Beaux Arts — 10:40).

AMANHA20h — Prelúdio do At I de Lohsngrin. deWagner (Karajan — 9.42); Quinteto n* 1, amRé Manor, para Plano e Cordas, Op. 89. deFauró (Jean Hubeau e Quatuor Via Nova —29:001, Sinfonia n" 25, «m Sol Manor, K-183.de Mozart (Davis— 20:18); Mazurfcas n°s 1 a 9,op. 6 e 7. de Chopin (Rubinstein — 19:30);Sinfonia n° 2 — Ressurreição, de Mahler(Coros e Orquestra de Chicago, regência deSolti — 1h21m — gravação digital de 1981)Irrteraçôsa Asslrrtétlcaa. de Cláudio Santoro(OSB e Karabtchewskv — 13:30)

A ROLETA DO PAULO SILVINO~=r~Espetáculo de humor e variedades comPaulo Silvino, Manoel da Conceição (vio-lão). Sidney Matos (piano). Silvio César(cantor), atores e músicos. Direção deGracindo Júnior. Teatro Glória. Rua doRussel, 632 (245-5527). 5a e 6a, às21h30m; sáb às 20h e 22h.; dom., às18h e 21h. Ingressos 5a e 2a sessão dedom., a CrS 1.000 e CrS 500, estudantes.6a. sáb. e 1a sessão de dom , a CrS 1.000

O JANEIRO DO RIO — Show do cantor. :compositor e instrumentista Moraes Mo- (reira acompanhado de Toni Costa (guitar- '

ra). Guilherme Maia (baixo), Nacho Mena(bateria). Paulo Sauer (piano). CarlinhosOgan (percussão). Zeca Barreto (vocal).Raul Masearenhas (sax e flauta) e Pauli-nho Martins (trumpete). Teatro CasaGrande, Av. Afránio de Melo Franco. 290(239-4046). De 4a a dom., às 21h30mIngressos a CrS 800 e CrS 600. estudantes. Até dia 17.

CRISTINA BUARQUE, ELTON MEDE)-ROS E GALO PRETO — Show doscantores, compositores e instrumentis-tas acompanhados de Cristóvão Bastos(teclados). Dininho (baixo e peroussào),Jorginho Silva (baixo e percussão), Lúcia-na (cavaquinho) e Rafael Rabelo (violãode sete cordas). Teatro Clara Nunes.Rua Marquês de S. Vicente, 52. De 4a a

n3&TflTaT-ziti3SiST.-4fi§f6íss«-3X^^ÜQ.fi._CrS 400. estudantes. Até dia 17.

VIVA O RISO — Show homoristicomusical com Octavio César Texto deAldir Blanc e Octavio César. Direçáo deIvan Merlino. Teatro do Sesc de SéoJoão do Meriti, Rua Tenente ManoelAlvarenga Ribeiro. 66 (756-4615). De 5a adomingo, às 20h30m. Ingressos a CrS300 e CrS 200 (estudantes), e CrS 150(sócios do Sesc).

FORRÓ FORRADO — Apresentaçáo deJoáo do Vale, Xangô da Mangueira, Juli-nho do Acordeon, Jaime Santos. AlmirSaint Clair a banda Forró Forrado e oconjunto Reais do Samba. Direçáo deLuiz Luz. Todas as 3as e 5as, às 21h30m.Associação Recreativa Gigantes doCatete, Rua do Catete, 235. Ingressos aCrS 250. homem, e a CrS 100. mulher

PROJETO SEIS E MEIA — Show comDona Ivone Lara e o conjunto Originaisdo Somba. Teatro Joào Caetano. PçaTiradentes, s/n°, (221-0305). De 2a a 6a,às 18h30m. Ingressos a CrS 150

AGILDO RIBEIRO — Show do humorista. Participação da cantora Doris Montei-ro. Música para dançar com a orquestrado maestro Zanoni. DireçSo de WolffMaia. Golden Room do CopacabanaPalace, Av. Copacabana. 327 (256-8590e 257-1818). 5a e dom., às 22h; 6a e sáb.,às 23h. Couvert artístico 5a. a CrS 1 mil;6a a CrS 1 200; sáb., a CrS 1 300 e doma CrS 800. Sem consumação mínima. Osalào abre às 21 h. para serviço e jantar

REVISTAS

GAY FANTASY — Dir Bibi FerreiraCom Rogéria. Marlene Casanova. SérgioMox, Samantha e Kiriaki. Cenários deMarco Antônio Palmeira, com concepçãode Joáozinho Trinta. Teatro Alaska, AvCopacabana. 1 241 (247-9842). De 3a a5", às 21 h45m; 6a. 22h; sáb.. 20h e 22h edom., às 19h30m e 21h30m. Ingressosde 3a a 5a e 1a sessão de dom., a CrS 700e CrS 400. estudantes; 6a e 2a sessão dedom. a CrS 700 e sáb. a Cr$ 800

A GAIOLA DAS MIMOSAS — Show detravestis com Camile, Alex Mattos. Eve-lim, Fabiane, Sabrina. Texto e direçáo deBrigitte Blair Teatro Brigitte Blair. RuaMiguel Lemos. 51 (521-2955). De 3a adomingo, às 21h30m; vesp. dom., às19h. Ingressos a CrS 500.

BONECAS COM TUDO EM CIMA -Show dos travestis Verusca. Cláudia Ce-leste e Maria Leopoldina. Cine-Show deMadureira. Rua Carolina Machado. 542De 5a a dom., às 21 h Ingressos 5a e 6a esáb. e dom., a CrS 400. Até dia 28 defevereiro.

DANÇABALÉ DE CLÁUDIA ARAÜJO - Apresentação de dança com o grupo ClamaCoreografias de Cláudia Araújo. MarylaGremo e Christine Gemer. Teatro daGaleria. Rua Senador Vergueiro. 93 De4a a 6a, às 21h Sábado e domingo, às20h. Ingressos a CrS300 Atê domingo.

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JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82

TELEVISÃOCADERNO B — S

CANAL 79.45 Festival de Desenhos.

10.45 Os Muzzarala.11.15 Jonny Quest. Desenho.11.45 Discomania. Musical. Apre-

sentação de Messiê Lima.12.15 Agente 86. Seriado.

12.45 O Repórter. Noticiário, edi-çào nacional.

13.15 À Moda da Casa. Culinária.Apresentação de Etty Frazer.

13.30 Cinema Especial. Hoje: Tó-quio à Noite.

15.00 A Turma do Lambe-Lambe.Infantil. Com Daniel Azulay.Desenhos de Hanna e Bar-bera.

17.30 Perdidos no Espaço. Seriadocom Guy Williams.

18.25 Atenção. Noticiário, ediçãolocal. Apresentação de Már-cia Prado.

18.30 Os Imigrantes. Novela deBenedito Ruy Barbosa. ComRubens de Falco, Othon Bas-tos, lona Magalhães e outros.

19.30 Jornal Bandeirantes. Noti-ciário, edição nacional, comJoelmir Betting, Ferreira Mar-tins, Ronaldo Rosas, NewtonCarlos e Mareio- Guedes.

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TEATRO *__ " £<

20.00 90 Minutos JornalísticoApresentação de Paulo CésarPereio, Ana Maria Nascimen-to e Silva e Scarlet Moon.

21.25 Espanha 82. Os gols da Co-pa. Boletim esportivo.

21.30 Os Adolescentes. Novela deJorge Andrade. Com BeatrizSegall, Rito Junqueira, Márciade Windsor e outros.

21.55 Atenção. Noticiário, ediçãolocal.

22.00 Seqüência Máxima. Filme:

A Um Passo da EternidadeII. Quarto Episódio.

22.55 Atenção. Noticiário. Ediçãolocal. Apresentação de Mou-nir Safatli, com os destaquesda Edição do JORNAL DOBRASIL.

23.00 Bastidores. Jornalístico. En- trevistas curtas apresentadas

por Thomas. Souto Corrêa.Entrevistados: Xuxa, PauloCésar, Chiquinho Scarpa, Ni-cole Puzzi, Walter HugoKhouri, Henfil, Ênio Mainardie Vânia Toledo.

00.25 Atenção. Noticiário. EdiçãoLocal '

00,30 Cinema na Madrugada. Fil-me: O Mestre da Morte.* O programa Vestibular82 irá ao ar a partir das13h30m, de meia em meiahora até às 17h, dando infor-mações sobre as provas doVestibular.

OS FILMES DE HOJE

CANAL 116.55 Ginástica.7.25 O Poder da Fé7.45 Cozinhando com Arte. Apre-

sentação: Zuleika Cerqueira.8.00 Gaguinho e Seus Amigos.

Desenho.

8.30 Clube do Mickey. Desenho.

9.00 Bozo. Humorístico.9.30 Speed Racer. Desenho.

10.00 Spectreman. Desenho.

10.30 Superman. Desenho.

11.00 A Turma do Pica-Pau. De-senho.

11.30 Popeye. Desenho.

12.00 Bozo. Humorístico.

12.30 Uhraman Desenho.

13.00 Gasparzinho. Desenho.

1 ~ *T3^0-1Viin-cor-Be&SriJ=s-.——_____„..

14.00 O Povo na TV Variedades.Apresentação de Wilton Fran-co. Participação de WagnerMontes. José Cunha. Ana Da-vis, Cristina Rocha, RobertoJefferson, Adolfo Cruz,Amauri e Melinho.

18.30 Pica-Pau Desenho

19.00 Tom e Jerry Desenho.

19.30 Gasparzinho Desenho.

20.00 Sessão Bang-Bang. Carroda Morte.

21.00 Alegria 81. Humorístico. Ses-sáo de prêmios nos inter-vaios.

22.30 Kojak. Seriado.

23.30 Além da Imaginação

00.30 Programa Ferreira Netto.Jornalístico.

J!L30._Cannon. Seriado.

CANAL 28.00 Era Uma Vez. Macaco Simão

rifa um leão.9.00 Patati-Patatá O Circo.

12.00 Telecurso Io Grau. Geogra-fia n° 29.

12:15 Telecurso 2o Grau. Inglês n°2.

13,00 Era Uma Vez. Macaco Simãorifa um leão.

14.00 Patati-Patatá. A Cidade

15.00 Primeira Página. Mesa-redonda sobre os principaisassuntos dos jornais. ComTeresa Fernandes, mediadorados debates. Direção de Wil-son Rocha.

17.00 Sítio do Pica-Paú-Amarelo.O Pé de Feijão Mágico. ComZilka Salaberry, Jacira Sam-paio, Marcelo Pratelii, Reni deOliveira, André Valli, YaraAmaral e outros.

17.30 Catavento. Plim-Plim e aJanela da Fantasia. Ensina afazer uma cara de avô. Filmede Animação. Plim-Plim eas Mãos Mágicas. Confec-ciona um gato, usando dobra-duras de papel. Circo. Espe-táculos internacionais. Plim-Plim e as Mãos Mágicas.Ensina a fazer um gato, usan-

CANAL 47.00 Telecurso 2o Grau. 17.007.15 Telecurso 1o Grau.7.30 Super-Homem. 1800

8.00 Zó Colméia Desenho 1850

8.30 Batman. Senado 19009.00 TV Mulher Apresentação de 19,45

Marília Gàbriela e Ney Gon- -n 15çalves Dias.

12.00 Globo Cor Especial 21.10

13.00 Globo Esporte 22-1013.15 Hoje

13.45 Vale a Pena Ver de Novo.Cabocla. 23.25

Hugo Gomez

do dobraduras de papel. TioManeco. O Caso da GarrafaEnfeitiçada. Filme de Ani-mação. Gordo e Magro. Co-

. média. Reis do Riso

19.10 Som Pop. Sucessos interna-cionais.

20.15 Telerromance. Floradas naSerra. Capítulo 4. Romancede Dinah Silveira de Queiroz,adaptado por Geraldo Vietri.Com Beth Mendes, WalterBreda, Cleyde Yáconis, Car-mem Monegal, Ivete Bonfá eoutros.

21.00 Esporte Hoje. Com EliakimAraújo.

21.10 1982. Edição Nacional.

22.00 Abre Alas. Programa Reme-morativo da música carnava-lesca Temas: Uma Demo-cracia Racional e Os Cânti-cos da Bebida. Texto e pes-quisa de Mister Eco.

23.00 Teleconto. Angélica Ongi-nal de Mana José Dupré,adaptado por Carlos Lombar-di. Com Walderez de Barros,Rildo Gonçalves, RaquelAraújo e outros.

23.40 1982. 2a Edição.

DOIS anos após a morte do

autor de Cândida, BernardShaw, o húngaro Gabriel

Pascal, único autorizado a trans-por sua peças para a tela, pensouem transformar em musical a histó-ria decalcada na mitologia gregasobre o escultor Pigmaliáo e suaobra em marfim, de extraordináriaperfeição deformas, a quem Afrodi-te, a deusa do amor, concedeu osopro mágico da vida.

Contratados para escrever amúsica e letra, respectivamente,Frederick Loewe e Alan Jay Lernerprepararam um esboço que à épo-ca se chamava Lady Liza. Com amorte de Pascal em 54, a peça aca-bou estreando não em Londres,mas na Broadway, dois anos maistarde, sob o título de My Fair Lady.

O sucesso foi retumbante. O es-petãeulo permaneceu em cartazdurante seis anos consecutivos, ba-tendo o recorde em poder deOklahoma/, da dupla Rogers-Hammerstein. Aclamado comouma escolha perfeita para viver oProfessor Higghis, Rex Harrisonganhou capa de Time e Julie An-dreios, até entáo desconhecida dogrande público, e tornou-se umacelebridade da noite para o dia.

De olho na bilheteria, a Warner,que investira 77 milhões de dólaresnas filmagens, pagou 1 milhão dedólares a Audrey Hepburn paraviver a florista, preterindo Julie,que se consolou, em parte, ao sejuntar a Rex durante a entrega dosprêmios da Academia para receberum Oscar (imerecido) por seu tra-balho em Mary Poppins.

Refinada demais para conven-cer como a flower girl desbocada esuja, Audrey vai aos poucos ga-nhando autenticidade até se meta-morfosear na dama dc classe quedeslumbra os convidados do bailena Embaixada. Mas é Rex Harri-son quem brilha de ponta a ponta,destilando ironia, charme e simpa-tia deforma insuperável num papelque se diria criado especialmentepara ele, nào tivesse a peça sidoescrita por Shaw em 1912.

A cenografia e o vestuário de'-C^il-Beaten^~..osJj:ajp.s..d.e.c.o.riÍda..

em Ascot, todos em cinza-pérola ebranco, são o supra-sumo da ele-gáncia e do bom gosto — e as ma-viosas composições de Loewe e Ler-ner contribuem para fazer de MyFair Lady um dos grandes musicaisde todos os tempos.

Uma pena que o filme náo sejaexibido na versão original, com le-gendas cm português, para permi-tir que passagens deliciosas pos-sam ser devidamente saboreadas,como o monólogo em que Rex expli-ca como Liza driblou o professor deFonética.

TÓQUIO A NOITETV Bandeirantes — 13h30m

(Tokyo Aftar Dark) — ProduçAo norte-americana de 1959. dirigida por Norman THerman. Elenco Richard Long. Lawrence

Dobkm, Michi Kobi. Bob Okazaki. Eddo Matz.Butch Yamamoto. Noby McCarthy. Preto •branco+ Em fuga, por saber que seré julgado portribunal local pela morte acidental de umadolescente, PM americano (Long) no Ja-páo ocupado do pós-guerra é convencidopor sua namorada japonesa (Kobi) a seentregar às autoridades. Nos cinemas cha-mou-se Conflito em Tóquio.NO MUNDO ENCANTADO DOS SONHOS

TV Globo — 15h(The Daydraamer) — Produção norte-americana de 1966. dirigida por Jules BassElenco Rav Bolger, Jack Gilford. MargaretHamilton. Paul 0'Keefe. Colorido.** Ao entrar na adolescência. HansChristian Andetsen (0'Keefe) vive eventu-ras e tece fantasias sobre acontecimentosqua relataria mais tarde, ja adulto, transfor-mando-se no mais popular escritor dina-marquês. Animação de bonecos com apresença de atores.

A UM PASSO DA ETERNIDADETV Bandeirantes — 22h

(From Here To Etemlty) — Produção norte-americana de 1979. dirigida por James DParnott. Elenco William Devane, RoyThinnes.Barbara Hershey. Don Johnson. Kim Basinger,Lacey Neuhaus. David Spielberg. Colorido

IV Capitulo — Depois de se alistar, Jeff(Johnson) se deixa seduzir por uma grâ-fina, enquanto a Sr» Kipfer (Jens) propõe aLorene sociedade na instalação de um bor-dei. Para manter sua mulher, Karen (Her-shey) afastada de Milt (Devane), Major Hol-mes (Thinnes) encarrega este de realizarmanobras especiais. Ao descobrir que ofilho foi encontrado mono, Karen fica emestado de choque. Feito para TV. Inédito naTV.

MY FAIR LADYTV Globo — 23h25m

(My Falr Lady) — Produção norte-americanade 1964. dirigida por George Cukor ElencoRex Harrison. Audrey Hepburn, Stanley Hollo-way. Wilfrid Hyde-White. Gladys Cooper. Jere-my Brett. Mona Washboume. Theodore Bikel.Henry Daniell. Alan Napier. Isobel Elson. OliveReeves-Smith Colorido*** Professor Higgins (Harrison), de Fo-netica, aposta com um amigo, Coronel Pie-keríng (White) que e capaz do transformaruma florista rude, Eliza Doolittle (Hepburn),nume lady impecável, capaz de iludir asociedade. Baseado na peca PigmollSo. deBernard Shaw. Letra e música de Alan JayLerner e Frederick Loewe. Oscar de melhorfilme, ator (Harrison), diretor, fotografia,vestuário, cenografia, adaptação musical esom. Nos cinemas chamou-se Minha BalaDama.

O MESTRE DA MORTETV Bandeirantes — Oh30m

(The Deathmaster) — Produçáo none-americana de 1972. dirigida por Ray DantonElenco Robert Quarry. Bill Ewing, Brenda

—Bfc-BeflrBèfiy AnnòftorarT^TateMft.-.Ereda-T. Vanterpool. Le Sesne Hilton. John Feddler.Colorido

Na companhia de um negro descarnado(Hilton), místico (Quarry) chega a uma colo-nia de hippio» na Califórnia e depois dehipnotizar os jovens se torna seu guru. Naverdade um vampiro, vampiriza uma moça(Rees) e tenta fazer novas vítimas. Inéditona TV.

HORROR NAS ALTURASTV Giobo — 1h25m

The Horror at 37.000 Feetl — Produçãocanadense de 1972. dirigida por David LowellRich Elenco: Roy Thinnes. Buddy Ebsen.Chuck Connors, Tammy Grimes, FranceNuyen. Paul Windeld. William Shatner. Colo-rido

Durante vão sobre o Atlântica, um aviáo747 é invadido por uma poderosa força domal. que ameaça a vida dos passageiros.Feito para a TV.

NOVELASResumos das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio.

15.00 Festival de Férias Filme: NoMundo Encantado dos So-nhos

Sessão Aventura. A MulherBiônica. Seriado

Terras do Sem-F|m.Jornal das Sete.Jogo da Vida.Jornal Nacional

Brilhante

Os Gatões. Senado.Pecado Capital Novela (re-prise).

Jornal Nacional 2a ediçào.

Campeões de Bilheteria Fil-me: My Fair Lady.

01.25 Coruja Colorida filme Hor-ror nas Alturas

OS Imigrantes—-TV Bandeiran-

tes, 18h30m — Na mansão dafamilia Assad, Tufi e Yussef comen-tam uma carta que receberam deJorge, agora Prefeito de Pindamo-nhangaba. Quando Paquito chegaem casa, Rita deixa claro que nãogosta dele. Amadeu comenta comAtaliba que irá entregar o dinheiroda aposta a Andrezinho e lhe con-tar a verdade sobre sua origem.Plerina comenta com Nina que Ata-liba e Amadeu estáo pensando emfazer uma festa para comemorar os21 anos de Andrezinho. Conversan-do com Josué e Amadeu, Atalibadiz que participara da aposta queenvolvera Primo e Nina há muitosanos. Amadeu fica perplexo, e Ata-liba diz que multas vezes tiveravontade de contar a De Salvio queele tinha um neto e que era pareci-díssimo com ele, mas que nunca ofizera. Ataliba tenta, entáo, conven-cer Amadeu a náo contar nada aAndrezinho e se esquecer de seudesejo de vingança, pois, para An-drezànho, seu pai é ele, que foraquem o criara. Aos poucos, Ama-deu começa a se deixar convencer,pois, na verdade, sempre conside-rou Andrezinho como seu própriofilho.

OS Adolescentes — TV Bandei-

rantes, 21h30m — Zé Luiz, Bia,Arthur e Diná pedem a Raquel queretire a acusação a Túlio, pois todosos alunos gostam muito, dele e nàoquerem sua expulsão da Escola.Raquel, entretanto, se mantém ir-redutível e nào se deixa convencer.Marilu comenta com Dirceu queacha que Clotilde está corrompen-do Caito e lhe pede para conversarcom ele. Dirceu conversa com Caito

e, maliciosamente, conclui que eleestá tendo um caso com Clotilde, oque náo corresponde à verdade.Joaquim resolve conversar com Ra-quei sobre a acusação dela a Túlio.Raquel acaba conseguindo que ZéLuiz, Túlio, Arthur e Diná se com-prometam a tentar fazer Túlio pe-dir demissão. Eles vèm Isto comouma salda para conseguir o tempoque necessitavam para se armar nadefensiva. Raquel recebe Joaquim.

TERRAS do Sem Fim — TV Gio-

bo, 18h — O capitão beija Do-nana e ela, a principio, permite masdepois se afasta envergonhada. Vir-guio concorda em levar Margô paraIlhéus, deixando-a radiante. Hora-cio pede a Virgílio que leve Estercom ele para Ilhéus, pois Garangauestá por ali e ele representa umperigo para as mulheres.

JOGO da Vida — TV, Globo, 19h

— Clarita se casa com Etevaldoe Badaro os fica olhando arrazado.Cacilda diz a Carla que Adrianoestá namorando Beatriz seriamen-te e que parece até que vai dar emcasamento. Carla fica enciumada.Loreta vai até a casa de Vieira e lhepropõe um brinde aos velhostempos.

BRILHANTE — TV Globo,

20hl5h — Paulo vai até a casade Luisa e Alda lhe diz que ela saiumas que náo deve demorar. Paulo,então, deixa um bilhete para ela.Marília vai até o bar de Virgínia aprocura de Fred, mas este nào falacom ela. Marília vai embora triste.Luisa chega em casa e lè a carta dePaulo.

ESTA prevista para hoje a pri-

meira estréia teatral de 1982.O Teatro do Planetário da

Oávea será palco da primeira apre-sentação de um novo grupo inde-pendente, o Gente... E o Nelson?!,com a criação coletiva Ao Mestrecom Carinho. (Y.M.)

mAO MESTRE COM CARINHO — Criaçãocoletiva (texto e dir.) do grupo Gente... e oNelson?. Com Adriana Maia, Cristiana Maia,Maria Monteiro. Rita Ribeiro, Rogério Fabi8-no Jr., Volney Bigliardi. Teatro do Planeta-rio da Gávea, Av. Padre Leonel Franca, 240.(274-00961 De 5" a dom., às 21h. Ingressos aCrS 400 e Cr$ 250, estudante. Estaciona-mento próprio.

Farsa satírica sobre o corpo docentede um colégio.

O BEUO DA MULHER ARANHA — Textode Manuel Puig, adaptado da sua novela. Dir.de Ivan de Albuquerque. Com Rubens Cor-rèa de José de Abreu. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824 (247-9794). De 3" a6a às 21h30mM; sáb. às 20h e 22h30m;dom. às 19h e 21h30m. Ingressos a CrS 800e CrS 400 (estudantes).

Reunidos na cela de uma prisão, umhomossexual e um guerrilheiro resistemao desespero, fazendo surgir entre si umacomplexa relação humana.

A SENHORITA DE TACNA — Texto deMário Vargas Uosa traduzido por Millor Fer-nandes. Direção de Sérgio Britto. Figurinosde Mimina Roveda e cenários de PauloMamede. Com Tereza Raquel, Walmor Cha-gas, Luis de Lima. Ana Lúcia Torres, DemaMarques. Marcos e Tamara Taxman. Teatroda Arena. Rua Siqueira Campos. 143 (235-2119). De 4" a 6». às 21h30m; sáb. às 20h e22h30m dom. às 18h. e às 21h30m. Vespe-ral 5' às 17h. Ingressos 4*. 5* e dom. a Cr$800.00 e CrS 500. estudantes. 6* e sáb, aCrS 800.

A CORRENTE — Comédia dramática emtrês elos, de Consuelo de Castro. LauroCésar Muniz e Jorge Andrade. Dir de Luis deLima. Com Rosamaria Murtinho e MauroMendonça. Teatro Senac. Rua PompeuLoureiro. 45 (256-2641). De 4' a 6" às 21h;sáb., às 20h a 22h15m e dom., às 18h e20h30m. Matinê às 5". às 17h. Ingressos. 4".5" e dom a CrS 800 e CrS 500 e 6" e sáb. CrS800.

Infidelidade conjugai como recurso deascensão social, e como ela se manifestaem três diferentes camadas da sociedade.

CALÚNIA — Texto de Lilian Hellman Dir. deBibi Ferreira. Com Lídia Brondi. Anclê Perez.Monah Delacy. Maria Pompeu. Estelita Bell,Cláudia Costa, Sylvia Bandeira e outrosTeatro Maison de France. Av. Pres AntônioCarlos. 58 (220-4779). 4*. 5" 6". às 21h30m;sáb„ às 20h e 22h30m e dom., às 18h e 21 h.Ingressos 4", 5a. CrS 800 e CrS 500; 6a esáb a CrS 800 e dom a CrS 800 e CrS 500.

Nos Estados Unidos, na década de 30,a suspeita de homossexualismo levanta-da por uma aluna contra duas professorastranstorna a vida de uma escola.

MOÇO EM ESTADO DE SlTIO — Texto deOduvaldo Vianna Filho. Dir. de Aderbal Ju-nior Com Alfredo Ebasco. Carmen Gadelha.Evandro Comyn, Expedito Barreira. FredGouveia. Gè Menezes. Júlia Guedes. KinhaCosth3, Luiz Carlos de Moraes. Miguel Oni-ga, Neca Terra, Octacilio Coutinho, SolangeJouvin. Teatro Sesc Tijuca. Rua Baráo deMesquita. 539 (208-5332). Hoje. após o es-petáculo. debate com Yan Hichakski e LuisJorge Werneck Vianna. De 4a a domingo, às21 h Ingressos 4*. CrS 300; 5a. 6a. dom . CrS600 e CrS 300, sábado. CrS 600

Num texto inédito de Vianinha, osimpasses existenciais e políticos da gera-çào que enfrentou o sacrifício de serjovem na década de 60.

DOCE DELEITE — Ato variado em 12 qua-dros de Alcione Araup. Mauro Rasi e VicentePereira Dir. de Alcione Araúp Mus. e dir.musical de John Neschhng. Com MaríliaPèra e Marco Nanini. Teatro Vanucci. RuaMarquês de S. Vicente. 52 (274-7246). 5a e6a. às 21h30m, sáb. as 20h e 22h30m.dom . às 18h30m e 21h30m Ingressos 5a e2a sessão de dom., a CrS 800 e CrS 500.estudantes e 6" e sáb e 1a sessáo de dom., aCrS 800."Através

dós"T2 quadros, interligadospor músicas e danças, aparecem diversasformas de humor e diversos assuntos docotidiano carioca.

MACUNAIMA — Texto de Jacques Thiénote do grupo, adaptado da novela de Mano deAndrade. Dir. de Antunes Filho. Amb. visualde Naum Alves de Souza. Mús de MuriloAlvarenga. Com Marcos Oliveira e elenco doGrupo Macunaima. Teatro Joio Caetano.Praça Tiradentes (221-0305). De 3a a sáb.. às21 h; dom., às 20h. Ingressos a CrS 500 e CrS300. estudante-

A poética saga do herói sem nenhumcaráter, protótipo do brasileiro arrancadodas suas raízes culturais e massacradopela hostil civilização urbana, numa fais-cante versão cênica que desde 1978 vemfirmando-se como o maior sucesso artístico(inclusive no plano internacional) do tea-tro brasileiro dos últimos tempos. Até dia17 de janeiro.

A TEMPESTADE — Texto de Augusto Boal.livremente adaptado da obra homônima deShakespeare. Mus. de Manduka. Dir. deJosé Luiz Ribeiro. Com Andréa Daher, Ange-Ia Avillez, José Eduardo Arcuri. Malu deCastro. Hilário Stanislaw, Moisés Aichenblate outros Teatro do BNH. Av. Chile, 230(262-4477). De 3a a 6a. às 21h; sáb. às 20h e22h; dom., às 18h e 21h. Ingressos a CrS500 e CrS 300. estudante; sáb.. preço únicoCrS 500. Até 31 de janeiro.

O escravo Caliban comanda a rebeliãodo povo da ilha deserta dominada porPróspero, nobre italiano expulso de seupafs.

O BEUO DA LOUCA - Texto de DocComparato. Direção de Cecil Thiré. Cenáriose figurinos de Maria Carmem. Músicas deCaique Botkay e Beto Coimbra Com CláudioCavalcanti, Louise Cardoso. Ricardo Petra-glia. Hélio Ary. Thelma Reston. Stela Freitase outros Teatro Villa-Lobos, Av. PrincesaIsabel. 440 (275-6695). De 4» a 6a. às21h30m; sáb. às 20h e 22h30m; dom. às

18he 21h30m Ingressos de 4a a 5* edomi.CrS 700 e CrS 400, estudantes e 6a e fiábadó.' .a CrS 700

História de uma assassina pèicòpáta'<que tem seu crime contestado por ummédico psiquiatra. " •' ft.'

LA VÊNUS DESBUNDE - Comédia da-Hilton Marques e Max Nunes Dir. de Mauri-cio Sherman. Com Elizângela, Olney Cazarré,-Germano Filho, Carla Nell, Rogério Fróes,Martim Francisco, Luiz Pimentel. Elza Go-mes. Teatro da Praia. Rua Francisco Sá. 88 '(287-7794). de 4a a 6a. às 21h30m; sáb., is20h e 22h30m; dom., às 19h e 21h30nrt..Ingressos de 4a a 6a e dom a CrS 800 a CrS500, estudantes e sáb.. a CrS 800. .-.-;-_

O roubo de um pedaço da escultura de tVênus de Milo desencadeia violentas rea-ções em Paris e no mundo.

CABARÉ S.A. — Espetáculo de variedades";com textos de Oswald de Andrade. GrandeOthelo, Antônio Pedro, Mauro Rasi e HeloísaArruda, Dir. de Antônio Pedro. Dir. mus-da I -Caique Botkay. Com Grande Othelo, AngelaLeal, Tony Ferreira. Antônio Pedro, AngelaValério. Jalusa Barcellos. Josephine HélèneiSilvia Sangirardi e Luis Carlos Burucar-Tea-''tro Rival. Rua Álvaro Alvim. 17 (240-J135),

'

De 3a a 6". às 21h15m; sáb.. às 20H d.22h30m; dom., às 18h30m e 21h15m. liv-gressos a CrS 700 e CrS 400,00 (3* » 5a edom) e CrS 700 (6a e sáb.) estudantes..-.,

Dissolvendo imagens dos cabarés pa- -risienses da belle époque e dos cabarésliterários da Europa Central num molhobem brasileiro da Praça Mauá e da Lapa, aequipa mostra os bastidores de um esta-belecimento do gênero e exemplifica al-gumas de suas criações típicas. • • '

O ESPIRRO MILIONÁRIO (Quem GostaDemais de Sexo Morre Fazendo Amor) ¦Comédia de Pierre Chesnot. Adapt. e djri d»Joáo Bethencourt. Com Francisco-Milani,.Carvalhinho. José Santa Cruz, César Monte-negro, Arthur Costa Filho, Marta Andersón eMargot Mello. Teatro Copacabana, Av. Cxi-pacabana.327 (257-1818 R. Teatro), De 4a a6a, às 21h30m; sáb.. às 20h e 22h30m,dom . ás 18h e 21h30m, vesperal na 5a, às'17h. Ingressos 4a. 5a e dom., CrS 600 e OS-400, 5a vesp. CrS 300. 6". CrS 600 (preçoúnico), sáb.. CrS 700 (preço único). • • ¦ -

Disputa em torno da herança de umescritor de literatura erótica. •«-.-•_.

VIVA SEM MEDO AS SUAS FANTASIASSEXUAIS —_ Comédia de Jonh.-Tnhlas,.Adapt. de Joáo Bethencourt. Dir. de, José.'Renato. Com Pepita Rodrigues. Cláudio Cgr-„rèa e Castro, Felipe Carone. Carlos EduardoDolabella. Teatro Ginástico. Av. Graça Ara-..nha. 187 (220-8394). De 3a a 6a, às 21b1Ôm;sáb, às 20h e 22h30m; dom . às l'âh'-e-21hl5m. Ingressos a CrS 350,00. \ ,"

'*"

Casais cansados da rotina assumemidentidades diferentes para liberar a fan-tasia e o desejo. .; .;,._. .'£

BARREADO — Texto de Ana Elisa Grégori. -Dir. de Luis Mendonça. Com Minan Pires.Elisabeth Savalla. Fernando Eiras, GilsonMoura. Camilo Bevllacqua. Luís Carlos Niftò,Marília Barbosa e outros. Teatro dos QÚa-tro. Rua Marquêc He Sào Vicente. 52-2*1274-9895) De 3' às 21h30m, sáb. às.20h e 22h30m. às I9h e 21h30rn '

Ingressos de 3" a __ <i CrS 450; 6a e dom, aCrS 800 e CrS 500. estudantes, sáb. a. Cr$'_800. (14 anos). '

'.. ;";,

O amor de um jovem casal de apaixo-.nados desenrola-se na permanente -e.ameaçadora presença da personagemMorte.

SW1NG, A TROCA DE CASAIS — Comédiade Luís Carlos Cardoso. Direção de OswaldoLoureiro Com Jorge Dória. Osmar Prado, iAríete Sales e Ins Bruzzi. Teatro Princesa'Isabel. Av. Princesa Isabel. 186 (275-3346).-De 3a a 6a. às 21h30m; sáb.. às 20h30m e-22h30m. dom. às 18h e 21h30m Ingressos"a CrS 700 e CrS 400. de 3a a 5a. e domingo, •Sexta e sab.. CrS 700. ¦ .-._•'.->-.,

Um acidente de automóvel dá már-gem a um confronto entre crises através-sadas por dois casais de condições sociaisdiferentes.

JÁ QUE ESTÁ, DEIXA FICAR Corrie.dla.de ~

Michael Rozen, Direção de Miguel Rosen-berg. Com Roberto Roney, Leda Lúcia, Elias ^Perino e Magda Telles. Teatro Rival. Rua.'Álvaro Alvim. 33 (240-1135). De 3a à"6"? às"•19h;-sáb òs ISh. Ingressos a.CrS 40.0.e CrS".3C0, estudantes. ' 1

AS MOÇAS — De Isabel Câmara. Direçãode Jesus Chediak. Com Ana do Porto e Lçu ,Menezes Teatro da Casa do Estudanto doBrasil. Praça Ana Amélia. 9. De 5a a'dòmm-'go, às 21h30m Ingressos a CrS 500 e, Çr£300 Até o dia 31 de janeiro.

Os problemas do dia-a-dia, os desajus-tes emocionais e as cucas fundidas'deduas moças representativas da juventudecarioca dos anos 60. - .-;.'

LABIRINTO — A QUE CAUSA DEDICAR AVIDA? — Criaçáo coletiva da Tribo Ttupe '

Cooperativa de Palhaços. Dir. de MárkvTeP-les Filho. Com Antônio Gonzalez. Carmen '

Luz. Fabiene Garcia. Gilson Antônio. Izaura'"Gomes. Leila Cardia e outros. Casa do

*

Estudante Universitário. Av Rui Barbosa. .762 (551-3347). Sessões continuas cómbi-1-Ihetena funcionando de 3a a 6a, às 21 h; sáb.';'das 17h às 19h e das 21 h às 24h. dom. das""I8h às 21h. Ingressos a CrS 300 e CrS 200(estudantes). ¦ - -

Num espaço cênico anticonvencional,um teatro jogado e brincado por atdreè'è'^espectadores. „

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INFANTILTOM E JERRY EM BUSCA DE UM CASA-"MENTO —- Teatro Brigitte Blair, Rua MiguelLemos, 51. Hoie. às 16h. Ingressos a CrS200

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O GATO DE BOTAS E LULUZ1NHA EMAPUROS COM OS BRUXOS TRAPA-LHÕES — Teatro Brigitte Blair, Rua Migye|__Lemos. 51. Hoie. às 17h. Ingressos a CrS CrS '200. __*¦;MAMULENGO ESTRELA DO RIO — Como"-Grupo Pena Solta Teatro Villa-Lobos. AvPrincesa Isabel. 440. Quinta e sexta-feiriràs'17h. Ingressos a CrS 200. Até o dia 29-de-janeiro.

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O prupo Gente... e o Nelson?! estréia hoje a peça AoMestre com Carinho

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6 — CADERNO B quinta-feira, 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

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Barry Wliite de viagem marcada: o Pão de Açúcar, o Flamengo, o Rio queo inspirou, tudo isso está no seu roteiro

0 DESAFIO DO SUCESSOAGORA NO BRASIL

2'

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ONSEGUIRA Barry White lotar o mes-mo saláo onde se exibiu Frank Sinatra,no Rio Palace, cantando lá duas noites aCr$ 8 mil 500 por cabeça? Terá ele apelo

popular o bastante para levar 20 mll pessoas aoMaracanázinho em cada uma de suas duas apre-sentaçóes ali, os preços dos ingressos variando deCr$. 1 mü 200 a Cr$ 3 mil?

Na Artplan — a mesma empresa que trouxeFrank Sinatra e agora traz Barry White — nin-guém tem dúvida de que o cantor, compositor,arranjador e chefe de orquestra que fará 12 showsno Brasil a partir do dia 21 (quatro no Rio, um emPorto Alegre, cinco em Sâo Paulo e dois em BeloHorizonte) será, como Sinatra há dois anos, ogrande acontecimento musical do verão. Excessode otimismo?

! — De forma alguma — dte Edmundo Fonseca,um dos assessores de imprensa da Artplan. — Oapelo popular de Barry White, ainda que ele náoseja um mito como Sinatra, é multo grande. Elefará sucesso.

Abraão Medina, um dos diretores da empresa,vai mais longe:- — Tenho certeza de que Barry White conquls-tara o público brasileiro assim que pisar os pés noGaleão. Além de grande artista, é um ser humanocativante, multo simpático, sempre sorrindo. Tiveoportunidade de andar ao seu lado pelas ruas deNova Iorque. Fiquei impressionado de ver como aspessoas paravam para falar com ele. Choferes decaminhão (Barry White também foi chofer decaminhão) estacionavam seus veículos, saltavame iam abraçá-lo ou pedir-lhe autógrafos.

Medina, que tem longa experiência de conta-tos com artistas famosos, diz Jamais ter conhecidoalguém tão solícito quanto Barry White.

Um dia eu o coloquei de castigo, lá em NovaIorque, fazendo autografar nada menos de 100discos para dar de presente no BrasU. E náoapenas autografar ele concordou em fazer dedica-tórias, copiando nome por nome, pacientemente,até completar os 100.

Mas isso explica, apenas, a simpatia de BarryWhite. E as chances que ele tem de íàzer sucessono Brasil? Se fosse há alguns anos, quando Love'sThetne era tocada em quase todas as rádios brasi-leiras, às vezes cinco, seis vezes por dia em cadauma, estourando aqui quase com a mesma forçaque a levara ãs paradas americanas, podia-se tercerteza de que ele lotaria, pelo menos, os doisshows do Maracanázinho.

Barry White nunca deixou de fazer sucessono Brasil—lembra, confiante, Edundo Fonseca —E o sucesso, afinal, é uma constante em suacarreira.

Salvando a vida

Além dos funcionários da Artplan, o próprioBarry White está absolutamente tranqüilo quantoà recepção que terá no BrasU. Ele mesmo gosta decontar sua história de permanentes namoros como sucesso, apesar de um começo multo dlficil.Barry sempre teve um talento musical fora docomum: aos 10 anos Já tocava órgão e dirigia o.coro da igreja de seu bairro. Mas a infância não erafeita só de música. Ele costuma recordar, porexemplo, o golpe sofrido aos 16 anos, quando om«ih"r amigo morreu em seus braços, durante umtiroteio na rua. Ficou desesperado, sentiu que suamocldade—quase sua própria existência—terml-nara ali

Entáo decidi mudar de cidade. Virei-mepara minha mãe e disse: "Estou indo para Holly-wood. Vou salvar minha vida."

Em Hollywood e depois em outras cidades, fezde tudo um pouco, dirigiu caminhões, fbi vende-dor, casou-se, passou fome:

Posso lembrar-me de mim parado na es-quina, chorando porque náo tinha dinheiro paracomprar comida para minha família.

E enquanto passava fome, escrevia canções.Andou procurando editoras e gravadoras, tentan-do contatos com pessoal de música, isso ao longode meses, anos, até que um dia, uma de suas

composições, The Duck, foi finalmente gravada,fazendo razoável sucesso.

Desde então, tudo foi ascensão para BarryWhite. Novas composições, sua estréia como can-tor, os primeiros discos, Love's Theme, a organiza-çâo de sua orquestra e coro, o hoje famoso TheLove Unllmited. Discos de ouro e platina, fama,prestigio, fortuna. Senão o criador de um estilo,pelo menos o da proposta de uma nova forma decantar o amor:

Nunca pretendi firmar minha imagem co-mo a de um cantor sexy. O negócio de Barry Whiteé amor. Acho que tem gente falando demais deguerra e paz, de homens e de violência. Por exem-pio, Earth, Wind & Fire: "... náo lutem façam apaz". Ou Stevie Wonder: "... há gente demaismorrendo por causa das guerras." Mas eu prefiro,simplesmente: amemos nossas mulheres, porquequando um homem é capaz de amar uma mulher,seja ela quem for, esposa, amiga, isso é o mesmoque fixar seu próprio acordo de paz. Esse homemestá possuído de bons sentimentos. Ele está emoutro lugar...

Rio, Rio, RioNum de seus últimos sucessos, uma canção

composta de parceria com Marion e Carol Jack-son, Barry White diz: "In Rio de Janeiro I love thefun in the sun with people/In Rio de Janeiro it's sóexciting to see no matter where you go..." AbraãoMedina diz:

Ele está táo ansioso para conhecer a cidadeque o inspirou à distância, que decidiu anteciparsua viagem de 20 para 16 de janeiro. Quer conhecero Pão de Açúcar (a canção fala no lugar, "I went toSugar Hill the other night/From the top you seethe city lights..."), as praias, o Maracanã. Vamoslevá-lo ao jogo entre Flamengo e São Paulo, naquarta-feira, dia 20. Foi uma das coisas que Barrynos pediu.

O cantor, compositor, arranjador e chefe deorquestra terá, também, oportunidade de ouvirmúsica brasüeira enquanto estiver aqui. Como eledisse em recente entrevista:

Claro que conheço música brasileira. Saemmuitos discos brasileiros nos Estados Unidos equase sempre ficamos enfeitlçados por melodias.Gosto muito de Roberto Carlos. Tem carisma. Masnáo esqueço o som da voz de MUton Nascimento edo modernismo de um Tom Jobim.

Barry White dará sua primeira entrevista cole-tiva no BrasU na segunda-feira, dia 18, no RioPalace, onde ficará hospedado com sua mulher,Glodean. Os músicos de sua orquestra chegam nodia 20 (os 13 americanos, já que os 24 restantesserão contratados no BrasU). A orquestra compõe-se de 14 violinos, 3 violas, 2 trompetes, 2 trombo-nes, palhetas, harpa e percussionistas.

AS 12 APRESENTAÇÕESQuinta-feira, 21 — Estréia no Rio Palace às

23h30mSexta-feira. 22 — Primeiro show no Maracanã-

zinho às 20h30m e segundo no Rio Palace ãs23h30m

Sábado, 23 — Segundo show no Maracanàzi-nho às' 20h30m.

Terça-feira, 26 — Único show no Gigantinhode Porto Alegre às 2lh.

Quinta-feira, 28 — Primeiro show no GaUeryde Sào Paulo ãs 23h30m

Sexta-feira, 29 — Primeiro show no Ibirapueraàs 20h30m e segundo no GaUery às 23h30ra

Sábado, 30 — Segundo show no Ibirapuera às20h30m

Domingo, 31 — Ultimo show no Ibirapuera às20h30m

Sexta-feira, 5 de fevereiro — Primeiro show noMineirinho de Belo Horizonte às 21h.

Sábado, 6 — Segundo show no Mineirinho edespedida do BrasU às 21h.

CHRISTOPHE PLANTINNA BIBLIOTECA NACIONAL,

A ARTE RARA DE UM IMPRESSORWladimir Alves

de Souza

O

extraordinárioséculo XV mar-ca o Início daEra Moderna

por um conjunto de inven-çóes e descobertas, dentreas quais se destaca, em pri-metro plano, a invenção daimprensa. Até então, nomundo ocidental, o conhe-cimento das ciências e dasartes era o apanágio dosclérigos. Refugiados nas U-vrarias dos mosteiros, nãosó os Uvros sagrados, maso acervo hamanístico hele-nlco e latino eram preclosi-dades conservadas em ma-nuscritos, Bíblias, Uvros dehoras, antifonários, salte-rios, tanto quanto o que foipossível salvar da culturada Antigüidade, preciosa-mente reproduzidos ma-nualmente pelos mongescopistas.

Está hoje comprovadoque foi Johann Gutemberg(1398-1468) o Inventor daImpressão de textos, tendoutilizado letras móveis,fundidas numa liga dechumbo, estanho e anti-mônlo e construído a pri-meira prensa em madeira.O papel, fabricado na Chi-na pela primeira vez, em105 de nossa era, já no sé-culo IX era conhecido pe-los árabes, que o Introduzi-ram na Europa, através daPenínsula Ibérica, nosmeados do século XII.

Assim os primeiros lm-pressores dispuseram detodas as condições paraeditar livros aos milhares.O desenvolvimento da lm-prensa foi fulminante. Jáno século XV, mais de 1mU 700 Impressores traba-lhavam em cerca de 300cidades da Europa, excetona Rússia, onde a Impren-sa só se Iniciou em 1563.

Mais de 40 mU ediçõesrepresentando de 15 a 20milhões de volumes foramEubllcadas,

e os incuná-ulos (obras editadas an-

tes de 1501), hoje extrema-mente raros, destacam-sepela alta qualidade técni-ca e estética, dlficil de sersuperada.

A cidade de Antuérpiaabriga dois monumentosilustres, além da sua mara-vUhosa catedral: a casa deRubens e o Museu PlantinMoretus. Este último estáInstalado na casa que per-tenceu a Christophe Plan-tln (1520-1589), fundadorde uma dinastia de lmpres-sores que se estende até1876.

Nascido em Tours, Plan-tln fez seu aprendizadocom o célebre encaderna-dor e Uvrelro Robert Mac,na Normandia. DaU, jâ ca-sado, passa alguns anosem Paris, partindo paraAntuérpia, por considerarFlandres um terreno maispróprio para estabelecer-se. Depois de exercer ativi-dade como encademador eser recebido em 1550 comomembro da GuUda de SáoLucas — uma corporaçãode artesãos e artistas —decide dedicar-se ao oficiode Impressor.A BÍBLIA EM CINCOLÍNGUAS

Após algumas pubUca-çôes banais, edita em 1559uma obra capital sobre ascerimônias fúnebres emmemória do ImperadorCarlos V. Esse trabalhomagnífico marcou o inícioda sua fama. Acusado ln-justamente de heresia, foisubmetido a processo quelhe causou graves contra-tempos. Refuglou-se emParis por algum tempo, equando pôde regressar aAntuérpia, os credores lhetinham penhorado os

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bens. Isso nao o Impediude recomeçar seu trabalho,associado aos próprios cre-dores e de publicar, na vi-gêncla de cinco anos desociedade, mais de 50 edi-ções por ano, o que era umnúmero fantástico para aépoca.

Melhorando cada vezmais a qualidade de suaprodução, além de ediçõesdos clássicos da Antigüi-dade em formato de bolso,precursoras dos Uvros debolso de hoje, também edi-tou Bíblias em hebraico,obras litúrglcas e o Trata-do de Anatomia de Vésale,entre outras obras.

Por essa época, Plantinconseguiu protetores po-derosos que lhe permitirapropor a Felipe II de Espa-nha a realização do seuprojeto mais grandioso: aBíblia, impressa em 1570em cinco línguas (grego, la-tim, hebraico, slríaco e ara-malco), completada comapêndices detalhados, in-formações e comentários.Essa obra monumental emoito grande volumes in fo-lio, está até hoje conserva-da no Museu Plantin Mo-retus.

O editor tomou-se entáoo grande fornecedor do Reide Espanha, enviando apartir de 1572 milhares demlssals, brevlários e ou-tros livros religiosos, queFeUpe n mandava dlstri-bulr nos territórios do seuImenso império. Quem sa-be se em algum baú daBahia, na sacristia de algu-ma igreja, encontra-seuma dessas raridades?

A época, entretanto, tor-nara-se tempestuosa, pelaluta entre o domínio espa-nhol e a revolta chefiadapor Guilherme de Orango.O tipógrafo do rei de Espa-nha conseguiu aderir aonovo regime, uma vez queAntuérpia tinha-se coloca-'do ao lado dos lnsurretos.Entre os amigos que entáoo ajudaram, havia JustusLipso, o grande humanls-ta, que o abrigou em Ley-de, na'Holanda. A tlpogra-fia de Antuérpia continuoucom seus genros João Mo-retus e Franz Raphaelon-gus, até a volta de Plantin.Este não msia deixou suacasa, onde faleceu em 1589.Foi enterrado na catedrale proclamado "príncipedos impressores".

Em seu testamento.Plantin deixou a "Offioina

Piatiniana para seu segun-do genro, cujo nome fia-mengo Jan Moerentorf foilatlnízado, como era usona época, para Moretus.Este continuou a tradição,requintando a quaUdade ea elegância das pubUca-çôes. Seu filho e herdeiro,Baltasar, erudito e InteU-gente, tomou-se amigo dosartistas da sua época, eparticularmente de Ru-bens, de quem foi íntimo.Isso explica a presença noMuseu, de numerosos qua-dros do genial pintor, den-tre eles 10 retratos dosPlantin Moretus. De paipara filho, a editora funcio-nou até 1876, quando a ca-sa e o acervo foram adqui-ridos pelo Estado.UM MUSEU VIVO

O acervo do Museu in-clul náo apenas peças dearte preciosa, mas tam-bém quadros, tapeçarias,objetos de arte e moblüá-rio de época Por outro la-do é notável pela ambien-tação do próprio edifício,documento vivo sobre umtipo de habitação abasta-da em Flandres, nos sé«u-los XVI e XVH Nele desta-cam-se a tipografia, com afundição de tipos, catalo-gados e registrados—mui-tos deles ainda hoje utlU-zados — a loja de vendas, aantiga cozinha, os escrito-rios, o quarto dos reviso-res, o quarto do humanistaJustus Llpse e os salões,dentre os quais destaca-sea Sala Rubens, com nume-rosos estudos e gravurasde Uustrações com as cha-pas originais, e a sala deGeografia, rica em carto-grafia dos séculos XVI eXVII, contendo ainda do-cumentação excepcionalsobre a África, levantadapor viajantes flamengos.

Vale notar também a al-ta quaUdade dos revesti-mentos em couro trabalha-do e dourado, executadoem Paris e MaUnesm coma técnica dos famosos cou-ros de Córdoba. Destes úl-timos é forrado o quarto deJustus Lipse.

Ocupando diversas sa-las, do acordo com umatécnica museográflea per-feita, os Uvros acham-seem grande parte reunidosno salão dabibUoteca pro-priamente dito, e tambémna sala de impressões es-trangelras onde se pode

admirar a jóia mais impor-tante da coleçáo: a Bíbliade 36 Unhas, do Gutem-berg. Fazem parte do acer-vo (mais de 20 nül volu-mes), numerosos incuná-bulos, além de obras deimpressores dos PaísesBaixos, da França, Alemã-nha. Suíça, Espanha eItália.

Afora a alta qualidadedo seu acervo, o MuseuPlantin Moretus se desta-ca como centro de pesqul-sa e estudos para os erudl-tos e especialistas que oconsultam. A velha tipo-grafia de Plantin ainda tra-Balha e tem à venda umacópia em papel de Holan-da do famoso soneto dovelha Impressor Le Bo-nheur De Ce Monde, pro-fissão de fé e programa devida para quem foi, aomesmo tempo, um homemde bem e um humanistaequiUbrado, experiente esábio.OBRAS DA "PLATINIA-NA" NA BIBLIOTECANACIONAL

A visita à casa do grandeeditor do século XVI, quefoi Plantin, tornou-se Inte-ressante ao ser identifica-da na nossa Biblioteca Na-cional, graças a PUnloDoyle, seu diretor, homemde formação humanístlca.Intelectual da mais alta ca-tegoria, a pesquisa efetua-da por D Lygia da FonsecaFernandes da Cunha, quedetectou o que possuímosde Plantin aqui no Rio, noBrasU. ousejam. 20 volu- ...mes preciosíssimos, no se-tor de Obras Raras, de edl-ções de Plantin, realizadasem Antuérpia, entre osanos de 1558 e 1593.

ESSAS obras,que constituemjóias dentro doAcervo, de lna-preclável valor,

destaca-se a Bíblia Sacra,impressa entre 1569 e 1572,em cinco línguas: grego, la-tlm, hebraico, slríaco e ara-malco, a mesma que o Mu-seu Plantin possui, nosseus volumes Impressosem caracteres originais.

Nós brasileiros, nemsempre temos a noçáo doque é o nosso acervocultural. A BibUoteca Na-cional, mantém, até hoje,graças à dedicação de em-ditos e especialistas, algu-mas raridades da máximaimportância, que nos colo-cam entre os paises maisricos do continente.

Quando o terremoto deLisboa destruiu tesourosde Incalculável valor, emjaneiro de 17&5, o rei D.José I buscou desde logoreconstruir o acervo da Bi-blioteca Regia Com a vin-da da Família Real ao Bra-sü, em 1808, multo bemorganizada, o Príncipe D.Joáo trouxe obras capitaisque constituíram o núcleoda Real Biblioteca, rapl-damente acrescida pordoações e aquisições pos-teriores conforme pesqui-sas feitas pela BibUotecaNacional.

Para citar apenas umaobra fabulosa entre outras,temos a Bíblia de Mogún-cia e outros Inúmeros in-cunábulos, um livro de ho-ras de 1300, Uumlnado emvelino (pergaminho extre-mamente fino), a ediçáodos Lusíadas de 1572, oApocalipse do Dúrer, emtiragem original, gravurasde Cranach, Altdorfer, Cal-lot, desenhos originais,preciosidades que nos sl-tuam entre os países maisimportantes, do ponto-de-vista cultural. Cito apenas,ao correr da escrita, algu-mas obras-primas que sáo,dentro da cultura univer-sal, patrimônio do BrasU

Um bom som para v®eê, e rádk> Igad®,

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JORNAL DO BRASIL -D quinta-feira. 7/1/82 CADERNOB

Carlos Eduardo Novaes

A RELAÇÃO DOS SUPÉRFLUOSaUEIRAM

perdoar se meapresento um tanto desa-tuallzado mas é que ater-rissel em 82 com tres dias

de atraso. Passei uma semana — de 26de dezembro a 2 de janeiro — enfurna-do no interior da Bahia sem ler jornal,ouvir rádio, ver televisão, sem tomarconhecimento das boas notícias que oAno Novo sempre nos reserva no seualvorecer. Cheguei ao Rio na noite de 3de Janeiro debaixo do maior toro e fuilogo Informado de que pelo menos umÍndice já havia disparado — o pluvio-métrino.

Ávido por boas novas, entrei emcasa, larguei as malas e cheio de espe-ranças corri aos jornais cuidadosa-mente empilhados pela empregada.Comecei pelo exemplar do dia 26. Aoler o do dia 31 já estava triste: odiscurso do Alferes mais parecia umtexto de general polonês. Quando che-guei ao do dia 2 minha vontade erapegar as malas e voltar correndo para81. Pelo que está pintando para 82, oano passado vai ficar conhecido comoum ano de euforia. Desabamentos,chuvas, aumentos, farsas, pacotóes,mentiras, casuismos, patès de galinhae como um creme chantüy por cima detudo isso, a relação dos supérfluos.Nada me impressionou mais do queessa relação, uma verdadeira lista doCrioulo Doido.

Telefonei a um amigo pedindo ex-pllcaçóes sobre a elaboração da lista.Foi feita, disse ele como tudo na Repú-blica das Laranjeiras: um pequenogrupo se reúne e decide por todos. Láestavam reunidos em tomo de umamesa o Alferes, seu Vice, o Ministro daImprevidència, dom Camilo Pluma,Galvez, o Imperador da Fazendca e Páde Cais, todos aguardando a chegada

_de_El Fimí"depois demima-bancarro----ta, mesmo porque o dilúvio virá an-tes", costuma dizer o gordinho). ElFim em seu gabinete rascunhava umalista para colocar em discussão. Ogrupo, empunhando lápis e canetasesperava ansioso como se fosse dlscu-tir o preenchimento de um volante daEsportiva.

Desculpe o atraso — El Fimentrou com seus passlnhos apressa-dos. — O supérfluo de um é o empregode outro!

Deixe suas frases para a lm-prensa, El Fim. Trouxe a lista?

Claro, claro. — El Fim sentou-seofegante, remexeu os bolsos, tirou umpapel e começou a ler — City Bank,Chase Manhattan, Banco de Tóquio.

Endoidou El Fim?Perdão... essa lista é dos bancos

onde peço dinheiro emprestado. — ElFim tomou a meter a máo nos bolsos evoltou com a lista dos supérfluos. —Posso ler? Entáo lá vai: água destila-da, revólveres e pistolas, embarcaçõesde recreio, esmaltes de unha...

Todas as cores? — interrompeuDom Camilo, mestre em levantar dis-cussôes supérfluas. — Náo acho justotaxar todas as cores. Deixemos o es-malte lncolor de lado.

Por que o incolor e nào o rosabrilhante?

Pois eu sou a favor de isentar obranco.

Começou uma longa discussão so-

¦z zmzzA'zz\Zi4^z ¦•¦

bre esmaltes de unha. Várias vezes osparticipantes pediram tempo e se le-vantaram para ir ao telefone consultarsuas respectivas mulheres. Quase secriou um grupo de trabalho para estu-dar a questáo do esmalte de unha. ElFim pediu para continuar:

Águas aromátlcas, peças de ar-mas, jóias...O queeeee? — bradou o Alferes.— Jóia é supérfluo? Vai dizer Isso praminha mulher!

Negativo El Fim, tira a jóia. Po-der tirar...

Sua mulher também anda cheiade jóias?NÃn mus mpn primo-te™-um°-

Que nâo seja gato!Nem tucano!Vejamos entáo: alguém tem hi-

popótamo em casa? Nâo? Entào óti-mo: rações para hipopótamos. Conti-nuando: alguém aqui joga golfe?Ninguém.

Entáo coloquemos tacos de gol-fe. Alguém pesca?Meu irmáo tem uma firma depesca submarina.

Então taxemos somente anzóis,molinetes e iscas.

Qualquer isca ou só minhoca?Bolas de tênis. Alguém jogatênis?Eu jogo, o Alferes também dá

sodorantes para ambientes. E que talxampus?

•— Jamais. Minha mulher nâo vaime deixar entrar em casa se souberque taxei o xampu.

Xampu para animais está bom?E a minha cadela? Por que náo

xampu para todos os animais menoscachorro?

Nâo dá. E patins? Alguém aquipatina?Patins acho uma boa. Minha fl-lha levou um tombo outro dia e que-brou três dentes. Talvez assim ela de-sista...

Dados, copos de dados, bolas degude, piões, baralhos...

ourivesaria. Nào posso fazer isso comele.

El Fim resmungou qualquer coisa ecortou o item jóia da lista.

Prosseguindo: carrosséis, balan-ços, tiro ao alvo...

Tiro ao alvo? — foi a vez do Vicechiar. — Nâo concordo. Ê o meu espor-te predileto. Só considera tiro ao alvosupérfluo quem nunca acertou namosca. Tenho culpa de você nào terpontaria, El Fim?

Bem, entào façamos o seguintepropôs o gordinho comendo um

sanduíche de mortadela. — Vamos in-cluir tiro ao alvo apenas em parquesde diversões.

Poxa, eu gosto tanto de parquesde diversões — lamentou Pá de Cais.

Você poderá andar de montanha-russa, de trem fantasma... esses nâoserão taxados.

Pá de Cais respirou aliviado.E quanto aos alimentos? — per-

guntou o Imprevidència.Epa! — El Flm lambia os dedos.

Alimentos nunca! Só se for paraanimais... irracionais.

Alimento pra cachorro?Ah, isso sim!Ah. isso náo! Sujeira... a cadela

lá de casa está para dar crias. Cachor-ro nâo. Vamos taxar comida pra ca-valo!

Epa! — chiou o Alferes — Cava-lo, negativo! Escolham outro animal.

suas raquetaaas...El Fim pegou a lista e escreveu "de

mesa" depois de bola de tênis. Apro-veitou e cortou o item "obstáculospara equitaçào" dizendo ao Alferesque estava ali por engano.

Tacos de bilhar, sinuca, giz azul,ponteiras de tacos e...

Pára por aí, El Flm. Meucunhado tem uma fábrica de fanchosem Florianópolis. Sugiro que no lugardo fancho se taxe o palito.

Você deve ter dentadura, meucaro... quem jâ teve um pedaço decame entre os dentes sabe o quantopalito nâo é supérfluo.

Came só, nâo. — Dom Camiloentrou na conversa — Amendoim... émulto pior. Alguém aqui já ficou comum pedaço de amendoim preso entreos dentes? Uma vez, numa boate emCataguazes...

Peraí, Camilo, Isso nào tem nadaa ver. Conta seu caso depois. Agoraestamos tratando de um assunto demaior importância para o país. Al-guém aqui se depila? Não? Entáo depí-talórios!

E desodorantes!Por que desodorantes? — per-

guntou El Fim enxugando o suor. —Se você está querendo me provocar.Imprevidència, eu taxo o esparadrapoe a Previdência vai pro brejo.

Bem, entào taxemos apenas de-

Corta o baralho. Minha sograjoga pontinho cinco vezes por semana.No lugar do baralho sugiro... confete! Êabsolutamente supérfluo. O carnavalnáo vai mudar em nada sem confete.

Bem se vè que você náo é umfolião, Dom Camilo.

Confete é uma boa idéia. Ê precl-so acabar com essa praga que se es-conde dentro do sapato, na bainha dacalça. Cola nas costas... a mulher deum amigo meu delxou-o por causa deum confete: descobriu que ele tinhaido a um desses prê-camavalescos malassombrados.

Se formos taxar o confete achoque devemos taxar também a serpen-tina.

Como é que você joga serpenti-na? — Perguntou Dom Camilo — Atécnica varia muito de um para outro.Eu jogo assim — Camilo deu umademonstração movimentando o braço

Mas tem gente que joga.Tá legal — interrompeu El Fimtaxemos o confete, a serpentina... e

a lança?Tal, a lança Já náo acho táo

supérfluo assim.Sem lança, entáo. Batom, som-

bra, rouge, loçáo para barba.Que isso El Fim? Loção para

barba todos nós usamos...Você náo percebe, Pá de Calls?

Temos que colocar alguma coisa quenos atinja, senão o pessoal vai deseon-flar.

O MUNDO INSÓLITO DE PAUL DELVAUXWilson Coutinho

A

Bélgica é um pequeno paiscom pouco mais de 30 milquilômetros quadrados, var-rido por um eterno vento quesopra do mar do Norte e fazendo frontei-

ra com Alemanha, Luxemburgo e Ho-landa. Uma constante chuva miúda de-sabá sobre esse diminuto território, in-vadido por soldados em duas guerrasmundiais e, no século XIX, devastadopelo cruel texto de Baudelaire, escritono curto período em que o poeta curtiuo seu spleen no pais.

A Bélgica é um lugar quase sem sol,mas em compensação forneceu ao mun-do, talvez, a mais iluminada quantidadede pintores por quilômetro quadrado.Rubens manteve um ateliê em Antuér-pia e para a arte do século XX sâobelgas James Ensor, Magritte e o seumais importante artista atual. Paul Del-vaux. Para a pintura, o sol talvez sejadesnecessário, mas desde Ensor muitosartistas belgas cultivam uma espécie depintura que tem algo de uma importan-te tragédia, uma espécie de metafísicado céu nublado. Muitos trabalhos deDelvaux, com suas estações ferroviáriasdesoladas, suas mulheres brancas eseus esqueletos lembram isto.

Amanha, no MAM, pinturas, litogra-fias, desenhos desse artista, beirando os85 anos, de longos cabelos brancos e quehabitualmente se veste com alegres ca-misas floridas, poderão ser vistas. Essasobras permaneceram, até a semana pas-sada, na Bienal de Sâo Paulo, mas gló-ria nacional da Bélgica, seu consuladoas conduziu até o Rio.

Sáo obras caras. Suas telas sâo ven-didas de 350 mil francos a 1 milhão emeio e, em 1974, num leilão, 5 milhõesde francos levaram La Grande AUée.Desde da morte de Magritte — é verda-de — Delvaux é o grande nome vivo daarte belga. Uma estação ferroviária deBruxelas tem um mural seu, no cassinode Ostende, uma cidade balneária, re-pousam outros esplêndidos murais e emoutra cidade rriaritima, Saint-Idesbalt,Junto de casas de pescadores e próximade um imenso moinho será inaugurado,ainda esse ano, a Fundação Paul Del-vaux, financiada em parte pelo Estado."Será o Museu da Solidão", declaravaDelvaux para o Jornalista Franck Mau-bert do Lüxpren, ano passado, quandono Beaubourg, em contraste com a suadeclaração, fazia-se fila para ver a suaretrospectiva.

O fato é que as imagens de Delvauxsão, hoje, extremamente populares. E,aliadas diretamente ao movimento sur-

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artista aos84 anos e um

admirador:Andy Warhol

realista, do qual, na verdade, Delvauxnáo participou e, nem mesmo, pode sercaracterizado como um artista ligadoao movimento fundado por André Bre-ton. Delvaux pertence mais a sua perife-ria, um artista que foi estimulado pelosurrealismo e pela necessidade de unir,como diz o manifesto de 1924, "o sonho ea realidade numa outra realidade, asurrealidade".

Pintor onírico, classificaram os criti-cos. "Eu sou uma espécie de surrealistaindependente." — afirmava o artista. —"Utilizei-me um pouco desse movlmen-to no inicio, para possuir um tipo deexpressão." Mas foi cortejado e badala-do por Breton, Paul Eluard lhe dedicoupoemas e Mareei Duchamp, em 1942,fazia-lhe uma homenagem realizando otrabalho A La Manière de Paul Del-vaux, uma colagem onde aparece umpar de seios extraído de uma pintura doartista belga, pertencente â coleção dePeggy Guggenhelm. Hoje é Andy Wa-rhol, com a veneração da sua "belaindiferença", que o fotografa em suacasa em Bruxelas, motivado em pintaro retrato dos seus artistas favoritos."Penso que Paul Delvaux é um artistamoderno" — disse Warhol — "porque

gosta de fazer coisas que eu mesmo façoquestáo de produzir."

Delvaux começou Impregnado pelatradição. Em 1922 pinta as suas primei-ras estações ferroviárias, mas sáo exces-sivamente realistas e nào incorporamainda as suas esguias e alvas mulheres:nas estações aparecem homens traba-mando. Esse tipo de mulher surgirá emtelas de 1928, mas somente em meadosda década de 30 Delvaux as mostrarádentro do seu estilo conhecido, tristes eIsoladas, enquanto, no fundo, um tremse movimenta. Há, sobretudo, na suaevolução, a marca da "pintura metaflsi-ca" de De Quirico, mas um belga, Ensor,influenciou-lhe para uma espLritualida-de que urde devaneios com a morte. Aliestáo os esqueletos e o simbolismo ne-gro da sua pintura, o erotismo frio quediverge da perversidade de Balthus, porexemplo. Mesmo o humor de Delvauxpossui algidez inquletante quando in-troduztu nas suas telas o sábio professorde Jullo Veme, Otto Lidenbrock.

Um mundo silencioso e Insólito, cujaprimeira revelação foi no Museu Spitz-ner, que mostrava moldes anatômicosem cera, revelando feridas provocadaspela slfllis, Imagens do Dr Charcot e de

O Canapé Azul,de 1967

suas histéricas e de Pasteur com seuséquito de pessoas doentes."Eu ia ao Parque de Diversões deBruxelas" — disse o artista em 1962 —"onde a extraordinária tenda do MuseuSpitzner me tinha impressionado, comsua fachada forrada de veludo vermelhoe com dois esqueletos e uma Vènusadormecida, mecânica, feita de papelão.Tudo aquilo tinha qualquer coisa detriste e de estranho no melo da algazar-ra dos carrosséis, dessa falsa alegriaruidosa que caracteriza os grandes Par-quês de Diversões".

Delvaux pintará, em 1932, uma Vé-nus adormecida sendo olhada por doiscasais e, ao fundo, um esqueleto, lma-gem do Spitzner. E, em muitas outrasobras, retomará essa temática negraEm 1940, pinta o ambíguo A Visita, ummenino nu entrando num quarto ondeaparentemente uma mulher desnuda oespera. Tema que variou em várias ou-trás pinturas, sendo que uma delas foisurrupiada pelas nazistas quando inva-diram seu pais.

Obra onírica, é verdade. Mas dasfantasias dos sonhos acordados. "Eusonho de dia porque é mais produtivo",afirmava Delvaux na sua última entre-vista.

Drummond

NOVAESTRELA

SALVE,

Rondônia! Sede bem-vindos, irmãos rondonianos.Nós, mineiros, gaúchos, paulis-tas, baianos, potiguares, barri-

gas-verdes, capixabas e todos os demaisirmãos-em-Brasil vos saudámos. Até on-tem, éreis tutelados, simples habitantesde Território; hoje formais em igualda-de de condições conosco, isto é, soisorgulhosamente donos de vossos nari-zes, dentro do regime federativo da Re- .pública, se bem gue, na realidade, sópoder eis assoar os ditos se e quandoSeu Mestre deixar. Adquiristes o direito*de escolher vosso Governador, comoigualmente o desfrutamos. Só que a elei- ¦ção há de ser feita sob tais critérios,'ressalvas e restrições mentais que —fácil prever — acabareis elegendo aque-le que for da preferência de Seu Mestre: .

Tendes mudado um pouco de nome,hem? Uns tantos foram amazonenses,outros mato-grossenses, depois viraramguaporéenses e, finalmente, ganharamiodos a apelação de rondonianos, quemuito vos deve honrar, pois lembra omais puro herói brasileiro. (Espero quenão deixareis seja ela trocada sob qual-quer pretexto, em homenagem a algumpresente ou futuro cacique político.) Enão falei na porção talvez maior devosso conjunto, essa multidão de mi-grantes que açodem de outras regiõesdo país, onde o trabalho é escasso oumal remunerado, e trazem consigo aesperança de uma terra generosa. To-aos vos, ronaonianos, esperais ãigumacoisa do novo lar político, não parapoliticar, mas para alcançar condiçõesde uma vida mais respeitável, merece-dora do nome de vida. Rondônia, que jádispõe de universidade e tem uma estra-da-de-ferro turística, é realmente, paramuitos trabalhadores brasileiros, umponto de esperança no mapa. E é istoque lhes confere identidade.

Será por isso que o novo Estado,antes de organizar-se institucionalmen-te, está senão anunciado como produto?-Liga-se a televisão, e lá vem publicidadede Rondônia. Os jornais dedicam-lheespaço de matéria paga. Virou moda oGoverno se anunciar como geladeira ouaparelho de barbear, mas o anúncio,agora abrange o PDS, identificado comRondônia. Ja se apregoa que esse Parti-do terá vitória absoluta na primeiraeleiçáo que aí se travar. Tão absolutaque das três cadeiras da futura repre-sentação estadual no Congresso, nenhu-ma será abiscoitada pela Oposição. Ou.antes, esta será contemplada com acadeira zero. Eis uma cadeira que aSituação está sempre disposta a conce- -der ao pessoal do sereno. Mas então, ccjulgar pelo anúncio futurológico, não ébem um Estado que se criou: é umaagência do Partido do Governo federal.

Não sejamos pessimistas, entretan-to. É compreensível o empenho da popu-'laçáo em viver num Estado, que por suanatureza oferece oportunidades de tra-balho e produção mais amplas, emboradependentes do humor do Governo Cen-trai, através de seus bancos, suas em-presas e seus planejadores todo-poderosos. E um novo Estado é sempremais um palmo de chão trilhado norumo de uma reorganização federativa, ¦geográfica e economicamente correta,como sonhava o abalizado Dr Teixeirade Freitas, sempre lembrável nessa ma-teria. , ,

Claro que essa reorganização virá -sangrar interesses políticos e outros, deenorme peso, que até agora a têm obsta-do, a ponto mesmo de se retirar dediscussão um tema brasileiro funda-mental; que é esse de corrigir divisõescoloniais ilógicas e nocivas ao desenvol-vimento do país. Também sofrerão me-Undres regionais e individuais, de quemse apegou à memória nominal de suaterra e não a quer destruída. Então, osonho do Dr Teixeira de Freitas contunua sonho, e os episódios desmembra-mentos de terra para a criação de Terri-tórios e Estados Tião obececem a umavisáo de conjunto do problema, que oPoder Executivo, tão forte no controledos direitos individuais, se dispensa detentar, pois iria bulir com seus suporteseconômicos de classe.

De qualquer modo, Rondônia, o cro-nista-ioáo-mnguém te saúda e te augarao sorte de uma administração desejosade acertar e apta para o acerto, uma vezpassado o período de transição que é detutela ainda ostensiva. Quem sabe seuma geração nova fará de ti espelho deunidades federativas, dando lição. anossos velhos Estados corroídos de ma- -zelas políticas, sendo uma delas a da ¦submissão irrestrita? O velho MarechalRondon, lá de onde se aninhe seu espíri:to humanitário; te proteja e te guie. Êpreciso respeitar esse nome, tirar deleinspiração e alento. Felicidades, Rondo-nia recem-partejada, e rondonianos am-gos, desconhecidos da gente masamígos-irmáos.

Estou quase apelando para a retóri-ca: estrela nova no céu da bandeira, queteu brilho não empalideça como a deoutras estrelas da união, que já luziramtanto, e hoje nem por isso. Ou é sina dasestrelas federativas não briilharemmais senão de um brilho relativo e con-dicionado? Não sei. Vamos ao brinde.Tintim.

Carlos Drummond de Andrade

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O MAGO DE ID

LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

PROBLEMA N° 886

B T H

M. liOeíiindy

R N Ll

4. campo de cereais (5)5. cometer sabotagem (716 conhecer (5)7. em liberdade (5)8 fazer sonetos (7)9. gosto (5)

*

10. indolência (5)11. investir (7)12. irrupção (51

tíin (7)

1. ato de suar (4)2. ajustar com suta (5)3. assentar (6)

14. mulher do sultão (7)15. pequena sala (6)16. relativo a Sabá (5117. remediar (6)18. ronha cavalar (5)19. sagrado (5)20. um dos planetas (7)

Palavra-chave: 12 letras

¦

/trouxeT^"^ TI ^ /'STO , \/MINHA \ . ;.' £2

/AOUI E \./TORRA- W'í /V) /UM BAN-j DEIRA FA- I yY^ 1>T, VJJ CO E NÃOl I RA CON- [ {AÍ WT\ UMA LOJAI \ tISi r~imn sk\ \D£ apare-- VÍ^L/ ' j^M^^Isflf lLMOâ DO" I

PRIMEIRO,NÃO ESTOU'

PERGUNTANDONADA.SEGUN-DO, FOI AG?UONDE DEPO

.SITEl MEUSl^OO Ml-

LHOESDE, CRUZEI

BRANT PARKER E JOHNNY HART

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/*ai r^i í PODE ^I Ã^LM CÁ? \ VOLTAR I>^TO nl 1 TERÇA- I

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GARFIELD JIM DAVIS

I ( ... E SE AFASTE )> DE CADEIRAS )—^_v^jd£^ancoí^o^a.

JTM VRÍK> T-H ®IMIUmwdFwlurtSyndl(al».lnc. I

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-se determinado vocábulo,cuias consoantes |á estào inscritas no quadro acima. Ao lado, á direita,e dada uma relação de 20 conceitos, devendo ser encontrado umsinônimo para cada um, com o numero de letras entre parênteses, etodos começados pela letra inicial da palavra-chave As letras de todosos sinônimos estão contidas no termo encoberto, e respeitando-se asletras reüetidas.

Soluções do problema n° 885. Palavra-chave JUNQUEIROPO-LENSEParciais jeru; jóquei; joeiro; junqueiro; jequi; pio; jônio, |iló, |ique;juqui; |unior, jero; jeque; |uru; |uro; |uiio; |unino; jun; |uô; junipero

MUPPETS JIM HENSON

DR. V0V! ESTA OPFRACfo NUN-i CAFDI FtTTAAhnESi J

j ÉVERmDE,ENFERMEIRA!M/6) L°° QÜE WP0^DP™dCgl^J(COMO MEDICO PRATICANTE.. j j&W^^Í-^^W

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — árvore da famíliadas legummosas. cujo tronco, espinhoso,fornece um cerne vermelho-oscuro de quese extrai um corante, a hematoxilma, que.oxidando-se, passa a emateína. e ê usadoem tinturana e nos laboratórios para corarpreparações histolôgicas; campeche, 10 —cera fóssil; 11 — prefixo grego que traz aidéia de afastamento; 12 — espécie deborboleta diurna; 14 — elemento de com-posição grego que expressa a idéia de ágil;15 — esconder; afugentar; 17 — eminèn-cia da parte ântero-«xterna da mào, forma-da por certos músculos do polegar; 19 —

pequeno seixo rolado, constituído em ge-ral. de minerais fosfatados, e também deoxido de titânio hidratado e consideradocomo satélite do diamante; doença queataca os olhos dos galináceos; 20 — subs-tância orgânica formada pela combinaçãode 16 átomos do carbônio, 34 de hidrogê-nio e um de oxigênio; 21 — aspirar turno decigarro; fumar; 22 — espécie de pendoto(olivina). 24 — espécie de quitute, deiguaria; 25 — nome dado a Adonis pelosdonos; 26 — animais porileros, demospôn-gios. ordem Keritosa. com o corpo des-provido de espiculas. esqueleto formadopor uma trama de fibras de espongma. ecuia forma é geralmente arredondada e o

tamanho grande (sâo as esponjas comer-ciais, de uso doméstico, e formas afins); 29— dança em que um dos cavalheiros nâotem par e. com um sinal convencionadotoma a dama de outro, que então o substi-tui, como o arara ou bobo, ás vezes caracte-rizado por um capuz e um bordão (pl.); 30

-— caranguejo marinho, de cor cinzentacom manchas avermelhadas e carapaçaoval; sinbaú.

VERTICAIS— 1 —duvidosa, incerta; 2 —gênero de peixes cujas barbatanas peitoraissáo bastante desenvolvidas ém forma deasas, dai serem também chamadas depelxe-voador; 3 — o coniunto das moldu-ras de uma construção, segundo o caráterdas ordens arquitetônicas; 4 — laje depedra com que se arremata a face superiorde um muro. para evitar o desmoronamen-to das pedras miúdas; 5 — pôr o til em; 6— aquele que no Malabar se emprega emcavar a terra, abrir poços, construir muros,etc, 7 — diz-se de plantas que têm umaestrutura especial, na qual domina o reforçodas paredes celulares e há, portanto, abun-dância de tecidos mecânicos, tendo, ainda,adaptações funcionais contra a falta deágua. razào pela qual resistem bem Ascarências de água disponível. 8 — naquela

terra; 9 — aquele que colabora na realiza-çâo de uma idéia. 13 — louco; 16 —canoeiro; 18 — vomitar; 21 — pêlos dealguns vegetais, que produzem comichào;doses de entorpecentes injetáveis comseringas, do uma vez; 23 — nome de umbastonete cartilaginoso ou fibroso que exis-te sob a língua dos animais; 25 — expan-sâo de certas sementes ou frutos. 27 —(are.) ele; nôs. 28 — quinto mès dosbabilônios, depois adotado pelos hebreus.Léxico* utilizados: Morais; Melhora-mantos,- Aurélio • Casanovas.

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS - bedal; japa; aforar, ceu;cinamomo; ulano; amba; latejar; oiacas;ra; etapa; interrogar; ofira; napa; silo;vasas

VERTICAIS — baculanos; afila; donato;araneifero, lamoja; acom, pe; aura; ro;maratona; bu; acer; sagas; varas., anfi;papa; iil: ra.

Correspondência para: Rua das Palmai-ras. 57 ap. 4 — Botafogo — CEP 22 270.

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HORÓSCOPO MAX KLIM

ÁRIES — 21/3 a 20/4Hoje o ariano conta com favorabilidade geral para suasatividades profissionais, com aspectos extremamentebenéficos para seus rendimentos regulares. Esseclima, motivado por um trânsito muito favorável deMarte, estará refletindo-se em toda esta quinta-feira,havendo apenas um certo descontrole pessoal quepode levá-lo a reações indesejadas e totalmente ines-peradas. Neutros aspectos para a familia, amor esaúde.

TOURO — 21/4 a 20/5

Com aspectos neutros para seu trabalho e para asatividades de rotina, o taurino ainda conta com algumainfluência positiva da Lua, que o faz sensível a opiniõesde colegas e superiores. Bom clima financeiro até ametade da tarde, quando essa indicação deve alterar-se. O clima de sua vivência entre parentes maispróximos estará muito bem motivado, com momentosde alegria e satisfação. Saúde neutra.

GÊMEOS — 21/5 a 20/6Dia marcado pela persistência de uma influência muitofavorável para o trato de questões relacionadas apublicidade, propaganda e o trato ou convencimentopúblico. Clima de possibilidade de promoção de políti-cos ou entidades de caráter político. Destaque parasua capacidade de iniciativa criadora. Na mesmaintensidade em que sâo boas as indicações para afamília, persiste o clima negativo para o amor Saúdedebilitada.

CÂNCER — 21/6 o 21/7

Momento de excelente disposição astrológica para ocancenano. que estará atravessando um posiciona-mento que o faz merecedor de toda a influênciapositiva da evolução diária do quadro zodiacal. Procureser arrojado, alegre e dominante em suas atitudes.Procure hoje resolver problemas pendentes, superan-do sua timidez e introspecçâo. Participação e bomentendimento íntimo. Saúde boa.

LEÃO — 22/7 a 22/8

Dia tranqüilo de indicações que nào apontam qualquersituação de maior desequilíbrio em seu mapa astroló-gico. Procure manter sua rotina, sem alterá-la emsubstância. Bom momento para pequenas viagens decaráter profissional. Evite multidões e manifestaçõesem grupo. Apoio e compreensão por parte de amigospróximos e parentes. Aceite conselhos. Tarde e noitefavoráveis ao amor. Saúde regular.

VIRGEM — 23/8 a 22/9

Esta quinta-feira se destaca, para o virginiano. por umposicionamento incomumente favorável em todo oseu comportamento. Romantismo e ternura. Para suavida profissional e financeira persistem as previsõesde um momento positivo, sem excessos e atribula-ções. Procure ter cautela com as condições de suasaúde, que hoje se alteram negativamente.

LIBRA — 23/9 a 22/10

Todas as indicações do dia astrológico do librianoestarão refletindo hoje um clima de favorabilidade epositivos resultados no que se relacione com o comer-cio, indústria de bens de consumo e negociações decaráter mercantil, profissionalmente realizada ou nào.Aspectos neutros para suas finanças e para o tratopessoal. Demonstrações de apoio e entendimentodoméstico. Saúde em período de grande vitalidade.

ESCORPIÃO — 23/10 a 21/11

Marte, com uma passagem bastante favorável por seudomicílio zodiacal. lhe traz um clima excepcionalmentebem disposto nos negócios que se relacionem ametais, objetos de ferro ou moldados a fogo eintervenções cirúrgicas. Profissionalmente os militaresvivem um dia de grande positividade. Gratos aconteci-mentos que envolverão parentes mais próximos. Ter-nura e encanto no amor. Saúde boa.

SAGITÁRIO — 22/11 a 21/12

Hoje o sagitariano deve procurar um comportamentode maior aproximação com seus colegas de trabalhoou de subornados dos quais dependa em sua rotina deserviço, procurando assim alterar um clima de certadesconfiança que o afeta no seu dia-a-dia. Um aconte-cimento inesperado deverá concentrar suas atençõese liga-lo a fato doméstico de certa importância. Amorem dia neutro e saúde muito boa

CAPRICÓRNIO — 22/12 o 20/1

Contando com a positividade que marca a sua semanapara atividades ligados a governos, o capricornianoterá nesta quinta-feira uma boa possibilidade de enten-dimento com pessoa de importância, responsável pordecisão que o afeta. Trato pessoal fundamentado emtermos propícios a novas amizades. Nesse quadro sàopositivas as indicações para a vida doméstica e. aocontrário, frágeis as que dizerp respeito ao amor esaúde.

AQUÁRIO — 21/1 a 19/2

O aquanano hoje poderá contar com um aspectofavorável no encaminhamento de seus assuntos pro-fissionais. Sào muito boas as posições que dizemrespeito a trabalhos manuais, artesanato, pintura eescultura. Vivência pessoal carente de maiores apoio ecompreensão. É bem frágil a disposição que rege a suavida amorosa. Evite envolvimentos que possam tornar-se danosos futuramente. Saúde debilitada.

PEIXES — 20/2 o 20/3

Nào atravessando aspectos muito positivos para otrato financeiro, o piscianò deve hoje evitar a conces-sâo de avais e fianças ou de favores que impliquemresponsabilidade, ainda que se trate de atividadeprofissional. Clima favorável ao trabalho de rotina e aotrato pessoal. Você poderá ter uma agradável surpresaem relação a assunto intimo. Clima altamente positivopara sua saúde.

JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82 CADERNO B — 9

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lff'1 »£'i&l'ffili '°Jas)< pode-se consertar ~~.~~-.~~~II! Ir?*^' 'tll I com ^acdidade a válvula de ^

ECONOMIZEOS GASTOS COMBOMBEIRO, FAÇAVOCÊ MESMOOS CONSERTOS

AS FRÁGEIS ACEAS

COM

uma chave de pa-rafuso, uma chave in-glesa, uma faca de cozi-nha, ou um canivete

você pode colocar ou trocar to-madas de ferro, tomadas de pi-no, substituir o pistão da tornei-ra (a famosa carrapeta) e atéconsertar a válvula de descarga.E deixar para chamar o bombei-ro ou eletricista em outra oca-sião.

Quando a passadeira, queveio por um dia — e tem aquelapilha de roupa para passar —vier avisar com ar desolado que"o ferro não quer esquentar" evocê logo verifica que o defeito éna tomada, não há por que seabalar. Uma tomada nova, quese deve ter sempre de reserva emcasa, uma faca de cozinha e umpouquinho de paciência é tudo oque você precisa para em 10minutos ter o problema resol-vido.

Um bom começo é cortar lo-go as pontas do fio onde você vaicolocar a tomada nova, isolandoa velha. O passo seguinte consis-te em abrir a tomada nova, sol-tando os grampos (se for degrampo) ou o parafuso que pren-de as duas metades, e desaper-tar os parafusos dos pinos pre-parando-os para receber os fiosnovos. Uma recomendação im-portante é não se esquecer deintroduzir no cordão a parte datomada formada por uma molaespiral que irá proteger a entra-da do fio na tomada.

Com a faca, desencapar aponta do fio retirando a prote-ção de algodão ou de asbesto edescascar o fio tirando dois cen-tímetros do isolamento das suaspontas que devem ser fixadasnos pinos das tomadas, aparafu-sando-as. A operação terminacom a colocação dos pinos nosencaixes, o ajustamento da mo-la espiral na ponta superior datomada e a junção das suas duasmetades por meio de pinos ou deparafusos.

Se a enceradeira, o liquidifi-cador, a batedeira ou até mesmoo aspirador de pó não dão nemsinal de vida, antes de levá-losao representante, verifique a to-mada. Porque a troca de umatomada de pino é ainda maissimples do que a de ferro. Tam-bém um bom começo é cortarrente a ponta do fio junto àtomada velha. Depois, abrir atomada nova, soltando os para-fusos que prendem as suas par-tes e desapertar os pinos. A mes-ma faca pode servir para desen-capar dois centímetros de cadafio, fixando suas pontas nos pi-nos da tomada e apertando coma chave de fenda. E sempre bomdar um nó de segurança nos fiosantes de colocar os pinos nascaixas que são depois ajustadascom um parafuso. E o problemaestá resolvido.

Quando a torneira da cozi-nha começar com aquele pinga-pinga irritante — a experiênciajá lhe ensinou que é problema decarrapeta — a solução também é

fácil: armar-se de uma chave in-glesa e pôr máo à obra. Primei-ramente é preciso fechar o regis-tro da água que alimenta a tor-neira. Depois, abrir a torneiramantendo-a aberta, ajustar achave inglesa na parte sextava-da do castelo da torneira viran-do-a no sentido contrário ao dosponteiros do relógio. Aí é sósubstituir a carrapeta ou pistãoe recolocar o castelo de águagirando a parte sextavada nosentido do movimento dos pon-teiros do relógio. A operação secompleta quando você fecha atorneira e abre o registro.

E depois desta, já se podepensar em algo mais trabalhoso,como o conserto da válvula dadescarga. Uma chave inglesa eum "jogo de reparo", que consis-te num conjunto das pecinhasque você vai precisar e que podeser adquirido em qualquer lojade ferragens por preços que va-riam de Cr$ 100 a Cr$ 400, con-forme a marca da válvula, serãoindispensáveis.

Com o registro geral da águafechado, pressione o botão daválvula até que ela se esvazieinteiramente, e comece o conser-to por desatarraxar a rosca queprende a canopla (aquela peçaexterna, bojuda, que arremata aválvula). Com a retirada da ca-nopla, você se depara com umatampa presa por quatro parafu-sos que deve ser removida parachegar ao interior da válvula,onde há um pistão ou emboloque deve ser removido para fa-zer a troca do couro. Com umaferramenta de fixaçáo (o idealseria um torno, mas dificilmentese dispõe de um em casa), imobi-Uze a parte inferior do embolo,para com uma chave inglesadeslocar a parte superior, retirara borracha e o couro já gastos esubstituí-los por novos. Depois,coloque o embolo na válvula eesta parte do conserto estaráterminada.

Agora é a vez de soltar obotão externo (aquele que vocêpressiona para fazer funcionar aválvula), retirando a haste que oprende de fora para dentro. Faz-se então a substituição do anelde borracha que envolve a haste,mas antes de colocá-la no lugaré bom observar a gaxeta (anel decouro) que está localizada natampa da válvula e que quandoestá gasta pode provocar vaza-mento pelo botão (um defeitocomum neste tipo de válvula).

As instruções para a substi-tuição da gaxeta sáo as seguin-tes: primeiro, é preciso retirar aporca e a gaxeta, e depois colo-car a haste na tampa de dentropara fora; introduzir então a ga-xeta nova e atarraxar a porcapara comprimi-la. Depois, é sócolocar a mola observando a po-siçáo e atarraxar o botão.

Por último, substituir a juntade vedação que fica entre o cor-po da válvula e a tampa, apara-fusando-a e a válvula estará con-seriada. Mas o teste final só po-dera ser feito com abertura doregistro que foi fechado.

'T0^ SAIBA COMO CUIDARDE SEUS FILODENDROSANTÚRIOS E JIBÓIAS

Beatriz Bomfim

As folhas dos fllodendros «levemser pulverizadas e limpas comesponja úmida

3

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Resistenteàs pragase doençasos pés-de-galinha sãoideais paraapartamen-tos

ANTURIOS,

tinhoròes. costelas-de-adâo, fllodendros, jibóias. Da grandefamília das arâceas. sâo plantas resis-tentes â pouca luminosidade e às pra-gas, ricas em recortes e cores, podendoser culüvadas no interior de apartamentos e. atémesmo, desenvolvidas para formar divisórias, en-

cher uma janela ou esconder uma grade.Originárias das florestas tropicais, as arâceasdesenvolvem-se multo bem do Inicio da primaveraao flm do verão . multlpllcando-se através deestacas, toucetras, mergulnlas ou divisão de mu-das com faculdade. Desde que recebam solo apro-priado. regas freqüentes mas bem dosadas, empequenas quantidades, ao invés de copiosas ouesparsas.

Os pequenos segredos de como cultivar emcasa as arâceas estão em novo livro da paisagistaCecília Beatriz Pluntas para Dentro de Casa.lançamento da Ediouro.Neste meu segundo livro, diz em meio afllodendros, anturios, costelas-de-adào e outrasplantas nào pertencentes às arâceas, ensino comotratar e fazer multiplicar as muitas esDècies conhe-cidas no Brasil, apropriadas para Interiores.

Essencialmente tropicais, as arâceas necessi-tam. em sua grande maioria, de terra permeável,rica em matéria orgânica. Precisam de calor eágua, porém, sem excesso. Algumas espécies sâode sol, outras de sombra ou sol peneirado.Desenvolvem-se multo bem nesta época,sáo resistentes às pragas e doenças desde querecebam tratamento adequado e o solo indicadodeve ser composto por adubo orgânico, areia lava-da de rio (própria pura construção), terra vegetal eterra comum.

Nos vasos, a terra deve ser escariflcada. ouseja, revolvida, sempre que se apresentar endureci-da Quando o nível da terra baixar, deve sercompletado com a quantidade necessária da mis-tura característica das âraceas. Cecillas Beatrizcita algumas iegras básicas para que estas plantascresçam sadias:

- O encharcamento — excesso de água —pode ser prejudicial, causando o apodrecimentodas raízes. A rega e normalmente feita por cima dovaso. podendo-se, no entanto, manté-lo sobre umprato cheio dágua, o que proporciona a absorçãode baixo para cima. Para evitar as pragas, deve-seenriquecer a terra com adubo, limpar as folhascom água e sabão neutro, usar inseticidas e fungi-cidas de acordo com cada espécie. Os produtos sáoencontrados em lojas especializadas, com as res-pectlvas indicações para a sua correta utilização.OS ANTÚRIOS Planta nativa do continenteamericano, principalmente da Colômbia e Brasil, oAnthurium ou Antürto significa "flor de cauda".Pela classificação cientifica ha mais de 500 espé-cies diferentes. Sào de regiõen tropicais e subtropl-cais. podem ser de folhagem ou de flor, ou aindaselvagens.

Sâo exigentes quanto a terra e, para suavitalidade, e importante a manutenção do seutronco em baixa altura. Os troncos altos dificul-tam o fluxo da seiva entre as raízes e as folhas e.com isto. a planta entra em decadência, diminuin-do o numero de suas folhas até morrer, por esgota-mento. A terra deve ser mantida fofa e permeável.Os anturios gostam de locais levemente som-breados (os raios de sol queimam as folhas e Qoresie as regas devem ser freqüentes mas nâo excessi-vas, diminuindo no inverno e aumentando consi-deravelmente nos dias de calor intenso. Multipli-cam-se por mudas, estaquias ou sementes.OS FILODENDROS O nome científico ePhilodendron (o que significa amigo da árvore) eexistem mais de 300 espécies com diferentes for-mas e texturas, bem como diversas tonalidades deverde. Podem ser encontrados à beira-mar. empedreiras ou nas matas, presos às árvores.

Ideais para cultivo em casa, segundo a paisa-gista. exigem para o vaso duas partes de terra,duas de areia lavada do rio, très de húmus e meiaparte de estrumes. Algumas espécies vivem empleno sol, outras preferem sol peneirado e locaissombrios. Além da rega adequada, as folhas devem

ser mantidas livres do pó que as impede de res-pirar.

Alguns cuidados básicos são apontados porCecília Beatriz. Como o reenvasamento a cada doisanos ou antes, caso necessário, sempre no inicio daprimavera; a multiplicaçào por divisão de toucei-ras. mergulhia ou estacas, de setembro a março e aproteção contra as pragas.

Entre as multas espécies há a Palmito, nativado Ceilào e Indochina, que exige terra rica 'emhúmus e terra vegetal e luz Intensa, sem a lncldèn-cia direta do sol do meio-dia. Multo resistente apragas e doenças, multiplica-se pelo corte dos seuscaules, tem folhas recortadas e grandes.TINHORÕES E JIBÓIAS - Os Cala-dium ou tinhorôes tèm características bastantepróprias: suas folhas váo desde o branco aos maisvariados tons de rosa e verde e, planta tuberçsa,perde as folhas durante o inverno, para tomar abrotar a partir de setembro, início da primavera.Deve-se guardar os bulbos ou deixâla no vaso semregar, para que nâo apodreçam, até a nova flo-raçáo.

— Os tinhorôes exigem boa luminosidade —acentua Cecília Beatriz — mas náo toleram osralos diretos do sol, que podem queimar suasfolhas. Precisam de terra comum misturada àvegetal, com um pouco de turfa e areia lavada derio e as regas devem ser intensas na primavera everão, diminuindo depois, à medida que as folhasforem desaparecendo.

Jâ as Jibóias ou Scindapsus são bastante polpu-lares e encontradas em quase todas as casas. Náosào exigentes, embora fiquem mais exuberantesern terra adubada e vivem também em potes comágua. Resistem à pouca luz. desenvolvem-se me-lhor nos meses quentes e devem ser reenvasadas acada dois anos. Caem em vasos ou sobem pelasparedes, formando divisórias e escondendo grades.CAFÉ DE SALÃO E OUTRAS RE-SISTENTES — O nome vulgar da Aglaonemasurgiu em razào das sementes vermelhas seme-lhantes a grãos de café. E a origem é das Filipinas.Malásia, Java e Ceilào. Com algumas variedades,gosta dos locais sombrios e necessita de luz difusa.As regas devem ser intensas nos dias de forte calore regulares e o reenvasamento feito a cada doisanos.

É uma planta que, se forem dadas condi-çóes adequadas quanto à terra, luz e água e suasfolhas mantidas limpas, sem poeira, dificilmente setornara vulnerável a pragas e doenças. Tem tam-bém o nome de cafê-de-apartamento e é muitoapropriada para cultivo em casa, como o próprionome popular indica.

Mas Cecília Beatriz escreveu ainda sobre osComigo-Ninguém-Pode, advertindo que nào de-vem ser deixados ao alcance das crianças e anl-mais. pois, se levadas à boca, provocam envenena-mento grave. Conhecido em virtude da crença deque afasta mau-olhado, é encontrado em locaismais diversos, dada a sua resistência.A enorme resistência desta planta prote-ge-a contra a falta de cuidados ocasionais taiscomo pouca luz, mã alimentação e falta de rega.Mas exibe boa drenagem, meia-sombra e regasmais intensas durante os dias quentes de veráo.

Um canto de sala ou varanda pode ser bemvalorizado com um vaso de Monstera ou Costelade Adão ou, ainda, Banana-do Brejo e Sete-Facadas, nomes populares. Possui um aroma se-melhante ao do abacaxi, gosta de ambiente llumi-nado. atrofia-se em ambientes sombrios.Estas plantas sào todas bem conhecidas,excetuando-se os tajás ou tambâ-tajás que, comoos tinhorôes. nunca desaparecem no Norte, masperdem suas folhas no Rio.

As tajás, que deram nome a sua loja na Barrada Tijuca (Olegârio Maciel, 494), local para venda avarejo das plantas trazidas de Areai e escritóriopara receber os clientes para os quais desenvolveprojetos, tèm lendas que, passadas para o papel,acompanham os folhetos explicativos doscuidados a serem dispensados em casa para o seucultivo.

Sào as menos conhecidas da grande faml-lia das arâceas. Necessitam de unidade, de regasportanto intensas e oferecem muita resistência àspragas.

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10 — CADERNO B

CONSUMOquinta-feira. 7/1/82 D JORNAL DO BRASIL

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O PREÇO DO ALHO SUBIU500% EM UM ANO

NO

dia 8 de Janeiro de 1981, a Bolsade Alimentos, publicada semanal-mente pelo JORNAL DO BRASIL,acusava, em relaçáo ao alho, o preço

mínimo de Cr$ 16,80. Um ano depois, o alho náoé adquirido por menos de Cr$ 102. O aumento,da ordem de 507,1%, foi o maior de todos osprodutos pesquisados.

Na mesma área do alho — hortigranjeiros —foram majorados os preços do quiabo, de Cr$ 18para Cr$ 60 (+ 223,3%), da cebola, de Cr$ 15 paraCr$ 49 ( + 226,7%), da cenoura, de Cr$ 38 paraCr$ 94 (+147,4%), do pepino, de Cr$ 18 para Cr$

43 (+138,9%) e da beterraba, de Cr$ 40 para Cr$85 ( + 112,5%).

Entre as frutas, o lider em altas é o limão,cujo preço subiu de Cr$ 15 para Cr$ 85(+466,7%).

Entre os náo perecíveis (latarias, massas,condimentos, produtos de limpeza, alimenta-çáo infantil e perfumaria), os maiores acresci-mos foram verificados nos preços do cremedental Kolynos, de Cr$ 19,60 para Cr$ 64(+ 226,5%), do leite de coco Serigy, de Cr$ 29,90para Cr$ 90 (+ 201%), da sardinha Beira Alta, deCr$ 17,90 para Cr$ 53 ( + 196,1%), das massas

Adria, de Cr$ 33,25 para Cr$ 82,30 (i 147,5%), dosabão em pó Orno, de Cr$ 54,50 para Cr$ 130(+138,5%), do Vim Clorex, de Cr$ 19,50 para Cr$46 (+135,9%), da Malzena, de Cr$ 23,70 para Cr$52 ( + 119,4%) e do leite condensado Moça, deCr$ 45,50 para Cr$ 99 ( + 117,6%).

Baixaram os preços da alface, de Crt 28para Crt 20 (-28,6%), do feijáo-preto, de Crt 75para Crt 65 (-13,3%). Os preços mínimos daalface, e do feijão, sáo preços de oferta, abaixodo custo real dos produtos. O feijão, devido àsua superprodução em 1981, teve seu custobastante diminuído no decorrer do ano.

DISCO

ZonaNorte

ZonaSul

LATICÍNIOS

BANHA

ZonaNorTe

ZonaSul

SENDAS

ZonaNorte

ZonaSul

PEG-PAG

ZonaNorte

ZonaSul

Boulevard

ZonaNorte

Carrefour

Barra daTijuco

Freeway

Barra daTijuca

Margarina Doriana 250gIogurte Danone d frutalog Chambourcy d frutaCatupiry — 440gLeite L. Vida ParmalatSemi desnat

55,0039,0025,50

325,0055,00

49,0029,5029,50

310,5055,00

55,0035,0025,50

308,9055,00

59,9050,7030,60

310,0055,00

55,0040,5025,50

299,0055,00

55,0045,5029,50

299,0053,00

SALGADOS

57,20

47,30312,0055,00

59,20 55,00 53,0047,30 42,00 39,20 41,0033,00 29,50 27,50 41 00

325,00 276,00 287,50 —55,00 48,00 _

Carne-Seca TraseiroToucinho PaulistaLingüiça FinaLombo Salgado

398,00125,00415,00300,00

375,Q01 28,00413,00298,00

288,00164,00416,00330,00

394,001 70,00320,00305,00

372,001 74,00384,00348,00

372,00164,00286,00338,00

HORTIGRANJEIROS

193,00430,00340,00

460,00200,00460,00350,00

410,00128,00397,00300,00

515,00190,00440,00430,00

488,00182,00

410,00

OvosMarco

AifaceTomateCenouraAbóboraAbobrinha,QuiaboBeterrabaBeringelaPepinoPimentãoVagemCebolaAlho — 200gBatata-inglêsaMarca

tipo grande 94,00i. Criitòvòo

20,0045,0098,0020,0048.0098,0088,00

48,00145,00

53,00102,0040,00

Eicovoda

91,00Cami

30,0040,0095,0015,0045,0095,0085,0042,0045,00

140,0045,0050,00

104,0040,00

HST

' 94,00Cami

60,0050,00

120,0030,0060,0080,00

110,0050,0060,00

190,0060,0055,00

1 1 2,0056,00

HBT

94,00Comi

35,0048,00

108,0026,0057,00

105,0088,0048,0045,00

185,0057,0058,00

118,0045,00Itpocial

95,00Cac

35,0049,00

135,0023,0055,0098,00

113,0048,0050,00

187,0063,0055,00

168,0055,00bpaclal

101,00Comi

56,0044,0094,0020,0045,00

103,0098,0028,0046,00

168,0042,0055,00

168,0057,00

HBT

FRUTAS

89,00Coc/potpo

55,0054,00

150,00

70,00

105,0030,0070,00

100,0059,0050,00

306,6645,50

HBT

93,00Ha

49,0052,00

1 28,0035,0060,00

115,0098,0045,0070,00

195,00115,0049,00

280,0092,00

HBT

94,00Sta Átomo

32,0048,00

1 20,0020,0045,0068,0085,0049,0048,00

148,0052,0053,00

144,0050,00

HBT

92,40Sogoma

42,0074,00

154,00

37,0060,0092,0057,0062,00

169,0060,0055,00

160,0051,20

Cac bolinha

95,00No

40,0048,0098,00

45,00120,0085,00

43,00160,0080,0055,00

180,0072,00

HBT/.«tra

LimãoAbacaxiMamãoTipo

Uva rosada

148,0084,0095,00

Amaxonat

110,00

148,0084,0095,00

Amatonot110,00

85,0085,00

110,00 108,00

90,0085,0080,00

140,0086,0088,00

Howoi

115,00

180,0085,0098,00

Howai

68,00

200,0085,0085,00

130,00CEREAIS

165,00 148,00 120,0085,00 80,00 90,0082,00 78,00 122,00

Howol Amazônia Howai

125,00 100,00 125,00

100,0085,00

104,00Howol

140,00

ArrozMarca

Feijão PretoMarca

Fubá de Milho GranfinoFarinha Tipity

68,00 53,00Sul Ana Mario

80,00Ditco

52,50 52,5072,00

95,00Coparroz

98,00Bola 7

53,5069,00

75,00Americano

84,00Bola 7

53,5069,00

68,00tom Prato

98,00Noguinho

53,00

89,00«•guindo

73,00Polida

53,0069,00

MASSAS

76,00Galpão

75,00Plrop*

55,9077,80

82,00Z_M.lt*

79,00Ap.ab.nKa

57,9085,00

55,00Ana Maria

52,5066,00

88,00Copam»

65,00Popular

44,00

70,00Frooway

79,00

57,0062,50

Massas Adria-ovos 500gMassinhas Aldente PiraquèWafer Tostines

93,8056,2070,20

95,2024,7065,00

95,2058,9067,30

86,6025,9067,60

98,0058,9067,30

86,6025,9067,20

CAFÉ E ALIMENTAÇÃO INFANTIL

86,6024,2070,20

82,30

69,80

83,3022,8065,00 52,20

83,0019,5052,20

Café Pele Solúvel lOOgCr. Arroz ColomboSukrispis Kellogg'sGeléia de Mocotó ImbasaNescau 500gMaizena-500g

19,60

62,40159,0073,50

150,3019,6096,8062,40

149,0069,00

172,3020,50

108,9057,20

146,0062,00

172,3020,40

116,2063,40

153,1062,40

LATARIA

167,0020,90

57,20153,0062,00

167,0020,90

123,8057,20

153,0071,00

166,6017,9096,7062,90

139,9060,50

166,6019,50

101,80

145,0061,70

143,0018,1083,9059,90

149,0065,40

16,5071,6055,00

123,0052,00

166,0020,0065,2058,00

123,90

Azeite Beira Alta — 500 mlÓleo de SojaMarca

Erv. e Cen. JuremaSardinha Beira Alta peq.Salsicha Swift Viena 180gPresuntada BordonPurê de Tomate PeixeGoiabada Cascão CicaLeite Condensado MoçaCreme de Leite Nestlé

295,0098,00

Soya

83,5056,5077,90

73,50172,00

'115,00

127,20

290,0088,00

Tupi74,3056,5071,00

115,0074,20

172,00115,001 26,00

275,6098,00

Zillo

69,2053,2068,40

121,30

173,00115,00121,70

285,2098,00

Zillo

69,20

73,60121,30

175,00115,00127,80

305,0098,00

Soya

69,2053,2068,40

72,00175,00115,00

285,0098,00

Soya

69,2053,2073,60

72,00175,00115,00127,80

SUCOS E BEBIDAS

84,50Soya

63,5060,7073,50

1 70,7099,00

107,30

399,7099,00

59,6062,7065,00

11 5,0063,60

180,9099,00

127,50

295,0097,00

TupA

58,40

73,5098,10

153,70108,00112,00

100,40Sublimo

51,00

69,30

69,00

102,7097,20

94,00Olmo

51,0053,0062,00

116,0081,00

138,0099,0099,00

Suco de Abacaxi MaguarySuco de Uva SuperbomCoca Cola (litro)Cerveja Brohma Chopp

72,00121,9058,0070,00

81,00120,9059,0070,00

64,90 —

59,8072,00

114,9060,0072,00

121,9059,8069,80

88,90

43,0069,80

103,60

59,0079,00

105,20115,9059,0069,00

OUTROS

82,20113,3055,0061,30

97,7075,0057,0065,00

75,0057,00

Leite de Coco SerigyVinagre Vinho JuremaMaion. Hellmann's - limãoMostarda Hemmer

102,4089,50

107,00

102,4089,50

93,1068,00

99,00

118,7071,50

99,00

110,0072,00

99,0075,20

109,20

90,0075,20

109,20

LIMPEZA E HIGIENE

77,508T70,50

83,1011 5,4072,50

95,1077,0095,7058,70

74,1090,0056,20

64,8091,00

Detergente MinervaVim Clorex - 300 gSabão pó Orno - 600 gPapel Hig Scott

54,5054,00

163,0068,40

54,5051,00

163,0068,40

62,5053,30

163,0063,40

69,0053,30

163,0063,40

53,30163,00

69,0053,30

163,0063,40

BELEZA

52,70162,50

68,0058,50

162,3066,40

54,5050,20

159,0061,00

49,00

130,00

57,0046,00

130,0052,00

Xampu Seda - 100Cr Dental KolynosDesodorante MistralSabonete Lux-Luxo

Total

103,0072,0085,0034,90

98,0069,0070,0030,90

5.785,90 6.689,80-B prod

no total do

560,00

-0 prodno totol do

o

99,3073,3076,2035,70

99,3076,2076,2035,70

6.532,60 6.475,10-3 prad.

no total d»

203,40

-5 prolno total do

324,30

97,0073,3071,7035,70

150,0076,2076,2020,90

6.287,60 5.585,30

no total do

545,10

-3 prodno tarai do

229,30

139,5085,50

35,50

140,1087,5087,9041,20

5.649,06 7.445,70-13 prod

no lotai da

1.250,80no total d*164,50

89,5064,0064,0031,00

5.948,60-3 prod

no total do

181,60

29,70

5.332,40-17 prod

no total do1.371,10

66,00

35,00

5.088,1013 prod

no total d*1.415,00

J MUre

CartasServiços

Em meados de 1980 foi anuncia-da, pela imprensa, a criaçáo de leisespecíficas voltadas para a defesados direitos do consumidor.

Soubemos que o anteprojeto Jáestá praticamente pronto para serenviado ao Congresso. Haverá, porcerto, ainda muita discussão e de-bate até que se chegue a um con-senso.

O referido anteprojeto regula asrelações entre o comércio e os con-sumidores, responsabilizando os fa-bricantes pelos defeitos apresenta-dos nos produtos.

Parece, no entanto, que o PoderExecutivo náo deu a devida impor-tância às relações do consumidorcom as oficinas, ou seja, com asfirmas de assistência técnica e comos profissionais autônomos.

Acreditamos, a rigor, que sejaexatamente no setor de prestaçãode serviços onde se constatam mais"abusos, onde o consumidor é maissacrificado e menos protegido pelalei.

Recentemente, o missivista foivítima da ganância de um desses"comerciantes".

Tendo, no início do mês de no-vembro, o nosso flash apresentadodefeito, levamos o aparelho paraconserto numa firma de assistênciatécnica situada no Largo de SáoFrancisco, 28, supostamente ldô-nea: Consermaf Ltda. O orçamentopara o conserto do Flash foi de Cr$980.

Nào autorizamos, na hora, o con-serto do referido aparelho. Quandofomos fazê-lo, porém, uns 15 diasapós, alegou a firma em questãoque havia necessidade de se fazerum outro orçamento.

Pasmem. O preço do consertopassou de CrS 980 para CrS 1 mil480, num intervalo de 15 dias, de-vendo ser ressaltado, ainda, queseriam trocadas as mesmas peçasprevistas no primeiro orçamento,ou seja, seria executado o mesmís-simo serviço.

A rigor, um acréscimo no preçona ordem de 50%, num interregnode 15 dias.

Segundo o "comerciante" náohavia possibilidade de qualquer re-dução no preço. Alegou que houveum considerável aumento no preçodas peças e na mào-de-obra, a par-tir do dia Io de novembro, e que, emsendo a mercadoria Importada, so-fria a influência do aumento dodólar.

Contra-argumentamos no senti-do de que, por ocasião do primeiroorçamento, é presumível que os cál-culos tenham sido feitos com basenos valores atualizados e que o dó-lar nào havia subido tão astronomi-camente, em tào curto espaço detempo.

O "comerciante", sentindo quenós estávamos inconformados, lan-çou um definitivo e decisivo argu-mento: "É supérfluo." SérgioWainstock — Rio de Janeiro.

ÁguaNos últimos dois anos o abaste-

cimento de água na minha casa,Rua Tupiniquins, 192, Sâo Francis-co, Niterói, vem minguando de ma-neira impressionante. Agora, defl-nltivamente, não chega mais nada.Alguns amigos que trabalham naCedae Já pediram providências enem assim a coisa se resolveu. Enào é por falta de pagamento, poisas cópias xerográfleas anexas com-provam que nenhuma cota deixoude ser paga, muito menos os prazosforam vencidos. Resultado: a cada15 dias uma nova pipa dágua, quecusta, hoje, Cr$ 2 mil 500. E agora?Será que vai continuar tudo namesma?Sérgio T. Armando — Nite-rói (RJ).

CarteiaTomei conhecimento da carta

enviada pelo leitor Sérgio Luiz Me-lo Gonçalves, publicada sob o titu-lo Pernoites no Caderno B de10/12/81. .

Gostaria de lembrar ao citadoleitor que a cobrança da carteiasemestral foi amplamente explica-da pelo Camping Club do Brasilantes de sua introdução. Essa co-branca compulsória foi devida àdrástica redução de pernoites doscampistas, em virtude dos brutaisaumentos no preço da gasolina, re-duzindo-se conseqüentemente a re-ceita do CCB e ficando dificultado opagamento de suas despesas, entreas quais o pagamento do salário'dos funcionários que mantêm asáreas de acampamento em bom es-tado e, por conseguinte, tém o direi-to de receber os seus 13 saláriosanuais independentemente dagrande ou pequena visitação aoscampings.

O Sr Gonçalves esqueceu-se deque qualquer clube do Rio de Ja-neiro cobra uma mensalidade paracobrir seus custos fixos e adminis-trativos. Esqueceu-se também deque o título que comprou em 1977tinha um valor, agora bem maior,em virtude dos investimentos que oCCB fez na aquisição de novasáreas. Portanto, o associado estátendo um lucro. Não será justo quehaja um pequeno investimento doassociado para Justificar esselucro?

Certamente o Sr Gonçalves fazquestão de que, quando for acam-par, os campings estejam em bomestado, com todos os equipamentosfuncionando. Mas se esquece deque, para que tudo esteja operando,é necessário manter-se uma equipede funcionários 385 dias ao ano:Isso onera o clube em um determi-nado montante, Independente dagrande ou pequena receita prove-niente dos pernoites.

Acredito que é do conhecimentoque os piques de pernoites ocorremapenas nas férias escolares e nosferiados longos, portanto em ape-nas um terço do ano. Será quepoderia sobreviver uma associaçãocom despesas o ano Inteiro e receitade expressão em apenas a terçaparte desse período?

Acredito que o Sr Gonçalves foibastante Infeliz ao manifestar suainsatisfação pela cobrança da car-tela semestral, pois ao fazê-lo apenas se preocupou com seus interes^ses, esquecendo-se dos interessesda comunidade da qual se propôs aparticipar, quando de sua solicita-çâo de inclusão no quadro de mem-bros do CCB.

Como entusiasta do camplsmo,sem a menor llgaçào com qualquermembro da diretoria do CCB, sugi:ro ao leitor que, em vez de reclamardo pagamento da carteia, use-a pesgando sua barraca e indo acamparem algum lugar, usufruindo das de-líclas da vida ao ar livre. Tenhocerteza de que o telefone 254-4824náo tocará multas vezes, pois amaioria dos campistas tem o sufi-ciente senso comunitário para en-tender que essa cobrança é em seubeneficio e, portanto, concorda comela. Leslie Mlnner — Niterói (RJ).

InsegurançaA firma Hlgya, quando nào sati£

feita com os empregados, procuraifazer "acordos" a lápis, obrigando^os a assinar. Se o empregado recu-sa, é agredido a socos e pontapéspelos "seguranças" da firma. Emfevereiro, isso aconteceu com metiirmáo, Sr Antônio Vieira, emprega;do da Hlgya naquela época, por tero mesmo se recusado a assinar ümdesses "acordos". Hoje, Já lá se váS10 meses, meu Irmáo está, na Justi-ça do Trabalho, esperando receberos míseros cruzeiros a que tem di-reito por lei. Nâo conseguiu quaj;quer testemunha, pois os que asslsr.tiram à cena se acham ameaçado^pelo ambiente de insegurança exifatente na Hlgya. A firma destina-se aserviços de limpeza e fica na RuaPrefeito Olímpio de Melo, em SáoCristóvâo.Arlette R. Ferrreira —Rio de Janeiro. 'u ~

Paradas «~MW»

A presente é um veemente apeloàs autoridades competentes no sen-tido de tomarem uma providênciaurgente e enérgica contra os abusosa que estáo sujeitos os usuários-dalinha 240, Cidade de Deus—Largode Sâo Francisco, da Viação Re-dentor. -.-•»»

Na Central do Brasil, Junto àentrada do Metrô, existe um pontode ônibus, com placa indicativa etudo. Não é respeitado pelos moto-ristas da referida linha. Os passa»geiros reclamam e eles respondemque só param onde querem e quequem determina os locais de para-da são eles. '¦-¦«'«

Dia 23 de novembro, às 7h30nt;dmotorista do ônibus 47 630, e dia 25^às 7h, o do ônibus 47 758, chegaramao requinte de desligar a campal-nha dos ônibus, para nâo seremincomodados pelos passageiros, esó foram parar na Praça Tiraden-tes, o que é simplesmente um abusointolerável.Maria Alice de SouzaSilva — Rio de Janeiro.

Emprego • ^Há exatamente seis meses sur-

giu, num dos jornais de Salvador,onde moro, uma oferta de empregopor correspondência. Eu me inte-ressel pelo anúncio, porque tenhoum tempo vago e gostaria de teroutro trabalho (já tenho um). —

O nome da firma é ENEC, umaeditora de livros situada em Curi-tiba. A pessoa que pretende se em-'pregar paga uma taxa de Cr$ 395 erecebe o material de instruções decomo atuar como empregado daempresa. Vale salientar que nas ins-truçóes se diz que se o elementonão gosta do trabalho, a ENEC de-volve a taxa paga pelo candidatoao emprego.

Como nâo me agradou, devolvi o-material e fiquei esperando o di-nheiro da taxa, que até hoje nâochegou, pois a ENEC quer me de-volver o dinheiro em livros e eu nâoquero.

Quero o dinheiro, como foi pro-metido.. Como o JORNAL DOBRASIL tem circulação nacional,gostaria de tornar público esse fato.E se esta carta for lida pelo diretorda ENEC, gostaria que ele autori-"zasse a devolução do meu dinheiro-.Dimas Paulo da Silva — Salvado^(BA).Ai cartas serão selecionada! para publi-cação no todo ou em parte entre ai que'tiverem assinatura, nome completo e legf-vel e endereço que permita eonfirmcrçd»prévia.

JORNAL DO BRASIL D quinta-feira, 7/1/82

SEGREDOS DA COZINHA DE MIL E UMA NOITESCADERNO B— H

Com tradição de 5 mll anos, a cozinhaárabe é uma das mais saborosas e bastantesofisticada. José Carlos Srour, dono do res-taurante Árabe do Leblon e responsável pe-los três chefs que ali trabalham, "nada passasem que eu dê meu toque", afirma que, aocontrario do que se pensa, a cozinha libanesa(diz náo existir a cozinha árabe, tudo seorigina da libanesa) é leve. Nào se usa gordu-ra que náo seja natural, as frituras sáo feitasem óleo de soja, náo existe prato nenhum

A ARTE DE PLANTARcom porco. A base é a carne de carneiro,muitos legumes. Pesados sáo os doces, amaioria feita à base de mel, gergelim e man-telga.

De todos, escolheu uma entrada, ham-mus, feito de grâo-de-bico; dos pratos, folhade uva e qulbe cru, acompanhados de umasalada, tabule, e um doce de sobremesa, oconhecido ataife, como os pratos de maiorsucesso entre os freqüentadores de seu res-taurante. Outros, como bucho de carneiro,

testículos de carneiro, sáo pedidos de pes-soas da terra, que já conhecem.Acompanhando esses pratos, o Arak, be-blda feita de uva mas com gosto de anis. Ocafé também é diferente. Um pó do própriocafé, cremoso, dispensa coador.Para alguns pratos, alguns Ingredientes,

tipicamente árabes, sáo necessários. Podemser encontrados em várias lojas da Rua Se-nhor dos Passos.

Para fazer as panquequlnhas,ferver o leite dissolvendo o fer-mento. Logo em seguida, aindano fogo, acrescentar a farinha detrigo. Passar tudo num coador.Deixar a massa, Jâ pronta, des-cansar 10 minutos. Colocar nofogo uma pedra de mármore,deixando esquentar bem. En-cher uma xícara de café de mas-sa, derramando sobre a pedra. Amassa ficará cheia de perfura-çóes. Com uma espátula, soltara panqueca, fazendo outras. Re-chear com nozes ou queijo, fe-chando cada panqueca como sefosse um pastel. O molho e opta-tlvo: calda de açúcar com águade rosas.

Ikg da patinho ou coxèo molecortado am pedaços1/2 cebola2 xícara» da trigo fino a lavado1 mola da hortaUsal a pimenta sida

Tempere bem a carne e passe-atrês vezes no moedor Juntamen-te com todos Ingredientes. Acame ficará pastosa e náo senotará o trigo. Molhar entáo asmàos numa tigela de água gela-da e tomar a amassar a camepara que esta fique macia e bemconsistente. Servir com camemolda refogada e temperadacom cebola e pimenta árabe.Acrescentar o senobar (pinhaencontrada em casas árabes) sequiser. Enfeitar o prato com ra-mos de hortelá e pedaços decebola crua e cebollnha.

Tabule(para 8 pessoas)

molho da saltacabolinhat verdesmaço da hortoli

48 tomate*xícaras da trigo fino

azeite, llmSo, «ai e pimentadoce2 cebolas grandes

Plcam-se todos os Ingredientesbem finos. Pór a cebola em águapara tirar a ardêncla. Preparar otrigo deixando-o de molho por10 minutos em água, e ao retira-lo, expremer bem para que fiquequase seco. Antes de servir, mis-turar tudo temperando com 11-máo, sal e azeite e se possívelcom um pedaço de smler (tipode pimenta árabe). Comer comfolhas de alface enrolando a sa-lada Já pronta. Enfeitar com ro-delas de tomate e llmáo.

1 ffiffP-f Ji rutos" em camadas na panela. iffimT§|refS|jBK , "i

Râ^f*T*+ã geUm' tdho socado, k»1 e Umiko. ' ;:: . " -> :^^*W. * /^.f

"^* ijiíj^ .> -'^ "*

TOrçKiP^ Servir com azcite' salsiníra pl- ^^WJ^MV^Í^I ^B&*'âV_ cada e Plmenta vermelha. ; "» ',:''.¦• "^*.'. \: ^'réÊ^L-- ^á^m^

TÉI .JÜI T\S m m. .______!___¦

LTammW.A.. ^/ÊS___W ¦" muM |gf ffP^9Pffi_I^B|rV"' ^V^T,': ¦ ¦-'&*—Wmmí^Jm**^^

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O jasmim-manga ou pluméria entra em janeiro em flor, juntocom outros jasmineiros que chegam para perfumar o bochorno

QUEM É QUEMENTRE OS JASMINS

Solano de Castro

COMO

todas as variedades daépoca Já estáo devidamentelançadas — o pré-veráo e o ve-ráo branco, o alto veráo e overanlco, o decurso de prazo e o veraneio— vamos entáo partir agora para celebrar

o bochorno, propõe Solano ao contem-plar mais um Janeiro da vida. O que vema ser Isso? Nâo se Iludam: é uma fatiafumacenta das tardes, sem nenhum real-ce new romantic, quando as camisasempapadas discutem, os ônibus beliscampessoas na sanfona das portas, os guar-das carnavalescos apitam dançando rum-ba com as máos e a inteligência cariocareflui para seu menor desempenho, dei-xando que as emoções explodam fácil-mente na luta vertebrada por um copodágua ou um táxi.-

O bochorno é o veráo só ele, semadjetivaçóes nem prefixos, mas com umbafo que penetra nas ranhuras do cérebroe mostra a realidade escaldante de umpaís tropical. Tecnicamente, seria a fasedo ano em que ocorre nas nossas latitu-des a maior concentração de umidade ecalor. Vivemos num clima literal de estu-fa, durante toda essa fase, e é sintomáticoque o coroamento dela seja o desregra-mento geral do carnaval, com todo mun-do se espremendo para contornar com-promissos e esquecer o sufoco.

Dizem que tudo na vida tem dois ladosou mais. E esse clima de estufa do bochor-no, se por um lado dificulta a evoluçãodos humanos, por outro conduz as plan-tas ao êxtase. Nunca como agora elas seacham táo belas, porque seu crescimentoativo, retomado desde a primavera, en---S0Di__3._água e luz com fartura nara wperfazer a contento e desencadear flora-çóes. Um exemplo concreto disso, no Rioe em seus arredores, é que os jardinsestáo repletos de jasmins variados — ver-dadeiros ou falsos — que contvibuem pa-ra dar ao bochorno uma suave comple-mentaçáo de perfumes.Por envolventes que sejam, os Jasminsnáo sáo jóias nem valores palpáveis, masé preciso falar em verdadeiros ou falsospara a gente conseguir entender-se nomeio deles. O nome, de fato, foi consagra-do pelo uso para designar uma infinidadede plantas que muitas vezes não tèmnenhum parentesco e cuja simples enu-meraçâo ao acaso poderia dar-nos umaseqüência poética. Mais ou menos assim:jasmim-anão, Jasmim-de-leite, jasmim-da-terra, jasmim-pipoca, Jasmim-laranja,jasmim-de-soldado, jasmim-vapor,jasmim-de-nuvens.

Bastava que uma planta tivesse umforte perfume, em principio, para que opovo a catalogasse como jasmim e aqualificasse segundo o impulso da horaou pelas características que mais salta-vam aos olhos. A sltuaçáo ficou táo confu-sa com o tempo que foi preciso estabele-cer uma estratégia botânica para saber

ao certo quem é quem nesse contextovegetal de fragrâncias. Alguns autorespassaram assim a chamar de Jasmineirosaos Jasmins de verdade, deixando paraplantas de outras famílias e gêneros osmuitos compostos de Jasmim com solda-do, leite, laranja ou nuvens.

Quase todos os jasmineiros entram emjaneiro florindo e é fácil distingui-los dosJasmins analógicos por três constataçõesmuito simples: eles sâo trepadeiras; tèmas flores bem miúdas agrupadas em ca-chos (ou, como especifica a botânica, emcimelras e panlculas); e seu perfume é emgeral mais Intenso que o das plantas defamílias estranhas que lhes tomaram po-pularmente o nome. A família dos jasmi-neiros é a das oleáceas. E o gênero pro-vém do persa Iasamln, fixado no latimJasminum que está no nome das espéciesmais comuns no Brasil, como o jasminei-ro-galego, Italiano ou dos poetas (Jasmi-num offlcinale) e o jasmineiro-espanhol(Jasminum ^randiflorum), ambos de fio-res brancas; o jasmineiro-bahiano (Jasmi-num azoricum), de flores branco-rosadas;e o Jasmineiro-chinès (Jasminum odora-tissimum), de flores amarelas.

Esses nomes populares sâo de usocomum, mas suas Indicações geográficastambém náo conferem 100% com a reali-dade das coisas. Provavelmente Indicamde onde as espécies foram trazidas, ou deonde se espalharam pelo país, e nâo asregiões de que elas sâo consideradas nati-vas. Difundidos aqui por portugueses eoutros imigrantes, desde os tempos colo-niais, tanto o jasmineiro-galego quanto oespanhol sâo originários da Ásia, enquan-to o Jasmineiro-bahiano, como indica olatim azoricum, foi primeiramente encon-trado na vegetação dos Açores.

Além dos jasmineiros oleáceos, o bo-ehõmò-dó verèo^sariosa-cr.eôiítrã^ináa ãtemperá-lo com perfumes distintos a exu-berante floração de duas outras plantasque, entre os falsos Jasmins, sâo os maisconhecidos e plantados agora: o jasmim-manga ou pluméria e o jasmim-do-caboou gardênia. Ambos estão em flor desdenovembro/dezembro e penetram peloAno Novo com força, destacando-se nosjardins do veraneio serrano e na privile-giada vegetação que se aninha pelas en-costas do Horto e do Jardim Botânico.

O jasmim-manga é um grande arbustode crescimento erecto que chega comu-mente a mais de 5 metros de altura eperde ao florescer uma boa parte dasfolhas. Há três espécies que estão se ma-nifestando, com flores brancas (Plumériaalba), vermelhas (Pluméria rubra) e pês-sego-rosadas (Pluméria lutea), semprediscretamente perfumadas. Já no jas-mim-do-cabo (Gardênia Jasminoides) operfume pode ser tâo intenso quanto odos jasmineiros legítimos, e há quem atéo ache ei\)oativo. O arbusto é esgalhado ebaixo, crescendo apenas uns 2 metros, esuas notáveis flores brancas, com 5 a 10centímetros de diâmetro quando abertas,têm bastante semelhança formal com asda camélia.

AZEVIM, NATURALMENTEOS OBJETOS E COMIDINHAS QUE ENCHEM OS OLHOSA idéia inicial era de

abrir uma loja com pro-dutos naturais. Desdeo básico para a alimen-

taçào—arroz, germe de trigo, fare-lo, sal, açúcar — até os potes coma geléla da vovó, os cosméticos, osmuitos tipos de infusões e mel.Mas a decoração foi ganhando es-paço e a Azevim, no Leblon, estácom suas paredes e mesas cheiasde objetos para casa.

O que caracteriza multo a.loja,aberta há um ano por Maria LúciaCaldas Vianna, é o perfume exala-do pelas flores secas, em arranjos,ou pelas naturais, em jarras e ter-rinas de cerâmica. Além dos qua-dros delicados com nomes ou mo-nogramas bordados em ponto decruz, as molduras antigas, os qua-dros com flores prensadas.

Flores de MauáAbrir uma loja náo estava nos

planos de Maria Lúcia que, ape-nas, procurava um trabalho. Do-na de casa, formada em Direitopela PUC, foi orientada em ali-mentaçáo natural por uma gran-de amiga de infância—Ana MariaPinheiro — e pensou, então, emcriar a Azevim.

— Estava querendo produzir,trabalhar. Hoje o que foi iniciadocomo um passatempo gostoso,transformou-se em trabalho en-volvente, cresceu demais. Já esta-mos pensando em abrir outra loja.E muito do nosso sucesso pode ser

creditado aos meus amigos, quetrabalham aqui, em equipe.Quem entra na Azevim sente,

logo, o cheiro das flores. Que, co-lhldas principalmente na regiãode Mauá, sào colocadas, quandosecas, em cestos de palha, exalan-do perfumes e odores diferentes.As outras, que complementam osarranjos, são compradas em Ml-nas ou Brasília.Os processos de secagemsáo diversos, adianta Maria Lúcia.Mas as flores sáo secadas sobretu-do em minha casa, em lugar apro-priado e protegido das chuvas,dependuradas. Ou então as tragopara a loja e, em jarras com ape-nas dols dedos de água, vâo se-cando com o tempo.

Vendidos em dois tamanhos —a Cr$ 1 mil 480 e Cr$ 3 mil 500 — osquadros com flores prensadas,muito delicados, têm composi-çôes de hortênsias, bouganvilles,samambaias, amores-perfeito,iblscos. A técnica usada por Arle-te, que os assina, faz com que nãopercam os tons originais.

Mas Maria Lúcia chama aatenção para um arranjo com flo-res secas, onde a macela está ln-cluída.

Podemos colher três ouquatro flores e as transformar eminfusão. Rendem uma xícara dechá digestivo e calmante. Emmaior quantidade, servem de ba-se para xampus e perfumes.

Dispostas na parede com mol-dura ou apenas amarradas, asgravuras Inglesas (Cr$ 4 mll 500 eCr$ 3 mll) têm grande saida. Dàoum toque especial na Azevim, quetem ainda uma grande variedadede objetos para decoração, cera-mica branca ou lisa em linhascontemporâneas ou copiadas demodelos antigos, porta-retratos emolduras, adornos para quartosinfantis. E muitas caixas de ma-deira pintada ou forradas de teci-dos, bichos e bonecos de fazenda,cabidelros pitandos ou em madel-ra crua (Cr$ 9 mil 800 e CrS 8 mil900).

Produtos naturaisLogo na entrada da loja há

prateleiras ocupadas por produ-tos naturais. Todos com a indica-çào de uso. Há grande variedadede mel, cada um rotulado segun-do a floração (de laranjeira, euca-lipto, alecrim, girassol, silvestre),cristalizados ou líquidos.— Mudam de cor, de paladare de aroma segundo a floração,explica Maria Lúcia, que tem pas-tas enormes com pesquisas sobreprodutos naturais. E o tempo pa-ra cristalização também varia.

Chás, há em quantidade. Empacotes de plástico, as ervas qua-se todas sáo de Mauá. Entre elasas de boldo, macela, alfazema, er-va cidreira, alecrim, erva-doce, eu-callpto, capim-limão, sete-

sangrias, aniz estrelado, além dosemagrecedores, compostos de vá-rias ervas. Assim como as tintu-ras, tém preços bastante razoa-veis.

Temos, além da arnlca, daquebra-pedra, do kókolos (bomdigestivo), da angostura (para có-licas em geral), do allium-sativum (ideal para a cura de gri-pes e resfriados), os óleos. Sâo detartaruga, coco, amêndoas doces,babosa, capaíba, andiroba, baleia.E também frascos de Vitamina E(Cr$ 400), ginseng, lecltina, geléiareal, kola, guaraná.'

Xampus de rena (que vem empó, em creme rinse ou liquida),para o tratamento de cabelos fra-cos e quebradlços, compõem asprateleiras de produtos naturais.Há as ervas como a juá, que cia-reia como a babosa sem ressecar,a mutamba para cabelos escurose a jaborandi para os de qualquertonalidade.Os sabonetes, diz MariaLúcia, sâo multo procurados. Te-mos quase todos: de mel, alça-trào, sulftiroso, de lama, pepino,sais mineiras, leite. E a linha deloções, máscaras e cremes da Der-matus. Adornados com fitas ourendas ou ainda crochè, os perfu-mes da Cia. da Terra ou da Aromada Amazônia vendem multo, as-sim como os incensos, velas perfu-madas e perfumes para aromati-zar ambientes.

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As floressecas, deMauá, ouos muitostipos demel eprodutosnaturaissãovendidosem cestasde palha

NOVIDADES

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A bicama Luxo custa CrS 26 mil 650 e pode ser uma solução para um

quarto ou sala com pouco espaço

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Poltrona oucama desolteiro, aDinamic éencontradano Rio-Sul ecusta CrS 26mil 650

Em estamparia floral o sofá com almofadões setransforma à noite em tricama, bicama, cama decasal ou em duas de solteiro

MÓVEIS PARA RECEBEROS AMIGOS DO VERÃOCOM

a temporada do veráochegam, em fins de semanaou mesmo em mais extensos

períodos de férias, os amigos e pa-rentes. Como acomodá-los? Paraquem nâo tem muito espaço ou nãopretende comprar móveis conven-cionais, há os adaptáveis, que setransformam rapidamente em ca-mas de casal ou de solteiro.

Solução prática, os móveisadaptáveis sâo encontrados em vá-rios tamanhos, atendem a diversasnecessidades. Podem ser compra-dos em unidades ou formar conjun-tos, ser colocados na sala de jantarou no quarto, conforme a escolhada padronagem.

Para quem exige um pouco maisde sofisticação foi criada, pela Du-rocrin, uma linha de poltronas, bi-camas e tricamas de design maisarrojado, com vários módulos, em

, .motivos gecsnéfcs4sès—ea—-rrofatsr-Mas se hâ certa preocupação com a Cr$ 15 mil 120

os danos que as visitas de verãopoderão causar, há modelos de es-tamparia mais colorida e miúda,capazes de resistir melhor à pula-çáo das crianças ou a um copo derefrigerante derramado.

Idealizada para campo ou praia,a linha da Durocrin tem arejamen-to suficiente graças à estrutura depoliuretano, evitando problemascom umidade e bolor. E pode serencontrada no Rio-Sul (lojas B-31 eB-31A), a preços que variam segun-do o design e o tamanho.

Uma tricama que se converte emsofá com almofadões, cama de ca-sal ou em duas de solteiro, estácustando Cr$ 28 mil 080; já a bica-ma Luxo sai por Cr$ 26 mil 650 e apoltrona Dinamic, que se transfor-ma em cama de solteiro — apro-priada para pequenos espaços —custa Cr$ 26 mil 650. Há ainda, empraniô^e-^e--:pevãs3r-s-í3iea{5ífi--Popr -

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SUGESTÕES AO ALCANCE DA MÃOSuzana Braga

A

menina cresceu, espichou,como se diz. Acha a mãe"uma careta" para escolhersuas roupas, quer brinque-dos eletrônicos, até maqui-

lagem. Mas na verdade nào passa dosoito ou 10 anos. Ao mesmo tempo quequer ser uma mulher, é também umamenina com idéias românticas que amãe poderá auxiliar ou estimular nadecoração do seu quarto.

Para começar, escolha os tons doquarto da garota. Composée, de prefe-réncia. Que tal o tradicional rosa e bran-co? Sempre ficará bem pura embalar ossonhos de uma futura mocinha, mesmoconjugados a brinquedos eletrônicos.

Compre um estrado, ripas corridas,daqueles que existem na Rua da Alfân-dega. e um colchão iduro para a boaforma da menina) nas mesmas propor-çôes. Compre o pano. ton sur ton, da suapreferência e arregace as mangas paracomeçar a trabalhar.

Compre também Eucatex ou com-pensado, na medida, para cobrir o estra-do. Verifique a largura e o comprimentodo estrado, va à serraria mais próxima,dé as medidas e peça para entregar asmadeiras em casa ja lixadas e cortadas.Essas peças servirão para cobrir as late-rals do estrado. Para isso. você precisaráde preguinhos de aço sem cabeça, colapara madeira e uma lixa média. Forretodo o estrado com n madeira, comouma moldura ate o chão.

A seguir, utilize o pano mais escuro,nas mesmas proporções, dando mais cln-co centímetros para virar nas bordas.Passe no estrado cola Polar ou Cascolar(qualquer cola plástica transparente, di-luida em ãgua). Vâ colando o pano de 20•r tra 20 cm (considerando ape-F.as a largu-

ra). Para arrematar, dobre-o para dentroda caixa fixada ao estrado. Cole tambéme reforce com taxas ou preguinhos de 5em 5 centímetros. Estará pronto umlindo estrado que poderá ou náo serplastificado. A própria cola tmpermeabl-Uza bastante.

Agora, para dar um requinte romântl-co e aconchegante, faça dois posterstambém de Eucatex ou de compensado,obedecendo a largura e ao comprimentoda cama. Vá pelo mesmo método, peça acarplntaria para entregar o material Jácortado e se possivel armado.

Forre os posters, colando espuma dedois centímetros. A seguir, forre-o nova-mente com algodáo cru, dessa vez do-brando as bordas para dentro. Por flm,coloque o tecido '.o mesmo da carnalcomo um terceiro forro e arremate, ten-do cuidado com os cantos e a virada namoldura. Execute os dois absolutamen-te Iguais. Um servirá como cabeceira(preso a buchas na paredel e o outroacompanhará o comprimento da cama,fazendo um ambiente aconchegante eaparentemente mais espaçoso. Faça osposters numa altura entre 80 e 90 centí-metros.

Para terminar a cama. mande fazerduas colchas (nâo esqueça que as menl-nas-moças ainda são desorganizadas).No mesmo tecido, o composée mais cia-ro. faça uma colcha para o diário quepoderá ser como um lençol com elásticoem toda a volta, e outra no mesmotecido em matelassê bem fiou que seconsegue colocando acrilon entre o panoe o forro.

Ainda faltam as almofadas, muitasem forma de coração, em crochè ourenda de bilro. redondas de organdl sul-ço com aplicações e quadradinhas comaplicações dos panos que forram a cama.Na cabeceira, detalhe Importante ê orolo (compra-se o de espuma compacta

do estrado, no tom mais~forte que acolcha.

Terminada a cama, o recanto dossonhos, vamos ver o que existe em casapara uma solução rápida e barata para oquarto da menina. Nào ponha fora aque-la mesinha redonda de pé Aninho que seblfurca em tres apoios, nem tampouco acadelrinha antiga que está um poucobamba.

A mesinha será forrada com os mes-mos panos da cama. Corte em viés re-dondo (godê ponche) duas toalhlnhas,uma 15 centímetros mais curta que aoutra. O tom mais forte ficará em cima eprocure encontrar um fllô feito a máo,daqueles que os amigos mandam doMercado Modelo da Bahia (bege bemclaro) e Jogue-o por baixo até o chão,fazendo pontas. Náo corte a peça quedesmancha.

Feita a mesinha de cabeceira, vamosenfeita-la com alguma coisa que existatambém em casa ou que seja fácil execu-tar. Algumas sugestões são as folhas art-nouveau de louça tférde. acompanhadasdo castiçal também de louça que imitauma rosa. Ele poderá ser adaptado parauma luminária simples de lâmpada apa-rente. Objetos de opallna, caixinhas de-corativas ou espelhos e porta-retratosantigos serão bem-vindos.

Normalmente, uma cama náo chega adois metros de comprimento, entãoaproveite o resto da parede para fazeruma estante branca entre 80 centíme-tros a um metro de largura. Subindo navertical até um metro e sessenta centi-metros. Ali serão colocados os brinque-dos eletrônicos, o relógio digital, a exten-sâo do telefone (se for o caso) e as boné-cas que ainda marcam a infância.

Na parede defronte à cama, caberáum armário também branco (talvez mo-dulado) de no minimo três portas. Abai-xo da janela, o velho baú com guardana-

_rjlnhos de renda e toda a tralharia guar-

dada. Nâo se esqueça de colocar sobreele as plantlnhas preferidas da sua filha.

Sobrou mais de metade de uma pare-de. Ali, toda branca, ficará a escrivani-nha, que pode ser desde modulado tradi-cional até a velha mesinha laqueada debranco (nesse caso, retrangular) comduas prateleiras em cima, jogadas demaneira Jocosa, sem um grande enqua-dramento, para guardar os livros preferi-dos. O tampo da mesa poderá tambémser de vidro grosso ou ainda no tecidopredominante plastificado. A mesmacoisa acontecerá com as prateleiras.

Reforce a cadelrinha, deixe-a em ma-deira natural e faça uma almofada parao assento em matelassê. no tecido quecobriu o estrado da cama. A almofadaficará mais simpática se for um coração,cada face num tom e com fitas de gorgu-ráo rosa antigo (no caso da estampariaem rosa) amarrando em laços na cadeira.

Se o sol ê muito forte, uma cortina defilo, correndo por um trilho faz umaetapa e as românticas cortininhas trans-passadas e repuxadas nas laterais, forra-das de black-out, servlráo de proteção.Para amarrá-las nos cantos, as mesmasfitas de gourguráo que serão soltas opor-tunamente. Atenção, cada cortina correum trilho diferente (a de fllô e a de pano);a altura será um palmo abaixo da janelae os dois tons de composée devem semisturar na parte de algodáo. A cortinado tom mais claro com babados no tommais escuro.

Fique certa de que esse romantismo,mais uma boneca de porcelana, o primei-ro brinquedo da menina, sua camisinhade bebê num cabidinho na parede asfotos dos pais. dela própria, um bomespelho (oval) detrás da porta combina-ráo muito bem com o gravador, o Oe-nlus. o Merllm. as fitas da Rita Lee, osposters escolhidos por ela e suas roupasestapafúrdias do armário. Todos somosum pouco eletrônicos e românticos.

EMBALAGEM DE EXPORTAÇÃO

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Para cima Sensível ao calor N" " "

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ao usar gancho Centro de gravidade—¦ ¦' — ¦— '¦ '¦"

Içar aqui Sensível à umidade

A ROUPA NOVA DOS PRODUTOS RRASILEIROS,ora R onai

S números garantem: asexportações brasileirasestáo crescendo numamédia de 17,76% ao ano.

A balança comercial vai bem, háuma procura crescente de produtosbrasileiros no mercado externo. Mashá, também, um crescimento desen-freado da concorrência: o Brasil nàofoi o único país a descobrir que ex-portar é o que importa.

Como enfrentar a luta e ganhar apreferência (e os dólares) do consu-midor? Para a Cacex, a Carteira deComércio Exterior do Banco do Bra-sil, a saída é melhorar o design dosobjetos, cuidar melhor do controlede qualidade e criar embalagens quesejam ao mesmo tempo práticas, re-sistentes e bonitas.

Afinal, o hábito pode nâo fazer omonge, mas certamente ajuda muitono seu sucesso junto ao público.Ninguém vai comprar um produtode que náo gostou só porque a emba-lagem foi suficientemente atraentepara uma primeira compra, mas nin-guém jamais vai descobrir que umproduto é bom, e merece ser compra-do, se a sua embalagem não tiverpelo menos um pouco de charme.

Para conscientizar o industrialbrasileiro da importância dessasduas etapas na conquista do consu-midor, a Cacex está promovendouma série de seminários sobre de-sign, embalagem e controle de qali-dade; ao mesmo tempo, está lançan-do edições especiais da sua revistaInformação Semanal e propôs a em-

presários paulistas a criaçáo de umCentro de Desenho Industrial ondepoderiam ser desenvolvidos projetosem todos os setores.

— A meta da Cacex é o aumentodas exportações brasileiras — expli-ca Victor Gludice, assessor de im-prensa da Carteira. — E nós desço-brimos que essa área, a da embala-gem e do design, estava sendo relê-gada a um segundo plano por gran-de parte dos empresários, apesar deter importância fundamental no pro-cesso de exportação. O produto bra-sileiro nem sempre tem um bomdesign e quase sempre é mal-apresentado: as indústrias nâo le-vam suficientemente a sério as fun-ções do designer, considerando aembalagem uma coisa secundária.

Para Giudice, a iniciativa da Ca-cex tem uma outra vantagem — a deabrir mercado de trabalho para osprofissionais do desenho industrial.Apesar do aspecto deplorável de boaparte da nossa produçáo industrial,eles freqüentemente encontramgrandes dificuldades, de colocação,por causa de um tipo de mentalida-de que ainda existe em larga escalano pais — a da improvisação e dojeitinho que mal ou bem (mas muitomais mal do que bem) sempre aca-bam resolvendo as questões maiscomplicadas.

As questões mais simples tam-bém: basta ver o que faz a indústriade móveis, um dos setores em que sepode notar de forma das mais afliti-vas o mau desenho. Em alguns ca-sos, nem ao menos se pode empregara expressão mau design, já que osprojetos sào feitos por pessoas "jei-

tosas" ou bem-intencionadas; os em-presários nâo se preocupam em con-tratar especialistas no assunto.

E

preciso criar a cons-ciência da importân-cia do design, valori-zar o designer brasilei-

ro. Só assim vamos poder criar, nomercado externo, uma boa imagem— no sentido mais literal. BenedictoFonseca Moreira, o diretor da Cacex,está multo empenhado nisso, e aidéia da Carteira é'dar todo o tipo deIncentivo para que a apresentaçãodo produto brasileiro seja aperfei-coado. Por exemplo: estamos pen-sando em organizar, no fim do ano,no Museu de Arte Moderna do Riode Janeiro e no Museu de Arte deSào Paulo exposições com os melho-res designs e as melhores embala-gens. Também estamos pensandoem fazer edições especiais da nossarevista, Informação Semanal, apre-sentando esses destaques — algo aoestilo da revista Graphis, que sele-ciona o melhor no campo das artesgráficas, da publicidade, etc, nomundo inteiro. Ê possível, até, quevenha a ser criado um prêmio daCacex para o melhor design e amelhor embalagem do ano.

Giudice ressalta que esta é a pri-meira vez que um orgáo governa-mental leva adiante o interesse peloaspecto funcional e visual da produ-çào; em 1976, o Ministério da Indús-tria e do Comércio publicou um ma-nual para planejamento de embala-gens, e pretendia desenvolver um

projeto em tomo da questáo, mas aidéia não foi em frente.

Os primeiros seminários sobredesign já foram realizados, em prin-cípios de dezembro passado, em SàoPaulo. Para março, está previsto umseminário especial sobre embala-gem de produtos alimentícios emCampinas, e em abril e maio seráorealizados encontros sobre design demóveis em Santa Catarina e no Pa-raná. A revista Informação Semanalestá saindo com edições especiaissobre cada um deles. A primeiradessas edições sai na semana quevem.

— A revista é editada a cada se-mana, como o próprio título indica— explica Ronaldo Werneck, chefedo setor de editoração do Banco doBrasil. — Ela costuma ser semprededicada a algum assunto específi-co; em dezembro, por exemplo, tive-mos números sobre as feiras indus-triais no Brasil e no exterior, paraque os exportadores possam prepa-rar suas agendas para 82; além deum calendário de eventos, publica-mos uma série de informações adi-cionais que podem ajudar na monta-gem de um stand, na sua manuten-ção e na manutenção dos produtos,na impressão de material de divul-gaçào e essim por diante."O design é fruto do

diálogo entre a ar-te e a técnica — diza abertura da edi-

çào de Informação Semanal dedica-da ao seminário realizado em SãoPaulo. "Um diálogo iniciado timida-

mente no século XVIII, com a Revo-luçào Industrial, e que se tomou umdebate constante durante o séculoXIX, quando muitos produtos pas-saram a ser fabricados em série e pormáquinas. A palavra inglesa passoua significar entáo projeto da formade objetos destinados à fabricaçãoem série, com o desenhista indus-trial (designer) sendo um doublé ai-tamente especializado de engenhei-ro e esteta. Está nas máos do desig-ner o equacionamento das relaçõesentre produto e sociedade, desde oconfronto original produto-ambiente até o contato flnal produ-to-usuários, passando evidentemen-te pelos problemas de estética in-dustriàl, como a adequação da for-ma à função."

"Historicamente, uma verdadeirafilosofia do objeto veio cristalizar-sesomente com a Bauhaus, a primeiraescola do mundo a ensinar desenhoindustrial, fundada na década de 20pelo arquiteto alemão Walter Gro-pius, inspiradora sob vários aspec-tos da Escola Superior de DesenhoIndustrial, criada em 1963 no Rio deJaneiro. No mundo de hoje, especial-mente no comércio internacional, odesign tomou-se o veículo por exce-lência da qualidade, da funclonali-dade e do bom gosto, e a inventidadedos designers, aliada a uma tecnolo-gia em avanço permanente, firmou-se deflnitivente como variável demarketing da qual nenhuma econo-mia pode prescindir."

A Cacex observa, entretanto, queum bom design náo basta por si sópara garantir a venda de produto

algum; o controle de qualidade épeça igualmente importante no pro-cesso de atração e manutenção doconsumidor. Uma peça que tambémnâo tem sido devidamente levadaem consideração pelos empresários,e que ganhará destaques em ediçõesda Informação Semanal.

— E há, evidentemente, a quês-tào da embalagem — diz Ronaldo. —É preciso fazer uma distinção entre aembalagem para o comércio internoe para a exportação, que envolvetransportes mais longos, manuseiomais intenso e concorrência maisforte. Para se ter uma idéia da im-portáncia de uma boa embalagem,basta dizer que, segundo estimati-vas das Nações Unidas, os exporta-dores dos países em desenvolvimen-to perdem aproximadamente 30%das suas receitas de exportação porcausa de defeitos e insuficiências deembalagem.

Mas nâo basta que a embalagemseja resistente e funcional; ela deveser também um melo de comunica-ção entre o produtor e o consumidor.Este aspecto está sendo particular-mente enfatizado pela Cacex, queressalta a ligação entre o bom de-sign do produto e o bom design daembalagem para um flnal feliz nahistória da exportação.

Os exemplos dessa associaçãosão- muitos — e antigos. Talvez aprimeira das demonstrações do usoda boa embalagem, sua durabilída-de e adequação à funçáo tenha sidodada pelos antigos egípcios: bastaver o interesse que despertam atéhoje as múmias dos faraós RamsésII e Tutancamon.