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+ AS COISM GNASCEM COISM

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Bruno Munari

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+ AS COISMGNASCEM COISM

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M ETODOLOGIA PROJECTUAL

Em qualquer livro de cozinha se encontram todas asindicaçöes necessârias para preparar um determinadoprato. Estas indicaçöes sâo por vezes sumM as

, quandose destinam a pessoas habituadas a estes trabalhos; oumais particularizadas, no que toca às indicaçôes paracada um4 das operaçöes, para os que nào têm tantaprstica. As vezes, além de indicarem o conjunto dasoperaçôes necessâri' as e a sua origem l6gica, chegammesmo a aconselhar também o tiyo de recipiente maisadequado para o prato que se esta a preparar e o tipo defonte de calor que se deve usar

. O método projectual nàoé mais do que uma série de operaçôes necessiri' as

,dispostas por ordem lögica, ditada pela experiéncia. O

seu objectivo é o de se atingir o melhor resultado com om enor esfowo.

Projectar um arroz verde ou uma panela para cozero mesmo arroz, exige a utilizaçào de um método queajude a resolver o problema. O importante é, nos doiscasos referidos, que as operaçöes necessârias sejamrealizadas segundo a ordem ditada pela experiência

. Nàose pode, no caso do arroz, pôr o arroz na panela sem 1â terposto primeiro a égua; ou aloirar o presunto e a ceboladepois de se ter cozido o arroz, ou cozer arroz, cebola eespinafres em conjunto. O projecto lmm caso destesfrustrar-se-â e tem de deitar-se tudo tbra. Tal'nH- én-- noepzlup:r -J-0 de-bigil f'ii.e sst zsve projectar sen't um tntttodo.pensar de fon'na artistica procurando logo a soluçào

, sem

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se (rwtr 'l t7:----' '-' ma pe squi sa p ' ara Tc d.z curnlzrntar acerr'? clzaqlltr jJ. fc'i feite de szmelhante ao que se quer projt-crpz',

trr p---/rr.'fE p.dcy btlm a s'.' a exacta F..llny/a.

Hi pessoas que, perante o facto de terem deobservar regras para fazer um projecto, se sentem Ibloqueadas na sua criatividade. Onde vai parar a 1personalidade? perguntam . Estam os a t'icar todos doidos'?Todos uns robots? Todos nivelados, todos iguais? E f,recom eçam a partir do zero a refazer a experiêncianecessiria para projectar bem. Terào de fazer muitosesforços para compreender que certas coisas sào feitas i

; '

antes e outras depois .Desperdkarào muito tempo a :corrigir erros que nào tel'iam com etido se tivessem '

seguido um método projectual ji experimentado.!

C= ?'-: - '' u''a.J.z ns.c. é' -''--l1'ica improvisaç'i o sem métcclo:des-;a z'nak-ieira aps-na.s stz faz conftlsiio e se cria nos javensa ili-sgj.ci tlu ss sentirem artistas li'v:.--ls e i ndepcnclentes.Asérie de operaçôes do método projectual é feita de valoresobjectivos que se tornam insmzmentos de trabalho nasmâos do projectista criativo.como se reconhecem os .valores objectivos? Sào valores reconheeidos por todoscom o tal. Por exemplo, se eu af- trm ar que misturando.am arelo-lim ào com o azul-turquesa se obtém um verde,quer se use têmpera, öleo, acrflicos, ou pastéis, estou aafirmar um valor objectivo. Nào se pode dizer: para mimo verde obtém -se m isturando o vermelho com o castanho.Num caso destes consegue-se um vennelho sujo, emcertos casos um teimoso dirâ' que para ele isso é umverde, m as serâ apenas para ele e para mais ninguém .

O n7étodo I7. rfaiectual para o c'tyuvl'g':er niio é nadp deJ

absoluto nem definitiko', é algo que se pode modifiear sese enccmtrarem outros valores objectivos que melborem oprocesso. E isto liga-se à criatividade do projectista que,ao aplicar o método, pode descobrir algo para o

J l

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l'ne l h o rar P - ,' ' L ,.-- , t.s' aa x' sus k'as u' u, x'x Xc' (od o n a- o ir.l o u. - '

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df? i 7k'.-' $- cckm ï7s alun os a tzns--clntrarem 1 deias nc, 'x u' .n . com o sedevessem inventar tudo desde o plincfpio todos os dias

.

Desta maneira na- o se ajudam os jovcns a ter umadisciplina profissional e orientam-se em direcço-eserradas , pelo que quando tiverem acabado o curso ira- o tercrandes dif-iculdades no trabalho que tiverem escolhido

.

2 por isso bom fazer uma distinçào imediata entre oprojectista profissional, que tem um método projectual,graças ao qual o seu trabalho é realizado com precisào esegurança, sem perda de tempo; e o projectista românticoque tem um a ideia f<genialp, e que procura fowar a técnicaa realizar algo de extremamente diticultoso, dispendiosoe pouco prstico mas belo. Deixemos pois de parte estcsegundo tipo de projectista que, para além de tudo, nàoaceita conselhos e ajuda de ninguém! E ocupemo-nos dométodo protissional de projectar do designer.

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() QUE é UM PROBLEMA

PROBLESA

VseLeç#o

O meu amiyo Antonio Rebolini diz: aouando umproblema nao se pode resolver, nào é um problem a.

Quando um problema se pode resolver, também rtào é umproblemahh . E com efeito é verdade. M as esta afirm açàoorigina algumas obselwaçöes: é necessM o antes de tudosaber distinguir se um problema é resoltivel ou nào. Epara o saber é preciso ter a experiência, sobretudotécnica, que tem o meu amigo Antonio. M as que podefazer um designer no infcio da sua actividade?

Acerca da metodologia project-ual existem diversos textosque foram publicados sobretudo para os projectistastécnicos, e alguns sào também aplieâveis ao design

, ou

seja a esse tipo de actividade projectual que consideratambém a componente estética do projecto. Os principaisautores destes textos sào: M . Asimov Princlpi diprogettazione editora M arsilio 1968, J. C. Jones Unmetodo di progettazione sistematica editora M arsilio1967, B . Archer Metodo sl'stematicoperprogettistieditora M arsilio 1967. <<O rret.tcrr'..a cla J'.tc&:kg: Jis'J.1+'t .''l.e'Jmp ''-veccssitlcvdap diz Archer. Isto quer dizer que nonosso am biente as pessoas sentem a necessidade de ter,

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or exemplo, um a viatura mais econömica ou umaPm aneira diferente de dispor em casa o espaço para ascrianças, ou () novo recipiente mais pritico para. . .

7?kEstas e m uitas outras sào necessidades das quais podesurgir um problema de Llesign. A s'ahtçif-h 's'-. 03 1 îm(q'1n.1 e',-q :ts ',-1- .': 'x.''k'' '- u' kt wtua! i'Clade da Arit'laP. .. .

Estes prclh'-. 1. ta!nc '' - 'n odem ser particul arizatq t-. '; 7 z '.c.(1,-:,. ; :)i? --'.-- ;: pr-- r''- c'.. t - c R in H ,5 stria , 0!-! lntnp-e s ''t r 'a. 1 nr? '$. stri ft aL'opoL' ai.l ux' '.',''tj .'.?z ,'' a -e.'fclu(;J(kl de algurrl prsb-'! - '73aJ-'x . ,. .. - . x. - .

M uito frequentemente pore'm a indu-stria tende a inventarfalsas necessidades para poder produzir e vender novosprodutos. Neste caso o designer nào deve deixar-seenvolver num a operaçào que se destina ao lucroexclusivo do industrial e ao prejufzo do consumidor.

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O cliente do designer é a indtistria, é ela que lhe propöe oproblema e este nào deve ir imediatamente à' procura deuma ideia geral que logo o resolva, porque tb o métodoartfstico-romântico destinado a anunjar soluçöes. Comoprimeira coisa a fazer é necesssrio definir o problema noseu todo. <<!v:u.::z o ,f.lqflsiz:tn.-v percam que es problen-iasfora.m suficienterncnte defi nidos pelos scus cl iantes . ''-. '-ao'isq.-.w .L. largarrente inFuf-': u-l -nt.z>> , diz Archer.2 necessé- rio portanto começar pela definiçào doproblema, que servirâ também para definir os limitesdentro dos quais o projectista deveré trabalhar.Suponhamos que o problema t3 o de projectar umcandeeiro. Seré' preciso estabelecer se se trata de umcandeeiro de mesa ou de parede, de escritörio ou desecretsria, de sala de estar ou de mesa de cabeceira. Sevai ser a incandescência ou fluorescente, de luz diurna ouqualquer outra. Se vai ter um preço limite, se vai serdistribufdo nos grandes armazéns, se deve serdesmontâvel ou articulâvel, se deve ter um term ostatopara regular a intensidade luminosa, e assimsucessivamente.

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Um a vez definido o problema, pode parecer que basta teruma boa ideia para o resolver automaticamente. Ascoisas nào sào exactamente assim pois é necessiriotambém definir o tipo de soluçiio que se quer atingir: umasoluçào provisöria (suponhamos para uma exposiçào quedeve durar um mês) ou uma soluçào definitiva, umasoluçào puramente comercial, uma soluçào que dure notempo (fora das modas que impöem um certo gostonaquele momento), uma soluçào tecnicamente sofistieadaou um a soluçào sim ples e econöm ica.

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Qualquer que seja o problema pode-se dividi-lo nas suascomponentes. Esta operaçào facilita o projecto porquetende a pôr em evidência os pequenos problemasskngulares que se ocultam nos subproblemas.uma vezresolvidos os pequcnos problemas, um de cada vez ( eaqui entra em acçào a criatividade e pöe-se de parte aideia de elwontrar uma ideia) reeompöem-se de maneiracoerente, de acordo com todas as caracterfsticasfuncionais de cada parte e funcionais entre si

, de acordocom as caracterfsticas matéricas, psicolögicas,ergonémicas, estruturais, econömicas e, por tiltimo,formais. O belo é a consequência do justo, diz umpreceito japonês.

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O princfpio da desm ontagem de um problem a nas suascomponentes, para se poder analisar. remonta ao métodocartesiano. Visto ques especialmente hoje em dia. osproblem as se tornaram muito complexos e por vezescomplicados, é necessério o projectista ter toda uma sériede informaçôes acerca de cada problem a singular parauma maior segurança no projecto.

Talvez seja necessé' ria uma dcfirkiçà.o de x<eomplexidadc,,para se poder distinguir o que t3 complexo daquilo que écomplicado. Segundo Abraham M oles, rrum produto écomplicado quando os elementos que o compôempertencem a nurnerosas classes diferentes', t3 complexo secontém urn grande ntimero de elementos reagrupftveism as em poucas classes. ))Poder-se-ia dizer que o automövel é complicado ao passoque um calculador electrönico é complexo. Hoje tende-separa a produçào de objectos menos complicados, para areduçào do nflmero de classes dos elementos que fonnamum produto. Teremos pois, no futuro, cada vez maisprodutos complexos e cada vez menos produtoscomplicados .

Desmontar um problem a nas suas conzponentes signifieadescobrir muitos subproblemas. 1<Um problem a singularde design é um conjunto de muitos subproblemas. Cadaum deles pode ser resolvido por forma a obter um campode soluçôes aceitâveisp , diz Archer.

Cada subproblema tem uma soluçào optimal que podeporém contrastar com as outras. A parte mais J' rdua dotrabalho do desigilet' serl- a de conciliar as vJu lias soluçöescom o projectra global. A soluçào do problema geral estl'na coordenaçào criativa das soluçöes dos subproblemas.

Suponhamos que o problema dado é o de projectar umcandeeiro e suponhamos ainda estar definido que se trata

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M antenhamos por ora o exemplo do projecto docandeeiro e vejamos que dados serl' bom recolher paradecidir depois sobre os elem entos constitutivos doprojecto. Antes de mais o dcsigner dcxs'a recclber todos ()scaté- ltngos dc frîbricas que produzam candeeiross -. ;-Lu.''1 h r-T, tes 2:., ucle ziue deve projectar. E' claro que . antesde se pensar em qualquer possfvel soluçào

, é melhorverifiear se alguém nào pensou jâ nisso antes de nös. E'absolutamente errado pôr-se a pensar num tipo de soluçàosem saber se o candeeiro em que estamos a trabalharexiste js no mercado. Encontrar-se-ào certamente muitosexemplos a pôr de lado, mas, por fim , eliminados osduplicados e os tipos que nunca poderào fazerconcorrência, tercmos uma boa recolha de dados. -/ z.,'-'-cac!:l Jontponerte L'cn. rrc'b. lt-='a. (qelrerntos ainda rrtoc'.lr'.--(3!2:rt; -;' dados :Quantos tipos de lâmpadas hui' hoje no mereado.Quantos tipo de reôstatos.Quantos tipos de interruptores.Etc.

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Todos estes dados serà' o depois. numa operaçàoposterior, analisados para se vef eiu particular comeforam resolvidos certos subprgblemas. M uitas vezes Sàobem resolvidos tecnicam ente ponnenores que depois siiosobrecarregados de falsos valores estéticos porque deoutra m aneira, diz-se, o mercado nào os aceita. Nestecaso eliminam-se os chamados valores estéticos que narealidade nào passam de urna decoluçio aplicada, econsideram-se apenas os valores técnicos. Analisam-seos vé- lios tipos de candeeiros recolhidos (em imagens)para procurar descobrir os seus defeitos. ?$. parte asconsideraçöes estéticas, podem pôr-se em evidênciadefeitos com o, por exemplo, o calor da lâmpada aincandescência que faz derreter o plistico do quebra-luz.ou queim a outras partes contiguas por falta de ventilaçào.Pode descobrir-se que um candeeiro muito decorado, ouconstruido com material nào adequado, corta uns oitentapor cento da luz. com grande dispersào de energia. Podedescobrir-se que um interruptor nxi o est.'i exactamente nosftio adequado. Que as suas dimensôes estào erradas emrelaçào à lâmpada. Que a cor nào serve. Que as partesmetslicas nào ligam coln o resto. E assim por diante.

A :'.'.,-if lise de ttndc!s os dados recolhidos p ode fornecefstlgestfs. es acerca do que se nào deve fazer para projcc-uuu 'bem um candeeiro, e pode orientar o projecto de outrosmateriais, outras tecnologias, outros custos.

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Neste momqnto temos jé bastante material para começaro projecto. E claro que todo o matelial recolhido nàoseria tom ado em consideraçào por quem quisesse aplîcarlogo a ideia que tudo resolve

. Para quem o processoprojectual se altera'. a procura de uma ideia dcste tipo éposta de parte em beneffcio de um outro modo m aiscriativo de proceder. Serl' precisamente a criatividad.c asllbstituiz a ideia iptuitiva. ainda ligada ao modclartfstico-romàntico de resolver um problema

. Acriatividade ocupa assim o lugar da ideia e processa-se dcacordo com o seu método. Enquanto a ideia, ligada à'fantasia, pode chegar a propor soluçôes irrealizâveis po

rrazôes técnicas, matéricas ou econ6mieas

, a criatividademantém-se nos Iimites do problema. limites que resultamda ané' lise dos dados e dos subproblemas

.

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A operaçik) seguinte consiste nouu'a pequena rccolha dcdados relativtls aos materiais e à.s tecnologias que odesigner tem !)t stt:l disposkào naquele momento pararealizar o seu projecto. A indtistria quc pôs o problema aodesigner tem certam ente uma tecnologia pröpria capaz detrabalhar certos m ateriais e n5.o outros. E' intitil portantopensar em soluçôes fora destes dois dados ligados aosmateriais e às teenologias.

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E.' itura que o projectista irâ realkzar umanesta aexperim entaçao dos luateriais e das téenicas disponfs'eispara efectuar o seu projecto . N'f uito frcqueutentzntu-m ateriais c té c n i c as s 5.tl us ados t1e uma s(2.' 0 u t'iu's p. c uc asluane i ras seg undo a t-radi tj'tio . Nluitths i ndt' Ftri ai t) . rji 7e m .'Niio teienos fei t() sennpre asoi nk - pa ra q uê' n'i udar..' Ao1 nve-s . pela experim entaçio podem descobrir-se novasutilizaçôes de um material ou de um instrurnento .

Hâ' anos foi colocado no mercado um produto industrialchamado Fibralin. composto por fibras de raiotl juntascom o um fcltro por goma sintétiea. Este material erafabricado para substituir certos tecidos nos trabalhos dealfaiataria para o forro dos fatos, e era fabricado comdiversas espessuras. desde a do papel velino até à docartào. Tinha um preço baixo e um aspecto agradâvelkromo o do papel de seda japonês. Este matel-ial, que tbainda fabricado. fixa bem a impressào em serigrafia e eupröprio experimentei essa impressiio por vérias form as

.

Com este material projectei pavilhôes temporérios paraexposiçôes de produtos industriais. Desde entào estematerial inventado para as aifaiatarias é usado também

,

pelas suas qualidades e possibilidades especificas, para

pavilhôes e para serigrafias artfsticas.

Um a experiência instrumental é realizada numacopiadora electrosté' tica, que de copiadora se tornainstrumento para produzir imagens originais. E hoje, emvé' rios pafses, muitos grsficos usam estas copiadoras parafazer os seus esboços originais. A experim entaçào .1' ema'.t 'ariais t? de tJ' cnicas e. portanto. tamhém c!. einstrunlentos . permite recolher infonnaçöes sobrc no'. asutilizaçtses de um produto inventado com un'l linicotlbjecti A.'o .

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Destas experiêneias resultam am ostras, conelusöes.inform açôes que podem levar à construçào de modelosdemonstrativos de novas utilizaçöes com finsparticulares. Estas novas utilizaçôes podem destinar-se àresoluçào de subproblemas parciais que, por sua vez, emligaçào com os outros. coneorrerào para a soluçào global.

Como se vê com este esquema metodolögico, até agoranào fizemos qualquer desenho, qualquer esboço,qualquer coisa que possa definir a soluçào. NJu t7 sabencosainda que fbi-ina vai tcr a ccisa que se quer prqjectar. M asestam os todavia seguros de que as hip6teses t!e possfRveiscl-ros sio lfluito reduzid as. Podemos agora cclmecrar aestabelecer relaçfscs cntre os dados recolhidos, tentarugupar os subproblemas e elaborar alguns esboços para aconstruçà' o dos modelos parciais. Estes esboços, sempreem escala ou em tamanho natural podem mostrar-nossoluçôes parciais de agrupamento de dois ou maissubproblemas. Por exemplo, se o difusor do candeeirofor rfgido. pode servir também de interruptor: bastarciprem i-lo e a lâmpada acenderé. O reöstato pode serincorporado na base que faz também de casquilho. Podeestudar-se um a forma de encaixe especial que permitafacilm ente a uniào das duas partes. Pode ser necessé' rioestudar uma junta articulâvel que permita reduzir ovolum e do candeeiro para ser colocado num a embalagemm ais pequena do que o candeeiro aberto. E assimsucessivamente. Estes esboços podem ser postos empré- tica separadamente ou reunidos no objecto globalacabado. Teremos assim um modelo do que poderl'eventualmente vir a ser a soluçào do problema.

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Nesta altura torna-se necesséria uma verificaçào domodelo. ou dos modelos (pode acontecer que as soluçôesposslveis sejam mais do que uma). zA.r-r'7--'z -a--!'.)-ce ramodclo tJlk'l funcionamento a urfl certo ntinlero derrC)-.'Jt- veis utentes e pede-se-lhes uma opiniào sinceraacerca do obiecto.'

' f f trole d() modeloCom base nestes Ju zos az-se um conpara ver se se pode m odificâ-lo, sempre que asobservaçöes assentem em valores objectivtls. Se alguémdiz' tnà.o gosto, sé aprecio o estilo do' século quinze' . estaobservaçào é demasiado pessoal e nào t6 vé' lida para todaa gente. Se, pelo contrri rio outra pessoa diz: 'o interruptoré dem asiado pequeno' , é preciso ver se t3 possfvelaumenté' -10. Pode-se, neste momento, fazer também umcontrole econ8m ico para verificar se o custo de produçàovai permitir um preço justo na venda do objecto. Combase em todos asttzs dados posteriores ptlde-se começar apreparar os dcsenhos ctlnstrutivos, em escala ou emtaluanho natural. com todas as medidas precisas e todasas indicaçfles necessci' rias ). realizaçiio do protdtipo.

Estes modelos deveriio necessariamente ser sujeitos a todci (.7 tipo 2,:vezi ficaçöes para stlr controlada a sua validade .

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() 0- s 4 u em a do métokl o que preside ac) projecto . i 1. u straul' or o. ï? p-qgi na/a allteriere s , n q.k . J urn e'..x.rctj.'-a.len u r!-.''...,. . rl à.' o thcompleto e nào é tinico nem definitivo, é aquilo que aexperiência ensinou até agora. Fique todavia claro que.em bora tratando-se de um esquema eléstico, é melhorefectuar. por agora, as operaçôes referidas pela ordemindicada: na preparaçào do arroz verde por exelnplo niiose pode pôr a panela ao lume sem sgua ou preparar ocondim ento depois do arroz estar cozidt).Se houver porém alguém capaz de demonstrarobjectivamente que é. melhor alterar a ordem de algumasoperaçöes, o Jtr.$','j.??c?- esté' sempre pronto a modificar oseu pensamento face à evidência objectiva, e é destaform a que toda a gente pode dar o seu contributo cliativo2t estruturaçi.o de um trabalho que procura. ct-lnkl oz s-.'z.u-,o'uyt-ci' t; i'rkksll-xor ê-esultado con-l o nlfniinc). esf'.- î s'- ,

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