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cmyb cyan magenta yellow black INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008 INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008 Acenpp Acenpp O Programa Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná possui sete projetos que se integram e complementam no sentido de organizar e capacitar o produtor para obter melhores resultados em sua atividade econômica. Com essa premissa em mente, um grupo de cafeicultores, com a parceria do Sebrae/PR, fundou a Acenpp, formalizando posteriromente parcerias com outros órgãos e entidades. Odemir Capello, consultor do escritório do Sebrae em Jacarezinho, proferiu palestra na Ficafé na qual contou a história desse Programa, subdividido nos projetos de comercialização, associativismo, gestão de propriedades, certificação, caracterização da bebida, inovação tecnológica e marca territorial. "Todos os projetos foram desenvolvidos com a partici- pação direta dos cafeicultores, visando suprir suas carências e necessida- des. Sem essa participação e sem o comprometimento dos produtores o Programa não teria sentido", afirma Capello. Foi assim que as parcerias foram se consolidando. O Sebrae e a Acenpp foram buscar o conhecimento necessário, participando de caravanas técnicas, realizando seminários e inúmeras reuniões que viabilizaram o estágio atual de desenvolvimento dos trabalhos. A Ficafé, a título de exemplo, é uma das atividades previstas no projeto de comercialização. A marca regional de indicação de procedência, delimitando os 45 municípios que compõem o denominado Norte Pioneiro do Paraná é outra necessidade incluída no rol de medidas referentes à comercialização e que demandou um trabalho específico; a caracterização da bebida, identificando os atributos que diferenciam o café produzido na região; a inovação tecnológica que pressupõe a adoção de técnicas de produção, colheita, secagem, classificação e armazenamento adequados; a rede associativa, que visa difundir os conhecimentos adquiridos e ampliar o número de beneficiários do Programa; a certificação, que avalia se um produtor usa as chamadas boas práticas agrícolas na produção do café, como a gestão do uso da água, dos recursos naturais, da preservação da natureza e da sustentabilidade social; a gestão das propriedades, que irá suprir as necessidades do produtor no que se refere às práticas gerenciais do negócio, como levantamento de custos de produção, entre outros, são ações integrantes do Programa Cafés Especiais do Norte Pioneiro. Cafés Especiais Programa tem sete projetos em andamento INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008 Acenpp Julio Agostini, Ewerson Feliciano e Odemir Capello - presenças marcantes no Programa Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná 16

Tabloide Sebrae Café 2008

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Jornal Informativo da Acenpp sobre a 1.a Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná, Brasil

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INFORMATIVOEd. 02 | Dezembro 2008INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008Acenpp Acenpp

O Programa Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná

possui sete projetos que se integram e complementam

no sentido de organizar e capacitar o produtor para obter melhores

resultados em sua atividade econômica. Com essa premissa em mente, um

grupo de cafeicultores, com a parceria do Sebrae/PR, fundou a Acenpp,

formalizando posteriromente parcerias com outros órgãos e entidades.

Odemir Capello, consultor do escritório do Sebrae em Jacarezinho,

proferiu palestra na Ficafé na qual contou a história desse Programa,

subdividido nos projetos de comercialização, associativismo, gestão de

propriedades, certificação, caracterização da bebida, inovação tecnológica

e marca territorial. "Todos os projetos foram desenvolvidos com a partici-

pação direta dos cafeicultores, visando suprir suas carências e necessida-

des. Sem essa participação e sem o comprometimento dos produtores o

Programa não teria sentido", afirma Capello.

Foi assim que as parcerias foram se consolidando. O Sebrae e a Acenpp

foram buscar o conhecimento necessário, participando de caravanas

técnicas, realizando seminários e inúmeras reuniões que viabilizaram o

estágio atual de desenvolvimento dos trabalhos.

A Ficafé, a título de exemplo, é uma das atividades previstas no projeto

de comercialização. A marca regional de indicação de procedência,

delimitando os 45 municípios que compõem o denominado Norte Pioneiro

do Paraná é outra necessidade incluída no rol de medidas referentes à

comercialização e que demandou um trabalho específico; a caracterização

da bebida, identificando os atributos que diferenciam o café produzido na

região; a inovação tecnológica que pressupõe a adoção de técnicas de

produção, colheita, secagem, classificação e armazenamento adequados;

a rede associativa, que visa difundir os conhecimentos adquiridos e ampliar

o número de beneficiários do Programa; a certificação, que avalia se um

produtor usa as chamadas boas práticas agrícolas na produção do café,

como a gestão do uso da água, dos recursos naturais, da preservação da

natureza e da sustentabilidade social; a gestão das propriedades, que irá

suprir as necessidades do produtor no que se refere às práticas gerenciais

do negócio, como levantamento de custos de produção, entre outros, são

ações integrantes do Programa Cafés Especiais do Norte Pioneiro.

Cafés EspeciaisPrograma tem sete

projetos em andamento

INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008Acenpp

Julio Agostini, Ewerson Feliciano e Odemir Capello - presençasmarcantes no Programa Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná

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INFORMATIVOEd. 02 | Dezembro 2008INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008Acenpp Acenpp

A Ficafé veio para ficar.Sua importância para a Cafeicultura talvez

ainda não seja totalmente perce-bida por todos, mas ao unir asduas pontas da cadeia produtivado setor - vendedor e comprador-, conquistar a parceria de institu-tos e órgãos de governo, do crédi-to rural, da indústria de máquinase insumos, está-se sinalizando parao mercado que aqui há um traba-lho sério, de busca incessantepela qualidade, e isso tem que serremunerado adequadamente. ONorte Pioneiro quer ser reconhe-cido como produtor do melhorcafé do Brasil, e isso tem preço.

A Ficafé tornou-se um sím-bolo, um marco no desenvolvi-mento da cafeicultura de quali-dade no Norte Pioneiro doParaná, e isso certamente influ-enciará outros setores da eco-nomia. Provou-se com ela que épossível transformar uma reali-dade, antes estagnada, tornan-do-a dinâmica, com excelentesoportunidades para quem dese-ja manter-se ou ingressar naatividade cafeeira como verda-deiro empresário.

É de se destacar o espíritocolaborativo de todos os parceirosenvolvidos na realização da Ficafé.

Estamos no caminho

Caminhante, são teus rastos ocaminho, e nada mais;

caminhante, não há caminho,faz-se caminho ao andar.

Ao andar faz-se o caminho, eao olhar-se para trás vê-se asenda que jamais se há-de

voltar a pisar.Caminhante, não há cami-nho, somente sulcos no mar.

Antonio Machado

Transformandoa realidade

O maior trunfo do Programa Ca-fés Especiais do Norte Pioneiro éjustamente esse relacionamentoconstrutivo, alicerçado em valo-res éticos e morais que propiciama necessária confiança para o de-senvolvimento das atividades. Ficaregistrado o empenho de todospara o sucesso de um empreendi-mento que não procura heróis ouvilões, mas o bem comum, o bemestar do cidadão, o progresso dos45 municípios da região, ondetodos são vencedores.

O caminho está sendo pavi-mentado pela união de esfor-ços, e todo o trabalho que estáem andamento vai depender dacontinuidade desse espírito deluta, dessa garra inerente aoempreendedor de sucesso, queestá presente nos corações ementes de cada parceiro citadoneste informativo.

O Sebrae reafirma seu com-promisso de valorizar a peque-na empresa, representada peloprodutor rural. Isso se dará àmedida que se deixe de ladovelhos conceitos do passado ese foque o que realmente faz adiferença - a qualidade.

Odemir Vieira Capello

Consultor do Sebrae/PR

A Associação deCafés Especiais do Nor-te Pioneiro está criandoseu caminho, oferecen-do ao produtor, nossomaior aliado, novas

oportunidades para viabilizar onegócio cafeicultura na região.

O sucesso da primeira ediçãoda Feira Internacional de CafésEspeciais provou que estamos fa-zendo nosso caminho de uma for-ma inédita, baseados na cultura doplanejamento e da eficiência, pro-movendo a união de esforços devárias pessoas, órgãos e institui-ções pré-existentes e que trabalha-vam individualmente, fazendo docaminho um percurso espinhoso.

Nunca é demais lembrar osobjetivos de nossa Associação.Produzir e comercializar cafésespeciais, com marca própria,para o mercado interno e exter-no, de forma organizada e sus-tentável, gerando renda e pro-movendo o desenvolvimento doNorte Pioneiro do Paraná. É issoque estamos, todos juntos, fa-zendo com o Programa CafésEspeciais do Norte Pioneiro.

Criamos a nossa marca regi-onal de indicação de procedên-cia no Paraná, que encontra-seem fase de registro junto ao INPI.Além do Norte Pioneiro, em todoo País, contam com marca regis-trada as regiões do Vale dosVinhedos, na serra gaúcha; ocafé do Cerrado, em Minas Ge-rais; a região do Pampa Gaúcho,

com sua pecuária de tradição e,mais recentemente, a cachaçade Parati. Isso significa muitopara a nossa cafeicultura, quepassa a ser reconhecida comoprodutora de cafés de qualidadee, por isso mesmo, com cotaçõespróprias em Bolsas de Mercado-rias, e com o pagamento de pre-ços melhores ao produtor rural.

Três produtores do Norte Pio-neiro fecharam negócio durante aFicafé. Seus lotes foramcomercializados a R$ 840 por sacade 60 kg. O preço do café comumno mercado gira em torno de R$250. É um ganho extraordinário,impensável alguns meses atrás. Enão vamos parar por aí, em 2009já temos várias ações planejadas,dentro dos sete projetos em anda-mento, todos pensados e realiza-dos junto com o produtor, os par-ceiros da pesquisa, da extensãorural, do comércio e da indústria.

Como dissemos na abertura daFicafé, sozinhos podemos ir atémais rápido, unidos iremos maislonge, essa é a nossa crença.

Renovamos aqui o convite atodos os 7,5 mil produtores dos 45municípios abrangidos pela nossamarca territorial a se juntar a nósnesse trabalho, de forma a melho-rar a lucratividade das proprieda-des rurais e a qualidade dos pro-dutos oferecidos ao consumidor.Só temos a ganhar com isso.

Luiz Fernando de Andrade Leite

Presidente da Acenpp

Ano I - Nº. 02 - Dezembro de 2008Tiragem: 5 mil exemplaresDISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Redação, revisão e direção Homero Pavan Filho

Arte final Andrei Francisquini

FotosVardir do Foto

Joralista Responsável Benedito Francisquini

MTB 262-PRImpressão

Folha de Londrina

Boletim Informativo daAssociação de Cafés

Especiais do Norte PioneiroCNPJ: 09.537.190/0001-55

Avenida Oliveira Mota, 671Fone: (43) 3534 1503

Santo Antonio da Platina - PRwww.acenpp.com.br

www.sebraepr.com.br

EXPEDIENTE

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Ficafé estimula produtores a se associarFicafé estimula produtores a se associarFicafé estimula produtores a se associarFicafé estimula produtores a se associarFicafé estimula produtores a se associarACENPP CRESCE

A Ficafé foi encerrada emclima de otimismo e a expectati-va geral é de que o café, na

região, experimentará uma novafase, muito positiva para produ-tores e consumidores. Os obje-

tivos da Acenpp (Associação deCafés Especiais do Norte Pionei-ro) foram plenamente satisfei-tos, com novas adesões à enti-dade, que terá muito trabalho jáa partir de 2009.

A Acenpp foi oficialmentecriada em março deste ano ehoje conta com cem associa-dos. ''O objetivo do nosso traba-lho é o de resgatar a região doNorte Pioneiro como produtorade café especial'', afirmou LuizFernando de Andrade Leite,presidente da Acenpp. Inicial-mente, os associados tem quese comprometer a cultivar 2%da suas áreas com café especi-al; no ano seguinte esse núme-

ro sobre para 5% e a intençãoé chegar a 10% em 5 anos. Eleacrescenta que o custo de pro-dução deste tipo de grão temum acréscimo médio de 50%,índice compensado pelo maiorvalor de venda. Essa é a ex-pectativa de Marcio LuizBérgamo Fávaro, produ-tor de café em Carlópolis,um dos novos integrantesda Acenpp.

Com 100 hectares decafeeiros, Fávaro contaque desde 1998 iniciouum trabalho demelhoria da quali-dade em suas pro-priedades, mas

não vinha obtendo melhores pre-ços, apesar dos esforços empre-endidos. "Eu já havia participadode duas reuniões da Acenpp emSanto Antonio da Platina, e meentusiasmei com as perspectivasdo trabalho da Associação. NaFicafé decidi me associar e so-mar com os colegas nesse traba-lho de recuperação da fama doParaná como produtor de cafésde qualidade", explica.

Cleuza Rocha de Almeida eseu marido, Wagner Luis Coelho,são de Nova Fátima, e iniciaramna atividade há apenas dois anos.Com 8 mil pés, eles aproveitarama Ficafé para adquirir conheci-mentos técnicos e com isso atingirseu objetivo, que é o de produzircafé de qualidade. "As orienta-ções que recebemos nos derammais segurança, e as palestrastécnicas foram muito proveitosasnesse aspecto", elogia Coelho.Essa é a mesma opinião de Fávaro."As palestras estavam muito boas,foram bem encaixados os temas evamos agora partir para acertificação de nossa propriedadeem Carlópolis", conclui.

Grupos de cafeicultores provenientes de vários municípios do Norte Pioneiro marcaram presença na Ficafé. Ônibus

foram colocados à disposição dos produtores, promovendo a integração social e cultural do homem do campo

A "família" Acenpp recebe novas adesões na Feira.

Clima geral é de otimismo e entusiasmo

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Três produtores do Norte Pio-neiro fecharam negócio durante aFicafé. Seus lotes foramcomercializados a R$ 840 por sacade 60 kg. Como o preço do cafécomum no mercado gira em tornode R$ 250, é fácil perceber oquanto pode ser lucrativo o inves-

Investir em qualidade dá lucroInvestir em qualidade dá lucroInvestir em qualidade dá lucroInvestir em qualidade dá lucroInvestir em qualidade dá lucroCOMERCIALIZAÇÃO

O presidente do Instituto deComércio Exterior do Paraná -CEXPAR -, Neri Becchi Dal Prá(foto), faz coro com Brandoquando afirma que a marcaBrasil está sem sustentação nocomércio exterior. Isso signifi-ca que o País perde negóciospor falta de divulgação e pro-moção dos produtos brasileiroslá fora. "O Brasil tirou o pé domarketing do café, e precisamosretomar isso", afirmou em seu

timento na qualidade do produto. Acompradora, Geórgia Franco deSouza, proprietária de cafeteriasde luxo em Curitiba e Salvador,promoverá um evento para divul-gar o café do Norte Pioneiro emsua loja da capital paranaense, emdata a ser definida (saiba mais

sobre a empresa emwww.luccacafesespeciais.com.br).

Durante a Feira foram apre-sentados à apreciação dos com-pradores 48 lotes de cafés espe-ciais - selecionados entre 130amostras em cerca de 3 mil sa-cas. Todos os lotes interessaramaos compradores, havendo, po-rém, a necessidade de organiza-ção dos produtores para agrupa-rem lotes a partir de 300 sacas, oque viabiliza a exportação.

Ganhando o mundoParticiparam da Ficafé com-

pradores de 16 empresas deGoiás, São Paulo, Minas Gerais,Santa Catarina e Paraná. Um re-presentante da Nespresso, siste-ma exclusivo de cafés da Nestlé,(www.nespresso.com), levouamostras dos cafés para análise,

A Lucca Cafés Especiais arrematou três lotes na Ficafé aR$ 840 a saca, provando que investir em qualidade compensa

abrindo assim possibilidades decomercialização. Carlos Brando,em palestra proferida na Ficafé,revela que há lojas onde um copode café especial ou gourmet évendido a R$ 14 nos grandescentros. Redes como a Starbucks,por exemplo, com 15 mil lojas

espalhadas pelo mundo, faturamalgo em torno de U$ 7,8 bilhõesao ano. A Colômbia, único país apromover o café junto aos clien-tes, tem 150 "tiendas" com a mar-ca Juan Valdez espalhadas porEUA e Europa. "O Brasil deve tri-lhar esse caminho", conclui.

A compradora Geórgia Franco de Souza analisapessoalmente as amostras de café do Norte Pioneiro

PARCERIA PARA A EXPORTAÇÃO

Compradores espanhóis virão ao Norte PioneiroCompradores espanhóis virão ao Norte PioneiroCompradores espanhóis virão ao Norte PioneiroCompradores espanhóis virão ao Norte PioneiroCompradores espanhóis virão ao Norte Pioneirodiscurso durante a 1.ª Ficafé.Del Prá elogiou o evento, pro-movido pela Acenpp e Sebrae,afirmando que a criação damarca de identificação regionalé modelo de sucesso adotadono mundo todo que vai diferen-ciar os cafés especiais produzi-dos no Norte Pioneiro. Com isso,avalia, abrem-se as portas paraa exportação.

O Cexpar é uma sociedadecivi l sem fins lucrativos,

sediada em Curitiba desde1971, e tem como objetivo pro-mover o Comércio Exterior doParaná, atuando nas áreas deimportação, exportação, asses-soria na formação de joint-ventures, busca de investido-res, implantação de Empresas,entre outras formas de rela-ções comerciais. É o braço in-ternacional do sistemaFecomércio. Del Prá revela queuma comitiva espanhola visita-

rá a região no próximo ano, emcontato mantido durante aHostelco 2008 - maior feira dealimentos da Europa(www.hostelco.com). ''Percebe-mos na Ficafé que tudo o queproduzirmos tem mercado. Sódepende de volume e marketingpara divulgação da qualidade,que deve prevalecer'', afirmaOdemir Capello, consultor doSebrae no projeto de cafeicul-tura para o Norte Pioneiro.

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A primeira edição da FeiraInternacional de Cafés Especi-ais do Norte Pioneiro do Paraná- ocorrida nos dias 6 e 7 denovembro no Centro de Eventosde Jacarezinho - inicia um novociclo para a atividade cafeeiraregional, que passa a se dedicarà qualidade e não apenas à quan-tidade produzida. Organizadapela Acenpp e Sebrae, a Ficaféé uma das atividades previstasno projeto de comercializaçãodo Programa Cafés Especiais doNorte Pioneiro - um amplo pro-grama setorial que está trans-formando a realidade da Cafei-cultura nos 45 municípios queintegram a região.

Luiz Fernando de Andrade Lei-te, cafeicultor em Nova Fátima epresidente da Acenpp, explica que,para alcançar os resultados pre-tendidos a entidade que dirigeestá organizando os produtores eestimulando o uso intensivo denovas tecnologias, a melhoria nagestão das propriedades - quedeverão se certificar (leia matériaespecífica sobre o assunto na pá-gina 5), bem como a participaçãode todos em uma ampla rede

Feira inicia novo ciclo da cafeiculturaFeira inicia novo ciclo da cafeiculturaFeira inicia novo ciclo da cafeiculturaFeira inicia novo ciclo da cafeiculturaFeira inicia novo ciclo da cafeicultura

Cerca de 2 mil pessoas visitaram a Ficafé em Jacarezinho. No detalhe, o

presidente da Acenpp Luiz Fernando Leite, que já anunciou a segunda edição

do evento para 2009

O Sebrae investiu em um evento inédito no Paraná e que atraiu a atenção do

mercado de cafés especiais para o Norte Pioneiro. A região passa a ser

reconhecida como produtora de cafés de qualidade

associativa. "Contamos com o quehá de melhor em pesquisa nomundo, o Iapar (Instituto Agronô-mico do Paraná). Temos a exten-são rural levada a sério, por meiodo Instituto Emater, e o Serviço deAprendizagem Rural (Senar), paraqualificar nossos trabalhadores",lembra o presidente da Acenpp.

Em seu discurso na aberturaoficial do Evento, que contariacom a presença do ministro daAgricultura Reinhold Stephanes,Leite lembrou que o trabalho de-senvolvido até o momento leva achancela e o apoio integral doSebrae, sem o qual, em sua opi-nião, o Programa não teria osucesso que vem obtendo.

O ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento,Reinhold Stephanes, estaria pre-sente à abertura da Ficafé, maso mau tempo o impediu de pou-sar no aeroporto de Ourinhos.Mesmo assim, as atividadesforam desenvolvidas normal-mente, com destaque para olançamento da marca territorialque passa a definir a Indicaçãode Procedência dos Cafés Es-peciais do Norte Pioneiro.

"Contamos com o Sebrae e sua superior metodologia de traba-lho; o que há de melhor em pesquisa no mundo, o Iapar (Insti-tuto Agronômico do Paraná); a extensão rural levada a sério,por meio do Instituto Emater, e o Serviço de Aprendizagem

Rural (Senar), para qualificar nossos trabalhadores"

PARCERIAS DE SUCESSO

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INFORMATIVOEd. 02 | Dezembro 2008INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008Acenpp Acenpp

Governo incentiva busca pela qualidadeGoverno incentiva busca pela qualidadeGoverno incentiva busca pela qualidadeGoverno incentiva busca pela qualidadeGoverno incentiva busca pela qualidade

A inserção do Paraná comoprodutor de cafés de qualidadepassou a se tornar preocupaçãogovernamental em 2004. Com aimplantação de laboratórios, re-alização de cursos de classifica-ção e degustação descentraliza-dos o produtor paranaense fi-nalmente pôde comemorar oprêmio nacional de qualidade.Segundo Rodrigues, 90% doscafeicultores conhecem a quali-dade do produto que sai de suaspropriedades; a bebida obtida,em 70% dos casos, é dura paramelhor; e 75% da produção évendida beneficiada. Muito ain-da há que ser feito, inclusive acriação de novos laboratórios ecursos para o produtor deveestar entre as preocupações doGoverno, sugere Rodrigues.

Essa opinião é semelhante àde Arnaldo Bandeira, diretor pre-

EMATER

Uma das palestras proferi-das durante a Ficafé esteve acargo do engenheiro agrônomoOsvaldo Rodrigues, do InstitutoEmater de Santo Antonio da Pla-tina. Membro ativo da Acenpp,Osvaldo foi incumbido de contarum pouco do histórico da ativi-dade cafeeira na região, desta-cando o período a partir de 1992,quando foi iniciado, em RibeirãoClaro, o Plano de Revitalizaçãoda Cafeicultura (PRC).

O objetivo do governo estadu-al com o PRC era de elevar aprodutividade, reduzir custos mé-dios de produção e gerar estabi-lidade econômica na atividade.Para isso, foi adotado o métodode plantio adensado e promovidaa capacitação dos produtores pelo

método da extensão rural. Foiassim que a produção média sal-tou de 8 para 26 sacas por hecta-re. "Podemos evoluir mais, mas ofoco deve estar na qualidade doproduto", lembra Rodrigues.

Foi pensando nisso que, em1999, o governo do Estado lan-çou o programa "Café QualidadeParaná", passando a adotar umasérie de medidas que resultaramem melhoria sensível dos méto-dos e técnicas de produção. Foigraças a esse esforço que a co-lheita no pano, por exemplo, su-biu de 36 para 55%; a venda decafé beneficiado pulou de 14 para55%, enquanto a quantidade deagricultores com conhecimentossobre a qualidade do produtodobrou, saindo de 30 para 60%.

Rodrigues: "Muito pode ser melhorado no manejo

dos cafezais, no trabalho de colheita e pós-colheita,

elevando a qualidade do produto final

"Podemos evoluir mais, mas o focodeve estar na qualidade do produto" Produção

duro e assiste ao enriquecimentode outros agentes da cadeia pro-dutiva. "O produtor deve procu-rar participar de outras ativida-des que agreguem valor ao pro-duto, e a Acenpp parece apontareste caminho", avalia Bandeira.

Estande do Instituto Emater foi um dos mais

concorridos durante a Ficafé 2008

O trabalho de extensão desenvolvido pelos

técnicos do Instituto Emater é reconhecido

pelos produtores como um dos responsáveis

pela melhoria da qualidade do café

sidente do Instituto Emater. Tam-bém presente à Ficafé, ele lem-brou que o PIB (soma das rique-zas geradas) do agronegócio écada vez maior fora da porteiradas propriedades rurais, ou seja,o produtor fica com o trabalho

"O produtor deve procurar participar de outrasatividades que agreguem valor ao produto, e a

Acenpp parece apontar este caminho"

4 13MERCADO DE CAFÉ E ALTERNATIVAS

Cafés Especiais têm demanda crescenteCafés Especiais têm demanda crescenteCafés Especiais têm demanda crescenteCafés Especiais têm demanda crescenteCafés Especiais têm demanda crescenteCarlos Brando, sócio da P&A

Marketing Internacional - em-presa de consultoria, marketinge trading especializada noagronegócio com ênfase emcafé, falou sobre "Tendênciasde produção, consumo e pers-pectivas de preços para cafésespeciais" durante a Ficafé. Elecitou a irrigação como uma pos-sibilidade tecnológica paraalavancar a produtividade dosetor cafeeiro. "O Brasil temgrandes áreas a tecnificar, e émais viável economicamente in-vestir na melhoria dos cafezaisexistentes que plantar novasáreas", afirma o consultor.

Segundo Brando, o Brasildeve investir mais na aberturade novas fronteiras tecnológicas,em vez de ampliar as fronteiras

te na conquista de novos merca-dos", exemplifica.

TendênciasAs grandes tendências do

mercado, segundo Brando, são oscafés especiais, as novas embala-gens, os novos produtos - como ocafé vendido em grãos paraespressos - e venda em lojasespecializadas. "Promover seucafé perante o consumidor, inves-tindo na certificação, promoção emarketing, com o lançamento desua marca territorial, são iniciati-vas inteligentes. O Norte Pioneirodá um importante passo à frentecom a realização da Ficafé", ava-lia. "A promoção da origem - NortePioneiro - tem impacto positivo naimagem de todos os cafés produ-zidos aqui, não apenas os especi-ais", informa o consultor.

geográficas, ou seja, produzirmelhor em vez de produzir mais,

apenas. "O produtor não podeficar na dependência do clima. A

manutenção de níveis de produ-ção constantes é fator importan-

Uma infinidade de novos produtos são lançados no mercadoa cada ano. "Demanda é entusiasmante", diz Brando

Consumo de Cafés Especiais é uma das grandes tendências do mercdo. Promover o

produto melhora o preço do café comum e melhora rentabilidade do produtor

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INFORMATIVOEd. 02 | Dezembro 2008INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008Acenpp Acenpp

Vieira e Haffers são homenageadosVieira e Haffers são homenageadosVieira e Haffers são homenageadosVieira e Haffers são homenageadosVieira e Haffers são homenageadosna Ficaféna Ficaféna Ficaféna Ficaféna Ficafé

A Acenpp prestou homena-gens a duas personalidades re-gionais durante a Ficafé. O ca-feicultor Luiz Marcos SuplicyHaffers, de Ribeirão Claro, rece-beu das mãos do presidente daAssociação Paranaense de Ca-feicultores, Guilherme LangeGoulart, um belo troféu, em si-nal de respeito pelos relevantesserviços prestados à cafeicultu-ra, especialmente no que dizrespeito ao adensamento daslavouras, em que foi pioneiro.

O cafeicultor foi homenagea-do por ser um ''grande defensor''da classe e por conhecer emdetalhes a parte técnica e dapolítica cafeeira. A cafeiculturafaz parte da vida de toda a suafamília, tendo iniciado por seubisavô, em 1908, no municípiode Ribeirão Claro.

Outro homenageado foi o ex-ministro da Agricultura e da In-dústria e Comércio, José Eduar-do de Andrade Vieira. Ele rece-beu seu troféu das mãos de LuizHenrique Marconi Ferroni, vice-presidente da Acenpp.

Segundo Ferroni, a homena-gem concedida a Andrade Vieirafoi uma unanimidade entre to-dos os associados da entidade,

HOMENAGENS

O trabalho da equipe do Iapar e da Dra. Maria Brígida dos Santos Sholz é

reconhecido pela Acenpp, que lhe rende uma sincera homenagem

uma vez que o ex-ministro é ''umexemplo para todos os brasilei-ros, paranaenses e cafeiculto-res''. Como ministro, Ferronidestacou que Andrade Vieiraestruturou o Senar e ainda im-plantou e implementou açõespara a modernização do minis-tério, tornando as políticas maiságeis e eficientes. Ele lembrouque as discussões sobre a qua-lidade do grão nacional foraminiciadas quando Vieira estava àfrente do ministério.

SurpresaMaria Brígida dos Santos

Scholz, pesquisadora do Iapar,foi presenteada, durante aFicafé, com uma placa simboli-zando o apreço da direção daAcenpp pelo trabalho que de-senvolve em favor da cafeicultu-ra na região. "A homenagem sedá pela importante colaboraçãoe dedicação com que a Dra.Brígida tem trabalhado, e é umaforma de agradecimento a ela eseus colegas de Iapar", lembraOdemir Capello. Surpresa, apesquisadora disse que se dedi-ca ao projeto porque percebe aseriedade com que ele vem sen-do implementado pelos mem-bros da Acenpp.

Luiz Henrique Ferroni e

o ex-ministro José

Eduardo de Andrade

Vieira, um dos

precursores da busca

pela qualidade do café

no Paraná

Guilherme Lange Goulart, presidente da Apac, rendehomenagem a antecessor na direção da entidade

Haffers: "Sinto-me

honrado, emocionado e

agradecido por esta

homenagem. O café tem

extrema importância para

a economia do Paraná, e

um lugar especial na

história de minha família"

INFORMATIVO

12

4C é o sistema adotado pela Acenpp4C é o sistema adotado pela Acenpp4C é o sistema adotado pela Acenpp4C é o sistema adotado pela Acenpp4C é o sistema adotado pela AcenppCERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS

O Código Comum da Comu-nidade Cafeeira, ou simplesmen-te "Certificação 4C", tem por ob-jetivo atestar que a propriedaderural certificada está em confor-midade com as exigências domercado mundial. Por se tratarde uma certificação simplificadae menos onerosa, foi escolhidapela Acenpp para ser implanta-da nas propriedades de seusassociados. "É um instrumentoimportante em vários aspectos,porque interessa garantir asustentabilidade desse setorcafé. Os principais compradoresde produtos agrícolas queremsaber detalhes, onde o café foiproduzido, de que maneira, seforam atendidos aspectos legais,sanitários. Isso se chamarastreabilidade. A certificação éum aval que garante a proce-dência do café e o atendimentoa certas normas", explica LuizHenrique Ferroni, vice-presiden-te da Acenpp.

Segundo Odemir Capello,está sendo feito um trabalho deconvencimento do produtor ru-ral quanto às vantagens dacertificação. "O produtor, geral-mente descapitalizado, não quernem ouvir falar em ações queenvolvam grandes investimen-tos", avalia. Por isso o Projeto deCertificação está sendo subsidi-ado. "Conseguimos chegar numcusto para o produtor de R$ 0,40(quarenta centavos) por saca decafé beneficiado, por ano. É pra-ticamente gratuito", afirma o con-

A certificação das propriedades funciona como um atestado de que o produtor segue as boas práticas

agrícolas, respeita o meio ambiente, com sustentabilidade social

sultor. São parceiros nessa inici-ativa, além da Acenpp e Sebrae,a Faep, Emater, Senar, Iapar,APAC e Sindicatos Rurais.Capello entende que "esse é umbenefício que o produtor estarárecebendo a custos baixíssimos.O caminho de qualquer ativida-de produtiva passa pelarastreabilidade, o que é possívelapenas através da Certificação",pondera o consultor.

Em sua avaliação, no curtoprazo só permanecerão no mer-cado, com condições de compe-tir, aqueles que dispuserem dacertificação. "Em 10 anos, 90%da produção mundial de café

A certificação das propriedades foi tema de

palestras durante a Ficafé

será certificada pelas normas4C", finaliza.

Como funcionaAs orientações para ade-

quação das propriedades seráfeita por técnicos contratadospelo Sebrae.

Realiza-se uma auditoria naspropriedades inscritas no proces-so de certificação onde são le-vantados os pontos que precisamser trabalhados pelo produtor.

As normas definem adequa-ções e exigências que vão garan-tir que o produto não ofereceperigo à saúde do consumidor,pois está livre de contaminaçãofísica, química e biológica.

Uma vantagem da certificaçãoé a rastreabilidade, que permite ao

consumidor ter informações sobreo café desde o plantio até a xícara.

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Iapar detecta e descreve atributos doIapar detecta e descreve atributos doIapar detecta e descreve atributos doIapar detecta e descreve atributos doIapar detecta e descreve atributos docafé do Norte Pioneirocafé do Norte Pioneirocafé do Norte Pioneirocafé do Norte Pioneirocafé do Norte Pioneiro

CARACTERIZAÇÃO DA BEBIDA

Aroma, sabor e textura, estessão os três atributos da bebida docafé detectados através dos ór-gãos do sentido humano.

O aroma se forma durante oprocesso de torra. São cerca demil substâncias diferentes presen-tes no café. Bons cafés apresen-tam aroma caramelado, frutado,floral ou achocolatado.

O sabor do café pode ser doce(obtido em cafés bem maduros);ácido (cafés com maturação prolon-gada ou demorada); amargo (cafémuito torrado). Há ainda os caféscom sabor de chocolate, caramelado,nozes, frutas cítricas. A textura podese apresentar sem corpo, leve,bom corpo ou encorpado, isso de-

Os atributos sensoriais do cafépodem ser associados a sua ori-gem geográfica e isso agrega valorao produto. É o que acontece, atítulo de exemplificação, com osvinhos franceses, o azeite portugu-ês, o chocolate suíço ou o bacalhauda Noruega. E é exatamente issoque pretende a Acenpp, diferenciaro café do Norte Pioneiro no merca-do, agregando valor e obtendo afidelidade do consumidor.

O nosso Café Especial

Para detectar os atributos exis-tentes na bebida do café produzidona região o Sebrae e a Acenppforam buscar a cooperação do Ins-tituto Agronômico do Paraná - IAPAR.Há anos o Iapar desenvolve brilhan-tes trabalhos de pesquisa e por issoé reconhecido no mundo todo.

Por esta razão a pesquisado-ra Maria Brígida dos Santos Scholzfoi convidada a proferir palestradurante a Ficafé. Ela apresentou

Um café leve, encorpado, comintensos aroma e sabor de café,doce, caramelado, com acidez mo-derada e levemente amargo. Essaé a conclusão do estudo do Iapar arespeito do café do Norte Pioneiro.

Utilizando a técnica Perfil Li-vre de análise sensorial, que sefundamenta no fato de que aspessoas percebem as mesmascaracterísticas nas amostras,mas as expressam de forma di-

Os cafés especiais do

Norte Pioneiro do

Paraná têm atributos

únicos, derivados de sua

origem geográfica, que os

diferenciam no mercado

ferente, a pesquisadora MariaBrígida Scholz contou com a co-laboração de 18 provadores queanalisaram 54 amostras de cafécereja natural e descascado, emtrês sessões. Isso gerou cercade 12,6 mil dados coletados eanalisados por computador.

Segundo Scholz, um produtode qualidade é aquele que possuias características que o compra-dor deseja. Explorar a associação

entre os atributos detectadose a origem geográfica, ob-

tendo o acréscimo de va-lor ao produto, é tarefapara as ferramentas demarketing e promoção.

os resultados de seu trabalho cien-tífico sobre os "Atributos da Bebidado Café no Norte Pioneiro".

VOCÊ SABIA? Atributos do café

Informativo anterior fala da localização geográfica e como isso influencia nos atributos da

bebida. Faça o download do arquivo em www.acenpp.com.br/informativo_cafes.pdf

pende do tipo de preparo, tipo decolheita e do grau de torra. Osatributos do café são influencia-dos pela espécie da planta, suas

variedades, técnicas de preparopós-colheita (natural, cereja des-cascado), condições climáticas, ti-pos de solo, temperatura e água.

Aroma, sabor e textura são os atributos analisadospelos degustadores de café

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SALA DO CAFEZINHO

Deputado presenteA Ficafé recebeu um público estimado em 2 mil

pessoas, entre cafeicultores, expositores, e pessoasinteressadas em conhecer máquinas e equipamentosexpostos no pavilhão de exposições do Centro deEventos de Jacarezinho. O deputado federal Chico daPrincesa (PR) marcou presença, e pôde apreciar osabor dos cafés finos servidos em vários dosestandes instalados na Feira.

PioneirismoO diretor técnico do Sebrae-PR, Julio Agostini,

entende que a valorização do produtor, objetivo doPrograma Cafés Especiais do Norte Pioneiro, desenvolvi-do em parceria entre a Acenpp e diversas entidadespúblicas e privadas, valoriza, no final das contas, toda aregião. Segundo Agostini, atividades como a Ficafé, acertificação de propriedades rurais e identificaçãogeográfica, todas medidas pioneiras em termos deParaná, fazem jus ao nome da região.

Mercado futuro"Novas formas de comercialização de café" foi o tema

a cargo de Fernando Souza Barros, especialista emmercados da Terra Futuros, uma corretora de mercadori-

as plena e sócia da BM&F (Bolsa de Mercadorias &Futuros) e que conta com uma equipe de profissionais

qualificada e com experiência internacional focada, eminformações e execuções de derivativos e futuros.

SucessoPara o vice-presidente da Acenpp, Luiz H. Ferroni, os

resultados da Ficafé foram altamente positivos, motivopelo qual já foi lançada a segunda edição do Evento, queserá realizada em 2009. O que mais entusiasmou oscafeicultores da região foi ouvir, dos compradores quemarcaram presença, que a Feira - realizada emJacarezinho - iguala e até mesmo supera outros eventosdo tipo realizados em regiões mais avançadas em termosde organização e marketing.

Solen idadeCompuseram a mesa de autoridades na abertura da

Ficafé, além do presidente da Acenpp, Luiz Fernando deAndrade Leite, Dirceu Rodrigues, representante do mi-nistro Reinhold Stephanes; Júlio Agostini, diretor técni-co do Sebrae; Francisco Barboza Lima (MAPA); BrunoGrandi (Seab); José Antonio Costa (Prefeitura deJacarezinho); Armando Androciolli (Iapar); ArnaldoBandeira (Emater); Paulo Buso (Faep); Valter Ferreira

de Assis (Banco do Brasil).

CONFIRA E GARANTA

SEU ESPAÇO

Vem aí:FICAFÉ 2009

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10DEGUSTAÇÃO

Imortalizados pelo cinema, osdegustadores de vinho, em casasonde é tradição a incorporaçãoda bebida às refeições, são osprofissionais que garantem a con-fiança no cliente de estar consu-mindo um produto de qualidade.

No mercado de café, a participa-ção desses profissionais é funda-mental para a realização de uma boacomercialização, pois osdegustadores, especialistas na avali-ação das qualidades e limitações doscafés, são quem dão a temperaturadas cotações, garantindo ao vende-dor o melhor preço por seu produtoe, ao comprador, a certeza de queestá levando um café de qualidade.

Nos dois dias da 1ª Ficafé, emJacarezinho, os degustadores de-ram o ponto de equilíbrio nos negóci-os. Na manhã e tarde de quinta-feiraforam realizadas degustações paracompradores que, a partir de suasanálises e de necessidades, decidiri-am de qual produtor comprar os lotesde café na "Rodada de Negócios",ocorrida no período da tarde. Nasexta-feira o processo se repetiu,com degustações que começavam apartir das 9h e iam até às 17h.

Na degustação, o profissional,através de apurado treinamentoem que desenvolve técnicas doseu paladar, é capaz de identificardetalhes da bebida que indicam sea qualidade do café que está sen-do comercializado atende aos pa-drões de excelência exigidos. Odegustador deixa o café na boca eapós bochechos concentrados, cos-pe num recipiente específico. As-

Feira seleciona cafés finosFeira seleciona cafés finosFeira seleciona cafés finosFeira seleciona cafés finosFeira seleciona cafés finos

sim, ele é capaz de perceber deta-lhes provenientes até da colheitae secagem do grão de café.

O funcionário da Emater de CornélioProcópio Vladimir de Jesus Passos fezparte da Comissão de Apoio da equipede degustação da 1ª Ficafé.

Ele explica um pouco dos objeti-vos dessa prática: "A degustação éuma forma subjetiva de analisar ascaracterísticas de determinado café".Conta ainda que existem diferentespadrões de classificação da bebida:o 'estritamente mole' (que é o top de

Degustação avalia qualidade do produto e por isso se reveste de fundamentalimportância na comercialização. Na Ficafé foi disponibilizado um laboratóriocom toda a estrutura para atender os compradores

linha, o melhor), e aí em ordemdecrescente de qualidade, 'mole','apenas mole', 'dura', 'riada' e 'rio'.

Segundo ele, mesmo dentro dopadrão, há designações intermedi-árias: 'dura para melhor' e varia-ções do 'dura' entre o 'dura' que sejalimpo e o que apresente 'gosto deverde' ou 'gosto de terras'.

Em feiras do porte da Ficafé,explica Vladimir, são expostos ape-nas cafés com qualidade superior,todos com pontuações de bebida,como é chamada essa classifica-ção, acima de 77 pontos.

A comissão de apoio é respon-sável por adequar a mesa para aexperimentação das empresas,pois cada uma possui um 'blend'diferenciado. Para compor essasmisturas, elas necessitam de cafécom diferentes características,criando assim seu padrão próprio.

Para a realização da Ficafé,os organizadores selecionaram60 entre 130 amostras do produ-to oferecidas em toda a região.

O processo de seleção foi rigo-roso, tendo em vista que a quali-dade dos cafés especiais do NortePioneiro tinha que ser garantida.

A seleção não levou em contao tamanho da propriedade ou aquantidade de cafeeiros cultiva-dos, já que o objetivo é a qualida-de do café produzido. A escala naprodução e comercialização doscafés especiais serão proporcio-nadas pela constituição de lotesem que serão agrupados cafésobtidos de diferentes produtores.

Todos aqueles dispostos ainvestir na qualidade têm espa-ço garantido na Acenpp, inde-pendente do porte.

Comissãoanalisa 130amostras decafé e destaca60 na Feira

Técnicos defendem ampliação do número de

laboratórios de degustação no Norte Pioneiro

No Brasil, poucas regiões con-tam com a indicação geográfica. OVale dos Vinhedos, na Serra Gaú-cha, o café do Cerrado, em MinasGerais, a região do Pampa Gaú-cho, com sua pecuária de tradiçãoe, mais recentemente, a cachaçade Parati. Todos esses processoscontaram com a participação doSebrae para sua obtenção nos res-pectivos estados. No Paraná, oNorte Pioneiro sai na frente, sendoa primeira região a delimitar geo-graficamente a produção, no caso,o café, e a segunda região do Brasilcom marca regional de café.

A logomarca regional criadapela Acenpp é uma representa-ção gráfica da cafeicultura doNorte Pioneiro, com suas quali-dades e características próprias.São três grãos estilizados sobreum losango verde. Dois grãostêm coloração verde, o símbolodo Paraná e um outro vermelho,coloração tradicional do café, re-presentando a região.

O objetivo da Acenpp, com amedida, é obter cotação própria doscafés do Norte Pioneiro nas Bolsasde Mercadorias, como ocorre hojecom os cafés Paulista e Mineiro.

"Chega de vendermos nosso pro-duto mais barato que os outros", dizLuiz Fernando de Andrade Leite,presidente da Acenpp. "Pretende-mos com nossa marca obter umpreço superior ao café commodity(comum, comercializado em Bolsa)que valorize a qualidade", avalia.

Leite explica que o ProgramaCafés Especiais do Norte Pionei-

Norte Pioneiro tem sua marca territorialNorte Pioneiro tem sua marca territorialNorte Pioneiro tem sua marca territorialNorte Pioneiro tem sua marca territorialNorte Pioneiro tem sua marca territorialPIONEIRISMO

Indicação Geográfica visa divulgação da qualidade do café da região

ro deve ser implantado totalmen-te em cinco anos, com etapas aserem cumpridas como o traba-lho de qualidade dos grãos,certificação das propriedades, areunião e padronização dos lo-tes, até a comercialização e ex-

portação. ''Queremos criar umespírito cooperativo entre produ-tores e compradores. Queremosrespeito porque um depende dooutro'', afirma.

A marca regional está em pro-cesso de registro junto ao INPI.

Senar é parceirono Programa

Durante a Ficafé, no Píododa tarde, foram proferidas di-versas palestras, de hora emhora, para públicos menores eespecialmente para produtoresde café que desejassem adqui-rir conhecimentos específicos.

Célio Marques L. Gomes, doSenar, proferiu palestras sobremercado futuro do café. O tema,apesar de estranho ao cafeicultorde pequeno porte, foi abordadode maneira simples, clara, já quea especialidade do Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Rural é ofe-recer treinamento e capacitaçãoà mão de obra no campo.

O Senar tem sido um parcei-ro de primeira grandeza daAcenpp e seus técnicos vêm seconstituindo em importantes

Produtor recebe treinamento e capacitação do Senar

agentes na disseminação da cul-tura da qualidade.

Outras palestras proferidas:Cilésio Abel Demoner e Luiz

Antonio de Souza, do Emater,discorreram sobre Manejo Inte-grado de Pragas e Mecanizaçãoda Lavoura de Café. OdemirVieira Capello e Adhemar Martins,da Acenpp, falaram sobreCertificação (Código 4 C). JovaniResende de Araújo Jr, daSyngenta, fez palestra sobreTecnologia WG no Manejo dePragas e Doenças. WagnerDomingues, da Palini & Alves,abordou os temas Secagem,armazenamento, benefício erebenefício; e Colheita eprocessamento via úmida.

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INFORMATIVOEd. 02 | Dezembro 2008INFORMATIVO Ed. 02 | Dezembro 2008Acenpp Acenpp

Acenpp homenageia patrocinadores e parceiros da Ficafé 2008Acenpp homenageia patrocinadores e parceiros da Ficafé 2008Acenpp homenageia patrocinadores e parceiros da Ficafé 2008Acenpp homenageia patrocinadores e parceiros da Ficafé 2008Acenpp homenageia patrocinadores e parceiros da Ficafé 2008

A 1.a edição da Feira Internaci-onal de Cafés Especiais doNorte Pio neiro do Paraná foi

organizada pela Acenpp e Sebrae.Os cafeicultores, porém, contaram com

a colaboração de vários parceiros e patroci-nadores, sem os quais o evento não serevestiria do caráter participativo desejadopelos seus idealizadores.

A Acenpp, na qualidade de entidaderepresentativa de um forte segmento daagricultura, vem a público agradecer a todosque, dentro de suas possibilidades e compe-tências, deram sua contribuição neste mo-mento histórico da cafeicultura.

Federação da Agricultura do Paraná (Faep),Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento, Banco do Brasil, Secretaria de Estadoda Agricultura (Seab), Instituto Agronômico doParaná (Iapar), Instituto Emater, Serviço Naci-onal de Aprendizagem Rural (Senar), Associa-ção Paranaense de Cafeicultores (Apac), Asso-

Banco do Brasil

ciação dos Municípios do Norte Pioneiro(Amunorpi) e Prefeitura Municipal deJacarezinho foram parceiros de primeiragrandeza e mercem o nosso respeito.

Da mesma forma, as empresas Syngenta,Basf, Palini & Alves, SorvCrem, Denorpi,Ruralpec Stihl, Vilela & Vilela, Ferroni CafésEspeciais e Pinhalense Máquinas Agrícolas,deram mostras de que é possível trabalharlado a lado com o produtor quando o interessecomum é posto acima dos interesses individu-ais. Os estantes dessas empresas mostraramo que há de melhor no mercado e o investi-mento que fizeram é reconhecido por todos.

Agradecemos também à CooperativaComfibra e aos membros do Programa Tu-rístico de Ribeirão Claro, iniciativas de de-senvolvimento que contam com a parceriado Sebrae e que brindaram a todos ospresentes com sua participação na Ficafé.

Esperamos contar com todos na próximaedição, programada para 2009.

Syngenta

Palini & Alves BASF

Terrafuturos FAEP

DENORPI Palini & Alves

Pinhalense Ruralpec

Turismo Sebrae Comfibra

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