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Gestão de Produção: Empreendedorismo, Administração Estratégica, Sistema de Informação - UNOPAR
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UNIDADE 1 - SEMINÁRIO V
WEB-AULA 1
HR Estratégico
Unidade I: IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA DE RH NAS ORGANIZAÇÕES
Gestão estratégica de Recursos Humanos1
“Olá pessoal, é com muita satisfação que iniciaremos nossa conversa sobre um tema que
atualmente está fazendo parte do dia a dia de inúmeras empresas a “Estratégia de RH nas
Organizações”.
Sabemos que a cada dia, mais e mais empresas utilizam recursos disponíveis no mercado para
melhorar seus processos produtivos na busca de melhores resultados. Com a área de Recursos
Humanos não é diferente. Cada vez mais empresas necessitam de profissionais qualificados, pró-
ativos e que possuam uma característica primordial para os dias de hoje, que tenham capacidade de
avaliar o processo como um todo (começo, meio e fim) dentro de uma visão sistêmica.
Visão do todo
Uma empresa com profissionais com esse perfil, faz parte do sonho de muitos empresários que
almejam crescer no seu ramo de negócio. Muitos deles possuem um discurso muito eloqüente, mais
ou menos assim:
Daria para encher páginas e páginas de frases como estas.
Bem, se o que falamos é uma realidade, posso fazer uma pergunta?
"Na primeira situação de dificuldade financeira da empresa, qual é a primeira área que sofre os cortes?
Então vamos botar o pé no chão e andar mais próximo da realidade? Quando falamos das
características dos profissionais, isso é real, mas cabe aos gerentes de Recursos Humanos
oferecerem metodologias de avaliação de melhoria nos processos não só relacionados
exclusivamente a gestão de RH, mas para todos os processos da empresa incluindo
desenvolvimento, produção, execução, faturamento, engenharia, suprimentos, cobrança, transporte,
atendimento, vendas, etc. etc. etc.
Segundo César Souza em Talento & competitividade “Torna-se necessário e urgente reinventar a
área de RH. Os profissionais dessa área só conseguirão ser co-autores das estratégias corporativas
quando tiverem domínio dos diferentes negócios da empresa, visão estratégica, mente
empreendedora e clara percepção das competências essenciais que fazem essa empresa ter lucro
ou prejuízo.”
Para atender a essa demanda, profissionais de Recursos Humanos devem desenvolver
competências necessárias para colocar em prática ações inovadoras com ênfase em resultados em
conformidade com estabelecido no plano estratégico empresarial.
Para melhorar nosso entendimento acerca do assunto, sugira a leitura da matéria no link abaixo:
http://www.personasystem.com/artigo.php?codArtigo=6
Gostaram do texto? Realmente os desafios são enormes, e a área de Recursos Humanos é a
responsável por proporcionar toda essa mudança na empresa.
Olha a frase de Jack e Suzy Welch, autores do best-seller internacional Paixão por Vencer.
“O verdadeiro RH aparece nos resultados da empresa”
Bom! E porque tudo isso está acontecendo e de forma tão rápida?
- Com o agravamento da crise financeira mundial, aquela dúvida que persistia em algumas cabeças
de que a globalização não era algo tão real como se apresentava “caiu por terra”. Da mesma forma
que a empresas se beneficiaram com a globalização, em contrapartida sofrem pressões externas e
ficam cada vez mais expostas necessitando de uma gestão mais coesa, capaz de mantê-las no
mercado.
Grandes e pequenas companhias reconhecem a necessidade de fazer negócio numa escala cada
vez maior, e em nível internacional. Para se tornarem competitivas, elas devem assegurar que
projetam, desenvolvem, produzem, instalam, prestam serviços, não utilizam mão de obra infantil,
não agridem o meio ambiente entre outros requisitos estabelecidos e reconhecidos
internacionalmente. A norma ISO (International Organization for Standardization) divide-se em
comitês técnicos que se reúnem periodicamente para analisar e adequar às normas vigentes, da
mesma forma propor outras quando necessário. Quando uma empresa possui uma certificação
como esta, é porque cumpre as normas estabelecidas e é constantemente auditada por um
organismo certificador que recomenda ou não sua certificação.
Para mais informações a respeito da ISO 9001 acesso o site:
http://www.lrqa.com.br/certificacao/qualidade/iso9000_2000.asp
O vídeo que estou sugerindo a vocês é bem simples e já foi publicado em praticamente todas as
emissoras de televisão, portanto não é novidade, mas o não atendimento a essa norma (meio
ambiente) fez com que muitas empresas desaparecessem do mercado e outras mais sérias e
comprometidas, simplesmente assumissem seu lugar.
http://br.youtube.com/watch?v=8FL2phXalpY&feature=related
Bom! Vocês devem estar perguntando o que tudo isso tem a ver com RH, simplesmente TUDO.
Sem empresa, sem emprego.
Gostaria de encerrar nossa primeira Web Aula dizendo que:
“Uma empresa sem estratégia é como estar
em alto mar sem bússola”
Da mesma forma
“Uma empresa sem um sistema de gestão
implementado e rodando é como não
conhecer a si próprio”
RH ESTRATÉGICO
Unidade I: IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA DE RH NAS ORGANIZAÇÕES
Consultoria com foco em RH
Sumário: Nesta aula iremos entender a importância da consultoria nas organizações.
Em nossa segunda Web Aula, conheceremos a importância da consultoria para busca de agilidade dos processos a partir
da quebra de paradigma fundamental para que as mudanças ocorram dentro da empresa. Vamos entender porque as
empresas a consideram essencial tornar-se mais competitiva no mercado.
O que leva as organizações a procurarem um serviço de consultoria?
Normalmente a maioria só busca auxílio de uma consultoria, quando está prestes a enfrentar uma
crise, que muito provável que já esteja dentro dela.
Isso ocorre por diversos motivos. Segundo Schein (1972), o executivo só contrata um serviço de
consultoria porque não foi capaz de solucionar o problema sozinho. Ao contratar uma consultoria,
assume sua incapacidade de lidar com o problema e delega essa responsabilidade a um profissional
qualificado para tirá-lo do “olho do furacão”.
“O que vem a ser uma Consultoria?”
Segundo Caplan (1970. p.19) consultoria é:
“um processo de interação entre dois profissionais: o consultor,
que é um especialista, e o consultando, que solicita o auxílio do
consultor em relação a um problema de trabalho do momento,
com o qual ele enfrenta algumas dificuldades e o qual ele
entende que pertença a outras áreas específicas do
conhecimento.
Já o Instituto Brasileiro de Consultoria Organizacional (2007) afirma que se trata de um processo de
união entre um agente externo ou interno e seu cliente. Nesta união, o agente é encarregado de
auxiliar o cliente que, por sua vez, tem a obrigação de dar a opinião final.
Baseado nisso, a consultoria organizacional, apesar de não ter envolvimento com a mudança,
assume caráter diferenciado em função da natureza do problema que se pretende resolver, pois
estimula o cliente a promover discussões e fazerem análise e sentirem o quanto as mudanças
sugeridas serão necessárias.
Para melhorar nosso entendimento acerca do assunto, sugira a leitura da matéria no link abaixo:
http://www.ibco.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21:por-que-consultoria-
&catid=3:consultoria&Itemid=658
Consultoria e Intervenção
Toda consultoria tem como base a ação de Intervenção. Segundo Blake e Mouton (1978) reforçam a
importância da intervenção, definindo como um processo no sentido de alguém fazer algo para outra
pessoa, com objetivo quebrar um ciclo-desordenado.
Vendo por esse ângulo, a intervenção é um processo que abrange todas as fases de uma
consultoria e assume um caráter particularizado da implementação da mudança, relacionado mais
especificamente ao tipo de problema apresentado.
Atividades terceirizadas
Há momentos em que o foco nos negócios fica tão prejudicado que vale a pena contratar uma
empresa para fornecer serviços tanto de consultoria com para realização de atividades rotineiras que
eram desenvolvidas apenas pelo setor de Recursos Humanos.
Atualmente as empresas terceirizadas tornam-se parceiras estratégicas, auxiliando a organização a
alcançar seus objetivos, pois possuem competência necessária para atuar desde uma grande
consultoria até mesmo para a realização de atividades pontuais e rotineiras como folha de
pagamentos, administrar benefícios, controle de jornada de trabalho e entre outros.
http://www.el-kouba.com.br/
São atividades fundamentais e necessárias dentro da organização, mas se avaliarmos com mais
propriedade, a empresa não investe para melhoria desses processos e mantê-los se torna oneroso.
Isso se dá porque os administradores não enxergam como atividade fim, simplesmente “não faz
parte do negócio da empresa”.
Nesse contexto, os profissionais de RH terão mais tempo para desenvolver conhecimento,
competência e comprometimento na gestão avançada de pessoas alinhadas com os objetivos
estratégicos na pessoa de um consultor interno.
Por que Contratar um Consultoria
O que leva uma organização a buscar uma contratação de uma consultoria externa é porque não
possui profissionais qualificados e com expertise necessária para conduzir a consultoria. Pode até
possuir consultores internos, mas dependendo da abrangência e do grau de complexidade exigidas
a contratação trará mais credibilidade ao processo, pois sendo consultores externos não possuem
vícios e são totalmente independentes, características exclusivas dessa consultoria.
Para a organização usufruir ao máximo dos benefícios da consultoria, deve-se considerar os pontos
elencados e devidamente alinhados com as competências profissionais dos consultores de forma
diferenciada relacionadas ao Conhecimento, Habilidades e Atitude. Fatores cruciais na escolha de
uma empresa prestadora de serviços de consultoria.
http://www.google.com.br/imgres?q=parceria+empresarial&hl=pt-BR&gbv=2&tbm=isch&tbnid=C0-
kcvN5VC8JaM:&imgrefurl=http://alicomsti.blogspot.com/2010/04/o-crescimento-de-grupos-
empresariais.html&docid=0IKo4hqPmWr6hM&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_W4wzgALmURE/
S9sZZXAggBI/AAAAAAAAAEY/WVKV3SnZZGg/s1600/Empresa_Parceria.jpg&w=414&h=275&ei=-
hOzTtCnHYn2gAeFtOC_BA&zoom=1&iact=rc&dur=366&sig=117761271019773383232&page=1&tb
nh=139&tbnw=181&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=114&ty=88&biw=1366&bih=643
Antes de contratar uma consultoria, esses pontos devem ser exaustivamente avaliados e
comprovados através de históricos de prestação de serviços realizados e a qualificação dos
integrantes da equipe consultora.
Algumas empresas possuem características bem distintas, umas especializadas em processos e outras em intervenção
ou abas. Mas antes da contratação é importe ter em mente:
ESTOU CONTRATANDO UMA
CONSULTORIA PARA ME APOIAR NUMA
INTERVENÇÃO OU NA CRIAÇÃO DE UM
NOVO PROCESSO?
Vimos que a Consultoria representa um grande avanço nas relações cotidianas das organizações,
principalmente diante dos desafios e tendências crescentes de se reestruturarem constantemente
seus processos diante da demando de mercado.
A consultoria pode ser muito mais que uma simples prestação de serviços diferenciada, ela pode vir
a tornar-se um recurso eficaz com ênfase em Recursos Humanos para o desenvolvimento de
pessoas, na ótica das novas relações de trabalho, contribuindo para o aprimoramento das relações
entre capital e trabalho.
PARA REFLEXÃO
Se a organização pretende identificar e desenhar os processos, destruir a burocracia e fazer
com que seu pessoal saia da famosa “zona de conforto” uma sugestão...
“REINVENTE SUA EMPRESA”
Espero que tenham gostado dos temas abordados nessa unidade. Bom estudo
UNIDADE 2 - POLÍTICAS E PRÁTICAS DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS
“Olá pessoal! Já sabemos que a gestão estratégica de pessoas é um grande desafio para as
organizações que desejam manter sua competitividade. O entendimento sobre as políticas e práticas
da área de recursos humanos poderá nos ajudar a compreender então como são as suas aplicações
no dia a dia das organizações. Vamos lá?
Não deixem de acessar os links, vídeos e de ler as reportagens.
Já sabemos que a administração de recursos humanos teve início com os departamentos pessoais
nas fábricas da época da Revolução Industrial, e que evoluiu para o conceito de gestão de pessoas
em função de pressões sofridas pelas organizações, e das mudanças que ocorrem no ambiente em
que elas competem.
O aumento da concorrência, a globalização e as novas tecnologias forçaram as
organizações a reverem seus modelos de administrar e principalmente seus modelos de administrar
seus funcionários. As pessoas ganharam destaque quando se percebeu que elas é que movem as
organizações, e que o comprometimento dos funcionários é essencial para que a organização atinja
seus objetivos.
O ser humano teve seu papel valorizado e deixou de ser considerado um custo quando as empresas
enxergaram que são as pessoas as grandes responsáveis pela ação que as leva ao resultado.
Com isto o desafio passou a ser a administração das pessoas alinhada a estratégia global do negócio. As práticas de
recursos humanos se direcionaram para envolver, desenvolver e reconhecer os funcionários e não mais controlá-los e
puni-los.
Mesma que hoje estas afirmações nos pareçam
óbvias é importante conhecermos a história da
área de recursos humanos e sua evolução, para
percebermos como demoramos em entender a
importância das pessoas para a competitividade
das organizações.
POLÍTICAS E PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS SÃO O DESDOBRAMENTO DA
ESTRATÉGIA DEFINIDA. SÃO AS FORMAS DE COLOCÁ-LA EM AÇÃO!!!
Faz parte da estratégia de gestão de pessoas gerir talentos e conseguir o comprometimento do
corpo de funcionários, e para as organizações transformarem isto em realidade, elas traduzem estes
objetivos estratégicos em políticas e práticas (BIANCHI, 2008).
Decisões Estratégicas são mais amplas, determinam a direção geral de um empreendimento, suas
viabilidades e as mudanças que possam ocorrer nos ambientes.
Várias pesquisas tentam identificar como a gestão de pessoas deve ser conduzida na prática.
Embora cada uma delas traga uma receita, em todas existe o consenso de que, para a receita dar
certo, as práticas escolhidas devem ser coerentes com a estratégia de gestão de pessoas, que por
sua vez, deve estar alinhada a estratégia global da empresa.
Para melhor compreender como as estratégias de gestão de pessoas são traduzidas em políticas e
práticas, Bianchi (2008) as dividiu em três categorias ou grupos. A autora estudou sobre o assunto e
concluiu que é possível classificar as práticas relacionadas à gestão de pessoas dentro de um
destes três grupos
- Práticas de envolvimento dos funcionários
- Práticas de desenvolvimento dos funcionários
- Práticas de reconhecimento dos funcionários
Explicando melhor sobre ao que se refere cada grupo e quais práticas de gestão de pessoas se
enquadram em cada um deles, Bianchi (2008) fez as seguintes observações:
Para ENVOLVER os funcionários é preciso que a organização invista em:
Comunicação . Para que todos saibam aonde a organização quer chegar e como ela quer chegar. Isto nos lembra da missão e visão de uma empresa não lembra?
Descentralização das decisões , ou seja, dar aos funcionários a oportunidade de participar dos processos de decisão, ou até mais, permitir que eles decidam qual a melhor solução para um problema e situação.
Trabalho em Equipe. O trabalho em equipe coloca todos os funcionários no mesmo patamar, não tem chefe nem subordinado, todos têm que superar as diferenças e se concentrar nas necessidades da empresa.
ACESSEM O LINK A SEGUIR E LEIAM A
REPORTAGEM SOBRE ENVOLVIMENTO E
COMPROMETIMENTO: FERRAMENTAS
IMPRESCINDÍVEIS DE GESTÃO
http://www.administradores.com.br/
informe-se/artigos/envolvimento-e-
comprometimento-duas-ferramentas-
humanas-imprescindiveis/21923/
Antes de darmos continuidade ao assunto “políticas e práticas da gestão estratégica de pessoas”
observem a charge a seguir, que ilustra uma discussão clássica sobre a diferença entre
envolvimento e comprometimento.
DESENVOLVER os funcionários na prática é preciso:
Treinamento contínuo para que as habilidades pouco desenvolvidas ou inexistentes sejam adquiridas ou aprimoradas pelos funcionários.
Promoção para dar-lhes a oportunidade de crescerem com um novo desafio, um novo cargo ou função dentro da empresa.
E para que os funcionários mantenham suas condutas de comprometimento é
preciso RECONHECER suas atuações. Dividir os lucros da empresa com os funcionários, de acordo
com o desempenho é uma das práticas bastante utilizadas entre as empresas atualmente.
Quando o salário é pago a todo funcionário independente do seu comprometimento, não provoca
muitos estímulos e motivação, por isto muitas empresas têm adotado a PLR - participação nos
lucros e resultados - como forma de reconhecimento aos que realmente se comprometeram e
contribuíram para o resultado positivo.
Podemos então concluir que a estratégia que busca o comprometimento, se traduzida em práticas
que conseguem o melhor desempenho dos profissionais da empresa, também alcança bons
resultados no aumento da produtividade, na redução de custos e no aprendizado individual e
organizacional.
E não podemos nos esquecer que uma organização que prioriza a estratégia de comprometimento
das pessoas, é uma organização que as consideram parceiras, pois nelas investem para conseguir
os melhores resultados.
Assunto interessante não é?
Quando percebemos a ligação direta que cada uma das ações definidas para a área de gestão de
pessoas fica claro então como a estratégia definida pela organização poderá ser colocada em
prática.
Uma vez que as organizações competem e lucram através das ações das pessoas é preciso ter a
dedicação e o cuidado de planejar o que seja melhor para ambos. Concordam?!
Chegamos ao fim da unidade I desta web aula. Quero que pensem se a empresa onde atuam (como
funcionários, administradores, proprietários ou gerentes) está tendo esta visão.
ATENÇÃO! A falta de uma visão estratégica sobre a gestão de pessoas pode ser a causa do
desempenho insatisfatório.
WEB-AULA 2
AUDITORIA EM RECURSOS HUMANOS
Quem já foi auditado na empresa onde trabalha? Como foi esse processo? Como você se sentiu e
que consequências isso teve para seu trabalho e para a empresa como um todo?
A maioria das pessoas que trabalham em empresas de médio e grande porte já passou por algum
processo de auditoria e sabem o que ele significa. Para os que ainda não conhecem muito bem o
tema gostaria de apresentar algumas definições importantes:
AUDITORIA EM RECURSOS HUMANOS: análise de políticas e práticas de pessoal de uma organização, e avaliação de seu funcionamento atual, seguida de sugestões para melhoria (Gil, 1996).
IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA: grande principalmente quando tendência moderna é de transformar cada frente em um gestor de RH na Gestão Contemporânea (Gil, 1996).
FINALIDADE: mostrar como cada programa está funcionando, localizar as práticas e condições que devem melhorar a qualidade dos programas e serviços oferecidos pela Gestão de Pessoas, ou ainda indicar à organização quais práticas não compensam pelo alto custo e baixa eficácia (Gil, 1996.
Sigam para a biblioteca digital e leiam principalmente o capitulo 04 do livro Auditoria em Recursos Humanos, do professor Rinaldo José Barbosa Lima. Tirem todas as suas dúvidas. É só acessar o link da biblioteca na página da Unopar e pesquisar por título ou pelo autor. Certamente terão acesso a informação necessária para se tornarem entendidos do assunto.
Quando se fala em AUDITORIA a palavra monitorar é preferível à palavra controlar, pois se refere
ao acompanhamento e orientação dos comportamentos desejáveis.
O ideal é entender que as verificações feitas pelo processo de auditoria não são baseadas em
desconfiança a respeito das pessoas e com o único intuito de controle de suas atividades, mas sim
como verificações que vão garantir o alinhamento entre todos os subsistemas da área de recursos
humanos com a estratégia global do negócio.
Depois de todos os esforços realizados para recrutamento, seleção, integração, aplicação,
recompensas e remuneração, treinamento e desenvolvimento, é preciso acompanhar se está tudo
sendo aplicado de forma adequada.
É importante que entendam que o objetivo é acompanhar os funcionários de perto para garantir seu
melhor desempenho, entendendo o que gera sua satisfação, buscando uma remuneração
adequada, consequentemente motivação, desenvolvimento individual e desenvolvimento
organizacional.
Parecer conversa mole de gerente de RH, mas não é. As empresas que de fato se conscientizaram
sobre a importância da satisfação e a motivação dos seus funcionários, para seu próprio
desempenho, enxergam desta forma os processos de auditoria em recursos humanos.
Além disto, após a conclusão do processo, a empresa também consegue manter um banco de
dados capaz de fornecer as informações necessárias para as análises quantitativas e qualitativas da
força de trabalho disponível na organização.
Não é preciso temer as consequências de uma auditoria se a empresa onde você atua é séria e
responsável, e se você também realiza seu trabalho com responsabilidade e seriedade.
Pensando na Auditoria de um modo mais amplo e não somente na área de recursos humanos, posso dizer a vocês que é
uma carreira promissora em nosso país. Se pensarmos nos concursos públicos e nas empresas especializadas em
auditoria é possível um leque de opções de carreira que tem boa remuneração e uma demanda de vagas ainda não
saturada.
Fica a dica sobre a carreira de auditor em suas diversas áreas de
atuação, e inclusive na área de recursos humanos.
E para conhecerem um pouco mais sobre as possibilidades de
atuação como auditores, no âmbito público, assistam ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=fMxPZ23mJ3o&feature=fvsr
Boa sorte a todos!!!
UNIDADE 1 - DIREITO EMPRESARIAL E TRABALHISTAObjetivo da Disciplina
1. Conhecer os conceitos básicos do Direito Empresarial a serem aplicadas no exercício de sua profissão;
2. Interpretar normas do Direito para desenvolvimento nas atividades profissionais;
3. Reconhecer a importância do Direito para sua formação profissional e cultural;
4. Compreender a importância do Direito Empresarial em seu meio e estabelecer uma visão prática destas normas;
5. Adquirir uma visão prática das normas de Direito Empresarial para que no futuro, quando vir a precisar, saber dar os primeiros passos na solução de problemas referentes a sua área.
6. Conhecer a legislação que envolve o universo empresarial da forma mais abrangente possível.
Unidade I
Posição e finalidade da disciplina. Noções preliminares do estudo do Direito. Conceito de Direito. Classificação do Direito - público e privado, positivo e natural, nacional e internacional, moral e direito. Divisão clássica do Direito - Direito Público e Direito Privado. Os Ramos Público e Privado do Direito. A Lei. Vigência da Lei. Início e fim da sua obrigatoriedade. A Hierarquia das Leis. O processo Legislativo.
Unidade II
Ordem Constitucional Brasileira. Forma de Governo. Sistema de Governo. Regime Político. Forma de Estado. Estado Democrático de Direito. A República Federativa do Brasil. Tripartição do Poder - Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Análise do Art. 5º da Constituição Federal - Direitos e Garantias Fundamentais. Direito Civil - noções gerais. A pessoa natural e capacidade civil. Atos jurídicos. Os Bens. Os contratos, noções gerais - suas classificações e espécies. Tópicos gerais do casamento e sua dissolução. Noções gerais sobre sucessão - herança e testamento.
Unidade III
Direito do Consumidor. Conceitos básicos. Direitos básicos do Consumidor. Fornecedores e Consumidor Final. Vício e Fato do Produto ou Serviço. Contratos. Sanções. Publicidade, Práticas Abusivas e Proteção Contratual no Código de Defesa do Consumidor. Direito do Trabalho. Conceito. Empregado e empregador. Direitos Básicos. Convenção Coletiva de Trabalho. Dissídio Coletivo de Trabalho. Tipos especiais de empregado. Diferença entre empregado e outros trabalhadores. Remuneração e jornada de trabalho. Contrato de Trabalho - por tempo determinado e indeterminado. Rescisão do contrato de trabalho.
Unidade IV
Direito Empresarial (Comercial). Pessoa Jurídica. Atos de Comércio. Empresário Individual. Sociedades Empresariais e seus vários tipos, nomes e responsabilidades. Títulos de Crédito - nota promissória, cheque, duplicatas. Contratos mercantis nonimados e inonimados. Noções gerais sobre falência e Duplicata. Legislação da Micro e Pequena Empresa. SuperSimples.
Unidade V
Sistema tributário Nacional. Normas Gerais do direito tributário. Tributos. Tributação da micro e pequena empresa
Noções jurídicas importantes sobre a Lei, o Estado e os Direitos Fundamentais!1
Olá pessoal.
Para entendermos a ciência jurídica é muito importante que conheçamos o nosso instrumento de
trabalho, qual seja a lei.
Na nossa primeira teleaula, falamos sobre a formação do Estado, a escolha do regime democrático
após muitas lutas e revoluções em nosso país, sobre a existência de garantias aos cidadãos entre
outras coisas. Tudo isto, garantido e exposto em normas jurídicas das mais variadas, em grau de
importância. Contudo, como são feitas as leis? Vamos dar uma olhada em um vídeo produzido pela
Câmara dos Deputados, no link: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/processolegislativo/
layouts_processolegislativo_apresentaVideo
Por este vídeo, podemos verificar que as leis têm todo um caminho antes de entrarem em vigência e
tornarem-se obrigatórias. Este caminho é chamado processo legislativo, e tem início por iniciativa do
Presidente da República, de um parlamentar ou de presidentes dos tribunais superiores. Há ainda a
possibilidade de projetos de leis de iniciativa popular.
Ou seja, no sistema brasileiro, todos nós, quando motivados por algum fato ou assunto relevante
que requeiram regulamentação específica, podemos (e devemos) participar da formação de uma lei,
pois no Brasil é o povo que detém o poder para conduzir o país. Em regra, fazemos isto por meio de
representantes eleitos, mas há hipóteses como esta em que podemos atuar diretamente. Este é o
sentido da Democracia.
É claro que neste processo, haverá a participação posterior dos nossos representantes, lendo,
revisando as normas, submetendo ao Presidente da República que pode aprovar ou vetar (rejeitar),
devolvendo o projeto ao Congresso Nacional. Temos ainda o Supremo Tribunal Federal verificando
posteriormente a constitucionalidade de referida norma, ou seja, se ela atende aos interesses da
nossa Lei Maior, a Constituição Federal.
Toda esta interação decorre justamente do que chamamos de tripartição de poderes ou funções.
Vejam, que o Estado é regido por órgãos que atuam em conjunto, exercendo o poder que nós, o
povo, lhes outorgamos, ou como diz a Constituição Federal:
"Art. 1º, § único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição"
Contudo, para evitar que haja um representante soberano, que tome decisões contrárias as leis que
representam o anseio da população, ou que com sua inércia deixe de regulamentar assuntos
importantes, estabeleceu-se o chamado regime de "freios e contrapesos" proposto inicialmente pelo
Barão de Montesquieu, repartindo as competências entre os chamados poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário. Vamos conhecer um pouquinho mais sobre esta tripartição no texto a seguir:
MONTESQUIEU E A TEORIA DA TRIPARTIÇÃO DE PODERES.
http://filosofia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=75
Estes são a obra "O Espírito das Leis" e seu autor "Barão de Montesquieu". Esta obra foi um divisor
de água para muitas Democracias no mundo todo.
É bem verdade que nem sempre tivemos esta divisão tão atuante no Brasil. Isto porque já passamos
por várias espécies de governos, que vão desde a Monarquia, passando por ditaduras e chegando a
tão sonhada Democracia.
Não é à toa que a Constituição de 1988, foi denominada Constituição Cidadã. Ela buscou atender
aos anseios da sociedade, e para isto foi elaborada democraticamente, pelos representantes do
povo. Vale a pena lembrarmos da sua promulgação: Discurso de promulgação da
CF/88https://www.youtube.com/watch?v=WFoObTqpzjI&feature=related
Como se vê por este discurso, um dos itens mais importantes, especialmente em face do que
historicamente aconteceu aos brasileiros durante o período de ditadura, com total supressão de
direitos, torturas, censuras e outras atrocidades, foi a consagração dos chamados direitos
fundamentais.
São definidos como direitos fundamentais aqueles direitos inerentes à condição humana, os quais
são geralmente geradores de outros direitos. No âmbito nacional, são chamados Direitos
Fundamentais. Internacionalmente, são denominados Direitos Humanos. Ambos se ligam a questão
da dignidade da pessoa humana, à liberdade e a igualdade.
Eles não dependem de aceitação, não se podem renunciar. Asseguram a busca de todos nós a
felicidade e à paz e para isto, impedem arbitrariedades, discriminações, protegem as minorias, o
direito de ir e vir, de se manifestar, asseguram à busca a justiça, o direito de exercer atividade
laborativa e lucrativa, e ainda o direito de participar da democracia, seja pelo voto, seja elegendo-se
representante popular.
Embora espalhados por toda a Constituição Federal, a maior parte deles encontram-se
concentrados no título II, e em especial no art. 5º. Vamos ele:
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo
a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do "de cujus";
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a
idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
É importante ressaltar que estes direitos e garantias são destinados a todos os brasileiros, sejam
natos, sejam naturalizados, e inclusive aos estrangeiros que estejam residindo no Brasil. Se apenas
de passagem, poderão também se beneficiar dos tratados internacionais.
Estes direitos não surgiram todos ao mesmo tempo, mas decorrem da evolução do homem, seja
quanto a sua existência quanto também a sua compreensão sobre a vida. Isto porque não basta
mais a proteção à vida, mas sim, à vida digna, com recursos mínimos, com trabalho, com moradia,
com saúde e educação. Vejamos o que Loacir Gschwendtner nos traz em seu texto Direitos
fundamentais:http://jus.com.br/revista/texto/2075/direitos-fundamentais
É claro que ainda existem questões discutidas à luz destas determinações: é assim a respeito do
aborto, da eutanásia, do sigilo bancário e fiscal em face do interesse público, da propriedade privada
em face da reforma agrária, do direito dos homossexuais em adotar crianças ou serem dependentes
financeiros um do outro.
São questões que demandam tempo, reflexões e diálogo entre todos os entes da sociedade.
Estamos num Estado Democrático e por isto é importante a opinião de todos. Nem sempre isto é
imediato, leva tempo para chegar-se a solução mais adequada, que pacifique os problemas
existentes.
Mas a partir do momento que conhecemos todo o Estado, sua estrutura, e que identificamos a
existência de leis que nos protegem e garantem, como agentes PARTICIPANTES desta
democracia, passamos a nos dedicar a melhoria e efetivação de melhores condições para toda a
nossa população.
Bom, por enquanto esta é nossa primeira conversa. Espero que tenha servido como
complementação e que continuemos em contato, seja via Forum, seja por meio das mensagens,
para que as dúvidas possam ser sanadas.
Até a próxima!
A pessoa natural e a capacidade civil. Os atos e negócios jurídicos. Os bens e o casamento
Olá novamente!
Hoje nós iremos conversar sobre alguns conceitos importantes, relativos não mais ao Estado, mas
sim ao ser humano que atua no mundo jurídico, dentro deste Estado, que é a pessoa natural.
A pessoa natural é o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres. O código civil
estabelece em seu artigo 1º que para ser pessoa basta existir, ou seja, nascer com vida, ainda que
na seqüência a pessoa venha a falecer. Uma única respiração, um único segundo de vida é
suficiente para torná-la dotada de personalidade, e a partir de então, poder figurar em uma relação
jurídica, podendo contrair direitos e obrigações.
Esta questão é muito importante, pois ainda que menor de idade, e ainda que venha a falecer, ela já
se tornou herdeira, cidadã, e mudou toda a questão relativa à família (no que se refere aos deveres
dos pais) dentre outros.
Contudo, nem sempre basta ser dotado de personalidade jurídica para poder atuar livremente. Em
alguns casos a lei impõe limitações, seja em decorrência da idade, do discernimento mental
reduzido, dizendo que estas pessoas, para poderem realizar atos, negócios, contratos, etc. Precisam
de um auxílio de terceiros, pois, sozinhas podem ser vítimas de abusos, malícia, dentre outros.
É a figura do Estado protegendo seus jurisdicionados e muitas vezes impondo limitações para a
segurança dos mesmos. Assim, a lei criou paralelamente a personalidade, que todos temos, um
outro conceito, o de capacidade.
Diz-se que a capacidade é a medida da personalidade. Pode ser de direito, inerente a todo o ser
humano, e de fato, que significa a capacidade de exercer por si só os atos da vida civil. A
capacidade será plena quando reunir a capacidade de direito e de fato. Quando apenas estiver
presente a capacidade de direito estaremos diante da incapacidade que poderá ser absoluta ou
relativa.
Poderá ser absoluta, acarretando a total proibição ao exercício de atos da vida civil requerendo
deste modo a representação, sob pena de nulidade. Neste caso o incapaz não participa do ato, que
é praticado por seu representante. Segundo o Código Civil temos que:
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Verificamos que as causas que impedem são
a) a menoridade, tendo sido eleita a idade de 16 anos pelo legislador, por se considerar a
maturidade do indivíduo (e em outros países poderá ser diferente, a exemplo da Argentina que
considera como de 14 anos)
b) discernimento mental - as que forem consideradas permanentes ou duradouras e que
efetivamente reduzam o discernimento, não se admitindo os chamados intervalos lúcidos, pois que
haveria insegurança no que se refere aos atos praticados. Assim declarado incapaz todos os atos
serão nulos, mesmo que praticados nestes momentos, pois que se considera permanente e
contínuo.
Poderá ainda ser incapacidade relativa, que permite ao incapaz a prática de determinados atos,
desde que assistido sob pena de anulabilidade. A assistência é dispensável, como no caso de ser
testemunha, ser eleitor, celebrar contrato de trabalho, exercer cargos públicos mediante concurso.
Nos demais casos, como contratos, casamento, etc o assistente acompanha o relativamente capaz,
pois que este possui certo discernimento requerendo, apenas, orientação. Segundo o Código Civil:
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Da mesma forma que na incapacidade absoluta, o legislador aqui se preocupa com a validade da
manifestação de vontade proferida por estes sujeitos que, por questão de deficiência, saúde, vício,
podem ser sugestionados ou induzidos pela má-fé alheia. Assim, busca o legislador sempre a
proteção do considerado incapaz.
Merece destaque a questão do pródigo, que tem sua capacidade reduzida apenas no que se refere
ao seu patrimônio. Isto porque a prodigalidade é a incapacidade de reter os bens, de modo que há a
dilapidação do patrimônio chegando-se a miséria. A proteção aqui não visa apenas a pessoa do
pródigo, mas também a de sua família, que poderá interdita-lo exclusivamente no que se refere aos
atos capazes de acarretar a redução do seu patrimônio.
Outro ponto relevante é a questão dos deficientes físicos. Isto porque estes não são incapazes.
Somente a perdem se não puderem mais comunicar sua vontade, por qualquer razão. Assim, surdos
e cegos quando recebem a educação e habilitação específica, aprendendo a linguagem própria que
possibilite manifestar suas vontades e discordâncias, são considerados plenamente capazes.
A incapacidade pela menoridade, ainda, poderá ser suprida pela emancipação do menor que tenha
mais de 16 anos. Poderá ser concedida nos termos do art. 5º do CC:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Verifica-se portanto, que existem atos e situações que se reconhece que a maturidade do menor é
suficiente para todos os atos, posto que ele teve condições de estabelecer uma família, passar em
concurso público e exercer a função, concluir curso superior etc.
Questionável seria apenas a hipótese da concessão pelos pais, ou seja, pelo ato de vontade. De
fato, inúmeros são os casos que o jovem já apresenta condições de assumir as responsabilidades
de seus atos, inclusive de natureza patrimonial. Contudo, pode haver caso em que os pais assim
pretendam com objetivos ilícitos como, por exemplo, tentar se exonerar da responsabilidade
alimentar. Nestes casos, excepcionalmente será possível declarar a nulidade do ato de
emancipação. Nos demais casos, será irrevogável.
A principal conseqüência da capacidade plena é justamente a possibilidade de realizar atos e
negócios jurídicos.
Tanto os atos quanto os negócios jurídicos são realizações que decorrem da vontade humana, e que
visam a realização de efeitos jurídicos. A diferença essencial é que o ato jurídico tem os efeitos
previstos pela lei enquanto os negócios jurídicos tem efeitos previstos pelas próprias partes.
Assim, a emancipação é um ato jurídico, pois mesmo que decorra da vontade dos pais, estes não
poderão aumentar ou reduzir os efeitos, por exemplo, determinando que seu filho será considerado
maior só para o fim profissional, sendo que para casar continuará precisando de seu consentimento.
Já os negócios jurídicos, a exemplo dos contratos, geram efeitos que poderão ser modulados pelas
partes, desde que respeitados os limites impostos pela lei. Neste sentido, Caio Mario da Silva
Pereira conceitua o contrato como Acordo de vontade com a finalidade de produzir efeitos jurídicos"
O contrato, como qualquer negócio jurídico, deve ter os seguintes requisitos segundo o Código Civil:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Assim, podemos dizer no que se refere a capacidade do agente, que serão necessárias 2 ou mais
pessoas, a maioridade, o discernimento pleno, e o consentimento manifestado livremente.
Quanto ao objeto, ou seja, o que será contratado, não poderá ser contrário à lei, moral, bons
costumes e normas de ordem pública. Por esta razão a contratação de juros superiores ao limite da
lei caracteriza usura, pois mesmo que haja a manifestação de vontade, tal prática é vedada pela lei.
Outro ponto interessante, é que deve ser realizável. Não se pode contratar alguma coisa que hoje
não exista, por exemplo uma viagem para os Estados Unidos em 1 hora, ainda que no futuro, ante
ao desenvolvimento dos meios de transporte, isto possa vir a ocorrer....quem diria no início do
século passado que hoje nós chegaríamos lá com 12 horas de viagem????
Deve ser determinado ou determinável em seu gênero, espécie e quantidade, ou seja, eu tenho que
conseguir identificar o objeto da contratação.
Finalmente tem que ter capacidade de valoração em dinheiro. Não se considera possível a
contratação de um grão de arroz. Mesmo que tenha o valor de 1 centavo, deve ser passível de ser
mensurado, até para fins de indenização, apuração do descumprimento ou descumprimento, etc.
No que se refere a forma, ao contrário do que se pode pensar, a regra é que não haja forma, ou
seja, que não haja documento escrito, autenticações ou reconhecimento de firmas.
A rescisão do contrato de trabalho e o direito coletivo do trabalho1
Olá caros alunos
Na nossa aula nós abordamos alguns importantes aspectos do Direito trabalho para o dia-a-dia tanto
do trabalhador quanto do empregador.
Neste momento nós vamos conversar um pouco sobre um momento muito delicado na relação
empregatícia, que é justamente o término do vínculo ocasionado pelo empregado ou pelo
empregador.
Primeiramente temos que diferenciar algumas hipóteses distintas, quais sejam:
Resilição - quando não há justa causa
Resolução - quando há justa causa do empregador ou empregado
Quando inexiste justa causa, as questões tendem a não se tornarem excessivamente complexas
para findar-se o contrato de trabalho. Neste caso há que ocorrer o pagamento de todas as verbas
pendentes, dar baixa na Carteira de trabalho do empregado, entrega das guias de seguro
desemprego e FGTS entre outros. Pode ocorrer do corte de funcionários, reorganização da
empresa, perda de necessidade ou utilidade da função, término da empresa por falência ou outra
causa, dentre outros.
Contudo, existem hipóteses em que há uma justa causa a ensejar o término da relação de emprego
e nesta circunstância o motivo tende a ser grave. Vejamos primeiro as hipóteses de justa causa pelo
empregado:
Primeiramente, nem todo ato é passível de ensejar uma demissão. Tanto assim é que a própria lei
criou outros meios de sancionar o funcionário tais como: Advertência (não prevista em lei);
suspensão de até 30 dias; ou então a dispensa por justa causa.
Cabe aqui considerar que deve haver causalidade e proporcionalidade. Não existe necessidade de 3
advertências, basta que haja grandiosidade na falta cometida para se dispensar. Da mesma forma,
não é por um atraso, ainda que reiterado de 2 minutos que um funcionário pode ser mandado
embora por justa causa.
Também há que se considerar o imediatismo da sanção, ou seja, deve-se aplicar a justa causa tão
logo ocorra o conhecimento do ato faltoso sob pena de se configurar perdão tácito.
Todas as hipóteses de justa causa requerem previsão da lei não se podendo punir 2 vezes um
mesmo ato. Assim, se já houve advertência ou suspensão não cabe justa causa. Falemos então das
hipóteses mais comuns de justa causa:
a) Improbidade: é a desonestidade, atentado contra o patrimônio do empregador, colegas de
trabalho ou terceiros.
b) Má - conduta: Incontinência, ou seja, abusos e desvios sexuais.
c) Ato de concorrência dentro do ambiente de trabalho: mesmo que não haja concorrência ou
prejudicial ao trabalho. Ex: Venda de produtos de beleza, comida.
d) Condenação Criminal: sem suspensão da execução da pena: da contrária não já impossibilidade
de prestação de serviço.
e) Desídia: falta injustificada, atraso, baixa produção, etc. Aqui será necessária a ocorrência de
advertências.
f) Embriaguez Habitual ou em Serviço: Mesmo fora do local de trabalho e aparentemente sem
prejuízo no trabalho é caso de justa causa. Requer habitualidade. Se em serviço, basta uma vez. Há
quem sustente que por ser doença é discriminatório e, portanto deveria ocorrer a suspensão do
contrato de trabalho. Aqui se enquadra também o uso de drogas.
g) Violação do Segredo da Empresa: informação que se tornada pública possa causar prejuízos á
empresa. Fórmula Química, lista de clientes, etc. (mesmo que não haja o prejuízo)
h) Indisciplina ou insubordinação: Ambas querem dizer descumprimento de ordem. Se for ordem
geral foi indisciplina (ex: regulamento interno). Se a ordem for pessoal é caso de insubordinação.
i) Abandono de emprego - Ausência injustificada por 30 dias (elemento objetivo) mais animus
abandonandi (subjetivo). Demonstração do animus com notificação por carta com AR ou telegrama.
j) Ato lesivo no serviço da boa fama ou ofensas físicas - contra qualquer pessoa (superior, cliente,
colega de trabalho)
k) Se a lesão ou ofensa for contra superior hierárquico salva em legitima defesa. Aqui não se
restringe ao local de trabalho.
l) Prática constante em jogo de azar: doutrina que entende que é o que depende da sorte, objetivo
lucro fácil.
Existem casos, contudo, que quem dá justa causa para o término da relação contratual de trabalho é
o empregador. Neste caso, o empregado acaba por demitir-se por não ter mais condições de
continuar o vínculo estabelecido por culpa do empregador. É o que se chama de rescisão ou
despedida indireta. São hipóteses comuns:
A) Exigências superiores as suas forças físicas e intelectuais, proibidas por lei ou alheios ao
contrato.
B) Rigor excessivo sobre o empregado enseja dano moral.
C) Perigo de mal considerável (não o inerente a profissão) ou risco desnecessário.
D) Não cumprir o empregador das obrigações do contrato incluindo ao 'contrato' também as
obrigações legais. E o caso da 'mora salarial contumaz (atraso reiterado por mais de 3 meses)
E) Prática do ato lesivo a honra da boa fama do empregado ou da sua família.
F) Ofensa física salvo em caso de legitima defesa.
G) Redução do trabalho de forma a alterar seu salário prejudicialmente
Outro tema muito importante diz respeito a uma parte específica do direito do Trabalho chamada
Direito Coletivo do Trabalho, que trata justamente das relações firmadas entre as categorias de
trabalhadores em face de seus empregadores.
Para ficar mais fácil, vamos verificar alguns conceitos importantes como o de Acordo Coletivo,
Convenção Coletiva, Dissídio coletivo, Assembléia entre outros no link a
seguirhttp://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordocoletivo.htm
Assim, vemos que tanto o trabalhador pode realizar um acordo individual de trabalho, como também
pode ser beneficiado por um acordo coletivo a que se denominará convenção coletiva de trabalho,
que beneficia todos os trabalhadores daquela classe.
Existem, portanto, diversas espécies de negociações feitas por categorias. Estas são representadas
por Sindicatos: profissional (empregados), ou econômicos (empresa).
A partir da Constituição Federal de 1988 houve ampla liberdade sindical (qualquer um pode fundar
um sindicato) com as seguintes caracteríticas:
1. Independe de autorização do Estado ressalvado o registro no órgão competente. Poder público
não pode interferir.
2. Apenas um sindicato boa base territorial de categoria profissional ou econômica defendida pelos
seus trabalhadores ou empregadores, não inferior a um Município (principio da unidade sindical.)
obs.: Outros lugares no mundo é pluralidade sindical (vários sindicatos num município). Isto impede
que o Brasil assine convenções da OIT - Organização Internacional do Trabalho.
3. Atribuição da defesa dos atos e interesses coletivos ou individuais inclusive questões judiciais e
administrativas.
4. Desconto da contribuição independente da contribuição prevista em lei.
5. Liberdade de filiação. Pertencer ou participar da categoria é diferente de filiar-se ou associar-se.
6. Aposentado filiado poderá ser votado e votar.
7. Estabilidade dos diretores salvo em caso de justa causa.
ssim, há uma proteção mais ampla dos trabalhadores que foge da possibilidade de pressão
individualizada, posto que é o sindicato quem negocia, não havendo como o trabalhador,
individualmente, ser responsabilizado pelos pleitos ou pelas reivindicações.
Bom, aqui encerramos nossa conversa sobre direito do trabalho. Espero que tenha elucidado os
pontos mais relevantes e fico esperando as questões de vcs!
Até a próxima!
Noções gerais sobre a sucessão, herança e testamento. O sistema tributário nacional e a
regulamentação dos tributos no Brasil.
Olá novamente!
Hoje nós iremos conversar sobre dois assuntos que não abordamos anteriormente nas tele-aulas,
mas que é de suma importância no nosso dia-a-dia, quais sejam, a questão do direito das sucessões
e do direito tributário.
Dentro do Direito Civil, existe um ramo específico que abrange as normas que disciplinam a
transmissão do patrimônio ativo e passivo de uma pessoa que falece aos seus sucessores. Este
ramo é o direito das sucessões.
Ele é tratado no Código Civil dos arts. 1784 ao 2027 e abrange o direito dos filhos, o testamento, os
legados e ainda o procedimento de inventário para o recebimento de tais valores.
A intenção do legislador foi a de manter, dentro de uma mesma família, todo o patrimônio do
falecido, posto que seria um dever familiar o auxílio às gerações seguintes, sendo considerada um
verdadeiro auxílio.
Psicologicamente também pode se dizer que a pessoa que morre fica imortalizada a medida em que
seus herdeiros recebem o fruto do trabalho do falecido, a casa, o veículo, as jóias, as obras de arte,
enfim, tudo aquilo que lembra e que tributa como realização daquele que se foi.
Em muitos outros países não é assim. Entende-se que o vínculo sanguíneo ou familiar não é
suficiente para atribuir ao filho, pai, cônjuge o patrimônio, razão pela qual se dá ampla liberdade às
pessoas para deixar por testamento seu patrimônio a outras pessoas fora do círculo familiar.
No Brasil, diferentemente, a regra é a perpetuação das propriedades na mesma linha de sucessão,
sendo certo ainda que esta transmissão de bens é imediata, no exato momento do falecimento do de
cujus. Vejamos o que estabelece a Lei Civil:
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
Assim, pode-se notar que do que seria objeto da herança, só 50% pode ser objeto de testamento.
Assim, se sou casada sob o regime de comunhão parcial de bens, quando do meu falecimento,
daquilo que é patrimônio do casal, metade fica com o viúvo ou viúva meeiro.
50% viúvo ou viúva 50% do morto
Então, do que era de fato do morto, só a metade é que poderá ser objeto de testamento, sendo que
a outra metade, obrigatoriamente, deve ficar com os herdeiros considerados necessários, ou seja:
50% do viúvo/viúva 25% passa aos herdeiros
25% é disponível para testar
Por aí se vê que existem duas formas de sucessão, a chamada legítima (prevista na lei e, portanto,
obrigatória) e a chamada testamentária que é a resultante da vontade do testador e desta forma,
facultativa.
Outro conceito importante diz respeito ao que se herda. Isto porque a lei prevê a possibilidade de se
receber universalmente, ou seja, um pouco de tudo, ou um percentual de tudo (chamado cota), e
este herdeiro é denominado pela lei de herdeiro a título universal, ou quando se recebe um
determinado bem (chamado legado), o que é muito comum nos testamentos, e daí estamos diante
de um legatário que é que sucede a título singular.
Apesar da lei prever que no momento do falecimento, imediatamente, se transmitem os bens, até
que haja o procedimento judicial ou em cartório (possível quando não houver herdeiros menores,
nem incapazes), todos os bens ficam no domínio de todos os herdeiros posto que permanece a
indivisibilidade. Vejamos o que diz o Código Civil:
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança,
será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
Ao contrário do que se possa imaginar, a herança não compreende apenas a parte boa ou lucrativa.
Ela é uma universalidade de direitos do falecido e engloba também suas dívidas e obrigações.
Contudo, a lei protege os sucessores quanto ao limite de responsabilidade por estas dívidas, pois
estabelece que os herdeiros responderão pelas obrigações do falecido até o limite que receberam
em herança, ou seja:
Se o patrimônio = R$ 100.000,00 MAS as dívidas = R$ 200.000,00
PREJUÍZO DOS CREDORES!!!!
Isto porque não se pode impor aos herdeiros que sacrifiquem seus patrimônios pessoais pelas
dívidas o sucessor que já tenha falecido.
Mas fica a dúvida: quem são os herdeiros por força de lei? Assim estabelece o Código Civil:
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Ou seja, primeiramente são os filhos (netos) e cônjuge, depois os pais (avós) também junto com o
cônjuge. Aqui se pressupõe que haja filho (s) e cônjuge ou na ausência de filhos, pais ou avós e
cônjuge. Se não houver nem filhos nem pais, o cônjuge recebe sozinho. E só então os irmãos se
tornam herdeiros.
E quanto ao testamento, como fica? Vejamos um pouco o que diz o jurista Zeno Veloso no
linkhttp://www.soleis.adv.br/artigotestamento.htm
As formas mais comuns do testamento, são:
a) o Testamento Público, que é aquele que é escrito ou datilografado pelo cartorário no seu livro de
notas;
b) o Testamento Cerrado, que é escrito e assinado pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e
por aquele assinado, será válido se aprovado pelo tabelião.
c) o Testamento Particular, que é escrito pelo próprio punho ou mediante processo mecânico - se
escrito de próprio punho, são lido e assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos três
testemunhas, que o devem subscrever. Se elaborado por processo mecânico, não pode conter
rasuras ou espaços em branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter lido na
presença de pelo menos três testemunhas, que o subscreverão. Se Morto o testador, publicar-se-á
em juízo o testamento, com citação dos herdeiros legítimos.
Bom, agora que já sabemos um pouco mais sobre a questão da herança, vamos falar um pouco
sobre outro tema importantíssimo que é a questão dos impostos.
No Brasil a gente sempre houve falar que a carga tributária é excessiva. E de fato, é mesmo. Temos
uma infinidade de impostos e além destes, outros tributos como taxas, preços públicos e
contribuições de melhoria, que chegam a reter nada mais nada menos que 5 meses de salário do
trabalhador.
Toda a questão relativa a estes valores é regulamentada por um conjunto de normas denominado
Direito Tributário. Além das normas que regulamentam, há também princípios e os próprios tributos
que em conjunto formam o que se denomina Sistema Tributário.
Este tributo é o nome genérico que se dá a forma de arrecadação imposta pelo Estado, a partir da
cobrança de um valor que incide sobre um determinado fato a que se chama fato gerador do tributo.
Este pode ser a propriedade de um veículo ou imóvel, pode ser a utilização de um serviço público.
Falemos sobre as espécies de tributos existentes no Brasil.
a) Impostos
Primeiramente, temos os impostos, que são a espécie mais conhecida de tributos. O que o
caracteriza é que tem como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica relativa ao contribuinte, ou seja, imposto é o tributo que não está vinculado a uma
contraprestação direta a quem o está pagando.
A arrecadação advinda dos impostos não são destinadas a custear obras ou serviços em prol
daquele contribuinte especificamente, mas sim para serem utilizadas para custear as despesas
gerais do Estado, da coletividade, visando promover o bem comum.
Por esta razão todos as esferas de governam têm impostos próprios. Vejamos alguns deles:
A. 1) impostos da competência da União: imposto sobre a importação de produtos estrangeiros;
imposto sobre a exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados; imposto sobre
a propriedade territorial rural; imposto sobre produtos industrializados; imposto sobre a renda e
proventos de qualquer natureza; imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e relativas a
títulos e valores mobiliários.
A. 2) impostos da competência dos Estados e Distrito Federal: imposto sobre a transmissão causa
mortis e doação de quaisquer bens ou direitos; imposto sobre operações relativas a circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação; imposto sobre a propriedade de veículos automotores.
A. 3) impostos da competência dos Municípios: imposto sobre a propriedade predial e territorial
urbana; imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como a
cessão de direitos a sua aquisição; imposto sobre serviços de qualquer natureza.
b) Taxa Diferentemente a taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício do poder de polícia
ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte
ou posto a sua disposição, ou seja, paga-se a taxa exatamente por um serviço público utilizado. É
por isto que se fala em taxa de esgoto, pois se tem uma contraprestação específica e individual.
Pode ser cobrada pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
c) Contribuição de melhoria
Também cobrado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, tem como objetivo fazer face ao custo de obra pública de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Ou seja, aqui se paga pelo acréscimo patrimonial
havido em bem particular.
d) Contribuições Especiais
Estão previstas nos artigos 149 e 149-A da Constituição Federal e são tributos cobrados para
custeio de atividades paraestatais e podem ser: sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse de categorias econômicas ou profissionais.
e) Empréstimo Compulsório
Finalmente, este é um tributo que apenas pode ser instituído pela União, através de lei
complementar, nos casos de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência, que exijam
recursos extraordinários. Pressupõe-se a urgência e o relevante interesse nacional.
É importante ressaltar que uma vez que a tributação é ato dos entes públicos, o particular para não
ser surpreendido, é protegido por uma série de princípios tais como:
a) legalidade: O texto do referido art. 150, I da CF estabelece que "é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". Assim, a
lei limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da segurança jurídica dos contribuintes.
b) Princípio da anterioridade mínima (nonagesimal): Proíbe que os impostos sejam majorados sem
que a lei que o faça seja publicada com uma antecedência mínima de 90 dias.
c) Princípio do não-confisco: proibe o Estado de usar os tributos para confiscar os bens ou o
patrimônio de particulares.
d) Princípio da liberdade de tráfego: proibe a limitação do tráfego interestadual ou intermunicipal de
pessoas e bens, salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.
e) Princípio da não cumulatividade: proíbe que dois impostos tenham o mesmo fato gerador
f) Princípio da seletividade: Em função da importância e necessidade de um produto se tem a
diminuição da carga tributária, e aos que tem menos importância aumenta-se a carga tributária. É
por esta razão que cigarros e bebidas tem alta tributação, enquanto alimentos essenciais tem baixa
tributação.
Apesar destas garantias não é raro que os particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas sintam-se
verdadeiramente lesados pelo governo quando do pagamento do IPVA, do IR ou outros impostos. É
por isto que se debate e tanto se espera a reforma tributária. Vejamos o vídeo a seguir sobre a
reforma tributária:
Pelo visto, a discussão ainda vai longe.
Muito bem. Agora só resta tirarmos as dúvidas e comentarmos as aulas. Fico no aguardo da
participação de vocês!
Até mais!
WA - PGER - SEM 5 - UNIDADE 1 - PLANO DE NEGÓCIOS E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1
Introdução Perfil do Empreendedor
Processo Empreendedor
UNIDADE 2
FDiferenças e semelhanças entre o Empreendedor e o Administrador Intrapreneurship
UNIDADE 3
Processo de Planejamento Decisão de Investir
Vantagem Competitiva
Tendências
UNIDADE 4
Sucesso e Fracasso no Empreendedorismo Estudos de Caso
Elaboração de Projetos
Plano de Negócios
Título: O que é empreendedorismo¹
Você pode até estar pensando...
Será que sou mesmo um empreendedor? Sou tão comprometido assim?, Não gosto de arriscar muito e, principalmente, sou uma pessoa sem "grana". Como poderei iniciar um negocio meu? Estou quebrado!
Bem, você pode se sentir assim, mas se você possuir criatividade, dedicação, empenho, você pode
chegar lá. Sobre a questão dos recursos financeiros, hoje, existem vários órgãos de fomento que
podem auxiliá-lo no inicio. O que eles querem é uma boa ideia e a possibilidade desta gerar algum
valor financeiro.
Desta forma, vamos iniciar a nossa aula estudando primeiro:
O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, especialmente nos últimos
anos, sendo intensificado no final da década de 1990. Vários fatores explicam este repentino
interesse pelo assunto, principalmente nos EUA, país onde o capitalismo tem sua principal
caracterização.
O termo empreendedor, do termo francês entrepreneur, significa aquele que assume riscos e inicia
algo novo.
Empreendedorismo, então, podemos afirmar que é o processo de iniciar um empreendimento,
organizar os recursos e assumir as recompensas e riscos associados.
O primeiro uso do termo "empreendedorismo" foi registrado por Richard Cantillon, em 1775, para
explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um preço e vendê-lo em um regime de
incerteza. Em 1803, Jean Baptiste Say complementou, definindo que quem abre seu próprio negócio
é um empreendedor.
Sendo assim, o empreendedor é aquele que reconhece a viabilidade de uma ideia para um produto
ou serviço e leva-a adiante. Um bom exemplo disto pode ser notado no vídeo
"EMPREENDEDORISMO", abaixo:
Ser empreendedor significa encontrar e montar os recursos necessários para assumir o
empreendimento, assumindo riscos financeiros e legais da propriedade e colhendo as recompensas,
ou seja, os lucros do negócio.
Os empreendedores bem sucedidos têm motivações diferentes e medem as recompensas de várias
formas:
Idealistas - Recompensados pela oportunidade de trabalharem em algo novo e criativo; Otimizadores - Têm satisfação pessoal por serem donos de uma empresa;
Trabalhadores aplicados - Prosperam com o desafio de construir um negócio maior e mais rentável;
Malabaristas - Possuem muita energia e adoram lidar com todos os detalhes de seu próprio negocio;
Sustentadores - Aproveitam a oportunidade de conciliar o trabalho com a vida pessoal.
Por muito tempo, a maioria das pessoas empregadas revelou, secretamente, para amigos próximos,
a sua intenção de largar seu emprego e tentar a vida sozinha, ou com poucos sócios. Porém, estes
sonhos até recentemente eram oprimidos. Com o aumento do desemprego causado por várias
crises econômicas e pela globalização das economias, os tempos mudaram.
As empresas estão reduzindo os postos de trabalho, levando estas pessoas a considerar outras
opções.
De acordo com a figura abaixo, o relatório da GEM (Global Entreprenuership Monitor), de 2007,
mostra o painel de evolução dos empreendedores entre 2001 a 2007, no qual podemos fazer uma
comparação interessante com relação aos nossos vizinhos da América do Sul, que participaram da
pesquisa.
O Brasil é o penúltimo colocado, ficando à frente, apenas, do Uruguai, que apresentou uma taxa de
12,21. Note que a Venezuela, a Colômbia e o Peru apresentaram taxas elevadas: 20,16; 22,72 e
25,89, respectivamente, sendo, em média, duas vezes maior que a taxa brasileira. Os fatores que
contribuem para explicar taxas tão elevadas estão na menor complexidade da economia desses
países, o que pode estimular uma maior atividade empreendedora por necessidade, em razão da
escassez de postos formais de trabalho.
Comparando o desempenho empreendedor brasileiro em relação aos empreendedores internacionais, outro
grupo que não pode ser negligenciado é o BRIC. Esses países têm apresentado elevado crescimento econômico
no período histórico recente, com ressalva ao desempenho brasileiro. Esses países apresentam semelhanças com
o Brasil, pois se assemelham pelas proporções territoriais e por representarem grandes mercados potenciais.
Porém, ao se observar o mesmo grupo em relação ao desempenho empreendedor, o Brasil apresenta a segunda
maior TEA (Taxa de Atividade Empreendedora) entre os integrantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) na
pesquisa GEM 2007. Note que economia chinesa é a mais dinâmica da atualidade. Considere que a cada 16
chineses em um grupo de 100, realizando alguma atividade empreendedora, representarão, no final, algo em
torno de 200 milhões de empreendedores, isto é, quase a totalidade da atual população brasileira.
O empreendedorismo hoje
Existem vários motivos para as pequenas empresas serem uma parte tão dinâmica na economia
atualmente, dentre os quais se destacam:
Mudanças Econômicas
A demanda por serviços está em expansão. É um terreno fértil para vocês, empreendedores, pois a
economia é dinâmica, proporcionando assim, ótimas oportunidades de negócios, principalmente
para pequenos negócios, com menos de 100 funcionários. A desregulamentação da economia
realizada pelo governo removeu as barreiras para multas atividades, que antes eram
"monopolizadas" até mesmo pelo próprio governo. Por exemplo, a distribuição de combustíveis.
Globalização
Hoje, mesmo as grandes organizações não conseguem mais dominar "nicho" de mercado, pois ele
está globalizado e em constante mudança, exigindo, agora, destas empresas, uma postura
empreendedora, fazendo com que as mesmas achem formas de fazer as coisas mais rápidas,
melhor e mais baratas.
As empresas estão cortando custos, através da terceirização do trabalho, para empresas menores
ou para freelancers. Estão se desfazendo de operações que são custosas a elas.
A globalização, aliada com o aumento na competição, está forçando as empresas a serem mais
flexíveis, oferecendo respostas mais rápidas às necessidades dos consumidores, coisa que as
grandes corporações têm dificuldade em ofertar.
Aprenda um pouco, acessando a reportagem no site:
http://portalexame.abril.com.br/revista/pme/edicoes/0013/m0158948.html
Tecnologia
O avanço da tecnologia com a consequente queda no preço dos computadores e seus periféricos,
geraram indústrias totalmente novas, dinâmicas e pujantes, bem como novos métodos de produção
de bens e serviços, agora de maneira mais eficaz. Diferentemente dos avanços tecnológicos no
passado, os atuais estão ao alcance de todas as empresas, independentemente de seu tamanho.
O crescimento da internet criou grandes oportunidades para os empreendedores, pois, a cada
empresa ponto.com que não deu certo, existem inúmeras pequenas empresas que estão utilizando
o comércio eletrônico para vender seus produtos e serviços, ou para melhorar a comunicação e o
atendimento ao cliente.
Quando falamos em tecnologia, não podemos ficar apenas focados na área da computação, mas
sim, nas demais áreas, tal como a biotecnologia, na qual notamos grande avanço na pesquisa do
genoma humano. Dessa forma, surgem oportunidades para que se criem empresas que trabalham
nesta área. Podemos citar, como exemplos, a área de telecomunicações, com o avanço da telefonia,
a indústria automobilística, eletromecânica, dentre outras.
Novas oportunidades e novos nichos de mercado
Os empreendedores estão tirando proveito da oportunidade de atender as necessidades de
mudanças do mercado. Através da constante busca e análise das informações, proporciona, a eles,
a chance de identificar algumas tendências que poderão se tornar oportunidades de negócios, como
por exemplo, a reportagem no link:
http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0046/noticias/destino-certo
Título: Quem são os empreendedores?
Apresentação do professor
Dando continuidade ao nosso aprendizado, nesta segunda webaula iremos
conhecer algumas características dos empreendedores, alguns mitos sobre eles e as diferenças
entre o empreendedor e o administrador. Abordaremos também conceitos e características sobre
empreendedorismo corporativo (intraempreendedorismo) e finalizaremos a unidade com o processo
empreendedor.
Vamos iniciar com o seguinte questionamento:
Qualquer indivíduo, em algum ponto de sua vida, será um empreendedor. Os empreendedores
começam com uma visão, ou com um sonho que às vezes parece inconcebível. Geralmente são
pessoas descontentes com o emprego que têm e veem a oportunidade de reunir recursos para
iniciar um novo empreendimento.
O empreendedor, isto é, você, é uma pessoa que trabalha arduamente, é prático, conhecedor do
mercado onde atua, além de ter coragem para buscar seu ideal, seu sonho.
Algumas pessoas pressupõem alguns mitos relacionados aos empreendedores, dizendo:
Os empreendedores são natos, vem com o DNA pronto e nasceram para o sucesso.
Os empreendedores são "jogadores" e arriscam muito.
Os empreendedores não sabem trabalhar em equipe e são muito individualistas.
Bem, na realidade não é bem assim, pois ninguém nasce sabendo, o aprendizado vem com a nossa
capacidade de acumular experiências, informações em toda nossa vida, tanto pessoal como
profissional.
Com relação a afirmação aos empreendedores serem jogadores, na verdade são ótimos
planejadores, pois todos os passos executados por eles são planejados e desta forma sempre
assumem riscos calculados, evitando os desnecessários e quando veem que o risco é muito grande,
compartilham com outros.
E no que diz respeito à individualidade dos empreendedores é totalmente ao contrário, pois eles são
ótimos formadores de equipe, e sabem que necessitam deste relacionamento com colegas,
parceiros, fornecedores e clientes para que seu negócio tenha sucesso.
Falamos até agora no empreendedor, mas quem é o intraempreendedor? Esta pessoa pode ser
você também, pois é aquele que dentro de uma organização assume o papel de promover a
inovação de qualquer tipo de serviço, em qualquer momento e lugar.
É um colaborador da organização, que inova, identifica e cria novas oportunidades de negócio, montando e
coordenando a execução das atividades.
O QUE É MELHOR SER: EMPREENDEDOR OU INTRAEMPREENDEDOR?
Ser intraempreendedor ao invés de empreendedor é optar por:
Segurança no que diz respeito aos riscos que enfrentarão, pois caso algo de errado não perderão
tudo e terão que começar do zero, visto que estão com o emprego garantido.
Recursos com relação à captação de recursos, pois se suas idéias estiverem alinhadas com os
objetivos da organização, a probabilidade de conseguir estes recursos é bem maior do que se
estivesse num ambiente externo.
Valor agregado, ou seja, o seu poder de contribuição é bem maior que os outros funcionários da
organização, pois poderá concretizar mais rapidamente suas idéias.
O intraempreendedor existe e sempre existirá em qualquer organização, independentemente da
cultura organizacional favorecer ou não seu surgimento, você pode identificá-los pela simples
observação das realizações organizacionais, principalmente pela contribuição dada por eles à
empresa.
Quando o intraempreendedor inicia um projeto, ele gerencia-o
como se fosse seu próprio projeto, fazendo isso com o mínimo de interferência de seus
supervisores. Ele põe em uso toda sua criatividade, poder de realização, seu networking (rede de
relacionamentos) e sua liderança para transformar seus projetos em empreendimentos de sucesso.
No quadro 1 abaixo mostra a comparação entre as diferenças do empreendedor,
intraempreendedores e gerentes tradicional (administrador).
De acordo com o quadro pode-se notar que o intraempreendedor aproxima-se muito ao
empreendedor tradicional do que a um gerente, pois o empreendedor tem mais propensão a
enfrentar desafios, assumir riscos, dentre outras habilidades, coisa que um gerente tradicional não
possui. Por outro lado o gerente demonstra ser mais enérgico, controlador e confiante, procurando
ambientes mais controláveis enquanto o empreendedor ousa mais.
Quadro 1: Diferença entre empreendedores, intraempreendedores e gerentes
Fonte: Hashimoto, Marcos (2006 p.24)
Ciclo de Vida das Organizações
Toda empresa passa, obrigatoriamente, por algumas etapas em seu desenvolvimento e cada
economia apresenta algumas características que indicam a expectativa de vida que uma
organização pode ter. Inevitavelmente todas as organizações passam pelas seguintes fases:
Nascimento Infância
Maturidade
Velhice
O tempo que cada empresa leva para passar de uma etapa para outra depende muito da natureza
do negócio de cada uma. Fazendo uma analogia aos seres humanos podemos entender que no seu
nascimento uma empresa surge com uma estrutura bastante enxuta, poucos recursos e muito
dependente das pessoas, clientes, fornecedores, máquinas e equipamentos, capital ou parceiros.
Como crianças, são bem frágeis e se não forem bem cuidados com atenção podem morrer, é o que
ocorre com boa parte dos novos empreendimentos nos primeiros anos.
Quando a empresa entra na fase da infância, ocorre um processo de rápido crescimento e
desenvolvimento, com grandes mudanças. Agora a organização começa a achar um espaço no
mercado e vê que o conhecimento é de fundamental importância e que aprender sempre é
necessário. Como nas pessoas ela passa também pela adolescência, aquela fase de criar sua
própria identidade achando que em certos momentos já é "adulto" suficiente e reduzindo assim sua
dependência externa, profissionalizando-se e preparando para a maturidade.
Na maturidade a empresa começa a diminuir seu ritmo de crescimento, consolidando sua posição e
estratégia no mercado, de certa forma acomodando-se. Muitas vezes torna-se avessa às mudanças
e inovações, uma vez que os fluxos operacionais e processos estão estáveis, dando certa
tranqüilidade e conforto ao ambiente. Porem é nesta fase que a mesma tem que tomar um cuidado
maior, para que esta letargia não a domine, pois caso isso aconteça poderá levá-la a um colapso
que poderá causar sua morte, visto que a concorrência é ativa e dinâmica.
Quando chega a velhice, seu processo de crescimento não só para como começa a encolher, perdendo posições de
mercado, reduzindo seu tamanho com a consequente redução no faturamento. Os concorrentes avançam tomando
parte de seus clientes, avanço este causado por falhas não observadas, devido à falta de motivação e disposição para
reverter tal situação. A energia e o dinamismo que se perdeu na maturidade não são recuperados neste momento e
então acontece o inevitável: a morte, geralmente por meio de uma fusão ou incorporação que marca o início de um
novo empreendimento.
Processo Empreendedor
A decisão de tornar-se empreendedor pode ocorrer aparentemente do acaso, mas essa decisão
surge devido a fatores externos, sociais e ambientais, e à aptidões pessoais ou a um somatório de
tudo isso. O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador desses fatores possibilita
o inicio de um novo empreendimento.
Ao falarmos de inovação, a semente deste processo empreendedor, a relacionamos basicamente
inovação tecnológica, pois ela tem sido o diferencial no desenvolvimento econômico a nível mundial.
O talento empreendedor é um resultado da percepção, direção, dedicação e de muito trabalho, pois
onde há talento há dedicação, oportunidade de crescer, de diversificar e de desenvolver novos
negócios. Sem talento as idéias se assemelham a uma semente no deserto, ou seja, não vinga, pois
não há água para que cresça.
Com base nestas premissas, é possível definir as seguintes fases em um processo empreendedor:
1. Identificar e avaliar a oportunidade2. Desenvolver o plano de negócios
3. Determinar e captar os recursos necessários
4. Gerenciar a empresa criada
5. Colher as recompensas
Alguém tem uma IDÉIA de como encontrar uma boa OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO?
É, parece ser fácil ter idéias que possam dar certo, se fosse tão fácil assim, todos seriam donos de
seu próprio negócio. Na verdade sempre ouvimos jovens empreendedores dizendo "a minha idéia é
única, o que faço ninguém ainda faz, não tenho concorrentes, mais não posso falar do que se
trata...." este é o primeiro erro deste empreendedor, pois idéias únicas são raríssimas, produtos
únicos não existem, e concorrência sempre irá existir.
Não quero aqui desanimar vocês, futuros empreendedores, porém peço que dosem sua ansiedade,
conversem com pessoas mais experientes para verificar se sua idéia é passível de ser
implementada e considere o timing da idéia, ou seja o momento que ela foi gerada, pois se foi
gerada há algum tempo, pode ter certeza que alguém já deve ter tido a mesma idéia que você e
certamente já desenvolveu algo.
Muitas pessoas queixam de falta de criatividade e que acham difícil ter idéias, pois não têm muito
tempo para pensar, já que trabalham muito e acabam aceitando esse fato como algo normal.
Empreendedores, usem a informação que vocês têm como base de IDEIAIS. Estar bem informado é
dever de cada um. Hoje a informação está a seu alcance em diversas formas e em diferentes
veículos e comunicação, seja rádio, televisão, internet, livros, revistas, outras pessoas, fornecedores,
etc...
Só não se informa QUEM NÃO QUER! O que é difícil é selecionar dentre tudo isso o que realmente
importa. Geralmente damos atenção àquilo que gostamos, excluindo ou não percebendo
oportunidades, por exemplo, em seções de jornais que não lemos, em site da internet que não
navegamos, em programas de televisão que não assistimos. Isso é natural. O empreendedor é
curioso, investigador e criativo.
Agora sabemos como ter idéias.
PRONTO ACABOU!!!!.
Que nada agora temos que usar nossa criatividade para pegar esta idéia e fazer dela algo útil, que
as pessoas queiram usar.
Pronto agora acabou? É só montar o negócio? Ainda não, falta ainda verificar se sua IDEIA tem o
potencial de gerar lucro financeiro, se caso ela tenha você poderá iniciar a construção de seu
PLANO DE NEGÓCIOS...
Unidade 1 – Plano de Negócios
Apresentação do professor
Seja Bem-vindo a nossa aula web 1, da Unidade 2 !!!
Caro aluno, nessa Web-aula abordaremos assuntos relacionado ao tema "Plano de Negócio", no
qual iremos explorar as suas características e funcionalidades. Indicarei algumas sugestões de
leitura para que possamos explorar mais a fundo o tema tratado.
Ante de iniciramos nossa aula, escolhi um vídeo que fala de planejamento:
Este vídeo apresenta a falta que um menino sente de um irmão, de alguém para brincar. Brincar
sozinho não tem muita graça, não é mesmo? O garoto, então, com os recursos e ideias possíveis
em sua idade, planeja a concepção de seu irmãozinho. E tem sucesso! Neste caso, aqui, ele
detectou um problema, traçou um objetivo, um plano para alcançar esse objetivo e os meios e
recursos para chegar até lá, mesmo sem dar a devida nomenclatura a tudo isso. Podemos chamar
esse conjunto de ações de planejamento?
É fundamental você ter em mente que, para um bom aprendizado, alguns cuidados devem ser
tomados:
Procure sempre um ambiente agradável para realizar seus estudos; Evite lugares barulhentos, o silêncio ajuda a concentração;
Caso tenha dúvida acerca de algum termo, ou de algum conteúdo, não hesite em solicitar ajuda.
Em nossa web-aula, iremos falar acerca da importância de planejar.
Analise a conversa a seguir, entre o gato e a Alice (trecho de "Alice no país das maravilhas") e
reflita: você concorda com a resposta do gato?
Tenho que dizer que ele está correto. Sabe por quê?
Se não sabemos para onde queremos ir, qualquer coisa que façamos ira servir, qualquer caminho chegaríamos ao nosso destino final.
O planejamento de negócios é uma forma de pensar sobre o futuro de nossa empresa.
Isto para que consigamos conquistar o objetivo desejado e evitar futuros erros, incertezas e riscos.
Se pararmos para pensar, vamos verificar que, diariamente, planejamos algo e que, muita vezes,
não percebemos.
Vejamos alguns exemplos:
Durante todo o ano, muitos de nós planejamos nossas férias. Assim, vamos fazer uma pausa e você
irá pensar acerca de algumas questões:
Como foi a sensação de conquistar algo que você estabeleceu como objetivo em algum momento de sua vida?
O que você teve que fazer para obter esta conquista?
Houve obstáculos?
Como eles foram superados?
Quantas vezes em sua vida você planejou? Uma viagem? O casamento? Um filho? A faculdade? Uma paquera? A compra de uma casa, um apartamento, um carro? Existem critérios para o planejamento? Como ele ocorre? Quantas perguntas, não é mesmo? Mas pense... pense...
Neste momento, imagino que sua cabeça deve estar cheia de pesamentos acerca deste objetivo que
você realizou. E, com certeza, você elencou várias atividades ou ações que teve que fazer para
atingir seu objetivo.
Com as organizações, isto não é diferente. As organizações também necessitam estabelecer
objetivos para conquistar e, para isto, elas devem planejar. É através da realização do planejamento
e de uma excelente excução que as organizações vão obtendo suas conquistas.
O planejamento existe para que possamos organizar nossas ideias.
O que é um Plano de Negócio?
É estudo de viabilidade de seu Empreendimento, ou seja, analisa-se se será viável, ou não, nosso
Empreendimento. É o documento qual descreve o que você planeja fazer, qual o rumo a seguir. É
um estudo que devemos realizar com a máxima cautela, pois afinal, esse plano irá ajudar você na
realização das melhores tarefas essenciais para sua empresa, na qual poderá ajudar, como por
exemplo: na busca de um novo sócio, fazer um empréstimo bancário, atrair investidores potenciais.
"O plano de negócios é uma ferramenta de gestão usada para descrever seu negócio. Um
importante documento, através do qual você consegue planejar e tomar decisões "a respeito do
futuro de sua empresa, tendo como base o seu passado, sua situação atual em relação ao mercado,
aos clientes e à concorrência. Um poderoso guia que norteará todas as ações de sua empresa"
(DORNELAS, 2006)."
O plano de negócio irá nos ajudar a seguir o melhor caminho, para nos preparar para tomar as
devidas decisões, quando nos defrontamos com problemas potenciais, como por exemplo, na
estrutura organizacional; e quando sua empresa requer um financiamento de capital de giro.
Atenção: Muitos acreditam que somente deve realizar um plano de negócios quem
está abrindo um novo empreendimento. Cabe, aqui, então, esclarecer que o plano de
negócios pode e deve ser utilizado por qualquer empresa, independentemente do seu
porte e do seu segmento. E não somente para a criação de um novo negócio.
Assim, uma empresa que já esteja estabelecida, e que pretenda ampliar seus
negócios, pode fazer uso deste instrumento para buscar novos sócios, fazer um
empréstimo, atrair novos investidores potenciais, como também na construção de
uma boa imagem junto aos funcionários, fornecedores, clientes e Comunidade.
Neste momento, imagino que sua cabeça deve estar cheia de pesamentos acerca deste objetivo que
você realizou. E, com certeza, você elencou várias atividades ou ações que teve que fazer para
atingir seu objetivo.
Com as organizações, isto não é diferente. As organizações também necessitam estabelecer
objetivos para conquistar e, para isto, elas devem planejar. É através da realização do planejamento
e de uma excelente excução que as organizações vão obtendo suas conquistas.
O planejamento existe para que possamos organizar nossas ideias.
PARA DISCUTIR:
Agora, gostaria que você fosse ao FÓRUM DE DISCUSSÃO, se apresentasse e me
respondesse por que escolheu o curso de Processos Gerenciais? Quais as
motivações que o trouxeram até o último módulo? E, principalmente, quais são as
suas pretensões profissionais e acadêmicas após a formatura?
A Estrutura do plano de negócios
Propriamente dito, podemos afirmar que não existe uma estrutura sólida e específica para
desenvolver um plano de negócio, pois uma empresa de serviços é diferente de uma empresa que
fabrica produtos ou bens de consumo, por exemplo. Mas, qualquer plano de negócio deve constar
uma sequência lógica, que permita qualquer leitor do plano compreender como a empresa é
organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e
sua situação financeira.
Estratégia de um Plano de Negócio
Vamos partir para sua elaboração?
http://www.efetividade.net/2007/10/10/modelo-de-plano-de-negocios-como-fazer-o-seu-com-
efetividade/
Existem muitos conceitos de Planos de Negócios, cada um em seu próprio contexto. Vamos
considerar que o Plano de Negócios é um documento que agrega e sistematiza informação prática e
atualizada para a concretização de um projeto ou para a previsão e solução de seus problemas.
Um bom plano de negócios mistura informações sobre os processos do negócio em si
(características, partes envolvidas, oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos), previsões e
projeções financeiras, análise do negócio, do mercado, fornecedores, concorrentes, parceiros,
previsão do fluxo de caixa, necessidades de capital... Em resumo: dados, dados, dados! Você
precisa obtê-los de forma atualizada e suficientemente precisa, caso contrário, o seu plano de
negócios pouco valerá. E é sobre isso que trataremos a seguir.
Lembre-se de que se trata de um documento vivo, E que uma de suas principais finalidades é
convencer (a equipe, os investidores, o banco, os fornecedores, ou até mesmo os clientes
potenciais) de que o seu negócio é viável e pode ser vantajoso a eles.
Portanto, ao criar o seu plano de negócios, coloque o foco nestes importantes leitores, e lembre-se
de incluir, de forma simples e fácil de encontrar, as respostas às principais dúvidas deles. Se você
não sabe quais são, eis algumas sugestões:
o Sobre o negócio: o que é o negócio (em uma frase!), quais produtos e serviços serão oferecidos, quais as razões que levam a crer que será atingido o sucesso, quais são as oportunidades já existentes ou que serão criadas que você percebe e pretende explorar.
Administração: quem administrará o seu negócio? Que experiência e formação essas pessoas têm? Que qualificações buscam para a equipe? Qual será a força me Mão-de-obra? Quais seus processos e remuneração? Onde eles trabalharão? Qual será a estrutura organizacional? Qual a missão e a visão?
http://crddigital.com/s/product_info.php?
products_id=425&osCsid=d3401441374abb446218863f819bb285
o Quanto ao mercado: quem e quantos são os clientes potenciais, onde eles estão, alguns exemplos específicos, como você os atrairá, por que eles escolheram você e não o concorrente, quem são seus parceiros e fornecedores, quem são os concorrentes, quais os fatores do sucesso atual destes concorrentes, qual o seu diferencial competitivo, qual o seu nicho, qual a sua delimitação geográfica, como você vai promover e divulgar seu negócio, como vai distribuir seu produto (logística).
Economia e finanças: fontes do capital, projeção de faturamento, investimentos e despesas para os 2 primeiros anos, projeção de fluxo de caixa mensal para o primeiro ano, volume de negócios necessário para alcançar o ponto de equilíbrio ou o resultado operacional positivo e em quanto tempo você espera alcançá-lo, quais as condições para começar a vender e faturar, valor do capital imobilizado em instalações e equipamentos, fontes financeiras potenciais e garantias de empréstimo.
O projeto deve ser objeto de um estudo de rentabilidade, no sentido de verificar se as receitas,
líquidas de despesas associadas ao projeto de investimento, compensam ou não o montante
inicialmente gasto.
Para facilitar a construção desse estudo, foi criado o modelo financeiro aqui incluído, capaz não só
de produzir os mapas necessários, mas ainda permitir a realização de simulações.
Deste modo, o empreendedor poderá assumir, a cada momento, os pressupostos que entender por
convenientes e imediatamente analisar os seus efeitos na viabilidade do seu projeto.
o Atuais necessidades de fundos - especificar o total necessário para iniciar o projeto e mantê-lo durante 12 meses de operação. Descrever o percentual deste total onde será utilizado capital próprio e o percentual que deverá ser financiado. Relacione suas fontes financeiras potenciais;
o Política de uso dos fundos - indique como será utilizado o dinheiro do empréstimo ou dos investidores. Nessa etapa, discrimine todos os gastos do seu projeto;
Projeções Financeiras - elabore uma projeção financeira das receitas dos próximos 12 meses e cruze com os custos do projeto para conseguir o saldo final de um ano. Lembre-se de que só serão explicitadas nessa etapa as receitas, custos e despesas que estão diretamente relacionadas ao seu projeto.
http://www.spartansite.com.br/curso/sebraemg_planonegocios.htm
Uma grande dificuldade enfrentada é em consequência da natureza dos planos de negócio. Tratam
as ideias ainda não realizadas e, assim, não podem se basear em históricos ou em estatísticas
próprias para realizar sua previsão. O grande desafio é conseguir obter dados de organizações
semelhantes, ou extrapolar a partir de outros dados, de maneira consistente, objetiva e,
principalmente, convincente.
De toda atenção que for necessária ao Resumo Executivo. Ele é uma das últimas partes a
concluir, mas deve estar bem no início do documento. Muitas pessoas lerão apenas o resumo e
avaliarão por ele se o seu negócio vale ou não a busca de maiores detalhes. Conquiste o leitor em
cada linha do seu resumo! Fale, nele, sobre os objetivos, as razões de sucesso, e apresente os
números principais, sem exagerar na densidade das informações.
Chegamos ao fim de nossa ultima unidade, espero ter contribuído com suas expectativas
relacionadas ao tema Plano de Negócio.
Para saber mais sobre Plano de Negócio, Acesse o link, abaixo:
http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/
$File/NT000361B2.pdf
Agora, sabemos que realizamos um plano de negócios em nossas vidas quase que diariamente,
pois já levantamos da nossa cama, muitas vezes, pensando e planejando o que faremos durante o
nosso dia de trabalho, dia de lazer. Mas não paramos por aqui, pois necessitamos nos manter
informado e colocar no papel nossa criatividade, ideia e fazer dela algo útil em nossa empresa ou
em nosso futuro empreendimento.
Pronto, agora acabou. É só montar o negocio? Ainda não, falta, ainda, verificar que esta sua IDEIA
tem o potencial de gerar lucro financeiro. Se caso ela tenha, você poderá iniciar a construção de seu
PLANO DE NEGÓCIOS...
Referências:
LOBATO, David Menezes (Coord.). Estratégia de empresas. Rio de Janeiro: FGV, 2003
CHIAVENATO, I. Vamos abrir um novo negócio? São Paulo: Makron, 1995.
LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. William. Administração de pequenas empresas: ênfase na gerência empresarial. São Paulo: Makron Books, 2004. 868p.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em Negócios. - 3.ed. - Rio de Janeiro, 2008.232p.
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
Indicação para leitura:
CHIAVENATO, I. Vamos abrir um novo negócio? São Paulo: Makron, 1995.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 2003. 378p.
PEREIRA, Heitor J.; SANTOS, Silvio Aparecido. Criando seu próprio negócio: como desenvolver o potencial empreendedor. Brasília: Sebrae, 1995.
DOLABELA, Fernando. Oficina do empreeendedor. São Paulo: Cultura, 1999.
MINTZBERG, H.; QUINN, B. O processo da estratégia. 3.ed. Porto alegre: Bookman, 2003.
WA - PGER - SEM 05 - UNIDADE 01 - ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
UNIDADE 1 – Administração Estratégica: Fundamentos e Desenvolvimento
• Introdução e Evolução do Pensamento Estratégico• Análise Ambiental e Planejamento EstratégicoUNIDADE 2 – Sistemas de Informação: Da Sistematização à Gestão
• Técnica, Tecnologia e Sistemas de Informação• Distintos Sistemas e Gestão da Informação
Em nossa primeira unidade de estudos apresentarei a vocês e, juntos, trabalharemos os aspectos
fundamentais inerentes à estratégia empresarial, sob uma perspectiva da gestão que se guia pela
formalização do pensamento estratégico, assim como pelo caminho percorrido até que uma tenha
uma Administração Estratégica profissional.
Na segunda unidade de estudos, o professor Luís Cláudio Perini apresentará e trabalhará com
vocês os aspectos relacionados à gestão das informações e à sistematização dos processos
gerenciais que guiarão as empresas no desenvolvimento de competências, inteligência de gestão e
no uso adequado de ferramentas e sistemas que possam auxiliar as empresas a alcançar uma visão
estratégica competitiva.
Muitos de vocês devem perguntar-se acerca da importância da estratégia na vida das empresas,
assim como existe um natural interesse e quiçá uma curiosidade acerca de como trabalhar a
estratégia de maneira alinhada com a gestão das informações.
Pode-se assumir que, no ambiente competitivo em que as empresas encontram-se hoje, não há
mais espaço para amadorismo, menos ainda podem-se desprezar as informações que estão neste
mesmo ambiente, pois estas se apresentam como marcos para a melhor gestão de uma empresa.
As empresas que desenvolvem seus processos de gestão de maneira adequada conseguem
apresentar aos consumidores diferenciais competitivos, os quais não apenas aumentam a
capacidade empresarial de reação aos concorrentes e às variáveis ambientais, como também
proporcionam vantagens competitivas que podem se tornar sustentáveis.
Em nossa disciplina estes aspectos serão trabalhados tanto conceitualmente quanto por meio de
exemplos que possam ilustrar não apenas essa importância a você, futuro profissional, como
também se espera ser aberto na mente de vocês as condições competitivas que se guiam pela
gestão da informação a partir de sistemas que auxiliem a cada um no desenvolvimento do
pensamento estratégico.
Que vocês aproveitem estas unidades de estudos, naveguem pelos links sugeridos para
aprofundarem os conhecimentos, assim como observem que os conteúdos não se esgotam nesse
material. Também é importante que vocês apliquem-se em cada uma das web aulas, pois é a partir
delas que poderão realizar as avaliações virtuais.
Um forte abraço e bons estudos!
Prof. Ivan Ferreira de Campos
Unidade 1 – Administração Estratégica: Fundamentos e Desenvolvimento
WEB AULA 1
Introdução e Evolução do Pensamento Estratégico
Temos no ambiente mercadológico a pressa por crescimento e desenvolvimento econômico, esta
pressa torna necessário o uso de soluções para os diferentes dilemas enfrentados pelas empresas
em favor de uma melhor condição competitiva, a qual lhes garanta o atingimento de seus objetivos
de maneira rápida e cada vez maior. Deve-se ter em mente que, infelizmente, o mercado não tem
espaço para todas as empresas e negócios, sendo que muitas empresas nascem fadadas à falência
e muitas outras nunca serão um sucesso.
Isso acontece pelo fato de o mercado realizar uma seleção natural baseada na competitividade das
empresas, em que aquela que responder melhor às variáveis do mercado será a que melhor poderá
sustentar-se.
Este mercado encontra-se permeado por variáveis que tornam impossível que todas as empresas
tenham uma condição de desenvolvimento e crescimento econômico, que sejam o reflexo do
atingimento dos objetivos a que se propuseram.
Assim sendo, devemos considerar que muita coisa nos trouxe a este lugar comum, um processo
evolutivo que tange a evolução da sociedade moderna em que antes se produzia para viver, e agora
vive para produzir em função de uma lógica de vida baseada na produção, venda de excedentes e
acumulação de capital, o sistema social de consumo.
Interessante que tenhamos em mente que é justamente nesse campo competitivo do consumo que
está o espaço da estratégia, meio pelo qual as empresas podem desenvolver suas ações de forma a
maximizar sua condição de sobrevivência e obviamente, seus resultados. No quadro abaixo,
vejamos alguns marcos históricos contextuais que devem ser considerados no processo de evolução
da estratégia:
Quadro 1 – Marcos Evolutivos da Estratégia.
Marcos Contextuais Explicação
Surgimento da Produção Competitiva Com o surgimento da indústria moderna, a
produção deixou de servir à subsistência
para servir aos anseios de acumulação de
capital e desenvolvimento econômico.
Advento a Produção em Massa Com as linhas de produção em massa, as
indústrias precisavam de soluções que
garantissem que seus produtos seriam
adquiridos por um maior número e pessoas.
Globalização Com a globalização surgiu o acirramento
competitivo, em que as empresas não
estavam mais restringidas geograficamente,
bem como a informação e as tecnologias
passaram a pressionar as empresas na
busca por diferenciais e por respostas ao
movimento dos concorrentes.
Fonte: Do Autor (2013).
Complementando:
Abaixo segue o link de um livro bastante interessante que apresenta os fundamentos
do pensamento estratégico, demonstrando claramente os marcos evolutivos que nos
trouxeram até aqui.
http://www.ceap.br/artigos/ART27082009164925.pdf
Por uma melhor condição de sobrevivência no mercado, é imprescindível às empresas que estas
não apenas conheçam a estratégia, mas a saibam utilizar a seu favor o que nos é imposto como
uma prática diária, em que cada decisão tomada tenha como base um processo analítico e
planificado que sejam proporcionais aos objetivos estabelecidos pela empresa que pretende
perpetuar-se no mercado.
Devemos lembrar que a estratégia surgiu na antiguidade e em linha simples, tinha por interesse
tornar a vitória dos grupos de pessoas alinhados sob uma perspectiva militar, algo viável com base
nas necessidades de sobrevivência e expansão dos territórios.
Isso deve ser associado à vida das empresas hoje, que têm por objetivo também a sobrevivência
e“lutam” por maiores condições de resultados econômicos em busca de objetivos cada vez mais
complexos. Essa perspectiva tinha como gatilho anterior as disputas no campo da guerra, mas
podemos assumir que nosso mercado é uma guerra moderna.
Se antes os grupos primitivos organizados buscavam objetivos como a alimentação, a segurança e a procriação, hoje as
empresas buscam consumidores, resultados econômicos, participação no mercado e, consequentemente, o lucro.
Vídeo Complementar:
Para contextualização, assistam ao vídeo abaixo que apresenta uma perspectiva
acerca do mercado competitivo em face das necessidades de consumo e da entrada
de novas empresas neste cenário de guerra.
<https://www.youtube.com/watch?v=FqpClt-bb5g>.
Evolução do Pensamento Estratégico
De acordo com Porter (1989), o consumo é a chave da existência das empresas, e a estratégia pela
qual este consumo é estimulado, é o que movimenta as empresas da sociedade moderna.
Considerando que o pensamento estratégico muda na medida em que as empresas mudam seu
estilo de gestão, temos a necessidade de analisar o sistema de consumo e as variáveis que formam
o ambiente em que a estratégia torna-se vital para as empresas.
Quando o pensamento moderno das empresas iniciou-se, as empresas não trabalhavam suas ações
de maneira organizada, sendo que, a partir do surgimento da Abordagem Científica da
Administração e dos estudos de tempo se movimentos de Taylor, e depois com a inserção da
perspectiva gerencial com Fayol, houve uma gradativa mudança, que percebeu ser necessária a
incorporação de norteadores que guiassem as ações empresariais, além da definição de metas e
objetivos que pudessem ser executados a longo prazo.
Chandler (1962), autor clássico da área estratégica colocava que, na perspectiva de sistematização
do processo produtivo e da maximização das vendas pelas empresas, uma empresa que não seja
orientada por ações embasadas por informações ou projeções acaba distanciando-se de seus
objetivos principais e trabalhando nas adjacências da estratégia competitiva.
Figura 1: Xadrez Gigante.
Fonte: Dornicke (2012).
Esse contexto nos leva a pensar que cada movimento dado por uma empresa, necessariamente deve ser como os
movimentos de um grande tabuleiro de xadrez. As decisões devem ser tomadas com base em uma perfeita
harmonização entre a ação e as variáveis que interferem no desenvolvimento empresarial.
Vídeo Complementar:
Abaixo segue um link com um vídeo que apresenta exatamente aspectos que tangem
a estratégia competitiva e os movimentos estratégicos que remetem a um tabuleiro
de xadrez.
http://www.fecap.br/adm_online/art34/joao.htm
Lobato (2003) nos coloca que o pensamento estratégico evoluiu da mesma forma como o
pensamento administrativo e suas escolas, passando pelas estruturas das organizações. Nesse
sentido, não é difícil imaginarmos que, se as estruturas básicas das organizações foram
contempladas pelas abordagens da administração clássica, no caso do pensamento estratégico
conforme Tavares (2005), as estruturas iniciais da tomada de decisões estariam alicerçadas em
aspectos produtivos e quantitativos.
Por esse caminho devemos pontuar quais seriam então as fases do pensamento estratégico para
depois imaginarmos as linhas inerentes a este pensamento que, assim como na administração, teve
suas escolas os principais expoentes teóricos e uma forma diferente de ver as organizações de
acordo com a abordagem ou foco que era trabalhado. Porter (1989) coloca que um dos principais
motivos pelos quais a estratégia moderna desenvolveu abordagens distintas deu-se pela natureza
dos problemas inerentes à tomada de decisões nas organizações. Assim, as fases que marcam a
evolução do pensamento estratégico são:
1 – Fase do Planejamento Financeiro: Com foco no saneamento financeiro e no desenvolvimento de
uma gestão financeira baseada em indicadores de resultados produtivos e de ampliação de
participação no mercado.
2 – Fase do Planejamento de Longo prazo: Com foco na incorporação de informações prévias do
ambiente, em especial analisando que as empresas não seriam sistemas fechados e sofreriam
interferências de concorrentes e também de consumidores, assim desenhavam-se projeções de
longo prazo para as ações estratégicas.
3 – Fase do Planejamento Estratégico: Com foco no desenvolvimento de ações de longo prazo
baseadas em informações do ambiente, melhorias produtivas e de qualidade na gestão e com
perspectiva inicial de alinhamento entre objetivos e ações.
4 – Fase da Administração Estratégica: Com foco na operacionalização do planejamento, uma vez
que períodos longos de idealização da ação as tornavam obsoletas e exigiam uma maior dinâmica
de atuação dos gestores na análise do ambiente.
5 – Fase da Gestão Estratégica: Período contemporâneo em que as empresas passaram a perceber
que as variáveis do ambiente, o comportamento do consumidor e a gestão da informação deveriam
ser integrados em sistemas de inteligência e gestão, o que profissionalizaria a estratégia e alinharia
as ações nas diferentes áreas em face dos objetivos.
Deve-se ter em mente que esse processo transcorreu em um período de aproximadamente cinco décadas, entre os
anos 1950 e 1990, tomando como base o modelo norte-americano de gestão e evolução da Administração e da
Estratégia.
Complementando:
Por falar em estratégia baseada no modelo norte americano, abaixo segue o link de
um artigo que vocês devem acessar e fazer a leitura para aprofundamento de
conteúdo em que são abordados aspectos da indústria automobilística no Brasil,
tendo como base o modelo industrial norte-americano.
http://www.fecap.br/adm_online/art34/joao.htm
Essas fases da estratégia não refletem, por exemplo, a realidade da evolução do processo
estratégico em diferentes países, nem podem ser tomadas como realidade para todos os tipos de
empresa.
Considerando que temos empresas que atuam em segmentos ultra competitivos e outras que
trabalham com produtos em segmentos homogêneos e sem muito espaço para diferenciação, temos
que existem e existirão empresas com metas e objetivos estratégicos que variarão desde reduzir os
gastos de produção e ampliar sua capacidade produtiva, até aquelas que buscarão trabalhar linhas
de produtos com inúmeros pontos diferenciais.
Sintetizando conforme Mintzberg e Quinn (2003), teremos empresas que buscarão resultados de
maneiras distintas e ao mesmo tempo parecidas, que terão ou não sucesso conforme a abordagem
estratégica adotada.
Nesse contexto, podemos assumir que a estratégia empresarial, composta por uma série de
atividades que levam as empresas ao status de uma gestão voltada à administração estratégica,
reúne as funções de cada área da empresa e, em termos claros, ao mesmo tempo, enfrentando
cada qual os dilemas e buscando atingir seus objetivos, a saber, a área de marketing, a produção, a
logística, a gestão de pessoas e a área financeira.
Este processo de estabelecimento de funções estratégicas em cada área de atuação organizacional
interna é o que chamamos de “estrategização”, termo que deriva do strategizing que, para
Whittington (2004), refere-se ao ato ou ação de estrategizar, disseminar a estratégia ao longo da
cadeia produtiva, conceitual e decisória das organizações.
Dias (2006) aponta que a estratégia disseminada entre os níveis da organização exige a existência
de um estrategista nas empresas, sendo que não basta ao ator estrategista das empresas pensar a
estratégia, é necessário que este a dissemine e leve-a a ação, do contrário, a empresa precisará
também de atores capazes de realizar a estratégia e poderá a empresa até ter boas ideais em
mente, no entanto, estas ficariam guardadas na “geladeira”, ou em “estantes” como “livros velhos
sem uso”.
Espera-se que essa primeira web aula tenha possibilitado uma visão adequada dos processos
relacionados até o momento.
Até nossa próxima web aula.
Abraços. Prof. Ivan Ferreira de Campos.
WEB AULA 2
Análise Ambiental e Planejamento Estratégico
Que bom que estamos aqui, tivemos um grande avanço, pois com certeza você conseguiu entender
os princípios básicos da Administração Estratégica, ou seja, a aplicação e importância da estratégia
nas empresas. Daqui para frente iremos focar o processo de identificação das condições ambientais
que interferem no desenvolvimento das ações e na tomada de decisões dentro das organizações.
O objetivo desta web-aula é, portanto, ligar as informações que se encontram no ambiente
competitivo com a gestão, de forma que ao gestor torne-se facilitado o processo de identificação das
condições que interferem no dia a dia organizacional, nos resultados da empresa e em como está
deverá atuar em meio às mudanças constantes que acontecem.
Para começarmos, neste ponto faço um questionamento que serve para pensarmos como gestores
que precisarão decidir e elaborar um planejamento que possibilite o atingimento de resultados
estratégicos: como você observa e analisa o ambiente em que sua empresa atua; e de que
forma você considera as informações para tomar suas decisões?
Fiz estas perguntas para evidenciar que um grande número de empresas não toma decisões
pautadas por informações que se encontram presentes no ambiente, o que causa um impacto
negativo no processo de desenvolvimento das ações empresariais, pois, sem considerar o ambiente
configurado pelo cenário competitivo e suas variáveis, torna-se difícil decidir de maneira acertada e
garantir os resultados.
Kotler (2000) nos coloca que, se o mercado é concorrido e se os concorrentes estão em constante
evolução, qualquer empresa que ofereça produtos ou serviços deve, necessariamente, mudar suas
estratégias continuamente, de forma a acompanhar a evolução do mercado.
Porter (1989) prossegue e corrobora essa afirmação ao apontar que somente com a consideração
das informações presentes no ambiente é viável tomar decisões, de maneira que sua empresa seja
competitiva e alcance condições diferenciadas, esperadas pelos consumidores e que remetam à
maximização dos resultados econômicos.
Competências Desenvolvidas Para o Planejamento Estratégico
A coleta de informações no ambiente mercadológico surgiu a partir da necessidade que as
empresas identificaram no momento de planejar as ações com um curso de tempo maior e, ao
mesmo tempo, que pudesse alinhar os objetivos com o desenvolvimento das ações. Campos (2012)
coloca que a estrutura do planejamento estratégico apresenta, intrinsecamente, uma percepção de
que os recursos e os objetivos deveriam relacionar-se para que qualquer resultado pudesse ser
atingido. O autor prossegue apontando que, quando a empresa observa que apenas com
informações primárias e internas não é possível desenvolver o planejamento estratégico, torna-se
possível o desenvolvimento das competências de análise do ambiente.
Lobato (2003), afirma que esse processo foi gradativo e caminhou de acordo com as mudanças no
ambiente mercadológico, principalmente entre os anos de 1970 e 1980, onde a maioria das grandes
empresas percebeu que o ambiente externo organizacional poderia ser favorável ou contrário às
ações de uma empresa, pelo fato de serem ou não consideradas as variáveis impactantes do
mercado.
Campos (2012) argumenta que esse movimento é contemporâneo, mas foi possível apenas pelo processo de mudanças
nas características gerenciais das empresas, em que a percepção de que o mundo era dinâmico também passou a fazer
parte da vida destas.
Complementando:
Mais um importante link que tem foco específico no Planejamento Estratégico, sendo
de suma importância que vocês façam sua leitura para aprofundarem o conhecimento
acerca deste tópico.
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasgarzel/12.pdf
COMPETÊNCIAS ESTRATÉGICAS E ANÁLISE DO AMBIENTE
Lobato (2003) define que, quando o processo de análise das informações do ambiente é iniciado,
algumas competências passam a ser desenvolvidas nas empresas, tais como:
1 – A Análise Ambiental: Competência relacionada à busca e gestão das informações externas que
interferem na vida e decisões da empresa;
2 – A Análise Interna de Recursos: Competência que permite considerar os recursos existentes na
empresa e sua alocação em favor da ação estratégica;
3 – A Análise de Potencialidades: Competência que permite o desenvolvimento dos pontos fortes
da empresa, em que se observa a necessidade de que a empresa possa focar no processo
estratégico que melhor lhe proporcione resultados;
4 – A Análise de Limitações: Competência que coloca a empresa ciente de seus pontos fracos, e
em que ela adquire a percepção de questões que devem ser desenvolvidas;
5 – A Análise de Viabilidade de Objetivos: Competências que derivam das demais, e em que o
gestor passa a considerar que um objetivo é viável apenas se a estratégia for ligada diretamente às
condições favoráveis que o ambiente interno e externo permite.
Considerando que a análise ambiental é o motor desse processo, deve-se elencar quais seriam as
variáveis consideradas chave para a melhor tomada de decisões:
a) Mudanças no mercado;
b) Novos concorrentes ou mudanças de atitude dos concorrentes existentes;
c) Cenário político;
d) Cenário econômico;
e) Inovação e tecnologia;
f) Meio ambiente e sociedade;
g) Legislação;
h) Comportamento dos consumidores.
Complementando:
No link que segue apresento a vocês um artigo clássico do Prof. Vasconcellos em
que são abordados os aspectos ambientais e como estes impactam o planejamento
estratégico, leitura mais que recomendada.
http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75901979000200010.pdf
FOCO E COMPETÊNCIAS
A identificação de competências centrais passa necessariamente por alguns aspectos, sendo estes
a existência de uma unidade estratégica, a existência de um foco estratégico, a existência de uma
rede de informações estratégicas, a existência de uma unidade de comando estratégico, a existência
de habilidades, e, por fim, a existência de uma sensibilidade ou percepção acerca das mudanças no
ambiente. Mintzberg (2002) coloca que sem a identificação das competências, não é possível à
empresa desenvolver uma estratégia central. Tomando parte no que nos coloca Ansoff (1990), a
identificação das condições centrais da estratégia é como a identificação e o desenvolvimento das
habilidades gerenciais da gestão. Vamos detalhar melhor estes aspectos que nos guiam nesta
percepção:
Quadro 1 – Aspectos Centrais da Estratégia.
ASPECTOS EXPLICAÇÃO FINALIDADE
Unidade Estratégica Sua existência torna
possível o pensamento
direcionado em favor de
uma estratégia central.
Serve para que toda a
empresa observe em que
condições consegue
exercer melhor seu papel
estratégico.
Foco Estratégico A partir do pensamento
direcionado, permite que a
empresa perceba e dê
ênfase em suas melhores
condições.
Guia a empresa ao
desenvolvimento da melhor
condição estratégica.
Rede de Informações
Estratégicas
Permite que a empresa
tenha condições de
perceber e analisar as
diferentes mudanças no
mercado e as novas
configurações de
concorrentes.
Serve ao interesse de
contribuir para atualizações
constantes da estratégia.
Unidade de Comando
Estratégico
Existe para que
subordinados dos
diferentes níveis
compreendam que não
devem questionar, mas
Mantém dentre os
diferentes níveis da
hierarquia a coesão entre
objetivos e ações
estratégicas.
sim executar as diretrizes
estratégicas.
Habilidades Permite identificar as
habilidades que servirão
às competências centrais
da empresa.
Sem estas, nenhuma
empresa pode desenvolver
suas competências e uma
direção estratégica.
Sensibilidade ou
Percepção Estratégica
Aliada às demais
instâncias, permite que a
empresa saiba quando é
hora de mudar sua
estratégia.
Serve ao intento do
monitoramento, em que
discute-se quando é hora
de mudar ou mesmo
desenvolver outras
competências.
Fonte: Do autor (2013).
Nesse contexto Ansoff (1990) coloca a análise do ambiente como ponto de partida para o
planejamento estratégico das empresas, uma vez que, por meio de uma inteligência de mercado
embasada no maior número de informações, as empresas passariam a identificar como desenvolver
suas ações sob a égide das forças do ambiente estratégico.
Sobre as forças ambientais, Michael Porter observou, na década de 1980, que as variáveis do
ambiente estratégico configurariam aquilo que o mesmo chamou de “forças ambientais”, que mais
tarde ao serem assumidas pelos teóricos e também pelos gestores de grandes organizações ganhou
o nome de “Forças de Porter”.
Estas forças apresentam ao empresário um ambiente mercadológico hostil em razão do caráter
competitivo das empresas, em que por diferentes condições ambientais, haveria a necessidade de
mudar a estratégia constantemente. Devemos assumir que isso não apenas tornou-se a tônica do
mercado, como também é algo válido até o presente dia.
As forças que compõem o “Modelo de Porter” são:
1 – A rivalidade entre os concorrentes;
2 – A ameaça de novos entrantes;
3 – A ameaça de produtos substitutos;
4 – O poder de negociação dos fornecedores;
5 – O poder de barganha dos clientes.
Para facilitar o entendimento de vocês acerca de tais forças, abaixo apresento um quadro que as
apresenta e demonstra como estas podem interferir na tomada de decisões das empresas.
Quadro 2 – Forças de Porter.
FORÇAS DE PORTER DEFINIÇÃO
Rivalidade entre Concorrentes Como o mercado possui diferentes
empresas em um mesmo segmento, os
concorrentes podem tomar decisões que
forcem mudanças na estratégia.
Ameaça de Novos Entrantes Em um segmento do mercado, a entrada
de um novo concorrente pode acirrar a
concorrência, bem como mudar a lógica
de consumo e forçar mudanças na
estratégia definida.
Ameaça de Produtos Substitutos Novos produtos, ou produtos similares
que possam substituir a necessidade de
consumo no mercado podem forçar
mudanças na estratégia da empresa.
Poder de Negociação dos Fornecedores Dentro de um segmento, uma empresa
pode depender de um dado fornecedor e
ficar em suas mãos em caso de escassez
de insumos, ou mudanças nas políticas de
preço e distribuição, sendo forçada a
rever sua estratégia.
Poder de Barganha dos Clientes Os clientes podem exercer pressões por
preços, vantagens ou mesmo barganhas
em razão de uma dependência
eventualmente estabelecida, em que a
empresa não possa dar-se ao luxo de
perdê-los, sendo que nesses casos a
estratégia deve ser revista.
Fonte: Do autor (2013).
A partir destas forças e munidas das informações ambientais, as empresas passaram a estabelecer
modelos estratégicos baseados na gestão de informações. Esse momento histórico coincide com a
mudança de perspectiva das empresas em que estas passaram a adotar sistemas de informação,
bancos de dados de informações e sistemas integrados de gestão.
Já no tocante ao processo de evolução do pensamento interno estratégico, esse passa,
indubitavelmente, pela análise interna, a qual incorporará ao pensamento estratégico e a visão
sistêmica externa, as condições que movem a estratégia internamente. Donaldson (1999), em
alusão às contingências pelas quais uma empresa passa, no qual existe um cenário de incertezas,
mudanças e transições, afirma ser imprescindível que a estratégia seja revisitada continuamente.
Essa análise contínua exige que as condições microambientais sejam constantemente atualizadas, e
mesmo sendo estas um tanto quanto controláveis, podem provocar uma série de entraves à gestão
no que concerne à tomada de decisões. Abaixo apresento um quadro que explica de forma mais
detalhada tais variáveis e como estas são percebidas dentro da visão estratégica da empresa:
Quadro 3 – Variáveis Microambientais.
VARIÁVEIS AMBIENTAIS
INTERNAS
CONTEXTUALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
PRODUÇÃO AS CONDIÇÕES INTERNAS DE PRODUÇÃO
ENCONTRAM-SE RELACIONADAS À
CAPACIDADE QUE A EMPRESA TEM DE
CUMPRIR AS METAS DE PRODUÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS, BEM
COMO SE ESTE SETOR ACOMPANHA AS
MUDANÇAS DO AMBIENTE EXTERNO.
FINANÇAS AS CONDIÇÕES INTERNAS RELACIONADAS
ÀS FINANÇAS PERMEIAM A CAPACIDADE DE
INVESTIMENTOS DA EMPRESA, DE
PAGAMENTOS E SE A EMPRESA TEM
CONDIÇÕES DE MUDAR SUA ABORDAGEM
EM RELAÇÃO ÀS VARIÁVEIS EXTERNAS.
MARKETING AS CONDIÇÕES INTERNAS
DE MARKETING RELACIONAM-SE AOS
PRODUTOS E SERVIÇOS, À CAPACIDADE DE
INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE, E ÀS
VARIÁVEIS EXTERNAS DO MERCADO E
INERENTES AO COMPORTAMENTO DOS
CONSUMIDORES.
PESSOAS AS CONDIÇÕES INTERNAS RELACIONADAS
ÀS PESSOAS ENVOLVEM OS
RELACIONAMENTOS, COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL, CONDIÇÕES DE
GERENCIAMENTO DE CONFLITOS E À
CAPACIDADE DE GESTÃO DA EMPRESA.
Fonte: Do Autor (2013).
Feito tudo isso, chegamos finalmente ao planejamento estratégico, em que adotando o modelo de
Bateman e Snell (1998), observamos como a gerência de informações internas e externas deve ser
considerada para determinarmos as condições do ambiente e as adequadas decisões que deverão
ser tomadas.
Para entendermos como isso será realizado nas empresas, apresento a vocês um último quadro, o
qual trata dos níveis de ação, a definição de cada uma destas e, por fim, os objetivos a elas
inerentes:
Quadro 4 – Etapas do Planejamento Estratégico.
ETAPA DEFINIÇÃO CONTEXTO - OBJETIVO
1 – Análise Ambiental Nessa etapa, as variáveis do
ambiente já foram
consideradas pelos tomadores
de decisões, sendo que o
impacto destas na definição
dos objetivos e ações foi
mensurado.
O contexto é de início da
ação estratégica, e o
objetivo é de delinear como
esta será aplicada,
considerando as
particularidades
necessárias para a
implementação.
2 – Estabelecimento
de Metas e Planos de
Ação
Nessa etapa os tomadores de
decisões estabelecem o
caminho até os objetivos por
meio das metas, que seriam
cortes temporais ou de
realização no processo de
O contexto é de definição
de marcos temporais, ou
de resultados no curso da
estratégia, sendo o objetivo
delinear o caminho por
meio de itens realizáveis
realização da estratégia. do planejamento no curso
da ação.
3 – Avaliação das
Metas e Planos de
Ação
Nessa etapa os tomadores de
decisões avaliarão as metas e
os planos de ação dentro de
um contexto de prévio à
execução.
O contexto dessa etapa é o
de nivelamento, em que o
objetivo é descartar as
metas ou planos de ação
que não sejam viáveis, ou
dificilmente realizáveis.
4 – Seleção das Metas
e Planos de Ação
Nessa etapa os tomadores de
decisões farão a escolha das
metas e planos de ação,
primando por aquelas que
avaliaram ser viáveis.
O contexto é de execução,
em que o objetivo é
implementar os planos de
ação para o atingimento
das metas.
5 - Implantação Nessa etapa, de maneira
objetiva, o planejamento
estratégico é realizado.
O contexto de implantação
do planejamento
estratégico prevê que as
metas definidas em função
dos objetivos serão
realizadas dentro de um
cronograma e observando
que o resultado esperado
seja o desenvolvimento
dos planos de ação em
coesão com o que foi
estabelecido.
6 – Monitoramento e
Controle
Nessa etapa, a empresa deve
estabelecer marcos temporais
e indicadores qualitativos e
quantitativos que possam dar
condições de avaliação do
planejamento na prática.
O contexto dessa etapa é
de observação, em que a
empresa tem por objetivo
identificar se existe algum
desvio na realização do
planejamento, nos planos
de ação previamente
estabelecidos e nos
resultados de realização
das metas, que possam
exigir mudanças.
Fonte: Do Autor (2013).
Com estes conteúdos, espera-se que tenha sido possível a todos um entendimento acerca destes
processos que guiam a empresa à Administração Estratégica. Na próxima unidade, o professor Luís
Cláudio Perini abordará como as empresas devem relacionar do ponto de vista da gestão, o
processo que envolve a sistematização das informações por meio de tecnologias e sistemas que
proporcionarão às empresas a condição de desenvolver suas estratégias no campo prático da
gestão.
Aproveitem e tenham todos bons estudos!
Abraços!
Prof. Ivan Ferreira de Campos.
ANSOFF, H. Igor. A nova estratégia empresarial. Tradução de Antonio Zoratto Sanvicente. São
Paulo. Atlas. 1990.
BATEMAN, Thomas; SNELL, Scot A. Administração Management: Construindo Vantagem
Competitiva. Atlas. 1998.
CAMPOS, Ivan. Ferreira de. Desafios da gestão universitária estratégica em ies privadas. Revista
Científica Sensus: Administração, v. 2, p. 20-37, 2012. Disponível em:. Acesso em: 8 maio 2013.
CHANDLER, Jr. Alfred D. Strategy and structure: chapters in the history of the industrial enterprise.
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DIAS, Sérgio Roberto (coord.). Marketing: estratégia e valor. São Paulo: Saraiva, 2006.
DORNICKE. Tabuleiro de xadrez gigante. Estação Ciência, São Paulo, Brasil. Wikimedia
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DONALDSON, Lex. Teoria da Contingência Estrutural. In. CLEGG, S.; R.; HARDY, C.; NORD,
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LOBATO, David Menezes (Coord.). Estratégia de empresas. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
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TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
WHITTINGTON, R. Estratégia após o modernismo: recuperando a prática. RAE, v. 44, n. 4, out./dez.
2004. Disponível em:. Acesso em: 08 maio 2013.
Unidade 2 – CONCEITOS BÁSICOS
Introdução e Evolução do Pensamento Estratégico
Apresentação do professor
Seja bem-vindo à nossa primeira web aula da Unidade II!!!
Eu sou o professor Perini, estarei junto com vocês no desenvolvimento da disciplina
de Administração e Sistemas de Informação.
Assim como você, eu também escolhi a área de Administração, sou Bacharel em Administração com
ênfase em Análise de Sistemas Administrativos e também Tecnólogo em Processamento de Dados.
Assim, logo que me formei em Tecnologia em Processamento de Dados já iniciei as atividades
acadêmicas, fazendo o curso de Administração de Empresas, e após concluir o curso de
Administração, iniciei as minhas atividades como docente, onde estou até hoje. Porém, nesta
atividade senti a necessidade de aprofundar meus conhecimentos, desta forma, fiz uma primeira
especialização de Administração em Engenharia de Software e, não satisfeito, cursei outra
especialização em Ciências da Computação, pois atuava com mais frequência na área de
tecnologia. E por atuar mais nesta área, entrei e conclui o mestrado em Ciência da Computação.
Sou uma pessoa que busca sempre novos desafios, desta maneira, estou planejando para um futuro
bem próximo um Doutorado, sendo este na área de Administração.
Como atividade profissional, ocupo o cargo de professor em vários cursos de graduação e de pós-
graduação, e utilizo na prática os conceitos aprendidos nos cursos que realizei, bem como a
experiência acumulada com o passar dos anos.
Creio que o segredo da realização pessoal e do sucesso profissional é acreditarmos naquilo que
estamos fazendo, independente da atividade ou cargo que ocupamos, tem que haver envolvimento,
dedicação, e isto somente é possível quando somos apaixonados pelo que fazemos, isso nos torna
perfeitos batalhadores.
Desta forma, vamos iniciar nossos estudos.
TÉCNICA vs TECNOLOGIA
A técnica e a tecnologia sempre tiveram um papel muito importante na evolução do homem e da
sociedade, onde podemos dizer que a Técnica é “criar uma forma de manipular, um conhecimento
que possa gerar inovações com o objetivo de facilitar um determinado trabalho”. Com as relações
sociais e troca de experiências entre pessoas e organizações, ocorre a evolução das técnicas, o
qual seria um acúmulo de conhecimento acerca das formas de trabalho.
Diante disso, chega-se à conclusão de que a Técnica “é uma ação ou conjunto de procedimentos e
de objetos que constituem uma atividade, não incluindo estudo das razões de funcionamento desta
ação. Sendo assim um conhecimento empírico, nascido, mantido e reproduzido na própria ação, ou
seja, o conhecimento da técnica é o resultado das nossas experiências” (ZAWISLAK, 1994).
Como exemplos de técnicas podemos destacar exemplos do mais arcaicos, como, por exemplo, as
técnicas de plantio, de caça (utilizando arco e flecha, entre outras).
Por sua vez, podemos dizer que a Tecnologia é a técnica evoluída, ou seja, é fruto de ideias
surgidas no passado e que, ao longo dos anos, foram criadas, atualizadas e aprimoradas,
principalmente a partir final do século passado, marcando o início da Revolução da Informação.
Aprofunde o conhecimento: assista aos vídeos abaixo:
<https://www.youtube.com/watch?v=Qx1scW-bbqk>.
<https://www.youtube.com/watch?v=FJfuRptpPd4>.
Desta forma, vários autores veem a tecnologia como uma ciência aplicada, ou seja, é a
sistematização da técnica onde devemos refletir sobre a ideologia que a orienta, o valor agregado e
os impactos negativos que serão gerados.
Em uma organização, notamos as tecnologias em uso, quando analisamos o próprio trabalho das
pessoas e o que elas estão utilizando para fazer este trabalho. São três as áreas primárias:
tecnologia do produto, tecnologia de processos e tecnologia de informação.
As diversas formas de aplicação da tecnologia transformam todas as atividades existentes, o que a
faz uma perfeita ferramenta para o desenvolvimento de vários seguimentos, tais como a educação,
comunicações, medicina, administração, etc.
Ainda se levarmos em conta o efeito da globalização que introduziu dois novos motivos de
preocupação para as empresas; superação de distâncias e ampliação de mercados. Esta
interdependência existente faz com que haja uma desconfiança contínua na empresa em relação ao
mercado onde ela está, fazendo com que ela tenha a necessidade de obter muito mais informações
deste mercado antes de tomar qualquer decisão.
Surgiu então a telemática, que incorpora todas as ferramentas computacionais, juntamente com as
tecnologias de telecomunicações, possibilitando o desenvolvimento de novas aplicações
empresariais para dar auxilio a você, administrador de empresas. Surgindo então um novo
profissional que possa administrar corretamente todo este fluxo de informações da empresa, o qual
é denominado de CIO(Chief Information Officer), isto é, diretor executivo de informações. (Veja
também aqui).
Fixando conteúdo, leia também:
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/tecnica-e-tecnologia-como-o-
homem-construiu-o-conhecimento.htm>.
<http://www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev01-03.pdf>.
<http://www.liinc.ufrj.br/pt/attachments/055_saritalivro.pdf>.
<http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/geografia/globalizacao.htm>.
Sobre globalização, assista também:
<https://www.youtube.com/watch?v=DVj2p1HFEn4>.
e <https://www.youtube.com/watch?v=0qEU0lR4qc8>.
Introdução a Sistemas de Informação
Quando você ouve falar em sistemas, geralmente enxerga sistemas computadorizados que
automatizam as tarefas diárias, porém, o conceito de sistema pode ser definido como “o conjunto de
elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem entre si formando um
todo complexo” (BATISTA, 2006, p.13).
Ao analisarmos uma empresa, podemos então ver claramente a aplicação do conceito de sistema.
Desta forma, a empresa em si é o TODO e seus setores (áreas) são os subsistemas.
O sistema de informação é um subsistema da organização definido como sendo qualquer sistema
que possua dados ou informações que possam ser utilizadas pela organização, gerando com isso a
base de conhecimento organizacional.
Sistema de informação é o processo no qual é possível interagir todos os elementos que compõem o sistema e,
no caso de uma organização, todos seus departamentos.
Aprofunde o conhecimento:
A implementação da tecnologia da informação e sua associação com os perfis organizacionais;
O que é conhecimento? Sintetizando epistemologia, metodologia e teoria de sistemas em – uma nova proposição;
Sistemas de Informação;
Manual da Tecnologia da Informação;
Administração de Sistemas de Informação ;
<http://www.revistatemalivre.com/sistema.html>.
Tipos de Sistemas de Informação
Os sistemas de informação podem ser classificados de várias formas, seja por operações, como sistemas de
informações gerenciais, ou de acordo com o tipo de informação processada. Outras categorias de sistemas de
informação podem suportar aplicativos operacionais e gerenciais tais como:
Tipo de Sistema de
Informação
Descrição
Sistema de informação
operacional (SIO)
Consiste em sistemas que tratam das operações rotineiras da
organização. Sua função básica é manipular os dados básicos da
organização e armazená-los, de modo a ficarem disponíveis para o
nível tático da organização.
Sistema de informação
gerencial (SIG)
Nesse tipo de sistema de informação, transformam-se dados
provenientes dos sistemas de informação operacional da organização,
agrupando-os para facilitar a tomada de decisão pelo corpo gerencial.
Sistema de informação
estratégica (SIE)
Transforma dados provenientes dos sistemas de informações
gerenciais, agrupando-os, para facilitar a tomada de decisão pelo
corpo diretivo da organização.
Sistemas de automação
de escritórios (SAE)
Seu objetivo é aumentar a produtividade pessoal dos trabalhadores
que manipulam informações de escritórios.
Sistemas de Trabalhadores do Conhecimento (STC)
Promovem a criação de novos conhecimentos e asseguram que estes
e capacidades técnicas sejam adequados à organização. Geralmente
são executados por profissionais reconhecidos (médicos,
engenheiros, administradores, arquitetos, cientistas etc.) que, através
de seus conhecimentos, realizam projetos em determinada área de
conhecimento.
Sistemas de Apoio à Decisão (SAD)
Possuem interatividade com as ações do usuário, oferecendo dados e
modelos para solução de problemas empresariais e tocam na tomada
de decisões. Usam informação interna dos SIO e do SIG, os SAD
frequentemente trazem informações de fontes externas.
Sistemas de suporte
executivo (SSE)
São sistemas que dão suporte ao desenvolvimento do planejamento
estratégico da organização, auxiliando na definição dos objetivos
organizacionais. Geralmente destinados ao nível gerencial do alto
escalão da organização. São diferenciados dos outros tipos de
sistemas de informação, pois focalizam a alta administração.
Normalmente, trabalham com tecnologia de ponta no que diz respeito
a gráficos integrados, ferramentas de avaliação de cenários, tabelas
dinâmicas e de referência cruzada.
Sistemas de Informação Estratégica (SIE)
Manipulam dados provenientes dos sistemas de informações
gerenciais e operacionais, agrupando-os para facilitar a tomada de
decisão pelo corpo diretivo da organização. Visam auxiliar o processo
de tomada de decisão da cúpula estratégica, isto é, de pessoas com
responsabilidade global pela organização.
Sistemas
Especialistas (SE)
Sistemas ligados aos campos da Inteligência Artificial (IA) que utiliza o
computador para assistir, ou mesmo substituir os tomadores de
decisão. Compõe-se de softwares e pretende adquirir conhecimentos
em domínios limitados, com intuito de obter conhecimento e
experiência dos seres humanos (especialistas) para aplicá-los na
solução de problemas.
Para aprofundar seus conhecimentos leia:
<http://www.coladaweb.com/administracao/sistema-de-informacao-gerencial>.
Componentes da Tecnologia de Informação
De acordo com Turban, Rainer e Potter (2005, p. 40), tecnologia de informação é definida “[...] como
uma coleção de recursos de informação de uma organização, com seus usuários e a gerência que
os supervisiona; inclui a infra-estrutura de TI e todos os outros sistemas de informação em uma
organização”.
Batista (2006, p. 59) define tecnologia de informação “como todo e qualquer dispositivo que tenha a
capacidade de tratar dados e/ou informações tanto de forma sistêmica como esporádica,
independentemente da maneira como é aplicada”.
Também podemos definir Tecnologia de Informação como sendo o conjunto
de hardware (equipamentos e acessórios), software (programas e utilitários), banco de dados
(gerenciadores de banco de dados) e redes e telecomunicações.
Aprofundando conhecimento sobre as Tecnologias de Informação acesse o link:
Tecnologias de Informação (criar link para o arquivo pdf em anexo).
Pessoal, é interessante que assistam aos vídeos abaixo para fixar os conhecimentos
a respeito das tecnologias de informação possíveis de serem utilizadas nas
organizações.Resumo da história do computador:
<https://www.youtube.com/watch?v=d41Ucf3nb1c>.
História do Computador:
<https://www.youtube.com/watch?v=Dgx-7H9QOsw>.
Hardware e Software:
<https://www.youtube.com/watch?v=0KoOSYQO2hk>.
O que é hardware:
<https://www.youtube.com/watch?v=ynmbRkRsyyI>.
Conceito, Origem e Topologia de Redes de Computadores:
<https://www.youtube.com/watch?v=ztlcl-kPrX0&hd=1>.
Tipos de Redes de Computadores:
<https://www.youtube.com/watch?v=QdsMkd2kDVU&hd=1>.
Tipos de Computadores:
<https://www.youtube.com/watch?v=ASHC1bhe2KM>.
Conceitos de Software:
<https://www.youtube.com/watch?v=kP6LXcS08_c&list=PLpfcp7Q5cun3Oy-
11XWp_XR56yQh4YaQS>.
<https://www.youtube.com/watch?v=ZDtcpr482fQ>.
<https://www.youtube.com/watch?v=Mpm6aQD9Pwc>.
Aplicação das Tecnologias Web nas Empresas
Olá pessoal, vamos estudar agora como as tecnologias de informação podem ser aplicadas nas
organizações e como a internet mudou o conceito de negócios nas empresas.
Internet
A internet é, de fato, uma rede internacional. Contando com usuários nos 5 (cinco) continentes.
Diferentemente de uma rede corporativa onde a infraestrutura é centralizada, a internet não é nada
mais que um punhado de redes conectadas com este mesmo objetivo e que usam um mesmo
padrão de comunicação.
A internet transmite dados de um computador hospedeiro (de origem) a outro. Se os dois estiverem
conectados à mesma rede, a transmissão é direta, caso não esteja, haverá a necessidade de enviar
uma mensagem a outro computador conectado à sua rede para que ele possa encaminhá-la ao
receptor. A mensagem pode passar por um roteador antes de alcançar um computador capaz de
encaminhar sua mensagem. As várias redes que compõem a internet funcionam da mesma forma,
enviam e recebem pedaços de dados (chamados pacotes), onde cada um carrega o endereço de
seu emissor e de seu receptor.
O protocolo mais conhecido para a passagem destes pacotes é o protocolo de controle de
transporte (TCP) e é usada em conjunto com o protocolo de internet (IP), onde foi criado o
protocolo TCP/IP.
Para aprofundar seu conhecimento, sobre protocolo TCP/IP assista aos vídeos:
<https://www.youtube.com/watch?v=vkwbHRpq09U>.
<https://www.youtube.com/watch?v=Q4qoFgyQWFY>.
veja também:
IPv4, IPv6, URL, HTTP, WWW, BACKBONE, SERVIÇOS DA INTERNET
Para acessar um computador é necessário, além do protocolo TCP/IP, o nome de domínio e, para
isso, devem ser seguidas regras bem definidas, onde deve possuir duas partes separadas por
pontos, sendo que a parte a esquerda identifica a rede ou provedor hospedeiro, e a parte a direita
indica a filiação do domínio (ex.: empresa.com, universidade.edu, etc.).
A Internet e a World Wide Web (WWW) não são a mesma coisa. A internet é um mecanismo de
transporte e a WWW é uma aplicação que usa este mecanismo para conectar mais facilmente as
centenas de milhares de redes inseridas na internet.
Um site na internet é como uma revista, contém uma “capa”, a qual chamamos de home page, que
é composta por textos, gráficos e títulos. Todos os textos destacados (grifados) são hipertextos. Já
hipermídia liga os dados permitindo que as pessoas acessem os dados da maneira que quiserem
sem uma ordem pré-estabelecida.
Também temos os mecanismos de busca, ou seja, uma ferramenta que envia uma palavra-chave a
diversos mecanismos de busca convencionais, exibindo ao usuário o resultado da busca. Dentre os
mecanismos que mais usamos estão o google.com, youtube.com.br, yahoo.com, cooliris.com, entre
outros.
Assista também:
Serviços de Internet
<https://www.youtube.com/watch?v=dQWiD4xXDrM>.
A História da Internet
<https://www.youtube.com/watch?v=aJNfiHw2uI4>.
Intranet
É uma rede empresarial interna que é construída usando como padrão os produtos e protocolos
utilizados pela Internet e pela WWW. Nela todos os funcionários podem usar os seus recursos,
compartilhando informações, documentos, vídeos, imagens e tudo que for necessário para o
desempenho de sua função.
A estrutura da intranet é similar a internet, pois cada máquina interligada na rede possui um
endereço de IP, o qual identifica o local onde o computador está instalado, podendo estar ou não
fisicamente no mesmo setor.
A grande vantagem do uso da intranet deve-se ao fato de boa parte das pessoas já estarem
familiarizadas com o ambiente da internet, requerendo com isso menos treinamento para que ela
possa ser operacionalizada.
A intranet é uma alternativa barata e poderosa de comunicação interna, ela pode eliminar a
necessidade de documentos impressos, possibilita também o acesso dos funcionários a documentos
que anteriormente eram de difícil acesso. Por exemplo, documentos dispostos em filiais distantes
que, se fosse necessário usar, seria preciso solicitar uma cópia dele. Com a intranet, o acesso ficou
instantâneo, com isso reduzindo a distância.
Outra vantagem da intranet é que ela apresenta as informações de maneira uniforme em todo e
qualquer computador, com isso integrando computadores com diferentes de tipos de classificações,
processadores e sistemas operacionais, pois todos acessam a mesma fonte de informações.
A INTRANET é uma rede interna, ou Web interna, é uma arquitetura de rede própria projetada para
atender às necessidades internas de informação da empresa, usando os conceitos e ferramentas da
Web tais como navegação fácil e efetiva, ferramentas de busca ou de colaboração e comunicação.
Como podemos ver a seguir, as intranets podem ser uteis em uma variedade de funções
empresariais, tais como:
Business Intelligence (Inteligência em negócios). Serviços Públicos.
Informação corporativa.
Atendimento ao cliente.
As intranets podem ter algumas das seguintes funcionalidades:
Acesso a banco de dados baseados na Web para facilitar sua utilização; Ferramentas de busca, sistemas de indexação e diretórios que auxiliam buscas baseadas em
palavras-chave;
Ferramentas de comunicação interativa, como bate-papo, suporte de áudio e videoconferência;
Distribuição de documentos e fluxo de trabalho, incluindo download e roteamento de documentos;
Groupware com e-mail aperfeiçoado, painéis de notícias, compartilhamento de telas e outras ferramentas de suporte em grupo.
De acordo com gráfico 1, Turban e King (2004, p. 238) uma pesquisa com cerca de mil gerentes
relata as informações frequentes incluídas nas intranets.
As intranets oferecem alguns benefícios para quem as usa, tais como:
Busca por documentos e acesso a eles; Informação personalizada;
Melhor compartilhamento do conhecimento;
Processo individual de decisão;
Distribuição de software;
Gerenciamento de documentos;
Gerenciamento de projetos;
Treinamento;
Processo de transações aperfeiçoado;
Entrega de informações sem papel;
Os funcionários controlam suas próprias informações.
Gráfico 1 – Informações nas Intranets.
Fonte: Autor.
Quando as intranets são combinadas com uma conexão externa para criar uma extranet, e as
mesmas apresentam algumas vantagens, tais como:
Comércio eletrônico; Atendimento ao cliente;
Aperfeiçoamento dos processos de negócios e da tomada de decisão em grupo
Organizações virtuais;
Melhoria dos processos administrativos.
Veja também os seguintes endereços:
<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/243/intranet_-_conceito_e_objetivos>.
<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/286/intranet_-_delegando_responsabilidades>.
<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/285/intranet_-_projeto>.
Assista também:
<https://www.youtube.com/watch?v=gyiZ6ALXSM8&hd=1>.
Extranet
É a forma onde algumas empresas estão permitindo que pessoas e outras organizações externas
tenham acesso limitado a sua intranets internas.
Hoje é comum o acesso que você faz ao banco onde possui uma conta bancária, pois, com o uso da
internet, temos o acesso à homepage do banco e, com uma senha que é fornecida pelo banco, você
tem acesso limitado à sua conta corrente, dentro da intranet do banco e com esse acesso você pode
consultar o saldo de sua conta, realizar pagamentos, efetuar transferências, etc.
As extranets são úteis para conectar organizações com fornecedores, clientes, parceiros de
negócios, sendo uma ferramenta essencial para o gerenciamento de cadeias de suprimentos,
projeto e desenvolvimento de produto, comércio e negócio eletrônico, etc...
Veja também os seguintes endereços:
<http://extranet.bobs.com.br/login.asp>.
<http://sistemasweb.agricultura.gov.br/>.
<http://extranetparker.com.br/home2/>.
Acesse também o link:
Tecnologia de Informação como vantagem competitiva, disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n1/v1n1a05.pdf>.
Comércio e Negócio Eletrônico
O comportamento inovador da Internet está trazendo para o mercado novos padrões, tanto de
funcionamento, como de métodos comerciais. É claro que a produtividade proposta por este novo
método é muito poderoso para ser simplesmente ignorado.
Uma destas poderosas ferramentas inovadoras da internet é o negócio eletrônico, que usa da
tecnologia da informação, como computadores e telecomunicações para automatizar a compra e
venda de produtos, bens e serviços entre empresa-consumidor e empresa-empresa.
O negócio eletrônico compreende não somente o comércio, mas também qualquer tipo de prestação
de serviços, troca de dados/informações, disponibilização de informação.
Kalakota (apud BOGHI; SHITSUKA, 2002, p. 171), “conceitua comércio eletrônico como usar
tecnologias de informação e comunicação para conduzir atividades de negócios com consumidores,
com outras empresas e internamente na organização”.
Na verdade, o comércio eletrônico nada mais é que comprar e vender produtos e serviços usando
como meio para isso a Internet.
A agilidade que se estabeleceu com esta nova atividade faz com que boa parte das empresas
pensem em usar esta modalidade de negócios, porém, para tal, deve-se planejar muito para não
correr riscos.
As informações mais procuradas pelos usuários em sites comerciais são, na ordem: características
de produtos, catálogos de produtos, notícias, lista de preços, portfólio e locais de venda.
Já o retorno proporcionado para as organizações com relação ao investimento no comércio
eletrônico elas definem primeiramente como sendo a divulgação da empresa e, logo após o
crescimento da organização, a maior interação com os consumidores, a agilidade nas negociações,
a divulgação dos novos produtos, as necessidades dos consumidores.
Muitas organizações ainda não investem nesta, pois acham que: faltam sistemas seguros na Web;
têm dificuldades em atingir as camadas de renda mais baixas (eles acham que as classes de menor
renda não tem acesso a web); muitos consumidores tem dificuldades em tirar dúvidas na web; o
custo com telecomunicações estão ainda muito caros; faltam profissionais especializados; exige um
maior investimento em mídia segmentada e por fim que os pagamentos não podem ser a vista,
exigindo depósitos bancários ou cartão de crédito.
A estrutura de um comércio eletrônico exige um alto investimento em tecnologia, deve-se criar uma
estrutura na qual o consumidor possa efetuar um pagamento seguro, ter segurança na transmissão
dos dados pessoais, etc.
Um grande problema que as empresas eletrônicas possuem é o serviço de logística, muitos
terceirizam este processo, outros fazem por conta própria, porém poucos fazem o uso deste serviço
com um bom planejamento, tendo como consequência muitos prejuízos com trabalhos refeitos e
clientes insatisfeitos.
Existem hoje diversos modelos de comércio eletrônico, o qual destaco os principais utilizados pelas empresas: B2B, B2C,
B2B2C, C2B, C2C, m-Commerce, B2E, c-Commerce, G2C, G2E, E2E.
Para fixar o seu conhecimento assista aos vídeos :
Comércio Eletrônico
<https://www.youtube.com/watch?v=TrDQIUxWMH4>.
Expectativa é de 25% de aumento no faturamento do comércio eletrônico
<https://www.youtube.com/watch?v=XXV53keajcI>.
E-commerce, comércio eletrônico, loja virtual no Brasil
<https://www.youtube.com/watch?v=Nz72uJGdtVQ>.
O comércio móvel também chamado m-commerce e m-business é qualquer e-commerce executado
em um ambiente sem fio, especialmente pela Web. O m-commerce não é meramente uma variação
dos serviços da internet já existentes, mas, sim uma extensão do e-business.
Os dispositivos móveis criam uma oportunidade de prestar novos serviços a clientes preexistentes a
atrair outros tantos. No quadro 1, podemos ver alguns termos comuns do m-commerce.
Quadro 1 – Termos comuns do m-commerce.
Termo Descrição
1G Primeira geração da tecnologia sem fio. Era analógica (1979 – 1992).
2GSegunda geração da tecnologia digital sem fio. Baseia-se em tecnologia
digital de rádio e aceita principalmente texto.
2.5G
É uma tecnologia provisória baseada em GRPS (General Packet Radio
Service) e EDGE (Enhanced Data Rates for Global Evaluation) e pode
acomodar elementos gráficos.
3GTerceira geração da tecnologia digital sem fio, suporta Rich Media como
clipes de áudio, iniciou-se em 2001 no Japão.
4GQuarta geração da tecnologia digital sem fio, proporcionará exibição mais
rápida de multimídia.
GPS
Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System) é um
sistema de rastreamento via satélite que possibilita a localização de
qualquer dispositivo munido de GPS.
PDA Personal Digital Assistant – PDA é um pequeno computador portátil.
SMSServiço de Mensagens Curtas (Short Mensage Service) existe desde 1991
e permite a troca de mensagens curtas de texto entre telefones celulares.
EMS
Serviço de Mensagens Melhorado (Enchanced Messaging Service) é uma
extensão do SMS que possui a capacidade para simples animações,
pequenas figuras e músicas curtas.
MMS
Serviço de Mensagens Multimídia (Multimedia Messaging Service) é a
próxima geração da mensagem sem fio, que transmitirá mídia rica (Rich
Media).
WAPProtocolo de Aplicação sem Fio (Wireless Application Protocol) é a
tecnologia que proporciona navegação na Web em dispositivos sem fio.
SMARTPHONES
Telefones Inteligentes são celulares habilitados para Internet e capazes de
suportar aplicações móveis. Incluem processadores WAP para acesso à
Internet.
Fonte: Adaptado Turban e King (2004, p. 269).
O m-commerce tem duas características principais que diferenciam de outra maneira o e-commerce:
Mobilidade
Baseia-se no fato de que os usuários levam consigo um telefone celular ou outro dispositivo móvel
para todos os lugares que vão. A mobilidade implica na portabilidade e, por conseguinte, o usuário
pode realizar um contato em tempo real com qualquer sistema.
Alcance amplo
Com o m-commerce, as pessoas podem ser alcançadas a qualquer momento, porém, o usuário
poderá bloquear horários e mensagens que não deseje.
As características acima rompem a barreira geográfica e de tempo, criando atributos de valor
agregado advindos destes atributos, além de impulsionarem o desenvolvimento comercial do m-
commerce, estão relacionados abaixo:
Ubiquidade à refere-se ao atributo de estar disponível a qualquer lugar e a qualquer hora; Conveniência à diz respeito a operar em um ambiente sem fio e muito conveniente para os
usuários, basta os mesmos terem um telefone inteligente.
Personalização de produtos à é limitada em dispositivos móveis, porém, devido à necessidade de realizar transações eletronicamente aliada à disponibilidade da informação personalizada, conduzirão esse conceito a novos níveis que levarão o dispositivo móvel em um fermenta de comércio eletrônico.
Conectividade instantânea à a personalização possibilita adequar as informações a consumidores individuais.
Localização de produtos e serviços à saber onde o usuário esta fisicamente em certo momento é crucial para oferecer serviços relevantes.
Além dos atributos de valor agregado já descritos acima, o m-commerce é impulsionado pelos
seguintes fatores:
Ampla disponibilidade de dispositivos; A não necessidade de um computador pessoal (desktop);
A cultura do equipamento de mão;
Empurro do fornecedor;
Declínio de preços;
Mais largura de banda;
A explosão do comércio eletrônico em geral.
Aprofundando o conhecimento, leia também:
<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n6/
gestao_negociosecomeletronico.pdf>.
<http://www.scielo.br/pdf/rac/v3n1/v3n1a05.pdf>.
<http://www.scielo.br/pdf/rae/v40n4/v40n4a09.pdf>.
Desperdício em Sistemas de Informação
Em tempos de recessão econômica e dificuldades, todo e qualquer custo que possa ser evitado
pode ser um fator de sucesso nas organizações. Então, como administrador, como você é diante
deste fato? A seguir comentarei algumas causas de desperdício e, ao final, gostaria que você
fizesse uma reflexão e visse seus pontos fortes e fracos.
Causas de Desperdício
1. Indiferença dos executivos: acham o assunto muito técnico e específico, deixando então a cargo de especialistas em TI, porém este técnico não tem necessariamente uma visão do negócio em questão.
2. Inexistência de critérios de investimento: na TI, muitas das atividades não se pode medir em termos financeiros, mas sim em retornos oriundos do uso da TI nos sistemas de informação das organizações.
3. Modismo: todo mundo está usando e nos não queremos ficar para trás, ou seja, não há um planejamento adequado para verificar a real necessidade deste investimento.
4. Megalomania: soluções simples e rápidas são trocadas por outras mais avançadas e complexas.
5. Despreparo: o executivo que assumiu o cargo na área de TI não conhece o assunto, isso ocorre geralmente em cargos por indicação política.
6. Consultoria: decisão de deixar tudo nas mãos de uma empresa de consultoria que possui a receita do custo do projeto, não ficará motivada em encontrar uma solução mais econômica.
7. Futzing (desperdício): refere-se ao tempo gasto com atividades não produtivas.
8. Mudanças no ambiente: Não está devidamente preparado para mudanças ambientais.
Afinal, quem lucra com todo esse desperdício? Geralmente os maiores beneficiados são os
fabricantes de hardware e software (que só mostram as vantagens de seus produtos, cabendo a
você descobrir a outra face), os setores encarregados pela TI da empresa, que ganham poder
político, e, por fim, as firmas de consultoria, cujo faturamento é proporcional ao custo do projeto, e
também a partir de comissões que estas firmas conseguem com os fornecedores
de hardware e software.
Como evitar o desperdício?
Esta é uma pergunta que nos deparamos. Infelizmente não há uma receita de bolo, use o seu bom
senso aliado à sua visão empresarial, juntamente com o conhecimento das tendências da TI, assim
você estará dando um largo passo para uma decisão mais sensata e acertada.
Em caso de estar em uma situação que necessite sua tomada de decisão, pense:
Na dúvida, deixe como está; Não seja o primeiro a utilizar um produto novo;
Converse antes com quem já passou por isso (se possível);
Não ouça somente a conversa dos vendedores, pois o interesse deles é vender e o seu pode ser diferente.
SISTEMAS EMPRESARIAIS
Os sistemas empresariais dão suporte a todos os departamentos de uma empresa, pois o sucesso
de muitas organizações, seja ela pública ou privada, depende da sua capacidade de administrar o
fluxo de entrada, circulação e saída de materiais, informações e dinheiro da organização.
Eles se diferenciam dos sistemas funcionais, pois envolvem a empresa como um todo e não apenas
um único setor.
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP-Enterprise Resource Planning)
Laudon e Laudon (2010) dizem que o ERP vem para resolver grandes desafios empresariais por
meio da integração dos processos de negócio em um único sistema integrado de informação, onde
propõe mudanças na estrutura da organização, no processo de gerenciamento, na plataforma de
tecnologia e na própria capacidade de negócios.
O ERP (Planejamento dos Recursos Empresariais), também chamado de Sistemas Integrados de
Gestão, pode ser definido como arquitetura de software que facilita o fluxo de informação entre todas
as funções de uma empresa, como manufatura, logística, finanças e recursos humanos.
Promove agilidade na obtenção de informações e facilita a administração sob todos os ângulos,
maneiras, enfoques e objetivos diferentes de cada empresa: fabricação, logística, finanças e
recursos humanos.
É dividido em módulos – cada módulo é criado para receber e processar informações de uma área,
funcionando independente dos outros módulos. Pode-se instalar um módulo do programa de cada
vez ou implantar todos os módulos de uma vez – estratégia “Big Bang”.
Para analisar-se a necessidade de implantação de um ERP na empresa, devem-se verificar as
seguintes situações:
A empresa não tem a informação de que precisa na hora certa. Há dificuldade de conseguir uma informação sobre qualquer processo da empresa para tomar
uma decisão, como, por exemplo, quando é solicitado um dado sobre qualquer área da empresa e ele demora para chegar até o solicitante e, quando chega, já está desatualizado.
Há falta de comunicação entre os departamentos. Por exemplo: o departamento de vendas prometeu para amanhã um produto que não está disponível no estoque, ou o setor de compras encomendou mais papel do que o necessário. A empresa sempre deve estar atenta para a precariedade de comunicação entre as áreas.
Quando o ramo de negócio da empresa é manufatura e comércio – empresas que têm produção própria e que trabalham com vendas são candidatas naturais à implantação de um ERP, porque sua estrutura envolve vários processos: compra de matéria-prima, controle de estoque, encomendas, pedidos de clientes, entrega de produtos. Todos precisam funcionar como uma orquestra afinada para que o negócio seja o mais eficiente possível.
O tamanho da empresa também conta. Em pequenas e médias empresas, esses processos não são tão complexos. Mas, à medida que o número de funcionários cresce, a produção
aumenta e os pedidos não param de chegar, o risco de perder o controle sobre o fluxo de informações também é maior.
Desta forma, o ERP permite que a empresa conquiste diferenciais competitivos, por ser uma solução
(composta de vários módulos integrados), que relaciona todas as necessidades de uma empresa, às
visões de processo que suportam seu negócio e promovem maior integração entre as funções de
diversas áreas.
Segundo Turban, Rainer e Potter (2005 p. 303) “[...] o principal objetivo do ERP é integrar todos os
departamentos e fluxos de informações funcionais de uma empresa em um único sistema
computadorizado que possa atender todas as necessidades da empresa”.
Os principais benefícios da implementação do ERP são:
Eliminação dos sistemas legados custosos e inflexíveis. Aperfeiçoamento dos processos de trabalho.
Elevação no acesso aos dados para a tomada de decisões.
Atualização da infraestrutura de tecnologia.
Ainda de acordo com Stair e Reynolds (2011, p. 352), eles apontam as seguintes dificuldades:
Despesas e tempo de implementação; Dificuldades na implementação de mudanças;
Dificuldades na integração com outros sistemas;
Riscos de adotar apenas um fornecedor.
Para fixar conhecimento sobre o assunto, leia:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=81260>.
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?
select_action=&co_obra=119348>.
<http://www.coladaweb.com/administracao/erp>.
<http://www.coladaweb.com/administracao/crm>.
Customer Relationship Management (CRM)
O termo CRM é relativamente novo para o universo da Tecnologia da Informação e Comunicação.
Surgiu em parceria com o marketing de relacionamento e outras tecnologias de relacionamento que
possibilitavam o trabalho em grupo de forma interativa, integrada e ativa.
O CRM se refere ao estabelecimento de relações com clientes de forma individual (identificação) e a
utilização de informações específicas dos clientes para tratar clientes diferentes diferentemente
(diferenciação). O relacionamento que existe entre o cliente e a empresa (interação) torna-se
mutuamente benéfico, à medida que os clientes fornecem informação em troca de produtos e/ou
serviços personalizados às suas necessidades (personalização).
As informações compartilhadas com o CRM podem fornecer melhores opções na hora de uma
tomada de decisão, de maneira certa, na hora certa, transformando e disseminando o conhecimento
para toda a empresa. Por isso, o CRM deve ser integrado a todas as ações da empresa, com todos
com que ela trabalha e com os quais ela transaciona, criando uma visão holística de relacionamento
com o cliente.
Deve-se ter em mente que o CRM não é um produto ou serviço, mas sim uma estratégia de
negócios para gerenciar de forma efetiva e integrada o relacionamento com o cliente. Para sua
implementação é necessário contar com pessoal qualificado, processos bem definidos,
transformação do comportamento de seus colaboradores e tecnologia de ponta.
O CRM mostra ser um diferencial competitivo quando bem aplicado e se estiver de acordo com a
cultura organizacional da empresa. Sendo assim, é necessária a ajuda das pessoas, pois sem elas
não existe relacionamento, bem como não há possibilidade de se compartilhar o conhecimento.
Portanto, o CRM só dará resultados positivos se a cultura organizacional estiver focada no
relacionamento com os clientes. Além disso, se as pessoas que participam dessa organização
estiverem habilitadas para compartilhar seu conhecimento tácito, transformando-o em explícito e
disseminando-o por toda ela.
O profissional precisa saber como lidar com os clientes e como utilizar a tecnologia. Além disso, sem
um processo estruturado e disciplinado, qualquer empresa está fadada a não alcançar o seu
objetivo. Outro fator importante é a transformação do comportamento necessário e essencial dentro
da empresa, para fazer com que cada contato com o cliente converta-se num novo negócio.
Embora muitas áreas não participem diretamente da iniciativa de CRM, o projeto, mais cedo ou mais
tarde, atinge todas as pessoas da organização. É fundamental que todos os atingidos a iniciativa,
direta ou indiretamente, tenham completo entendimento do processo e das transformações
organizacionais, analisando-se o impacto em cada área.
INTELIGENCIA EMPRESARIAL (BI - Business Intelligence)
Possuir informações corretas, no momento e no formato adequado, é o ideal para apoiar o processo
decisório em qualquer empresa. Porém, à medida que os sistemas de informação passaram a se
popularizar e se tornaram mais baratos e acessíveis, as empresas passaram a lidar com um volume
de dados e informações cada vez maiores, dificultando a sua utilização para o processo gerencial.
O desafio, hoje, para as organizações é transformar essas quantidades, quase que infinitas de
dados e informações em algo útil e relevante. O primeiro passo é organizar, classificar e armazenar
esses dados e informações, de forma a poder recuperá-los no momento oportuno. O segundo passo
é o de disponibilizar, por meio de soluções adequadas, essas informações para melhor capacitar a
empresa no processo de tomada de decisão.
Ao encontro dessas necessidades está o sistema ERP, que tem grande amplitude para coletar,
organizar e armazenar vastas quantidades de dados e informações, embora não disponibilize essas
informações da maneira mais adequada para o processo decisório gerencial e estratégico. Para isso
existe o Business Intelligence, que, se bem utilizado, ajuda administradores e gerentes a manusear,
interagir e tirar proveito desses volumes de dados e informações, de maneira a criar conhecimento
sobre determinados assuntos. Ainda apoiando o processo decisório, criando, assim, vantagens
competitivas.
O Business Intelligence deve estar alinhado aos negócios da empresa e cada aplicação
desenvolvida deve ter como finalidade melhorar a performance da empresa e dos negócios, ou seja,
deve ter um propósito. Caso contrário, não deixará de ser apenas um experimento tecnológico, sem
uma utilidade prática, podendo ser abandonado logo em seguida.
As empresas coletam informações com o objetivo de avaliar o ambiente de negócios. Geralmente,
elas iniciam coletando informações internas à organização e, posteriormente, completam essas
informações com informações externas, tais como pesquisas de marketing, industriais e de mercado,
além de análises competitivas. Dessa forma, as organizações acumulam conhecimento e geram
inteligência, o que permite a criação de vantagens competitivas.
Barbieri (2001, p. 34) afirma, “[...] de forma mais ampla o B.I. pode ser entendido como a utilização
de variadas fontes de informação para se definir estratégias de competitividade nos negócios da
empresa”.
A partir da década de 1990, o conceito do BI começou a ficar mais interessante para as empresas,
principalmente quando começou a ser espalhado como uma evolução do EIS (Executive Information
Systems), cujo objetivo principal seria permitir o fornecimento de informações a partir de uma base
de dados e com uma interface intuitiva, mostrando relatórios, gráficos e dados de maneira simples,
mas que desse suporte à extração de informação de diferentes maneiras para a tomada de decisão.
Além disso, Turban, Rainer e Potter (2005, p. 86), afirmam que “a descoberta de informação e conhecimento difere do
apoio a decisão em seu objetivo principal: descoberta. Quando a descoberta for feita, os resultados poderão ser usados
para o apoio a decisão”.
Aprofundando o conhecimento, leia também:
http://www.coladaweb.com/administracao/business-intelligence-conjunto-de-
softwares-que-ajudam-em-decisoes-estrategicas
Para fixar conhecimento, assista:
BI Introdução ao Business Intelligence + ERP Plune – YouTube.
BI O que é Business Intelligence – YouTube.
BI Agrupamento de Colunas – YouTube.
BI Calendários – YouTube.
BI Como salvar Modelos de Relatórios – YouTube.
BI Geração de Gráficos – YouTube.
BI Ordenamento de exibição dos registros e colunas – YouTube.
BI Personalizando as Colunas exibidas – YouTube.
BI Utilizando filtros nas consultas – YouTube.
BI Utilizando Funções de Exibição – YouTube.