Upload
phdgodoy
View
52
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
EQUIPAMENTOS TELECOMUNICAÇÃO
REVISÃO VIDA ÚTIL
I- INTRODUÇÃO
Nos termos do item 51 do CPC 27, publicado pelo Comitê De Pronunciamentos
Contábeis, cujo teor reproduzimos abaixo, o valor residual e a vida útil de um ativo são
revisados pelo menos ao final de cada exercício.
“51.O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se
as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança
de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro.”
Entretanto, para equipamentos de telecomunicação, tipo bastidores, placas, a
fundamentação para determinação destes valores é de certa forma, mais complexa do que
para equipamentos mecânicos.
Vamos aqui considerar como exemplo um Shelf com várias placas, sendo que para cada
uma delas está configurada uma tarefa específica. Como podemos determinar a vida útil
destes componentes?
II- VISTORIA
Em uma primeira análise, vamos coletar as informações disponíveis sobre estes
componentes, relativos ao modelo, fabricante, data de aquisição. Aqui Determinamos a
idade atual dos componentes avaliados;
Após esta etapa com os responsáveis pela manutenção, vamos levantar as respostas para
os seguintes quesitos:
(a) Controle de temperatura e umidade onde o equipamento está instalado?
(b) Local geográfico da instalação (por exemplo, pode estar instalado próximo ao litoral
em regiões mais secas ou úmidas)?
(c) Percentual da capacidade operacional utilizada por este componente (100%; 60%;
30%)?
(d) Regime de manutenção e curva de falhas do componente (MTBF – Mean Time
Between Failures)?
(e) Histórico referente a curva de utilização e baixa de componentes semelhantes?
(f) Vida útil pelo fabricante ou publicação técnica?
(g) Planejamento de negócios da empresa para substituição do componente por nova
tecnologia?
(h) Controle de eletricidade estática e aterramento?
Terminando esta etapa já temos como estimar a vida útil de um componente novo igual
ou similar ao avaliando, o percentual da capacidade operacional utilizada (coeficiente de
trabalho) e o tipo de manutenção realizada nas intervenções técnicas pelas OS ordem de
serviço analisadas (coeficiente de manutenção).
III- ESCOLHENDO A METODOLOGIA
Agora temos que escolher a metodologia a ser aplicada para determinação da vida útil
(VUo) e aqui como exemplo vamos adotar os critérios do Engº Hélio Ribeiro De
Caires.
1) Idade Atual - IA
IA - Idade atual do componente IA= 5 anos (data de aquisição)
2) Vida Útil - (VUo)
Local geográfico da instalação (por exemplo, pode estar instalado próximo ao litoral
em regiões mais secas ou úmidas) = Curitiba Centro;
Controle de temperatura e umidade onde o equipamento está instalado = Rigoroso;
Histórico referente a curva de utilização e baixa de componentes semelhantes = média
12 anos;
Vida útil publicação técnica IBAPE = 10 anos;
Planejamento de negócios da empresa para substituição do componente por nova
tecnologia = utilização até o limite da vida útil operacional;
Vida Útil = 15 anos (VUo)
3) Regime De Utilização Do Componente (Ƭ - coeficiente trabalho)
Percentual da capacidade operacional utilizada por este componente (100%; 60%;
30%)
Média = 60%
Tabela Coeficiente de trabalho Normal de 50 a 80% - T= 10
4) Regime de Manutenção (µ - coeficiente manutenção)
Regime de manutenção e curva de falhas do componente (MTBF – Mean Time
Between Failures) = Manutenção preventiva e preditiva curva de falhas dentro da
previsão do fabricante;
IV- APLICANDO A METODOLOGIA
Realizando os cálculos:
1) Com o coeficiente de manutenção e trabalho verificamos na tabela e identificamos o coeficiente ø (µ,Ƭ) = 1,76;
2) Agora calculamos a variável β (IA.VU, ø)
β = (IA/VU)*ø
β = 0,59 (arredondamento)
3) Definindo o fator de vida útil (Dt)
Com β calculado, verificamos na tabela (Dt) = 0,34777;
4)Calculando a vida útil
Com a definição do fator de vida útil, calculamos a vida útil:
VU = VUo*(Dt)
VU = 5 anos
Por último, destacamos que a intenção desde artigo e de informar e demonstrar que a fundamentação técnica em um laudo de avaliação é de extrema importância para fornecer evidências concretas para medir o grau de confiabilidade de um trabalho técnico especializado.
Campinas, 10 de Março de 2017
Engº Roberto Alves De Godoy
(19) -97165-3515
IBAPE Nº 278