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Todo trabalho bem estruturado e sólido vem passando de geração a geração. Apesar das mudanças advindas com a tecnologia, as atividades se reposicionam no mercado e seguem firmes visando as próximas décadas.

Foi assim em várias famílias que se dedicam à pecuária. Exemplo disso é a família Atalla que desde 1968 tem se dedicado às atividades do campo, em especial à raça Nelore. O pecuarista Jorge Sidney Atalla, que começou juntamente com os irmãos e depois seguiu seu próprio caminho, é um grande parceiro da revista O Zebu no Brasil. Nos arquivos de mais de 70 anos de edições é possível encontrar vários anúncios desde o condomínio com os irmãos, passando pela Central Paulista Agropecuária, até os dias de hoje com J o r g e Sidney Atalla J u n i o r , que está

presente nesta edição, assim como tantos outros pecuaristas que vem nos acompanhando ao longo de décadas.

Com a revista O Zebu, a seriedade com a informação faz com que ela perdure por décadas e completando 74 anos de publicações editoriais ela inicia agora nova etapa. Há 39 anos ela vinha sendo administrada por Adib Miguel e, a partir dessa edição, ela segue no mercado sob a direção de Gustavo Miguel e José Maria Matos, filho e genro do antigo diretor que passa a se dedicar a outros trabalhos empresariais.

Com nova linha editorial e diagramação, a equipe da revista

tem outras perspectivas para o mercado e continua a trilhar seu caminho, com a mesma dedicação, compromisso, responsabilidade e ética. A ideia é dar destaque em igualdade para as sete raças zebuínas que muito têm contribuído para o desenvolvimento

econômico do país.

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Inscrições abertas para o Curso de Formação de Jurados de Carcaças

A cidade de Jaboticabal (SP) sedia entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro o Módulo I do Curso de Formação de Jurados de Carcaças Bovinas em 2011, promovido pela Universidade do Boi e da Carne, projeto iniciado pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) em 2007. O curso, que chega à 5ª edição e é dividido em quatro módulos, está com as inscrições abertas e tem vagas limitadas. O 1º módulo aborda a qualidade da produção animal.

A intenção da iniciativa é promover a formação

e a capacitação de profissionais que atuam em fazendas, indústrias de insumos, frigoríficos, nutrição animal, reprodução, qualidade da carne e melhoramento genético, além de criar oportunidades de negócios e mercado aos agentes da pecuária, formando uma mão-de-obra qualificada para a cadeia produtiva da carne bovina. Os interessados em participar do Curso devem entrar em contato com Rodrigo pelo telefone (11) 3293 8900 ou através do e-mail [email protected].

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De geração em geraçãoTrabalho na pecuária realizado pela Ipê Ouro completa 105 anos, passando de pai para filho. Hoje,

em sua quarta geração, a seleção da raça Nelore continua em destaque nos principais plantéis do país.O trabalho de seleção da Ipê Ouro teve início com Rodolfo Machado Borges, em 1906, com a marca

R. No ano de 1948 o trabalho passou a ser realizado por Arnaldo Machado Borges e por Arnaldo Manuel S. Machado Borges no ano de 1980. Atualmente, à frente da fazenda Ipê Ouro estão seus filhos João Marcos e Maria Isabel. Sempre com o apoio, mesmo distante, dos outros filhos residentes em São Paulo, Manuel Eduardo e Ana Carolina.

Ao longo dos anos, a marca R conquistou 16 Grandes Campeonatos Nacionais em Uberaba, nas categorias machos e fêmeas.

LeilãoA Ipê Ouro realizará no dia 27 de agosto o 1º Mega Leilão Ipê Ouro. Serão ofertados 200 animais

entre reprodutores e matrizes, além de comercializarem também doses de sêmens dos touros Ranchi Ipê Ouro, Surfista, Jhellum, Lábaro e Índico.

O evento acontece em parceria com Caxingui, Ouro Fino e Ricardo Salgado

ExpogenéticaPela primeira vez, dezoito animais da raça Nelore oriundos de uma das mais renomadas seleções

de zebu do país, a da Fazenda Ipê Ouro, do criador Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, serão expostos durante a ExpoGenética 2011, que acontece entre os dias 13 e 21 de agosto, no Parque

Fernando Costa, em Uberaba/MG.Todos os animais apresentados pela Ipê Ouro durante a mostra participam do PMGZ

(Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). A avaliação genética dos animais através do programa teve início ainda em 1981, no começo do criatório. Desde então 100% do rebanho é avaliado pelo PMGZ.

Os animais da Ipê Ouro poderão ser vistos no pavilhão 31 do parque Fernando Costa. Além de apresentarem o resultado de melhoramento

genético durante a mostra de animais da ExpoGenética 2011, a fazenda Ipê Ouro participará do PNATJ (Programa Nacional de

Avaliação de Touros Jovens) com três reprodutores.

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ACNB anuncia novas r egras para os julgamentos e campeo natos do Nelore Mocho

Criadores de Nelore Mocho poderão optar pelo julgamento e disputas em conjunto com Nelore com Chifres a partir do Ranking ACNB 2011/2012.

O presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Felipe Picciani, anunciou a conclusão dos entendimentos com os criadores de Nelore Mocho, que haviam fundado uma associação própria para a raça há dois anos. A partir do Ranking

ACNB 2011/2012, os criadores de Nelore Mocho terão a oportunidade de optar pelo julgamento e pela disputa do Ranking somente entre os animais Nelore Mocho ou em conjunto com os animais Nelore com Chifres. Os criadores que optarem pela participação nos julgamentos conjuntos com o Nelore com Chifres poderão participar simultaneamente, tanto da disputa do Ranking Nelore como do Ranking Nelore Mocho.

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ACNB anuncia novas r egras para os julgamentos e campeo natos do Nelore Mocho

Picciani ressalta que, com o acordo, todos saem ganhando. “A raça, os criadores, a associação e o mercado, pois haverá maior base de oferta no mercado e caberá aos interessados fazer sua escolha. Ficamos satisfeitos porque todos os criadores de Nelore, juntos, são mais fortes e a raça ganhará ainda mais espaço”. Por sua vez, o presidente da Associação dos Criadores de Nelore Mocho, José

Roberto Giosa, destaca que “somente com a coragem e a visão de futuro do Picciani foi possível chegarmos a um acordo. Ficamos satisfeitos em poder nos reunir novamente com os colegas da ACNB”.

Picciani e Giosa esperam também que a participação dos criadores de Nelore Mocho na ACNB cresça com o acordo, tornando a entidade ainda mais representativa dos criadores de Nelore.

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Um dos principais selecionadores de Nelore do país, Luciano Borges, do Rancho da Matinha fechou parceria com as empresas Genus Américas, ABS Global e ABS Pecplan para trazer ao Brasil a tecnologia GrowSafe System, do Canadá. O investimento possibilitará monitorar a ingestão de alimentos e o comportamento individual dos animais.

O Rancho da Matinha, de incontestável trabalho de melhoramento genético, será pioneiro na implantação desta tecnologia que conta com equipamento de

Tecnologia possibilitará selecionar animais aptos para a eficiência alimentar

última geração. Todo o sistema é automatizado e informatizado, o que garante precisão dos dados que vão comprovar a eficiência alimentar de cada bovino. O investimento total dos parceiros, incluindo a aquisição do GrowSafe, estrutura do confinamento, os equipamentos necessários e o treinamento dos profissionais, supera R$ 1,2 milhão de reais.

Para permitir o perfeito funcionamento do GrowSafe, é necessária uma infra-estrutura específica na fazenda, incluindo internet wireless, já que os dados

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são transmitidos em tempo real para o computador que faz as análises. Os animais são identificados com um brinco. A alimentação será feita a base de silagem e ração em uma mistura homogênea.

Todos dados coletados pelos Sistemas GrowSafe são monitorados continuamente pelos servidores da fabricante canadense, permitindo resolução de problemas e treinamento de funcionários através da Internet. A coleta de dados é contínua, registra se há erros ou alterações na programação e não permite a alteração dos dados coletados manualmente.

As análises serão conduzidas pela ANCP (Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores) a partir de então será criado um índice econômico que possa permitir ao pecuarista selecionar uma genética provada para maior retorno financeiro em cada animal ou arroba de carne produzida.

Para Luciano Borges, os investimentos valem

a pena, pois possibilitará identificar animais com característica de eficiência alimentar. Porém, ele ressalta que eficiência alimentar não deve ser confundida com conversão alimentar, a primeira busca identificar animais com performance semelhante ou superior mas com demanda nutricional menor.

“Com as experiências em fazendas em outros países como Estados Unidos e Austrália, os mais avançados em eficiência alimentar, é possível encontrar diferença de até 40%, mas em média consegue com algum tempo de seleção reduzir esse percentual de 20% a 30% o consumo de alimento,” explica o proprietário do Rancho da Matinha.

Além disso, nos Estados Unidos, as Fundações Gates e Kelogs financiam o trabalho, pois animais

que comem menos emitem menos metano, contribuindo com a preservação da camada de ozônio. E ainda em uma mesma área de pastagem o produtor pode ter mais cabeças,

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que também colabora com o meio ambiente”, destaca Borges.

Gerente de Produto Corte Zebu da ABS Pecplan, Gustavo Morales Britto, explica que a diferença entre um animal de menor ou maior eficiência alimentar pode chegar a 40%, daí a importância de direcionarmos a seleção genética do Nelore para linhagens que obtenham maior ganho de peso com menor consumo de alimentos.

Britto ressalta que o Rancho da Matinha é hoje um dos principais fornecedores de genética e com os testes vamos reconhecer os mais eficientes em consumo alimentar. “O intuito dos testes é levar ao criador formas de aumentar a lucratividade, agregando tecnologia.”

Os testes com aproximadamente 500 animais do plantel Matinha terão início em agosto e duração de 90 dias, sendo 20 dias de adaptação ao sistema e 70 dias de medição. Os primeiros resultados devem sair em novembro, explica Luciano Borges. Em 2012 a ABS Pecplan já estará disponibilizando sêmen de touros selecionados com a chancela GrowSafe.

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Consumo Alimentar Residual em Bovino de corte

EFICIÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DO ALIMENTO

O pecuarista brasileiro e empresas vinculadas a bovinocultura de corte sempre buscam inovações tecnológicas para estar a frente no mercado agropecuário. Dessa maneira, o Rancho da Matinha em parceria com a ABS-Pecplan estão trazendo para o Brasil o sistema GrowSafe®. Esse sistema de cocho eletrônico é capaz de medir o consumo individual de alimento dos animais, fornecendo informações cruciais para a seleção de bovinos para eficiência alimentar. Esse é um projeto inédito no que trará benefícios para a bovinocultura de corte brasileira.

Durante muitos anos, as características avaliadas para o melhoramento genético em bovino de corte foram direcionadas para os “outputs” produtivos (ex.: ganho de peso, musculatura), ou seja, o que se produz com o animal, com pouca ênfase aos “inputs” produtivos (ex.: alimento), ou seja, o que é fornecido ao animal para produzir.

Ao avaliar os custos na produção animal, verifica-se que 60 a 70% estão relacionados à alimentação (“inputs”). Desta forma, a seleção animal direcionada para redução de alimento ofertado aos animais, sem prejudicar o desempenho, teria um elevado impacto na bovinocultura de corte.

Existe uma considerável variação individual em consumo de alimento acima e abaixo do que é esperado ou predito baseado no tamanho e taxa de ganho do animal. Isso, junto com o fato de indivíduos com o mesmo peso vivo (PV) requererem diferentes quantidades de alimentos para o mesmo nível de produção, estabeleceu aos cientistas uma base para medir consumo alimentar residual em bovino de corte.

Figura 1. Sistema GrowSafe® na Texas A&M Uni-versity, TX - USA

O Consumo Alimentar Residual (CAR; do inglês RFI - residual feed intake; ou NFI – net feed intake) é uma medida de eficiência alimentar. De forma simplificada seu cálculo é efetuado pela diferença entre o consumo de alimento real e esperado, considerando o PV e ganho de peso diário (GPD) do animal. Desta forma, animais mais eficientes

Figura 2. Comparação de animais divergentes para Con-sumo Alimentar Residual (CAR); dados ilustrativos para Nelore considerando 70d de teste.

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consomem menos do que o esperado (CAR negativo) e animais menos eficientes consomem mais do que o esperado (CAR positivo; Fig. 2). O CAR já vem sendo utilizado na Austrália como a característica de eficiência alimentar no programa de melhoramento genético em bovino de corte, BREEDPLAN.

A diferença média de consumo entre animais eficientes (CAR negativo) e animais não eficientes

(CAR positivo) é de 20%, podendo chegar a 40% quando comparado os extremos. Desta forma, pode-se esperar uma redução considerável no kg de alimento utilizado no confinamento para animais na terminação, assim como aumento na taxa de lotação animal a pasto quando o CAR for utilizado junto a outras características para melhoramento genético do rebanho.

Para o cálculo do CAR, é necessário obter o consumo individual diário de alimento dos animais.

Atualmente, pode-se utilizar sistema eletrônico, como o sistema GrowSafe®, para obter dados do consumo diário dos animais. Além de ser um sistema prático e relativamente de fácil manuseio, o GrowSafe® proporciona alta confiabilidade na obtenção dos dados de consumo diário pois são computados informações de consumo animal a cada visita ao cocho.

Além do CAR ser uma característica herdável (entre 0.26 a 0.46), estudos australianos e norte-americanos demonstraram não haver influência na seleção genética direcionada para CAR nas principais características produtivas (ex.: peso desmama e peso de ano) e reprodutivas (ex.: intervalo entre partos) avaliadas em bovino de corte. Estudos brasileiros também já demonstraram que grupos divergentes para CAR (negativo x positivo) não apresentaram diferenças para características da carcaça (peso da carcaça resfriada, porção comestível, peso traseiro e cortes nobres). A seleção para CAR em bovino de corte também deixa sua contribuição ambiental com animais mais eficientes para CAR produzindo em média 25% a menos de gás metano.

Uma das considerações na seleção direcionada apenas para o CAR é uma pequena diminuição na espessura de gordura em animais mais eficientes, CAR negativo, comprovado em animais taurinos; alguns estudos em zebuínos têm demonstrado não haver essa correlação.

Para o melhoramento genético do rebanho, visando eficiência alimentar, recomenda-se utilizar o CAR junto a outras características economicamente desejáveis, e não como uma ferramenta única na seleção de animais melhoradores. Como a variação do CAR é alta, pode-se obter melhoramento genético para eficiência alimentar juntamente com elevadas taxas de ganho (quadrante IV Fig. 3) sem afetar outras características produtivas e/ou reprodutivas.

Animais com valores negativos (mais eficientes) para CAR, porém com acabamento de gordura adequado, terão melhor eficiência alimentar sem prejuízo de dados de espessura de gordura animal.

Como o CAR é uma característica praticamente neutra, rebanhos que já possuem trabalho de melhoramento genético para uma maior variedade de características produtivas e reprodutivas terão uma melhor adequação a utilização do CAR, pois não ocorrerá efeito negativo nas características já trabalhadas no rebanho. Um dos melhores exemplos a ser citado é o trabalho de seleção realizado pelo Rancho da Matinha, que já possui

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um rebanho consagrado selecionado para características reprodutivas, como precocidade sexual, crescimento, qualidade de carcaça,

Figura 3. Variação no GPD e IMS em animais avaliados para CAR; quadrantes I a IV representam: I – baixo ganho com alto consumo, II – alto ganho com alto consumo, III – baixo ganho e baixo consumo; IV – alto ganho com baixo consumo.

temperamento e habilidade materna; e num futuro próximo com a adição do CAR como característica de eficiência alimentar.

GrowSafe System® (www.growsafe.com)

Figura 4. Animais no sistema GrowSafe® - Kalion Farms, TX, USA

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O sistema GrowSafe® (GrowSafe® System Ltd., Airdrie, AB, Canadá) foi desenvolvido para medir o consumo individual e o comportamento animal de bovinos (Fig. 1 e 4).

Basicamente, o sistema é composto por um cocho de polietileno acoplado a uma balança eletrônica fixada em uma base metálica de forma que todo alimento que entra e sai será computado pelo sistema. O cocho possui embutida uma antena para a detecção da presença do animal, feita através de brinco (o mesmo utilizado em pesagem eletrônica de animais). Desta forma, o sistema detecta a presença do animal no cocho simultaneamente a quantidade de alimento consumida naquela visita.

Todos os dados de visita ao cocho pelos

Egleu D. M. Mendes (M.s.)Analista de Pesquisa - Embrapa

Pantanal, [email protected]

animais juntamente com o consumo de cada visita são enviados a um computador onde são compiladas todas as informações através de um sistema de aquisição de dados. O sistema foi desenvolvido de forma que possa ser acessado e monitorado remotamente pela internet sempre que necessário, facilitando a troca de informações entre a fazenda, pesquisadores e assistência técnica.

No Brasil, o primeiro equipamento do sistema GrowSafe® será instalado no Rancho da Matinha através da parceria Matinha ABS-Pecplan . Serão realizados três testes/ano para avaliações dos animais Matinha visando a incorporação dos dados de CAR no programa seleção genética, uma característica de extrema importância e ainda pouco explorada na bovinocultura brasileira.

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Considerado um recurso revolucioná- rio, o uso da tecnologia do DNA (ácido desoxirribonucléico) tem contribuído para

estudos tanto em seres humanos, inclusive em questões forenses e paternidade, quanto em animais. Com investimentos desde 2008, empresa especializada em saúde animal desenvolveu testes genéticos para o rebanho nacional, lançando painel de marcadores de DNA para a raça zebuína Nelore.

Marcadores moleculares ou de DNA são variações que podem existir entre os animais (nos genes de cada um deles) e que estão associadas à expressão de uma característica, como idade ao primeiro parto, marmoreio, maciez da carne, entre outros, conforme explica Pablo Paiva, gerente de Vendas e Marketing da linha de Genética de empresa especializada em saúde animal. “Ao revelar aos pecuaristas predições genéticas sobre os bovinos avaliados em qualquer idade,

os marcadores moleculares permitem que os criadores sejam capazes de

tomar decisões confiáveis na seleção e acasalamento dos animais cada vez mais

cedo.”De acordo com Paiva, os marcadores

somam-se às demais ferramentas já consolidadas para o melhoramento genético do rebanho e trazem mais precisão científica às avaliações, mostrando-se como excelentes auxiliares tanto para os selecionadores quanto para os criadores de gado comercial.

Marcadores moleculares, a precisão científica do potencial genético do rebanho

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A genética molecular traz de forma antecipada para o pecuarista informações sobre o potencial genético do rebanho. No caso do Brasil, empresa de saúde animal vem investindo, desde 2008, em pesquisas locais com o objetivo de desenvolver testes genéticos específicos para o rebanho nacional. A companhia iniciou suas atividades comerciais neste segmento no país em setembro de 2010, com o lançamento de um painel de marcadores de DNA para a raça zebuína Nelore.

Os principais diferenciais deste marcador de DNA em relação ao segmento são as características voltadas à reprodução e à produtividade do rebanho. “Outro grande destaque dos nossos marcadores é o Índice Reprodutivo, no qual busca condensar características de precocidade sexual, fertilidade, produtividade e longevidade”, garante.

Para o desenvolvimento deste marcador no Brasil, foram realizados anos de pesquisa e observações minuciosas de campo. Com a participação de grandes fazendas nacionais, 2.300 cabeças de Nelore foram criteriosamente estudadas tanto por profissionais da empresa de saúde animal, quanto por colaboradores externos, todos com grande expertise e reconhecimento internacional em pesquisa em genética e melhoramento animal. Ao longo de dois anos, foram analisadas inúmeras características nestes bovinos e, como resultado, doze destas puderam ser avaliadas por meio de nossas técnicas. “Hoje, este conjunto forma o painel de marcadores:

o criador que tiver interesse em melhorar seus rebanhos terá estas características a serem identificadas em seus animais”, explica Paiva.

Durante o projeto, houve participação de vários pesquisadores de instituições brasileiras como a ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) e de fazendas como Paquetá, Rancho da Matinha, Colonial Agropecuária e Nelore Jandaia, entre outras, no processo de pesquisa e desenvolvimento deste produto. Foi utilizado um painel de alta densidade (HD) 50K para selecionar os marcadores de DNA.

Paiva ressalta que a princípio, estes marcadores estão voltados para bovinos de corte da raça Nelore. “Futuramente, outras raças de bovinos de corte também terão seus marcadores de DNA, que foram desenvolvidos especificamente para o Nelore, raça de maior prevalência no Brasil, com mais de 80% das cabeças nos rebanhos bovinos. O desenvolvimento de marcadores para as raças de leite adaptadas ao Brasil é nosso próximo passo”, garante.

Um dos grandes objetivos dos marcadores genéticos é fornecer informações sobre o potencial genético do animal cada vez mais cedo, já que é possível avaliar os animais a partir do nascimento. Para Paiva, os marcadores genéticos e todo o estudo feito nessa área podem contribuir para uma melhoria na qualidade do gado, impactando diretamente nos produtos de origem bovina e nos resultados do pecuarista.

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• Idade ao Primeiro Parto (IPP)• Probabilidade de Parto Precoce (PPP)• Stayability (STAY - tempo que uma fêmea permanece no rebanho)• Produtividade Acumulada (PAC)• Peso aos 120 Dias de Idade (P120)• Peso aos 365 Dias de Idade (P365)• Peso aos 450 Dias de Idade (P450)• Habilidade Materna aos 120 Dias (HM120)• Circunferência Escrotal aos 365 Dias (CE365)• Circunferência Escrotal aos 450 Dias (CE450)• Área de Olho de Lombo (AOL)• Espessura de Gordura (GORD)

Atualmente, são doze as características avaliadas pelo marcador molecular desenvolvido para a raça Nelore:

Estes marcadores têm como característica principal a identificação de animais com maior precocidade sexual, produtividade, longevidade, fertilidade, habilidade materna e qualidade da carcaça. “Quanto mais conhecemos o DNA dos bovinos, mais podemos saber sobre a qualidade deles, especialmente dos mais jovens. Queremos auxiliar na busca de animais precoces, férteis e produtivos.”

Durante a Feicorte realizada este ano, os produtores puderam conferir no estande de uma das empresas presentes no evento, uma ferramenta de suporte para interpretação dos dados dos resultados dos exames do marcador de DNA Nelore. Trata-se de uma planilha que transforma a tabela bruta – que traz as informações de todas as características avaliadas – em explicações gráficas, além de contextualizar os dados de cada animal analisado em relação à população base da empresa.

Os pecuaristas que o utilizam atualmente recebem os resultados na forma de tabela Excel e um arquivo em PDF. Além disso, um técnico vai pessoalmente à fazenda para explicar e discutir os resultados. Este procedimento tem sido realizado desde setembro de 2010. “Ao analisar as predições genéticas obtidas é preciso que os pecuaristas ponderem quais são seus objetivos em relação aos negócios para que utilizem

da melhor forma os resultados das avaliações”, explica o gerente de vendas.

Para auxiliar os selecionadores a melhorar cada vez mais a qualidade da informação do seu rebanho, parceria com a ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) – responsável pelo Nelore Brasil, programa oficial da raça Nelore no País –, tem conduzido estudos para a fusão das informações da avaliação genética tradicional que produz a DEP (Diferença Esperada na Progênie) com o marcador molecular da raça Nelore para a produção da DEP-AG (Diferença Esperada na Progênie Auxiliada pela Genômica). “O objetivo desse trabalho é melhorar a precisão da análise principalmente dos animais jovens, gerando economia em testes de progênie e no tempo para a avaliação dos animais”, conclui.

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Pecuarista de Minas Gerais com grande acervo referente à raça Gir cria memorial aberto à visitação pública. Entre o material exposto, coleção da revista O Zebu desde a década de 50.

O criador Onofre Eustáquio Ribeiro fundou no último dia 25 de junho, memorial para disponibilizar material selecionado pelo pai, o pecuarista João Feliciano Ribeiro, cujo nome foi dado ao memorial e que foi grande colaborador da revista O Zebu. Durante a inauguração do acervo, localizado na Estância Jasdan, em Paraopeba, interior de Minas Gerais, esteve presente o Marajá de Jasdan, da Índia, de família selecionadora de animais da raça Gir desde o ano de 1660.

Este é o primeiro memorial particular e conta com vasto material do Gir, inclusive coleção da revista O Zebu desde o ano de 1950. O acervo está aberto à visitação pública e aceita doações sobre a raça.

Memorial de Gir expõe revistas O Zebu desde a década de 50

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O alerta foi feito por meio de carta ao presidente da ABCZ em que presidente da Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro se diz frontalmente contra as propostas sobre novas regras para a raça Gir no Brasil

A discussão no Conselho Deliberativo Técnico na ABCZ nem começou ainda e a repercussão sobre a pauta da reunião já movimenta o mundo girista. Primeiro foi a ABCGIL que divulgou uma carta protesto assinada pelo presidente Silvio Queiroz, agora foi a vez dos criadores paulistas entrarem na briga por meio do presidente da APCGIL – Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro, Carlos Alberto da Silva, mais conhecido como Carlão da Publique, criador de Gir em Porangaba (SP).

Carlão endereça carta ao presidente da

APCGIL alerta ABCZ sobre risco de retrocesso

ABCZ, Duda Biagi, com o objetivo de “externar a preocupação e opinião contrária à homologação por parte da ABCZ das proposições encaminhadas ao Conselho Deliberativo Técnico números 22. 23, 24, 25, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 52 e seus sub itens 52.1, 52.2, 52.3, 52.4 e das proposições 53, 57 e 59”.

Segundo o presidente da APCGIL, essas propostas “caminham na direção contrária da seleção para produção de leite realizada por décadas pelos criadores de Gir Leiteiro”. Carlão diz que isso representa um “perigo de total esvaziamento das exposições, especialmente da Expozebu, que apresentou em sua última edição mais de 1000 animais em pista e torneio leiteiro”.

Carlão conclui sua carta dizendo que “seguramente a ABCZ, bem como o Brasil, não podem prescindir

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deste valioso trabalho realizado nas últimas décadas e temos certeza que as proposições listadas acima são um grande retrocesso e que, por conta disso, não terão o apoio desta conceituada entidade”.

Veja abaixo as propostas citadas e rejeitadas pelo presidente da APCGIL. Coincidentemente todas as propostas são de autoria do conselheiro José Sab Neto, presidente da Assogir – Associação Brasileira dos Criadores de Gir, com sede em Uberaba:

PROPOSTA nº 22 (do Conselheiro José Sab

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Neto): Só será permitido coleta de material genético para FIV ou TE em animais que tenham paridos pelo menos uma vez. Para ser doadora tem que ser pelo menos mãe.

PROPOSTA nº 23 (do Conselheiro José Sab Neto): Ficara a critério do criador a realização da comunicação de cobertura, quem optar por não fazer comunicação de cobertura, poderá optar em fazer exame de DNA em todos os produtos nascidos e

o técnico da ABCZ fará 5% de exame aleatório como a ABCZ

achar por bem como contra prova.

PROPOSTA nº 24 (do Conselheiro José Sab Neto): Que

os animais das raças Zebuínas,

inscritos a partir desta data no LA (LIVRO A B E R T O ) ,

leve cinco gerações para se tornar

PO (PURO DE ORIGEM), pois assim valorizaria os animais que já são puros

de livro fechado e não incluiria um animal com certo grau de mestiçagem. Assim ficaria LA1 /LA2/LA3/LA4 (BARRIGA PO) e PO (PURO DE ORIGEM).

PROPOSTA nº 25 (do Conselheiro José Sab Neto): Todos os produtos clonados terão que passar pelo registro genealógico definitivo (RGD) quanto suas características morfológicas, podendo ser negados. Pois o CLONE não é comprovado cientificamente que será uma cópia fiel, só sabemos que tem o mesmo DNA .

PROPOSTA nº 29 (do Conselheiro Leonardo Machado Borges): Gir e Gir mocha, item focinho, desclassificante: Pequena lambida.

Motivo: aumento da população com o defeito e constar no desclassificante.

PROPOSTA nº 30 (do Conselheiro José Sab Neto): Pelagem amarela fosca e araçá entram no item como desclassificantes na raça GIR.

PROPOSTA nº 31 (do Conselheiro José Sab Neto): Recomendação – não registrar animais na

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raça GIR quanto à conformação de orelha, que pelo menos as pontas têm que estar voltadas para dentro.

PROPOSTA nº 32 (do Conselheiro José Sab Neto): Exige-se para concessão do registro definitivo que os animais da raça GIR tenha crânio harmonioso com ausência de degrau na marrafa (nuca)-entre cabeça e pescoço (ficando harmonioso como se a cabeça ultra-convexa o crânio fosse continuação do pescoço) entra no item ideal. Fica no item permissível uma leve saliência . E no item desclassificante, degrau na nuca.

PROPOSTA nº 33 (do Conselheiro José Sab Neto): Recomendação - não fazer registro definitivo em animais da raça GIR que tiver nimbure.

PROPOSTA nº 34 (do Conselheiro José Sab Neto): Na raça GIR, animais com orelhas excessivamente largas, este item entra no desclassificante.

PROPOSTA nº 35 (do Conselheiro José Sab Neto): Na raça GIR os chifres têm que ter saída paralela aos olhos para o item como ideal (olhos devem ser elípticos), e no item desclassificante animais que tiverem saída de chifre acima dos olhos. Análise para avaliação do técnico registrador deve ser feita a campo, não sendo permitida a utilização de cabresto.

PROPOSTA nº 36 (do Conselheiro José Sab Neto): Que retorne a nomenclatura – GIR Aptidão Leiteira- em detrimento da nomenclatura GIR Leiteiro - pois se trata apenas de uma raça com duas aptidões e não duas raças diferentes.

PROPOSTA 52 (do Conselheiro José Sab Neto): Proposta para um começo de unificação da raça GIR na ExpoZebu.

52.1 MACHOS – Até 60 meses de idade adotara-se apenas um julgamento, pois só é possível garantir aptidão leiteira para macho após prova zootécnica (teste de progênie ou sumario ABCZ). A referência para julgamento fica padrão racial.

52.2 FÊMEAS – Até 36 de idade (ou antes da primeira parição) adota-se apenas um julgamento (assim como nos machos, fêmeas antes de parir não podemos garantir que ela vai produzir leite, são só indícios de fenótipo). Os animais antes de parir terá que apresentar controle oficial de leite pela ABCZ ou controle ponderal ABCZ. O julgamento segue o padrão racial da raça GIR. Terá a Grande e Reservada Grande Campeã Jovem da raça GIR. Pois uma fêmea só tem aptidão leiteira após parir e ter controle oficial

leiteiro positivo.52.3 Para animais que já pariram e com mais

de 36 meses, valera para ambas as aptidões nos julgamentos, lactação de mãe de 3.000 kg em 305 dias oficial, e a mesma tem que estar em lactação em controle leiteiro oficial da ABCZ. Será optativo com mais de 36 meses qual pista ela vai participar aptidão leiteira ou dupla aptidão e no dupla aptidão ela vai poder participar só com controle ponderal e ter peso mínimo conforme tabela ABCZ. Vacas de 2ª cria em diante terão que ter controle oficial RIL nas aptidões leiteira e dupla e na ultima também poderá concorrer só com controle ponderal.

52.4 Na aptidão leiteira os conjuntos família devem ser composto por filhas de vacas com lactação mínima ajustada superior a 3.500 kg em período de 305 dias e para conjunto família de pai eles deverão ser provados zootecnicamente quanto a aptidão leiteira por sumário ABCZ ou teste de progênie.

52.5 Os demais itens a ABCZ fará o regimento.PROPOSTA 53 (do Conselheiro José Sab Neto):

Solicitar junto ao MAPA a dispensa de provas zootécnicas para coletas de sêmen para comercialização, uma forma de dar soberania ao mercado. Vale frisar que hoje se aceitam provas zootécnicas de ancestrais e controle ponderal, mas há vários casos em que autorizaram comercialização de sêmen e depois se tornaram reprodutores negativos em teste de progênie. Assim, não enganamos o mercado, há quem interessar, que veja as provas de seus pais e sua morfologia, assim o risco será do comprador e o mercado se regulará.

PROPOSTA 57 (do Conselheiro José Sab Neto): Todas as exposições feitas no parque Fernando Costa as raças zebuínas devem seguir as normas da ABCZ (JULGAMENTO, ESCOLHA DE JUIZ, etc...).

PROPOSTA 59 (do Conselheiro José Sab Neto): Os jurados (pista de julgamento) devem dar preferência para os animais mais próximos do ideal do padrão racial conforme regulamento do serviço de registro genealógico das raças zebuínas, evitando julgamentos heterogêneos e subjetivos. Os jurados que contrariarem esta orientação serão desligados do quadro de jurados da ABCZ assim que seja comprovada a denúncia.

Fonte: Blog do Gir

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No mês de junho, a Fazenda Calciolândia, do pecuarista Gabriel Donato de Andrade, anunciou a morte do touro Tabu TE da Cal, um dos mais promissores touros do gir leiteiro.

Nota publicada no site da Calciolândia explica que o touro morreu em decorrência de um acidente acontecido durante as atividades de manejo dos animais na fazenda Calciolândia em Arcos, interior de Minas Gerais.

Tabu iria completar sete anos um dos líderes do Sumário ABCZ/Unesp), em Juliana Cal, o animal estava em teste de progênie na Embrapa/ABCGIL, com resultado previsto para 2014. Tabu também fazia parte da bateria de touros da Central Alta Genetics, tendo comercializado mais de 30 mil doses de sêmen e possui várias progênies que vem se destacando nas principais exposições do país. Seus filhos já são destaque em várias pistas do cenário nacional.

Morre Tabu TE da Cal, grande promessa da raça Gir Leiteiro

A cronologia da raça no Brasil

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Assim, como o Sindi, a história de outras raças também é contada em livros. O Gir também pode ser explorado no livro O Gir e o Leite: a Pecuária Fundamental, lançado em 2007, de autoria de Rinaldo dos Santos, da editora Agropecuária Tropical. A obra traz a cronologia da raça no Brasil, um estudo sobre a pecuária fundamental para os trópicos, a atividade leiteira e a importância da carne que também pode ser produzida nos currais leiteiros.

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ABCGIL divulga resultado do Ranking NacionalMELHORES FÊMEAS DO RANKING – NACIONAL

1º FECULA TE F. MUTUM Registro: MUT753 Pontos: 1882,60

2º INSISTÊNCIA TE BJAS Registro: BJAS 1111 Pontos: 1476,75

3º VIA FIV JMMA Registro: JMMA712 Pontos: 1457,10

4º SAFADA TE CAL Registro: CAL5695 Pontos: 1308,14

5º HIRSUTA F. MUTUM Registro: MUT1139 Pontos: 1297,24

6º AFRODITE CAL Registro: CAL7968 Pontos: 1247,92

7º JUMARA FIV F. MUTUM Registro: MUT1608 Pontos: 1089,30

8º VARSÓVIA CAL Registro: CAL7222 Pontos: 1085,40

9º JAINA F. MUTUM Registro: MUT1509 Pontos: 987,65

10º XALANA FIV JMMA Registro: JMMA797 Pontos: 986,60

MELHORES MACHOS DO RANKING – NACIONAL

1º GABINETE SILVANIA Registro: EFC946 Pontos: 174,70

2º XSANSÃO Registro: JMMA858 Pontos: 1300,05

3º FIGO BHABUTH FIV Registro: HCFG244 Pontos: 1233,49

4º APOLLO CAL Registro: CAL7755 Pontos: 104,72

5º JALECO F. MUTUM Registro: MUT1520 Pontos: 944,20

6º GURI FIV KENYO Registro: KOK236 Pontos: 941,88

7º INCISO FIV F. MUTUM Registro: MUT1374 Pontos: 797,41

8º ASTRO FIV CABO VERDE Registro: JCVL215 Pontos: 785,30

9º VAZAO TE CAL Registro: CAL7405 Pontos: 739,45

10º DESTRO GAM Registro: GAOM48 Pontos: 738,00

MELHOR CRIADOR DO RANKING – NACIONAL

1º GABRIEL DONATO DE ANDRADE Pontos: 46015,79

2º LEO MACHADO FERREIRA Pontos: 30772,79

3º HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA Pontos: 14838,34

4º AGROVILLE- AGRIC e EMPREEND. Pontos: 14341,30

5º JOSÉ MÁRIO MIRANDO ABDO Pontos: 14061,61

6º EDUARDO FALCÃO DE CARVALHO Pontos: 10713,74

7º DILSON CORDEIRO MEEZES Pontos: 7058,51

8º JOSÉ COELHO VITOR Pontos: 6828,40

9º FAZENDA BRASÍLIA AGROPECUÁRIA Pontos: 5651,54

10º JOSÉ GERALDO VAZ ALMEIDA Pontos: 5474,75

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MELHOR EXPOSITOR DO RANKING – NACIONAL

1º GABRIEL DONATO DE ANDRADE Pontos: 9270,21

2º LEO MACHADO FERREIRA Pontos: 9257,32

3º JOSÉ MÁRIO MIRANDO ABDO Pontos: 7597,89

4º HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA Pontos: 6144,51

5º MARÍLIA FURTADO DE ANDRADE Pontos: 5177,10

6º JOSÉ GERALDO VAZ ALMEIDA Pontos: 5130,28

7º BRUNO DE SOUZA MACHADO FERREIRA Pontos: 4517,10

8º VIRGÍLIO VILLEFORT MARTINS Pontos: 4254,80

9º EDUARDO FALCÃO DE CARVALHO Pontos: 3930,11

10º FLÁVIO FURTADO ANDRADE Pontos: 3669,15

MAIOR PRODUçãO EM CONCURSO LEITEIRO DO RANKING - NACIONAL

Animal Registro Produção Expositor

1º QUIMBANCAL DA CAL CAL 5074 149,03 49,68 GABRIEL DONATO DE ANDRADE

2º TONA TE CAL CAL 6414 148,33 49,44 MARILIA FURTADO DE ANDRADE

3º VIA FIV JMMA JMMA 712 148,18 49,39 JOSE MARIO MIRANDA ABDO

4º SHIVA TE CAL CAL 6374 146,80 48,93 GABRIEL DONATO DE ANDRADE

5º SOPEIRA CAL CAL 6207 140,80 46,93 ESTANCIA VILLA VERDE

6º JASMIM FIV VILA RICA GIVR 104 139,30 46,43 DILSON CORDEIRO MENEZES

7º FECULA TE F. MUTUM MUT 753 138,72 46,24 LEO MACHADO FERREIRA

8º SHERA JMMA JMMA 390 137,98 45,99 MURILO DE OLIVEIRA ABDO

9º FASE TE F. MUTUM MUT 735 137,78 45,93 LEO MACHADO FERREIRA

10º RAYPUR TE CAL CAL 5341 135,32 45,11 GABRIEL DONATO DE ANDRADE

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Na segunda quinzena de julho aconteceu a 69ª Exposição Agropecuária de Cordeiro e a 6ª Exposição Estadual Fluminense do Gir Leiteiro. A feira reuniu mais de mil animais entre equinos e bovinos e contou com a realização de julgamentos, torneio leiteiro e leilões.

Este ano, o evento comemorou 90 anos em que foi realizada a 1ª Exposição de Cordeiro. Durante uma semana cerca de 1.280 animais participaram das pistas de julgamentos, entre Tabapuã, Nelore, Guzerá, Gir, Girolando, Mangalarga e Campolina. Somente da raça Gir estiveram presentes 238 animais. No Torneio Leiteiro participaram 36 fêmeas. Além disso, foi realizado o Leilão da Fazenda Recreio, que ofertou animais da raça Girolando, e o Leilão Sete Maravilhas do Gir Leiteiro, que comercializou 100% dos animais.

Entre os Grandes Campeões da feira estão

Pecuaristas comemoram 90 anos da 1 Exposição de Cordeiro a

a fêmea Bondade FIV Lera, Grande Campeã, do expositor e criador Luiz Eutálio Rodrigues Almeida, e a Reservada Grande Campeã, Saberia da Cal, do expositor José Antônio Silva Lino. Na categoria Machos, o Grande Campeão foi Deputado do Marcão, do expositor Volmer Cerqueira dos Santos, e o Reservado Grande Campeão foi Comodoro Acalanto, do expositor e criador José Antônio Silva Lino.

No Torneio Leiteiro, a Campeã da categoria Fêmea Jovem (até 36 meses) foi Bondade FIV Lera, do expositor Luiz Eutálio Rodrigues Almeida, com média de 29,963. Na categoria Vaca Jovem (de 36 a 48 meses), a Campeã foi Hilina TE M. Verde, do expositor Aristeu Raphael Lima da Silveira, com média de 33,933. Já a Campeã na categoria Vaca Adulta (acima de 48 meses) foi Eminência Kubera, do expositor Élio Virgínio Pimentel, com média de 41,040.

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Megaleite 2011 bate novos recordes

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Com a participação das principais raças leiteiras do país, a 8ª edição da Megaleite 2011 registrou recordes nos torneiros leiteiros, sediou importantes debates e atingiu expressiva movimentação financeira. A feira, ocorrida de 26 de junho a 3 de julho, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), teve um volume de negócios estimado em R$ 50 milhões, incluindo as vendas de animais em13 leilões e cinco shoppings, além da comercialização de produtos pelas empresas participantes do evento.

Em sete dias de mostra, passaram pelo Parque Fernando Costa cerca de 40 mil pessoas de vários estados brasileiros e também do México, Venezuela, Colômbia, Índia e Holanda. O público conferiu a qualidade genética de dois mil animais de sete raças bovinas (Girolando, Gir Leiteiro, Guzerá, Sindi, Simental, Pardo-Suíço e Indubrasil), além de búfalos.

Com a presença de diversas autoridades nacionais, a abertura oficial da mostra levou ao público presente as novidades do texto do Código Florestal. Durante a audiência pública externa da Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, os parlamentares explicaram as principais alterações na legislação.

Campeãs do Concurso LeiteiroDepois de três dias

de disputas na pista do Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), foram anunciadas as fêmeas zebuínas campeãs do Concurso Leiteiro da

Megaleite 2011. A competição teve quebra de recorde na raça Gir Leiteiro. Via Fia JMMA, que tinha conquistado o título mundial de produção na categoria Vaca Jovem na primeira semana de junho, superou sua própria marca atingindo produção total de 148,180 kg/leite em nove ordenhas e média de 49,393 kg/leite. A vaca, que também venceu como Melhor Úbere da categoria,

pertence ao criador José Mário Miranda Abdo.

Na raça Guzerá, a grande campeã na categoria Vaca Adulta foi Gôndola com produção total de 97,420 kg/leite e média de 32,473 kg/leite. Ela pertence ao criador Marcelo Garcia Lack. A Campeã Vaca Jovem, Britânia, de propriedade da Uniube, teve produção total de 63,730 kg/leite e 21,243 kg/leite.

As raças Indubrasil e Sindi concorreram em uma mostra. A primeira colocada Indubrasil na categoria Vaca Jovem foi Gracita com produção total de 52,800 kg/leite e média de 17,600 kg/leite. Na categoria Vaca Adulta, venceu Boneca, com produção total de 43,700 kg/leite e média de 14,567 kg/leite. Ambas pertencem a Renato Miranda Caetano.

Na raça Sindi, a primeira colocada da mostra foi Onda, pertencente à Uniube. Ela produziu 57,290 kg/leite no total e média de 19,097 kg/leite.

As competições das raças Guzerá, Sindi e Indubrasil tiveram a coordenação técnica da

ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu).

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Depois de mais de uma década de negociação entre os governos do Brasil e da Índia, a retomada das importações de embriões zebuínos por parte dos criadores brasileiros já apresenta resultados concretos, que podem ser vistos pelos pastos da Fazenda Canoas, em Curvelo (MG). São quatro animais da raça Guzerá de pouco mais de cinco meses, frutos da primeira leva de embriões produzidos na Índia com a genética do mais puro Kankrej e que puderam entrar no Brasil no final de 2008.

Essa foi a primeira importação planejada de genética Guzerá de toda a história. Nas outras ocasiões em que criadores brasileiros trouxeram zebuínos daquele país para o Brasil, não houve uma busca exclusivamente do Kankrej. Eles

Novas linhagens para o Guzerá

estavam interessados, a princípio, em outras raças, mas acabaram trazendo também alguns exemplares de Guzerá. “Fomos a regiões indianas onde os pioneiros do zebu nunca tinham ido. Como o zebu está bem polarizado por lá, as localidades com rebanhos puros da raça estão em desertos do norte e do noroeste da Índia, como o Rajastan, na divisa com o Paquistão. Em alguns lugares não tínhamos onde dormir e nem transporte fácil para chegar até as regiões com exemplares de qualidade”, conta o criador Antônio Pitangui de Salvo, que viajou algumas vezes para a Índia em busca de animais puros.

A primeira incursão do pecuarista pelos desertos indianos aconteceu em 2003, quando,

Entrada de embriões, importados recentemente da Índia, vai permitir refrescamento de sangue da raça, possibilitando a formação de um

rebanho mais precoce, fértil e de boa habilidade materna

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junto com um grupo de criadores, decidiu que era hora de encontrar novas linhagens para garantir o refrescamento de sangue do rebanho brasileiro. “Foram quatro viagens, cerca de cinco mil quilômetros de estrada, conhecendo os principais locais onde a raça existe na Índia”, lembra Geraldo Melo Filho, criador que viajou junto com Antônio de Salvo para aquele país. Os dois fazem parte do grupo formado por nove pecuaristas que possibilitaram essa primeira importação planejada. Ainda integram o grupo, Leiser Valadão, Paulo Emílio deAlmeida Carneiro, Rodrigo Canabrava, Amilcar Farid Yamin, Maria Vitória Bolivar Gomes, Murilo Kammer e CarlosPontual.

Quem não pôde viajar à Índia, acompanhou de pertoa procura pelo Kankrej. “Pela internet via as fotos dos animais selecionados pelo grupo que estava na Índia e, assim, podia participar da escolha dos zebuínos”, lembra Pontual. Todas as informações e fotos trocadas por e-mail pelo grupo foram parar nas páginas do livro “Guzerá no Brasil

e na Índia”, escrito por Pontual. Segundo ele, a decisão de importar Guzerá exigiu dos brasileiros um conhecimento mais aprofundado do sistema de negociação dos indianos, principalmente porque por lá a vaca é considerada sagrada.

No total, o grupo conseguiu comprar 20 animais, entre machos e fêmeas, que foram levados para

a única central de embriões credenciada pelo governo indiano para exportar o material genético para o Brasil. A unidade pertence ao criador de nelore Jonas Barcellos. Todos os animais contam com registro genealógico e estão inseridos no Livro Especial de Importação, que contém dados de zebuínos registrados na Índia por um representante da ABCZ entre os anos de 1999 e 2008. A partir de 2008, somente os descendentes desses zebuínos já registrados podem receber o registro.

Os embriões coletados na Índia passaram por testes para detectar possíveis enfermidades, o que eliminou qualquer risco sanitário para o Brasil. Eles foram submetidos à lavagem com substância química para eliminar qualquer risco de doença. Como o Brasil exporta carne bovina para importantes mercados, o governo brasileiro via com reservas a importação de material genético e animais vivos de países que possuem enfermidades que não existem por aqui.

Após o processo sanitário, os embriões foram congelados e enviados ao Brasil. A etapa seguinte foi a transferência desses embriões para as fêmeas receptoras. Todas as novilhas passaram por testes, para detectar possíveis doenças, e por um período de quarentena na ilha de Cananeia, local onde fica o quarentenário oficial do Ministério da Agricultura.

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Comprovada a prenhez, as novilhas foram acompanhas até o parto. Somente depois de novos testes sanitários é que houve a liberação para os bezerros serem transferidos para a Fazenda Canoas. “O índice de prenhez positiva foi acima do esperado, chegando a 50%, o que comprova a qualidade do material genético e do trabalho realizado na Índia e no Brasil”, atesta Pontual.

Os animais que estão na central são de porte médio, dóceis, rústicos e com boa produção leiteira. “Algumas das vacas que pariram na central chegaram a produzir acima de 20 kg de leite/dia, só com a melhora da condição nutricional, mas mesmo assim ainda na Índia. Essa rusticidade, que na Índia significa capacidade de suportar condições extremas, no Brasil se reverterá em uma capacidade de converter alimentos em produção muito forte. Ou seja, rápida terminação de carcaça e produção leiteira”, diz Geraldo.

Para ele, as novas linhagens que estão sendo introduzidas no Brasil vão contribuir sensivelmente para o melhoramento genético da raça. “Quem já viu os primeiros bezerros, entenderá facilmente a contribuição que será dada. Ela será muito significativa, pois vem lastreada por uma pureza racial impressionante. Buscamos os animais diretamente dos desertos indianos, e achamos a essência da pureza e da rusticidade da nossa raça”, acredita.

Na visão do criador Antônio Pitangui, os ganhos serão tanto na parte racial quanto na produção. “A introdução de novos genes possibilitará uma melhoria genética, com animais de porte maior e mais adaptados para o campo, de boa habilidade materna, de grande pureza racial, ou seja, mais parecidos com o Kankrej, e de maior desempenho funcional”, garante.

Como na Índia os animais vivem em situações adversas, tendo que caminhar longas distâncias em busca de comida e enfrentar grandes oscilações de temperatura, a seleção natural existente por lá tem resultado em zebuínos rústicos, de melhores aprumos e de boa produção de leite. “A docilidade dos animais é impressionante. Eles andam no meio do povo tranquilamente”, conta Carlos Pontual. Segundo ele, apesar de não serem selecionados para corte, os animais utilizados para o trabalho de tração apresentam

boa musculatura, bom rendimento de carcaça e maior área de olho de lombo.

A Índia conta com sistemas de criação bem

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diferentes do Brasil. Há a criação de animais (doados ou recolhidos das ruas) nos templos para a distribuição de leite para a população. Os institutos de pesquisa do governo também criam animais, porém fazem bastante cruzamento, o que tem reduzido o número de rebanhos puros. Outra parte do rebanho indiano vive solto na rua, sem dono. Os zebuínos mais puros estão nos plantéis dos Rabaris, criadores nômadesque migram com o rebanho em busca das sobras de alimentos nas lavouras. Com o leite dos animais, eles fazem queijo e outros produtos caseiros. Há ainda um outro tipo de criador, autorizado pelo governo a ter um rebanho maior, no máximo 60 cabeças. “É preciso considerar que nós, Brasil e Índia, temos objetivos distintos de criação, e que houve um distanciamento nos modelos de animal criados nos dois países ao longo das últimas décadas, com ganhos e perdas em alguns aspectos, pelas características de manejo e de destinação do rebanho brasileiro. Mas podemos dizer que, em especial nos últimos anos, o zebu nacional passou a focar nos reais aspectos relevantes de sua produção, como a sua capacidade de produzir bem a pasto, terminar precocemente sua carcaça e produzir leite barato, a pasto ou com suplementação mínima. Essas características – todas elas encontradas no puro Guzerá/Kankrej indiano, são o pilar do modelo de produção pecuária brasileiro e, uma vez intensificadas, são a certeza de estarmos no caminho certo da seleção”, ressalta Geraldo Melo Filho.

Neste ano deve chegar ao Brasil uma grande quantidade de embriões. Serão 126 até setembro. Os quatro animais que já nasceram estão apresentando bom desenvolvimento e boa adaptabilidade. Eles serão avaliados geneticamente para verificar se poderão realmente contribuir para o avanço da raça no Brasil.

A importação de novas linhagens deve beneficiar indiretamente outros países, já que o Brasil exporta a genética zebuína. “Esse interesse já vem inclusive sendo explicitado por alguns de nossos vizinhos, e vislumbramos um potencial de expansão de mercado significativo”, afirma Geraldo.

Fonte: Revista GuzeráÓrgão Oficial da Associação dos Criadores

de Guzerá do Brasil | nº 04| JMM

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O desempenhO dO Guzerá nas

reGiões brasileiras

Feileite 2011

A rAçA Guzerá tAmbém foi contAdA em livro pArA ficAr mArcAdo pArA A eternidAde. Guzerá - o GAdo do brAsil,

publicAdo em 2005, tAmbém de AutoriA de rinAldo dos sAntos, editorA AGropecuáriA tropicAl,

contA A oriGem dA rAçA e umA Análise minuciosA dos detAlhes

morfolóGicos e o desempenho em váriAs reGiões brAsileirAs.

Este ano, a Feileite contará com presença maciça da raça. A feira acontece de 31 de outubro a 4 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A expectativa da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB) é realizar julgamento e torneio leiteiro.

Ano passado, a raça participou do 7º Concurso DPA de Sólidos no Leite e teve a fêmea Chácara da Boa Lembrança, do criador Marcelo Garcia Lack, eleita Campeã do concurso.

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artificial do Brasil.O PROBRAHMAN avaliará os reprodutores

inscritos, com base no desempenho de suas progênies controladas. “Por meio do teste de progênie, avaliaremos o desempenho genético dos touros e destacaremos os que apresentam melhores performances produtivas e reprodutivas.

Desde que chegou ao Brasil, em 1994, a raça Brahman demonstrou que seria uma ótima opção para a melhoria de vários índices zootécnicos importantes para a evolução e o avanço da pecuária de corte brasileira, em especial, itens como docilidade, produtividade, precocidade, fertilidade, habilidade materna, qualidade de carcaça e carne.

Muito avaliada em países como Estados Unidos e Austrália, a raça logo começou a marcar presença nas principais provas zootécnicas

do nosso país. “Após um amplo trabalho de divulgação da raça, conseguimos crescer

qualitativamente e quantitativamente em todas as regiões do Brasil. Por

isso, é importante que haja um incremento da participação da raça em provas zootécnicas e de desempenho. É isto o que temos procurado incentivar continuamente”, afirma o

presidente da ACBB (Associação dos Criadores de Brahman do

Brasil), Wilson Roberto Rodrigues.Para atender à crescente demanda

de interessados na raça com base em dados técnicos e científicos, dois importantes testes para avaliar o desempenho da raça Brahman no Brasil estão sendo promovidos pela associação.

O primeiro deles é o PROBRAHMAN

Potencial da raça Brahman é avaliado em Teste de Progênie e Prova de Ganho em Peso a pasto

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(Programa Brahman de Avaliação de Touros), que já se encontra na segunda bateria. O programa é desenvolvido pela ACBB e pela UNESP (campus Jaboticabal e Botucatu), com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Nacional dos Criadores de Pesquisadores (ANCP) e centrais de inseminação

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das progênies serão coletados do nascimento até a idade ao sobreano nos machos. Nas fêmeas, até o nascimento da primeira cria”, informa o diretor executivo da ACBB, Lydio Cosac de Faria.

As avaliações genéticas serão realizadas pelos pesquisadores da Unesp Dra. Lúcia Galvão Albuquerque, Dr. Henrique Oliveira Nunes e Dr. Josineudson Augusto II. A empresa Alta Genetics, parceira do programa, ficará responsável por todo o processo de distribuição do sêmen e fornecerá condições especiais de negociação aos brahmistas interessados. A grande novidade desta segunda bateria do PROBRAHMAN será a possibilidade de participação de touros oriundos de criatórios do Panamá, país da América Central, que investe na raça Brahman com o objetivo de ampliar a produtividade de seu rebanho comercial.

As inscrições para a segunda bateria do PROBRAHMAN foram abertas durante a ExpoZebu 2011 e a expectativa é que mais de 20 touros participem.

A ACBB também incentivou a participação dos

criadores em uma PGP (Prova de Ganho em Peso) a pasto, realizada em parceria com a ABCZ, que teve início no final do mês de junho, na Estância Zebu, em Uberaba/MG, com a participação de 37 exemplares da raça. A prova de ganho em peso avaliará o desempenho de animais da raça Brahman quanto ao ganho de peso e terá duração de 294 dias. A pesagem inicial será realizada no dia 06 de setembro. Outras três pesagens serão realizadas no dia 01 de novembro, 27 de dezembro e 21 de fevereiro. A pesagem final acontece no dia 17 de abril.

Para participar da prova, os animais devem ser machos PO com RGN (Registro Genealógico de Nascimento) e terem nascido entre 29 de agosto e 27 de novembro de 2010. Será realizada avaliação para andrológico em idade precoce e temperamento para certificação dos animais. Todos os animais classificados como Elite e Superior receberão certificado de participação da ABCZ.

O resultado da prova será apresentado durante a ExpoZebu 2012, quando será realizado um dia de campo. A Estância Zebu fica localizada na Rodovia MG 427, km 2, próximo a Uberaba/MG.

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ABCZ apoia movimento em prol da conscientização urbana sobre o Agronegócio

Com o objetivo de sensibilizar a população urbana sobre a importância do setor do Agronegócio para o Brasil, a ABCZ está apoiando o Movimento Sou Agro, lançado no dia 18 de julho, na sede da FIESP, em São Paulo, com a presença dos diretores da associação, Vilemondes Garcia, Ricardo Viacava e do superintendente de Marketing e Comercial da ABCZ, João Gilberto Bento.

Durante os próximos três meses, o Movimento Sou Agro coordenará uma ampla campanha de comunicação na televisão, rádios, revistas, redes sociais, dentre outros meios de comunicação, que levará mensagens didáticas sobre o agronegócio à população em geral, com ênfase sobre a Agricultura, Pecuária, Papel e Celulose, Agroenergia, Fibras e Cooperativismo.

Durante o lançamento do Sou Agro, o coordenador do movimento, o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, ressaltou que apesar de contar com comunicação muito eficiente dentro do setor, a população urbana quase não sabe o que é o agronegócio, de onde vem os alimentos que consome e qual é a importância disso para o desenvolvimento do país e sua participação no cenário mundial da produção de alimentos.

Justamente por isso, a campanha protagonizada pelos atores Lima Duarte e Giovana Antonelli, irá mostrar o funcionamento da cadeia da soja, da cana-de-açúcar, do algodão, pecuária de corte e de leite, dentre outras, e sua influência no dia a dia da sociedade. A campanha também contará com a participação de pessoas comuns, enfatizando que todos são agrocidadãos. “Tudo é agro. Não existe nenhum cidadão que não tenha uma ligação com

o agronegócio, que começa com o lençol da cama que dorme, os alimentos, o combustível que faz o veículo se movimentar”, afirma Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bungee e coordenador da campanha de comunicação do Movimento Sou Agro.

Além da campanha, o Movimento Sou Agro conta com um portal na internet (http://www.souagro.com.br/) e ainda com um site específico com informações técnicas e científicas sobre o setor (http://www.redeagro.org.br/), que será coordenado pelo presidente da União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Sawaya Jank.

Também fazem parte do Movimento Sou Agro juntamente com a ABCZ, a Associação

Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Associação dos Produtores de Soja do Estado do Mato Grosso (Aprosoja), Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Bunge, Cargill, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Organização

das Cooperativas Brasileiras (OCB), União das Indústrias da Cana-de-Açúcar (Unica), Vale Fertilizantes, Accenture, Monsanto, Nestlé, Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o Instituto nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócios (ABMR&A). O movimento Sou Agro está presente nas redes sociais. Acompanhe pelo Twitter: @sou_agro e pelo Facebook: Sou Agro. Os vídeos da campanha também estão disponíveis no site youtube.com.

Fonte: site ABCZ

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Com um rebanho cada vez maior em todo o País, o Tabapuã tem conquistado visibilidade nacional e internacional. Dono de vantagens amplamente defendidas por seus criadores, em 2011 a raça tem mostrado de forma consistente os benefícios que traz para a produção pecuária.

A Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã (ABCT) está apostando em ações de comunicação para atrair pecuaristas interessados na raça e mostrar as virtudes que o Tabapuã oferece. Para o presidente da entidade, Raimundo Jezualdo Sales, a raça tem se defendido sozinha ao longo de sua história através de suas qualidades e dos resultados que obtém em pesquisas e provas de desempenho. “O Tabapuã está pronto para o mercado. É um produto que reúne excelentes qualidades para a produção pecuária. Só precisa de divulgação”, destaca.

E a ABCT tem cumprido seu objetivo à risca. No início do ano a entidade fez o lançamento de uma nova plataforma na internet (tabapua.org.br). Com todas as informações sobre regulamentos, ranking e resultados das principais exposições do

Investimentos em comunicação fortalecem a presença da raça Tabapuã fora do Brasil

país, o portal é uma vitrine para a raça Tabapuã. A maior novidade é a produção de conteúdo dinâmico. A Associação conta com uma equipe jornalística especializada responsável por atualizar a plataforma com notícias sobre o mercado e sobre as atividades da raça em todas as regiões do País.

A iniciativa está dando certo. Atualmente, o Portal da ABCT recebe centenas de visitas de mais de 30 países como Rússia, Austrália, Estados Unidos e China. Bem posicionado em sistemas de busca, hoje metade de seus acessos vem de sites como o Google, o que reflete a procura cada vez maior dos pecuaristas e profissionais do setor.

Na ExpoZebu 2011, dois criadores da África do Sul vieram até o Brasil conhecer melhor as qualidades do Tabapuã e afirmaram seu interesse na raça. Anton Loggenberg e Jan Serfontein já lidam com a raça Brahman há mais de 20 anos e estão buscando levar melhorias para seu rebanho. Animado, Serfontein ressalta que um pecuarista com experiência pode sentir quando está diante de animais de qualidade, “e o Tabapuã apresenta características muito atrativas”, afirmou.

A cobertura jornalística da ABCT na ExpoZebu 2011 foi marcante para a entidade e para a raça

Tabapuã. Durante toda a programação, o portal da Associação informou em tempo real

os resultados dos julgamentos, leilões e os destaques da participação da raça na

exposição. A participação do Tabapuã em eventos em todo o Brasil tem sido o foco do portal. Em maio, a ExpoGoiás

2011 também teve a presença marcante dos criadores e da ABCT.

E os investimentos da entidade pela divulgação da raça vão além da internet. Na televisão, o Tabapuã possui um programa exclusivo dedicado a mostrar seu avanço na pecuária brasileira.

Texto: Fred Palladino – Rowan Marketing

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Programa de TV divulga a Raça no Canal Rural

Em abril, a ABCT estreou o primeiro programa de televisão voltado exclusivamente para a raça. O Tabapuã: O Zebu do Brasil vai ao ar todas as terças-feiras, às 11h55, no Canal Rural, e fica disponível também no portal da Associação.

O programa busca mostrar o trabalho que os criadores têm feito pelo desenvolvimento da Raça. Como ocorreu na internet, o Tabapuã: O Zebu do Brasil fez a cobertura dos principais eventos da raça, com entrevistas de criadores e a divulgação dos grandes campeões. Além disso, está mostrando as realizações de fazendas empenhadas em fortalecer o papel do Tabapuã na pecuária nacional e internacional.

De acordo com o diretor de Marketing da ABCT, Wagner Miranda, a veiculação de um programa em rede nacional é essencial para mostrar o potencial da raça. “É preciso divulgar os resultados que o Tabapuã traz para o pecuarista. E esse é o foco das nossas ações”, afirma.

E esses resultados têm comprovado a evolução da raça. Entre os zebuínos mais testados em pesquisas e provas de desempenho, o Tabapuã está apresentando bons índices de acabamento de carcaça, ganho de peso, biótipo, entre outros fatores de avaliação. Em 2011, provas como a da Estância Zebu, em Uberaba, e a da AGCZ/Embrapa, em Goiás, tem revelado a precocidade dos tourinhos.

A divulgação de todas essas conquistas é a aposta que está dando certo para o Tabapuã. Tanto novos como antigos pecuaristas têm comparecido

aos remates pelo País e iniciado a criação da raça. Com o constante trabalho de melhoramento genético e a mobilização da ABCT e de seus associados, esse crescimento promete permanecer por um bom tempo. #

Sidney de Melo, do Tabapuã SM, em entrevista ao Ta-bapuã: O Zebu do Brasil na cobertura da ExpoZebu 2011

Jan Serfontein e Anton Loggenberg. Sul-africanos conhecem o Tabapuã pelo site da ABCT

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Com primeiro registro realizado há pouco menos de oito anos, o Tabanel tem sido cada vez mais valorizado. A homologação da raça pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a certificação pela ABCZ, por intermédio do Controle de Certificado de Genealogia (CCG) são resultados de anos de pesquisa científica feita por pecuaristas que acreditavam que o cruzamento das raças Nelore e Tabapuã seria extremamente rentável.

Em 2001, o pecuarista Wagner Miranda, proprietário da fazenda Parque das Vacas, já apostava nesse novo tipo racial, que ainda não poderia ser considerado como tal. Foi constituída por ele uma equipe multidisciplinar a fim de verificar através de dados zootécnicos e estatísticos o resultado da heterose entre zebuínos em um projeto

Um cruzamento rentável

piloto com 20 animais. Dois anos mais tarde, a pesquisa científica foi

indexada em bases de dados mundiais e como consequência ocorreu a homologação da raça pelo MAPA e a certificação pela ABCZ. A partir de então, oficializou o Tabanel como novo tipo racial. O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores tornou-se ainda referência em todo o mundo.

Durante o 1º Simpósio sobre Cruzamento de Zebu, realizado em outubro de 2003, o então presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, na presença de diversas autoridades, fez a entrega oficial dos primeiros CCGs ao pecuarista Wagner Miranda, criador goiano responsável pelo cruzamento de onde originou o Tabanel. Além do certificado, os animais nascidos deste acasalamento

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Um cruzamento rentável

foram marcados com o símbolo do CCG criado com base no tradicional caranguejo, utilizado para marcar zebuínos puros. A iniciativa pioneira é um marco na história da ABCZ, associação pecuária detentora do maior banco de dados do mundo onde estão armazenadas informações de mais de seis milhões de zebuínos puros.

Atualmente, a Associação Brasileira do Tabanel (Abtnel), fundada em 2004, é a única associação brasileira com sede no estado de Goiás, sendo presidida pela pecuarista Ana Maria Miranda, e desde o princípio segue uma linha direcionada para a divulgação do conhecimento acadêmico e no resgate histórico da pecuária.

De acordo com Ana Maria, o relato de criadores de gado de corte é unânime no que diz respeito

à rentabilidade do Tabanel, tanto no ciclo de desmame quanto no abate, traduzindo maior lucratividade ao pecuarista. “O desenvolvimento da raça é muito importante para Goiás, por ser um dos principais exportadores de carne, e também para o país.”

Muito utilizada no cruzamento industrial, o Tabanel promove a carcaça do Tabapuã e a rusticidade do Nelore, características desejáveis em todo o rebanho para aqueles que pretendem fazer carne a pasto, pois este animal é grande ganhador de peso, comenta Ana Maria. Hoje, com a exigência da ABCZ na utilização de receptoras zebuínas, Ana Maria acredita que o Tabanel é uma excelente opção por ser bom de carcaça e rusticidade.

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Desde o dia 08 de Agosto o embaixador Paulo Alberto da Silveira Soares assumiu o posto na Indonésia, mas antes de chegar ao novo destino o diplomata esteve em Uberaba, MG, para um importante encontro com representantes do setor produtivo pecuário e da ABCZ. O embaixador Paulo Roberto foi recebido por representantes de empresas locais e do poder público municipal, pelo presidente Eduardo Biagi, diretores e corpo administrativo da associação.

Em um dia de programação intensa com visitas técnicas, reuniões e coletiva de imprensa, todos os diálogos se pautaram no potencial do Brasil para fornecer carne ao mercado consumidor da Indonésia e se transformar em um parceiro comercial forte através da transferência de tecnologia e conhecimento gerados pelo trabalho de excelência com a pecuária zebuína.

A Indonésia tem aproximadamente 240 milhões de habitantes que consomem em carne quase meio bilhão de dólares ao ano. Segundo o embaixador Paulo Roberto, o país que sempre comprou o produto da Austrália, perdeu o fornecedor por questões culturais e por isso tem procurado uma nova fonte de abastecimento para proteína vermelha.

Indonésia quer carne e genética do zebu brasileiro

Silveira disse ainda que o presidente indonésio quer conhecer mais da pecuária do Brasil e está disposto a pedir reformulações na legislação para abrir novos protocolos de comércio.

“Este é um momento importante. Foi aberto um mercado de meio bilhão de dólares que pode ser a porta de entrada para a Ásia. É preciso agora agilidade e agressividade para fazer política e vender. Vim até Uberaba para convocar uma missão de empresários e representantes de toda a cadeia pecuária, saio da ABCZ e sigo muito estimulado para a embaixada, pois sei que meu pedido será atendido. Fiquei positivamente impressionado com o potencial que vi aqui” declarou Silveira.

“Nós estamos prontos para exportar para qualquer mercado, temos abates especializados, temos gado em quantidade e com qualidade. A Indonésia já era um dos destinos agendados para visitas de negócios pelo nosso departamento internacional e vamos fazer o possível para atender a solicitação do embaixador e a necessidade do mercado indonésio”, explicou à imprensa o presidente da ABCZ Eduardo Biagi

Jacarta, a capital da Indonésia é matriz da Associação de Nações do Sudeste Asiático. A

ASEAN, que engloba Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia, trabalha coletivamente em busca de um plano social e econômico melhor para cada nação do bloco. A população da região da ASEAN abrange 560 milhões de pessoas, cobre uma área de 4,5 milhões de km2 e juntas, as nove federações integrantes geram um PIB de mais de US$ 1 trilhão com valor comercial superior a US$ 1,4 trilhão.

Fonte: ABCZJMM

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As múltiplas funções produtivas do Sindi

A pecuária no sertão brasileiro teve grande colaboração do gado da raça Sindi, um animal de morfologia mais equilibrada, com carcaça moderna, tronco profundo, arqueado, pernas mais curtas, virilhas mais baixas, musculatura mais convexa, com boa qualidade de carne revestindo o esqueleto, boa aptidão leiteira, excelente habilidade materna e muita rusticidade. E foi o Sindi que contribuiu para a história de sucesso na família Castilho.

A história contada em muitos livros revela que José Cezário de Castilho (sr. Cito) ganhou de seu avô um touro vermelho e algumas novilhas vermelhas que vieram do Estado do Rio de Janeiro (Importação de 1855, pelo Barão do Bom Retiro). Mais tarde, por meados de 1930, sr. Cito adquiriu algumas novilhas da importação de Ravísio Lemos e Zequinha Prata. Em 1994, José Cezário de Castilho chegava a 14 mil cabeças vermelhas, sendo 2.500 registradas na ABCZ, das quais cerca de 600 era “elite” para fazer reposição. Nesse ano, o pioneiro veio a falecer. Seu inventário levou 10 anos e, ao terminar, o grande rebanho estava desfigurado e foi dividido. Foi então que Adaldio J. de Castilho, sobrinho e afilhado do Sr. Cito, recebeu de seu tio algumas vacas e touros Sindi, dando início a seu plantel na Fazenda São José da Estiva (origem do sufixo Estiva) em 1958, dedicando-se à seleção racial e funcional.

Após a morte de Adaldio J. Castilho em 2003, o plantel das Fazendas Reunidas Castilho passou a ser administrado para os familiares por Adaldio J. de Castilho Filho que, desde pequeno, acompanhou a seleção do gado junto com seu pai. Coube a ele o trabalho de agregador, introduzindo racionalidade à criação do Sindi, adequando-o aos diferentes mercados brasileiros, por meio de visão empresarial da pecuária brasileira e mundial.

No início implantou novas técnicas de avaliação genético molecular através do DNA para monitorar e ajudar a escolher animais com melhores características na produção de leite, carne, precocidade sexual, precocidade em terminação de carcaça e rusticidade.

Para Adaldio, o mercado assimilou logo a importância do Sindi na cadeia produtiva de carne e leite, a raça ficou demandada, tanto as fêmeas como os machos. “Grandes pecuaristas, produtores de bezerros e bois de corte, estão utilizando o Sindi no cruzamento com vacas Nelore, F1 de cruzamento industrial e vacas leiteiras. Os produtos destes cruzamentos vêm se destacando em todas as regiões do Brasil, Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.”

O pecuarista explica que vem recebendo vários depoimentos favoráveis à raça, tanto no desempenho dos touros na monta natural, apresentando libido,

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resistência à seca, ao calor, mantendo-se com boa carcaça e excelente vigor, como também pelas qualidades dos bezerros. “Hoje podemos afirmar e provar que a raça Sindi tem múltiplas funções produtivas que as outras raças não têm, viabilizando melhores ganhos econômicos e ambientais. Pois tudo que se busca na pecuária moderna, o Sindi tem naturalmente nos seus genes de sete mil anos de seleção, no semideserto do Paquistão, onde os mais resistentes e produtivos sobreviviam e os mais fracos morriam, dando sustentação às qualidades da raça”, comenta.

Em relação ao leite, a raça Sindi produz naturalmente de cinco a 10 kg por dia, podendo atingir níveis maiores, enquadrando-se bem na média nacional. Com ração especializada, melhorando o manejo e instalações, a vaca poderá aumentar seu leite. Muitas vezes o custo inviabiliza o

lucro. Muitos criadores, para participaram de torneios leiteiros e controles, necessitam às vezes de rações com alta porcentagem em proteínas, medicamentos e hormônios, para estimular a vaca e produzir de 2 a 3 vezes acima de sua naturalidade. Segundo Adaldio, isto é um desserviço para seleção das verdadeiras vacas boas produtoras de leite”.

Na pecuária de leite muitas vezes o que interessa para o produtor é o leite, deixando muito pouco para o bezerro, o qual fica fraco, subnutrido, atrasado no seu crescimento, desmamando com pouco peso. Já na pecuária de corte acontece o inverso: o que interessa é o bezerro sadio, gordo, desmamando pesado.

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Atualmente, muitas pessoas perguntam se a raça tem linhagem leiteira ou de corte. Para Adaldio Castilho, é natural o selecionador tentar especializar ou diferenciar o seu gado. “Dentro de uma raça, alguns poucos poderão se dedicar à carne, ou ao leite, mas a maioria sempre estará dedicada à dupla aptidão. A linhagem é apenas a segregação de famílias leiteiras, estreitando a consanguinidade”.

O ideal é que tais linhagens jamais se afastem do padrão racial e que sejam confirmadas,

periodicamente, por exame de DNA mitocondrial. Se não houver esta

confirmação, a segregação de linhagens leiteiras pode se tornar prejudicial, talvez caindo nos mesmos erros já cometidos

por outras raças que, equivocadamente, formaram esplêndidos animais leiteiros para vencer Torneios, mas perderam a aptidão para a

musculatura, esclarece Adaldio.

Fonte: Sindi: o Gado Vermelho para os Trópicos

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Raça Sindi: uma opção na produção de leite para o semi-árido brasileiro

Roberto Luiz Teodoro, Rui da Silva Verneque e Mário Luiz MartinezPesquisadores da Embrapa Gado de leite

rsverneq[arroba]cnpgl.embrapa.br

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A raça Sindi, originária dos trópicos paquistaneses, historicamente foi introduzida no Brasil nos anos 30 do século passado, mas foi em 1952 que ocorreu a mais significativa introdução de animais desta raça por meio da importação de 31 fêmeas e machos pelo abnegado Dr. Felisberto de Camargo, naquela época diretor do Instituto Agronômico do Norte, situado em Belém do Pará.

Estes animais importados foram selecionados

na sua origem, baseado principalmente em critérios produtivos, sendo considerado a base do nosso rebanho Sindi atual, que se encontra predominantemente nas regiões Nordeste e Norte do país, com pequenos núcleos na região Sudeste.

A raça apresenta como características principais pelagem de cor avermelhada, ideal para as regiões tropicais e sub-tropicais, o seu pequeno porte, também considerado ideal pelo melhor aproveitamento

por área, além do menor consumo absoluto de alimentos, a boa eficiência reprodutiva e principalmente a boa capacidade de produção de leite, tanto em quantidade como em qualidade. Além destas vantagens sobressai a sua excelente adaptabilidade às condições adversas de clima e de manejo, principalmente alimentar, nas condições de semi-árido nordestino.

Dado a estes atributos e ao desempenho destes animais, torna-se importante a sua difusão e multiplicação como raça pura e em cruzamento com raças taurinas, principalmente a Jersey, obtendo-se animais produtivos, resistentes e de pequeno porte, recomendados principalmente para pequenas explorações leiteiras típicos da Agricultura familiar.

A Embrapa Gado de Leite vem apoiando os poucos criadores da raça na divulgação e conhecimento do potencial destes animais para a pecuária nacional, considerando-a uma excelente opção principalmente para as regiões adversas de manejo do Nordeste brasileiro. Atualmente dois núcleos de criação situados no estado da Paraíba, um da EMEPA em Alagoinha e outro do Dr. Manuel Dantas Vilar Filho em Taperoá, ambos de importância Ja

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histórica e técnico pelo trabalho de seleção, são acompanhados rotineiramente quanto à reprodução, produção e composição do leite, assim como as principais características morfológicas relacionadas às características produtivas, como tamanho corporal, conformação de úbere, temperamento, etc. Estes animais são mantidos em regime de pasto, próprios da região, sendo suplementados principalmente com alimentação alternativa sempre que se torna necessário devido à seca.

Anualmente faz-se a avaliação genética de vacas e touros destes rebanhos, para a produção de leite, cujos resultados são repassados aos respectivos criadores auxiliando-os nos acasalamentos e descartes, promovendo com isto o seu melhoramento genético.

Baseando-se nas informações disponíveis no banco de dados da Embrapa Gado de Leite, a média da produção de leite de 256 animais avaliados foi de 2.214 kg, com duração média de 274 dias de lactação, enquanto que a idade média ao primeiro parto foi de 1.160 dias e o intervalo médio entre partos de 457 dias. Foram avaliados 40 touros, para produção de leite e gordura, sendo 19

positivos para a produção de leite. A PTA é o valor genético previsto para o touro para a produção de leite, ou seja, é uma média do quanto o touro pode aumentar ou diminuir na produção de leite de suas filhas quando comparadas com a média da população estudada. A rel ou confiabilidade é uma medida de associação entre este valor genético previsto e o valor genético verdadeiro do touro. Quanto maior for esta confiabilidade, maior é a confiança que se deve depositar na PTA. Portanto, o recomendável para promover o melhoramento genético é utilizar sempre que possível touros com PTAs positivas para a produção de leite e maior confiabilidade para que possamos obter sucesso em nossos objetivos, que é o aumento da produtividade

Pelos resultados que vem sendo obtidos com animais da raça Sindi na produção de leite e reprodução, além da boa adaptabilidade às condições climáticas, apesar da população numericamente pequena, ela deveria ser melhor incentivada quanto a sua multiplicação e difusão para atender às necessidades prementes de produção de alimentos nas regiões do semi-árido nordestino.

Criadores e entusiastas do Sindi podem conhecer mais sobre a raça. Foi lançado esse ano o livro Sindi – O Gado Vermelho para os Trópicos, de autoria de Rinaldo dos Santos, da Editora Agropecuária Tropical, com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi) e financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil – BNB. A obra traz um estudo das origens da raça, descrições e posição atual no Paquistão e Índia. Além de abordar a entrada do Sindi no Brasil, o desempenho em cada região, o papel da raça no futuro da pecuária mundial e ainda uma apresentação dos vários Centros de Pesquisa e Seleção do país, entre outras informações.

A história da raça contada em livro

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Originário da Índia, o indubrasil é a raça mais difundida no exterior, sendo a primeira raça neozebuína do mundo, formada por cruzamentos entre o guzerá e o nelore, desde 1890 até 1920. Com a introdução da raça gir, entre 1911 e 1920, os produtos adquiriram seu aspecto definitivo, exibindo um grande porte, habilidade para longas caminhadas e matrizes eficientes. O sucesso foi tão grande que duas exportações de animais foram realizadas entre 1923 e 1924. Atualmente, seu habitat está restrito

ao Nordeste brasileiro e à região de Minas Gerais, sendo registrados 205.297 animais, na história, e

11.661 nos últimos 5 anos.

CaracterísticasO indubrasil na idade adulta apresenta

as seguintes características:- as fêmeas pesam entre 500-750

kg, com recorde em 900 kg; - os machos pesam entre 850-

1000 kg, com recordes acima de 1.200kg.

Ainda hoje, uma grande parte dos animais cruzados enviados para o abate apresentam meia-orelha lembrando os antigos tempos de predomínio dessa raça.

Sem tecnologia, o indubrasil, do acaso,

constituiu a primeira história,

Generalidades da raça Indubrasil

encenada antes de 1950. Agora surge a nova fase, com a verdadeira fisionomia da raça, disposta a ocupar seu espaço no mercado pecuário.

“Além do vasto mercado interno, que admira o grande porte e grande volume, em primeira instância, indubrasilistas estão voltando os olhos para o mundo e constataram que esta é a raça mais vitoriosa fora dos limites do Brasil”, afirma a Associação Brasileira de Criadores de Indubrasil.

Padrão da raça- cabeça: largura, comprimento e espessura

médios; os chifres: médios; - olho: escuros, elípticos, de olhar sonolento,

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protegido por peles;- orelha: pendentes, de médias a longas; - cupim ou giba: bem plantado sobre a cernelha;

nas fêmeas é menor e menos caracterizado; - umbigo: reduzido; - cauda e vassoura: comprida e fina, na linha

ou abaixo dos jarretes. Vassoura ligeiramente mesclada;

- úbere e tetas; de volume médio, com pele sedosa, tetas sedosas e bem distribuídas;

- pelagem: uniforme, branca e cinza, em suas diversas variedades. Admite-se a amarela e vermelha uniforme; pele: preta ou escura, solta, fina, flexível, macia, oleosa, róseo no úbere e região inguinal.

O indubrasil apresenta a mais comprida orelha entre as raças bovinas do mundo. Em uma ampla pesquisa realizada na década de 1980, confirmou o aumento do seu tamanho ainda mais, nos últimos tempos.

Cruzamento industrialO indubrasil, raça com influência de

muitos sangues (nelore, guzerá, gir, malvi, hissar, etc) precisava de cuidados na seqüência das gerações, para evitar degenerescências comuns ao gado heterótico. Hoje, os criadores adotam os descartes radicais, eliminando-se os animais de bainha longa, os de aprumos frágeis e os de discutível taxa de fertilidade. Inicialmente, para multiplicar os poucos zebuínos existentes, os criadores cruzavam guzerá x nobre x hissar, e outras raças que chegavam nas importações.

Com o sucesso de tais cruzamentos, os criadores triangulinos resolveram introduzir um novo sangue: o gir. Surge, então, a verdadeira raça indubrasil.

O indubrasil sempre foi muito utilizado nos cruzamentos. Algumas tentativas conseguiram se firmar como a raça “Itapetinga” e a “Santa Mariana”. Na imensidão do país, o indubrasil é utilizado para dar porte às crias. Milhões de animais “meia-orelha” são enviados para o abate, anualmente, indicando que o indubrasil continua vivo, mesmo sem propaganda oficial.

Grande parte do gado leiteiro é oriunda do cruzamento de indubrasil com o holandês. Utiliza-

se o indubrasil para cobrir vacas girolando, com sucesso. Diante de poucas informações obtidas sobre a raça, conclui-se que a história do indubrasil precisa ser mais bem estudada e melhor contada.

Ganho de pesoO indubrasil

i n s c r e v e u 3 3 . 8 9 6 a n i m a i s n o CDP -

Controle do Desenvolvimento Ponderal, ou 3,32% do total desta prova até 1995.

Ficou evidente em 134.112 pesagens que o indubrasil alcança os seguintes pesos: macho pesa, aos 205 dias, 168 kg e a fêmea 156 kg. Aos 365 dias, o macho pesa 247 kg e a fêmea pesa 224 kg. Aos 550 dias o macho pesa 319kg e a fêmea pesa 286 kg. A avaliação aconteceu sempre em regime de campo; a diferença para o regime confinado é de 30,72%.

O indubrasil esteve presente em 17 PGP - Provas de Ganho de Peso, entre as primeiras 200

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realizadas pela ARCZ, totalizando 217 animais. A média da última fase foi de 1.096,20 gramas-dia.

Melhoramento genéticoQuando a raça decaiu nos registros

genealógicos, cedendo lugar para o gir, era importante que os criadores analisassem o gado e tomassem rumos competentes, mas o país vivia uma fase complicada para a pecuária.

Mesmo com todas as dificuldades, o indubrasil ainda é a raça mais difundida no

exterior. Com rebanhos na maioria dos países latino-americanos e nos Estados Unidos, sob a denominação de “Indubrasil”, para lembrar um gado “Indo” e “Brasil” ou seja, originário da Índia e Brasil.

Em alguns países, logrou um notável melhoramento zootécnico, o qual poderá resultar em uma reexportação para o Brasil, nos próximos anos, como maneira de revigoramento da raça.

Fonte: www.criareplantar.com.br

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*Rodrigo Jorge Moraes

Conforme determina a atual legislação brasileira, toda pessoa física ou jurídica que desrespeitar a lei ambiental poderá ser responsabilizada simultaneamente pelo mesmo fato na esfera civil, penal e administrativa. Trata-se da chamada “tríplice responsabilidade ambiental”. Entretanto há algumas importantes diferenças entre cada uma delas.

No aspecto civil, a lei ambiental diz que a responsabilidade do infrator é “objetiva”, o que equivale dizer que não depende de qualquer culpa da pessoa no cometimento da infração ambiental para que ela seja punida. Por exemplo, caso uma pessoa compre uma fazenda onde tenha ocorrido o desmatamento ilegal pelo antigo proprietário ou compre uma área já contaminada ou que venha a ocorrer um incêndio acidental nas suas terras, o atual proprietário é quem será responsabilizado pelo Estado.

Por outro lado, no aspecto penal é diferente. Aqui a lei diz que a responsabilidade ambiental é “subjetiva”, ou seja, ao contrário da seara civil, para que a pessoa seja punida há que se comprovar que ela tenha agido com culpa ou dolo. Em outras palavras, há a necessidade de comprovar que a infração ambiental ocorreu por culpa ou por vontade (ou determinação) da pessoa acusada para que ela seja punida pelo Estado.

Na esfera administrativa, há divergências quanto à responsabilidade ambiental. Isto porque existe a discussão se ela é “subjetiva” ou “objetiva”, ou seja, se há necessidade (ou não) da comprovação da culpa ou vontade (dolo) da pessoa para que ela seja responsabilizada pela infração ambiental.

Desta forma, uma vez verificada a infração am-biental, as autoridades competentes instaurarão os respectivos procedimentos de acordo com suas áreas de competência, os quais culminarão com a aplicação das penas adequadas para cada caso em concreto.

Na seara civil, a responsabilização do infrator, na maioria dos casos, culmina em pagamento de in-denização em dinheiro ou em “obrigações de fazer” e de “não fazer”. A jurisprudência tem privilegiado a condenação em obrigações impostas ao infrator ao invés de pagamento de indenizações em dinheiro, porque há maior chance do ilícito ou do dano causa-

A Tríplice Responsabilidade Ambiental - mesmo quem não causou o dano pode ser responsabilizado

do ser reparado ou restabelecido in loco. Em relação às penas previstas ao infrator na

esfera penal, elas podem ser privativas de liberdade (prisão) ou restritivas de direito, tais como prestação de serviços a comunidade, interdição temporária de direitos, suspensão de atividades, multa, entre outras mais, tudo de acordo com o tipo do ilícito cometido, a forma e os antecedentes do infrator.

Já em relação à responsabilidade ambiental administrativa, a Lei n. 9.605/98 prevê a possibilidade de aplicação de 10 (dez) diferentes tipos de penas, entre elas a advertência, multa simples, multa diária, apreensão de animais, produtos, instrumentos, embargos de obras ou atividades, destruição ou inutilização de produto, demolição a obra, entre outras.

Disto, tendo em vista a previsão da tríplice responsabilidade ambiental, é importante ressaltar que comprovado o ilícito, a pessoa poderá ser

punida nas três esferas, sendo que, por exemplo, o pagamento de uma multa administrativa não afasta o dever de cumprir qualquer uma das outra penalidade que tenha sido condenado nas áreas civil e penal, ainda que em virtude do mesmo fato. Ou seja, um fato pode gerar três penas distintas.

Assim, diante dessa complexa e rigorosa legislação que trata da responsabilidade ambiental no Brasil, mostra-se cada vez mais importante que as pessoas, notadamente quando da compra e venda de propriedades (urbana ou rural) procurem orientação especializada para que não venham

a ser surpreendidas com processos administrativos ou judiciais, mesmo em casos em que não tenha causado o ilícito ou o dano ambiental.

Portanto, aquela simples e já ultrapassada análise de documentos e contratos para a realização de compra e venda de propriedades não mais garante a segurança do negócio que está sendo realizado, fazendo-se necessária espécie de auditoria ambiental e documental especializada para a garantia de um bom negócio.

Toda pessoa física ou jurídica que desrespeitar a lei ambiental poderá ser responsabilizada

simultaneamente pelo mesmo fato

na esfera civil, penal e administrativa

*Rodrigo Jorge MoraesAdvogado, sócio do escritório Azevedo Moraes

Advogados Associados, Professor de direito ambiental do curso de Pós-Graduação da PUC/SP – COGEAE.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Instituto dos Advogados de São Paulo - IASP.

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Ao contrário de outras centrais de inseminação que preferem não utilizar sêmens de touros clonados, a ABS Pecplan e a Alta Genetics estão investindo em materiais de touros de alto valor que já morreram.

Para Fernando Vilela, gerente responsável por Tecnologias na ABS Pecplan, além de disponibilizar genética de touros mortos, possibilita utilizar também sêmens de touros incapacitados de

Sêmen de touros clonados: garantia de qualidade

produção ou até daqueles que não conseguem atender a demanda de mercado.

Segundo Tiago Carrara, gerente de Mercado da Alta Genetics, os pecuaristas já atentaram para o excelente custo/benefício que este produto proporciona. “Exemplo disto é o Fajardo GB TN1 – clone do Fajardo GB, o qual viabilizou a venda de sêmen desta genética a R$50, que anteriormente ao clone chegou a ser comercializada a R$350. Assim, para os criadores que vêem no Fajardo seus objetivos de produção atendidos, não há porque não optar pelo sêmen do clone, sete vezes mais barato que o do original”, explica Carrara.

A utilização de clones é totalmente segura. Vilela ressalta que pesquisas recentes confirmam que a qualidade do leite e carne produzidos por filhas e filhos de touros clonados é a mesma. “Os produtos mantêm as mesmas características, tornando-os seguros para o consumo humano”, garante Vilela.

Carrara ainda comenta que pode haver resistência por parte de criadores por falta de conhecimento, já que se trata de biotecnologia nova no mercado e seus benefícios pouco divulgados. “É natural que as pessoas desconfiem da eficiência do procedimento. Contudo, é importante afirmar que a decisão de usar um animal clonado no rebanho não é JM

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dependente da tecnologia utilizada para produzi-lo e sim do que este animal tem a oferecer em termos genéticos.”

Entretanto, não há desvalorização no preço da dose de sêmen clonado. “O valor é semelhante ao de touros com sêmen sexado em lista já que os resultados esperados são os mesmos e a qualidade do sêmen é idêntica e não há nenhuma alteração morfológica que pudesse provocar resultados diferentes”, esclarece Vilela. “Além disso, um diferencial genético que agrega valor aos produtos nascidos de clones, pois são frutos de touros excepcionais.”

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Sumário de Touros, como interpretar?

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Para garantir o sucesso em uma seleção, a melhor ferramenta a ser utilizada é o sumário de touros, que possibilita realizar mudanças genéticas no plantel, na direção desejada. Os criadores devem utilizá-lo para atender a demanda do mercado, visando lucratividade e sustentabilidade do rebanho em longo prazo.

A proposta de um sumário é auxiliar nas decisões dos pecuaristas e profissionais com base na genética disponível. Entretanto, o melhor Valor Genético Estimado para cada plantel, expresso em DEP’s (Diferenças Esperadas de Progênie), dependerá do mercado, das condições prevalecentes onde os animais são criados, do objetivo atual e do real nível genético do rebanho de matrizes.

A zootecnista e gerente do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) da ABCZ, Mariana Alencar Pereira, ressalta que a utilização dos dados genéticos contidos nos sumários tem como objetivo indicar aos criadores os melhores animais de prepotência genética para que reflita nas futuras gerações,

provocando assim um ganho genético a cada geração a partir de duas ferramentas: seleção e acasalamento dirigido.

“O sumário é considerado uma fonte de informação segura para o trabalho de seleção e na busca por melhorias das características produtivas e econômicas dos animais”, garante a gerente do PMGZ.

Porém, Mariana explica que é muito importante analisar, além das características produtivas que atendem o mercado, os valores das DEPs, genealogia para o controle de consanguinidade e acurácia para riscos de uso desses animais no rebanho, e ainda a base genética que foi utilizada para estimação das DEPs e o banco de dados. Entretanto, para aproveitar as informações obtidas de forma correta no momento de tomar as decisões é importante verificar se as características dos animais selecionados estão de acordo com o objetivo da seleção e se elas atendem o mercado. “Nunca se tem um animal perfeito e sim um conjunto de características favoráveis”, explica a zootecnista.

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Começa a valer daqui a menos de três anos, exigência do Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ que obriga criadores de zebu de todo o Brasil a utilizar receptoras zebuínas nos processos de Fecundação in Vitro (FIV) e Transferência de Embrião (TE) no manejo reprodutivo de seus animais. De acordo com balanço da ABCZ, o número de FIVs e TEs realizadas anualmente vai apresentar grande demanda por receptoras zebuínas a partir de 2014.

Através da exigência, poderão ser produzidas para utilização receptoras com genética zebuína nos processos de TE e FIV, de categorias como: fêmeas PO com RGN de qualquer raça zebuína; fêmeas LA com RGD de fundação ou com RGN LA de qualquer raça zebuína, fêmeas CCG, que tenham 100% de genética zebuína e também fêmeas cruzadas, sem controle, mas que forem classificadas como sendo 100% zebuínas.

Um dos grandes defensores da utilização de receptoras zebuínas é o presidente da ABCZ, Eduardo Biagi, que, em artigo escrito por ele e publicado na edição 35 da revista da Associação que preside, afirmou não entender porque a vaca Nelore podia ser mãe de bezerros nascidos de monta natural ou de inseminação artificial e não de produtos nascidos de T.E. Para ele, a maior qualidade da raça Nelore sempre foi considerada como sendo sua extraordinária habilidade maternal.

Como forma de incentivar os pecuaristas, a ABCZ passou a conceder 5% de desconto no Registro Genealógico de Nascimento dos produtos oriundos dessas mães-de-aluguel. A medida visa a

Receptoras zebuínas:Exigência passa a valer em menos de três anos

valorização da habilidade materna das fêmeas, utilizando-as, também, como mães-de-aluguel nos procedimentos que envolvem FIV e TE. As zebuínas receptoras podem ser PO, LA ou CCG (fruto de acasalamento entre raças zebuínas).

Em várias oportunidades, Biagi afirmou que por serem animais rústicos, os zebuínos desde cedo aprendem a lutar pela sua sobrevivência. Nas pastagens brasileiras, onde o capim é farto, essa luta faz parte da lembrança genética desses animais, mas está presente no instinto, principalmente materno.

A partir dessa obrigatoriedade, o mercado de receptoras zebuínas será muito valorizado visto o número de TE e FIV que são realizados anualmente. Segundo dados da ABCZ, em relação às FIVs, somente em 2009 foram transferidos 237.737 (PO) e 3.471 (LA) e, em relação às TEs foram 21.642 (PO) e 830 (LA). No ano de 2010, os números de FIVs transferidos foram superiores se comparado ao ano anterior, sendo 242.987 (PO) e 4.049 (LA). Por outro lado, os de TEs apresentaram redução, ficando em 16.305 (PO) e 759 (LA). Mesmo com a diminuição ocorrida no ano passado em relação à 2009. Os números são significativos e provam que o mercado irá precisar de um grande número de receptoras zebuínas a partir de 2014.

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Com a constante utilização de biotecnologias na reprodução bovina, a partir do ano 2.000, os criatórios produzem animais em maior volume, quando comparamos com a produção de indivíduos por matriz na década de 90.

As matrizes com produções superiores e as matrizes com genéticas consagradas, denominadas “doadoras”, podem produzir muitos animais anualmente, e devido a esta grande produção em busca de animais superiores, ocorre o que chamamos de ‘’democratização da genética”.

Se em média, em uma FIV – Fertilização In Vitro, uma doadora produzir três fêmeas e três machos nascidos, por mais que otimize os resultados, os animais destinados a classe elite de um plantel é reduzido, devido à grande pressão de seleção, por isso os animais fora desta classificação, denominados como “ animais de produção”, machos e fêmeas vão constituir a base do plantel na reposição anual e o excedente será comercializado.

Normalmente, a produção destes plantéis é superior à demanda da reposição do rebanho, e com isso, anualmente obtemos um excedente

Assessoria pecuária colabora com a democratização da genética

de animais de muita qualidade e provenientes de genética moderna.

Então, disponibiliza-se ao mercado machos e fêmeas, filhos de raçadores reconhecidos pela produção ou genética, de plantéis com critérios e alta pressão de seleção, com valor acessível a novos investidores. Pecuaristas que estão formando plantéis ou aqueles que querem repor utilizando o melhor da genética com maior facilidade, isso é chamado ‘’democratização da genética.”

Com isso, focamos o trabalho da Dstak Assessoria Pecuária, nesta fatia do mercado, planejando, orientado e conduzindo todas as atividades que envolvem a pecuária seletiva, também orientando nas aquisições e nas vendas em leilões, estes, conhecidos como “leilões virtuais de produção”.

Fazemos destes leilões uma oportunidade de adquirir animais de genética reconhecida (“famílias”), provenientes de plantéis que participam de trabalhos de melhoramentos genéticos (sumários), e que passaram por nossa avaliação técnica, dando aos investidores maior credibilidade.

Rafael Mazão

Ghizzoni Zootecnista

- Jurado ABCZ - Especialista

em Julgamento

das Raças Zebuínas

Diretor da empresa

DSTAK ASSESSORIA

PECUÁRIA www.dstak.

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