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Fernando DidierFunção Pulmonar
InCor-HCFMUSP
Fisiologia Respiratóriana Gestação Aumento anteroposterior e transverso do tórax Elevação do diafragma Aumento do ângulo subcostal de 68º para 103º
Padrão respiratório torácico Influência da progesterona
Centro respiratório (alcalose respiratória) Ação direta broncodilatadora
Fisiologia Respiratóriana Gestação Obstrução nasal (estrogênios) Ganho de peso, edema Ineficiência da musculatura abdominal Colapso de pequenas vias aéreas Aumento do refluxo gastroesofágico
Aspectos funcionais
Preservação de CVF, PFE e VEF1 Aumento da CI Aumento da DLCO (sem explicação consistente) DLCO normal ou reduzida na posição supina Queda da CPT (0-6%), CRF e VR (15-25%) Aumento do Ve 30-50% (FR normal) Aumento do VO2 Sem diferença espirométrica quando gemelar Aumento do pH, pO2 e redução da pCO2 e HCO3
Aspectos Funcionais
Perguntas e objetivos
E quanto a doenças restritivas? CVF<1L deve evitar a gravidez pelo risco materno? doença restritiva + restrição da gravidez = piora do
desfecho?
objetivo: descrever a experiência de pacientes com doença restritiva grave (intersticial ou da parede) e os desfechos maternos e fetais.
Método
Toronto 2001-2012, revisão de prontuário Selecionadas CVF<70%, predominância obstrutiva
foram excluídas Comparadas espirometrias durante a gravidez
Alteração de 10% da CVF = significativo
Resultados
12 pacientes, 15 gravidezes idade 25-35a parede torácica, cifoescoliose e osteogênese
imperfecta n=6 doença neuromuscular (associadas a cifoescoliose) n=2 doença intersticial (bronquiectasias e vasculite com
aspergilose incluídas) n=4
as colegenoses tinham PSAP 52 e 40 não recebiam tratamento para a doença intersticial
durante a gestação
Resultados
Espirometria pelo menos duas espirometrias em 14 gestações (12
mulheres) primeira PFP de 7-31s, segunda de 23-37 semanas metade tinha CVF<1L a bronquiectásica e uma escoliótica tinham obstrução
associada. quem tinha PFP antes da gestação tinha resultado similar
à primeira. testes de força e exercício não foram realizados CVF reduziu em 3 gestações (máx 300mL), estável
em 8, e aumentou em 3 (até 400mL), e isto não foi relacionado à causa.
Resultados
Oxigenação: SpO2=86-100%, <90% em apenas dois pacientes (um
deles em exercício). 3 mulheres usaram oxigênio (4 gestações) a lúpica dessaturou na primeira gestação e usou O2
preventivamente na segunda. a miastenia+escoliose usou O2 e VNI à noite nas duas
gravidezes (pCO2 36-40 quando o esperado é 30-32).
Resultados
Parto e desfecho: 3 partos naturais, 12 cesáreas eletivas 9 prematuros (31-36s) o parto em 31s foi por pré-eclâmpsia na esclerodérmica anestesia raquiana sem sucesso em 5 partos por
deformidade espinhal 5 pacientes usaram O2 no parto a miastênica usou VNI no trabalho de parto a atrofia espinhal precisou de IOT e TQT por retenção de
secreção 10h após o parto (escoliose intensa). 11 dos 15 neonatos precisaram de UTI ou enfermaria
nível 2, nenhuma morte.
Resultados
Resultados
Discussão
a redução da CVF é tolerada na gestação, não implica em maior mortalidade, porém aumenta prematuridade e partos cesáreos
aumento de insucesso da raqui por deformidade de coluna
hipoxemia foi precipitada pela gravidez na minoria dos casos. oximetria de rotina é essencial
não houve piora da CVF consistente
Discussão
elevações pequenas da pCO2 aumentam a movimentação e consumo de O2 fetais pO2 fetal é 1/3 da materna
deformidades da coluna podem provocar deformidades pélvicas, impossibilitando parto natural.
ecocardiograma para afastar hp grave. indicação de via de parto pelo obstetra, apesar da
abordagem multidisciplinar.
obrigado
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