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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL
Licenciatura em Engenharia Rural
Cadeira: Ecologia
Introdução ao parâmetro primário da população
Discente: Docente:
Jacinto Elias Matsinhe dr. Fraydson Sebastião
Vilanculos, Agosto de 2016
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Índice
Conteúdo Pag.
1. Introdução ................................................................................................................................ 2
2. O conceito população .............................................................................................................. 3
2.1. Crescimento populacional. ............................................................................................... 3
2.2. Crescimento exponencial ................................................................................................. 3
2.3. 2.4. O modelo do crescimento logístico ........................................................................... 4
3. Biografia de Thomas Malthus ................................................................................................. 5
3.1. A teoria de Malthus .......................................................................................................... 6
3.2. As principais falhas na teoria de Malthus ........................................................................ 9
3.3. Criticas recebidas ............................................................................................................. 9
3.4. A teoria de malthus e a actualidade ................................................................................ 10
3.5. A teoria neomalthusiana ................................................................................................. 11
3.6. Diferenças entre teoria Malthusiana e Neomalthusiana: ................................................ 12
4. Conclusão .............................................................................................................................. 13
5. Referencia bibliográficas. ...................................................................................................... 14
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1. Introdução
População envolve conceito quantitativo, pois refere-se a uma massa total de indivíduos de um
determinado país. Genericamente, uma população è o conjunto de pessoas ou organismos de uma
mesma espécie que habitam um determinada área, num espaço de tempo definido.
A população vem crescendo ao alongo dos tempos, desde a origem do homem. Esse crescimento
não decorre de forma proporcional com o desenvolvimento económico pois isso levou grandes
pensadores como Malthus a fazer suas teorias como forma de dar resposta a esse problema. Por
esse presente trabalho vai debruçar-se do parâmetro primário da população e de forma especifica
uma analise total da teoria de Malthus.
3
2. O conceito população
Representa o conjunto de organismos da mesma espécie no seio dos quais os indivíduos podem
trocar informação genética vivendo em um determinado espaço. Por exemplo: O conjunto das
gazelas vivendo no parque nacional de Zinave.
2.1.Crescimento populacional.
O crescimento populacional reflecte ao estudo quantitativo da população o com o intuito de
discussão sobre problemas sociais e suas possíveis soluções.
Em Ecologia há dois tipos básicos de modelos que descrevem matematicamente o crescimento
de populações, que são:
O modelo do crescimento exponencial e;
O modelo do crescimento logístico
2.2. Crescimento exponencial
As características do modelo do crescimento exponencial são de considerar, o estudo de uma
única população, em um ambiente simples e isolado, isto é, sem considerar a resistência
ambiental.
Assim podemos afirmar que se não existisse a resistência ambiental população mundial teria o
crescimento exponencial.
Outra característica deste modelo de estudo de crescimento é que consideramos que ele é
independente da densidade, ou seja, consideramos que os processos populacionais não são
afectados pela densidade (ou tamanho) corrente da população.
É importante compreender que o objectivo do modelo é prever o tamanho futuro da população
(Nt+1 ) a partir do tamanho presente (Nt).
Dedução do modelo matemático:
Se taxa do crescimento populacional
é proporcional a sua quantidade inicial, a cada instante,
teremos:
= Km
Onde K é uma constante é uma constante positiva de proporcionalidade, resolvendo a equação
teremos:
4
= Km
= Kdt
A equação anterior nos permite medir a taxa de crescimento populacional, mas não o tamanho
dessa população. Entretanto, usando cálculo diferencial e integral, podemos expressar a equação
de crescimento populacional também pela relação abaixo:
Onde N0 é o tamanho da população inicial, Nt é o tamanho da população em um dado tempo t e e
é uma constante, base do logaritmo neperiano (aproximadamente igual a 2,717).
Fig. 1. Curva de crescimento exponencial hipotética. (Adaptado de: ODUM; BARRET, 2007)1
Nesse modelo, a população cresce indefinidamente, pois não há efeito de dependência da
densidade: isso supõe que não há limitação de recursos para o crescimento da população e que
não está ocorrendo competição intra-específica, ou seja, entre indivíduos da mesma espécie
dentro da população.
2.3.2.4. O modelo do crescimento logístico
Na natureza sabe-se que há factores que limitam o crescimento populacional. As populações não
crescem exponencialmente, salvo raras excepções, tais como um intervalo de tempo em que se
acompanha o crescimento populacional de bactérias em laboratório.
É por isso que a curva desse modelo tem forma de S porque considera-se que os indivíduos
partem do zero e começam a se multiplicar, e curva crescendo exponencialmente, mas com a
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actuação da resistência ambiental quase não significativa, e assim com a sua evolução aa curva
começa a decrescer, atingindo um ponto de infecção.
O seu modelo matemático é:
Fig.2. Gráfico do modelo do crescimento sinusoidal da população
A população cresce, do decorrer do tempo mas chega a um ponto onde o gráfico atinge um ponto
de inflecção devido a resistência ambiental.
3. Biografia de Thomas Malthus
Thomas Robert Malthus nasceu em 14 de Fevereiro de 1766, no condado de Surrey, Inglaterra,
no seio de uma próspera família. Seu pai, Daniel Malthus, era adepto dos ideais de Jean-Jacques
Rousseau e amigo dos pensadores David Hume e Godwin.
Aos dezoito anos de idade, em 1784, após receber em casa uma ampla educação liberal, Malthus
foi admitido no Colégio de Jesus, da Universidade de Cambridge. Lá, estudou Matemática,
Latim e Grego, ao mesmo tempo em que recebia sua formação sacerdotal. Graduou-se em 1788 e
recebeu o Master of Arts Degree em 1791. Em 1793 foi aceito como membro pesquisador da
instituição e, em 1797, recebeu as ordens eclesiásticas, tornando-se sacerdote da Igreja
Anglicana, fato que influenciaria decisivamente sua obra, mormente o Ensaio Sobre a População
(Abel Henriques 2007).
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Malthus casou-se em 1804 e, em 1805, tornou-se professor de História Moderna e Política
Econômica no Colégio da Companhia das Índias Orientais, em Harleybury, Hertfordshire.
Provavelmente foi o primeiro professor de Economia Política de que se tem notícia pelo menos
parece ter sido essa a primeira vez em que uma disciplina académica recebeu tal denominação.
Suas obras influenciaram vários campos do pensamento e forneceram a chave para as teorias
evolucionistas de Darwin e Wallace. Os economistas clássicos como David Ricardo,
incorporaram o princípio da população às suas próprias teorias, supondo que a oferta de força de
trabalho era inexaurível, podendo ser limitada apenas pelo fundo de salários. Faleceu a 23 de
Dezembro de 1834 em Bath (Abel Henriques ibid, p. 03)
3.1. A teoria de Malthus
Na Inglaterra estava em curso a Revolução Industrial, desde, aproximadamente, 1760, trazendo
dramáticas consequências para o sistema produtivo e para as relações sociais na produção. Novos
inventos eram constantemente empregados, tanto na indústria manufatureira quanto na
agricultura.
A mecanização trouxe um forte motivo adicional para o êxodo de trabalhadores rumo às grandes
cidades, e assim, com maior oferta da mão de obra houve redução dos salários reais , aumento da
jornada de trabalho, o que cada vez mais deixava maior parte da população de baixa renda na
miséria e fome pois o sector agrícola, que se mostrava incapaz de gerar alimentos que pudessem
responder a demanda (Abel Henriques op cit, pp. 04)
Em resposta a esse problema o Parlamento inglês aprovou as “Leis dos Pobres”, que consistia em
um pobre poderia ser enviado a uma “casa de trabalho” (workhouse), onde receberia o
indispensável para não morrer de fome. Era também da lei que nenhuma pessoa deveria ser
admitida em uma “casa” fora de sua paróquia.
Entre os pensadores que apontaram possíveis causas para os males que tornavam dramática a
situação dos trabalhadores, surgiu William Godwin (1756-1836), que, em 1792, publicou o livro
Inquiry Concerning Political Justice. Godwin foi partidário do “anarquismo filosófico” e
acreditava que a principal causa de todos os problemas sociais residia na propriedade privada.
Foi quando Malthus 1798 escreveu e publicou, sob anonimato, o seu célebre livro, “An Essay on
the Principle of Population, as It affects the Future Improvement of Society: with Remarks on the
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Speculations of Mr. Godwin, M. Condorcet and Other Writers” (Um Ensaio sobre o Princípio da
População que Afectam o Melhoramento Futuro da Sociedade: com Observações sobre as
Especulações do Senhor Godwin, Monsieur Condorcet e Outros Escritores), no qual ele estudou,
o mesmo problema, do crescimento da população, os meios de subsistência e as causas da
pobreza em plena Revolução Industrial, onde ele considerara dois postulados, sendo o primeiro
que o alimento é necessário à existência do homem, e o segundo que a paixão entre os sexos é
necessária e permanecerá aproximadamente em seu presente estado.
Com essas Premissas ele chega a conclusão de que, se o crescimento população não for
controlado por freio algum, a população irá ela dobrando de 25 em 25 anos, ou crescerá em
progressão geométrica (1,2,4,8,16,32,64,128,256,512,...). Pode-se afirmar, dadas as atuais
condições médias da terra, que os meios de subsistência, nas mais favoráveis circunstâncias, só
poderiam aumentar, no máximo, em progressão aritmética (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10). Segundo o
economista clássico Malthus, “…o poder da população é tão superior ao poder do planeta de
fornecer subsistência ao homem que, de uma maneira ou de outra, a morte prematura acaba
visitando a raça humana”.
Com essas ideias Malthus defende que não seria possível à população suportar, por tanto tempo,
uma diminuição relativa dos alimentos de toda sorte, que se constituiria em verdadeiros freios ao
crescimento demográfico. Esses freios poderiam ser de dois tipos:
Os positivos (a fome, a desnutrição, as epidemias, doenças, as pragas, as guerras etc.) no
sentido de aumentar a taxa de mortalidade;
Obstáculos preventivos (as práticas anticoncepcionais voluntárias e o adiamento de
casamento) no sentido de reduzir a taxa de natalidade.
Assim Malthus objectivo principal da Teoria da População era substituir os obstáculos positivos
(guerras, pobreza, etc.) pela restrição moral, isto é, o controle da natalidade através da
abstinência sexual, ou seja, o homem não deve casar antes de possuir condições económicas para
sustentar a sua família, visto que ele observou que crescimento populacional não acompanhava o
ritmo do desenvolvimento económico na altura, o que Segundo ele aumentava cada vez mais os
índices da pobreza e miséria.
Só para analisar a dinâmica simultânea das duas progressões, tomando a população do mundo
como qualquer número, 1 bilhão, por exemplo, a espécie humana cresceria na progressão de 1, 2,
4, 8,16, 32, 64, 128, 256, 512 etc. e os meios de subsistência na progressão de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
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8, 9, 10 etc. Em dois séculos e um quarto a população estaria, para os meios de subsistência, na
proporção de 512 para 10; em três séculos, de 4096 para 13; em 2 mil anos a diferença seria
quase incalculável, embora a produção nesse período tivesse crescido em larga medida.
Nenhum limite se coloca para a produção da terra; ela pode crescer incessantemente e ser maior
do que qualquer quantidade determinável; entretanto, ainda que o poder da população seja um
poder de uma ordem superior, o crescimento da espécie humana só pode ser mantido
proporcional ao crescimento dos meios de subsistência por meio de uma permanente atuação da
rigorosa lei da necessidade, que funciona como um obstáculo a um poder maior.
Fig.1. Representação gráfica da teoria Malthusiana
Legenda:
Crescimento na produção de alimentos
Crescimento do efetivo populacional
A figura acima expressa graficamente a teoria de Thomas Malthus, onde a linha vermelha neste
caso a curva representa o crescimento exponencial da população com o decorrer do tempo, e a
linha reta representa o crescimento linear da produção.
Assim, Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado do que o
ritmo de crescimento de alimentos (progressão geométrica versus progressão aritmética). Além
disso, chegou à conclusão que no futuro as possibilidades de aumento da área cultivada estariam
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esgotadas, pois todos os continentes estariam completamente ocupados pela agro-pecuária e, no
entanto, a população mundial continuaria a crescer.
Alguns países, principalmente africanos, vivem a realidades da teoria Malthusiana, a população
em número bem maior do que a produção de alimento, mas esses são problemas que de nem uma
maneira pode ser explicada usando essa teoria, pois esses países sofrem com tantos outros como
exemplo, guerras, mortalidade infantil, expectativa de vida muito baixa, auxílio governamental
entre outros.
3.2.As principais falhas na teoria de Malthus
As principais falhas na teoria Malthusiana são:
Corresponde a uma teoria preconceituosa, onde só é permitido o relacionamento sexual a
quem possua dinheiro.
Malthus não levou em consideração o avanço tecnológico do homem no sector agrícola,
como por exemplo: mecanização, irrigação, melhoramento genético e etc.
A população do planeta afinal não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se
acelerou foi graças ao desenvolvimento tecnológico.
Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de previsão estão ligados
principalmente às limitações da época para a colecta de dados, já que Malthus tirou suas
conclusões partindo da observação do comportamento demográfico em uma determinada região,
com população predominantemente rural, e as considerou válidas para todo o planeta no
transcorrer da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução
humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do
progresso tecnológico aplicado à agricultura, (Abel Henriques op cit, p. 08)
3.3. Criticas recebidas
A teoria malthusiana recebeu várias críticas de economistas, sociólogos e geógrafos nos anos
seguintes a sua publicação. Estes críticos consideravam esta teoria muito pessimista e desumana.
Pessimista, pois ela apontava para um cenário social mundial negativo, caso não fossem tomadas
medidas de controle de natalidade. Desumana, pois defendia a redução da natalidade,
principalmente entre os mais pobres.
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3.4. A teoria de Malthus e a actualidade
Na actualidade a realidade económica e social da Comunidade Internacional colocam em
evidência aspectos consideráveis das leis básicas da sobrevivência revistas nos princípios
defendidos por Thomas Malthus.
A sua perspectiva sobre o futuro da humanidade reflecte-se de uma forma ou de outra nos mais
diversos aspectos do quotidiano, nos acontecimentos mais recentes com impacto global.
Apesar de tudo, não nos vamos limitar obviamente ao princípio mais elementar da teoria de
Malthus de que a produção de meios de subsistência pode ser consideravelmente inferior ao
acentuado crescimento da população.
Este é apenas um ponto de partida para o retrocesso que preferimos chamar de “desenvolvimento
desajustado e incompatível com os recursos que a natureza nos oferece”.
Com o passar dos anos ocorreram importantes progressos no campo da ciência que nos permitem
produzir alimentos em larga escala, travar epidemias e melhorar as condições de vida. O que
acontece é que os recursos não são distribuídos eficazmente, culpa das assimetrias existentes
consequência das más gestões políticas num mundo cada vez mais complexo e desequilibrado.
Vejamos que os problemas como a fome, a desnutrição, as epidemias e as guerras deixaram de
afectar somente os países do terceiro mundo ou em vias de desenvolvimento. Os países
desenvolvidos, por exemplo, ao receberem imigrantes, ao entrarem em situações de crise
económica e consequente desemprego herdam estes problemas. A forma de controlar esta
situação é cada vez mais complexa e acentuada pelo fenómeno crescente e irreversível da
globalização. Por consequente, os problemas de uns tornaram-se problemas de todos.
Tais como os neomalthusianos e eco malthusianos defendem assim um desenvolvimento
sustentado, equilibrado e com algum proteccionismo alimentado pela produção de subsistência e
a produção competitiva. Enquanto não nos consciencializarmos de que os recursos naturais não
são fontes inesgotáveis, que não basta equilibrar o crescimento da população através do
planeamento familiar ou das epidemias, guerras e catástrofes naturais, e que enquanto existir
uma minoria que se apodera e controla a maior parte dos recursos, que não sabe ou não quer
distribui-los, que não sabe como os compensar, preservar ou equacionar alternativas temos o
mundo em perigo. Os recursos nunca vão ser suficientes para a humanidade como podemos ver
no lado mais perverso da teoria Malthusiana.
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Desde que Malthus apresentou sua teoria, são comuns os discursos que relacionam de forma
simplista a ocorrência da fome no planeta ao crescimento populacional. A fome que castiga mais
da metade da população mundial é resultado da má distribuição da renda e não da carência na
produção de alimentos. Nos primeiros anos do século XXI, a produção agro-pecuária mundial
era suficiente para alimentar cerca de 9 biliões de pessoas, enquanto a população do planeta era
pouco superior a 6 biliões. A fome existe porque as pessoas não possuem o dinheiro necessário
para suprir suas necessidades básicas, fenómeno este facilmente observável no Brasil, onde,
apesar do enorme volume de alimentos exportados e de as prateleiras dos supermercados estarem
sempre lotadas, a panela de muitos trabalhadores permanece vazia ou sua alimentação é muito
mal balanceada (Abel Henriques op cit, p. 09). De forma analógica isso também e possível
observar, aqui em Vilanculos, quando se começa a pescar com redes, depois da época de
reprodução que vai de Fevereiro a Abril a oferta do peixe aumenta e assim os preços de
aquisição diminuem, mas mesmo assim existe população, local que chega a ter restrições no
consumo desse bem por questões económicas.
3.5. A teoria neomalthusiana
Malthus escreveu uma Teoria da População capaz de influenciar os leitores do Velho Mundo,
como também, do Novo Mundo e posteriormente os seus descendentes sobre os grandes
problemas sociais da humanidade. Segundo Malthus, a chave do desenvolvimento económico
residia no controle de natalidade. As previsões imperfeitas de Malthus geraram os pensamentos
dos neomalthusianos.
O quadro socioeconómico mundial do período após a Segunda Guerra Mundial, marcado por
taxas de crescimento demográficas bastante elevadas no Terceiro Mundo, juntamente com a
situação de fome e miséria, ressuscitaram as ideias de Malthus. Os neomalthusianos ou
alarmistas, temerosos diante desse quadro assustador do Terceiro Mundo, passam a
responsabilizar os países subdesenvolvidos, onde eles defendem que em países desenvolvidos,
onde há melhor qualidade de vida, ocorre maior controle de natalidade e em países
subdesenvolvidos, onde não há grandes investimentos em educação, as pessoas acabam não
tendo consciência das determinações económicas e não se preocupam em gerar menos filhos.
Devido a isso, os reformistas propõem reformas nos investimentos, para que haja equilíbrio da
educação nesses países e a implantação de políticas oficiais de controlo de natalidade mediante o
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emprego de pílulas anticoncepcionais, abortos, amarramento das trompas, vasectomia, etc.
Apesar de vários países terem adoptado essas medidas, a situação de fome e miséria continua
existindo, (Abel Henriques op cit, p. 07)
3.6.Diferenças entre teoria Malthusiana e Neomalthusiana:
A teoria Malthusiana foi elaborada por Thomas Robert Malthus, ele acreditava que a população
tinha potencial de crescimento ilimitado, enquanto a natureza, inversamente, recursos limitados
para alimentá-la. Malthus pregava a sujeição moral como forma de controlo, que previa a
abstinência sexual e o adiantamento de casamentos, e era contra o uso de contraceptivos.
A teoria Neomalthusiana pregava uma forma de controlo na qual o Estado deveria patrocinar
todo o tipo de assistência, inclusive aborto, vasectomia, ligadura de trompa etc. Argumentava
que os jovens eram um peso para os adultos, já que o Estado teria que investir em educação e
saúde pública ao invés de investir em recursos produtivos, e de que a baixa renda per capita de
um país ocorre em função da explosão demográfica no mesmo.
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4. Conclusão
Nesse trabalho a o crescimento populacional e analisado em duas facetas que, o crescimento
exponencial que analisado em um ambiente simples e isolado, sem influencia dos factores
ambientais, com uma curva infinita em forma de J e, o modelo do crescimento sinusoidal onde a
população cresce no decorrer do tempo e depois começa a se estabilizar com a influencia dos
factores ambientais, tendo assim uma curva em forma de S .
Depois fez-se analise da teoria de Malthus que defende que a fome, a miséria e outros males são
causados pelo crescente aumento da população, e assim ele propôs o controlo da natalidade
como forma de solucionar esse problema. Essa teoria foi muito limitada pela defeituosa colecta
de dados demográficos na época, o que levou a severas críticas dessa.
Na actualidade a causa da pobreza principalmente e analisada de forma diferente. Actualmente
aponta-se como causa da pobreza a desequilibrada distribuição da renda, pois apesar da aplicação
dos métodos anticonceptivos na maioria dos países a fome, guerras e outros males ainda
persistem.
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5. Referências bibliográficas.
1.Coelho, Ricardo Motta Pinto; Fundamentos de ecologia. Edição: Porto Alegre; 2007
Fundamentos de ecologia. Coelho, Ricardo Motta Pinto, 1990
2. HENRIQUES. Abel( 2007), Thomas Malthus e teoria Malthusiana, s/ed , s/l. Disponível em
http//www.miniweb.com.br/ciencias/artigos/thomas_robert_malthus.pdf acesso 12/08/2016 as
16h 35min
3. JUNIOR.P. G. Um ensaio sobre a pobreza: de Malthus e Sachs. Disponível em
http//www.docplayer.com.br/8689709-Um-ensaio-critico-sobre-a-pobreza-de-malthus-a -
sachs.html , acesso 12/08/2016 as 17h 20min
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