Linguagem e Pensamento

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Universidade Regional de BlumenauCentro de Ciências da SaúdeCurso de PsicologiaDisciplina: Processos PsicofisiológicosAcadêmicas: Adriana Santos BentoCamila Fernanda dos SantosRosana leite

Linguagem e pensamento

Linguagem

A linguagem é nosso principal meio para comunicar o pensamento.

É universal pois toda sociedade humana usa a linguagem e cada ser humano que possui inteligência normal adquire sua língua nativa e usa sem esforço.

É um sistema de vários níveis para relacionar pensamentos ao discurso por meio de unidades de palavras e períodos.(Chomsky, 1965)

Sistema para expressar ou comunicar pensamentos através de sons da fala ou símbolos escritos.

(Dicionário de Psicologia)

Dois aspectos da linguagem:

Produção e Compreensão

Na Produção da linguagem começamos com um pensamento, de alguma forma traduzimos em um período e terminamos com os sons que expressam o período.

Na compreensão da linguagem começamos ouvindo os sons, acrescentamos significados aos sons em forma de palavras e então atribuímos significados a combinação de palavras em forma de períodos.

A linguagem está estruturada em três níveis

No nível mais alto estão unidades do período, incluindo os sintagmas que podem ser relacionados a pensamentos ou proposições (sujeito e predicado)

No nível seguinte é o das palavras e partes das palavras que carregam significados.

No nível mais baixo contem os sons do discurso.

Os sintagmas de um período são criados a partir de palavras ( e partes de palavras), enquanto as palavras em si são construídas a partir de sons do discurso.

Unidades do Período

Palavras

Sons do discurso

Palavras: em si são construídas a partir de sons do discurso.

O aspecto mais importante de uma palavra é o seu significado. Uma palavra pode ser vista com um nome de um conceito (representa uma classe inteira) e seu significado é o conceito para o qual ela da o nome.

Ex: Manga, dá nome a dois conceitos, uma fruta é a parte da blusa que cobre o braço.

Podemos perceber a ambiguidade uma palavra quando ouvimos o período,“ ele queria com manga”.

Na maioria dos casos no entanto, o contexto do período deixa o significado da palavra claro o suficiente de forma que não sentimos qualquer ambiguidade conscientemente – “ele queria comer manga”. Mesmo nesses casos, há evidencias de que consideramos inconscientemente os dois significados de uma palavra ambígua por um breve momento.

Fonema uma categoria dos sons do discurso. Cada idioma tem seu próprio grupo de fonemas e regras para combiná-los e formar palavras.

Morfema é a menor unidade que carrega um significado. A maioria dos morfemas são palavras; outros são prefixos e sufixos (pré, in, des) que são adicionados as palavras.

Um idioma também tem regras sintáticas para combinar palavras e formar sintagmas(análise de estrutura da frase), e sintagmas em períodos.

Entender um período (frase) não requer apenas analisar os fonemas, morfemas e sintagmas, mas também usar o contexto e entender a intenção do interlocutor.

As áreas do cérebro que são responsáveis pela linguagem ficam no hemisfério esquerdo e incluem a área de broca (córtex frontal) e Werneck (córtex temporal).

Diga as cores, não as palavras...

Afasias:

São transtornos da linguagem associados a um atraso na aquisição da mesma, à compreensão e a expressão devido a uma lesão do sistema nervoso central. A afasia pode ser congênita ou adquirida por alguma lesão cerebral.

Dificuldade total ou parcial de expressão ou compreensão da linguagem

falada, escrita ou gestual, geralmente provocada por lesão cerebral.

Afasia de Broca : Dano na área de Broca que provoca dificuldade na produção da fala.

Os pacientes conseguem utilizar os músculos fonadores para outros fins que não a fala. Trata-se de uma afasia não fluente. O discurso emitido com grande dificuldade, caracteriza-se por frases curtas ou simplesmente fragmentos de palavras e pela perda da estrutura gramatical. A afasia motora está relacionada a lesões na região póstero-inferior do lobo frontal esquerdo (Área de Broca).

Afasia de Wernicke: Dano na área de Wernicke que provoca dificuldade na compreensão da fala.

Esta afasia corresponde a uma agnosia verbal. Há perda da capacidade de compreender a linguagem, e a audição, por definição não está prejudicada. É uma afasia fluente, mas o paciente tem dificuldade em compreender a própria fala, as palavras são pronunciadas de forma defeituosa. As capacidades de repetição e de nomeação estão comprometidas. A sintaxe também pode estar alterada.

Algumas patologias:

Agrafia: Incapacidade ou perda da capacidade de escrever, ou de montar frases coerentes, devido a distúrbio neurológico ou mental.

Logorréia: Compulsão para falar demais, com grande loquacidade, fenômeno que ocorre com pessoas dominadas por certos distúrbios emocionais; LOGOMANIA; VERBORRAGIA.

Mussitação: paciente fala com voz sussurrada, volume muito baixo, quase sem mover os lábios, fala para si próprio de forma incompreensível.

O desenvolvimento da linguagem:

As crianças quando começam a falar, elas aprendem as palavras que nomeiam conceitos com seus familiares.

Ao aprender a produzir períodos, elas começam com discursos de uma palavra, progridem para um discurso telegráfico de duas palavras e então elaboram seus sintagmas nominais e verbais.

As crianças aprendem a linguagem, pelo menos em parte, ao testar hipóteses. Sua hipóteses tendem a ser guiadas por um pequeno conjunto de princípios operacionais, que chamam atenção das crianças para características criticas de discurso, como as terminações das palavras.

O behaviorista Skinner explicou que aprendemos a linguagem pelos princípios familiares da imitação e reforço.  

Fatores inatos

Nosso conhecimento inato da linguagem parece ser muito rico e detalhado, como sugerido pelo fato de que todas as crianças parecem passar pelos mesmos estágios ao adquirir a linguagem. Como outros comportamentos inatos, algumas habilidades da linguagem são aprendidas durante um período crítico. Se nossa capacidade inata de aprender a linguagem é exclusiva de nossa espécie é uma questão controversa.(Chimpanzés e gorilas aprendem sinais equivalentes a nossas palavras, mas tem dificuldade em aprender a combinar sinais de forma sistemática ou sintática assim como os humanos combinam as palavras.)

Período Crítico

Formas de linguagem:

Linguagem internautas

“Que privilégio peculiar tem esta pequena agitação no cérebro que chamamos de pensamento.”

David Hume

“A mente que se abre a uma

nova ideia jamais voltará

ao seu tamanho original.”

Albert Einstein

Pensamento

Comportamento cognitivo no qual ideias, imagens, representações mentais ou outros elementos hipotéticos da reflexão são experimentados ou manipulados. Neste sentido pensamento inclui imaginação, lembrança, solução de problema, devaneio, livre associação, formação de conceitos e muitos outros processos.

Tem 2 características: não é diretamente observável, mas deve ser deduzido à partir de comportamentos ou auto relatos;

É simbólico, ou seja, parece envolver operações ou representações mentais, cuja natureza permanece obscura e controversa. (Dicionário de Psicologia)

Pensamento: também pode ser compreendido como “uma linguagem da mente”

O pensamento ocorre em modos diferentes:

Proposicional (proposição ou afirmação)

O componente básico de uma proposição é um conceito, o conjunto de propriedades que associamos com uma classe. Os conceitos proporcionam economia cognitiva ao permitir que codifiquemos muitos objetos diferentes como exemplos do mesmo conceito e também ao permitir que possamos prever informações que não sejam prontamente perceptíveis.

Ex: avó, senhora com mais de 60 anos e cabelos brancos.

Imagético (imagens, particularmente as visuais)

Qual é o formato das orelhas de um pastor alemão?

Quantas janelas há na sala de estar dos seus pais?

Pensamento proposicional:

Ex: Maria está lendo na sala.

Raciocínio

Ao raciocinar, organizamos nossas proposições para formar um argumento.

Raciocínio dedutivo (lógica): Ao avaliar um argumento dedutivo, as vezes tentamos provar que conclusão resulta das premissas usando regras da lógica. Outras vezes, no entanto, usamos heurísticas – princípios básicos – que operam no conteúdo das proposições, e não em sua forma lógica. Ex. Se estiver chovendo vou pegar um guarda chuva. Está chovendo, portanto vou pegar um guarda chuva.

Raciocínio indutivo : é uma questão de probabilidades, não de certezas. Ex. Rafael fez graduação em Psicologia e trabalha no hospital, logo é psicólogo.

Resolução de problemas

A resolução de problemas requer dividir uma meta em

submetas mais fáceis de alcançar.

As estratégias para fazer isso incluem reduzir as diferenças entre o estado atual e o estado da meta, análise meios e fins (eliminar as diferenças mais importantes entre o estado atual e o estado da meta) e o trabalho regressivo.

Alguns problemas são mais fáceis de resolver usando a representação proposicional; para outros problemas uma representação visual funciona melhor.

Ex. Ed corre mais rápido que Davi, mais devagar do que Dan; quem é o mais rápido?

Os especialistas em resolver problemas diferem dos principiantes de maneiras básicas:

eles têm mais representações para invocar a fim de resolver o problema;

representam problemas novos com base em princípios de solução, e não em características superficiais;

traçam um plano antes de agir e tendem a raciocinar de forma progressiva em vez de trabalhar de forma regressiva.

Ex. Mestres de xadrez conseguem basicamente “ver” os possíveis movimentos e não precisam pensar muito neles como fazem os principiantes.

Linguagem da música

“Que privilégio peculiar tem esta pequena agitação no cérebro que chamamos de pensamento.”

David Hume

“A mente que se abre a uma

nova ideia jamais voltará

ao seu tamanho original.”

Albert Einstein

Bibliografia:

NOLEN-HOEKSEMA, Susan; WAGENAAR, W.A.; FREDRICKSON, B.L.; LOFTUS, G. - Introdução à Psicologia – 15.ed. – São Paulo: Cengage Learning, 2012.

Dicionário de Psicologia APA (American Psychological Association)– Artmed -2010.