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EDUCAÇÃO PARA SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Thiago de Ávila Medeiros
botanicatam@yahoo.com.br
4º e 5º período em Educação Física Faculdades São José
Rio de Janeiro – 2016.2
Habilidades e competências
Conceitos de educação ambiental e de promoção da saúde.
A interface entre saúde, meio ambiente e educação.
Saúde e meio ambiente enquanto qualidade de vida.
Política e educação ambiental frente a questão urbana e a degradação ambiental.
Política, educação ambiental e globalização.
Interdisciplinaridade na educação para saúde e ambiental.
Objetivos
Objetivo Geral
Destacar a ótica interdisciplinar para a compreensão dasquestões relativas à saúde e ao meio ambiente.
Objetivos Específicos
Destacar a importância da educação para a compreensão daproblemática da saúde e do meio ambiente.
Identificar os aspectos conceituais, históricos, políticos e sociaisno que diz respeito à saúde e ao meio ambiente.
Histórico da educação ambiental – Conceito e diferentes abordagens.
O que é Educação Ambiental?
Quais os acontecimentos históricos que
marcaram sua trajetória?
Quando começamos a falar de Educação
Ambiental?
Educação Ambiental: O que é?
Educação Ambiental é antes de mais nada
educação.
Uma forma de aprender e contextualizar o mundo;
De aprender novas realidades;
Um processo cognitivo, uma inserção em novos
mundos;
Uma abertura para a diversidade e para o
conhecimento.
Educação Ambiental: O que é?
A Educação Ambiental, entretanto, não se dá somente no campo das
ideias, mas ...
Na nossa forma de ver e atuar no mundo;
Na nossa capacidade de fazer opções, de tomar decisões, de termos
compromissos com a vida e;
De exercermos cidadania;
É a forma de educação mais abrangente de todas, pois associa o
homem ao ambiente e o ambiente à sociedade;
Herança de parte dos movimentos ecológicos:
Atribuindo questionamentos:
Qual é o valor da vida?
Podemos “repor a natureza”?
Como fazer para conservá-la?
É, portanto, um processo de ensino e aprendizagem permanente, que
integra, associa, constitui conhecimento, agrega, aplica, atua e
transforma.
No BrasilRio-92
Em junho de 1992, a cidade do Rio de Janeiro foi sede da Conferência da ONU sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), mais conhecida como Rio-92.
Nessa conferência, que reuniu representações de 179 países, foi reforçada a
necessidade de se compatibilizar o desenvolvimento econômico e social com a
conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais.
Considerado um dos eventos ambientais mais importantes de
todos os tempos, a Rio-92 contribuiu para o estabelecimento de
alguns acordos de grande alcance socioambiental, entre os quais, a
Agenda 21 Global.
Contextualização histórica da educação ambiental
Elementos do contexto
- Regime político autoritário (64-84);
- Desenvolvimentismo;
- Resistência de setores de esquerda;
- Contracultura (maio 68, hippies, pacifismo);
- Conferências internacionais (Ambientalismo governamental);
- Relatório Meadows – Limites do crescimento;
- Crises e prenúncios neoliberalismo (Thatcher 79, Reagan 80);
- Ambientalismo científico e social.
EA - década de 70 no contexto de crise ambiental
a) diversos atores sociais: Associações e Ongs ambientalistas;
Órgãos governamentais; Escolas e educadores pontuais;
Setores do ambientalismo científico.
b) influências político-conceituais:contracultura;
militância política – marxismo e anarquismo;movimento ambientalista;
ciências naturais – ecologia, biologia;ambientalismo governamental;
campo educacional – pedagogia comportamentalista, pedagogia crítica;
Apesar de suas múltiplas referências, discursivas e práticas, o campo da EA assumiu a princípio características que a
definiram de conservacionista:
Como caracterizar EA Conservacionista?
a) Forte influência das ciências naturais;
b) Tendência apolítica e neutra ( funcional ao momento autoritário);
c) Compreensão ecológica da crise ambiental;
d) Ênfase tecnicista;
e) Pedagogia comportamentalista (individualista);
f) Visão de educação como transmissão de conhecimento (conteudista);
g) Paradigma fragmentador (dualismo cartesiano);
h) Ética antropocêntrica.
A EA Crítica e o Socioambientalismo
EA crítica se constitui como reação à essa tendência conservacionista e/ou conservadora
Os Argumentos da EA Crítica:
a) A questão ambiental como fenômeno complexo e multidimensional.
- Sociedade/ cultura e natureza;
- Indivíduos e coletividades;
- Razão e emoção;
- Ciência e demais saberes;
- Disciplinas naturais e sociais;
- Técnica, ética, política, economia e ecologia;
- Consumo e produção;
- Desenvolvimento e meio ambiente;
b) o ambiental transcende a esfera privada, é problema público e político;
c) se EA nasce da crise ambiental é necessário EA transformadora, não reprodutora das mesmas condições que produziram a crise;
d) crise ambiental como problema civilizatório não só técnico;
e) o ambiental como um campo discursivo diferenciado e em disputa;
f) as categorias “a humanidade”, “o homem” ou “a ação antrópica são abstratas e genéricas. Os sujeitos existem em contextos e relações sociais concretas diferenciados. Sua responsabilidade pela degradação é também
diferenciada;
g) a sociedade é lugar de conflitos e disputas não de harmonia;
h) a questão ambiental vista como objeto de direitos – cidadania ambiental, o direito à participação.
O contexto histórico da EA crítica:
a) redemocratização política;
c) aproximação entre ambientalismo e MS – Fórum de Ongs e MS (socioambientalismo);
d) diálogo ciências naturais e sociais;
e) emerge debate DS – Nosso Futuro Comum;
f) Conferência Rio 92;
g) Tratado de EA para sociedades sustentáveis.
Contribuições da EA Crítica à Sustentabilidade
a) Contribuição crítica- formar cidadãos críticos capazes de:
- Pensar e decidir com autonomia;
- Compreender a dinâmica da relação sociedade-ambiente em suas múltiplas dimensões;
- Diferenciar os significados dos vários discursos epráticas quanto à:
Concepções político-pedagógicas;
Objetivos;
Interesses;
Valores.
b) contribuição epistemológica
– Renovar o olhar e as formas de conhecer a realidade, no sentido de:
- Problematizar o olhar reducionista que tende a separar subjetividade e objetividade, sociedade e ambiente, o si e os outros ( indivíduo da
coletividade), a ciência de outros saberes, etc.;
- Explorar a ideia de complexidade que remete às noções de interdependência, inseparabilidade, multidimensionalidade, pluralidade;
- Estimular o uso de métodos e práticas a interdisciplinares.
c) contribuição ética
Promover a compreensão ético-valorativa das relações:
- do indivíduo consigo mesmo;
- Do indivíduo com os outros (em sociedade);
- Do indivíduo com seu ambiente;
- Refletir sobre os valores que orientam nossas ações e sobre a possibilidade de mudá-los: individualismo, progresso, competitividade,
felicidade associada ao consumo, utilitarismo;
- Compreender a ética como construção social e humana (não como fatalidade) que pode ser reconstruída;
d) contribuição política
Politizar a compreensão da relação sociedade-ambiente problematizando questões como:
- cidadania ambiental – direito a um ambiente saudável;
- participação ambiental – tomar parte em políticas e processos que definem nossa qualidade de vida;
- justiça ambiental – distribuição dos riscos e responsabilidadesambientais;
- cidadania científica – ciência não é só para cientistas;
- conflitos sobre propriedade e acesso aos bens naturais: o meio ambiente como patrimônio público e comum a todos (Constituição de
1988);
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