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ESSA É UMA DAS SEIS APOSTILA DO CURSO DE MISSÕES MINISTRADO PELO SEMINÁRIO IBTID www.institutoteologico-ibtid.com.br
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CURSO DE FORMAÇÃO MISSIONÁRIA
APOSTILA N° 1 MISSIOLOGIA
INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO
“INSPIRAÇÃO DE DEUS”
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CURSO DE MISSIOLOGIA – APOSTILA N°1
IBTID - INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO “INSPIRAÇÃO DE DEUS”
IBTID
© 2014, de Emerson Martins de Oliveira
Título do original
EDITORA INSPIRAÇÃO DE DEUS
Rua Tenente Haroldo Cezar Farias, 209
CEP 13.232-284 São Paulo, SP
Cel.: 11 9.7338-6506 (Vivo)
INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO “INSPIRAÇÃO DE
DEUS”
www.institutiteologico-ibtid.com.br www.institutobiblicoteologico.comunidades.net
contato@institutoteologico-ibtid.com.br institutobiblicoteologico@teologo.com.br
www.facebook.com/emerson.inspiracaodedeus
CGMEBE
CONVENÇÃO GERAL DE MINISTROS E
EVANGÉLICOS DO BRASIL E EXTERIOR
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CURSO DE MISSIOLOGIA – APOSTILA N°1
IBTID - INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO “INSPIRAÇÃO DE DEUS”
INDICE O QUE É MISSÕES? 4
O QUE É JANELA 10/40 5
PORQUE ORAR PELAS NAÇÕES? 9
O QUE É SER MISSIONÁRIO? 11
COMO FAZER MISSÕES? 11
MISSÃO TRANSCULTURAL 13
MISSÕES URBANAS 14
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CURSO DE MISSIOLOGIA – APOSTILA N°1
IBTID - INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO “INSPIRAÇÃO DE DEUS”
O QUE É MISSÕES?
Existe hoje uma confusão generalizada no meio dos cristãos, a respeito do que é missão.
Assim como antigamente, hoje tudo se convencionou chamar de missão. Ora se tudo é
missão, nada é missão, diz Stephen Neill.
Tentar definir missão não é tarefa fácil. É claro que houve uma evolução natural do
termo ao ponto de "missão" incluir tudo, porém sem se identificar com esse todo. Pôr
exemplo missão não é sinônimo de evangelismo, pois se tudo que a Igreja fizer for
chamado de evangelismo, então nada é realmente evangelismo.
No dizer de John Stott, "missão" significa atividade divina que emerge da própria
natureza de Deus". Foi o Deus vivo quem enviou a seu filho Jesus Cristo ao mundo, que
enviou pôr sua vez os apóstolos e a Igreja. Enviou também o seu Espírito Santo à Igreja
e hoje envia aos nossos corações.
Daí surge a missão da Igreja como resultado da própria missão de Deus, devendo
aquela ser modelada pôr esta. Para que todos nós entendamos a natureza da missão da
Igreja, precisamos entender a natureza da missão do Filho. Não podemos pensar em
missão como um dos aspectos do ser Igreja, um departamento, mas como afirma o Dr.
J. Andrew Kirk, "a Igreja é missionária pôr natureza ao ponto de que, se ela deixa de ser
missionária, ela não tem simplesmente falhado em uma de suas tarefas, ela deixa de ser
Igreja."
Para nós entretanto, não nos resta outra opção a não ser entender a missão a luz do
ministério de Jesus. O que implica em dizer que missão é ser enviado; "Assim como o
Pai me enviou, eu também vos envio a vós" (João 20:21). Primeiramente ao mundo.
Johannes Blauw, em a Natureza Missionária da Igreja, diz que "Não há outra Igreja, que
não a Igreja enviada ao mundo". Fomos enviados para que nos identifiquemos com
outras pessoas, pois de fato o que Jesus fez foi se identificar conosco assumindo nossos
pecados, experimentando nossa fraqueza, sendo tentado e morrendo a nossa morte.
Somos enviados pôr Cristo para encarnar as necessidades das pessoas, necessidades
espirituais e materiais num mundo cada vez mais hostil.
Em segundo lugar, se compreendermos a missão de Jesus corretamente, vamos
descobrir que ele veio ao mundo também com a missão de servir. Charles Van Engen
ao citar Dietrich Bonhoeffer diz, "a Igreja existe para a humanidade no sentido de ser o
corpo espiritual de Cristo e - a semelhança de Jesus - é enviada como serva". Marcos
10:45 diz que "o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por muitos". A nossa missão como a dele deve ser uma missão
de serviço.
Quero concluir com um outro texto de John Stott dizendo que: "Missão, antes de tudo,
significa tudo aquilo que a Igreja é enviada ao mundo para fazer." Sendo que na sua
caminhada ela deve mostrar a vocação da sua missão que é ser enviada ao mundo para
ser Sal da terra e enviada ao mundo para que lhe sirva de Luz do mundo.
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CURSO DE MISSIOLOGIA – APOSTILA N°1
IBTID - INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO “INSPIRAÇÃO DE DEUS”
O QUE É JANELA 10/40
Segue-se abaixo algumas informações sobre o mundo atual. Essas informações servirão
como um ponto de partida para você que está começando a se envolver com missões.
Creio também que poderá lhe ajudar a ter uma visão maior do Reino de Deus, que não
está limitado àquilo que vemos e sentimos.
A visão de Deus é Universal. Para entendê-la melhor é necessário conhecer a
necessidade do mundo, pois Jesus veio para salvar o que se havia perdido.
Então, o que está perdido e o que precisa ser encontrado? O que precisamos fazer para
mudar esse triste quadro? Que quadro? O mundo atual. Pense reflexivamente sobre
isso.
Janela 10/40
É a região entre o Atlântico e o Pacífico, e entre os paralelos 10 e 40 de latitude norte,
onde vive a maior população mundial com menos oportunidade de ouvir o evangelho.
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Os países são:
- ÍNDIA Evangélicos 1%
- MAURITÂNIA
Evangélicos 0 %
- SUDÃO Evangélicos 3%
- AFEGANISTÃO
Evangélicos 0,02%
- JAPÃO Evangélicos 3%
- GUINÉ-BISSAU
Evangélicos 1,2%
- KUWEIT Evangélicos 0,5
%
- BANGLADESH
Evangélicos 0,2 %
- BUTÃO Evangélicos 0,03
%
- ARÁBIA SAUDITA
Evangélicos 0,007%
- GUINÉ Evangélicos 0,75 %
- TAILÂNDIA Evangélicos
0,3 %
- NIGER Evangélicos 0,1 %
- KIRGHIZISTÃO
Evangélicos 0,003 %
- IRÃ Evangélicos 0,05 %
- BUKINA-FASO
Evangélicos 3 %
- MALI Evangélicos 0,9 %
- AZERBAIDJÃO
Evangélicos 0,003 %
- BENIM Evangélicos 2 %
- INDONÉSIA Evangélicos
6 %
- LAOS Evangélicos 1,9 %
- SAARA OCIDENTAL
Evangélicos 0%
- EGITO Evangélicos 0,8 %
- UZBKISTÃO Evangélicos
0,001 %
- NEPAL Evangélicos 0,5 %
- EMIRADOS ÁRABES
Evangélicos 0,7 %
- ALBÂNIA Evangélicos 5
%
- MARROCOS Evangélicos
0,01 %
- IRAQUE Evangélicos 0,5
%
- SRI LANCA Evangélicos
0,9 %
- ISRAEL Evangélicos 0,35
%
- TADJIKISTÃO
Evangélicos 0,001 %
- CHINA Evangélicos 4 %
- DJIBUTI Evangélicos 0,03
%
- LEMEN Evangélicos 0,01
%
- VIETNÃ Evangélicos 0,6
%
- FORMOSA Evangélicos 3
%
- BAHREIN Evangélicos
1,5 %
- BRUNEI Evangélicos 0,06
%
- LÍBANO Evangélicos 4,3
%
- CATAR Evangélicos 0,007
%
- TURKOMENISTÃO
Evangélicos 0,001 %
- ETIOPIA Evangélicos 10 %
- BISMÂNIA Evangélicos 4%
- TIBET Evangélicos 0,02 %
- ARGÉLIA Evangélicos 0,01
%
- LÏBIA Evangélicos 0,1 %
- MALÁSIA Evangélicos 2 %
- OMÃN Evangélicos 0,1 %
- CAZAQUISTÃO
Evangélicos 0,004 %
- TUNÍSIA Evangélicos 0,001
%
- CAMBOJA Evangélicos 0,05
%
- TURQUIA Evangélicos 0,03
%
- CORÉIA DO NORTE
Evangélicos 0,5 %
- SOMÁLIA Evangélicos 0,01
%
- PAQUISTÃO Evangélicos
0,5 %
- NIGÉRIA Evangélicos 17 %
- MALDIVAS Evangélicos 0,1
%
- JORDÂNIA Evangélicos 0,4
%
- SENEGAL Evangélicos 0,1
%
- SIRIA Evangélicos 0,1 %
- MONGÓLIA Evangélicos
0,1 %.
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CURSO DE MISSIOLOGIA – APOSTILA N°1
IBTID - INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO “INSPIRAÇÃO DE DEUS”
Creio que a busca de recursos e estratégias para alcançar os países da Janela 10/40 seja
um dos assuntos mais abordados pelas igrejas, agências missionárias e organizações que
se interessam em fazer parte da grande comissão.
Chamamos essa região de Janela 10/40, porque está localizada entre os paralelos 10/40
do globo terrestre, um espaço comparado a uma janela retangular, que se estende desde
o oeste da África até o leste da Ásia. Os países dessa região são considerados o
“Cinturão da Resistência”, ou seja, um número expressivo de povos não alcançados pelo
evangelho. Ao todo são 62 países localizados na Janela 10/40. O maior desafio
missionário dos últimos tempos. Para você que está iniciando um departamento
missionário em sua igreja é necessário conhecer um pouco dessa realidade.
É justamente nessa região onde acontece o maior número de guerras e tragédias no
mundo. Lá também, está o maior índice de analfabetismo e mortalidade infantil. Ali
está o berço do mundo, onde há três religiões que crescem muito: Budismo, Islamismo
e Hinduísmo.
Por isso, estarei focalizando, no último capítulo deste livro, as necessidades dos países
da Janela 10/40, com algumas estatísticas recentes sobre o número de cristãos, índice de
analfabetismo, mortalidade infantil, renda per capita e outras. A fim de que você possa
conhecer um pouco da realidade do mundo atual e através dessas informações
mobilizar sua igreja para orar mais detalhadamente por esses países.
As três religiões da Janela 10/40
Budismo, Islamismo e Hinduísmo são as três religiões que mais crescem nesses países.
Religiões que anualmente têm matado milhares de pessoas e adeptos, por causa das
facções existentes entre eles mesmos e da perseguição causada contra os cristãos
residentes nessas áreas de risco. Ali ter a liberdade de expressão e adorar ao Deus
verdadeiro é quase uma blasfêmia contra as ideologias pregadas pelos líderes dessas
religiões. Vejamos abaixo um pouco sobre os fundamentos dessas religiões.
BUDISMO
Foi fundado na Índia, por volta do século VI a.C. por um pregador chamado Buda. Em
várias épocas, o budismo tem sido a força religiosa, cultural e social dominante na maior
parte da Ásia, especialmente na Índia, na China, no Japão, na Coréia, no Vietnã e no
Tibet. Em cada região, o budismo combinou-se com elementos de outras religiões,
como o hinduísmo e o xintoísmo. Atualmente, o budismo tem cerca de 613 milhões de
adeptos no mundo. A maior parte deles vive em Sri-Lanka, nas nações do interior do
Sudeste da Ásia e no Japão.
As Crenças do Budismo
Todos os budistas têm fé em:
1 - Buda;
2 - Em seus ensinamentos, chamados de “Darma”;
3 - Na comunidade religiosa que ele fundou, chamada “Sanga”.
Os budistas chamam Buda, Darma e Sanga de os Três Refúgios ou as Três Jóias.
BUDA - Nasceu por volta de 563 a.C. no Sul do Nepal. Seu nome verdadeiro era
Sidarta Gautama. Era membro de uma rica e poderosa família real. Com cerca de 29
anos, Gautama convenceu-se de que a vida estava cheia de sofrimento e tristeza. Essa
convicção o levou a abandonar a esposa e o filho recém-nascido, e procurar a
iluminação religiosa como monge viajante. Depois de percorrer o nordeste da Índia por
aproximadamente seis anos, Guatama teve a iluminação. Ele acreditou ter descoberto a
causa de a vida estar cheia de sofrimento e como o homem poderia escapar dessa
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CURSO DE MISSIOLOGIA – APOSTILA N°1
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existência infeliz. Após outras pessoas terem tomado conhecimento de sua descoberta,
passaram a chamá-lo de Buda, que significa "o iluminado".
ISLAMISMO
A palavra Islamismo significa submissão a Deus, e muçulmano é aquele que segue as
leis islâmicas. A revelação do islamismo foi dada a Maomé, que é reverenciado pelos
muçulmanos como o maior profeta. Maomé não é apenas um nome, mas um título -
“Aquele que é adorado”.
A vida de Maomé
Maomé nasceu em 570 d.C., em Meca, uma cidade da Arábia. Seu pai morreu antes do
seu nascimento. Era membro do clã Hashim e de uma poderosa tribo Quraysh. A mãe
de Maomé morreu quando ele tinha apenas seis anos de idade. Maomé foi viver com o
avô, que era guardião de Ka’aba. Tristemente, dois anos depois, seu avô também
morreu e desde a idade de 8 anos Maomé foi criado por seu tio, Abul Talib, que era
um mercador nas rotas de camelos mercantes.
Cresceu durante uma época de insegurança econômica e descontentamento com as
diferenças entre os muito ricos e os pobres. A adoração a deuses pagãos era muito
comum na Arábia. Estima-se que existiam cerca de 360 deuses a serem aplacados, com
mais de 124.000 profetas conhecidos. Consta nos arquivos da história muçulmana que,
desde menino, Maomé detestava a adoração aos ídolos e que levava uma vida moral
pura.
Maomé foi empregado por Khadija, uma rica viúva, para administrar a caravana
mercante. Ficou conhecido como “Al-Amin” , o “Digno de Confiança”, e foi um
proeminente membro da associação mercante de Meca.
Aos 25 anos casou-se com Khadija com quem teve 6 filhos; todos morreram, menos a
filha caçula - Fátima. Maomé e Kahadija ficaram casados 25 anos. Mais tarde, depois da
morte de Khadija, Maomé aprovou a poligamia e casou-se com várias mulheres.
Aos 40 anos, ficou muito preocupado com a situação de seus compatriotas e gastou
muito de seu tempo em meditação sobre assuntos religiosos. Durante sua vida, Maomé
conheceu muitos cristãos, sacerdotes e judeus. Muitas vezes, buscou conselho de um
monge jacobino que lhe ensinou vários aspectos dos costumes religiosos judaicos.
Durante o mês de Ramadam, Maomé retirava-se para uma caverna na encosta do
Monte Hira, a três milhas de Meca. Foi durante uma dessas ocasiões, que ele começou
a receber revelações e instruções que acreditava serem do arcanjo Gabriel. Estes escritos
formam a base do Alcorão.
Junto com o Alcorão, há o livro de Hadiths. Nele contém os ensinos de Maomé, e é tão
importante quanto o Alcorão em todas as áreas da vida do muçulmano.
Maomé declarou que o Alcorão era a revelação final e superior do único e supremo
Deus. Proibiu a adoração aos ídolos e ensinou que a vida do muçulmano deve ser
completamente submissa a Alá, com abluções rituais antes das cinco orações diárias,
voltados para Meca. A sexta-feira tornou-se o dia separado para adoração conjunta na
mesquita.
HINDUÍSMO
A origem do hinduísmo se encontra num sincretismo que vem a ser um confronto entre
o hinduísmo e o islamismo, e inaugura uma nova fase no desenvolvimento religioso na
Índia. É resultante de tentativas de fusão das religiões dominantes, trazidas para a Índia
há mais de três mil anos, por povos cuja origem é incerta e cujas crenças já existiam.
O hinduísmo prega a existência de um número imenso de deuses, embora considere
Brama o primeiro grande deus, de onde provêm outros milhares de deuses. Quanto à
origem dos seres e do próprio Brama, segundo o ensinamento do hinduísmo, havia
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antes um mundo submerso na escuridão; sem atributos, imperceptível ao raciocínio,
não revelado e como que entregue inteiramente ao sono. Além de Brama existem Sirva
e Vishnu, os quais formam a trindade hindu.
No hinduísmo, a natureza dos deuses é muito variável, isto é, determinado deus pode
ser bondoso ou favorável numa circunstância e violento e cruel em outra. Vishnu é tido
como conservador e Sirva como destruidor, podendo ambos tomar formas diferentes e
terríveis. Em relação aos animais, as crenças hinduístas são complexas: a vaca sem
exceção das diferentes seitas, é considerada sagrada, não pode ser morta nem comida.
O rato, por exemplo, é considerado deus e come comida suficiente para alimentar toda
a população do Canadá.
Até o começo deste século, alguns ramos do hinduísmo ofereciam aos deuses sacrifícios
humanos.
Viver é sofrer - Sentimento idêntico ao do budismo - e deixar de viver é alcançar a paz
eterna do nirvana, contínuo renascer; para muitos hinduístas há uma lei fatal, a lei do
Karma (destino). Hoje existem cerca de 716 milhões de hindus no mundo e eles
possuem estratégias como: meditação transcendental, yoga, pensamento nova era e
krishna.
Diante dessa tão triste realidade, cabe a nós como igreja nos levantarmos para fazer algo
por tanta gente que tem vivido debaixo do jugo de satanás através das religiões, que não
seguem o termo original da palavra: religar. Mas ao contrário disso, distancia a raça
humana de Deus. Como igreja temos a função restauradora de trazer de volta o
relacionamento do homem com Deus. Para isso, precisamos saber como se encontra o
homem e como podemos nos posicionar, levantar e fazer um trabalho de adoção
daqueles que são órfãos espirituais, ou melhor, daqueles que precisam conhecer o
verdadeiro amor de Deus.
PORQUE ORAR PELAS NAÇÕES?
Porque a intercessão é uma das formas mais elevadas de oração porque trata com uma
das coisas mais preciosas que existem: as almas dos homens e mulheres.
Atualmente, a igreja cristã está enfrentando um desafio espiritual - o desafio do
Islamismo, Budismo e Hinduísmo, que tem se espalhado em cada continente da terra.
George Otis Jr. escreveu: "Enquanto o igreja avança para o ano 2000... multidões ainda
esperam no vale da decisão; a questão é quem vai alcançá-los primeiro. Nunca antes a
igreja teve que enfrentar tal diversidade de rivais comprometidos com os princípios do
ativismo". (O Último dos Gigantes). Enquanto Deus escolhe seus vasos, e Seu
sacerdócio real, não podemos ignorar nossa responsabilidade para com esta geração de
pessoas, desde a África até a Ásia, da Europa até o Oriente Médio. Devemos entrar na
batalha. É surpreendente a evidência de como a oração é efetiva e faz uma diferença no
destino de pessoas e nações.
Certamente Deus está disposto a responder orações. Resta aos homens e mulheres que
se agarrem as vastas promessas que Sua palavra contém sobre a oração. E.M. Bounds
declara que "oração é a linguagem de um homem carregado com um sentido de
necessidade... Não orar não é apenas declarar que nada é necessário, mas admitir a não
realização dessa necessidade".
Por razões além do nosso entendimento, parece que Deus se fez dependente de nossas
orações. Isso é particularmente verdade em como Deus depende da oração
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intercessória para preparar os não salvos para a salvação. Andrew Murray disse: "O
intenso desejo de Deus de abençoar parece que de alguma maneira está limitado a Sua
dependência em intercessão como a mais elevada expressão da disposição de Seu povo
em receber e submeter-se totalmente ao exercício de Seu poder. "Além disso, R.A.
Torrey escreveu: "... tem havido reavivamento sem muita pregação, mas nunca houve
avivamento sem oração poderosa".
Necessitamos agora que Deus mova as nações da JANELA 10/40. Felizmente, é para
esses momentos que Ele prometeu através do profeta Joel "derramar Seu Espírito sobre
toda carne". Joel 2:28.
Quando participamos em orar pelos países da Janela 10/40 podemos estar seguros de
que Jesus estenderá Seu Reino através de nossa intercessão. Enquanto chegamos a Sua
presença com corações limpos e cheios de fé sabemos que Ele prometeu: "Pede-me e te
darei as nações por herança e os fins da terra por tua possessão". Sl.2:8.
VOCÊ CONHECE AS 62 NAÇÕES DA JANELA 10/40?
Conheça um pouco sobre as nações da Janela 10/40. Incentivamos você a participar de
maneira mais direta no alcance destas nações...através da intercessão, ou até mesmo
indo. A nossa oração é que ao ler essas informações, Deus esteja falando ao seu coração
e te chamando para um compromisso verdadeiro e profundo para orar pelos povos
menos evangelizados do mundo.
AS 62 NAÇÕES:
- ÍNDIA Evangélicos 1% - MAURITÂNIA Evangelicos 0 % - SUDÃO Evangélicos 3% -
AFEGANISTÃO Evangélicos 0,02% - JAPÃO Evangélicos 3% - GUINÉ-BISSAU
Evangélicos 1,2% - KUWEIT Evangélicos 0,5 % - BANGLADESH Evangélicos 0,2 % -
BUTÃO Evangélicos 0,03 % - ARÁBIA SAUDITA Evangélicos 0,007% - GUINÉ
Evangélicos 0,75 % - TAILÂNDIA Evangélicos 0,3 % - NIGER Evangélicos 0,1 % -
KIRGHIZISTÃO Evangélicos 0,003 % - IRÃ Evangélicos 0,05 % - BUKINA-FASO
Evangélicos 3 % - MALI Evangélicos 0,9 % - AZERBAIDJÃO Evangélicos 0,003 % -
BENIM Evangélicos 2 % - INDONÉSIA Evangélicos 6 % - LAOS Evangélicos 1,9 % -
SAARA OCIDENTAL Evangélicos 0% - EGITO Evangélicos 0,8 % - UZBKISTÃO
Evangélicos 0,001 % - NEPAL Evangélicos 0,5 % - EMIRADOS ARABES Evangélicos
0,7 % - ALBÂNIA Evangélicos 5 % - MARROCOS Evangélicos 0,01 % - IRAQUE
Evangélicos 0,5 % - SRI LANCA Evangélicos 0,9 % - ISRAEL Evangélicos 0,35 % -
TADJIKISTÃO Evangélicos 0,001 % - CHINA Evangélicos 4 % - DJIBUTI
Evangélicos 0,03 % - LEMEN Evangélicos 0,01 % - VIETNÃ Evangélicos 0,6 % -
FORMOSA Evangélicos 3 % - BAHREIN Evangélicos 1,5 % - BRUNEI Evangélicos
0,06 % - LÍBANO Evangélicos 4,3 % - CATAR Evangélicos 0,007 % -
TURKOMENISTÃO Evangélicos 0,001 % - ETIOPIA Evangélicos 10 % - BISMÂNIA
Evangélicos 4% - TIBET Evangélicos 0,02 % - ARGÉLIA Evangélicos 0,01 % -LÏBIA
Evangélicos 0,1 % - MALÁSIA Evangélicos 2 % - OMÃN Evangélicos 0,1 % -
CAZAQUISTÃO Evangélicos 0,004 % - TUNÍSIA Evangélicos 0,001 % - CAMBOJA
Evangélicos 0,05 % - TURQUIA Evangélicos 0,03 % - COREIA DO NORTE
Evangélicos 0,5 % - SOMÁLIA Evangélicos 0,01 % - PAQUISTÃO Evangélicos 0,5 % -
NIGÉRIA Evangélicos 17 % - MALDIVAS Evangélicos 0,1 % - JORDÂNIA
Evangélicos 0,4 % - SENEGAL Evangélicos 0,1 % - SIRIA Evangélicos 0,1 % -
MONGÓLIA Evangélicos 0,1 %
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O QUE É SER MISSIONÁRIO?
Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristã:
“Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um
compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma
comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é
a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao
encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho
responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária
para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus:
“Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e
esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de
missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas
partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos
permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito
de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na
comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a
boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida?
...Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol
da promoção humana.
COMO FAZER MISSÕES?
VISÃO, AMOR PELOS PERDIDOS E DISPOSIÇÃO
Para iniciar um trabalho missionário numa igreja, é necessário primeiramente que,
aquelas pessoas interessadas em fazê-lo, se prontifiquem a compreender a vontade de
Deus em relação ao assunto. Para isso, precisam ter a visão certa: a visão de Deus.
Então podemos fazer algumas perguntas para entendermos melhor sobre essa
necessidade.
- O que você sente no coração quando ouve alguém falar sobre as necessidades do
mundo?
- Idéias novas e diferentes surgem em sua mente quando alguém lhe fala sobre missões?
- Você ora constantemente pelos missionários que estão no campo?
- Você tem influenciado outros para se envolverem com missões?
- Quando alguém compartilha contigo a respeito do seu chamado, você o incentiva a
continuar?
- Você já mobilizou pessoas alguma vez a enviar uma oferta missionária para missões?
- Você gosta de participar de conferências, congressos, acampamentos que abordam o
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tema missões?
- Você envia periodicamente oferta para algum missionário no campo?
Deu para sentir que as perguntas acima apontam uma ligação inquebrável das três áreas
necessárias na vida da igreja, para alguém iniciar um departamento missionário. Essas
áreas são, na verdade, a essência do compromisso missionário que todo cristão deve ter
no seu dia a dia, elas são:
VISÃO + AMOR PELOS PERDIDOS + DISPOSIÇÃO = M I S S Õ E S
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa
cerca de dois terços da humanidade, ainda não foram evangelizados. Sentimo-nos
envergonhados da nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma
reprimenda para nós e para toda a Igreja. Há, no momento, todavia, em muitas partes
do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o Senhor Jesus Cristo.
Estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem
fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos programas
visando a evangelização total do mundo.
(CONGRESSO INTERNACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL,
Lausanne)
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" Marcos
16:15
As Boas Novas do Evangelho foram deixadas na terra por Jesus, para toda a raça
humana. Por isso, devemos ir por todo mundo, e não apenas para algumas regiões. O
"Ide" é imperativo e não opcional. Este é o nosso chamado como corpo de Cristo, é a
nossa responsabilidade: ir e pregar o evangelho.
VISÃO - Olhar para o mundo sob a perspectiva bíblica. Saber que Jesus morreu por
todos os homens. Conhecer as necessidades do homem e ter a verdadeira consciência
sobre as responsabilidades conferidas a você para mudar tal situação.
AMOR PELOS PERDIDOS - Uma paixão desenfreada por aqueles que se perdem no
mundo. Preocupação autêntica com as pessoas que ainda não foram alcançadas pelo
evangelho. Sofrimento e dor quando ouve alguma notícia sobre a situação caótica da
raça humana. Sente a responsabilidade de mudar a situação.
DISPOSIÇÃO - Levanta-se para fazer algo concreto em benefício das pessoas. Não
mede esforços para trabalhar na casa de Deus. Está sempre alegre em saber que tudo
aquilo que é feito para a obra de Deus é bom e satisfatório. Não importa o resultado
imediato, o importante é que o nome do Senhor está sendo glorificado. Dispõe-se
debaixo de uma vívida e empolgante responsabilidade para mudar a situação.
Visão = Conhecer a responsabilidade.
Amor pelos perdidos = Sentir a responsabilidade.
Disposição = Agir sob a responsabilidade.
Fazer missões é algo imperativo para o povo de Cristo. O "Ide" é uma ordem do
próprio Senhor Jesus.
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MISSÃO TRANSCULTURAL –
PORQUE ENVIAR MISSIONÁRIOS
Certa vez, em uma conferência missionária, alguém fez a seguinte pergunta: “Porque
enviar missionários para fora do Brasil se aqui existe tanto serviço para se fazer?”
A resposta foi: “porque é Bíblico.”
Vamos olhar um pouco o que a Bíblia diz sobre isto. Tem um texto chave para mostrar
esta questão de tempo e prioridade para realizar-se missão.
O contexto de Atos 1.8 é a ascensão de Jesus. As pessoas que estavam reunidas no
Monte das Oliveiras perguntaram ao Mestre quando seria o tempo da restauração do
reino de Israel. Em sua resposta Jesus diz aos discípulos que tem coisas que o Pai
reservou para Ele e também amplia o horizonte dos discípulos. Ele também faz uma
promessa: os discípulos receberiam poder, mas poder para ser testemunha d'Ele no
mundo todo. A missão da igreja consiste em percorrer o mundo todo para pregar o
evangelho a toda a criatura Mc 16.15.
Neste texto Jesus especifica a missão global da igreja dizendo que ela deveria
testemunhar “tanto em Jerusalém com em toda a judéia e samaria e até os confins da
terra”. Esta expressão “tanto como”, que não aparece na tradução de algumas versões
(gr.te kai), sugere simultaneidade de atividade; isto é; Jesus não estava criando uma
opção para a Sua igreja, onde ela escolheria uma área geográfica para trabalhar. Ele
também não estava dizendo que ela deveria começar por uma de cada vez. Ao contrário
a idéia expressada aqui por Jesus é a seguinte: os seus discípulos devem atuar ao mesmo
tempo em todos os lugares da terra.
Encontramos muitas pessoas que não estão nem preocupados com a tarefa missionária
nem mesmo em seu próprio país. Jesus ordena que temos que evangelizar perto e
longe, ao mesmo tempo, sem enfatizar um e esquecer do outro.
Jerusalém foi o berço dos primeiros acontecimentos do cristianismo. Boa parte do
ministério de Jesus ocorreu em Jerusalém. Em Jerusalém Ele morreu, ressuscitou e
ordenou a evangelização do mundo. Também em Jerusalém Jesus prometeu o Espírito
Santo e nela, no dia de Pentecostes, a igreja neotestamentária foi inaugurada e habilitada
para cumprir a grande comissão.
Como transposição da idéia acima podemos identificar Jerusalém como a cidade em
que moramos. A Judéia era a província que tinha Jerusalém como capital. Supomos que
a nossa judéia seja o estado onde estamos vivendo. Samaria era uma região mais
afastada situada ao norte da Judéia. Poderíamos comparar Samaria ao nosso país? Os
confins da terra significam naturalmente, que devemos ser testemunhas de Jesus para
todos os povos. Atos 1.8 é mais que universalidade concebida de forma geográfica. É
geografia sim mas também é etnia, povos e culturas. O texto nos faz lembrar as palavras
de Deus a Abrão, onde Ele abençoaria todas as famílias da terra (Gn 12,3).
Este versículo de Atos é uma espécie de indice do livro. Os capítulos 1-7 descrevem os
acontecimentos em Jerusalém, o capitulo 8 menciona como os discípulos se espalham
pela Judéia e Samaria (8.1) e relata a evangelização de uma cidade samaritana por meio
de Felipe (8.5—24) e de muitas aldeias dos samaritanos por meio dos apóstolos Pedro e
João (8.25); enquanto que a conversão de Saulo, capitulo 9, conduz a uma série de
expedições missionárias e finalmente sua viagem para Roma relatadas no restante do
livro. O evangelho estava alcançando os confins da terra.
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Parece uma tarefa enorme, e é, por isto precisamos aprender a trabalhar com parcerias,
olhando o todo, percebendo onde encontramos lugares onde o evangelho não está
sendo pregado e ir até lá, mesmo que através de parceiros.
A Igreja de Jesus precisa começar a pensar sobre possibilidades de realizar missão
transcultural (internacional).
Como corpo de Cristo e comissionados por Ele, precisamos orar para que possamos
tomar as decisões corretas e ouvir atentamente a voz de Deus.
MISSÕES URBANAS – A
RESPONSABILIDADE DA IGREJA
O contexto social
Os grupos urbanos diferenciam-se pelas formas próprias de expressão, ou seja, por suas
ideologias político-sociais, pelas músicas, vestimentas, linguagens, inclinações religiosas
ou anti-religiosas. Para atendermos melhor o processo de evangelização dos grupos
urbanos, se faz necessário entender conceitos como contra cultura e cultura de massa,
como influenciaram e modificaram o estilo de vida das pessoas nas últimas décadas.
Para entender o homem é necessário compreender a sua história. O homem é a
conseqüência da evolução de fatos e sugestões que formaram seus pensamentos,
costumes e culturas. Hoje encontramos nas grandes cidades diversos grupos étnico-
linguísticos, alguns denominados "tribos urbanas", "alternativos", "movimento
Underground" e é neste meio que encontramos pessoas feridas, amarguradas, presas a
vícios, com seus sonhos roubados, identidades trocadas e na maioria das vezes vivendo
neste contexto à maioria às vezes inconscientes.
Percebemos que o cenário underground tem crescido cada vez mais...
A responsabilidade social da Igreja
“Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto,
mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue
deste justo; fique o caso convosco” Mt 27.24
O que cristãos têm a ver com os problemas dos centros urbanos? Por que devem os
cristãos se envolver com o social?
No final das contas, existem duas atitudes que eles podem adotar com relação ao
mundo. Uma é a fuga, outra é o engajamento.
“Fugir” significa voltar as costas ao mundo em rejeição, lavar as mãos das coisas do
mundo, mesmo sabendo, como Pilatos , que nem assim desaparece a responsabilidade,
e endurecer o coração aos agonizantes gritos de socorro.
“Engajar-se”, por outro lado, significa voltar o rosto para o mundo em compaixão, sujar
as mãos, sofrer e gastar-se a serviço deste e sentir no fundo do ser o comovente e
incontido amor de Deus.
Viver dentro da igreja em comunhão uns com os outros é mais conveniente do que
servir em um ambiente externo apático ou mesmo hostil.
Ao invés de tentarmos fugir à nossa responsabilidade social precisamos abrir os ouvidos
e escutar a voz daquele que conclama seu povo em todo tempo a sair.
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Missão é a nossa resposta humana à divina comissão. É todo um estilo de vida cristão,
que tanto inclui evangelismo quanto responsabilidade social, sob a convicção de que
Cristo nos envia ao mundo assim como o Pai a ele o enviou.
Por que devem os cristãos se envolver com a responsabilidade social?
1º. O Senhor é Deus tanto da justiça quanto da justificação
“que faz justiça aos oprimidos; que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os
encarcerados; o SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o
SENHOR ama os justos; o SENHOR guarda os estrangeiros; ampara o órfão e a viúva,
mas transtorna o caminho dos ímpios”. Sl 146.79
2º. O Senhor nos envia como o Pai O enviou – Jo 20.21
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou
por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele” At 10.38
Se a missão cristã é para ser modelada pela missão de Cristo, ela certamente implicará —
assim como Ele o fez — penetrarmos no mundo das pessoas. Isto significa entrar no
mundo dos seus pensamentos, da sua tragédia e solidão, a fim de compartilhar Cristo
com eles lá onde eles estão.
Significa disposição para renunciar a conforto e à segurança de nossa própria formação
cultural, a fim de nos doarmos em serviço a indivíduos de outra cultura, de cujas
necessidades quem saber jamais tenhamos conhecimento ou experiência.
3º. Não se deve separar fé de amor
Ao caminharmos pelas Escrituras, podemos ver em todos os apóstolos a mesma ênfase
na necessidade de obras de amor.
Tg 2.17,18 - fé sem obras é morta.
1 Jo 3.17 – aquele que tem recursos, deve repartir com quem não tem.
Tt 2.14 – somos um povo zeloso de boas
Ef 2.10 – Fomos criados para boas obras
Gl 5.6 – a única coisa que tem valor é a fé que atua pelo amor
Portanto, temos a surpreendente seqüência de fé, amor e serviço; a verdadeira fé se
expressa pelo amor, o verdadeiro amor se revela através do serviço.
Fé salvadora e amor salvador caminham lado a lado; onde quer que um deles falte
faltará também o outro. Nenhum deles pode subsistir sozinho.
Que faremos diante dos desafios das nossas metrópoles? Lavaremos nossas mãos como
Pilatos, tentando nos isentar da responsabilidade frente a um mundo não apenas sem
salvação, mas sem pão, sem roupas, sem casa, sem esperança?
Busquemos o equilíbrio bíblico em nossas igrejas – ofereçamos ao mundo perdido o
Pão vivo que desceu do céu – JESUS, sem, no entanto nos esquivarmos da ordem de
Jesus a multidão faminta – “dai-lhes vos mesmos de comer” (Lc 9).
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MISSÕES URBANAS – O PREPARO
INTRODUÇÃO
Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum
lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No
Brasil, como em muitos países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que
havia há poucas décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande
desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do
crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração
excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de
saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem
facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter estratégias de
trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e
num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena contribuição à
reflexão sobre o assunto.
1. FENÔMENO DAS CIDADES
No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a
escassez de bens os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência.
Sempre houve uma tendência para os homens se concentrarem em tomo de um núcleo
populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração
urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem,
enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias
etapas.
A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram
grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e
Roma. Eram as chamadas "polis".
A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de
Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as
chamadas "neópolis".
A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-
pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São
as "metrópoles", verdadeiras cidades-mães. A última etapa, já na época atual, surgiram as
"megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos outros. Dentre elas,
destacam-se São Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, Nova lorque, etc. As cidades
em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da
população, tamanho, influência, etc.
2. AS CIDADES NA BÍBLIA
Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina,
alegando que a primeira cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou
um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram
fazer cidades.
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Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores,
são o refúgio ideal para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De
fato, as aglomerações urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em
lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar
espiritual e humano.
Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao
diabo, Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades.
O Cristianismo surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes
centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur,
uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte
considerável para sua época.
Linthicum, p. 27 diz que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele
se preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus
centraliza-se em muito nas cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39), lembrando que a
vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova
Jerusalém (Ap 21-22). Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em
Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades de
refúgio" (Nm 35.11).
3. JESUS E AS CIDADES
No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como
nas cidades. "Andava de cidade em cidade" (Lc 8.1); "Chegou á cidade, viu-a e chorou
sobre ela" (Lc 19.41); "mandou pregar em qualquer cidade ou povoado" (Mt 10.11).
Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização
ou das missões urbanas.
4. DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS
As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual,
constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos
feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é campo
de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende
de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo.
Segundo LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos,
educacionais. e outros, na Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades
das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as
estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande. Mas o
que está conosco é maior do que ele.
4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma
área a seu redor, sendo, por isso mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas
seguintes razões:
1) Abertura as mudanças;
2) Concentração de recursos;
3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor.
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4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje,
são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente.
2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em
cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão
tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é
muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as
pessoas confinadas em suas casas.
3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto
à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias
Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria
mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há
os que "cobram" caro demais, com exigências radicais.
4) O elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o
mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de Deus.
5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta
de responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas
dificuldades?
5. ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS
1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co
2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4).
Qualquer plano de evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos,
estratégias, fracassará, se não tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela
Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são
expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.
2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse
preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As
seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no
preparo dos que evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende
do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de
nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte.
a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)
b) Definir os grupos de evangelização
c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal
grupo, etc.
d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)
e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.
f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens,
adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE.
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6. MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS
6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente,
principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa;
evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; evangelização em estações rodo e
ferroviárias; na entrada de estádios; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus,
etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);
6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos
de alunos, de professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e
também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização;
reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para
isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo);
6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou
conferências nas igrejas; cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver
uma preocupação séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as
pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização.
7. DISCIPULADO.
É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de
discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse
trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das decisões em
pouco tempo.
8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA
1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em
bancos, em repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros...
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