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LETRAS | 193
VIVÊNCIAS EM LITERATURA - ENSINO MÉDIO
LETRAS | 194
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VIVÊNCIA EM LITERATURA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MARIA DO SOCORRO ROSAS
Apresentação
Prezados(as) alunos(as)
A disciplina que está sendo apresentada a vocês, intitula se “Vivência em Literatura — Ensino
Fundamental e Médio”. Esse componente curricular, embora esteja compartimentado em um período
letivo, neste caso, o sétimo (VII), já vem sendo, de certa forma, objeto de estudo de todos vocês em outros
módulos de ensino que contemplam o estágio supervisionado.
Considerando se que, aproximadamente, nestes últimos dez anos, a perspectiva de ensino mais
veiculada, mais discutida, principalmente após a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Fundamental (1998) e do Ensino Médio (2000) está orientada para um processo de construção de
conhecimentos, as orientações para o ensino de LínguaPortuguesa/Literatura, também se voltam para a
vivência dessa proposta pedagógica. Dessa forma, neste modulo, estaremos, também, construindo
conhecimentos, quando contemplarmos conteúdos anteriormente discutidos em módulos de ensino
anteriores, trazendo à tona questionamentos bastantes pertinentes acerca do ensino da literatura na
Educação Básica de uma maneira geral.
Tais questionamentos serão objeto de discussões teórico práticas, tendo em vista que um dos
objetivos dessa disciplina é fazer com que, a partir de uma teoria literária apreendida, vocês possam
vivenciar a prática da leitura e da discussão do texto literário em sala de aula, refletindo acerca de
procedimentos metodológicos didaticamente mais produtivos.
Chamamos a atenção de vocês para o fato de que a “Vivência em Literatura, no Ensino
Fundamental e Médio” é um período de preparação para exercer a função de “ser professor”. Nesse
momento, o estudante da graduação em Letras terá oportunidade, após manter contato com a escola onde
realizará seu estágio docência, de se inserir no contexto de sala de aula, sob a supervisão do professor ou
LETRAS | 196
da professora, para colocar em prática atividades de leitura do texto literário, adequadas a cada turma, a
cada ano do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio.
No que diz respeito às nossas vivências, ou seja, à organização e ao desenvolvimento da nossa
disciplina, será estabelecida, constantemente, não uma relação conhecimentos teórico literários X
aplicabilidade desses conhecimentos em sala de aula, mas sim uma relação Teoria e Prática, visto que, no
contexto das salas de aula, vocês terão a oportunidade de iniciar o exercício da docência, por meio de
ações pedagógicas caracterizadas como observação, co participação e atuação no contexto escolar.
É por meio desta “vivência” que terão a oportunidade de conhecer a realidade social da escola,
campo de estágio, permanente espaço de “articulação do conhecimento e das pessoas que se apropriaram
dele” (BARBOSA, 2009, p. 27). A partir das nossas interações, momento em que serão veiculadas as
informações de cada campo de estágio, serão planejadas, conjuntamente, discutidas, elaboradas e
reelaboradas as sequências didáticas, adequadas a cada sala de aula e integradas a pequenos projetos de
leitura.
Assim, para que possamos “vivenciar” essas etapas desse processo de estágio, foi organizada em
quatro unidades.
Unidade I – Considerações iniciais sobre o processo de estágio Literatura — apresentação do
cronograma de atividades do estágio e explicações acerca dos documentos necessários à oficialização desse
processo; definição do campo de estágio(escola(s)); orientações para a elaboração do relatório final.
Unidade II O texto literário no Ensino Fundamental — reflexões didático pedagógicas e orientações
acerca do ensino da Literatura no Ensino Fundamental.
Unidade III O texto literário no Ensino Médio – reflexões didático pedagógicas e orientações a respeito
do ensino da Literatura no Ensino Médio.
Unidade IV – Vivências de projetos de leitura de textos literários — Elaboração de pequenos projetos de
leitura com as respectivas sequências didáticas para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,
contemplando o ensino da literatura, particularmente, a inserção do texto literário na sala de aula, a
linguagem literária, o letramento literário e a formação do leitor crítico.
LETRAS | 197
UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O PROCESSO DE ESTÁGIO - LITERATURA
O ensino da Literatura no Ensino Fundamental e Médio é extremamente importante, por diversas
razões. Uma delas é propiciar que o aluno veja a literatura como linguagem, como instituição a partir da
qual ele possa descobrir mundos imaginários, sensibilidades humanas, expressões poéticas, valores e
comportamentos, através dos quais uma sociedade comunica e discute simbolicamente seus impasses,
seus desejos, suas utopias. Segundo a opinião de Lajolo (2001, p.106), a literatura exerce um papel
preponderante na formação do educando, porque este, para exercer de forma plena sua cidadania, “[...]
precisa apossar se da linguagem literária, alfabetizar se nela, tornar seu usuário competente, mesmo que
nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos.”
Seguindo essas orientações, você, estudante do Curso de Letras, ao atuar como estagiário(a) em
uma unidade escolar, voltado(a) para o ensino da Literatura, deve construir significados especiais
originados em sua própria experiência de leitura. Precisa compreender que cada aluno também detém
essas características individuais, à proporção que o mundo da leitura lhe vai sendo apresentado. Nesse
sentido, a sua missão é angariar leitores, é persuadi los a se tornarem parceiros do letramento literário.
Esse processo irá fazer vocês constatarem que cada aluno(a) construirá sua própria história, a partir do
contato com o texto literário.
Nesse contexto, faz se necessário, também, cuidar para que determinadas práticas da leitura
patrocinadas pela escola não tirem do educando a possibilidade de uma maior liberdade na escolha de suas
leituras, visto que a leitura só se torna livre, quando se respeita o direito de escolha do leitor. Ou seja, a
orientação dada pelo professor para a leitura de um determinado texto, pode provocar, pelo menos nos
momentos iniciais do processo de leitura, um estado de prazer ou de aversão por parte do aluno, em
relação ao texto indicado pelo professor.
Para ilustrar as ideias apresentadas, sugerimos a leitura do fragmento do poema “A Flor e a
Náusea” (1987, p. 6) de Carlos Drummond de Andrade:
Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rios de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada
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ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, Garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor.
Iniciando nossa leitura, fruto das nossas vivências e das pistas propiciadas pela relação
forma/significado/sentido manifestada no texto, podemos observar que estamos diante de uma utilização
especial da linguagem, a literária.
Continuando a nossa leitura, observamos que os versos do poema nos remetam a uma realidade
dos homens e do mundo, muito mais profunda do que a realidade imediatamente perceptível e traduzida
no discurso comum das pessoas, porque o texto foi construído com uma linguagem própria do discurso
literário.
Ao lermos o poema de Drumonnd, portanto, estabelecemos uma relação com a linguagem literária
e podemos constatar que esta repercute em nós, na medida em que nos revela emoções profundas,
coincidentes com as que nos identificamos como seres sociais. O que é importante, no caso deste texto, ou
de outros que possamos ler, é saber que a leitura deste, pode não provocar em um determinado leitor,
essa mesma emoção. Neste caso, chamamos a atenção para a noção de experiência, tão decantada no
ensino de uma maneira geral. Segundo Larrosa (2004, p. 163), a experiência “é aquilo que nos passa, ou nos
toca, ou nos acontece e, ao passar, nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está,
portanto, aberto a sua própria transformação.”
Este é, por conseguinte, o objetivo desta disciplina: fazer com que vocês, estudantes de Letras que,
pela própria natureza do curso, já vivenciam o texto literário, seja inserido no contexto escolar, com a
incumbência de não só conhecer a realidade de sala de aula, mas também de colocar em prática o ensino
da Literatura, bem como propiciar uma reflexão acerca das questões didático pedagógicas que dizem
respeito ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, considerando, para tanto, as etapas pedagógicas de
observação e intervenção, embasadas no instrumental teórico metodológico das disciplinas anteriormente
ministradas no Curso de Letras a Distância.
A carga horária da disciplina é constituída de 60 horas, distribuídas nas seguintes etapas:
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LETRAS | 203
UNIDADE II
O TEXTO LITERÁRIO NO ENSINO FUNDAMENTAL
Sugerimos a vocês, alunos estagiários, que o ensino da Literatura no Ensino Fundamental seja mais
livre, no que diz respeito à escolha do texto literário. No entanto, faz se necessário ressaltar que o processo
de letramento literário, colocado em prática por meio de atrativas estratégias pedagógicas para fazer o
aluno vivenciar o mundo da literatura, não deve ser preterido por esse estado de liberdade.
Com isso, estaremos preparando os alunos do Ensino Fundamental e Médio para serem futuros
leitores autônomos, competentes nas suas escolhas literárias. Para alcançar esses resultados, a orientação
dos professores leitores é imprescindível.
Seguindo essas orientações, apresentamos alguns procedimentos didático pedagógicos, com o
objetivo de orientá los em sua prática, no momento de ministrar conteúdos básicos do ensino da Literatura
nesses segmentos de ensino.
Convivência com a literatura, de maneira lúdica, trazendo para a sala de aula material literário diversificado, para que os alunos possam usufruir das possibilidades emocionais e estéticas próprias do texto literário;
Inserção de práticas de leitura de obras literárias, em diferentes momentos da vida escolar do aluno. Familiaridade com a linguagem literária, permitindo que os alunos investiguem os recursos próprios
dessa linguagem; condução da leitura literária com a perspectiva de transformá-la em um instrumento humanizador e
libertador das emoções humanas.
Lembramos que tais orientações podem ser redundantes ou extremamente necessárias,
dependendo do cada contexto de sala de aula. Portanto, nosso objetivo, ao sugerir tais procedimentos a
serem trabalhados, considerando a realidade escolar, não devem ser vistos como um receituário, mas sim
como pistas, para fazer com que a literatura possa ser vivenciada pelos alunos e não apenas observada
como algo sacralizado, estranho.
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LETRAS | 205
UNIDADE IV
VIVÊNCIAS DE PROJETOS DE LEITURA DE TEXTOS LITERÁRIOS
Conforme ressaltamos, anteriormente, professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental
ou do Ensino Médio, quando dão aula de Literatura, precisam ter compreensão do que seja o letramento
literário, ou seja, precisam construir, junto com seus alunos, um conhecimento que lhes possibilite fazer
diversos usos do gênero literário. Esse processo de construção sociocultural poderá começar bem antes da
aprendizagem da leitura, enquanto processo de decodificação, e da escrita, enquanto processo de
construção de textos. Sua convivência com a Literatura poderá ser iniciada pela oralidade, ao ouvir
histórias, cordel, provérbios, cantorias e outros gêneros. Depois, na escola, quando domina a linguagem
alfabética, ou seja, quando lê e produz textos escritos, esse repertório cresce e se diversifica, pois o aluno
terá outras experiências, agora, com os textos impressos: jornais, revistas e textos literários. Ao estabelecer
uma interlocução com diversos gêneros textuais, incluindo se, nestes, o literário, o aluno caminhará em
busca de sua autonomia de leitor.
Nessa construção do aluno leitor, o processo de letramento literário tem um papel fundamental,
visto que direciona o olhar do aluno para as obras literárias.
No processo do letramento literário, alguns procedimentos são necessários: que o leitor crie
vínculos com a obra literária, e que, ao interpretá la, compartilhe essa experiência e as reflexões feitas
sobre o texto lido com outros interessados em descobrir a literatura; a leitura compartilhada permite que o
aluno leitor construa coletivamente o sentido do texto.
Nesse processo, os professores devem procurar criar possibilidades para a prática da leitura
literária, ou seja, devem fazer com que essa prática seja incentivada, entre outras estratégias didáticas, por
meio de projetos de leitura, para que o aluno construa com autonomia a sua história de leitor.
Dentre algumas metodologias que circulam como proposta de trabalho para o ensino da Literatura
destaca se a de Rildo Cosson. Esse professor sugere a adoção de um “esquema” ou seja, de uma
metodologia para o ensino da leitura de textos literários que pode ser vivenciada em quatro etapas:
motivação, introdução, leitura e interpretação. Na motivação, deve se procurar estabelecer um elo entre
aluno e tema escolhido para o projeto de leitura, criando, dessa forma, uma estratégia para o processo de
leitura do texto literário. Na introdução, deve se proceder a uma contextualização da obra e do(a) autor(a),
depois dando se início ao processo efetivo de leitura. Posteriormente, deverá ocorrer, de forma
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LETRAS | 207
principalmente da rede pública de ensino, em razão da realidade social que distancia esses leitores de uma
produção literária mais seletiva.
Entre os teóricos que têm como objeto de estudos os textos literários, anteriormente referido em
outras disciplinas, está Bakhtin (1981). Este estudioso formula conceitos como os de “polifonia” e de
“dialogismo”, trazendo uma contribuição relevante para a compreensão do processo de leitura. A
contribuição de Bakhtin é também esclarecedora na prática da docência, ao abolir a idéia de um significado
único e propor uma leitura em que se estabeleça a disseminação de sentidos expressa pela diversidade de
leitores.
Como formar o leitor crítico na escola
Formar o leitor crítico na escola é um desafio para o ensino da Literatura. Munir se de instrumentos
para chegar até a obra, preocupar se com o gosto, não perder de vista a tradição literária constituem
caminhos a serem percorridos. Além desses procedimentos, torna se importante refletir sobre que
métodos utilizar para se ter êxito nessa tarefa.
Nesse percurso, é imprescindível motivar a leitura literária com atividades que despertem, em
crianças e jovens, o prazer da leitura. Ao se sentir respeitado em suas competências de leitor e de crítico, o
aluno iniciará a construção do seu próprio saber e se constituirá como um leitor autônomo, na busca de
outras leituras literárias.
O professor como mediador na prática da leitura literária
A prática da docência no ensino da Literatura exige do professor a tarefa de ser antes de tudo
leitor. No exercício de sua função de mediador nas práticas escolares de leituras literárias, cabe ao
professor, a partir da escolha apropriada do material literário a ser trabalhado em sala de aula, criar
estratégias eficientes e pedagogicamente produtivas para o aluno.
Para alcançar esses objetivos, o processo de ensino da literatura pode ser vinculado a projetos
didáticos de leitura literária para o Ensino Fundamental e Médio. Nesse sentido, cabe à instituição escolar,
colocar em prática a criação de salas de leitura, de ciranda de poesias, de jornais escolares, de espaços
reservado à literatura, além de visitas às bibliotecas públicas, às livrarias, às feiras de livro etc.
O gênero poético
Dentre os gêneros literários, o professor deve dar uma atenção particular ao estudo da poesia, já
que o hábito de ler poemas está distante do interesse de leitura da comunidade escolar. Dar atenção à
LETRAS | 208
poesia se constitui uma oportunidade para o educando em seu espaço escolar; significa investigar e refletir
sobre esse gênero literário. Vivenciar a leitura do texto poético , em sala de aula, além de um criterioso
processo de seleção, faz se necessário colocar em prática um conhecimento mais especializado, veiculado
pela disciplina Teoria Literária.
Projetos de leitura – Procedimentos metodológicos
A Pedagogia de Projetos surgiu da necessidade de transformação do espaço escolar em espaço real
de interações, relacionando o conhecimento construído com o meio, onde os alunos vivem. Considerando
essa necessidade, o projeto, no nosso caso, relacionado ao processo de leitura, deve partir de uma
necessidade inicial, ou seja, da escuta dos alunos, dos temas considerados importantes, preocupantes ou
interessantes, todos relacionados com os conteúdos a serem trabalhados. De acordo com Hernández e
Ventura (1995, p.75), Todas as coisas que se podem ensinar por meio de projetos começam de uma dúvida
inicial. Nem tudo pode ser ensinado mediante projetos, mas tudo pode se ensinar como um projeto.”
Um projeto , para ser colocado em prática, pode ser organizado em forma de sequências didáticas.
A sequência didática é um procedimento organizativo do ensino, que permite levar em conta, ao mesmo
tempo, e de maneira integrada, os conteúdos de ensino, os objetivos de aprendizagem e a necessidade de
variar os suportes, as atividades, os exercícios e as dominantes das aulas (estudo lingüístico, leitura, escrita,
etc.), de acordo com um calendário pré fixado. Facilita o planejamento contínuo e a explicitação dos
objetivos de aprendizagem para os próprios alunos.
Usar procedimentos metodológicos contemplados em uma “sequência didática” não é uma ação
nova e, por essa razão, vários estudiosos de metodologias de ensino já se debruçaram sobre esse conceito,
com o objetivo de incorporá lo às práticas pedagógicas.
O termo “sequência didática” começa a aparecer, no Brasil, nos textos didáticos, a partir de 1990
e, com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1997. Podendo ser um dos componentes
metodológicos da Pedagogia de Projetos, as sequências didáticas passam a ser aplicadas/construídas a
/para orientar o estudo de textos literários ou não literários. Os parâmetros de língua portuguesa foram
escritos tendo como base teórica os estudos de uma corrente da linguística aplicada conhecida como
“interacionismo sócio discursivo” Entre seus principais representantes está Bronckart e seu grupo de
pesquisadores da Universidade de Genebra (na Suíça).
A sequência didática para o ensino dos gêneros literários, por exemplo, considerando se os pontos
de vista do professor e do aluno, pode obedecer às seguintes etapas:
LETRAS | 209
DO PONTO DE VISTA DO PROFESSOR DO PONTO DE VISTA DO ALUNO
1. Selecionar um gênero textual, em função das habilidades que
se quer desenvolver.
1. Compreender o porquê de estudar o gênero
selecionado pelo professor.
2. Definir as condições de circulação social desse gênero, para
planejar um conjunto de atividades que possibilitem transpor,
para a situação de ensino do gênero, essas condições
(“imitando as” ou “ficcionalizando as”).
3. Planejar as atividades e ordená las numa sequência que
possibilite aos alunos compreender os passos ou etapas da
produção do texto.
4. Explicitar aos alunos os objetivos de cada etapa 2. Compreender os objetivos de cada atividade da
sequência, a fim de entender o porquê de sua
realização.
5. Negociar com os alunos a realização das atividades 3. Realizar as atividades de acordo com as
instruções do professor.
6. Avaliar os resultados atingidos, explicitando os aos alunos. 4. Participar da avaliação dos resultados das
atividades realizadas.
(Cf.http://www.institutoalgar.org.br/algareduca/upload/imagens/produto/documentos/sequencia%20didatica%20da%20infografia_1510985144347.doc.Acesso em 31 de julho de 2009)
O planejamento de atividades para um determinado projeto de leitura, formuladas com base em
conceitos como intencionalidade, diálogo, deliberação e sistematização do conhecimento, visa à
formulação da competência leitora dos alunos. Após a organização das atividades de um projeto de leitura
em termos de sequências didáticas, faz se necessário um permanente processo de avaliação, das ações que
foram realizadas, tanto pelos alunos, quanto pelos professores. Quando esses procedimentos são
efetivados, há uma mudança de comportamento, ocorre, de fato, a aprendizagem.
Uma opinião: Eu acredito em projetos! Eu acredito em professores que têm projetos para a leitura, como os
inúmeros projetos que estão cadastrados no site do Viva Leitura, do tipo, “Hora da Leitura”, “A formação do
Leitor competente”, “Ler para Ser”, “Leitura como Ação Libertadora” etc. Certamente esses e quaisquer
outros projetos de leitura se tornarão eficientes à medida que as atividades propostas se preocuparem em
abordar o leitor de forma sedutora e renovarem permanentemente o desafio e o modo de interação. Do
contrário, cairão na repetição e no desestímulo! Ou seja, outra vez, esbarramos na questão da estratégia e
das ações que precisam ser reformuladas constantemente e contextualizadas! Mudou o público, pode não
funcionar mais! Mudou o lugar, pode não dar mais certo!”
SISTO, Celso. A literatura freqüenta a escola....Mas quem conta as histórias? In: PAROLIN, Isabel Cristina (org.).
Sou professor!: a formação do professor formador. Curitiba: Ed. Positivo,2009, p.69 70.
LETRAS | 210
Portanto, o trabalho do professor, ao elaborar uma sequência didática, deve levar em conta, de
forma integrada: o domínio do conhecimento, o conhecimento prévio do aluno, o papel a ser
desempenhado por ele mesmo, professor, e pelos seus alunos. Com essas condições, o processo de
construção de uma sequência didática poderá ocorrer, portanto, em um espaço mais interativo, no qual o
principal resultado a ser coletivamente alcançado deverá ser a conquista de um processo de leitura de
textos literários mais competente e mais significativa.
Referências
ANDRADE, Carlos Drummond de. “A Flor e a Náusea” : 1987. FALTA COMPLETAR ESSA REFERÊNCIA.
BAKHTIN (1981). Completar essa referência. Ela contempla os conceitos de Polifonia e de Dialogismo?
BARBOSA, Laura Monte Serrat. A escola é lugar de gente que pensa sobre o que faz e faz o que pensa. In: PAROLIN,
Isabel Cristina (org.). Sou professor!: a formação do professor formador. Curitiba: Ed. Positivo,2009.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: primeiro, segundo, terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. MEC: 2000. VER REFERÊNCIA COMPLETA
CÂNDIDO, Antônio, Ensaio O direito à literatura. 1995, p.54. FALTA COMPLETAR ESSA REFERÊNCIA.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
HERNÁNDEZ, F. & VENTURA, M. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho: o conhecimento é um
caleidoscópio. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.
LARROSA, J. linguagem e educação depois de Babel. Tradução: Cynthia Farina. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 93,94/96.
PROENÇA FILHO, Domício. A linguagem literária. São Paulo: Ática, 1987.
SISTO, Celso. A literatura frequenta a escola... Mas quem conta as histórias? In: PAROLIN, Isabel Cristina (org.). Sou
professor!: a formação do professor formador. Curitiba: Ed. Positivo,2009.
http://www.institutoalgar.org.br/algareduca/upload/imagens/produto/documentos/sequencia%20didatica%20da%2
0infografia_1510985144347.doc.Acesso em 31 de julho de 2009.
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