V Workshop GTACC Bebedouro: 20 de maio de 2008 · 2012. 1. 20. · Influência da remoção de...

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ANTONIO DE GOES

Departamento de Fitossanidade

UNESP – Universidade Estadual Paulista

JABOTICABAL - SP

V Workshop – GTACC

Bebedouro: 20 de maio de 2008

- Queda prematura dos frutos cítricos,

Doenças fúngicas abordadas

- Mancha de Alternária

- Rubelose

- Mancha preta ou Pinta preta dos citros

Colletotrichum

spp.

Formas

especializadas Expressão de sintomas

Flores laranjas

doces

Brotações limoeiro

`Galego`

C. acutatum

SGO + -

KLA + +

C.

gloeosporioides FGG -

-

Doença típica das regiões tropicais e subtropicais úmidas das Américas

100 estrelinhas Significa a perda de 5 a 6 frutos

Conseqüências dos distúrbios fisiológicos causados por Colletotrichum acutatum em plantas cítricas

Produção de ácido indol acético durante infecção de Colletotrichum acutatum em flores de plantas cítricas

Produção de etileno durante infecção de Colletotrichum acutatum em flores de plantas cítricas

Doença exclusivamente de flores

e tecidos jovens

(frutos recém-formados)

Conseqüências ???????

- reduz a produção

- modifica a fisiologia da planta

Dispersão/disseminação

- respingos de água e ventos

- mudas cítricas ????????

Aspectos etiológicos

MEV de conídios germinados sobre lâminas de vidro com 24 h de incubação. A- apressório com início de formação de (ME) matriz extracelular (seta). B e C – qtde crescente de ME, ou até recobrindo o apressório

Conídios de Colletotrichum acutatum germinados analisados via microscopia de luz. MEV.

Sobrevivência

- pétalas secas

- estrelinhas

- folhas

- em ramos

Aspectos etiológicos

Temperatura: sem grandes limitações

Umidade: alta (UR ≥95%)

em que forma?

- chuvas, orvalhos, cerração

- dias nublados

Condições favoráveis

Precipitação pluviométrica observada na região de Botucatu no período de 08/2006 a 03/2007 e 08/2007 a 03/2008

Precipitação pluviométrica observada na região de Bebedouro no período de 08/2006 a 03/2007 e 08/2007 a 03/2008

Há necessidade de controle?

Antecedentes da doença

Aspectos a serem considerados Ambiente favorável

Potencial de produção

Riscos/Benefícios

• Custo de controle: R$130,00 (2 pulv./316 plantas)

• Produção estimada: 2,2 cx/pé

• Total da produção: 695 caixas

• Preço/caixa: R$12,00 (U$7,00)

• Retorno bruto: 695 x 12,00= R$8.340,00

• Líquido: R$8.210,00

Estimativa “Real”

= 1,6%

Pessimista

Riscos/Benefícios

• Custo de controle: R$130,00 (2 pulv./316 plantas)

• Produção estimada: 40 frutos/pé

• Total da produção: 12.000 frutos/caixas

• Produção: 48 caixas

• Preço/caixa: R$12,00 (U$7,00)

• Retorno bruto: 48 x 12,00= R$576,00

• Líquido: R$446,00

= 22%

Pessimista

Quando pulverizar?

Uso racional de fungicidas

Adubação equilibrada

Espaçamento adequado

Podas

Uso de irrigação

Eliminação de plantas doentes

Estádios de desenvolvimento das flores

Cabeça-de-fósforo

Estádios para pulverizações

Cotonete

Controle Químico

O que significa racionalizar?

Otimizar o controle da doença

Otimizar o uso de fungicidas

Proteger o meio ambiente

Químico

fungicidas protetores – ftalimida (folpet) e ditiocarbamatos

fungicidas sistêmico

– benzimidazóis (carbendazim, tiofanato metílico)

- triazóis (difenoconazole e tebuconazole) – estrobilurinas (trifloxystrobin, pyraclostrobin)

– oxazolidinedionas (famoxadone)

Sobrevivência

na forma de conídios e infecções em tecidos infectados (folhas, ramos e frutos)

Agente causal: Alternaria alternata

Disseminação

- em tecidos infectados (mudas e frutos infectados)

- através do vento, a partir de infecções existentes nos tecidos da planta

Murcott

Murcott

Murcott

Murcott

Sintomas de Mancha Marrom de Alternária (Alternaria alternata)

Minneola Orlando Dancy

Murcott Ponkan

manejo adequado da fertilização (Nitrogênio)

manejo adequado da irrigação podas fungicidas

- protetores – fungicidas cúpricos e ditiocarbamatos

- sistêmicos – estrobilurinas, triazóis e dicarboximidas

P

Número de semanas após a início de brotação e florescimento

E – Estrobilurinas; T – Triazol; C - Cúprico

C

E

Esquema de controle da Mancha de Alternária

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0

E ou T ou C ????

Sempre acrescentar óleo mineral ou vegetal a 0,2%

C C C

E

? ?

Agente causal: Erytricium salmonicolor

Sobrevivência

em infecções em tecidos infectados

Disseminação

através do vento, a partir de infecções existentes nos tecidos da planta

Rubelose

Rubelose

Controle

* poda de galhos doentes * retirada e queima dos galhos podados * pincelamento dos cortes com pasta cúprica, tinta látex ou preservativo de madeira

* pulverização de ramos internos com fungicidas cúpricos ou calda sulfocálcica

* eliminação de plantas doentes

Aspectos epidemiológicos

Agente causal – Guignardia citricarpa

Formas de disseminação

- mudas infectadas (forma quiescente e assintomática)

- folhas (aderidas aos frutos, em veículos (especialmente carrocerias de caminhão e em material de colheita)

- frutos infectados (???)

Formas de sobrevivência

- folhas e ramos verdes (forma quiescente, assintomática)

- folhas e ramos secos (sob a forma de picnídios)

- folhas caídas (pseudotécios e picnídios)

ascósporos conídios

Tipos de sintomas em função do tipo de esporos produzidos

Aspectos da interação Citrus-Guignardia

citricarpa e que, às vezes, favorecem o

patógeno, predispõem as plantas e, por

conseqüência limitam, restringem ou dificultam o

controle do patógeno

Exclusão • Material de propagação sadio

Controle cultural • Manejo de plantas daninhas (roçadeiras) • Adubação equilibrada • Boa sanidade das plantas • Irrigação

Controle químico

Uso de roçadeiras

Uso de trincha + rastelo mecânico

Podas de ramos secos

Benzimidazóis

Estrobilurinas

Sistêmicos Protetores

Cúpricos

Ditiocarbamatos

+ Óleo mineral ou vegetal

Esquema de controle da mancha preta dos citros

Benzimidazóis

-Carbendazim

-Tiofanato metílico

Estrobilurinas

-Pyraclostrobin

-Azoxystrobin

-Trifloxystrobin

Sistêmicos Protetores

Cúpricos

-Oxicloreto de cobre

-Hidróxido de cobre

-Sulfato de cobre

Ditiocarbamatos

-Mancozeb

-Propineb

Grupos químicos e produtos indicados para o controle de G. citricarpa

P P

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0

P

Número de semanas após a queda das pétalas

P – Protetor

Esquema de controle de verrugose e melanose

P P

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0

P

Número de semanas após a queda das pétalas

P – Protetor

P + S

Sempre acrescentar óleo mineral ou vegetal (0,25%)

Esquema de controle de verrugose, melanose e mancha preta. Baixa pressão de inóculo

P P

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0

P

Número de semanas após a queda das pétalas

P – Protetor

Sempre acrescentar óleo mineral ou vegetal (0,25%)

P + S P + S

Esquema de controle de verrugose, melanose e mancha preta. Baixa a média pressão de

inóculo

P

P

Número de semanas após a queda das pétalas

P + S P + S

P P

P

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0

P – Protetor; P+S – protetor + sistêmico + óleo

Esquema de controle de verrugose, melanose e mancha preta. Elevada pressão de inóculo x

var. tardia

Sempre acrescentar óleo mineral ou vegetal (0,25%)

Número total de frutos colhidos e com sintomas do tipo falsa melanose, e

respectivas porcentagens de incidência, em área podada e não podada, em

pomar de laranjeira ‘Natal’. Tambaú/SP, agosto a dezembro, 2006

Datas de

avaliações

Total de frutos

avaliados

No de frutos com sintomas do

tipo falsa melanose

Área podada Área não

podada

31/08/2006 2500 300 (12%) 1600 (64%)

13/09/2006 2500 900 (36%) 2500 (100%)

04/10/2006 2500 900 (36%) 2500 (100%)

23/10/2006 2500 2200 (88%) 2500 (100%)

22/11/2006 2500 1100 (44%) 2500 (100%)

Total/Média 12500 5400 (43,2%) b 11600 (92,8%) a

XNotas conforme escala adotada por Spósito et al. (2004). *Médias seguidas da mesma maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem significativamente entre si (Tukey, P≥0,05)

Índice de doença (ID) em frutos de laranjeira ‘Natal’ apresentando sintomas do tipo falsa melanose, causada por Guignardia citricarpa, em plantas podadas e em plantas não podadas. Tambaú/SP, agosto a dezembro, 2006

Datas de Avaliações Plantas podadas Plantas não podadas

31/08/2006 0,36X 2,00

13/09/2006 1,48 5,32

04/10/2006 1,24 3,60

23/10/2006 2,04 3,08

22/11/2006 1,40 4,24

Total/Média 1,30 a 3,65 b

*No presente caso, não foram realizadas análises estatísticas dos dados, de tal forma que as interpretações restringiram-se exclusivamente a comparações entre os tratamentos avaliados. XDados obtidos a partir de notas estabelecidas conforme escala de notas adotada por Spósito et al. (2004)

Influência da remoção de galhos secos mediante poda, acompanhada de controle químico, no número médio de frutos caídos sob a copa de plantas de laranjeira ‘Natal’. Tambaú/SP, Janeiro a Dezembro, 2006

Datas de Avaliações Plantas podadas Plantas não podadas

31/08/2006 44,0 83,0

04/10/2006 12,0 24,0

23/10/2006 10,0 30,0

22/11/2006 5,0 20,0

Total/Média

17,75b

39,25a

*Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si (t ≥0,05)

Influência da poda, remoção de ramos/galhos secos e tratamento químico nos

níveis de severidade de sintomas do tipo falsa melanose (Guignardia citricarpa)

em frutos de laranjeiras „Natal‟.

Trat

Notas

Número médio de frutos com sintomas do tipo falsa melanose

(`Média de 50 frutos avaliados)/Avaliação

Podadas

1 2 3 4 5

0 44 Aa 32 Ba 32 Ba 6 Dd 28 Ca

1 2 Bd - - 8 Acd 2 Bfg

2 - 2 Cdf 2 Cd 20 Ab 4 Bef

3 2 Dd 6 Cc 8 Bbc 10 Ac 6 Cde

4 - 4 Cce 6 Bc 6 Bd 8 Ad

5 2 Ad - 2 Ad - 2 Afg

6 - 6 Ac - - -

N Podadas

0 18 Ac - - - -

1 - - - 2 Ae -

2 2 Bd - - 6 Ad -

3 26 Bb 2 Ddf 30 Aa 30 Aa 12 Cc

4 2 Dd 6 Cc 10 Bb 10 Bc 20 Ab

5 2 Cd 16 Ab 10 Bb 2 Ce 12 Bc

6 - 26 Aa - - 6 Bde

ABC

abc

Tratamentos Índice de danos Índice de doença

T1 - X + aplicação de enxofre na fase “ping-pong”

1,11 2,45

T2 - X + 1tiofanato metílico + óleo

mineral 1,89 1,54

T3 - X + 1pyraclostrobin + óleo mineral

1,56 1,43

T4 - X + 1pyraclostrobin +

mancozeb + óleo mineral 0,36 0,68

T5 - X + 1carbendazim + mancozeb + óleo mineral

0,45 0,38

T6 - X + 1hidróxido de cobre + óleo mineral

1,72 1,13

Média 1,18b 1,32a XCorresponde a aplicação de oxicloreto de cobre nas fases de ¾ de pétalas caídas e 28 dias após a primeira. 1Tratamentos realizados conforme procedimentos usuais visando o controle de Guignardia citricarpa. *Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si (Teste t ≥0,05)

Reflexos das combinações de uso de fungicidas e acaricidas na severidade do ácaro da falsa ferrugem (P. oleivora), em IDa, e severidade da mancha trincada (G. citricarpa), em ID, em plantas de laranjeira „Natal‟. Tambaú/SP, Janeiro a Dezembro, 2006

Tratamentos 2 Probabilidade de 2* T1 - X + aplicação de enxofre na fase “ping-pong” 4,27 0,01 T2 - X + 1tiofanato metílico + óleo

mineral 4,92 0,02

T3 - X + 1pyraclostrobin + óleo mineral 4,99 0,01 T4 - X + 1pyraclostrobin +

mancozeb + óleo mineral 4,57 0,004

T5 - X + 1carbendazim + mancozeb + óleo mineral 4,99 0,003 T6 - X + 1hidróxido de cobre + óleo mineral 3,48 0,008

*Significativo quando P≤ 5%, logo variáveis são dependentes

Efeito das combinações de uso de fungicidas e acaricidas, na severidade de

sintomas do ácaro da ferrugem (Phyllocoptruta oleivora), em termos de Índice de

danos, e de mancha trincada (Guignardia citricarpa), em termos de Índice de

doença, em frutos de laranjeira ‘Natal’, expressos em elementos de probabilidade.

Tambaú/SP, 2006

Instituições participantes do projeto temático Citrus – Guignardia citricarpa

(Processo Fapesp 01/10993-0)

• FCAV/UNESP – Jaboticabal • ESALQ/USP – Piracicaba • Fundecitrus – Araraquara • CNPDA Embrapa Meio Ambiente - Jaguariúna • Centro APTA Sorocaba e Cordeirópolis • Centro APTA Automação Jundiaí • Centro APTA São Paulo • ITAL – Campinas • UFPR – Curitiba • Embrapa São Carlos • APTA Nova Odessa •Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro • Universidade da Florida

• FAPESP

• FUNDECITRUS

• CNPq

• Cambuhy

• Montecitrus

• Sítio Bela Vista – Conchal

• JF Citros

• Fazenda Santa Helena – Rincão

• Cia Nova América – S. C. R. Pardo

• Citrovita Agrícola

• Citrosol Mudas

• CIA Agrícola Botucatu

• Fazenda São José – Rio Claro

• Louis Dreysus

• Irmãos DalVoglio - Taquaritinga

Agradecimentos

• Basf, Ihara, Sipcam, Improcrop, Syngenta, All Plant, Du Pont, Stoller

• Vicom e Horizon

Muito obrigado !!

ANTONIO DE GOES

Departamento de Fitossanidade

UNESP – Universidade Estadual Paulista

JABOTICABAL - SP

16-32092640

Agoes~fcav.unesp.br

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