View
214
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDAE INTEGRADA
ROBÓTICA EDUCACIONAL: UM IMPORTANTE PASSO PARA A
FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ROBÓTICA
Por: Rodrigo Borges De Almeida
Orientador: Profª Mary Sue de Carvalho Pereira
Rio de Janeiro
2017
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDAE INTEGRADA
ROBÓTICA EDUCACIONAL: UM IMPORTANTE PASSO PARA A
FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ROBÓTICA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Docência do Ensino Superior.
Por: Rodrigo Borges De Almeida
3
AGRADECIMENTOS
Primeiro agradeço a Deus por me dar a
possibilidade de viver, a minha família
por compreender e me motivar a
superar todas as dificuldades que
passo a cada dia e a minha orientadora
Mary Sue por me auxiliar de forma
competente e extremamente
profissional nesse trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho primeiramente
a Deus, o Grande arquiteto do universo,
que me permitiu ser seu operário e
construtor de sua grande obra, que
sempre me dá coragem e força de seguir
a diante.
Dedico aos meus pais, que me deram a
base sólida e o alicerce para construir
minha vida com dignidade, em especial
em memória de minha mãe, que agora ao
lado de Deus continua a me iluminar e ser
minha inspiração para progredir.
E dedico também à minha esposa, que na
grande batalha da vida, se mantém firme
ao meu lado, me amando e apoiando em
tudo que desejo realizar e por fim ao e
meu filho, razão da minha vida, o homem
mais importante no meu caminhar.
5
RESUMO
Profissionais buscam a cada dia uma forma de aprofundar seu
conhecimento na área de robótica, existe hoje uma quantidade enorme de
tutoriais em sites como youtube ensinando como programar e desenvolver
projetos na área da robótica, porem muitos deles amadores, o que não garante
a segurança e o sucesso destes projetos. Com isso, faz-se necessário a
criação de um curso com toda a analise curricular necessária, carga horária,
grade específica e diferenciada dos cursos existentes, também a criação de
centros tecnológicos, laboratórios de robótica, dentro das universidades, onde
este estudo irá possuir todos os pré-requisitos necessários para a formação de
profissionais específicos para área da robótica, pois atualmente cada vez mais
se torna comum a utilização de robôs e objetos autônomos em nosso cotidiano
e este crescimento em sua grande maioria se faz de forma desordenada e sem
segurança de execução alguma.
6
METODOLOGIA
Será um estudo baseado nos artigos publicados na área de robótica e
principalmente livros de robóticas utilizados em países que já possuem o
ensino da Robótica em suas instituições de Ensino, tais como a Bíblia da
Robótica, Robot Builders Bonanza, 4th Edition 4th Editionby Gordon McComb
e o livro Introdução à Robótica: Análise, Controle, Aplicações, 2ª Edição, NiKu.
Pesquisar e abordar conteúdos nos cursos tecnológicos e nas
engenharias se estão adaptadas a realidade da robótica que avança
rapidamente a cada dia em nosso país. Verificar as disciplinas necessárias
para que o curso de robótica possa ser construído de forma plena e sem
déficits de conteúdo. A pesquisa exploratória e aplicada será realizada em
campus de universidades e laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de
universidades e empresas do setor privado que investem neste tipo de
tecnologia.
Analise de estatísticas sobre a aplicação da robótica no mercado de
trabalho, comparando índices de crescimento em vários setores de produção e
o impacto direto no mercado de trabalho, o que justifica a criação do curso,
proposto nesse trabalho.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Robótica Educacional 11
CAPÍTULO II - A Formação em Robótica Educacional 15
CAPÍTULO III - A Criação de um Curso de Pós-Graduação: uma Proposta para
a Formação do Profisisonal de Robótica 21
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 37
INDICE 39
8
INTRODUÇÃO
A ação do homem em seu meio está sofrendo significativas
modificações e/ou reduções advindas de diferentes esferas, em especial a
tecnológica digital e seus dispositivos autônomos. Grandes transformações
também estão ocorrendo na produção industrial, nas relações de trabalho, na
forma de viver do homem e nos estilos de conhecimento, em razão do
desenvolvimento das máquinas informatizadas (PENTEADO, 1999); estas,
inclusive, tem o poder de tomadas de decisões, baseadas em algoritmos e
inteligência artificial. Nessa sociedade automatizada, à educação é dado um
desafio: formar profissionais que atendam de forma qualificada e segura as
novas demandas, desenvolvendo competências no indivíduo para que esteja
em "sintonia" com o novo cenário que se compõe.
De acordo com Marco Antonio Meggiolaro, professor da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o país avançou mais do
que outras nações na área dos dispositivos autônomos: “A robótica teve
crescimento no mundo todo, mas aqui foi ainda mais, porque há 20 anos
existiam poucas pesquisas práticas” (2011, pag7), justifica. Um dos motivos
seria o crescimento das indústrias de microeletrônica no mundo, o que teria
levado a um barateamento geral dos componentes, mesmo quando
importados, tornando-os mais acessíveis aos pesquisadores e
desenvolvedores.
Com o avanço do crescimento da utilização da robótica em nosso
cotidiano, algumas importantes questões devem ser observadas: como esses
robôs estão sendo construídos? Como são desenvolvidos estes dispositivos?
Quem são os profissionais que disponibilizam essas “máquinas” para interagir
com todos nos? Quais qualificações os profissionais de robótica possui para
desenvolver dispositivos autônomos seguros? Ainda não sabemos.
A cada dia, temos registros que drones1 sobrevoam nossas
residências, campos de futebol, shows e locais públicos, e há algum tempo
1 Veículo aéreo não tripulado (VANT) ou drone[1] (do Inglês, zangão), é todo e qualquer tipo de aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Este tipo de aviões é
9
eles vem sendo utilizados para transmissão ao vivo de muitos eventos. Esses
dispositivos vêm recebendo mais funções e inteligência artificial agregada ao
seu sistema, com isso, tornam-se robôs que sobrevoam distâncias cada vez
maiores, com capacidade de reconhecimento facial de seres humanos e
possíveis tomadas de decisão no caso de um reconhecimento “positivo”, por
exemplo; e atualmente, já é possível agregar armas letais a sua estrutura2.
Como estão sendo desenvolvidos esses drones? Que segurança esses
equipamentos possuem? –questões que merecem atenção nesse caso. É claro
que muitos deles são elaborados por empresas da área de robótica e
profissionais qualificados Por outro lado, números mostram que muitas
pessoas, não profissionais, desenvolvem projetos importantes e funcionais
nesta área e, por não encontrarem formação estruturada para estudar
robótica3, fazem de forma amadora, usando vídeos autoexplicativos na internet
e tutoriais mal escritos.
O exemplo dos drones, não significa nem 1% dos dispositivos
considerados robôs ou autônomos, dos que podemos encontrar em nosso dia a
dia: há uma vasta utilização na área agropecuária, como máquinas de
colheitas, irrigação e plantação, e também na medicina, inclusive em casos de
pequenas cirurgias. Os robôs estão presentes em praticamente todas as áreas
– para alguns uma melhoria, para outros a guerra iniciada entre homens e
máquinas, para os amantes de tecnologia trata-se de mais um desafio.
Sabemos que em cada área de formação, seus profissionais ficam
alguns anos estudando os fundamentos de suas disciplinas nas faculdades,
aprendem as melhores práticas e, somente após estágios e experiências
adquiridas no mercado de trabalho, atuam em sua área específica. Entretanto,
no campo da robótica houve em crescimento desordenado na formação do
profissional. Existe o curso de formação em mecatrônica que pode preparar o
profissional que trabalha na criação de robôs e dispositivos autônomos,
controlado à distância por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão de humanos, ou mesmo sem a sua intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP). 2 Segundo o site Carta Capital (www.cartacapital.com.br), O Brasil está entre os Estados que utilizam drones, sem armamentos, para missões militares e fins civis. O País deve, inclusive, começar a desenvolver suas próprias aeronaves, também chamadas de veículos aéreos não tripulados (Vants), em 2014. Recentemente, a Embraer anunciou um acordo com a empresa israelense Elbit Systems para produzir drones no Brasil. 3 Quem é o profissional de robótica: Fonte Site: http://editorial.ciee.org.br/na-pratica-o-que-faz-um-profissional-de-robotica/
10
atualmente, esses profissionais, são oriundos de diversas formações, tais
como: eletrônica, física, matemática, tecnologia da informação, programadores,
engenheiros etc. Com isso, a necessidade da criação de um curso de pós-
graduação que possa atender profissionais das áreas de tecnologia e
engenharias eletrônicas, que de todo o embasamento necessário para a
formação deste profissional, atendendo desde as disciplinas básicas até o fim
da formação de acordo com as normas técnicas, leis e diretrizes necessárias
para a formação de um profissional em robótica.
Diante desse panorama e dos questionamentos aqui levantados, o
presente estudo visa apresentar uma posposta de criação de um curso de
formação acadêmica para o profissional que deseja iniciar o estudo
aprofundado da robótica. Na modalidade de pós-graduação lato sensu, será
exposto neste trabalho qual currículo este profissional deverá seguir para lograr
êxito no curso e, futuramente, a segurança de desenvolver projetos no campo
da robótica, com os recursos tecnológicos necessários e respeitando as
normas e legislações vigentes, bem como uma base sólida em sua formação
acadêmica.
Neste estudo, trataremos no capítulo 1, o surgimento dos robôs e suas
aplicações nos dias atuais com uma explanação teórica do que possuímos de
tecnologia disponível no mercado e futuros estudos sobre o assunto.
No capitulo 2 transcorreremos sobre a formação deste profissional, os
requisitos necessários para sua formação em robótica educacional, o conteúdo
programático do curso e a comparação do profissional de robótica dos dias
atuais.
O capitulo 3, trataremos da criação do curso de acordo com o MEC e
suas regulamentações, bem como um estudo nos campos de atuação que este
profissional poderá exercer seus conhecimentos e como o mercado de trabalho
esta absorvendo esse tipo de profissional.
11
CAPÍTULO I
ROBÓTICA EDUCACIONAL
Por definição Robótica Educacional, é um ramo da educação
e tecnológico que engloba computadores, robôs e computação, que trata de
sistemas compostos por partes mecânicas automáticas e controladas
por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados,
controlados manualmente ou automaticamente por circuitos eléctricos.
Então, qual seria a diferença entre a Mecatrônica, e a Robótica
Educacional? Partimos do principio que a Mecatrônica funciona como uma
espécie de "futuro das engenharias". Inicialmente, o curso tem disciplinas
comuns a qualquer engenharia: Cálculo, Física, Mecânica e Elétrica básica. Na
parte específica do curso, são introduzidas disciplinas que incluem circuitos
lógicos, controle de sistemas mecânicos e automação industrial. Como várias
das disciplinas do curso envolvem aspectos práticos e experimentais, elas
naturalmente incluem aulas em laboratórios específicos.
A sua formação no Brasil pode ocorrer em nível técnico e superior,
como é o caso do técnico de nível médio, técnico em mecatrônica, e nos
cursos de nível superior que levam as mais diversas denominações como a
Engenharia mecatrônica sendo esta considerada também como Engenharia
Mecânica (Com Ênfase em Mecatrônica) ,Tecnólogo em mecatrônica e
Engenharia de Controle e Automação. O Ministério da Educação diferente de
outros países define o curso de graduação de Engenharia de Controle e
Automação como o que representa oficialmente esta formação; no entanto,
pode-se encontrar essa formação também como Engenharia Mecatrônica.
Ou seja, não podemos confundir com a área de robótica especifica, pois
ela tem diferentes enfoques, apesar de que grande parte do curso de
mecatrônica, ser voltado para sistemas autônomos e muitas vezes abordar a
utilização de robôs. Porem, a robótica é mais especifica e usa a base da
engenharia para a sua completa formação.
12
1.1 Fundamentos da robótica e da robótica educacional
Podemos dizer que o conceito de robot data dos inícios de nossa história,
quando em civilizações antigas faziam referencia a mecanismos que ganhavam
vida. No inicio da civilização grega, os primeiros modelos de robot que
encontramos eram figuras com aparência humana e/ou animal, que usavam
sistemas de pesos e bombas pneumáticas, seria a primeira abordagem de um
Robot, utilizando as técnicas disponíveis durante aquele tempo.
As civilizações daquela época não tinham nenhuma necessidade prática ou
econômica, nem nenhum sistema complexo de produtividade que exigisse a
existência deste tipo de aparelhos.
Cientistas árabes acrescentaram um importante e novo conceito à ideia
tradicional de robots, concentrando as suas pesquisas no objetivo de atribuir
funções aos robots que fossem ao encontro das necessidades humanas. A
fusão da ideia de robots e a sua possível utilização prática marcaram o início
de uma nova era.
Talvez a maior contribuição, tenha sido do mestre Leonardo DaVinci, que
abriu caminho a uma maior aproximação ao complexo mundo dos robots.
DaVinci desenvolveu uma extensiva investigação no domínio da anatomia
humana que permitiu o alargamento de conhecimentos para a criação de
articulações mecânicas. Como resultados deste estudo desenvolvido surgiram
diversos exemplares de bonecos que moviam as mãos, os olhos e as pernas, e
que conseguiam realizar ações simples como escreverem ou tocar alguns
instrumentos.
Nikola Tesla, cientista na área da robótica, emigrou da Croácia para a
América em 1800 e a propósito do grande desenvolvimento dos robots e das
grandes expectativas criadas em redor destes, afirmou: "I treated the whole
field broadly, not limiting myself to mechanics controlled from a distance, but to
machines possessed of their own intelligence. Since that time had advanced
greatly in the evolution of the invention and think that the time is not distant
when I shall show an automation which left to itself, will act as though
possessed of reason and without any willful control from the outside." O que
13
significa:
Desde que esse tempo avançara muito na evolução da invenção e
pensasse que o tempo não é distante quando eu mostrarei uma automação
que saiu a si mesmo, agirá como possuído da razão e sem qualquer controle
voluntário do exterior.
Na história, o termo Robô foi pela primeira vez utilizado por Karel Capek
(1890-1938) numa Peça de Teatro - R.U.R. (Rossum's Universal Robots, cujo
livro foi lançado no Brasil pela editora Hedra com o título A Fábrica de
Robôs),[1]- estreada em Janeiro de 1921 (Praga)[2].
Já o termo robótica foi introduzido e popularizado pelo escritor de Ficção
Cientifica Isaac Asimov, na sua ficção "I, Robot" (Eu, Robô), de 1950. Asimov,
propôs a existência de três leis da robótica, que foram importantes para os dias
atuais e um ponto de reflexão para este trabalho, são elas:
1ª Lei: Um robot não pode ferir um ser humano ou, por omissão,
permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robot deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por
seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a
Primeira Lei.
3ª Lei: Um robot deve proteger sua própria existência desde que tal
proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Lei Zero: Um robot não pode fazer mal à humanidade e nem, por inacção, permitir que ela sofra algum mal.
Porém, atualmente, estas leis são entendidas numa perspectiva
puramente ficcional, pois no tempo em que foram escritas não se imaginava o
desenvolvimento vertiginoso que iria ocorrer nesta área.
A Robótica educacional, também chamada de Robótica pedagógica,
que permite a implementação de um novo tipo de aprendizagem, mais
eficiente, que agrega muito mais valor ao conhecimento. Aspectos importantes,
que normalmente não são trabalhados numa aula comum, são muito utilizados,
como por exemplo: multidisciplinaridade, trabalho em equipe, senso crítico,
capacidade de solucionar problemas, criatividade e exposição de
pensamentos. Esse método do aprendizado, através da Robótica, é muito
14
utilizado em países de primeiro mundo, em que o ensino básico é um exemplo
a ser seguido.
1.2 Robótica educacional e sua importância na formação do
profissional de robótica.
Com o crescimento cada vez maior da área de Robótica, faz-se
necessário uma preparação cada vez maior de seus profissionais, segundo o
artigo publicado no site da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-
PR), em 06/10/2015, a Robótica deve ser inicialmente introduzida no Ensino
Fundamental, como uma nova cultura, a do estudo dos robôs e com isso
também possam despertar o interesse nas áreas de exatas e principalmente
nas engenharias.
Existem já no Brasil, algumas iniciativas de estudo da Robótica inclusive
na pré-escola, com crianças de 5 anos de idade, é o exemplo do LA Robótica
Educacional, que utiliza uma metodologia diferenciada e num cenário especial
onde desenvolvem projetos mecatrônicos em ambientes de eletrônica,
informática e mecânica com a orientação de professores dentro e fora de
escolas. A L.A. Robótica Educacional é uma rede de franquias, com sede e
forte representação em Curitiba no Paraná.
"O resultado é uma pessoa muito mais preparada para enfrentar os
desafios educacionais e profissionais". (Leandro Augusto - Diretor da L.A
Robótica Educacional).
Ricardo Diogo, professor da PUC-PR, afirma que, para que se
interessem pelas áreas tecnológicas, os estudantes devem receber estímulos
ainda jovens, desde o Ensino Fundamental. “É certo que aqueles que queiram
se aventurar na engenharia precisam de mais base de estudos, principalmente
quanto a conceitos matemáticos. Por essa defasagem, o número de
desistências durante a graduação acaba sendo alto”, acredita. o empenho
necessário para se estudar engenharia. “Muitos dos estudantes não enxergam
os benefícios de uma formação, desistem e acabam não colhendo bons frutos
no futuro”.
Ou seja, de acordo com diretores de instituiçoes de ensino e
pesquisadores da area de tecnologia, podemos observar que já existe uma
15
grande preocupaçao na formação destes profissinais, a Robótica Educacional é
uma importante ferramenta na construção do profissinal das areas, porem para
as criança ela exerce um poder muito maior, pelo fascinio que ela exerce, por
operar robores, dispositivos que respondem a commandos de voz etc. É a
tecnologia, em sua essência, auxiliando na transformação de uma realidade
educacional, até então maçante e que já não mais atendia ao jovem do século
XXI, imerso em uma realidade sem fronteiras.
No cenário empresarial podemos encontrar empresas que já se
preocupam com investimento na informática educacional, podemos encontrar
empresas como a XBot tem investido no departamento de educação
tecnológica com foco na criação de uma metodologia de ensino e material de
apoio para serem utilizados com os robôs e as bancadas educacionais
fabricadas pela empresa. Inicialmente, o trabalho esta direcionado para o
ensino médio técnico e graduação, onde questões da melhoria da curva de
aprendizado dos alunos estão sempre na pauta das diretorias de ensino das
escolas. E para melhorar o processo de transferência do conhecimento faz se
necessárias atividades práticas para que os alunos possam aprender
corretamente os conteúdos das ementas das disciplinas que estão cursando.
A empresa investiu em 2 produtos no início deste mercado nacional, o
primeiro é uma metodologia para ensino de linguagem de programação que
tem como objetivo ajudar o professor em sala de aula a permitir que os alunos
possam aprender, saindo da abstração e colocando em prática os
ensinamentos teóricos por meio de dez planos de aula práticos. Esses planos
foram elaborados para o uso do Curumim. Também foi criado um portal
educacional (www.portal.xbot.com.br) que faz parte do processo de
implantação e acompanhamento da metodologia de ensino no dia-a-dia dos
professores. Esta metodologia inicia-se com um curso presencial para os
professores para que eles possam praticar os planos de aula e terem maior
afinidade com a metodologia proposta.
O segundo produto visa ensinar tópicos de eletrônica digital e para isto
conta com a bancada educacional Curumim. Foram formulados sete planos de
aula que versam sobre o conteúdo oferecido na disciplina de eletrônica digital
de cursos como técnico em mecatrônica e técnico em eletrônica, ambos da
rede SENAI.
16
Podemos observar que existem instituições de credibilidade no mercado
Brasileiro, que já se preocupam com a melhoria do ensino da robótica,
dedicados no investimento desde o inicio da formação acadêmica do aluno nos
primeiros anos do ensino médio e fundamental, para o diretor de Educação e
Tecnologia da XBot, Dr. Antônio Valério Netto, o objetivo é atrair e prender a
atenção dos estudantes com um conteúdo prático que também pode ajudar a
reduzir o baixo aproveitamento escolar. Isso acontece porque a metodologia
proposta busca aumentar a motivação e o engajamento dos alunos,
contribuindo para uma aprendizagem mais eficaz. Para Valério, a metodologia
surgiu ao aproveitar as três principais ações que as pessoas estão suscetíveis
quando buscam se entreter que são: envolvimento, interação e imersão.
1.3 Aplicações experimentais, crescimento amador e insegurança
na execução de projetos de dispositivos autônomos
Apesar de já existirem algumas iniciativas como foi citado
anteriomente, a formação do professional de robótica ainda recai em uma série
de deficiências, tanto na formação básica, quanto nos cursos mais avançados.
Observamos claramente, que muitos profissionais, são oriundos de outras
formações e despertam em um determinado momento de suas carreiras o
interesse em trabalharem com robótica, porem em muitos casos esses
profissionais, ja estão desenvolvendo projetos em robóticas como podemos
perceber nos milhares de projetos existentes em sites como youtube.
A gravidade não é mostrada de forma tão aparente para alguns mas
buscando alguns exemplos podemos perceber o que podemos encontrar de
forma livre no youtube, a seguir, uma lista de titulos encontrados no site:
• Como construir um robô com partes de um celular velho [Área 42] ; • Construí um mega robô! Gambiarras extremas!; • Como Fazer o Incrível Robô Giroscópio - Robótica Caseira; • Tutorial completo, Drone voador (Passo a passo);
Com títulos similares, podemos encontrar centenas de vídeos, o que
por um lado pode parecer legal, a facilidade que temos de hoje em dia criar
robôs e dispositivos que podem funcionar de maneira autônoma, contudo, isso
17
aumenta o lado da falta de segurança, drones possuem hélices, motores de
alta rotação que voam grandes altitudes, pondo em risco vários cidadãos em
uma simples brincadeira, segundo o sites globo.com o artista Enrique Iglesias
sofre um acidente com drone durante o show e precisa passar por cirurgia
(Site: http://ego.globo.com/famosos/noticia/2015/06/apos-acidente-com-drone-
enrique-iglesias-passa-por-cirurgia-na-mao.html)
Dentro da abordagem de projetos experimentais, temos os carros
autônomos, ou seja, tiramos os condutores dos veículos e passamos para os
robots a condução de nossos veículos, segundo um estudo recente feito pelo
Instituto de Pesquisa em Transportes da Universidade de Michigan: ao que
parece, esses veículos são vítimas de acidentes com maior frequência do que
os automóveis comuns.
O fato é que a pesquisa traz dados que impedem uma comparação
realmente equilibrada. Novamente, os números explicam: foram registrados um
total de apenas 1,2 milhões de milhas percorridas pelos carros automáticos,
limitados a territórios específicos dos EUA, contra as 3 trilhões de milhas
anuais que os automóveis normais acumulam anualmente só no país. Os
próprios pesquisadores do estudo admitem que a diferença nesses números
geram uma enorme margem de erro, mesmo com todos os esforços para
compensar as informações.
Mais importante do que isso, no entanto, é que nenhum dos casos de
acidentes já registrados foram causados por um erro no sistema de direção
automatizada da Google. Em todos eles, os carros da gigante de Mountain
View foram as vítimas, na verdade. E o motivo? Sempre por falha humana dos
pilotos dos outros carros.
“Alguém poderia concluir que veículos auto-dirigidos são mais
perigosos. Eles parecem ser mais suscetíveis a se envolverem em batidas em
geral (embora não sejam os culpados e sempre sendo atingidos por veículos
convencionais), mas os ferimentos que ocorreram foram menos severos, e
todos menores, até agora”, disse Brandon Schoettle, um dos pesquisadores
envolvidos no estudo, ao jornal NBC News.
Schoettle também nota que os acidentes, embora mais frequentes e
causassem ferimentos com mais facilidade, jamais envolveram qualquer
fatalidade. “Eles não estiveram envolvidos em alguns dos tipos de batida mais
18
severos, como batidas frontais ou aquelas envolvendo pedestres. Mais batidas
de veículos autônomos, até agora, não querem dizer necessariamente menos
seguro”, explica ele.
Sabemos que para que seja perfeita a criação e desenvolvimento deste
tipo de veículo, sempre o principal causador do sucesso ou do fracasso, serão
os profissionais que estão projetando o veículo, pois o robot reproduz
instruções inseridas pelo homem, que pode ser o ponto de falha de todo o
sistema. Mais uma vez recaímos na perfeita formação dos profissionais desta
área.
Em um artigo pulicado no Jornal Estadão, em 27/01/2017, diz que a
Alemanha autoriza carros autônomos a circularem nas estradas, segundo a
agência EFE. A intenção da medida, de acordo com o governo, é ajudar a
Alemanha a ser o país com a legislação de trânsito mais avançada do mundo.
Apesar da autorização, a responsabilidade dos condutores será mantida,
mesmo que a tecnologia esteja sendo usada ou não.
Para auxiliar na resolução de acidentes, os carros de condução
independente terão um dispositivo de gravação de dados, chamado de "caixa-
preta". A nova lei, que será criada para abranger o uso do equipamento, será
vigente para automóveis que permitem ao motorista ler e-mails, falar ao
telefone, navegar pela internet e desligar espontaneamente a condução
automática.
Ou seja, em pesquisas no mundo, já podemos perceber a utilização de
veículos autônomos a circularem pelas estradas, porem também será
necessária a mudança em legislações de transito, o que já vem sendo feito em
um panorama mundial.
Quando tratamos de Drone, podemos encontrar algo ainda mais grave,
segundo uma notícia publicada no site da UOL, a matéria intitulada de
“PERIGO: Drone caseiro é equipado com pistola”
(http://airway.uol.com.br/perigo-drone-caseiro-e-equipado-com-pistola/)
sabemos a facilidade de publicar um conteúdo e de como realizar a montagem
destes dispositivos, fica bem difícil de controlar, pois não há impedimento para
este tipo de publicação e também ainda não contamos com as leis
aeronáuticas que fiscalizam o voo destes dispositivos, porem a cada dia são
mais comuns o voo destes dispositivos, então qual seria a forma de controlar a
19
forma que estes equipamentos são criados? A resposta correta seria: A
formação correta!
CAPÍTULO II
A FORMAÇÃO EM ROBÓTICA EDUCACIONAL
Vivemos em uma era de mudanças constantes principalmente na área
de tecnologia, com isso temos que ter a agilidade de adaptação ao mercado e
a flexibilidade para acompanhar novas tecnologias, processos e metodologias
são demandas cada vez mais frequentes. Com o mercado de trabalho cada
vez mais competitivo, dinâmico e exigente, a qualificação profissional tem se
tornado um assunto em constante evidência. Antes, com um diploma de
graduação o profissional conseguia uma boa colocação. Hoje em dia, um
diploma de pós-graduação, o domínio de outros idiomas e a atualização
constante em sua área de formação é imprescindível para garantir a
empregabilidade.
Uma das principais vantagens de dar prosseguimento aos estudos é o
direcionamento da carreira e a definição de uma linha de atuação. A graduação
é muito ampla. Nos dias de hoje, o profissional tem que ter uma visão
generalista, mas é importante também se especializar em uma área. E
exatamente isso que os cursos e a formação continuada fazem. Afunilam o que
se aprende e desponta o perfil dos profissionais e para onde eles querem ir a
suas carreiras e em sua área de atuação.
Cabe ao profissional buscar elementos sobre quais atividades fazer e ter
em mente que precisa reservar um espaço em sua vida para se modernizar de
alguma forma. Vale toda forma de participação que acrescente pontos ao seu
currículo, a sua formação e ao seu desenvolvimento.
A formação continuada abre muitas portas para impulsionar a carreira e
algumas áreas têm uma demanda maior por profissionais especializados. Mas
não adianta nada fazer só porque todo mundo está fazendo, o curso e a
formação devem fazer sentido para os objetivos profissionais, além do mais,
essas atualizações são tão importantes que muitas vezes são consideradas
20
pelas empresas, nas avaliações internas, para efeito de promoção de cargos e
aumentos salariais e outros benefícios.
De maneira geral, os profissionais mais qualificados são muito bem-
vistos e necessários no mercado de trabalho. Quem se prepara tem mais
disposição para enfrentar desafios e tem vontade de se atualizar sempre mais.
A educação continuada deve ser vista como uma estratégia para o
crescimento profissional e pessoal. Gerenciar a sua carreira e a própria
formação são requisitos básicos para quem quer se destacar no mercado de
trabalho.
O conceito de educação continuada está cada vez mais atual no dia-a-
dia dos profissionais, principalmente em plena era do conhecimento e de
aceleradas mudanças tecnológicas. O profissional precisa e necessita estar
firmemente aprimorando suas habilidades, competências e informações
técnicas.
Ao longo da vida, muitas informações são transmitidas e estudadas. São
aprendizados constantes, entretanto o que se mantém depende muito do
empenho que se tem e do nível de importância que cada novo conhecimento
ou conteúdo é transmitido.
É por tudo isso que mesmo atuando na mesma profissão por muitos
anos e tendo um curso superior de graduação, pós-graduação ou mestrado, é
importante estar sempre se atualizando para acompanhar as mudanças
tecnológicas, de atuação e do mercado e assim fazer a gestão da carreira e
manter a empregabilidade em alta.
2.1 Aspectos fundamentais para um profissional de robótica
O profissional desta área, irá atuar em áreas distintas do mercado de
trabalho, e em vários segmentos, atualmente a automação de máquinas
atingem diversos setores, não somente os que pensávamos na criação dos
primeiros robôs, dentre os vários campos de atuação, podemos citar :
medicina, agricultura, automotiva, têxtil, alimentícia, artes, construção civil,
21
mecânica, área militar, e muitas outras. De acordo com o artigo publicado na
FACTHUS, pelo pesquisador SILVA, Mario, de outubro 2010, define que:
A ideia principal da criação de um robô é pela a adaptabilidade que
possuem em ambientes agressivos aos seres humanos. Sendo mais precisos e
não necessitam de fatores biológicos que nós precisamos, além das
características já mencionadas neste artigo. Citaremos algumas aplicações da
robótica de forma geral na sociedade e sua importância:
Carregamento da máquina: Ocorre um fornecimento de peças, ferramentas ou
remoção de partes de dispositivos, o robô neste caso apenas manipula peças
dentro de um conjunto de operações e não as altera.
Local e Operações: Recolocação de peças, exemplos, cartuchos, montagens
simples, colocar peças em dispositivos entre outros exemplos, a função básica
do robô é simplesmente colocar peças em diferentes lugares;
Soldagem e Usinagem: O robô tem a função de soldagem e usinagem, são
robustos, trabalhando de forma uniforme e preciso. Esta aplicação é a mais
popular na indústria automotiva;
Pintura: É bem popular na indústria automotiva, trabalha de forma precisa e
continua, como a pintura tem um odor bem característico, traz benefícios ao ser
humano para á não inalação de tal produto; Ouvir.
Inspeção: Inspeção de peças, placas de circuitos, e outros produtos similares,
sistema de visão de raio-X dentre outros equipamentos. As funções assumidas
pelo robô que pode ser acoplado por exemplo, com o CAD, que permite a
simulação, detalhes adicionais e vistas de equipamentos, estruturas e
processos, ou seja, existem programas onde se pode verificar, calcular e obter
um resultado mais próximo da realidade baseado na inspeção;
Montagem: Na robótica a montagem é uma das tarefas mais complicadas,
porque envolve mais de uma peça e consequentemente muitas operações, as
peças, por exemplo são identificadas e localizadas em uma determinada ordem
22
para assim serem instaladas e bem ajustadas no conjunto. Montagem envolve
empurrar, dobrar, girar equilibrar. Outro fator importante é o dimensionamento
das peças, onde qualquer variação pode danificar todo o conjunto;
Manufatura: Seriam as diversas operações que um robô faz, dentre elas temos:
montagem, remoção de materiais, perfuração, inserção de peças, tais
componentes eletrônicos em placas de circuito, a instalação de placas em
aparelhos eletrônicos e outras operações similares.
Vigilância: a vigilância tem sido largamente utilizada na indústria, um exemplo
seria no controle de tráfego, ou câmeras de vigilância para detectar as placas
dos carros, com alta velocidade
Medicina: Um exemplo usado na medicina é o Robodoc que foi projetado para
ajudar nas operações de um cirurgião o substituindo. Algumas funções por ele
executada é por exemplo, furação do crânio com a dimensão e precisão exata,
além disso, a orientação e a forma do osso pode ser determinada por
Tomografia Computadorizada e transferidos para o controlador do robô, que
direciona os movimentos para melhor ajuste. “O robô chamado da Vinci
Surgical Robot, que é aprovado pelos EUA Food and Drug Administration
(FDA), foi utilizado para realizar a cirurgia abdominal” (NIKU, 2001).
Pessoas com deficiência: Segundo Saeed Niku, 2001 um estudo foi
realizado com um pequeno robô de mesa para se comunicar com pessoas
deficientes e executar tarefas como colocar comida no microondas e entregar
para a pessoa comer, entre outras funções.
Ambientes perigosos: Os robos são criados e adaptados para sobreviverem em
ambientes grosseiros, onde mesmo a vida humana não suportaria. Por
exemplo, em ambientes com elevados niveis de temperatura, radiação, como
os robots não se tem uma preocupação que se teria com o ser humano;
Podemos perceber segundo autor, que a robótica atua em diversos
segmentos, e podem fazer parte de projetos complexos para a criação de
23
máquinas, robôs, manipuladoras industriais, peças inteligentes e sistemas de
automação e computação.
Mas, afinal, qual curso é o mais indicado para quem deseja seguir essa
área? Atualmente é o de Engenharia Mecatrônica, bacharelado que dura em
média 5 anos. Esse profissional tem conhecimento nos segmentos de
mecânica, eletricidade, eletrônica e computação; é responsável pelo
desenvolvimento de projetos de equipamentos inteligentes, projetos de linhas
produtivas automatizadas; implantação de softwares para a área industrial e
controle e manutenção de equipamentos; entre outras atividades.
2.2 O percurso educacional do profissional de robótica: um
panorama nacional
Com o crescimento da Robótica em todo mundo, o Brasil pode não
aparecer as primeiras posições do Ranking mundial que mede o crescimento
de robótica no mundo, porem já mostra um crescimento acentuado, segundo
pesquisa realizada pela revista EXAME.com: Brasil ocupa a 37ª posição, atrás
de países como Tailândia (26ª), África do Sul (28ª), México (32ª), Indonésia
(34ª) e Argentina (36ª). Apesar do forte crescimento de 7,5% no Produto
Interno Bruto (PIB) registrado no ano retrasado, o Brasil ainda tem densidade
inferior a 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores, um indício de que a
indústria nacional ainda deve se modernizar para elevar a competitividade e a
produtividade a nível global. ”
Segundo o artigo: no Brasil, 640 robôs industriais foram adquiridos em
2010, de acordo com o estudo. A cifra foi 29% maior que no ano imediatamente
anterior e tendência é que este número continue crescendo. Em 2011, a
estimativa de crescimento para a indústria robótica mundial é de 18%, com
vendas de 139.300 unidades, impulsionadas principalmente pelos BRICs, que
devem investir cada vez mais na modernização das suas plantas para ganhar
competitividade. Já para o período 2012-2014, a projeção é de uma expansão
de 6%, em média, nas vendas a cada ano.
Isso mostra a grande utilização de robôs na área industrial, o que remete
24
diretamente na economia e na geração de empregos, é aí que aparece o
profissional de robótica no mercado. Para Marcello Pia, especialista de
desenvolvimento industrial do SENAI, a chegada dos robôs na indústria não
representa o fim do emprego, mas sim uma mudança nas funções
desempenhadas pelos humanos. “As ocupações de caráter manual são
eliminadas, sendo substituídas por máquinas. Por outro lado, as pessoas que
desempenham estes trabalhos podem ser capacitadas e qualificadas para
agora operarem os robôs”, argumenta.
Segundo Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC. Ele é favorável à modernização da indústria automotiva brasileira e à
implantação de novos robôs, mas adverte que todo processo de automação
deve ser discutido entre as montadoras e o sindicato antes de ser aplicado.
“Quando ocorre um projeto de automação, verificamos se a vaga do
profissional vai ser substituída por uma máquina. Diante disso, negociamos
com as montadoras a possibilidade de remanejamento do trabalhador ou
sugerimos outra função, com o mesmo salario e/ou mais alto”, explica Nobre.
Diante do exposto pelos autores, percebemos que todo questionamento
de que se um dia as máquinas poderão substituir os trabalhadores na indústria
automotiva, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirma:
“Teremos menos vagas no futuro. Por outro lado, teremos mais gente
qualificada. Não estaremos falando de operários, mas sim de engenheiros e
técnicos. Teremos um novo perfil de trabalhador nas próximas décadas”,
acredita.
Com isso, faz-se necessário cada vez mais, a nível nacional, o
investimento neste ramo, a qualificação dos profissionais torna-se fundamental
para o preenchimento das novas oportunidades que estão surgindo no
mercado.
2.3 Estratégias informais para a formação do profissional de
robótica
25
O mercado de robótica como citado anteriormente, esta praticamente no
inicio no Brasil, sabemos que existem países bem mais desenvolvidos na área
e com diversas opções de formação de profissionais. Porem, existem algumas
iniciativas que o profissional pode se aprimorar antes mesmo de ingressar em
uma graduação na área. Podemos encontrar cursos on-line de grandes
institutos como o renomado MIT (Massachusetts Institute of Tecnology) um dos
maiores centros de pesquisa de Tecnologia do mundo, e também a
universidade de Stanford, também uma das maiores do mundo. Esses
institutos oferecem cursos on-line, muitos até grátis, com conceitos altamente
avançados e com a segurança em seus projetos.
Segundo o site www.estudarfora.org existem 6 cursos de engenharia on-
line e de acordo com os principais rankings da área (THE e QS). Ingressar em
tais escolas, no entanto, seja para um curso de graduação ou pós, requer um
alto investimento de tempo (para a realização do processo seletivo) e
principalmente de dinheiro.
Um curso de mestrado, por exemplo, não sai por menos de US$ 60.000
– e isso sem contar os gastos com alimentação, hospedagem etc. Porem,
existe a possibilidade de estudar nessas universidades de excelência sem
gastar nada e sem sair de casa. E o melhor: você não precisa sequer ser
fluente em inglês, já que os cursos são legendados para o português.
Podemos observar que existe a possibilidade de já investir na carreira de
robótica com a excelência de grandes institutos renomados no exterior,
existindo também a possibilidade de cursar um conteúdo diferenciado, porem
de qualidade em escolas nacionais, a Escola Publica de Robótica é uma
iniciativa de ter acesso a um acervo de materiais que, abertos ao público,
possibilitam a educação nas diversas áreas da Robótica para qualquer um que
deseje aprender. Com o apoio de outras iniciativas abertas como o Torneio
Juvenil de Robótica, os recursos da Escola Pública de Robótica vão ao
encontro das necessidades educacionais de uma nova geração.
Sabemos que isso vai de encontro ao fato abordado no capitulo anterior
onde discorremos sobre as iniciativas de projetos feitos sem segurança e
fundamentos, porem os cursos citados neste capitulo, são se locais confiáveis
e renomados que os estudantes cursando ou pretendendo ingressar na área de
robótica, podem realizar com segurança e já se aprimorar na área, levando
26
para a graduação um conhecimento que servirá de pré-requisito para algumas
disciplinas.
CAPÍTULO III
A CRIAÇÃO DE UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO: UMA
PROPOSTA PARA A FORMAÇÃO DO PROFISISONAL DE
ROBÓTICA
Tendo em vista, a importância de uma pós-graduação na vida
profissional, o foco deste estudo foi unir subsídios para demonstrar a
importância da especialização na carreira dos profissionais de robótica e
alunos oriundos de outras áreas de tecnologia que buscam maior
especialização nesta área, de acordo com Marcia Luz, psicóloga e
administradora de RH, diz que: a experiência e o aprendizado obtidos nos
bancos das universidades já estão longe de ser suficientes para garantir o
posicionamento dos profissionais no mercado de trabalho. As instituições
públicas de ensino por vezes voltam os seus programas para o
desenvolvimento acadêmico e produção de conhecimento científico, sem
calejar os alunos para a carreira na iniciativa privada.
Com isso, um curso de pós-graduação pode ser uma alternativa
essencial. Nos últimos anos, têm surgido no Brasil não apenas novas - e
credenciadas - escolas de MBA e especialização, mas também novas
alternativas e modalidades de cursos. O objetivo é atender a uma demanda de
profissionais que já atuam no mercado, e não têm tempo nem tanta disposição
para enfrentar as fileiras da sala de aula.
Durante esta pesquisa foi observado que no cenário mundial existem
muito mais opções de pós-graduação voltadas para a área de robótica do que
no Brasil, e ainda estamos iniciando essa modalidade. Daí a iniciativa de
estudo mais aprofundada da criação do curso de pós-graduação em robótica.
27
3.1 Aspectos constitucionais, legais e acadêmicos
A criação de cursos de pós-graduação lato sensu - especialização é
regulada pela Resolução CNE nº 1 de 3 de abril de 2001, que fixa condições de
validade dos certificados de cursos de especialização e legislações vigente da
instituição que o curso for criado.
A proposta será a criação de um curso de Pós-graduação Lato Senso
em Robótica, que poderá ser cursada por estudantes das diversas áreas de
tecnologia e afins.
Os cursos de especialização serão abertos à matrícula de portadores
de diploma de curso superior que cumpram as exigências de seleção que lhe
são próprias;
A qualidade mínima exigida ao corpo docente é o titulo de Mestre,
obtido em curso reconhecido pelo MEC (exceções constam nos parágrafos do
art. 8º da Resolução CNE nº 1 de 3/04/2001). A duração mínima dos cursos é
de 360 horas, não computado o tempo de estudo individual sem assistência
docente, e o destinado à elaboração de monografia ou trabalho de conclusão
do curso;
Na integra da Lei temos:
O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional
de Educação, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o disposto no
Art. 9º, § 2º, alínea “g”, da Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a
redação dada pela Lei 9.131, de 25 de novembro de 1995, e nos artigos 9º,
incisos VII e IX, 44, inciso III, 46 e 48, §§ 1º e 3º da Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, e o Parecer CNE/CES 142/2001, homologado pelo Senhor
Ministro da Educação em 15 de março de 2001,
RESOLVE:
Art. 1º Os cursos de pós-graduação stricto sensu, compreendendo
programas de mestrado e doutorado, são sujeitos às exigências de
autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previsto na
legislação.
§ 1º A autorização, o reconhecimento e a renovação de
reconhecimento de cursos de pós-graduação stricto sensu são concedidos por
28
prazo determinado, dependendo de parecer favorável da Câmara de Educação
Superior do Conselho Nacional de Educação, fundamentado nos resultados da
avaliação realizada pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – CAPES e homologado pelo Ministro de Estado da
Educação.
§ 2º A autorização de curso de pós-graduação stricto sensu aplica-se
tão-somente ao projeto aprovado pelo CNE, fundamentado em relatório da
CAPES.
§ 3º O reconhecimento e a renovação do reconhecimento de cursos de
pós-graduação stricto sensu dependem da aprovação do CNE, fundamentada
no relatório de avaliação da CAPES.
§ 4º As instituições de ensino superior que, nos termos da legislação
em vigor, gozem de autonomia para a criação de cursos de pós-graduação
devem formalizar os pedidos de reconhecimento dos novos cursos por elas
criados até, no máximo, 12 (doze) meses após o início do funcionamento dos
mesmos.
§ 5º É condição indispensável para a autorização, o reconhecimento e
a renovação de reconhecimento de curso de pós-graduação stricto sensu a
comprovação da prévia existência de grupo de pesquisa consolidado na
mesma área de conhecimento do curso.
§ 6º Os pedidos de autorização, de reconhecimento e de renovação de
reconhecimento de curso de pós-graduação stricto sensu devem ser
apresentados à CAPES, respeitando-se as normas e procedimentos de
avaliação estabelecidos por essa agência para o Sistema Nacional de Pós-
Graduação.
Art. 2º Os cursos de pós-graduação stricto sensu oferecidos mediante
formas de associação entre instituições brasileiras ou entre estas e instituições
estrangeiras obedecem às mesmas exigências de autorização, reconhecimento
e renovação de reconhecimento estabelecido por esta Resolução.
Parágrafo único. A emissão de diploma de pós-graduação stricto sensu
por instituição brasileira exige que a defesa da dissertação ou da tese seja nela
realizada.
Art. 3º Os cursos de pós-graduação stricto sensu a distância serão
oferecidos exclusivamente por instituições credenciadas para tal fim pela
29
União, conforme o disposto no § 1º do artigo 80 da Lei 9.394, de 1996,
obedecendo às mesmas exigências de autorização, reconhecimento e
renovação de reconhecimento estabelecidas por esta Resolução.
§ 1º Os cursos de pós-graduação stricto sensu oferecidos a distância
devem, necessariamente, incluir provas e atividades presenciais.
§ 2º Os exames de qualificação e as defesas de dissertação ou tese
dos cursos de pós-graduação stricto sensu oferecidos a distância devem ser
presenciais, diante de banca examinadora que inclua pelo menos 1 (um)
professor não pertencente ao quadro docente da instituição responsável pelo
programa.
§ 3º Os cursos de pós-graduação stricto sensu oferecidos a distância
obedecerão às mesmas exigências de autorização, reconhecimento e
renovação de reconhecimento estabelecidas por esta Resolução.
§ 4º A avaliação pela CAPES dos cursos de pós-graduação stricto
sensu a distância utilizará critérios que garantam o cumprimento do preceito de
equivalência entre a qualidade da formação assegurada por esses cursos e a
dos cursos presenciais.
Art. 4º Os diplomas de conclusão de cursos de pós-graduação stricto
sensu obtidos de instituições de ensino superior estrangeiras, para terem
validade nacional, devem ser reconhecidos e registrados por universidades
brasileiras que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados na
mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior ou em área
afim.
§ 1º A universidade poderá, em casos excepcionais, solicitar parecer
de instituição de ensino especializada na área de conhecimento na qual foi
obtido o título.
§ 2º A universidade deve pronunciar-se sobre o pedido de
reconhecimento no prazo de 6 (seis) meses da data de recepção do mesmo,
fazendo o devido registro ou devolvendo a solicitação ao interessado, com a
justificativa cabível.
§ 3º Esgotadas as possibilidades de acolhimento do pedido de
reconhecimento pelas universidades, cabe recurso à Câmara de Educação
Superior do Conselho Nacional de Educação.
30
Art. 5º É admitida, excepcionalmente, a obtenção de título de doutor
mediante defesa direta de tese, de acordo com o que estabelecerem as
normas da universidade onde tal defesa for realizada.
§ 1º A defesa direta de tese de doutorado só pode ser feita em
universidade que ofereça programa de doutorado reconhecido na mesma área
de conhecimento.
§ 2º O diploma expedido após defesa direta de tese de doutorado tem
validade nacional.
Art. 6º Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por
instituições de ensino superior ou por instituições especialmente credenciadas
para atuarem nesse nível educacional independem de autorização,
reconhecimento e renovação de reconhecimento e devem atender ao disposto
nesta Resolução.
§ 1º Incluem-se na categoria de curso de pós-graduação lato sensu os
cursos designados como MBA (Master Business Administration) ou
equivalentes.
§ 2º Os cursos de pós-graduação lato sensu são oferecidos para
matrícula de portadores de diploma de curso superior.
Art. 7º Os cursos de pós-graduação lato sensu ficam sujeitos à
supervisão dos órgãos competentes a ser efetuada por ocasião do
recredenciamento da instituição.
Art. 8º As instituições que ofereçam cursos de pós-graduação lato
sensu deverão fornecer informações referentes a esses cursos, sempre que
solicitadas pelo órgão coordenador do Censo do Ensino Superior, nos prazos e
demais condições estabelecidos.
Art. 9º O corpo docente de cursos de pós-graduação lato sensu deverá
ser constituído, necessariamente, por, pelo menos, 50% (cinquenta por cento)
de professores portadores de título de mestre ou de doutor obtido em programa
de pós-graduação stricto sensu reconhecido.
Art. 10 Os cursos de pós-graduação lato sensu têm duração mínima de
360 (trezentos e sessenta) horas, nestas não computado o tempo de estudo
individual ou em grupo, sem assistência docente, e o reservado,
obrigatoriamente, para elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de
curso.
31
Art. 11 Os cursos de pós-graduação lato sensu a distância só poderão
ser oferecidos por instituições credenciadas pela União, conforme o disposto
no § 1º do art. 80 da Lei 9.394, de 1996.
Parágrafo único. Os cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos a
distância deverão incluir, necessariamente, provas presenciais e defesa
presencial de monografia ou trabalho de conclusão de curso.
Art. 12 A instituição responsável pelo curso de pós-graduação lato
sensu expedirá certificado a que farão jus os alunos que tiverem obtido
aproveitamento segundo os critérios de avaliação previamente estabelecidos,
assegurada, nos cursos presenciais, pelo menos, 75% (setenta e cinco por
cento) de frequência.
§ 1º Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato
sensu devem mencionar a área de conhecimento do curso e ser
acompanhados do respectivo histórico escolar, do qual devem constar,
obrigatoriamente:
I - relação das disciplinas, carga horária, nota ou conceito obtido pelo
aluno e nome e qualificação dos professores por elas responsáveis;
II - período e local em que o curso foi realizado e a sua duração total,
em horas de efetivo trabalho acadêmico;
III - título da monografia ou do trabalho de conclusão do curso e nota
ou conceito obtido;
IV - declaração da instituição de que o curso cumpriu todas as
disposições da presente Resolução; e
V – indicação do ato legal de credenciamento da instituição, no caso de
cursos ministrados a distância.
§ 2º Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato
sensu devem ter registro próprio na instituição que os expedir.
§ 3º Os certificados de conclusão de cursos de pós-graduação lato
sensu que se enquadrem nos dispositivos estabelecidos nesta Resolução terão
validade nacional.
Art. 13 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas a Resolução CFE 5/83, as Resoluções CNE/CES 2/96, 1/97 e 3/99
e demais disposições em contrário.
32
Os cursos poderão ser ministrados em uma ou mais etapas,
respeitando um prazo mínimo de 6 (seis) meses.
3.2 A estrutura do curso
A proposta de estrutura para o curso será dividida em disciplinas que darão um
embasamento logico e prático para criação de robôs e dispositivos autônomos,
e também o subsídios necessários para a educação na área de robótica; serão
divididos nas seguintes disciplinas:
• Introdução da robótica no Brasil e no mundo • Políticas educacionais • Ética no processo educacional • Robótica educacional e ferramentas educativas • Noções de programação e práticas em laboratório • Instrumentação • Fundamentos da mecânica • Fundamentos da eletrônica • Comunicações sem fio, atuadores, sensores, processadores e
microcontroladores • Projetos pedagógicos com robótica • A robótica educacional como tecnologia para inclusão social • Ambientes virtuais de aprendizado • Ensino, aprendizagem e tecnologia • Didática de ensino superior • Metodologia da pesquisa científica • Trabalho de conclusão de curso.
3.3 Mercado de trabalho, campo de atuação, aceitação e
encaminhamento profissional
Quando abordamos o mercado de trabalho da área de robótica,
questionamos se ela irá substituir as tarefas que são desempenhadas
atualmente por seres humanos, mas novas categorias de empregos surgirão
com esse cenário tecnológico.
33
Segundo a Forrester consultoria liberou recentemente o relatório “The
Future of Jobs, 2025: Working Side-by-Side With Robots”, traduzido como “O
futuro do emprego, 2025: trabalhando lado a lado com robôs”. O estudo estima
que é apenas questão de tempo até que as máquinas dominem o ambiente
produtivo. Porém, acredita que não há razão para que os humanos tenham
medo desse futuro. Haverá sim, uma necessidade de adaptação e as pessoas
terão que trabalhar cada vez mais próximas desses equipamentos.
Segundo analistas da Forrester, estima-se que a robótica impactará
significativamente nos postos de trabalho. Cerca de 25% das tarefas realizadas
em todas as indústrias serão transformadas pelo avanço dos robôs, isso até
2019.
A consultoria acredita ainda que entre 2015 e 2025 serão extintos 16%
dos postos de trabalho, cerca de 22,7 milhões de posições de trabalho poderão
ser suplantadas pela automatização. Porém, em contrapartida cerca de 13,6
milhões de empregos serão criados a partir desse avanço, o que equivale a 9%
da força de trabalho, reduzindo a perda a 7% em 2025, informou o relatório
otimista para o novo cenário.
Nos próximos anos algumas pessoas perderão sim seus empregos por
conta dos robôs, carros autônomos e computação cognitiva, porém outras
funções serão criadas e os funcionários precisarão se adaptar com um novo
ambiente em que trabalharão lado a lado com robôs.
A automação não deve ser vista apenas como uma medida de buscar o
menor custo para os clientes, mas sim um meio de entregar uma experiência
ao cliente que atenda suas expectativas instantaneamente.
A inteligência artificial e a construção de robôs estão cada vez mais
sofisticadas. Os benefícios são imensos, porém muitos ajustes serão
necessários para que esta engrenagem funcione e de forma positiva para os
seres humanos.
Quando tratamos da área da indústria, são os que mais correm risco
com o uso de robôs. Até 2025, estima-se que 60 milhões de postos de trabalho
em fábricas sejam eliminados em todo o mundo. Nos países ricos, esse
impacto será de 25% menos empregos.
O motivo disso: usando robôs em linhas de montagem, por exemplo, as
empresas ganham tempo, reduzem o número de defeitos dos produtos e obtém
34
alta produtividade a baixo custo, já que os robôs estão custando cada vez
menos ao mesmo tempo em que ganham novas habilidades e mais
produtividade.
Em 2013, 179 mil unidades de robôs industriais foram vendidas em todo
mundo, de acordo com a Federação Internacional de Robótica (IRF), um
recorde. A China se tornou o maior comprador de robôs para indústrias.
De acordo com o último levantamento da IRF, em 2012, o país mais
robotizado do mundo é o Japão, com 306 robôs para cada 10 mil
trabalhadores, segundo números de 2010. Depois vem Coreia do Sul e a
Alemanha, com densidades de 287 e 253 robôs, respectivamente. No Brasil o
uso de robôs na indústria ainda é escasso -- na 37ª posição entre 45 países, o
país tem densidade inferior a 10 robôs para cada 10 mil trabalhadores.
A indústria automobilística está entre as mais robotizadas do mundo. Em
muitos casos, robôs fazem o trabalho braçal enquanto funcionários
acompanham tudo a distância, supervisionando o trabalho das máquinas. Será
possível que os robôs um dia assumam o papel de observadores?
Quando se fala em robôs, a primeira pergunta que muitos se fazem é:
essas máquinas vão roubar meu emprego? Especialistas não discordam de um
ponto: o uso de robôs em fábricas e indústrias e outros postos terá sim um
impacto na oferta de emprego. No entanto, enquanto uns preveem um futuro
apocalíptico nesse sentido, outros entendem que o impacto não será tão
grande.
Os que esperam uma mudança no mercado apontam para o uso, hoje,
de robôs em tarefas cognitivas e não apenas em serviços braçais ou de
repetição. Nesse caso, os robôs estariam ocupando uma função que seria dos
humanos. Do outro lado, há quem acredita que o uso de robôs venha ajudar os
homens em tarefas cansativas, repetitivas e muitas vezes perigosas.
Só poderemos tirar conclusões com o avanço do tempo, a discussão
está longe de terminar, mas com o avanço das tecnologias e da inteligência
artificial, porem sabemos que empregos na área da robótica estão em grande
crescimento no Brasil.
35
CONCLUSÃO
Este estudo remete à conclusão de que durante pesquisa realizada, foi
constatado que a necessidade da criação de melhoria na qualidade do ensino
de Robótica no Brasil, foram pesquisadas diversas escolas e faculdades ao
redor do mundo que já existe essa preocupação com o ensino focado na
melhoria do processo de aprendizagem da robótica, com investimentos
destinados inclusive a criação de centros de pesquisas voltados diretamente a
esta área inovadora que vem crescendo em exponencial no mundo.
Como referido neste estudo, sabemos que existem diversas iniciativas
amadoras que podem fazer com que a robótica aplicada de forma errada,
acaba trazendo danos para usuários e para a população inclusive, com
projetos não regulamentados e feitos por profissionais sem o devido preparo e
estudo consciente da robótica, como exemplificamos com maquinas
autônomas sobrevoando grandes eventos, e os perigos de queda em eventos
com grande publicam, vimos também máquinas exercendo funções que
competiam somente a humanos em grandes indústrias que um erro pode
causar danos irreparáveis a vida e até mesmo a morte de operadores.
Sabemos da importância do crescimento desta área, a quantidade de
empregos que ela poderá gerar no Brasil, elevando nosso poder tecnológico,
ajudando em áreas importantes como a área agrícola e até mesmo na
medicina. Por isso o investimento na formação destes profissionais é de suma
importância para aqueles que trabalham com a tecnologia e para aqueles que
serão beneficiados por ela.
A proposta de criação de um curso voltado para o aperfeiçoamento dos
profissionais que desejam ingressar a fundo na área de robótica foi
desenvolvido baseado em pesquisas nos maiores centros tecnológicos do
mundo, tais como MIT e Michigan, onde podíamos observar que profissionais
oriundos ate mesmo de outras áreas tecnológicas, engenharias e docentes
podem ter uma base sólida na área de robótica estudando seus princípios,
aplicações e principalmente a segurança em projetos.
36
Deste modo, a criação do curso de pós-graduação, foi baseada e
regulada pela Resolução CNE nº 1 de 3 de abril de 2001, que fixa condições de
validade dos certificados de cursos de especialização e legislações vigente da
instituição que o curso for criado, respeitando a carga horaria exigida pelo MEC
e seus docentes. Cabe ainda ressaltar que este curso, servirá também para
abrir a possibilidade de profissionais preencherem vagas que estão sendo
criadas agora no mercado de trabalho e tem um grande déficit de mão de obra
especializada, pois no Brasil ainda é muito escasso esse profissional.
Podemos concluir facilmente que não foi um estudo baseado somente
na criação do curso de Pós-Graduação em Robótica e sim um estudo dirigido
para que possamos investir em escolas do ensino médio e fundamental, para
que nossos jovem e crianças já possam estar em contato com o mundo dos
robôs no inicio de suas carreiras, abrindo um leque mais variado de opções em
suas futuras escolhas profissionais, sabemos que o investimento é alto para a
criação de laboratórios e centros de pesquisa de robótica nas escolas e
universidades, mas esse investimento é de suma importância, pois estamos
falando da construção do futuro.
37
BIBLIOGRAFIA
MISKULIN, Rosana G.S. Concepções teórico-metodológicas sobre a introdução e a utilização de computadores no processo ensino-aprendizagem da Geometria. 1999. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de Campinas, Campinas, 1999. PENTEADO, Mirian G. Novos atores, novos cenários: discutindo a inserção dos computadores na profissão docente. In: BICUDO, M.A.V.(org). Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999, 9.297-313. PERRENOUD, Pierre. Dez novas competências para ensinar. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
38
WEBGRAFIA
http://www.cartacapital.com.br/internacional/uso-de-drones-se-amplia-no-brasil-5885.html https://tecnologia.terra.com.br/robos/brasil-avanca-em-robotica-mas-ainda-sofre-com-infraestrutura,72f84dbea5bda310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html http://editorial.ciee.org.br/na-pratica-o-que-faz-um-profissional-de-robotica/ http://airway.uol.com.br/perigo-drone-caseiro-e-equipado-com-pistola/ http://www.robomind.com.br/ http://www.joseferreira.com.br/blogs/robotica/a-robotica/o-que-e-robotica-educacional/ http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3534_1980.pdf http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPrkAK/artigo-robotica http://exame.abril.com.br/economia/os-10-paises-mais-robotizados-do-mundo/ http://www.escola-publica-de-robotica.org/index-1.php http://unb2.unb.br/aluno_de_posgraduacao/como_criar_um_curso
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-impacto-da-robotica-no-mercado-de-
trabalho
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 2
AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 3
DEDICATÓRIA .................................................................................................. 4
RESUMO............................................................................................................ 5
METODOLOGIA ................................................................................................ 6
SUMÁRIO .......................................................................................................... 7
CAPÍTULO I ..................................................................................................... 11
ROBÓTICA EDUCACIONAL ........................................................................... 11
1.1 FUNDAMENTOS DA ROBÓTICA E DA ROBÓTICA EDUCACIONAL .. 12
1.2 ROBÓTICA EDUCACIONAL E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ROBÓTICA. ............................................................. 14
1.3 APLICAÇÕES EXPERIMENTAIS, CRESCIMENTO AMADOR E INSEGURANÇA NA EXECUÇÃO DE PROJETOS DE DISPOSITIVOS AUTÔNOMOS .................................................................................................. 16
CAPÍTULO II .................................................................................................... 19
A FORMAÇÃO EM ROBÓTICA EDUCACIONAL ........................................... 19
2.1 ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA UM PROFISSIONAL DE ROBÓTICA ...................................................................................................... 20
2.2 O PERCURSO EDUCACIONAL DO PROFISSIONAL DE ROBÓTICA: UM PANORAMA NACIONAL ................................................................................ 23
2.3 ESTRATÉGIAS INFORMAIS PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ROBÓTICA ................................................................................................ 24
CAPÍTULO III ................................................................................................... 26
A CRIAÇÃO DE UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA A FORMAÇÃO DO PROFISISONAL DE ROBÓTICA ......................... 26
3.1 ASPECTOS CONSTITUCIONAIS, LEGAIS E ACADÊMICOS ................. 27
3.2 A ESTRUTURA DO CURSO ..................................................................... 32
3.3 MERCADO DE TRABALHO, CAMPO DE ATUAÇÃO, ACEITAÇÃO E ENCAMINHAMENTO PROFISSIONAL ........................................................... 32
CONCLUSÃO .................................................................................................. 35
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 37
WEBGRAFIA ................................................................................................... 38
Recommended