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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
“O COMPUTADOR E O PARADIGMA EMERGENTE
NA EDUCAÇÃO”
Por: Adriana Rocha Mograbi
Professor: Palmiro
Rio de Janeiro
2002
II
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
“O COMPUTADOR E O PARADIGMA EMERGENTE
NA EDUCAÇÃO”
Apresentação de monografia ao
Conjunto Universitário Cândido
Mendes como condição prévia
para a conclusão do Curso de
pós-graduação “Lato sensu” em
Docência para o Ensino Superior
por Adriana Rocha Mograbi.
III
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu marido e as
minhas duas lindas filhas
por terem acreditado na minha
capacidade e, principalmente,
nos meus sonhos.
IV
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia aos
meus pais por terem me
ensinado que na vida nada se
consegue sem esforço e amor
no coração.
V
SUMÁRIO
Introdução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 06 até 07
Capítulo 1
O Mundo em Transformação - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 08 até 15
1.1 Perfil dos profissionais do século XXI - - - - - - - - - - - - - - - -12 até 13
1.2 Um novo olhar para a educação - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 13 até 15
Capítulo 2
A Complexidade Atual e Novo Paradigma da Educação - - - - - - - - - - -16 até 25
2.1 Presença do computador no ensino atual - - - - - - - - - - - - -20 até 23
2.2 O computador e o ensino pela pesquisa - - - - - - - - - - - - - - 23 até 25
Capítulo 3
A Formação dos Professores - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 26 até 30
Conclusão - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 31 até 32
Referências Bibliográficas - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -33 até 34
Anexos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 37
Índice - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 36
Folha de Avaliação - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 35
6
INTRODUÇÃO
Estamos vivendo em uma era de transformações, uma era de
interdependência global com a internacionalização da economia e a super
valorização da comunicação e informação. Organizações da sociedade industrial,
estruturadas para desempenhar tarefas de natureza hierárquicas de comando e
controle estão sendo substituídas, devido à competitividade e à complexidade,
pela formação de grupos em torno de projetos específicos.
Se as novas tecnologias trazem novas formas de ler, de escrever, de
agir e pensar, a escola necessita discutir e entender o significado e as
conseqüências desses fatos novos. A escola deve participar ativamente deste
processo de mudança, revendo o seu foco de atuação e, sobretudo, exercitando
um novo olhar para a educação. Um olhar que amplie a nossa maneira de
enxergar o mundo, dentro de uma visão de totalidade, apostando na construção
do conhecimento como forma de superação do modelo tradicional de ensino.
O que, de fato, se tem observado, é um considerável
empobrecimento da utilização do computador no cotidiano das salas de aula,
reduzindo a proposta didática em um trabalho de pesquisa bibliográfica ou a
meros recortes de informações, levando o aluno a dominar a técnica pela técnica.
Neste caso, o computador estaria sendo usado com o único propósito de
informatizar os processos de ensino tradicionais, onde o currículo é centrado, não
na análise e na tentativa de solucionar problemas, mas em disciplinas (meros
respositórios dos conteúdos informacionais).
7
A presente monografia se contrapõe a essa idéia, já ultrapassada de
ensino, por considerar que muitas destas formas de ensinar hoje não se justificam
mais. O novo modelo que emerge na educação prevê um currículo centrado em
problemas cuja resolução pode ser buscada através de projetos de interesse dos
alunos.
Consideramos ser absolutamente imprescindível uma reflexão crítica
sobre o impacto que as novas tecnologias exercem na prática docente e, para
tanto, procuramos definir o paradigma que emerge na educação do novo milênio,
baseado numa visão holística, aliada ao ensino com pesquisa e à abordagem
progressista.
Num segundo momento da nossa pesquisa, procuramos levantar
algumas propostas interessantes de utilização do computador no processo
educativo e, especialmente, o ensino pela pesquisa. Trabalhar com projetos
permite ao aluno exercitar o potencial criativo, a autonomia para tomar decisões, o
senso crítico, a capacidade de trabalhar em grupo e a capacidade de resolver
problemas, dentre outros aspectos.
Por fim, procuramos definir o perfil de um educador capaz de
acompanhar esta evolução no processo educacional, atuando como facilitador,
direcionando toda essa avidez e curiosidade para resultados de aprendizagem
eficazes, em busca da formação de cidadãos plenos, com visão multidisciplinar,
capacitados a entender e fazer novas relações.
8
CAPÍTULO 1
O primeiro capítulo da presente monografia destina-se a traçar um
panorama do mundo atual. Os avanços tecnológicos, a globalização, os
avançados meios de comunicação, bem como, o surgimento de equipamentos de
informática e o potencial cada vez maior de criação de um mundo virtual
modificaram a organização do cotidiano nos vários segmentos da sociedade,
exigindo um novo olhar e outra “leitura do mundo”. Essas mudanças se refletem
no contexto pedagógico, porque o saber não está mais circunscrito ao espaço
escolar; a sociedade moderna desenvolver formas diferentes de aprender e
ensinar.
Ainda neste capítulo, procuramos traçar o perfil do profissional do
século XXI, apto a estar inserido neste novo contexto social. Por fim, apontamos
as mudanças necessárias para que a educação acompanhe as transformações do
novo milênio.
9
O MUNDO EM TRANSFORMAÇÂO
“Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da
infomaré
Que leve um oriki do meu velho
orixá
Ao porto de um disquete de um
micro em Taipe
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da
infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer”.1
A música de Gilberto Gil salienta a presença da tecnologia em nosso
cotidiano ao dizer que, estamos cada vez mais conectados a um mundo sem
fronteiras, interligados pela Internet numa grande teia de informações. Mas não é
só isso. O autor procurou trazer para a sua música as cenas do nosso dia a dia,
misturando-as com as cenas do mundo virtual. Nesta tentativa percebe-se,
1 GIL, Gilberto. Pela Internet. 66.415.870, Warner Music Brasil, 4’04. Música cantada por Gilberto Gil.
10
claramente, o investimento na possibilidade de humanização do mundo virtual, ao
invés de apostar na virtualização do homem concreto.
As recentes tecnologias reduziram o tempo de realização de várias
tarefas, como ir ao banco, solicitar a prestação de um serviço ou fazer compras no
supermercado, produziram espaços de socialização através dos bate-papos
virtuais e possibilitaram maior acesso às informações.
Estamos vivendo em um mundo marcado por intensas
transformações devido à globalização, à revolução tecnológica e ao advento da
sociedade do conhecimento. Os recursos tecnológicos vêm progressivamente,
eliminando fronteiras geográficas e culturais, aproximando pessoas em diferentes
lugares e regiões do planeta.
“O rádio, a televisão, os
vídeos, mas ainda muito mais
expressivamente a Internet,
fizeram com que as informações
ganhassem uma nova dimensão e
incomensurável volume, alterando
de forma substancial o papel da
escola e a função do professor.”2
“O conhecimento experimentado nas últimas décadas é tão
expressivo que nem o professor e tampouco o aluno são capazes de adquiri-lo ou
gerenciá-lo nos moldes tradicionais.”3 Neste contexto, não podemos mais
2 ANTUNES, Celso. Como transformar informações em conhecimento. Petrópolis, Rj: Vozes, 2001.p. 11.
3 WILLIANS, Vicente. Mudando paradigmas Conhecendo a informática educacional.Disponível em:
11
conceber a educação como uma estrutura rígida, limitada há uma formação
acadêmica regular, com um currículo hermético, centrado em disciplinas.
Assim, destacamos as palavras de Rubem Alves ao afirmar que a
escola sempre se preocupou em moldar os sujeitos.
“Aqui se encontra o perigo
das escolas: de tanto ensinar o
que o passado legou - e ensinar
bem – fazem os alunos se
esquecerem de que o seu destino
não é o passado cristalizado em
saber, mas um futuro que se abre
como vazio, um não saber que
somente pode ser explorado com
as asas do pensamento.”4
Distanciamo-nos do racionalismo, da competitividade, da
hierarquização do saber e da fragmentação do ensino, próprios da sociedade
industrial, para ingressarmos na sociedade do conhecimento, voltada para a
produção intelectual dos sujeitos. “Os tempos mudaram, os valores são outros, a
cultura é cada vez mais globalizada exigindo uma mudança no perfil do cidadão e
profissional apto a estar inserido neste novo contexto social.”5
Pereira e Hannas consideram que o ato de educar transcende ao
atendimento de tais necessidades mercadológicas.
< http://www.milenio.com.br/professor/mudando_paradigmas.htm> Acessado em 15 dedez. 2001.
4 ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Campinas,SP: Papirus, 2000. p.82.
12
“Educar, hoje, não é
mais apenas satisfazer as
necessidades sociais de emprego,
no sentido restrito; o mercado de
trabalho exige pessoas com visão
ampla, o que engloba
autoconhecimento, desejo
contínuo de aprender, capacidade
de lidar com o imprevisível,
com a mudança, porque a vida
é dinâmica, as mudanças são
velozes e cada momento é novo.”6
1.1 Perfil dos profissionais do século XXI
A sociedade do conhecimento tem alterado o perfil dos futuros
profissionais do século XXI, ensejando que estes sejam mais flexíveis, criativos,
atentos às necessidades emergenciais e, sobretudo, abertos às novas e
inusitadas soluções para os problemas do cotidiano. Muitas empresas já
demonstram grande preocupação com estas questões, procurando em seus
futuros funcionários habilidades diferenciadas, tais como: saber lidar com
situações imprevistas, ter capacidade de tomar decisões e, principalmente, saber
relacionar-se bem com os outros.
“A era do conhecimento
previlegia as pessoas com visão
5 CHAVES, Maria Cecilia S. O perfil do novo educador frente à informatização no processo de ensinoaprendizagem. Disponível em<http://sites.uol.com.br/cdchaves/perfileduca.htm> Acessado em:15 de dez.2001.
6 PEREIRA, Iêda Lúcia Lima e HANNAS, Maria Lúcia. Nova prática pedagógica. São Paulo: Gente, 2000. –(Coleção novos rumos da educação; v.2). p.39.
13
ampla, de pensar sistêmico, que
buscam o autoconhecimento como
forma de crescimento e ao mesmo
tempo valorizam a realidade
interrelacional em todos os níveis
sociais, do pequeno grupo ao seu
redor a um universo humano a
qual pertencem.”7
Valente também observa essa mudança no perfil dos futuros
profissionais no mundo pós-moderno ao dizer que
“O mundo atualmente
exige um profissional crítico,
criativo, com capacidade de
pensar, de aprender a aprender,
de trabalhar em grupo e de
conhecer o seu potencial
intelectual, com capacidade de
constante aprimoramento e
depuração de idéias e ações.”8
1.2 Um novo olhar para a Educação
“Um treinador de circo
consegue manter um elefante
aprisionado, porque usa um truque
muito simples: quando o animal
ainda é ‘criança’, ele amarra uma
7 CHAVES, Eduardo O. Educação orientada para competências e currículo centrado emproblemas .Disponível em:< http://edutec.net/Textos/Self/PHILOS/comphab.htm> Acessado em: 11dez. 2001.
8 VALENTE, José Armando. O uso inteligente do computador na educação. Disponível em:< http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/default.htm> Acessado em: 08 dez. 2001.
14
de suas patas em um tronco muito
forte. Por mais que tente, o
elefantinho não consegue soltar-
se. Aos poucos, vai se
acostumando com a idéia que o
tronco é mais poderoso que ele.
Quando adulto, e dono de uma
força descomunal, basta colocar
uma corda no pé do elefante e
amarrá-la em um graveto que ele
nem tenta libertar-se, porque se
lembra que já tentou muitas vezes
e não conseguiu. Assim como,
desde criança, nos acostumamos
com o poder daquele tronco, não
ousamos fazer nada. Sem saber
que basta um simples gesto de
coragem para descobrir toda a
nossa liberdade.”
(Paulo Coelho)
Será educar sinônimo de adestrar?
Será educar sinônimo de treinar? Ou de condicionar? Ou de
subjugar?
Algumas práticas pedagógicas parecem acreditar que sim. Mas
existem aqueles que insistem em não concordar com esta concepção
ultrapassada. São os diferentes atores do meio educacional que acreditam e
apostam, radicalmente, na ampliação permanente do olhar, definindo o ato de
educar como o processo dinâmico, contínuo, dialógico e dialético de construção
de conhecimentos pertinentes, plenos de significado e sentidos, em constante
15
transformação, no tempo-espaço-histórico-social, em busca sempre do
aperfeiçoamento da existência humana.
Neste sentido, destacamos as palavras de Morin ao considerar que
“a educação deve promover a “inteligência geral” apta a referir-se ao complexo, ao
contexto, de modo multidimensional e dentro da concepção global.”9
Precisamos estar inseridos em um novo paradigma, que pressupõe
educar pessoas inteiras, integrando todas as dimensões: corpo, mente,
sentimentos, espírito e enfocando as relações de caráter: pessoal, grupal e social.
9 MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:UNESCO, 2000. p.39.
16
CAPÍTULO 2
No segundo capitulo procuramos contextualizar o paradigma
emergente no campo da educação, buscando uma visão de totalidade, enfocando
a aprendizagem e propondo a superação da reprodução de informações para a
produção e construção do conhecimento. Para tanto, procuramos definir o papel
da escola neste período de transição em que se encontra a educação atual e,
também, o papel que os professores devem desempenhar no processo educativo.
Destacamos o uso do computador na educação, por ser este o
objeto do nosso estudo. Apresentamos algumas propostas bem-sucedidas para
enriquecer o processo de aprendizagem, utilizando-se esta ferramenta,
sobretudo, no que diz respeito a educar pela pesquisa. O professor pode propor a
metodologia de aprendizagem baseada em projetos, utilizando o computador,
com o intuito de atender à proposição de aliança entre a abordagem progressista,
o ensino com a pesquisa e a visão holística.
17
A COMPLEXIDADE ATUAL E O NOVO PARADIGMA DA
EDUCAÇÃO
O mundo da tecnologia e da informação nos fornece antenas,
aprimora os nossos sentidos, permite-nos viver em um bem-estar com que os
nossos antepassados não ousaram sonhar. Um único luxo, porém, não nos é
permitido: interromper os nossos processos de aprendizagem, deixando de lado a
formação permanente. “Antes a escola era treinamento para a existência, depois
instrução e educação em vista do ingresso no mundo do trabalho. Agora é uma
necessidade de vida, tanto quanto o ar que respiramos.”10
Quando pensamos o processo educacional no contexto social e
tecnológico dos dias de hoje e com um olhar para o futuro, é importante
questionarmos para que, como e para quem educar. O maior desafio da escola de
hoje é buscar processos educativos transformadores que conduzam a educação
do indivíduo como um ser integral. A educação não deve somente adaptar-se às
novas necessidades da sociedade do conhecimento, mas, sobretudo, deve
assumir um papel de ponta nesse processo, iniciando um novo momento de
aprendizado, no qual “os processos de comunicação tendem a ser mais
participativos. A relação professor-aluno mais aberta, interativa. Haverá uma
10 LOLLINI, Paolo. Didática e Computador.Quando e como a informática na escola. São Paulo, SP: Loyola,1991, p.15.
18
integração profunda entre a sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a
vida.”11
Não é necessário que haja, apenas, uma grande quantidade de
informações para se fazer um indivíduo apto a desenvolver sua própria
aprendizagem. É indispensável que se comprometa consigo mesmo, avaliando
suas funções sociais e, com seriedade, busque defender conceitos que lhe dêem
condição de exercer sua cidadania, comprometendo-se, íntegro e cônscio da
necessidade de sua participação social, frente à formação de outros cidadãos.
Urge que a escola incorpore ao seu fazer pedagógico, as diferentes
linguagens que estão postas no mundo, ampliando o seu universo cultural, uma
vez que permite aos alunos o acesso a estas linguagens. A educação deve
entender que estamos vivendo em um mundo dominado pela informação e por
processos que ocorrem de maneira muito rápida e imperceptível. Os fatos e
conteúdos específicos que a escola ensina rapidamente tornam-se obsoletos e
inúteis em bem pouco tempo. Portanto, ao invés de memorizar informação, os
estudantes devem ser ensinados a buscar e a usar a informação, de forma
interativa.
A educação deve conduzir os alunos a uma aprendizagem
significativa, desafiadora, problematizadora e instigante, transformando-os em
sujeitos do próprio conhecimento. “Falar em aprendizagem significativa é assumir
que aprender possui um caráter dinâmico que exige ações de ensino direcionadas
11 MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T. e BEHRENS, Maria Aparecida. Novas tecnologias emediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000, p.56.
19
para que os alunos aprofundem e ampliem os significados elaborados mediante
suas participações nas atividades de ensino e aprendizagem.”12
Uma aprendizagem voltada para o aprender a aprender, despertando
motivação constante nos alunos.
“A didática do aprender
a aprender é hoje a competência
própria do educador moderno, de
quem se espera principalmente que
consiga motivar o aluno para o
mesmo desafio. O aluno não
comparece apenas para aprender
(decorar, memorizar, copiar, fazer
provas, colar), mas, sobretudo e
essencialmente para aprender a
aprender. Deve poder construir a
atitude de pesquisa e a capacidade
de elaboração própria.”13
Já o educador deve buscar em si mesmo o verdadeiro sentido de
"educar". Deve esmerar-se em aproximar cada vez mais à educação ao novo perfil
de aluno, valorizando não só a aquisição do conhecimento, mas, também, as
habilidades do pensamento.
Deve, também, atentar para uma visão pluralista das inteligências,
considerando os estudos de Gardner e a sua Teoria das Inteligências Múltiplas,
considerando que nem todos os indivíduos compartilham os mesmos interesses e
12 SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A aprendizagem significativa. O lugar do conhecimento e da inteligência.Disponível em: < http://www.uol.com.br/aprendiz/aprenderonline/aprender/katia_smole/aprendizagem.htm>Acessado em: 10 jan. 2002.
13 DEMO, Pedro. Desafios modernos da Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993. p.217.
20
as mesmas competências e, conseqüentemente, nem todos aprendem da mesma
forma. Neste sentido, salientamos a necessidade do educador reeducar o seu
olhar, a fim de descobrir alternativas que colaborem para o desenvolvimento das
diversas habilidades no seu aluno, e que o conduza a uma aprendizagem voltada
não só para a aquisição do conhecimento, mas para a formação de um ser
integral.
Ao educador caberá, ainda, considerar outros aspectos que norteiam
a prática docente, como a valorização da comunicação, da criatividade e da
colaboração. Deve estar convicto de que é preciso formar o aluno não só para
conhecer a realidade, mas também para participar dela, como futuro profissional e
cidadão consciente de seus direitos e deveres.
“Cabe a nós, educadores
contemporâneos uma parcela
significativa do movimento de
mudança do contexto atual ao novo
paradigma da educação, seja ele
utópico ou não, onde a ênfase está
no educar centrado no crescimento
pessoal e coletivo, na busca da auto
consciência e da visão ecológica, na
autonomia para a vida e nas
competências conscientes. Em busca
de um sujeito integrado numa nova
era, relacional, apto a viver em
ambientes distribuídos de informação
e ecologicamente conscientes e
críticos de seu papel social num
universo cada vez mais globalizado,
21
multicultural, sem as antigas
fronteiras geográficas e de
conhecimento.”14
2.1 - Presença do computador no ensino atual
Como já dissemos, a utilização de algumas tecnologias, onde se
destaca o computador, vem permitindo que o processo de ensino-aprendizagem
sofra sensíveis transformações. As possibilidades de uso do computador como
ferramenta educacional cresce a cada instante e os limites dessa expansão são
absolutamente desconhecidos.
A cada dia surgem novas maneiras de usar o computador enquanto
recurso tecnológico para enriquecer e favorecer o processo de aprendizagem.
Estas tarefas podem ser a elaboração de textos, usando os processadores de
texto; pesquisa de banco de dados já existentes ou criação de um novo banco de
dados; resolução de problemas de diversos domínios do conhecimento e
representação desta resolução segundo uma linguagem de programação; controle
de processos em tempo real, como de objetos que se movem no espaço ou
experimentos de um laboratório de física ou química; produção de música;
comunicação e uso de rede de computadores; e controle administrativo da classe
e dos alunos.
É importante salientar que ante o computador, aluno e professor são
pesquisadores. O professor procura quais sejam as interações mais produtivas
dentre as possibilidades que a máquina apresenta ao usuário. O aluno, por sua
14 CHAVES, Maria Cecilia S. Op. cit.
22
vez, procura a solução dos seus problemas e, assim fazendo, constrói ao mesmo
tempo concreta, física e mentalmente o próprio pensamento. Isso nos mostra que
é possível alterar o paradigma educacional; hoje, centrado no ensino, para algo
que seja centrado na aprendizagem. O uso do computador deve transcender a
concepção fragmentada de conhecimento, própria da educação tradicional.
A visão que acolhe a
Informática na Educação para
reproduzir o sistema de ensino
através de mais uma técnica e/ou
como uma disciplina do currículo
precisa ser ultrapassada. Agindo
assim, estamos modernizando um
paradigma saturado de ensino,
quando na realidade, torna-se
cada vez mais urgente transformar
o paradigma educacional para que
o processo de conhecer e de atuar
seja integrado e interdisciplinar. O
computador pode contribuir para o
estabelecimento deste novo
paradigma.15
A utilização das modernas tecnologias da informação no campo da
educação, demanda a criação de situações de aprendizagem que contemplem a
15 FREIRE, M. P. Fernanda PRADO, Maria Elisabette B. B. Professores Construcionistas:a formação em serviço. Disponível em: < www.divertire.com.br/artigos/ealmeida1.htm >Acessado em: 21 jan. 2002.
23
forma construtivista de trabalhar com o aluno e a aprendizagem colaborativa.
Trata-se de um processo dinâmico, onde o ensino é mais participativo e interativo.
A perspectiva construtivista entende que os conteúdos não devem
ser pré-definidos, por considerar que não seja possível isolar unidades de
informação ou decidir, a priori, como a informação será utilizada. Os domínios de
conhecimento não estão efetivamente separados no mundo e informações de
fontes variadas devem servir para o desenvolvimento da habilidade reflexiva no
aluno, fazendo-o extrapolar o conteúdo definido, buscando informações em outros
contextos, testando estratégias e descobrindo os fatos e fenômenos de forma
imprevista.
A educação na era da informática deve pressupor a estimulação do
pensamento, da análise, do poder de interpretação, da criatividade, dentre outros
aspectos. Para tanto, devemos considerar o alerta de Behrens:
“Torna-se importante
considerar que esses recursos
informatizados estão disponíveis,
mas dependem de projetos
educativos que levem à
aprendizagem e que possibilitem o
desenvolvimento do espírito crítico
e de atividades criativas. O recurso
por si só não garante a inovação,
mas depende de um projeto bem
arquitetado, alimentado pelos
professores e alunos que são
usuários. O computador é a
24
ferramenta auxiliar no processo de
“aprender a aprender”.”16
2.2 – O computador e o ensino pela pesquisa
Acreditamos que educar pela pesquisa consiste em um enorme
desafio para a educação, visto que “cada professor precisa saber propor seu
modo próprio e criativo de teorizar e praticar a pesquisa, renovando-a
constantemente e mantendo-a como fonte principal de sua capacidade
inventiva.”17
A aprendizagem baseada em projetos encaixa-se perfeitamente a
concepção construtivista, pois, permite que o ensino ocorra, dentro de um novo
paradigma, a partir de ações colaborativas dos diferentes atores envolvidos no
ambiente educacional, resultando num esquema mais aberto e menos
centralizado na figura docente. Demo salienta a importância de se repensar a sala
de aula transformando-a num espaço desafiador e, consequentemente,
desencadeador da participação ativa do aluno. “Seria útil desde logo retirar o
pedestal do professor, para apresentar-se como orientador do trabalho conjunto,
coletivo e individual, de todos.”18
16 MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T. e BEHRENS, Maria Aparecida. Op. Cit. p.99.
17 DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 1998. p.15. – (Coleçãoeducação contemporânea)
18 Ibidem. p. 16
18 NEITZEL, Luiz Carlos. Um olhar sobre as Múltiplas Inteligências na Educação. Disponível em:< http://www.geocities.com/Athens/Pantheon/2990/comunic.html> Acessado em: 03 jan. 2002.
25
Ao elaborar projetos, tendo a informática como ferramenta, o
professor consegue que seus alunos trabalhem com as diversas disciplinas
utilizando a informática, tornando a aprendizagem mais interessante, atuando
diretamente na construção do conhecimento. Permite, ainda, que sejam criadas
situações de aprendizagem em que se respeite o ritmo de aprendizagem de cada
aluno.
“Na era comunicacional em
que adentramos, a escola necessita
proporcionar ambientes de trabalho
(aprendizagem) que possibilitem o
uso de tais ferramentas de
comunicação, nas quais
vislumbram-se possibilidades de
construção que respeitam as
individualidades (diferenças) em um
ambiente coletivo.”19
Ao fazer com que os alunos trabalhem em grupo, o professor estimula a
construção coletiva do conhecimento e, ainda, garante o crescimento intelectual e
pessoal de modo geral. A heterogeneidade de um grupo de aprendizes rompe
com a possibilidade do aprender padronizado, destacando-se o modo pelo qual
cada sujeito coloca em ação suas hipóteses. Estabelece-se, pois, através da ação
conjunta, uma sincronia, no tempo e no lugar, entre as pessoas. “É no grupo, sob
26
a coordenação de um educador e na interação com o igual, que se aprende a
pensar e a construir conhecimento.”20
O professor, enquanto facilitador deve estimular o pensamento crítico e
a reflexão nos seus alunos, como veremos no capítulo 3, engajando-se com eles
na implementação de seus projetos, compartilhando problemas, sem apontar
soluções; respeitando interesses coletivos e individuais. “O educador coordenador
de um grupo é como um maestro que rege uma orquestra. Da coordenação
sintonizada com cada diferente instrumento, rege a música de todos.”21
CAPÍTULO 3
O terceiro e último capítulo de nossa pesquisa refere-se a questão
da formação dos professores para trabalhar com o computador. Acreditamos que
se tivermos educadores seguros e conscientes dos benefícios que a informática
pode proporcionar, confortáveis e familiarizados com seu uso, teremos ampliado
20 WEFFORT, Madalena Freire. Educador ensina e, enquanto ensina, aprende. Disponível em: <http://www.ntemissoesrs.hpg.ig.com.br/Educador_ensina.htm> Acessado em: 21 jan. 2002.
21 Ibidem.
27
as possibilidades de se ensinar e aprender de uma maneira mais alinhada com os
valores modernos do que é educar.Então, como deveria se dar o processo de
formação dos professores para utilizar o computador? Que aspectos deveriam ser
priorizados nestes cursos de formação?
Procuramos, ainda, identificar as habilidades necessárias para que
os docentes utilizem o computador dentro do novo paradigma educacional,
integrando-os às situações de aprendizagem que enfatizem a construção do
conhecimento.
A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
“Ai de nós, educadores, se
deixarmos de sonhar sonhos
possíveis (...) Os profetas são
aqueles ou aquelas que se
molham de tal forma nas águas de
sua cultura e da sua história, da
cultura e da história do seu povo,
que conhecem o seu aqui e o seu
agora e, por isso, podem prever o
amanhã, que eles mais do que
adivinham, realizam.”
(Paulo Freire)
Apesar de a maioria dos cursos de formação de professores enfatizar
a abordagem construtivista, não se pode afirmar que a partir daí a atuação dos
professores será coerente com estes pressupostos teóricos. Na tentativa de
mudar a sua prática instrucionista, o professor corre o risco de substituí-la por uma
prática do tipo "laissez-faire", livre de regras e espontaneísta. Nesta transição há
28
uma situação de conflito, onde o professor se esforça para assumir a postura
construtivista, mas ainda não reelaborou a sua prática, nem reconstruiu o seu
papel. Essa reconstrução da práxis docente resulta em um processo que integra o
cognitivismo piagetiano, a sócio-afetividade e o domínio da tecnologia
computacional, favorecendo a construção de conhecimentos, tornando alunos e
professores sujeitos ativos da aprendizagem.
Os avanços tecnológicos têm desequilibrado e atropelado o processo
de formação fazendo com que o professor sinta-se eternamente no estado de
"principiante" em relação ao uso do computador no ambiente educacional. A
assimilação dos diferentes conhecimentos e das técnicas que fazem com que a
informática seja considerada como uma importante ferramenta pedagógica requer
tempo e espaço para que o professor possa refletir sobre a sua prática.
A tecnologia precisa ser contemplada na prática pedagógica do
professor, de modo a instrumentalizá-lo a agir e interagir no mundo com critério,
com ética e com visão transformadora”22 e, para tanto, seria ideal que a formação
desse professor abordasse os mais diferentes aspectos, desenvolvendo uma
atitude, dialeticamente crítica, sobre o mundo e sobre a sua prática.
Consideramos que seja imprescindível o desenvolvimento de cinco
habilidades básicas, para que os professores dominem o computador de forma
eficiente e contextualizada. São elas:
22 MORAN, José Manuel, Interferências dos meios de comunicação do nossoconhecimento. Revista INTERCOM – Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo:vol.XVII, n.2, Julho/Dez. 1994.
29
• domínio dos conteúdos específicos da sua área de atuação;
• clareza dos problemas propostos;
• sabedoria para trabalhar em grupo;
• desenvolvimento de uma prática pedagógica reflexiva;
• trabalho articulado e cooperativo com as áreas do conhecimento, como as
Ciências, as Artes, a Filosofia, as Matemáticas, a História...
Como vimos, a interação aluno-computador precisa ser mediada por
um profissional, que tenha conhecimento sobre o processo de aprendizagem do
discente, pois, só assim, perceberá a importância de propor situações de trabalhos
criativos que dêem conta da construção de conhecimentos pertinentes, que
requeiram um entendimento profundo sobre o conteúdo que estiver sendo
trabalhado, através da utilização das possibilidades oferecidas pela potencialidade
do computador.
Monteiro atenta para a necessidade de se ter uma adequada
formação docente, que garanta a compreensão e transformação da prática
educativa.
“A utilização dos novos
recursos na sala de aula,
principalmente o uso do
computador, pode representar um
avanço na busca da qualidade de
ensino, desde que não se restrinja
à mera informatização do processo
tradicional. Para que esse novo
recurso obtenha resultados
30
positivos, é preciso que o
professor seja preparado, tanto
para o uso e domínio dessas
novas linguagens, quanto para a
sua articulação com as atividades
específicas da sua disciplina.”23
O objetivo seria fazer com que o professor se sinta confortável e não
ameaçado por essa tecnologia, construindo o conhecimento sobre as técnicas
computacionais e, sobretudo, produzindo um entendimento sobre por que e como
integrar o computador no seu cotidiano.
Sampaio e Leite defendem a idéia da alfabetização tecnológica do
professor, considerando-a imprescindível para a utilização do computador em
acordo com o paradigma emergente no campo da educação.
“a alfabetização tecnológica
do professor pode permitir um
conhecimento elaborado e crítico a
respeito das tecnologias, e para
participar, para se comprometer
com a construção do mundo, é
necessário conhecimento e
domínio sobre os elementos que
dele fazem parte.”24
23 MONTEIRO, Maria Auxiliadora. Aprender a aprender: garantia de um educação de
qualidade? Revista Presença Pedagógica, Belo Horizonte, MG, v.6, n.33, maio/jun.2000.
p.55.
24SAMPAIO, Marisa Narcizo e LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis, RJ:Vozes, 1999. p.103.
31
CONCLUSÂO
Muito se tem dito acerca da utilização do computador na educação. A
favor e contra, mas o potencial pedagógico do computador mal começou a ser
explorado. Suas possibilidades são quase que ilimitadas. A cada dia se ouve falar
em uma nova modalidade de utilização, mas o mais importante é que, o aluno,
dominando o computador, tem à sua disposição um instrumento poderoso com o
qual pensar e aprender, encarando-se o computador como ferramenta que
auxiliará a buscar a informação de forma rápida, prática e dinâmica.
Os estudos que originaram esta pesquisa apontam que o uso
inteligente do computador na educação é justamente aquele que tenta provocar
mudanças na abordagem pedagógica vigente ao invés de colaborar para a
informatização de processos educativos tradicionais, calcados na
transmissão/assimilação dos conteúdos programáticos.
Acreditamos que é chegada a hora de se mudar paradigmas, de se
aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem e de se repensar a educação,
diante, principalmente, dos avanços da informática. As possibilidades são
32
inúmeras e o limite está praticamente na nossa capacidade de imaginação e
criatividade.
A presente monografia aponta para a necessidade de procedermos a
uma ampla reflexão sobre o impacto que a informática tem exercido no campo
educacional e, sobretudo, na prática docente. Para tanto, procura definir o perfil do
educador para acompanhar esta evolução no processo educacional, atuando
como facilitador, direcionando toda essa avidez e curiosidade para resultados de
aprendizagem eficazes, em busca da formação de cidadãos plenos, com visão
multidisciplinar, capacitados a entender e fazer novas relações.
Com base nas pesquisas realizadas durante todo o processo de
elaboração desta dissertação, constatamos que o uso do computador está
intimamente ligado ao interesse do aluno e a adequada orientação do professor. A
construção do conhecimento dependerá, principalmente, da interação entre
professores e alunos, utilizando todos os materiais didáticos disponíveis.
33
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34
LOLLINI, Paolo. Didática e Computador.Quando e como a informática na escola.São Paulo, SP: Loyola, 1991, p.15.
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____________________________ Interferências dos meios de comunicação donosso conhecimento. Revista INTERCOM – Revista Brasileira de Comunicação.São Paulo: vol.XVII, n.2, Julho/Dez. 1994.MORIN, Edgar. Os sete saberesnecessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO,2000. p.39.
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35
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36
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas
Pós-Graduação “Latu Sensu”
“O COMPUTADOR E O PARADIGMA EMERGENTE
NA EDUCAÇÃO”
Data da Entrega: ____________________________________
Avaliado por: _______________________Grau:___________
Rio de Janeiro, __ de ___________ de 2002.
___________________________________
Coordenador do Curso
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ÍNDICE
AGRADECIMENTOS..................................................................................... III
DEDICATÓRIA .............................................................................................. IV
SUMÁRIO ...................................................................................................... V
INTODUÇÃO ................................................................................................. 6
CAPÍTULO I
O Mundo em Transformação.......................................................................... 9
1.1 - Perfil dos profissionais do século XXI ...........................................12
1.2 - Um novo olhar para a educação ...................................................13
CAPÍTULO II
A complexidade atual e o Novo paradigma da Educação ............................ 16
1.1 – Presença do computador no ensino atual ................................... 20
1.2 - O computador e o ensino pela pesquisa ..................................... 23
CAPÍTULO III
A Formação dos Professores ...................................................................... 26
CONCLUSÃO .............................................................................................. 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 33
ANEXOS ...................................................................................................... 37
ÍNDICE ............................................................................................................... 36
FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................... 35
38
ANEXOS
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