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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
QUIROPRAXIA
ANÁLISE DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS
QUIROPRAXISTAS GRADUADOS NO BRASIL
Eduardo Akihiro China
Noé Raphael Bailly
São Paulo
2014
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI QUIROPRAXIA
ANÁLISE DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS
QUIROPRAXISTAS GRADUADOS NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi, como exigência para obtenção do Título de Bacharel em Quiropraxia.
Orientador: Profª. Ana Paula Albuquerque Facchinato Campos
Co-orientador: Prof. Jorge Arantes Castro Netto
São Paulo
2014
Bailly, Noé R.;China, Eduardo A.
Análise da atuação profissional dos quiropraxistas graduados
no Brasil./Noé Raphael Bailly, Eduardo Akihiro China–São Paulo,
2014.
XLIV, 76f
TCC – Universidade Anhembi Morumbi – Escola de Ciências da
Saúde - Quiropraxia.
Professional practice analysis of the chiropractors graduated in
Brazil.
1. Quiropraxia 2. Quiropraxistas 3. Análise profissional 4. Profissão
5. Brasil 6. Quiropraxistas graduados no Brasil
II
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
ESCOLA DE MEDICINA
Coordenadora do Curso: Profª. Ms. Ana Paula Albuquerque Facchinato
Campos
Título: Análise da atuação profissional dos quiropraxistas graduados no Brasil.
Autores: Eduardo Akihiro China
Noé Raphael Bailly
Orientador: Prof.ª. Ms. Ana Paula Albuquerque Facchinato Campos
Co-orientador: Prof. Jorge Arantes Castro Netto
Banca Examinadora:
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
III
Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos e
namorada que sempre me apoiaram em todos os
momentos, e ao meu mestre da vida, Daisaku
Ikeda, por todas as orientações fundamentais para
o meu desenvolvimento como ser humano.
Eduardo China
Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos e
noive pela paciência e apoio durante toda a minha
jornada rumo à formação como quiropraxista.
Noé Bailly
IV
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não
existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”
Ayrton Senna
V
AGRADECIMENTOS
À professora e Coordenadora do curso de Quiropraxia Ana Paula
Albuquerque Facchinato Campos pelo auxílio fundamental no
desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso.
Ao professor Jorge Arantes Castro Netto pelo auxílio no
desenvolvimento deste trabalho e companheirismo.
Ao professor Djalma José Fagundes pela benevolência, paciência e
sabedoria em nos conduzir nesse processo importante da nossa formação.
Ao professor Fernando Redondo Moreira de Azevedo pelo incentivo e
inspiração na formação em Quiropraxia.
À Creusa Maria Roveri Dal Bó pelo total apoio na realização dos
cálculos estatísticos, fundamentais para o desenvolvimento do trabalho.
Ao nosso amigo Rodrigo Nascimento que ajudou no desenvolvimento
deste trabalho, através de contato telefônico aos quiropraxistas.
Ao professor Evergisto Souto Maior que ajudou informando sobre
aspectos da regulamentação da profissão e atualização de dados.
VI
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Perfil geral da amostra............................................................................. 8
Tabela 2. Satisfação com o curso e com a profissão.............................................. 9
Tabela 3. Satisfação com o curso e a profissão por universidade........................... 10
Tabela 4. Técnicas de quiropraxia usadas com mais frequência............................ 11
Tabela 5. Localidade de atuação............................................................................. 12
Tabela 6. Local de atuação dos quiropraxistas........................................................ 13
Tabela 7. Número de quiropraxistas com consultório próprio por universidade...... 13
Tabela 8. Dificuldades para iniciar ou manter um consultório e conhecimentos
administrativos carentes..........................................................................
14
Tabela 9. Tempo necessário para cobrir as despesas............................................ 15
Tabela 10 Atividade paralela exercida pelos quiropraxistas..................................... 15
Tabela 11. Dificuldade financeira para manter a prática clínica em quiropraxia e
suficiência da receita para cobrir despesas pessoais e
profissionais.............................................................................................
16
Tabela 12. Suficiência da renda para cobertura de despesas por universidade....... 16
Tabela 13. Relação entre o ano de formação e capacidade de cobrir despesas...... 17
Tabela 14. Valor cobrado na primeira consulta e no retorno..................................... 19
Tabela 15. Número de atendimentos efetuados por semana.................................... 20
Tabela 16. Relação entre número de atendimentos semanais e valor do retorno.... 16
Tabela 17. Relação entre estar ou não associado à ABQ e número e valor de
consultas semanais..................................................................................
22
Tabela 18. Relação entre estados de atuação, valores de primeira consulta e
retornos e quantidade de atendimentos semanais..................................
24
Tabela 19. Três principais gastos do consultório...................................................... 25
Tabela 20. Tipo de propaganda utilizada e frequência............................................. 26
Tabela 21. Capacidade de cobrir despesas com o ganho por realização de
propaganda..............................................................................................
27
Tabela 22. Frequência de propaganda e atendimento de 21 ou mais pacientes
semanais..................................................................................................
27
Tabela 23. Tipo de propaganda e atendimentos de 21 pacientes ou mais............... 28
VII
Tabela 24. Profissionais da área da saúde que atuam com quiropraxistas no
mesmo consultório...................................................................................
29
Tabela 25. Suficiência para sustento pessoal e profissional com a receita de
quiropraxia...............................................................................................
30
Tabela 26 Comparação entre o perfil geral dos respondentes das pesquisas de
2009 e 2014.............................................................................................
31
Tabela 27. Comparação do local de atuação profissional dos respondentes das
pesquisas de 2009 e 2014.......................................................................
32
Tabela 28. Comparação das dificuldades para iniciar ou manter consultório dos
respondentes das pesquisas de 2009 e 2014.........................................
33
Tabela 29. Comparação das dificuldades para manter a prática clínica, tempo
para cobrir despesas e número de atendimentos semanais dos
respondentes das pesquisas de 2009 e 2014.........................................
34
Tabela 30. Comparação das atividades remuneradas paralelas entre as pesquisas
de 2009 e 2014........................................................................................
35
Tabela 31. Comparação do nível de satisfação com o curso e com a profissão dos
participantes das pesquisas de 2009 e 2014...........................................
35
VIII
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Técnicas de quiropraxia usadas com mais frequência............................ 11
Gráfico 2. Relação entre ano de formação e capacidade de sustento pessoal e
profissional...............................................................................................
17
Gráfico 3. Relação entre ano de formação e capacidade de sustento pessoal e
profissional...............................................................................................
18
Gráfico 4. Relação entre o número de atendimentos semanais e valor do retorno. 21
IX
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
ABQ Associação Brasileira de Quiropraxia
ART Active Release Technique
FEEVALE Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior em Novo
Hamburgo
FMQ Federação Mundial de Quiropraxia
OMS Organização Mundial de Saúde
SMS Short Message Service
SOT Sacro Occipital Technique
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TV Televisão
UAM Universidade Anhembi Morumbi
WFC World Federation of Chiropractic
X
RESUMO
OBJETIVOS: Analisar a situação e perfil profissional dos quiropraxistas
graduados no Brasil, investigar fatores que dificultam os quiropraxistas
graduados no Brasil em trabalhar na área, os desafios superados e atuais dos
quiropraxistas para manter seu negócio, bem como os possíveis fatores que
levaram ao sucesso ou insucesso financeiro dos quiropraxistas. MÉTODOS:
Amostra: 714 quiropraxistas graduados pela UAM e FEEVALE, até o primeiro
semestre do ano de 2013. Realização em duas etapas; 1º. Elaboração do
questionário e hospedagem do mesmo no site
www.questionarioquiropraxistas.com.br; 2º. Envio de convite para os 714
quiropraxistas via e-mail e contato telefônico para a coleta de dados.
RESULTADO: 98,6% dos entrevistados afirmaram exercer a Quiropraxia,
sendo que 93,1% relataram não ter ou ter dificuldade razoável para manter sua
prática. Com relação à eficácia do tipo de propaganda relacionada à
quantidade de atendimentos semanais, 82,1% (n=32) daqueles que faziam
propaganda televisiva (n=39) atendiam 21 ou mais pacientes semanalmente;
65,7% (n=46) daqueles que faziam propaganda via rádio (n=70) atendiam 21
ou mais pacientes semanalmente. Mais de três quartos dos quiropraxistas que
trabalham com outros profissionais (84,1%) informaram que a remuneração
oriunda da quiropraxia era total ou parcialmente suficiente para o sustento
pessoal e profissional e o mesmo ocorreu com 86,2% dos quiropraxistas que
atuavam sozinhos. Os principais conhecimentos administrativos carentes foram
contabilidade e finança (52,3%), Marketing e propaganda (51,4%) e
regularização do estabelecimento (47,2%). CONCLUSÕES: A maioria está
satisfeita com a profissão, possui a quiropraxia como única fonte de renda, são
capazes de cobrir suas despesas pessoais e profissionais com a prática e
atuam em consultório próprio ou alugado. As principais dificuldades para abrir
um consultório foram falta de conhecimento de gerenciamento e falta de
dinheiro. A maioria conseguiu cobrir suas despesas pessoais e profissionais
em até dois anos. Não foi confirmada a relação entre estar associado à ABQ e
ter um número maior ou menor de retornos semanais. Somente propaganda via
televisão e rádio se mostraram eficientes para a captação de pacientes.
XI
ABSTRACT
OBJECTIVES: To analyze the professional situation of the chiropractors
graduated in Brazil, to investigate factors that hinder graduates chiropractors in
Brazil to work in the field, overcome the current challenges and the
chiropractors to keep your business as well as the possible factors leading to
the success or financial failure of chiropractors. METHODS: Sample: 714
graduates chiropractors by UAM and FEEVALE until the first semester of 2013.
Construction in two steps; 1st. Preparation of the questionnaire and hosting the
website at www.questionarioquiropraxistas.com.br; 2nd. Sending invitation to
714 chiropractors by email and telephone calls to collect data. RESULTS:
98.6% of respondents said they exercise Chiropractic, and 93.1% reported no
difficulties or having reasonable difficulty to maintain its practical. Regarding the
effectiveness of such advertising related to the amount of weekly visits, 82.1%
(n = 32) of those who used television advertising (n = 39) advertising 21 or more
patients met weekly; 65.7% (n = 46) of those who used radio advertising (n =
70) attended 21 or more patients weekly. More than three quarters of
chiropractors who work with other professionals (84.1%) reported that the
remuneration for the chiropractic was wholly or partially sufficient for personal
support and professional and so did 86.2% of chiropractors who acted alone.
The main administrative knowledge that chiropractors lacked were accounting
and finance (52.3%) and Marketing and advertising (51.4%) and regularization
of property (47.2%). CONCLUSIONS: The majority of respondents are satisfied
with their profession, chiropractic has the sole source of income, they are able
to cover their personal and professional costs with practice and act in their own
or rented office. The main difficulties to open a practice were lack of
management knowledge and lack of money. Most chiropractors could cover
your personal and business expenses within two years. No relationship was
confirmed to be associated with ABQ and have a greater or lesser number of
charged. Only advertising via television and radio were effective for attracting
patients.
SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................................... 1
2. Objetivos........................................................................................................... 4
3. Métodos............................................................................................................ 5
4. Resultados........................................................................................................ 7
5. Discussão......................................................................................................... 37
6. Conclusões....................................................................................................... 42
7. Referências....................................................................................................... 43
Anexos
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a FMQ (Federação Mundial de Quiropraxia), a quiropraxia é
uma profissão da área da saúde focada no diagnóstico, tratamento e prevenção de
alterações do sistema músculo-esquelético, assim como seus efeitos na função do
sistema nervoso e saúde em geral. Há uma ênfase em tratamentos manuais,
incluindo a manipulação vertebral e outras articulações, assim como partes moles. A
profissão da quiropraxia enfatiza o poder natural do corpo para curar a si mesmo1.
A quiropraxia foi criada nos Estados Unidos da América em 1895 e hoje está
estabelecida em mais de 70 países. Associações Nacionais de Quiropraxia desses
países são membros da Federação Mundial de Quiropraxia (FMQ), que mantém
relações oficiais com a Organização Mundial de Saúde (OMS)2.
Devido a relevantes vantagens na relação custo/benefício em relação ao
tratamento dos pacientes, boa parte dos países desenvolvidos tem a quiropraxia
incorporada ao serviço público de saúde e a convênios privados3. Nos Estados
Unidos da América, a quiropraxia é uma das três profissões de maior procura para
atendimento primário, juntamente com a medicina e a odontologia4.
A Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ) surgiu em 1992, mas somente
dois anos mais tarde, em 1994, foi oficialmente reconhecida pela FMQ, o que lhe
deu respaldo para intermediar negociações entre universidades brasileiras e
faculdades norte-americanas de quiropraxia, visando estabelecer cursos superiores
da profissão no Brasil1.
No Brasil, em 1998, iniciou-se um curso de pós-graduação no Centro
Universitário FEEVALE, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, estabelecendo
convênio com a Palmer College of Chiropractic, para formar docentes para o
programa de graduação, com 24 estudantes4. Dois anos mais tarde, em 2000, a
Universidade Anhembi Morumbi (UAM), em São Paulo, estado de São Paulo e a
FEEVALE ofereceram um curso de formação universitária de 4 anos e 6 meses.
Ambos os cursos seguem com a mesma orientação curricular básica, estipulada por
conselhos Internacionais de educação em quiropraxia e procuram fornecer a melhor
formação disponível na área1. Foram graduados 714 quiropraxistas pela UAM e
FEEVALE, até o primeiro semestre do ano de 2013.
2
Os profissionais mais experientes graduados em quiropraxia no Brasil
(primeiros bacharéis formados em 2004) possuem aproximadamente uma década de
prática e ainda há pouca divulgação para o público sobre as ações da profissão. Os
recém-formados das faculdades de quiropraxia deparam-se então com a realidade
comum à grande maioria dos recém-formados em outros cursos: o ingresso no
mercado de trabalho. Acaba sendo necessário vincular-se à clínicas
multidisciplinares, para que os pacientes que se utilizam de outros tipos de terapias
passem a conhecer a profissão. Uma das metas da quiropraxia é fazer-se
conhecida, procurando manter uma relação de integração e colaboração com outros
profissionais na área da saúde e resguardando, ao mesmo tempo, a independência
da profissão.
A quiropraxia foi criada nos Estados Unidos da América em 1895 e hoje está
estabelecida em mais de 90 países e regulamentada por lei na maioria destes.
Associações Nacionais de Quiropraxia desses países são membros da Federação
Mundial de Quiropraxia (FMQ), que mantém relações oficiais com a Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Quanto a legalidade e legitimidade da prática profissional no Brasil, a
quiropraxia tem sua formação reconhecida pelo Ministério da Educação; o exercício
profissional do bacharel quiropraxista é reconhecido pelo Ministério do Trabalho e
garantido por Lei conforme o artigo quinto da Constituição Federal, contudo, o
controle e fiscalização ainda se encontra em processo de regulamentação junto ao
Congresso Nacional por meio dos projetos de lei 1436/2011 na Câmara dos
Deputados e o 599/2011 do Senado Federal.
Grande parcela da população que pode se beneficiar deste tipo de
atendimento ainda não pode ter acesso ao tratamento quiroprático devido ao
pequeno número de profissionais formados em relação à extensão de nosso país,
assim como pelo fato da profissão ser pouco conhecida pelos pacientes brasileiros.
Em 2009 63% dos quiropraxistas (215) que se formaram no Brasil
participaram de um estudo que analisou a atuação dos quiropraxistas como
empreendedores, as dificuldades enfrentadas e superadas em ter a própria clínica,
assim como os fatores que levavam ao sucesso econômico5. A pesquisa mostrou
que a maioria dos quiropraxistas graduados atuavam profissionalmente como
3
quiropraxistas e conseguiam sustentar-se total ou parcialmente com a prática da
profissão. A maior parte fazia algum tipo de propaganda e atuava em clínicas
multidisciplinares. A grande maioria referia sentir falta de conhecimentos em gestão
empresarial ou de clínica5. Este estudo foi realizado com graduados em quiropraxia
entre 2004 e 2008, onde os bacharéis mais experientes haviam se formado no
máximo há quatro anos. Desde então, quatro anos se passaram trazendo outros
bacharéis ao mercado de trabalho, sendo pertinente a atualização dos dados
coletados5.
Este trabalho tem a proposta de investigar a situação profissional dos
quiropraxistas graduados no Brasil; identificar dificuldades e desafios superados, se
as dificuldades atuais de trabalho são diferentes ou similares às encontradas
anteriormente, bem como constatar quais foram as estratégias para se obter
melhores condições financeiras, de visibilidade da profissão, da relação do
quiropraxista com os outros profissionais da área da saúde. Assim, o presente
trabalho poderá nortear futuros quiropraxistas recém-formados a uma inserção mais
adequada e rápida no mercado de trabalho.
4
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar a situação e perfil profissional dos quiropraxistas graduados no
Brasil.
2.2 Objetivos Específicos
· Investigar fatores que dificultam os quiropraxistas graduados no Brasil em
trabalhar na área.
· Investigar os desafios superados e atuais dos quiropraxistas para manter seu
negócio.
· Investigar possíveis fatores que levaram ao sucesso ou insucesso financeiro
dos quiropraxistas.
5
3. MÉTODOS
O projeto de pesquisa foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em
Pesquisa da UAM e foi aprovado sob o protocolo de número 458.207. Os sujeitos
que aceitaram participar assinalaram o item “Li e concordo com o termo de
consentimento livre e esclarecido” do termo de consentimento livre e esclarecido –
TCLE (Anexo 1) que estava disponível para leitura no site
“www.questionarioquiropraxistas.com.br”.
3.1 Amostra
Foram selecionados a participar desta pesquisa quiropraxistas graduados na
UAM e FEEVALE entre os anos de 2004 e 2013.
3.2 Procedimentos
Os responsáveis desta pesquisa, Eduardo Akihiro China e Noé Raphael
Bailly, elaboraram um questionário (Anexo 2) feito com a ferramenta Google Docs do
site google.com.br.
O questionário foi baseado no trabalho de conclusão de curso dos ex-alunos,
Choo Hyung Kim e Márcia Daniela Carniel de Almeida5. Algumas questões foram
reformuladas e outras foram adicionadas, tais como: “Você está inscrito na
Associação Brasileira de Quiropraxia?” e “Você tem outra fonte de sustento além da
sua prática clínica?”.
Os participantes não foram obrigados a responder a todas as perguntas.
A maioria das questões estavam relacionadas à administração e logística dos
atendimentos, como por exemplo: número de pacientes atendidos; valores cobrados
por consulta; tipo de divulgação. Algumas questões estavam relacionadas com a
atuação profissional clínica de cada quiropraxista.
Para contatar cada quiropraxista, foi enviado aos participantes um e-mail
convidando-os a participar da pesquisa, contendo um “link” que os direcionava ao
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e ao questionário.
Um primeiro e-mail foi enviado no dia 16 de janeiro de 2014. O segundo e
terceiro e-mails foram enviados nos dias 25 de fevereiro de 2014 e 8 de abril de
6
2014, respectivamente, para reforçar a participação com a instrução de que, caso
eles já tivessem respondido ao questionário, ignorassem o e-mail.
Dentro da segunda quinzena de abril, foi efetuado contato através de ligação
telefônica ou por mensagens de texto (SMS) com os participantes que não
responderam ao questionário.
Os quiropraxistas que responderam ao questionário depois do dia 23 de abril
de 2014, foram excluídos da pesquisa. Na primeira semana de maio, todos os dados
recebidos pelos participantes foram colocados em uma tabela em formato Excel e
foram submetidos à análise estatística.
3.3 Estudo Estatístico
Inicialmente todas as variáveis foram analisadas descritivamente. Para as
variáveis quantitativas esta análise foi feita através da observação dos valores
mínimos e máximos, e do cálculo de médias, desvios-padrão e mediana. Para as
variáveis qualitativas calculou-se frequências absolutas e relativas.
Para a comparação de médias de dois grupos foi utilizado o teste t de
Student6.
Para se testar a homogeneidade entre as proporções foi utilizado o teste qui-
quadrado6 ou o teste exato de Fisher6 (quando ocorreram frequências esperadas
menores de 5).
O nível de significância utilizado para os testes foi de 5%.
7
4. RESULTADOS
A pesquisa foi direcionada para os 714 quiropraxistas graduados no Brasil até
o primeiro semestre de 2013, sendo 230 (32,2%) graduados pela UAM e 484
(67,8%) pela FEEVALE.
Um total de 219 quiropraxistas responderam ao questionário, configurando
30,7% do total de quiropraxistas graduados no Brasil. Os casos não-atuantes não
foram incluídos nesta análise, pois não apresentavam respostas consistentes para
sua consideração. Portanto, para a análise desta pesquisa foram considerados 216
quiropraxistas atuantes que corresponde a 30,2% do total de quiropraxistas
formados no Brasil.
Do total de respondentes, 98 (45,4%) eram graduados pela UAM e 118
(54,6%) pela FEEVALE. Considerando o número de formados por cada universidade
até o primeiro semestre de 2013, 230 pela UAM e 484 pela FEEVALE, os
participantes representavam 42,6% e 24,3% do total de formados por cada
universidade, respectivamente.
Com relação à distribuição dos participantes por sexo, 130 (60,2%) eram
mulheres e 86 (39,8%), homens. A idade variou entre 22 e 60 anos, média de 30,07
anos, mediana de 28 e desvio padrão de 7,58 anos.
Os participantes desta pesquisa foram quiropraxistas graduados entre 2004 e
o primeiro semestre de 2013. Os cursos tiveram início no ano de 2000 e as primeiras
graduações ocorreram em 2004 em ambas as universidades, sendo que a maioria
dos respondentes se formaram entre 2010 e 2013 (54,2%, n=117). Referente ao
tempo de atuação, 120 (55,6%) atuavam entre 0 a 4 anos.
A grande maioria dos quiropraxistas 88,9% (n=192) estavam inscritos na
ABQ, enquanto 11,1% (n=24) não estavam.
8
Tabela 1. Perfil geral da amostra.
Sexo n %
Feminino 130 60,2 Masculino 86 39,8
Total 216 100
Idade
Variação 22 – 60 anos Média 30,07 anos Mediana 28 Desvio padrão 7,58 anos
Local de formação n %
FEEVALE 118 54,6 UAM 98 45,4
Total 216 100
Ano de formatura n %
2004 - 2005 22 10,2 2006 - 2007 35 16,2 2008 - 2009 42 19,4 2010 - 2011 69 32 2012 - 2013 48 22,2
Total 216 100
Atua como quiropraxista n %
Não 3 1,4 Sim 216 98,6
Total 219 100
Tempo de atuação n %
0 – 2 anos 58 26,9 2 – 4 anos 62 28,7 4 – 6 anos 43 19,9 6 – 8 anos 32 14,8 8 – 10 anos 21 9,7
Total 216 100
Inscrito na ABQ n %
Não 24 11,1 Sim 192 88,9
Total 216 100
Com relação à satisfação dos participantes com o curso de quiropraxia ministrado
nas universidades e com a profissão, 132 (61,1%) referiram estar satisfeitos com o
curso e 101 (46,8%), muito satisfeitos com a profissão.
9
Tabela 2. Satisfação com o curso e com a profissão.
Satisfação com o curso e com a
profissão Categoria
n %
Insatisfeito 5 2,3
Curso Pouco satisfeito 39 18,1
Satisfeito 132 61,1
Muito satisfeito 40 18,5
Insatisfeito 4 1,9
Profissão Pouco satisfeito 24 11,1
Satisfeito 87 40,3
Muito satisfeito 101 46,8
A maioria dos quiropraxistas graduados pela UAM (76,5%, n=75) e pela
FEEVALE (82,2%, n=97) relataram estar satisfeitos ou muito satisfeitos quanto a
formação universitária em quiropraxia. E 88,8% (n=87) dos quiropraxistas formados
pela UAM e 85,6% (n=101) formados pela FEEVALE relataram estar satisfeitos ou
muito satisfeitos com a profissão de quiropraxia.
10
Tabela 3. Satisfação com o curso e a profissão por universidade.
Satisfação quanto ao curso
Muito
satisfeito Satisfeito
Pouco
satisfeito Insatisfeito
n % n % n % n %
UAM 16 16,3 59 60,2 19 19,4 4 4,1
FEEVALE 24 20,3 73 61,9 20 16,9 1 0,8
Satisfação quanto a profissão
Muito
satisfeito Satisfeito
Pouco
satisfeito Insatisfeito
n % n % n % n %
UAM 50 51,0 37 37,8 10 10,2 1 1,0
FEEVALE 51 43,2 50 42,4 14 11,9 3 2,5
A grande maioria dos quiropraxistas usam a técnica diversificada com
frequência (89,4%, n=193), seguida pela técnica Thompson (52,8%, n=114),
Gonstead (50,5%, n=109), Activator (41,7%, n=90) e Sacro Occpital Technique
(36,6%, n=79).
11
Tabela 4. Técnicas de quiropraxia usadas com mais frequência.
Técnica usada com mais frequência n %
Diversificada 193 89,4%
Thompson 114 52,8%
Gonstead 109 50,5%
Activator 90 41,7%
SOT 79 36,6%
Maca flexo-distração 21 9,7%
Upper cervical 14 6,5%
Outros*
13
6,0%
* ART (n=4), Graston (n=2), adaptação de todos (n=1), Faktr (n=1), cinesiologia aplicada (n=1), neurologia
funcional (n=1), Speederboard (n=1), TP (n=1), tração (n=1)
Gráfico 1. Técnicas de quiropraxia usadas com mais frequência.
Com relação à localidade de atuação, contamos com 156 respondentes
(72,2%) dos 216 (100%) quiropraxistas analisados neste estudo. A maioria se
localizava nos estados de São Paulo (47,4%, n=74) e Rio Grande do Sul (37,2%,
n=58).
89,4%
52,8%
50,5%
41,7%
36,6%
9,7%
6,5%
6,0%
Diversificada
Thompson
Gonstead
Activator
SOT
Maca flexo-distração
Upper cervical
Outros*
Técnicas usadas com mais frequência
12
Tabela 5. Localidade de atuação.
Estado/Pais n %
São Paulo 74 47,4
Rio Grande do Sul 58 37,2
Minas Gerais 4 2,6
Peru 4 2,6
Santa Catarina 4 2,6
Amazonas 2 1,3
Espanha 2 1,3
Paraná 2 1,3
Rio de Janeiro 2 1,3
Bahia 1 0,6
Distrito Federal 1 0,6
Espírito Santo 1 0,6
Estados Unidos da América 1 0,6
Total 156 100,0
Referente ao local de atuação dos quiropraxistas observou-se que 66 (30,6%)
atuavam em sala alugada e dividida com outros profissionais, 65 (30,1%) possuíam
um consultório próprio e 48 (22,2%) eram sócio-proprietários.
13
Tabela 6. Local de atuação dos quiropraxistas.
Onde atua n %
Sala/Clínica alugada e dividida com outros profissionais 66 30,6
Único proprietário de consultório 65 30,1
Sócio-proprietário de consultório 48 22,2
Sala/Clínica alugada e sozinho 43 19,9
Autônomo comissionado 37 17,1
Home-care (atendimento a domicílio) 19 8,8
Consultório na minha residência 9 4,2
Seguro/plano de saúde 9 4,2
Empregado assalariado 7 3,2
Outros* 14 6,5
*Empresas (n=3), hospital (n=2), trabalha fora do Brasil (n=2), prefeituras (n=1), sindicatos (n=1), comissionado
(n=3), atendimento em universidade (n=1), associado (n=1).
Observou-se que 30,5% (n=36) e 29,5% (n=29) dos formados de cada
universidade, FEEVALE e UAM, respectivamente, possuem consultório próprio. As
porcentagens foram obtidas considerando o número total de participantes por
universidade até o ano limite desta pesquisa (2013).
Tabela 7. Número de quiropraxistas com consultório próprio por universidade.
Único proprietário de consultório por universidade n %
FEEVALE 36 55,4
UAM 29 44,6
Total 65 100,0
Sobre as dificuldades para iniciar ou manter o consultório, 93 participantes
(43,1%) informaram que carecem de conhecimento sobre gerenciar um consultório;
69 (31,9%) referiram dificuldade financeira para abrir um consultório, 48 (22,2%) não
relataram dificuldades e 29 (13,4%) informaram sentirem-se inseguros para trabalhar
com quiropraxia.
14
Referente aos conhecimentos administrativos faltantes para a abertura ou
administração do consultório, três foram mais citados, sendo eles: contabilidade e
finança (52,3%), marketing e propaganda (51,4%) e regularização do
estabelecimento (47,2%).
Quando questionados em relação à falta de equipamentos a abertura do
consultório, 178 (82,4%) afirmaram que não tiveram dificuldades e 38 (17,6%)
tiveram dificuldades com a falta de equipamentos. Destes, os principais
equipamentos foram a maca de flexão (52,6%, n=20), maca com drop (31,6%, n=12)
e Activator (23,7%, n=9).
Tabela 8. Dificuldades para iniciar ou manter um consultório e conhecimentos
administrativos carentes para abrir ou manter o consultório.
Dificuldades em iniciar ou manter seu consultório n %
Falta de conhecimento sobre gerenciar um consultório 93 43,1
Falta de dinheiro 69 31,9
Não tenho (tive) dificuldades 48 22,2
Insegurança em trabalhar com quiropraxia 29 13,4
Falta de equipamento de quiropraxia 13 6,0
Não tenho consultório 3 1,4
Outros* 39 18,1
*Conseguir pacientes (n=5), desconhecimento da profissão (n=11), desconfiança dos pacientes (n=1), estratégia
de marketing (n=1), trabalhava em outro local (n=1), intenção de mudança de cidade (n=1), retenção de paciente
(n=1), sem interesse em montar consultório (n=2), oscilação (n=1), insegurança em pagar despesas (n=1).
Conhecimentos administrativos carentes n %
Contabilidade e finança 113 52,3
Marketing e propaganda 111 51,4
Regularização do estabelecimento 102 47,2
Leis trabalhistas 85 39,4
Normas de vigilância sanitária 73 33,8
Outros 7 3,2
Nenhum 5 2,3
Não possuo consultório próprio 3 1,4
15
Em relação ao tempo que os quiropraxistas levaram para conseguir cobrir as
despesas com a prática em quiropraxia, 98 (45,4%) participantes relataram que
conseguiram cobrir suas despesas em até 1 ano pós formação.
Tabela 9. Tempo necessário para cobrir as despesas.
Tempo até conseguir cobrir suas despesas pessoais e
profissionais n %
Menos de 6 meses 51 23,6
6 meses – 1 ano 47 21,8
1 – 2 anos 39 18,1
Mais de 2 anos 43 19,9
Ainda não consigo cobrir minhas despesas 36 16,7
Total 216 100,0
Para mais de três quartos dos participantes (n=159, 75,5%), a quiropraxia era
a única fonte de renda, enquanto o restante (n=57, 24,5%) exercia outras atividades.
Tabela 10. Atividade paralela exercida pelos quiropraxistas.
Fonte de renda n %
Somente com quiropraxia 159 75,5
Outras atividades* 57 24,5
Total 216 100,0
*Tenho outra fonte de renda (n=41), pilates (n=4), acupuntura (n=2), professor (n=2), artesanato (n=1),
funcionária pública (n=1), auxílio de pais (n=1), administrador (n=1), aluguéis (n=1), palestras (n=1), músico
(n=1), metrô (n=1)
Quando questionados se tiveram dificuldades financeiras para manter a
prática clínica, 125 (57,9%) assinalaram não ter encontrado dificuldades; 76 (35,2%)
assinalaram ter um pouco de dificuldade ou pequena dificuldade e 15 (6,9%)
assinalaram estar difícil ou muito difícil manter a prática. Em relação à receita
adquirida com a prática para o sustento pessoal e profissional, 107 (49,5%)
informaram que a prática em quiropraxia é suficiente para o sustento pessoal e
profissional. Enquanto que 76 (35,2%) relataram que a renda era parcialmente
16
suficiente. Os que relataram que a renda era insuficiente ou muito insuficiente
totalizaram 33 (15,3%).
Tabela 11. Dificuldade financeira para manter a prática clínica em quiropraxia e
suficiência da receita para cobrir despesas pessoais e
profissionais.
Questão Resposta n %
Não há 125 57,9
Dificuldade financeira Um pouco/Mais ou menos 76 35,2
Difícil/Muito difícil 15 6,9
Suficiente para o sustento Totalmente 107 49,5
Parcialmente 76 35,2
Insuficiente 27 12,5
Muito insuficiente 6 2,8
Entre os entrevistados graduados na FEEVALE, 88,2% (n=104) possuíam
renda total ou parcialmente suficiente para cobrir despesas pessoais e profissionais.
O mesmo ocorreu com os entrevistados da UAM (80,6%, n=79). (Teste exato de
Fisher, p=0,101).
Tabela 12. Suficiência da renda para cobertura de despesas por universidade.
Universidade
FEEVALE
UAM
Suficiência da renda para cobertura de
despesas n %
n %
Totalmente 56 47,5
51 52,0
Parcialmente 48 40,7
28 28,6
Insuficiente 10 8,5
17 17,3
Muito insuficiente 4 3,4
2 2,0
Ao comparar o ano de formação com a capacidade de cobrir despesas,
60,8% (n=84) dos formados de 2004 a 2010, relataram que os ganhos oriundos da
17
quiropraxia eram totalmente suficientes, e somente 4,3% (n=6) relataram que eram
insuficientes ou muito insuficientes para cobrir as despesas pessoais e profissionais.
Entre os formados de 2011 e 2013, ou seja, aqueles que se formaram mais
recentemente, 29,4% (n=23) relataram que as remunerações provenientes da
quiropraxia eram totalmente suficientes e 34,6% (n=27) relataram que eram
insuficientes ou muito insuficientes.
Tabela 13. Relação entre o ano de formação e capacidade de cobrir despesas.
Ano de
Formação
Totalmente
suficiente
Parcialmente
suficiente Insuficiente
Muito
Insuficiente Total
n % n % n % n % n %
2004-2010 84 60,87 48 34,78 3 2,17 3 2,17 138 100,00
2011-2013 23 29,48 28 35,90 24 30,77 3 3,84 78 100,00
Gráfico 2. Relação entre ano de formação e capacidade de sustento pessoal e
profissional – 2004 a 2010 e 2011 a 2013.
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Totalmente
suficiente
Parcialmente
suficiente
Insuficiente Muito
Insuficiente
2004-2010
2011-2013
18
Gráfico 3. Relação entre ano de formação e capacidade de sustento pessoal e
profissional.
Quanto ao valor cobrado na primeira consulta 151 (71,7%) relataram cobrar
até R$150,00 na primeira consulta, sendo que, 2 pessoas (0,9%) faziam a avaliação
gratuitamente. Sobre o valor cobrado no primeiro retorno, 154 (71,3%) cobravam até
100 reais, sendo que, 2 pessoas (0,9%) faziam o primeiro retorno grátis e cobravam
50 reais nos demais retornos.
0102030405060708090
100
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
%
Ano de Formado
Totalmente Parcialmente Insuficiente Muito insuf.
19
Tabela 14. Valor cobrado na primeira consulta e no retorno.
Consulta Valores n %
Avaliação grátis 2 0,9
Até R$100,00 92 42,6
Primeira R$ 100,01 - R$ 150,00 61 28,2
R$ 150,01 - R$ 200,00 36 16,7
R$ 200,01 - R$ 250,00 19 8,8
R$ 250,01 - R$ 300,00 3 1,4
Acima de R$ 300,01 1 0,5
Prefiro não responder 2 0,9
1°retorno grátis 8 3,7
1°retorno grátis, Até R$50,00 2 0,9
1°retorno grátis, R$ 100,01 - R$ 150,00 3 1,4
Retorno 1°retorno grátis, R$ 50,01 - R$100,00 10 4,6
Até R$50,00 14 6,5
R$ 50,01 - R$100,00 128 59,3
R$ 100,01 - R$ 150,00 41 19,0
R$ 150,01 - R$ 200,00 7 3,2
Acima de R$ 200,01 1 0,5
Prefiro não responder 2 0,9
Observou-se que 57 participantes (26,4%) realizavam de 11 a 20
atendimentos por semana, enquanto 114 participantes (52,8%), mais de 21
atendimentos no mesmo período.
20
Tabela 15. Número de atendimentos efetuados por semana.
Número de atendimentos semanais n %
1-4 12 5,6
5-10 33 15,3
11-20 57 26,4
21- 30 38 17,6
31-50 39 18,1
Mais de 51 37 17,1
Total 216 100,0
Ao relacionar a quantidade de atendimentos semanais com o valor dos
retornos, foi observado que 53,2% (n=114) realizavam mais de 20 atendimentos
semanais, e que 64% (n=137) cobravam R$50,01 a R$100,00. Pouco menos de um
terço (31,7%, n=68) dos incluídos na análise relataram realizar mais de 20
atendimentos semanais e cobrar de R$50,01 a R$100,00 por retorno.
Tabela 16. Relação entre número de atendimentos semanais e valor do retorno.
Número de atendimentos semanais
Valor do retorno 1 a 10 11 a 20 21 ou mais Total
n % n % n % n %
Até R$50,00 3 7,0 9 15,8 11 9,6 23 10,7
R$50,01 - R$100,00 32 74,4 37 64,9 68 59,6 137 64,0
R$100,01 - R$150,00 5 11,6 10 17,5 29 25,4 44 20,6
R$150,01 - R$200,00 2 4,7 0 0,0 5 4,4 7 3,3
Acima de R$200,01 0 0,0 1 1,8 0 0,0 1 0,5
Prefiro não responder 1 2,3 0 0,0 1 0,9 2 0,9
Total 43 100,0 57 100,0 114 100,0 214* 100,0
*Dois dos respondentes assinalaram respostas contraditórias para esta comparação, assim, foram excluídos
desta análise
21
Gráfico 4. Relação entre o número de atendimentos semanais e valor do retorno.
Ao correlacionar estar associado ou não à ABQ e valor cobrado pela primeira
consulta foi identificado que 71,9% (n=138) dos associados cobravam até R$150,00,
enquanto que 62,5% (n=15) dos não associados cobravam os mesmos valores. Foi
observado que 53,1% (n=102) dos associados realizavam 21 ou mais atendimentos
semanais, enquanto que 50% (n=12) dos não associados realizavam a mesma
quantidade de atendimentos. Assim não houve diferença significativa entre estar ou
não associado à ABQ em relação a valor da consulta e número de atendimentos.
Não foi possível comparar a relação entre o valor cobrado no retorno e estar ou não
associado à ABQ devido ao excesso de variáveis.
0102030405060708090
100
%
Valor da consulta de retorno
1 a 10 11 a 20 mais de 20
22
Tabela 17. Relação entre estar ou não associado à ABQ e número e valor de
consultas semanais.
Associado Valor da primeira consulta Não Sim p* Avaliação grátis 1 4,2 1 0,5
Até R$100,00 10 41,7 82 42,7 R$100,01 - R$150,00 5 20,8 56 29,2 R$150,01 - R$200,00 4 16,7 32 16,7 0,313
R$200,01 - R$250,00 3 12,5 16 8,3 R$250,01 - R$300,00 0 0,0 3 1,6 Acima de R$300,01 0 0,0 1 0,5 Prefiro não responder 1 4,2 1 0,5 Total 24 100 192 100,0
*nível descritivo de probabilidade do teste exato de Fisher Associado Valor do retorno Não Sim 1° retorno grátis 1 7 1° retorno grátis, Até R$50,00 2 0 1°retorno grátis, R$50,01 -
R$100,00 1 9
1° retorno grátis, R$100,01 - R$150,00
0 3
Até R$50,00 1 12 Até R$50,00, R$50,01 - R$100,00 0 1 R$50,01 - R$100,00, R$100,01 -
R$150,00 0 1
R$50,01 - R$100,00 12 115 R$100,01 - R$150,00 4 37 R$150,01 - R$200,00 2 5 Acima de R$200,01 0 1 Prefiro não responder 1 1 Total 24 192 Associado
Num. de consultas Não Sim p* 1-4 3 12,5 9 4,7
5-10 4 16,7 29 15,1 11-20 5 20,8 52 27,1 0,664
21-30 4 16,7 34 17,7 31-50 5 20,8 34 17,7 >=51 3 12,5 34 17,7 Total 24 100 192 100
* nível descritivo de probabilidade do teste exato de Fisher
23
Somente 156 (72,2%) participantes responderam a questão referente ao
estado ou local de atuação. Mais de três quartos destes atuavam em São Paulo
(n=74, 47,4%) ou no Rio Grande do Sul (n=58, 37,1%). São Paulo apresentou
valores de primeira consulta maiores que o Rio Grande do Sul. Aproximadamente
um quinto dos participantes de São Paulo (21,6%, n=16) informaram cobrar até
R$100,00 enquanto que o mesmo foi informado por três quartos (72,4%, n=42) dos
do Rio Grande do Sul. Cerca de um terço dos participantes de São Paulo (32,4%,
n=24) informaram cobrar de R$100,01 a R$150,00, enquanto que o mesmo ocorreu
com menos de um quinto dos respondentes do Rio Grande do Sul (17,2%, n=10).
Valores de R$200,01 a R$250,00 por consulta eram cobrados por 17,6% (n=13) dos
participantes de São Paulo, enquanto nenhum profissional do Rio Grande do Sul
informou valor semelhante ou maior.
São Paulo apresentou valores de retorno maiores que o Rio Grande do Sul.
Pouco mais da metade dos participantes de São Paulo (54,1%, n=40) informou
cobrar até R$100,00 enquanto que o mesmo foi informado por 91,4% (n=53) dos do
Rio Grande do Sul. Valores de R$100,01 a R$200,00 por retorno eram cobrados por
32,4% (n=24) dos participantes de São Paulo, enquanto apenas 6,9% (n=4) dos
respondentes do Rio Grande do Sul informaram valores entre R$100,01 e R$200,00.
Entre os respondentes do Rio Grande do Sul 46,6% (n=27) realizavam 21
atendimentos semanais ou mais e 48,6% (n=36) dos respondentes de São Paulo
atendiam a mesma quantidade.
24
Tabela 18. Relação entre principais estados de atuação, valores de primeira
consulta e retornos e quantidade de atendimentos semanais.
Valor da primeira consulta Total
Estado Até
R$100,00
R$100,01
a
R$150,00
R$150,01
a
R$200,00
R$200,01
a
R$250,00
R$250,01 a
R$300,00
Acima de
R$300,01
Preferiram
não
responder
n
n % n % n % n % n % n % n %
RS 42 72,4 10 17,2 6 10,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0 58
SP 16 21,6 24 32,4 17 23,0 13 17,6 2 2,7 0 0,0 2 3 74
Outros 10 33,3 6 20,0 3 10,0 3 10,0 1 3,3 1 3,3 0 0 24
Total 68 43,6 40 25,6 26 16,7 16 10,3 3 1,9 1 0,6 2 1 156
Valor do Retorno Total
Estado Até
R$100,00
R$100,01
a
R$150,00
R$150,01
a
R$200,00
Acima de
R$200,01
Preferiram não responder ou
responderam dados incoerentes n
n % n % n % n % n %
RS 53 91,4 4 6,9 0 0,0 0 0,0 0 0,0 58
SP 40 54,1 19 25,7 5 6,8 0 0,0 10 13,5 74
Outros 0 0,0 4 13,3 2 6,7 1 3,3 0 0,0 30
Total 93 59,6 27 17,3 7 4,5 1 0,6 10 6,4 156
Quantidade de atendimentos semanais
Estado 5 a 10 11 a 20 21 ou mais Total
n % n % n %
RS 14 24,1 17 29,3 27 46,6 58
SP 21 28,4 17 23,0 36 48,6 74
Outros 3 12,5 3 12,5 18 75,0 24
Total 38 24,4 37 23,7 81 51,9 156
Com relação aos três principais gastos de consultório, 74,5% (n=161)
assinalaram Aluguel; 31,5% (n=68) Telefone e 21,8% (n=47) Água ou Luz.
25
Tabela 19. Três principais gastos do consultório.
Gastos n %
Aluguel 161 74,5
Telefone 68 31,5
Água/Luz 47 21,8
Contador 34 15,7
Segurança 10 4,6
Divulgação/propaganda 17 7,9
Funcionários 4 1,9
Outros* 27 12,5
* Impostos (n=11), condomínio (n=7), materiais diversos (n=4), locomoção (n=3), prestação do imóvel (n=2)
Sobre o tipo de propaganda utilizada para divulgação, Panfleto é o principal
meio de divulgação (69,9%), seguido da Internet que também tem um número
elevado de usuários como forma de divulgação (64,4%). Quanto à frequência do uso
de propaganda, 86 (39,8%) a fazem quinzenalmente à constantemente.
26
Tabela 20. Tipo de propaganda utilizada e frequência.
Variável Categoria n %
Panfleto 151 69,9
Internet 139 64,4
Jornal 113 52,3
Tipo Revista 79 36,6
de propaganda Rádio 70 32,4
TV 39 18,1
Nunca fiz 21 9,7
Outros 18 8,3
Mais que 1 vez por mês 19 8,8
De 1 a 2 vezes por ano 58 26,9
Freq. de uso De 3 a 6 vezes por ano 22 10,2
da propaganda De 6 a 12 vezes por ano 24 11,1
Constantemente 67 31,0
Nunca fiz 26 12,0
*Palestras (n=6), indicações (n=3), atendimento (n=1), busdoor (n=1), cartão (n=1), convênio (n=1), guia
telefônico (n=1), outdoor (n=1) e placa (n=1).
A maioria dos quiropraxistas (90,3%, n=195) faziam propaganda, destes
17,4% não conseguiam cobrir suas despesas pessoais e profissionais com ganhos
oriundos da quiropraxia. Entre aqueles que não faziam propaganda, 9,5% referiram
não ter conseguido cobrir suas despesas com seu ganho. (Teste exato de Fisher,
p=0,540).
27
Tabela 21. Capacidade de cobrir despesas com o ganho por realização de
propaganda.
Realização de Cobrir despesas
Propaganda Não consigo
Consigo
Total
Fazem 34 17,4
161 82,6
195 90,3
Não fazem 2 9,5
19 90,5
21 9,7
Total
216 100,0
Entre os participantes, 6% (n=13) relataram ter fechado o consultório. Destes,
77% (n=10) relataram ter fechado nos dois primeiros anos após a abertura do
consultório. A porcentagem dos 13 desta questão foi calculada com base no número
total de participantes atuantes desta pesquisa (n=216).
Com relação à eficácia da frequência do uso da propaganda na quantidade de
atendimentos semanais, 50,7% (n=34) daqueles que fizeram propaganda
constantemente (n=67) atendiam 21 ou mais pacientes semanalmente; 63,2%
(n=12) daqueles que faziam propaganda mais de uma vez por mês (n=19) atendiam
21 ou mais pacientes semanalmente; 50% (n=11) daqueles que faziam propaganda
de três a seis vezes anuais (n=22) atendiam 21 ou mais pacientes semanalmente e
50% (n=13) daqueles que nunca haviam feito propaganda (n=26) atendiam 21 ou
mais pacientes semanalmente.
Tabela 22. Frequência de propaganda e atendimento de 21 ou mais pacientes
semanais.
Tempo de propaganda n %
Constantemente 34 50,7
Mais que 1 vez por mês 12 63,2
De 1 a 2 vezes por ano 28 48,3
De 3 a 6 vezes por ano 11 50,0
De 6 a 12 vezes por ano 16 66,7
Nunca fiz 13 50,0
28
Com relação à eficácia do tipo de propaganda relacionada à quantidade de
atendimentos semanais, 82,1% (n=32) daqueles que faziam propaganda televisiva
(n=39) atendiam 21 ou mais pacientes semanalmente; 65,7% (n=46) daqueles que
faziam propaganda via rádio (n=70) atendiam 21 ou mais pacientes semanalmente;
55,4% (n=77) daqueles que faziam propaganda via Internet (n=139) atendiam 21 ou
mais pacientes semanalmente; 50,3% (n=76) daqueles que faziam propaganda via
panfletos (n=151) atendiam 21 ou mais pacientes semanalmente e 52,4% (n=11)
daqueles que nunca haviam feito propaganda (n=21) atendiam 21 ou mais pacientes
semanalmente. (Teste qui-quadrado, p=0,637).
Tabela 23. Tipo de propaganda e atendimentos de 21 pacientes ou mais.
Tipo de propaganda n %
TV 32 82,1
Rádio 46 65,7
Jornal 66 58,4
Revista 44 55,7
Internet 77 55,4
Panfleto 76 50,3
Outros 8 44,4
Nunca fiz 11 52,4
Mais de dois terços dos entrevistados (n=151, 69,9%) informaram que
trabalham junto de outros profissionais da área da saúde enquanto 65 (30,1%)
informaram trabalhar sozinhos. Os principais profissionais que atuam em conjunto
com quiropraxistas, segundo os participantes eram em sua maioria fisioterapeutas,
colegas quiropraxistas, massoterapeutas, acupunturista, nutricionistas, médicos e
psicólogos.
29
Tabela 24. Profissionais da área da saúde que atuam com quiropraxistas no
mesmo consultório.
Profissionais * n %
Fisioterapeuta 68 45,0
Outro(s) quiropraxista(s) 56 37,1
Massoterapeuta 51 33,8
Acupunturista 51 33,8
Nutricionista 48 31,8
Médico 46 30,5
Psicóloga 41 27,2
Esteticista 27 17,9
Dentistas 18 11,9
Fonoaudióloga 16 10,6
Outros* 27 17,9
*Dermatologista (n=6), educador físico (n=6), enfermeiro (n=1), podólogo (n=4), naturólogo (n=2)
psicopedagogo (n=2), professor de Yoga (n=2), professor de pilates (n=2), enfermeiro (n=1), coach
(n=1), herbalife (n=1).
Quando relacionado à atuação do quiropraxista com outros profissionais, mais
de dois terços dos profissionais (n=151, 69,9%) referiram dividir o espaço de
trabalho com outros profissionais da área da saúde. Destes, 55,6% (n=84) dos
participantes referiram não ter dificuldade financeira para manter a prática, enquanto
63,1% (n=41) que não atuavam com outro profissional, referiram não ter dificuldades
para manter a prática. (Teste qui-quadrado, p =0,309).
Mais de três quartos dos quiropraxistas que trabalham com outros
profissionais (n= 127, 84,1%) informaram que a remuneração proveniente da
quiropraxia era total ou parcialmente suficiente para o sustento pessoal e
profissional e o mesmo ocorreu com 86,2% (n=56) dos quiropraxistas que atuavam
sozinhos. (Teste exato de Fisher, p=0,582).
30
Tabela 25. Suficiência para sustento pessoal e profissional com a receita de
Quiropraxia.
Atua com outro profissional
Receita suficiente Não
Sim
n %
n %
Totalmente suficiente 33 50,8
74 49,0
Parcialmente suficiente 23 35,4
53 35,1
Insuficiente 6 9,2
21 13,9
Muito insuficiente 3 4,6
3 2,0
Total 65 100,0 151 100,0
Uma comparação do presente trabalho com a pesquisa desenvolvida por
Choo Hyung Kim e Márcia Daniela Carniel de Almeida em 2009 intitulada ”Análise
da atuação dos quiropraxistas formados no brasil no papel de empreendedores”5
mostra que o perfil geral dos respondentes das duas pesquisas não mudou quanto
ao sexo, idade e local de formação, mas houve uma mudança significativa quanto a
proporção de atuantes e não atuantes. Em 2009, 91,2% (n=196) e 8.8% (n=19)
atuavam e não atuavam respectivamente, enquanto que em 2014, 98,6% (n=216)
atuavam e 1,4% (n=3) não atuavam.
31
Tabela 26. Comparação entre o perfil geral dos respondentes das pesquisas de
2009 e 2014.
Variáveis Ano de conclusão do trabalho
2009 2014
Sexo n % n %
Feminino 137 63,7 130 60,2
Masculino 78 36,3 86 39,8
Total 215 100,0 216 100,0
(teste qui-quadrado, p=0.450).
Idade
Média 29 anos 30,07 anos
Desvio
padrão 8,3 anos 7,58 anos
(teste t de Student, p=0,164)
Local de
formação n % n %
FEEVALE 116 54,0 118 54,6
UAM 99 46,0 98 45,4
Total 215 100 216 100
(teste qui-quadrado, p=0.888)
Atua como
quiropraxista n % n %
Não 19 8,8 3 1,4
Sim 196 91,2 216 98,6
Total 215 100 219 100
(teste qui-quadrado, p< 0,001)
Uma comparação entre o local de atuação dos respondentes de 2009 e 2014
mostra que houve acréscimo significativo do percentual de profissionais como único
proprietário, sócio proprietário, Home-care e seguros.
32
Tabela 27. Comparação do local de atuação profissional dos respondentes das
pesquisas de 2009 e 2014.
Local de atuação Ano de conclusão do trabalho
2014 2009 p*
n % n %
Sala/Clínica alugada e dividida com
outros profissionais 66 30,6 49 22,8 0,068
Único proprietário de consultório 65 30,1 34 15,8 <
0,001
Sócio-proprietário de consultório 48 22,2 29 13,5 0,018
Sala/Clínica alugada e sozinho 43 19,9 32 14,9 0,169
Autônomo comissionado 37 17,1 32 14,9 0,525
Home-care (atendimento a domicílio) 19 8,8 4 1,9 0,001
Consultório na minha residência 9 4,2 8 3,7 0,812
Seguro/plano de saúde 9 4,2 0 0 0,004
Empregado assalariado 7 3,2 6 2,8 0,785
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado
Do ano de 2009 para o ano de 2014, houve acréscimo significativo quanto ao
percentual de profissionais que relataram a falta de conhecimento em gerenciar
como fator que dificultava o início ou manutenção do consultório, e decréscimo na
porcentagem de profissionais que relataram a falta de dinheiro como fator
dificultante. Quanto aos conhecimentos administrativos carentes, houve acréscimo
significativo do percentual de profissionais que citaram carência em contabilidade e
finanças. Os trabalhos não diferem em relação as dificuldades de abertura de
consultório relacionado à aquisição de equipamentos.
33
Tabela 28. Comparação das dificuldades para iniciar, manter consultório dos
respondentes das pesquisas de 2009 e 2014.
Questão
Ano de conclusão
do trabalho
2014 2009 p*
Dificuldades em iniciar ou manter seu
consultório n % n % p*
Falta de conhecimento sobre gerenciar 93 43,1 32 18 <
0,001
Falta de dinheiro 69 31,9 82 46,1 0,004
Não tenho (tive) dificuldades 48 22,2 45 25,3 0,477
Insegurança em trabalhar com quiropraxia 29 13,4 15 8,4 0,117
Falta de equipamento de quiropraxia 13 6 20 11,2 0,063
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado.
Conhecimentos administrativos carentes n % n % p*
Contabilidade e finança 113 52,3 64 37,2 0,003
Marketing e propaganda 111 51,4 95 55,2 0,451
Regularização do estabelecimento 102 47,2 91 52,9 0,266
Leis trabalhistas 85 39,4 71 41,3 0,701
Normas de vigilância sanitária 73 33,8 65 37,8 0,414
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado.
Dificuldades para abrir consultório -
Equipamentos n % n % p*
Maca de flexão (COX) 20 52,6 44 38,9 0,14
Maca com Drop 12 31,6 22 19,5 0,122
Ativador 9 23,7 20 17,7 0,418
Computador 1 2,6 10 8,8 0,292
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado.
No período de 2009 a 2014 houve acréscimo significativo do percentual de
profissionais sem dificuldades financeiras para manter a prática clínica, acréscimo do
34
percentual de quiropraxistas com renda totalmente suficiente para o sustento
pessoal e profissional, acréscimo de profissionais que precisam de mais de 2 anos
para cobrir suas despesas, e acréscimo de quiropraxistas que realizam 21 ou mais
atendimentos semanais.
Tabela 29. Comparação das dificuldades para manter a prática clínica, tempo para
cobrir despesas e número de atendimentos semanais dos
respondentes das pesquisas de 2009 e 2014.
Questão Ano de conclusão
do trabalho
2014 2009
Dificuldade financeira para manter a prática clínica em quiropraxia e suficiência da receita para cobrir despesas pessoais e profissionais Variável Categoria n % n % p*
Dificuldade financeira para manter a prática clínica em quiropraxia
Não há 125 57,9 84 43,3
Um pouco/Mais ou menos
76 35,2 78 40,2 0,001
Difícil/Muito difícil 15 6,9 32 16,5
Suficiência da receita no cobrimento de despesas pessoais e profissionais
Totalmente 107 49,5 65 33,5
Parcialmente 76 35,2 76 39,2 0,002
Insuficiente 27 12,5 38 19,6
Muito insuficiente 6 2,8 15 7,7 (*) nivel descritivo do teste qui-quadrado.
Tempo para cobrir despesas n %
p*
Menos de 6 meses 51 23,6 58 29,7
6 meses – 1 ano 47 21,8 49 25,1 <
0,001 1 – 2 anos 39 18,1 25 12,8
Mais de 2 anos 43 19,9 5 2,6
Ainda não consigo 36 16,7 58 29,7
(*) nivel descritivo do teste qui-quadrado.
Número de atendimentos semanais n % n % p* 1 a 4 12 5,6 27 14,5
5 a 10 33 15,3 46 24,7
11 a 20 57 26,4 49 26,3
< 0,001
21a 30 38 17,6 25 13,4
31 a 50 39 18,1 22 11,8
Mais de 51 37 17,1 17 9,1
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado.
35
Não houve mudanças entre as atividades remuneradas paralelas à
quiropraxia nem quanto a satisfação em relação aos cursos e profissão no período
de 2009 a 2014.
Tabela 30. Comparação das atividades remuneradas paralelas entre as pesquisas
de 2009 e 2014.
Atividade paralela exercida pelos quiropraxistas
Ano de conclusão do
trabalho
Possui outra fonte de renda além da
quiropraxia? 2014 2009
Fonte de renda n % n % p*
Somente com quiropraxia 159 75,5 131 70,8 0,532
Outras atividades 57 24,5 54 29,2
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado.
Tabela 31. Comparação do nível de satisfação com o curso e com a profissão dos
participantes das pesquisas de 2009 e 2014.
Satisfação com o curso e com a profissão
Ano de conclusão do
trabalho
2014 2009
Satisfação com Categoria n % n % p*
Curso
Insatisfeito 5 2,3 5 2,5
Pouco satisfeito 39 18,1 43 21,1 0,636
Satisfeito 132 61,1 127 62,3
Muito satisfeito 40 18,5 29 14,2
Profissão
Insatisfeito 4 1,9 6 2,9
Pouco satisfeito 24 11,1 33 16,2 0,169
Satisfeito 87 40,3 89 43,6
Muito satisfeito 101 46,8 76 37,3
(*) nível descritivo do teste qui-quadrado.
36
As três participantes que relataram não atuar como quiropraxistas tinham 26,
26 e 28 anos, eram do sexo feminino, todas formadas pela UAM, duas em 2010 e
uma em 2011. Apenas uma estava associada a ABQ. Uma relatou falta de dinheiro e
regularização do estabelecimento como suas dificuldades para abrir o consultório, a
outra Insegurança em trabalhar com quiropraxia, normas de vigilância sanitária e
regularização do estabelecimento e a terceira não teve interesse em montar
consultório. Uma estava satisfeita com o curso e a profissão, outra pouco satisfeita
com o curso e profissão e a terceira insatisfeita com o curso e profissão.
37
5. DISCUSSÃO
A proposta deste trabalho foi analisar a situação e perfil profissional dos
quiropraxistas graduados no Brasil além de investigar os fatores que influenciam a
inserção dos quiropraxistas no mercado de trabalho, os desafios superados e atuais
para manter o negócio e possíveis fatores que levaram ao sucesso ou insucesso
financeiro destes profissionais.
Este trabalho teve como base a pesquisa desenvolvida por Choo Hyung Kim
e Márcia Daniela Carniel de Almeida em 2009, intitulada ”Análise da Atuação dos
Quiropraxistas Formados no Brasil no papel de Empreendedores”5 tornando possível
a avaliação da evolução da profissão nos últimos cinco anos.
Foi elaborado um questionário online de múltipla escolha que ficou disponível
para acesso dos quiropraxistas. Os quiropraxistas receberam diversos convites via
e-mail para participarem. A coordenação da UAM prestou grande ajuda colaborando
com a divulgação do questionário através de e-mails e redes sociais. Além disso,
colegas quiropraxistas e estudantes universitários ajudaram a divulgar a pesquisa.
Para a obtenção do maior número de participantes também foram feitas ligações
telefônicas e envios de mensagens de texto (SMS) para os contatos. No entanto,
alguns participantes não foram contatados devido à desatualização ou não
informação de dados de contato no site da ABQ e outros não participaram por
motivos desconhecidos.
Ao todo, 219 responderam ao questionário correspondendo a 30,6% do total
de formados no Brasil (n=714), sendo que três respondentes não eram atuantes da
profissão e, portanto, não foram analisados estatisticamente.
A proporção da amostra difere da população geral quanto ao número de
formados por cada universidade: 45,4% dos respondentes eram formados pela UAM
e 54,6%, pela FEEVALE, sendo que no Brasil, 230 (32,2%) são graduados pela
UAM e 484 (67,8%) pela FEEVALE. A população também difere quanto à proporção
de associados e não associados à ABQ: no Brasil 53,5% (n=382)4 são associados,
enquanto que 46,5% (n=332) não são. Já neste trabalho, 87,6% (n=192) estavam
inscritos e somente 12,3% (n=27), não estavam. Como os associados à ABQ
expunham publicamente seus dados telefônicos e de e-mail no site4, estabelecer
contato com este grupo foi fácil, pois não foi necessário o auxílio das coordenações
38
das universidades. Consequentemente, a coleta de dados daqueles que não eram
associados foi difícil, interferindo diretamente no número da amostra.
Com relação ao gênero, a maioria dos participantes era do sexo feminino
(60,7%), assim como ocorre de maneira geral na área da saúde7.
A pesquisa de Choo Hyung Kim e Marcia Daniela Carniel de Almeida(5)
abrangeu os quiropraxistas graduados até o ano de 2008, enquanto que nesta
pesquisa foram englobados, além de 2004 a 2009, os graduados entre os anos de
2010 e 2013, sendo que este último grupo compôs a maioria dos participantes
(54,2%). Talvez o motivo de a presente pesquisa possuir proporções maiores de
graduados pela UAM e contar principalmente com participantes formados nos
últimos cinco anos, deva-se ao fato de os autores terem estudado nesta
universidade e um deles ter ingressado em 2008.
Em 2014, as principais dificuldades relatadas pelos atuantes para abertura ou
manutenção de consultório foram: falta de conhecimentos sobre gerenciamento de
consultório (43,1%) e falta de dinheiro (31,9%). Entre os conhecimentos
administrativos carentes sobre gerenciamento de consultório foram listados,
principalmente, contabilidade e finanças (52,3%), marketing e propaganda (51,4%),
regularização do estabelecimento (47,2%), leis trabalhistas (39,4%) e normas de
vigilância sanitária (33,8%). As principais despesas informadas pelos integrantes do
grupo que possuíram ou possuíam consultório eram aluguel (74,5%), telefone
(31,5%) e água e luz (21,8%). Apenas 1,9% relataram gastos com funcionários
como despesa importante, indicando que os quiropraxistas atuavam principalmente
de maneira independente.
Apesar de 77,8% (n=168) dos atuantes relatarem dificuldades em iniciar ou
manter um consultório, 52,3% (n=113) dos participantes eram sócio ou único
proprietários de consultório, 57,9% (n=125) relataram não possuir dificuldades
financeiras para manter a prática clínica e 49,5% relataram que conseguiam cobrir
totalmente suas despesas pessoais e profissionais com quiropraxia.
Assim, houve um nítido aumento de proprietários e sócio-proprietários de
consultório, de profissionais sem dificuldade financeira para manter a prática clínica
e de quiropraxistas com renda totalmente suficiente para sustento pessoal e
39
profissional proporcional em relação a 2009. Além disso, houve o crescimento do
número de profissionais que atendiam em domicílio e o surgimento de um novo
campo de trabalho junto de planos de saúde8.
Foi identificada uma predominância de quiropraxistas com até quatro anos de
formação (34,6%) que relataram que a receita obtida com quiropraxia era
insuficiente ou muito insuficiente para cobrir as despesas pessoais e profissionais.
Ao relacionar o ano de formação com a capacidade de cobrir despesas, foi
observado que os grupos formados há dois anos ou mais, relataram cobrir
totalmente ou parcialmente suas despesas pessoais e profissionais. Os dados se
confirmaram quando os entrevistados foram questionados sobre o tempo necessário
para cobrir as despesas com quiropraxia: 63,5% dos entrevistados relataram cobrir
suas despesas em até dois anos de atuação.
Na pesquisa, 87,1% dos atuantes relataram estar satisfeitos ou muito
satisfeitos com a profissão. Este índice aparenta ser positivo, uma vez que a
satisfação no trabalho influencia na saúde, na qualidade de vida e na produtividade
do profissional9;10;11.
Referente ao valor cobrado no retorno, dois participantes preferiram não
informá-lo, assim, foram consideradas 214 respostas para a análise. Observou-se
que 64% dos quiropraxistas referiram cobrar de R$ 50,00 a R$ 100,00. Com base
nos 114 que informaram realizar 21 ou mais atendimentos semanais, 68 deste grupo
(59,6%) cobravam de R$ 50,00 a R$ 100,00. Com estes dados, nota-se que a
remuneração dos quiropraxistas estava associada à quantidade de atendimentos
realizados semanalmente e não ao valor cobrado, visto que 69 dos 137
quiropraxistas que cobravam estes mesmos valores realizavam 20 ou menos
atendimentos por semana.
Em 2012, nos Estados Unidos da América, os quiropraxistas recebiam em
média US$ 31,81 por hora12, sendo que a cotação do dólar na época (maio de 2012)
era de R$ 2,0213, assim, recebiam R$ 64,25 por hora. Como 59,6% dos participantes
desta pesquisa cobravam em 2013 de R$ 50,00 a R$ 100,00 por atendimento e que
em 1 hora é possível realizar pelo menos dois retornos de 30 minutos, parece que é
40
possível ganhar mais dinheiro com a quiropraxia no Brasil do que no país de origem
da profissão.
Somente 156 quiropraxistas informaram a localidade de atuação. Destes,
84,6% (n=132) atuavam nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul,
provavelmente porque muitos decidem permanecer na respectiva localidade onde se
formaram. Além disso, são os dois únicos estados que possuem universidades que
oferecem o curso de graduação em quiropraxia no Brasil.
Constatou-se que os profissionais atuantes no estado gaúcho cobravam
valores menores comparados aos dos atuantes no estado paulista. Enquanto, 91,4%
dos quiropraxistas do Rio Grande do Sul cobravam até R$ 100,00 no retorno,
apenas 54,1% dos quiropraxistas atuantes de São Paulo relataram cobrar essa
mesma faixa de valor. Pelo Rio Grande do Sul, aqueles que cobram de R$ 100,01 a
R$ 150,00 representavam 6,9% dos respondentes enquanto que 25,7% dos
atuantes em São Paulo cobravam essa mesma faixa de valor.
Com a amostra obtida para esta pesquisa, investigou-se a relação entre estar
associado ou não à ABQ e número de avaliações, retornos e valor cobrado. A partir
do estudo estatístico, observou-se que tanto aqueles que eram associados quanto
os que não eram, atingiram o mesmo número de atendimentos semanais e
cobravam valores semelhantes em primeira consulta e retorno. Esta informação
difere dos relatos de quiropraxistas próximos aos autores, que frequentemente
informam que estar inscrito na Associação gera captação de pacientes.
Outra informação que chama atenção é que com base neste trabalho, realizar
propaganda não interfere na quantidade ou valores dos atendimentos. A maior parte
do grupo estudado (90,3%) realizava algum tipo de propaganda para divulgar o
serviço em quiropraxia. A realização de propaganda não se mostrou eficaz na
captação de pacientes uma vez que os quiropraxistas que faziam, ou não,
propaganda realizavam aproximadamente a mesma quantidade de retornos e
cobravam valores semelhantes em seus atendimentos. Os tipos de propaganda
utilizadas com mais frequência pelos quiropraxistas eram panfleto (69,9%) e Internet
(64,4%). Os únicos meios de divulgação que mostraram eficiência no aumento de
atendimentos semanais foram televisão e rádio. Provavelmente, como a quiropraxia
41
é uma profissão nova no Brasil4 e grande parte da população não a conhece14, os
meios de propaganda passivas ao público, ou seja, que não necessitam que o
público procure pela informação, se mostrem mais eficientes.
Mais um dado que também surpreende é que não foi encontrada relação
entre trabalhar em conjunto com outros profissionais (fisioterapeutas,
massoterapeutas, acupunturistas, nutricionistas, médicos e psicólogos) e obtenção
de renda suficiente para cobrir despesas profissionais e pessoais.
Intuitivamente, é natural pensar que trabalhar com outros profissionais gere
captação de novos pacientes através do mecanismo de indicação interdisciplinar, é
natural pensar que a realização de publicidade também auxilie na captação de
pacientes e, também é natural pensar que estar associado à ABQ leve pacientes ao
consultório do profissional. Essas impressões são reforçadas por relatos de
profissionais próximos dos autores e, provavelmente sejam verídicas, mas elas
devem se ofuscar ao mais eficiente mecanismo de divulgação do profissional:
pacientes submetidos ao tratamento que recomendam a quiropraxia para novos
pacientes. A recomendação de alguém continua sendo a fonte mais confiável para
os consumidores na decisão de qual produto ou serviço comprar15.
Uma futura pesquisa poderá utilizar este trabalho como base para
acompanhar a evolução da profissão no Brasil. Para obtenção de dados mais
consistentes, recomenda-se a maior abrangência de participantes atuantes e não-
atuantes, associados e não-associados à ABQ através do estreitamento das
relações entre as coordenações dos cursos e da Associação.
Recomenda-se utilizar perguntas diretas quanto ao número de atendimentos
realizados, valores cobrados para obter médias com intervalos menores, facilitando
a análise a ser feita.
42
6. CONCLUSÕES
A maioria dos entrevistados está satisfeita com a profissão, possui a
quiropraxia como única fonte de renda, são capazes de cobrir suas despesas
pessoais e profissionais com a prática e atuam em consultório próprio ou alugado.
Entre os principais estados em que a quiropraxia está presente, foi identificado que
aqueles atuantes em São Paulo cobram valores maiores comparados aos dos
quiropraxistas atuantes no Rio Grande do Sul.
Os principais fatores relatados pelos entrevistados que dificultaram a abertura
ou manutenção de consultório foram a falta de conhecimentos sobre gerenciamento
de consultório e falta de dinheiro.
A maioria dos quiropraxistas conseguiu cobrir suas despesas pessoais e
profissionais em até dois anos. Os formados há quatro anos ou mais possuem uma
facilidade ainda maior de cobrir despesas. Daqueles que relataram ter fechado um
consultório informaram que o fato ocorreu nos dois anos após sua abertura.
Não foi confirmada a relação entre estar associado à ABQ e ter um número
maior ou menor de retornos semanais nem de valores cobrados. Atuar em conjunto
com outros profissionais não influenciou na capacidade de cobrir despesas
profissionais e pessoais. Somente propaganda via televisão e rádio se mostraram
eficientes para a captação de pacientes.
43
7. REFERÊNCIAS
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44
13. Bolsa de Mercados Futuros Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. BMF BOVESPA. [Acesso em 21 de Maio de 2014]. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/shared/iframe.aspx?altura=1000&idioma=pt-br&url=www2.bmf.com.br/pages/portal/bmfbovespa/clearing1/Cambio/cotacoes/cotacoes.asp
14. Rosetti MA, Adam CR Novo HUF. Estratégias de marketing na saúde aplicadas à quiropraxia. FEEVALE, Novo Hamburgo 2011.
15. NIELSEN. Traditional Media Advertising Still More Credible Worldwide Than Ads on Search Engines, Web Site Banners and Mobile Phones. 2007 [Acesso em 21 de Maio de 2014]. Disponível em: http://www.nielsen.com/us/en/press-room/2007/Word-of-Mouth_the_Most_Powerful_Selling_Tool__Nielsen_Global_Survey.html
ANEXO 1
Parecer Consubstanciado do CEP
ANEXO 2
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Caro(a) Senhor(a),
Nós, Eduardo Akihiro China, estudante, portador do CPF 407.397.698-20, RG
49.406.608-8, estabelecido na Rua Barão de Caçapava, 14, CEP 03273-540, na
cidade de São Paulo, cujo telefone de contato é (11) 9 7119 4610, e Noé Raphael
Bailly, estudante, portador do CPF 392.441.158-16, RG 47.066.853-2, estabelecido
na Avenida dos Ourives, 330, ap 113 B CEP 04194-260, na cidade de São Paulo,
cujo telefone de contato é (11) 9 7685 0432 são os principais pesquisadores do
presente trabalho de pesquisa sobre a atuação profissional dos quiropraxistas
graduados no Brasil.
Gostaríamos de convidá-lo(a) a participar desta pesquisa, da seguinte forma:
responder um questionário de 10 minutos de duração sobre a sua atuação
profissional como quiropraxista.
Sua participação é voluntária.
Informamos que o Sr(a) tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do
estudo, sobre qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma
consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com um dos
pesquisadores através dos telefones acima citados.
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer
momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo.
Garantimos que as informações obtidas serão analisadas em conjunto de
outros profissionais, não sendo divulgada a identificação de nenhum dos
participantes.
O Sr(a) tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados finais da
pesquisa e caso seja solicitado, forneceremos todas as informações.
Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante do
estudo. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação.
Nós nos comprometemos a utilizar os dados coletados somente para
pesquisa e os resultados só serão veiculados através de artigos científicos em
revistas especializadas e/ou em encontros científicos e congressos, sem nunca
tornar possível sua identificação.
Em anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinalado caso
não tenha ficado qualquer dúvida.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Fui suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram
lidas para mim, descrevendo o estudo sobre a analise da atuação profissional dos
quiropraxistas graduados no Brasil.
Ficou claro também que os dados coletados pela minha participação são
sigilosos, que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do
acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer momento.
Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade.
( ) Li e concordo com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
ANEXO 3
Questionário
Modelo de questionário a ser respondido pelos participantes
1 - Nome:
_________________________________________________________________
2 – CPF:
__________________________________________________________________
3 - Sexo:( )Masc/( )Fem
4 - Idade:_________
5 - Ano de formação em Quiropraxia:___________
6 - Local de formação:
( ) UAM / ( ) Feevale / ( ) Fora do Brasil: __________________
7 - Você atua como quiropraxista atualmente?
( ) Sim / ( ) Não
8 - Você está inscrito(a) na Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ)?
( ) Sim / ( ) Não
9 - Há quantos anos atua como quiropraxista?
( ) 0 – 2 anos
( ) 2 – 4 anos
( ) 4 – 6 anos
( ) 6 – 8 anos
( ) 8 – 10 anos
( ) Não atuo como quiropraxista
10 - Onde você atua como quiropraxista? (Pode assinalar mais que uma)
( ) Único proprietário de consultório
( ) Sócio-proprietário de consultório
( ) Sala / Clínica alugada sozinho
( ) Sala / Clínica alugada e dividida com outros profissionais
( ) Consultório na minha residência
( ) Home-care (atendimento a domicílio)
( ) Autônomo comissionado
( ) Seguro / plano de saúde
( ) Empregado assalariado
( ) Outros: _________
( ) Não atuo como quiropraxista
11 – Você tem outra fonte de sustento além da sua prática clínica?
( ) Somente com quiropraxia
( ) Outros: _________
( ) Não atuo como quiropraxista
12 - Se você possui um consultório próprio, o consultório é de:
( ) Pessoa jurídica
( ) Pessoa física
( ) Não possuo consultório próprio
( ) Não atuo como quiropraxista
13 - Se você possui um consultório, há quantos anos você o possui?
( ) 0 – 1 ano
( ) 1 – 2 anos
( ) 2 – 4 anos
( ) 4 – 6 anos
( ) 6 – 8 anos
( ) 8 – 10 anos
( ) Não atuo como quiropraxista
14 - Quais foram(são) as dificuldades em iniciar ou manter seu consultório? (Pode
assinalar mais que uma)
( ) Insegurança em trabalhar com quiropraxia
( ) Falta de dinheiro
( ) Falta de conhecimento sobre gerenciar um consultório
( ) Falta de equipamento de quiropraxia
( ) Não tenho(tive) dificuldades
( ) Outro: ___________
15 - Quais conhecimentos abaixo você sentiu (sente) falta para abertura ou
administração de um consultório? (Pode assinalar mais que uma)
( ) Leis trabalhistas
( ) Normas de vigilância sanitaria
( ) Regularização do estabelecimento
( ) Contabilidade e finança
( ) Marketing e propaganda
( ) Outro: ____________
16 - A falta de quais equipamentos dificultou (dificulta) abrir seu consultório? (Pode
assinalar mais que uma)
( ) Maca com Drop
( ) Maca sem Drop
( ) Maca de flexão (COX)
( ) Ativador
( ) Nervoscope
( ) Computador
( ) Outros: _______
( ) Não tive dificuldades
17 - Você está encontrando dificuldade financeira para manter sua prática em
quiropraxia?
( ) Não
( ) Um pouco
( ) Mais ou menos
( ) Sim, está difícil manter
( ) Sim, está muito difícil manter
( ) Não atuo como quiropraxista
18 - A receita que você obtém com a prática em quiropraxia é suficiente para o seu
sustento pessoal e profissional?
( ) Totalmente
( ) Parcialmente
( ) Insuficiente
( ) Muito insuficiente
( ) Não atuo como quiropraxista
19 - Quanto tempo após você iniciar sua prática em quiropraxia conseguiu cobrir
suas despesas pessoais e profissionais?
( ) Menos de 6 meses
( ) 6 meses – 1 ano
( ) 1 – 2 anos
( ) Mais de 2 anos
( ) Ainda não consigo cobrir minhas despesas
( ) Não atuo como quiropraxista
20 - Quais são os 3 maiores gastos do seu consultório? (Assinale somente os três
maiores gastos)
( ) Funcionários
( ) Telefone
( )Água/Luz
( ) Aluguel
( ) Segurança
( ) Contador
( ) Propaganda
( ) Nunca tive consultório
( ) Outros: ___________
21 - Que tipo de propaganda você faz ou já fez? (Pode assinalar mais que uma)
( ) Panfleto
( ) Jornal
( ) Revista
( ) Rádio
( ) Internet
( ) TV
( ) Nunca fiz
( ) Outros__________
22 - Com que frequência você fez (faz) propaganda?
( ) 1 vez por ano
( ) 2 vezes por ano
( ) 3 vezes por ano
( ) Mais que 3 vezes por ano
( ) Constantemente
( ) Nunca fiz
23 - Se você já teve consultório e não tem mais, quanto tempo permaneceu em
funcionamento?
( ) Até 6 meses
( ) Até 1 ano
( ) 1 – 2 anos
( ) Mais de 2 anos
( ) Nunca tive consultório
( ) Meu consultório está em funcionamento
24 - No consultório onde você atua, trabalham outros profissionais na área da
saúde?
( ) Sim / ( ) Não
( ) Não atuo como quiropraxista
25 - Se sim, quais profissionais? (Pode assinalar mais que uma ou se for nenhum,
pule para próxima questão)
( ) Fisioterapeuta
( ) Massoterapeuta
( ) Psicóloga
( ) Fonoaudióloga
( ) Acupunturista
( ) Nutricionista
( ) Esteticista
( ) Dermatologista
( ) Médico
( ) Outro: _________
26 - Qual é o valor cobrado pela primeira consulta de quiropraxia?
( ) Avaliação grátis
( ) Até R$100,00
( ) R$ 100,01 - R$ 150,00
( ) R$ 150,01 - R$ 200,00
( ) R$ 200,01 - R$ 250,00
( ) R$ 250,01 - R$ 300,00
( ) Acima de R$ 300,01
( ) Prefiro não responder
27 - Qual é o valor cobrado em média pela consulta retorno de quiropraxia? (Caso o
1º retorno seja grátis, assinale “( ) 1º retorno grátis” e assinale também o valor
cobrado pelos demais retornos)
( ) 1°retorno grátis
( ) Até R$50,00
( ) R$ 50,01 - R$100,00
( ) R$ 100,01 - R$ 150,00
( ) R$ 150,01 - R$ 200,00
( ) Acima de R$ 200,01
( ) Prefiro não responder
28 – Quantos períodos você atende seus pacientes por semana?
( ) Manhã
( ) Tarde
( ) Noite
( ) Não atuo como quiropraxista
29 - Quantos atendimentos por semana você faz em média? _________ (somente número)
30 – Quais técnicas de quiropraxia você utiliza com mais frequência (Pode assinalar
mais que uma)?
( ) Diversificada
( ) SOT
( ) Activator
( ) Thompson
( ) Gonstead
( ) Upper cervical
( )
Outras:____________________________________________________________
31 - Você faz uso de técnicas complementares em sua prática clínica (Pode
assinalar mais que uma)?
( ) Kinesio Taping
( ) Impulse
( ) Graston
( ) Active Release Technique
( )
Outras:____________________________________________________________
32 - Qual é o nível de sua satisfação com relação ao curso de quiropraxia que
realizou na universidade?
( ) Insatisfeito
( ) Pouco satisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
33 - Qual é o nível de sua satisfação com relação à profissão como quiropraxista?
( ) Insatisfeito
( ) Pouco satisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
34 - Você gostaria de receber resultado dessa pesquisa?
( ) Sim / ( ) Não
35 – Qual a sua Cidade/Estado?
36 - Se sua resposta for sim, confirme o seu e-mail:
_______________________________
37 - Sinta-se à vontade para comentar sobre algo que poderá ser relevante com
relação a essa pesquisa.
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