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Trauma Ocular Caso 1
Curso 4º ano médico
Disciplina de OFTALMOLOGIA
Profa. Dra. Silvana Artioli Schellini
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ACR, 20 anos, procedente de Avaré. Há cerca de 8 horas sofreu trauma com garrafa no olho esquerdo. No momento do trauma houve sangramento intenso. Nega dor ou outras alterações em outros locais. LEMBRE SEMPRE DE QUE O PACIENTE DEVE SER VISTO COMO UM TODO! Investigue sinais e sintomas sistêmicos, doenças concomitantes, outros antecedentes.
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Disciplina de Oftalmologia Trauma Ocular - Caso 1
Trauma
O que é mais importante que você pergunte para o paciente? 5 4 3 2 1
Como está a sua visão?
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Trauma
Paciente responde: 1. Normal - você pensa que o olho
não foi acometido. Como você confirma isso? É simples. Confirme que a visão do paciente é boa pelo teste de acuidade visual (AV), usando a Tabela de Snellen (acuidade para longe) e vendo quanto ele enxerga com o olho esquerdo e também com o direito. É importante avaliar ambos.
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Trauma
2. Reduzida – visão diminuída ou ausente Quando o paciente refere redução da AV é muito importante que se avalie qual é o grau da perda. Se o paciente não pode ficar defronte à Tabela, podemos levar a tabela até ele ou verificar a AV comparando o que ele vê com um olho e com o outro, contando dedos frente a sua face, movimentando a mão ou verificando se ele vê a luz de uma lanterna.
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Trauma
IMPORTANTE: Quanto mais baixa a visão, maior a chance de se ter lesões oculares mais importantes.
Lembre-se checar o estado vacinal
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Trauma
Exame Externo Comece observando o que o paciente apresenta na face. Passe a ver o que ele apresenta na órbita, pálpebras e depois o olho. Nosso paciente apresenta: - Edema e hematoma nas pálpebras.
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Exame oftalmológico
- Cortes perpendiculares nas pálpebras. • Os cortes estão acometendo a
margem palpebral e afetando a espessura total das pálpebras.
• Há dois cortes na pálpebra superior e um na inferior.
• Veja que os cortes se unem na porção posterior da pálpebra. Isso é possível ver com a eversão da pálpebra.
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Exame oftalmológico
-Ainda no exame externo, é possível ver que não há lesões na conjuntiva bulbar, nem na córnea e que a pupila é normal.
OBSERVAÇÃO: a pupila normal mostra que provavelmente não há alterações que afetem o segmento anterior do olho. Fundoscopia: Normal
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Exame oftalmológico
Para saber se há fratura na órbita, o que fazer?
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₋ Observar se há enoftalmia
₋ Exame de rotações binoculares
₋ Palpação da reborda orbitária
₋ Raio-X de órbita
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Enoftalmia a esquerda
Exame de rotações binoculares Quando há fratura de ossos da órbita, algum músculo pode ficar encarcerado e a movimentação pode ficar comprometida.
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Imagem ou vídeo
ilustrativo do exame
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Ducção forçada Quando o músculo está encarcerado na fratura, não se consegue movimentar o olho mesmo com auxílio de uma pinça. Palpação da reborda orbitária Se você sente que há descontinuidade dos ossos da reborda orbitária, pode significar fratura. 11/22 Disciplina de Oftalmologia Trauma Ocular - Caso 1
Mais exames...
Raio-X de órbita Pode confirmar se há fratura por se ver o traço de fratura ou se ter sangue dentro do seio maxilar. Tomografia de órbita A tomografia também mostra em detalhe a fratura óssea e o acometimento da musculatura extraocular.
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Mais exames...
No presente caso, as rotações binoculares estavam normais e não havia descontinuidade da reborda óssea da órbita.
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Mais exames...
Quais seriam os possíveis diagnósticos?
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₋ Laceração
₋ Trauma Cortante
₋ Trauma Contuso
₋ Trauma Corto-contuso
Diagnóstico
DIAGNÓSTICO PODERIA SER: ₋ Laceração ₋ Trauma Cortante ₋ Trauma Contuso ₋ Trauma Corto-contuso
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TRAUMA CONTUSO
Disciplina de Oftalmologia Trauma Ocular - Caso 1
Diagnóstico
DIAGNÓSTICO PODERIA SER: ₋ Laceração ₋ Trauma Cortante ₋ Trauma Contuso ₋ Trauma Corto-contuso
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Trauma cortante com perfuração do olho
Disciplina de Oftalmologia Trauma Ocular - Caso 1
Diagnóstico
Nosso paciente apresentava: TRAUMA CORTO-CONTUSO DE PÁLPEBRAS
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Diagnóstico
O que é importante avaliar nos traumas palpebrais?
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− Complexidade do ferimento
− Extensão do ferimento e
potencial envolvimento
ocular
− Grau de contaminação e
risco de corpo estranho
Diagnóstico
NO TRAUMA PALPEBRAL AVALIAR: - Complexidade do ferimento - Extensão do ferimento e potencial envolvimento ocular - Grau de contaminação e risco de corpo estranho - Globo ocular lesado, trauma crânio-encefálico - Risco potencial de envolvimento dos canalículos lacrimais - Lembrar que a pálpebra é formada pelos folhetos anterior (pele e músculo) e posterior (tarso e mucosa)
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Diagnóstico
Muito importante
observar se há ferimento
ocular concomitante!
SUTURAS MAIS COMPLICADAS: Canalículos, tendão medial, lesão de espessura total da pálpebra, fraturas orbitárias e trauma do globo ocular.
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Lesão de canalículo em outro paciente
Disciplina de Oftalmologia Trauma Ocular - Caso 1
Conduta
– Lavar a lesão – Injeção de Xilocaína 2% com
Adrenalina
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Sutura de Pálpebra
Sutura por planos
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Sutura de Pálpebra
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Sutura de Pálpebra
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