Tópicos especiais em Linguística Aplicada: crenças de ensino e aprendizagem de línguas Eduardo...

Preview:

Citation preview

Tópicos especiais em Linguística Aplicada: crenças de ensino e aprendizagem de línguas

Eduardo Ferreira dos SantosMárcia SilvaMonique LeiteUyara Tavares Frazão

TEMA

A (re) significação das crenças no ensino/aprendizagem de Inglês de alunos do PROEJA.

●O que é o PROEJA?Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

● Crenças:

a)“...hipóteses que nós testamos e avaliamos e que levam (ou não) a mudanças em nossas ações.” (BARCELOS, 2006, p.150);

b) “...as crenças do aprendiz, como muitos outros aspectos da aprendizagem de línguas, estão em um estado de fluxo constantemente sendo revisados e modificados através de interação de uma grande variedade de influências.” (MALCOLM, 2004, p. 80 apud BARCELOS, 2006, p. 153).

MOTIVAÇÃO•Que crenças são trazidas pelos alunos do PROEJA-Informática em relação ao processo de ensino/aprendizado de inglês? •Quais são as possíveis origens dessas crenças? •Até que ponto essas crenças influenciam no seu próprio aprendizado? •É possível promover uma (re) significação no sistema de crenças desses alunos de forma que desenvolvam crenças favoráveis ao processo de aprendizagem?

OBJETIVOS1.Fazer o levantamento das crenças dos alunos do PROEJA – Informática do CEFET/BA, UE/Valença, quanto ao ensino/aprendizagem de língua inglesa.2.Verificar de que maneira as crenças são favoráveis ou não ao aprendizado da língua-alvo. 3.Avaliar a funcionalidade das práticas de ensino tradicionais para o desencadeamento de crenças favoráveis à aprendizagem de inglês no público-alvo.4.Desenvolver práticas docentes que estimulem o desenvolvimento de crenças favoráveis ao ensino/aprendizagem de inglês no PROEJA.

NATUREZA DA PESQUISA

1. Abordagem Contextual

De acordo com Barcelos (2001), a abordagem contextual leva em consideração as perspectivas dos participantes e a maneira como as crenças se interrelacionam com as experiências dos alunos, não sendo entidades estáveis, mas mutáveis.

2. Estudo de caso

Objetivo: descrever um caso dentro do seu contexto,

isto é, observar a maneira pela qual ele se desdobra

dentro de seu ambiente natural.

Conceito: um estudo de caso deve apresentar aparticularidade de um fenômeno complexo em umcontexto específico e fundamentar-se em dadoscoletados no ambiente natural de estudo.

Stake (1994): (a) intrínseco – propõem-se unicamente a entender determinado caso; (b) instrumental – análise de caso com o intuito de se refinar determinada teoria; (c) coletivo – o pesquisador concentra-se em vários casos, podendo a análise ser intrínseca ou instrumental.

Faltis (1997): (a) estudo de caso interpretativo: descrição analítica que ilustra, dá suporte ou desafia um construto teórico sobre ensino e aprendizado; (b) estudo de caso de intervenção: o pesquisador intervém em um contexto de ocorrência do fenômeno estudado, objetivando investigar se e como isto ocasiona algum efeito ou se promove alguma mudança.

Metodologia adotada: estudo de caso de intervenção.

Características:

1ª fase: diagnóstico – coleta e análise de dados;

2ª fase: intervenção do pesquisador;

3ª fase: nova coleta de dados – checagem de possível(re)significação de crenças e avaliação de transformações significantes entre a 1ª e a 2ª fase.

CENÁRIOSala de aula de uma turma do PROEJA, Educação Básica de Jovens e Adultos em nível médio, integrada ao Ensino Técnico, de uma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (CEFET - BA), situada na cidade de Valença.

INFORMANTES

Número: cinco (05) alunos, turma do PROEJA/Informática, Módulo II, noturno.

Nível de conhecimento de inglês: pouco ou nenhum. Faixa etária: entre 19 e 55 anos.

Perfil: os alunos concluíram o ensino fundamental há algum tempo e, desde então, estavam afastados da sala de aula. Em sua maioria, são pais ou mães que trabalham em tempo integral, de modo informal, recebendo baixa remuneração.

INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

1.Narrativas escritas.2.Entrevistas individuais semi-estruturadas. 3.Entrevistas em grupo semi-estruturadas. 4.Gravação das aulas em vídeo. 7.Observação participante. 8.Intervenção do pesquisador.

PROCEDIMENTOS PARA A ANÁLISE DOS DADOS

a) Leitura dos dados.b) Resumo dos dados em frases ou conceitos.c) Direcionar a análise, por meio da revisão de literatura, aos objetivos e às perguntas da pesquisa.d) Codificação e categorização dos dados.

CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

• Incentivar a pesquisa em crenças, sob a perspectiva da abordagem contextual.

• Ainda que não haja a (re) significação das crenças desejada, espera-se uma auto-reflexão dos alunos quanto a sua aprendizagem.

• Informar e estimular a área de produção de material didático direcionado ao público-alvo do PROEJA - que atualmente é escasso.

• Apontar caminhos para práticas de ensino de Inglês no PROEJA que correspondam às expectativas dos alunos.