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TESE DO JORDÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"
FILOSOFIA, LÓGICA E ÉTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR COMO
ADMINISTRADOR DO ENSINO
POR: JOSÉ JORDÃO DENOVARO GOMES
ORIENTADOR: PROF. MS. MARCO A. LAROSA
Rio de Janeiro
2001
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"
FILOSOFIA, LÓGICA E ÉTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
COMO ADMINISTRADOR DO ENSINO
Apresentação de monografia ao
Conjunto Universitário Cândido Mendes
Como condição prévia para a conclusão
Do Curso de Pós-Graduação "Lato
Sensu" em Docência do Ensino
Superior.
Por José Jordão Denovaro Gomes
AGRADECIMENTO
Aos meus pais e irmã por terem me feito
Ser o que sou.
AGRADECIMENTO
A minha esposa e filhos, razão para que
Eu tente sempre algo em que possam
Se orgulhar.
AGRADECIMENTO
A minha grande amiga e comadre Maria
Teresa Silveira Peixoto, que sem a sua
Ajuda e orientação, não poderia concluir
Este trabalho.
DEDICATÓRIA
Dedico aos colegas do curso em geral e
ao grupo TAQUIPA em especial, na
pessoa da sua líder cultural Prof.a.
Tania Minerva Machado Corrêa, que
muito nos deixou de legado no que se
refere a excência do nosso trabalho.
RESUMO
A monografia que vamos apresentar, fala do professor como administrador do
ensino, e tem como título Filosofia, Lógica e Ética na formação do Professor como
Administrador do ensino.
Então para que possamos melhor entender a nossa monografia, vamos falar em
separado das matérias que a componha.
Vamos dedicar um capítulo a cada uma delas, Filosofia, Lógica e Ética, para que
possamos melhor entender a nossa proposição final.
Vamos falar separadamente de cada uma das vertentes que irão formar o nosso
trabalho.
Este será um trabalho exclusivamente bibliográfico.
Pretendemos ao final do nosso trabalho mostrar que o Professor poderá ficar mais
enriquecido e fortalecido, se possuir em sua formação acadêmica os conceitos,
exemplos, e os ensinamentos que poderá extrair das ciências que compõem nossa
monografia, ou seja, a Filosofia, a Lógica e a Ética.
Acreditamos que o docente que tiver o domínio das ciências apresentadas nesta
monografia, terá sua formação acadêmica bastante enriquecida, fazendo com que seja
um verdadeiro administrador do ensino junto a juventude que deverá cuidar do nosso
país, nem que para isso tenhamos que virar o nosso mapa de cabeça para baixo,
formando uma base maior, e acordar esse gigante que está deitado eternamente em
berço esplêndido.
SUMÁRIO
INTROCUÇÃO- 09
CAPÍTULO I- 11
CAPÍTULO II- 20
CAPÍTULO III- 30
CONCLUSÃO- 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA- 42
ÍNDICE- 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO- 44
INTRODUÇÃO
Poderíamos dizer que empiricamente a Administração é a ciência mais antiga que
o ser humano já pôde conhecer. Se levarmos tal conceito para a máxima de que
administrar é DIRIGIR, DETERMINAR, ORGANIZAR, CRIAR, ORDENAR, enfim dar uma
normatização as coisas, diríamos que o primeiro administrador que a humanidade
conhece é D E U S.
E com certeza foi um inigualável administrador, pois criou o mundo em 7 dias,
dando-lhe forma, cor, contorno, cheiro, vibração entre tantas outras coisas, enfim o l.º
administrador, que até os nossos dias, continua sendo o mais importante, criou o
MUNDO.
Podemos então afirmar que todo aquele que organiza, dirige, determina, ordena,
cria e transmite, é por natureza um administrador, do mesmo modo que podemos
também afirmar, que aquele que transmite conhecimentos e ensinamentos a um
determinado grupo de pessoas/alunos, é um transmissor administrativo de idéias, é um
professor administrando á seus alunos, maneiras para seduzi-los a QUERER, pois
querendo eles aprendem.
É através dos tempos que a humanidade vem tentando de uma maneira ou de
outra administrar a sua vida em qualquer aspecto.
Se observar-mos com mais freqüência, vamos verificar que a administração está
constantemente ao nosso lado, mesmo que não a percebamos. O simples ato de acordar,
levantar, fazer o asseio matinal, vestir, alimentar, ir para o trabalho ou escola, é uma
maneira de administrar o nosso cotidiano, é uma maneira imperceptível da prática da
administração, pois fazemos essas coisas de uma maneira ordenada e seqüencial.
Dentro desse prisma, podemos afirmar que o professor, se for um bom
administrador, poderá ser um profissional do ensino bem sucedido. Quando nos referimos
a um bom administrador/professor, estamos falando daquele profissional que alia ao seu
conhecimento a ÉTICA e a LÓGICA em tudo o que faz e transmite.
Os autores Wilmar Eppinger/Juarez Alfredo Toledo relatam no seu livro O
ADMINISTRADOR INTELIGENTE, Juruá Editora, p.23-25, a teoria que provoca a
reflexão sobre a interação dos mais variados sistemas a partir do maior – U N I V E R S A
L - e sua influência sobre a atividade humana, em especial, na empresa/educação. A
teoria assim desenvolvida está baseada no holismo e abrange de forma a mais ampla
possível, tudo o que se movimenta no Universo. Só assim poder-se-á entendê-la quando
aplicada a um projeto específico, que no nosso caso é a Educação.
Compõem-se a teoria, quando limitada ao enfoque da educação, tal como tudo no
Universo, de três componentes básicos, indecomponíveis e mutuamente indispensáveis,
que são: E S P A Ç O
Que é ocupado pela rede ou sistema ligado a economia, a política, a sociedade e
também ao ensino, onde se movimentam o espírito, a vontade e a inteligência do
administrador/professor, aqui entendido como "agente do movimento". T E M P O
Que é o componente seqüencial sintonizado ao movimento e no espaço que, no
caso poderá ser "para frente" e "para traz, do ponto de vista do observador e relativo a
outros movimentos e espaços. M O V I M E N T O
Que é o elo de ligação entre o tempo e o espaço, ou a energia contida nestes,
perceptível ou não. Por isto, enquanto a energia estiver em repouso, não será percebida,
muito embora esteja lá. Estes três fatores são os componentes do Universo LATO
SENSU. São, por isto, o sistema maior, no qual todos os outros sistemas estão contidos,
inclusive o sistema educacional.
Todo e qualquer sistema, desde o maior até os que deste fazem parte, por maiores
que seja, tem uma relação de causa para com os que o SUCEDEM, e de efeito para os
que o PRECEDEM ou PRECEDERAM. Todos os sistemas formam, assim uma rede em
movimento eterno.
CAPÍTULO I
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FILOSOFIA
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Definição de Filosofia
�
"É a ciência de todas as coisas, pelas mais altas causas".
�
Aristóteles. Séc. IV A.C.
�
�
F I L O S O F I A
Na nossa monografia, estamos tentando mostrar o Professor como um
administrador
do ensino com Filosofia, Ética e Lógica.
Segundo Victor Cousin a filosofia surgiu quando o homem refletiu e perguntou
"POR QUE".
Já ARISTÓTELES, no século IV A.C. afirmava que filosofia é a ciência de todas as
coisas, pelas mais altas causas.
Divisão da Filosofia Grega
Basicamente, a filosofia grega divide-se em 3 períodos:
período Pré-Socrático
período Socrático
período Pós-Socrático
Período Pré-Socrático
Falaremos sobre alguns filósofos deste período:
1º ) Thales de Mileto
Ele queria saber de que eram feitas as coisas. E para Thales de Mileto, as coisas
eram feitas de ÁGUA.
Ele dividiu sua teoria praticamente em duas partes. Haveria o máximo de
condensação, e o máximo de rarefação, e o resto ficaria no meio termo.
Ex.: PEDRA - era o máximo de CONDENSAÇÃO
AR - era o máximo de RAREFAÇÃO
2º ) Anaximenes
Para o filósofo Anaximenes, as coisas eram feitas de AR.
3º ) Anaximandro
Para o filósofo Anaximandro as coisas eram constituídas de uma substância
indefinida, chamada em grego de A’PEIRON
Podemos citar como exemplo um cigarro que vai se queimando, fazendo sumir o
fumo e o papel, e aparecendo a cinza. Não há mais o papel o fumo, agora há somente a
cinza que não havia antes. Há então alguma substância indefinida que antes era uma
coisa (fumo e papel) e agora é outra (a cinza).
4º ) Heráclito
Para o filósofo Heráclito tudo é movimento, e tudo era constituído de fogo. Fogo
como símbolo de continuidade, com suas labaredas que não se acabam.
5º ) Pitágoras
Foi com o filósofo Pitágoras que surgiu o nome de Filosofia.
Na era antiga os sábios eram chamados em grego de sófos( ), e conta-se que em
uma conversa com um Príncipe, Pitágoras foi chamado de sábio, ao que ele retrucou
dizendo que não era um sábio, e sim "Amigo da Sabedoria", que em grego é " " ficando
assim conhecido como Amigo da Sabedoria, e mais tarde Filosofia.
Ele foi o fundador da seita política religiosa, uma seita esotérica, fechada como a
maçonaria. A seita exotérica e uma seita aberta, revelada ao público.
Ex.: Seita Católica, Batista, etc.
Sendo a seita fundada por Pitágoras uma seita fechada, ficou difícil para os
historiadores sua divulgação, e foi Filolau quem primeiro revelou os segredos da seita de
Pitágoras, cujo livro foi comprado por Platão.
Segundo Pitágoras as coisas eram constituídas de números.
Deus seria o n. 1º.
6º) Empédocles
Já a partir de Heráclito, os filósofos se preocupavam com o aspecto dinâmico,
enquanto os anteriores, se preocupavam com o aspecto estático.
Para Emédocles, as coisas AGUA; AR; TERRA e FOGO, constituíam todas as
coisas.
Para ele, só um igual entende outro igual, e assim as pessoas eram constituídas
de Água, Ar, Terra e Fogo. Esta tese durou 2 mil anos. A teoria de Empédocles foi
divulgada por Aristóteles.
7º) Anaxágoras
Para ele, tudo no universo era constituído por pequenas partículas de tudo que
existe no próprio universo. À estas partículas ele chamou de: HOMEOMERIAS
Sabemos que os seres humanos possuem dois tipos de conhecimento: sensitivo e
intelectual.
CONHECIMENTO SENSITIVO
Temos: o Tato, a Audição, o Olfato, a Gustação, a Visão, etc.
Já o conhecimento intelectual grava na mente o essencial , retirando o que
individualiza a coisa, deixando na mente só o necessário para a perpetualização da
referida. O que separa os dois sentidos é o que chamamos de: ABSTRAÇÃO.
Ex.: Ao passarmos por qualquer lugar que tenha vegetação, tomamos
conhecimento de vários tipos de árvores. Mas se em qualquer lugar, época ou tempo
avistar-mos alguma coisa que embora não tenha o formato, cor, folhas, raízes e flores
semelhantes as das árvores que já conhecemos, automaticamente dizemos: "QUE
ÁRVORE ESQUISITA". É que ficou gravado em nossa mente o essencial para
conhecermos que aquilo que vimos era uma árvore.
GRAUS DE ABSTRAÇÃO
Temos como l.º grau de abstração as ciências físicas. Neste caso as abstrações
servem para os seus determinados campos, pois possuem certas limitações.
Ex.: Descobertas científicas que só dizem respeito à aquele campo.
Como 2º grau de abstração temos as ciências matemáticas. Estes com um grau de
abstração mais superior do que as do 1º grau, que ainda apresentam alguma limitação.
Ex.: Os números, pois servem para qualquer coisa.
E o 3º grau de abstração abrange a Metafísica. É o coração da Filosofia.
Abstração que não conheceu limites, é válida universalmente.
Podemos dizer que os graus de abstrações em sua complexidade é ascendente.
É a Metodologia o modo de abstermos as coisas. E é através da Metodologia que
usamos para extrair as coisas daquilo que nos é importante, ou melhor, o modo ou
método para chegar aos níveis de abstração, e que chamamos de LÓGICA.
Outros Filósofos do Período Pré-Socrático.
Protágoras
Ele dizia: "O Homem é a medida de todas as coisas". Era também uma espécie de
Sofista.
Demócrito
Ele foi o inventor da teoria atômica no século V a. c., e dizia: "Todas as coisas
eram constituídas de partículas de átomo, chamadas partículas atômicas".
Alguns conceitos filosóficos
Cetismo
Atitude filosófica de dúvida. Há quatro atitudes da inteligência frente a verdade:
1º ) IGNORÂNCIA
É quando há a ausência da verdade na inteligência.
Ex.: Alguém nos diz: "O professor tal já preparou a prova de estatística".
Embora não tenhamos visto a prova, imaginamos mentalmente que ela já está
pronta, e com as questões pedidas.
Neste momento duvidamos que seja verdade, havendo então a ausência
momentânea da verdade em nossa inteligência.
2º ) DÚVIDA
Quando há o equilíbrio entre as razões de afirmar e as razões em negar.
3º ) OPINIÃO
É a atitude de "EU ACHO QUE ...MAS". Ou as razões em afirmar pesam mais do
que as razões em negar, ou as de negar pesam mais do que as de afirmar, fazendo a
balança pender ou para um lado ou para o outro. No caso há sempre um lado mais leve,
ou razões que se encontram do outro lado, e que também podem mudar o sentido das
coisas.
4º ) CERTEZA
O prato da balança pende somente para um lado qualquer que seja seu medo de
errar, nem de que possa mudar de posição.
Ex.: Um todo é sempre maior do que o seu pedaço.
PLATÃO e a Teoria Platônica
Para Platão o conhecimento é o problema central da Lógica no 3º grau de
abstração. Associando os fatos de IDÉIAS e COISAS, Platão chegou a conclusão de que
uma não tem ligação com a outra, porque:
As IDÉIAS são:
Abstratas
Universal
Eternas
As COISAS são:
concretas
individuais(nas formas)
perecíveis
Logo as idéias não poderiam vir das coisas.
Para Platão, elas viriam de um lugar no espaço chamado em grego ( ), que seria
chamado o lugar das idéias, aonde estariam as idéias de todas as coisas.
E através da METEMPSICOSE, teoria da encarnação, os espíritos antes de
tomarem o
corpo, passariam pelo lugar das idéias para tomar conhecimento de tais idéias, e
que ao incorporarem, como castigo esqueceriam as coisas que tinham visto, e ao verem
alguma coisa passada, uma árvore, um lápis, etc., se lembrariam de que eram coisas que
já tinham visto no lugar das idéias. Para Platão conhecer é recordar.
Seria então a vida que conhecemos, a verdadeira realidade que cremos ser
realmente, ou meramente coisas de nossa imaginação.
Ex.: Ao quebrarmos um espelho em vários pedaços, e olharmos para o sol através
dos pedaços, veremos em cada pedaço um sol inteiro, e na realidade só há um sol, e não
os vários que aparecem nos pedaços de espelhos.
ARISTÓTELES
Foi um grande discípulo e amigo de Platão. É dele a frase: "Platão é um grande
amigo, mas mais amigo é a VERDADE. Ele foi inclusive contra as teorias de Platão, tudo
em benefício da verdade. Aristóteles é conhecido como o fundador da
Lógica.
Aristóteles reuniu e escreveu 6(seis) tratados sobre o problema da lógica chamado
de ORGANOMA.
Preocupou-se com o raciocínio e a expressão mais simples do raciocínio, e
chamava-se SILOGISMO.
Por sua vez o raciocínio é composto de juízos.
Todo homem é mortal - juízo - premissa
Pedro é homem - juízo - premissa
Logo, Pedro é mortal - juízo - conclusão
Aristóteles notou também que o juízo era composto de idéias, como: homem-
mortal,
Pedro-homem e Pedro-mortal.
Aristóteles definiu também:
Apreensão – ato de produzir uma idéia
Apreensão – juízo e raciocínio – foram chamados por Aristóteles como as três
operações da mente.
CAPÍTULO II
LÓGICA
Definição de Lógica
"É a ciência que tem por objetivo o estudo das leis do raciocínio"
CONCEITO
É o estudo dos princípios e dos métodos usados para distinguir o raciocínio correto
do raciocínio incorreto.
Palavra oriunda do grego "LOGOS", que significa a razão, discursos, etc.
Exemplo de um raciocínio correto:
Todo homem é mortal
Pedro é mortal
Logo, Pedro é homem
Exemplo de um raciocínio incorreto:
Toda ave tem asa
avião tem asa
Logo, o avião é uma ave
Os objetivos da lógica são:
1º) COMPREENDER
Compreender o que é um argumento.
2º) DISTINGUIR
Distinguir as partes de um argumento.
3º) CONHECER
Conhecer as formas de apresentação de um argumento.
4º) DEFINIR
Definir o que é argumento.
5º) COMPREENDER
Compreender a diferença entre:
INTERFERÊNCIA e ARGUMENTO
Compreender o que é proporção
DEFINIÇÕES E COMPREENSÃO DESSES OBJETIVOS
1º) Argumento é um conjunto de afirmações. É formado por Premissa e Conclusão.
Ex.: Pedro é mortal – é uma afirmação
Pedro é mortal, porque Pedro é homem – são premissas
E todo homem é mortal – é um argumento
2º) As partes de um argumento são:
2.1 – As Premissas
2.2 – A Conclusão
3º) Um argumento se apresenta nas formas:
3.1 – Padronizadas
3.2 – Não Padronizadas
Ex.: de uma forma padronizada
Todo homem é mortal
Pedro é mortal
Logo, Pedro é homem
E a forma não padronizada é quando não obedece à apresentação normal.
4º) Podemos definir argumento como sendo um conjunto de afirmações, das quais
uma é conclusão fundamentada em afirmações anteriores.
Daí podemos afirmar que argumento consiste em um enunciado que é a
conclusão, e um ou mais enunciados de evidência corroboradora.
5º) A INTERFERÊNCIA é um processo psicológico que leva a pessoa à conclusão.
É um processo mental.
Ex.: HOJE NÃO HÁ AULA – é uma conclusão, mas houve uma interferência, um
processo para se chegar à tal conclusão.
6º) A Proposição é uma afirmação, também pode ser um enunciado.
Santo Tomas de Aquino define lógica como sendo:
"É a arte que dirige o próprio ato da razão, pela qual o homem no próprio ato da
razão, pode caminhar com ordem, com facilidade e sem erro".
Podemos dividir a lógica em :
MENOR ou FORMAL
Quando sua preocupação é com a ordem e a facilidade, com sua forma e não com
o conteúdo do raciocínio.
MAIOR ou MATERIAL
Quando preocupa-se com o raciocínio sem erro, com o conteúdo do
raciocínio.apreensões
Ex.: Todos os homens são assassinos – juízo
Pedro é homem – juízo
Logo, Pedro é assassino – conclusão
O exemplo acima é certo quanto a lógica menor, e errado quanto à lógica maior
em seu conteúdo final.
E foi por falta de uma lógica, que os filósofos gregos enfrentaram as primeiras
dúvidas, ou sejam as contradições e os debates.
E foram os que discordavam e debatiam que formaram um grupo chamado de
SOFISTAS.
E suas teses e argumentos foram chamadas de SOFISMAS.
Ex.: Para os sofistas todo movimento era impossível, pois para irmos do ponto A
para o ponto B, teriam que ir até o meio, que seria o ponto C. E para irmos ao ponto C
teriam que ir primeiro até o hipotético meio, e que seria o ponto D e assim
sucessivamente.
Daí dizermos que todo sofisma é um problema de lógica.
Foi nesta época que surgiu Sócrates. Ele fez o jogo dos sofistas.
Sócrates não ensinou nada a ninguém. Ele usava o método de perguntar sempre
fazendo que o indivíduo ou discípulo chegasse à verdade através de suas próprias
deduções.
Desse modo, Sócrates faria os outros exercitarem suas mentes, que estavam na
dúvida e no esquecimento, fazendo-os confiarem de novo nas coisas.
Sócrates inventou um método que se chamava MAIÊUTICA, portanto um método
Socrático, que através de perguntas o indivíduo chega à verdade.
Sócrates não escreveu nenhum livro.
MAIÊUTICA – Palavra grega que significa OBSTETRÍCIA, e Sócrates a usava
como se quisesse que as pessoas "PARISSEM" a verdade de dentro do seu ser. Era
realmente um parto da verdade.
Principais nomes de filósofos do período Socrático:
Sócrates
Platão
Aristóteles
Foi um período que levou em grande consideração a verdade.
ÁRVORE DE PORFÍRIO
Para o filósofo Porfírio, tudo é ou precisa de uma substância. Ele foi o criador da
Árvore de Porfírio.
SUBSTÂNCIA
CORPO
VIVENTE
ANIMAL
À substância ele chamou de gênero supremo.
Ao corpo chamou de gênero subalterno. Divide-se em corpo vivo e não vivos (os
minerais).
Viventes – sensíveis e não sensíveis (os vegetais)
Animal – Racional e Irracional
Também chamada de gênero ínfimo
Gênero – É tudo aquilo que se divide em espécie.
Espécies – É tudo aquilo que se divide em indivíduos
Gênero + Diferença Específica = Espécie
Diferença Específica – Nota que acrescentada ao gênero forma a espécie
A Árvore de Porfírio nos traz duas noções muito importantes.
COMPREENSÃO
EXTENSÃO
Toda coisa possui uma compreensão e uma extensão.
COMPREENSÃO DE UM CONCEITO
É um conjunto de notas que o consiste.
COMPREENSÃO
CONCEITO DE HOMEM: Substância composta, viva, sensível e racional
EXTENSÃO DE UM CONCEITO
É o conjunto de indivíduos aos quais esse conceito se aplica.
EXTENSÃO DO CONCEITO DE HOMEM
Se aplica à todos os homens do universo.
Quanto maior a Compreensão, menor a Extensão.
Quanto menor a Compreensão, maior a Extensão.
Ex.: Ao falarmos em Máquina, o termo se aplica a um infinidade de coisas que
nos traga uma idéia do que seja uma máquina.
A medida que vamos compreendendo, menor fica a sua extensão. Vamos
exemplificar de uma maneira específica:
COMPREENSÃO
Máquina 5.000
Máquina de escrever 4.000
Máquina de escrever Olivetti 2.080 EXTENSÃO
Máquina de escrever Olivetti elétrica 1.050
Máquina de escrever Olivetti, elétrica, portátil 520
DIVISÃO DAS TEORIAS OU CONCEITOS
Em razão de suas extensões:
Singular – se aplica a um indivíduo.
Universal – se aplica a mais de um indivíduo
EXTENSÃO UNIVERSAL
Restrito ou Particular
Não Restrito
EXTENSÃO UNIVERSAL NÃO RESTRITO
�
Coletivo – aplica-se a um conjunto de indivíduos.
�
Ex.: Família
�
Distributivo
�
EXTENSÃO UNIVERSAL NÃO RESTRITO DISTRIBUTIVO
Unívoco – Conceito que se aplica a todos em comum.
Análogo – Em alguns aspectos é igual, em outros é diferente.
Como exemplo de uma analogia podemos citar:
A palavra SADIA pode ser empregada em coisas diferentes e ter o mesmo
significado:
MOÇA – SADIA
MACÃ – SADIA SAÚDE
CÔR – SADIA
E ao mesmo tempo o significado SAÚDE pode ser diferente para esses mesmas
coisas:
A MOÇA É SADIA PORQUE TEM SAÚDE
A MAÇA É SADIA PORQUE CAUSA SAÚDE
A CÔR É SADIA PORQUE REVELA SAÚDE
Na primeira parte tem um conceito UNÍVOCO, se aplica para os três seres –
SADIA.
E a outra parte se aplica igualmente, pois um ser TEM, outro CAUSA e o terceiro
REVELA, logo este é um conceito ANÁLOGO.
CAPÍTULO III
�
ÉTICA
Definição de Ética
Ética – Ciência da moral"
Pelo dicionário brasileiro da língua portuguesa encontramos a seguinte definição
para MORAL:
Moral
"Parte da filosofia que trata dos costumes ou dos deveres do homem para com
seus semelhantes e para consigo".
O conjunto de nossas faculdades morais, tudo o que diz respeito ä inteligência ou
ao espírito, por oposição ao que é material.
Como podemos verificar seria quase que impossível darmos um passo na vida
sem que tenhamos de estar frente a frente com algo que definimos como Ética.
Acreditamos que a Ética está presente em tudo o que ocorre no universo.
Quer que seja na paz ou na guerra, ou em qualquer confronto, seja pessoal ou
comercial estaremos sempre nos confrontando com alguma coisa que chamamos de
Ética.
Poderíamos ficar uma eternidade falando de éticas nas guerras que assolam o
mundo. Ou, então ficar-mos falando de ética nas transações comerciais.
Estamos vendo constantemente nos noticiários que a ética tem andado um pouco
escondida. Se fossemos discursar sobre ética na política teríamos assunto para várias
monografias. Mas como nosso trabalho está diretamente relacionado à educação, vamos
tentar entender como anda a Ética na Educação.
Valor falar da ética que é ou era usada pelos professores nos diversos períodos de
nossas vidas. Vamos voltar para o nosso tempo de escola primária, onde tínhamos
professoras(es) que eram verdadeiros donos de suas verdades.
Ênfase na aprendizagem por compreensão:
Dentre os estudos de Vygotsty sobre o processo de educação escolar, o que mais
nos chamou a atenção foi o aspecto relativo ao que se refere ao professor como
mediador no processo de ensino/aprendizagem.
Estamos falando da idéia de que a aprendizagem se faz em torno de conceitos
enunciados e definições.
Segundo o americano Brophy, os alunos se saem melhor nas aulas nas quais
participa ativamente sob a orientação do professor.
Não podemos esquecer da necessidade de haver uma permanente sintonia entre o
aluno e o professor, caso contrário veremos a indisciplina surgir devido ao alheamento e
a indiferença deste último.
No nosso trabalho, ao separarmos em fase CARBOZINISTICA e atual, estamos
querendo mostrar como foi importante o desenvolvimento de uma política educacional e
uma didática mais moderna, visando ao que preceitua Geraldo Alves, que diz ser
fundamental ao professor seduzir o aluno a querer.
Tentaremos dividir a época em duas fases, tomando como fase o que falou
Rubens Alves "A tarefa primordial do professor é seduzir o aluno para que ele deseje, e
desejando, ele aprenda. Vamos narrar dois episódios que foram apresentados em sala de
aula do curso de pós-graduação matéria Pesquisa em Didática – o professor como
orientador da aprendizagem, da turma n.º 20 da Faculdade Cândido Mendes pelos alunos
do Grupo Taquipa, para depois tentar-mos verificar que ética foi usada nos dois casos.
Encenação I
Era Carbosínica
Volta às aulas, após prolongado feriado de carnaval. Cada um contava suas
aventuras durante os dias de folga, quando Dona Carbosina, com seu infalível coque nos
cabelos, os óculos na ponta do nariz e sua braçada de livros
Bom dia crianças! Cumprimenta, sem grande entusiasmo, como de costume.
Imediatamente, as crianças se levantam, colocam-se em posição de "sentido" e
respondem em uníssono: Bom dia, Dona Carbosina. E continuam de pé, em absoluto
silêncio, aguardando a ordem para sentarem.
A professora olha-os por cima dos óculos, atentamente, de cima a baixo, com seu
inabalável ar de autoridade, e sorri satisfeita com o que chama de "seu resultado".
- Podem se sentar! Fala.
Os alunos sentam-se imediatamente, obedecendo a seu comando. A professora
faz a chamada, pelo número, e, imediatamente começa a escrever a matéria no quadro.
Todos os alunos começam, sem demora, a copia-la, como de costume. Terminada
a "copiação", ela diz:
Este é um poema escrito pela poeta Gonçalves Dias, um dos maiores poetas
nacionalistas brasileiros, e que todo brasileiro, de verdade, deveria saber de cor e
salteado, para provar o seu amor pela Pátria. Por isso, vocês, alunos meus, não podem
deixar de sabê-lo. Podem começar a decorar. Daqui a pouco vou tomar.
Dona Carbosina senta-se, suspira. Gonçalves Dias sempre a emociona. É o seu
preferido. Abaixa a cabeça e começa a folhear seu antigo e bem organizado caderninho
de planejamento, de capa amarela, sua relíquia, seu tesouro. Faz apontamentos.
Levanta-se e começa a percorrer a classe, de carteira em carteira, olhando o caderno de
cada um e verificando se estavam fazendo o que ela havia ordenado que fizessem.
Passado o tempo que supôs conveniente, falou:
Pronto, já tiveram tempo suficiente. Quem se habilita primeiro?
Segundos de silêncio e uma voz fininha diz:
Eu, Dona Carbosina! Eu sei tudinho.
Era a Mariazinha pronta para agradar a professora.
Tinha de ser você, minha querida, sempre você. Minha aluna predileta,
inteligente, brilhante, exemplar.
Pela primeira vez Dona Carbosina mostra os dentes. Só para elogiar Mariazinha
como sempre o faz. Mariazinha era a filha da diretora da escola.
Mariazinha levanta-se, coloca-se em posição de sentido e começa:
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
A aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá".
Muito bem! Bate palmas, enquanto elogia Mariazinha. E continua. Bravo,
maravilhoso, como sempre. Perfeita, parabéns. Você acabou de provar que é uma aluna
exemplar, inteligente e uma brasileira de verdade – elogia Dona Carbosina.
Agora, quero um menino – sentencia a professora.
Como nenhum dos meninos se habilita, ela escolhe aquele que tem certeza de que
não conseguiu decorar nada.
Você Joãozinho, que você!
Joãozinho treme. Levanta-se.
Começa a gaguejar:
Mi-nha Ter-terr-terra tem pal-palmeira,
As aves que ... cantam aqui ...
Chega – grita Dona Carbosina, socando a mesa. Você não sabe nada. Aliás,
nunca
soube. Sem recreio. E vai decorar tudinho. Quem mais se habilita?
É claro que ninguém se habilita a nada.
E todos se convencem de que são burros e inimigos da Pátria.
Encenação II
Era de uma sala de aula moderna.
Volta as aulas depois do feriado prolongado de carnaval. As crianças conversam
animadamente na sala de aula, contando suas aventuras durante os dias de folga.
A professora Dona Cristina chega com a sua descontração e alegria habituais e
cumprimenta entusiasmada seus alunos.
Bom dia, minhas crianças!
Bom dia, Dona Cristina – gritam entusiasmados os alunos, pois já sabem que
poderão contar a todos as suas aventuras.
E ai, o que fizeram de bom nos dias de folga? Pularam muito carnaval?
Brincaram bastante? Viajaram, passearam, o que vocês fizeram crianças, estou
doida para saber, pergunta Dona Cristina, sinceramente.
Todos querem falar ao mesmo tempo. Dona Cristina sorri satisfeita com a vontade
de todos em compartilhar suas experiências com os outros, e diz:
- Calma crianças, uma de cada vez, senão ninguém vai entender nada e ninguém
vai ficar sabendo das aventuras dos outros.
- Vamos fazer uma coisa, vou fazer a chamada e cada um conta o que fez. Tá bom
assim? Então vamos lá! André
- Fessora, porque a senhora não faz a chamada pelo número? Cada um sabe o
seu, habituado à prática de outros professores, pergunta um dos alunos.
- Número? Ó criança, por acaso você "é" um número, ou uma coisa? O que eu vejo é um
menino, uma pessoa, e pessoas não são para serem numeradas.
- Ah, mas a outra professora só faz chamada pelo número – fala o outro aluno.
- Bem, cada um tem o seu jeito, né crianças? Eu, por exemplo, não gosto desse negócio
de chamar ninguém pelo número. Sabem por que?
- Porque o nome da gente é muito importante, é o que nos representa. A gente se
sente satisfeita quando alguém sabe o nome da gente, não é verdade? Eu pelo menos,
gosto. Não gosto de ser chamada de Dona Coisinha, Dona Coisa, meu nome é Cristina.
Sendo assim, vamos lá. André
- Presente, fessora. Eu fui a praia. Tava muito bom. Fez muito sol e eu tomei banho de
mar todos os dias.
E você lembrou de passar filtro solar? Lembra o que aprendemos outro dia sobre
os perigos da exposição prolongada ao sol, no verão? Pergunta a professora, á
retomando ensinamentos anteriores.
Lembrei sim, Dona Cristina, foi a primeira coisa, depois da sunga é claro, que eu
botei na minha mala. De noite a gente saia para comer pizza e ver os blocos de carnaval
na rua e pular também.
- Beleza, André. Bom que você se divertiu.
- Agora você Beatriz.
- A Beatriz não veio fessora. Ela foi para o sítio de um vizinho, em Guapimirim, e
bebeu a água de lá e ficou com dor de barriga, respondeu Carla.
- Mas por que ela ficou com diarréia? Perguntou a professora, já retomando outro
conteúdo.
- Ela bebeu água sem filtrar e a água não era boa, não tinha tratamento, responde Daniel,
que era primo de Beatriz. Eu também fui com ela para o mesmo lugar, mas eu não bebi
água sem filtrar. Me lembrei que a senhora tinha dito que fazia mal por causa dos
germes, das bactérias existentes na água. A Beatriz não aprendeu e não deu outra:
diarréia. Agora tá lá, toda com dor de barriga e sem poder contar as aventuras que nós
fizemos. E foi muito bom. Até de cavalo nós andamos.
- De cavalo não, seu burro – corta Joãozinho, a cavalo.
- Burro não, Joãozinho – intervém Dona Cristina – ele apenas esqueceu, não foi Daniel!
Escapou.
E todos contam suas aventuras alegremente, enquanto Dona Cristina aproveita todas as
oportunidades para relembrar os conteúdos já vistos, e para ensinar, previamente, outros
que ainda vai dar, num clima de descontração e de aprendizagem, com experiências
vividas por eles e compartilhada por todos.
Na turma de Dona Cristina, não tem aluno burro, só tem gente inteligente porque tem
prazer em estar ali e vontade de aprender, pois sabe que não precisa ter medo de errar.
Em vez de orelhas de burro, vão ganhar conhecimentos de verdade.
Nestas duas narrativas fica claro e bem evidenciado que hoje o professor não
precisa mais de equipamentos como palmatórias, castigos, etc., necessitando somente
de amor e compreensão e usando estes ingredientes com certeza estará usando muita
ética em sua vida de docente.
CONCLUSÃO
Como é possível verificar, falamos em separado das ciências que deverão nortear
o nosso trabalho, ou seja, falamos da Filosofia, falamos da Lógica, e falamos da Ética,
que acreditamos juntas darão ao docente ferramentas que com certeza o fará um
administrador do ensino.
Tentaremos concluir o nosso trabalho, mostrando que um professor deverá te-las
em seu curricular, e que como um bom administrador conhecendo as técnicas de uma
administração moderna, tornará o ensino dos nossos jovens em verdadeira estrada para
os seus objetivos.
Tentaremos fazer algumas considerações para melhor exemplificar como o
docente poderá fazer uso de uma administração moderna em benefício do saber dos
nossos jovens.
NA ADMINISTRAÇÃO MODERNA
Os administradores compreenderam que era através do homem que poderiam vencer os
desafios da administração moderna.
Para tanto utilizaram-se da aplicação de novos métodos de treinamento de mão de
obra.
Com isso, o trabalhador foi se aprimorando, tomando conhecimento de novas técnicas,
conhecendo melhor os objetivos da empresa, e tomando gosto com as tarefas que antes
eram feitas mecanicamente, em troca de uma simples remuneração, com o real prazer e
conhecimento de ser uma peça importante em toda aquela engrenagem.
Esta nova visão deu ao trabalhador a real dimensão da sua importância para com a
empresa, e foram alcançados índices de produtividade que ultrapassaram o que era
conhecido no País.
E foi em pesquisa realizada anualmente com todos os que colaboraram, que ficou
provada a satisfação encontrada no local de trabalho.
Estava realmente formada uma EQUIPE que com certeza estava predestinada a vencer
mesmo encontrando os obstáculos naturais que encontraremos em nossa caminhada.
NA EDUCAÇÃO PODEMOS AFIRMAR:
Só formaremos bons profissionais para o futuro, se tivermos em sala de aula não só um
professor, mas um administrador do ensino, capaz de com Filosofia, Ética e
consequentemente uma boa dose de Lógica, de interagir com os seus alunos.
Em uma sala de aula, o professor poderá treinar os alunos a QUERER, e quando
conseguir, verá que eles APRENDEM.
E é esse aprendizado que vai fazer com que eles possam se tornar bons conhecedores e
receptadores dos ensinamentos, e poderão vir a ser bons professores, conseguindo
índices de sucesso bem elevado nas aprovações do ensino.
Se aplicarmos uma pesquisa em sala de aula em que o professor esteja em total
harmonia com o conteúdo ministrado e os alunos, vamos com certeza evidenciar um
sucesso na satisfação dos alunos pelo conteúdo administrado.
Acreditamos firmemente em tudo que tentamos apresentar em nosso trabalho.
Sabemos que ainda somos escravos de leis e outros interesses, e que ainda vemos um
pouco distante a era em que tudo o que acreditamos se tornará realidade.
Antes de termos em prática tudo o que acreditamos que seja necessário para um
sucesso em nosso ensino, temos que verificar aspectos ainda existentes em nossas
salas de aula, que tentam privilegiar a chamada raça pura. Vemos na formação da
educação a desigualdade social que penaliza na escola pública, as crianças de classes
sociais mais baixas, em detrimento de um favorecimento das crianças brancas das
classes média e alta.
Temos provas do que estamos dizendo. O grupo de trabalho ao qual pertenço, no
curso de pós-graduação vai apresentar neste semestre um trabalho chamado
EDUCAÇÃO MULTICULTURAL. Proposta para um País Mestiço.
Neste trabalho, chegamos a fatos bem concretos e um tanto desestimulantes. Nele
podemos notar uma das maiores contradições da educação brasileira que é precisamente
o contraste da abordagem cultural da educação, não só na escola, como também fora
dela.
ESCOLA PARA UMA VIDA MELHOR
"Lugar de criança é na escola. Na prática, ainda não é assim. Neste início de século XXI,
o Brasil continua tendo mais de 1 milhão de crianças, até 14 anos, sem conhecer uma
sala de aula. Há também pelo menos 15 milhões de adultos analfabetos. As origens
desta situação vêm de longe.
Durante 300 anos de colônia, as "aulas de ler, escrever e contar" eram só para os filhos
de fazendeiros ou para os curumins que deviam ser catequizados.
Com o Império, apesar da Constituição de 1824 mencionar o ensino público, pouca coisa
mudou. O país de escravos não precisava ler. A luta de educadores como Anísio
Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro e milhares de professores anônimos precisa
continuar, pois quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê." (1)
ALENCAR, Chico. BR-500 – Um guia para a redescoberta do Brasil. Rio de janeiro:
Vozes, [2000?]
Ao término de nosso trabalho, esperamos sinceramente que consigamos, futuros
docentes, uma real melhoria na classe, para que tenhamos verdadeiros professores em
Filosofia, Lógica e Ética em suas formações, sendo legítimos administradores do ensino,
nem que para isto tenhamos de virar nosso mapa de cabeça para baixo e acordar nosso
Brasil. Fazendo-o levantar-se do berço esplendido em que se encontra deitado
eternamente.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
-ALENCAR, Chico. Brasil 500 – Um guia para a redescoberta do Brasil. Rio de
Janeiro: Vozes, texto publicado em jornal.
-EPPINGER, Wilmar; TOLEDO, Juarez Alfredo. O Administrador inteligente. [S.l.]:
Juruá
-FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
-MURAD, Beatriz Tinoco. Ética e trabalho. Rio de Janeiro: SENAC, 2000.
-PRADO Jr., Caio. O que é filosofia. 4.ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.
(Coleção primeiros passos, 37).
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas
Pós-Graduação "Latu Sensu"
Filosofia, Lógica e Ética na Formação do Professor como \Administrador do
Ensino.
Data da Entrega
Avaliado por: Grau
Rio de Janeiro _____de _______________de 2001
___________________________________________
Coordenador do Curso
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