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a CONFIRA NA PÁGINA 28
COOPEMAR, 50 ANOs dE tRAbAlhO E lutA EM PROl dOs AGRICultOREs E PECuARIstAs
ANO 1 · NO 4 ·dezembrO/jANeirO 2011/12
R$ 6
,90
CONFINAMENTO ENTREVISTA COM FERNANDO BOTELHO VILLELA NETO, AGROPECUARISTA E VICE-PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DE MARÍLIA, QUE FALA SOBRE AS VANTAGENS E AS DIFICULDADES EM CONFINAR NA REGIÃO.
ACABAmENTO Em COCHO AINDA É Um BOm NEGÓCIO
GIR LEITEIRO1ª exposição regional da raça com julgamento e torneio leiteiro agrada criadores em Lins-SP
PÁGINA 12
GIRO EQUESTREO manga-larga marchador foi uma descoberta, dizcriadora
PÁGINA 20
GENTE DA TERRAmelancia: produtor desiste da cultura pela 2ª vez e aposta na diversificação das lavouras
PÁGINA 32
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
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Band Rural
A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos melhorar sempre,
portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas e elogios para o e-mail
revistagirorural@gmail.com.
Estamos no final de 2011 e a revista Giro Rural comemora sua con-
solidação junto ao mercado editorial de Marília e região. Aos poucos,
conquistamos nosso espaço, pois conhecemos o trabalho e o talento do
produtor rural, que é a válvula propulsora da economia brasileira e que,
nos últimos anos, vem protagonizando uma verdadeira revolução no cam-
po. Conquista que também é apoiada pelas empresas que, como nós, são
parceiras do homem do campo, criando e inovando produtos, serviços,
pesquisas e tecnologias. É por isso que, neste momento de festa e reflexão,
a nossa homenagem é dupla: aos produtores rurais, nossos personagens
principais, e aos empresários do segmento, que nos apoiam a cada edição.
Nesta edição, trouxemos uma entrevista especial sobre confinamento
de gado com o pecuarista Fernando Vilella, vice-presidente do Sindicato
Rural de Marília, na qual ele destaca as principais vantagens e desvanta-
gens encontradas na atividade. Já na seção “Gente da Terra”, contamos
a história do Sr. Vitório Pontello, que, com uma agricultura diversificada,
resolveu desistir do plantio de melancias
No “Giro Equestre”, quem nos conta uma bela história sobre a paixão
pela equinocultura é Claudia Pineda, criadora de Manga-larga Marchador.
E, ainda, duas novidades: a coluna “Essência do Campo”, da agropecuarista
Dalila Galdeano Lopes, diretora jurídica da APCGIL – Associação Paulista
dos Criadores de Gir Leiteiro; e um espaço com receitas deliciosas de
drinks de café — a bebida do verão —, desenvolvidas pelo consultor e
barista Leandro Moeda.
Em 2011, a Giro Rural obteve muitas conquistas e todas concretizadas
com muita persistência e dedicação, dentre elas o seu “lançamento”.
Agradecemos a participação da jornalista paulistana Cristiane Mattar,
que desde o início acreditou no projeto e contribuiu muito para que nosso
sonho se tornasse realidade. E damos as boas-vindas à jornalista Regiane
Ferreira, com trabalho já inserido no agronegócio da região e que agora
escreve para os nossos leitores.
Nossa equipe deseja a todos um feliz 2012, repleto de muita saúde e
realizações e, principalmente, que a agricultura e a pecuária sejam cada
vez mais valorizadas por nós e pelo governo brasileiro, atingindo seus
objetivos e uma maior sustentabilidade. Estes são os nossos votos a você,
leitor, que esteve ao lado da Giro Rural no seu primeiro ano e continuará
no que está prestes a chegar. Para nós, esperamos que todas as realizações
alcançadas sejam apenas sementes plantadas e que serão colhidas com
maior sucesso em 2012.
Boa leitura!
Laura Whiteman
Diretora
uM ANO dE CONquIstAs
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2sumário
revistagirorural@gmail.com(14) 3221-0342
Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Diretora de Jornalismo: Cristiane Mattar – MTB62481/SP|
Jornalista Responsável: Regiane Ferreira – MTB49346/SP | Design grafico: Mauricio W. Santos | Foto capa: Giro Rural
Revisão: Rodrigo Gerdulli | Representação Comercial: Amaury Girardi | Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil
Circulação Regional: Centro Oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada aos produtores rurais do Centro Oeste Paulista
Pontos de distribuição: a disposição nas empresas anunciantes | A venda nas principais bancas de revistas da região centro oeste paulista.
Leia em nosso blog: www.revistagirorural.blogspot.com
Solicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação Mensal. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”
CAPA
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AG RON EGÓCIO, I N FOR MAÇÕE S E OPORTU N I DADE S. AN U NCI E E BON S N EGÓCIOS!
Entrevista com Fernando
Botelho Villela Neto,
agropecuarista e vice-
presidente do sindicato
rural de marília que
fala sobre as vantagens
e as dificuldades em
confinar na região.
8 Giro notas
360º de notícias do agronegócio
10 Especial coopercitrus
Tradição que gera benefícios
12 Evento
36ª Expolins
18 Veículos
Nova Hilux 2012 - Força e elegância
20 Giro equestre
Manga-larga marchador
22 Especial pecuária Itália máquinas lança pulverizadores
pecuários
24 Giro culinário
Delícias do café
26 Essência do campo
Dalila Galdeano Lopes
28 Cinquentenário Coopemar
História da Coopemar
32 Gente da terra
Vitório Pontello Júnior
produtor de Avencas
34 Giro literário
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360º De notÍcias Do aGroneGócio
Giro notas
amendoim
Agrotóxicos: monitoramento verifica resíduos em vegetais Amendoim: agricultores de Tupã apostamem variedade mais durável
Frango: produção brasileira está maispróxima da norte-americana
Consumo de carne suína no Brasil atinge 15,1 kg per capita
A propósito da carne
de frango, muito tem sido
dito a respeito da apro-
ximação dos volumes
produzidos por Brasil e
China – esta, por ora,
segunda maior produtora
mundial. Assim, enquanto
há 10 anos a avicultura
chinesa produzia cerca
de três milhões de tone-
ladas de carne de frango
a mais que o Brasil, em
2012, pelas previsões do
Departamento de Agri-
cultura dos EUA (USDA)
estará produzindo so-
mente 200 mil toneladas
a mais, o Brasil com 13,6
milhões de toneladas e a
China com 13,8 milhões
de toneladas.
Já a produção de car-
ne de frango dos EUA
deve situar-se nos 16,9
milhões de toneladas.
O Departamento pre-
vê que o Brasil possa
superar os EUA em menos
de uma década ou pouco
mais.Fonte: AviSite
O Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento divulgou o
resultado do Plano Nacional de Con-
trole de Resíduos e Contaminantes
em Produtos de Origem Vegetal que
monitorou a quantidade de resíduos
de agrotóxicos e de contaminantes
em 23 produtos na safra 2010/2011.
Cem por cento das amostras de
arroz, batata, café, feijão e tomate
estavam dentro dos padrões. Porém,
foi registrado alto índice de confor-
midade em maçãs (99,13%), mamão
(97,57%) e milho (96,15%).
O monitoramento existe desde
2009 e o seu resultado é usado
como base para corrigir as não-
conformidades por meio de ações
fiscais e de educação para o uso
correto dos agrotóxicos. Na safra
2011/2012 serão recolhidas 2.160
amostras, envolvendo 21 estados
brasileiros.Fonte: Mapa
A carne suína está mais presente na mesa
do brasileiro, que, em 2011, consumiu mais
0,5 kg per capita, crescimento que no ano
passado chegou a 1 kg. Segundo a Associação
Brasileira da Indústria Produtora e Exportado-
ra de Carne Suína (Abipecs) o aumento do
consumo de carne suína atingiu os 15,1 kg
per capita, ultrapassando a meta estabelecida
pelo Projeto Nacional de Desenvolvimento da
Suinocultura (PNDS) junto ao Sebrae Nacional
prevista para 2012.Fonte: Suinocultura Industrial
Produtores de amen-
doim do município de
Tupã-SP (40 mil hectares
de área plantada) desco-
briram uma mina de ouro
no campo. A novidade
é uma espécie conhe-
cida como alto oleico. A
principal vantagem do
amendoim é que o grão,
mesmo depois de colhido,
pode ficar armazenado
por mais de um ano sem
perder a qualidade.
Apesar de mesma
aparência rosada e sabor,
a diferença está dentro
do grão, que tem maior
concentração de ácido,
que garante mais durabi-
lidade. O preço da saca
(25 kg) saltou de R$ 35 no
começo do ano para R$ 43
em média.
Os principais com-
pradores do amendoim
brasileiro são os países
da Europa. Nesta primeira
safra, São Paulo deve che-
gar a 88% da produção
nacional.
Fonte: Globo Rural
agrotóxicos
Suíno
frango
Gir perde recordista absoluto da raçaFaleceu, no final de outubro, CA Sansão, lendário
raçador da central de genética CRV Lagoa, o maior touro
da história da raça Gir Leiteiro.
Foram quinze anos e sete meses de uma trajetória
incomparável de títulos e recordes nacionais e interna-
cionais.
Sansão foi o primeiro e único touro Gir Leiteiro que
conquistou o troféu Palheta de Ouro, oferecido aos re-
produtores que atingem a marca de 250 mil doses de
sêmen produzidas.
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tRAdIçãO quE GERA bENEFíCIOs
Especial coopercitrus
De toda esta trajetória de 35 anos atuando deforma a proporcionar benefícios aos produtoresrurais, a Coopercitrus colheu bons resultados, tanto que hoje é considerada uma das maiores cooperativas no segmento do Brasil. Os tratores produzidos pela Valtra possuem tecnologia diversificada,
que garantem alto desempenho e baixo custo operacional.
Possui um sistema sólido e
que além dos serviços pres-
tados, pensa no crescimento
de seus cooperados. Ao lon-
go desses anos, adquiriu um quadro
de mais de 20.000 produtores rurais
associados, 35 lojas de insumos, 18
concessionárias Valtra, 7 postos de
combustíveis, 15 unidades de rece-
bimento de embalagens vazias de
agrotóxicos, armazéns para grãos,
uma equipe de alto nível de colabora-
dores especializados em assistência
técnica e de outros serviços, que a faz
ser uma das maiores prestadoras de
serviços, estando presente em 500
municípios nos estados de São Paulo
e Minas Gerais, fornecendo insumos,
máquinas e implementos agrícolas.
É hoje a maior revenda dentre
os mais de 60 concessionários da
fábrica de tratores Valtra do Brasil, é
reconhecida no prêmio Top Dealer
devido a sua excelência em gestão na
área de produtos e serviços oferecidos
aos seus cooperados. Além disso, a
Coopercitrus é também a maior con-
cessionária em volume de negócios
do banco AGCOFinance e está no topo
em venda de cotas de consórcio, o
que prova a confiança dos produtores
rurais nos produtos oferecidos por
sua Cooperativa. A loja de Marília - SP,
sediada na Avenida Álvaro Simões,
n° 1498, no Parque das Indústrias,
comercializa tratores da marca Valtra
e implementos das fornecedoras mais
conceituadas do país. Possui também
uma oficina completa, equipada com
ferramental adequado para a manu-
tenção das máquinas, comercializa
peças genuínas de reposição e realiza
o conserto na loja ou diretamente na
propriedade do cooperado.
Com a aquisição desta filial, a
Coopercitrus ampliou seu leque de
produtos como colhedoras de café.
Além de ter uma história rica na cultu-
ra de café, a cidade de Marília possui
grandes produtores de amendoim
e para eles, a Cooperativa oferece
recolhedoras de amendoim com
condições diferenciadas de preços,
além de planos para a reforma de
todos os maquinários. No entanto, a
Coopercitrus se completa através
da melhor equipe de pós-venda do
país, benefício este presente em todas
as suas unidades. Os treinamentos
muitas vezes acontecem dentro das
próprias fábricas, o que torna os
colaboradores da Cooperativa bem
capacitados para reparar qualquer
tipo de maquinário que está na carta
de produtos comercializados pela
Coopercitrus.
Especialcoopercitrus – filial De MarÍlia-sp
Maria Tereza Lemos Calil, criadora de Gir Leiteiro e proprietária da Fazenda Paraíso, de Franca-SP.
Novilha “Germina Benta Spirit” da fazenda Germina, de Apucarana-PR, do proprietário Bernardo Garcia de Araújo Jorge,é a recordista mundial na produção de leite.
GrJa
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COMECE O SEU DIA COM UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL!
GRANJA LEITEIRA BOM GOSTO(14) 3453-2298
Evento
A 36ª Expolins foi realizada
juntamente à 13ª Festa do
Peão do bairro Bom Viver, no
recinto de exposições “José Maurício
Junqueira de Andrade”, em Lins-SP. A
programação elaborada pelo Sindica-
to Rural de Lins, além das montarias
em touros e shows artísticos, também
contou com a 36ª Exposição de Jul-
gamento de Raças e a 1ª Exposição
Regional do Gir Leiteiro de Lins, com
julgamento e torneio leiteiro.
Durante a competição do torneio
leiteiro, que durou três dias (de 4 a
7 de outubro), foram realizadas dez
ordenhas de oito em oito horas, sendo
premiada a vaca que produzisse mais
leite. A grande campeã do torneio Gir
Leiteiro foi a “Eldorada da Epamig”,
da criadora Maria Tereza Lemos Calil,
proprietária da Fazenda Paraíso, de
Franca-SP. Ela competiu com catorze
animais em duas modalidades: pista e
torneio leiteiro, que conquistaram vá-
rios prêmios. Mas, o prêmio especial
foi o da Eldorada.
“Estou muito feliz por ter participa-
do e pela minha vaca, que foi a grande
campeã do torneio leiteiro. Inclusive
ganhamos um carro como premiação.
A visibilidade é muito grande e é uma
oportunidade para divulgarmos nosso
trabalho, apresentando nossos melho-
res animais. Trata-se de uma forma de
colher frutos do trabalho realizado”,
afirmou a criadora de Gir Leiteiro.
1ª ExPOsIçãO REGIONAl dO GIR lEItEIRO dE lINs, COM julGAMENtO E tORNEIO lEItEIRO
Já no torneio leiteiro Girolando,
a estrela da competição foi a novilha
“Germina Benta Spirit”, que produziu
uma média de 79,3 quilos de leite,
quebrando recorde mundial — que,
segundo seu dono, era pouco mais
que 60 quilos. O criador paranaense
Bernardo Garcia de Araújo Jorge,
proprietário da fazenda Germina, de
Apucarana-PR, participou do torneio
com três animais e disse que já tinha
grandes expectativas com Germina
Benta Spirit. “Não só para o Girolando,
mas para toda a pecuária de leite, é
um número exorbitante. O recorde
de produção terá um grande impacto;
nem sei avaliar o que pode trazer de
retorno comercialmente.”
Com uma bacia leiteira tradicional,
a cidade de Lins, para ele, “é como
se fosse uma ‘caixa de ressonância’
de tudo que acontece para o negócio
do leite”, por isso se torna uma praça
importante de divulgação dos animais.
“Quando tenho animais em condições
de apresentarem um bom desempe-
nho, eu trago, com certeza, pois é uma
praça de divulgação muito interessan-
te para os criadores”, finaliza.
O julgamento morfológico dos
animais foi realizado nos dias 6, 7 e
8 de outubro sob a responsabilidade
do jurado Euclides Prata dos Santos
Neto. A exposição foi homologada
pela ABCGIL – Associação Brasileira
de Criadores de Gir Leiteiro.
Novilha Girolando bate recorde mundial na produção de leite
Campeã do torneio Gir Leiteiro garante o sucesso da sua proprietária
36ª expolins
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acabamento em cochoainda é um bom negócio
Há quanto tempo o senhor iniciou o confinamento na sua propriedade?
A fazenda era do meu avô desde 1916, antes de existir
Marília, e, depois do seu falecimento, meu pai cuidou da fa-
zenda por uns sete anos. Em 1988, deixei o Rio de Janeiro e
assumi a fazenda. No começo, tínhamos por volta de duas mil
cabeças de gado (entre matrizes, bezerros, novilhas e garrotes
para engordar). Atualmente, só confino machos. Já o restante
da boiada fica no pasto; ao todo são cerca de três mil animais.
Como foi a implantação da estrutura para confinar e quais os investimentos?
Para você confinar um gado, primeiramente é preciso
preparar a alimentação. A fazenda já fazia renovação de pasta-
gem constantemente. Então, vislumbramos uma oportunidade
de nessa renovação plantar milho e começar fazer silagem.
Já tínhamos currais que poderiam ser adaptados, por isso o
investimento acabou sendo menor. Mas, tivemos um grande
gasto para concretá-los e, também, com coberturas e calhas. Só
em concretos gastei mais de R$ 15 mil e com a cobertura um
valor parecido. Se tivéssemos sol o tempo todo, os custos di-
minuiriam, mas aqui na nossa região não é assim que funciona.
Por que optou pelo confinamento semiaberto?Na hora em que começam as chuvas, qualquer confinamen-
to passa a ter um problema sério: a lama. O boi fica tão irritado
que perde o apetite, não engorda e chega até a emagrecer.
Um confinamento todo coberto prejudica, pois o boi precisa
do sol, que ajuda na absorção da comida. Normalmente, temos
dois meses de seca e os outros com possibilidades de chuvas
intensas. Então, é preciso um curral semiaberto, pois mesmo
com chuva eu tenho condições de mantê-los em locais secos.
Grande parte dos custos da engorda é referente à alimentação. Quanto o senhor economiza produzindo a comida, em vez de comprá-la?
A economia é enorme, sobretudo quando a própria fazenda
é utilizada para o plantio. Como realizo a renovação de pasta-
gem com o milho, o custo é diluído. Já o feno, também produzido
aqui, sustenta o restante do gado na época da seca, pois não
é preciso que eles engordem muito, apenas que mantenham
o peso. No cocho, além do milho, complemento com farelo de
soja comprado. O rebanho é alimentado duas vezes ao dia
e cada animal consome 15 quilos de volumoso e mais uns 3
quilos de concentrado. O confinamento dura de 60 a 110 dias,
quando cada boi engorda 1,5 quilo diariamente.
CONFINAMENtOA
lguns pecuaristas consideram o confinamento de gado muito caro, já que no final do acaba-mento os animais de cocho cus-
tam, pelo menos, 40% mais caro do que os acabados a pasto. Porém, quem investe na atividade acredita na estabilidade do preço do boi gordo, que está em alta — podendo chegar a R$ 105 por arroba —, situação que, para confinadores, ainda proporcio-na um bom retorno financeiro. No Brasil, apesar de estar em crescimento, a oferta ainda continua inferior à demanda. “Houve um ganho de consumo interno bastante ra-zoável a partir de 2008 e, por isso, o preço da arroba reagiu. Passamos cinco anos com preços muito baixos causando um grande
abate de matrizes. Com isso, o plantel bovi-no brasileiro diminuiu, o que proporcionou esse aumento de preço agora. Na época, os pecuaristas venderam tudo para sustentar a propriedade e depois faltou produto”, recorda o pecuarista Fernando Villela. O carioca, hoje agropecuarista e vice-pre-sidente do Sindicato Rural de Marília, fala sobre as vantagens do confinamento na sua propriedade — Fazenda Santa Emília —, localizada no distrito de Amadeu Amaral, Marília-SP, e ainda aponta alguns fatores que prejudicam a atividade, principalmente no momento da comercialização da carne, tanto na região quanto no exterior. Villela cria, recria e engorda raças como Nelore, Guzerá, Red Angus e Aberdeen Angus.
Qual é o momento certo de colocar os boisnos cochos?
No pasto, o boi engorda cerca de 800 gramas por dia. Já
no confinamento, esse peso é dobrado, apesar de o custo de
produção praticamente dobrar também. Então, você tem que
ver quando é realmente importante fazê-lo. Com uma pastagem
na época das águas que faça a engorda de 800 gramas, vale
a pena manter só na pastagem. A partir do momento em que
você não tem pasto, no começo da seca, por exemplo, até o
final e até uns dois meses depois, o confinamento é interessante.
Confino do final de junho até o final de dezembro.
O confinamento é mais utilizado para a terminação de bovinos, ou seja, envolve o acabamento da carcaça que será comercializada. Quais são as características ideais de um boi pronto para o abatimento?
É importante, em um boi pronto para o abate, peso acima
de 17 arrobas e com cobertura de carne bem razoável, porque
uma das exigências do mercado é justamente o acabamento.
Por isso, existem alguns problemas em bois europeus pois,
apesar de terem peso necessário, eles não têm camada de
gordura. Isso prejudica na conservação e no congelamento da
carne. O próprio povo brasileiro não aceita tanto essa carne
sem gordura. O confinamento dá essa chance de engorda, e
no pasto é melhor trabalhar com gado zebuíno, que é o que
dá maior acabamento de carcaça.
“No pasto, o boi engorda, cerca de 800 gramas por dia. Já no confinamento, esse peso é dobrado, apesar de o custo deprodução praticamente dobrar também. Então, você tem
que ver quando é realmente importante fazê-lo”
Fernando VilelaAgropecuarista e vice-presidente do Sindicato Rural de Marília-SP
Gr CapaconfinaMento De GaDo
Quais são as diferenças de custos do boi de pasto e de confinamento? E na hora da venda?
No final, o boi de confinamento sai
uns 40% mais caro. O preço por arroba
de um boi acabado a pasto é de apro-
ximadamente R$ 60 e, no confinamento,
em torno de R$ 95. O custo diário no
pasto é difícil dimensionar, porque
é consumido um alimento fornecido
pela natureza, com custos de vacinas,
vermífugos e manejo, mas fica em
torno de R$ 3. Já no confinamento se
consomem R$ 5 de alimentação por
dia, sem contar custos de vacinação.
Não existem diferenças de preços na
hora da comercialização. Quem tem boi gordo vende bem.
Quem não tem, perde.
O que é feito para evitar prejuízos?É complicado, pois atualmente os preços podem cair por
causa do crescimento da oferta de boi confinado. Tem muita
gente que comprou boi magro caro, trabalha com produtos
caros e levou prejuízo. Para evitar essa situação, é preciso
cuidado e planejamento. O mais importante é você ter o boi
acabado para vender. Neste ano, no mês de junho, vendemos
a R$ 105 (arroba), agora novamente, porém nos meses de
setembro e outubro o preço baixou para R$ 94. Quem apostou
no acabamento do boi durante essa queda de preço, não se
deu tão bem.
Na região de Marília, o que falta para estimular ou até mesmo melhorar a atividade? A relação custo/benefício está viável no mercado atual?
Uma das coisas é não deixar essa concentração de abate-
douros continuar. Se a gente tem vários frigoríficos, obtemos
poder de negociação. Quando se concentra qualquer mer-
cado, ele acaba sendo prejudicial para todos os produtores
comerciais. Ainda está viável, mas começa a ficar arriscado,
pois o governo investiu muito em apenas dois frigoríficos. Isso
acabou concentrando demais de um lado e tirando o poder
de barganha que o pecuarista teria se tivesse mais opções.
Que orientação o senhor dá para quem quer começar um confinamento?
Primeiramente, pensar bem na comida que dará para o
seu rebanho e dimensioná-lo corretamente. Em São Paulo
está ocorrendo um problema sério, que é o valor alto da
terra, apesar de o confinamento não precisar de muita terra.
Mas, se você quiser produzir a alimentação, precisa de mais
espaço. Tem que pensar duas vezes no que é melhor inves-
tir, se é num confinamento, no plantio
de laranja, cana ou eucalipto. Faça as
contas antes, porque hoje não é mais
tão fácil começar. Para quem já tem a
estrutura (propriedade e pastagem), é
uma boa opção. A partir do momento
em que é preciso comprar uma área,
é melhor colocar na ponta do lápis se
vale a pena ou não.
O senhor investe em tecnologias que auxiliam na criação do gado? Alcançou o resultado esperado?
Compro de produtores seleciona-
dos alguns touros para melhoramento
genético ou por inseminação, que
também faço aqui, pois se a genética for ruim o gado não en-
gorda. Com genética boa, evita-se o problema de cruzamento
entre pais e filhos, o que definha o animal. Também utilizo um
sistema de rastreamento que contribui com cruzamento de
dados, haja vista que fornece o histórico do animal.
Como funciona esse sistema de rastreamentoe quais são os custos?
Quando o bezerro nasce já é informado para uma certi-
ficadora (de quem é filho, raça, etc.) e recebe identificação,
passando a ter um código fixo até o abate. Semestralmente,
a certificadora realiza vistoria e, anualmente, pelo Ministério
da Agricultura. São visitas cobradas por cabeça e se gasta
também com brincos de numeração. O investimento é grande,
pois todo o rebanho deve ser rastreado, e não só os animais
em confinamento; e eu só venderei o boi gordo. Então, o
confinamento fica responsável pelo retorno não só do que
gastei com ele, e sim com toda a propriedade.
Como esse rastreamento interfere na comercialização da carne?
A comunidade europeia, por exemplo, está exigindo
que o gado do Brasil seja todo rastreado, pois estão tendo
problemas com falta de crescimento e falta de espaço para
produzir. Então, impõe uma série de dificuldades, princi-
palmente para o Brasil, que é o maior vendedor mundial de
carne. Vários países já utilizam e o Brasil está aderindo não
só para animais, como no setor de hortifrútis, suínos, soja e
farelos, entre outros. Possibilita acompanhar o seu produto
desde a origem até a hora em que foi vendido para o con-
sumidor. Se tivéssemos um sistema de rastreabilidade em
todo o país, no caso de algum problema tanto aqui como nos
países exportadores, seria possível detectar da onde veio
aquela carne. A falta de informações de alguns produtos
pode prejudicar todo o setor.
“Não existem diferenças de preços na hora da
comercialização. Quem tem boi gordo vende
bem. Quem não tem, perde”
Gr Capa
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Foto: Joelson Leite
Divulgação
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de telefone, áudio e computador de
bordo, conexões Bluetooth®, USB e
Aux-in, compatíveis com iPod® e iPho-
ne®, rádio com CD player/MP3 e tela
de 6,1” sensível ao toque, câmera de
ré, acendimento automático dos faróis
e banco do motorista com ajustes elé-
tricos (distância, inclinação e altura).
Uma das características que fa-
zem da Hilux a líder de mercado em
sua categoria há seis anos (segundo
ANFAVEA – Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores,
líder na categoria Comerciais Leves,
que compreende caminhonetes de
carga a diesel nacionais e importadas)
é a modernidade. Essa marca regis-
trada está mais que presente na nova
versão, disponível nas cores: branco,
prata metálico, bege austral, cinza
chumbo, preto safira e preto mica, com
cabines simples e duplas.
A Hilux 2012 contará com quatro
novas versões de acabamento, sen-
do elas: STD, STD Pack, SR e SRV. E,
ainda, pode conter alguns acessórios
opcionais, como protetor de caçamba;
capota marítima de lona; santantônio
cromado, sport e preto; engate; solei-
ras; estribos cromados e pretos; calhas
da porta; kit de alarme; e cabide.
Desempenho e segurança
Quando se fala da picape líder,
fala-se de desempenho. E nesse que-
sito a nova Hilux também se destaca.
Seu motor turbo diesel D-4D com
injeção direta/eletrônica common rail
proporciona alto desempenho, baixo
consumo de combustível e baixa
emissão de poluentes. Além disso, o
turbo de geometria variável (TGV) e
o intercooler garantem potência extra
e baixo nível de ruído e vibração. Para
completar, o modelo 2012 ainda apre-
senta um controle eletrônico de tração
que não deixa a traseira derrapar.
“Durante uma perda de ade-
rência em uma roda traseira, por
exemplo, o TRC aciona o sistema,
que transmite força à outra roda
para vencer os obstáculos com mais
desenvoltura. É um diferencial muito
importante que possibilita maior
segurança em terrenos irregulares”,
conta o consultor. Também presente,
o controle de estabilidade ajuda o
motorista em uma iminente derra-
pagem ao desviar de um obstáculo
ou nas curvas, especialmente em
superfícies escorregadias.
Além dos controles eletrônico de
tração e de estabilidade, o veículo pos-
sui: freios com sistema antitravamento
ABS — com EBD (calibra a força de
frenagem de cada eixo) e BAS (auxilia
a parada em menores distâncias), air
bag duplo frontal, carroceria GOA
(protege os ocupantes do carro em
caso de colisão), colunas e coberturas
que absorvem impactos e coluna de
direção deformável e pedal de freio
desarmável (em caso de forte colisão
frontal, absorve o impacto e se retrai,
enquanto o freio desprende e diminui
a invasão da região dos pés).
Durabilidade
A durabilidade da caminhonete é
um requisito indispensável, por isso
é importante que ela seja resistente
e não quebre. Por outro lado, se há
variação nos componentes acima da
tolerância especificada, há diminui-
ção da durabilidade. A nova Hilux
traz uma caçamba com capacidade
de mil quilos e 1,80 m3, a maior da
categoria.
Durante a fase da concepção do
projeto Hilux, foram realizados testes
de resistência — mais de 300 mil
quilômetros de condução em vias
regulares. Testes de durabilidade
também acontecem a cada mudança
na Hilux, com o objetivo de alcançar
maior resistência, mesmo quando
conduzida sobre vias irregulares e em
ambientes severos.
FORçA E ElEGâNCIAnoVa Hilux 2012 coM conDição
especial De Desconto
paraproDutor
rural
Para ser um verdadeiro líder é fundamental superar desafios. Esse foi o pensamento que guiou o
desenvolvimento da nova Hilux, que está ainda melhor: mais moderna e com novo design.
P ara ser um verdadeiro líder
é fundamental superar desa-
fios. Esse foi o pensamento
que guiou o desenvolvi-
mento da nova Hilux, que está ainda
melhor: mais moderna e com novo
design. Os faróis e a grade frontal fo-
ram redesenhados para conferir mais
robustez ao veículo. O para-choque
dianteiro também apresenta novida-
des, juntamente com o capô e as lan-
ternas traseiras. Isso tudo sem falar das
rodas de liga leve aro 17”. Um grande
diferencial está no quesito segurança:
o Sistema Eletrônico de Tração (TRC),
que, no asfalto, permite a transmissão
do máximo de aderência para o ter-
reno sem que ocorra o deslizamento
dos pneus traseiros. E em situações
off-road ajuda a superar terrenos es-
corregadios e lamacentos com mais
eficácia. Produtores rurais podem ter
descontos especiais na venda direta e
por meio de financiamentos oferecidos
por linhas de crédito.
“Na venda direta, na qual o valor
do veículo é faturado diretamente na
fábrica, oferecemos uma condição
especial de desconto para produtor
rural e frotistas, além de veículos com
isenção. Já o financiamento pode ser
feito em até oito anos mediante as
linhas de crédito Pronamp (Programa
Nacional de Apoio ao Médio Produtor
Rural) e Pronaf (Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura
Familiar), com juros de 2% a 6,75%
(dependendo da modalidade que o
produtor se enquadra), com carência
de dois anos. É importante lembrar
que a condição especial para o pro-
dutor rural vale apenas para a Hilux
com cabine simples”, explica Fábio
Batista da Silva, consultor de vendas
diretas da Mirai Motors.
O novo modelo conta com o in-
terior renovado e mais sofisticado:
volante com comandos integrados “A Hilux é uma caminhonete robusta
e não quebra fácil, fazendo a manutenção
corretamente, não existe problema. No campo, colocamos de tudo na
caçamba, como sal, ração, pneus e etc. E nas
viagens oferece um ótimo conforto.”
Você pode encontrar a nova Hi-
lux 2012 na Mirai Motors Toyota, na
Avenida Sampaio Vidal, 1225, em
Marília. Informações (14) 2105-3800 e
miraimotors@miraimotors.com.br ou
vendas@miraimotors.com.br
Depoimento do proprietário:Martin Gustavo Herzog - cafeicultor
noVa Hilux 2012
Veículos
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Duna, Dinastia e Duquesa. As filhas
de Xerife foram acasaladas com
Netuno de Santa Lúcia e, mais tarde,
Pensamento de Santa Lúcia, que em
1993 entrou para o Guinness Book. O
recorde foi alcançado por ele e mais
dois cavalos que cavalgaram pelo
Brasil inteiro durante um ano e meio,
percorrendo 17 mil km, na Jornada
dos Marchadores.
Hoje, o plantel conta com aproxi-
madamente quarenta éguas, mais po-
tros e potras (tordilhos e castanhos).
Os garanhões são Bronze JB da Ogar
e o crioulo Cobalto Paredão, filho do
campeão nacional de progênie Origi-
nal do Passo Fino. “Na cobertura de
trinta éguas, dos machos que nascem,
doze ou treze por estação, 95% são
castrados, colocado como animal
de serviço e vendido na região. Eu
tenho grande rigor na seleção de
machos, justamente para só deixar
como garanhão quem realmente vale
a pena. Ainda tenho, em parceria com
o criador Roberto Duarte, o Netuno
de Santa Lúcia, hoje com 28 anos, ins-
crito no livro de mérito da ABCCMM
(Associação Brasileira dos Criadores
do Cavalo Manga-larga Marchador),
enfim, um ícone do marchador”, ex-
plica Pineda, que também trabalha
com o Dr. Luis Carlos Bueno Ferreira,
do haras Passo Fino, em Jaguariúna-
SP. “Como não participo de pista ele
tem levado éguas minhas e, com mui-
to sucesso, levou o nome da fazenda
Paredão às pistas”.
A criadora destaca que para
se alcançar a perfeição da raça
primeiramente é preciso investir
na boa genética, boas pastagens e
mineralização. E, de acordo com o
desempenho desejado, utilizar mais
ou menos ração. Suas éguas são cria-
das a pasto, sal e água. “Pode-se criar
nessas condições, pois a rusticidade
é intrínseca da raça. Foram seleciona-
dos em Minas Gerais, em locais com
muito morro e pedras, e clima severo.”
e, uma vez por ano, durante as férias,
meu pai organizava uma cavalgada
de uns 50 km. Já éramos acostumados
com a lida, e a cavalgada era uma dis-
tração. E na hora de ir para a escola,
em vez dos livros, colocávamos nas
mochilas as roupas para cavalgar. En-
tão, dávamos a volta por trás da fazen-
da e íamos para a cocheira, enforcando
a aula. Esse era um programa de uma
vez por mês e os pais não podiam
saber (risos).”
Após o falecimento de seu pai, o
plantel da raça quarto de milha da
família foi repartido para os cinco
irmãos, quando cada um optou por
criar uma raça. E foi justamente pela
necessidade de um bom cavalo para
a fazenda e que trouxesse como-
didade ao vaqueiro que, em 1980,
de volta ao Brasil, o casal Claudia e
Nelson Pineda (in memoriam), que
vivia na Venezuela até então, optou
pela criação da raça. O objetivo era
criar cavalos dóceis, com excelência
na marcha batida e fortes na estrutura.
“Cada raça tem sua aptidão e
cada povo a desenvolveu de acordo
com suas necessidades. O Marchador
é o cavalo ideal tanto para trabalho
como para cavalgadas e vencer
grandes distâncias. Para o trabalho
do dia a dia da pecuária brasileira,
não existe cavalo melhor. É uma ati-
vidade que vem de toda a vida e pela
necessidade de que o nosso vaqueiro
esteja bem montado. O Marchador foi
uma descoberta!”, relata a criadora.
Na época, o casal decidiu ir a um
congresso da raça em Caxambu, no
Sul de Minas Gerais (pioneira e maior
produtora da raça), onde encontraram
todos os grandes criadores. Adqui-
riram um reprodutor de excelente
andamento — o Xerife AJ —, do Sr.
Antonio Junqueira, de Araçatuba-SP,
para cruzar com um lote de éguas
comprado em MG. Desse cruzamen-
to, nasceram os primeiros produtos
Paredão, com destaque para as éguas
Com temperamento ativo
e dócil, de porte médio,
ágil e bem estruturado,
pele e pelos finos e lisos,
utilizado para trabalho no campo e em
longas cavalgadas, devido ao con-
forto proporcionado, o Manga-larga
Marchador forma o maior rebanho
de equinos do Brasil. O país possui o
maior número de cavalos na América
Latina e ocupa o terceiro lugar no
ranking mundial, somando mais de
oito milhões de cabeças.
A raça tem dois andamentos e to-
das as variações são intermediárias a
estes. O mais macio é a marcha picada,
e o que rende mais é a marcha batida.
Entre esses dois extremos encaixam-
se todas as modalidades de comodida-
de. O típico é sempre que um membro
esteja no chão. Nunca há um momento
de suspensão e, se ocorre, não é mais
marchador, o que o desclassifica. O
ideal buscado por seus criadores é um
tríplice apoio, que tenha um momento
com três patas no chão.
“O foco de tudo é o andamento.
Em todo julgamento de pista o quesito
mais valorizado é a forma de caminhar
que oferece conforto, regularidade e
estilo, encantando o público”, explica
Claudia Pineda, criadora de Manga-
larga Marchador na fazenda Paredão,
em Oriente-SP.
A equinocultura já está presente
na história da família desde a infância
da empresária, que até recordou das
peraltices já envolvendo os cavalos.
“Sempre tivemos contato com o cavalo
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O Marchador foi uma descoberta,
diz Claudia Pineda, criadora da raça
na fazenda Paredão
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
A Itália Máquinas começou
suas atividades no Brasil
em janeiro de 1968. Ini-
cialmente, denominava-se
Leone Francisco Dalle Vedove (Marca
Dalle Vedove) e, no início de 2006,
passou a se chamar Itália Máquinas e
Implementos Agrícolas LTDA. A partir
daí, tornou-se uma grande fabricante
de roçadeiras e diversos implementos
agrícolas. Consciente da necessidade
do mercado brasileiro para a aquisição
de novas tecnologias e do aprimora-
mento de processos de fabricação e
capacitação do parque industrial, vem
solidificando sua participação no mer-
cado interno e no exterior, por meio da
conquista de novas parcerias e clientes.
“A empresa era bem pequena e
familiar, pois começou com quatro
irmãos (incluindo meu pai). Com o fim
da sociedade e a mudança do nome,
ultrapassamos os limites regionais e
conquistamos maior visibilidade no
mercado nacional. E, neste ano, come-
çamos a exportar para Angola”, relata
Gustavo Dalle Vedove, proprietário da
Itália Máquinas.
Com a perspectiva de lançar de
dois a três produtos por ano, com su-
cesso na aplicação de suas soluções,
alcançando melhores resultados, a
Itália Máquinas lançou, no início do
mês de novembro, um pulverizador
específico para pecuária. O lote piloto,
com vinte máquinas, já foi vendido
para o estado do Pará.
O proprietário da empresa garante
os bons resultados do pulverizador e
aposta na satisfação dos clientes.
“Inovamos com esse
sistema de pulverização,
diferenciado e novo
no mercado, que
gera economia para
o produtor e garante
resultados excelentes.
Com o foco na pecuária, passa-
mos a pesquisar o mercado a partir
dos nossos próprios clientes com o
intuito de descobrir qual era a maior
necessidade da área para agilizar a
produção, diminuindo custos (que é o
nosso forte) e mantendo a qualidade
dos produtos, explica”.
A fabricação das máquinas é feita
na própria empresa, com equipamen-
tos específicos para o desenvolvimento
do produto final, e nada é terceirizado.
Hoje, conta com 25 funcionários de
Marília, Vera Cruz e Garça na produção
e mais dez representantes comerciais
espalhados pelo Brasil inteiro.
Além das facilidades do paga-
mento direto, todas as máquinas são
credenciadas ao Finame (linha de cré-
dito que facilita a compra de máquinas
agrícolas e equipamentos nacionais),
mediante o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social).
A Itália Máquinas está sediada na
cidade de Marília, no Centro-Oeste do
Estado de São Paulo, onde conta com
uma grande linha de produtos para
entrega imediata. Possui revendas em
toda a região e seus produtos estão
disponíveis no site www.italiama-
quinas.com.br, que disponibiliza as
características de cada máquina.
Angola, primeira conquista no mercado externo
Este ano a Itália Máquinas obteve
uma grande conquista, dando um
passo à frente no setor das exporta-
ções. Angola (país da costa ocidental
da África) foi o primeiro a se tornar
cliente da empresa mariliense. Para
os angolanos, já foram vendidos quin-
ze contêineres de produtos e outros
quinze já estão encomendados para
2012. E, para aumentar o leque de
vendas internacionais, foram enviados
representantes para alguns países do
Mercosul (Argentina, Paraguai e Uru-
guai, além dos já existentes no Brasil).
“O investimento vale a pena, pois é
um mercado novo e, aos poucos, con-
quistaremos mais clientes e aumento no
número de vendas, gerando mais em-
pregos e pagamento de impostos. Isso
contribui tanto para o crescimento da em-
presa quanto para o desenvolvimento da
cidade. Inclusive, já fizemos requerimen-
to de uma nova área para ampliarmos
nosso trabalho”, conclui o empresário.
inoVação e conquistaDe noVos MercaDos
EspecialMÁquinas aGrÍcolas
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
Gr Giro culinário
RECEItAs COM CAFéEm vez de jogar fora o café que sobra
na garrafa térmica, faça cubos de gelo
de café, para posteriormente preparar
bebidas geladas a base de café. Seguem
algumas dicas de receitas geladas com café:
Refresco de Laranja e Abacaxi Ingredientes:
4 cubos de gelo de café (ou meia xícara (chá) de café prepa-
rado e gelado)
1 xícara (chá) de suco de laranja
1 xícara (chá) de suco de abacaxi concentrado
1 colher e meia (sopa) de açúcar
Modo de Preparo:
Bata no liquidificador o café, o suco de laranja, o abacaxi e o
açúcar, sirva em copos altos com pedras de gelo.
Rendimento: 2 porções
Tempo de preparo: 10 minutos.
Pudim de Café Ingredientes:
1 xícara (chá) de café preparado bem forte
2 latas de leite condensado
1 xícara (chá) de leite
5 ovos
2 colheres (sopa) de canela em pó (opcional)
1 xícara (chá) de glicose de milho (ou calda de açúcar)
Modo de Preparo
No liquidificador, bata o leite condensado, o café, o leite, os
ovos e a canela em pó. Passe essa mistura por uma peneira fina
e reserve. Em uma forma redonda com furo central, espalhe a
glicose de milho e despeje a mistura. Cubra com papel alumínio
e leve ao forno em banho-maria, em temperatura média por 1
hora e 30 minutos. Retire o papel alumínio e espete a massa, o
palito deve sair limpo. Desligue, retire do forno e deixe esfriar,
leve a geladeira, depois desenforme e sirva gelado.
Rendimento: 8 porções – Tempo preparo: 1 hora e 45 minutos.
DelÍcias Do café
GrGr
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
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ORGULHO DE SER BRASILEIRA
Parceria de sucesso!
GIGANtEspor Dalila GalDeano lopes
Essência do Campo
Ninguém perde a sua essência! Que o digam os alquimistas e os po-etas! Cá estou às voltas
de escrever o texto para a nossa coluna, honrada e feliz pelo convite de voltar aos periódicos, e me vem à mente os tempos acadêmicos, quando disputava, com o saudoso e querido mestre Dr. Paulo Lucio Nogueira, os espaços do matutino com os nossos poemas e crônicas.
Passados tantos anos dos ban-cos acadêmicos, hoje, voltada, dentre outras atividades, ao agro-negócio, respirando dia a dia o amanhecer de um vale, ao primei-ro clarão do alvorecer, o som da vida refulge…
Tudo é movimento! Ali, vê-se o passar das matrizes, o barulho dos bezerrinhos atendendo ao convite do retireiro chamando-os à orde-nha; já acolá, o tratador metódico a consagrar o trato matutino, enquanto os outros ao campo vão, cuidar dos solteiros; e outros, ainda, a cuidar dos demais afazeres, numa roda de atividades sem fim. Tudo é vida, tudo gira, caminha numa moenda incessante. Fazenda… Fazendo…
Olho ao redor e sinto a paz que gira em torno de tanta sinfonia. Bendita natureza! Bendito o ho-mem que a lavra, produz, mantém e lhe conserva!
O homem do campo, com contratempos ou não, possui a se-renidade no olhar! Não importa se
mora no campo, na cidade, capital ou Nova York. Veja que há uma peculiaridade ímpar em todos eles: a simplicidade. Esta é própria daquele que se forjou na natureza, porque a natureza é pura! Jamais perderá a sua essência.
E é a esse gigante, que vive do campo, que dele faz a sua razão, que produz, buscando incessante-mente amainar a fome do mundo de todos os seres, a quem hoje rendemos as homenagens neste intróito de escrita. Gigante, sim, pela sua própria essência! Quer na simplicidade de um extrativista, do de punho numa enxada ao grande produtor, ou a uma tecnologia de produção nas estrelas, a quem rendemos nossa homenagem.
Produtor rural é um herói, exemplo de persistência, de cora-gem, de luta, de inteligência, que não se curva diante de entraves. É o tempo, é a chuva, é o sol, o fornecedor, o empréstimo subsi-diado junto ao banco, que promete e demora e, às vezes, nem sai… Mas, ele continua ali. Decidido, firme nos seus propósitos. A crer!
Talvez seja esse o seu grande triunfo. Ele crê!
“Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, removereis montanhas.” Gigantes, Homens (mulheres e homens) do Campo, Removedores de Montanhas, esta coluna é sua!
Até a próxima edição!
Dalila Galdeano Lopes é pós-graduada em Direito / Criadora de Gir Leiteiro e Girolando / Diretora Jurídica da APCGIL (Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro) / Associada da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro) / Associada da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu).
Gr Gr
2928
cooperatiVa Dos cafeicultores Da reGião De MarÍlia
Coopemar – Especial Cinquentenário
A comercialização do café estava em alta no final dos
anos 1950, mas, na época, os donos das “máquinas
de café” acumulavam as maiores vantagens da venda
do produto beneficiado, enquanto o produtor rural,
apesar de ser o principal responsável por essa riqueza, não era o
seu maior beneficiário. Descontentes com a situação, os cafeicul-
tores de Marília decidiram criar uma organização que protegesse
seus interesses, possibilitando remuneração justa aos pequenos
agricultores. Assim nasceu a Cooperativa Mista dos Agricultores
da Zona de Marília, por iniciativa de 116 pioneiros, no dia 5 de
novembro de 1961.
A primeira diretoria eleita era composta pelo presidente,
Francisco Wilson de Almeida Pirajá, pelo diretor-secretário, José
Baptista de Almeida Sobrinho, e pelo diretor-gerente, Natal San-
ches Cibantos. Como naquela época a cooperativa não possuía
uma sede própria, ocupou, temporariamente, uma sala na Asso-
ciação Rural de Marília.
Em 1962, a Coopemar recebeu o registro do Departamento
de Assistência ao Cooperativismo de São Paulo e mudou-se para
um edifício (já demolido) na Rua Três, nº 55, no bairro Fragata,
com apenas uma máquina de beneficiamento de café, cuja ca-
pacidade era de cem sacos por dia, e um pequeno armazém
para o produto, além de outras máquinas para beneficiamento
de arroz e de amendoim. Em muito pouco tempo, o número de
cooperados duplicou. Foi adquirida uma segunda máquina de
beneficiamento, e um novo serviço foi oferecido aos associados:
a classificação do café.
Quatro anos depois, em abril de 1966, instalou-se na Avenida
Nelson Spielmann, 1367, onde permaneceu até 1983, prédio que
ainda é de propriedade da cooperativa. Mesmo com o cresci-
mento, a Coopemar foi marcada por dificuldades administrativas
em sua primeira década, pois ainda era pequena e sua capaci-
dade de atender às expectativas dos associados era reduzida.
Em 1970, Wilson Pirajá precisou afastar-se da diretoria, então o
HISTÓRIA DA COOPEMAR50 anos de trabalho e luta em prol dos
agricultores e pecuaristas
Homenagem aos 116 pioneiros.
Os quatro primeiros presidentes: na foto menor, Darcy Martins Azevedo (falecido); ao lado, Francisco Wilson de Almeida Pirajá e abaixo, Brasílio de Freitas Cayres e Orlando Fogaça.
cooperado Darcy Martins Azevedo assumiu
a presidência. E, dois anos depois, foi eleito
presidente o cooperado Brasílio de Freitas
Cayres, que ocupou o cargo até 1977. Foi
justamente a partir dessa gestão que a coo-
perativa começou a superar definitivamente
suas dificuldades iniciais, fortalecendo sua
presença na economia agrícola local.
Construção da nova sedePara atender às crescentes expectativas
dos cooperados, a diretoria inaugurou as
filiais de Ocauçu (1977), Pompeia (1979) e
Echaporã (1981). Em 1983, foi inaugurada a
sede atual, com quase três alqueires (Rodovia
do Contorno), e adotado o nome definitivo de
Cooperativa dos Cafeicultores da Região de
Marília. Com a saída do até então presidente
Orlando Fogaça, o engenheiro agrônomo
François Guillaumon foi eleito. Foram ins-
taladas mais quatro filiais: Oscar Bressane
(1983), Paraguaçu Paulista (1984), Lutécia
(1986) e Assis (1987). E, ainda, Cooperativa
de Crédito Credimar (1983), Associação
Paulista de Preservação da Ecologia (1989)
e Exportadora Coopemar (1990). Também
transformou o Departamento de Transportes
da cooperativa em uma transportadora inde-
pendente, a Transcooper (1991).
Atualmente, com 1307 cooperados, a
Coopemar possui cinco filiais: Echaporã,
Paraguaçu Paulista, Pompeia, Ocauçu e Vera
Cruz, atendendo a mais de seis mil hectares
de área rural em Marília e região. Os princi-
pais serviços oferecidos aos cooperados são:
assistência técnica agronômica (plantação,
adubação, colheita, etc.), assistência técnica
veterinária, recebimento e beneficiamento
do café, padronização do café, armazena-
gem, classificação e degustação, comercia-
lização, viveiro de mudas de café, loja de
insumos agrícolas e produtos veterinários,
parceria com a Flora Paulista (viveiro de
mudas de eucalipto e mudas nativas), cam-
po experimental, balança eletrônica de alta
precisão e posto de combustíveis.
Construção da sede.
30 31
“Comemoramos o
cinquentenário com muita
garra e equilíbrio, buscando
cada vez mais oferecer apoio
aos nossos cooperados e
sempre atentos às novas
tecnologias. Não esmorecemos
diante das dificuldades, pois
abrimos novas frentes e fomos
em busca do aprender para
repassarmos aos nossos
cooperados. Esperamos que o
próximo ano seja o da virada.
E que possamos colher os
frutos desta árvore, que foi
cultivada nestes cinquenta
anos e hoje se encontra
frondosa, que dela possamos
sentir orgulho por tudo que fez
e fará pela agricultura do país”,
relata Guillaumon, presidente da coopera-
tiva há 28 anos. Também é presidente do
Sincoagro – Sindicato das Cooperativas
Agropecuárias do Estado de São Paulo, pre-
sidente Associação Paulista de Recupera-
ção e Preservação da Ecologia e vice-presi-
dente da Femecap – Federação Meridional
de Cooperativas Agropecuárias LTDA.
Muda de café resistente a nematoide:
a salvação das lavouras paulistas
nos anos 1970
Preocupada em solucionar problemas
como ferrugem nos cafezais e a infestação
por nematoides, em 1973 a Coopemar
contratou o engenheiro agrônomo François
Regis Guillaumon, formado pela Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(ESALQ), em Piracicaba, para dar asses-
soria técnica aos cooperados. Na época,
ele pesquisou quatro propriedades — as
fazendas Suissa, em Guaimbê; Primave-
ra, em Marília; União e Santa Terezinha,
ambas no Distrito de Padre Nóbrega — e
decidiu fazer um teste definitivo, enviando
um cafeeiro doente com raiz e toda sua
terra de um talhão da fazenda Primavera,
para ser examinado na ESALQ. Segundo
os técnicos, a causa do definhamento do
cafeeiro era umas das maiores infestações
de nematoides de que já haviam tido notí-
cia. Pior do que isso: além de constatarem
nematoides conhecidos, como Prathilen-
chus brachiurus, Meloydogyne incognita,
Meloydogyne coffeicola e Meloydogyne
exigua, verificaram a presença de uma
nova espécie, até então desconhecida no
Brasil, o Prathilenchus coffea.
“Comecei a levar tantas plantas infes-
tadas para os meus professores, Lordello
e Ailton Monteiro, no Departamento de
Nematologia, que me indicaram ao Dr. Al-
cides de Carvalho, do Instituto Agronômico
de Campinas. Ele nos enviou os técnicos
Wallace Gonçalves e Luiz Carlos Fazuoli e
começamos a montar experimentos para o
controle do nematoide e mudas resistentes.
A partir daí, descobrimos uma variedade
do robusta resistente a nematoide. Não
deixamos o café acabar. Portanto, aqui nas-
ceram a muda de café resistente a nema-
toide e, logo após, as mudas em tubetes”,
recorda o atual presidente da cooperativa.
(Esq./Dir.) Arquimedes de Grande, J. G. Castellon, Arnaldo Mendes, François Guillaumon E Orlando Fogaça.
Diretoria Executiva e Conselho Administrativo: (Esq./Dir.) – Edson Navarro - Diretor Superintendente: Sussumu Hojo - Carlos Roberto Albertoni - José Gonzalez Castellon - Antonio Segundo Quito - Adilson Aparecido Costa e Silva - Jorge Shimabukuno - Presidente: François Regis Guillaumon - Diretor Administrativo: José Jurandir Gimenez Marini.
Conselho Fiscal: (Esq./Dir.) – François Regis Guillaumon - Antonio Carlos Franchini - Lúcio de Oliveira Lima Júnior - Antonio Carlos Dalla’Antonia - Atemiro Caliani - Carlos Tadaioshi Miyahira - João Luiz Moron Lopes Saes.
Cooperativa dos Cafeicultores da Região de MaríliaRodovia do Contorno, s/nº CEP 17505-200
Fone: (PABX) (14) 3402-9200 - Fax: (14) 3402 - 9201www.coopemar.com.br - E-mail: coopemar@coopemar.com.br
Filial de Ocauçu - SPRua Pedro Casagrande, nº 35.
(14) 3475-1257
Filial de Vera Cruz - SPRua Paulo Guerreiro Franco, nº 442.
(14) 3492-3002/1766
Filial de Pompeia - SPRua José de Aguiar Moraes, nº 314.
(14) 3452-1499
Filial de Echaporã - SPRua Geraldo Abreu Pinto, nº 51.
(18) 3356-1105
Filial de Paraguaçu Paulista - SPAvenida Siqueira Campos, nº 2582.
(18) 3361-2235
Viveiro de mudas de café comuns e enxertadas das variedades (Obatã,
Mundo Novo, Catucaí, Catuai).
Flora Paulista: cultivo de mudas de eucalipto e mais de 100
espécies de árvores nativas.
Fotos: Paulo Cansini
Gente da terraVitório pontello JÚnior
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REGIãO dE MARílIA jÁ NãO é A MAIOR PROdutORA dE MElANCIA dO EstAdO Vitório Pontello Júnior, produtor de Avencas desiste da cultura pela 2ª vez
A região de Marília já culti-
vou dois mil hectares de
melancia, com produção
de mais de 60 mil tonela-
das, liderando o cultivo no Estado de
São Paulo. Só no distrito de Avencas,
localizado no município de Marília, já
foram plantados mais de mil hectares
da fruta, o que elevou o distrito a um
dos maiores produtores de melancia
do país. Mas, nos últimos dois anos,
devido aos preços baixos no mercado,
a produção caiu cerca de 90%, ocu-
pando pouco mais de 40 hectares. As
expectativas eram de que em 2011 a
situação melhorasse, porém alguns
agricultores da região não alcançaram
resultados satisfatórios. No dia 26 de
novembro — Dia da Melancia — o
produtor Vitório Pontello Júnior não
teve muito que comemorar.
Vitório começou a plantar me-
lancia em 1986 e parou em 2005 por
causa da queda dos preços e dos
consequentes prejuízos. “Com a dimi-
nuição da produção e preços baixos, o
trabalho ficou inviável, pois os lucros
não cobriam os custos. Até 2003 a
melancia foi um bom negócio, mas
depois o preço caiu demais”, recorda.
Na última safra resolveu tentar
novamente, mas 2011 foi considerado
um ano difícil e, em virtude da falta
de chuvas, a produção de Vitório foi
muito baixa, chegando, no máximo,
em 50 toneladas por alqueire. No Sítio
Nossa Senhora Aparecida, que totaliza
55 alqueires, apenas três foram desti-
nados à produção da fruta. No restante
da propriedade, bem como em outras,
Vitório cultiva café, amendoim e cria
gado de corte e leite. E aposta na di-
versificação, já que a safra da melancia
não foi boa.
“Eu recomecei com a esperança
de acertar. Infelizmente, ficou difícil,
pois estou com apenas três funcio-
nários e precisa-se de muita mão
de obra, que hoje está escassa. E a
melancia também é uma cultura de
muito risco. Neste ano, por exemplo,
ainda faltou chuva e eu já nem tenho
mais irrigação, e a fruta precisa de
muita água. No ano que vem deixarei
a melancia e continuarei com gado,
café e amendoim”, diz o produtor.
Uma melancia de 10 a 11 quilos vale
de R$ 0,40 a R$ 0,50, o quilo. “Esse
preço compensa e dá um bom retorno,
para quem teve uma boa produção”,
ressalva.
Vitório, que hoje vende sua produ-
ção para atravessadores de Ocauçu, já
exportou para Argentina e Paraguai e
também representou os produtores de
melancia em tempos que foram consi-
derados por ele a “época de ouro” da
fruta, de 1998 a 2008. Foi presidente da
APRAM (Associação dos Produtores
Rurais de Avencas e Marília) de 2000
até 2008. “Foi muito bom, pois éramos
unidos e comercializávamos direta-
mente com grandes mercados do
Estado. Só não seguramos os clientes,
pois eles queriam a fruta durante o ano
todo e nós tínhamos produção apenas
nos meses de outubro e novembro
e, depois, na safrinha, nos meses de
março e abril. Para nós ficou difícil e
passamos a vender para atravessado-
res”, lembra.
Melancia: uma das frutas mais exportadas do mundo
Originária da África, a melancia
foi trazida ao Brasil por escravos e é
cultivada principalmente nos estados
de Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul
e São Paulo. Na década de 1990, a
produção brasileira foi estimada em
144 mil toneladas pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
A melancia está entre os dez
primeiros lugares na lista das hor-
taliças comercializadas no mercado
brasileiro. É uma das frutas mais ricas
em vitaminas no Brasil, tendo na sua
composição alto teor de água (90%),
açúcar, vitaminas do complexo B e
sais minerais, como cálcio, fósforo
e ferro. A pigmentação vermelha
da polpa é conferida pelo licopeno,
um caroteno com elevada atividade
antioxidante. Nas de polpa amarela,
a cor é conferida por betacaroteno
(pró-vitamina A) e xantofilas.
Atualmente, é uma das principais
frutas em volume de produção mun-
dial e também está no rol dos dez
produtos hortifrutícolas mais expor-
tados, com um mercado estimado em
mais de 1,7 milhão de toneladas por
ano. De acordo com dados da FAO
(Food and Agriculture Organization),
em 2006, a produção mundial de
melancia foi de aproximadamente
95,2 milhões de toneladas (China,
Turquia, Irã, Estados Unidos e Egito
representam mais de 82% da produ-
ção mundial).
Os principais países importadores
são Estados Unidos, Canadá, Alema-
nha, Polônia e França, que acumularam
em 2004 mais de 49% das importa-
ções. Já os maiores exportadores são
México, Espanha, Hungria e Estados
Unidos. As exportações brasileiras de
melancia ainda são reduzidas, embora
na última década tenha se registrado
uma significativa tendência de cresci-
mento, com as exportações passando
de 6,1 mil toneladas, em 1995, para
16,1 mil toneladas em 2004.
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dirigida a estudantes de zootecnia, técnicos e criadores, esta obra traz todas as informações necessárias para o incremento da produtividade do gado bovino por meio de instalações simples e práticas. O autor fornece todas as informações necessárias ao incremento da produtividade do gado bovino. Mostra como utilizar instalações e alimentos, selecionar os animais e ainda como administrar os custos de produção.
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Com o objetivo de familiarizar os leitores com o conceito de Auditoria Ambiental e sua evolução, foi lançada a terceira edição revista e ampliada do Manual de Auditoria Ambiental. Com a coordenação de Emilio lèbre la Rovere - vencedor do prêmio Nobel da Paz, em 2007, junto de Al Gore - a obra fornece, também, o instrumental básico para a realização de uma auditoria deste tipo para qualquer atividade econômica que resulte em impactos ao meio-ambiente. Estas técnicas apresentam tentativas de avaliar valores e limites das perturbações que, uma vez excedidos, resultam em recuperação demorada do ecossistema, de modo a maximizar a retomada de seus recursos, assegurando uma produtividade prolongada e de longo prazo. A auditoria ambiental é um instrumento usado por empresas para auxiliá-las a controlar o atendimento a políticas, práticas, procedimentos e/ou requisitos estipulados com o objetivo de evitar a degradação ambiental. Ela teve início nos Estados unidos, na década de 1970, quando as empresas começaram a se preocupar com o crescente rigor da legislação ambiental e com a ocorrência de acidentes ecológicos de grande porte. Além da preocupação com a conformidade legal de suas atividades, essas organizações estavam atentas em identificar os potenciais riscos à saúde pública, gerados pelo processo produtivo ou pela prestação de serviços.
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