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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
Relatório de Avaliação Institucional Interna
Belo Horizonte
agosto 2006
Comissão Permanente de Avaliação (CPA)
Comitê Permanente de Avaliação Institucional (COPAV)
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INTERNA
Belo Horizonte
2006
Dados da Instituição:
Nome: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais / 338
Caracterização da IES: Instituição privada: Universidade sem fins lucrativos,
comunitária e confessional.
Composição da CPA:
Presidente: Profª. Silvia Maria de Contaldo
Representantes:
Campus de Arcos: Profª. Lúcia Regina Corrêa Paim
Campus de Poços de Caldas: Profª. Cláudia Ferreira Galvão
Campus de Serro e Campus de Guanhães: Prof. Aurélio Alves Ferreira
Núcleo Universitário de Betim: Prof. Sérgio Silveira Martins
Núcleo Universitário de Contagem: Prof. Robson dos Santos Marques
Unidade Barreiro: Prof. Marcelo Pereira Mendonça
Unidade Coração Eucarístico: Prof. Paulo Luiz Moreaux Lavigne Esteves
Unidade São Gabriel: Hildegardo Martins Lima
ADPUC: Prof. Paulo César Reis Cardoso de Mello
ASSUC: Sr. David de Lima
Sr. Paulo Ursini Kretti
Sra. Terezinha Nunes Fagundes
DCE: Acadêmico Carlos Antônio Ligeiro
Acadêmico Júlio César Ferreira Costa
Acadêmica Tauana do Nascimento Martins
Sociedade Civil Organizada: Sr. Josemar Gimenez Resende
Sr. Ricardo Machado Rabelo
Sr. Sérgio Luiz de Lima
Ato de designação da CPA: Portaria nº 019/2004
Período de mandato da CPA: dois anos, permitida uma recondução consecutiva
Administração Geral da PUC Minas
Grão-Chanceler: Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Reitor: Prof. Eustáquio Afonso Araújo
Vice-reitor: Prof. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães
Assessor Especial da Reitoria: Prof. José Tarcísio Amorim
Chefe de Gabinete do Reitor: Prof. Osvaldo Rocha Torres
Pró-reitora de Extensão: Profª. Vera Maria Neves Victer Ananias
Pró-reitor de Gestão Financeira: Prof. Paulo Sérgio Gontijo do Carmo
Pró-reitora de Graduação: Profª. Maria Inês Martins
Pró-reitor de Infra-estrutura: Prof. Rômulo Albertini Rigueira
Pró-reitor de Logística e Operações: Prof. Sérgio de Morais Hanriot
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. João Francisco de Abreu
Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional: Prof. Carlos Francisco Gomes
Pró-reitor de Recursos Humanos: Prof. Alexandre Rezende Guimarães
Pró-reitor do Campus de Arcos: Prof. Wanderley Chieppe Felippe
Pró-reitor do Núcleo Universitário de Betim: Prof. Miguel Alonso Gouvêa Valle
Pró-reitor do Núcleo Universitário de Contagem: Prof. Geraldo Márcio Alves Guimarães
Pró-reitora do Campus de Poços de Caldas: Profª. Maria José Viana Marinho de Mattos
Pró-reitor da Unidade São Gabriel: Prof. Carlos Barreto Ribas
Diretora da Unidade Barreiro: Profª. Patrícia Bernardes
Diretor do Campus de Serro e do Campus de Guanhães: Prof. Ronaldo Rajão Santiago
Secretário Geral: Prof. Flávio Augusto Barros
Secretário de Ação Comunitária: Prof. José Chequer Neto
Secretário de Assuntos Estudantis: Prof. Renato Durval Martins
Secretário de Comunicação: Prof. Maurício Lara Camargos
Secretário de Relações Internacionais: Prof. Olympio Barbanti Júnior
Diretor de Arte e Cultura: Prof. José Márcio de Moura Barros
Diretor de Relações Institucionais: Prof. Djalma Francisco Carvalho
Consultor Jurídico: Prof. Oscar Vieira da Silva
Ouvidora da PUC Minas: Profª. Miryam Weimberg
Programa Permanente de Avaliação Institucional - PROPAV
COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO – CPA
Presidente: Profª. Silvia Maria de Contaldo
Representantes:
Campus de Arcos: Profª. Lúcia Regina Corrêa Paim
Campus de Poços de Caldas: Profª. Cláudia Ferreira Galvão
Campus de Serro e Campus de Guanhães: Prof. Aurélio Alves Ferreira
Núcleo Universitário de Betim: Prof. Sérgio Silveira Martins
Núcleo Universitário de Contagem: Prof. Robson dos Santos Marques
Unidade Barreiro: Prof. Marcelo Pereira Mendonça
Unidade Coração Eucarístico: Prof. Paulo Luiz Moreaux Lavigne Esteves
Unidade São Gabriel: Hildegardo Martins Lima
ADPUC: Prof. Paulo César Reis Cardoso de Mello
ASSUC: Sr. David de Lima
Sr. Paulo Ursini Kretti
Sra. Terezinha Nunes Fagundes
DCE: Acadêmico Carlos Antônio Ligeiro
Acadêmico Júlio César Ferreira Costa
Acadêmica Tauana do Nascimento Martins
Sociedade Civil Organizada: Sr. Josemar Gimenez Resende
Sr. Ricardo Machado Rabelo
Sr. Sérgio Luiz de Lima
COMITÊ PERMANENTE DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – COPAV
Profª. Adriana Gomes Dickman Profª. Ana Tereza Lanna Figueiredo Profª. Andréia dos Santos Prof. Júlio Pinto Profª. Maria da Consolação Gomes de Castro Profª. Rita de Souza Leal Profª. Rosely Maria Velloso Campos Profª. Sílvia Maria de Contaldo Profª. Tânia Fernandes Bogutchi Srª. Maria Beatriz Nazaré Lima
SUBCOMISSÕES:
Gestão
Coordenadora: Profª. Ana Tereza Lanna Figueiredo
Prof. Celso Martins Almeida Fagioli Prof. José Xisto da Silva Barros Prof. Pedro Sergio Zuchi Prof. Renato Augusto Moreira
Pesquisa e Pós-graduação
Coordenadora: Profª. Adriana Gomes Dickman
Profª. Cláudia Schayer de Vilhena SabinoProf. José Leão Marinho Falcão Filho Profª. Liliane de Oliveira Guimarães Profª. Magali Rezende Gouveia Meireles Profª. Stela Beatriz Torres Arnold Profª. Teresinha Maria de Carvalho Cruz Pires
Extensão
Coordenadora: Profª. Rita de Souza Leal
Profª. Antônia Maria da Rocha MontenegroProf. Harley Francisco de Araújo Prof. Roberto Eustáquio dos Santos
Políticas de Atendimento a Estudantes:
Coordenadora: Profª. Maria da Consolação Gomes de Castro
Profª. Carmen Luísa Rabelo Xavier Prof. Eudes Weber Porto Srª. Rosângela Cláudio Gonçalves Forte
Egressos
Coordenadora: Profª. Rosely Maria Velloso Campos
Profª. Carolina Angélica B. Saliba Prof. Sílvio Jamil Ferzoli GuimarãesSr. Rodrigo César Severino Neiva
Comunicação com a Sociedade
Coordenadora: Maria Beatriz Nazaré Lima
Profª. Maura Eustáquia de Oliveira Srª. Maria Margareth Amâncio de Sá Alves Sr. Rodrigo César Severino Neiva
Elaboração do Texto: Profª. Andréia dos Santos Prof. Júlio Pinto
Profª. Sílvia Maria de Contaldo Profª. Tânia Fernandes Bogutchi
Equipe de Apoio:
Carla Wstane de Souza Moreira Mariana Euclides da Silva
Estagiária de Comunicação:
Laura Castro Othero
Estagiários (as):
Aline Rodrigues de Almeida Amariles Marques Garcia Cristiane Raquel Marques Teixeira Danielle Aparecida Nunes da Silva Dick Farney Canhestro Santos Heloisa Helena Ferreira Idelsi da Cunha Juliana Alves Teixeira Lúcia de Fátima Araújo Mendonça Marina Batista Bittencourt Neimar de Ataide Silva Priscila Paoli Rocha de Souza Thiago José Tuna Franco Valéria dos Santos Lima Yenny Romina Diaz Munoz
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Confiabilidade das Amostras por Dimensão e Respectivos Atores ...................... 23
Tabela 2: Desempenho no Exame Nacional de Cursos – 2003 ........................................... 86
Tabela 3: ENADE – Consulta aos resultados, 2004............................................................. 87
Tabela 4: Atendimento Total das Clínicas de Fisioterapia da PUC Minas - 2004 ................. 88
Tabela 5: Pacientes Atendidos nas Clínicas de Fonoaudiologia da PUC Minas - 2004........ 88
Tabela 6: Pacientes atendidos pelos Cursos / Programas de Odontologia – 2004 .............. 89
Tabela 7: Pacientes atendidos nas Clínicas de Psicologia da PUC Minas, 2003/2004 ........ 90
Tabela 8: Corpo Discente com participação na prática efetiva do SAJ - Serviço de
Assistência Judiciária - 2003 e 2004 ............................................................................. 91
Tabela 9: Número de estudantes atendidos pela Ouvidoria................................................. 93
Tabela 10: Assistência médico-ambulatorial – Comunidade atendida - 2004....................... 93
Tabela 11: Número de alunos beneficiados com bolsa de estudo........................................ 94
Tabela 12: Alunos beneficiados por percentual de bolsas – 2º semestre 2004 .................... 95
Tabela 13: Alunos Beneficiados por Tipo de Bolsa - 2004 ................................................... 95
Tabela 14: Crédito Educacional Rotativo – 2002 a 2004...................................................... 96
Tabela 15: Evolução de Alunos Beneficiados com financiamentos – 2002 a 2004 .............. 96
Tabela 16: Corpo Discente com Necessidades Especiais - 2004 ........................................ 98
Tabela 17: Jornal PUC Minas ............................................................................................ 113
Tabela 18: PUC Informa .................................................................................................... 114
Tabela 19: Boletim Eletrônico ............................................................................................ 114
Tabela 20: Portal Eletrônico.............................................................................................. 115
Tabela 21: Folha do Professor........................................................................................... 115
Tabela 22: Central de Informações.................................................................................... 116
Tabela 23: Campanhas Educativas ................................................................................... 117
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Número acumulado de cursos da PUC Minas – 1943/ 2003................................ 25
Gráfico 2: Perfil - distribuição dos funcionários, por sexo..................................................... 43
Gráfico 3: Perfil - faixa etária dos funcionários..................................................................... 43
Gráfico 4 : Perfil - turno de trabalho dos funcionários........................................................... 43
Gráfico 5: Perfil - tempo de trabalho na PUC Minas............................................................. 44
Gráfico 6: Opinião dos professores respondentes sobre o estimulo de seu trabalho
pedagógico, relacionado à formação humanista dos seus alunos, no que diz respeito a
um conjunto de valores. ................................................................................................ 55
Gráfico 7: Evolução do número de cursos de pós-graduação lato sensu ............................. 58
Gráfico 8: Evolução do número de cursos de pós-graduação stricto sensu ......................... 59
Gráfico 9: Perfil - distribuição dos professores coordenadores extensionistas, por sexo..... 76
Gráfico 10: Perfil – Faixa etária dos professores coordenadores extensionistas.................. 76
Gráfico 11: Perfil - distribuição dos alunos extensionistas, por sexo .................................... 79
Gráfico 12: Perfil – Faixa etária dos alunos extensionistas .................................................. 79
Gráfico 13: Panorama dos cursos de graduação da universidade, tendo em vista a situação
do projeto pedagógico - 2004...................................................................................... 101
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Quadro Geral de Indicadores da Avaliação......................................................... 15
Quadro 2: Atores pesquisados e suas interseções, por dimensão....................................... 21
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estrutura e Atividades da CPA e das Subcomissões ............................................ 11
Figura 2: Esquematização da coleta primária de dados por Dimensão................................ 23
LISTA DE SIGLAS
ACG – Avaliação dos Cursos de Graduação
ADPUC – Associação dos Docentes da PUC Minas
ASSUC – Associação dos Servidores da PUC Minas
AVALIES – Avaliação das Instituições de Educação Superior
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAE – Centro de Atividades Esportivas
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CEI – Centro de Estágio Integrado
CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COCENAI – Comissão Central de Avaliação Institucional
CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
CONSUNI – Conselho Universitário
COPAV – Comitê Permanente de Avaliação
CPA – Comissão Permanente de Avaliação
CRA – Centro de Registros Acadêmicos
CTA – Conselho Técnico Administrativo
D.A – Diretório Acadêmico
DCE – Diretório Central dos Estudantes
DEAES - Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior
ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes
ENC – Exame Nacional dos Cursos (exame antigo conhecido como Provão)
FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FINEP – Financiadora de estudos e Projetos
FIP – Fundo de Incentivo à Pesquisa
IEC – Instituto de Educação Continuada
IES – Instituição de Ensino Superior
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MEC – Ministério da Educação e Cultura
NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais da
PUC Minas
PDG – Programa de Desenvolvimento Gerencial
PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional
PICI - Programa de Bolsas de Iniciação Científica destinado aos cursos de graduação dos
Campi de Arcos, Poços de Caldas, Serro e Guanhães, Unidades Acadêmicas de São
Gabriel e Barreiro e Núcleos Universitários de Betim e Contagem
PPCD – Programa Permanente de Capacitação Docente
PPI – Projeto Pedagógico Institucional
PROBIC – Programa de Bolsas de Iniciação Científica destinado aos alunos dos cursos de
Graduação
PROEX – Pró-reitoria de Extensão
PROGEF – Pró-reitoria de Gestão Financeira
PROGRAD – Pró-reitoria da Graduação
PROINFRA – Pró-reitoria de Infra-estrutura
PROLOG – Pró-reitoria de Logísticas e Operações
PROPAV – Programa Permanente de Avaliação Institucional da PUC Minas
PROPLAN – Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional
PROPPG – Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa
PRORH – Pró-reitoria de Recursos Humanos
PROUNI – Programa Universidade para Todos
SAJ – Serviço de Assistência Judiciária
SGA – Sistema de Gestão Acadêmica
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 1
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 6
2. METODOLOGIA ........................................................................................................... 12
2.1. INDICADORES PROPOSTOS.................................................................................... 15
2.2. PLANO AMOSTRAL ................................................................................................... 20
3. CARACTERIZAÇÃO DA PUC MINAS.......................................................................... 24
4. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS............................................................................. 29
4.1. SUBCOMISSÃO DE GESTÃO.................................................................................... 30
4.1.1. Ações planejadas ..................................................................................................... 31
4.1.2. Ações realizadas ...................................................................................................... 32
4.1.3. Resultados Alcançados ............................................................................................ 34
4.1.3.1. Avaliação da Gestão Realizada com a Administração Superior ............................. 34
4.1.3.2. Balanço Crítico....................................................................................................... 42
4.1.3.3. Avaliação da Gestão Realizada com Funcionários................................................. 42
4.1.3.4. Pontos a serem aperfeiçoados............................................................................... 48
4.1.3.5. Balanço Crítico....................................................................................................... 48
4.2. SUBCOMISSÃO DE ENSINO..................................................................................... 50
4.2.1. Ações planejadas ..................................................................................................... 50
4.2.2. Ações realizadas ...................................................................................................... 51
4.2.3. Resultados Alcançados ............................................................................................ 52
4.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados ................................................................................. 55
4.2.5. Devolução dos resultados......................................................................................... 56
4.3. SUBCOMISSÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO............................................. 58
4.3.1. Pós-graduação lato sensu ........................................................................................ 59
4.3.1.1. Ações planejadas................................................................................................... 59
4.3.1.2. Ações realizadas .................................................................................................... 60
4.3.1.3. Resultados Alcançados.......................................................................................... 61
4.3.1.4. Pontos a serem aperfeiçoados: .............................................................................. 61
4.3.1.5. Balanço Crítico....................................................................................................... 62
4.3.2. Pesquisa e pós-graduação stricto sensu .................................................................. 62
4.3.2.1. Ações planejadas................................................................................................... 62
4.3.2.2. Ações realizadas .................................................................................................... 63
4.3.2.3. Resultados alcançados .......................................................................................... 64
4.3.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados............................................................................... 66
4.3.2.5. Balanço Crítico....................................................................................................... 66
4.4. SUBCOMISSÂO DE EXTENSÂO ............................................................................... 68
4.4.1. Ações planejadas ..................................................................................................... 70
4.4.2. Ações realizadas ...................................................................................................... 71
4.4.3. Resultados Alcançados ............................................................................................ 73
4.4.3.1. Análise documental ................................................................................................ 73
4.4.3.2. Análise quantitativa ................................................................................................ 75
4.4.4. Balanço Crítico ......................................................................................................... 81
4.4.5. SUBCOMISSÃO DE POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE................. 83
4.4.5.1. Ações Planejadas................................................................................................... 84
4.4.5.2. Ações realizadas .................................................................................................... 84
4.4.6. Potencialidades e Pontos a serem aperfeiçoados................................................... 101
4.4.7. SUBCOMISSÃO DE EGRESSOS .......................................................................... 103
4.4.7.1. Ações planejadas................................................................................................. 105
4.4.7.2. Ações realizadas .................................................................................................. 106
4.4.7.3. Resultados Alcançados........................................................................................ 109
4.4.8. SUBCOMISSÃO DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE................................. 111
4.4.8.1. Ações planejadas................................................................................................. 111
4.4.8.2. Ações realizadas .................................................................................................. 112
4.4.8.3. Resultados Alcançados........................................................................................ 113
4.4.8.4. Instrumentos de Comunicação utilizados pela PUC Minas................................... 113
4.4.8.5. Potencialidades e pontos a serem aperfeiçoados................................................. 117
4.4.8.6. Balanço Crítico..................................................................................................... 118
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 119
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 120
7. ANEXOS ..................................................................................................................... 122
7.1. ANEXO 1 – PORTARIA Nº 019 /2004............................................................................ 122
7.2. ANEXO 2 – CORRESPONDÊNCIA ELETRÔNICA............................................................... 125
7.3. ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO - FUNCIONÁRIOS ................................................................ 127
7.4. ANEXO 4 – GESTÃO – RELAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO COLETADA .................................. 138
7.5. ANEXO 5 – PESQUISA – ROTEIRO DE ENTREVISTA........................................................ 141
7.6. ANEXO 6 – PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU – ROTEIRO DE ENTREVISTA.................... 142
7.7. ANEXO 7 –– QUESTIONÁRIO – ALUNOS PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU.................... 144
7.8. ANEXO 8 –– QUESTIONÁRIO – COORDENADORES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU.......... 156
7.9. ANEXO 9 –– QUESTIONÁRIO – PROFESSORES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU............... 166
7.10. ANEXO 10 –– QUESTIONÁRIO – ALUNOS PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ..................... 178
7.11. ANEXO 11 –– QUESTIONÁRIO – ALUNOS EXTENSÃO ................................................... 189
7.12. ANEXO 12 –– QUESTIONÁRIO – COORDENADORES EXTENSÃO .................................... 199
7.13. ANEXO 13 –– EGRESSOS – RELATÓRIO ANALÍTICO – JUNHO 2006 – ANEXO 1 ............. 210
7.14. ANEXO 14 –– EGRESSOS – RELATÓRIO ANALÍTICO – JUNHO 2006 – ANEXO 3 ............. 212
7.15. ANEXO 15 –– QUESTIONÁRIO – EGRESSOS................................................................ 215
“É preciso reconhecer o sentido da história para nela nos sabermos inserir; mas quando aderimos demasiadamente à história que é, deixamos de ser capazes de fazer a história que deve ser”.
(Emmanuel Mounier)
APRESENTAÇÃO
Avaliação Institucional: em busca do (auto) conhecimento
O tema Avaliação é antigo. Nada há em nossa vida que não seja avaliado, de um
ou de outro modo. Nossa humanidade nos deu, para o nosso bem, a consciência que
podemos atribuir valor às coisas, discutir o que é o bem, o que é o justo, o que é o
verdadeiro. Na origem da palavra está o desafio: ‘determinar o valor de’. Talvez faça parte
de nossa estrutura vital uma espécie de autoconsciência avaliativa e avaliadora. Aliás,
Protágoras de Abdera, sofista de importância fundamental para a tradição filosófica do
Ocidente, não deixou por menos. Escreveu: “O homem é a medida de todas as coisas”.
Essa proposição, conservada por Platão em sua obra Teeteto, atesta nossa capacidade de
atribuir valor às coisas, ‘tais como elas nos aparecem’. Daí o problema de avaliar... Também
Agostinho em sua obra A Doutrina Cristã lembra que devemos ser perfeitos avaliadores de
todas as coisas para viver justamente.
No contexto do pensamento contemporâneo, pode-se dizer que é através dos erros
que se podem vislumbrar os acertos. O que se pensa como errado, portanto, não é aquilo
que se opõe ao certo, mas aquilo que é correlato a ele e nos ajuda a caminhar na direção
geral das metas que definimos para nós mesmos.
Nessa perspectiva, acreditamos que seja visando à melhoria da educação e da vida
justa – para todos, é que estamos à volta com essa “aparente novidade”, a avaliação
institucional.
Por isso, é bom começar por esclarecer algumas diretrizes norteadoras dessa
atividade em nossa Instituição:
A Avaliação das Instituições de Educação Superior foi formalmente instituída em 14
de abril de 2004. Em seu primeiro artigo, instituiu-se o Sinaes (Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior) que tem por finalidades “a melhoria da educação superior,
a orientação da expansão de sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional
e efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do aprofundamento dos
compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio
da valorização da sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à
diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional1”.
1 Cf. Lei nº 10.861/2004, artigo 1º.
2
Para alcançar esses fins, a mesma lei estabelece que o Sinaes adote uma
composição triádica, a saber: a Avaliação Institucional Interna e Externa, a Avaliação dos
cursos, e a Avaliação do Estudante, o Enade2.
Tratando especificamente da Avaliação Institucional Interna, objeto deste Relatório,
vale dizer de que forma a PUC Minas vem realizando seu processo de Auto-Avaliação ou
Avaliação Interna. Ainda focando a Lei 10.861, já citada, merece especial atenção o artigo
3º, pois lá estão definidas as dimensões institucionais que devem ser avaliadas (interna e
externamente). São elas: (1) a missão da Instituição, (2) a política para o ensino, a pesquisa,
pós-graduação e extensão, atividades de monitoria e iniciação científica, (3) a
responsabilidade social da Instituição entendida como sua contribuição à inclusão social, ao
desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio-ambiente, da memória cultural, do
patrimônio artístico e cultural, (4) a comunicação com a sociedade, (5) as políticas de
pessoal – tanto do corpo docente quanto do corpo técnico-administrativo, no que se refere
ao seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e condições de trabalho, (6)
organização e gestão da Instituição, com ênfase no funcionamento e representatividade dos
órgãos colegiados e participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos
decisórios, (7) infra-estrutura física (ensino, pesquisa, biblioteca, recursos de informação e
comunicação), (8) planejamento e avaliação dos processos da auto-avaliação institucional,
(9) políticas de atendimento ao estudante e, finalmente, (10) a sustentabilidade financeira.
Avaliar cada uma dessas dimensões visa, sobretudo, buscar o (auto)conhecimento da
Instituição e na Instituição.
Não há dúvida que essas dimensões abarcam o todo da Instituição e que não é um
trabalho simples, uma espécie de verniz que se passa na Instituição para melhorar ‘sua
aparência’. Ao contrário, trata-se de um mergulho em seu interior de modo que resulte daí a
análise e avaliação global e integrada dessas dimensões.
Podemos perguntar: para quê a realização desse trabalho? Além de constituir-se
em processo educativo permanente, de melhoria e aperfeiçoamento da Instituição em sua
totalidade, é bom lembrar que o processo de Auto-Avaliação Interna constitui hoje um dos
requisitos para credenciamento ou recredenciamento, reconhecimento e renovação de
reconhecimento de cursos de graduação e da própria instituição como um todo.
E quem vai se responsabilizar por esse processo no âmbito da Instituição? A
mesma Lei já determina – em seu artigo 11, a criação da Comissão Própria de Avaliação –
chamada CPA, para a realização do Processo de Auto-Avaliação. A CPA conta com
participação (mediante seus representantes) de todos os segmentos da comunidade
2 Cf. Lei nº 10.861/2004, artigo 2º.
3
acadêmica e da sociedade civil organizada e tem total autonomia para a realização do
processo de Avaliação Interna3.
É nessa perspectiva que gostaríamos, nessa apresentação, de mostrar, ainda que
brevemente, os caminhos da Avaliação da PUC Minas em busca exatamente de seu
autoconhecimento.
O Programa Permanente de Avaliação Institucional, chamado Propav, tem sido,
desde a sua criação e implementação, em 2002, um exercício compartilhado de leitura
poliédrica, desafiando a ‘cultura da não avaliação’, opondo-se claramente à avaliação
cartorial e punitiva.
Sem prescindir do legado histórico das outras experiências de Avaliação
Institucional já ocorridas nesta Instituição desde a década de 90, a elaboração e
implantação do Programa Permanente de Avaliação Institucional tendo por fundamento
basilar
uma filosofia da avaliação, [...] alinha-se com o pensamento contemporâneo de conhecer para promover a melhoria, na medida em que se afasta da visão epistemológica convencional que pressupõe ilhamentos por área de saber, ou mesmo por pensamentos mais ou menos monolíticos dentro de uma área de conhecimento, para se aproximar de uma visão global das instituições em sua dinâmica diacrônica através da percepção de uma série histórica de sincronias (Avaliação Institucional, 2002, p.11).
Assim, desde seu início o Propav procurou adequar-se às novas configurações do
mundo contemporâneo, no sentido de ‘compreender a avaliação como atividade
pedagógica, cujo esforço de realização procura promover e valorizar, buscando na crítica,
respostas e caminhos alternativos para os desafios da Instituição nestes tempos” (Avaliação
Institucional, 2002, p.20).
Os objetivos são bastante claros e desafiadores: criar cultura de avaliação
institucional, produzir conhecimento e aferir qualidade da prática educativa desenvolvida
pela PUC Minas. Assim, em setembro de 2003 foi feito o primeiro processo de coleta de
informações no âmbito da Graduação, tendo por instrumentos os Projetos Pedagógicos de
cada curso e questionários respondidos por professores, alunos e coordenadores de curso.
Todos os resultados foram disponibilizados no Portal da PUC Minas, a partir de setembro de
2004.
A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 trouxe mais mudanças e o Propav
imediatamente procurou reestruturar-se, adequando-se às novas exigências.
No mesmo mês de abril foi criada a CPA, na PUC chamada Comissão Permanente
de Avaliação, composta por um docente de cada Campus, Unidade Acadêmica ou Núcleo
Universitário, três representantes do corpo discente, indicados pelo DCE, três
3 Cf. Lei nº 10.861/2004, artigo 11º.
4
representantes do corpo técnico-administrativo, indicados pela Associação dos Servidores
da Universidade e não integrantes do corpo discente da Instituição, três representantes da
sociedade civil organizada, um dos quais necessariamente ex-aluno da PUC Minas –
convidado pelo Reitor, e um professor representante da Associação dos Docentes. Além
disso, e seguindo a estrutura legal de composição de CPA’s, foi criado o Comitê Central de
Avaliação Institucional chamado Copav, composto pelos seguintes membros: o presidente
da CPA, um representante de cada uma das Pró-Reitorias de Graduação, de Extensão e de
Pesquisa e Pós-Graduação e quatro professores do quadro permanente da Universidade,
com comprovada competência em avaliação, indicados pela CPA.
Dessa forma, desde 2004 o Copav, juntamente com a CPA, tem levado adiante o
processo de Auto-Avaliação Institucional, a partir dos pressupostos de implantação do
Programa Permanente de Avaliação da Instituição.
Em março de 2005 foi encaminhado ao Inep o Projeto de Avaliação Institucional,
cujo resultado – comentário tipo 14 – foi animador e vital, reafirmando com ênfase o caminho
que até então havia sido percorrido.
Assim, para cada área ou dimensão a ser avaliada contamos com subcomissões,
compostas por professores. Muitos pertencentes à primeira fase do Propav, outros que se
integraram depois, cujo denominador comum foi a livre adesão ao Programa de Avaliação.
Em atendimento às dimensões previstas pelos Sinaes, foram criadas as
subcomissões de Pesquisa e Pós-Graduação, Extensão, Gestão, Comunicação com a
Sociedade, Egressos e Políticas de Atendimento ao Estudante.
No 2º semestre de 2005 e no 1º semestre de 2006, foram coletados dados e
informações necessárias – da melhor maneira possível - para a elaboração do Relatório
Final do Processo de Avaliação Interna, que ora entregamos à comunidade acadêmica para,
principalmente, poder cumprir o objetivo primeiro da Avaliação Institucional: servir-nos dos
resultados para “enfrentar os problemas em vez de ignorá-los”, parodiando o título da obra
de Pedro Demo5.
Portanto, a Avaliação é de fundamental importância e responsabilidade para a vida
da Instituição. Por sua vez, a CPA tem papel crucial, pois deve levar adiante todos esses
procedimentos e prestar contas, não só ao MEC, mas à comunidade acadêmica.
Por exemplo: Os resultados, ainda que parciais, da Avaliação Interna têm de ser
divulgados, comunicados, discutidos. Para quê? Qualquer procedimento avaliativo só tem
4 Comentários de Tipo 1: “A proposta apresentada contempla o Roteiro de Auto-Avaliação Institucional 2004: orientações gerais, publicação da CONAES/INEP. A proposta indica que houve articulação entre a realidade da IES e as dimensões da avaliação institucional atendendo aos princípios e diretrizes do SINAES. [...] A metodologia incorpora instrumentos de coleta de dados que possibilitam análise quantitativa e qualitativa. Indica claramente que os resultados servirão de subsídios para tomada de decisões de acordo com a inserção da IES no contexto local e regional”. O parecer foi recebido em 22 de julho de 2005. 5 Cf. DEMO, 2002.
5
sentido se é participativo e seus resultados divulgados, apontadas as ‘fragilidades’ – para
corrigi-las e as ‘potencialidades’, para que elas possam vir a ser melhoradas, aperfeiçoadas,
vitalizadas.
A Avaliação Institucional é, portanto um desafio. Diante desse desafio, para
qualquer instituição de ensino fiel à sua vocação, vale dizer a educação, sabemos que
questões e dúvidas acerca desse processo são inevitáveis, principalmente porque a
Avaliação Institucional constitui novo procedimento legal. O que é? Qual é a sua finalidade?
Como deve ser realizada? Mas nenhuma resposta que se alcance pode deixar de enfatizar
sua natureza educativa: a avaliação é o meio pelo qual a Instituição conhece sua realidade,
conhecendo-se. Qualquer avaliação que mereça esse nome ‘‘é uma operação de leitura
orientada da realidade’’6, de uma leitura exigente, crítica, criteriosa dos diversos âmbitos da
Instituição, de modo que seja possível conhecer cada ‘parte’ conhecendo o ‘todo’ e
conhecer o todo conhecendo cada parte, ecoando nosso velho Gregório de Matos Guerra:
“O todo sem a parte não é todo / a parte sem o todo não é parte”.
Por isso, dissemos, no início dessa apresentação, que o tema é antigo, ainda que
as exigências dos órgãos governamentais sejam novas. Na Academia de Platão, já havia a
seguinte inscrição, no pórtico de entrada, para ser lida por qualquer um que lá chegasse:
‘Que não entre quem não souber geometria’. Sucinta avaliação, indicador único, mas
verdadeiro. Para avaliar, isto é, atribuir valor, é preciso conhecer a realidade, e a realidade é
o todo e suas partes. Por aí pode-se compreender o caráter poliédrico da avaliação,
anunciado por Platão, há mais de dois mil anos. Trata-se, então, de ler geometricamente a
realidade, aprender a conhecer o todo e as partes.
Nessa condição de leitores da realidade o trabalho até aqui realizado pretende ser
conhecimento que conjuga teoria e prática, pois “não há conhecimento sem repercussão na
prática, não há prática sem conhecimento incluído”7. Este Relatório é um convite para que
sejamos leitores da realidade que nos é dada e avaliadores da Academia que queremos
construir, pois não há avaliação sem (auto) conhecimento.
6 HADJI, 2001, p. 129. 7 Cf. LIBANIO, 2001.
6
1. INTRODUÇÃO
A atividade fim de uma Instituição de Ensino é o conhecimento e o processo de
Auto-avaliação é importante para orientar na tarefa de formulação dessa atividade. Nesse
aspecto, o que se pretende aqui é justamente apresentar o percurso da CPA – Comissão
Permanente de Avaliação - diante do desafio constante da Avaliação Institucional proposta
pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC, através do Inep (Instituto Nacional de Ensino
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Em relação ao processo de Avaliação Institucional da PUC Minas, muito já foi feito,
desde a implementação do Propav - Programa Permanente de Avaliação Institucional, em
2002. O Programa surgiu de uma iniciativa de professores que, além de preocupados com
a qualidade do ensino-aprendizagem, se preocupavam também em compreender a
construção de cultura organizacional e de avaliação da Instituição. Desde então, as
atividades da CPA/Propav aumentaram significativamente e suas preocupações iniciais
continuam guiando a tarefa de auto-avaliação.
Assim, as orientações da avaliação, bem como a criação das linhas gerais da
política de Avaliação Institucional aqui contidas, partem, em muitos aspectos, de pelo menos
dois documentos mestres: “Indicativos gerais para a elaboração de projeto de avaliação
institucional” (PUC Minas 2002) e também do “Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (Sinaes): bases para uma nova proposta de avaliação da educação superior” 8
(Inep, 2003). O primeiro relativo à implementação do Propav, realizado antes da Lei que
instituiu a Avaliação Institucional nos moldes preconizados pelo Inep e o segundo já com as
diretrizes legais. Isso equivale a dizer e, vale a pena ressaltar, que a Avaliação Institucional
na PUC Minas passou por dois momentos: um antes da Lei 10861/04 - no período de 2002
a 2004 – que a colocou, em relação ao processo de Avaliação Institucional, à frente de
outras Instituições de Ensino Superior e, no momento posterior, a necessária adequação do
trabalho proposto anteriormente às novas exigências de Avaliação trazidas pelo Sinaes.
Ainda é esclarecedor dizer que essa etapa inicial permitiu compreender o objeto de estudo
com o qual se estava lidando e direcionar a política de avaliação, que pudesse, ao mesmo
8De acordo com a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional da Educação Superior – Sinaes. Para uma melhor compreensão do que é o Sinaes, apresentar-se-á, de acordo com o projeto do programa, as três modalidades principais de instrumentos de avaliação aplicadas em diferentes momentos: a) Avaliação das Instituições de Educação Superior (Avalies), que se divide em dois sub-itens, respectivamente: Auto-avaliação – coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada IES; Avaliação Externa – realizada por comissões designadas pelo INEP, segundo diretrizes estabelecidas pela Conaes. b) Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG) – avalia os cursos de graduação por meio de instrumentos e procedimentos que incluem visitas in loco de comissões externas. c) Avaliação do Desempenho dos Estudantes (Enade) – aplica-se aos estudantes do final do primeiro e do último ano do curso, estando prevista a utilização de procedimentos amostrais.
7
tempo, atender as proposições do Ministério da Educação e devolver resultados que
possam ser utilizados pela Instituição, com o intuito de aprimorar a qualidade de sua
atividade primeira, a educação. Enfim, sistematizar as informações e torná-las parte de um
conjunto de benefícios que o conhecimento mais profundo sobre a cultura da Instituição
possa revelar.
Nesse sentido, um desafio foi constante na tarefa de Auto-Avaliação e ainda
acompanhará a instituição por algum tempo - como avaliar sem que essa avaliação possua
caráter punitivo? O que coube ao Propav como tarefa primordial para minimizar os efeitos
negativos desse caráter inadequado da atividade de Avaliação foi um longo trabalho de
sensibilização junto à comunidade acadêmica, além de debates anteriores, em razão de a
PUC Minas ter iniciado as discussões de avaliação dois anos antes das outras IES. Isso
ajudou a garantir à comunidade que a avaliação é processual, isto é, a coleta de
informações ao longo de um período só tem sentido se resultar em diagnóstico longitudinal
da instituição.
Informações e debates com a comunidade acadêmica favoreceram, e ainda
favorecem, melhor compreensão do conceito de avaliação proposto pelo Propav para a
realização de suas atividades, bem como procedimentos de sensibilização realizados em
todas as unidades só reforçaram a idéia do processo de avaliação instituído na PUC Minas
– “conhecer para saber”. Essa perspectiva está ligada aos aspectos mais profundos de
conhecimento da cultura organizacional, seja do conhecimento da atividade fim entre os
pares na tarefa de ensino-aprendizagem, seja do conhecimento das atividades de gestão,
que dão suporte à atividade primordial da PUC Minas.
Dessa maneira, em relação à sensibilização da comunidade, procurou-se traçar
pelo menos duas estratégias que se inter-relacionam – a primeira, ainda na primeira etapa
de avaliação, no período de 2002 a 2004, foi a de abertura de processo de diálogo com
professores, alunos, coordenadores, funcionários e pró-reitores. A equipe, subdividida em
subcomissões9, procurou os segmentos pertinentes e unidades acadêmicas e apresentou o
Propav, recomendando a visita ao site na página principal10 e ainda comunicando aos atores
(alunos, professores e coordenadores) que iriam responder a questionário on-line. Nessa
etapa de sensibilização, os professores envolvidos com a avaliação foram estimulados a
programar reuniões específicas, conversando e discutindo sobre o programa de Avaliação
Institucional, com alunos representantes de turma ou representantes de Diretório Acadêmico
e com os professores nas demais unidades. Nessas reuniões, a concepção da natureza
processual e não punitiva da Avaliação trouxe à tona muitos debates, com resultados
bastante significativos para o processo. A partir do momento em que a sensibilização era
9 A divisão dessas subcomissões está detalhada no Relatório Geral do Ensino de Graduação da PUC Minas. 10 O portal PUC Minas criou uma sessão especial para o Propav: www.pucminas.br/propav.
8
feita, alunos e professores foram convidados a tornarem-se multiplicadores da proposta de
Avaliação, na perspectiva da criação de um círculo virtuoso de informações. Em muitas
unidades essa tarefa foi concluída com sucesso; em outras unidades não foram obtidos os
resultados esperados. Esse resultado diferenciado é normal, dada a dificuldade de trabalhar
com Avaliação em um universo tão vasto como o da PUC Minas.
A segunda etapa de avaliação e sensibilização para o Propav ocorreu no período
de 2004 a 2005 e aproveitou bastante a experiência da primeira etapa. Naquele período,
porém, o Programa de Avaliação Interna estava respaldado por ordenamento legal, tanto
externo quanto interno11, que trouxe a ele duas novas perspectivas. Uma, a garantia de sua
autonomia em seu trabalho de avaliação e a possibilidade de discutir a avaliação em si
mesma, alinhando-se às regras de recredenciamento das Instituições de Ensino Superior,
que levam em consideração os resultados obtidos com o processo avaliativo. Assim, as
tarefas de sensibilização para o Processo de Avaliação Interna foram propostas com base
nessa diferenciação entre as duas etapas de Avaliação, mostrando que os objetivos
continuaram os mesmos, ou seja, conhecimento da cultura organizacional com a
participação democrática de toda a comunidade acadêmica. Vale a pena conferir a Portaria
do Reitor nº 19/2004, na íntegra (Anexo 1).
As estratégias de sensibilização, nessa etapa, envolveram visitas às instâncias
superiores da instituição, tais como Pró-reitorias e às diversas unidades acadêmicas;
diálogos com os alunos, coordenadores e professores; apresentação do Programa àqueles
que não o conheciam e a confirmação de ações de auto-avaliação, tais como discussão dos
primeiros resultados do Processo de Avaliação e, por fim, apresentação do Projeto de
Avaliação aprovado pelo Inep. Embora a sensibilização tenha se pautado nas mesmas
estratégias, a comunicação foi uma peça chave no processo: notícias regulares na Folha do
Professor, PUC Informa e PUC Informa das unidades acadêmicas, notícias no Portal da
PUC Minas e no Espaço PUC12. Tudo isso para que as informações pudessem chegar a
todos os participantes da vida acadêmica da instituição.
Com as modificações trazidas pela Lei, também o trabalho de avaliação interna se
modificou para que as tarefas de avaliação pudessem ser compatibilizadas. Nesse aspecto,
uma das primeiras atividades de adequação foi a elaboração de Projeto de Avaliação
Institucional, que tanto serviu aos propósitos da avaliação da PUC Minas quanto atendeu às
exigências do Inep.
Um outro ponto importante diz respeito à concepção de avaliação assumida pela
universidade. Já se disse aqui que uma das propostas de avaliação é o processo de
11 Lei 10.861/2004 e Portaria do Reitor n° 19/2004. 12 Esses veículos de informação são amplamente divulgados na comunidade acadêmica. A estagiária de comunicação produziu periodicamente notícias sobre as atividades do Programa de Avaliação Interna e respectivas ações.
9
compreensão da cultura da Instituição. Nesse aspecto, nas reuniões de sensibilização
acadêmica reiterou-se que a avaliação é:
Atividade contínua que integra a vida organizacional e que tem como propósito registrar as percepções da comunidade acadêmica sobre processos nos seus vários setores, a fim de torná-los cada vez mais adequados ao cumprimento dos objetivos maiores da Instituição. A avaliação, portanto, não é de pessoas, mas de funções; não é apenas de produto, mas de processos; não tem finalidade classificatória ou punitiva. Ao contrário é instrumento de participação democrática e emancipatória na vida institucional. (PROPAV, 2004)13.
O que se pretende com a discussão acadêmica do conceito é também disseminá-lo
junto aos pares para que a tarefa de avaliação seja de conhecimento de todos, favorecendo
as campanhas permanentes de sensibilização que são realizadas na PUC Minas.
Concomitantemente à elaboração do projeto de avaliação interna, foi aprovada
portaria da Reitoria nº 019/2004 que instituiu a CPA e o Copav, que não só formalizou mas
também legitimou as ações promovidas pelo Programa de Avaliação. Nesse momento, fez-
se necessária a organização das subcomissões do Propav formadas por um quadro de
professores que já vinha trabalhando com a Avaliação Institucional. Em decorrência de
algumas modificações, alguns professores deixaram as atividades no Propav e outros foram
convidados, sem prejuízos para a CPA.
As atividades propostas e realizadas pelo Programa de avaliação dependeram da
definição das competências das subcomissões, bem como do trabalho promovido pelo
Comitê Permanente de Avaliação – COPAV. Essa atitude reforçou o papel político e
acadêmico conferido à CPA, uma vez que todas as atividades programadas eram
primeiramente apresentadas à Comissão Permanente de Avaliação, para efeitos de
discussão e posterior aprovação. São competências das subcomissões:
a) Implementar o PROPAV, através da execução deste Projeto na sua área de atuação; b) Coordenar, na sua área de atuação, a avaliação dos cursos e o acompanhamento de egressos, de acordo com as demandas dos cursos; c) Participar da elaboração dos indicadores da avaliação e dos instrumentos de coleta de dados; d) Decidir sobre as prioridades para a implementação dos instrumentos de coleta de dados e efetivá-la; e) Analisar os dados coletados em sua área de atuação, aplicando a metodologia elaborada pelo COPAV; f) Elaborar os relatórios parciais da Avaliação Institucional de sua área de atuação, a partir dos dados relativos ao macro processo e dos dados coletados pela avaliação dos Cursos e do acompanhamento de egressos; g) Participar das atividades promovidas pelo COPAV, relativas ao Propav; h) Propor metodologias para discutir os relatórios preliminares com a comunidade acadêmica em sua área de atuação e coordenar a realização dessas atividades;
13 Material elaborado pela assessoria técnica do Copav para a sensibilização na PUC Minas.
10
i) Sistematizar as contribuições da comunidade acadêmica de sua área de atuação produzidas no processo de auto-avaliação, e encaminhá-las a CPA.14
Essas atividades foram executadas ao longo desses meses de trabalho, e de
muitas maneiras orientarão os passos da Avaliação Interna do processo de
autoconhecimento da Instituição. Nesse relatório serão apresentadas as atividades mais
significativas de cada uma das subcomissões, para que se possa mais claramente ter
conhecimento das atividades realizadas, cuja finalidade é aprofundar o conhecimento da
cultura organizacional. No fluxograma (FIG.1) pode-se compreender melhor a estrutura da
CPA/COPAV e suas respectivas atividades.
Em relação aos objetivos do Programa de Avaliação, trabalhou-se de forma
integrada, elaborando-se os objetivos geral e específico. Cada uma das subcomissões
elaborou seus objetivos e etapas a serem alcançados ao longo do percurso de avaliação.
Nesse sentido o objetivo geral do Propav é: impulsionar um processo crítico de
autoconhecimento da Instituição, tendo em vista a garantia da qualidade de sua ação, em
sintonia com os seus próprios objetivos, os desenvolvimentos da ciência e as demandas da
sociedade e do mundo do trabalho. Os objetivos específicos são: (1) conhecer os processos
educativos e pedagógicos que ocorrem no interior da Instituição universitária e que
envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão, tendo a gestão como suporte logístico para
sua efetivação; (2) aferir a qualidade dessas ações, tendo em vista os objetivos colocados
pela própria Instituição, os desenvolvimentos da ciência e os anseios da sociedade, de
acordo com os parâmetros estabelecidos anteriormente; (3) permitir adequações nas
diretrizes da Instituição para o ensino, a pesquisa e a extensão, no intuito de acompanhar os
desenvolvimentos das áreas de conhecimento que alimentam os diversos programas de
graduação, de pós-graduação e de pesquisa e de (re)estabelecer compromissos com a
sociedade; (4) quando necessário, sugerir o repensar de objetivos, modos de atuação e
resultados para afinar a sintonia da Universidade com o momento histórico; (5) estudar e
apontar possibilidades de mudanças na prática acadêmica e na gestão da Instituição, para a
atualização dos projetos pedagógicos e do projeto institucional, no sentido de referendar a
legitimação da sociedade e de mantê-los sempre relevantes15.
14 PUC MINAS, 2005, p. 19. 15 Cf. PUC MINAS, 2005.
11
Figura 1: Estrutura e Atividades da CPA e das Subcomissões
Alem disso é importante dizer que cada subcomissão apresentou projeto de
avaliação, partindo da elaboração de um quadro de indicadores que forneceu o caminho
metodológico a ser percorrido. Cabe, portanto, descrever a perspectiva metodológica
adotada pelo Propav, cuja opção é a de trabalhar com o conhecimento, já que este norteia o
fazer da universidade como sua atividade fim.
Copav propõe planejamento e
diretrizes
Projeto está ok?
CPA aprovaprojeto
Copav inicia Implementação mediante coleta
de dados
Copav processadados e
resultados e emiterelaório final
CPA aprovarelatório
Relatório está ok?
Copav propõe melhorias no
relatório
CPA informacomunidade
Interna e externa
CPA comunica com o Inep
CPA propõemelhorias
Comunidade Acadêmicaimplementa e propõe
mudanças para a próximaproposta avaliativa
Sim
Sim
Não
Não
Copav propõe planejamento e
diretrizes
Projeto está ok?
CPA aprovaprojeto
Copav inicia Implementação mediante coleta
de dados
Copav processadados e
resultados e emiterelaório final
CPA aprovarelatório
Relatório está ok?
Copav propõe melhorias no
relatório
CPA informacomunidade
Interna e externa
CPA comunica com o Inep
CPA propõemelhorias
Comunidade Acadêmicaimplementa e propõe
mudanças para a próximaproposta avaliativa
Sim
Sim
Não
Não
12
2. METODOLOGIA
Um dos pontos mais significativos do processo de avaliação diz respeito à
metodologia. No entanto, antes de elaborar um desenho metodológico para a avaliação do
trabalho com o conhecimento, foram realizadas muitas atividades que, ao mesmo tempo,
preparavam a equipe para o trabalho e sensibilizavam a comunidade acadêmica. Essa
atividade foi de grande valia para as subcomissões, pois um passo importante foi apresentar
o programa e demonstrar que a proposta de avaliação não seria de cunho punitivo, mas tem
por propósito o conhecimento organizacional.
Nesse sentido, a primeira etapa de trabalho foi de apresentar, junto com os
professores que compõem as subcomissões, a proposta de avaliação à Administração
Superior da PUC Minas. Foram visitadas todas as Pró-reitorias, Vice-reitoria, Reitoria, além
das Unidades Acadêmicas e Núcleos Universitários. Para as visitas aos Núcleos e Unidades
acadêmicas e subsidiar os debates foi preparada uma apresentação em meio eletrônico de
forma a dar univocidade às informações sobre todo o processo, inclusive sobre o trabalho
de cada uma das subcomissões. Como uma iniciativa positiva, as unidades acadêmicas
ampliaram a discussão do processo de avaliação, convidando os alunos para as reuniões.
Quando isso não foi possível, devido às diferentes dimensões e adequação de horários das
unidades acadêmicas, o convite foi estendido aos alunos representantes de turma,
representantes dos DA’s e DCE, para que eles pudessem participar dessa etapa de
sensibilização, transformando-se em multiplicadores do processo do conhecimento da
instituição.
Uma vez terminada essa etapa, deu-se início às atividades de cunho
especificamente metodológico. Foram organizadas oficinas para que os professores
envolvidos na avaliação pudessem reconhecer as diferentes formas e métodos de aplicação
de instrumentos de coleta de dados, bem como suas possibilidades e limites metodológicos.
O ciclo de oficinas metodológicas, realizado no 1º semestre de 2005, promoveu estudo de
grupos focais, de técnicas de entrevistas, elaboração de indicadores de pesquisa,
elaboração de questionários e por fim apresentação do plano amostral16, que foi utilizado
pelo programa de avaliação.
Esses passos foram fundamentais para a organização das estratégias, respectiva
discussão e acerto das etapas do Processo de Avaliação Interna. Dessa maneira foi
possível elaborar, através de reuniões e discussões, as estratégias de alcance para cada
16 Para essas Oficinas Metodológicas foram convidados professores da PUC Minas e da UFMG. Assim para a oficina de grupos focais, convidamos a Profª. Corinne Davis Rodrigues (UFMG); para as técnicas de entrevistas a Profª. Regina Medeiros (PUC Minas); para a elaboração de indicadores a Profª Carla Ribeiro (PUC Minas); para a elaboração de questões para questionários a Profª. Janete Lara de Oliveira (PUC Minas) e para a oficina
13
uma das subcomissões, visto que lidariam com diferentes atores e perspectivas. Por isso o
modo de avaliá-los deveria ser pensado de forma política e estratégica, não apenas no que
se refere à sensibilização, mas principalmente quanto à metodologia utilizada.
Na seqüência das atividades a serem realizadas, passou-se à construção dos
indicadores a serem avaliados, sempre tendo como orientação pelo menos três parâmetros,
de modo a garantir boa aferição dos resultados. O primeiro, o documento fornecido pelo
Inep - Sinaes - Roteiro de Auto-Avaliação Institucional (Inep/MEC, 2004); segundo, as
necessidades e exigências institucionais; e por fim, o Projeto de Avaliação Interna que foi
encaminhado ao Inep. Nesse sentido, cada subcomissão construiu um quadro de
indicadores que posteriormente transformaram-se nas questões a serem respondidas pela
comunidade acadêmica. Essas questões foram elaboradas tanto para a construção de
questionários a serem aplicados quanto para os roteiros de entrevistas a ser realizadas por
algumas das subcomissões.
Além disso, para melhor compreensão do trabalho metodológico realizado devem
ser observados os quadros que detalham os indicadores que foram trabalhados pelas
subcomissões e que serviram de base para as discussões das questões dos questionários,
e um breve esboço do plano amostral que foi utilizado. Na seqüência da apresentação as
ações que foram planejadas para o processo de avaliação serão relatadas e discutidas.
Para um efetivo trabalho de conhecimento organizacional da PUC Minas e de modo
a espelhar a comunidade acadêmica, foi preparado um plano de alcance metodológico.
Parte dele está expresso nas discussões sobre o Plano amostral. No entanto, a decisão de
se utilizar instrumentos de coletas das opiniões da comunidade acadêmica sob a forma de
questionários se fez necessária, uma vez que a amplitude das diversas dimensões da PUC
Minas não permitiria escolha mais simples. Outros recursos de avaliação, tais como
entrevistas, também foram utilizados. A subcomissão de Gestão e a subcomissão de
Pesquisa e de Pós-graduação, por exemplo, utilizaram esse recurso para conhecer as
perspectivas da Administração Superior no que concerne à especificidade de suas ações
institucionais.
Essa estratégia de verificação de informações, qual seja, entrevista gravada, foi
necessária para se coletar informações pertinentes que não seriam possíveis por meio de
questionário eletrônico, por entendermos ser essa a melhor forma de dialogar com a
Administração Superior. Esse foi o caso da subcomissão de Gestão, que procurou definir
esse estrato dentro da Instituição, como sendo todas aquelas pessoas que lidam de forma
intensa com as decisões em relação ao ensino, pesquisa, extensão e gestão da
universidade. Assim os entrevistados foram os Pró-reitores ligados a todas as áreas e
de plano amostral a Profª. Tânia Bogutchi (PUC Minas). A colaboração das professoras, seu reconhecido trabalho na área da pesquisa, foi valiosa para aprimorar a metodologia do trabalho de Avaliação.
14
também os pró-reitores, diretores e coordenadores das Unidades Acadêmicas, dos Núcleos
Universitários e dos campi 17. Essa estratégia de entrevista também foi utilizada pela
subcomissão de Pesquisa e Pós-graduação com Pró-Reitor, coordenadores e professores
responsáveis pela pesquisa na Instituição e demais unidades acadêmicas
Outra estratégia de alcance de resultados foi utilizada pela subcomissão de
Egressos. A PUC Minas ainda não havia trabalhado formalmente com a questão dos
egressos. Para uma primeira investigação foi necessário estabelecer uma diferença
conceitual importante entre egresso e ex-aluno18, tal como definido e explicitado pela própria
subcomissão e descrita mais adiante. A partir daí e com um cadastro ainda desatualizado
dos alunos, iniciou-se a elaboração de questionário que pudesse cumprir os objetivos
propostos pela subcomissão e proceder ao levantamento das informações. Com a amostra
dos alunos formados na instituição no ano de 2000 e constituição de um banco de
informações, selecionou-se um grupo de estagiários – bolsa trabalho19, para dar início à
coleta de dados.
Enfim, o trabalho metodológico realizado pode ser bem visualizado em seus pilares
fundamentais, conforme o quadro seguinte que detalha os indicadores trabalhados pelas
subcomissões e serviu de base para discussão e elaboração dos questionários, além da
descrição do plano amostral utilizado.
17 Na PUC Minas as Unidades Acadêmicas são: Coração Eucarístico, Barreiro e São Gabriel; Núcleos Universitários: Betim e Contagem; Campus: Arcos, Poços de Caldas, Serro e Guanhães. 18 A distinção será explicitada no item dedicado à Avaliação de Egressos. 19 O Programa Bolsa Trabalho, instituído pela portaria 034/2004 de 13 de julho de 2004, é destinado aos alunos que ingressaram na PUC Minas oriundos dos pré-vestibulares comunitários e que possuem convênio com a Pró-Reitoria de Extensão.
15
2.1.
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2.2. PLANO AMOSTRAL
A PUC Minas é a população de interesse no estudo para Auto-Avaliação e estudá-la
através de um censo, em que cada pessoa da população é investigada, é complexo em
razão da exigência temporal e recursos indispensáveis para a sua efetiva realização. Assim,
uma alternativa foi realizar o estudo em uma amostra que fosse representativa dessa
população, trazendo consigo a hereditariedade da característica de interesse. Nesse
sentido, para a escolha dos elementos que farão parte de uma amostra é necessário o uso
de regras bem objetivas, com critérios pré-estabelecidos, que facilitem a repetição da coleta
pelo próprio pesquisador ou por outro pesquisador que queira repetir a experiência em outro
momento ou lugar. Essas regras começam pela forma como os dados são coletados, ou
seja, como serão selecionadas as unidades amostrais que farão parte da pesquisa, podendo
ser não-aleatória (não-probabilística) ou aleatória (probabilística). No processo não-aleatório
os elementos de uma população não possuem as mesmas chances de serem incluídos na
amostra, impossibilitando conclusões sobre a população de interesse, ao passo que no
processo aleatório há exigência que cada elemento tenha a mesma chance de ser
escolhido, possibilitando inferências sobre a população de interesse.
A Estatística possui técnicas e ferramentas adequadas para determinar um tamanho
de amostra adequado, planejar a coleta e analisar uma massa de dados provenientes de
pesquisas simples ou complexas, para que possam produzir conclusões ou, pelo menos,
hipóteses a serem levantadas de um fenômeno em estudo. Apesar de essas técnicas
explorarem as razões de possíveis diferenças detectadas, elas não tratam das causas das
variações que devem ser entendidas à luz dos conhecimentos da área do estudo em
questão. A melhor metodologia para estudo de uma situação específica depende de fatores
tais como a estrutura da população, a variabilidade da característica de interesse, o custo, a
exeqüibilidade do processo de amostragem, o tipo de pergunta a ser respondida e a
simplicidade da manipulação estatística que será requerida. Vale ressaltar que os métodos
estatísticos mais simples são aqueles possíveis de serem aplicados em amostras
selecionadas utilizando o método de amostragem simples ou sistemática e estratificada.
Dessa maneira, a precisão de qualquer estimativa feita a partir de amostragem probabilística
dependerá: (1) do método de amostragem; (2) do plano ou desenho amostral; (3) da
qualidade da informação obtida.
Para fins do processo de Avaliação Institucional, para a coleta de opiniões foram
entrevistados: (1) administração superior; (2) comunidade externa; (3) corpo técnico-
administrativo; (4) coordenadores, professores e alunos na graduação e na pós-graduação.
O melhor método de coleta das informações da administração superior é entrevista em
21
profundidade. Para a comunidade externa, além de entrevistas pode-se utilizar a técnica de
grupos focais. A análise desses dados é qualitativa e enriquece as inferências possibilitadas
pelas técnicas estatísticas aplicadas nos demais atores que responderão a um questionário
estruturado ou semi-estruturado.
Em todas as dimensões foi feito um levantamento das informações contidas em
documentos publicados, tais como as do Censo da Educação Superior Anual, publicado no
site do Inep ou diretamente na fonte para aquelas não encontradas em publicações. Os
questionários foram compostos com questões que contemplaram as informações dos atores
considerando todas as dimensões pertinentes. No quadro a seguir tem-se um resumo das
dimensões e de seus atores:
Atores
Dimensão20 Coordenador
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Comunidade
Externa
Ensino
Gestão e Infra-estrutura
Extensão e
Responsabilidade Social
Comunicação21
Políticas de Atendimento
ao Estudante
Pós-graduação e
Pesquisa
Quadro 2: Atores pesquisados e suas interseções, por dimensão
Os resultados obtidos traçaram o perfil desses atores e juntamente com as
informações levantadas pela análise de fontes documentais compuseram as informações
pertinentes para a Avaliação Interna da PUC Minas, em cada dimensão.
A amostragem considerou o grau de satisfação com a Instituição, ou seja, a
proporção de indivíduos que classificaria como “satisfatório” o seu trajeto pela Instituição em
qualquer uma das instâncias de sua passagem. Foi uma amostragem conservadora, pois
considerou 50% dos indivíduos com resposta positiva a esse quesito. Para o cálculo do
tamanho da amostra foi utilizado o desenho mais apropriado para cada uma das dimensões
e considerou-se uma confiabilidade de 95%, com precisão de 5% e poder de no mínimo
20 A dimensão Egressos foi constituída pelos alunos formados em 2000. 21 Por perpassar toda a comunidade a dimensão “Comunicação” faz parte de todos os instrumentos de coleta.
22
90%. As amostras foram corrigidas em 10% como margem de cobertura para perda de
respostas.
O planejamento da coleta foi por (1) entrevistas em profundidade com todos os
componentes da Administração superior, aqui incluídos os Pró-reitores das unidades; com
os líderes dos projetos de extensão da comunidade externa; com os componentes
determinados para a dimensão da comunicação e com os coordenadores de cursos da pós-
graduação, lato e stricto sensu; (2) dados primários, dos demais atores selecionados, que
responderam questionários disponibilizados on-line. Os mesmos foram informados da
seleção e motivados a responder. As chamadas para o preenchimento das respostas foram
disponibilizadas por um tempo determinado e em caso de não-resposta o mesmo foi
substituído pelo próximo respondente da lista de excedentes (até no máximo 10% da
amostra).
A dimensão de Ensino foi avaliada anteriormente ao Programa de Avaliação ter sido
oficialmente regulamentado, ficando dessa maneira, fora do planejamento amostral nessa
etapa. A não inclusão da dimensão Ensino de Graduação foi autorizada pela Conaes, após
consulta formal (Anexo 222), no segundo semestre de 2005. Os resultados obtidos na
dimensão do Ensino estão sendo utilizados nesse Relatório de Avaliação Interna, mas não
poderão ser considerados como a primeira coleta de uma série histórica que começa a ser
computada a partir de agora para todas as demais dimensões. O motivo da não inclusão da
dimensão Ensino deve-se ao fato de seu primeiro desenho ter sido não-probabilístico e sim
auto-seletivo, o que inviabiliza as inferências para esse período. Essa dimensão será
avaliada por amostragem em 2007.
A operacionalização da coleta de dados primários foi otimizada ao se colocar as
questões referentes às interseções entre as dimensões em diversos questionários. Assim,
por exemplo, a dimensão da Comunicação com a Sociedade não precisou repetir um
questionário somente para si, pois sua demanda perpassou por todas as outras dimensões
avaliadas nesse momento.
De maneira geral a esquematização para a coleta de dados primários foi similar ao
quadro a seguir:
22 MENEGHEL, Stela (stmeneg@terra.com.br). [carta-resposta]. Mensagem recebida por secpropav@pucminas.br em 22 de junho de 2005.
23
Figura 2: Esquematização da coleta primária de dados por Dimensão
Após a amostragem e aplicação dos questionários os resultados obtidos podem ser
resumidos, conforme tabela abaixo, em que se considera o número de observações ideal
calculado e o real obtido, bem como as confiabilidades das amostras realmente coletadas:
Tabela 1: Confiabilidade das Amostras por Dimensão e Respectivos Atores
Amostras
Ideal (95%) Real Dimensão Atores
n n Confiabilidade Gestão Funcionários 305 246 94,1%
Cursos (*) 47 47 95,0% Coordenadores 34 14 12,9% Professores 139 57 65,3%
Lato sensu
Alunos 423 129 56,9%
Pesquisa e Pós-graduação
Stricto sensu Alunos 320 66 53,3% Projetos (*) 70 70 95,0% Professores/coordenadores 54 54 95,0% Extensão
Alunos 174 104 73,9% Egressos - Ano 2000 Profissionais ha 5 anos 345 562 99,1% (*) Estratificação da amostra
Fonte: Copav/2006
Gestão
AmostraFuncionários(questionário)
Pós-graduação e Pesquisa
Lato sensu Stricto sensu
Amostragem: Cursos Por Institutos
Coordenadores(questionário)
AmostraProfessores
(questionário)
AmostraAlunos
(questionário)
AmostraAlunos
(questionário)
Pró-reitor,Coordenadorese Professores
(entrevista)
AdministraçãoSuperior
(entrevista)
Extensão
Amostragem: Projetos
Professores/Coord.(questionário)
AmostraAlunos
(questionário)
Egressos
AmostraAlunos Formados
em 2000(questionário)
Parte específica
sobre Comunicação em todos osquestionários
Dimensões
ComunicaçãoGestão
AmostraFuncionários(questionário)
Pós-graduação e Pesquisa
Lato sensu Stricto sensu
Amostragem: Cursos Por Institutos
Coordenadores(questionário)
AmostraProfessores
(questionário)
AmostraAlunos
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AmostraAlunos
(questionário)
Pró-reitor,Coordenadorese Professores
(entrevista)
AdministraçãoSuperior
(entrevista)
Extensão
Amostragem: Projetos
Professores/Coord.(questionário)
AmostraAlunos
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AmostraAlunos Formados
em 2000(questionário)
Parte específica
sobre Comunicação em todos osquestionários
Dimensões
Comunicação
24
3. CARACTERIZAÇÃO DA PUC MINAS
A PUC Minas passou por uma expansão de cursos nos últimos anos, o que conferiu
ao trabalho de avaliação um desafio ainda maior. Se antes a preocupação era manter e
permanentemente aprimorar a qualidade do ensino na graduação, com a criação do
Programa de Avaliação – Cocenai23 – anterior ao Sinaes, esse desafio se estendeu a outros
aspectos da Instituição. Para melhor compreensão desse processo da expansão, este
Relatório vale-se de documentos referenciais da PUC Minas, citados no Relatório Geral da
Graduação:
A PUC Minas se caracteriza como Instituição particular, comunitária e confessional, de acordo com o previsto na Carta Constitucional de 1988. Tem ela caráter público – não estatal por não ter finalidade lucrativa, por aplicar seus excedentes financeiros em educação e por assegurar a destinação de seu patrimônio à outra escola, se encerradas suas atividades.24
Em breve histórico de Instituição, o Relatório descreve que
criada por Dom Cabral em 1958, a PUC Minas vem expandindo suas atividades, verificando-se um aceleramento desse crescimento principalmente a partir dos anos 90. Essa expansão se expressa principalmente na abertura de novos cursos de graduação, mas é também verificada na ampliação da pós-graduação e da pesquisa, bem como das atividades de extensão. A estrutura física da Universidade também se expande tanto em termos de área construída, equipamentos, biblioteca, dentre outros, quanto em sua distribuição espacial na cidade de Belo Horizonte, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e em regiões interioranas do estado de Minas Gerais.25
Ainda com relação à expansão, o Relatório mostra que a PUC Minas tornou-se uma
das maiores universidades do país no ensino da graduação, fato confirmado pelo número de
alunos, professores e funcionários do corpo técnico-administrativo que formam toda a
comunidade acadêmica26.
Além disso, a PUC Minas, no ano de 2003, já reunia os seguintes campi: Campus
de Belo Horizonte, com as Unidades Barreiro, Coração Eucarístico e São Gabriel e os
Núcleos Universitários de Betim e Contagem; Campus de Arcos; Campus de Poços de
Caldas e Campus de Serro. Note-se que a expansão também foi no sentido de ampliar as
unidades de ensino no estado de Minas Gerais. Para fins de nomenclatura, o Relatório
ainda esclarece:
23 Cocenai – Comissão Central de Avaliação Institucional. 24 PUC MINAS, 2005, p. 19. 25 Id.,ibid. 26 No segundo semestre de 2003 a PUC Minas contava com um corpo discente em torno de 43 mil alunos, empregando 2.272 professores e 1.250 funcionários.
25
Esse desenho e a definição de Campus e Unidade são aspectos organizacionais da Instituição que estão em exame através da discussão para a reforma do Estatuto da Universidade. Será adotada a terminologia corrente na Instituição até o presente momento, por se tratar da denominação em uso no período ao qual este Relatório se refere.27
Esse processo de expansão pode ser visualizado no gráfico a seguir, referente ao
aumento dos cursos de Graduação. Os cursos de pós-graduação ganharam destaque nos
últimos dois anos, conforme descrito, mais adiante, no relatório de avaliação da
Subcomissão de Pesquisa e Pós-Graduação.
Gráfico 1: Número acumulado de cursos da PUC Minas – 194328/ 2003
Fonte: DM Ensino/SGA – 2o. semestre de 2003
Além disso, é de extrema importância caracterizar e descrever as ações
relacionadas à Extensão, componente indissociável do Ensino e da Pesquisa na história
dessa Instituição.
As ações de extensão na PUC Minas tiveram início na década 60, a partir de
iniciativas isoladas dos departamentos e cursos de graduação que promoviam atividades
culturais, conferências, cursos e prestação de serviços às comunidades em situação de
vulnerabilidade. Neste período, surgiram o Departamento de Assistência Jurídica, o Instituto
27 PUC MINAS, 2005, p. 19. 28 Embora tenha sido criada em 1958, a PUC Minas surgiu da reunião de cursos de nível superior já existentes. A data de 1943 refere-se ao ano de abertura do primeiro curso superior, que posteriormente iria integrar o grupo de cursos que formariam a Universidade Católica de Minas Gerais.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1943
1946
1959
1964
1972
1986
1990
1993
1995
1997
1999
2001
2003
Ano abertura
Qtd
e cu
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Acu
mu
lad
o
26
de Orientação Juvenil (prestação de serviços e estágios) e o Serviço de Orientação
destinado à comunidade acadêmica.
Em 1972, criou-se na Universidade o Centro de Extensão, voltado, inicialmente,
para a realização de cursos e a promoção de eventos culturais. Gradativamente foi
ampliando sua atuação em trabalhos assistenciais, desenvolvidos junto às populações em
situação de vulnerabilidade social, por intermédio das clínicas de odontologia e de
psicologia, bem como dos serviços de assistência jurídica, que hoje integram os projetos
pedagógicos dos respectivos cursos. Os projetos de intervenção social, iniciados na década
de 70 com os campi avançados nas cidades de Araçuaí e de Pirapora, desdobraram-se em
outros modelos de ação social na região metropolitana da capital, bem como em vários
municípios mineiros e no nordeste do país.
Em 1978, com a aprovação do novo estatuto da então Universidade Católica de
Minas Gerais (UCMG), o Centro de Extensão deu lugar à Coordenadoria de Extensão,
sendo também fundado o Programa de Desenvolvimento e Ação Comunitária (Prodac)29 que
promoveu a articulação de diversos departamentos da Universidade com instituições
externas. Essas articulações objetivavam a realização de diagnósticos socioculturais de
comunidades rurais, programas de criação de associação de artesãos, produção de Jornal
dos Bairros, promoções culturais, feiras de artesanato e fortalecimento do Programa de Pós-
Graduação com o oferecimento do PREPES.
Em 1982, a Coordenadoria de Extensão integrou-se à Divisão de Apoio
Comunitário, ficando subordinada à Vice-Reitoria. No ano seguinte, a Universidade Católica
de Minas Gerais foi reconhecida como Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas),
estruturando, em 16 de novembro de 1983, a Pró-Reitoria de Extensão e Ação
Comunitária30.
Destaca-se neste período a formalização do Colegiado de Extensão, que contou
com a representação de alunos, professores e funcionários, tendo como fim efetivar a
participação da comunidade universitária na implementação da política de extensão. O
primeiro item do Relatório de Atividades da Pró-reitoria no ano de 1984 propôs a
implementação de uma “Política de Extensão intimamente vinculada às propostas e
atividades de Ensino e Pesquisa e estabelecer uma conexão orgânica com a sociedade”. À
estrutura organizacional desta Pró-reitoria foram criados novos setores, bem como foi
incorporada uma equipe de profissionais que contribuíram para uma melhor organização
das ações.
29 Cf. SILVA, 1989. 30 Em 19/06/90 a Ação Comunitária foi desmembrada da Pró-reitoria de Extensão, tornando-se Secretaria de Ação Comunitária através da Portaria/R/19/90.
27
Nas últimas três décadas, a PUC Minas vem desenvolvendo práticas
extensionistas, tais como ações científicas, culturais e educativas, que possibilitam a
interlocução da universidade com a sociedade, a participação de diversos segmentos
sociais em suas ações, contribuindo para a promoção da cidadania, a inclusão e o
desenvolvimento social e demonstrando um grande dinamismo e criatividade.
Nesse seu fazer cotidiano, a Extensão se organizou, no interior da Pró-reitoria, em
torno de núcleos temáticos interdisciplinares, tais como criança e adolescente, políticas
urbanas, meio ambiente, educação infantil, sociedade inclusiva, comunidade, patrimônio,
núcleos esses com experiências diversificadas, mas todos com grande potencial para o
estabelecimento de parcerias com setores públicos, produtivos, não-governamentais e
internacionais (quase sempre com captação de recursos) e para a produção de
conhecimento, seja através da realização da pesquisa, seja através da reflexão sobre a
própria intervenção social, seja através da promoção de cursos, encontros, seminários e
congressos. Essas atividades extensionistas vêm sendo realizadas com a inserção de
professores e alunos dos mais diferentes cursos da universidade. Muitos desses trabalhos
originaram publicações que vêm contribuindo com a discussão de diferentes questões
teóricas, metodológicas e políticas, projetando a extensão da PUC no cenário nacional, em
especial.
Simultaneamente, ricas práticas extensionistas vêm ocorrendo nos cursos das
diversas unidades e campi da PUC Minas demonstrando o reconhecimento da importância
da extensão na formação acadêmica, ainda que expressando entendimentos diversos e
multifacetados sobre a extensão, carecendo, portanto, de diretrizes norteadoras mais
precisas.
No seio desse processo criativo e dinâmico, a extensão da PUC Minas se concebe
como uma atividade acadêmica interdisciplinar, teórica e prática, que se realiza tanto por
meio da seleção e processamento de demandas externas quanto da elaboração interna de
questões que merecem ser desenvolvidas à luz de estudos e teorias.
A partir 2003, criou-se na Pró-reitoria de Extensão um Grupo de Trabalho
responsável pela explicitação de uma proposta coletiva da política de extensão na PUC
Minas, que considerasse as características constituintes das atividades extensionistas em
curso, o debate nacional e as exigências legais relativas à extensão universitária. O Censo
das Atividades de Extensão, realizado nesse momento, confirmou a diversidade das ações e
das concepções sobre a extensão, o que exigiu uma sistematização dessas experiências à
luz daqueles elementos. O resultado dessas reflexões consolidou um documento,
anteriormente iniciado, denominado “Documento-base da Política de Extensão Universitária
– versão preliminar”, que foi amplamente socializado na comunidade acadêmica, buscando
uma interlocução com os cursos, departamentos, pró-reitorias, coordenação de extensão
28
das unidades e campi, institutos e demais atores na perspectiva de um processo de trabalho
compartilhado. Nessa mesma perspectiva criou-se, no âmbito interno da Pró-reitoria, um
Conselho de Extensão composto pelo Pró-reitor, pelos coordenadores de extensão das
unidades e campi, pelos coordenadores dos núcleos temáticos da Pró-reitoria de Extensão e
um membro da assessoria.
Ao final de 2004, foi organizado pela Pró-Reitoria um seminário com a intenção de
discutir os princípios, as diretrizes, a estruturação e os marcos legais nacionais que
deveriam nortear a política extensionista da PUC Minas. Outras ações concretas, a partir de
então, vêm sendo empreendidas para garantir decisões relativas à implementação da
política em construção, tais como a destinação de recursos orçamentários para execução de
programas e projetos nos cursos e nos núcleos temáticos, reestruturação organizacional e
do espaço físico da Pró-reitoria, aquisição de equipamentos, participação em fóruns
regionais e nacionais, avaliação dos projetos pedagógicos, participação mais orgânica no
Propav e a intensificação das parcerias locais, regionais e nacionais.
Um segundo seminário, realizado em outubro de 2005, visou, sobretudo, discutir as
possibilidades de articulação entre extensão, ensino e pesquisa, em consonância, inclusive,
com o que preconizam as “Diretrizes da Graduação da PUC Minas” e também propiciou
uma mostra de projetos extensionistas envolvendo toda a universidade.
É neste contexto que a Pró-reitoria, reafirmando a missão da universidade,
reconhecendo a tradição de suas práticas extensionistas e considerando as exigências
legais das instâncias competentes, entende que a consolidação de sua Política de Extensão
Universitária possibilitará uma referência para as ações de extensão na universidade,
incentivando, contudo, iniciativas advindas dos cursos em conformidade com os seus
projetos pedagógicos e com as diretrizes e princípios da política expressa nesse documento.
O histórico acerca da Extensão na PUC Minas demonstra que a mesma já adquiriu
institucionalidade no meio universitário, o que vem reforçar a compreensão, ora em curso,
de sua importância e indispensabilidade como parte do fazer acadêmico.
A seguir, são apresentados e discutidos os resultados do Processo de Avaliação
Interna, reafirmando, mais uma vez, que a natureza contínua e processual da Avaliação
Institucional tem por preocupação primeira o aprimoramento dos saberes acadêmicos
traduzidos na articulação do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.
29
4. DISCUSSÕES DOS RESULTADOS
O trabalho de Avaliação Interna da PUC Minas tornou-se especial por contar com a
participação de diversos professores, que não apenas iniciaram as discussões sobre
avaliação como também proporcionaram à instituição o caminho da reflexão sobre as suas
práticas, sejam elas de gestão, acadêmicas, de pesquisa, extensão, de comunicação com a
comunidade e com os diversos setores que formam verdadeiramente uma Universidade.
Nesse sentido o que se pretende é, a partir do caminho percorrido, apresentar os
resultados obtidos nessa etapa da Avaliação. Tal como já foi afirmado compreende-se que
esse processo não se encerra neste Relatório, mas aponta direção e metas para o pensar e
fazer da atividade fim da Universidade, vale dizer, o trabalho com o conhecimento.
Assim, cada uma das subcomissões criadas construiu caminhos para que se
pudessem buscar os dados e, de maneira pertinente, organizá-los para divulgação. As
seções seguintes apresentam os resultados desse processo. Conforme a implementação e
consecução do processo nesta Instituição, a apresentação desses resultados parte da
dimensão do ensino de graduação, visto ter sido a atividade pioneira no processo de
avaliação interna. No entanto, como poderá ser observado, buscou-se a ordenar as diversas
dimensões conforme o disposto no Roteiro de Auto-Avaliação Institucional (Sinaes, 2004),
procurando compreender as interfaces de cada uma das dimensões. Ou seja, o trabalho de
conhecimento da instituição realizada por uma subcomissão, muitas vezes – e não poderia
ser de outro modo - relaciona-se com os resultados de outra subcomissão. Na
aprendizagem desse processo há que se buscar ajuste, adequação para o diálogo
permanente no trabalho de avaliação das subcomissões.
30
4.1. SUBCOMISSÃO DE GESTÃO
A avaliação da Gestão de uma Instituição de Ensino Superior (IES) é um processo
contínuo, na medida em que compreende um balanço crítico, permanente e construtivo da
infra-estrutura e atividades técnico-administrativas que integram seu universo acadêmico. O
processo avaliativo deve partir da compreensão da natureza da instituição: sua missão, seu
objetivo, seu projeto pedagógico. São elementos que não se avaliam facilmente. No entanto,
são os pilares da Gestão que, permanentemente, precisam ser vistos e revistos, de tal forma
que a universidade possa cumprir responsavelmente sua finalidade.
A Subcomissão de Gestão entende que a avaliação da administração da instituição
deve ser realizada sob perspectiva sistêmica. Não se pretende retratar cada uma das
unidades de trabalho em seus aspectos positivos ou negativos, mas perceber crítica e
globalmente todas as partes envolvidas na administração, de forma a avaliar o todo, em
função do cumprimento responsável das atividades. Trata-se, assim, de analisar os diversos
aspectos da Gestão, em sua pluralidade, sem perder a unidade pela qual se traduz o projeto
educacional da Universidade.
A partir de uma perspectiva global, a avaliação deve abranger o programa
estratégico e as políticas institucionais. Devem ser levadas em conta as dimensões da
avaliação caracterizadas pelos agrupamentos de aspectos predominantes capazes de
refletir a realidade da IES, sobre as quais se emitirá juízo de valor.
Para um efetivo trabalho com a dimensão da Gestão, a opção do Programa de
Avaliação da PUC Minas foi o de conciliar áreas a serem avaliadas sob uma mesma
subcomissão. Nesse sentido, o que se tem aqui em relação à dimensão Gestão são as
informações pertinentes à avaliação dos funcionários da PUC Minas, cujo número a ser
avaliado cresceu significativamente, já que a Instituição expandiu sua função educativa.
As dimensões avaliadas foram as seguintes:
� A política para o ensino, pesquisa, pós-graduação, extensão e sua
operacionalização;
� A responsabilidade social da Instituição;
� A comunicação com a sociedade;
� As políticas de pessoal e as carreiras dos corpos docente e técnico-
administrativo;
� A organização e a gestão institucionais;
� A infra-estrutura física, incluindo recursos para ensino, pesquisas, biblioteca e
informatização;
31
� O planejamento e a avaliação;
� A sustentabilidade financeira.
Como o trabalho com a avaliação institucional na PUC Minas tem um histórico
diferente de outras instituições no Brasil, uma vez que as discussões foram iniciadas
anteriormente à instauração do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior -
Sinaes, quase todas as subcomissões passaram por um momento de readequadação da
proposta de trabalho. Em alguns casos para se ajustar à proposta de avaliação do Sinaes e,
em outros momentos, para iniciar os desdobramentos sugeridos pela referida Lei.
4.1.1. Ações planejadas
Para estabelecer um plano de desenvolvimento dos seus trabalhos, a subcomissão
estudou cuidadosamente as orientações estabelecidas pelo Propav, assim como as
diretrizes definidas pelo Sinaes. Considerando ainda a necessidade de priorizar objetivos e
funções da Instituição, tendo como referência seu perfil e sua realidade, analisaram-se o
Projeto Pedagógico Institucional - PPI e o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI –
documentos-mestres da Universidade.
Dessa forma, as atividades avaliativas foram, desde o início, pautadas pelos
princípios e normas estabelecidos pela própria cultura da comunidade acadêmica e pela
legislação vigente no País.
O processo de avaliação caracteriza-se por ser um processo coletivo cooperativo e,
em hipótese alguma, punitivo, pressupondo, então, a participação de todos. Com essa
finalidade, a subcomissão visitou, no campus Coração Eucarístico, no período de agosto de
2004 a julho de 2005, diversos setores da Universidade. Tais visitas tiveram o propósito de
incrementar a sensibilização, principalmente das chefias, para o processo de avaliação e,
também, para apresentar o esboço do instrumento avaliativo, de modo que houvesse
manifestação e colaboração com apresentação de sugestões, quanto à questões relevantes
para as ações administrativas da Instituição.
Os setores visitados no campus Coração Eucarístico foram: Datapuc31, CRA –
Centro de Registros Acadêmicos, Biblioteca, Secretaria de Ação Comunitária, Ouvidoria,
Pró-reitorias.
Como nas outras subcomissões, as ações planejadas para o trabalho da
subcomissão de Gestão partiram de algumas premissas metodológicas. Dessa forma, o
31 DATAPUC é o órgão da PUC Minas que congrega todas as informações relativas ao armazenamento de dados, bem como cuida do Portal da PUC Minas e outras áreas de internet.
32
processo de avaliação foi realizado em dois níveis: corpo técnico-administrativo
(funcionários) e administração superior. Para os primeiros foram aplicados questionários
(Anexo 3) com questões fechadas, a fim de facilitar a tabulação e análise das respostas,
tendo em vista a dimensão do universo a ser pesquisado32. Para a Administração Superior,
optou-se pela realização de entrevistas, cujos roteiros apresentaram questões comuns,
assim como questões específicas formuladas conforme a Pró-reitoria a que se destinassem.
A Auto-Avaliação institucional não pode se dar somente em função de
levantamentos primários, como entrevistas e aplicação de questionários, mas também a
partir de análises documentais (Anexo 4). Assim sendo, paralelamente ao trabalho de
campo, foi realizada uma pesquisa documental de dados pela subcomissão.
4.1.2. Ações realizadas
O grupo de trabalho cuidou, para o desenvolvimento das suas ações, da
caracterização dos objetivos da avaliação, da definição da sua base de atuação, da
estratégia para viabilizar as ações que, por seu turno, permitiram a elaboração dos
instrumentos a serem utilizados - questionário e roteiros de entrevistas - bem como sua
análise e devolução para a comunidade acadêmica, de maneira a discutir os resultados.
Uma vez elaborados, os questionários e roteiros de entrevistas foram validados
pelo Copav. O questionário foi disponibilizado on-line para os funcionários no período de 28
de outubro a 16 de dezembro do ano de 2005, de forma que uma amostra representativa e
aleatória desse grupo pudesse responder às questões, as quais geraram um banco de
dados. Já as entrevistas com pró-reitores e Reitor foram realizadas entre outubro e
dezembro. O material coletado, arquivado em fitas cassete foi transcrito para posterior
análise.
De forma sintética, a estratégia adotada pela subcomissão para alcance dos
objetivos pode ser estruturada em pelo menos quatro fases que estão apresentadas a
seguir:
Primeira fase
� Elaboração do Projeto para a Avaliação da Gestão - PAG;
32 É importante ressaltar que, à época da elaboração dos questionários, a diretoria da Associação dos Servidores da PUC Minas - ASSUC procurou a subcomissão para fazer sugestões. Uma vez que o questionário, em fase de preparação, continha a quase totalidade das sugestões encaminhadas, concluiu-se que o documento de fato contemplava os anseios manifestados pelos representantes dos funcionários.
33
� Identificação dos eixos centrais iniciais/dimensões para produção dos
instrumentos de avaliação;
� Definição dos instrumentos de avaliação: questionários, entrevistas e
pesquisa documental;
� Visitas a setores técnico-administrativos;
� Sensibilização de chefias e gestores;
� Elaboração de questionário e aprovação do mesmo pela CPA;
� Elaboração de roteiros para entrevistas;
� Seleção de documentos, dados e indicadores a serem coletados;
� Elaboração de plano de amostragem e procedimento para coleta de dados;
� Reavaliação e atualização do PAG;
� Montagem do cronograma para entrevistas e aplicação dos questionários.
Segunda fase
� Disponibilização dos questionários on–line, no portal RH33, para funcionários
amostrados;
� Entrevistas com administração superior;
� Levantamento de documentação, dados e indicadores;
� Reavaliação e atualização do PAG;
� Elaboração do relatório preliminar.
Terceira fase
� Apoio e assessoria técnica do Copav, para tratamento de dados - apuração,
organização, análise, compactação e respectiva interpretação;
� Reavaliação e adequação do Projeto para Avaliação da Gestão.
Quarta fase
� Construção de relatório final: elaboração inicial e avaliação com a CPA;
� Adequações e redação final;
� Organização de arquivo de informações, documentação e indicadores para
consulta permanente da própria Instituição e para fins de avaliações externas.
34
4.1.3. Resultados Alcançados
A seguir serão apresentados os resultados da avaliação da dimensão da Gestão
realizada com a Administração Superior e com os funcionários.
4.1.3.1. Avaliação da Gestão Realizada com a Administração Superior
A) Missão/Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI):
Existem documentos na Universidade que especificam os seus objetivos,
finalidades e compromissos, tais como: Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, e o
Projeto Pedagógico Institucional – PPI. Este último documento, o PPI, foi aprovado pelo
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão no fim do primeiro semestre letivo de 2006, e
encontra-se, por isso, afinado com as recentes demandas institucionais. O PDI encontra-se
em fase de revisão. A PUC Minas desenvolve programas articulando as dimensões do
ensino, pesquisa e extensão, com alto retorno social, alinhado à sua missão.
As ações e práticas realizadas pela Instituição são definidas com base no PDI,
sendo acompanhadas mediante reuniões internas, para avaliação e verificação de
adequações necessárias, além de reuniões no âmbito de todas as pró-reitorias.
Há, também na Universidade, uma comissão permanente, presidida pelo Vice-
reitor, que decide sobre a abertura ou fechamento de cursos e/ou programas, ampliação ou
revisão do número de vagas, com base em informações fornecidas pelas pró-reitorias.
Pontos a serem aperfeiçoados
Em vista da revisão em andamento do PDI, faltam bases conceituais que
possibilitem sustentar sua articulação robusta com o PPI. Além disso, constata-se que não
há plena divulgação do PDI junto à comunidade universitária. O acompanhamento de ações
e práticas da Instituição é, predominantemente informal, não havendo uma
institucionalização geral desses procedimentos em relação ao PDI. As mudanças e
33 Canal de comunicação on-line da PUC Minas com seus funcionários.
35
reformulações propostas em relação ao planejamento inicial, devido a mudanças
conjunturais não se encontram ainda explicitadas formalmente em documentos.
B) Responsabilidade Social
A Universidade favorece a inclusão de estudantes, professores e funcionários com
necessidades especiais, por meio do Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com
Necessidades Educacionais Especiais, denominado NAI. A preocupação com as pessoas
com necessidades especiais tem levado a Instituição a realizar obras de adequação de sua
infra-estrutura com o objetivo de facilitar sua acessibilidade e seu trânsito.
Foi eliminada a terceirização nas obras de infra-estrutura e a Instituição passou a
executá-las com pessoal próprio. Dessa forma a Universidade promove a inserção social,
gerando empregos mais estáveis, visto que permanentemente obras são realizadas.
O fato de a PUC Minas oferecer cursos em outras regiões fora da área
metropolitana de Belo Horizonte possibilita às pessoas daquelas regiões o ingresso na
universidade sem deslocamento para os centros maiores.
Em outra perspectiva, há número significativo de projetos de pesquisa de cunho
social e comunitário sendo realizados com a participação de colaboradores nacionais e
internacionais. Esses projetos contemplam especialmente as áreas da saúde, educação,
cultura e trabalho em tecnologia.
Pontos a serem aperfeiçoados
O NAI, sediado na Unidade Coração Eucarístico, não atende plenamente todas as
unidades, núcleos universitários e campi, sendo necessária a sua universalização no âmbito
de toda a Instituição.
C) Relacionamento com os setores público, privado e terceiro setor
A Instituição mantém parcerias com o setor público, com a iniciativa privada e com
o terceiro setor para realização de projetos de pesquisa, trabalhos comunitários, concessão
de bolsas de estudos e concessão de estágios. Muitos projetos de pesquisa contam com o
36
financiamento nacional, por exemplo, Finep e CNPq e outros contam com financiamento
internacional.
O gerenciamento financeiro de todos os convênios firmados é centralizado na Pró-
reitoria de Gestão Financeira, o que facilita a prestação de contas dos mesmos e aumentar
a sua visibilidade para a Instituição.
Foi firmada parceria com o Ministério dos Esportes para a implantação de um
centro esportivo, que deverá ser o maior de Minas Gerais.
A PUC Minas tem realizado várias ações que buscam ampliar o relacionamento
com a comunidade. Por exemplo, Domingo na PUC34, a reforma na Praça das Federações,
a construção do canteiro central na Avenida 31 de Março, a implantação de semáforos em
torno da Universidade, a sinalização estratigráfica vertical no bairro Coração Eucarístico.
Também na Unidade Barreiro foram construídas duas praças, uma pista de caminhada e
semáforos foram implantados, melhorando o trânsito local.
A Instituição tem consciência dos impactos ambientais que pode causar e procura
minimizá-los mediante ações realizadas em parceria com o poder público municipal e com a
comunidade local.
D) Políticas de pessoal e carreiras do corpo docente e do corpo técnico-administrativo
Corpo docente
Na Instituição há plano de carreira e política de qualificação definida para o corpo
docente, com critérios claros de admissão e progressão. Também existe um programa
formalizado de aperfeiçoamento de seu pessoal docente, chamado Programa Permanente
de Capacitação Docente (PPCD), que incentiva a qualificação do professor, por meio de
concessão de auxílio carga-horária e bolsas de estudo. No 1º semestre de 2006, esse
programa atendeu cerca de 200 professores da Instituição, perfazendo 2.251 horas
semanais. Atualmente, 49% do corpo docente são mestres e 18% doutores. Esse último
percentual deve crescer nos próximos anos, uma vez que cerca de 92% dos participantes
do PPCD estão em processo de doutoramento.
37
Pontos a serem aperfeiçoados
Há necessidade de revisão da política de carreira docente, especialmente no
tocante à forma de admissão e de progressão, bem como de uma nova política de avaliação
do desempenho docente.
Percebe-se que não são desenvolvidas atividades em favor da melhoria da
qualidade de vida dos funcionários e professores da Instituição. Observa-se, também, que
não existem estratégias que possibilitam à Universidade antecipar-se às eventuais
insatisfações do seu corpo técnico-administrativo e docente, a despeito da existência de
instâncias que permitam conhecê-las.
Corpo técnico-administrativo
Os critérios de seleção para contratação de pessoal passaram por avanços,
tornando-se mais isentos devido à existência de regras definidas para o processo de
admissão de funcionários. Além disso, está sendo criado um plano de carreira para o corpo
técnico-administrativo.
A Instituição tem oferecido programas de treinamento como, por exemplo, o
Programa de Desenvolvimento Gerencial – PDG. Possui também outros incentivos, como a
concessão de bolsas para os funcionários nos seus cursos de graduação e pós-graduação.
Houve um avanço das políticas de pessoal, em decorrência da eliminação da
terceirização de serviços. Por fim, nas unidades no interior do Estado, o recrutamento do
corpo técnico-administrativo tem sido feito na própria região.
Pontos a serem aperfeiçoados
Constatam-se distorções salariais em função da ausência de uma política definida
de carreira para os funcionários.
Os campi do Serro e de Guanhães contam com corpo técnico-administrativo
restrito. Com isso, os funcionários acabam assumindo outras funções, além das previstas
em seu regime de trabalho.
34 Evento realizado na PUC Minas aos domingos voltados para a comunidade externa.
38
A realização de programas de treinamento apenas no campus Coração Eucarístico
tem causado transtornos às demais unidades da comunidade universitária, devido à
necessidade de deslocamento de seus funcionários e à distância geográfica.
E) Organização e gestão da Instituição
Periodicamente são realizadas reuniões do Conselho Técnico e Administrativo –
CTA, ou da diretoria com os coordenadores de cursos, coordenadores de pesquisa,
coordenadores de estágios e coordenadores de extensão, para definição e
acompanhamento das atividades de organização e gestão em cada Unidade.
As Pró-reitorias possuem um plano de ação, além do PDI, e realizam reuniões
internas para acompanhamento e avaliação dos resultados obtidos. As decisões nas Pró-
reitorias, na maioria das vezes, são tomadas de forma participativa e compartilhada. Em
cada setor das Pró-reitorias existe um fluxograma definido para os respectivos
procedimentos.
As ações das Pró-reitorias são divulgadas para a Instituição mediante Relatório de
Atividades e pelos veículos de comunicação, geridos pela Secretaria de Comunicação.
Também se utiliza intensivamente o correio eletrônico, cartazes, informativos, além de
reuniões e visitas a setores ou Unidades.
A criação do Conselho Gestor da Universidade deverá colaborar para a
implantação do novo estatuto e, portanto, para a ampliação da autonomia gestora de cada
unidade. Há diálogo permanente dos gestores das unidades com os Pró-reitores da Unidade
do Coração Eucarístico.
Em relação às questões ambientais, a partir do momento em que a Instituição
assumiu suas responsabilidades, que vêm sendo cumpridas de acordo com o planejamento
ambiental, as pendências com os órgãos públicos de Belo Horizonte foram resolvidas.
Pontos a serem aperfeiçoados
O distanciamento temporal entre o planejamento orçamentário da Instituição, que é
feito ano a ano, e o PDI, que é definido para cinco anos, dificulta a sintonia entre os dois
instrumentos.
39
Nas Pró-reitorias e nas Unidades não existe avaliação formal que mostre os seus
pontos fortes e fracos. A avaliação das coordenações dos cursos de graduação também
pode ser aprimorada.
Em relação à infra-estrutura, a maior deficiência é a não informatização de seus
dados. Há carência de programas eficientes de informática para gerir todo o processo de
infra-estrutura com maior agilidade.
Os planos de ação semestral e anual não estão documentados, o que dificulta o
acompanhamento formal das ações, ainda que reuniões semanais sejam realizadas com
esse intuito.
O fato de as Pró-reitorias ligadas à administração superior estarem situadas na
Unidade do Coração Eucarístico dificulta a participação das demais unidades, núcleos e
campi no planejamento da Instituição. Assim, a autonomia na gestão de cada Unidade é
relativa.
As ações empreendidas nas diversas áreas da Universidade nem sempre são
divulgadas de formalmente. Muitas vezes são repassadas assistematicamente durante
reuniões em que participam membros das diretorias ou das faculdades. Constata-se a
necessidade de aperfeiçoar a sua respectiva divulgação formal.
F) Infra-estrutura
As políticas de segurança, conservação e atualização da infra-estrutura das
unidades são definidas pela Pró-reitoria de Infra-estrutura da PUC Minas, situada na
Unidade do Coração Eucarístico, com base nos levantamentos realizados internamente e
nas diversas unidades.
A infra-estrutura da Instituição, em termos de salas de aula, biblioteca, laboratórios,
áreas de lazer, transporte, equipamentos de informática, dentre outros, para atendimento de
atividades administrativas e de ensino, pesquisa e extensão, é considerada satisfatória
pelos Pró-reitores. Nas últimas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação e Cultura
- MEC, a Instituição obteve conceito “muito bom”, e na maior parte “bom”, no quesito
“instalações físicas”.
Apesar de a infra-estrutura ser boa, a PUC Minas tem ampliado as obras em todas
as unidades/núcleos/campi, melhorando as condições físicas das instalações.
A Instituição, em parceria com órgãos públicos e com a sociedade civil, tem
procurado melhorar e facilitar os acessos e o trânsito, aprimorar as áreas de lazer e também
zelar pela segurança em seu entorno.
40
Outro investimento tem sido a construção de rampas e instalação de elevadores
para pessoas com necessidades especiais e ampliação das áreas de lazer e do Centro
Esportivo da unidade do Coração Eucarístico.
Para equipamentos de laboratórios foram alavancados US$500.000,00 de órgãos
nacionais e internacionais, o que muito contribuiu para a infra-estrutura dos cursos de Pós-
graduação.
Pontos a serem aperfeiçoados
A infra-estrutura, de forma geral, foi bem avaliada pela administração superior da
Universidade. Entretanto, existem alguns problemas pontuais. Dentre eles, vale ressaltar: as
bibliotecas das unidades são pequenas, exceto a biblioteca central localizada na Unidade
Coração Eucarístico; deve-se priorizar a criação de áreas de lazer para os campi; há a
necessidade de adequação de algumas salas de aulas no que diz respeito à acústica,
ventilação e conforto ambiental; é preciso melhorar a acomodação física do pessoal
administrativo. Grande parte dos problemas é indicada como resultante do crescimento
acelerado da Universidade nos últimos anos.
Por fim, torna-se necessário ampliar as campanhas de conservação das instalações
físicas junto aos usuários, pois a Instituição tem investido muito na sua conservação e
reforma, em decorrência da acentuadas depredações.
G) Sustentabilidade financeira
A PUC Minas tem sustentabilidade financeira comprovada nos últimos anos. O
endividamento bancário, fruto de sua expansão, encontra-se em níveis tranqüilos, tendo em
vista o volume de recursos que a Instituição movimenta. Atualmente, a Universidade tem
buscado captar recursos para investimento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES. Existem, na Instituição, políticas para captação de recursos,
especialmente pelas Pró-reitorias de Pesquisa e Pós-graduação e de Extensão. A principal
fonte de receita da Universidade, cerca de 90%, advém dos cursos de graduação.
41
O planejamento da alocação de recursos está subordinado a políticas específicas, e
é realizado mediante Orçamento Programa, aprovado pela Sociedade Mineira de Cultura,
mantenedora da PUC Minas, em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96.
Pontos a serem aperfeiçoados
Não existe política de captação de recursos para os campi do interior do estado, e a
alocação de recursos é subordinada às políticas da Universidade.
H) Destaques do Reitor
A PUC Minas ocupa posição de destaque na educação do Brasil – tanto pela
qualidade do trabalho desenvolvido quanto pelo número de pessoas que agrega em sua
comunidade, especialmente nos programas de mestrado e doutorado. A Instituição possui
foco na responsabilidade social.
Em relação à sustentabilidade financeira, é importante destacar que, atualmente, os
investimentos em infra-estrutura são feitos com recursos captados externamente como, por
exemplo, os financiamentos de longo prazo do BNDES e não com recursos próprios.
A gestão da Universidade é feita de forma descentralizada, colegiada. A idéia é
aprimorar essa forma, desburocratizando mais e oferecendo maior flexibilidade à gestão das
unidades, núcleos universitários e campi.
Pontos a serem aperfeiçoados
O maior desafio da Universidade é conseguir recursos para financiar a pós-
graduação, que tem baixo retorno financeiro, mantendo a qualidade dos seus programas.
O processo de comunicação interna da Universidade precisa ser melhorado e a
Instituição precisa de um projeto de comunicação mais efetivo.
42
4.1.3.2. Balanço Crítico
A Universidade possui dois documentos-mestres, que são o Projeto Pedagógico
Institucional – PPI, recém-aprovado, e o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, em
fase de revisão.
A administração superior confirma que a gestão é feita de forma participativa,
sempre que possível. Normalmente, as deliberações não são explicitadas em documentos,
sendo feitas de maneira informal. Este fato, embora não gere prejuízo na execução das
atividades, traz certo desconforto na tomada de algumas decisões. Além disso, perde-se o
histórico do que foi feito.
As Unidades Acadêmicas, os Núcleos Universitários e campi relataram ter pouca
autonomia, ainda que as decisões sejam colegiadas e participativas.
De acordo com os Pró-reitores existem planos de carreira e política de qualificação
consolidados para o corpo docente. Para o corpo técnico-administrativo, o plano de carreira
está ainda em fase de conclusão.
4.1.3.3. Avaliação da Gestão Realizada com Funcionários
A PUC Minas conta com cerca de 1.500 funcionários em seu corpo técnico
administrativo. Para fins da auto-avaliação institucional referente à dimensão de Gestão foi
selecionada uma amostra aleatória com 305 funcionários de todas as Unidades e campi.
Foram obtidas 247 respostas o que representa confiabilidade de 91,4%. O perfil do
funcionário amostrado indica que a maioria trabalha nos turnos “manhã” e “tarde” (67,9%),
sendo que 61,8% é do “sexo feminino”. A “faixa etária” é distribuída igualmente e 80%
trabalham há “menos de dez anos” na Instituição e, desses, 46,7% trabalham há “menos de
cinco anos”.
43
Gráfico 2: Perfil - distribuição dos funcionários, por sexo
Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006
Gráfico 3: Perfil - faixa etária dos funcionários
Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006
Gráfico 4 : Perfil - turno de trabalho dos funcionários
Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006
3 8 ,2 0 %
6 1,8 0 %
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Masculino Feminino
0,40%
10,20%
23,20%19,50%
14,60%
32,10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Menos de 20anos.
De 20 a 24 anos. De 25 a 29 anos. De 30 a 34 anos. De 35 a 39 anos. Acima de 39anos.
4,50% 3,70%0,40%
67,90%
17,90%
5,70%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Manhã Tarde Noite Manhã e Tarde Tarde e Noite Manhã e Noite
44
Gráfico 5: Perfil - tempo de trabalho na PUC Minas
Fonte: Questionário Gestão – Copav/2006
A) No que diz respeito à missão da Instituição
O instrumento de coleta de dados contou com uma questão específica para a
percepção do conhecimento que os funcionários têm da missão da Instituição35. Essa
questão é relevante, pois se refere à maneira pela qual o funcionário compreende a
importância de sua função em relação à missão da Instituição. Dos funcionários
entrevistados, 70,0% afirmaram que suas atividades estão “diretamente ligadas” ao
cumprimento da missão da PUC Minas e 27,7% deles disseram que seus trabalhos
contribuem apenas “parcialmente” com esse objetivo. Por outro lado, somente 2,1% deles
responderam que suas tarefas “nada têm a ver” com a missão da Instituição.
Uma outra questão proposta para avaliação da missão mostrou que cerca de 80,0%
dos funcionários avaliaram como “boa” ou “muito boa” a participação da comunidade
acadêmica (docentes, discentes e corpo técnico-administrativo) nas atividades, projetos e
programas desenvolvidos pela sua unidade de trabalho. Este percentual considera somente
as respostas dos funcionários cujas unidades de trabalho promovem algum tipo de evento
acadêmico.
De acordo com 57,4% dos entrevistados, sua unidade de trabalho “participa” dos
programas de extensão universitária. Desses, 80,0% disseram que a participação se dá nas
“comunidades interna e externa” à Universidade. 21,1% dos funcionários afirmaram que a
35 A missão da instituição é: “promover o desenvolvimento humano e social de alunos, professores, funcionários e comunidade, contribuindo para a formação ética e solidária de profissionais competentes humana e cientificamente, mediante a produção e disseminação do conhecimento, da arte e da cultura, a integração entre a
46,70%
33,30%
11,40%6,90%
1,60%0%
10%20%
30%40%
50%
60%70%
80%90%
100%
Menos de 5anos
De 5 a 10 anos De 11 a 20anos
De 21 a 30anos
Acima de 30anos
45
sua unidade de trabalho “não participa” dos programas de extensão universitária ao passo
que outros 21,5% “não têm conhecimento” sobre o assunto. Nesse caso deve-se levar em
conta que há atividades técnico-administrativas cuja natureza não estão relacionadas
diretamente com as atividades de extensão.
B) No que diz respeito ao corpo de servidores técnico-administrativos
Em relação ao ingresso para o trabalho na Instituição, 60,5% dos funcionários
afirmaram que ingressaram na PUC Minas por meio de “exame seletivo” e 39,5% por
“indicação de pessoas pertencentes à Instituição”. O treinamento para o exercício das
atividades aponta que 64,6% deles “passaram por algum tipo de treinamento interno” o que
possibilitou o seu aperfeiçoamento profissional. Desses, 19,0% revelaram que o treinamento
deu-se “apenas à época da admissão”; 66,2% disseram que o treinamento é oferecido
“periodicamente”; e 14,6%, “a cada mudança de função”.
Apesar da maior parte dos funcionários ter declarado a participação em algum tipo
de treinamento interno, visando aperfeiçoamento profissional, 35,4% revelaram “não ter tido”
qualquer tipo de treinamento. Entre os técnico-administrativos entrevistados, 25,5%
disseram que “não existem” critérios para a progressão na carreira e um percentual também
expressivo, 37,4%, “desconhecem o assunto”.
Dos entrevistados, 37,0% afirmaram “haver critérios” para progressão na sua
carreira. Desses, 60,0% os consideram “adequados” ou “muito adequados” e somente 8,9%
os avaliaram “impróprios”. Quase 60,0% do corpo técnico-administrativo pesquisado afirmou
“nunca ter passado” por uma avaliação de desempenho visando aferir a sua produtividade.
Em concordância com as discussões de avaliação de desempenho, 82,7% deles “não
conhecem” os critérios atuais para a mesma, ao passo que apenas 9,5% disseram “saber”
quais são.
Além disso, a quase totalidade dos funcionários (95,0%) julga-se “completamente”
ou “muito preparado” para exercer o cargo que ocupam.
A PUC Minas oferece benefícios aos funcionários tais como: bolsas de estudo, vale
transporte, planos de saúde e de previdência privada e 87,2% dos entrevistados
consideram-nos “satisfatórios”.
Universidade e a sociedade, a interdisciplinaridade e a articulação do ensino, da pesquisa e da extensão”.(Projeto Pedagógico Institucional, 2005).
46
C) No que diz respeito à Gestão da Universidade
Ao avaliar as atividades especificas de sua função, 85,0% dos funcionários julgam
que estas lhes são transmitidas pela chefia de maneira “clara” e também “condizente com a
prática”. Além disso, 91,5% consideram o relacionamento no ambiente de trabalho “tranqüilo
e cordial entre colegas e chefia”.
Grande parte dos entrevistados qualifica sua atividade como “bastante” ou
“completamente interessante”, ou seja, 35,7% e 49,8%, respectivamente, totalizando 85,5%.
No entanto 21,3% classificaram-nas também como “cansativas” e 31,0%, como “rotineiras”.
Metade dos funcionários, 50,2% consideram as diretrizes e normas que
fundamentam a política de pessoal, como “adequadas” ou “muito adequadas”; e 21,7%
julgam-na “parcialmente adequadas”. 4,7% dos técnico-administrativos acham-nas
“inadequadas” e 23,4% “desconhecem o assunto”.
Sobre a integração existente entre os funcionários dos vários setores da
Instituição, 60,0% disseram ser “boa” ou “muito boa”. Apenas 11,5% dos entrevistados
responderam “ruim” ou “muito ruim”.
Entre os funcionários cuja unidade de trabalho realiza algum tipo de evento
referente ao seu âmbito administrativo/institucional, 70,2% afirmaram que há a devida
divulgação pela Universidade. No entanto, em torno de 25,0% deles consideram-na apenas
“parcialmente satisfatória” e 5,1%, “inadequada”.
Em relação às tomadas de decisão para mudanças de procedimentos
administrativos e operacionais, cerca de metade dos entrevistados (50,2%) revelaram que
delas “participam”, evidenciando que, em sua opinião, parte da tomada de decisões é
compartilhada (colegiadas, através de conselhos). No entanto, 49,8% afirmaram que as
tomadas de decisões “são realizadas pelas chefias sem a participação dos funcionários”.
As atividades de chefia foram “muito bem” avaliadas por mais de 80% dos
funcionários em todos os quesitos verificados: “coerência” (54%), “estabelecimento de
tarefas” (46,8%), “tempo estipulado para a realização de tarefas” (40,9%) e “respeito
humano” (70,6%).
Em relação à quantidade de funcionários para a execução de serviços em suas
respectivas unidades, pode-se afirmar que 55,3% dos entrevistados declararam que seu
setor “possui” número suficiente de funcionários para atender à demanda de serviços, sendo
que 72,3% costumam fazer horas extras “às vezes” ou “raramente”. Um dos pontos
avaliados em relação às horas extras aponta que 63,1% dos entrevistados declararam que
elas “são transformadas em banco de horas”. 29,7% disseram que elas “são compensadas”.
Entre aqueles funcionários que alegaram fazer horas extras, 6,8% afirmaram que as
47
mesmas “não são compensadas de nenhuma forma”. Somente 21,1% deles declararam
fazer horas extras, “sempre” ou “freqüentemente”.
Segundo 44,7% dos funcionários as expansões ocorridas na PUC Minas
representam, para sua unidade de trabalho, “maior carga de atividades, sem a
correspondente ampliação do quadro de funcionários”, gerando a necessidade de realização
de horas extras.
O processo de expansão por que passou a Universidade nos últimos anos, na visão
dos funcionários, levou a um “aumento da carga de trabalho”, por não ter havido
correspondente acréscimo do pessoal. Este fato tem acarretado queixas de cansaço e
incidência de horas extras. Mesmo assim, a grande maioria dos técnico-administrativos
considera o trabalho realizado “interessante”.
A PUC Minas trabalha com dois períodos de férias coletivas para o corpo técnico-
administrativo. 69,4% dos funcionários entendem que essa modalidade “facilita” a
programação das atividades em sua unidade de trabalho. 16,2% disseram que ajudam “nem
muito nem pouco”; 9,4% acham que facilita “pouco”; e 5,1%, “não interferem” na sua
programação de atividades. Dos funcionários entrevistados, 46,8% disseram que as “férias
coletivas da Instituição levam à necessidade de realização de horas extras”. Por fim, 11,9%
dos técnico-administrativos entrevistados afirmaram que as férias coletivas geram, na sua
unidade de trabalho, um “excesso de atividades”.
Dentre os pesquisados, 57,0% afirmaram que a margem de erro na execução dos
serviços em sua unidade de trabalho é “mínima”, levando-se em conta o volume de serviços;
30,2%, classificaram-na como “pequena, sem exigência de novo trabalho”; e, 12,8%
afirmaram ser “razoável” alguma margem de erro, exigindo novo trabalho.
D) No que diz respeito à Infra-estrutura
De maneira geral, o corpo técnico-administrativo mostrou-se satisfeito em relação à
infra-estrutura do local de trabalho, visto que aproximadamente 85,0% consideram de
“parcialmente” a “muito adequado” as condições gerais de ambiente, tais como espaço,
número de funcionários, barulho, temperatura, iluminação, número de equipamentos em
bom estado de funcionamento, mobiliário, limpeza e ventilação. Além disso, 55,6% dos
funcionários declararam que a infra-estrutura da sua unidade “tem atendido às pessoas com
necessidades especiais”; enquanto 12,9% disseram que ainda “não os tem atendido”.
48
Embora existam problemas pontuais, a infra-estrutura da Universidade, de maneira
geral, é “adequada”, conforme atestam tanto os funcionários como a alta administração e
também as avaliações já realizadas in loco pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC. A
confirmação desse dado referente à infra-estrutura da Instituição coincide com os
documentos colhidos na Pró-reitoria de Infra-estrutura. Acrescente-se que estes evidenciam
o esforço da Instituição para tornar a Universidade cada vez mais acessível à comunidade
interna e externa.
Em relação às condições dos sistemas informatizados da Instituição, 71,2% dos
entrevistados disseram que estes atendem “completamente” ou “bastante” as suas
demandas. No entanto, 25,3% disseram que os sistemas informatizados atendem de forma
“mais ou menos” satisfatória, enquanto que 3,4% disseram que a eles “nada” ou “pouco”
atendem.
4.1.3.4. Pontos a serem aperfeiçoados
A análise dos dados chama a atenção para os tópicos seguintes que devem
merecer discussão mais aprofundada no planejamento da gestão acadêmico-administrativa:
processo de comunicação interna na PUC Minas; divulgação do PDI e PPI, documentos-
mestres da Instituição; informalidade dos procedimentos da Universidade; política de
pessoal: plano de carreira e de cargos e salários; política de expansão e infra-estrutura e
autonomia na gestão das unidades.
4.1.3.5. Balanço Crítico
No que diz respeito às atividades de auto-avaliação da gestão cabe ressaltar que
os dados para atendimento à Subcomissão de Gestão foram obtidos mediante questionários
elaborados pela própria equipe, além dos instrumentos institucionais, tais como o Boletim
Estatístico e o Relatório de Atividades e outros disponibilizados pelos sistemas Datapuc.
No entanto, a Plataforma de Currículos PUC poderia ter sido melhor utilizada visto
possuir informações completas sobre o corpo docente, se o mesmo permitisse gerar
relatórios analíticos com base em suas informações. Devido ao cumprimento de prazos
ainda não foi possível a implantação neste sistema de rotinas que forneçam os dados
necessários. Contudo, em entendimento com o Datapuc ficou acordada a criação de
49
ferramentas que possam atender o Programa de Avaliação da Instituição em seus futuros
trabalhos. Vale ressaltar, também, que as Pró-reitorias forneceram valiosas informações
para atender as demandas dessa Subcomissão de Gestão.
O questionário elaborado pela Subcomissão foi o primeiro a ser implantado nessa
etapa de avaliação, tendo sido disponibilizado no Portal da Pró-reitoria de Recursos
Humanos, um dos canais de comunicação da Instituição com seu corpo técnico-
administrativo. Pode-se perceber dificuldades e resistências na resposta eletrônica em razão
de alguns funcionários não terem acesso ou não fazerem uso desse canal de
comunicação36.
36 Nesse caso a equipe de apoio técnico do Propav fez a aplicação do questionário presencialmente (em torno de 20 funcionários).
50
4.2. SUBCOMISSÃO DE ENSINO
Para a dimensão do ensino foram utilizados os resultados obtidos numa primeira
etapa de Auto-Avaliação Institucional feita pelo Programa Permanente de Avaliação
Institucional (Propav). Os dados a serem apresentados nesse documento são síntese do
relatório publicado internamente em 2004, anexo neste Relatório de Avaliação Interna37.
4.2.1. Ações planejadas
Os objetivos propostos pelo Propav foram pensados em função do trabalho com o
conhecimento na graduação da PUC Minas e o instrumento de avaliação, bem como outros
aspectos que foram abordados e indicam a elaboração e proposta de trabalho para essa
dimensão da avaliação interna.
Apresentam-se, pois, os objetivos, assumidos como as ações que foram
planejadas para essa dimensão do trabalho com o conhecimento e ações realizadas, as
potencialidades e pontos frágeis, ou seja, os pontos que serão aperfeiçoados
posteriormente, no sentido de melhorar o programa de avaliação e aprofundar o
conhecimento sobre o ensino da graduação nesta Instituição: (1) avaliar vários aspectos da
vida acadêmica do aluno no curso, visando a um movimento contínuo de aperfeiçoamento
do aprendizado e, com isto, uma melhoria na qualidade de ensino. Deve contemplar, além
do ensino, também se as atividades de pesquisa e extensão afetam ao Projeto Pedagógico
do Curso. Esse instrumento deve levar à aferição do conjunto das atividades planejadas no
Projeto e efetivamente realizadas, tendo em vista a formação global do aluno; (2) avaliar as
disciplinas ministradas no curso, bem como os seus professores e o aperfeiçoamento do
aprendizado, visando também à melhoria na qualidade do ensino. As questões devem estar
em sintonia com o Projeto Pedagógico do Curso, no sentido de, ao avaliar as disciplinas,
fazê-lo em consonância com sua inserção no Projeto Pedagógico; (3) avaliar aspectos do
curso, visando a um movimento contínuo de aperfeiçoamento do aprendizado e, com isto,
uma melhoria na qualidade de ensino, em consonância com o Projeto Pedagógico do curso
e com o Projeto Pedagógico Institucional. A avaliação do Ensino deve contemplar ainda o
conjunto das atividades planejadas e efetivamente realizadas, tendo em vista o Projeto
Pedagógico do Curso, e atentar para as atividades de pesquisa e de extensão,
correlacionadas ao ensino; (4) identificar a avaliação do egresso acerca dos vários aspectos
51
durante sua vida acadêmica no curso, visando à melhoria na qualidade de ensino, e
pensada correlacionando-se os propósitos do Projeto Pedagógico e as demandas da
sociedade e do mercado de trabalho.
Em relação ao ensino da graduação, as principais estratégias de alcance desses
objetivos para o trabalho com a comunidade acadêmica foram no sentido de criar espaços
de sensibilização e demover a idéia de avaliação punitiva, e conscientizar tanto alunos
quanto professores e coordenadores da necessidade de se construir um modelo de
avaliação que pudesse, ao mesmo tempo, desvendar a cultura organizacional da instituição
e se transformar em instrumento formativo que retornasse à própria comunidade.
4.2.2. Ações realizadas
Para os efeitos dessa avaliação, foi elaborada uma estratégia de alcance da
comunidade acadêmica para promover sua sensibilização. Através do Sistema de
Gerenciamento Acadêmico – SGA foi disponibilizado um convite on-line para os
professores, de modo que eles pudessem, nesse primeiro momento, se inscrever para
participar da avaliação institucional interna.
A forma escolhida para a aplicação dos questionários foi convidar os alunos e
professores dos cursos de toda a PUC Minas, para que pudessem responder ao
questionário on-line, que ficou à disposição dos respondentes durante dois meses. Ao final
desse tempo obtivemos um resultado de 20% de respondentes, que foi considerado um
número adequado aos primeiros trabalhos do processo de Avaliação Interna. Ao final desse
tempo iniciou-se o trabalho de tratamento dos dados obtidos bem como o trabalho das
informações estatísticas produzidas.
Como análise documental, tomou-se como referência a leitura do texto formal do
projeto pedagógico dos cursos de graduação, trabalhando, portanto, com a sua idealização
e propósitos. Em todos os casos, a leitura feita pela Subcomissão responsável foi discutida
com a coordenação do curso, que teve oportunidade de prestar novas informações e
contribuir para que a leitura dos projetos fosse feita de maneira a se aproximar ao máximo
de sua natureza38.
37 Cf. PUC MINAS, 2005. 38 As análises mais aprofundadas dessa leitura dos Projetos Pedagógicos encontram-se nas páginas 46 a 52 do Relatório Geral do Ensino de Graduação na PUC Minas, que acompanha este Relatório.
52
4.2.3. Resultados Alcançados
Dos 13.235 alunos respondentes, 50% são do sexo masculino e 50% são do sexo
feminino. Pode-se considerar que o corpo discente da PUC é bastante jovem, já que, em
setembro de 2003, 13,6% informaram ter menos de 20 anos; 52,5% entre 20 a 24 anos;
17,9% entre 25 e 29 anos e os restantes 16% tinham idade acima de 29 anos. Em relação
ao tempo de estudo na PUC Minas, 37,8% dos alunos respondentes estudam há menos de
4 semestres; 34,9% estudam entre quatro a seis semestres; 21,1% estudam entre sete a
nove semestres e apenas 6,1% estudam ha mais de 10 semestres. Parece haver também
certo equilíbrio entre a participação dos alunos respondentes quanto ao tempo de estudo na
Universidade. Quer-se dizer que não se verifica tendência de concentração de respondentes
por períodos, embora se possa admitir que haja uma representação um pouco maior de
alunos cursando até o terceiro ano da graduação.
Num total de 2.272 professores que exerciam atividades docentes na Universidade
no segundo semestre de 2003, 1.336, ou 58,8% responderam ao questionário do Propav.
Considerando-se que a resposta ao questionário foi voluntária, a CPA considera essa
participação uma manifestação de boa disposição dos professores para contribuir com o
processo de Avaliação Interna da Universidade.
A grande maioria desses professores ministra aulas em mais de uma Unidade,
dentre as localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Alguns deles ministram
aulas em mais de um campus, principalmente dividindo sua carga horária entre as Unidades
localizadas em Belo Horizonte e o campus de Serro. A seguir, apresentam-se algumas
informações a respeito do perfil dos professores respondentes, considerados no geral.
Do conjunto de professores respondentes, 43,8% são do sexo feminino e 56,2% do
masculino. Sobre a distribuição dos respondentes por faixa etária, 38,4% dos professores
que responderam ao questionário situam-se na faixa entre 30 a 39 anos, revelando um
corpo docente jovem.
O perfil aqui desenhado dos coordenadores de cursos de graduação está ancorado
nas informações obtidas através do questionário aplicado pelo Programa Permanente de
Avaliação Institucional e se refere apenas aos respondentes. Foram 55 coordenadores de
curso que responderam ao questionário, de um total de 71 em exercício na Instituição, em
setembro de 2003. Infelizmente não se pôde, também neste caso, contar com a informação
de todos os integrantes desse grupo, considerado pelo Propav importante agente co-
responsável pelo processo do trabalho com o conhecimento, gestor do projeto pedagógico.
Também neste caso a adesão foi voluntária, uma parte dos coordenadores considerou como
não relevante a sua participação e optou por não responder ao questionário. Como se verá,
53
não é raro que os coordenadores de curso sejam, se não os construtores diretos dos
projetos pedagógicos em curso, atores ativos no processo de sua produção, o que faz deles
conhecedores privilegiados desses projetos. São responsáveis pela sua gestão e
participaram de sua formulação. Também no caso dos coordenadores de curso, o
questionário foi disponibilizado on line, com a garantia da preservação da identidade dos
respondentes.
O questionário respondido pelos coordenadores, atendendo a sugestões dos
próprios, conteve diversas questões abertas, nas quais eles poderiam dar opiniões a
respeito de vários aspectos de sua atividade e que envolviam, necessariamente, os alunos,
os professores e a Instituição. Os coordenadores de curso são os atores que têm a
perspectiva da Instituição mais presente em sua atividade cotidiana, pelo fato de serem
responsáveis por um conjunto de tarefas que envolve a aplicação de normas e regras
institucionais, bem como aspectos de sua cultura. São também conhecedores dos
professores e dos alunos que coordenam e do conjunto da dinâmica do próprio curso. Em
relação ao perfil dos coordenadores, 64% dos respondentes do sexo masculino e 36% do
sexo feminino.
Além do perfil dos respondentes, procurou-se perceber o trabalho com o
conhecimento tanto para alunos quanto para professores. Embora a avaliação tenha como
propósito observar os processos relacionados ao ensino de graduação na PUC Minas,
tomando o projeto pedagógico de curso como peça central, não se poderia passar ao largo
de alguma observação quanto aos resultados desse trabalho. A idéia de resultados também
não chega ao desempenho específico do aluno, com relação a notas ou mesmo avaliações
como as do Enade. Neste momento, o resultado da reflexão sobre o trabalho com o
conhecimento que é desenvolvido na PUC Minas refere-se a um conjunto de competências
e habilidades que se compreende necessário que os alunos desenvolvam, no sentido de
proporcionar-lhes condições para sua efetiva formação – profissional e cidadão. Desse
modo, as informações abaixo se referem à discussão sobre a maneira como competências e
habilidades estão sendo desenvolvidas junto ao corpo discente na graduação.
Na opinião dos professores, sem sombra de dúvida, a “habilidade do raciocínio
lógico” (78%) é a habilidade que o seu trabalho mais contribui para desenvolver, seguido de
perto pela iniciativa de aplicação do conhecimento (69,1%), do “trabalho em grupo” (65%) e
finalmente da “comunicação” (63%). Há certa unanimidade na opinião dos professores
quanto a essas habilidades e competências que seriam desenvolvidas “em todas as
disciplinas que lecionam”.
Interessante observar que, na opinião dos alunos, a habilidade mais presente é a
da capacidade de trabalhar em grupo (em torno de 30%); esta habilidade é seguida de perto
pelo desenvolvimento do “raciocínio lógico e da análise crítica”, depois “habilidade de
54
comunicação” e por fim a “capacidade de tomar iniciativas em novas situações”. Também
neste caso a tendência verificada não é a mesma que a observada entre os professores.
Porém, percebe-se que os alunos consideram positivamente o desenvolvimento dessas
habilidades.
A partir do conjunto de dados, esperar-se-ia um grau razoável de satisfação
(48,7%) com o trabalho realizado. Tanto os professores que se afirmam “parcialmente
satisfeitos” (17,1%) quanto os “insatisfeitos” (1,1%) formam um grupo bastante pequeno.
Talvez fosse interessante perguntar a razão de grau de insatisfação. O questionário aplicado
não solicitou a eles essa informação. Porém, considera-se que seria bastante proveitoso
para a Instituição saber a razão da insatisfação de seus professores. Espera-se que a
atividade permanente de avaliação produza essa informação. Além disso, também parece
interessante conhecer com maiores detalhes as razões da satisfação, no sentido de se
perceber a que elas de fato se relacionam. Esse conhecimento contribuiria para melhorar
ainda mais a qualidade do ensino, supondo-se que a satisfação no trabalho e com o
trabalho que se realiza é fator de estímulo para melhor realização de suas atribuições.
Ainda sobre esse mesmo aspecto e em relação aos alunos 38,2% disseram que estão
“satisfeitos” com o curso escolhido e 23,2% disseram estar “bastante satisfeitos”.
No conjunto dos aspectos avaliados vale destacar e discutir a formação humanista
que é oferecida pela Instituição. Certamente, discutir formação humanista observando-se o
percurso do aluno no ensino de graduação não é tarefa fácil. Os desafios foram muitos e a
CPA ainda considera bastante precário o resultado ao qual se pôde chegar. Existem alguns
problemas relacionados à formulação das questões. Um deles refere-se à definição do
conceito de formação humanista. Outro diz respeito ao melhor método para se coletar
informação a respeito da natureza dessa formação. Em face da metodologia escolhida o
Propav decidiu por sistematizar e definir o entendimento acerca do que se denomina
formação humanista.
Assim, considera-se formação humanista a formação do sujeito, em sentido lato,
que promove o desenvolvimento integral do ser humano, de modo a garantir sua inclusão na
sociedade por meio do exercício da cidadania. Todas as ações desenvolvidas nos diferentes
espaços da universidade têm como finalidade essa formação que não deve ser apêndice no
conjunto de conteúdos do curso e nem se restringir aos conteúdos de disciplinas chamadas
humanas e sociais tais como Filosofia, Sociologia e Cultura Religiosa. O gráfico abaixo
mostra a concepção dos professores em relação à formação humanista em seu conjunto de
valores.
55
Gráfico 6: Opinião dos professores respondentes sobre o estimulo de seu trabalho pedagógico, relacionado à formação humanista dos seus alunos, no que diz respeito
a um conjunto de valores.
Fonte: Questionário dos Professores, setembro 2003.
Da mesma forma, também foram obtidos resultados referentes à relação entre os
sujeitos no processo de ensino aprendizagem, e podem ser verificados de forma bastante
explícita no Relatório de Ensino da Graduação da PUC Minas anexo a este documento.
4.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados
Certamente, o questionário, como instrumento de coleta de informações, não é
suficiente para apreender o conjunto de elementos que forma essa dinâmica da avaliação. O
questionário é apenas o início de um processo de conhecimento da vida institucional no que
diz respeito ao trabalho com o conhecimento que é realizado na graduação. Tal como os
demais questionários aplicados a professores, alunos e coordenadores, o questionário
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 2 3 4 5 6Escores (1=Não; 6=Sim)
Per
cen
tual
Valores: liberdade, fraternidade, justiça e igualdade
Atitude crítica em relação à realidade de exclusão social que se verifica na sociedade brasileira
Respeito às diferenças entre indivíduos, grupos, culturas e outras
Disposição para participar de associações civis, sem f ins lucrativos, que desenvolvam ações sociais e/ou munitárias
Sensibilidade e sentimento de co-responsabilidade para com o patrimônio da humanidade
Sensibilidade e sentimento de co-responsabilidade para com o futuro dos povos e do planeta
56
aplicado permitiu à CPA certa aproximação dessa dinâmica, e também ensejou o
aprimoramento desse conhecimento através de outras metodologias que podem e devem
ser utilizadas num momento posterior. Em todo o processo de avaliação pôde-se perceber
que os ajustes do processo de Avaliação Interna são necessários para que se possam
alcançar resultados mais precisos, e que a cada etapa sejam sempre mais significativos
para a Instituição. Assim, potencialidades e fragilidades dessa subcomissão, de muitas
maneiras, ficam por conta de questões relacionadas à metodologia, mais especificamente
com as estratégias de alcance dos atores que estão envolvidos diretamente com o
conhecimento, quais sejam: alunos, professores e coordenadores.
Em relação a potencialidades, podemos destacar o trabalho da leitura dos projetos
pedagógicos dos cursos de graduação da PUC Minas, em que foi criado um instrumento de
preenchimento para que se pudesse não apenas realizar o estudo de cada um deles, como
também registrar, para futuras comparações, os ajustes nas propostas e sempre visando ao
atendimento à comunidade acadêmica e os respectivos acompanhamentos pedagógicos.
Um resultado imediato desse processo, bastante frutífero, foi a organização e
sistematização das coordenações em relação aos projetos pedagógicos e, posteriormente,
sua atualização.
O instrumento de avaliação utilizado também trouxe uma série de vantagens, pois
sua construção demandou um trabalho coletivo expressivo, discussão longa e demorada,
que inspirou o trabalho de outras subcomissões e, ainda, proporcionou-lhes uma base
sólida, já que algumas delas pautaram seus instrumentos a partir dessa construção.
Talvez a fragilidade do processo de avaliação que deva ser corrigida de forma mais
acelerada seja a integração de todos os instrumentos e respectivos resultados.
4.2.5. Devolução dos resultados
Essa subcomissão, como já foi dito, tratou a devolução dos resultados de uma
maneira diferente da que foi proposta para o conjunto das informações que foram obtidas.
Como estávamos ainda num processo inicial de trabalho com a Avaliação Interna, a opção
de divulgação e trabalho foi estruturada de tal maneira que cada uma das subcomissões
que ficaram responsáveis pelos estudos dos projetos pedagógicos e sistematização dos
dados, após a apuração dos resultados, pudesse também trabalhar com os resultados
alcançados mediante um trabalho estatístico anterior.
Cada um dos membros recebeu um conjunto de resultados e um modelo de
relatório para que se pudesse produzir os resultados das Unidades acadêmicas, quando
57
fosse o caso ou do conjunto de cursos. Assim, a divulgação dos resultados à comunidade
acadêmica contou com três tarefas: a) divulgação, discussão dos resultados obtidos com a
Cocenai, responsável a época pelos resultados alcançados e, b) posteriormente a
divulgação dos resultados para a unidade ou conjunto de cursos, sob a responsabilidade da
subcomissão; c) enfim os resultados foram publicados no Portal PUC Minas, para que
ficassem à disposição da comunidade acadêmica.39
Um outro momento de divulgação dos resultados foi o que resultou no Relatório da
Graduação, que já é citado aqui, que consiste na reflexão sobre os resultados gerais do
trabalho com o conhecimento no ano de 2003 na PUC Minas. Este trabalho resultou num
documento oficial que foi entregue à comunidade acadêmica, em cerimônia solene, com a
presença da Administração Superior, para apresentação e discussão dos resultados
produzidos nesse primeiro momento do processo de Avaliação Interna.
Nesse primeiro momento de avaliação institucional o Propav estava sob a
orientação direta da Pró-reitoria de graduação, que não apenas apoiou os trabalhos do
Programa Permanente de Avaliação, como respaldou todas as ações de avaliação que
foram propostas. Esse trabalho conjunto da avaliação foi possível em razão da
compreensão recíproca que os resultados alcançados servem de base tanto para que a Pró-
reitoria de Graduação possa orientar suas ações futuras, seja percebendo as necessidades
de ajustes de trabalho ou mesmo discutindo com os coordenadores de curso proposições
sobre o projeto pedagógico quanto para o trabalho permanente de avaliação do
conhecimento na Instituição.
39 Os resultados estão disponibilizados desde março de 2005 em www.pucminas.br/propav.
58
4.3. SUBCOMISSÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
A Subcomissão de Pesquisa e Pós-graduação optou por associar as duas
dimensões, a saber, Pesquisa e Pós-graduação, em razão de haver na PUC Minas uma
Pró-reitoria que as congrega. Assim, para efeitos da Auto-Avaliação Institucional as duas
dimensões foram conjuntamente avaliadas, inclusive levando-se em consideração uma
infinidade de combinações dos aspectos que perfazem o todo institucional, e ainda a
possibilidade de aproximações entre as dimensões já citadas.
Para efeitos de apresentação dos resultados, foram destacados aspectos ligados à
pós-graduação lato sensu e pós-graduação stricto sensu. Percebe-se claramente que nos
últimos anos a PUC Minas apresenta crescimento acentuado nos cursos de pós-graduação,
tanto lato sensu quanto stricto sensu (gráficos 7 e 8).
Gráfico 7: Evolução do número de cursos de pós-graduação lato sensu
Fonte: SAL – Sistema acadêmico de Pós-graduação lato sensu/2006
0
20
40
60
80
100
120
140
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Ano de Abertura
Qtd
e. c
urso
s -
Acu
mul
ado
59
Gráfico 8: Evolução do número de cursos de pós-graduação stricto sensu
Fonte: Relatório de Atividades/2004
4.3.1. Pós-graduação lato sensu
4.3.1.1. Ações planejadas
A Subcomissão de Pesquisa e Pós-graduação planejou as ações relacionadas a
seguir:
Levantamento dos cursos existentes mediante consulta a documentos e às
unidades que oferecem cursos de pós-graduação lato sensu; realização de entrevistas com
os responsáveis pelas unidades e coordenadores de cursos para identificação de aspectos
relevantes a serem incluídos na elaboração de instrumento de avaliação da pós-graduação
lato sensu (questionários eletrônicos, entrevistas); levantamentos dos mecanismos de
avaliação internos já adotados pelas diversas unidades; elaboração e implementação de
formulário eletrônico para coleta de informações sobre articulação entre a graduação e a
pós-graduação lato sensu, participação dos docentes da PUC Minas nos cursos de pós-
graduação, titulação da coordenação do curso e do seu corpo docente e dados sobre
0
2
4
6
8
10
12
14
1988
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2003
2004
Ano de Abertura
Qua
nt.
Cur
sos
- A
cum
ulad
o
60
egressos, índices de evasão, periodicidade da oferta, carga horária e outras informações
pertinentes aos cursos. Além disso, foram planejadas a formulação de indicadores de
qualidade para avaliação dos cursos, a elaboração de instrumentos para avaliação desses
cursos e proposta de organização anual de seminário para apresentação e descrição dos
resultados do processo de avaliação.
4.3.1.2. Ações realizadas
Em conformidade com as ações planejadas a Subcomissão de Pesquisa e Pós-
graduação realizou a auto-avaliação dessa dimensão mediante uma série de atividades
descritas a seguir: (1) solicitação, por e-mail, às unidades da PUC Minas de informações
necessárias à construção de um banco de dados sobre os cursos por elas implementados –
esses dados foram enviados à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação; (2) entrevistas
com os responsáveis pelos cursos de pós-graduação lato sensu ou com seus
representantes das unidades: Faculdade de Odontologia, Instituto de Ciências Biológicas e
da Saúde, Instituto de Educação Continuada (IEC), Núcleo Universitário de Betim, Programa
de Especialização de Professores de Ensino Superior (PREPES) e PUC Minas Virtual.
Essas entrevistas trataram diretamente dos procedimentos relativos à elaboração dos
projetos pedagógicos, definição da oferta dos cursos e dos seus respectivos coordenadores,
processo de seleção de alunos, acompanhamento das atividades do curso e orientação dos
alunos para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); (3) solicitação às
unidades da PUC Minas de instrumentos de avaliação já existentes à subcomissão de
Pesquisa e Pós-graduação; (4) formulação, a partir do “Roteiro de Auto-avaliação
Institucional” do Sinaes, dos indicadores geradores dos itens dos instrumentos de coletas de
dados a serem aplicados aos alunos, professores e coordenadores dos cursos de pós-
graduação lato sensu, realizados em 2003 e 2004; (5) elaboração, com base nos
indicadores formulados, de três questionários direcionados aos alunos, professores e
coordenadores dos cursos de Pós-graduação lato sensu (Anexos 8, 9 e 10). Esses
questionários foram disponibilizados no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em ambiente
virtual, com prazo para serem preenchidos; (6) realização de dois seminários: “Seminário da
PUC Minas sobre Pós-graduação lato sensu”40 e “Especialização: competências
profissionais para uma sociedade em evolução”. (7) E por fim, realização de entrevista
61
gravada com o professor João Francisco de Abreu, PhD, Pró-reitor de Pesquisa e Pós-
graduação da Instituição.
4.3.1.3. Resultados Alcançados
A análise dos dados documentais, as respostas dos coordenadores, professores e
discentes aos questionários e a entrevista realizada com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-
graduação, permitiram alcançar os seguintes resultados: (1) sistematização e centralização,
na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, dos dados referentes aos projetos
pedagógicos dos cursos de pós-graduação lato sensu, ofertados pelas unidades da PUC
Minas já especificadas neste relatório; (2) formulação de indicadores para avaliação desses
cursos, o que possibilitou a elaboração de instrumento avaliativo único, levando-se em conta
a natureza de dados que foram coletados; (3) divulgação junto à comunidade da PUC
Minas, bem como para a comunidade externa, por meio dos seminários, da extensão, da
diversidade e da qualidade dos cursos de pós-graduação lato sensu da Universidade, além
de possibilitar maior entrosamento entre os profissionais neles envolvidos; (4) aumento do
número de cursos realizados nas unidades e do número de convênios com instituições
nacionais e internacionais para oferta de cursos “in company” ou em parceria; (5)
qualificação do corpo docente que não apenas atendia, mas ultrapassava o patamar mínimo
exigido pela legislação; (6) articulação entre a proposta do curso e a missão da Instituição e
articulação entre a proposta do curso e a demanda do mercado de trabalho; (7) a maioria
dos alunos (90%) considerou que os conteúdos desenvolvidos em metade ou mais das
disciplinas refletem os avanços de conhecimentos da área na qual exercem ou pretendem
exercer atividade profissional; (8) 80% dos docentes respondentes percebem que há
interesse da coordenação do curso em propor medidas para melhorar as condições de
ensino-aprendizagem; (9) os dados obtidos apontam a existência de bom relacionamento
entre coordenadores, alunos e funcionários nos diversos cursos.
4.3.1.4. Pontos a serem aperfeiçoados:
40 O primeiro seminário foi realizado em 05 de novembro de 2004. O segundo ocorreu em 17 de junho de 2005. A Subcomissão foi representada pelos professores José Leão Marinho Falcão Filho, Cláudia de Vilhena Schayer Sabino, Magali Rezende Gouveia Meireles e Stela Beatriz Arnold.
62
Com base nas informações coletadas os pontos e questões seguintes, devem ser
revistos para fins de aperfeiçoamento do projeto institucional da pós-graduação lato sensu:
(1) melhorar a infra-estrutura física de algumas das unidades responsáveis pela oferta de
cursos; (2) aperfeiçoar os procedimentos de avaliação das demandas e de potencialidades
do mercado de trabalho, com o objetivo de subsidiar decisões relativas à oferta de cursos;
(3) investir na aquisição de acervo bibliográfico vinculado aos programas, utilizando os
mecanismos institucionais existentes; (4) implementar procedimentos de avaliação, em
cursos nos quais esse processo ainda não se encontra consolidado, a ser utilizado pelas
coordenações e pelo corpo docente e discente.
4.3.1.5. Balanço Crítico
Os pontos a seguir referem à metodologia utilizada para a realização da auto-
avaliação da dimensão de Pesquisa e Pós-graduação lato sensu. (1) alguns indicadores não
alcançaram as especificidades de alguns cursos; (2) com relação aos questionários
disponibilizados eletronicamente, observou-se o seguinte: em decorrência do número de
respostas obtidas, o nível de confiabilidade desses dados ficou abaixo do proposto, a saber,
95%41.
Fora isso a realização dos seminários e a criação de uma comissão para elaborar
o regulamento da pós-graduação lato sensu incorporaram parte dos resultados obtidos no
planejamento da gestão acadêmico-administrativa.
O acompanhamento, pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, dos cursos
existentes, a partir da centralização dos dados nessa instância institucional, tem permitido
um melhor planejamento das ações estratégicas da PUC Minas na área.
4.3.2. Pesquisa e pós-graduação stricto sensu
4.3.2.1. Ações planejadas
No que se refere à Pós-graduação stricto sensu, foram planejadas as ações que se
seguem: (1) levantamento dos programas existentes e suas características mediante
63
consulta a documentos, à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e entrevistas (Anexo 6)
com os coordenadores de programas de mestrado e doutorado; (2) elaboração de
indicadores de desempenho que pudessem complementar os já estabelecidos pela Capes e
aqueles apontados pelo “Roteiro de Auto-avaliação Institucional” do Sinaes; (3) organizar as
informações obtidas dos documentos institucionais: Plano de Desenvolvimento Institucional,
Relatório Anual de Atividades da Instituição, Boletim Estatístico 2003-2004 e SGA –
Administrativo 2003-2004; (4) elaboração de instrumentos de coleta de dados (Anexo 7),
quantitativos e qualitativos, para obtenção de informações sobre os programas de pós-
graduação stricto sensu e sobre a política de pesquisa e pós-graduação da Instituição; (5)
definição da amostragem, aplicação do questionário, tabulação e análise dos dados; (6)
realização de entrevistas gravadas e respectiva transcrição e análise.
4.3.2.2. Ações realizadas
Conforme as atividades planejadas a Subcomissão realizou o seguinte: (1) análise
dos documentos fornecidos pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação relativos aos
programas de pós-graduação e à pesquisa na Instituição, de modo a extrair os dados já
sistematizados; (2) formulação dos indicadores de desempenho para fins de elaboração dos
instrumentos de coletas de dados, conforme “Roteiro de Auto-avaliação Institucional” do
Sinaes e em complemento aos parâmetros estabelecidos pela Capes; (3) formulação de
questionário direcionado aos alunos dos programas de pós-graduação stricto sensu e roteiro
de entrevista para os coordenadores e professores. Foram também elaborados roteiros de
entrevista a serem realizadas com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e com o
Coordenador de Pesquisa da Instituição; (4) definição da amostra e disponibilização do
questionário para os alunos no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em ambiente virtual,
com prazo definido para preenchimento; (5) realização de entrevistas gravadas com os
coordenadores dos programas de pós-graduação stricto sensu – 13 no total, com o
Coordenador de Pesquisa da Instituição e com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação.
41 Conforme Tabela 1
64
4.3.2.3. Resultados alcançados
A análise dos dados documentais disponíveis, as respostas dos discentes ao
questionário e as entrevistas realizadas com os coordenadores dos programas de pós-
graduação stricto sensu, com Coordenador de Pesquisa e com Pró-reitor de Pesquisa e
Pós-graduação permitem relatar os seguintes resultados: (1) existência de plano estratégico
elaborado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação até 2008. Esse plano é
reconhecido pelos coordenadores de programas de pós-graduação stricto sensu no sentido
de nortear e facilitar a consecução dos programas; (2) definição de critérios no referido
plano estratégico para a criação de programas de pós-graduação stricto sensu; (3)
realização de estudos minuciosos de viabilidade financeira para a criação de programas de
pós-graduação stricto sensu. No período analisado, observou-se a autorização da abertura
de dois cursos por ano, o que demonstra cautela na expansão da pós-graduação stricto
sensu na PUC Minas. Vale ainda ressaltar que investimentos na titulação dos docentes
permitiram que a Instituição contasse, em seu quadro docente, com professores doutores
que podem ser inseridos em seus programas de pós-graduação. (4) reestruturação da
Secretaria de Relações Internacionais, estabelecendo mecanismos facilitadores na
operacionalização de convênios diversos no âmbito da pós-graduação e pesquisa; (5)
reestruturação da editora da PUC Minas que passou a ser subordinada à Pró-reitoria de
Pesquisa e Pós-graduação; (6) realização de reunião bimestral do Pró-reitor de Pesquisa e
Pós-graduação com os coordenadores de programas no sentido de promover sua
integração; (7) existência de programas próprios de fomento à pesquisa e à iniciação
científica, a saber, Fundo de Incentivo à Pesquisa – FIP e Programa de Bolsas de Iniciação
Científica – Probic. São destinados ao FIP 0,5% da receita bruta da Instituição. (8) as bolsas
de pesquisa e iniciação científica, nas diferentes áreas e campi obedecem a um sistema de
distribuição de cotas; (9) estímulo à criação de grupos de pesquisa registrados junto ao
CNPq e fortalecimento daqueles já existentes, inclusive para submissão de projetos de
pesquisa a serem financiados pelo FIP/Probic; (10) existência de convênios com órgãos
públicos e privados que viabilizam recursos para bolsas de iniciação científica e pesquisa;
(11) existência de mecanismos internos de divulgação da iniciação científica, tais como livro
indexado e editado anualmente pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação; realização
anual de Seminário de Iniciação Científica; concessão de prêmio, em dinheiro, ao melhor
trabalho de iniciação científica para cada área de conhecimento; (12) melhoria dos conceitos
obtidos pelos programas na avaliação da Capes; (13) compromisso dos programas de pós-
graduação com os objetivos e a missão institucional da PUC Minas, explicitado por:
65
disciplinas que debatem temas de natureza ética; compromisso com uma formação de
qualidade, humana e ética dos discentes; desenvolvimento do conhecimento científico e
tecnológico no sentido de colaborar na sociedade em que a Instituição insere-se; (14)
existência de critérios definidos e gerais para alocação de docentes nos programas42; (15)
aumento substancial do número de projetos de pesquisa aprovados e financiados pela
Fapemig43; (16) articulação da pós-graduação com a graduação em razão de os projetos de
pesquisa financiados pelo FIP exige obrigatoriamente a participação de alunos bolsistas;
concessão de horas para os professores para orientar projetos de iniciação científica e de
conclusão de curso; exigência de os professores dos cursos de pós-graduação alocarem
20% de sua carga horária em disciplinas na graduação; incentivo da participação dos
professores em seminários e palestras dirigidas à graduação acentuando o compromisso
com o desenvolvimento das práticas investigativas; (17) cumprimento, de acordo com as
normas da Capes, do tempo de permanência dos alunos nos programas de mestrado e
doutorado (dois anos e três anos e meio, respectivamente); (18) nos programas de
mestrado o percentual de evasão de alunos é em torno de 2%. Nos programas de
doutorado, no período avaliado, não houve evasão; (19) existência de critérios internos para
financiamento da participação de docentes em eventos científicos nacionais e
internacionais44; (20) concessão do Portal Capes à Instituição, o que facilitou o acesso a
periódicos estrangeiros; (21) excelência do acervo da Biblioteca; (22) realização periódica
de procedimentos avaliativos no âmbito dos programas de pós-graduação stricto sensu; (23)
crescimento de aproximadamente 50% e 60%, respectivamente, do número de mestres e
doutores, no período entre 2002 e 2004, em decorrência do Programa Permanente de
Capacitação Docente (PPCD) da PUC Minas45; (24) estabelecimento de programa para
facilitar o pós-doutoramento; (25) realização periódica de revisão curricular e atualização
dos planos de ensino pelos programas de pós-graduação; (26) 50% dos alunos
respondentes afirmaram existir integração entre as disciplinas em razão da realização de
trabalhos conjuntos; (27) 53,3% dos alunos respondentes consideraram “excelente” a
apresentação do conteúdo, pelos professores, em todas as disciplinas e 90,0% dos alunos
disseram que a proposta do curso “foi apresentada” pelo coordenador. As relações
interpessoais entre aluno-coordenador, aluno-professor, aluno-aluno e aluno-funcionário são
consideradas excelentes em média 70%. 82,1% dos alunos respondentes disseram estar
42 Do docente, exige-se, entre outros critérios, experiência como pesquisador e adequação de sua produção científica às linhas de pesquisa do curso. 43 Em 2003 foram aprovados seis projetos e em 2004, 25 projetos. 44 Cf. Portaria 076/2003. 45 Representativo número de doutores na Instituição: 510 no universo de 2.413 professores (21,1%). Dados do Boletim Estatístico mostram que, no segundo semestre de 2001, 21 professores usufruíam o benefício para a obtenção do título de mestre e 56 para o de doutor. Em 2004, 23 professores recebiam as horas para cursos de mestrado e 136 para o doutorado. Ressalta-se que em termos de horas-aula, o Programa Permanente de Capacitação Docente destinou 2.919 horas para a titulação dos docentes no 2º semestre de 2004.
66
“satisfeitos” ou “bastante satisfeitos” com o apoio recebido no processo de elaboração de
dissertação ou tese; (28) a participação dos docentes dos programas de pós-graduação
favorece a articulação entre os cursos de pós-graduação stricto sensu, lato sensu e
especialização ofertados na instituição.
4.3.2.4. Pontos a serem aperfeiçoados
Em vista dos resultados apresentados podem-se ressaltar os seguintes pontos a
serem aperfeiçoados: (1) maior integração entre os programas de pesquisa e pós-
graduação stricto sensu e lato sensu; (2) consolidação dos grupos de pesquisa cadastrados
pela Instituição; (3) articulação entre o programa de pós-graduação stricto sensu e os
programas de extensão; (4) melhoria de recursos materiais e espaço físico reservado aos
programas de pesquisa e pós-graduação; (5) favorecer a publicação de trabalhos científicos
dos docentes em periódicos científicos que não apenas os da Instituição, visto que os
critérios de pontuação da Capes são maiores para as publicações que não apenas da sua
própria instituição; (6) acompanhamento sistematizado dos egressos por parte dos
programas de pesquisa e pós-graduação; (7) divulgação dos processos de avaliação
interna; (8) maior participação dos alunos em eventos nacionais e internacionais, tais como
seminários ou congressos; (9) maior participação dos discentes dos programas de pós-
graduação em atividades ou projetos da graduação; (10) padronização das informações
veiculadas nos sites e folders dos diversos programas.
4.3.2.5. Balanço Crítico
Sabe-se que essa foi a primeira etapa do processo de Auto-Avaliação da pós-
graduação stricto sensu da PUC Minas e que os dados estão sendo analisados e, portanto,
não foi ainda possível divulgar resultados conclusivos que possibilitem modificações no
planejamento da gestão acadêmico-administrativa.
Entretanto, o processo de entrevista com coordenadores dos programas de pós-
graduação proporcionou momentos de reflexão e conhecimento mais aprofundados acerca
dos aspectos relativos à avaliação da dimensão da pesquisa e pós-graduação stricto sensu
determinados pelo Sinaes.
67
A realização das entrevistas com o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, com o
Coordenador de Pesquisa e demais coordenadores de curso possibilitou aos
entrevistadores dar-lhes retorno do processo de avaliação.
Por fim, acredita-se que a divulgação dos resultados obtidos à Administração
Superior e aos programas de pós-graduação e pesquisa permitirá o delineamento de ações
estratégicas no âmbito dos próprios programas e da Instituição.
68
4.4. SUBCOMISSÂO DE EXTENSÂO
Ao apresentar as discussões que envolvem as atividades de Extensão, deve-se
fazê-lo vendo a extensão como uma parte integrante da atividade fim, assim como as de
ensino e pesquisa. As iniciativas das atividades de avaliação desta e de outras
subcomissões antecedem à própria Lei 10.861 de 14 de abril de 2004 (Sinaes).
No primeiro semestre de 2003, a subcomissão dedicou-se ao estudo da
documentação existente e à construção de indicadores de avaliação. Inicialmente foram
discutidos os documentos “Esboço da Política de Extensão Universitária da PUC Minas” e
os relatórios dos projetos de cada unidade. Realizou-se, a partir daí, uma revisão nos
indicadores a serem utilizados na avaliação da extensão. No segundo semestre, dedicou-se
à construção dos instrumentos de coleta de dados após ter sido definido o público-alvo, a
saber: professores/coordenadores de projetos/programas, alunos vinculados a
projetos/programas de extensão, comunidade e parceiros da PUC Minas.
Ainda no segundo semestre desse mesmo ano, o Propav efetivou a implantação da
avaliação do Ensino da Graduação. Para a realização dessa primeira etapa, todas as
subcomissões foram mobilizadas a sensibilizarem professores, coordenadores e alunos das
diversas unidades. Reuniões e atividades de capacitações ocorreram durante todo o
processo com o objetivo de “afinar o discurso” sobre os objetivos da Avaliação e a forma
pela qual ela seria realizada. A orientação da comissão central, naquela época, foi de que a
avaliação das demais comissões seriam posteriores à da Graduação, vislumbrando-se a
possibilidade de utilização dos dados coletados.
Encerrada a primeira fase de avaliação da dimensão da Graduação, o Propav
passou por uma reorganização. Novas subcomissões foram criadas afim de avaliar as
outras dimensões previstas pelo Sinaes.
Em fevereiro de 2003, a Comissão Central de Avaliação Institucional (Cocenai)
realizou treinamento para os membros das diversas subcomissões de modo a orientar a
avaliação e estabelecer parâmetros a serem observados por todos. Já nesse momento, as
atas registram as propostas de coleta de dados, sugeridas pela subcomissão de Extensão.
Vale observar que a Universidade passava por um processo de reestruturação que
culminou, inclusive, em agosto de 2003, com a substituição de diversos gestores, dentre
eles o Reitor e o Pró-reitor de Extensão. No âmbito da Pró-reitoria de Extensão, iniciam-se
os debates acerca da redefinição do alcance institucional da extensão universitária. Esse
debate resultou em novas configurações e sistemáticas para a extensão, influenciando o
modus operandi da Subcomissão de Extensão nesse processo.
69
Alguns percalços ocorridos ao longo do processo de análise dos resultados dos
dados do ensino retardaram o início das atividades das subcomissões. Acopladas a essas
dificuldades, registrem-se, ainda, as mudanças e a reestruturação da antiga Cocenai.
Nesse processo de reestruturação, a subcomissão perde a maior parte de seus
membros originários. Outros docentes são incorporados á subcomissão, que se reinstala em
fevereiro de 2004. A partir de então, em conformidade com as diretrizes da Cocenai,
esboçou-se um roteiro com os pontos centrais a serem contemplados quando da elaboração
dos instrumentos de avaliação.
Em 2004 foram apresentados à Pró-reitoria de Extensão e aos componentes dessa
os instrumentos elaborados na expectativa do pré-teste. Nesse período, a CPA estabelece
novos prazos para implantação da segunda etapa da Avaliação Institucional, de vez que
nem todas as subcomissões encontravam-se no mesmo patamar de produção. O objetivo
era sensibilizar a comunidade acadêmica para a implantação da segunda etapa, quando
seriam apreciadas as outras dimensões do processo de Avaliação Institucional.
Paralelamente, a Subcomissão Extensão levantou documentos oficiais da
Universidade que pudessem alicerçar a avaliação da extensão universitária. Nesse período,
há uma intensa discussão na universidade sobre os fundamentos regimentais. O PDI
encontrava-se em construção, o Plano de Carreira Docente bem como o Estatuto da
universidade eram alvos de amplos debates com a comunidade acadêmica.
Nesse momento, o MEC estabelece diretrizes gerais para a avaliação das
Instituições de ensino por meio do Sinaes, definindo os pontos centrais para qualquer
avaliação institucional. Durante esse ano, o MEC detalharia esses pontos, o que iria
conduzir, mais a frente, já em 2005, a uma reformulação dos instrumentos tendo em vista a
observância dessas orientações. No segundo semestre de 2004, a Subcomissão de
Extensão passou por uma recomposição. Tendo saído um de seus membros e dois novos
membros a ela foram incorporados, novos estudos para harmonizar o conhecimento de
todos foram realizados.
Em dezembro de 2004 a Subcomissão de Extensão apresenta ao então Copav o
projeto de avaliação da extensão universitária, contendo diretrizes, definição do público alvo
da pesquisa de campo, etapas do processo e indicadores de aferição das ações
extensionista. Ao trabalho dessa subcomissão acrescentam-se os conteúdos da avaliação
da responsabilidade social. Posteriormente, essa questão passa a ser compartilhada com
outras subcomissões, haja vista o entendimento de que essa dimensão encontra-se inserida
em todas as atividades fins e instâncias da universidade. Anexo ao projeto, foi encaminhado
um cronograma de atividades que antevia o início da etapa de sensibilização, em
concomitância com a revisão dos instrumentos, para fevereiro de 2005. O efetivo início da
aplicação dos questionários junto a professores e alunos estava previsto para abril do
70
referido ano. No entanto, esse cronograma não pôde ser cumprido em face de alterações na
própria gestão do Propav.
Em abril de 2005, o Copav elaborou um programa de aperfeiçoamento
metodológico, disponibilizado para todos os membros de todas as subcomissões. O objetivo
era o de discutir o conhecimento de diferentes instrumentos de pesquisa, seu processo de
elaboração e operacionalização. As oficinas, no total de cinco, foram intercaladas com os
trabalhos de reestruturação dos questionários e realizadas entre abril e junho do referido
ano.
Mesmo tendo os instrumentos sido preliminarmente elaborados em meados de
2005, a subcomissão, após análise, avaliou a necessidade de reestruturação dos
questionários em face do tamanho e da complexidade dos mesmos, o que inviabilizaria ou
pelo menos dificultaria sua operacionalização.
Em agosto reinicia-se o aprimoramento dos questionários, tendo sido finalizado em
setembro de 2005 e encaminhado ao Copav nesse período. Todo o processo de
reestruturação dos instrumentos, realizado pela Subcomissão de Extensão, visava torná-los
menos complexos, aprimorar a terminologia neles utilizada para evitar dubiedades e
incompreensões, tornando as questões simples e claras.
Em outubro, o Copav retorna os instrumentos, sugerindo substanciais modificações
nos mesmos, desencadeando novo processo de discussão. Após as reuniões com o Copav
chegou-se a um consenso de que as questões deveriam versar apenas sobre a política de
extensão e não do conteúdo dos projetos. Em novembro reinicia-se a reelaboração dos
questionários que se encontram em fase de finalização, tendo sido debatida a necessidade
de realização, pelo menos entre o professorado, de uma pesquisa de natureza censitária e
não amostral, uma vez que o entendimento é de que o número de professores que
participam das atividades extensionistas é bastante reduzido.
4.4.1. Ações planejadas
A Subcomissão de Extensão, assim como as demais voltadas para a avaliação
institucional, foi criada em dezembro 2002. Sua função era pensar a avaliação da extensão
em suas diversas dimensões, fornecendo elementos para um melhor conhecimento desta
atividade na PUC Minas, além de subsidiar o planejamento de estratégias, na busca da
melhoria da qualidade de suas ações. Para isso, deveria criar instrumentos, levantar dados
e montar roteiros de avaliação que seriam permanentes e processuais. Esta subcomissão
71
foi composta por quatro professores de diversos cursos/campi, vinculados ou não à
extensão.
A Subcomissão tem como objetivo elaborar os estudos preliminares à avaliação
institucional da extensão, bem como propor e definir a metodologia da pesquisa e os
instrumentos de coleta de dados, o público alvo a ser investigado, e a forma de condução
operacional do processo avaliativo, sob a anuência do Copav. Cabe a ela, ainda, elaborar os
relatórios descritivos e analíticos dos dados coletados e das atividades desenvolvidas.
A discussão metodológica parece, nesse momento, ser um ponto nevral no debate
sobre a avaliação do processo extensionista. A subcomissão definiu que a pesquisa de
campo, precedida por uma análise documental do PDI e PPI – tendo sido criado um roteiro
para tal – seria realizada com quatro atores diferentes: professores e ou coordenadores de
projetos, alunos, comunidade e parceiros. Quanto aos professores, em face do número
reduzido de participação em projetos dessa natureza – cerca de 200 – a subcomissão
sugere a realização de uma pesquisa censitária e presencial, vez que não se justificaria,
pelo menos em tese, uma amostragem num universo tão pequeno. Para os alunos, em face
do número mais elevado, a sugestão é que seja por amostragem simples e por meio
eletrônico. Para os parceiros e comunidades, sugerem-se os instrumentos de coleta de
dados da abordagem qualitativa do tipo grupos focais.
Além disso, a subcomissão, após ouvir as ponderações de membros da Copav,
reconheceu a necessidade de redução do escopo da avaliação da extensão, haja vista que
os questionários até então elaborados extrapolavam a sistemática do Processo de
Avaliação da universidade, centrada nos aspectos das políticas de cada segmento que
compõe seu universo (extensão, pesquisa, ensino, etc). Entendeu-se que não cabia, nesse
momento, a avaliação de projetos e ou a construção de indicadores que mensurassem as
atividades per si da Extensão, mas que o processo deveria ser voltado exclusivamente para
a política extensionista da universidade em seu conjunto.
4.4.2. Ações realizadas
Em face das dificuldades operacionais e da exigüidade do tempo, redefiniram-se os
procedimentos metodológicos previstos no relatório preliminar de dezembro de 2005. Optou-
se pela realização de uma pesquisa amostral junto aos professores/coordenadores e aos
alunos envolvidos em ações extensionistas, em substituição à de natureza censitária,
conforme orientação do Copav.
72
As dificuldades de mapeamento do número exato de projetos existentes nesse
momento – dada a própria natureza temporária de algumas das ações típicas de extensão
universitária – permitiram levantar 124 projetos em execução entre os anos 2003/2005.
Desse universo, foram selecionados 70 projetos que compuseram a amostra de 54
professores, tendo auferido 54 respondentes. No tocante aos alunos, a pesquisa amostral,
preliminarmente prevista, assentou-se sob o universo de 696 estudantes participantes dos
projetos amostrados, perfazendo um total de 170, sendo 104 respondentes. Ambas as
amostras foram selecionadas tendo em vista a proporcionalidade dos diversos campi na
consecução de projetos extensionistas, e o questionário (Anexos 11 e 12) aplicado por meio
eletrônico, via rede corporativa, no período de março a abril de 2006.
Os grupos focais, previstos como técnica para coleta de dados junto a parceiros e
comunidade, não puderam ser constituídos nessa fase, haja vista a dificuldade de organizá-
los em tempo hábil. A partir da compreensão de que a avaliação é processual, entendeu-se
que não induziria prejuízos a sua realização a posteriori, mas ainda no decorrer desse ano.
As etapas de sensibilização do público-alvo demandaram empenho concentrado da
Subcomissão e da comissão gestora do Propav, visando a minimizar as dificuldades,
principalmente as oriundas da operação dos instrumentos on-line. Soma-se a isso a
dificuldade de acionar o professor aulista que, na maioria das vezes, trabalha de forma
pulverizada nas diversas unidades que compõem a Universidade. Agravado também pelo
curto tempo em que o questionário foi disponibilizado em rede (duas semanas para ambos
os públicos, quando, no projeto apresentado ao Copav em 2004, estava previsto o período
de 30 dias on-line).
Em relação aos alunos, os resultados, ainda que não comprometedores, foram
dificultados dada a interrupção do período de aulas por feriados prolongados. Essa
dificuldade, no entanto, foi minimizada pelo trabalho de sensibilização, realizado por
estagiários disponibilizados pela Coordenação do Propav, que, por meio de contato
telefônico acionaram os alunos selecionados. A principal forma de sensibilização proposta
para se realizar junto aos alunos, que se faria por meio dos professores/coordenadores dos
projetos selecionados – facilitadores e referência do projeto – não pôde ser executada em
face do exíguo tempo para sua realização, como já dito acima.
Outro aspecto a salientar, refere-se ainda a uma incipiente cultura de avaliação na
universidade e de seu entendimento como um processo educativo e formativo. Embora
contemporaneamente haja uma compreensão visivelmente melhorada da importância da
avaliação, isso ainda não se encontra internamente na vertente extensionista, sobretudo
quando comparada com o ensino e a pesquisa, que já incorporam processos avaliativos na
sua prática diária. No caso da PUC Minas, embora o Programa Permanente de Avaliação
Institucional já tenha se constituído como referência, no tocante às ações extensionistas a
73
experiência avaliativa não compunha essa realidade. Essa cultura, em fase de construção,
irá resultar em frutos mais substantivos no decorrer do processo contínuo de avaliação
institucional. Nesse aspecto, voltamos a frisar o caráter vivencial de aprendizagem do
processo. Ademais, só recentemente tem se desenvolvido a compreensão da extensão
universitária como um pensar e fazer acadêmico em igual patamar das atividades de ensino
e pesquisa. A luta por sua institucionalização, como parte do processo acadêmico per si,
requisita a avaliação como uma de suas dimensões.
4.4.3. Resultados Alcançados
4.4.3.1. Análise documental
A análise documental foi complementada pela leitura dos princípios, normas e
resoluções emanadas do Estatuto e do Regimento Interno da Universidade, que formalizam
os processos inerentes à vida acadêmica, dentre eles a Extensão. Esses documentos, em
vigência atualmente, apresentam indicações genéricas que enfatizam a extensão como um
dos espaços de disseminação do conhecimento produzido na universidade. Tal visão
apresenta um caráter reducionista ao propugnar a Academia como promotora do
conhecimento e a comunidade como recipiente dessa ação. Por outro lado, esses
documentos não colocam a extensão no mesmo patamar do ensino e da pesquisa, embora
muitas vezes pareça antever que essas atividades devam caminhar juntas. Apresentam
ainda, uma perspectiva tradicional da extensão ao destacar os elementos da disseminação
de conhecimentos (cursos, conferências, etc), da prestação de serviços (assistência,
assessoria, etc) e difusão cultural. Nesse aspecto, percebem a extensão apenas como o
braço difusor da produção acadêmica, desconhecendo o papel fundamental que o contato
com a realidade propicia à Academia. Convém ressaltar que esse diálogo com a sociedade
alimenta o Ensino e a Pesquisa, oxigenando os saberes produzidos no âmbito universitário,
possibilitando a geração de novas linhas de pesquisa, novos estágios e a criação de novos
cursos.
As análises do PPI (Projeto Pedagógico Institucional) e o PDI (Projeto
Desenvolvimento Institucional) apontam para significativas mudanças na concepção e
diretrizes de Extensão Universitária na PUC Minas.
Em decorrência das mudanças em curso e em consonância com os ditames da
legislação, a Política de Extensão, proposta pela Pró-reitoria e em vias de aprovação pelo
74
Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) define a extensão universitária como
atividade fim integrada ao ensino e à pesquisa. Nesse sentido, propõe um compartilhamento
e processo mútuo de aprendizagem, o que possibilita um diálogo de saberes e a troca de
experiências circunscritas em uma ação pedagógica em que alunos, professores e
funcionários da Universidade são educadores e educandos e a comunidade também se
apresenta como educanda e também como educadora, a partir de relações inter, multi e
transdisciplinares.
Há que se avaliar que a existência formal de uma política extensionista demonstra o
grau de institucionalização da Extensão como atividade fim que se consubstancia, dentre
outros, nas seguintes estruturas: (1) na gestão, com a reorganização da Pró-Reitoria e a
constituição do colegiado de Extensão, das coordenações de campi e unidades, bem como
das coordenações de cursos e de programas já institucionalizados como, por exemplo, o
Instituto da Criança e Adolescente; (2) no estabelecimento de orçamento próprio, com
destinação específica e formas de controle nos moldes do que já é demandado pela
pesquisa tais como registros, prestação de contas, relatórios de acompanhamento,
monitoramento, etc. Atualmente encontra-se em discussão a necessidade de
estabelecimento de parâmetros para avaliação contínua e de impacto dos programas junto
aos públicos que dela participam; (3) na construção de um sistema informatizado de coleta
de dados e acompanhamento periódico e sistemático dos projetos; (4) no tocante aos
processos, outro elemento a indicar a institucionalização como fazer acadêmico refere-se ao
lançamento do Edital de Projetos de Extensão, meio pelo qual se institucionaliza, se
reconhece e legitima esses trabalhos, haja vista que estabelece parâmetros e seleciona
projetos que de fato atendam a esse fim. O edital estabelece ainda bolsas para os alunos e
a alocação de horas para o professor; (5) em atenção às demandas dos próprios atores que
atuam na Extensão dentro da PUC Minas, da própria Política de Graduação da Universidade
e também face às recomendações do Plano Nacional de Extensão e das Novas Diretrizes
Curriculares do Ministério da Educação, a institucionalização tem se realizado por meio da
incorporação das ações extensionistas nos projetos pedagógicos dos cursos; (6) o estímulo
à geração de produtos acadêmicos, tanto os tradicionais, como artigos e monografias, bem
como os mais condizentes com as ações extensionistas como cartilhas, boletins, vídeos,
etc; (7) no estabelecimento de áreas temáticas nas quais se inserem os projetos, em
consonância com as áreas definidas e classificadas pelo Plano Nacional de Extensão.
E, por fim, dado o crescimento vertiginoso da Instituição, configurado na criação de
várias unidades na área metropolitana e no interior do Estado, há uma preocupação com o
desenvolvimento de ações regionalizadas que atendam às demandas locais e próprias das
regiões nas quais se situam essas unidades.
75
4.4.3.2. Análise quantitativa
A) Avaliação do Processo Extensionista – Dados do Relatório de Ensino – 2003
O Relatório Geral do Ensino na Graduação (2005) traz elementos que permitem
avaliar alguns aspectos da ação extensionista para o ano de 2003.
Em relação à participação dos professores nessas atividades, os dados
demonstraram que 37,6% dos respondentes atuavam na Extensão/Práticas Investigativas.
Essa participação se distribuía em Cursos de extensão (24%), Coordenação de Projetos
(27%), Equipes de Atividades e Projetos (33,1%). De modo condizente com os dados
coletados junto aos professores na avaliação específica da Extensão, os dados do relatório
já apontavam para a predominância de professores com a titulação de Mestre à frente dos
projetos. Nesse relatório, destaca-se também a participação de Especialistas na condução
dos cursos de extensão.
O relatório aponta, ainda, que para o ano de 2003, 59,3% dos projetos pedagógicos
dos cursos atendiam satisfatoriamente ao quesito de desenvolvimento das ações
extensionistas, o que será corroborado tanto pelo questionário dos professores quanto dos
alunos, a seguir analisados.
B) Avaliação do Processo Extensionista a partir dos Coordenadores e Professores
envolvidos
Os gráficos abaixo traçam um quadro geral da extensão na PUC Minas, a partir dos
questionários aplicados a professores coordenadores de projetos.
O Gráfico 9 demonstra que 2/3 do professorado envolvido nas atividades
extensionistas é do sexo feminino e se encontra majoritariamente na faixa etária entre 30 e
49 anos.
76
Gráfico 9: Perfil - distribuição dos professores coordenadores extensionistas, por sexo
Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006
Gráfico 10: Perfil – Faixa etária dos professores coordenadores extensionistas
Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006
A maior parte das atividades extensionistas concentra-se na Unidade Coração
Eucarístico. Esse dado é pouco significativo quando analisado isoladamente, haja vista que
esta Unidade, além de ser a sede da Instituição, é a que detém o maior número de cursos,
professores e alunos. Ademais, a amostragem foi proporcional ao peso de cada
Unidade/Núcleo Universitário/campi no conjunto das atividades. Vale a pena destacar,
contudo, a participação do campus Poços de Caldas, que embora disponha de número
menor de professores e alunos que algumas unidades, mormente as do entorno da sede,
apresentou o segundo maior número de respondentes (14,8%).
33,3%
66,7%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Masculino Feminino
3 ,7%
3 8 ,9 %4 2 ,6 %
14 ,8 %
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
De 20 a 29 anos De 30 a 39 anos De 40 a 49 anos Acima de 50 anos
77
À frente das atividades extensionistas encontram-se professores com formação de
mestres e classificados na categoria de Assistente III (43,4%). Professores doutores e ou
adjuntos perfazem cerca de 14% dos que estão à frente de projetos de Extensão. Isso pode
ser compreensível em face da secundarização com que sempre foi vista a Extensão dentro
da universidade brasileira de um modo geral. Na PUC Minas, a análise comparativa dos
documentos apontava para uma indefinição e falta de clareza quanto ao conteúdo da
Extensão e uma forte ênfase na compreensão da predominância das atividades de Ensino e
Pesquisa e a secundarização das ações extensionistas.
Quanto ao regime de trabalho e horas dedicadas à Extensão, percebe-se a
predominância de professores aulistas com contrato aditivo (57,4%), não obstante o
percentual significativo de professores com regime de dedicação exclusiva (40 horas) que
perfazem 25,9% dos respondentes.
Percebe-se ainda que quase a metade dos professores aulistas com contrato
aditivo respondentes (46,0%) tem disponíveis de uma a seis horas semanais dedicadas a
essas ações. Quando se tem em mente que as ações extensionistas envolvem interação
constante e sistemática com a comunidade, esse dado se revela indicador de que o tempo é
reduzido para o desenvolvimento de uma prática mais sistemática e reflexiva das ações de
extensão. Essa observação pode ser respaldada ainda, pelo conhecimento, obtido no
cadastro de projetos onde se demonstra que a maior parte dos professores é responsável
por no mínimo dois projetos (em alguns casos, há professores que coordenam quatro ou
mais projetos). Nesse sentido, observa-se a fragmentação de suas horas, o que pode
comprometer o desenvolvimento dos trabalhos e mesmo a reflexão sistemática dele, e sua
perspectiva de atividade acadêmica intrínseca à formação universitária, conforme prevêem
documentos oficiais como o PDI, PPI e o novo Estatuto da Universidade.
Quanto à classificação dos projetos desenvolvidos pela Extensão, 35,2% deles se
encaixam na área temática da Educação, que envolve ações tais como cursos, oficinas,
seminários, programas de alfabetização, etc., seguidos por ações voltadas para o
desenvolvimento dos Direitos Humanos (20,4%) e Saúde (18,5%). Esses dados apontam
para uma consonância com os princípios humanistas que norteiam a missão de uma
Universidade Católica, conforme registram seus princípios basilares.
Como processo que envolve interação e imbricamento com os diversos segmentos
sociais, o público alvo é a comunidade em geral (33,3%). A visão de totalidade é importante
porque reafirma a compreensão da pluralidade que perpassa a vida social e da formação
integrada e multidisciplinar.
Segundo professores e coordenadores respondentes, as atividades extensionistas
estão associadas majoritariamente aos estágios curriculares obrigatórios (55,6%). Por outro
lado, 53,7% dos professores/coordenadores respondentes indicam que “sempre” há relação
78
das atividades extensionistas com os projetos pedagógicos dos cursos envolvidos. Sendo
assim, avalia-se que há uma maior Institucionalidade da extensão, dado que ela está
incorporada ao principal instrumento de regulação dos cursos, o projeto pedagógico. O
estágio curricular pode, de fato, vir a se configurar como um instrumento adequado para
viabilizar a articulação ensino/extensão, mas alguns requisitos fazem-se necessários tais
como a exigência de produção de conhecimento que indiquem reflexão (relatórios analíticos,
monografias, etc). É importante que essa articulação ensino/extensão seja mais bem
qualificada para garantir a real integração entre as diferentes dimensões do conhecimento
acadêmico.
Outro dado que vem reforçar esse viés do processo extensionista associado ao
estágio curricular refere-se à avaliação de como as atividades contribuem para a formação
do aluno. Para 51,9% dos professores/coordenadores respondentes, as atividades de
extensão desenvolvidas contribuem como carga horária complementar na formação do
aluno.
No tocante à produção de conhecimento acadêmico gerado pela Extensão, foram
obtidos os seguintes resultados: artigo científico (35,2%), apresentação em
eventos/apresentação de trabalhos (9,3%), vídeo e material de jornal (7,4%),
respectivamente.
Quando da avaliação do impacto, segundo os professores da ação extensionista na
comunidade, os resultados demonstram que 20,4% dos professores/coordenadores
respondentes perceberam melhoria na assistência jurídica, 25,9% na assistência à saúde.
Dos respondentes, 46,3% consideram que a comunidade atua no projeto “como
alvo de intervenção”. Em relação à natureza institucional dos principais parceiros dos
projetos, 29,6% são associações comunitárias, seguidos por órgãos estatais, 20,4%.
Quanto à natureza do recurso, tanto a PUC Minas quanto os seus parceiros têm
como principal contribuição os recursos físicos (48,1% e 55,6% respectivamente). Por outro
lado, a maior parte dos recursos financeiros (27,8% e 14,8% respectivamente) e dos
recursos humanos (22,2% e 13,0% respectivamente) são ofertados pela PUC Minas.
O acompanhamento ou monitoramento dos projetos é feito principalmente por meio
de relatórios descritivos (40,7%) seguidos pela elaboração de relatórios analíticos (37,4%).
Para os professores/coordenadores respondentes, a principal contribuição que o
processo extensionista trouxe para sua formação pessoal e/ou profissional refere-se à
aquisição de “novas práticas profissionais resultantes do aprofundamento da relação
teoria/prática” (57,4%).
Quanto ao que se refere à hierarquização da concepção de extensão,
professores/coordenadores respondentes destacaram a extensão ligada a um “processo
79
educativo” (33,3%), seguido das concepções de “atividades desenvolvidas junto à
comunidade” (29,6%) e “prestação de serviços” (24,1%).
C) Avaliação do Processo Extensionista a Partir dos Alunos Envolvidos
Os dados do relatório de Ensino e Graduação apontavam que 8% dos alunos da
Universidade atuavam em projetos de extensão, em 2003. O cadastro dos projetos
extensionistas apontava para a existência de 1.457 alunos envolvidos em atividades dessa
natureza, tendo sido construída uma amostra, perfazendo um total de 174 selecionados
dentre os 696 participantes dos projetos amostrados, dos quais 104 responderam.
Gráfico 11: Perfil - distribuição dos alunos extensionistas, por sexo
Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006
Gráfico 12: Perfil – Faixa etária dos alunos extensionistas
Fonte: Questionário Extensão – Copav/2006
26,9%
73,1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Masculino Feminino
8,7%
62,5%
21,2%
1,9% 1,9% 3,8%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Menos de 20anos
De 20 a 24anos
De 25 a 29anos
De 30 a 34anos
De 35 a 39anos
Acima de 39anos
80
Destaca-se a predominância das mulheres entre os entrevistados (73,1%), e da
faixa etária entre 20 e 24 anos (62,5%).
Em consonância com os dados obtidos junto aos professores, observa-se que há
uma predominância dos cursos de Enfermagem (14,4%) e Psicologia (15,4%). Destacam-se
ainda, os cursos de Direito (10,6%) e de Serviço Social (11,5%). Os dados apontam para o
predomínio dos alunos envolvidos em projetos extensionistas do 5o ao 8o período (71,2%), o
que reforça a correlação entre estágio curricular obrigatório e atividades extensionistas,
conforme já detectado na avaliação feita junto aos professores.
Há uma equivalência em atividades extensionistas tanto no turno da manhã quanto
no turno da noite, ambos apresentando o mesmo percentual (45,2%). Os alunos participam
majoritariamente de um projeto na área da extensão (73,8%). No entanto, destaca-se um
percentual significativo dos que participam de dois projetos (17,5%).
Os meios de informação sobre os projetos de extensão são obtidos mediante
professores que lecionam nos cursos (38,5%), dado seguido de informações transmitidas
pelos colegas (33,7%) e através de informações impressas (10,6%). Isso pode indicar que o
cotidiano da sala de aula tem potencial de difusão das atividades de extensão. Os alunos
respondentes (30,8%) disponibilizam entre 3 e 5 horas por semana para as atividades
extensionistas, e 32,7% mais de 8 horas semanais. A maioria dos alunos (51,0%) recebe
uma bolsa para o desenvolvimento das atividades e 49,0% não recebem nenhuma
remuneração.
Dos respondentes, 77,0% reconhecem a existência da coordenação de extensão
no curso em que estão matriculados. O professor é o principal agente na orientação das
atividades extensionistas, tal como reconhecido por 67,0% dos alunos respondentes. Assim
como nas atividades do Ensino e da Pesquisa, nas atividades de Extensão também a
presença do professor é basilar.
Para 78,0% dos alunos respondentes, há relação dos projetos com os conteúdos
das disciplinas, o que parece indicar que eles percebem as ações extensionistas como parte
de sua formação acadêmica. Também para os alunos que desenvolvem ações
extensionistas, há predomínio daquelas voltadas para a Educação (36,0%), seguidas por
Saúde (22,0%) e Direitos Humanos (17,0%).
Os alunos respondentes, tal como entre os professores, declararam que a
comunidade em geral é o público alvo dos projetos (23,0%). Estágios curriculares (39,0%) e
trabalhos voluntários (39,0%) são as principais atividades as quais associam-se os projetos
extensionistas. Para 53,0% dos entrevistados as atividades extensionistas contribuem para
a sua formação acadêmica como carga horária complementar e 20,0% como “atividades
acadêmico-cientifico culturais nos cursos de Licenciatura”.
81
Os alunos respondentes percebem melhorias na comunidade quanto à “Assistência
Social” (30,3%), nos aspectos de “Assistência à Saúde” (28,3%), na “Assistência Jurídica”
(18,2%) e “profissionalização” (8,1%).
Dos respondentes, 50,5% avaliam que a ação na comunidade é meramente
intervencionista, o que sem dúvida compromete a capacidade de produção do
conhecimento.
A principal contribuição das ações extensionistas para a formação pessoal e/ou
profissional dos alunos envolvidos refere-se à “ampliação de sua visão social” (55,6%), dado
seguido de 30,3% da “ampliação da compreensão das relações teoria/prática”.
Para 49,0% dos alunos respondentes, atividades de extensão, são definidas como
atividades “desenvolvidas junto às comunidades”, seguido de 22,4% dos que concebem-nas
como “processo educativo”.
Constata-se que a produção acadêmica resultante dessas atividades expressa-se
em “participação em eventos e/ou apresentação de trabalhos” (20,4%), “artigos científicos”
(18,4%), “material de jornal” (8,2%),“vídeo” (6,1%), “livro ou capítulo de livro” (5,1%),
“matéria de TV” (2,0%) dentre outros.
4.4.4. Balanço Crítico
A Extensão Universitária na PUC Minas, ainda que encontre percalços e
dificuldades, encontra-se num momento de consolidação institucional que se expressa tanto
na estrutura do seu processo de gestão (constituição de órgãos colegiados, da política,
organização administrativa, edital dos projetos, etc) como no desenrolar de suas atividades.
A avaliação, ao demonstrar as fragilidades inerentes à vida acadêmica, possibilita, assim,
criar alternativas e propor melhorias em seu andamento.
Algumas dificuldades inerentes ao processo de avaliação se fizeram presentes com
alguma contundência face à própria natureza das ações extensionistas e ainda há uma
lacuna na definição de parâmetros norteadores de sua atuação. Esses parâmetros estão
sendo construídos por meio da política de extensão, em fase de aprovação pelo Conselho
de Ensino e Pesquisa e Extensão.
No processo de avaliação, destaca-se como ponto a ser aperfeiçoado, a debilidade
concernente ao cadastro de projetos, professores e alunos. Essa dificuldade decorre tanto
das características de determinados projetos, que são pontuais e datados, quanto pela falta
de sistematização junto à Pró-reitoria de Extensão. A inexistência de um banco de dados
82
atualizado e em acompanhamento constante configurou-se como um dos entraves que
dificultou tanto a elaboração da amostragem quanto o estabelecimento de contatos a
posteriori.
Por outro lado, embora o processo de elaboração dos instrumentos de avaliação
tenha possibilitado a discussão e participação dos atores no interior da Universidade, o que
configura uma démarche do processo avaliativo de nossa Instituição – a democratização e
accountability, eixos norteadores do Programa Permanente de Avaliação – gerou certa
morosidade no processo. Se são salutares os debates, as idas e vindas, torna-se necessário
uma maior racionalização do tempo. A segunda fase, qual seja, de coleta e análise de dados
requer mais tempo e maior maturação dos debates.
Os trabalhos de sensibilização foram desenvolvidos tendo em vista limitações do
tempo, o que fragilizou os contatos com professores e alunos, resultando num baixo
envolvimento desses atores no processo avaliativo.
Tendo em vista o relatório apresentado, a subcomissão de Extensão propõe: (1) a
realização de um seminário com a Pró-reitoria de Extensão, professores e coordenadores
para discussão dos resultados da auto-avaliação da dimensão da Extensão; (2) a criação de
banco de dados sistemático e atualizado de programas e projetos, bem como de seus
responsáveis, alunos participantes e ações desenvolvidas; (3) reavaliação do edital de
projetos de extensão e incorporação da demanda por meio da proposta de um diagnóstico
que sustente empírico-conceitualmente as ações extensionistas; (4) elaboração de
parâmetros norteadores para avaliação de impacto das ações extensionistas; (5) formação
continuada do professor/coordenador com vistas a elaboração e implementação de projetos
extensionistas; (6) estabelecimento de mecanismos que permitam o reconhecimento das
ações extensionistas como atividades-fim (estágio extensionista, substituição de disciplina,
etc); (7) adequação ao escopo do projeto e do número de horas dedicadas à sua
implementação; (8) estabelecimento sistemático de avaliação dos projetos, inclusive seu
impacto nas comunidades e na práxis acadêmica; (9) estimulo à discussão das experiências
em sala de aula, como práxis pedagógica; (10) ampliação da perspectiva do estágio
curricular para além da formação profissional, incorporando a dimensão da extensão, ou
seja, de inserção na comunidade e também de espaço de questionamentos e reflexão sobre
a prática.
83
4.4.5. SUBCOMISSÃO DE POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE
O relatório da subcomissão de Políticas de Atendimento ao Estudante pretende
focalizar as etapas de desenvolvimento da Auto-Avaliação da dimensão Políticas de
Atendimento aos Estudantes, no ano de 2005, conforme estabelecidas no “Roteiro de Auto-
avaliação Institucional – Orientações Gerais” (2004) do Sinaes. O referido documento
apresenta, além de um núcleo de tópicos comuns, outras possibilidades e caminhos para a
construção de processos próprios de auto-avaliação.
É importante destacar que, inicialmente, conforme orientações do documento do
Sinaes – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, a Subcomissão deveria se
responsabilizar pelas Políticas de Atendimento ao Estudante e Relacionamento com o
Egresso, mas devido ao grau de importância e complexidade dos dois segmentos para o
Comitê Permanente de Avaliação - Copav, optou-se por formar duas subcomissões, a de
Políticas de Atendimento ao Estudante e a de Egressos, visando ao aprofundamento de
estudos e a operacionalidade na realização da auto-avaliação desses segmentos.
Percebeu-se por meio da Auto-Avaliação Institucional que a política de atendimento
aos estudantes constitui-se em um conjunto de ações que visam à assistência e à promoção
dos alunos, articulada junto aos projetos pedagógicos dos cursos, em estudos
psicossociológicos e intervenções participativas. Acredita-se que o reconhecimento da
pluralidade dos discursos é condição ética interior das instituições. A prática democrática
institucional se dá quando é possível a escuta de todos sujeitos envolvidos na comunidade.
Criada no ano 2005, a Subcomissão de Políticas de Atendimento ao Estudante teve
como principal meta a elaboração do plano de trabalho, a definição dos indicadores em
conformidade com o núcleo básico e comum proposto pelo Sinaes, o delineamento da
metodologia de coleta de dados e a proposição da estratégia de operacionalização da
avaliação das atividades voltadas para atendimento aos estudantes. Os dados coletados
para essa finalidade referem-se às ações realizadas nos anos de 2003 e 2004 e parte dos
dados já está publicada nos Relatórios de Atividades da PUC Minas dos anos de 2003 e
2004, respectivamente.
84
4.4.5.1. Ações Planejadas
As ações planejadas foram assim elencadas: (1) identificar dados existentes no
Centro de Registros Acadêmicos - CRA, referentes à política de acesso, seleção e
permanência dos estudantes na Universidade; (2) levantar e estudar os dados registrados
nos Relatórios de Atividades da Secretaria Geral e nos Boletins Estatísticos da Pró-reitoria
de Planejamento e Desenvolvimento Institucional nos anos de 2003 e 2004; (3) realizar
visitas aos setores/órgãos auxiliares da Administração Superior, tais como Secretaria de
Ação Comunitária e Setor de Bolsas para coleta de dados sobre bolsas de estudos;
Ouvidoria, para conhecimento do funcionamento e levantamento de dados de estudantes
atendidos; Centro de Atividades Esportivas - CAE, visando identificar as atividades
desenvolvidas e disponibilizadas para os estudantes; Secretaria de Relações Internacionais
para identificação dos convênios de intercâmbio e número de alunos beneficiados;
entrevistas com os responsáveis pelas Clínicas e Serviço de Assistência Judiciária - SAJ de
todas as unidades acadêmicas da PUC Minas, para levantamento do número de alunos
atendentes e atendidos; reunião com a Secretaria de Assuntos Estudantis, recém-criada46
na PUC Minas; reunião com a coordenação do Centro de Estágio Integrado - CEI para
coleta de dados e conhecimento da política de estágio adotada pela Universidade; (4) trocar
informações com as demais subcomissões do processo de Auto-Avaliação para coleta de
dados relativos às políticas gerais de atendimento aos estudantes; (5) estudar os principais
documentos definidores das diretrizes organizacionais e das políticas institucionais.
4.4.5.2. Ações realizadas
Para a realização do processo de Auto-Avaliação, partiu-se, como já dito, da coleta
de dados. A PUC Minas, no segundo semestre de 2003, atingiu o número de 42.501 alunos
regularmente matriculados. Desses, formaram-se 5.814. No segundo semestre de 2004 o
número de alunos regularmente matriculados era de 44.456 e o total de formandos chegou a
13.468. A forma de ingresso na Universidade se faz, predominantemente, por meio de
exame seletivo, a saber, o vestibular. As outras formas de ingresso são transferências
46 Cf. Portaria 10/2005.
85
externas e obtenção de novo título. Conforme relatório de auto-avaliação do ensino47, pode-
se considerar que o estudante da PUC Minas possui perfil bastante jovem: 13,6% com idade
inferior a 20 anos; 52,5% na faixa etária de 20 a 24 anos; 17,9% entre 25 e 29 anos; 16%
com idade acima de 29 anos.
De acordo com as ações programadas a Subcomissão realizou levantamento de
dados nos diversos setores alcançando os resultados relatados a seguir:
A) Centro de Registros Acadêmicos – CRA
A PUC Minas possui um Centro de Registros Acadêmicos – CRA, considerado
órgão auxiliar, vinculado à Pró-Reitoria de Graduação, com as seguintes atribuições:
coordenar o cronograma acadêmico da Instituição; atender aos estudantes no fornecimento
de documentos e certificados, processamentos e implantações de alterações curriculares e
individuais; apoiar a implantação de inclusões e alterações de currículos, disciplinas e grade
de horários; organizar e manter a guarda da documentação acadêmica; planejar e
coordenar os processos de matrícula de veteranos, calouros e casos especiais.
No período analisado (2º semestre de 2003 e 1º e 2º semestre de 2004) foi
registrado pelo CRA que 92,1% dos estudantes desta Universidade ingressaram-se por
meio do vestibular, 6,0% de transferências externas recebidas e 1,9% para obtenção de
novo título. Observou-se ainda que, nesse período, os percentuais de aprovação por área
de conhecimento variaram de 79 a 95,0%, e na reprovação os maiores percentuais
encontram-se nas áreas de Ciências Exatas e da Terra (cerca de 18,0%) e nas Engenharias
(cerca de 20%).
Nas tabelas 02 e 03 são apresentados os resultados obtidos na avaliação realizada
pelo Exame Nacional de Cursos (ENC – “Provão”) no ano de 2003 e pelo Exame Nacional
de Desempenho do Estudante (Enade) em 2004 de alguns cursos da PUC Minas.
47 Dados extraídos do Relatório de Auto-Avaliação do Ensino.
86
Tabela 2: Desempenho no Exame Nacional de Cursos – 2003
Campus / Unidade / Núcleo Universitário / Curso Conceito
N º de graduandos presentes
% de Respondentes
Campus de Belo HorizonteAdministração A 225 100,0 Arquitetura e Urbanismo B 103 100,0 Ciências Biológicas A 114 97,4 Ciências Contábeis B 259 100,0 Direito A 252 98,8 Economia B 113 100,0 Enfermagem C 126 99,2 Engenharia Civil D 79 96,2 Engenharia Elétrica C 146 97,9 Engenharia Mecânica C 175 97,7 Geografia B 115 99,1 História C 109 91,7 Jornalismo C 97 94,8 Letras C 95 98,9 Odontologia A 117 100,0 Pedagogia C 311 100,0 Psicologia C 198 90,4
Núcleo Universitário de Betim Administração A 63 100,0 Direito C 121 100,0 Letras C 79 100,0 Matemática B 58 100,0 Psicologia A 36 100,0
Núcleo Universitário de Contagem
Administração C 176 99,4 Ciências Contábeis A 141 100,0 Direito D 240 95,0
Campus de Poços de CaldasAdministração B 76 100,0 Arquitetura e Urbanismo B 46 97,8 Direito B 83 100,0 Engenharia Civil D 21 100,0 Engenharia Elétrica C 4 100,0 Medicina Veterinária C 13 100,0 Pedagogia C 39 100,0
Campus de ArcosAdministração C 74 100,0 Jornalismo C 28 96,4
Fonte: MEC / INEP - 2004
87
Tabela 3: ENADE – Consulta aos resultados, 2004
Número de estudantes Média do Componente Específico Campus / Unidade /
Núcleo Universitário / Curso
Ingressantes Concluintes
Média da Formação
Geral Ingressantes Concluintes
Média Final Conceito
Campus de Belo Horizonte
Enfermagem 55 114 4,5 3,5 3,4 3,7 4
Fisioterapia 229 126 2,8 4,2 4,1 3,8 4
Fonoaudiologia 71 47 3,2 3,4 2,9 3,1 4
Odontologia 79 55 3,5 3,7 4,2 3,9 4
Serviço Social 62 134 2,8 1,3 2,6 2,4 3
Núcleo Universitário de Betim
Enfermagem 123 107 3,8 3,8 3,8 3,8 4
Fisioterapia 120 47 2,2 4 3,7 3,4 4 Medicina
Veterinária 169 35 3,8 4,1 4,1 4 5
Núcleo Universitário de Contagem
Serviço Social 58 86 4 3,3 3,6 3,7 4
Campus de Poços de Caldas
Fisioterapia 94 30 1,4 3,5 2,8 2,5 3 Medicina
Veterinária 130 37 3,2 3,3 3,8 3,6 4
Fonte: MEC / INEP 2005
B) Atendimentos em Clínicas – Áreas da Saúde
A PUC Minas dispõe de clínicas em diversas áreas e de dois Hospitais Veterinários
que constituem espaços em que se articulam a teoria e a prática, mediante o atendimento
feito pelos estudantes à comunidade. Os serviços de atendimento aos estudantes e à
comunidade estão vinculados aos seguintes cursos: Fisioterapia, Fonoaudiologia,
Odontologia e Psicologia e Hospital do curso de Medicina Veterinária.
a) Clínica de Fisioterapia
O curso de Fisioterapia da PUC Minas oferece aos alunos atividades de estágio
curricular mediante atendimento fisioterápico, sob supervisão direta dos professores do
curso, nas áreas de Ortopedia e Traumatologia, Neurologia, Uroginecologia, Obstetrícia e
Respiratória. A estrutura física interna compõe-se de três Centros Clínicos sendo um na
Unidade do Coração Eucarístico, outro no Núcleo Universitário de Betim e o terceiro no
Campus de Poços de Caldas. A distribuição dos atendimentos em 2004 estão apresentados
a seguir:
88
Tabela 4: Atendimento Total das Clínicas de Fisioterapia da PUC Minas - 2004
1º Semestre 2º Semestre TOTAL Clínicas por Unidade
Pacientes Sessões Pacientes Sessões Pacientes Sessões
Unidade Coração Eucarístico 906 16.873 897 17.605 1.803 34.478
Núcleo Universitário de Betim 626 8.480 722 11.141 1.348 19.621
Campus de Poços de Caldas 786 9.557 829 7.281 1.615 16.838
TOTAL 2.318 34.910 2.448 36.027 4.766 70.937
Fonte: Clínicas de Fisioterapia / GAC - Gestão de Atendimento Clínico, 2004
b) Clínica de Fonoaudiologia
O curso de Fonoaudiologia da PUC Minas oferece aos alunos atividades de estágio
curricular, sob a supervisão direta dos professores do curso, através de um Centro Clínico
na Unidade Coração Eucarístico, com capacidade para atendimento de 180 pacientes por
dia, nas áreas Audiologia, Gerontologia, Linguagem Médica, Motricidade Oral, Neurologia,
Odontologia e Voz. A distribuição dos pacientes atendidos pode ser observada na tabela 5.
Tabela 5: Pacientes Atendidos nas Clínicas de Fonoaudiologia da PUC Minas - 2004
1º Semestre 2º Semestre TOTAL PACIENTE
Pacientes Sessões Pacientes Sessões Pacientes Sessões
Interno* e Externo 581 5.008 957 8.944 1.538 13.952
*Paciente interno: corpo docente, discente e funcionários da PUC Minas
Fonte: GAC - Gestão de Atendimentos Clínicos/2004
c) Clínica de Odontologia
A Faculdade de Odontologia da PUC Minas possui uma estrutura física composta
de sete clínicas, sendo quatro delas com capacidade para 32 atendimentos simultâneos
cada, pertencentes ao curso de graduação; possui três clínicas com capacidade para 12
atendimentos simultâneos cada, pertencentes aos cursos de pós-graduação, e um bloco
cirúrgico para atendimento aos pacientes com necessidades especiais, com capacidade de
7 atendimentos simultâneos, compartilhados pela graduação e pela pós-graduação. A
distribuição de atendimentos pode ser verificada na tabela 06.
89
Tabela 6: Pacientes atendidos pelos Cursos / Programas de Odontologia – 2004
Graduação Pós-graduação PACIENTE
1º Sem. 2º Sem. TOTAL 1º Sem. 2º Sem. TOTAL TOTAL
Adulto 709 820 1.529 703 1.540 2.243 3.772
Criança 74 32 106 127 247 374 480
Paciente com necessidades especiais - - - 65 71 136 136
TOTAL 783 852 1.635 895 1.858 2.753 4.388
* Na Pós-graduação estão inclusos os cursos de Mestrado, as Especializações e os cursos de Extensão.
Fonte: GAC - Gestão de Atendimentos Clínicos/2004
d) Clínica de Psicologia
O Curso de Psicologia da PUC Minas oferece aos alunos atividades de estágio
curricular de Psicologia, através do atendimento psicológico, sob a supervisão direta dos
professores do curso. Possui uma estrutura física interna composta de três clínicas sendo
uma na Unidade Coração Eucarístico, uma na Unidade São Gabriel e outra no Núcleo
Universitário Betim.
Os alunos dos cursos de Psicologia também realizam atividades de estágio
curricular através de atendimentos externos, mediante convênios celebrados entre a PUC
Minas e empresas, instituições da rede pública e privada e unidades básicas da rede
municipal. Esses convênios são gerenciados pelas Clínicas e pelos Setores de Estágio dos
cursos de Psicologia. A distribuição de atendimentos pode ser verificada na tabela 07.
90
Tabela 7: Pacientes atendidos nas Clínicas de Psicologia da PUC Minas, 2003/2004
2003 2004 Clínicas por unidade
Casos Sessões Casos Sessões
Unidade Coração Eucarístico 2.253 8.165 1.365 8.788
Unidade São Gabriel* 311 762 554 3.994
Núcleo Universitário de Betim 1.692 3.909 911 4.985
Total 4.256 12.836 2.830 17.767
Fonte: Boletim Estatístico / 2003 e 2004 *A Clínica do São Gabriel iniciou suas atividades no 2º semestre de 2003.
e) Hospital Veterinário - Centro de Estudos em Clínica e Cirurgia de Animais
A PUC Minas possui um Hospital Veterinário, Centro de Estudos em Clínica e
Cirurgia de Animais, e uma Fazenda Experimental no Núcleo Universitário de Betim e no
campus de Poços de Caldas. A organização dos hospitais é estruturada nos setores de
Clínica e Cirurgia de Grandes Animais; Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais;
Ambulatórios de atendimento a pequenos e grandes animais; Laboratórios de Nutrição,
Patologia Clínica e Geral, Anemia Infecciosa Eqüina, Tecnologia e Inspeção de Alimentos,
Bromatologia e de Reprodução Animal.
Esses hospitais buscam articular as atividades práticas e teóricas aplicadas à
Medicina Veterinária, ampliando a possibilidade de contato do acadêmico à sua realidade
profissional. Merece destacar que parte considerável das atividades desenvolvidas visa ao
atendimento à comunidade da região, assim como o apoio a outros centros clínicos e
cirúrgicos instalados em cada município. As diversas especialidades da Clínica e Cirurgia
têm possibilitado o atendimento às demandas até então encaminhadas para outros centros
fora do município.
91
C) Serviço de Assistência Judiciária - SAJ
A Faculdade Mineira de Direito da PUC Minas oferece aos seus alunos, atividades
de estágio curricular em diferentes áreas dos cursos de Direito no chamado Serviço de
Prática Jurídica – SAJ. Esse trabalho conta com a supervisão direta dos professores dos
cursos, nos campi de Belo Horizonte, de Arcos e de Poços de Caldas e atende as
comunidades nas quais a Instituição está inserida.
Além disso, os estudantes dos cursos de Direito também realizam outros estágios
curriculares, graças a Convênios celebrados entre a PUC Minas e Escritórios de Advocacia,
Órgãos do Poder Judiciário e Empresas Privadas.
Tabela 8: Corpo Discente com participação na prática efetiva do SAJ - Serviço de Assistência Judiciária - 2003 e 2004
Nº de alunos
2003 2004 Campus / Unidade / Núcleo Universitário
1º semestre 2º semestre 1º semestre 2º semestre
Campus de Belo Horizonte 1.073 1.153 1.236 1.384
Unidade Coração Eucarístico 378 308 275 273
Unidade São Gabriel - 121 277 423
Núcleo Universitário de Betim 279 328 321 346
Núcleo Universitário de Contagem 416 396 363 342
Campus de Arcos 37 105 154 217
Campus de Poços de Caldas 127 114 126 125
Total 1.237 1.372 1.516 1.726
Fonte: Boletim Estatístico / 2004
92
D) Centro de Atividades Esportivas - CAE
O CAE foi inaugurado em 1977, para atender às aulas da disciplina Educação
Física obrigatória em todos os cursos de graduação. Durante esses anos o CAE procurou
atender da melhor maneira possível os usuários, embora carecesse ainda de adequação de
espaço físico, inclusive para os setores administrativos. Também não havia diversidade de
material esportivo nem equipamentos mais modernos de apoio à prática de atividades
físicas.
A partir de 2004, considerando-se um diagnóstico situacional, iniciou-se a
elaboração de um planejamento estratégico no qual se definiu novo perfil do Centro
Esportivo, de modo a atender com máxima qualidade a comunidade acadêmica, durante a
semana nos três turnos e, aos sábados e domingos durante o dia.
E) Ouvidoria Geral
A Ouvidoria Geral visa estreitar relações, ajudar na solução de problemas, ouvir
sugestões e esclarecer dúvidas referentes à vida acadêmica e às atividades profissionais
desenvolvidas na Instituição. Questões acadêmicas são levadas à Ouvidoria, de forma
personalizada, autônoma e imparcial, visando ao conhecimento do pensamento da
comunidade acadêmica e das suas expectativas junto à Universidade. No exercício de 2004,
a Ouvidoria estendeu suas atividades aos colegiados e Conselhos Técnicos Administrativos
– CTA’s com objetivo de colher sugestões para que fossem incorporados ao seu plano de
trabalho de 2005. A distribuição dos atendimentos aos estudantes encontra-se apresentada
na tabela 09.
93
Tabela 9: Número de estudantes atendidos pela Ouvidoria
Atendimentos 2003 2004
Atendimentos pessoais 322 484
Informações 221 495
Reclamações 886 1.119
Reuniões com estudantes 20 11
Solicitações 104 304
Sugestões recebidas 77 87
Total 1.630 2.500
Fonte: Ouvidoria da PUC Minas/2004
F) Postos de Pronto Atendimento
A PUC Minas possui em cada Unidade Acadêmica / Núcleo Universitário / Campi
Postos de Assistência à Saúde, voltados para atendimento ao corpo discente e docente e
comunidade. Além dos pronto-atendimentos, os postos desenvolvem campanhas educativas
sobre saúde e vacinação e estão vinculados à Secretaria de Ação Comunitária. A
distribuição dos atendimentos realizados pelos postos médicos pode ser observada na
tabela 10.
Tabela 10: Assistência médico-ambulatorial – Comunidade atendida - 2004
Público Interno Público Externo (1)
LOCAL
Médico Enfermagem Médico Enfermagem
TOTAL
Campus de Belo Horizonte 6.189 14.696 1.212 8.735 30.832
Unidade Coração Eucarístico 2.180 3.677 448 882 7.187
Unidade Barreiro (2) - 1.229 - 78 1.307
Unidade São Gabriel 527 1.367 262 6.381 8.537
Núcleo Universitário de Betim 1.530 5.494 136 540 7.700
Núcleo Universitário de Contagem 1.952 2.929 366 854 6.101
Campus de Arcos 168 562 6 62 798
Campus de Poços de Caldas (3) 2.351 1.841 ... ... 4.192
Campus de Serro (4) - - - - -
TOTAL 8.708 17.099 1.218 8.797 35.822
Fonte: Posto de Pronto-atendimento das Unidades / Núcleos Universitários / Campi(1) Público externo (usuários dos serviços da PUC Minas). (2) Unidade dispõe de enfermeira para atendimento. (3) Dados correspondem ao atendimento ao público externo e interno. (4) Campus não dispõe de Posto de Pronto-atendimento.
94
G) Bolsas e Programas de Financiamento de Estudo
O Programa de Bolsas da PUC Minas foi criado no primeiro semestre de 2002, para
alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação e comprovadamente carentes,
de acordo com os critérios estabelecidos pela Secretaria de Ação Comunitária, órgão
auxiliar da Administração Superior.
O critério de carência é definido mediante processo classificatório, utilizando-se dos
dados relativos à renda familiar, despesas básicas e número de membros da família,
informados pelo aluno na ficha de inscrição da solicitação do auxilio. Além desses critérios
objetivos, processados através de sistema informatizado, a Secretária de Ação Comunitária,
com o apoio de Assistentes Sociais, trabalha com entrevistas que constituem fator
importante para análise dos casos e possíveis concessões das bolsas. As tabelas de 11 a
15 mostram os benefícios concedidos pela Instituição e a distribuição de suas diversas
modalidades.
Tabela 11: Número de alunos beneficiados com bolsa de estudo
CALOUROS VETERANOS LOCAL
2003 2004(1) 2003 2004(2)
Campus de Belo Horizonte 3.115 3.680 6.258 9.020
Unidade Coração Eucarístico 1.324 1.550 3.239 4.408
Unidade Barreiro 168 285 179 396
Unidade São Gabriel 635 810 1.009 1.753
Universitário de Betim 470 512 930 1.227
Universitário de Contagem 518 523 901 1.236
Campus de Arcos 199 178 329 456
Campus de Poços de Caldas 117 114 282 266
Campus de Serro 67 53 26 77
TOTAL 3.498 4.025 6.895 9.819(1) Número total de calouros do 1º e do 2º semestre que foram beneficiados com bolsa de estudo. (2) Alunos veteranos do 2º semestre somados aos calouros do 1ºsemestre.
Fonte: Secretaria de Ação Comunitária/2004
95
Tabela 12: Alunos beneficiados por percentual de bolsas – 2º semestre 2004
Até 20% De 21 - 40% De 41 - 60% Acima de 61% LOCAL
1º Sem. 2º Sem 1º Sem. 2º Sem 1º Sem. 2º Sem 1º Sem. 2º Sem
Campus de Belo Horizonte 542 406 3.946 3.802 2.657 4.344 1.657 2.501
Unidade Coração Eucarístico 240 167 1.598 1.576 788 1.946 1.194 1.579
Unidade Barreiro 9 9 135 152 160 243 83 149
Unidade São Gabriel 100 78 903 857 666 882 174 375
Núcleo Universitário de Betim 67 49 643 563 558 679 137 221
Núcleo Universitário de Contagem 126 103 667 654 485 594 69 177
Campus de Arcos 132 96 379 396 24 28 - 4
Campus de Poços de Caldas 62 33 276 271 7 20 1 1
Campus de Serro 10 8 41 42 27 43 11 14
TOTAL 746 543 4.642 4.511 2.715 4.435 1.669 2.520
Fonte: Secretaria de Ação Comunitária
Tabela 13: Alunos Beneficiados por Tipo de Bolsa - 2004
Alunos Carentes Convenções e Acordos Coletivos Destaque Acadêmico Bolsa-Irmão
Local
1º Sem. 2º Sem. 1º Sem. 2º Sem. 1º Sem. 2º Sem. 1º Sem. 2º Sem.
Campus de Belo Horizonte 10.274 11.716 2.050 2.147 71 79 4.220 3.940
PUC Minas Coração Eucarístico 5.094 5.650 1.467 1.520 31 41 2.238 2.029
PUC Minas Barreiro 409 568 26 28 4 5 82 108
PUC Minas São Gabriel 1.936 2.276 263 284 15 16 583 603
Núcleo Univ. de Betim 1.411 1.589 180 197 11 9 723 670
Núcle Univ. de Contagem 1.424 1.633 114 118 10 8 594 530
Campus de Arcos 547 574 57 61 7 10 205 183
Campus de Poços de Caldas 342 358 211 225 12 14 478 453
Campus de Serro 99 127 0 1 2 2 35 40
Total 11.262 12.775 2.318 2.434 92 105 4.938 4.616
Fonte: Pró-reitoria de Gestão Financeira - Setor de Bolsas
Obs: Todos os alunos matriculados nos campi de Arcos, Poços de Caldas e Serro possuem um desconto de 20%, não computado neste quadro como bolsa concedida.
96
Tabela 14: Crédito Educacional Rotativo – 2002 a 2004
LOCAL 2002 2003 2004
Campus de Belo Horizonte 8.680 9.840 9.256
Unidade Coração Eucarístico 5.332 5.162 4.261
Unidade Barreiro 28 153 242
Unidade São Gabriel 798 1.633 1.799
Núcleo Universitário de Betim 1.291 1.542 1.631
Núcleo Universitário de Contagem 1.231 1.350 1.323
Campus de Arcos 382 568 662
Campus de Poços de Caldas 737 837 802
Campus de Serro - 1 23
TOTAL 9.799 11.246 10.743
Fonte: CRA – PUC Minas
Tabela 15: Evolução de Alunos Beneficiados com financiamentos – 2002 a 2004
CREDUC FIES LOCAL
2002 2003 2004 2002 2003 2004
Campus de Belo Horizonte 232 93 33 1.695 1.703 1.625
Unidade Coração Eucarístico 219 87 30 932 796 590
Unidade Barreiro - - - 6 5 10
Unidade São Gabriel - 2 - 190 204 234
Núcleo Universitário de Betim 2 1 1 308 407 508
Núcleo Universitário de Contagem 11 3 2 259 291 283
Campus de Arcos - - - 137 203 225
Campus de Poços de Caldas 6 - - 220 260 253
Campus de Serro - - - - - 12
TOTAL 238 93 33 2.052 2.166 2.115
Fonte: Secretaria de Ação Comunitária
CREDUC - Crédito Rotativo
FIES - Programa de Financiamento Estudantil do Governo Federal
97
H) NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais
Especiais
O Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais
– NAI, cuja criação é recente na estrutura da PUC Minas, já apresenta resultados
consistentes, indicando e confirmando o compromisso da Instituição com um modelo de
educação que respeita a diversidade e a diferença de seus alunos.
Criado em 2004 e instalado em março de 2005, o NAI recebeu a missão
institucional de articular e coordenar as diversas contribuições que a PUC Minas pode dar
no sentido de garantir a inclusão dos alunos com necessidades especiais em todos os seus
cursos e campi, estabelecendo parcerias internas e externas.
Em 2004 o NAI atendeu a 81 alunos distribuídos em oito unidades e 30 cursos da
Universidade em que receberam algum tipo de suporte, em conformidade com o plano de
apoio individual traçado no início do semestre letivo.
Em suas atribuições o NAI deve auxiliar a Comissão de Vestibular, quanto à
identificação dos candidatos, suas necessidades e recursos de apoio para a realização das
provas; identificar, atualizar e monitorar os dados e condições dos alunos com necessidades
especiais, através de formulários no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA) e entrevistas;
elaborar um plano de apoio permanente para cada aluno, de acordo com suas
necessidades; disponibilizar suporte aos professores, coordenadores de cursos e
funcionários; selecionar, orientar, acompanhar e avaliar os monitores, estagiários e
intérpretes que dão suporte aos alunos com necessidades especiais; promover eventos
informativos e de sensibilização para alunos, professores e funcionários interessados;
buscar estratégias de ação conjunta entre a equipe do NAI, o corpo docente e os serviços
clínicos disponíveis na Universidade;elaborar manuais, banners e cartilhas informativas para
circulação interna; intermediar, junto ao setor responsável, a implementação de medidas
que visem a garantia da acessibilidade nos campi da PUC; manter-se atualizado quanto aos
avanços técnicos e conquistas legais referentes ao seu campo do conhecimento.
A tabela 16, a seguir, retrata a distribuição de alunos com necessidades especiais
por tipo de deficiência:
98
Tabela 16: Corpo Discente com Necessidades Especiais - 2004
Deficiência
LOCAL Auditiva
Dificuldades Acentuadas
Aprendizagem Física Visual
TOTAL
Campus de Belo Horizonte 12 2 38 24 76
Unidade Coração Eucarístico 7 1 21 12 41
Colégio São Paulo* 1 - 1 1 3
Unidade Barreiro - - 1 1 2
Unidade São Gabriel 1 - 9 7 17
Instituto de Educação Continuada 2 - - - 2
Núcleo Universitário de Betim - 1 2 3 6
Núcleo Universitário de Contagem 1 - 4 - 5
Campus de Arcos - - 1 1 2
Campus de Poços Caldas - - 3 2 5
Campus de Serro - - - - -
TOTAL 12 2 42 27 83
Fonte: Secretaria de Ação Comunitária - XX
(*) O curso de Normal Superior funcionou no Colégio São Paulo de 2001 a 2004.
I) Número de estudantes com bolsa Probic/FIP
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação disponibiliza e concede para o corpo
discente as seguintes modalidades de bolsas para projetos de pesquisa, a saber: (1) FIP -
Bolsa de Iniciação Científica concedida dentro dos projetos de pesquisas do FIP. No caso o
projeto é elaborado por um professor e pode ser desenvolvido com a participação de alunos
por ele selecionados; (2) PROBIC - Programa de Bolsas de Iniciação Científica destinadas
aos alunos dos cursos de graduação. As propostas de projeto de pesquisa são elaboradas
pelo próprio aluno sob a orientação de um professor ou pesquisador qualificado; (3) PICI -
Programa de Bolsas de Iniciação Científica, também destinado aos cursos de graduação,
exceto a Unidade do Coração Eucarístico. Além disso, a Pró-reitoria apóia o programa de
Bolsas de Iniciação Científica concedidas pela FAPEMIG e o Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica, patrocinado pelo CNPq, destinados ao corpo discente e
docente.
99
Pela PUC Minas foram financiadas, em 2003 e 2004, 286 Bolsas de Iniciação
Científica para o corpo discente. Os órgãos externos, FAPEMIG e CNPq, financiaram nos
mesmos anos, 79 Bolsas de Iniciação Científica.
J) Número de convênios de intercâmbios nacionais e internacionais
A Política de Internacionalização da PUC Minas coaduna-se com a missão da
universidade por ser instrumento que possibilita a busca do conhecimento amplo, universal,
o que implica o permanente diálogo entre povos. No campo das instituições de ensino
superior, o conceito “internacionalização” pode ser definido como o processo de integrar
uma dimensão internacional e intercultural nas atividades de ensino, pesquisa e extensão48.
A PUC Minas, nos anos de 2003 e 2004, criou a Diretoria de Relações
Internacionais e Intercâmbio, visando supervisionar, orientar, promover e assessorar
intercâmbios e eventos internacionais. Nestes dois anos, foram feitos convênios com as
seguintes Instituições Estrangeiras para intercâmbio de estudantes: Canadian Global Centre
for Learning (Canadá); Furtwangen (Alemanha); Georgia State University (EUA); ILSC
(Canadá); ISPU (Moçambique); La Serena (Chile); Leeds (Inglaterra); Ohio University (EUA);
Programa ALBAN; Programa de Cooperação Interuniversitária (Espanha); Programa
IAESTE; St. Louis University (EUA); St. John’s University (New York); St. Thomas Aquinas
University (New York); Universidad de Málaga (Espanha). Participaram de programas de
intercâmbios internacionais 67 alunos dos cursos de graduação.
Além de convênios com as Instituições Estrangeiras, a Diretoria de Relações
Internacionais efetivou parcerias com cursos de idiomas para serem ofertados nas diversas
Unidades.
48 Informações extraídas da Proposta de Orientação Política e Organização de Atividades da Secretaria de Relações Internacionais e Intercâmbio.
100
K) Grau de participação dos estudantes na definição de políticas e diretrizes
estabelecidas pela Universidade
A PUC Minas disponibiliza espaço físico para o Diretório Central dos Estudantes
(DCE`s) e Diretório Acadêmico dos Cursos (DA`s) nos diversos Campi/Núcleos
Universitários/Unidades, bem como financia suas reformas e manutenção.
O DCE tem representação legítima junto aos órgãos colegiados de definição das
políticas acadêmico-administrativas, a saber: Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
(Cepe) e Conselho Universitário (Consuni). Esses Conselhos são órgãos ordenadores
básicos na estrutura organizacional da Instituição.
L) Projetos Pedagógicos reformulados e novos49
No que se refere aos projetos pedagógicos dos cursos de graduação a Pró-reitoria
de Graduação (Prograd) constituiu, em 2004, um grupo composto por um representante de
cada Pró-reitoria e pelos coordenadores dos cursos, para realizar o acompanhamento e
análise dos projetos pedagógicos. Para tal, foram considerados os aspectos apontados
pelas diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação, que trazem implicações
diretas na construção ou reformulação de um projeto pedagógico, ou seja, a articulação
entre teoria e prática; a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, a flexibilização; a
formação humanista e a interdisciplinaridade.
Apresenta-se a seguir o gráfico com o panorama dos cursos de graduação da PUC
Minas, tendo em vista a situação do projeto pedagógico.
49 Informações extraídas do documento Diretrizes para a Graduação da PUC Minas, elaborado em março de 2004
101
Gráfico 13: Panorama dos cursos de graduação da universidade, tendo em vista a situação do projeto pedagógico - 2004
Fonte: Prograd, 2004
4.4.6. Potencialidades e Pontos a serem aperfeiçoados
Pontos a serem aperfeiçoados
A Subcomissão de Políticas de Atendimento ao Estudante aponta a seguir questões
e pontos a serem aperfeiçoados: (1) Dificuldades do estudante em acessar todos os
recursos disponíveis para conhecimento e acompanhamento da sua trajetória acadêmica;
(2) constata-se que o número de estudantes que possuem bolsas de estudo é crescente e
ainda há demanda para bolsas de estudos; (3) o Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com
Necessidades Educacionais Especiais (NAI), por estar em fase de implantação, tem
atendido apenas às demandas emergenciais; (4) em relação à Ouvidoria percebe-se que
esse órgão é utilizado mais como espaço para queixas e denúncias do que como um canal
de interlocução acadêmico; (5) necessidade de ampliação de recursos e apoios necessários
para novos planejamentos para permitir à PUC Minas maior proximidade com outras
universidades, de porte semelhante, no que concerne às relações acadêmicas
39%
11%
50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Grupo 1: Cursos que não possuem projeto pedagógico em consonância com as atuais orientações da Prograd
Grupo 2: cursos cujos projetos pedagógicos estão sendo construídos ou revistos em consonância com as atuaisorientações da Prograd
Grupo 3: cursos cujos projetos pedagógicos se encontram, ainda que parcialmente, em consonância com as atuaisorientações da Prograd, tendo, a maioria deles, recebido o acompanhamento desse setor nas atividades de construção deseus projetos
102
internacionais; (6) reavaliar as Políticas de concessão de Bolsas de Estudos em razão da
adesão da PUC Minas ao PROUNI; (7) aumento do número de estagiários/monitores e
professores em razão do excesso de demanda dos serviços prestados à comunidade -
Clinicas e SAJ`s; (8) necessidade de integração entre os profissionais das Clínicas com
profissionais de outras áreas; (9) melhoria da divulgação e comunicação interna das ações e
políticas de atendimento aos estudantes.
Potencialidades
No que se refere às Políticas de Atendimento aos Estudantes devem ser
ressaltados os seguintes pontos: (1) investimentos constantes da PUC Minas na
informatização dos processos que facilitam o acompanhamento da vida acadêmica do
estudante, como por ex: SGA – Sistema de Gestão Acadêmica; (2) investimento na
capacitação do corpo docente visando principalmente à melhoria da qualidade de ensino; (3)
implantação de Programas de Assistência Educacional, como por exemplo, o NAI; (4)
reestruturação do CAE e sua revitalização; (5) existência de banco de dados de alunos com
necessidades especiais, coletados desde a sua inscrição no processo de seleção; (6)
desenvolvimento de estratégias baseadas em critérios acadêmicos e organizacionais que
possibilitem à Secretaria de Relações Internacionais e Intercâmbio implementar atividades
interculturais no ensino, na pesquisa e na extensão; (7) A criação da Secretaria de Assuntos
Estudantis em 2005. Trata-se de órgão de assessoramento da Vice-Reitoria de modo a
elaborar, desenvolver e apoiar políticas que visem ao fortalecimento e integração do corpo
estudantil na comunidade universitária; (8) a adesão da PUC Minas ao PROUNI, o que tem
propiciado o acesso e a permanência de estudantes no Ensino Superior, advindos do
sistema público de Ensino Médio.
103
4.4.7. SUBCOMISSÃO DE EGRESSOS
Dentro das discussões propostas sobre os egressos na PUC Minas uma distinção é
necessária, justamente para que se possa alcançar a amplitude e importância que essa
dimensão alcançou nos últimos anos na instituição. Nesse sentido a subcomissão preparou
uma pequena abordagem em torno do vocábulo Egresso. De acordo com Houaiss, o
vocábulo “egresso” tem sua origem etimológica na palavra latina egressus/a/um, que
significa “aquele que saiu” ou “aquele que não mais pertence a um grupo”.
Explicando melhor a composição do vocábulo e+gressus, tem-se que o elemento
propositivo latino gressus significa “caminhar, adiantar-se”, o que acrescenta ao vocábulo
egressos a noção dinâmica de algo em movimento, em trajetória de mudança, evolução e
progresso.
Quanto ao sentido do prefixo “e”, destaca-se que se aplica para expressões que
apresentam relações oponenciais do tipo “ingresso/egresso”. Assim, pode-se atribuir ao
vocábulo egresso o significado daquele que ingressa, percorre uma trajetória na instituição
e, após o término do processo, torna-se um egresso para um outro caminhar.
Tais reflexões, aliadas à terminologia usada pelo documento Sinaes (MEC/Inep,
2003), subsidiaram a proposição da conceituação a ser adotada pela Subcomissão de
Egressos: o aluno egresso da PUC Minas é todo aquele que, após ter ingressado como
estudante para receber educação e instrução, concluiu seu programa de formação,
integralizando os créditos exigidos e obtendo os títulos de graduado, bacharel e/ou
licenciado.
A necessidade de se apresentar esse conceito vem para não confundir com um
termo que é utilizado na instituição que é o termo “ex-aluno”. Na PUC Minas “ex-aluno” é
todo aquele que já passou pela instituição, sem necessariamente ter se formado na mesma,
ou cumprido seu percurso de formação.
Os trabalhos com os egressos iniciaram-se, na PUC Minas, no ano de 2002, a partir
de iniciativas da Pró-Reitoria de Graduação e da Chefia de Gabinete do Reitor. A iniciativa
foi vinculada ao início dos trabalhos de Auto-Avaliação Institucional da Universidade, em
atendimento à política de avaliação das ofertas de cursos de graduação do Ministério da
Educação e Cultura (MEC).
Por iniciativa do Chefe de gabinete do Reitor50, que reuniu um grupo de professores
da Instituição para discutir as relações institucionais da PUC Minas com os seus egressos.
50 Na época, Prof. Mario Lucio Vieira Silva. Essa reunião aconteceu em 2002, demonstrando que a Instituição já tinha uma preocupação em sintonizar as discussões de reformulação de avaliação proposta pela MEC com as ações realizadas na Instituição. Participaram da reunião a Assessoria de Comunicação e o Curso de Ciência da
104
Na ocasião, destacou-se a iniciativa, já em curso, da Pró-Reitoria de Graduação, no sentido
de desenvolver projetos de pesquisa de egressos com vistas à avaliação das condições de
oferta dos cursos de graduação da Universidade, como parte das exigências do MEC.
Em conseqüência, a convite da Chefia de Gabinete e da Pró-Reitora de Graduação
(Prograd), foram realizados encontros para discutir a política de egressos na Universidade51.
O objetivo foi canalizar as discussões sobre os egressos da Universidade, voltadas para as
ações de melhoria dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. Como pauta de
trabalho foram discutidos os assuntos: iniciativas e ações a respeito dos egressos da
Universidade e elaboração do questionário para pesquisa com egressos, já em fase de
construção, pela equipe da Prograd. A partir daí, no ano de 2002, o grupo de professores
trabalhou na melhoria do instrumento de pesquisa com egressos (Anexos 14 e 15), para
aplicação, via Portal da PUC Minas, objetivando a concepção de uma política de egressos
para a Instituição.
Nos anos seguintes o grupo de trabalho foi ampliado e os novos integrantes eram
professores identificados com o perfil de experiência em ações com egressos52. O novo
grupo foi formalizado a partir da Portaria nº 020/200353, expedida pelo Reitor, na época,
Professor Pe. Geraldo Magela Teixeira, com o objetivo de “criar e acompanhar a
implementação do Sistema Informatizado de Acompanhamento de Egressos da PUC
Minas”54.
Durante todo o primeiro semestre de 2003, a comissão realizou vários estudos para
traçar as estratégias de articulação e acompanhamento com os egressos, além de delinear
as metodologias de pesquisa de egressos para criação do respectivo banco de dados.
Como a metodologia do programa de avaliação foi elaborada com o objetivo de direcionar
as ações das subcomissões no sentido de se alcançar as metas de avaliação estipuladas,
os trabalhos da subcomissão foram norteados pelo princípio de vinculação do egresso à
avaliação institucional empreendida pelo Propav.
Por outro lado houve a necessidade de se adequar o trabalho que já havia sido realizado até
então com as novas proposições de avaliação propostas com a Lei 10.861/2004. Assim em
meados de 2004, partindo dessa necessidade e com o direcionamento das ações
relacionadas aos egressos foi criada a Subcomissão de Egressos. A nova subcomissão
Informação, representado pela coordenadora, Profª. Ana Maria Cardoso e pela Profa. Carolina Angélica Barbosa Saliba. 51 Esses encontros contaram com a participação dos professores: Rosely Campos e Matilde de Souza, Humberto Torres, Diretor do Datapuc e Carolina Saliba, professora do Curso Ciência da Informação. 52 O grupo, em 2003, passou a ser formado pelos professores: Profª. Rosely Campos e Profª. Matilde de Souza, Assessoras da Prograd; Prof. Humberto Torres Marques Neto, Diretor do Datapuc; Profª. Carolina Saliba, do Curso Ciência da Informação; Profª. Margareth Teixeira Fernandes, da Assessoria de Comunicação; Prof. José Milton dos Santos, do Curso de Comunicação; Profª. Elenice de Souza Lodron Zuim, do Curso de Matemática e integrante da equipe do PROPAV; Prof. Célio Caetano Batista, Coordenador de Estágio do Curso de Administração. 53 Portaria 020/2003.
105
mudou sua composição, passando a contar com três professores55. Dos trabalhos da
subcomissão resultou o documento “Política de Relacionamento com Egressos”, enviado ao
Propav em dezembro de 2004, para constituir parte do conteúdo do Projeto de Avaliação
Institucional a ser enviado ao MEC/Inep.
4.4.7.1. Ações planejadas
É importante destacar que em discussões realizadas em 2003, antes, portanto da
Lei que instituiu a Avaliação Institucional no país, já havia sido proposto um conjunto de
ações, através do documento Programa de acompanhamento dos Egressos da PUC Minas:
resumo das atividades da Comissão de Sistematização – que de muitas maneiras norteou
os trabalhos realizados pela subcomissão. Nesse sentido vale apresentar as proposições
daquele momento e que se transformaram em metas de avaliação a serem alcançadas: (1)
discussão da missão de um programa de egressos para a Universidade e do conceito de
egressos para a Universidade; (2) identificação, na PUC Minas, de experiências de
aproximação com ex-alunos, já realizadas ou em andamento, através de aplicação de
questionários aos coordenadores de cursos, via Portal dos Coordenadores; (3) identificação
de fontes de informação para geração de informações sobre os egressos, com base nos
objetivos do Propav; (4) criação da estratégia de atualização dos meios de contato com os
egressos, que servissem de base para o banco de dados, como forma de permitir que o ex-
aluno continue vinculado ao Sistema de Gestão Acadêmica; (5) proposição de ações para
restabelecer os laços de convívio e de relações mútuas, da Universidade com os seus
egressos, através de idealização de um canal de comunicação direto com os egressos; (6)
criação de mecanismos de reciprocidade para melhorar a oferta de ensino de graduação e
melhoria dos projetos pedagógicos; (7) discussão de estratégias de contra-partidas
institucionais entre a Universidade e as empresas, para criação de parcerias institucionais
com a sociedade: abertura de vagas de estágios e empregos, bem como identificação de
espaços para práticas curriculares; oferta de programas especiais de capacitação; trabalhos
de consultoria, acompanhamento das atividades de egressos, dentre outras; (8) proposição
de ações internas para criar cultura de relacionamento com os egressos: institucionalizar as
comissões de formatura; estender a continuidade do uso dos serviços da biblioteca aos ex-
54 Na época foi designado o professor Humberto Torres como coordenador da Subcomissão. 55 Profa Rosely Campos (PROGRAD), como Coordenadora, em substituição ao Prof. Humberto Torres; Profª. Carolina Angélica Barbosa Saliba (Curso Ciência da Informação); Profª. Silvia Contaldo (Curso de Filosofia), com experiência em pesquisa com egressos. Posteriormente esse grupo contou com a valiosa colaboração da Profª Ilka Franco Ferrari, que também possuía trabalhos realizados com os egressos da psicologia na PUC Minas, bem como do funcionário Rodrigo Neiva, para a assessoria de comunicação do grupo.
106
alunos; dar acesso aos ex-alunos ao centro esportivo; criação de infra-estrutura de apoio e
atendimento ao egresso, etc; (9) elaboração de matérias de divulgação dos trabalhos da
Comissão para a Universidade, no intuito de sensibilizar a comunidade sobre a importância
do trabalho com egressos e de manutenção de um cadastro atualizado para contatos; (10)
discussão da metodologia de pesquisa de egressos, incluindo o plano de amostra,
instrumentos de pesquisa e forma de aplicação do instrumento de coleta de dados ensino.
Muitos desses propósitos de pesquisa foram alcançados de maneira a atender às
demandas não apenas da subcomissão, mas como um crescente interesse em se avaliar as
atividades de ensino propostas pelos projetos pedagógicos dos cursos de graduação da
PUC Minas, pois muitos projetos prevêem atividades voltadas para o acompanhamento dos
egressos.
4.4.7.2. Ações realizadas
No ano de 2005, a Subcomissão teve como principal meta o delineamento das
atividades para alcance dos objetivos propostos. Para tanto, em discussão com a equipe de
Avaliação Institucional, não apenas participou das oficinas de capacitação metodológica,
como também afinou a metodologia da pesquisa para os egressos, além da determinação
da amostra de pesquisa, a escolha da técnica de coleta de dados e a proposição da
estratégia de operacionalização da pesquisa de egressos. Todas essas discussões
propostas pela subcomissão foram amplamente debatidas com todos os participantes das
outras subcomissões, como uma forma de dividir os problemas e partilhar as experiências já
vividas com a avaliação.
Para alcançar o proposto e legitimar o processo de pesquisa com os egressos da
PUC Minas foram desenvolvidas várias ações, tendo como destaque: (1) identificação de
experiências com egressos conduzidas pela comunidade acadêmica da Universidade; (2)
levantamento e estudo das iniciativas empreendidas pelos cursos, faculdades e institutos, a
partir de reuniões com os representantes de cada setor; (3) realização do Encontro com os
Dirigentes das Faculdades e Institutos, em junho de 2005 para divulgar os trabalhos da
Subcomissão e também sensibilizar a comunidade acadêmica, bem como coordenadores de
curso sobre a avaliação de egressos, além de buscar idéias e sugestões para a adequação
das decisões sobre a metodologia de pesquisa com os egressos, que pudesse contemplar a
especificidade de cada setor e área de ensino. (4) atendimento a consultas feitas pela
comunidade sobre as orientações e diretrizes para o relacionamento e pesquisa envolvendo
os egressos da Universidade.
107
Uma parte importante das discussões acerca da pesquisa de egressos contemplará
todos os cursos de graduação da PUC Minas, buscando cobrir a população de formados ou
egressos, a partir da estratificação da amostra em recortes temporais. Os recortes eleitos
consideram um estudo em que se possa saber algo sobre os egressos que se formaram há
pelo menos vinte anos.
Ao se considerar que a PUC Minas é uma instituição que possui grande número de
egressos, decidiu-se dividir a pesquisa em duas etapas: uma para atender às exigências
mais imediatas do Inep/MEC, que abrange os egressos, de todos os cursos, do ano de
2000. Esta decisão reflete a consciência dos profissionais envolvidos na pesquisa, frente o
prazo para entrega dos dados e o volume de trabalho que se evidencia, bem como a noção
de que o prazo de cinco anos, depois de formado, pode ser mais fiel à realidade vivida pelo
egresso, principalmente naquilo que diz de sua inserção no mundo do trabalho, bem como
uma discussão mais próxima com os projetos pedagógicos de curso que fazem em sua
maioria um reconhecimento da importância de se conhecer o trabalho efetivo de seus
egressos. Nesse sentido foram pesquisados entre janeiro a março de 2006, os alunos que
se formaram em 2000. Mas o alcance dos dados de uma forma mais efetiva e confiável, do
ponto de vista da estatística, deverá, ainda, incluir como se sabe, uma outra etapa da
pesquisa que dará prosseguimento à ampliação da amostra, de forma a atingir os egressos
com até 20 anos de formados. A lógica encontrada para realizar este propósito foi o trabalho
com os recortes temporais de cinco em cinco anos, ou seja, 1985, 1990, 1995, 2000 e 2004.
Considerou-se 2004, e não 2005, para maior segurança na generalização dos dados.
A determinação da amostra teve como fonte de informação o banco de dados do
Datapuc56. Ainda como complementação foram solicitados os relatórios de todos os cursos
de graduação da PUC Minas, incluindo o número de alunos formados em cada curso, dentro
dos recortes temporais estabelecidos. O cálculo do tamanho da amostra e o planejamento
da coleta de dados seguiram os critérios estabelecidos no plano amostral.
Os dados foram obtidos por meio da aplicação do questionário elaborado pela
subcomissão (Anexo 15) e com a supervisão do Copav. A aplicação dos questionários foi
realizada por telefone, no período de dois de março a 20 de abril de 2006. Em um primeiro
contato foi oferecida ao respondente sorteado a opção de responder, imediatamente, o
questionário ou, na impossibilidade, buscou-se um horário compatível. Como último recurso
de resposta foi oferecida a oportunidade de envio, via e-mail do link, com o questionário,
para que o egresso pudesse responder, o que possibilitou um número alto de respostas.
56 O Datapuc mantém um banco de dados com informações dos alunos que estão cursando e que já cursaram na PUC Minas. Em que pese alguma desatualização nessas informações, elas foram a base do plano amostral para os egressos.
108
Desta forma, decidiu-se que a estratégia de aplicação dos questionários teria os seguintes
procedimentos:
Os egressos da amostra foram contatados, por telefone, por alunos bolsistas da
PUC Minas, selecionados para este trabalho, objetivando: em uma primeira abordagem,
propiciar ao egresso o convite para participação na pesquisa, a fim de lhes informar que o
questionário faz parte da Avaliação Institucional. Caso o sujeito concordasse em participar,
foi acordada a forma de como responder o questionário. No ato da concordância era lido
para o egresso o termo de compromisso ético do Propav, no sentido de preservar o
respondente e garantir o sigilo das informações prestadas.
O Datapuc ficou responsável pela criação do formulário eletrônico e pelo banco de
dados da pesquisa de egressos, para atender ao preenchimento on-line. Para o
preenchimento on-line pelo próprio egresso, este recebeu login e senha para acesso ao
formulário. O preenchimento do questionário, via informações telefônicas foi feito pelos
alunos bolsistas.
Os alunos bolsistas, implicados no processo de trabalho e coleta de dados, foram
selecionados para o trabalho mediante entrevista realizada pelos membros do Copav, que
tiveram o cuidado de selecioná-los observando sua desenvoltura para falar ao telefone.
Além disso, tiveram um período de treinamento para que pudessem aprender a lidar com o
sistema criado pelo Datapuc e ainda poder atender às expectativas da amostra. Para
alcançar as metas da amostragem, os alunos bolsistas trabalharam nos três turnos, manhã,
tarde e noite, no período de quatro horas diárias. O turno de trabalho de cada estagiário foi
conciliado com seu período de estudos.
O treinamento dos mesmos envolveu profissionais do Programa de Avaliação
Institucional e da equipe da Subcomissão de Egressos57. O treinamento desses alunos foi
realizado em novembro de 2005 e seu trabalho de contato com os egressos iniciou-se em
fevereiro de 2006.
Ressalta-se a participação da Administração Superior, através do Secretário de
Assuntos Estudantis, Prof. Renato Durval Martins, que abriu campo para a participação dos
alunos de bolsa-trabalho para que pudessem, sob a coordenação do programa de
avaliação, participar da coleta de dados e também colaborou na montagem da infra-
estrutura para a realização do trabalho, que contou com linhas telefônicas, inclusive
interestaduais e computadores, para que os alunos pudessem ter acesso ao instrumento de
coleta de dados de forma on-line, facilitando assim duas etapas de trabalho: uma, a coleta
de dados e outra relativa à composição do banco de dados, uma vez que, ao mesmo tempo
57 O treinamento foi coordenado pela Profª. Ilka Franco, membro, na ocasião da subcomissão e contou com a colaboração de integrantes da equipe do Propav, Profª. Tânia Bogutchi, Carla Wstane e Laura Othero e de demais integrantes da Subcomissão de Egressos.
109
que as informações eram colocados no instrumento mediante entrevista com os alunos-
egressos, o banco de dados ia gradativamente sendo montado. Nessa tarefa o Datapuc foi o
grande parceiro, tanto nas discussões dos instrumentos, quanto na pronta resolução de
todos os problemas que se pudessem ter em relação à aplicação dos questionários.
4.4.7.3. Resultados Alcançados
Os resultados da pesquisa foram analisados com base nos indicadores globais
solicitados pelo documento Sinaes (MEC/Inep, 2003), que foram detalhados de acordo com
as especificidades levantadas nas reuniões com os dirigentes de institutos e coordenadores
de cursos.
Destacam-se os dois indicadores globais: inserção no mercado de trabalho e
relacionamento com a instituição. O detalhamento dos indicadores resultou nos seguintes:
faixa salarial por área e em Minas Gerais; interesse na participação em curso após a
graduação; contribuição da graduação na formação profissional; relação da graduação na
inserção no mercado de trabalho; relação da área de formação com a atividade profissional;
tempo para atuar na área de formação; participação em eventos na área de formação;
retorno à universidade para participar de cursos.
De acordo com os resultados globais alcançados, observou-se que os egressos
tiveram uma boa inserção no mercado de trabalho. No entanto, sua participação junto à
universidade poderia ser melhorada.
A boa inserção no mercado de trabalho pode ser observada, visto que 71,2% dos
egressos entrevistados atuam em sua área de formação. Além disto, cerca de 73% dos
egressos ou já trabalhavam ou levaram até seis meses para atuar na sua área de formação.
Outro ponto importante anotado diz respeito à faixa salarial dos egressos, uma vez
que cerca de 70% recebem mais que cinco salários mínimos, o que pode ser considerado
alto, quando comparado aos índices do IBGE (março de 2006), que, para a Grande BH, gira
em torno de três salários mínimos.
Dentre os fatores que podem ter contribuído para a boa inserção no mercado,
podem ser destacados: uma formação teórico prática considerada como boa e a
contribuição da Universidade no aprimoramento humano dos indivíduos pesquisados,
ambos proporcionados pelo curso de Graduação.
Observou-se ainda que cerca de 72% afirmaram que o curso de graduação era tido
como referência na área, o que possibilitou boas oportunidades de emprego para 66% dos
110
egressos. De acordo com 62% dos egressos, o curso de graduação mostrou-se atualizado
em relação à área profissional.
Constatou-se ainda que cerca de 80% dos entrevistados consideram importante dar
continuidade aos estudos para um aperfeiçoamento profissional. Diante do exposto,
observaram-se excelentes oportunidades de criação e divulgação de cursos de
aperfeiçoamento, pós-graduação lato sensu bem como pós-graduação stricto sensu.
Diante dos resultados obtidos com relação ao indicador de participação dos
egressos na vida da IES, verificou-se uma boa oportunidade de re-pensar os meios de
comunicação tendo em vista os percentuais obtidos para os meios já existentes, uma vez
que somente 34% mantêm contato com a universidade. Desses que mantêm contato, cerca
de 74% buscam informações sobre cursos oferecidos.
111
4.4.8. SUBCOMISSÃO DE COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE
A Subcomissão de Avaliação da Comunicação da PUC Minas iniciou suas
atividades em outubro de 2004, quando foi definida sua composição e foram estabelecidas
as expectativas organizacionais e formais em relação ao trabalho a ser realizado. O trabalho
foi norteado pelo Projeto de Avaliação Institucional da Comunicação na Universidade e pelo
Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior).
O primeiro passo foi identificar as diferentes demandas de comunicação formal
existentes na PUC Minas em seus campi e unidades da capital e do interior – mapeá-las
assim como os veículos/meios de comunicação utilizados, para dar-lhes
conseqüência/atendimento.
Já no primeiro semestre deste ano, a subcomissão de Comunicação, após
aprofundar suas reflexões sobre as necessidades comunicacionais da PUC Minas e as
formas pelas quais as diferentes áreas – Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade,
Central de Informações e Portal – vêm atuando para dar-lhes respostas eficientes e
eficazes. A partir de então, concentrou-se na escolha da metodologia de pesquisa a utilizar
para aferir o grau de efetividade das ações de Comunicação.
Com base no resultado de discussões no âmbito da Subcomissão, formularam-se
as questões fundamentais do instrumento de pesquisa a ser aplicado junto aos diferentes
públicos da PUC Minas, com o objetivo de identificar os pontos fortes, as dificuldades e
carências de comunicação institucional. A idéia inicial foi de realizar pesquisa por
amostragem nos diferentes públicos – com o apoio da consultoria interna especializada
nessa área – a exemplo do que outras comissões de avaliação já se propunham fazer.
Esse planejamento original acabou por modificar-se após estudos e discussões
com a coordenação geral da CPA/Propav, que conduziram a subcomissão a optar pela
anexação de questões pertinentes à Comunicação aos questionários das outras comissões
de avaliação: Graduação, Pós-Graduação e Pesquisa, Extensão, Egressos, Gestão e
Política de Atendimento aos Estudantes.
4.4.8.1. Ações planejadas
A Subcomissão de Comunicação, desde o início de seus trabalhos vem atuando
sem perder de vista os objetivos que foram traçados, quais sejam: (1) relatar e listar os
meios de comunicação utilizados pela PUC em sua política de relacionamento com os seus
112
públicos internos e externos; (2) checar o nível de comprometimento da comunicação da
PUC Minas em relação aos objetivos e missão da universidade; (3) identificar – dentre os
meios de comunicação utilizados pela PUC Minas – os mais eficazes para a divulgação das
informações; (4) subsidiar o Projeto Permanente de Avaliação Institucional.
4.4.8.2. Ações realizadas
Para a realização da Avaliação Institucional da Comunicação na PUC Minas foi
aplicada uma pesquisa quantitativa, através de um questionário estruturado, nos diversos
públicos da Universidade. Paralelamente, foi realizado estudo e análise de indicadores
produzidos pela Secretaria de Comunicação, utilizando informações geradas pela própria
PUC Minas, como clipping eletrônico, relatório da Central de Informações, acompanhamento
do atendimento à imprensa, etc.
Para facilitar a aplicação do instrumento, as questões que se referem à
Comunicação Institucional foram incluídas nos questionários das demais subcomissões que
integram esta etapa do Programa de Avaliação Institucional da PUC Minas. Dessa forma,
evitou-se que um mesmo público fosse abordado diversas vezes.
A pesquisa de caráter quantitativo para avaliação dos instrumentos de comunicação
tem como universo os seguintes públicos: alunos, professores e coordenadores dos cursos
de Pós-graduação; funcionários; alunos e professores envolvidos em projetos de extensão e
egressos.
Para aferir a comunicação institucional, foram definidos os seguintes indicadores,
atendendo às disposições do Sistema Nacional de Avaliação (Sinaes) e consoante ao
Projeto de Avaliação Institucional da Comunicação Universitária, elaborado pela
Subcomissão de Comunicação com a Sociedade. São eles: (1) o compromisso institucional
com a transparência das decisões e ações da Universidade; (2) a existência de ações e
programas institucionais que motivem a circulação de informações; (3) o impacto das
atividades de comunicação junto aos segmentos sociais que são alvos ou parceiros nessas
atividades.
113
4.4.8.3. Resultados Alcançados
Antes de apresentar os resultados da avaliação do trabalho da Secretaria de
Comunicação é relevante e determinante ressaltar o público atendido. A comunidade
acadêmica – professores, alunos e funcionários – totaliza cerca 49 mil pessoas. Passamos a
um patamar mais elevado ao considerarmos a gama de profissionais terceirizados,
fornecedores, parceiros, ex-alunos e as famílias dos estudantes.
A Secretaria de Comunicação da PUC Minas presta atendimento e desenvolve
trabalhos que beneficiam a comunidade acadêmica – considerada como público interno:
administração, professores, alunos, funcionários e terceiros na PUC Minas – e a
comunidade externa, de dimensão infinita, de acordo com os interesses da Universidade.
4.4.8.4. Instrumentos de Comunicação utilizados pela PUC Minas
A) Jornal PUC Minas – Circulação na primeira quinzena de cada mês. Distribuição para
alunos, professores, funcionários, assinantes e público de interesse da Universidade.
Tiragem: 61.450 exemplares. Periodicidade: Mensal.
Tabela 17: Jornal PUC Minas
Jornal PUC Minas
"Frequência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"
Funcionários 77,2% 90,9% 91,4% 84,0% 91,8%
Alunos lato sensu 50,4% 73,4% 77,8% 69,9% 77,9%
Docentes lato sensu 60,3% 69,8% 81,1% 62,3% 75,5%
Alunos stricto sensu 54,2% 54,2% 71,2% 62,7% 72,9%
Alunos Extensão 56,8% 77,9% 84,2% 72,6% 86,3%
Média 59,8% 73,2% 81,1% 70,3% 80,9%
(*) A freqüência se refere ao percentual de respostas “sempre” e “freqüentemente”. A avaliação sobre Acesso, Conteúdo, Atualização e Clareza, se referem ao percentual de respostas classificadas entre "Muito Bom" e "Bom".
114
B) Informativo PUC Informa - Informativo presente no Coração Eucarístico e em todos
os campi e Núcleos Universitários, exceto os campi Serro e Guanhães. O informativo
é destinado à comunidade acadêmica.
Coração Eucarístico – Periodicidade: semanal - Tiragem: 2.500 exemplares
Arcos – Periodicidade: mensal - Tiragem: 2.500 exemplares
Barreiro – Periodicidade: mensal - Tiragem: 2.500 exemplares
Betim – Periodicidade: mensal – Tiragem: 4.000 exemplares
Contagem – Periodicidade: mensal – Tiragem: 5.000 exemplares
São Gabriel – Periodicidade: mensal – Tiragem: 4.000 exemplares
Poços de Caldas – Periodicidade: mensal – Tiragem: 3.000 exemplares
Tabela 18: PUC Informa
PUC Informa Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"
Funcionários 75,4% 90,9% 88,8% 84,5% 90,1% Alunos lato sensu 32,7% 57,5% 53,1% 53,1% 59,3% Docentes lato sensu 54,8% 69,8% 68,3% 56,6% 69,8% Alunos stricto sensu 52,5% 62,7% 62,7% 61,0% 67,8% Alunos Extensão 57,9% 78,9% 80,0% 66,3% 82,1%
Média 54,7% 72,0% 70,6% 64,3% 73,8% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006.
C) PUC Informa Online - É o boletim eletrônico da Universidade, ou seja, a versão on-line
do PUC Informa. É enviado semanalmente a mais de 50 mil e-mails e sua grande vantagem
é a agilidade na veiculação de informações.
Tabela 19: Boletim Eletrônico
Boletim Eletrônico Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"
Funcionários 54,4% 84,1% 77,6% 79,3% 83,2% Alunos Extensão 52,7% 76,9% 68,4% 69,5% 80,0%
Média 53,6% 80,5% 73,0% 74,4% 81,6% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006.
115
D) Portal PUC Minas – Nesse site www.pucminas.br são disponibilizadas todas as
informações referentes à Universidade, como dados institucionais, estrutura da
Universidade, notícias, informações sobre cursos, vestibulares, etc. Através do portal, o
aluno também tem acesso ao Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em que é
disponibilizada toda a informação referente à sua vida acadêmica: notas, freqüência,
calendário de provas e atividades, ementas de disciplinas, matrícula, histórico escolar, etc.
Tabela 20: Portal Eletrônico
Portal Eletrônico Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"
Funcionários 65,1% 87,5% 80,6% 86,2% 87,0% Alunos lato sensu 62,9% 84,1% 84,1% 83,1% 85,9% Docentes lato sensu 54,7% 66,0% 68,0% 67,9% 71,7% Alunos stricto sensu 64,4% 81,4% 72,9% 74,6% 79,7% Alunos Extensão 75,8% 85,3% 75,8% 69,5% 80,0%
Média 64,6% 80,9% 76,3% 76,3% 80,9% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006.
E) Folha do Professor – Informativo destinado aos docentes. Circula na folha de freqüência
do professor e apresenta notas variadas, de interesse dos professores. Periodicidade:
semanal.
Tabela 21: Folha do Professor
Folha do Professor Público "Freqüência" "Acesso" "Conteúdo" "Atualização" "Clareza"
Docentes "lato sensu" 60,4% 52,9% 51,0% 47,2% 58,5%Coordenadores "lato sensu" 83,3% 66,7% 75,0% 75,0% 75,0%
Média 71,9% 59,8% 63,0% 61,1% 66,8% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006
F) Jornal No PIC da PUC – Veículo de circulação semestral, destinado aos estudantes do
terceiro ano do Ensino Médio. Apresenta informações sobre todos os cursos da
Universidade, os projetos desenvolvidos e informações sobre o vestibular. Tiragem: 60.600
exemplares.
116
G) Central de Informações da PUC Minas – Criada em setembro de 1998 no campus
Coração Eucarístico, a Central de Informações da PUC Minas foi planejada pela Secretaria
de Comunicação, com o apoio da Reitoria, a partir da crescente demanda por um sistema
de atendimento direcionado à comunidade acadêmica da universidade e ao público externo.
Em 2005, a Central de Informações efetuou mais de 80 mil atendimentos, através de
telefone ou e-mail. No ano de 2006 o setor desenvolve um projeto de expansão, com o
objetivo de ampliar sua atuação a todos os campi e unidades da PUC Minas.
Tabela 22: Central de Informações
Central de Informações Público "Conteúdo" "Cortesia" "Espera" "Agilidade"
Funcionários 71,1% 77,6% 59,0% 65,5% Alunos lato sensu 81,0% 83,7% 73,2% 76,8% Docentes lato sensu 60,4% 66,0% 56,6% 64,1% Alunos stricto sensu 59,3% 64,4% 44,0% 52,5% Alunos Extensão 60,4% 59,4% 41,7% 51,0%
Média 66,4% 70,2% 54,9% 62,0% Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006
H) Programa PUC Aberta – Realizado anualmente na Universidade, em todos os campi e
Núcleos Universitários. O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Comunicação, com apoio
da Reitoria e a parceria das Pró-reitorias, Institutos e Coordenações de Cursos e tem por
objetivo abrir as portas da Universidade para os estudantes do Ensino Médio, para que
possam conhecer melhor a área de interesse profissional e a PUC Minas.
I) Vestibular – Na PUC Minas, o vestibular é realizado semestralmente. Cabe à Secretaria
de Comunicação preparar e divulgar a campanha de comunicação, visitar as escolas de
ensino médio e apoiar na realização do concurso, divulgando informações necessárias aos
candidatos e atendendo à imprensa.
J) Campanhas Educativas – A PUC Minas, pensando na comunidade acadêmica e de seu
entorno, elabora diversas campanhas educativas e institucionais. Preocupada com questões
que afetam a vida de alunos, professores, funcionários e comunidade em que seus campi e
núcleos universitários estão inseridos, a Universidade firma parcerias promovendo a
117
educação e a conscientização. Cidadania é a palavra-chave que perpassa todas essas
ações da universidade.
Tabela 23: Campanhas Educativas
Campanhas Educativas Público "Muito Importante" "Importante" "Pouco Importante"
Funcionários 84,8% 13,9% 1,3% Alunos lato sensu 71,2% 28,8% 0,0% Docentes lato sensu 73,6% 20,8% 3,8% Alunos stricto sensu 75,9% 17,2% 3,4% Alunos Extensão 83,2% 14,7% 1,1%
Média 77,7% 19,1% 1,9%
Fonte: Questionários Gestão, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão Copav/2006
4.4.8.5. Potencialidades e pontos a serem aperfeiçoados
Em geral, os instrumentos de comunicação utilizados pela PUC Minas são muito
bem avaliados pelo público, em todos os aspectos incluídos no questionário. No entanto,
dentro dessa avaliação, alguns pontos relevantes merecem destaque.
(A) O Portal PUC Minas (www.pucminas.br) é o meio mais utilizado para se obter
informações sobre a universidade. A principal vantagem apontada pelos entrevistados é a
facilidade de acesso às informações. Essa mesma característica foi observada na avaliação
do Boletim Eletrônico.
(B) Já o Jornal PUC Minas destaca-se pelo conteúdo e apresentação. O relatório de
acesso ao Portal confirma essa informação, apresentando uma média de 26 mil acessos
diários em épocas normais e 36 mil acessos diários durante o período de inscrição para o
concurso vestibular. Já foram registrados picos de 90 mil acessos em um único dia.
(C) O Fale com a PUC, um canal de comunicação com o usuário do portal, é muito
pouco utilizado pelo público interno pesquisado, ainda que muito bem avaliado.
(D) Outro ponto observado pelo público pesquisado é a importância da
Universidade realizar campanhas educativas. Cerca de 96,8% dos entrevistados consideram
“muito importante” ou “importante” a PUC Minas realizar esse tipo de ação, que vai ao
encontro de sua missão e identidade.
No questionário aplicado aos egressos, observa-se que 66% deles não mantêm
contato com a PUC Minas e, os que mantêm, pouco menos de 40%, o fazem através do
118
Portal. Dentre os motivos apontados sobre a ausência de relacionamento com a
Universidade, 30,2% responderam ser por falta de acesso às informações, o que indica a
necessidade de se institucionalizar a comunicação com esse público específico.
Destaca-se também, nos últimos anos, o aumento da demanda por informações
sobre a PUC Minas, observando-se, por exemplo, o crescente número de atendimentos.
4.4.8.6. Balanço Crítico
A Subcomissão de Comunicação com a Sociedade considera de fundamental
importância retomar os principais pontos e trajetória de seu trabalho, avaliar êxitos e
obstáculos para subsidiar futuras atividades de avaliação da comunicação no âmbito da
Instituição.
119
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Avaliação Interna Institucional é sempre processual. Para os trabalhos da Comissão
Permanente de Avaliação essa premissa afastou qualquer possibilidade de avaliações
episódicas, monolíticas e, por conseqüência, sua efemeridade. Também norteou o caminho
a ser percorrido pelas diversas subcomissões que compõem o Programa Permanente de
Avaliação desta Universidade, de modo que, ao final dessa etapa, a comunidade acadêmica
possa servir-se dos resultados alcançados, seja para aprimorar os resultados positivos seja
para corrigir os resultados negativos.
Avaliação Interna assemelha-se aos portos. São partida e chegada,
permanentemente. Trata-se de percorrer os múltiplos caminhos da Instituição, lidar com os
obstáculos – das mais variadas naturezas – para, ao final, ter em mãos um mapa da
Instituição. Nele poderão ser vistos outros percursos, atalhos e conexões. Mas poderá ser
lido por toda a Instituição, de modo que os atores nela envolvidos sejam leitores e não
expectadores.
Foi nessa perspectiva que se estruturou esse Relatório. Para as diversas
dimensões avaliadas, de acordo com o roteiro do Sinaes, as Subcomissões coletaram
dados, inclusive por meio eletrônico, realizaram entrevistas, pesquisaram fontes
documentais de modo a traduzir o trabalho com o conhecimento em leitura metodológica e
prospectiva da Instituição. Na consolidação desse trabalho a CPA/Propav pôde reafirmar
que Avaliação Interna é meio para que a Instituição alcance seus fins, mais especialmente,
aqueles concernentes à Educação Superior: a qualidade do ensino de Graduação e Pós-
Graduação, o incentivo e estímulo à Pesquisa e o desenvolvimento da Extensão
Universitária.
Assim, os resultados aqui apresentados pretenderam traduzir, ao mesmo tempo, os
passos que a Universidade já percorreu e os caminhos a serem ainda trilhados, de modo
que este Relatório de Auto-Avaliação possa ser ponto de intersecção entre as dimensões
basilares da Instituição, ao invés de criar ilhamentos acadêmicos.
Nessa perspectiva optou-se por apresentar as ações que foram planejadas, as
ações realizadas, os resultados alcançados de cada uma das dimensões avaliadas. Essa
forma permitiu um balanço referente aos pontos a serem aperfeiçoados no todo da
Instituição, tanto em suas particularidades quanto em sua relação com as demais áreas
institucionais. Assim o balanço crítico de cada uma delas, além dos demais tópicos, deve
ser cuidadosamente discutido nas várias instâncias da Universidade. Trata-se, como já foi
dito, de ‘ler’ a Instituição de maneira que compreenda-se o todo sem prescindir de suas
partes e, planeje-se a melhoria das partes sem prescindir do todo.
120
A CPA/Propav acredita que esse procedimento de leitura e discussão deva ser
realizado em cada uma das unidades acadêmicas juntamente com o corpo docente, corpo
discente, corpo administrativo. Para tal fim, serão programados e realizados, neste
semestre, seminários temáticos acerca das dimensões da Avaliação, divulgando-se o mais
amplamente possível, os resultados alcançados. Também serão disponibilizados no portal
do Propav, no site da PUC Minas, para o alcance de todos. Sem a divulgação dos
resultados, sua discussão e recepção de criticas não será possível concretizar a meta-
avaliação. Vale dizer, sem esse movimento pendular, de avaliar a Avaliação, a Instituição
corre o risco de não aproveitar a riqueza dos dados obtidos e servir-se deles para sua
melhoria, em todos os níveis. É algo que pode ser comparado à fábula contada por Walter
Benjamim em ‘Experiência e Pobreza’: o pai, próximo da morte, conta para os filhos que sob
suas terras, onde se plantavam uvas, havia um tesouro oculto. Mal falece o pai, os filhos
puseram-se a cavoucar a terra, mas nada encontraram. Porém, de tanto escavar à procura
do tesouro tornaram a terra ainda mais fértil e no ano seguinte as vindimas foram mais
produtivas.
Tal é o caso do processo de Avaliação. É preciso que ele seja revolvido para extrair
não o que está nele, mas o que pode ser construído a partir dele, de modo que todos
possam colher bons frutos.
A Comissão Permanente de Avaliação da PUC Minas espera que os êxitos e
dificuldades descritos neste Relatório sejam aprendizado para a melhoria do processo de
Avaliação Interna.
Belo Horizonte, 18 de agosto de 2006.
Membros da CPA:
Aurélio Alves Ferreira, Carlos Antônio Ligeiro, Cláudia Ferreira Galvão, David de Lima,
Hildegardo Martins Lima, Josemar Gimenez Resende, Júlio César Ferreira Costa, Lúcia
Regina Corrêa Paim, Marcelo Pereira Mendonça, Paulo César Reis Cardoso de Mello, Paulo
Luiz Moreaux Lavigne Esteves, Paulo Ursini Kretti, Ricardo Machado Rabelo, Robson dos
Santos Marques, Sérgio Luiz de Lima, Sérgio Silveira Martins, Tauana do Nascimento
Martins, Terezinha Nunes Fagundes.
_________________________________________ Silvia Maria de Contaldo – Presidente da CPA
121
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei n.10.861 de 15 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação Superior – SINAES e dá outras providências. Brasília, 2004.
HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. Porto Alegre: ArtMed, 2001.
LIBANIO, João Batista. A arte de formar-se. São Paulo: Loyola, 2001. 127p
DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação. De como ignorar em vez de enfrentar problemas. Campinas: Autores Associados, 2002.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.019/1990, de 19 de junho de 1990. Cria, ad referendum e do Conselho Universitária, a Secretaria de Ação Comunitária.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.020/2003, de 21 de março de 2003. Constitui comissão para criar e acompanhar a implementação do Sistema Informatizado de Acompanhamento de Egressos da PUC Minas.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.076/2003, de 27 de novembro de 2003. Fixa normas para solicitação e liberação de apoio financeiro para participação de docentes da Universidade e eventos de caráter técnico-científico e ou didático-pedagógico.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.019/2004, de 29 de abril de 2004. Cria, na Universidade, a Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e dispõe sobre sua competência e organização, ad referendum do Conselho Universitário.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.034/2004, de 13 de julho de 2004. Institui, na PUC Minas, ad experimentum, a bolsa-trabalho.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Processo de elaboração e Implementação do Programa Permanente de Avaliação Institucional. Belo Horizonte: PUC Minas, 2004.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Portaria n.010/2005, de 11 de fevereiro de 2005. Cria, - ad referendum do Conselho Universitário, a Secretaria de Assuntos Estudantis.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS/PROGRAMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. Ensino de Graduação na Puc Minas. Relatório Geral. Belo Horizonte, 2005.
PROPAV. PROGRAMA PERMANENTE DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. Projeto do Programa de Avaliação Institucional. Belo Horizonte, 2005.
SILVA, Marcos Vieira. Extensão Universitária: um processo educativo – um estudo de caso desenvolvido a partir das experiências do Prodac – Projeto de Desenvolvimento e Ação Comunitária da Puc MG. 160 p. Dissertação. (Faculdade de Educação) Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1989.
122
6. ANEXOS
6.1. Anexo 1 – Portaria Nº 019 /2004
O Reitor em Exercício da PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
(PUC Minas), no uso da atribuição que lhe confere o inciso XV do art. 31 do Estatuto da
Universidade, e em cumprimento da Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004,
RESOLVE:
Art.1º - Fica criada, ad referendum do Conselho Universitário, a Comissão Permanente de Avaliação (CPA), como órgão auxiliar da Universidade.
Parágrafo único - O órgão de que trata o caput tem por objetivo realizar o processo de auto-avaliação institucional da Universidade.
Art. 2º - São atribuições da Comissão Permanente de Avaliação: I. aprovar as políticas e as diretrizes para a auto-avaliação da instituição; II. sistematizar e coordenar os processos de avaliação interna;
III. prestar as informações solicitadas pelo INEP.
Art. 3º - A CPA terá um órgão executivo denominado Comitê Permanente de Avaliação Institucional, com as seguintes atribuições:
I. conceber, formular e propor as políticas e as diretrizes para a auto- avaliação da
instituição;
II. implementar e executar, a partir das políticas e diretrizes aprovadas pela Comissão Permanente de Avaliação, o processo de avaliação institucional.
Art. 4º - Compõem a CPA:
Reitoria
PORTARIA Nº 019 /2004
Cria, na Universidade, a Comissão Permanentede Avaliação (CPA) e dispõe sobre suacompetência e organização, ad referendum do Conselho Universitário.
Reitoria
PORTARIA Nº 019 /2004
Cria, na Universidade, a Comissão Permanentede Avaliação (CPA) e dispõe sobre suacompetência e organização, ad referendum do Conselho Universitário.
123
I. 1 (um) docente de cada campus ou unidade da Universidade, escolhido entre os representantes daqueles no Conselho Universitário e no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;
II. 3 (três) representantes do corpo discente, indicados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE);
III. 3 (três) representantes do corpo técnico-administrativo, indicados pela Associação dos Servidores da Universidade (ASSUC) e não integrantes do corpo discente da instituição;
IV. 3 (três) representantes da sociedade civil organizada, um dos quais necessariamente ex-aluno da PUC Minas, convidado pelo Reitor;
V. 1 (um) professor representante da Associação dos Docentes da Universidade (ADPUC).
Art. 5º - O Presidente da Comissão Permanente de Avaliação será indicado pelo Reitor.
Art. 6º - É vedada a indicação à CPA de representantes que exerçam cargos de direção na administração central da Universidade, ou ocupem diretorias de campi, Institutos, Faculdades ou Unidades Acadêmicas.
Art. 7º - Compõem o Comitê Central de Avaliação Institucional: I. o Presidente da CPA; II. 1 (um) representante de cada uma das seguintes Pró-Reitorias:
a. de Graduação (PROGRAD); b. de Extensão (PROEX); c. de Pesquisa e de Pós-Graduação (PROPPG);
III. 4 (quatro) professores do quadro permanente da Universidade, com comprovada competência em avaliação, indicados pela CPA.
§ 1° - O Comitê Central de Avaliação Institucional poderá recrutar, nas Pró-reitorias de Recursos Humanos (PRORH), de Planejamento (PROPLAN), de Infra-estrutura (PROINFRA), de Gestão Financeira (PROGEF) e de Logística e Operações (PROLOG), assessores técnicos, em caráter temporário, para execução de tarefas em suas áreas específicas de atuação.
§ 2° - Para o exercício de suas funções, o Comitê Central de Avaliação Institucional constituirá um Centro de Custos e Orçamentos próprios.
Art. 8º - O mandato de todos os membros da Comissão Permanente de Avaliação e do Comitê Central de Avaliação Institucional será de 2 (dois) anos, permitida uma recondução consecutiva.
Parágrafo único - Os membros da Comissão Permanente de Avaliação e do Comitê Central de Avaliação Institucional gozarão de estabilidade no período de seu mandato, prorrogada por um ano após o término deste.
Art. 9º - A CPA deverá elaborar e promulgar seu regimento interno.
Art. 10º - Para efeito de composição da CPA e do Comitê Central de Avaliação Institucional, durante o primeiro mandato, ficam indicados:
I. como representantes docentes de cada campus ou unidade, nos termos do inciso I do art. 4° desta Resolução, os respectivos membros da atual CONCENAI;
II. como representantes docentes, para atendimento do estabelecido nos incisos II e III do art. 7° desta Resolução, os demais membros da atual CONCENAI.
124
Art. 11º - Esta Portaria entra em vigor nesta data.
Registre-se, divulgue-se, cumpra-se.
Belo Horizonte, 29 de abril de 2004.
PROF. EUSTÁQUIO AFONSO ARAÚJO
REITOR EM EXERCÍCIO
125
6.2. Anexo 2 – Correspondência Eletrônica
De: stmeneg [stmeneg@terra.com.br] Enviado em: quarta-feira, 22 de junho de 2005 09:15 Para: PROPAV/Secretaria Cc: stmeneg Assunto: ENC: A/C Profa. Stela Meneghel Caro Prof. Júlio, em primeiro lugar, agradeço sua ligação e preocupação em fazer com que a PUC-Minas esteja alinhada com o SINAES. De acordo com consulta que fiz na CONAES, o ofício havia sido anteriormente respondido pelo Prof. Heitor, no entanto, não tínhamos registro de documentação deixada pela Prof. Iara na data da última reunião da Comissão. De qualquer forma, espero poder ajudá-lo. Nosso entendimento foi que há duas solicitações no ofício, expostas no parágrafos a seguir; responderemos a elas na sequência. 1 - Diante do exposto e considerando a complexidade de uma Instituição de Ensino Superior do porte da PUC Minas, que possui atualmente uma população de aproximadamente 47 mil pessoas, distribuída em três campi e seis unidades acadêmicas, avalia-se que as demais dimensões propostas pelo SINAES poderiam ser realizadas com os públicos da Pós-Graduação, da Pesquisa, da Extensão e com Atendimentos a Estudantes e Egressos. Conforme nosso contato telefônico, os dados e experiências de avaliação institucional já existentes na PUC-Minas, que reconhecidamente possui corpo técnico-administrativo de grande competência para conduzir o processo de auto-avaliação, não apenas podem como devem ser aproveitados. Cabe observar, apenas, que as informações e análises para o SINAES sejam realizadas em consonância com o solicitado no roteiro de auto-avaliação.
2 - Em nome da viabilidade do processo avaliativo, proposto para o prazo de março de 2006, poderíamos considerar lícito dividir dessa forma a realização da avaliação institucional neste momento e, em 2007/2008, desencadear um novo processo de avaliação institucional, contemplando o conjunto das dimensões estabelecidas pelos SINAES? A PUC-Minas tem total liberdade para decidir sobre qual a melhor forma de conduzir seu processo e relatório de auto-avaliação. Como destacamos acima, a ampla experiência acumulada pela IES, na área da avaliação, é um elemento facilitador das adaptações de transição para o sistema SINAES que a Lei demanda. Chamamos a atenção, apenas, para a necessidade de cumprir o prazo estabelecido, pois a criação de situações especiais certamente viria prejudicar o SINAES. Caso o senhor ainda tenha dúvidas e questões a fazer, eu e a equipe da CONAES estamos à disposição para ajudá-lo. Att., Stela Meneghel Secretária-Executiva (47) 9912-6789 > -----Mensagem original----- De: PROPAV/Secretaria [mailto:secpropav@pucminas.br]
126
Postado em: segunda-feira, 20 de junho de 2005 15:08 Postada para: Conaes Conversação: carta-resposta Assunto: A/C Profa. Stela Meneghel
Prezada Professora Stela,
De acordo com contato telefônico, reenvio-lhe a consulta feita por nossa IES, a PUC Minas,
à Conaes.
Atenciosamente,
Júlio Pinto
Assessor do Comitê Permanente de Avaliação Institucional
PUC Minas
(31) 3319-4559
<<Carta consulta INEP.abril 2005.doc>>
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6.3. Anexo 3 – Questionário - Funcionários
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6.4. Anexo 4 – Gestão – Relação da Documentação Coletada
1) Dados relativos ao corpo docente
- nº de docentes em tempo integral, parcial e horistas (“substitutos” na IFES)
- nº de docentes doutores, mestres e especialistas com respectivos regimes de trabalho
- critérios de ingresso na instituição e progressão na carreira
- políticas de capacitação e de avaliações de desempenho
- pesquisas e/ou estudos sobre as condições de trabalho dos docentes, recursos, formação
do pessoal técnico-administrativo
- experiência profissional no magistério superior – Consta da Plataforma PUC de
currículos
- experiência profissional fora do magistério superior – Consta da Plataforma PUC de
currículos
- formação didático-pedagógica - Consta da Plataforma PUC de currículos
- nº de publicações por docente
- conceitos da CAPES no Pós-graduação stricto sensu
- produção acadêmica/docentes
2) Dados e indicadores relativos ao corpo técnico-administrativo
- nº de funcionários técnico-administrativos
- escolaridade dos funcionários técnico-administrativos
- critérios de ingresso na instituição
- critérios de progressão na instituição
- políticas de capacitação
- avaliações de desempenho
- pesquisas e/ou estudos sobre a satisfação dos funcionários com as condições de trabalho
e formação
- indicadores sobre aluno tempo integral/pessoal técnico-administrativo
3) Organização e gestão da Instituição
- regulamentos internos, regimentos e estatutos – os documentos institucionais, o
regimento e o estatuto podem ser acessados através da Consultoria Jurídica da
Universidade, as normas acadêmicas encontram-se disponíveis no Portal da PUC
Minas/Prograd
139
- funcionamento do sistema de registro acadêmico, do sistema de informação e mecanismos
de controle das normas acadêmicas – Controlados pelo Centro de Registros
Acadêmicos (CRA), através do Sistema de Gestão Acadêmica (SGA; podem ser
acessados pelos professores, alunos e funcionários, de acordo com o perfil de
acesso.
- organogramas
4) Infra-estrutura física
- nº de salas de aula
- nº de instalações administrativas
- nº e condições das salas de docentes
- nº e condições das salas de reuniões
- nº e condições dos gabinetes de trabalho
- nº e condições das salas de conferência/auditórios
- nº e condições das instalações sanitárias
- acessos para portadores de necessidades especiais
- nº equipamentos (informática, laboratórios, apoio administrativo)
- nº de bibliotecas (central e setoriais)
- acesso a bases de dados e bibliotecas virtuais
- nº e condições de laboratórios específicos
- descrição do plano de segurança, proteção de riscos
- questionários de satisfação dos usuários sobre as instalações em geral e especialmente
sobre a biblioteca, laboratórios e equipamentos de informática
5) Planejamento e avaliação
- PDI
- PPI
- projeto pedagógico dos cursos
- relatórios parciais de auto-avaliação
- relatório final de auto-avaliação
6) Sustentabilidade Financeira
- aluno tempo integral/corpo técnico-administrativo
- planilha de contratação de pessoal docente
- planilha de contratação de pessoal técnico-adminsitrativo
- tabela de cursos oferecidos (graduação, pós-graduação, seqüenciais e a distância)
- folhas de pagamento dos docentes e dos técnico-administrativos (últimos 6 meses)
140
- planilha de liberação de verbas para capacitação de docentes e técnico-administrativo
- planilha de liberação de verbas para auxílio de custo para participação em eventos pelos
discentes
- planilhas de gastos com multas (trabalhistas e outras)
- relação orçamento/gastos (semestral e anual)
- relação ingressantes/concluintes
- relação do corpo técnico-administrativo em capacitação/capacitados (em nível de pós-
graduação: especialização, mestrado e doutorado)
141
6.5. Anexo 5 – Pesquisa – Roteiro de Entrevista
PESQUISA
ROTEIRO DE ENTREVISTA
ENTREVISTADO: COODENADOR DE PESQUISA
1- A missão da PUC Minas é ..... Até que ponto e em que medida a produção científica da instituição tem essa missão como referência? (Indicador pesquisa 01)
2- A missão da PUC também é considerada no momento da decisão de quais investimentos serão feitos por ela na área de pesquisa? Existe alguma política estabelecida nesse sentido? (Indicador pesquisa 01)
3- Existe uma preocupação da instituição para que a sua produção científica seja coerente com as necessidades sociais e as exigências da ciência? (Indicador pesquisa 10)
4- Existe apoio institucional ao financiamento de projetos de pesquisa por agências externas? (Indicador pesquisa 02) (indicador stricto sensu 24)
5- Existe uma política institucional para a criação de grupos de pesquisa? Se sim, descreva. (Indicador pesquisa 06) (indicador stricto sensu 07)
6- Existe um órgão responsável pela relação interinstitucional e internacional da instituição? (Indicador pesquisa 09)
7- Existem programas institucionais de fomento à pesquisa e à iniciação científica? Descreva. (Indicador pesquisa 11)
8- Existe apoio institucional ao desenvolvimento de projetos sem financiamento? Descreva. (Indicador pesquisa 04)
9- Existe apoio institucional para a organização de fóruns para a divulgação da iniciação científica? (Indicador pesquisa 13)
10- Existem veículos de divulgação da produção intelectual, artística e cultural realizados na instituição? Descreva. (Indicador pesquisa 15)
11- Existe uma política de auxílio à formação de novos pesquisadores? Descreva. (Indicador pesquisa 16)
12- Existem mecanismos institucionais para promover a articulação da pesquisa com a graduação/ensino? Descreva. (Indicador pesquisa 20) (stricto sensu 23 e 40)
13- Existem mecanismos institucionais para promover a articulação da pesquisa com a extensão? Descreva. (Indicador pesquisa 21) (stricto sensu 41)
14- Existem mecanismos institucionais para promover a articulação da pesquisa com outros setores da instituição? Descreva. (Indicador pesquisa 21)
15- Existe apoio à participação de docentes e discentes em eventos científicos? (Indicador pesquisa 22)
16- Existe apoio à participação de docentes e discentes em bancas examinadoras? (Indicador pesquisa 23)
142
6.6. Anexo 6 – Pós-graduação Stricto Sensu – Roteiro de Entrevista
PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
ROTEIRO DE ENTREVISTA
ENTREVISTADO: COORDENADOR DO PROGRAMA
PROGRAMAS DE MESTRADO E DOUTORADO
1- Até que ponto e em que medida os projetos de pesquisa do seu programa tem a missão da PUCMINAS como referência? (Indicador pesquisa 01)
2- Você visualiza uma política institucional para a pós-graduação stricto sensu? Se sim, descreva sua dinâmica de funcionamento. (Indicador stricto sensu 01)
3- Quais fatores foram observados para justificar a criação do programa? (Indicador stricto sensu 02)
4- Existem recursos externos e/ou iniciativas do programa que auxiliam na sua manutenção? (Indicador stricto sensu 03)
5- Existem estratégias/ações para promover a integração entre os programas? Se sim, descreva. (Indicador stricto sensu 04)
6- A instituição ou o programa efetivamente realiza as proposições estabelecidas nos convênios com instituições nacionais/internacionais? (Indicador stricto sensu 06) (Indicador pesquisa 09)
7- Existe política institucional para a criação de grupos de pesquisa? Se sim, descreva. (Indicador stricto sensu 07) (Indicador pesquisa 06)
8- Os conceitos da avaliação da Capes condizem com a realidade dos programas? Explique. (Indicador stricto sensu 09)
DOCENTES 9- Quais são os critérios para a seleção de professores? (Indicador stricto sensu 10) 10- Qual a sua opinião sobre a inserção dos professores dos programas em tarefas
administrativas? (Indicador stricto sensu 11)
PROJETOS DE PESQUISA 11- Os projetos de pesquisa realizados no programa incluem alunos de iniciação
científica? (Indicador stricto sensu 23) (Indicador pesquisa 20) 12- O programa possui mecanismos/tradição para obtenção de financiamento
interno/externo aos seus projetos de pesquisa? Descreva. (Indicador stricto sensu 24) (Indicador pesquisa 02)
13- Existe preocupação em vincular os projetos de pesquisa com as linhas de pesquisa do programa? Como isso é feito? (Indicador stricto sensu 25)
14- Na sua opinião, a pesquisa desenvolvida no seu programa reflete demandas sociais e da ciência? Como? (Indicador pesquisa 10)
INFRA-ESTRUTURA (Indicador stricto sensu 33) 15- Os serviços prestados pela secretaria atendem às necessidades do programa? 16- Os recursos materiais disponíveis atendem às necessidades do programa? 17- O espaço físico disponível atende às necessidades do programa? 18- O acervo da biblioteca atende às necessidades do programa? (Indicador stricto sensu
34)
143
PUBLICAÇÃO PRÓPRIA 19- Existem periódicos para divulgação acadêmica publicados pelo programa? Descreva.
(Indicador stricto sensu 35) (Indicador pesquisa 15)
BOLSAS 20- Quais são os critérios adotados pelo programa para indicação de quais alunos devem
receber bolsa? (Indicador stricto sensu 36/37)
EGRESSOS 21- O programa desenvolve procedimentos sistematizados para acompanhamento
profissional dos egressos? (Indicador stricto sensu 38)
AVALIAÇÃO INTERNA 22- Existem procedimentos sistematizados para avaliação do programa? Descreva.
(Indicador stricto sensu 39)
ARTICULAÇÃO 23- Existem atividades de articulação do programa com a graduação? (Indicador stricto
sensu 40) (Indicador pesquisa 20) 24- Existem atividades de articulação do programa com projetos de extensão? (Indicador
stricto sensu 41) (Indicador pesquisa 20) 25- Existem atividades de articulação do programa com o lato sensu? (Indicador stricto
sensu 42) (Indicador pesquisa 21)
CURRÍCULOS 26- Os planos de ensino das disciplinas do programa são atualizados? Se sim, com que
periodicidade? Quem participa do processo? (Indicador stricto sensu 47) 27- Como é feita a revisão curricular do programa? (Indicador stricto sensu 47) 28- Descreva o processo de elaboração do projeto pedagógico do programa? (Indicador
stricto sensu 48) 29- Os conteúdos das disciplinas estão articulados com as linhas de pesquisa e a área de
concentração? Justifique. (Indicador stricto sensu 48) 30- A proposta do programa está em consonância com os objetivos institucionais (missão da
IES)? (Indicador stricto sensu 48) 31- Descreva como se deu o processo de composição do corpo docente. (Indicador stricto
sensu 49) 32- As dissertações e teses estão de acordo com a(s) linha(s) de pesquisa do programa?
(Indicador stricto sensu 50)
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 33- Qual a sua opinião sobre o ensino na graduação e na pós-graduação? Existem
diferenças? (Indicador stricto sensu 51,52) 34- Existe investimento na capacitação pedagógica dos docentes? Justifique. (Indicador
stricto sensu 53) 35- Houve acompanhamento pedagógico na estruturação do programa? (Indicador stricto
sensu 54) 36- Há acompanhamento pedagógico para as atividades acadêmicas do programa?
(Indicador stricto sensu 54)
144
6.7. Anexo 7 –– Questionário – Alunos Pós-graduação Stricto Sensu
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6.8. Anexo 8 –– Questionário – Coordenadores Pós-graduação Lato Sensu
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6.9. Anexo 9 –– Questionário – Professores Pós-graduação Lato Sensu
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6.10. Anexo 10 –– Questionário – Alunos Pós-graduação Lato Sensu
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6.11. Anexo 11 –– Questionário – Alunos Extensão
190
191
192
193
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196
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6.12. Anexo 12 –– Questionário – Coordenadores Extensão
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201
202
203
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6.13. Anexo 13 –– Egressos – Relatório Analítico – Junho 2006 – Anexo 1
PONTÍFIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERIAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA COM EGRESSOS
( Sugestão Pró-reitoria de Graduação)
Profa Maria Inês – Pró-Reitora de Graduação Profa. Matilde
I ATUALIZAÇÃO / AUTENTICAÇÃO
1. Você avalia a formação recebida na PUC como: ( ) ótima ( ) muito boa ( ) boa ( ) razoável ( ) insatisfatória ( ) não sabe
2. Você avalia que a formação recebida está em consonância com a formação integral da pessoa humana em nível: ( ) ótimo ( ) muito bom ( ) bom ( ) razoável ( ) insatisfatório ( ) não sabe
3. Você mantém contato com professores e colegas de classe? ( ) com colegas e professores ( ) apenas com colegas ( ) apenas com professores ( ) não mantenho contato ( ) não sabe
4. Você tem sugestões para o estabelecimento de futuros vínculos entre você, a PUC e os colegas de turma?
5. Atualmente você exerce alguma atividade profissional? ( ) sim ( ) não
6. Cargo atual:
7. Tempo no cargo:
8. Cargo anterior:
9. Sua atividade profissional é de natureza: ( ) pública direta ( ) pública indireta ( ) pública não estatal ( ) privada multinacional ( ) privada nacional ( ) empresa própria ( ) autônoma
211
( ) não sabe
10. Seu setor de atividade é: ( ) serviços ( ) indústria ( ) comércio ( ) financeiro ( ) terceiro setor ( ) outros ( ) não sabe
11. A atividade que você desenvolve atualmente está ligada à sua área de formação? ( ) totalmente integrada ( ) exerço atividade na minha área de formação, mas minha função não é específica da área ( ) exerço atividade em área próxima à da minha formação profissional ( ) a atividade que exerço não pertence à minha área de formação ( ) não sabe
12. Tendo em vista o dinamismo do conhecimento você se sente capacitado para se adequar a novos temas e abordagens de sua área de formação? ( ) estou plenamente capacitado para acompanhar essa evolução. ( ) estou capacitado, mas defasado ( ) não estou capacitado para acompanhar essa evolução. ( ) não sabe
13. Tendo em vista as inovações tecnológicas, você se considera capacitado para a utilização de novas ferramentas e processos? ( ) estou plenamente capacitado ( ) estou capacitado, mas preciso de mais informações a respeito ( ) não estou capacitado ( ) não sabe
14. Considerando sua área de formação e de acordo com a sua opinião, responda: a) quais as habilidades seriam esperadas do profissional da área? b) quais as demandas o profissional deveria estar capacitado para responder? c) quais as funções o profissional poderia exercer no mercado de trabalho?
15. Considerando sua formação na Graduação da PUC Minas, responda: a) em que aspectos a formação recebida contribuiu para o desenvolvimento do seu potencial como profissional? b) em que aspectos a formação recebida contribuiu para o desenvolvimento do seu potencial como cidadão?
PUC Minas, PROGRAD, 03 julho de 2002
212
6.14. Anexo 14 –– Egressos – Relatório Analítico – Junho 2006 – Anexo 3
COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS
POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM EGRESSOS
Em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior –
SINAES, no que se refere à políticas de atendimento aos estudantes e mais
especificamente a Egressos, a Universidade propõe que sejam estabelecidas políticas e
estratégias de relacionamento e acompanhamento de Egressos. Considera-se de
fundamental importância que a instituição formadora conheça o percurso e respectiva
inserção profissional daqueles que nela – a Instituição - formaram-se.
Poder conhecer de perto a trajetória profissional do egresso é uma das formas de
avaliação da própria instituição formadora, de avaliar a qualidade dos cursos que oferece,
além de poder estreitar e estabelecer vínculos com o egresso mediante programas de
pesquisa, ensino e extensão, seminários temáticos, participação em projetos pedagógicos
na vida acadêmica da Instituição.
Objetivos
A Política de Acompanhamento e Avaliação de Egressos pretende:
1. Propor condições para o funcionamento de canal de interlocução permanente entre a
comunidade de egressos e a Universidade;
2. Criar instrumentos para coleta de informações acadêmicas junto aos alunos
formados nos cursos da Universidade a fim de aprimorar e avaliar os projetos
político-pedagógicos dos diversos cursos e unidades da Instituição;
3. Propor às Coordenações dos cursos a elaboração e utilização de cadastro de
egressos da Universidade de modo a favorecer o relacionamento entre a Instituição
e os egressos, utilizando-se de sistemas de informação para respectiva manutenção
e atualização;
213
4. Estabelecer estratégias de ação para identificação de oportunidades de inserção do
profissional egresso da Instituição no mundo do trabalho.
5. Propor linhas de desenvolvimento de estudos e pesquisas acerca das diversas áreas
de conhecimento e atuação do profissional egresso da Instituição.
Procedimentos e Estratégias
A implantação da Política de Acompanhamento de Egressos implica em:
1. Criar cadastro de egressos mediante preenchimento de formulário eletrônico
e/ ou outros instrumentos de coleta de dados, elaborados em conjunto com as
Coordenações de Curso e Associação de Ex-Alunos da PUC Minas.
2. .Implementar canal de interlocução institucional na Universidade mediante
criação de setor para Acompanhamento e Relacionamento com os egressos
dos cursos da PUC Minas.
3. Propiciar condições de criação de fóruns descentralizados pelas unidades
acadêmicas para relacionamento com os egressos, tais como comissões
especiais de egressos, comitês de egressos, conselhos de egresso etc.
4. Institucionalizar as Comissões de Formatura de modo que sejam mediadoras
do relacionamento entre graduandos e egressos.
5. Estabelecer linhas de fomento à pesquisa e extensão direcionadas ao à
atuação profissional dos egressos da Instituição.
6. Criar condições de estabelecer convênios ou outras formas de parcerias no
âmbito profissional visando oportunizar estágios, programas trainees,
inserção profissional .
7. Criar site institucional do Programa de Relacionamento de Egressos no
Portal da PUC Minas e também outras formas de comunicação em que
sejam veiculadas notícias, matérias referentes a eventos de natureza
científico-cultural de interesse profissional dos egressos em suas diversas
áreas.
Institucionalização
A Política de Relacionamento com os Egressos deve ser institucionalizada a partir de:
1. Instituição de Comissão de Relacionamento com Egressos junto ao Propav,
para fins de proposição, validação e avaliação de ações institucionais
relativas à egressos;
214
2. Proposta de elaboração de Plano de Ação anual de cada curso e/ou unidade
da Instituição para Relacionamento com Egressos, fundamentado em seus
respectivos projetos pedagógicos;
3. Indicação de professor representante de cada curso de graduação para
assumir - no âmbito interno da Instituição - e junto à Comissão de
Relacionamento a Política de Relacionamento com egresso.
215
6.15. Anexo 15 –– Questionário – Egressos
216
217
218
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220
221
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