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Laboratório de Música AntigaLAMUSA
Celebração de Natal
Concerto
apoio:
Pró-Música
Igreja São Vicente de Paulo
Auditório Poty Lazzarotto (MON)
organização:
Direção artística: Francisco Azevedo, Rafael Ferronato, Rosane Cardoso de Araújo e Silvana ScarinciPreparação vocal: Thiago Monteiro e Victor Bento
CoroSopranos: Aline Paula dos Santos, Ana Carolina Gorski, Ana Carolina Zanotti, Ariane Leoni Ribas, Daylise Fayad, Karolina Lima, Mariana de Araújo Stocchero, Rossana Cristina Xavier Ferreira Vianna, Thais Silveira, Yoran Sebastian*Contraltos: Estefania da Cruz Ribeiro, Lucas Chevalier, Mikaely Silva, Nikole Gouveia Silva, Thais Barzi, Victor BentoTenores: Igor Correia, Jhonny Quinsler Veloso, Jonas Wawcziniak, Lucas Thomasi Genero, Marlon Vidal da Silva, Vagner Mizael Andreata, José Vitor P. de Miranda, Paulo Baccin, João Paulo Cechella Gomes
Orquestra
Baixos: Alexandre Martins, Augusto Alberton, Guilherme Junkes*, Gustavo Wisniewski, Israel Michels*, Renato Tadeu Czinczik Moro, Thiago Monteiro
Violinos: Rafael Ferronato (spalla), Felipe M. Romagnoli, Guilherme Romanelli, Pablo S. Malagutti, Ruan Schneider, Violas: Fabiane Nishimori Ferronato* (Orquestra Filarmônica da UFPR), Mario Batista*. Violoncelos: Dayane Battisti*, André Tartas, Lucas Gabriel Bicalhos dos Santos, Maitê Vitória Alonso*Contrabaixos: Francisco Azevedo, Leonardo Lopes*Flautas-doces: Noara Paoliello*, Tatiane Wiese Mathias (UNESPAR)Oboés: Lúcio Portela,* Carina Cardoso de Araújo
Regência: Willian Lentz
Trompete: Jorge Scheffer (UNESPAR), Gabriel Alves*Tímpanos: Flávio Dias Veloso (PUC-PR), Aglae Frigeri (UNESPAR)Piano: Karolina Lima
* Músicos convidados
Baixo-contínuo
Teorba: Silvana Scarinci
Órgão: Aline Paula dos Santos
Viola da gamba: André Tartas Cravo: Rosane Cardoso de Araújo
sopranista: Yoran Sebastian)
3. Coro nº 6 – Quare fremuerunt gentes 4. Coro nº 10 – Tollite hostias et adorate
1. Prelúdio
Sebastian, baixo: Alexandre Martins)
Edward Elgar A Christmas Greeting, Op. 52 (1907)
8. See Nature rejoicing
Camille Saint-Saëns Oratório de Natal, Op. 12 (1858)
(soprano: Ana Carolina Zanotti ou Victor Bento,
2. Coro nº 2 – Gloria in altissimi Deo
(soprano: Ana Carolina Zanotti ou Yoran
Um programa realizado por professores e alunos do Departamento de Artes da UFPR
Henry Purcell Come, ye sons of Art (1694)
Celebração de Natal
4. Come, ye sons of art (reprise)
7. These are the Sacred charms (baixo: Israel Michels*)
2.Come, ye sons of art (baixo: Thiago Monteiro ou Alexandre Martins)
1.Symphony
(Tenores: Igor Correia e Vagner Mizael Andreata)
5. Strike the Viol (contralto: Victor Bento)
PROGRAMA
3. Sound the Trumpet
6. The Day, that such a blessing Bid the virtues (sopranista: Yoran Sebastian)
28 de novembro - 20h00 Auditóro Poty Lazzarotto (MON) - Rua Alberto Folloni, n.2, Juvevê
01 de dezembro - 19h30 Igreja São Vicente de Paulo - Rua Jaime Reis, n. 531, São Francisco
Assim nossa universidade mais uma vez cumpre o papel de perpetuar qualidades fundamentais para
a preservação de nossa mais delicada humanidade. O esforço coletivo e a soma dos talentos
individuais revelados neste concerto confluem para uma grande celebração – especialmente para
este período do ano em que os ideais de paz, de harmonia e solidariedade são sempre relembrados.
O programa que apresentaremos hoje é o resultado da soma de muitos esforços: um grupo de
professores do curso de Música da UFPR, com o apoio institucional da Orquestra Filarmônica da
UFPR /PROEC, uniram-se para realizar um projeto musical de fôlego que motivou cerca de 50 alunos
da UFPR e membros da comunidade externa. Obras musicais de grande envergadura, que envolvem
solistas, coro e orquestra funcionam como uma bela metáfora para uma sociedade ideal, solidária,
equilibrada, harmoniosa, colaborativa e sensível.
Henry Purcell (1659 – 1695) ocupou o lugar do mais celebrado compositor inglês até o século XX,
quando novos compositores se destacaram no cenário da música de concerto, como Edward Elgar,
entre outros. Sua vida foi extremamente curta, mas sua produção intensa, escrevendo em todos os
gêneros musicais de sua época. Sua ópera “Dido e Enéas,” escrita para uma escola de meninas em
Londres, é uma pequena joia no repertório dramático-musical; o libreto é de Nahum Tate, o mesmo
autor do poema de Come, ye sons of Art, que ouviremos hoje. Trata-se de uma Ode escrita para o
aniversário da Rainha Mary, que reinou na Inglaterra juntamente com seu marido, o Rei William de
Orange, sendo o único caso de um reinado em que rei e rainha governaram juntos. Extremamente
popular, a Rainha morreria alguns meses após a homenagem – a escrita musical de Purcell em Bid
the virtues, (“oferecei as virtudes”) é sublime ao evocar ternamente o nome latino da Rainha, com
uma repetição declamatória em torno da nota mi, enquanto o baixo desenha a figura emblemática
do lamento (lá – sol – fá – mi): While Maria's royal zeal (“enquanto o zelo real de Maria”). As palavras
de Tate e o tratamento musical de Purcell reforçam a visão pública de uma figura maternal, zelosa e
destinada ao Eternal Throne (trono eterno). O último verso do coro ... enchanted harmony that unites
(“a encantadora harmonia que une”) reflete perfeitamente os ideais deste projeto: que a harmonia
de nossa música nos encante e una a todos e encha nossos corações de esperança por um mundo
mais harmonioso.
Camille Saint-Saëns (1835-1921) manteve-se vinculado à tradição romântica, mesmo quando a
linguagem do final do século XIX tomava rumos estéticos muito distintos. Apesar de ter sido
condenado como um compositor reacionário pelos músicos de vanguarda, foi fortemente
apreciado e influenciou a geração de Fauré e Ravel. Tinha grande interesse pela música barroca
francesa, editando obras de Lully e Rameau, ou mesmo citando passagens dos compositores do
período em suas próprias obras. Neste concerto, escutaremos três coros do “Oratório de Natal”, uma
espécie de Cantata para solistas, coro, órgão, cordas e harpa (ausente neste concerto). Graças a seu
gosto pela música do passado, o Oratório de Saint-Saëns tem grande influência de compositores
como Bach, Handel, Mozart, entre outros.
Edward Elgar (1857-1934), embora considerado um dos grandes compositores ingleses, só
encontrou reconhecimento depois de seus 40 anos, e algumas de suas obras se tornaram marcos do
cânone da música de concerto (como Enigma Variations, Pomp and Circumstance Marches, e os
concertos para violino e violoncelo). Em A Christmas Greeting escutamos uma evocação natalina de
tom levemente melancólico pelas palavras da poeta inglesa Caroline Alice Elgar, esposa do
compositor: Bells, sadly sweet, knell life's swift flight,/ And tears, unbid, are wont to flow, / As "Noel!
Noel!" sounds across the night (“Sinos docemente tristes, dobram pelo voo rápido da vida, / e
lágrimas, soltas, querem fluir, / quando as palavras 'Natal!', 'Natal!' soam através da noite”).
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