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Rua Dr. Antnio Carmona e Lima, N 14, 5300-403 Bragana Tel. 273300590; E-mail: geral@cscjb.com
PROJETO EDUCATIVO
Centro Social
Sagrado Corao de Jesus
CORAONISTAS
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 2
Nunca o rigor infunde amor virtude.
Ensinem as Crianas, com todo o cuidado,
tudo quanto corresponde s cincias e ao trabalho material.
Mas atendam com especial carinho o seu bem espiritual.
Madre Isabel, fundadora da Congregao
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 3
Indice
Introduo ............................................................................................................................ 4
I. Identificao: Centro Social do Sagrado Corao de Jesus ......................................... 6
II. Respostas Sociais ........................................................................................................... 8
III. Instalaes e Equipamentos Comuns ......................................................................... 27
IV. Horrio de Funcionamento .......................................................................................... 31
Horrio Letivo e de Animao e Apoio Famlia .............................................................. 31
Horrio Administrativo ...................................................................................................... 32
V. Organograma do Centro Social .................................................................................... 33
VI. Objetivos Educacionais ............................................................................................... 33
VII. Modelo Educativo ........................................................................................................ 35
VIII. Caracterizao dos Alunos ........................................................................................ 36
IX. Caracterizao dos Pais .............................................................................................. 37
X. Imagem da Instituio ................................................................................................... 38
XII. Metodologia ................................................................................................................. 40
XIII. Identificao de Problemas ....................................................................................... 42
XIVI. Implementao de Medidas / Finalidades Educativas ............................................ 43
XV. Parcerias e Protocolos ............................................................................................... 45
XV. Plano Anual de Atividades ......................................................................................... 46
XVI. Avaliao do Projeto Educativo ................................................................................ 46
XVII. Divulgao do PE ...................................................................................................... 47
XVIII. Referncias Biogrficas .......................................................................................... 48
Anexo: Histria da Regio ................................................................................................ 49
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
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Introduo
O Projeto Educativo o Documento que consagra a orientao educativa da escola,
elaborado e aprovado pelo rgo de administrao e gesto, no qual se explicitam os
princpios, os valores, as metas e as estratgias segundo as quais a escola se prope a
cumprir a sua funo educativa - Decreto-lei n75 Art. 9, alnea a), de 22 de abril de
2008.
O Projeto Educativo (doravante designado PE) serve o mesmo objetivo que o Projeto
de Vida que todos temos; o nosso projeto de vida permite-nos definir quais os nossos
objetivos pessoais, profissionais, onde queremos chegar, quais so os nossos valores,
como vamos viver a nossa vida.
Este PE do Centro Social do Sagrado Corao de Jesus (doravante designados por
CSSCJ) um documento onde constam os princpios que orientam esta Comunidade
Educativa, no sentido de proporcionar a todos, aprendizagens significativas.
Tendo a convico de que Educar uma tarefa partilhada com a famlia, - bero da
sociedade - o CSSCJ incentiva a participao e a implicao na vida deste, caminhando
de mos dadas na formao global das Crianas.
O PE contm os elementos que permitem dar ao CSSCJ um sentido de unidade para
que todos possam ser envolvidos no processo ensino/aprendizagem. Sendo as Crianas
que acolhe o ncleo central da sua atuao, pretende, a par do desempenho da funo
de transmisso de conhecimentos, contribuir tambm para que estes cresam como
pessoas autnomas, desenvolvam todas as suas capacidades, construam uma
personalidade bem formada por modo a ter uma integrao harmoniosa na sociedade.
Cada ser humano imagem de Deus, chamado a ser filho de Deus. Da a
responsabilidade de proporcionar-lhes um crescimento harmonioso na sua trplice
dimenso: Pessoal, Social e Espiritual. Queremos que no CSSCJ, os princpios
evanglicos se tornem normas pedaggicas, motivaes interiores e um horizonte de
compromisso solidrio com o mundo, pelo seu conhecimento, reflexo e avaliao.
Sendo a Comunidade Educativa testemunho da vivncia dos valores cristos, todos os
Trabalhadores que aceitam integrar a comunidade educativa do CSSCJ assumem o
compromisso de educar neste sentido. Educar em valores atitudes e comportamentos:
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 5
respeito pela vida, compreenso e perdo; silncio, f e esperana; verdade,
responsabilidade, solidariedade; alegria, paz e amor.
O PE, tem, em cada ano, como meta educacional, preparar membros ativos,
construtores de uma sociedade justa e bela, pacfica e solidria.
O PE estabelece linhas orientadoras, enquadrando o Projeto Pedaggico da Creche e
os Planos de Atividades de Sala e o Projeto Curricular de Sala do Pr-escolar, numa
afirmao da sua identidade e autonomia.
O PE tem em conta a Lei de Bases do Sistema Educativo; a Reorganizao Curricular;
os Estatutos da Confederao Nacional das Instituies Sociais (CNIS) e o Iderio dos
Centros Educativos das Irms da Caridade do Sagrado Corao de Jesus.
um instrumento flexvel e aberto, que deve dar resposta s necessidades, problemas e
expetativas das Crianas, Famlias, Trabalhadores e comunidade em geral e enriquecer-se
com as sugestes de todos. diagnosticando as necessidades e problemas estruturantes
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
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I. Identificao: Centro Social do Sagrado Corao de Jesus
O Centro Social do Sagrado Corao de Jesus est localizado na cidade de Bragana,
na Rua Dr. Antnio Carmona e Lima, N 14, cdigo postal n 5300-403.
propriedade da Congregao das Irms da Caridade do Sagrado Corao de
Jesus. Detm o Alvar n 974, de 9 de outubro de 1948.
O contacto telefnico o 273 300 590, o e-mail : geral@cscjb.com
A pgina Web : www.cscjb.com
Possui natureza jurdica de Pessoa Coletiva Religiosa de Natureza Privada, sem fins
lucrativos.
Nmero de Identificao Fiscal 503058815.
uma Instituio Particular de Solidariedade Social (IPSS), ereto canonicamente por
decreto do Bispo da diocese de Bragana-Miranda, no ano de 1993.
Ministra as Respostas Sociais da Creche e do Pr-escolar.
A Creche - dos 4 aos 36 meses - tem capacidade para 42 Crianas.
A Educao Pr-Escolar - dos 3 aos 6 anos tem capacidade para 69 Crianas,
Tem Acordo de Cooperao com o Centro Distrital da Segurana Social para 35 Crianas
em Creche e 73 Crianas do Pr-escolar.
Numa rea de 21.560 metros quadrados, a parte edificada da Instituio ocupa 31%,
sendo o restante distribudo em reas de recreio, desporto, zonas verdes e arborizadas,
circulao e parqueamentos.
mailto:geral@cscjb.comhttp://www.cscjb.com/
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Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 7
Na cidade de Bragana, a Congregao iniciou a atividade letiva no Colgio do Sagrado
Corao de Jesus em 1948, situado na rua da Estacada n 11, com alvar para lecionar o
ensino liceal. Em 1958 autorizado a ministrar o Ensino Primrio, e o Ensino Infantil em
1977. No ano letivo de 1975/76 fica abrangido pelas medidas do Paralelismo Pedaggico e
em 1996/97 foi renovado por perodo indeterminado, como consta no Dirio da Repblica N
133, de 09.06.1998.
Em 1993 as Respostas Sociais da Creche, do Pr-escolar e do Centro de Atividades de
Tempos Livres (CATL) passam a regime de Instituio Particular de Solidariedade Social
(IPSS), ficando a denominar-se Centro Social do Sagrado Corao de Jesus, e o Colgio
continua a lecionar o 1 Ciclo do Ensino Bsico.
Ao longo destes anos, o Centro Social tm prestado um servio Educativo de excelncia,
na cidade de Bragana. Tm vindo a colaborar com as Instituies Oficiais e Particulares e a
celebrar Acordos de Cooperao com as mesmas, por forma a levar a cabo as suas
atividades. E continuar a faz-lo, desde que no contrariem a sua Misso, Valores,
Objetivos e Poltica da Qualidade.
O Centro Social do Sagrado Corao de Jesus situa-se na zona de Vale d' lvaro. Esta
zona constituda por vrios Bairros, Urbanizaes e Loteamentos: Urb. Novecentista, Urb.
Quinta do Rei, Lot. do Lelo, Bairro do Sol, Urb. Rica F, Bairro de Vale de Orados, Estrada
de Rabal e Estrada de Vila Nova. Toda esta rea est em crescimento constante, cada dia
surgem novas habitaes e espaos comerciais.
Pertence Unio de Freguesias de S, Santa Maria e Meixedo.
O territrio da Diocese coincide com o Distrito de Bragana. Desde 2012 conta com 4
Arciprestados e 20 Unidades Pastorais. A nossa Instituio pertence Unidade Pastoral 1,
Nossa Senhora das Graas.
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II. Respostas Sociais
1. Creche
1.1. Objetivos
A Creche, constitui uma das primeiras experincias da criana num sistema
organizado, exterior ao seu crculo familiar, onde ir ser integrada e no qual se pretende que
venha a desenvolver determinadas competncias e capacidades.
So objetivos da Creche, designadamente, os seguintes:
Facilitar a conciliao da vida familiar e profissional do agregado familiar;
Colaborar com a famlia numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o
processo evolutivo da criana;
Assegurar um atendimento individual e personalizado em funo das necessidades
especficas de cada criana;
Prevenir e despistar precocemente qualquer inadaptao, deficincia ou situao
de risco, assegurando o encaminhamento mais adequado;
Proporcionar condies para o desenvolvimento integral da criana, num ambiente
de segurana fsica e afetiva;
Promover a articulao com outros servios existentes na comunidade.
1. 2. Instalaes e Equipamentos
A Creche usufrui de um Contrato de Comodato, concedido pela Congregao
(Colgio), pelo que, as instalaes do Centro Social so propriedade da Congregao.
A Creche desfruta de instalaes e equipamentos com timas e adequadas condies
tcnico-pedaggicas, em todos os mbitos, quer para a realizao das Atividades da
Componente Educativa, quer para as Atividades de Apoio Famlia. Todos os espaos
da Creche se encontram no rs-do-cho do edifcio e possuem a superfcie indicada,
janelas abundantes, placares suficientes, armrios amplos, espelhos e os equipamentos
ldicos necessrios.
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1. 2. 1. Instalaes Berrio e Sala dos 2 Anos
Sala de acolhimento dos 0 aos 2 anos, com armrios individuais, para arrumo dos
haveres de cada criana. Espao de acolhimento aos pais, onde estes fazem o registo
de entradas e sadas, e interagem com o pessoal tcnico;
Sala de Atividades dos 4 aos 12 meses;
Dormitrio dos 4 aos 12 meses;
Sala de Atividades dos 12 aos 24 meses;
Dormitrio dos 12 aos 24 meses;
Copa de leite;
Fraldrio;
Sala de amamentao;
Sala dos 24 aos 36 meses, com armrio para arrumo dos haveres das crianas,
bandada de gua e WC;
Dormitrio dos 24 aos 36 meses;
Instalaes sanitrias: 4 sanitas, 5 lavabos, 1 chuveiro e Fraldrio;
Acolhimento Dormitrio 0 Anos
Sala de Atividades 0 Anos Sala de Atividades 0 Anos
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Sala de Atividades 1 Ano Sala de Atividades 1 Ano
Dormitrio 1 Ano Fraldrio
Copa de leite Copa de leite
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Sala de Atividades 2 Anos
Dormitrio 2 Anos Refeitrio 2 Anos
Instalaes Sanitrias Instalaes Sanitrias
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1. 3. Equipa Pedaggica
Todos os membros da Equipa Educativa da Creche tm um papel crucial na educao
das Crianas. Desempenham as suas funes com verdadeiro esprito de servio e
dedicao, prudncia e sigilo profissional. Contribuem para a melhoria da Qualidade de
Vida das Crianas, promovendo o seu desenvolvimento integral, assumindo um
compromisso coerente com o Iderio e um comportamento moral cristo.
Todos eles possuem a devida habilitao acadmica, as competncias tcnicas, boas
referncias e atualizao de competncias para o exerccio das funes atribudas.
Norteiam toda a atividade educativa pelos valores evanglicos, no sentido de
compreender a existncia humana como um dom de Deus e como compromisso com a
sociedade que integra, prprio de quem vive o servio educativo como uma Misso.
So corresponsveis na criao do bom ambiente educativo, dando o seu contributo
para um clima sereno, de paz, de partilha de vida, de compreenso, de ajuda recproca,
de esprito de equipa e colaborao, de relaes cordiais e amigas.
Usam de discrio, moderao e prudncia nas palavras e atitudes, praticam o sigilo
profissional, respeitam os outros com a devida dignidade no fazendo crtica destrutiva.
Aderem a um processo de autoformao que conduz integrao vivencial dos
valores que pautam a sua ao educativa, na Creche, e por isso, com exigncias prprias
e muito peculiares.
Contribuem para que a Creche se estruture como lugar de encontro, de escuta, de
comunicao, onde se favorece a solidariedade em vez da competio, a ajuda em vez
da marginalizao, a participao responsvel em vez do desinteresse.
queles que se integram pela primeira -lhes facultado o Manual de Acolhimento ao
Trabalhador, que contm um conjunto de informaes sobre a estrutura e a organizao
interna, os princpios, as normas e os procedimentos em vigor na Creche, para que se
possam identificar com o carisma institucional e inserir-se mais rapidamente nos seus
novos postos de trabalho.
O Conselho Pedaggico constitudo por todos os Educadores. Renem
mensalmente e em outras ocasies extraordinrias, nomeadamente em incio e final de
Ano Letivo. A ele compete a programao e planificao de todo processo educativo,
visando o seguinte:
Desenvolvimento de atividades, que visem valorizar e fortalecer o trabalho em
equipa e os princpios bsicos que pautam a ao do Centro Social, assim como
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salientar a importncia de um convvio sadio e construtivo de boas relaes, entre
os membros desta Instituio;
Desenvolvimento de um bom conhecimento e relacionamento interpessoal e de um
bom trabalho em equipa, a partir do gosto e dedicao profissional;
Disponibilidade para atender ou apoiar, pessoalmente, cada Aluno ou
Encarregado de Educao, sempre que seja necessrio;
Todos os anos a Creche acolhe grupos de estagirios das Instituies de Ensino da
Cidade, sobretudo da Escola Superior de Educao.
Direo/Salas Pessoal Afetao
Direo
Presidente
Regime de voluntariado Secretria
Tesoureira
Diretora Tcnica 1 50%
Administrativa 1 50%
0 Anos 1 Educadora 100%
1 Auxiliar 100%
1 Ano 1 Educadora 100%
1 Auxiliar 100%
2 Anos 1 Educadora 100%
1 Auxiliar 100%
0, 1 2 Anos 1 Aux. Serv. Gerais 100%
Cozinha 1 50%
1 Auxiliar de Cozinha 50%
Porteira 1 50%
A diretora tcnica, com formao acadmica de nvel de licenciatura, exerce tambm
funes de educadora. Para alm dessa, tem tambm como funo coordenar o trabalho
das restantes educadoras; orientar as ajudantes de ao educativa e sensibiliz-las para as
necessidades das crianas e para o trabalho das educadoras; proporcionar um bom
ambiente de trabalho e estreitamento das relaes famlia/escola; participar ativamente na
gesto e direo dos servios que coordena; colaborar no recrutamento do pessoal;
promover a participao em aes de formao para todo o pessoal; promover reunies
entre a equipa pedaggica e com as famlias; decidir em todos os assuntos que lhe sejam
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delegados, bem como em todas as situaes que imponham uma interveno imediata;
submeter apreciao superior os assuntos que excedam a sua competncia.
As educadoras de infncia, com formao acadmica de nvel de licenciatura, tm
como papel elaborarem e desenvolverem o projeto curricular de sala, de acordo com o
grupo etrio que tm sua responsabilidade; sensibilizar as auxiliares de ao educativa
para a colaborao nesse mesmo projeto; dar conhecimento diretora pedaggica de
tudo o que diga respeito ao funcionamento da Creche; estabelecer contactos com as
famlias, de modo a favorecer a interao famlia/escola; organizar e realizar reunies e
encontros com as famlias sempre que seja pertinente; organizar e participar em reunies
da equipa pedaggica; promover o seu prprio aperfeioamento profissional.
As Auxiliares de ao educativa, tm como funo acederem s necessidades das
crianas segundo orientaes das educadoras; zelar pela higiene e bem-estar das
crianas bem como do material, sob orientao das educadoras; fazer o atendimento s
entradas e sadas das crianas; assegurar o apoio ao repouso das crianas de trs anos;
assegurar o funcionamento do refeitrio (almoos e lanches); colaborar na
preparao/organizao de atividades coletivas.
1. 4. Componente Curricular
A principal responsabilidade das crianas dos 0 aos 3 anos de idade recai sobre o
Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social, o qual celebra protocolos de
cooperao com as instituies sem fins lucrativos, e sobre o sector privado.
Em 2003, com a finalidade de garantir s crianas o acesso a servios sociais de
qualidade, o Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social, em parceria com a
Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade, Unio das Misericrdias
Portuguesas e Unio Mutualista Portuguesa, concebeu o Programa de Cooperao para
o Desenvolvimento da Qualidade e Segurana das Respostas Sociais.
O Plano Individual da Criana e o Projeto Pedaggico (planeamento e acompanhamento
das atividades) so os dois Processos-Chave de Creche que orientam o
Acompanhamento das Crianas.
O Plano Individual (PI) elaborado pelo educador de infncia, tendo como base as
expetativas da famlia e as competncias, potencialidades e necessidades da criana
descritas na ficha de avaliao de diagnstico de desenvolvimento, preenchida com a
famlia, da qual constam as seguintes reas de desenvolvimento:
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Competncias a nvel Pessoal e Social: autoconhecimento; autoconceito; interao
adulto/criana; interao com os pares; autorregulao; compreenso da linguagem;
expresso da linguagem; aceitao da diferena.
Competncias a nvel de aprendiz efetivo: interesse em aprender; competncias
cognitivas; conceito de nmero, medida, ordem e tempo; interesse em livros e outros
materiais escritos; conceitos de matemtica; competncias de leitura e de escrita.
Competncias a nvel fsico e motor: capacidades motoras grossas; motricidade global;
capacidades motoras finas; hbitos saudveis; comportamentos de segurana.
O Projeto Pedaggico elaborado como base no Projeto Educativo, PDI, Ficha de
Avaliao de Diagnstico, recursos disponveis (comunidade, parceiros...) e Plano de
Atividades Sociopedaggico.
O Plano de Atividades de sala, de acordo com o Projeto Pedaggico, consiste no plano
de rotinas ou cuidados bsicos, atividades/brincadeira livres e espontneas,
atividades/brincadeiras estruturadas e experincias de jogo com o objetivo de
desenvolver competncias individuais e de grupo.
s Crianas da Creche assegurado o acompanhamento antes e depois do perodo das
atividades educativas e durante os perodos de interrupo destas atividades.
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1. 5. Avaliao
A avaliao de crianas dos zero aos trs anos uma avaliao informal, com base na
observao comportamental das crianas. O registo de situaes relevantes uma
importante forma de avaliao. Esse registo pode ser feito de diversas formas,
nomeadamente, atravs de grelhas de avaliao.
nas atividades que realizam diariamente que as crianas manifestam as suas
interaes, em conjunto com outras crianas e sobre a orientao do educador.
O PI avaliado com a famlia, sempre que necessrio, e revisto, ou seja, avaliado
sempre que um dos intervenientes do processo considere que os principais objetivos do PDI
a manuteno das competncias j adquiridas e aquisio de competncias que a criana
ainda no adquiriu face sua faixa etria no esto a ser alcanados.
Nesta avaliao, so tambm considerados os resultados da implementao do Projeto
Pedaggico, em que o educador regista as aquisies e competncias decorrentes da
implementao do Plano de Atividades de sala.
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2. Pr-Escolar
2. 1. Objetivos
Os objetivos a atingir para a educao Pr- escolar em geral, enunciados na Lei-Quadro
(n 5/97, de 10 de Fevereiro), estabelece: a Educao pr-escolar como a primeira etapa da
educao bsica no processo de educao ao longo da vida, sendo complementar da ao
educativa da famlia () favorecendo a formao e o desenvolvimento equilibrado da
criana, tendo em vista a sua plena insero na sociedade como ser autnomo, livre e
solidrio.
So objetivos do Pr-Escolar, designadamente, os seguintes:
Promover o desenvolvimento pessoal e social da criana com base em experincias
de vida democrtica numa perspetiva de educao para a cidadania;
Fomentar a insero da criana em grupos sociais diversos, no respeito pela
pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva conscincia do seu papel como
membro da sociedade;
Estimular o desenvolvimento global de cada criana, no respeito pelas suas
caractersticas individuais, incutindo comportamentos que favoream aprendizagens
significativas e diversificadas;
Desenvolver a expresso e a comunicao atravs da utilizao de linguagens
mltiplas como meios de relao, de informao, de sensibilizao esttica e de
compreenso do mundo;
Despertar a curiosidade e o pensamento crtico;
Proporcionar a cada criana condies de bem-estar e de segurana, designadamente
no mbito da sade individual e coletiva;
Proceder despistagem de inadaptaes, deficincias e precocidades, promovendo a
melhor orientao e encaminhamento da criana;
Incentivar a participao das famlias no processo educativo e estabelecer relaes de
efetiva colaborao com a comunidade.
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2. 2. Instalaes e Equipamentos
O Pr-escolar desfruta de um Contrato de Comodato, concedido pela Congregao
(Colgio), pelo que, as instalaes do Pr-escolar so propriedade da Congregao.
O Pr-escolar usufrui de instalaes e equipamentos com timas e adequadas condies
tcnico-pedaggicas, em todos os mbitos, (artstico-desportivo, das novas tecnologias
informticas e da aprendizagem da msica e do ingls), quer para a realizao das
Atividades da Componente Educativa, quer para as Atividades de Apoio Famlia. Todos os
espaos do Pr-Escolar possuem a superfcie indicada, placares suficientes, janelas
abundantes, armrios amplos, espelhos e equipamentos ldicos necessrios.
Cada espao possui a superfcie indicada, placares suficientes, janelas abundantes,
armrios amplos com cabides e espelhos.
Espao de acolhimento aos Pais das Crianas dos 3 aos 6 anos, onde estes fazem o
registo de entradas e sadas, e interagem com o pessoal tcnico;
Ptio interno com WC diferenciado e Cacifos individuais do Pr-escolar;
Trs Salas de Atividades, com armrios para arrumo dos haveres das crianas, W C;
Dormitrio para o grupo dos 3 Anos;
Ptio interior com equipamento ldico;
Instalaes sanitrias comuns, com 7 sanitas, 6 lavabos e um chuveiro;
Sala de Apoio Famlia, com Televiso e DVD;
Sala de Msica (pertena do 1 Ciclo);
Sala de Atividades de Plstica (pertena do 1 Ciclo);
Biblioteca/Ludoteca com variado equipamento: colees de livros, retroprojetor,
jogos/material didtico, cassetes de Vdeo, CDs, Esqueleto e Corpo Humano, Mapas,
Cartazes, Material escolar variado, Mquina fotogrfica (pertena do 1 Ciclo);
Parque ldico
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
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Acolhimento Pais Cacifos individuais
Sala de Atividades Sala de Atividades
Dormitrio dos 3 Anos
Ptio interior
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Instalaes sanitrias
Sala de Apoio Famlia Sala de Msica
Sala de Plstica Biblioteca
Parque ldico
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
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2. 3. Equipa Educativa
Os Trabalhadores do Pr-escolar desempenham as suas funes com verdadeiro esprito
de servio e dedicao, prudncia e sigilo profissional. Contribuem para a melhoria da
Qualidade de Vida das Crianas, promovendo o seu desenvolvimento integral, assumindo
um compromisso coerente com o Iderio e um comportamento moral cristo.
Todos eles possuem a devida habilitao acadmica, as competncias tcnicas, boas
referncias e atualizao de competncias para o exerccio das funes atribudas.
Norteiam toda a atividade educativa pelos valores evanglicos, no sentido de
compreender a existncia humana como um dom de Deus e como compromisso com a
sociedade que integra, prprio de quem vive o servio educativo como uma Misso.
So corresponsveis na criao do bom ambiente educativo, dando o seu contributo para
um clima sereno, de paz, de partilha de vida, de compreenso, de ajuda recproca, de
esprito de equipa e colaborao, de relaes cordiais e amigas.
Usam de discrio, moderao e prudncia nas palavras e atitudes, praticam o sigilo
profissional, respeitam os outros com a devida dignidade no fazendo crtica destrutiva.
Aderem a um processo de autoformao que conduz integrao vivencial dos valores
que pautam a sua ao educativa, no Pr-escolar, e por isso, com exigncias prprias e
muito peculiares.
Contribuem para que o Pr-escolar se estruture como lugar de encontro, de escuta, de
comunicao, onde se favorece a solidariedade em vez da competio, a ajuda em vez da
marginalizao, a participao responsvel em vez do desinteresse.
queles que se integram pela primeira -lhes facultado o Manual de Acolhimento ao
Trabalhador, que contm um conjunto de informaes sobre a estrutura e a organizao
interna, os princpios, as normas e os procedimentos em vigor no Pr-escolar, para que se
possam identificar com o carisma institucional e inserir-se mais rapidamente nos seus novos
postos de trabalho.
Todos os anos o Pr-escolar acolhe grupos de estagirios das Instituies de Ensino da
Cidade, sobretudo da Escola Superior de Educao.
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
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Os Educadores so os agentes insubstituveis numa educao integral. So direitos do
Educador os consignados no Estatuto da Carreira Docente das IPSS.
O Conselho Pedaggico constitudo por todos os Educadores. Renem mensalmente e
em outras ocasies extraordinrias, nomeadamente em incio e final de Ano Letivo. A ele
compete a programao e planificao de todo processo educativo, visando o seguinte:
Desenvolvimento de atividades, que visem valorizar e fortalecer o trabalho em equipa
e os princpios bsicos que pautam a ao do Centro Social, assim como salientar a
importncia de um convvio sadio e construtivo de boas relaes, entre os membros
desta Instituio;
Desenvolvimento de um bom conhecimento e relacionamento interpessoal e de um
bom trabalho em equipa, a partir do gosto e dedicao profissional;
Disponibilidade para atender ou apoiar, pessoalmente, cada Aluno ou Encarregado de
Educao, sempre que seja necessrio;
Direo/Salas Pessoal Afetao
Direo
Presidente
Regime de voluntariado Secretria
Tesoureira
Diretora Pedaggica 1 50%
Administrativa 1 50%
3 Anos 1 Educadora 100%
1 Auxiliar 100%
4 Ano 1 Educadora 100%
1 Auxiliar 100%
5 Anos 1 Educadora 100%
1 Auxiliar 100%
3, 4, 5 Anos 2 Aux. Serv. Gerais 100%
Cozinha 1 50%
1 Auxiliar de Cozinha 50%
Porteira 1 50%
As educadoras de infncia, com formao acadmica de nvel de licenciatura, tm como
papel elaborarem e desenvolverem o projeto curricular de sala, de acordo com o grupo
etrio que tm sua responsabilidade; sensibilizar as auxiliares de ao educativa para a
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colaborao nesse mesmo projeto; dar conhecimento diretora pedaggica de tudo o que
diga respeito ao funcionamento do Pr-escolar; estabelecer contactos com as famlias, de
modo a favorecer a interao famlia/escola; organizar e realizar reunies e encontros com
as famlias sempre que seja pertinente; organizar e participar em reunies da equipa
pedaggica; promover o seu prprio aperfeioamento profissional.
As Auxiliares de ao educativa, tm como funo acederem s necessidades das
crianas segundo orientaes das educadoras; zelar pela higiene e bem-estar das crianas
bem como do material, sob orientao das educadoras; fazer o atendimento s entradas e
sadas das crianas; assegurar o apoio ao repouso das crianas de trs anos; assegurar o
funcionamento do refeitrio (almoos e lanches); colaborar na preparao/organizao de
atividades coletivas.
2. 4. reas de Contedo
Consideram-se as reas de contedo como mbitos de saber, com uma estrutura
prpria e com pertinncia sociocultural, que incluem diferentes tipos de aprendizagem, no
apenas conhecimentos, mas tambm atitudes, disposies e saberes-fazer. Deste modo, a
criana realiza aprendizagens com sentido, sendo capaz de as utilizar noutras situaes
quotidianas, desenvolvendo atitudes positivas face s aprendizagens e criando disposies
favorveis para continuar a aprender.
O tratamento das diferentes reas de contedo baseia-se nos fundamentos e princpios
comuns a toda a pedagogia para a educao de infncia, pressupondo o desenvolvimento e
a aprendizagem como vertentes indissociveis do processo educativo e uma construo
articulada do saber em que as diferentes reas sero abordadas de forma integrada e
globalizante.
As reas de contedo so, assim, referncias a ter em conta na observao,
planeamento e avaliao do processo educativo e no compartimentos estanques a serem
abordados separadamente.
rea de Formao Pessoal e Social considerada como rea transversal, pois tendo
contedos e intencionalidade prprios, est presente em todo o trabalho educativo realizado
no jardim-de-infncia. Esta rea incide no desenvolvimento de atitudes, disposies e
valores, que permitam s crianas continuar a aprender com sucesso e a tornarem-se
cidados autnomos, conscientes e solidrios.
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rea de Expresso e Comunicao entendida como rea bsica, uma vez que
engloba diferentes formas de linguagem que so indispensveis para a criana interagir com
os outros, dar sentido e representar o mundo que a rodeia. Esta rea comporta os diferentes
domnios:
Domnio da Educao Fsica constitui uma abordagem especfica de
desenvolvimento de capacidades motoras, em que as crianas tero oportunidade de tomar
conscincia do seu corpo, na relao com os outros e com diversos espaos e materiais.
Domnio da Educao Artstica engloba as possibilidades de a criana utilizar
diferentes manifestaes artsticas para se exprimir, comunicar, representar e compreender
o mundo. A especificidade de diferentes linguagens artsticas corresponde introduo de
subdomnios que incluem artes visuais, jogo dramtico/teatro, msica e dana.
Domnio da Linguagem Oral e Abordagem Escrita o desenvolvimento da
linguagem oral fundamental na educao pr-escolar, como instrumento de expresso e
comunicao que a criana vai progressivamente ampliando e dominando, nesta etapa do
seu processo educativo. Importa ainda facilitar, nesta etapa, a emergncia da linguagem
escrita, atravs do contacto e uso da leitura e da escrita em situaes reais e funcionais
associadas ao quotidiano da criana.
Domnio da Matemtica tendo a matemtica um papel essencial na estruturao do
pensamento, e dada a sua importncia para a vida do dia-a-dia e para as aprendizagens
futuras, o acesso a esta linguagem e a construo de conceitos matemticos e relaes
entre eles so fundamentais para a criana dar sentido, conhecer e representar o mundo.
rea do Conhecimento do Mundo uma rea em que a sensibilizao s diversas
cincias abordada de modo articulado, num processo de questionamento e de procura
organizada do saber, que permite criana uma melhor compreenso do mundo que a
rodeia.
Continuidade Educativa e Transies dar continuidade ao percurso de
desenvolvimento e aprendizagem (em contexto familiar ou institucional) que as crianas j
tiveram. Para alm disso, o desenvolvimento das potencialidades de cada criana no jardim-
de-infncia criar condies para que tenha sucesso na transio para o 1. ciclo, numa
perspetiva de continuidade das aprendizagens que j realizou.
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2. 5. Avaliao
A avaliao na educao Pr-escolar reinvestida na ao educativa, sendo uma
avaliao para a aprendizagem e no da aprendizagem. , assim, uma avaliao formativa
por vezes tambm designada como formadora, pois refere-se a uma construo
participada de sentido, que , simultaneamente, uma estratgia de formao das crianas,
da educadora e, ainda, de outros intervenientes no processo educativo.
Avaliar consiste, essencialmente, num processo de anlise e reflexo, no sentido de
sustentar as decises sobre o planeamento, cuja concretizao ir conduzir a uma nova
avaliao. Por isso, planificao e avaliao so interdependentes: a planificao
significativa se for baseada numa avaliao sistemtica e a avaliao til se influenciar a
planificao da ao e a sua concretizao.
A avaliao de Crianas dos trs anos aos seis anos uma avaliao informal, com base
na observao comportamental das crianas. O registo de situaes relevantes uma
importante forma de avaliao. Esse registo pode ser feito de diversas formas,
nomeadamente, atravs de grelhas de avaliao.
nas atividades que realizam diariamente que as crianas manifestam as suas
interaes, em conjunto com outras crianas e sobre a orientao do educador.
O PI avaliado com a famlia, sempre que necessrio, e revisto, ou seja, avaliado
sempre que um dos intervenientes do processo considere que os principais objetivos do PI -
a manuteno das competncias j adquiridas e aquisio de competncias que a criana
ainda no adquiriu face sua faixa etria no esto a ser alcanados.
Nesta avaliao, so tambm considerados os resultados da implementao do Projeto
Curricular, em que o educador regista as aquisies e competncias decorrentes da
implementao do Plano de Atividades de sala.
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2. 5. 1. Instrumentos de Avaliao
Processo Individual da Criana;
Grelhas de observao de comportamentos e atitudes;
Grelhas de registo de aprendizagem;
Porteflios (fotografias, trabalhos individuais);
Registo de incidentes crticos;
Observao e registo do cumprimento das regras de grupo;
Apreciao dos trabalhos efetuados individualmente e em grupo;
2. 6. Componente de Apoio Famlia
Com o intuito de privilegiar a perspetiva globalizante da ao educativa, s Crianas
do Pr-escolar assegurado o acompanhamento antes e depois do perodo das
atividades educativas e durante os perodos de interrupo destas atividades atravs de
Atividades de Animao e de Apoio Famlia (AAAF). Estas so orientadas por
professores das respetivas reas, pressupondo uma planificao e uma avaliao
realizada pelos respetivos docentes e decorrem em espaos especificamente concebidos,
como a Sala de Apoio ao Pr-escolar, a Sala de Msica, a Sala de Plstica, o Ginsio, o
Auditrio/Salo de Festas, a Igreja
Formao Crist;
Msica;
Lngua Inglesa;
Futsal;
Dana criativa
Visualizao de programas infantis
Jogos orientados
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III. Instalaes e Equipamentos Comuns
A Creche e o Pr-escolar partilham as seguintes instalaes e equipamentos, quer no
interior, quer no exterior.
Portaria/Receo principal: ampla e com luminosidade natural (guichet de
atendimento, cadeiras, placards informativos, ornamentao floral, cadeira elevador),
um espao comum de acolhimento aos pais permitindo a interao com o pessoal
tcnico e onde estes fazem o registo de entradas e sadas. Neste espao tambm se
encontra a ementa das refeies, disponvel para consulta dos pais.
Secretaria/Administrao: armrio de arquivo, computador com acesso internet,
impressora, fotocopiadora/impressora, central telefnica;
Direo: com arquivo, computador, impressora, mesa, cadeiras, armrios, telefone,
trituradora de papel, plastificadora.
Sala de Atendimento;
Casa de banho para pessoas com mobilidade condicionada;
Refeitrio;
Auditrio: 120 lugares sentados, palco com cortinas, casas de banho para meninos e
meninas, vestirio, projetor, mesa de som, dois microfones com trip e trs sem fio;
Polivalente: para as aulas de Expresso Fsica e desporto escolar; equipado para as
diferentes modalidades desportivas; balnerios para meninos e para meninas e
vestirio;
Campo de Futebol: igualmente equipado para as diferentes modalidades desportivas;
Sala Primeiros Socorros
Cozinha: com dois balnerios para servio da Cozinha/Refeitrio;
Copa;
Despensa;
Sala dos Trabalhadores, equipada com: wc feminino e masculino, cacifos, bancada,
frigorfico, mquina de caf, mesas e sofs;
Lavandaria (uma mquina industrial, uma mquina familiar, dois tanques, duas tbuas
de passar, prateleiras, estendais, armazm dos lquidos);
Garagem;
Igreja com sacristia e casa de banho, dois microfones de trip;
Armazm do vesturio das Crianas (batas, polos e panams);
Central de Aquecimento;
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Sanitrio para mobilidade condicionada Primeiros Socorros
Refeitrio Cozinha
Copa Ginsio
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Auditrio Campo de Futebol
Parque de estacionamento Zona verde
Espao dos Trabalhadores
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Piscinas Pinhal
Igreja Corao de Jesus
Pensamento Madre Isabel
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IV. Horrio de Funcionamento
V. Horrio de Funcionamento
O horrio de funcionamento do CSSCJ situa-se entre as 7h45 e as 19h, de segunda a
sexta, e do primeiro dia til do ms de setembro at ao ltimo dia til do ms de julho.
Encerra nos dias 24 e 26 de dezembro, 2 de janeiro, dia de carnaval, quinta-feira santa e
segunda de Pscoa. Durante o ms de agosto o CSSCJ tambm se encontra encerrado,
para manuteno das instalaes e equipamentos.
Horrio Letivo e de Animao e Apoio Famlia
Hora Atividade
7h45 Abertura
7h45 - 9h Atividades de Animao e Apoio Famlia
9h 10h30 Atividade Letiva
10h30 11h Intervalo
11h - 12h Atividade letiva
12h Almoo
12h30 - 14h Atividades de Animao e Apoio Famlia
13h40 Reabertura
14h 16h Atividade Letiva
16h 16h30 Intervalo
16h30 19h Atividades de Animao e Apoio Famlia
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Horrio Administrativo
Servio Hora Frequncia
Secretaria 9h-12 Diariamente
Tesouraria 8h45 11h
16h 18h45
Diariamente
Atendimento aos Pais 17h 18h 1 vez por semana e
sempre que solicitado
O Atendimento aos Pais feito na Sala de Atendimento, no dia estabelecido no
calendrio em cada ano letivo, para cada grupo. Porm, sempre que se justifique, este
horrio pode ser ajustado mediante as necessidades dos Pais e/ou Educador, mediante
comunicao prvia, na Caderneta Escolar.
Na calendarizao anual, divulgada Comunidade Educativa no incio de cada ano
letivo, h atividades de carter cultural / recreativo / religioso que podero decorrer ao
sbado, domingo ou feriado.
A Formao Crist de carter interdisciplinar e dada pelas Educadoras, durante o
perodo das atividades escolares. Alguma vez, o grupo dos mais velhos, pode participar na
celebrao da eucaristia.
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V. Organograma do Centro Social
VI. Objetivos Educacionais
O processo pedaggico do CSSCJ dinmico e visa ajudar o Aluno a realizar-se como
pessoa na sua trplice dimenso pessoal, social e religiosa. Assenta no desenvolvimento
de todas as potencialidades do Aluno: fsicas, intelectuais, afetivas, ticas e
transcendentais.
Segundo Jacques Delors os quatro pilares bsicos para a Educao integral do ser
humano que fazem parte da Educao so:
Aprender a conhecer;
Aprender a fazer;
Aprender a viver juntos;
Aprender a ser.
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Os princpios psicopedaggicos do atual modelo de Organizao Curricular pretendem
que a educao escolar assegure a realizao de aprendizagens significativas. Que o seu
contedo seja lgico e psicologicamente significativo; que o aluno esteja motivado para
aprender; que os contedos tenham uma funcionalidade til e utilizvel para o aluno; que
essa aprendizagem implique uma intensa atividade interna do aluno e uma memorizao
compreensiva; e que os alunos aprendam a aprender, ou seja, que utilizem tcnicas e
capacidades de trabalho intelectual a fim de alcanarem bons nveis de aprendizagem.
A Comunidade Educativa do CSSCJ, pretende levar a cabo os seus objetivos
educacionais num ambiente evanglico de Liberdade e Caridade, com vista a alcanar
nveis de qualidade comprovada.
1. Propomos uma educao personalizada, partindo da situao real de cada aluno
(talentos, interesses e experincias), acompanhando-o no conhecimento de si prprio
e no relacionamento interpessoal, desenvolvendo as suas capacidades, ajudando-o a
tornar-se responsvel pela prpria formao e a colaborar na dos seus companheiros;
2. Optamos por uma educao em valores, ajudando os alunos no s a aprender a
pensar e a agir mas sobretudo a ser e a partilhar;
3. Desenvolvemos uma aprendizagem que motive a procura da verdade, a interpretao
da realidade, a criatividade e a autoavaliao; que desenvolva competncias de
interdisciplinaridade, autonomia e gesto dos prprios conhecimentos,
contextualizao e aplicao de contedos, colaborao e entreajuda;
4. Adotamos uma metodologia de estudo e de pesquisa, ativa, aberta e flexvel, que
estimule o interesse e a motivao dos alunos, que desenvolva hbitos de reflexo e
discernimento e favorea a aprendizagem, recorrendo s novas tecnologias;
5. Fomentamos a reflexo pessoal e o silncio;
6. Oferecemos aos seus educandos um acompanhamento personalizado, atravs da
escuta atenta e do dilogo;
7. Educamos a afetividade, a sensibilidade e a capacidade de expresso, ajudando os
alunos a tomar conscincia e a valorizar o seu prprio corpo, como meio de
comunicao;
8. Proporcionamos um ambiente de simplicidade, cordialidade e servio, exercendo a
autoridade pela competncia, entrega e dilogo;
9. Desenvolvemos a dimenso crist da educao, propondo uma sntese entre f,
cultura e vida;
10. Incentivamos a participao das famlias no processo de ensino/aprendizagem,
responsabilizando-os na promoo do sucesso educativo e estabelecemos relaes
de efetiva colaborao com os diferentes parceiros e a comunidade em geral.
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11. Dinamizamos a formao contnua dos Trabalhadores e de toda a Comunidade
Educativa, contribuindo assim para a melhoria da qualidade e funcionalidade dos
servios;
12. Atualizamos constantemente equipamentos e materiais;
13. Garantimos uma gesto ativa e dinmica, assegurando a participao responsvel
de todos os membros da Comunidade Educativa;
14. Adotamos boas prticas ambientais nos nossos servios e atividade;
15. Implementamos um adequado, eficaz e eficiente Sistema de Gesto da Qualidade;
16. Asseguramos o cumprimento do regulamentado e a sua atualizao, a fim de
corresponder s necessidades, problemas e interesses de cada grupo e da
comunidade educativa.
VII. Modelo Educativo
O Modelo Educativo desta Instituio Escolar preconizado por Isabel Larraaga,
fundadora da Congregao das Irms da Caridade do Sagrado Corao de Jesus (1836-
1899) que, partindo de uma realidade muito concreta no seu tempo: a necessidade de salvar
a infncia e a juventude da ignorncia e das consequncias de uma educao deficiente,
situou a base da sua pedagogia no sistema preventivo: PREVENIR E AMAR, visando
promover o desenvolvimento integral da personalidade das Crianas, numa viso crist do
mundo e da vida. Com estilo de autntica Educadora, transmitiu a sua forma peculiar de
seguir a Cristo. A sua herana identifica todos os seus Centros Educativos nos diferentes
pases da Europa, Amrica e frica.
O CSSCJ uma Instituio Catlica, alicerada e orientada por valores humanos e
cristos. Oferece um espao/ambiente pedaggico dedicado educao da pessoa toda, e
tem como fundamento a Pessoa de Jesus Cristo e os Valores do Evangelho, os quais so
transmitidos atravs da cultura, do ensino e do testemunho de vida. A sua funo principal
formar e transformar, ocupando-se em primeiro lugar, com o bem-estar humano e espiritual
dos Alunos.
O CSSCJ ministra uma educao/formao completa e integral da pessoa e consiste
numa partilha de experincias vividas e integradas no quotidiano individual.
Como Escola de Valores, d especial importncia aos seguintes:
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Respeito pela vida e dignidade da pessoa humana (numa atitude de compreenso
e perdo);
O valor da comunidade (verdade, responsabilidade e solidariedade);
Prtica dos valores cristos (vividos num clima de f, esperana, valorizando o
silncio);
A cooperao na busca do bem comum, com alegria, paz e amor.
No Processo de Ensino/Aprendizagem adota como Pedagogia o Amor, a Verdade e a
Alegria.
Valoriza o Respeito pela pessoa, na sua Liberdade e Dignidade. Promove
Itinerrios de Formao para os seus membros a nvel profissional / didtico,
espiritual, humano e relacional.
Empenha-se em oferecer um servio que visa: a reflexo pessoal; o trabalho em
equipa; a inovao e a melhoria da qualidade.
Fomenta um clima tico e saudvel.
Promove um ensino de: excelncia, competncia, equilbrio, valorizao pessoal e
do outro; abertura ao mundo que nos rodeia; qualidade, alicerado em princpios
culturais, ticos, morais e religiosos; ordem, disciplina, respeito e atitude positiva;
VIII. Caracterizao dos Alunos
O CSSCJ acolhe todas as Crianas, sem qualquer discriminao das famlias de
origem, contanto que respeitem e se identifiquem com o seu Projeto Educativo. A partir
da integrao na Resposta Social da Creche (a partir dos 4 meses), seguem,
habitualmente, at ao final do Pr-escolar, salvo casos pontuais.
As nossas Crianas, so de modo global, como todas as Crianas deste meio
sociocultural, caracterizadas pelo consumismo, individualismo e trazem srias lacunas no
relacionamento com os pares, no uso da chantagem e caprichos a que vm habituados.
Todavia a simplicidade e capacidade de perdo, inatas na Criana, aliadas a uma atitude
de abertura e recetividade, contribuem a que estas sejam ultrapassadas
progressivamente (pelo menos dentro do CSSCJ).
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O CSSCJ procura oferecer s Crianas, agentes e protagonistas da sua prpria
educao, todas as possibilidades para o seu desenvolvimento integral, motivando-os a
uma participao ativa e responsvel na sua formao, tendo presente os princpios do
Projeto Educativo. Assim, vo crescendo no respeito por si e pelos outros, na verdade e
na exigncia, partindo do conhecimento de si prprios; aprendem a conciliar f e
conhecimento, reconhecendo o valor da vida, luz da mensagem crist; so motivados a
serem agentes transformadores da sociedade manifestando sentido crtico, esprito de
solidariedade e cooperao e a respeitar e cuidar o ambiente, manifestando hbitos de
vida saudveis.
Desenvolvem o esprito cientfico e o raciocnio lgico-dedutivo; o sentido esttico,
recorrendo a referncias e conhecimentos bsicos nos domnios das expresses
artsticas; o gosto pela atividade fsica e desportiva, de acordo com os seus interesses,
capacidades e necessidades e procuram uma atualizao permanente, face s
constantes mudanas tecnolgicas e culturais, na perspetiva da construo de um projeto
de vida pessoal, social e profissional.
IX. Caracterizao dos Pais
Partindo do princpio de que os Pais so os primeiros e naturais responsveis pela
educao dos seus filhos, interessam-se pela perfeita integrao dos seus filhos no
Jardim de Infncia, procurando agir sempre em concordncia com os princpios
promovidos pelo mesmo, no que respeita ao seu desenvolvimento integral.
De forma geral, os Pais optam pelo CSSCJ por razes essencialmente ligadas aos
horrios de trabalho e a situaes de sobreocupao profissional, uma maior garantia de
segurana e aproveitamento escolar, por razes de valores cvicos e morais inerentes
aos mtodos pedaggicos utilizados e ainda pela formao crist.
De modo geral as famlias dos nossos educandos, caracterizam-se por um ambiente
sociocultural mdio, com um nvel de formao acadmica bastante alto. Na sua maior
parte, so provenientes do meio urbano e habitam em andares.
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Acolhendo Crianas provenientes de famlias carenciadas a nvel econmico/social, o
CSSCJ oferece a possibilidade de usufruir do Acordo estabelecido com o Ministrio do
Trabalho e da Segurana Social s Crianas da Creche e, no caso do Pr-Escolar, ainda
com o Ministrio da Educao, na componente letiva, conforme o rendimento per capita.
A colaborao e a relao que os Pais estabelecem com o CSSCJ francamente
positiva. Aceitam os princpios educativos desenvolvidos neste Centro Social e colaboram
ativamente, estabelecendo com ele uma verdadeira relao de reciprocidade; na sua
maioria participam em atividades e aes propostas aos Pais e/ou sugeridas por eles e
comparecem sempre que so convocados e oferecem colaborao dentro das suas
possibilidades. Intervm ativa e responsavelmente, pelo dilogo construtivo e pelo
intercmbio formativo e informativo.
prtica institucional dos Centros Educativos da Congregao das Irms do Sagrado
Corao de Jesus admitirem um certo nmero
X. Imagem da Instituio
Todo o trabalho neste Centro Social desenvolvido por uma Comunidade Pedaggica
Pessoal Docente e No Docente, segundo os princpios da Congregao e as normas
contidas neste Projeto Educativo.
O Centro Social carateriza-se por uma organizao/gesto conjunta do trabalho entre
a Creche, o Pr-Escolar e 1 CEB. Esta articulao favorece o conhecimento da realidade
de cada aluno e a possibilidade de dar continuidade ao seu desenvolvimento individual e
ao aprofundamento e enriquecimento das experincias mais significativas.
A Comunidade Educativa tem da Instituio uma imagem muito positiva. As Crianas
sentem-se felizes e revelam-se satisfeitas no trabalho dirio; os Trabalhadores dedicam-
se de forma empenhada e ativa e os Pais oferecem colaborao, dentro das suas
possibilidades.
O CSSCJ prestigiado na nossa cidade, no s pela sua antiguidade, mas
essencialmente pela qualidade de ensino/aprendizagem que ministra. As Crianas so
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conhecidas, no s pela qualidade das competncias adquiridas, como pelo bom
comportamento demonstrado, aquando participantes em diversas atividades.
Podemos referir com orgulho que todos as Crianas que frequentam o CSSCJ atingem
os objetivos propostos em cada ano letivo. Estes bons resultados, obtm-se graas
comunho de esforos por parte de toda a Comunidade Educativa: a motivao das
Crianas, o trabalho constante e continuado de cada Educador/Auxiliar, atendendo ao
ritmo de aprendizagem de cada um e s suas necessidades educativas especficas e
ainda constante comunicao Escola/Famlia.
Em cada ano letivo, as Crianas participam em diversos eventos:
Visita a Exposies;
Visita de Estudo a Museus, Centro de Cincia Viva, Bibliotecas;
Visita de Estudo a outras Instituies escolares, culturais e recreativas.
Eventos locais e nacionais (culturais, desportivos, religiosos)
Comemoraes
Neste sentido, so obtidos, de imediato, alguns bons frutos, na medida em que quando
se participa em visitas de estudo ou outras atividades escolares comportam-se de forma
educada e respeitadora, sendo frequentemente elogiados pelos anfitries Porm, isto
no significa que no haja situaes pontuais de um comportamento menos adequado,
que tm a ver essencialmente, com alguma falta de regras relativas ao saber-estar e
saber-escutar interiorizadas na famlia.
No trabalho de Ensino/Aprendizagem dispomos de uma gama variada de material
didtico necessrio e adequado ao desenvolvimento progressivo das diferentes etapas.
As Crianas so, ainda devidamente acompanhadas, em todos os momentos de
recreio, higiene e descanso.
Ao longo destes anos, o Centro Social tm prestado um servio Educativo de
excelncia, na cidade de Bragana. Tm vindo a colaborar com as Instituies Oficiais e
Particulares e a celebrar Acordos de Cooperao com as mesmas, por forma a levar a
cabo as suas atividades. E continuar a faz-lo, desde que no contrariem a sua Misso,
Valores, Objetivos e Poltica da Qualidade.
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XII. Metodologia
O modelo pedaggico baseia-se num referencial terico para conceptualizar a criana
e o seu processo educativo e constitui um referencial prtico para pensar antes da ao,
na ao e sobre a ao.
(Oliveira-Formosinho, 2007, p.34)
Atualmente nos Centros Escolares os Educadores tm autonomia na atividade
pedaggica, adotando metodologias prprias e diversificadas de forma a ajudar a criana
a aprender de maneira prtica, tornando a aprendizagem atraente e eficaz.
Neste sentido e de forma a concretizar esta ao orientamo-nos pelos diversos
modelos pedaggicos:
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Metodologia de Trabalho de Projeto: parte de motivaes concretas, associadas
realidade social e pressupe um plano de ao construdo pelas Crianas com o
Educador, que coordena. Assenta num plano flexvel e aberto, tendo como objetivos
fundamentais o desenvolvimento da sensibilidade, da imaginao criadora, da autonomia
e socializao da criana;
Movimento da Escola Moderna: baseado nos trabalhos de Freinet e Vygotsky, assenta
numa organizao cooperativa de classe. As Crianas organizam-se em funo dos
interesses, trabalhando individualmente ou em grupo. O educador promove a livre
expresso individual, dentro de um esprito de entreajuda e cooperao;
Mtodo Joo de Deus: privilegia as aprendizagens nos domnios da leitura, da escrita
e da aritmtica, de acordo com um plano prvio de trabalho, com o objetivo de preparar a
criana para a escola. O Educador situa-se na linha de uma pedagogia diretiva, tendo em
vista o desempenho e sucesso escolares da criana.
Currculo de Orientao Cognitiva: fundamenta-se nas teorias de desenvolvimento de
Piaget e enquadra-se numa pedagogia ativa. A criana aprende fazendo. As atividades
desenvolvem-se num ambiente organizado por reas, onde as Crianas podem fazer a
sua escolha. O Educador tem o papel de incentivar e de promover a ao.
Movimento High Scope com a organizao de um espao acolhedor, dividido por
reas bem definidas e com interesse, e vrios materiais acessveis. Tudo tem de ser
pensado para que a utilizao seja fcil e prtica. Define tambm uma rotina diria
constante, estvel e previsvel. Assim, as Crianas desenvolvem a capacidade de:
planear, tomar decises e executar projetos, de trabalhar em diferentes ambientes,
relacionar-se com grupos de trabalho em momentos diferentes, criar hbitos de
colaborao, partilha e desenvolvimento da autonomia.
Modelo Pedaggico de Reggio Emlia As Crianas so protagonistas/autores nos
projetos/atividades desenvolvidos, tudo realizam atravs do dilogo e da interao com
os outros, tomando decises. O Educador , apenas, o mediador dos desejos e das
necessidades das Crianas, o distribuidor de oportunidades e de experincias.
Este modelo desenvolve o que chamam Pedagogia da Escuta, ou seja as falas so
registadas e tornam-se parte da documentao dos projetos, relatrios e dirios; utiliza a
linguagem da Arte para que a criana se possa expressar, demonstrar o que quer, o
que sente, o que deseja.
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Educao para a diversidade Joo e Jlia Formosinho tm vindo a defender a ideia
de que a pedagogia da infncia necessariamente a pedagogia da diversidade. um
facto que ao aprender cada um atribui significados prprios quilo que assimila,
reconstruindo os seus saberes a partir do que j conhece. S compreendendo
profundamente o que isto significa, se perceber que a heterogeneidade, a diversidade,
enfim, a diferena, a maior riqueza que existe numa sala. Os mais pequenos tambm
devem participar dessa construo de identidades, se o que se pretende form-los com
conscincia da diversidade, da solidariedade e do respeito pelas diversas diferenas.
Modelo Scio construtivista e interativo Corrente pedaggica que, como o prprio
nome diz, entende que o conhecimento um processo construdo pelo indivduo de
dentro para fora, durante toda a vida ou seja, no cumulativo. O ser humano elabora
os conhecimentos, transformando-os continuamente atravs da relao com as pessoas
e com os objetos. O conhecimento constitui-se pela interao do indivduo com o meio
fsico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relaes sociais.
XIII. Identificao de Problemas
Entendemos que a Identificao dos Problemas constitui um bom diagnstico para se
encontrarem formas de os resolver ou atenuar, com a finalidade de melhorar a nossa
ao pedaggica.
Na complexidade da conjuntura social em que se vive, que afeta particularmente a
famlia, e por conseguinte a Criana, percecionamos os seguintes problemas:
Falta de autonomia das Crianas na realizao de tarefas vrias;
Ausncia/Dfice de algumas prticas de carcter cvico, tais como: exigncia, regras,
limites, reflexo do contexto familiar e social;
Fraca capacidade de organizao;
Fraca persistncia no trabalho;
Dfice de ateno/concentrao;
Deficitria vivncia de valores (educao, respeito, perdo, partilha,);
Falta de alguns hbitos saudveis (alimentao, jogos/brincadeiras, postura corporal
correta, falar baixo);
Dificuldade em escutar e esperar a sua vez de falar;
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Insuficiente envolvimento de alguns Pais no sentido de uma atitude de
corresponsabilizao de tarefas;
Famlias destruturadas;
Insuficiente Auto consciencializao da dupla dimenso entre o Eu Individual e o Eu
Social, na gesto e regularizao de atitudes no mbito das relaes interpessoais,
sade e segurana.
XIVI. Implementao de Medidas / Finalidades Educativas
De forma a colmatar estas problemticas o CSSCJ tem vindo a aperfeioar um conjunto
de prticas educativo-pedaggicas, tais como:
Envolvimento dos Pais, concretizado em diversos momentos, tais como: atendimento
semanal por parte dos Educadores, reunies peridicas de formao/informao,
convvios, participao nas atividades educativas, culturais, recreativas e religiosas;
Acompanhamento das Crianas em todos os momentos, por parte dos Trabalhadores,
velando sobre as suas atitudes e os seus comportamentos, permitindo que, no
surgimento de conflitos, a situao seja resolvida de imediato, remetendo para o
regulamento de atuao, elaborado com o contributo das Crianas;
Elaborao das ementas em colaborao com uma Nutricionista;
Formao aos Trabalhadores e Pais, na rea de uma alimentao saudvel (motiva-se
no sentido de no trazer bolo em dia de aniversrio e substituir guloseimas por objetos
ldico-pedaggicos);~
Utilizao de instrumentos capazes de assegurar uma eficaz comunicao interna e
externa;~
Cooperao e intercmbio de experincias/saberes entre os intervenientes da
Comunidade Educativa;
Interao dos vrios nveis de ensino em projetos comuns, com o objetivo de
maximizar o desenvolvimento pleno e integral das Crianas, numa perspetiva de
Educao para a Cidadania.
14.1. Necessidades Educativas Especiais
Tendo em conta os normativos legais em vigor e as condicionantes das Crianas que
frequentam e podem vir a frequentar o Centro Social, as Necessidades Educativas
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 44
Especiais (NEE) passaram a ser entendidas como uma parte integrante de todo o
Sistema Educativo, sendo reforado o princpio da diferenciao. Princpio que assenta
no reforo da qualidade das respostas educativas e escolares a aplicar aos alunos de
N.E.E, conforme o Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro.
Neste sentido, sempre que necessrio, disponibilizada uma equipa multidisciplinar
nomeadamente, na rea da Psicologia, Msica, Expresso Fsico-Motora e de Apoio s
atividades escolares. A esta equipa cabe: oferecer apoio a resoluo de problemas de
comportamento e dificuldades de aprendizagem; colaborar no desempenho das aes de
formao adequadas s necessidades diagnosticadas; colaborar com a Direo
Pedaggica e com o Corpo Docente no levantamento de necessidades, planificao de
atividades e implementao de atividades multidisciplinares.
No caso de a Criana necessitar de respostas educativas no mbito da educao
especial, elaborado o Plano Individual (PI) tendo por base as seguintes medidas
educativas:
Apoio pedaggico personalizado;
Adequaes no processo de avaliao;
Currculo especfico individual;
Tecnologias de apoio
Os Critrios gerais de avaliao s Crianas com NEE incluem essencialmente o
domnio das atitudes: pontualidade, assiduidade, autonomia, responsabilidade,
sociabilidade, organizao do trabalho, relacionamento com os pares, relacionamento
com os adultos, respeito pelas regras da escola, cooperao e os domnios dos
conhecimentos e competncias os alunos abrangidos pela modalidade Educao
Especial, Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro, sero avaliados de acordo com o definido
no seu PI.
As Crianas com NEE, podem ser retidas ao longo do Pr-escolar, desde que aps
analisada a situao, o Conselho Pedaggico delibere favoravelmente por se verificar que
os mesmos tm ganhos com essa reteno, nomeadamente ao nvel das reas de
desenvolvimento.
As Crianas citadas no pargrafo anterior, podero transitar para o 1 ciclo, desde que
tenham adquirido as competncias definidas no PI, o qual ser elaborado de acordo com a
problemtica e o potencial de cada criana. O processo destas Crianas ser
acompanhado do respetivo relatrio final onde constaro indicaes das competncias
Projeto Educativo ____________________________________________________________________________
Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 45
adquiridas ao longo dos anos, bem como algumas recomendaes para o
encaminhamento no 1 ciclo.
XV. Parcerias e Protocolos
O Centro Social constitui um importante contexto para a aprendizagem e o exerccio
da cidadania e nela se refletem preocupaes transversais sociedade, que envolvem as
diferentes dimenses da educao para a cidadania:
Direitos humanos;
Ambiental/desenvolvimento sustentvel;
Rodoviria;
Igualdade de gnero;
Intercultural;
Defesa e segurana;
Paz,
Voluntariado;
Media;
Sade;
Sexualidade.
Sendo estes temas transversais sociedade, a sua insero no plano pedaggico
faz-se numa abordagem transversal, tanto nos diferentes domnios como em atividades e
projetos.
No sentido da interdisciplinaridade e da subsidiariedade, o Centro Social estabelecem
Parcerias e/ou Protocolos com vrias instituies locais e infraestruturas de apoio
educativo, cultural, religioso, desportivo pressupondo o dilogo, a reflexo e a
negociao de todos os intervenientes, como sejam:
Colgio do Sagrado Corao de Jesus;
Autarquia e a Unio de Freguesias;
Escola Superior de Educao e Enfermagem;
Instituto do Emprego e Formao Profissional;
Museus: Abade de Baal e Centro de Arte Contempornea;
Biblioteca Municipal;
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Ludoteca da ESEB;
Lares: Fundao Betnia, ASCUDT
Centro de Cincia Viva,
A Unidade Local de Sade: tem vindo a realizar nas instalaes da Instituio diversas
aes de Sade Infantil, direcionas a grupos especficos, tais como:
Rastreio de Medicina Fsica e Reabilitao:
rea da Terapia da Fala (Teste de Articulao Verbal para avaliar a produo dos
vrios sons);
rea da Terapia Ocupacional (Atividades teraputicas que permitem avaliar os
diferentes tipos de preenso (motricidade fina e destreza manual).
Motricidade,
Audio,
Viso
Oral: Sorrir Branquinho
Postura correta e organizao das mochilas;
XV. Plano Anual de Atividades
Em cada ano escolar, o CSSCJ desenvolve uma temtica especifica com toda a
Comunidade Educativa, normalmente relacionada com um Valor que pertinente
trabalhar e que tem a ver com uma necessidade da atualidade.
Esta temtica integra o Plano Anual de Atividades (Documento prprio) e implica a
realizao de projetos e eventos alusivos ao mesmo.
XVI. Avaliao do Projeto Educativo
A avaliao e a reelaborao contnua deste Projeto so condio imprescindvel para
o sucesso da sua implementao. O projeto tem a durao de dois anos, podendo
prolongar-se por mais tempo com as devidas alteraes se tal se justificar.
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Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 47
A avaliao do Projeto Educativo tem lugar todos os meses em reunio de Conselho
Pedaggico e no final de cada ano letivo fazendo uma reflexo sobre o desenrolar do
mesmo e seus objetivos. Sempre que o Conselho Pedaggico sentir necessidade de
repensar estratgias, f-lo- de modo formativo, tendo em vista os objetivos previamente
definidos.
elaborao do PE fundamenta-se nos seguintes documentos anteriormente enunciados: o
Iderio, os Regulamentos Internos, e serve de alicerce ao Plano Anual de Atividades, ao
Projeto Curricular de Sala, Programao diria e de Atividades Complementares.
Editam-se separadamente do PE.
Os critrios orientadores na avaliao do PE so os seguintes:
Conformidade das aes realizadas com as metas, princpios e finalidades
estabelecidas;
Recursos disponveis;
Correspondncia das aes previstas e desenvolvidas s reais necessidades
do
CSSCJ;
Avaliao dos resultados com os recursos investidos
XVII. Divulgao do PE
A divulgao do PE feita pela Direo do CSSCJ do seguinte modo:
Colocao do documento no Placard informativo do Hall de Entrada do Centro
Social;
Colocao do documento no site do Centro Social: http.//www.cscjb.com;
Integra a Caderneta Escolar que entregue a cada Pai/Encarregado de
Educao, no incio de cada ano letivo;
Envio da verso final do projeto s seguintes entidades: DREN, IGE, CDSS,
Cria Geral da Congregao;
Apresentao e distribuio do projeto em reunio do Conselho Pedaggico;~
Apresentao e distribuio do Projeto Educativo junto do pessoal no
docente;
Apresentao do projeto educativo nas reunies de pais de incio de ano letivo;
http://www.cscjb.com/
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Aprovado em reunio de Direo no ms de setembro de 2017.
XVIII. Referncias Biogrficas
- Barrios, A. (2009). Caridade de Me, Isabel de Larraaga Ramirez. Porto: Mrio Brito
Publicaes.
- Congregao das Irms da Caridade do Sagrado Corao de Jesus (2004). Iderio
Colgios Coraonistas. Barcelona: Editorial Claret.
- Dirio da Repblica (1997). Lei n5/97, publicada a 10 de fevereiro.
- Dirio da Repblica (2008), Decreto-lei n79 Art. 9 de 22 de abril de 2008.
- Dirio da Repblica (2012), 1 srie, Decreto-Lei 139/2012, publicada a 5 de julho.
- Formosinho, J. (2007). Modelos Curriculares para a Educao de Infncia. (3. Ed.).
Porto: Porto Editora.
- Ministrio da Educao, Orientaes Curriculares para a Educao Pr-Escolar,
Departamento da Educao Bsica Ncleo de Educao Pr-Escolar.
- Ministrio da Educao (2007). Circular n17/DSDC/DEPEP/2007 Gesto do currculo
na Educao Pr-Escolar. Lisboa: DGIDC
- Ministrio da Educao, Portaria n 756/2007, de 2 de julho.
- Serrano, G. (2002) Educao em Valores. Lisboa: Artmed.
- www.cmbraganca.pt consultada no 10 de outubro de 2012
http://www.cmbraganca.pt/
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Anexo: Histria da Regio
O Centro Social do Sagrado Corao de Jesus situa-se na zona de Vale d' lvaro.
Esta zona constituda por vrios Bairros, Urbanizaes e Loteamentos: Urb. Novecentista,
Urb. Quinta do Rei, Lot. do Lelo, Bairro do Sol, Urb. Rica F, Bairro de Vale de Orados,
Estrada de Rabal e Estrada de Vila Nova. Toda esta rea est em crescimento constante,
cada dia surgem novas habitaes e espaos comerciais.
Pertence Unio de Freguesias de S, Santa Maria e Meixedo.
O territrio da Diocese coincide com o Distrito de Bragana. Desde 2012 conta com 4
Arciprestados e 20 Unidades Pastorais. A nossa Instituio pertence Unidade Pastoral 1,
Nossa Senhora das Graas.
Bragana situa-se na Pennsula Ibrica no Nordeste Transmontano, a 700 metros de
altitude, limitada a Norte e a Este por Espanha (22 km da fronteira). sede de Concelho, de
Comarca e de Distrito, dista do Porto em 255 km e 515 km de Lisboa, sendo atravessada
pelo rio Fervena. Tem 10.029 habitantes (1981), possui rea de 20.309Km no permetro
urbano. sede do bispado de Bragana-Miranda.
Bragana pertence regio denominada de Terra Fria Transmontana. Para fins
estatsticos integra-se na NUT III do Alto Trs-os-Montes, da qual fazem parte mais treze
Concelhos. As suas ligaes com a regio onde se insere esto patentes nas diferentes
entidades e associaes regionais existentes, nomeadamente a Associao de Municpios
de Trs-os-Montes e Alto Douro, que integra a Associao de Municpios da Terra Fria
(constituda pelos Concelhos de Bragana, Vinhais, Vimioso e Miranda do Douro), a ACIB
(Associao Comercial e Industrial de Bragana) que uma associao distrital, o NERBA
(Ncleo Empresarial do Distrito de Bragana), a Regio de Turismo do Nordeste
Transmontano (da qual fazem parte os Concelhos de Alfndega da F, Bragana,
Carrazeda de Ansies, Freixo de Espada Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro,
Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) e o Parque Natural
de Montesinho, que engloba parte do Concelho de Bragana e Vinhais.
No domnio cultural, o povo braganano deve ser considerado dos mais distintos de
Portugal, pelo seu folclore riqussimo, dialetos (sendins, mirands, guadramils,
riodonors) e presena na msica e no teatro.
A referncia mais antiga da cidade de Bragana remonta ao ano 569 da era crist. Esta
cidade teve origem a partir de dois ncleos: um dos ncleos a cidade e o outro a vila. A ligar
a vila e a cidade esto duas ruas: a Rua Direita e a Rua de Trs.
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Centro Social do Sagrado Corao de Jesus 50
A cidade antiga ficaria, no local onde hoje est a S. Era uma povoao neoltica e serviu
de base a uma cidade romana. Com as invases brbaras e guerras entre mouros e cristos
desapareceu. Em 1130 foi restaurada, no alto de um outeiro a centenas de metros. Surgiu a
vila de Benquerenas e edificou-se o castelo, onde se encontra a Domus Municipalis (sc.
XIII). volta do castelo e dentro das muralhas cresceu a vila, e alargou-se aos espaos
exteriores. A cidade extinta renasceu, e no tardou que as duas povoaes se unissem, e o
nome que ficou foi o da mais antiga.
Depois desta tentativa de povoamento, feita por Ferno Mendes, o Bragano (da famlia
da D. Afonso Henriques), o Rei D. Sancho I concedeu o foral a Bragana em 1187.
Bragana ento floresceu depressa. Era um local de passagem para as peregrinaes de S.
Tiago de Compostela desde o sculo XII.
Elevada a ducado, Bragana e grande parte do seu concelho atual passaram a pertencer
Casa de Bragana, cujo primeiro duque foi D. Afonso. O ttulo de cidade recebeu-o
Bragana de D. Afonso V (1464/7), por influncia de D. Fernando, seu segundo duque.
Monumentos
Bragana possui um conjunto de monumentos de caractersticas peculiares, dos quais se
destacam o Castelo (sculos XI-XII, onde, atualmente, est instalado o Museu militar ), a
Domus Municipalis, monumento mpar de arquitetura civil romnica, o pelourinho, no Lago
de Sant'Iago, o Convento (atualmente transformado em Arquivo Distrital de Bragana) e a
Igreja de So Francisco (sculo XIII), a Igreja de Santa Maria de Assuno ou do Castelo, a
Igreja de So Vicente, o Museu Abade de Baal (antigo Pao Episcopal). Do sculo XVI, a
Igreja da S, de St Clara e S. Bento; A Igreja de S. Vicente (sec. XIII) reconstruda nos
finais do sec. XVII.
Nos espaos museolgicos da cidade encontramos valioso patrimnio cultural e artstico
no s da regio mas de toda a provncia transmontana.
Museu do Abade de Baal, instalado no edifcio do antigo Pao Episcopal, possui
valiosssimo esplio integrando peas de arqueologia, epigrafia, lpides romanas, mobiliria,
arte sacra, pintura, escultura, etnografia, artesanato e numismtica, de grande valor
documental, artstico e histrico. Destaque ainda para a sua notvel coleo de mscaras.
Museu Militar de Bragana, localizado na Torre de Menagem, tem colees de material
blico, de variados perodos, desde a Idade Mdia, at aos nossos dias. Foi criado em 1932,
pelo Coronel Antnio Jos Teixeira, ento comandante do Regimento de Infantaria 10 a
partir da recolha de diversas peas oriundas das campanhas de frica e Frana, (1 Guerra
Mundial). Funcionou no terceiro piso da Torre de Menagem at 1958, ano em que com a
extino da unidade militar, todo o seu esplio foi transferido para o Museu Militar de Lisboa.
Regressou sua origem em 1983, tendo sido inaugurado a 22 de Agosto desse ano e passa
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a ocupar toda a Torre de Menagem e o recinto amuralhado que a rodeia. Aqui possvel
saber mais sobre a luta contra Gungunhana, a Primeira Grande Guerra e a Guerra do Ultramar.
Museu Ibrico da Mscara e Traje, inaugurado em Fevereiro de 2007, est instalado num
antigo edifcio recuperado para o efeito, em pleno corao da cidadela. Resultou de um
projeto de cooperao transfronteiria entre as vizinhas regies de Bragana e Zamora, com
o objetivo de perpetuar a tradio dos rituais populares. Do seu esplio fazem parte
mscaras e trajes habitualmente usadas pelos rapazes da regio nas suas manifestaes e
festas tradicionais.
Seco do Museu da C.P., instalada no edifcio da antiga estao de comboios, com
carruagens e locomotivas do sculo XIX.
Centro de Arte Contempornea Graa Morais. Inaugurado a 30 de Junho de 2008. este
espao pretende dar a conhecer a artista plstica Graa Morais por meio da pintura, de
pequenos excertos de filmes, entrevistas. Aqui estar presente um expressivo nmero de
obras de um dos maiores nomes da pintura portuguesa atual.
Festas, Feiras e Romarias
O Feriado Municipal no concelho de Bragana celebra-se a 22 de Agosto e coincide com
os festejos em honra de Nossa Senhora das Graas. Estes festejos que se realizam a 21 e
22 de Agosto, comeam com uma feira franca, tm arraiais populares, fogo-de-artifcio e
terminam com uma solene procisso festiva.
Entre as diversas feiras que acontecem um pouco por toda a regio merece destaque a
Feira das Cantarinhas que se realiza em Bragana, de 1 a 3 de Maio. Esta feira tem origem
medieval e era a mais concorrida da regio pelas suas tradicionais caractersticas. Era aqui
que se compravam, as cntaras de barro que no campo acompanhavam os trabalhadores
com a gua fresca, as cantarinhas que se ofereciam aos namorados e se comiam as
primeiras cerejas do ano. Tambm muito concorridas so as feiras de Bragana a 3, 12 e 21
de cada ms. Das muitas romarias que por todo o concelho se vo realizando ao longo do
ano destaque para as festas em honra de Nossa Senhora da Ribeira, em Quintanilha.
Artesanato
Cestaria, artigos de vime e verga, esteiraria, mobilirio, imagens de madeira, tecelagem,
tecidos de l e de linho, capas de lona, mantas, alforges, tapetes, artigos de cobre, olaria,
pirotecnia e o fabrico de navalhas constituem a variada e riqussima produo artesanal do
concelho.
O artesanato tradicional da regio, produzido ainda em muitas aldeias do concelho,
continua a manter o cariz utilitrio que sempre teve, continuando a ser produzidos objetos
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