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PLANO DE MANEJO
APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ
1a. REVISÃO
ENCARTE II – DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO INTEGRADA
Março/2018
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Prefeito Municipal: Waldeli dos Santos Rosa
Vice-prefeito: Roberto Rodrigues
Secretarias:
Secretaria de Administração e Finanças
Paulo Renato Andriani
Secretaria de Saúde
Adriana Maura Maset Tobal
Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento
Ailton Martins de Amorim
Secretaria de Educação
Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral
Secretaria de Transportes, Urbanização
e Obras Públicas
Renato Barbosa de Melo
Secretaria de Turismo, Meio Ambiente,
Esporte e Cultura
Keyler Simey Garcia Barbosa
Secretaria de Assistência Social
Aurea Maria Frezarin Rosa
Dados da Empresa Consultora:
Razão Social: FIBRAcon Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais S/S Ltda.
Endereço: Rua Dr. Michel Scaff, 105, sala 9, Bairro Chácara Cachoeira
Município: Campo Grande/MS – CEP: 79040-860
Telefone para contato: (67) 3026 3113
Home Page: www.fibracon.com.br
E-mail: fibra@fibracon.com.br
Coordenação do Plano de Manejo: José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e
Conservação.
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Equipe Técnica FIBRAcon
Coordenador da Avaliação Ecológica Rápida: José Carlos Chaves dos Santos – Biólogo, Mestre
em Ecologia e Conservação (Mastofauna; Uso Público)
Eliane Santos Breda - Administradora de empresas (Socioeconomia)
José Alexandre Agiova da Costa - Eng. Agrônomo, Doutor em Plantas Forrageiras (Meio Físico)
Daniele Louise Cesquin Campos - Cientista Social e Bióloga (Socioeconomia e Uso Público)
José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Vegetação; Uso Público; OPP)
Ricardo Anghinoni Bocchese - Biólogo, M.Sc. Meio Ambiente, Especialista em Gestão Florestal
(Vegetação)
Ana Luiza Cesquin Campos -Bióloga, Mestre em Ecologia e Conservação (Herpetofauna)
Thiago Matheus Breda - Biólogo (Avifauna)
Fábio Ricardo da Rosa – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Ictiofauna)
Guilherme Hollo de Andrade - Engenheiro Ambiental (SIG)
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ÍNDICE
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú 11
ENCARTE II 11
1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 11
1.3.2. Vegetação ..................................................................................................................... 30
1.3.3. Fauna ............................................................................................................................ 44
1.4.1. Características da População ........................................................................................ 87
1.4.2. Uso e ocupação da terra ............................................................................................... 89
1.4.3. Aspectos Econômicos .................................................................................................. 93
1.4.4. Infraestrutura Econômica e Social ............................................................................... 96
1.4.5. Indicadores Sociais de Emprego e Renda, Educação e Saúde ................................... 100
1.4.6. Visão da Comunidade Local Sobre as UCs ............................................................... 106
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................115
3. ANEXOS................................................................................................................................129
Anexo 1. Lista de Espécies da Flora.....................................................................................129
Anexo 2. Lista das Espécies de Avifauna.............................................................................139
Anexo 3. Lista das Espécies de herpetofauna.......................................................................146
Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....................................................150
Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora..................................152
Anexo 6. Lista das Espécies de mastofauna voadora............................................................153
Anexo 7. Lista das Espécies de ictiofauna............................................................................154
Anexo 8. Roteiro de entrevista..............................................................................................159
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização da APA das Nascentes do Rio Sucuriú no município de Costa Rica na
Região Norte do Mato Grosso do Sul. ........................................................................................... 14
Figura 2. Pontos Amostrais inventariados nos levantamentos de campo da APA das Nascentes
do rio Sucuriú, Costa Rica, MS. .................................................................................................... 15
Figura 3. Distribuição de frequências das classes de uso e cobertura da terra no Cerrado, por
Estado. Fonte: Terra Class/Mapeamento do Uso da Terra do Cerrado, MMA, 2013. .................. 17
Figura 4. Geologia da APA das Nascentes do Rio Sucuriú município de Costa Rica, Mato
Grosso do Sul. ............................................................................................................................... 20
Figura 5. Aspectos da geomorfologia da região da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa
Rica – MS. ................................................................................................................................. 21
Figura 6. Mapeamento do solo de Costa Rica, Mato Grosso do Sul Fonte: LabGIS. ............ 24
Figura 7. Painel com pinturas rupestres em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Foto: Martins &
Kashimoto, 2012. ........................................................................................................................... 26
Figura 8. Sub-bacias Hidrográficas e Unidades de Planejamento Gerenciais do Estado de Mato
Grosso do Sul (Adaptado de PERH-MS, 2010). ........................................................................... 28
Figura 9. Recursos hídricos da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso
do Sul. ................................................................................................................................. 29
Figura 10. Localização dos pontos de levantamentos de dados secundários da APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS. ................................................................................. 32
Figura 11. Formação vegetacional original do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Fonte: LabGIS. .............................................................................................................................. 34
Figura 12. Savana Florestada (cerradão) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica,
Mato Grosso do Sul. ...................................................................................................................... 35
Figura 13. Savana Arborizada (cerrado típico) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 36
Figura 14. Savana Arborizada (cerrado denso) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 36
Figura 15. Savana Parque (campo-sujo) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica,
Mato Grosso do Sul. ...................................................................................................................... 37
Figura 16. Savana Parque (coval) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato
Grosso do Sul. ............................................................................................................................... 37
Figura 17. Savana Gramíneo-Lenhosa com Floresta de Galeria na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................................................................... 39
Figura 18. Mata de galeria do Córrego Baús, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ...................... 39
Figura 19. Mata ciliar nas margens do Ribeirão da Laje, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .... 40
Figura 20. Floresta Semidecidual (mata seca) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 41
Figura 21. Tuiuiú (Jabiru mycteria). Ave de interesse na prática de birdwatch, registrada na
APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................. 46
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 22. Udu-de-coroa-azul (Momotus momota). Ave de interesse na prática de birdwatch,
registrada na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ............ 47
Figura 23. Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda). Ave de interesse na prática de
birdwatch, registrada na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
................................................................................................................................. 47
Figura 24. Maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis). Psittaciforme registrado na APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................. 50
Figura 25. Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Detritívoro registrado na APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................. 51
Figura 26. Anu-branco (Guira guira) registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em
Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................................................................... 53
Figura 27. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a matas ciliares e de galeria,
registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................. 56
Figura 28. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,
Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................................................................... 56
Figura 29. Mata de galeria de riacho, exemplo de ambiente que abriga espécies da
herpetofauna exclusivas de áreas florestadas presente na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 57
Figura 30. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que habita áreas abertas,
registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................. 57
Figura 31. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das Nascentes do Rio Sucuriú
em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................. 58
Figura 32. Coval, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das Nascentes do Rio Sucuriú,
Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................................................................... 58
Figura 33. Macaco-prego Sapajus cay, primata registrado na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................................................................... 61
Figura 34. Tamanduá-bandeira Myrmecophaga trydactyla registrado na APA das Nascentes
do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS. ................................................................................................... 63
Figura 35. Vestígio de anta Tapirus terrestris registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,
Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 64
Figura 36. Indivíduo do morcego Carollia perspicillata registrada no entorno da APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ....................................................... 68
Figura 37. Indivíduo do morcego Artibeus lituratus registrado no entorno da APA das
Nascentes do PA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul...................... 69
Figura 38. Localização dos pontos de registros de ictiofauna na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, Costa Rica, MS. .............................................................................................................. 71
Figura 39. Salto do Sucuriú, a jusante do perímetro urbano de Costa Rica, MS. ..................... 72
Figura 40. Várzeas do rio Sucuriú, a montante da “Ponte de Pedra” no Município de Costa Rica,
MS. ................................................................................................................................. 73
Figura 41. Vereda às margens do trecho inicial do rio Sucuriú, a montante da cachoeira da
Rapadura, no Município de Costa Rica, MS. ................................................................................ 73
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 42. Aspecto do rio Sucuriú entre a cachoeira da Rapadura e a localidade de Baús, em
Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 74
Figura 43. Lagoa marginal e barranco do rio Sucuriú, próximo à cidade de Costa Rica, MS.. 74
Figura 44. Aspecto do rio Sucuriú na “Ponte do Curralinho”, em estrada vicinal entre a MS-324
e a MS-316, no Município de Costa Rica. ..................................................................................... 75
Figura 45. Córrego Lageado, na MS-324, divisa entre os Municípios de Costa Rica e Paraíso
das Águas, no limite sul da APA das Nascentes do Rio Sucuriú. ................................................. 76
Figura 46. Aspecto de um dos canais do rio Sucuriú na “Ponte do Pedra”, em estrada vicinal
entre a MS-324 e a MS-316, divisa entre os Municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas, no
limite sul da APA das Nascentes do Rio Sucuriú. ......................................................................... 76
Figura 47. Exemplar de Astyanax altiparanae (lambari) registrado e libertado no rio Sucuriú
a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS. ............................................................................ 79
Figura 48. Exemplar de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho) registrado e libertado no rio
Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS. .............................................................. 79
Figura 49. Exemplar de Salminus hilarii (tabarana), registrado e libertado no rio Sucuriú a
jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS. ............................................................................... 80
Figura 50. Dendrograma de similaridade de Jaccard com as ictiocenoses dos diferentes trechos
da bacia do rio Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Os valores do eixo representam o
percentual de espécies de peixes em comum nas comparações com as outras ictiocenoses ......... 82
Figura 51. Voçoroca na margem esquerda do rio Sucuriú, entre a Barra da Mata e a Ponte de
Pedra, causada por acesso de gado para dessedentação, em Costa Rica, MS. .............................. 86
Figura 52. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico 2010,
Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 89
Figura 53. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no entorno da UC, Costa Rica,
MS. ................................................................................................................................. 92
Figura 54. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica,
MS. ............................................................................................................................. 92
Figura 55. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica, MS. ... 93
Figura 56. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de Costa Rica de
acordo com o IBGE (2015), Costa Rica, MS. ............................................................................... 93
Figura 57. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e colocação do município
de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 101
Figura 58. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e colocação do município
de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 101
Figura 59. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Emprego & Renda e colocação
do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................ 102
Figura 60. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Emprego & Renda e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ........................... 103
Figura 61. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Educação e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ................................................. 104
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 62. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Educação e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ................................................. 104
Figura 63. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde e colocação do município
de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 105
Figura 64. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde e colocação do município
de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 105
Figura 65. Conhecimento sobre a APA das Nascentes do Rio Sucuriú pelos moradores
entrevistados no município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................... 107
Figura 66. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos moradores do município
de Costa Rica, MS. ...................................................................................................................... 108
LISTA DE TABELAS
Matriz de índices de similaridade de Jaccard entre as ictiocenoses das diferentes
regiões da bacia do rio Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Cada valor na tabela representa
o percentual de espécies de peixes em comum nas comparações das ictiocenoses. ..................... 81
Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com o
IBGE, Costa Rica. MS. .................................................................................................................. 88
População residente por grupo de idade de acordo com o Censo Demográfico 2010,
Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 88
Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo
com o Censo Agropecuário 2006, Costa Rica, MS. ...................................................................... 89
Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no município
de Costa Rica, MS. ........................................................................................................................ 90
Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos de
2011 e 2015 no município de Costa Rica, MS. ............................................................................. 91
Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015,
Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 94
Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no município
de Costa Rica, MS. ........................................................................................................................ 95
Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013 no
município de Costa Rica, MS. ....................................................................................................... 95
Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no
município de Costa Rica, MS. ....................................................................................................... 96
Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica,
MS. ............................................................................................................................. 97
Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS. .. 98
Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS. ........................... 99
Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS. ............................ 99
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991 a
2010 em Costa Rica, MS. ............................................................................................................ 100
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LISTA DE ABREVIATURAS
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
APA – Área de Proteção Ambiental.
APP – Área de Proteção Permanente.
CAR – Cadastro Ambiental Rural.
CITES – The Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
ICAHM - International Scientific Committee on Archaeological Heritage Management.
ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios.
IDEB - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
IFDM - Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal.
IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.
IUCN – The International Union for Conservation of Nature.
LABGIS – Laboratório de Geoprocessamento para Aplicações Ambientais.
MEC – Ministério da Educação.
MMA – Ministério do Meio Ambiente.
ONG – Organização Não Governamental.
PANMSS – Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú.
PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos.
PNM – Plano Nacional de Mineração.
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural.
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
SPAF – Sistema de Produção Agricola Familiar.
UC – Unidade de Conservação.
UPG – Unidade de Planejamento e Gerenciamento.
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1ª. REVISÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DAS NASCENTES DO RIO SUCURIÚ
ENCARTE II
1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
Origem Conceitual das Áreas de Proteção Ambiental e Abordagem do Diagnóstico
As Áreas de Proteção Ambiental foram instituídas em 1981 pela Lei n° 6.902 e regulamentadas
pelo Decreto 99.274 de 6 de junho de 1990. Naquela época, a categoria era considerada inovadora
pois, nos moldes dos parques franceses propunha a conservação dos ecossistemas em grandes
áreas, respeitando a propriedade privada e procurando reconhecer a identidade de uma região. Esta
iniciativa procurava trazer a sociedade para regulamentação do uso e ocupação do solo. Era uma
das primeiras iniciativas no Brasil e orientar o uso do solo por afinidade regional, ou seja, realizar
zoneamentos baseados na compatibilização da economia com a vocação ambiental do território.
O embrião dos zoneamentos ecológico econômicos.
Além disso, o decreto regulamentador procurava estabelecer benefícios para as pessoas residentes
no interior das unidades, ele menciona: “Art. 30. Indica que a entidade supervisora e fiscalizadora
da Área de Proteção Ambiental deverá orientar e assistir os proprietários, a fim de que os objetivos
da legislação pertinente sejam atingidos”. Parágrafo único. “Os proprietários de terras abrangidas
pelas Áreas de Proteção Ambiental poderão mencionar os nomes destas nas placas indicadoras de
propriedade, na promoção de atividades turísticas, bem assim na indicação de procedência dos
produtos nela originados”.
O Art. 31 considera de relevância e merecedora do reconhecimento público os serviços prestados,
por qualquer forma, à causa conservacionista. No Art. 32. “As instituições federais de crédito e
financiamento darão prioridade aos pedidos encaminhados com apoio da Semam/PR (Secretaria
de Meio Ambiente da Presidência da República, já extinta), destinados à melhoria do uso racional
do solo e das condições sanitárias e habitacionais das propriedades situadas nas Áreas de Proteção
Ambiental”.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Com a publicação da Lei 9.985/2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza – SNUC a Área de Proteção Ambiental (APA) passam a ter o seguinte
conceito: “uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o
bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais”.
As APAs foram criadas ao longo dos anos, com diferentes objetivos onde se destacam:
• Proteção de mananciais;
• Proteção de espécies;
• Zona de amortecimento de parque;
• Gestão biorregional;
• Ordenamento território;
• Controle da ocupação desordenada;
• Proteção da paisagem.
Atualmente são 33 APAs Federais no Brasil abrangendo mais 10 milhões de hectares (MMA,
2017) e no Mato Grosso do Sul são duas de âmbito estadual e 37 municipais (IMASUL, 2017).
Integram uma ampla diversidade de ecossistemas e ocupações humanas e ainda se constituem um
desafio como modelo de gestão e manejo sustentável dos recursos naturais. A despeito desta
configuração situacional, expressam relevante valor numa rede de unidades de conservação com
objetivos de manejo equilibrados, principalmente no âmbito do planejamento biorregional.
A APA das Nascentes do Rio Sucuriú foi criada pelo Decreto nº 3.464 de 17 de maio de 2005 com
uma área total de 4.558,702 km² com objetivos de proteger o conjunto paisagístico, ecológico e
histórico-cultural, promover a recuperação de seus mananciais, compatibilizando-as com uso
racional dos recursos ambientais e ocupação ordenada do solo, garantindo qualidade ambiental e
da vida das comunidades autóctones.
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Para atingir seus objetivos de criação a APA prevê dentre suas ações de manejo a preservação e
quando necessário também à restauração das Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais
das propriedades nela inseridas. Também almeja promover e assegurar o bem-estar das populações
locais e tradicionais. Busca esforços ao longo de sua gestão e manejo para ampliar a proteção dos
remanescentes que pode ser viabilizada por iniciativas voluntárias dos proprietários através de
instrumentos incentivadores da conservação, ferramentas previstas na legislação estadual como
incentivos econômicos ou fiscais à preservação como a criação de RPPNs ou viabilização de títulos
de cota.
Seguindo esta abordagem no diagnóstico e avaliação da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, as
análises estão voltadas a melhoria da qualidade ambiental da área como um todo, especialmente
na restauração dos ambientes degradados nos seus aspectos físicos e hidrográficos prevendo
também a conexão e restauração dos remanescentes na manutenção da biodiversidade e processos
ecológicos, garantindo o bem-estar das comunidades locais. A APA está localizada no município
de Costa Rica região norte do Estado de Mato Grosso do Sul (Figura 1).
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Figura 1. Localização da APA das Nascentes do Rio Sucuriú no município de Costa Rica na Região
Norte do Mato Grosso do Sul.
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A caracterização da composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, modo de vida e
percepção dos moradores locais da APA foram realizados no mês de outubro, onde foram
percorridos e inventariados os diversos ambientes e ocupações da Unidade de Conservação (Figura 2).
Dados complementares de estudos sazonais em ambientes próximos foram incorporados ao
diagnóstico no enriquecimento das análises dos ambientes representados na APA, subsidiando
proposições de gestão e manejo.
Figura 2. Pontos Amostrais inventariados nos levantamentos de campo da APA das
Nascentes do rio Sucuriú, Costa Rica, MS.
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CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM
A APA das Nascentes do Rio Sucuriú está inserida no Bioma Cerrado, sendo que a unidade se
apresenta com remanescentes de vegetação natural fragmentados, numa matriz com
predominância de atividades agropecuárias. Esta UC era ocupada originalmente por uma
diversidade de formações vegetacionais inerentes ao Bioma, com formações florestais: mata ciliar,
mata de galeria e cerradão; formações savânicas: cerrado sentido restrito e vereda; formações
campestres: campo sujo e campo limpo com ou sem murundus.
Histórico de Ocupação e Programas Nacionais de Conservação e Uso Sustentável do Bioma
Cerrado
A agropecuária, a partir da década de 1970, marcou o início do rápido e sistemático processo de
conversão da vegetação natural do Cerrado para áreas de produção focadas principalmente nas
commodities agropecuárias.
Na história de ocupação no Mato Grosso do Sul registramos agravantes, tendo em vista que as
atividades agropecuárias foram implantadas sem a adequada aplicação de tecnologias de
conservação e manejo dos solos, o que acarretou numa área extensa de não menos de 8 milhões de
hectares de pastagens degradadas, as quais necessitam de investimentos rápidos de recuperação de
solo e água (Peron & Evangelista, 2003). Segundo Silva et al. (2008) locais com menor
interferência antrópica apresentam maior abundancia e riqueza que locais com elevada
interferência antrópica.
O recente mapeamento do uso do solo e da cobertura vegetal do Cerrado brasileiro pelo Projeto
Terra Class (MMA, 2015), apresentou nos seus resultados que na maioria dos estados as áreas com
cobertura natural de Cerrado de acordo com os limites definidos pelo IBGE representam de 40%
do total da área do bioma exceto nos estados de SP (16,9%), MS (31,4%) e PR (37,7%). Mato
Grosso do Sul se apresenta, portanto, como o segundo estado brasileiro com menor cobertura
vegetal nativa entre os estados representados pelo bioma Cerrado (Figura 3). Segundo Sano et al.
(2007) a área de cobertura vegetal natural é menos da metade da vegetação antrópica
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Estes dados de monitoramento mostram que o desmatamento no Cerrado continuou acelerado e
avançando por meio do estabelecimento de novas fronteiras agrícolas. As taxas de desmatamento
apontam valores superiores aos da Amazônia, chamando a atenção da opinião pública nacional e
internacional, especialmente porque estimativas sobre as emissões de gases do efeito estufa
advindos do desmatamento no Cerrado, correspondem a aproximadamente metade dos valores das
emissões totais de CO2 da Amazônia para o período de 2002 a 2008.
Figura 3. Distribuição de frequências das classes de uso e cobertura da terra no Cerrado, por Estado. Fonte: Terra
Class/Mapeamento do Uso da Terra do Cerrado, MMA, 2013.
O Mato Grosso do Sul, em consonância com o Programa Nacional de Investimento Florestal com
foco na promoção do uso sustentável das terras, vem desenvolvendo ações em dois projetos:
regularização ambiental de imóveis rurais (CAR) e a produção sustentável em áreas já convertidas
para uso agropecuário com base no Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação as Mudanças
Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura –
Plano ABC. Este programa no MS está voltado a recuperação de dois milhões de hectares de
pastagens degradadas, nos próximos cinco anos.
O programa é composto por quatro processos tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas,
integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto e florestas plantadas. O estado, sob
a liderança da Secretaria de Produção e Agricultura (SEPAF) já constituiu comitê gestor que vem
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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trabalhando para implementar ações no sentido de incentivar a adoção de práticas sustentáveis
para a redução das emissões de gases de efeito estufa, assim como estimular os produtores rurais
da região do cerrado para que invistam na sua propriedade, recuperando áreas degradadas,
buscando retorno econômico e preservando o meio ambiente. Um eminente programa estadual de
Pagamentos por Serviços ambientais, no âmbito da Lei Estadual nº.4.555 de julho de 2014, que
implementa a Política Estadual de Mudanças Climáticas também deverá integrar estas iniciativas
apoiando proprietários caracterizados como provedores de serviços ambientais.
A APA das Nascentes do Rio Sucuriú, contextualizada dentro deste panorama de ocupação do
bioma Cerrado, apresenta um quadro de uso e ocupação que demanda ações urgentes de melhoria
da qualidade ambiental da unidade, para o cumprimento também das normas ambientais gerais. A
unidade carece de investimentos no manejo e conservação do solo, das bacias hidrográficas e de
restauração das vegetações as margens dos rios (Áreas de Preservação Permanente). Esforços
também deverão estar direcionados na restauração das áreas de Reserva Legal em propriedades
inseridas na UC, que necessitem.
A integração da APA das Nascentes do Rio Sucuriú nos programas estaduais de desenvolvimento
florestal é prioridade no fortalecimento de ações de restauração e manejo, considerando que a
Unidade de Conservação pertence ao bioma Cerrado.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
1.2.1. Clima
O Centro-Oeste, devido a sua localização latitudinal, caracteriza-se por ser uma região de transição
entre os climas quentes de latitudes baixas e os climas mesotérmicos de tipo temperado das
latitudes médias (Nimer, 1979). As grandes áreas compreendidas no Estado enquadram-se,
segundo a classificação climática de Köeppen, no clima do tipo Aw – tropical úmido com inverno
seco.
Na porção centro sul do município, as temperaturas médias do mês mais frio são menores que
20°C e maiores que 18°C. O período seco estende-se de quatro a cinco meses. A precipitação anual
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varia de 1.200 a 1.500 mm. Ao Norte, as temperaturas médias estão acima de 20°C e abaixo de
24°C, com período seco de três a cinco meses. A pluviosidade varia de 1.000 a 1.500 mm anuais.
A característica principal desse tipo de clima é a presença de dois períodos distintos: Uma estação
chuvosa que se inicia em meados de setembro e vai até o final de abril, onde se concentram 80%
dos valores pluviométricos; e um período seco com os restantes 20% das chuvas que compreende
o período entre o final de abril e o início de setembro, sendo verificada deficiência hídrica severa
por três meses. Nos últimos anos vem ocorrendo a dilatação desse período devido a mudanças
climáticas hoje em progresso, sendo que o período seco está se caracterizando de maio a setembro.
O excedente hídrico é de 400 a 800 mm entre três e quatro meses, e a deficiência hídrica de 500 a
650 mm por cinco meses (ZEE, 2009).
1.2.2. Geologia
O Estado de Mato Grosso do Sul tem seu território em aproximadamente 50% inserido na Bacia
Geológica do Paraná, uma ampla bacia sedimentar situada na porção centro-leste da América do
Sul. A área de ocorrência abrange o centro-sul do Brasil, desde o Mato Grosso até o Rio Grande
do Sul. É uma depressão ovalada, com eixo maior norte-sul com área de cerca de 1,6 milhão de
km² (além um milhão de km² no centro-sul do Brasil, abrange, Argentina, Paraguai e Uruguai). O
nome da bacia é derivado do rio Paraná que corre aproximadamente no seu eixo central.
A bacia hidrográfica do Rio Paraná está quase que inteiramente localizada nessa bacia sedimentar,
com grande potencial hídrico, que vem sendo explorado como fonte de abastecimento de água e
para a geração de energia elétrica a partir represamento do Rio Paraná. Ultimamente nos afluentes
do Rio Paraná, a produção de energia ocorre a partir da construção de pequenas centrais
hidroelétricas - PCHs.
A bacia se desenvolveu entre as eras Paleozóica e Mesozóica, com as primeiras deposições
ocorrendo entre o Período Ordovaciano (450 milhões de anos atrás) e o Cretáceo (150 milhões de
anos atrás). Os principais recursos naturais são o carvão mineral, água subterrânea, folhelhos
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betuminosos e reservas de minérios utilizados na construção civil e indústria de transformação
(ferro, filito, calcário, etc).
Ao norte do município de Costa Rica, na região das nascentes do rio Sucuriú temos a Formação
Cachoeirinha e depósitos aluvionares, na porção média do município a Formação Santo Anastácio
e mais ao sul a formação Caioa. O rio Sucuriú permeia por rochas vulcânicas da Formação Serra
Geral (Figura 4).
Figura 4. Geologia da APA das Nascentes do Rio Sucuriú município de Costa Rica, Mato Grosso
do Sul.
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1.2.3. Relevo e Geomorfologia
No Estado de Mato Grosso do Sul se observam quatro fisionomias distintas de relevo (ZEE, 2009).
A parte oriental compreende relevo alçado por planaltos, patamares e chapadões inseridos na Bacia
Sedimentar do Paraná. De sua borda ocidental rumo oeste, alonga-se vasta superfície rebaixada
recoberta por sedimentos quaternários, formando a Região do Pantanal Sul-mato-grossense e a
depressão do Alto Paraguai. No meio destes rebaixamentos erguem-se relevos elevados da
Bodoquena e as Morrarias do Urucum-Amolar. Esta conformação permite distinguir seis regiões
de compartimentação de relevo com subdivisões que melhor identificam suas características
peculiares em cada sub-região. Corresponde à superfície regional situada acima de 380 metros de
altitude, constituída por chapadões, que formam o teto da paisagem regional, com altitudes de até
850m, planaltos e depressões.
O relevo no bioma do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se
por imensos planaltos ou chapadões. Cerca de 50% de sua área situa-se em altitude entre 300 e 600m
acima do nível do mar, não ultrapassando 1100m. Acima disto, principalmente em terrenos
quartzíticos, costumamos encontrar os Campos Rupestres. Os fundos úmidos dos vales são ocupados
por matas de galeria, veredas e varjões, e a vegetação de Cerrados nos interflúvios (ZEE, 2009). No
bioma Cerrado, na maior parte do seu território, a característica é de relevo plano (Figura 5).
Figura 5. Aspectos da geomorfologia da região da APA das Nascentes
do Rio Sucuriú, Costa Rica – MS.
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Segundo o Zoneamento Ecológico-Econômico a maior parte do Município de Costa Rica está na
região dos Planaltos Rampeados, onde também se encontra a APA. Essa região se caracteriza pela
marcante homogeneidade e morfoestrutura. A altimetria varia de 320 a 700m, a litologia do Grupo
Bauru apresenta formas conservadas e ao longo dos vales, os processos erosivos expuseram os
basaltos da Formação Serra Geral.
Costa Rica encontra-se em duas Regiões Geomorfológicas:
1. Região dos Chapadões Residuais da Bacia do Paraná, com a Unidade Chapadão das Emas;
2. Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores com as Unidades: Divisores
Tabulares dos Rios Verde e Pardo e Rampas Arenosas dos Planaltos Interiores. Apresenta
Modelados Planos-P, relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada
erosiva; Modelados de Dissecação – D, com relevos elaborados pela ação fluvial e
Modelados de Acumulação Fluvial - Af, áreas planas resultantes de acumulação fluvial
sujeita a inundações periódicas (ZEE, 2009).
1.2.4. Pedologia
Originando-se de espessas camadas de sedimentos que datam do Terciário, os solos do bioma do
Cerrado, onde se insere a UC, são geralmente profundos, azonados, de cor vermelha ou vermelha
amarelada, porosos, permeáveis, bem drenados e, por isto, intensamente lixiviados. Em sua textura
predomina, em geral, a fração areia, vindo em seguida à argila e por último o silte. Eles são,
portanto, predominantemente arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos ou, eventualmente,
argilosos. Sua capacidade de retenção de água é relativamente baixa. O teor de matéria orgânica
destes solos é pequeno, ficando geralmente entre 3% e 5%. Como o clima é sazonal, com um longo
período de seca, a decomposição do húmus é lenta (ZEE, 2009).
Quanto às suas características químicas, eles são ácidos, com pH que pode variar de menos de 4 a
pouco mais de 5. Esta acidez é devida em boa parte aos altos níveis de alumínio (Al3+), o que os
torna aluminotóxicos para a maioria das plantas agrícolas. Níveis elevados de íons de ferro (Fe) e
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de manganês (Mn) também contribuem para a sua toxidez. Baixa capacidade de troca catiônica,
baixa soma de bases e alta saturação por Al3+, caracterizam estes solos profundamente distróficos
e, necessitando de correção de acidez e fertilidade. Essa correção pode torná-los férteis e
produtivos, seja para a cultura de grãos ou outras culturas de expressivas.
Os solos do Cerrado frequentemente se enquadram no grupo alumínico, em que a atividade da
argila < 20 cmolc/kg de argila, sem correção para carbono, além de apresentar teor de alumínio
extraível ≥ 4 cmolc/kg de solo e saturação por alumínio ≥ 50% (Jacomine, 2009). Os solos de
caráter alítico, ou seja, que apresentam no horizonte B ou C argila de atividade ≥ 20 cmol c/kg de
argila, sem correção para carbono, e alto conteúdo de alumínio extraível Al3+ ≥ 4 cmol/kg de
solo), além de apresentar saturação por alumínio ≥ 50% e/ou saturação por bases < 50%. Usado
nas classes dos Argissolos, Nitossolos, Cambissolos, Planossolos, Plintossolos e Gleissolos. Os
Latossolos Vermelho-Escuros, nas em áreas sedimentares nos terrenos cristalinos, com horizonte
ou de caráter concessionário, constituído de material grosseiro com predomínio de petroplintita do
tipo nódulos ou concreções de ferro ou de ferro e alumínio, numa matriz terrosa de textura variada
ou matriz de material mais grosseiro, identificado como horizonte Ac, Ec, Bc ou Cc. Atualmente
estão ocupados predominantemente por pastagens e agricultura (Jacomine, 2009). De ocorrência
frequente encontram-se os Neossolos Quartzarênicos, solos geralmente ocupados com atividades
pastoris e florestais, mas os solos litólicos também ocorrem e são utilizados na exploração
pecuária.
No município de Costa Rica, onde está inserida aproximadamente 70% da UC, há predomínio de
Latossolo Vermelho-Escuro de textura média, na porção centro-leste e Neossolos quartzarênicos
na porção central, ambos com elevada concentração de alumínio e, consequentemente, baixa
fertilidade natural. Solos litólicos (Neossolos litólicos) ocorrem mais a Noroeste do município
(Figura 6).
Os solos na região da APA são principalmente Neossolos quartzarênicos, que podem ser utilizados
tanto em atividade pecuária quanto para o plantio de culturas, sendo que pode ocorrer limitação à
produção de grãos e fibras, em anos de baixa pluviosidade pela constituição arenosa. Solos rasos
(Neossolos litólicos) e Latossolos Vermelho Distroférricos ocorrem em menor proporção (Atlas
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Multireferrencial, 1990; ZEE, 2009). Ocorrem também Neossolos hidromórficos e Luvissolos
próximos às margens e área de influência de córregos e nascentes.
Entretanto, o mau uso dos recursos naturais, devido a intensa ocupação do território sem uma
ordenação adequada, tem acarretado em degradação das áreas com consequente perdas ambientais
e na produtividade. Somado a este fato, a falta de aplicação e o desrespeito às leis ambientais tem
contribuído para agravar os problemas ambientais destas áreas.
Figura 6. Mapeamento do solo de Costa Rica, Mato Grosso do Sul Fonte: LabGIS.
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1.2.5. Arqueologia
A proteção do patrimônio arqueológico e cultural constitui-se num procedimento necessário para
a manutenção de fontes de informações e referências com vistas à compreensão do processo
histórico de um país e, consequentemente, para a consolidação de sua memória. Segundo a Carta
para Proteção e a Gestão do Patrimônio Arqueológico, elaborada pelo ICOMOS/ICAHM
(Legislação do Patrimônio Cultural, 1996):
O ‘patrimônio arqueológico’ compreende a porção do patrimônio material para o qual
os métodos da arqueologia fornecem os conhecimentos primários. Engloba todos os
vestígios da existência humana e interessa todos os lugares onde há indícios de
atividades humanas não importando quais sejam elas, estruturais e vestígios
abandonados de todo tipo, na superfície, no subsolo ou sob as águas, assim como o
material a eles associados.
O nordeste do estado do Mato Grosso do Sul é uma importante região em se tratando de sítios
arqueológicos. Foram registrados para a área 25 sítios, sendo que nas margens do rio Sucuriú estão
registrados os mais antigos sítios arqueológicos do estado. Em pesquisas recentes, realizadas pelo
Dr. Gilson Rodolfo Martins, na margem direita do rio Sucuriú, entre os municípios de Paraiso das
águas, Chapadão do Sul e Água Clara foram encontrados sítios com diversas datações de carvão
arqueológico, as quais indicam ocupações consecutivas entre cinco mil e doze mil e quinhentos
anos atrás, que remetem a origem do homem em Mato Grosso do Sul para contextos dos últimos
milênios do Pleistoceno.
Sabe-se que durante os primeiros milênios do Holoceno, o Centro-Oeste estava povoado por
comunidades de caçadores-coletores nômades e portadores de uma cultura nitidamente pré-
histórica, possuindo uma economia natural e vivendo em bandos compostos de cerca de 30 a 40
pessoas, acampando próximos às fontes de captação de recursos naturais, deslocando-se
sazonalmente dentro de um extenso território.
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No município de Costa Rica, onde está inserida a UC, foram identificados três sítios líticos a céu
aberto, denominados MS-SU-008, MS-SU-009 E MS-CR02 (Figura 7).
Figura 7. Painel com pinturas rupestres em Costa Rica, Mato Grosso
do Sul. Foto: Martins & Kashimoto, 2012.
Indícios encontrados em Paraíso das Águas, indicam que esses caçadores-coletores também
utilizavam tecnologias líticas (instrumentos de pedra). Sondagens revelaram a presença de
utensílios de pedra lascada confeccionados sobre arenito silicificado.
Estudos realizados na porção norte e nordeste do estado encontraram evidências da existência de
várias tradições (Tradição Planalto, Tradição São Francisco, Tradição Lítica Itaparica, Tradição
Lítica Maracajuana) e sugerem que área caracterizava-se como uma região de intensas e
diversificadas trocas regionais, provavelmente, devido ao fato da região ser um divisor de águas
entre as três maiores bacias do país (Platina, Amazônica e São Francisco) assumindo assim um
papel de entroncamento viário/fluvial continental.
1.2.6. Hidrografia/Hidrologia
O Estado de Mato Grosso do Sul, através da Lei Estadual de Recursos Hídricos n° 2.406 de 29 de
janeiro de 2002, estabeleceu a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de
Recursos Hídricos. Na ocasião foram criados 15 Unidades de Planejamento e Gerenciamento
(UPG) de Bacias Hidrográficas, sendo seis representadas pela Região Hidrográfica do Rio
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Paraguai e nove representadas pela Região Hidrográfica da Bacia do Rio Paraná (PERH-MS,
2010).
A Região Hidrográfica do Rio Paraná, conhecida por seu enorme potencial hidrelétrico, é
composta pelo rio que lhe é homônimo e por seus afluentes, com destaque para os rios Aporé,
Pardo, Verde, Ivinhema, Amambaí, Iguatemi e Sucuriú. A área da APA das Nascentes do Rio
Sucuriú encontra-se na Região Hidrográfica do Rio Paraná, na UPG do Sucuriú (Figura 8) (PERH-
MS, 2010).
As unidades hidrogeológicas ou sistemas aquíferos do Estado de Mato Grosso do Sul são
identificados por dois grandes grupos de rochas, as sedimentares, definindo os aquíferos porosos,
e as ígneas-metamórficas, que constituem os aquíferos fraturados ou de fissuras. Os aquíferos
porosos ocorrem nas bacias sedimentares do Paraná e do Pantanal e os fraturados, no embasamento
cristalino e em uma formação da Bacia do Paraná.
A UPG Sucuriú, onde se localiza a UC, ocorre o afloramento de quatro sistemas de aquíferos: o
Aquífero Bauru, com uma área total de afloramento de 24.116,8 km2, Aquífero Serra Geral, com
2.578 km2, Aquífero Cenozóico, com 152 km2 e Aquífero Guarani, com 17,4 km2.
Em termos de distribuição percentual em área, os Aquíferos Bauru e Cenozóico são os de maior
área de afloramento, ambos aquíferos livres, com respectivamente 37% e 27% da área total de
Mato Grosso do Sul. No entanto, há que se considerar a relevância do Aquífero Guarani, embora
com pequena proporção de área de afloramento, esse aquífero encontra-se confinado, abaixo dos
aquíferos Bauru e Serra Geral e, portanto, com área de afloramento muito inferior à área que se
encontra confinado. A área de confinamento do aquífero guarani corresponde ao somatório das
áreas de afloramento dos Aquíferos Bauru e Serra Geral e apresenta grande reserva hídrica (PERH-
MS, 2010).
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Figura 8. Sub-bacias Hidrográficas e Unidades de Planejamento Gerenciais do Estado de Mato
Grosso do Sul (Adaptado de PERH-MS, 2010).
1.2.7. Bacia Hidrográfica da APA das Nascentes do Rio Sucuriú
A área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú encontra-se totalmente inserida na Região
Hidrográfica do Rio Paraná, na UPG do Sucuriú (PERH-MS, 2010). O rio Sucuriú nasce na Serra
dos Caiapós, divisor de águas cujo platô está localizado o Parque Nacional das Emas, na
congruência dos municípios Alto Taquari (MT), Costa Rica (MS) e Santa Rita do Araguaia e
Mineiros (GO) em uma elevação de 800,00 m (Figura 9).
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Figura 9. Recursos hídricos da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
O rio Sucuriú tem um percurso total de 500 km de extensão, aproximadamente, e desemboca no
Rio Paraná, pela margem direita. Da nascente à foz, a bacia do rio Sucuriú apresenta um relevo
suavemente ondulado, com baixa declividade e com alguns acidentes naturais localizados, como
corredeiras e cachoeiras.
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Com relação a qualidade das águas, o rio Sucuriú encontra-se enquadrado na Classe I. A
resolução CONAMA no 20 estabelece os limites e/ou condições de qualidade a serem respeitadas
para os determinados usos da água. De acordo com essa resolução, as águas do rio Sucuriú podem
ser destinadas:
Ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado;
À proteção das comunidades aquáticas;
À recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);
À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem
restes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;
À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação
humana.
A bacia do rio Sucuriú apresenta um grande potencial hidroelétrico e atualmente possui sete
usinas hidroelétricas em operação nos rios Indaiá, Paraíso e Sucuriú (ANEEL, 2018). No
município de Costa Rica existem dois aproveitamentos hidroelétricos em operação, e três em
estudos prévios de viabilidade.
Um componente hidrológico importante na área da APA são as nascentes assim como as
formações de veredas e covais, fundamentais na manutenção da dinâmica hidrológica local, uma
vez que atuam estabilizando a alimentação dos cursos d’água. Em alguns pontos da área da UC
é possível observar veredas e covais drenados para agricultura. A recuperação e conservação da
vegetação ciliar, bem como das veredas e covais na APA das Nascentes do Rio Sucuriú é
fundamental para a manutenção, visto que a ampla ocorrência dessas formações aponta para a
dependência dos rios locais de sua alimentação.
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
1.3.2. Vegetação
Na bacia hidrográfica do rio Sucuriú são presentes dois biomas brasileiros o Cerrado predomina
em quase sua totalidade, existindo uma estreita faixa de Mata Atlântica na faixa da planície do Rio
Paraná, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. A região da Área de Proteção Ambiental
(APA) das Nascentes do Rio Sucuriú está localizada em domínio do Cerrado.
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É importante destacar que a elevada diversidade de espécies e os altos índices de endemismo que
existem no Cerrado colocaram o bioma como a Savana mais biologicamente diversificada do
mundo (Sawyer, 2002), sendo considerado um dos 34 hotspots mundiais para a conservação da
biodiversidade (Mittermeier et al., 2005).
Por isto, levantamentos e estudos florísticos como subsídio para Planos de Manejo a serem
implantados no Cerrado, e especificamente na bacia do rio Sucuriú, tornam-se de grande
importância. O objetivo deste diagnóstico foi inventariar e caracterizar a vegetação nativa desta
Unidade de Conservação, elencando espécies sensíveis e descrever os principais aspectos
relevantes ligados à sua preservação.
Metodologia
Os domínios fitogeográficos ocorrentes na APA foram classificados a partir do mapeamento da
cobertura local por arquivos gerados e disponibilizados por LabGIS. As fisionomias vegetais
foram identificadas e validadas em campo.
A listagem da flora lenhosa aqui apresentada contempla a utilização de dados secundários
provenientes de listagens de estudos técnicos ambientais desenvolvidos nos domínios da APA bem
como em suas adjacências, abrangendo os municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas (Figura
10), a saber: o levantamento florístico para o Plano de Manejo da APA Paraíso-Sucuriú (Bocchese,
2018), o projeto de inventário florestal da PCH Fundãozinho (Bocchese & Azeredo, 2017), o
Programa de Monitoramento da Flora da IACO Agrícola (Bocchese, 2014), o Programa de
Monitoramento da Flora da Odebrecht Brenco unidade Costa Rica (Bocchese, 2013), o Programa
de Monitoramento da Flora Terrestre da PCH Alto Sucuriú (Longo, 2009), o levantamento
florístico do Parque Natural Municipal da Lage (Silva & Silva, 2008), o levantamento florístico
do Salto do Sucuriú (FIBRAcon, 2007), os sítios 3 e 4 de amostragem do Complexo Aporé-Sucuriú
(Pagotto & Souza, 2006) e o estudo da vegetação da PCH Porto das Pedras (Bastos, 2002).
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Figura 10. Localização dos pontos de levantamentos de dados secundários da APA das Nascentes do
Rio Sucuriú, Costa Rica, MS.
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A taxonomia das espécies seguiu o sistema de classificação botânica APG-III, considerando o
nome científico, o nome popular e a família botânica. Os grupos ecológicos foram definidos em:
espécies pioneiras (necessitam de luz e as sementes só germinam em condições que recebem
radiação direta do sol em pelo menos parte do dia), secundárias (parcialmente tolerantes às
condições de luminosidade e de sombreamento) e tardias (necessitam de condições de microclima
mais estáveis, sendo tolerantes à sombra, as sementes germinando apenas sob sombra do dossel).
A caracterização dos grupos ecológicos das espécies seguiu a classificação de Budowski (1965).
Resultados
Domínios fitogeográficos
Na área da APA ocorre uma matriz de campos arados, lavouras e pastagens (culturas cíclicas e
atividades de pecuária em áreas de Savana), onde existem formações fisionômicas naturais
(Figura 11).
As formações vegetacionais apresentam-se como subgrupos da Savana (Cerrado), a qual é
definida como uma fisionomia típica e característica restrita a solos arenosos, ocorrendo em clima
tropical eminentemente estacional (mais ou menos seis meses secos). Apresenta espécimes
lenhosos tortuosos com ramificação irregular, geralmente com ritidoma (caule) corticoso rígido e
órgãos de reserva subterrâneos. Extremamente repetitiva, sua florística reflete-se em uma
fisionomia caracterizada por espécies dominantes típicas, tais como angicos (Anadenanthera spp.)
sucupira (Bowdichia sp.), pequi (Caryocar brasiliense), faveiro (Dimorphandra mollis) e paus-
terra (Qualea spp.), por exemplo.
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Figura 11. Formação vegetacional original do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Fonte: LabGIS.
A Savana Florestada (cerradão) (Figura 12) é uma formação florestal de áreas secas e bem
drenadas, com dossel predominantemente contínuo e cobertura arbórea que pode oscilar entre 50%
e 90%. A altura média do estrato arbóreo varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de
luminosidade que favorecem a formação de estratos arbustivos e herbáceos definidos.
Extremamente repetitiva, a sua composição florística apresenta árvores dominantes como C.
brasiliense, Salvertia convallariodora, Bowdichia virguloides e D. mollis.
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Figura 12. Savana Florestada (cerradão) na APA das Nascentes do
Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
A Savana Arborizada (campo-cerrado, cerrado ralo, cerrado típico, cerrado denso) é um
subgrupo de formação natural ou antrópica que se caracteriza por apresentar uma fisionomia
arbórea rala e um estrato graminóide contínuo, sujeito ao fogo anual. Os indivíduos arbóreos
dominantes formam fisionomias ora mais abertas (campo-cerrado), ora com a presença de um
scrub adensado (Figura 13; Figura 14), em uma estrutura próxima ao cerradão. No que diz respeito
à composição de espécies, floristicamente, a Savana Arborizada se assemelha à Savana Florestada.
Em áreas de Savana Arborizada sem Floresta de Galeria o solo tende a se encontrar mais arenoso
e seco e com espécies exclusivas de cerrados, ao passo que em áreas com Floresta de Galeria há
obviamente, ocorrência de espécies típicas das áreas florestais úmidas, o que promove uma maior
diversidade e densidade arbórea local.
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Figura 13. Savana Arborizada (cerrado típico) na APA das Nascentes
do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 14. Savana Arborizada (cerrado denso) na APA das Nascentes
do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
A Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Campo-de-Murundus ou Coval e Campo
Rupestre) é um subgrupo de formação constituído essencialmente por um estrato graminóide
integrado por vegetais herbáceos e espécies com estruturas de armazenamento subterrâneas para
as épocas menos favoráveis ao seu desenvolvimento, entremeado por árvores isoladas. É uma
conotação típica de um “Parque inglês” (Parkland) (Figura 15). A Savana Parque de origem
natural ocorre associada a campos litossólicos ou rupestres. Em áreas encharcadas de depressões
periodicamente inundadas são encontradas tipologias denominadas “Covais”, como ocorrente na
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APA (Figura 16). Estas regiões apresentam grande beleza cênica e importância ecológica, pois
contribuem fortemente na manutenção da dinâmica e função hidrológica.
Figura 15. Savana Parque (campo-sujo) na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 16. Savana Parque (coval) na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Nos covais e veredas há predomínio de espécies herbáceas e gramíneas, com destaque para as
famílias Cyperaceae e Poaceae, com ocorrência de aquáticas e palustres, como Genlisea spp. e
Utricularia spp. e distribuição irregular de buritis Mauritia flexuosa (Pott et al., 2006). Em covais
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é comum a ocorrência de orquídeas como Cyrtopodium paludicola e Epistephium sclerophyllum,
e paludícolas como dos gêneros Eriocaulon, Sauvagesia, Aeschynomene e Mikania, dentre outros.
Na Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado) prevalecem, quando natural, os
gramados entremeados por plantas lenhosas raquíticas, que ocupam extensas áreas denominadas
por uma vegetação rasteira. Quando manejados por queimadas ou pastoreio, há uma substituição
por espécies de reserva subterrânea (rizomas, bulbos), portanto mais resistentes ao pisoteio do
gado e ao fogo. A composição florística é bastante diversificada, sendo gêneros mais
representativos das espécies arbóreas Andira, Byrsonima, Bauhinia e Attalea, por exemplo. Dentre
as gramíneas destacam-se Andropogon, Aristida, Paspalum e Schizachyrium.
Formações de Savana Gramíneo-Lenhosa com Floresta de Galeria (Figura 17) apresentam solos
úmidos próximo ao componente florestal, com a presença de espécies rasteiras típicas de áreas
brejosas e eventualmente espécies lenhosas de grande porte, como Mauritia flexuosa. Já as
associações sem Floresta de Galeria tendem a caracterizar solos exclusivamente secos com uma
cobertura herbácea com espécies herbáceas típicas de áreas abertas de cerrados, destacando
componentes das famílias Malvaceae, Melastomataceae e Myrtaceae, dentre outras de menor
expressão. Especificamente, as Florestas de Galeria (Figura 18) são formações onde a vegetação
florestal forma “galerias” sobre os cursos d’água de pequeno porte no Brasil Central (Ribeiro &
Walter, 1998).
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Figura 17. Savana Gramíneo-Lenhosa com Floresta de Galeria na
APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 18. Mata de galeria do Córrego Baús, Costa Rica, Mato Grosso
do Sul.
A Floresta Estacional Semidecidual Aluvial é uma formação com conceito ecológico de
florestas ocorrentes em clima estacional (épocas de chuvas e estiagem definidas), com queda de
20% a 50% das folhas do conjunto florestal nos períodos de estiagem (Florestas Semideciduais).
As árvores são normalmente constituídas por gemas foliares protegidas por escamas. A condição
Aluvial refere-se à presença nas planícies em terraços antigos das calhas dos rios, ficando o solo
encharcado por parte do ano.
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Para o presente estudo estas formações foram consideradas como matas ciliares, como é o caso do
Ribeirão da Laje (Figura 19). A largura do córrego não permite a formação de galerias pela
vegetação florestal marginal, entretanto a vegetação é de aspecto sempre verde e periodicamente
sujeita a alagamentos (Rodrigues & Leitão Filho, 2000).
Em diversos trechos, porém, a mata ciliar se encontra em avançado estado de degradação, escassa
ou ausente. Nessas formações destacam-se as espécies Attalea geraensis, Combretum discolor,
Copaifera langsdorffii, Schefflera morototoni, Annonna spp., Myracroduon urundeuva e
Anadenanthera colubrina, dentre outros.
Figura 19. Mata ciliar nas margens do Ribeirão da Laje, Costa Rica,
Mato Grosso do Sul.
Considerando a macro abrangência de Ecologia de Paisagem, a área da APA encontra-se em uma
região de contato Savana com Floresta Estacional. Em áreas elevadas e bem drenadas, assim como
a Savana Florestada, puderam ser notadas formações de Floresta Estacional Semidecidual
Submontana (mata seca) (Figura 20). A identificação e diferenciação visual através de imagens
de satélite entre a mata seca e o cerradão são difíceis, não tendo assim sido registrada na APA por
mapeamento, mas foram confirmadas em campo. As matas secas são formações de comum
ocorrência na região de Costa Rica. Nesta formação é comum a presença dos gêneros lenhosos
Aspidosperma, Astronium, Cariniana, Cedrela, Copaiba e Hymeneae, por exemplo.
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Figura 20. Floresta Semidecidual (mata seca) na APA das Nascentes
do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Das espécies vegetais
O Anexo 1 apresenta uma listagem com 205 espécies lenhosas distribuídas em 50 famílias
botânicas, registradas a partir dos estudos com a flora nativa desenvolvidos na região de Costa
Rica e Paraíso das Águas.
O intuito foi elaborar uma listagem de espécies representativa e satisfatória para a flora da região.
Espécies endêmicas, raras ou ameaçadas estiveram baseadas nas listas oficiais IUCN, MMA e
Resolução SEMADE nº. 09/2015. Espécies inseridas nestas listagens serão as recomendadas para
estudo de manejo e pesquisa científica, tendo em vista a necessidade da sua conservação.
A utilização das espécies lenhosas foi estabelecida como: potencial ecológico (uso da fauna
silvestre como alimentação/abrigo); econômico (valor financeiro agregado à madeira); medicinal
(raízes, casca, folhas e/ou frutos utilizados na medicina popular); alimentício (frutos que podem
ser utilizados como recursos alimentares para o homem) e ornamental (paisagístico).
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Das espécies registadas, Bocageopsis mattogrossenssis, Caryocar brasiliense, Cedrela fissilis,
Hancorna speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva, Ocotea porosa e Schinopsis
brasiliensis são espécies de valor conservacionista.
C. fissilis é uma espécie vulnerável à extinção (MMA, 2014, IUCN, 2017), e O. porosa encontra-
se em perigo de extinção (MMA, 2014). C. brasiliense, D. alata, H. speciosa, M. urundeuva e S.
brasiliensis são consideradas protegidas e/ou de interesse ambiental em Mato Grosso do Sul
(Resolução SEMADE nº. 09/2015). B. mattogrossensis é uma espécie com distribuição restrita a
fragmentos florestais do Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, abrangendo os Estados de Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e sul do Pará (Lorenzi, 2009). Esta espécie é
exclusivamente florestal, não sendo registrada em formações abertas, como o cerrado típico.
Ocorrência de fogo
Muitas formas fisionômicas de áreas abertas do Cerrado caracterizam-se por possuir um estrato
rasteiro constituído por gramíneas (Ribeiro & Walter, 1998), e que na estação seca tendem a ficar
inativas devido à perda da sua biomassa aérea, o que favorece a ocorrência dos incêndios (Klink
& Solbrig, 1996). Em áreas onde o fogo é frequente, uma simplificação da estrutura da comunidade
pode ocorrer, tornando a fisionomia gradualmente mais aberta, e dessa forma, a densidade do
estrato arbóreo estaria determinada mais pela habilidade das espécies em sobreviver ao fogo e
regenerar, do que pela própria competição pelos recursos ambientais (Durigan et al., 1994,
Hoffmann & Moreira, 2002).
De acordo com Medeiros & Miranda (2005), as influências das queimadas sobre a vegetação estão
ligadas em alterações na densidade e taxas de crescimento de espécies lenhosas e no
estabelecimento de plântulas, o que pode favorecer o estabelecimento de espécies generalistas e
podendo eliminar determinadas espécies sensíveis. Ao reduzir a biomassa vegetal e a serapilheira,
o fogo também pode alterar os fluxos de energia, nutrientes e água do sistema.
É importante destacar que, além da ocorrência natural do fogo, a região da APA das Nascentes do
Rio Sucuriú pode sofrer influência de queimadas originadas pela ação antrópica. O ateamento de
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fogo de forma proposital ou acidental deve ser considerado. Outro fator de risco de queimadas
pode estar ligado à linha de transmissão/distribuição das redes elétricas. Espécies vegetais de
rápido crescimento, como ervas, lianas e cipós, acabam utilizando os cabos de sustentação dos
postes como apoio, e acabam emaranhando-se ao longo da fiação, o que pode ocasionar queimadas,
principalmente nos períodos de elevada temperatura e período de estiagem.
Para minimizar as possibilidades de ocorrência de queimadas sugere-se o manejo da vegetação
nativa abaixo das redes elétricas, que pode ser feita por roçada ou capinada manual. Além disto,
ações de educação ambiental, como palestras instrutivas, panfletos e placas orientadoras, podem
ser utilizadas, principalmente nas áreas de visitação pública da APA.
Considerações
No domínio do Cerrado, em função da fertilidade do solo e disponibilidade hídrica, e
consequentemente altura do dossel e cobertura vegetal, as diferentes fisionomias identificadas
podem ser consideradas sucessivas. O primeiro estágio, os campos limpos, são campos secos, com
predomínio de gramíneas, sem arbustos ou arvoretas, hábitos já observados no estágio seguinte,
os campos sujos. O cerrado típico é caracterizado pela cobertura superior a 30%, com árvores e
arbustos de 3-8m permeados por vegetação herbácea, seguido pelo cerradão, onde prevalecem
árvores de 8-12m ou mais, cobrindo de 50 a 90% da área, com estrato herbáceo reduzido (Oliveira-
Filho & Ratter, 2002).
De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo
histórico de atividades agropecuárias, estando essas, muitas vezes, em estágio sucessional e
composição florística diferentes do original. A conservação dos fragmentos florestais situados na
APA das Nascentes do Rio Sucuriú, a redução do efeito de fragmentação dos remanescentes
existentes e a criação e manutenção de corredores entre fragmentos, tem papel fundamental na
conservação da biodiversidade e variabilidade genética da flora local. A fragmentação leva a
redução do número de indivíduos das populações, muitas vezes abaixo do mínimo necessário,
inviabilizando a continuidade e evolução normal da população. Essa redução leva a endogamia
(cruzamento entre indivíduos aparentados), e a perda de variabilidade genética, tornando-as mais
susceptíveis a extinção por ataques de patógenos, por exemplo (Kageyama et al., 1998).
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As formações de matas de galeria e matas ciliares compõem as Áreas de Preservação Permanente
(APP) e são legalmente protegidas pelo Código Florestal (BRASIL, 2012). Eventuais áreas
descaracterizadas ou até mesmo ausentes de APPs devem ter a vegetação restabelecida.
A APA favorece a contínua conservação destes remanescentes de vegetação e, consequentemente,
conduz a proteção das espécies da flora regional, pela preservação de diversos espécimes. Todas
as espécies levantadas apresentam, pelo menos, um tipo de uso potencial, desempenhando função
ecológica e de uso para o homem, seja no fornecimento de produtos madeireiros ou não
madeireiros. A exploração madeireira está na confecção de vigas e mourões como estruturas
internas e externas, além da marcenaria em geral. Como não madeireiros, muitas espécies são
utilizadas na medicina popular, para tratamento de inflamações dos sistemas urogenital, digestivo
e vascular, além de doenças de pele e até câncer. O conhecimento popular acerca de plantas
medicinais, tendo em vista sua diversidade e potencial para a bioprospecção de fármacos,
especialmente de doenças incuráveis ou de difícil tratamento, atualmente é bastante valorizado.
1.3.3. Fauna
1.1.3.1. Avifauna
Na UC e seu entorno foram registradas 192 espécies de aves divididas em 25 ordens e 53 famílias.
Destas famílias, 20 pertencem a ordem dos Passeriformes (Anexo 2). A listagem de espécies da
avifauna, no Plano de Manejo, torna-se um importante aliado a gestão, auxiliando na definição de
áreas prioritárias para manejo e conservação dentro dos limites da UC, uma vez que dados como
categorias de ameaça, endemismo, sensibilidade a ações antrópicas, potencial migratório e
cinegético, podem municiar futuras ações ambientais em benefício da UC.
Seja para visitação com finalidade recreativa, esportiva, turística, histórico-cultural, pedagógica,
artística, ou para finalidades científicas e de interpretação e conscientização ambiental, a UC
caracteriza-se como um bem de uso comum à sociedade.
Além do potencial social/econômico que a UC pode oferecer, existe também o benefício a
conservação de ambientes importantes para a avifauna, como nascentes, brejos, áreas úmidas,
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matas ciliares, etc. Com a proteção que a UC oferece contra ações antrópicas sobre estas áreas,
através da conservação das mesmas, a diversidade e manutenção das espécies de aves no local
podem ser mantidas e perpetuadas.
Uso Público, Turismo e Educação Ambiental
Uso Público e Zoneamento
Através do zoneamento ambiental, a UC adquire a capacidade de gerir eficientemente os locais
propícios para o uso público/sustentável e locais de proteção integral. Para as áreas de uso público,
sustentável e de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade, recomendam-se atividades
recreativas, de navegação e balneabilidade sempre relacionando estas atividades com a
conservação da avifauna local.
Por outro lado, alguns locais necessitam ser protegidos integralmente, conservando a
biodiversidade ali existente. Estes locais abrigam ninhais, áreas de forrageio, áreas utilizadas por
aves migratórias, nascentes, brejos, tributários, matas de galeria e florestas ciliares. Outro fator
importante seria a conservação das APPs e controle/tratamento do lançamento de efluentes
domésticos.
Turismo Voltado Para a Avifauna
O Birdwatch (atividade de observação de aves silvestres), apesar de ser recente no nosso país, seria
uma boa opção a ser incentivada dentro da UC pelos benefícios que pode trazer para o meio
ambiente e conservação das espécies. O turismo de observação de aves é um segmento do
ecoturismo em ascensão no Brasil, e vai de encontro aos objetivos de conservação propostos para
uma UC, uma vez que as áreas de interesse para a atividade são aquelas que apresentam
particularidades em relação à biodiversidade local, sendo necessário uma gestão e manejo
adequado e áreas bem conservadas. Devido à sua abundância e deslocamento facilitado, as aves
se tornam uma ferramenta muito útil para a educação ambiental e conscientização sobre estas
questões. Elas podem facilmente transmitir valores a respeito da natureza e à condição em que se
encontra o ecossistema. Isto é relevante para a divulgação da necessidade de preservação dessa
área, além de contribuir também para a sustentabilidade financeira da UC.
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Esta atividade demanda a qualificação de guias de campo especializados com conhecimento
empírico da área. Logo, as comunidades locais podem se beneficiar desta atividade sendo um
potencial de geração de renda para a cidade e seus moradores. Ao mesmo tempo, promove a
conscientização ambiental local sobre o uso sustentável dos recursos naturais da UC e sua
importância. Algumas espécies de interesse ao Birdwatch encontradas no local são: anhuma
(Anhima cornuta), tuiuiú (Jabiru mycteria) (Figura 21), surrucuá-de-barriga-vermelha (Trogon
curucui), udu-de-coroa-azul (Momotus momota) (Figura 22), ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula
ruficauda) (Figura 23), tucanuçu (Ramphastos toco), Falconídeos, Psittacídeos, taperuçus, choró-
boi (Taraba major), entre outros.
Figura 21. Tuiuiú (Jabiru mycteria). Ave de interesse na prática de
birdwatch, registrada na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa
Rica, Mato Grosso do Sul.
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Figura 22. Udu-de-coroa-azul (Momotus momota). Ave de interesse
na prática de birdwatch, registrada na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 23. Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda). Ave de
interesse na prática de birdwatch, registrada na APA das Nascentes do
Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
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Educação Ambiental
Nos tempos atuais a educação ambiental se tornou ferramenta de suma importância para a
conservação da diversidade avifaunistica. Comprovadamente, estas ações, surtem maiores efeitos
quando realizadas com crianças/jovens, pois estes ainda estão formando seu caráter e suas ideias
sobre o mundo, sendo possível resgatar a importância de se preservar a natureza. Assim se deve
incentivar os estudantes a realizarem atividades educativas na UC e no seu entorno, ampliando o
leque de conhecimento da avifauna que os alunos possuem.
Atividades de educação ambiental e conscientização também podem ser realizadas junto aos
turistas que visitam o local, e também com moradores do entorno da UC e do município de Costa
Rica, auxiliando no esclarecimento de dúvidas sobre a importância da conservação do meio
ambiente e das aves e sua representatividade para a região, lembrando-os sempre que a caça é
proibida e reforçando que intervenções que afugentem ou que impeçam a presença destes
indivíduos na proximidade da UC são prejudiciais para o ambiente. Desta forma os impactos sobre
as espécies existentes no local podem ser minimizados e a manutenção das mesmas mantida.
Pesquisas Científicas/Biológicas
A oportunidade da realização de pesquisas científicas/biológicas seria uma abordagem interessante
de ser explorada na UC. Estudos relacionados a ecologia de populações (como técnicas de captura,
marcação, soltura e recaptura) assim como propostas de manejo e conservação da avifauna, são
importantes para ampliar os conhecimentos sobre as aves da região, originando oportunidades de
conservação e manejo adequado das mesmas na APA e região.
Aves Ameaçadas de Extinção
Das espécies registradas, conforme estabelece a Red List da IUCN (2017), as espécies de ema
(Rhea americana) e papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) são classificadas como quase
ameaçada de extinção. A ema (Rhea americana) pela sua presença em plantações, onde podem se
tornar visitantes indesejáveis para os agricultores. O papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) tem
sofrido pela rápida e extensiva modificação de áreas do Cerrado e Pantanal, gerando perda de
hábitat e causando a acelerada redução no tamanho populacional desta espécie. Outra espécie, o
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mutum-de-penacho (Crax fasciolata) é classificada como vulnerável, principalmente pela perda
de seu habitat para o desmatamento e por ser muito caçada.
Segundo o Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves do Cerrado e Pantanal (ICMBio,
2014), as principais ameaças às aves foram causadas, principalmente, pela perda de habitat,
provocadas tanto pelo agronegócio como pela expansão urbana, instalações de empreendimentos
de infraestrutura, caça e o tráfico de algumas espécies. Nesta lista estão o papagaio-galego
(Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), constam como quase
ameaçadas de extinção. As espécies de ema (Rhea americana), gavião-peneira (Elanus leucurus),
sovi (Ictinia plumbea), gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis), gavião-caboclo
(Heterospizias meridionalis), gavião-carijó (Rupornis magnirostris), gavião-de-rabo-branco
(Geranoaetus albicaudatus), gavião-de-cauda-curta (Buteo brachyurus), suindara (Tyto furcata),
corujinha-do-mato (Megascops choliba), caburé (Glaucidium brasilianum), coruja-buraqueira
(Athene cunicularia), coruja-orelhuda (Asio clamator), rabo-branco-acanelado (Phaethornis
pretrei), beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax
nigricollis), besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus), beija-flor-tesoura-verde
(Thalurania furcata), beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura), tucanuçu (Ramphastos toco),
araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), carcará (Caracara plancus), pinhé (Milvago
chimachima), acauã (Herpetotheres cachinnans), quiriquiri (Falco sparverius), falcão-de-coleira
(Falco femoralis), arara-canindé (Ara ararauna), maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) (Figura
24) periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus), maracanã-do-buriti (Orthopsittaca
manilatus), periquito-rei (Eupsittula aurea), periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri),
papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) que constam
no anexo II da CITES (CITES, 2015), o qual diz que as espécies incluídas neste anexo são aquelas
que, embora atualmente não se encontrem necessariamente em perigo de extinção, poderão chegar
a esta situação, a menos que o comércio de espécimes de tais espécies esteja sujeito a
regulamentação e fiscalização rigorosa.
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Figura 24. Maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis). Psittaciforme
registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato
Grosso do Sul.
Sensibilidade aos Distúrbios
Espécies com alta sensibilidade aos distúrbios do meio que foram registradas são: saracura-três-
potes (Aramides cajaneus) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis). Estas espécies
respondem negativamente a ambientes alterados sobre distúrbios gerados pelo homem, não
habitam áreas com grandes interferências antrópicas sendo sensíveis a tais mudanças. Servem de
alvo para análises da relação do habitat com estas populações mais frágeis (Stotz et al., 1996).
Espécies de interesse para Conservação
Os Psitacídeos encontrados na UC, necessitam atenção especial, pois estes indivíduos sofrem com
o efeito da fragmentação e redução do seu habitat, dependendo de fragmentos florestais mais
consolidados. Necessitam de uma ampla variedade de frutos em copas de árvores para manter
populações locais durante todo ano. Indivíduos desta ordem habitam locais onde existe todo um
suporte para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução, próprios de áreas que possuem
importantes recursos sazonais para espécies frugívoras de dossel, os quais devem ser preservados
para que estes indivíduos continuem a habitar a região. O mesmo vale para o tucanuçu
(Ramphastos toco) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) que por ter alta sensibilidade aos
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distúrbios do meio e ser um efetivo dispersor de sementes, ajuda na regeneração e manutenção da
mata. Os beija-flores também são de suma importância pelo seu papel de polinização e auxilio na
conservação das florestas.
Os detritívoros registrados como o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) (Figura 25), são
indivíduos importantes, pois atuam “limpando” o ambiente (desempenhando papel saneador),
alimentando-se de indivíduos indefesos, doentes e carcaças de animais mortos, eliminando matéria
orgânica em decomposição.
Figura 25. Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Detritívoro
registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato
Grosso do Sul.
Aves de Caça ou Cinegéticas
As principais espécies consideradas como “aves de caça” ou cinegéticas, fazem parte de famílias
como a Tinamidae (inhambus), Cracidae (jacus e mutuns), Columbidae (pombas e rolinhas) e
alguns Anatídeos (patos), pois apresentam uma massa corporal significativa, quando comparada
com outras espécies. A caça de aves, assim como a captura das mesmas para servir como espécie
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cativa, é relatada no Brasil desde o descobrimento (Sick, 1997). Registros de tinamídeos como o
jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris) e codorna-amarela
(Nothura maculosa), cracídeos, como o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) e alguns
columbídeos como a pomba-galega (Patagioenas cayennensis) e o pombão (Patagioenas
picazuro). Algumas aves também podem ser caçadas devido a sua beleza cênica ou canto
elaborado. Elas são aprisionadas em gaiolas ou vendidas pelos traficantes de animais silvestres.
Esta atividade está sujeita a sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Como exemplos dessas espécies
temos: o tucanuçu (Ramphastos toco), o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), a arara-
canindé (Ara ararauna), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), corruíra (Troglodytes
musculus), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), pula-pula (Basileuterus culicivorus), canário-da-
terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), entre outros.
Aves Migratórias
Indivíduos que efetuam deslocamentos sazonais de uma região para outra, podendo ser anual, de
áreas de alimentação para áreas de reprodução e descanso, onde posteriormente retornam a sua
região original (Alerstam & Hedenström, 1998). Entre as aves migratórias temos as consideradas
localmente migratórias, efetuando curtas migrações ao longo do ano, as que realizam migrações
regionais abrangendo áreas dentro do território nacional e algumas poucas fora do país, outras que
realizam migrações setentrionais oriundas das Américas do Norte e Central e aves que realizam
migrações meridionais oriundas do sul da América do Sul. onde, estas espécies podem utilizar a
UC como local para reprodução, alimentação e descanso em suas rotas de migração, sendo grandes
indicadores da importância da região para estes deslocamentos o qual devem ser preservados para
que estas rotas de migração perpetuem.
Espécies mais abundantes e generalistas
O pombão (Patagioenas picazuro) e o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), são exemplos de
espécies generalistas que podem usufruir de áreas abertas como florestas para se alimentar e
nidificar, possuem alta capacidade de dispersão e são menos afetadas pela supressão florestal.
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O bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a rolinha-roxa (Columbina talpacoti), a pomba-galega
(Patagioenas cayennensis) e o neinei (Megarhynchus pitanguá) são algumas das espécies
favorecidas pela fragmentação florestal, uma vez que estes indivíduos são mais adaptados a locais
abertos e com menos vegetação, possuindo uma grande abundância local nestes ambientes.
Outras espécies que aumentam sua abundância nas áreas desmatadas ou com menos adensamento
de vegetação são aquelas associadas a ambientes degradados, abertos e cultivados como o anu-
preto (Crotophaga ani), o anu-branco (Guira guira) (Figura 26) e o quero-quero (Vanelus
chilensis).
Figura 26. Anu-branco (Guira guira) registrado na APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
1.3.2.2. Herpetofauna
A herpetofauna, representada pelos anfíbios e répteis, apresenta ampla distribuição geográfica,
com mais de 7.780 espécies de anfíbios (Frost, 2018) e cerca de 10.600 espécies de répteis (Uetz
& Hošek, 2017), destas, o Brasil compreende 1.080 anfíbios e 773 répteis (Segalla et al., 2016;
Costa & Bérnils, 2015), sendo que uma parte significante dessa diversidade está representada em
regiões sob a influência do Cerrado. Anteriormente, a visão predominante da literatura
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caracterizava a herpetofauna do Cerrado como pouco rica e pobre em endemismos, entretanto,
novas interpretações têm questionado essas ideias. Atualmente, com o aumento do conhecimento
científico e taxonômico acerca da herpetofauna do Cerrado e com a utilização de novas
ferramentas para análise biogeográfica, trabalhos recentes indicam a ocorrência de 209 espécies
de anfíbios (108 endêmicos), 109 lagartos (52 endêmicos) e 158 serpentes (51 endêmicas), 10
quelônios e cinco crocodilianos (Colli et al., 2002; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012),
sendo recentemente adicionados à esta listagem mais oito espécies de répteis squamatas e 11
anuros endêmicos (Azevedo et al., 2016).
Apesar da alta diversidade, na região centro-oeste inventários sobre a herpetofauna são escassos
(e.g. Strüssmann et al., 2000; Bastos et al., 2003; Uetanabaro et al., 2007; Costa et al., 2007;
Valdujo et al., 2009; Silva Júnior et al., 2009; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012), o que
implica na falta de conhecimentos biológicos para a maioria das espécies e, na frequente descrição
de novas espécies, várias endêmicas para essa região (e.g. Pombal & Bastos, 1996; Colli et al.,
2003; Caramaschi & Niemeyer, 2003), somente no ano passado foram elaboradas pela primeira
vez a listagem de anfíbios e répteis de Mato Grosso do Sul, que levantou 97 espécies de anfíbios
e 188 espécies de répteis (Ferreira et al., 2017; Souza et al., 2017).
Apesar do aumento no número de estudos sobre este grupo da fauna no Bioma e no Estado, os
padrões de distribuição e composição de anfíbios e répteis ainda permanecem praticamente
desconhecidos, sendo que a produção de listas de espécies de uma determinada localidade é crucial
tanto para indicar lacunas de conhecimento em áreas a serem inventariadas, como para subsidiar
planos de manejo e estudos que possam indicar áreas prioritárias à conservação das espécies.
Caracterização da Herpetofauna regional
Para a área de estudo ainda existem poucos trabalhos científicos publicados, o inventário mais
completo realizado para a região foi o publicado por Pagotto & Souza, em 2006, denominado
Inventário da biodiversidade do complexo Aporé-Sucuriú, com 78 espécies levantadas para a sub-
bacia do rio Sucuriú (Uetanabaro et al., 2006), sendo confirmadas em campo, em expedições
realizadas entre 2011 e 2017, 20 espécies da herpetofauna no PNM Salto do Sucuriú e 17 na PNM
da Laje (Anexo 3), somando aproximadamente 80 espécies de anfíbios e répteis para as UCs do
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município de Costa Rica - MS, das quais algumas ainda aguardam identificação, sendo este
número uma estimativa.
Espécies ameaçadas e endêmicas
Não foram levantadas, tanto em campo quanto em dados secundários, espécies ameaçadas de
extinção, na APA das Nascentes do Rio Sucuriú (MMA, 2014; IUCN, 2017), entretanto seis
espécies estão inseridas no apêndice II da CITES - Convention on International Trade in
Endangered Species of Wild Fauna and Flora (2017), convenção internacional que visa proteger
espécies silvestres comercializadas. O apêndice II inclui as espécies que no momento não estão
ameaçadas, mas que podem vir a ficar se seu comércio não for controlado, como os lagartos iguana
Iguana iguana e teiú (Salvator merianae e Tupinambis teguixin), a sucuri Eunectes murinus, o
jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e o cágado-de-barbicha Mesoclemmys vanderhaegei.
A proporção de espécies endêmicas é relativamente alta comparada a outras regiões do Cerrado, e
a outros grupos da fauna, como aves e mamíferos, com aproximadamente 23% das espécies
registradas e de provável ocorrência para a área, endêmicas do Bioma, sendo a complexidade
estrutural do Cerrado e o mosaico de ambientes abertos e florestados, fatores que explicam a alta
diversidade e endemismo no Cerrado.
Espécies de interesse para conservação
De maneira geral a maioria das espécies registradas para a UC é comum de áreas abertas, entretanto
destacam-se algumas restritas a habitats específicos, que são fortemente afetadas pela supressão
vegetal e fragmentação de habitat, como a perereca Hypsiboas lundii, restrita a matas ciliares e de
galeria de riachos (Figura 27), e as rãzinhas do gênero Pristimantis, anfíbio de desenvolvimento
direto que habita solos de florestas (Figura 28). Outras espécies associadas a ambientes florestados
(Figura 29) são os répteis Salvator marianae e Bothrops moojeni, que apesar de serem capazes de
ocupar também ambientes abertos, preferem fragmentos florestais ou suas bordas.
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Figura 27. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a
matas ciliares e de galeria, registrado na APA das Nascentes do Rio
Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 28. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado na APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
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Figura 29. Mata de galeria de riacho, exemplo de ambiente que abriga
espécies da herpetofauna exclusivas de áreas florestadas presente na
APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
A preservação de formações abertas ou savânicas, como campos limpos, campos sujos e o Cerrado
típico, também se mostram importantes para a conservação da herpetofauna local, tendo em vista
o grande número de espécies associadas a estas formações, como os lagartinhos do gênero
Ameivula e o papa-vento Norops meridioalis (Figura 30), espécies campestres.
Figura 30. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que
habita áreas abertas, registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,
Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
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Igualmente importante para a manutenção das populações locais da herpetofauna, é a preservação
de ambientes higrófilos, pois a maioria das espécies de anfíbios do Cerrado dependem de água
para a reprodução e ocorrem em maior densidade em áreas úmidas ou com solo encharcado, com
destaque para as “veredas” (Figura 31) e “covais” (Figura 32), sendo que este último ambiente
pode abrigar espécies de distribuição restrita, como as rãs Leptodactylus furnarius e Leptodactylus
cf. jolyi.
Figura 31. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das
Nascentes do Rio Sucuriú em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 32. Coval, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
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Propostas de pesquisa
A região apresenta grande potencial para diversidade de espécies da herpetofauna, principalmente
com relação aos répteis squamata (lagartos e serpentes), pois ao contrário do que é observado para
comunidades de aves e mamíferos, a maior parcela da riqueza desses animais está concentrada na
diagonal de áreas abertas da América do Sul (caatinga-cerrado-chaco) (Strüssmann, 2000; Costa
et al., 2007; Silva Júnior et al., 2009). Estudos recentes apontam que o Cerrado possui maiores
níveis de riqueza do que se pensava (Costa et al., 2007; Vaz-Silva et al., 2007; Valdujo et al.,
2009), e nos últimos anos os níveis de endemismo para o Bioma vêm aumentando à medida que
novas espécies estão sendo descritas. Estudos em longo prazo ainda são necessários para se avaliar
adequadamente a composição da herpetofauna do Cerrado, e a conservação das várias
fitofisionomias que compõem o Bioma, como Cerrado sentido restrito, Campo sujo, Campos
naturais e Veredas, são importantes para a conservação das espécies desse grupo.
Em todo o Estado existem lacunas de conhecimento para anfíbios e répteis, até mesmo regiões
com elevada importância biológica, como o complexo Aporé-Sucuriú, são considerados
insuficientemente amostrados (Strüssmann et al., 2000; Uetanabaro et al., 2006), sendo que das
UCs de proteção integral e de uso sustentável de MS, somente o Parque Nacional da Serra da
Bodoquena (Cerrado), RPPN Estância Caiman e Parque do Rio Negro (ambos no Pantanal) estão
em áreas consideradas melhor amostradas (Ferreira, et al., 2017; Souza et al., 2017), portanto neste
contexto, tanto a realização de inventários rápidos quanto estudos ecológicos em longo prazo, são
necessários para a complementação de informações básicas e ecologia de espécies e/ou
populações, e para o diagnóstico e manejo adequado.
Educação ambiental
A maior parte das espécies da herpetofauna é críptica e possuem hábitos secretivos, ou seja, são
difíceis de serem detectadas em campo, e passam desapercebidas pela maioria das pessoas.
Entretanto espécies de maior porte devem receber atenção, tanto por possuírem densidade
populacional naturalmente mais baixas quanto por sofrerem maior pressão antrópica, como é o
caso do jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e da serpente sucuri Eunectes murinus.
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1.3.2.3. Mastofauna
O Brasil é um país de extensa área territorial, no qual abriga a mais elevada diversidade biológica
conhecida (Mittermeier et al., 1997). Apresentando seis grandes biomas, a sua localização
geográfica aliada ao maior sistema fluvial do mundo (Brandon et al., 2005) são fatores que
favorecem a presença deste complexo de fitofisionomias existentes.
Dentre os biomas presentes no Brasil, o cerrado é a segunda maior formação vegetal presente,
ocupando cerca de 21% do território nacional (Klink & Machado, 2005). A fragmentação do
cerrado é um dos fatores que mais ameaçam a flora e fauna presentes neste bioma.
A fauna do cerrado conta com 251 espécies de mamíferos catalogadas, sendo que 32 são exclusivas
do bioma. Estudos recentes constatam que a Mastofauna do cerrado representa 35% dos mamíferos
registradas para o Brasil (Paglia et al., 2012.). A mastofauna de médio e grande porte é amplamente
distribuída pelo cerrado (Marinho-Filho et al., 2002), porem apesar da sua alta riqueza, muitas das
espécies encontram-se ameaçadas devido ao processo de degradação e supressão de habitats que
vem ocorrendo ao longo dos anos. Calcula-se que em média 20% das espécies endêmicas e
ameaçadas permanecem fora das reservas e unidades de conservação (Machado et. al., 2004).
No Mato Grosso do Sul são conhecidas 151 espécies de mamíferos, sendo 90 terrestres não-
voadores e 61 espécies voadoras, distribuídas em 10 ordens e 29 famílias (Cáceres et al., 2008).
No estado, atividades como agricultura e pecuária causam a diminuição da cobertura natural
existente e a fragmentação dos habitats, podendo implicar no isolamento, na alteração da
densidade populacional e da estrutura das comunidades de animais presentes (Cademartori et al.,
2008). A criação e manutenção de parques e reservas são fatores que podem mitigar a perda de
biodiversidade que vem ocorrência ao longo dos anos devida a ação antrópica no cerrado.
Foram registradas 36 espécies distribuídas em 9 ordens e 18 famílias conforme a tabela (Anexo
4). Os dados obtidos neste estudo uso do hábitat e ocorrência das espécies segue o padrão
encontrado em estudos para a região, com a maioria das espécies registradas sendo de ampla
distribuição geográfica, sem apresentar maiores especificidades, porém foram espécies que
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necessitam de ambientes mais restritos, como é o caso dos primatas que vivem em lugares mais
florestados (Figura 33), e da lontra e ariranha, que necessitam estar próximas a cursos d’água para
alimentação.
Figura 33. Macaco-prego Sapajus cay, primata registrado na APA das
Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Dentre as espécies listadas, a ordem carnívora está entre as que possuem mais representantes
registrados na UC e entorno. Os carnívoros representam um importante componentes dos
ecossistemas, tendo o papel fundamental de controlar as populações de suas presas, como também
participam dos processos de dispersão de sementes, sendo espécies chaves por manter e restaurar
a diversidade e a resiliência dos ecossistemas (Terborgh & Estes, 1999).
Os felinos como predadores de topo são animais que demandam um amplo território para sua
sobrevivência, espécies como a onça-pintada possuem uma extensa área de vida, podendo chegar
até 50km². O grande porte e a alta demanda de recursos ambientais desses animais acabam por
demandar fragmentos maiores e mais conectados para a sua sobrevivência, para que não ocorra o
isolamento e consequentemente a diminuição de suas populações (Bordignon et al., 2006).
Além de fatores como a perda de habitat e recursos naturais, o contato com área antropizadas é
outro fator que ameaça as populações dos felinos. Muitas vezes devido a fragmentação dos habitas,
esses animais acabam por transitar em áreas urbanas e áreas rurais em busca de alimentos ou para
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cruzar até outro fragmento, acabam por sofrer uma pressão de caça por parte dos donos de criações
por acharem os animais uma ameaça trazendo prejuízo as suas produções, além do contato com
animais domésticos que podem transmitir doenças, resultando na morte dos indivíduos (Chiarello
et al., 2008).
Outras espécies são diretamente ameaçadas pela caça quando em contato com áreas urbanas e
rurais, como é o caso da anta, os lobos e os Artiodactyla (catetos, queixada e veados), esses últimos
também afetados pela transmissão de zoonoses em contato com animas domésticos.
Espécies Endêmicas, Raras e Ameaçadas de Extinção
Dentre as espécies registradas no estudo, alguns mamíferos encontram-se sob risco de extinção,
porém no cerrado determinadas espécies são encontradas em alta densidade, como é caso do
tamanduá-bandeira (M. tridactyla), a anta e o lobo-guará (Costa et al., 2005).
Foram registradas 14 espécies ameaçadas de extinção em âmbito nacional (MMA), e 10 espécies em
categoria de ameaça pela Red list IUCN 2017. As espécies endêmicas registradas no estudo foram a
raposinha e o macaco-prego Sapajus cay. Não foram registradas espécies exóticas (Anexo 5).
Myrmecophaga trydactyla (tamanduá-bandeira)
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trydactyla) (Figura 34) é uma espécie encontrada de Belize,
Guatemala ao sul do chaco paraguaio e nordeste da Argentina (Eisenberg & Redford, 1999). Ocupa
ampla variedade de habitat, de floresta tropical e áreas secas como o Cerrado. Podem ser
encontrados com maior frequência em áreas abertas. É uma espécie de hábito solitário, com
exceção da fêmea com filhote, após uma gestação de 190 dias, a fêmea gera um único filhote, que
fica em seu dorso por volta de um mês (Hannibal et al., 2015). Sua dieta é composta principalmente
de cupins e formigas (Nowak, 1991), também consome besouros e outros invertebrados. A espécie
é considerada vulnerável de extinção tanto pela lista do MMA quanto pela IUCN em âmbito
internacional. Por apresentar olhos e ouvidos pouco desenvolvidos é uma das vítimas mais comuns
de atropelamentos por veículos automotivos em estradas e rodovias, sofrem pela ação dos
incêndios florestais e pela perda de habitat.
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Figura 34. Tamanduá-bandeira Myrmecophaga trydactyla registrado
na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS.
Chrysocyon brachyurus (lobo-guará)
No Brasil é encontrado apenas nos domínios mais secos como Cerrado, Pantanal e Campo Sulinos.
A distribuição tem se estendido, provavelmente como resultado das transformações de áreas de
Mata Atlântica em pastagens e culturas (Cheida et al., 2006). É um animal de grande porte, pesa
entre 20 a 30 kg, formam casais monogâmicos que vivem na mesma área, se comunicam através
de marcas de cheiro e um uivo característico (Hannibal et al., 2015). Após uma gestação de em
média 60 dias, a fêmea concebe de dois a cinco filhotes, sua época reprodutiva costuma ser de
abril a julho. O lobo-guará pode ser considerado um onívoro, utilizando na sua dieta
principalmente frutos, pequenos vertebrados, répteis e insetos (Pagotto & Souza 2006). Está
ameaçado no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2014), em
âmbito internacional encontra-se quase ameaçado (IUCN, 2017). As principais ameaças são os
atropelamentos, perda de habitat e caça (Cheida et al., 2006).
Lycalopex vetulus (raposa-do-campo)
Dentre os mamíferos da Ordem Carnívora, a raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) tem menor
porte e é o único canídeo endêmico do Cerrado, sendo considerada vulnerável pela lista brasileira
de espécies ameaçadas. A espécie desempenha importante papel como dispersor de sementes e
controlador de térmitas e de pequenos roedores (Dalponte 1995). As maiores ameaças à
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conservação da raposa-do-campo estão relacionadas à destruição de seu hábitat e outros efeitos
antrópicos negativos diretos e indiretos (Lemos et al., 2011). As principais causas da queda
populacional da espécie são atropelamentos (Lemos et al., 2011), predação por cães domésticos
(Lemos, Azevedo 2009), doenças transmitidas por animais domésticos (Megid et al., 2010),
retaliação à suposta predação de animais domésticos (Dalponte 2003).
Tapirus terrestres (anta)
A anta (Figura 35) é o maior mamífero terrestre neotropical e ocorre da Venezuela ao sul do
Paraguai (Eisenberg & Redford, 1999). Pode ser encontrada em florestas tropicais assim como em
áreas secas no Paraguai e Chaco argentino, porém tem o hábitat fortemente ligado a água. A dieta
varia de acordo com a disponibilidade de alimentos na região, sendo primariamente uma espécie
herbívora, consome folhas e brotos de plantas próximas a água, frutos estão inclusos em sua dieta.
A anta está ligada a importante papel na comunidade vegetal e estrutura dos ecossistemas. Possui
hábito diurno ou noturno, dependendo da ocupação humana na área (Voss & Emmons, 1996). A
anta está classificada como vulnerável de extinção segundo as listas da fauna ameaçada do
Ministério do Meio Ambiente e da União Internacional para a Conservação da Natureza.
Entretanto algumas regiões do Amazônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam grandes
populações desta espécie.
Figura 35. Vestígio de anta Tapirus terrestris registrado na APA das
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Sapajus cay (macaco-prego)
O macaco-prego tem sua distribuição restrita ao Cerrado e Pantanal. Vivem em grupos de 8 a 16
indivíduos, pesam em média três kg. Ocupam fitofisionomias com predominância de dossel e
cobertura arbórea, sendo encontrados preferencialmente no Cerradão e em matas ciliares, porém
podem deslocar-se longas distâncias pelo solo por áreas abertas. Sua dieta é onívora, composta por
frutos, sementes, flores, gomas, ovos, insetos, entre outros (Bicca-Marques et al., 2006). A
maturidade sexual da espécie se inicia aos quatro anos nas fêmeas e aos sete anos nos machos,
podem se reproduzir até os 25 anos. Com o passar da idade o volume e a coloração do pelo
modificam-se, principalmente nos machos dominantes. Apesar da sua rápida reprodução e
tolerância a diferentes tipos de ambientes, como a espécie necessita de áreas florestadas para
sobreviver, a fragmentação ambiental é um dos fatores que ameaçam a manutenção de suas
populações. O Sapajus cay encontra-se listado como vulnerável pela Lista Vermelha da Fauna
Amaçada do Ministério do Meio Ambiente.
Puma concolor (onça-parda)
A onça-parda é o segundo maior felídeo do Brasil e o de maior distribuição nas Américas,
ocorrendo do oeste do Canadá ao extremo sul da América do Sul. No Brasil ocorre em todos os
domínios (Emmons & Feer, 1999). Sua dieta é composta por mamíferos de médio porte, como
veados, porcos-do-mato, quatis e capivaras. Entretanto, animais menores também podem ser
consumidos (Cheida et al., 2006). A caça e alteração de habitats, com consequente redução da
disponibilidade de presas são as principais ameaças à onça-parda (Emmons & Feer, 1999). A
espécie é considerada como criticamente em perigo de extinção em Minas Gerais e Espírito Santo,
em perigo no Rio Grande do Sul, e vulnerável no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e na Lista da
Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
Sugestões de manejo, conservação e educação ambiental
O conhecimento sobre a riqueza, distribuição e a abundância dos organismos que ocorrem em um
determinado local é indispensável para se desenvolver projetos de manejo e conservação (Santos,
2003). Avaliações Ecológicas Rápidas não caracterizam de forma definitiva a distribuição dos
espécimes e os processos ecológicos (Sayre et al., 2000), sendo necessários estudos de longo prazo
para a obtenção de informações acerca dos grupos a serem protegido.
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Atenção especial deve ser direcionada as espécies inseridas em categorias de ameaça de acordo
com as listas atuais e espécies cinegéticas. Neste caso é interessante a realização de atividades de
educação ambiental, fator chave na conservação da biodiversidade, que podem ser desenvolvidas
em parceria com instituições de ensino, divulgando as espécies que ocorrem na região e a
importância delas para o ambiente, principalmente com relação as espécies mais visadas como
caça.
Com relação a conservação de mamíferos no Cerrado, a perda de hábitat e a fragmentação são as
principais ameaças. Portanto, a existência de fragmentos de vegetação original, assim como as
conexões entre esses fragmentos e entre diferentes fitofisionomias são de extrema importância
para a manutenção de populações naturais.
Proposições de manejo:
Realizar estudos de inventário das espécies de pequenos mamíferos e com maior
esforço amostral para mamíferos de médio e grande portes;
Realizar monitoramento das espécies ameaçadas;
Elaborar programa de Educação e Interpretação ambiental atingindo a comunidade
local e visitante, de modo a enfocar a importância da conservação das espécies de mamíferos;
Propor atividades de ecoturismo e educação ambiental com base sustentada em
pesquisas;
Definir e implementar medidas mitigatórias aos atropelamentos de fauna nos limites e
internamente ao PANMSS, tais como, instalação de placas, maior sinalização, indicação para
diminuição de velocidade, entre outras;
Estudar os impactos ambientais sobre a comunidade de mamíferos decorrentes da
visitação pública;
Evitar a permanência de espécies de mamíferos exóticas e domésticas no PANMSS,
tais como gato, cachorro e gado bovino;
Utilizar as espécies de mamíferos como elementos de contemplação para o ecoturismo,
estimulando o visitante a conhecer o modo de vida natural das espécies silvestres;
Recuperar matas ciliares as quais proporcionam hábitats e/corredores para várias
espécies de mamíferos;
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Criação de novas UCs no entorno proporcionando maior extensão em área conservada
que permitam a manutenção de populações mastofaunísticas;
Fiscalização efetiva que garanta a proteção da UC buscando coibir principalmente a
atividade de caça sobre as populações de mamíferos que habitam a UC;
Elaborar um guia de campo ilustrado sobre as espécies de mamíferos presentes na UC,
para conhecimento da comunidade local e para potencializá-las enquanto elementos de
contemplação para o ecoturismo.
1.3.2.4. Mastofauna voadora
Os morcegos são os únicos mamíferos que realizam voos verdadeiros, permitindo-os colonizar
uma ampla variedade de habitats (cavernas, ocos e folhas de árvores, construções humanas entre
outros) e desenvolver variados hábitos alimentares (Kunz, 1988). São bastante diversos e
abundantes nos trópicos (Fenton, 1992) e ocupam todos os níveis tróficos, desde os primários
(consumo de frutos, pólen e néctar), até os consumidores terciários (predadores de insetos,
lagartos, rãs, ratos, peixes, crustáceos e até outros morcegos) (Gonçalves et al., 2007).
Representam aproximadamente um terço da fauna de mamíferos brasileiros em número de
espécies, e desempenham importantes papéis em comunidades tropicais no Brasil. Os morcegos
atuam como polinizadores de mais de 750 espécies de angiospermas (Fleming, 1988), dispersão
de sementes de diversas plantas (Marinho-Filho, 1991) e controlam as populações de animais
vertebrados e invertebrados (Bordignon, 2006).
Os morcegos são representantes da ordem Chiroptera, que é dividida em duas subordens:
Megachiroptera e Microchiroptera. Os Megachiroptera são restritos ao Velho Mundo (África,
Ásia, Europa, Oceania) e possuem somente uma família (Pteropodidae) com 42 gêneros e 185
espécies. Por outro lado, a ordem dos Microchiropteras apresenta espécies distribuídas por todo
globo, as quais são divididas em 17 famílias, 157 gêneros e 928 espécies (Simmons, 2005). No
Brasil são conhecidas nove famílias, 64 gêneros e 167 espécies e no Mato Grosso do Sul foram
catalogadas 63 espécies em 35 gêneros e cinco famílias (Phyllostomidae, Molossidae,
Vespertilionidae, Noctilionidae e Emballonuridae). Dentre estas espécies, cerca de 100 são
encontradas no Cerrado, mas apenas uma (Loncophylla dekeyseri) é endêmica, ou seja, só ocorre
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neste domínio (Reis et al., 2007). Para a área da APA foram registradas 14 espécies (Anexo 6) em
estudos realizados por Pagoto et al. (2006).
A predominância dos filostomídeos nos estudos era esperada e se deve ao fato desta ser a família
mais rica nos neotrópicos (Fenton et al., 1992), além de voarem mais baixo, muitas vezes próximo
ao chão, facilitando sua captura com redes de neblina.
Os gêneros Platyrrhinus, Carollia (Figura 36), Sturnira e Artibeus são espécies frugívoras e
importantes dispersoras de sementes, e as espécies de Anoura e Glossophaga são nectarívoras e
importantes polinizadoras. Estas espécies são fundamentais para o meio ambiente em que habitam,
pois auxiliam de maneira eficaz na manutenção e regeneração da flora regional.
Figura 36. Indivíduo do morcego Carollia perspicillata registrada no
entorno da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato
Grosso do Sul.
As espécies de Artibeus (Figura 37) geralmente se adaptam bem a alterações antrópicas, pois
podem se alimentar de uma gama muito grande de frutos e folhas, sendo, por esse motivo, as mais
comuns em ambientes urbanos, em parques, pomares e quintais.
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Figura 37. Indivíduo do morcego Artibeus lituratus registrado no
entorno da APA das Nascentes do PA das Nascentes do Rio Sucuriú,
Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Entre os insetívoros capturados, merece destaque Cynomops planirostris, Molossus rufus e
Eumops bonariensis, pouco frequentes em amostragens de morcegos, além de Myotis nigricans,
são espécies que auxiliam no controle de insetos vetores de algumas doenças tropicas. Apesar da
sua alta importância, os morcegos são constantemente ameaçados pelo uso de inseticidas,
desmatamento, falta de conhecimento, lendas e superstições. Tais ocorrências colaboram para o
declínio da população de morcegos em geral.
De acordo com a lista nacional de animais ameaçados de extinção (Machado, 2008) e a lista
internacional da IUCN (2011), nenhuma espécie da quiropterofauna registrada para a APA
encontra-se ameaçada de extinção. Também não foi registrada nenhuma espécie endêmica do
Cerrado nos limites da UC, mas mesmo assim, estas espécies, pela sua mobilidade e capacidade
de deslocamento por longas distâncias, podem vir a aparecer na região, onde sua ausência pode
ser explicada em partes pela resposta às variações sazonais na disponibilidade de condições e
recursos e também influenciados pela fragmentação existente na área, sendo sempre necessário
atenção a estes indivíduos.
Justamente por possuir esta grande mobilidade, os morcegos em sua maioria tornam-se
dependentes dos corredores ecológicos formados pela APP que margeia a área da UC. Por este
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“caminho” inserido pela mata ciliar, os indivíduos da quiropterofauna realizam a maioria dos seus
deslocamentos, sendo oportuno ressaltar que ações que visem a permanecia destas matas ripárias
na região são imprescindíveis.
1.3.2.5. Ictiofauna
A ictiofauna da sub-bacia do rio Sucuriú, integrante da drenagem do Alto Rio Paraná é
relativamente bem estudada. Dentre as grandes bacias hidrográficas brasileiras, a bacia do Alto
Rio Paraná é a que mais recebeu estudos sobre peixes (Langeani et al., 2007), com registros de
novas espécies de peixes ocorrendo mais frequentemente em riachos de cabeceiras (Castro, 1999)
e com elevado grau de endemismo (ocorrências restritas de espécies, Castro, 1999; Langeani et
al., 2007). Na sub-bacia do rio Sucuriú foram desenvolvidas várias instâncias de pesquisas
acadêmica (e. g. Froehlich et al., 2006) e aplicada à identificação e monitoramento de impactos
ambientais (e. g. Taveira/Arater, 2017).
O planejamento da Área de Proteção Ambiental (APA) das Nascentes do Rio Sucuriú se enquadra
em ambos os contextos de endemismo e de possibilidade de ocorrência de novas espécies de peixes
na bacia do Alto Rio Paraná. Para o desenvolvimento do Plano de Manejo da ictiofauna da APA
das Nascentes do Rio Sucuriú, torna-se necessário conhecer a ictiofauna da bacia e estabelecer
diretrizes de uso e manejo dos recursos hídricos.
Este trabalho tem como objetivos apresentar os dados disponíveis sobre a ictiofauna da área e
discutir características ambientais da APA, as quais podem ser consideradas para planejar usos e
manejo regionais.
Área de Estudos
A APA das Nascentes do Rio Sucuriú inclui grande parte da drenagem do Alto Rio Sucuriú no
município de Costa Rica. Estão inclusas as nascentes dos principais afluentes do Alto Rio Sucuriú,
bem como algumas nascentes do rio da Prata (sub-bacia do rio Aporé) contínuas às cabeceiras do
próprio rio Sucuriú (Figura 38).
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O rio Sucuriú nasce próximo à divisa entre Goiás e Mato Grosso do Sul (Figura 38) e drena parte
de nove municípios de MS antes de desaguar no alto rio Paraná (IBGE, 2015). Atravessa o
Município de Costa Rica com significativo gradiente altitudinal (entre cerca de 840 a 540 metros
de altitude), que reflete em grande número de cachoeiras e corredeiras. A mais importante
cachoeira forma uma barreira natural à dispersão da ictiofauna, o salto Sucuriú (Figura 39), logo
a jusante do perímetro urbano de Costa Rica.
Figura 38. Localização dos pontos de registros de ictiofauna na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,
Costa Rica, MS.
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Figura 39. Salto do Sucuriú, a jusante do perímetro urbano de Costa
Rica, MS.
Apesar da declividade geral do leito, há lagoas marginais, matas paludosas e varjões (Figura 40)
em grande parte dos trechos do rio Sucuriú na área da APA.
As nascentes do próprio Sucuriú estão inseridas em ambientes de campos úmidos e veredas,
ambientes que frequentemente acompanham o primeiro trecho desse rio (Figura 41). Esse trecho
de maior altitude topográfica, definido pela cachoeira da Rapadura, apresenta drenagem com
intensivo uso agrícola do solo.
A partir da cachoeira da Rapadura, o rio Sucuriú corre inicialmente confinado em um pequeno
canyon, com leito em grande declividade (Figura 42), até a foz do ribeirão Baús, importante
tributário (IBGE, 2015), próximo à rodovia MS-306 e à localidade de Baús. Pastagens para
pecuária predominam quanto ao uso do solo nesse trecho da bacia.
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Figura 40. Várzeas do rio Sucuriú, a montante da “Ponte de Pedra” no
Município de Costa Rica, MS.
Figura 41. Vereda às margens do trecho inicial do rio Sucuriú, a
montante da cachoeira da Rapadura, no Município de Costa Rica, MS.
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Figura 42. Aspecto do rio Sucuriú entre a cachoeira da Rapadura e a
localidade de Baús, em Costa Rica, MS.
Entre a região de Baús e o perímetro urbano de Costa Rica, o rio Sucuriú apresenta trajeto sinuoso,
com meandros abandonados formando lagoas marginais com baixa conectividade, pois o rio
geralmente corre contido por barrancos elevados (Figura 43). Nesse trecho recebe os ribeirões da
Laje e São Luís.
Figura 43. Lagoa marginal e barranco do rio Sucuriú, próximo à
cidade de Costa Rica, MS.
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No perímetro urbano de Costa Rica, o leito original do rio Sucuriú apresenta pequenas quedas de
água e corredeiras, parte das quais foi aproveitada pela PCH Costa Rica, instalada pouco acima do
Salto Sucuriú.
Após o Salto Sucuriú, esse rio corre inicialmente por vale profundo, com várias corredeiras e
recebe os contribuintes ribeirão de Baixo, rio Formiga e Imbiruçú. Entre a foz do Imbiruçú e a foz
do ribeirão Cascavel, outro importante afluente, o rio Sucuriú passa a correr novamente sobre leito
sinuoso, com matas paludosas (pindaíbas) e lagoas formadas por meandros abandonados.
Na região da localidade Cabeceira do Curralinho, há um novo trecho com maior declividade,
cachoeiras e corredeiras, mesmo assim acompanhadas de várzeas e pindaíbas. A partir da “ponte
do Curralinho” (Figura 44) e do córrego Lageado (Figura 45), o rio passa a formar uma extensa
área de pindaíbas, brejões e lagoas marginais, divididas parte no Município de Paraíso das Águas
(margem direita), parte no Município de Costa Rica (margem esquerda; Figura 45).
Essa grande área de várzeas, que acompanha o rio por cerca de 20 quilômetros só é interrompida
pelas corredeiras da “Ponte de Pedra” (Figura 46), já no final do território de Costa Rica e da APA
das Nascentes do rio Sucuriú.
Figura 44. Aspecto do rio Sucuriú na “Ponte do Curralinho”, em
estrada vicinal entre a MS-324 e a MS-316, no Município de Costa
Rica.
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Figura 45. Córrego Lageado, na MS-324, divisa entre os Municípios
de Costa Rica e Paraíso das Águas, no limite sul da APA das Nascentes
do Rio Sucuriú.
Figura 46. Aspecto de um dos canais do rio Sucuriú na “Ponte do
Pedra”, em estrada vicinal entre a MS-324 e a MS-316, divisa entre os
Municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas, no limite sul da APA
das Nascentes do Rio Sucuriú.
Metodologia de revisão
Foram compilados dados do capítulo de livro de Froehlich et al. (2006), registros de ocorrências
publicados em artigo de Benedito-Cecílio et al. (2004) e de estudos ambientais locais realizados
por Rosa/Bioláqua (2013) e Taveira/Arater (2017), selecionando em cada fonte apenas os dados
sobre ocorrências de peixes na sub-bacia do rio Sucuriú na área da APA das Nascentes do Rio
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Sucuriú, no Município de Costa Rica. No estudo de Froehlich et al. (2006) há dados apresentados
para a área “3”, que se referem a riachos e trechos do rio Sucuriú nas cercanias da “Ponte de
Pedra”. Alguns dos pontos de coleta dessa área “3” de Froehlich et al. (2006) estão localizados em
ambientes e afluentes da margem direita do rio Sucuriú, no município de Paraíso das Águas.
Contudo, como o autor apresentou os dados de cada área reunindo o resultado dos esforços de
coleta de todos os pontos, e como esses ambientes são contíguos com a área da APA, consideramos
cabível acrescentar esses dados aos resultados e discussões.
Os dados reunidos foram agrupados em função da sua posição na bacia hidrográfica, considerando
ocorrências de barreiras naturais capazes de isolar ictiocenoses, para verificar similaridades ou
diferenças na composição. Desse modo, independente da fonte dos registros, separamos em tabelas
e análises as seguintes ictiocenoses: (1) peixes registrados no rio Sucuriú e em afluentes a montante
da cachoeira da Rapadura; (2) peixes registrados no rio Sucuriú e em afluentes que deságuam entre
a cachoeira da Rapadura e o salto Sucuriú; (3) peixes registrados no rio Sucuriú e afluentes que
deságuam a jusante do salto Sucuriú.
Exceção foi a área “9” de Froehlich et al. (2006), que é um conjunto de trechos do rio Sucuriú e
de afluentes amostrados nas cercanias da cidade de Costa Rica, tanto a montante como a jusante
da barreira do salto Sucuriú. Os dados dessa área “9”, apresentados em conjunto não permitem
distinção para enquadramento nas ictiocenoses de jusante ou montante do salto Sucuriú. Assim,
tais dados são apresentados e discutidos quanto à diversidade da área da APA, porém não
utilizados nas comparações entre as ictiocenoses.
Para a análise da similaridade das ictiocenoses das três porções da sub-bacia foram calculadas
similaridades de Jaccard (SJ) pela seguinte fórmula:
𝑆𝐽 =𝑎
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐)
Onde: a é o número de espécies encontrado em ambos os locais, A e B, b
é o número de espécies no local B, mas não em A, c é o número de
espécies no local A, mas não em B (Magurran, 1988).
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A matriz de índices de similaridade, bem como um gráfico de agrupamento das ictiocenoses, foram
obtidos com auxílio do programa computacional Biodiversity Pro, (Mcaleece, 1997), e
representam uma forma de representar a Diversidade β na sub-bacia na APA.
A nomenclatura de algumas espécies foi atualizada conforme Graça & Pavanelli (2007), com o
intuito de reduzir sinônimos, que representariam duplicidade de registros dos táxons. Graça &
Pavanelli (2007) e Júlio Júnior et al. (2009) também apresentam informações sobre quais espécies
foram introduzidas na bacia do Alto Rio Paraná. Foram consideradas espécies migradoras de
longas distâncias (reofílicas) aquelas citadas por de Agostinho et al. (2003) e Graça & Pavanelli
(2007). Para apresentar o status de conservação das espécies foram considerados os critérios do
MMA (2014) e as informações de Abilhoa & Duboc (2004).
Há registros de pelo menos 54 espécies de peixes na sub-bacia do rio Sucuriú na área da APA,
considerando os registros de estudos acadêmicos e aplicados (Anexo 7). É provável que ocorram
ainda mais espécies na área, considerando os registros recentes em estudos e a dificuldade em
amostrar em áreas de corredeiras e varjões, ambientes comuns na sub-bacia. Na bacia do Alto Rio
Sucuriú, incluindo outros municípios, há registros de várias outras espécies (e. g. FIBRAcon,
2018b, com 94 espécies na drenagem do rio Sucuriú, em Paraíso das Águas, MS), algumas das
quais podem ocorrer a montante das corredeiras da “Ponte de Pedra”, portanto nesta APA.
Dentre os registros compilados de espécies, predominaram Characiformes (conhecidos como
“peixes de escamas”, Figura 47, Figura 48 e Figura 49), a seguir Siluriformes (bagres e cascudos),
Perciformes (carás, joaninhas e tilápia) e outras ordens menores, coincidindo com o padrão
esperado para ictiofauna Neotropical (Lowe-Mcconnel, 1999).
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Figura 47. Exemplar de Astyanax altiparanae (lambari) registrado e
libertado no rio Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS.
Figura 48. Exemplar de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho)
registrado e libertado no rio Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em
Costa Rica, MS.
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Figura 49. Exemplar de Salminus hilarii (tabarana), registrado e
libertado no rio Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS.
A maioria das espécies registradas é nativa, mas Tilapia rendalli é exótica, introduzida a partir da
África (Graça & Pavanelli, 2007). Pelos critérios de Abilhoa & Duboc (2004) apenas tabarana
(Salminus hilarii; Figura 49) é considerada ameaçada, devido aos baixos estoques no rio Paraná.
Também apenas S. hilarii é reofílica, espécie que faz longas migrações reprodutivas, segundo os
critérios de Agostinho et al. (2003). Pelos critérios dos mesmos autores, Leporinus octofasciatus
(piau-vermelho) e Leporinus friderici (piau-três-pintas) também fazem migrações, porém de curtas
distâncias.
As espécies citadas no parágrafo anterior são as de maior interesse à pesca, mas também as que
dependem de maior integridade e diversidade de recursos ambientais para completar seus ciclos
de vida, conforme discutido no próximo tópico.
Padrões ecológicos conhecidos aplicáveis à ictiofauna da APA
O efeito do isolamento biogeográfico, imposto inicialmente pelas barreiras naturais formadas pelas
cachoeiras, deve ser considerado na análise da diversidade da ictiofauna registrada na área da APA.
A riqueza taxonômica total na APA (54 espécies) pode ser considerada mediana a alta, tendo em
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vista a sequência de barreiras à dispersão no rio Sucuriú. Mas este é apenas um dos indicadores da
diversidade, que pode ser tratado como diversidade “Gama”, a diversidade regional.
Cada porção da sub-bacia na área da APA apresentou riquezas significativas de espécies (Tabela
1), as quais são indicadoras de importante componente “Alfa” da diversidade, a diversidade local.
Mas é o componente “Beta” da diversidade, também relacionado às barreiras naturais, que mais
chama a atenção na listagem da ictiofauna da área da APA. A diversidade Beta pode ser entendida
como as variações na composição das ictiocenoses de diferentes áreas. A consulta da Tabela 1
revela que há significativas diferenças na composição das diferentes ictiocenoses, ás vezes até
considerando também as espécies mais abundantes.
A diversidade “beta” pode ser melhor visualizada na Tabela 1 e Figura 50, nos quais, em nenhuma
comparação entre áreas, a similaridade das ictiocenoses chegou a 50% das espécies em comum.
Baixa similaridade na composição indica elevada diversidade “Beta” e grande importância de
todos as porções e ambientes da sub-bacia para a conservação da ictiofauna.
Matriz de índices de similaridade de Jaccard entre as ictiocenoses das diferentes regiões da bacia do rio
Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Cada valor na tabela representa o percentual de espécies de peixes em
comum nas comparações das ictiocenoses.
Montante da cacheira da
Rapadura
Cachoeira da Rapadura até
Salto Sucuriú
Jusante do Salto
Sucuriú
Montante da cacheira da
Rapadura * 24,2% 20,9%
Cachoeira da Rapadura até
Salto Sucuriú * * 46,8%
Jusante do Salto Sucuriú * * *
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Figura 50. Dendrograma de similaridade de Jaccard com as ictiocenoses dos diferentes
trechos da bacia do rio Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Os valores do eixo
representam o percentual de espécies de peixes em comum nas comparações com as outras
ictiocenoses
A análise de similaridade também corroborou com outro conhecido fator ecológico, importante à
conservação da ictiofauna, traduzido para os conceitos do “River Continuum” (rio contínuo) de
Vanote et al. (1980) e do “gradiente longitudinal”, regionalizado por Súarez & Petrere Júnior
(2003; 2005) e Súarez (2004). Para ambos há expectativa de ganho de biodiversidade e biomassa
ao longo das bacias hidrográficas.
A aplicabilidade desses conceitos pode ser visualizada na Figura 50, pois as ictiocenoses foram
reunidas conforme a sequência e proximidade das porções da bacia. Essa sequência de ictiocenoses
ao longo do “contínuo” da bacia é acompanhada por ganho de diversidade (Anexo 7), pois há 12
espécies a montante da cachoeira da Rapadura, 29 espécies entre esta e o Salto Sucuriú e 40
espécies a jusante do salto Sucuriú.
O tamanho dos peixes registrados na APA também acompanhou o gradiente da bacia. Isso ocorre
porque riachos apresentam ictiofauna “residente” com espécies de pequeno a médio porte (como
Astyanax altiparanae; Figura 47), enquanto que ribeirões, na ausência de barreiras, podem receber
espécies “visitantes” de grande porte durante as migrações reprodutivas (como Salminus hilarii;
Figura 49, “visitante” no ribeirão Cascavel) e rios contêm essa ictiofauna de grande porte como
“residente”.
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O conjunto das espécies residentes de pequeno porte dos riachos de cabeceiras da APA, com
influência do isolamento por barreiras biogeográficas, pode ser visualizado no primeiro grupo de
registros no Anexo 7, o conjunto dos registros na porção da bacia à montante da cachoeira da
Rapadura. O pequeno porte dessas espécies é semelhante ao registrado por Súarez & Petrere Júnior
(2003) em cabeceiras da sub-bacia do Iguatemi, em MS.
Apesar do volume do rio Sucuriú entre a cachoeira da Rapadura e o salto Sucuriú, ainda
predominam espécies de peixes de pequeno porte (Tabela 1), provavelmente pelo histórico de
isolamento dessa porção da sub-bacia pelo salto Sucuriú. Exceção é o piau-três-pintas (Leporinus
friderici), registrado por Taveira/Arater (2017) no córrego Baús (Anexo 7). Essa é uma das
espécies classificadas por Súarez & Petrere Júnior (2003) como residente nos trechos iniciais do
rio principal e visitantes dos ribeirões.
A jusante do salto Sucuriú há inclusão de outras espécies “residentes” do rio Sucuriú: o piau-
vermelho (Leporinus octofasciatus), a tabarana (Salminus hilarii). Ambos fazem migrações
reprodutivas, pelas quais S. hilarii torna-se visitante em ribeirões, conforme registro de
Taveira/Arater (2017) no ribeirão Cascavel (Anexo 7), mas L. octofasciatus parece manter-se
sempre na calha do rio Sucuriú, desovando sob cachoeiras ou corredeiras (Observação pessoal).
Tanto as migrações, com entrada de espécies visitantes nos ribeirões, como o ganho de biomassa
e diversidade ao longo da bacia, dependem da disponibilidade de itens alimentares e hábitats em
toda a bacia, desde as cabeceiras e afluentes até os varjões do rio Sucuriú. A sanidade ambiental
da sub-bacia hidrográfica reflete a qualidade de cada micro bacia de drenagem.
Os ecossistemas dos pequenos riachos têm grande dependência da mata ciliar e veredas para
manter a vazão, a qualidade da água e para a alimentação de peixes e de toda a cadeia alimentar
abaixo deles. Desde produtores, como algas e macrófitas, a consumidores como bactérias, fungos,
protozoários, macroinvertebrados e peixes, dependem da entrada de nutrientes e itens alimentares
“alóctones”, que vem de fora do ambiente aquático. Essa biomassa que entra nos riachos
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geralmente é fornecida pela mata ciliar, na forma de insetos, frutos, folhas, fezes, sementes, etc.
(Esteves & Aranha, 1999).
Matas ciliares e veredas também absorvem o escoamento superficial durante as chuvas, evitando
erosão, mantendo a estabilidade dos barrancos (Rodrigues et al., 2004) e permitindo posterior
escoamento lento da água, mantendo níveis adequados nos corpos de água durante os períodos de
estiagem.
Conforme o rio Sucuriú recebe afluentes e ganha volume, ainda há importância das matas ciliares
para a alimentação de peixes (e outras funções supra-citadas), mas parte dos itens alimentares são
disponibilizados por uma cadeia alimentar “autóctone”, que se desenvolve sobre nutrientes e
recursos disponíveis no próprio ambiente aquático. Essa cadeia é baseada principalmente na
produtividade de algas microscópicas e plantas aquáticas, e secundariamente utiliza detritos de
biomassa no leito do rio. Em locais onde a luz solar atinge rochas e estruturas vegetais submersas,
forma-se um “biofilme” de algas, bactérias, protozoários e pequenos animais invertebrados. Um
biofilme parecido forma-se sobre a biomassa morta depositada ou à deriva pelo leito, com
organismos consumidores utilizando esses detritos. Ambos os biofilmes são aproveitados
diretamente por várias espécies, como cascudos (Hypostomus spp.), canivetes (Família
Parodontidae), canivetinhos (Characidium spp.) e outros.
Grande parte do percurso rio Sucuriú e a maioria dos seus afluentes na APA apresentam matas
paludosas (pindaíbas), várzeas e lagoas marginais, que também auxiliam na manutenção da vazão
e atuam no controle de processos erosivos e depuração de poluentes. Esses ambientes ainda servem
como abrigo, sítio de forrageamento, sítio de desova de algumas espécies e “berçários” para o
desenvolvimento de formas larvais e juvenis de peixes, mesmo daquelas que desovam a montante
(Resende, 2003; Agostinho et. al., 2003). Lagoas e varjões possuem uma ictiofauna residente, com
Serrapinnus spp. (piquiras), Pyrhulina australis (charutinho), Hoplias gr. malabaricus (traíras),
dentre outros (Observação pessoal), mas também recebem as espécies “visitantes” (migradores)
citadas anteriormente. É nesses ambientes que peixes migradores conseguem alimentação para
engordar e desenvolver gônadas, adquirindo “fitness reprodutivo” (Resende, 2003) antes das
migrações. Ainda esses mesmos ambientes servem como sítio de crescimento, proteção contra
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predadores e fornecem itens alimentares (como plâncton e perifíton) para formas larvais e juvenis
de peixes que sejam ali depositados diretamente (por peixes não-migradores) ou trazidos à deriva,
após a reprodução a montante (Resende, 2003; Agostinho et. al., 2003).
As espécies migradoras geralmente são as de maior interesse à pesca, mas também e as que
necessitam maior variedade de hábitats e recursos, distribuídos por toda a sub-bacia. Para a
conservação desses recursos pesqueiros, é preciso conservar sítios de desova (em especial ribeirões
e corredeiras), “berçários” para o crescimento de formas jovens (como várzeas e lagoas), sitio de
engorda e desenvolvimento gonadal de jovens e adultos (em especial várzeas e lagoas) e as rotas
para migrações reprodutivas (o leito do rio Sucuriú), para conectar os demais sítios.
Possíveis impactos sobre a ictiofauna da APA e medidas mitigadoras sugeridas
Há registros de apenas uma espécie exótica na APA, a tilápia (Tilapia rendalli), mas
Rosa/FIBRAcon (2018b) citam outra espécie de tilápia e mais duas espécies de tucunarés
introduzidas na sub-bacia do Alto Rio Sucuriú na região de Paraíso das Águas, o que indica grande
risco de dispersão também pela área deste estudo.
As introduções ocorrem frequentemente em tentativas frustradas de piscicultura, em represas sem
“filtro biológico” para conter as espécies introduzidas, ou rompimentos desses barramentos. Tais
iniciativas individuais são puníveis, via fiscalização Estadual e Federal. Já as iniciativas públicas
para “peixamento” de corpos de água naturais devem ter como critério primordial o uso de matrizes
locais, da própria sub-bacia do rio Sucuriú. O fomento público à piscicultura também deveria levar
em conta critérios mínimos de segurança ambiental nas instalações de represas, principalmente
filtros biológicos.
Há sinais de aceleração de processos erosivos e decorrente assoreamento em vários locais da APA,
causados principalmente pelo uso intensivo do solo (como na micro bacia do rio Paraíso), trilhas
erodidas de acesso de gado aos corpos de água (Figura 51), mais frequentes na parte sul da APA,
além do desmatamento da vegetação marginal.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 51. Voçoroca na margem esquerda do rio Sucuriú, entre a
Barra da Mata e a Ponte de Pedra, causada por acesso de gado para
dessedentação, em Costa Rica, MS.
O assoreamento é considerado o mais atuante impacto sobre ambientes aquáticos tropicais,
principalmente em riachos (Wantzen, 2006) e deve ser evitado em qualquer escala, para a
manutenção da qualidade dos recursos hídricos e pesqueiros. São dois seus principais efeitos sobre
comunidades aquáticas:
Soterramento de micro-habitats, incluindo poções e fendas e espaços entre rochas em
corredeiras e lajedos, e soterramento de itens alimentares de fundo, incluindo
invertebrados bentônicos, algas e detritos (biomassa morta);
“Efeito jato de areia” (Wantzen, 1998) que remove o biofilme composto por algas,
bactérias, fungos e invertebrados que crescem sobre substratos e servem de alimento
para peixes.
Para mitigar a incidência de assoreamento na APA, as medidas mais importantes são: manter e
recuperar APPs; evitar drenagens e atividades em veredas e pindaíbas; evitar o acesso direto de
gado aos corpos de água; usar curvas de nível; aplicar atividades de educação ambiental sobre esse
aspecto.
Há empreendimentos hidrelétricos já instalados e outros em estudo na sub-bacia, cada qual
adicionando impactos de forma direta e sinérgica aos demais. Algumas espécies são bem-
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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sucedidas nos reservatórios, enquanto que migradoras de longas distâncias são desfavorecidas
pelos barramentos. Há pouca representatividade de grandes migradores na APA, mas a tabarana
S. hilarii e o piau-vermelho (Leporinus octofasciatus), que desovam diretamente sob cachoeiras
no próprio leito do rio Sucuriú, podem ser afetadas pela redução e rotas e hábitats em função de
empreendimentos hidrelétricos. Os Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) são as principais
ferramentas para identificar medidas para reduzir o impacto de novos barramentos e reservatórios
sobre a ictiofauna. Nesses EIAs, é importante considerar a persistência de corredeiras (como na
Ponte de Pedra) e varjões (como na Barra da Mata) e sua conectividade aos demais ambientes
aquáticos da bacia.
O uso intensivo do solo em áreas de nascentes pode provocar compactação do solo, diminuindo o
abastecimento do lençol freático e consequentemente a vazão dos riachos. Isso é mais grave onde
o lençol freático está exposto, como em veredas e campos úmidos na área de cabeceiras do rio
Sucuriú. Áreas de cabeceiras e áreas úmidas devem ser prioridades à conservação em toda a APA.
A adubação agrícola, a fertirrigação com vinhaça de usinas de açúcar e álcool e despejo de
efluentes são os principais aspectos com risco de poluição da água por nutrientes. A mitigação
desse impacto requer iniciativas do setor privado e público, inclusive por meio de programas de
educação ambiental.
CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS
1.4.1. Características da População
O município de Costa rica tem uma população estimada de 20.159 habitantes para o ano de 2017
e possui uma área de 4.526,38 Km². O município possui uma área urbanizada de 3,64km2.
A Densidade Demográfica do município de Costa Rica de acordo com o censo demográfico de
2010 é de 3,67 hab./km2 e no ano de 2015 a densidade já havia subido para 4,68 hab./km2.
De acordo com o Censo Demográfico 2010 o número de pessoas de 10 anos ou mais alfabetizadas
no município é de 15.350 habitantes (Tabela 2).
A taxa de Crescimento Anual pelos Censos de 2000 e 2010 para Alcinópolis é de 2,43%.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com o IBGE, Costa Rica.
MS.
População Residente, por Sexo e Situação de Domicílio
Anos População Total Homens Mulheres Urbana Rural
1991 (1) 13.973 7.348 6.625 9.005 4.968
1996 (2) 14.551 7.621 6.930 10.138 4.413
2000 (1) 15.488 8.083 7.405 11.483 4.005
2007 (2) 18.277 9.634 8.606 14.708 3.569
2010 (1) 19.695 10.246 9.449 16.848 2.847
2017(2) 20.159 - - - -
(1) Censo Demográfico, (2) Estimativa
A estrutura etária da população de do município de Costa Rica (Tabela 3; Figura 52), pode ser
dividida em três grandes grupos etários: jovens de 0 a 14 anos (24%), adultos de 15 a 60 anos
(67%) e idosos, acima de 60 anos (9%). A grande maioria dos moradores está na faixa adulta
composta por 52% de homens e 48% de mulheres (IBGE, 2010).
População residente por grupo de idade de acordo com o Censo
Demográfico 2010, Costa Rica, MS.
População Residente por Grupos de Idade – 2010
Grupos de Idade População Residente
0 a 4 anos 1459
5 a 9 anos 1446
10 a 14 anos 1748
15 a 19 anos 1770
20 a 24 anos 1816
25 a 29 anos 1893
30 a 39 anos 3200
40 a 49 anos 2659
50 a 59 anos 1864
60 a 69 anos 1073
70 anos ou mais 767
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Figura 52. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico 2010, Costa Rica,
MS.
1.4.2. Uso e ocupação da terra
De acordo com o Censo Agropecuário 2006 o município contém 579 estabelecimentos
agropecuários somando uma área de 303.577 hectares (Tabela 4) dos quais 80.903 hectares são
destinados à preservação permanente ou reserva legal.
Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo com o Censo
Agropecuário 2006, Costa Rica, MS.
Estabelecimentos Agropecuários
Mais de 0 a menos de 0,1 ha
De 10 a menos de 20 ha 37
De 0,1 a menos de 0,2 ha
De 20 a menos de 50 ha 75
De 0,2 a menos de 0,5 ha 1 De 50 a menos de 100 ha 85
De 0,5 a menos de 1 ha
De 100 a menos de 200 ha 109
De 1 a menos de 2 ha 8 De 200 a menos de 500 ha 150
De 2 a menos de 3 ha 8 De 500 a menos de 1.000 ha 97
De 3 a menos de 4 ha 8 De 1.000 a menos de 2.500 ha 68
De 4 a menos de 5 ha 4 De 2.500 ha e mais 62
De 5 a menos de 10 ha 14 Produtor sem área 7
As maiores produções agrícolas municipais no período de 2011 a 2015 foram a criação de bovinos
(Tabela 5) e plantio de soja e milho.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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A cultura temporária no município de Costa Rica se concentrou, em 2016, nos cultivos de soja,
milho e cana-de-açúcar, que ocuparam, juntos, 88% da área de culturas temporárias. As culturas
permanentes limitam-se a cultivo de banana e de coco-da-baía (Tabela 6).
Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no município de Costa Rica, MS.
Principais Rebanhos
Rebanhos 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Bovinos
283.11
0 251.804 251.730
207.09
0 196.838
200.82
0
206.00
0
Suínos 13.473 7.380 7.011 6.580 6.234 6.105 5.850
Equinos 5.129 4.725 4.688 4.260 4.130 4.185 4.110
Ovinos 5.418 5.430 5.158 4.800 4.727 4.785 5.012
Aves (galinhas, galos, frangos (as) e pintos) - em
mil cabeças 68 67 62 51 50 48 50
Principais Produtos da Pecuária
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Lã (kg) 470 474 485 442 446 452 480
Leite (mil litros) 8.596 8.201 7.791 6.505 6.501 6205 6000
Mel de Abelhas (kg) 36.908 30.000 28.000 18.000 25.300 26100 25000
Ovos de Galinha (mil dúzias) 138 131 127 107 103 98 100
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos de 2011 e 2015 no
município de Costa Rica, MS.
Produção Agrícola Municipal (Área Colhida em Hectares)
Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Algodão Herbáceo 26.575 27.188 22.536 22.189 18.597 19.392
Arroz - 117 - - - -
Banana 75 75 75 75 61 -
Cana-de-açúcar 14.842 23.533 32.767 35.753 47.174 48.358
Coco-da-baía 5 7 7 7 - -
Feijão 80 115 400 - - -
Girassol 750 120 180 - -
Mandioca 50 50 50 50 50 20
Milho 26.500 30.000 38.000 36.265 41.900 41.720
Soja 75.000 73.500 70.000 72.500 75.000 72.000
Sorgo 2.000 - 2.000 2.000 2.000 3.000
Uva 2 - - - - -
Produção Agrícola Municipal (Toneladas)
Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Algodão Herbáceo 103.643 101.955 107.422 101.515 83.609 79.204
Arroz - 772 - - - -
Banana 645 645 645 645 525
Cana-de-açúcar 1.164.180 1.546.428 2.237.918 2.727.364 3.721.661 3.304.633
Coco-da-baía 60 84 70 70 - -
Feijão 192 276 936 - - -
Girassol 750 231 324 - -
Mandioca 750 750 750 750 750 300
Milho 145.200 204.000 223.600 261.103 299.380 259.092
Soja 225.000 242.550 231.000 245.700 270.000 246.240
Sorgo 4.800 12.000 6.000 6.600 7.200 9.000
Uva 18 - - - - -
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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A área da Unidade de Conservação é ocupada predominantemente por médias e grandes
propriedades rurais cujas atividades principais são a pecuária extensiva (Figura 53) e cultivo de
cana-de-açúcar (Figura 54), milho e algodão. Porém são encontradas propriedades com outras
atividades como plantio de eucaliptos (Figura 55).
Figura 53. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no
entorno da UC, Costa Rica, MS.
Figura 54. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no entorno
da UC, Costa Rica, MS.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 55. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da
UC, Costa Rica, MS.
1.4.3. Aspectos Econômicos
A economia do município de Costa Rica é voltada principalmente para a agricultura e pecuária. O
Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços
finais produzidos em uma determinada região, durante um ano (SEBRAE, 2017). O setor que mais
gera valor no município é o de Agropecuária, que vem aumentando a sua participação,
principalmente nos últimos anos (Figura 56) (IBGE, 2015; SEBRAE, 2017).
Figura 56. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de
Costa Rica de acordo com o IBGE (2015), Costa Rica, MS.
47,447,952,654,355,343,7
29,926,439,738,435,1
46,947,750,647,848,9
10,512,3 7,2 9,2 8,5
11,4
14,213,5
8,4 8,7 11,6
9,9 10,710,817,415,7
31,831,230,527,827,231,1
40,744,637,437,939,3
30,028,928,025,526,7
10,3 8,7 9,7 8,6 8,9 13,815,215,514,614,913,913,112,610,6 9,3 8,7
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
201
0
201
1
201
2
201
3
201
4
201
5
Rep
res
enta
tiv
ida
de
(%)
Agropecuária Indústria Serviços Impostos
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo que
incide sobre a movimentação de mercadorias em geral, o que inclui produtos dos mais variados
segmentos como eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e sobre serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (CONTAAZUL, 2017).
Os maiores valores de ICMS arrecadados pelo município são dos setores de agricultura, comércio
e pecuária (Tabela 7).
Os produtos agrícolas com maiores valores de produção no município são a soja, o algodão e o
milho.
Em relação ao setor industrial, segundo último levantamento do IBGE, no ano de 2015 Costa Rica
contava com 77 estabelecimentos industriais em funcionamento. O setor comercial de Costa Rica
contava em 2015 com 513 estabelecimentos comerciais varejistas e 23 atacadista (Tabela 7 e
Tabela 9).
Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015, Costa Rica, MS.
Arrecadação de ICMS por Atividade Econômica
Especificação 2011 2012 2013 2014 2015
Comércio 5.017.095,79 4.980.679,52 6.200.598,44 6.899.113,71 7.134.481,86
Indústria 938.411,00 749.522,43 754.250,76 989.404,75 1.028.684,68
Pecuária 2.095.180,70 2.167.037,85 2.489.550,03 1.547.111,18 998.649,88
Agricultura 27.967.090,16 26.983.898,63 32.317.157,43 35.068.719,04 30.387.010,28
Serviços 295.146,72 391.022,67 308.864,93 269.064,39 292.648,18
Eventuais 171.650,53 107.922,56 117.006,27 124.063,75 194.087,77
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Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no município de Costa Rica, MS.
Estabelecimentos Industriais por Ramos de Atividades
Atividades Quantidade
2014 2015
Celulose, papel e produtos de papel - 1
Combustíveis e biocombustíveis - Fabricação de álcool 1 1
Confecção de roupas e artigos vestuário e acessórios, exceto roupas íntimas - 2
Construção de edifício 2 5
Construção de Rodovias e Ferro 4 2
Construção de obras de infraestrutura em geral - 3
Construção - outras obras de engenharia civil 3 3
Diversos 16 16
Impressão e reprodução de gravações 4 5
Metalúrgica – exceto máquinas e equipamentos - esquadrias de metal 2 2
Metalúrgica, exc. máq. e equipamentos - ferro-gusa 1 1
Minerais não-metálicos - prod. de concreto, cimento, gesso e semelhantes 5 5
Minerais não-metálicos - extração, britamento e aparelhamento de pedras 1 1
Minerais não-metálicos - estruturas pré-moldadas de concreto armado 1 1
Móveis com predominância de madeira 8 8
Produtos alimentícios - abate de bovinos 1 1
Produtos alimentícios - laticínios 6 8
Produtos alimentícios - sorvetes e outros gelados comestíveis 4 4
Produção florestal - carvão vegetal - florestas plantadas 1 1
Produção de madeira - serrarias sem desdobramento de madeira 2 2
Produção de madeira - serrarias com desdobramento de madeira 1 1
Produtos químicos 3 3
Produtos têxteis - produtos diversos 1 1
Veículos automotores, peças e acessórios, reboques e carrocerias 1 -
Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa
Rica, MS.
Estabelecimentos Comerciais
Especificação Quantidade
2009 2010 2011 2012 2013
Atacadista 24 25 22 24 23
Varejista 399 439 464 485 513
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1.4.4. Infraestrutura Econômica e Social
1.4.4.1. Energia Elétrica
Na área do município de Costa Rica existem três empreendimentos geradores de energia elétrica,
sendo uma termelétrica e duas hidrelétricas (SEBRAE, 2017).
De acordo com o último levantamento o consumo direto total de energia elétrica no município de
Costa rica no ano de 2015 foi de 35.482 Mwh. O maior consumo de energia elétrica no município
foi pelas residências (13.019 Mwh) seguido pelas propriedades rurais (8.803 Mwh) (Tabela 10).
Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no município de Costa
Rica, MS.
Energia Elétrica – 2015 Consumo Direto (Mwh): Consumidor Direto
Residencial 13.019 7.567
Industrial 1.705 82
Comercial 7.171 676
Rural 8.803 787
Poder Público 1.608 91
Iluminação Pública 1.902 37
Serviço Público 1.238 17
Próprio 37 4
1.4.4.2. Saneamento Básico
O saneamento básico no Brasil vem apresentando avanços nos últimos anos, porém ainda se
mostra como um problema em diversas regiões do País. A carência de abastecimento de água e
tratamento e coleta de esgoto são um dos fatores que deixam o Brasil em atraso no índice de
desenvolvimento humano.
No município de Costa Rica o fornecimento de água tratada e serviço de esgoto apresentaram
aumento entre os anos de 2013 a 2015 (Tabela 11).
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Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica, MS.
Abastecimento de Água
2013 2014 2015
Número de Ligações Reais 7.637 9.119 8.565
Número de Economias Reais 7.637 9.119 8.565
Extensão da Rede (Metros) 132.554,50 137.298,21 144.886,00
Volume Produzido no Ano (m³) ... 1.219.765 1.230.925
Volume Consumido (m³) 1.136.557 1.219.765 1.230.925
Volume Faturado (m³) 1.304.897 1.432.868 1.465.571
Volume Tratado (m³) ... 1.219.765,00 1.230.925,00
Serviço de Esgoto
2013 2014 2015
Número de Ligações 2.423 3.351 3.381
Número de Economia (Metros) 2.423 3.351 3.381
Volume Faturado (m³) - - -
Extensão da Rede (Metros) 40.511,50 41.018,50 41.319,50
1.4.4.3. Comunicação Social
Na área de comunicações, o município de Costa Rica dispõe de seis prestadoras de banda larga
fixa, em relação à telefonia fixa em 2014 a cidade tinha 3.177 terminais instalados e em 2016
existiam 2.458 terminais de serviços.
O município dispõe de uma emissora comercial de rádio FM e uma de AM, assim como de três
retransmissoras de TV comercial (MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES, 2015).
O município de Costa Rica conta com uma agência de Correios própria e uma agência comunitária.
1.4.4.4. Estabelecimentos de Serviços
Os serviços encontrados no município de Costa Rica em Mato Grosso do Sul encontram-se na
Tabela 12.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS.
Estabelecimentos de Serviços - 2015
Tipos de Atividade Quant.
Alojamento - hotéis 4
Armazenagem e ativ. auxiliar transportes 4
Atividades de Rádio 1
Diversos - leiloeiros 1
Estética/tratamento de beleza 8
Geração de energia elétrica 4
Inform. e serv. na web (provedor e etc.) 1
Op. de televisão por assinatura por cabo 1
Outros serviços de comunicação 3
Outros Serviços de Transporte 2
Reparo, manut.de equipamentos e máquinas 2
Saúde 2
Serv. arq. engenharia; analises técnica 6
Serviço especial p/construção 7
Transporte rod. coletivo passageiros 3
Transporte rodoviário de carga 29
Diversos 54
1.4.4.5. Agências Bancárias
O município de Costa Rica conta com três agências bancárias estão instaladas no município: Banco
do Brasil, SICRED e Banco Bradesco.
1.4.4.6. Frota de Veículos
A frota total de veículos registrados em Costa Rica em 2015 era de 11.964 veículos sendo em sua
maioria composta por motos e carros (Tabela 13).
Entre os anos 2002 e 2014, a população do município de Costa Rica aumentou 21%, enquanto a
frota total de veículos cresceu 245%, o acesso das famílias a meios de transporte é indicador da
evolução favorável da qualidade de vida (SEBRAE, 2017).
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS.
Veículos Registrados no Detran - dez /2013
Tipos de Veículos Quant.
Automóvel 4.676
Motociclo 2.996
Caminhonete 1.623
Motoneta 1.194
Caminhão 529
Reboque 226
Semirreboque 217
Ônibus 135
Camioneta 132
Caminhão-Trator 129
Utilitário 66
Micro-ônibus 21
Ciclomoto 12
Sidecar 4
Trator De Rodas 4
1.4.4.7. Saúde
A infraestrutura de saúde do município contava, em 2015, com seis centros de saúde, cinco clínicas
e dois hospitais gerais, totalizando 51 leitos hospitalares disponíveis, sendo 32 do Sistema Único
de Saúde – SUS (Tabela 14) (BDE/Semac).
Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS.
Estabelecimentos de Saúde – abril/2016
Especificação Quant.
Unid. De vigilância em saúde 1
Centro de saúde/unid. Básica 6
Central gestão em saúde 1
Hospital geral 2
Centro de atenção psicossocial 1
Consultório isolado 18
Polo academia da saúde 1
Clínica/centro de especialidade 5
Central regulação do acesso 1
Unid. De apoio diagn. E terapia (sadt isolado) 4
Leitos 69
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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1.4.5. Indicadores Sociais de Emprego e Renda, Educação e Saúde
1.4.5.1. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O índice IDH varia entre zero e um, sendo que quanto mais próximo a 1, mais desenvolvida é a
região. No Brasil a metodologia adaptada para os municípios gerou o IDH Municipal (IDHM),
cujos resultados são divididos em cinco classificações: de 0,000 a 0,499 é considerado grau de
desenvolvimento Muito Baixo; de 0,500 a 0,599 é considerado Baixo; de 0,600 a 0,699 é
considerado Médio; de 0,700 a 0,799 é considerado alto e de 0,800 a 1,000 é considerado Muito
Alto (PNUD, 2013).
O município de Costa Rica, em 1991, possuía um IDH considerado muito baixo. Em 2010, em
termos de ranking, melhorou a sua posição e em termos de desenvolvimento, o município de Costa
Rica apresentou melhorias nas condições de vida da população. O fator principal que levou ao
aumento do IDH foi a melhoria na educação (Tabela 15) (SEBRAE, 2017).
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991 a 2010 em Costa Rica,
MS.
Ano Ranking IDHM IDHM IDHM IDHM
Estadual
Renda Longevidade Educação
1991 23º 0,450 0,587 0,721 0,215
2000 14º 0,596 0,649 0,773 0,421
2010 20º 0,706 0,717 0,811 0,606
1.4.5.2. Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios
O IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios) é um estudo anual do sistema
FIRJAN com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de dados dos mais de 5.000 municípios
brasileiros nas áreas de emprego e renda, educação e saúde. O IFDM é uma forma de quantificar,
em um único valor, aspectos dessas áreas avaliadas, sendo considerado o IFDM como alto
desenvolvimento (superiores a 0,8 pontos), desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8 pontos),
desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6 pontos) e baixo desenvolvimento (inferiores a 0,4 pontos)
(Firjan, 2015). O município de Alcinópolis possui um IFDM de alto desenvolvimento 0,8506,
valor considerado acima do mediano no âmbito nacional (Firjan 2015). O município de Costa Rica
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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ocupa o 1º lugar no Estado em relação ao índice IFDM municipal, e a 92º posição no âmbito
nacional (Figura 57 e Figura 58).
Figura 57. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do
índice.
Figura 58. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
0,9050 0,90460,9009 0,9006 0,8994
0,8506
Ranking Nacional IFDM Geral
1º Extrema-MG 2º São José do Rio Preto-SP
3º Indaiatuba-SP 4º São Caetano do Sul-SP
5º Vinhedo-SP 92º Costa Rica-MS
0,8506 0,8494
0,81950,8134
0,7896
Ranking Estadual IFDM Geral
1º Costa Rica 2º Três Lagoas
3º Campo Grande 4º São Gabriel do Oeste
5º Naviraí
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Emprego e Renda
O IFDM – Emprego & Renda leva em consideração duas dimensões, cada uma representando 50% do
índice: Emprego - que avalia a geração de emprego formal e a capacidade de absorção da mão-de-obra
local - e Renda - que acompanha a geração de renda e sua distribuição no mercado de trabalho do município.
Os dados para este índice são extraídos dos registros da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e
Emprego, e projeções oficias de população do IBGE.
Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para o emprego e renda é de
0,7023, Costa Rica apresentou desenvolvimento moderado, com um índice de 0, 7626, ficando
acima da média dos municípios do Brasil que é de 0,5404. Costa Rica ocupa a 3º posição no
ranking estadual e a 168º no âmbito nacional (Figura 59 e Figura 60).
Figura 59. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM
Emprego & Renda e colocação do município de Costa Rica com os
respectivos valores do índice.
0,8962 0,8955 0,89270,8732 0,8688
0,7626
Ranking Nacional IFDM Emprego & Renda
1º Itabirito-MG 2º Três Lagoas-MS
3º Navegantes-SC 4º Mariana-MG
5º Sinop-MT 168º Costa Rica-MS
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Figura 60. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM
Emprego & Renda e colocação do município de Costa Rica com os
respectivos valores do índice.
Educação
Em se tratando da variável Educação são levados em conta dados oficiais da educação infantil e
do ensino fundamental, fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com diferentes
ponderações, a saber: taxa de matrícula (20%), taxa de distorção idade-série (10%), percentual de
docentes com curso superior (15%), média de horas-aulas diárias (15%), taxa de abandono (15%)
e média do Índice de Desempenho da Educação Básica (IDEB) (25%). Não são consideradas as
taxas relacionadas ao ensino médio e ao ensino superior.
Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para a educação é de 0,7615,
Costa Rica apresentou desenvolvimento alto, com um índice de 0,9268, ficando acima da média
dos municípios do Brasil que é de 0,7555. Costa Rica ocupa a 1º posição no ranking estadual e a
288º no âmbito nacional (Figura 61 e Figura 62).
0,8955
0,80130,7626 0,7525 0,7447
Ranking Estadual IFDM Emprego & Renda
1º Três Lagoas 2º Angélica
3º Costa Rica 4º Ribas do Rio Pardo
5º Campo Grande
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Figura 61. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM
Educação e colocação do município de Costa Rica com os respectivos
valores do índice.
Figura 62. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM
Educação e colocação do município de Costa Rica com os respectivos
valores do índice.
Saúde
O índice Firjan para a saúde utiliza as seguintes informações: quantidade de consultas pré-natal e
taxas de óbito por causas mal definidas e taxas de óbito infantis por causas evitáveis. O índice de
desenvolvimento nacional para a saúde é de 0,7684, Costa Rica apresentou desenvolvimento alto,
1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 0,9993
0,9268
Ranking Nacional IFDM Educação
1º Taguaí-SP 1º Turmalina-SP
1º Santa Salete-SP 1º Floreal-SP
5º Juqueirópolis-SP 288º Costa Rica-MS
0,9268
0,86280,8530
0,84030,8263
Ranking Estadual IFDM Educação
1º Costa Rica 2º Nova Andradina
3º Chapadão do Sul 4º Naviraí
5º Taquarussu
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com um índice de 0,8624, ficando acima da média dos municípios do Brasil que é de 0,7485. Costa
Rica ocupa a 15º posição no ranking estadual e a 991º no âmbito nacional (Figura 63 e Figura 64).
Figura 63. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde
e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do
índice.
Figura 64. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde
e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do
índice.
1,0000 0,9946 0,9916 0,9861 0,9846
0,8624
Ranking Nacional IFDM Saúde
1º Linha nova-RS 2º Barra do Rio Azul-RS
3º Presidente Lucena-RS 4º Novo Itacolomi-PR
5º Cunhataí-SC 991º Costa Rica-MS
0,93040,9248
0,91860,9138
0,9086
0,8624
Ranking Estadual IFDM Saúde
1º Alcinópolis 2º Itaporã 3º Rochedo
4º Vicentina 5º Rio Brilhante 15º Costa Rica
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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1.4.6. Visão da Comunidade Local Sobre as UCs
Para a revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú foi realizado um
levantamento para identificar a visão e perspectivas da população residente em relação à Unidade
de Conservação.
Para os estudos relativos à comunidade local foi realizada uma pesquisa através de coletas de dados
primários com aplicação de questionário semiestruturado direcionado à população residente no
município de Costa Rica. O roteiro de entrevista (Anexo 8) contou com perguntas abertas e
fechadas, de modo a enriquecer a análise dos dados e contextualizar melhor as informações
obtidas. Segundo Hill & Hill (2005), as perguntas abertas possuem a vantagem de fornecer
informações mais ricas e detalhadas, entretanto as respostas são mais difíceis de analisar
estatisticamente. Por outro lado, as perguntas fechadas permitem uma melhor aplicação da análise
estatística, trabalhando os dados de maneira sofisticada, porém as informações não são tão ricas e
as respostas conduzem a conclusões mais simples.
Foram coletadas amostras atendendo ao roteiro de perguntas divididas por blocos do perfil do
entrevistado, vínculo com o local, imagem da UC, atividades econômicas, ambientais,
extrativismo vegetal, caça, potencial turístico e educação ambiental. Também foram utilizados
dados secundários fornecidos pelos órgãos competentes do município, além de pesquisa
bibliográfica.
O diagnóstico socioeconômico levantou questões para avaliar a opinião dos moradores locais
entrevistados a respeito das Unidades de Conservação existentes no município. Os moradores da
região da APA das Nascentes do Rio Sucuriú mostraram que desconhecem aspectos referentes a
criação e objetivos das Unidades de Conservação.
De acordo com os resultados obtidos todos os entrevistados têm conhecimento sobre a existência
de Unidades de Conservação no município, porém (93%) não conhecem a APA das Nascentes do
Rio Sucuriú (Figura 65), dessa forma tem dificuldade em dizer qual a importância da UC, quais
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os atrativos turísticos que existem na UC, quais atividades podem ser realizadas e quais as
mudanças que a criação das UCs trouxeram ou podem trazer para a região.
Resultados semelhantes foram obtidos na elaboração do Plano de Manejo da APA das Nascentes
do Rio Sucuriú em 2012, quando foram coletadas 19 amostras e os resultados da pesquisa
identificaram que 68% dos entrevistados não conheciam e não sabiam o que significa APA. A
maioria dos entrevistados também afirmou não conhecer o Conselho Consultivo da APA e dentro
do grupo dos entrevistados que disseram conhecer a APA, 67% não sabia dizer qual é a
importância da UC para o município ou para a população.
Quando questionados sobre a importância das UCs para o município de Costa Rica, 26% dos
entrevistados disseram que a preservação ambiental e o lazer são os principais aspectos, seguidos
do turismo (20%) e economia (6%), 20% não souberam responder (Figura 66).
Figura 65. Conhecimento sobre a APA das Nascentes do Rio Sucuriú
pelos moradores entrevistados no município de Costa Rica, Mato Grosso
do Sul.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
conhece não conhece
En
trev
ista
do
s (%
)
Conhecimento da UC
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 66. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos
moradores do município de Costa Rica, MS.
Os dados obtidos na pesquisa de campo com a população que reside na região da APA apontam
uma ampla deficiência de conhecimento sobre as Unidades de Conservação de modo geral. A falta
de informação se deve principalmente pela a falta de divulgação e envolvimento da população nas
discussões que envolvem a APA. Apesar da existência de um Conselho Gestor da APA, instituído
em 2007, percebe-se que é necessária uma maior interação entre o Conselho e a população para
que o Conselho consiga apoiar de forma efetiva a gestão da APA, incentivando e orientando a
comunidade em geral e instituições públicas e privadas a terem uma visão adequada da UC.
Considerando os resultados obtidos a partir do diagnóstico realizado pode-se concluir que a gestão
bem-sucedida de áreas protegidas precisa basear-se na inclusão da população local, relacionando
a conservação da diversidade biológica das áreas protegidas com desenvolvimento local, tanto
econômico, quanto social.
Segundo Schaller (1993) todo e qualquer programa voltado a conservação ambiental deve envolver
a população local, levando em consideração seus interesses, habilidades, autoconfiança e
tradições.
0
5
10
15
20
25
30
Lazer Preservação Turismo Economia Não sabe
dizer
En
trev
ista
do
s (%
)
Importância das UCs
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Recomenda-se o desenvolvimento programas de educação ambiental, sustentabilidade e
consciência ambiental com abordagem participativa da população nos temas relacionados às
necessidades da APA.
1.5. SITUAÇÃO ATUAL DE GESTÃO DA UC
O Conselho Gestor da APA das Nascentes do Rio Sucuriú está legalmente instituído desde 2007,
por meio da Decreto Municipal nº 3710/2007 e teve sua composição alterada pela portaria nº
13.739, de 23 de janeiro de 2018 (Quadro 1).
Nesta portaria vigente, a sua composição e representatividade se dá conforme artigo 1º com
representantes do Poder Público, dos moradores da APA, entidades de ensino e pesquisa e ONG
que atua na região.
O Conselho Gestor da APA das Nascentes do Rio Sucuriú é de caráter consultivo, e que assim
deverá exercer suas funções mais efetivamente com a implementação dos programas e ações
previstas no Plano de Manejo da UC.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Quadro 1. Conselho Gestor da APA das Nascentes do Rio Sucuriú durante o biênio de 2018-2020.
REPRESENTANTES DOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS
Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e Cultura
Titular: Ademildo Batista de Amorim;
Suplente: Silviane Tedeschi Rocha Ferreira.
Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento
Titular: Luzia Correa Dias;
Suplente: Moralina Bercó Santana.
Agência do Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural – AGRAER
Titular: Alan Ricardo Novaes;
Suplente: Juraci Barbosa de Lima.
Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL
Titular: Martha Gilka Gutierrez Carrijo;
Suplente: Wanderley Garcia Gonçalves.
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL
Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Costa Rica
Titular: Luiz Antônio Bocalan;
Suplente: Jair Rodrigues Carvalho.
Associação de Guias e Monitores Ambientais - AGMA
Titular: Fabiano Ramos;
Suplente: Fabricia Ananias de Almeida.
Rotary Clube de Costa Rica
Titular: Anderson Alves Ferreira;
Suplente: Márcio Jordani Araújo.
Sindicato Rural de Costa Rica
Titular: Louy Richard Henrique;
Suplente: Carlos Antônio Alves.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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1.6. ANÁLISE INTEGRADA DO DIAGNÓSTICO
O principal desafio para o aprimoramento dos planos de manejo consiste na melhoria das
abordagens do diagnóstico. A compreensão da paisagem implica num conhecimento integrado de
fatores como geologia, relevo, hidrografia, clima, solos, flora, fauna, estrutura ecológica, formas
de uso e ocupação do solo e a dinâmica social e econômica da região.
A caracterização ambiental da Unidade de Conservação APA das Nascentes do Rio Sucuriú serviu
de base para a descrição das potencialidades e fragilidades da região de interesse. Foram
sobrepostas as informações obtidas através de análises integradas do Meio Físico (características
geológicas, pedológicas, hidrológicas e climatológicas), Biológico (caracterização dos ambientes,
flora e fauna da UC) e características da população (Socioeconomia) residente na região e na UC,
visando a obtenção de um diagnóstico confiável.
A abordagem aplicada no desenvolvimento do diagnóstico da APA das Nascentes do Rio Sucuriú
foi embasada numa avaliação dos ambientes e suas implicações de uso para a conservação e uso
sustentável dos recursos naturais. Para otimizar os resultados numa avaliação articulada de todos
os aspectos ambientais da Unidade de Conservação foram aplicadas as estratégias e
recomendações (Quadro 2) constante do Roteiro Metodológico para Elaboração dos Planos de
Manejo das Unidades de Conservação Estaduais do Mato Grosso do Sul (Longo & Torrecilha,
2015).
Com relação a ictiofauna foi constatado que a riqueza taxonômica total na APA (54 espécies) pode
ser considerada mediana a alta, tendo em vista a sequência de barreiras à dispersão no rio Sucuriú.
Os ambientes identificados como abrigo, sítio de forrageamento, sítio de desova de algumas
espécies e “berçários” são as matas paludosas (pindaíbas), várzeas, varjões e lagoas marginais, que
também auxiliam na manutenção da vazão e atuam no controle de processos erosivos e depuração
de poluentes e para o desenvolvimento de formas larvais e juvenis de peixes, mesmo daquelas que
desovam a montante. As espécies de peixes migradores geralmente são as de maior interesse à
pesca, mas também e as que necessitam maior variedade de hábitats e recursos.
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
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Esses ambientes ocorrem em grande parte do percurso rio Sucuriú e a maioria dos seus afluentes
na APA e são áreas que devem ser preservadas, pois para a conservação dos recursos pesqueiros,
é preciso conservar sítios de desova (em especial ribeirões e corredeiras), “berçários” para o
crescimento de formas jovens (como várzeas e lagoas), sitio de engorda e desenvolvimento
gonadal de jovens e adultos (em especial várzeas e lagoas) e as rotas para migrações reprodutivas
(o leito do rio Sucuriú), para conectar os demais sítios.
A análise integrada, portanto, com base nas suas características físicas, antrópicas, biológicas e
ecológicas, bem como sua interface com os objetivos da UC, pode ser uma ferramenta importante
à gestão e tomada de decisão.
Quadro 2. Desafios e soluções do diagnóstico ambiental da UC.
Os principais desafios e possíveis soluções
Considerando que os Planos de Manejo devem ser voltados para a gestão da UC e com foco nos
desafios de gestão, os Diagnósticos que costumamos desenvolver, de um modo geral, não estão
subsidiando estes objetivos de modo totalmente satisfatório, de acordo com a análise crítica sobre
os atuais processos. Assim recomendamos:
• O Diagnóstico inicia já na etapa de Organização do Planejamento.
• Realizarmos diagnósticos com perguntas orientadoras, com foco;
• Devemos realizar análises consistentes das informações obtidas, pois é frequente considerar
caracterização ambiental como se fosse diagnóstico. Devemos então promover a ligação entre
diagnóstico e planejamento;
• Estabelecermos metas e planejamento de ações considerando a capacidade de gestão da UC e
a possibilidade de evoluir sua efetividade;
• Planos de Manejo com planejamento estratégico e com foco nos desafios de gestão, incluindo
análise de conjuntura e de capacidade de gestão;
• A formação e emprego de profissionais voltados para efetividade da gestão na elaboração do
Plano;
• Maior integração entre pesquisadores e gestores;
• Planejamento com foco na conservação ambiental e ênfase para espécies exóticas, endêmicas e
serviços ambientais;
• O plano deve ser encarado como uma ferramenta de monitoramento com avaliação periódica;
• Que os Diagnósticos não devam ser muito longos e exaustivos. Muitos dados produzidos são
inúteis para a gestão da UC;
• Integrar os dados do meio biótico e abiótico aos desafios de gestão;
• O Diagnóstico deve ser elaborado de acordo com o nível de consolidação da UC e de suas
necessidades atuais.
A partir desta abordagem, seguem principais resultados do diagnóstico da UC, numa avaliação
geral da paisagem e seus usos.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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A vegetação na área da APA é representada por uma matriz de campos arados, lavouras e
pastagens, onde existem formações fisionômicas naturais. As formações florestais presentes na
UC são de Savana Florestada (cerradão), Savana Arborizada (campo-cerrado, cerrado ralo, cerrado
típico, cerrado denso), Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Campo-de-Murundus ou Coval
e Campo Rupestre), Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado), Floresta Estacional
Semidecidual Aluvial, Floresta Estacional Semidecidual Submontana (mata seca). Os fragmentos
florestais de porte maior estão restritos às áreas de Reserva Legal das propriedades adjacentes, ou
a áreas de Preservação Permanente na beira dos córregos.
De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo
histórico de atividades agropecuárias, estando essas, muitas vezes, em estágio sucessional e
composição florística diferentes do original.
Este quadro de ocupação que promove a conversão dos diferentes tipos de fitofisionomias,
expressa num mosaico natural de paisagem sem um devido ordenamento territorial que gera
ameaças crescentes para a biodiversidade, conservação de solo e água, turismo, enfim para o
desenvolvimento sustentável. Como uma Unidade de Conservação, a APA demanda ações
urgentes de restauração e planejamento do uso e ocupação.
A conservação dos fragmentos florestais situados na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, a redução
do efeito de fragmentação dos remanescentes existentes e a criação e manutenção de corredores
entre fragmentos, tem papel fundamental na conservação da biodiversidade e variabilidade
genética da flora local. A fragmentação leva a redução do número de indivíduos das populações,
muitas vezes abaixo do mínimo necessário, inviabilizando a continuidade e evolução normal da
população. Essa redução leva a endogamia (cruzamento entre indivíduos aparentados), e a perda
de variabilidade genética, tornando-as mais susceptíveis a extinção por ataques de patógenos, por
exemplo.
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Com relação a Fauna deve ser dada atenção especial as espécies inseridas em categorias de ameaça
de acordo com as listas atuais e espécies cinegéticas. Neste caso é interessante a realização de
atividades de educação ambiental, fator chave na conservação da biodiversidade, que podem ser
desenvolvidas em parceria com instituições de ensino, divulgando as espécies que ocorrem na
região e a importância delas para o ambiente, principalmente com relação as espécies mais visadas
como caça.
Após a sistematização dos dados coletados foi realizada Oficina de Planejamento Participativa 3
(OPP). Esta oficina foi realizada no município de Costa Rica, no dia 7 de março de 2018 onde
foram colhidas as sugestões para complementação da análise e subsídios para o planejamento das
ações de gestão, que compõe o Encarte III da UC.
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2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABILHOA, V. & DUBOC, L. Peixes. In: Mikich, B. & Bérnil, R.S. (Eds) Livro Vermelho da
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3. ANEXOS
Anexo 1. Lista de Espécies da Flora
Espécies lenhosas registradas para a região da APA das Nascentes do Rio Sucuriú. Legenda: G.E. = Grupo Ecológico: P (pioneira), S (secundária), T (tardia); Usos: ALI (alimentar), ECL (ecológico),
ECN (econômico), MÉD (medicinal), ORN (ornamental). *Espécies sugeridas para estudos de manejo e pesquisa científica.
FAMÍLIA Nome científico Nome-comum G.E. Usos
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Aze
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20
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7)
ANACARDIACEAE Astronium sp. gonçalo X
Myracrodruon urundeuva* aroeira T ECN, MÉD X
Schinopsis brasiliensis* quebracho S ECN
Lithraeae molleoides aroeirinha S ECN, ECL, ORN X
Tapirira guianensis peito-de-pombo P ECN, ECL X X
Vellozia flavicans canela-de-ema S ECL
ANNONACEAE Annona coriacea marolo P ECL, ALI, MÉD X
Annona crassiflora araticum P ECL, ALI, MÈD X
Annona phaeoclados araticum P ECL X
Bocageopsis mattogrossensis* embira-preta S ECL X
Cardiopetalum calophylum imbira S ECL X
Duguetia furfucata ata S ECN, ECL X
Duguetia lanceolata araticunzinho P ECN, ECL X
Guatteria sellowiana chal-chal S ECL X
Rollinia sylvatica araticum P ECN, ECL X
Rollinia sylvatica araticum-do-mato P ECL, ALI, MÉD
Unonopsis lindmanii pindaíva-preta P ECL
Xylopia emarginata pindaíba-d'água P ECL X
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FAMÍLIA Nome científico Nome-comum G.E. Usos
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Bo
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N
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7)
Xypolia aromatica pimenteira P ECL X
APOCYNACEAE Aspidosperma macrocarpum guatambu S ECN X
Aspidosperma subincanum guatambuzinho S ECN X
Hancornia speciosa* mangaba S ECL X
Himananthus obovatus pau-de-leite P ECN, ECL X
ARALIACEAE Dendropanax cuneatum maria-mole S ECL X
Schefflera morototoniI mandiocão P ECL, ECN X
ARECACEAE Acrocomia aculeata bocaiúva P ECL, ALI X
Desmoncus cf. cuyabensis jacitara P ECL X
Syagrus oleracea guariroba S ECL, ALI, ORN X
Syagrus rommanzoffianus gerivá S ECL, ALI, ORN X
BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica ipê-verde S ECN, ORN X
Handroanthus aureus paratudo S ECN, MÉD, ORN X
Handroanthus durus ipê-banco-do-brejo P ECL, ORN X
Handroanthus impetiginosus ipê-roxo T ECN, MÉD, ORN X
Handroanthus roseo-albus ipê-branco S ECN, ORN X
Handroanthus serratifolius pau-d'arco T ECN, ORN
Jacaranda cuspidifoila carobinha S ECN, ORN
Zeyheria montana bolsinha-de-pastor P ECL X
BORAGINACEAE Cordia alliodora louro-branco P ECN X
Cordia glabrata louro-pardo P ECN X
Cordia sellowiana louro P ECN X
Cordia trichotoma louro P ECN X
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FAMÍLIA Nome científico Nome-comum G.E. Usos
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18
)
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20
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FIB
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7)
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amescla-bréu S ECN, ECL X
CARYOCARACEAE Caryocar brasiliense* pequi P ECL, ECN, ALI, MÉD X
CHRYSOBALANACEAE Hirtella gracilipes bosta-de-cabra P ECL X
Licania humilis oiti S ECN, ECL X
Couepia gardneri oiti-de-ema S ECN, ECL X
CLUSIACEAE Calophyllum brasilienis guanandi S ECN, ECL, ALI, MÉD X
Kielmeyera speciosa pau-santo S ECN, ECL X
COMBRETACEAE Buchenavia tomentosa tarumarana S ECN X
Terminalia argentea capitão-do-campo S ECN, MÉD X
Terminalia fagifolia orelha-de-cachorro P ECN X
CONNARACEAE Connarus suberosus araruta-do-campo P ECL X
Rourea induta botica inteira P ECL X
DILLENIACEAE Curatella americana lixeira P ECL MÉD X
Davilla elliptica lixeirinha P ECL X
EBENACEAE Diospyros brasiliensis fruta-de-boi P ECL, ALI X
ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma sapopema S ECL X
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum suberosum muxiba S ECN, ECL X
Erythroxylum tortuosum cabriteiro P ECL X
EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia tapiá P ECL X
Croton bonplandianus sangra-d'água P ECL X
Croton urucurana sangra-d'água P ECL X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Maprounea guianensis vaquinha S ECN, ECL X
Sebastiana membranifolia sarandi S ECL X
FABACEAE Acacia paniculata cássia S ECL, ORN X
Albizia sp. monjolo S ECN, ORN X
Amburana cearensis imburana T ECN, MÉD X
Anadenanthera colubrina angico-branco S ECN, ORN X
Anadenanthera falcata angico-do-cerrado S ECN X
Andira cuyabensis morcegueira S ECN, ECL X
Apuleia leiocarpa garapa T Ecn, ECL X
Bauhinia glabra pata-de-vaca P ECN X
Bauninia mollis espinheira P ECN X
Bauhinia forficata pata-de-vaca P ECN X
Bowdichia virgilioides sucupira S ECN, MÉD X
Centrolobium cf. tomentosum araribá T ECN, ECL X
Copaifera langsdorffii copaiba S ECN, MÉD, ORN X
Dalbergia cuyabensis rabo-de-bugiou S ECN, MÉD X
Dalbergia miscolobium rabo-de-macaco S ECN X
Dimorphandra mollis fava-de-anta P ECN, ECL, MÉD X
Dipteryx alata* cumbaru S ECN, ECL, ALI, MÉD,
ORN X
Diptychandra aurantiaca balsaminho S ECN X
Enterolobium contortisiliquum orelha-de-macaco T ECN, ECL, ORN X
Erythrina dominguezii mulungu S ECN, ORN X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Erythrina falcata eritrina S ECN, ORN X
Hymenaea courbaril jatobá-da-mata T ECL, ECN, ALI, MÉD,
ORN X
Inga laurina ingá-branco S ECN, ECL X
Inga uruguaiensis ingá-feijão S ECN, ECL X
Inga edulis ingá-liso S ECN, ECL X
Lonchocarpus sp. embira S ECN, ECL X
Machaerium aculeatum jacarandá-bico-de-papagaio S ECN X
Machaerium opacum jacarandá-do-cerrado S ECN X
Ormosia arborea olho-de-cabra P ECN, ORN X
Piptadenia gonoacantra monjoleiro S ECN X
Plathymenia reticulada vinhático-do-campo S ECN, ORN
Platypodium elegans amendoim-do-campo S ECN X
Pterodon emarginatus sucupira-branca S ECN, MÉD, ORN X
Pterogyne nitens amendoim S ECN X
Sclerolobium aureum carvoeiro S ECN, MÉD, ORN X
Senna alata aleluia S ECN, ORN X
Senna silvestris aleluia S ECN, ORN X
Stryphnodendron obovatum barbatimão P ECL X
Vatairea macrocarpa angelim-do-cerrado P ECN, ECL
FLACOURTIACEAE Casearia gossypiosperma espeteiro P ECL X
ICACINACEAE Emmotum nitens Faia S ECN, ECL X
LAURACEAE Nectandra sp. canela S ECN X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Ocotea diospyrifolia canela S ECN, ECL X
Ocotea sp. canela S ECN, ECL X
Ocotea porosa* canelinha S ECN, ECL X
LECYTHIDACEAE Eschweilera nana ovo-frito P ECL X
LOGANIACEAE Strychnos pseudoquina quina-do-cerrado P ECL X
LYTHRACEAE Lafoensia pacari dedaleira P ECL X
MALPIGHIACEAE Byrsonima coccolobifolia muricizão P ECL X
Byrsonima crassifolia murici P ECL X
Byrsonima intermedia murici P ECL X
Byrsonima umbellata murici-do-brejo P ECL
Byrsonima serica muricizinho P ECL X
MALVACEAE Apeiba tibourbou pau-jangada S ECN, ECL X
Chorisia speciosa paineira S ECN, ORN X
Eriotheca pubescens paina-do-cerrado S ECN, ECL, ORN X
Luehea divaricata açoita-cavalo P ECN X
Luehea grandiflora açoita-cavalo P ECN X
Luehea paniculata açoita-cavalo P ECN X
Pseudobombax longiflorum embiruçu S ECN, ECL, ORN X
Pseudobombax tomentosum paineira T ECN, ORN X
MELASTOMATACEAE Cabralea canjerana canjerana T ECN X
Miconia burchellii pixirica P ECL X
Miconia tiliaefolia pixirica P ORN X
Tibouchina granulosa quaresmeira P ECL, ORN X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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MELIACEAE Cedrela fissilis* cedro T ECN, ORN X
Guarea guidonea marinheiro T ECL X
Guarea kunthiana marinheiro T ECL X
Guarea macrophylla marinheiro S ECL X
Miconia sp. micônia P ECL, ORN X
Trichilia hirta carrapeta S ECN
Trichilia pallida catiguá S ECN, ECL
Trichilia silvatica cachuá S ECN, ECL X
MORACEAE Brosimum gaudichaudii mama-cadela S ECN, ORN X
Ficus carica figueira S ECN, ECL X
Ficus gardneriana figueira S ECN, ECL X
Ficus grandis figueira S ECN, ECL X
Ficus cf. insipida figueira S ECN, ECL X
Maclura tinctoria amora-de-espinho P ECN, ECL X
Sorocea bonplandii falsa-espinheira S ECL X
MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius maria-preta P ECL X
Campomanesia pubescens guavira P ECL, ALI X
Campomanesia sp. araçá P ECL X
Eugenia aurata cabeludinho P ECL X
Eugenia sonderiana araçazinho P ECL X
Eugenia cf. dysenterica araçá-do-mato P ECL X
Eugenia sp. araçazinho P ECL X
Gomidesia palustris araçá P ECL X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Myrcia bella* mercurinho P ECL
Myrcia rostrata goiabinha P ECL X
Myrcia camapuaensis goiabinha-do-mato P ECL X
Myrcianthes cf. pungens guabiju P ECL
Psidium australe araçá P ECL, ALI, ORN X
Siphoneugena densiflora maria-preta P ECL
OPILIACEAE Agonandra brasiliensis cerveja-de-pobre P ECL X
PAPILIONOIDEAE Dalbergia miscolobium jacarandá S ECN, ORN X
POLYGONACEAE Coccoloba mollis falso-novateiro S ECN X
PRIMULACEAE Myrsine guianensis cafezinho P ECL
Rapanea ferruginea pororoca P ECL X
Virola urbaniana virola-do-brejo S ECL
PROTEACEAE Roupala montana carne-de-vaca S ECL X
RHAMNACEAE Rhamnidium elaeocarpum cabriteira S ECL X
RUBIACEAE Alibertia edulis marmelo P ECN, ECL X
Alibertia sessilis marmelinho P ECN, ECL X
Coussarea hydrangeaefolia falsa-quina S ECN
Genipa americana jenipapo P ECN, ECL, ALI, MÈD X
Psycotria carthagenensis cafezinho S ECL
Randia armata limãozinho S ECL X
Rudgea viburnoides congonha S ECL X
Tocoyena formosa olho-de-boi S ECN, ECL X
RUTACEAE Esenbeckia cf. febrifuga guarantã S ECN, ECL X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Zanthoxylum riedelianum mamica-de-porca S ECN, ECL
Zanthoxylum rhoifolium mamica-de-cadela S ECN, ECL X
Zanthoxylum rigidum mamica-de-porca S ECN, ECL X
SAPINDACEAE Allophylus edulis cun-cun S ECL X
Cupania castaneifolia camboatá-vermelho S ECN, ECL X
Cupania vernalis saboneteira S ECN, ECL X
Diatenopteryx sorbifolia maria-preta S ECN, ECL
Dilodendron bipinnatum maria-pobre S ECN, ECL X
Cupania vernalis camboatá S ECN, ECL
Magonia pubescens timbó S ECN, MÉD, ORN X
Matayba guianensis camboatá S ECN, ECL X
Talisia esculenta pitombeira S ECN, ECL, ORN X
SAPOTACEAE Pouteria ramiflora grão-de-galo P ORN
Pouteria torta abiu S ECN X
SIMAROUBACEAE Simarouba versicolor perdizeira S ECN, ECL X
SOLANACEAE Solanum lycocarpum lobeira P ECN X
STERCULIACEAE Helicteres guazumifolia Helicteres P ECN, ECL X
Guazuma ulmifolia chico-magro P ECN, ECL, MÉD X
STYRACACEAE Styrax ferrugineus laranjinha-do-cerrado P ECL
ULMACEAE Trema micantra taleira P ECL
URTICACEAE Cecropia pachystachya embaúba P ECL
Cecropia hololeuca embaúba P ECL
VERBENACEAE Vitax polygama tarumã T ECN, ECL, MÈD X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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VOCHYSIACEAE Qualea grandiflora pau-terra P ECN X
Qualea multiflora pau-terrinha S ECN X
Qualea parviflora pau-terra-mirim S ECL
Salvertia convallariodora chapéu-de-couro P ECN, ECL X
Vochysia cinnamoea cinzeiro P ECN X
Vochysia tucanorum caixeta S ECN, ORN X
Vochysia rufa pau-doce S ECN, ORN X
WINTERACEAE Drimys winteri cataia S ECN, ECL X
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 2. Lista das Espécies de Avifauna
Listagem de espécies da avifauna. Legenda: SD - Sensibilidade a distúrbios: B – Baixa, M – Média, A – Alta. D –
Dieta: O – Onívoro, G – Granívoro, P – Piscívoro, I – Insetívoro, D – Detritívoro, C – Carnívoro, M – Malacófago, F
– Frugívoro, N – Nectarívoro. Habitat: Ca = Campo; Ce = Cerrado; Pa = Pastagem cultivada; F = Ambiente
florestado; Ci = Mata ciliar; Ga = Floresta de galeria; Br = Vereda/Nascente; Aq = Aquático; AA = Área antropizada.
APA das Nascentes do Rio Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Struthioniformes
Rheidae
Rhea americana ema B O Ca, Ce, Pa
Tinamiformes
Tinamidae
Crypturellus undulatus jaó B O Ci, F, Ga
Crypturellus parvirostris inhambu-chororó B O Ce
Rynchotus rufescens perdiz B O Ca, Pa
Nothura maculosa codorna-amarela B O Ca, Pa
Anseriformes
Anhimidae
Anhima cornuta anhuma M G Ci, Br
Anatidae
Dendrocygna viduata irerê B O Ci, Aq, AA
Cairina moschata pato-do-mato M O Ci, Aq, AA
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho B O Ci, Aq, AA
Galliformes
Cracidae
Penelope superciliaris jacupemba M O F
Crax fasciolata mutum-de-penacho M O F, Ga
Ciconiiformes
Ciconiidae
Jabiru mycteria tuiuiú M P Ci, Br
Mycteria americana cabeça-seca B P Ci, Br
Suliformes
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá B P Aq
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga M P Aq
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi M O Br
Nycticorax nycticorax savacu B O Aq, Br
Butorides striata socozinho B O Br
Bubulcus ibis garça-vaqueira B I Pa, Ca
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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140/161
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Ardea cocoi garça-moura B P, I Aq, Br
Ardea alba garça-branca-grande B P, I Aq, Br
Syrigma sibilatrix maria-faceira M O Br, Ca
Egretta thula garça-branca-pequena B O Aq, Br
Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis coró-coró M O Ci, Aq, Br
Theristicus caudatus curicaca B O Ca, Pa, F, AA
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha B D Pa, Ga, F
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela M D F, Br
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta B D F, Pa, Ci, AA
Sarcoramphus papa urubu-rei M D F, Ga
Accipitriformes
Accipitridae
Elanus leucurus gavião-peneira B O F, Pa
Ictinia plumbea sovi M C, I F, Ga
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro B M Br
Heterospizias meridionalis gavião-cabloco B C Ca, AA
Rupornis magnirostris gavião-carijó B C, I F, Ci, Ga, AA
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco B C F, Ca
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta M C F, Ci, Ga
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão M M Br
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes A O F, Br, Ga
Porzana albicollis sanã-carijó M O Ca, Br
Gallinula galeata frango-d'água-comum B O Aq, Ci, Br
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero B O Ca, Br, AA
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã B O Br
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa B G Ca, Pa, AA
Columbina squammata fogo-apagou B G Ca, AA
Columbina picui rolinha-picui B G Ca
Patagioenas picazuro pombão M O Ga, Ca, Pa, AA
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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141/161
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Patagioenas cayennensis pomba-galega M O F, Ga, Ci, AA
Zenaida auriculata pomba-de-bando B G Ca, Pa, AA
Leptotila verreauxi juriti-pupu B G F, Ci, Ga, AA
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira B G F, Ci, Ga, AA
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato B O F, Ga
Crotophaga major anu-coróca M O F, Ga, Ci
Crotophaga ani anu-preto B O Ca, Br, AA
Guira guira anu-branco B O Ca, Br, AA
Tapera naevia saci B O Ca, Br, F
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata suindara B C Ca, Ce, Pa, AA
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato B C, I F, Ci, Ga, AA
Glaucidium brasilianum caburé B C, I F, Ca, AA
Athene cunicularia coruja-buraqueira M O Ca, Ce, AA
Asio clamator coruja-orelhuda B O F, Ci
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua B I F, Ci, Ga, AA
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Antrostomus rufus joão-corta-pau B I F, Ga, Br
Hydropsalis albicollis bacurau B I F, Ce, Ca, AA
Hydropsalis parvula bacurau-chintã B I F, Ga, AA
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides senex taperuçu-velho B I F, Ce, Ga, Ci
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca B I F, Ce, Ga, Ci
Trochilidae
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado B N F, Ce, AA
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura B N Ce, AA
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta B N F, Ga, AA
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vemelho B N F, Ce, Ci, AA
Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde M N F
Hylocharis chrysura beija-flor-dourado M N Ce, Ga, AA
Trogoniformes
Trogonidae
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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142/161
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Trogon curucui surrucuá-de-barriga-vermelha M I, F F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande B P Aq, Ci, Br
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde B P Aq, Br
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno B P Aq, Br
Momotidae
Momotus momota udu-de-coroa-azul M I, F F, Ga
Galbuliformes
Galbulidae
Brachygalba lugubris ariramba-preta B I F, Ci, Ga, AA
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva B I F, Ci, Ga, AA
Bucconidae
Nystalus chacuru joão-bobo M I Ce, F, Ga, AA
Monasa nigrifrons chora-chuva-preto M I F, Ga, AA
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco tucanuçu M O Ce, Ca, Ci, Ga
Pteroglossus castanotis araçari-castanho A F F, Ci
Picidae
Picumnus albosquamatus pica-pau-anão-escamado B I F, Ga, AA
Melanerpes candidus birro B I F, Ga, Ca, AA
Veniliornis passerinus picapauzinho-anão B I F, Ci, Ga
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado B I F, Ga, AA
Colaptes campestris pica-pau-do-campo B I Ce, Ca, Pa, AA
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca B I F, Ci, Ga, AA
Campephilus melanoleucos pica-pau-de-topete-vermelho M I F, Ci, Ga, AA
Cariamiformes
Cariamidae
Cariama cristata seriema M O Ca, F, AA
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus carcará B O Ca, F, Pa, AA
Milvago chimachima pinhé B O Ca, Pa, AA
Herpetotheres cachinnans acauã B C, I Ci, Ga, F, AA
Falco sparverius quiriquiri B C, I Ca, Ga
Falco femoralis falcão-de-coleira B C, I Ca
Psittaciformes
Psittacidae
Ara ararauna arara-canindé M F F, Ga, Br
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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143/161
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Diopsittaca nobilis maracanã-pequena M F Ga, Br
Orthopsittaca manilatus maracanã-do-buriti M F Ga, Br
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã B F F, Ga, Ci, AA
Eupsittula aurea periquito-rei M F Ce, Ga, F
Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo M F F, Ga, AA
Alipiopsitta xanthops papagaio-galego M, E F Ce, Ga
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro M F Ce, Ga
Passeriformes
Thamnophilidae
Formicivora rufa papa-formiga-vermelho B I Ce, Ci
Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido M, E I Ga, Ce
Thamnophilus doliatus choca-barrada B I Ce, Ci, AA
Taraba major choró-boi B I F, Ci, Ga, AA
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde M I F
Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado M I F, Ce
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande M I F, Ga, Ci
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro B I Ca, Pa, AA
Phacellodomus ruber graveteiro B I F, Pa, Ca
Synallaxis frontalis petrim B I F, Ga, AA
Synallaxis albescens uí-pi B I Ca, Pa, Ce
Tityridae
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda M I, F F
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto M I, F F
Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra M I F, Ga, Ci
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto M I F
Rhynchocyclidae
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio B I F, Ga, AA
Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro M I F, Ga
Tyrannidae
Camptostoma obsoletum risadinha B I F, Ci, Ga, AA
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela B I, F F, Ce, Ci, AA
Elaenia spectabilis guaracava-grande B I, F F, Ce, Ci, AA
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata B I, F F, Ga, AA
Myiarchus ferox maria-cavaleira B I F, Ci, Ga, AA
Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado B I F, Ce, Ga
Casiornis rufus maria-ferrugem B I F, Ci, Ga, AA
Pitangus sulphuratus bem-te-vi B O F, Ga, Ce, AA
Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo B I Ci, Br
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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144/161
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro B I Pa, Ca, AA
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado B O F, Ci, Ga, AA
Megarynchus pitangua neinei B I F, Ci, Ga, AA
Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea B O F, Ce, AA
Tyrannus melancholicus suiriri B I F, Ci, Ga, AA
Tyrannus savana tesourinha B I Ce, Ca, Pa, AA
Empidonomus varius peitica B I F, Ga, AA
Colonia colonus viuvinha B I F, Ci, AA
Pyrocephalus rubinus príncipe B I Pa, Ca, Ga, AA
Arundinicola leucocephala freirinha M I Ci, Br
Gubernetes yetapa tesoura-do-brejo M I Ca, Br, AA
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu B I F, Ci, Ga, AA
Xolmis cinereus primavera B I Ca, Pa, AA
Xolmis velatus noivinha-branca M I Ce, Pa, Ca
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari B I F, Ci, Ga, AA
Corvidae
Cyanocorax cyanomelas gralha-pantanal B O F, Ga, Ci
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo M, E O Ce
Cyanocorax chrysops gralha-picaça M O F, Ci, Ga
Hirundinidae
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora B I Aq, Ca, Pa
Progne tapera andorinha-do-campo B I Aq, Ce, Ca
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande B I Ce, Pa, Ca
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio B I Aq
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco B I Ce, Ca, Pa
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra B O F, Ce, Ca, AA
Donacobiidae
Donacobius atricapilla japacanim M O Ci, Br
Turdidae
Turdus leucomelas sabiá-barranco B O F, Ga, AA
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira B O F, AA
Turdus amaurochalinus sabiá-poca B I, F F, Ga, AA
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo B O F, Ce, Ca, AA
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor B I Ca, Pa, AA
Passerellidae
Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo B G Ca, Pa, AA
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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145/161
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita M I F, Ci, Ga
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra B I F, Ci, Ga, Br
Basileuterus culicivorus pula-pula B I F, Ga
Myiothlypis flaveola canário-do-mato M I F, Ga
Icteridae
Cacicus haemorrhous guaxe B O F, Ci, AA
Icterus pyrrhopterus encontro B O F, Ci, Ga, AA
Icterus croconotus joão-pinto B O F, Ga, Ci
Gnorimopsar chopi passaro-preto B O Ca, Pa, AA
Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo B O Ca, Ci, Br
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul B G Ca, Pa, Ci, AA
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica B N, I F, Ce, Ca, AA
Saltatricula atricollis bico-de-pimenta M, E G F, Ce
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA
Tachyphonus rufus pipira-preta B F F, Ci, Ga
Ramphocelus carbo pipira-vermelha B F F, Ci, Ga, AA
Lanio cucullatus tico-tico-rei B G F, Ce, AA
Lanio penicillatus pipira-da-taoca M I, F F, Ga
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento B F F, Ga, AA
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro B F F, Ga, AA
Tangara cayana saíra-amarela M I, F F, Ga, Ce, Ca
Tersina viridis saí-andorinha B F F, Ci, Ga, AA
Dacnis cayana saí-azul B F F, Ci, Ga, AA
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho B I, F F, Ci, Ga
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA
Emberizoides herbicola canário-do-campo B G Ca, Pa, Br
Volatinia jacarina tiziu B G Pa, Ca, Ce, AA
Sporophila collaris coleiro-do-brejo B G Ci, Ca, Pa, Br
Sporophila lineola bigodinho B G Ca, Ci, Pa, AA
Sporophila caerulescens coleirinho B G Ca, Pa, AA
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim B F F, Ci, Ga, AA
Passeridae
Passer domesticus pardal B O AA
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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146
Anexo 3. Lista das Espécies de herpetofauna
Espécies de anfíbios e répteis com ocorrência confirmada para as Unidades de Conservação do munícipio de Costa
Rica, MS (APA das Nacentes do Rio Sucuriú, PNM do Salto do Sucuriú e PMN da Laje) e espécies de provável
ocorrência (PO), com respectivos nomes populares, ocorrência, hábito, atividade, distribuição geográfica e
conservação. Legenda: Ocorrência APA=Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Sucuriú, Salto=PNM do
Salto do Sucuriú; Laje=PNM da Laje; DS=dados secundários, espécies de provável ocorrência (Uetanabaro et al.,
2006). Hábito Ab=arborícola; Aq=aquático; Cr=criptozóico; Fo=fossorial; Te=terrestre. Ativ (atividade) D=diurna;
N=noturna. Distrib (distribuição) End=espécie endêmica do Cerrado; Conserv (conservação) C2=espécie inserida no
apêndice II da Cites.
ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habi
to
Ati
v
Distr
ib
Conse
rv
APA D
S Salt
o
Laj
e
CLASSE AMPHIBIA
ORDEM ANURA
Família Bufonidae
Rhinella schneideri (Werner, 1894) sapo-cururu X X X Te N
Rhinella gr. granulosa cururuzinho X Te N
Família Craugastoridae
Pristimantis cf. dundeei (Heyer & Muñoz, 1999) rãzinha-do-folhiço X Ab D/
N End.
Pristimantis fenestratus (Steindachner, 1864) rãzinha-do-folhiço X X X Ab D/
N
Família Hylidae
Dendropsophus sp. pererequinha-do-
brejo X
Dendropsophus cruzi (Pombal & Bastos, 1998) pererequinha-do-
brejo X Ab N End.
Dendropsophus elianeae (Napoli and Caramaschi,
2000)
pererequinha-do-
brejo X Ab N End.
Dendropsophus jimi (Napoli & Caramaschi, 1999) pererequinha-do-
brejo X Ab N End.
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) pererequinha-do-
brejo X X Ab N
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) pererequinha-do-
brejo X X Ab N
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt &
Lütken, 1861)
pererequinha-do-
brejo X Ab N End.
Dendropsophus soaresi (Caramaschi & Jim, 1983) pererequinha-do-
brejo X Ab N
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) perereca-amarela X X X Ab N
Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) perereca X X X Ab N End.
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799) perereca X Ab N
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) perereca-amarela X Ab N
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) pererequinha X X X Ab N
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) perereca-de-
banheiro X X X Ab N
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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147/161
ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habi
to
Ati
v
Distr
ib
Conse
rv
APA D
S Salt
o
Laj
e
Scinax nasicus (Cope, 1862) perereca X Ab N
Scinax sp. (gr. ruber) perereca X Ab N
Pithecopus azureus Cope, 1862 perereca-folha X Ab N End.
Pseudis bolbodactyla A. Lutz, 1925 rã-boiadeira X Aq N
Pseudis paradoxa (Linnaeus, 1758) rã-boiadeira X Aq N
Trachycephalus typhonius (Linnaeus, 1758) perereca X X X Ab N
Família Leptodactylidae
Adenomera sp.1 rãzinha X Cr D/
N
Adenomera sp.2 rãzinha X Cr D/
N
Adenomera cf. diptyx (Boettger, 1885) rãzinha X X Cr D/
N
Leptodactylus cf. furnarius Sazima & Bokermann,
1978 rã X Te N End.
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) rã X X X Te N
Leptodactylus cf. jolyi Sazima & Bokermann, 1978 rã X Te N End.
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) rã-pimenta X X X Te N
Leptodactylus latrans (Linnaeus, 1758) rã-manteiga X X X Te N
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) rãzinha-gota-de-
chuva X X X Cr
D/
N
Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863) rãzinha-quatro-
olhos X Te N End.
Physalaemus centralis Bokermann, 1962 rãzinha X Te N End.
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 rã-cachorro X X X Te N
Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) rã-chorona X Te N
Pseudopaludicola cf. falcipes (Hensel, 1867) rãzinha X Cr D/
N
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887) rãzinha X X X Cr D/
N
Família Microhylidae
Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) sapo X Fo N
Elachistocleis sp. sapo-guarda X Fo N
Elachistocleis bicolor (Valenciennes in Guérin-
Menéville, 1838) sapo-guarda X Fo N
Elachistocleis aff. ovalis Schneider, 1799 sapo-guarda X Fo N
Família Odontophrynidae
Odontophrynus sp. sapo-boi X Te N
CLASSE REPTILIA
ORDEM CROCODYLIA
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habi
to
Ati
v
Distr
ib
Conse
rv
APA D
S Salt
o
Laj
e
Família aligatorideae
Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) jacaré-paguá X Aq/T
e
D/
N C2
ORDEM SQUAMATA
Família Amphisbaenidae
Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 cobra-cega X Fo D
Amphisbaena mertensi Strauch, 1881 cobra-cega X Fo D
Amphisbaena roberti Gans, 1964 cobra-cega X Fo D
Amphisbaena silvestrii Boulenger, 1902 cobra-cega X Fo D End.
Família Anguidae
Ophiodes striatus (Spix, 1824) cobra-de-vidro X Te D
Família Dactyloidae
Norops meridionalis Boettger, 1885 papa-vento X Te D End.
Família Gekkonidae
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) lagartixa-de-parede X AB N Ex.
Família Gymnophthalmidae
Cercosaura schreibersii Wiegmann, 1834 lagartinho-do-
folhiço X Te D
Micrablepharus atticolus Rodrigues, 1996 lagartinho-da-
cauda-azul X Te D End.
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt &
Luetken, 1862)
lagartinho-da-
cauda-azul X Te D
Bachia bresslaui (Amaral, 1935) lagartinho-sem-
pernas X Te D End.
Família Iguanidae
Iguana iguana (Linnaeus, 1758) iguana X Te/A
b D C2
Família Phyllodactylidae
Phyllopezus pollicaris (Spix, 1825) lagartixa X Ab N
Família Sphaerodactylidae
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935) lagartinho-do-
folhiço X Te D End.
Família Teiidae
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) lagarto-verde X X X Te D
Ameivula sp. lagartinho X Te D
Ameivula ocellifera (Spix, 1825) lagartinho X Te D
Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) teiú X X Te D C2
Tupinambis teguixin (Linnaeus, 1758) teiú X Te D C2
Família Tropiduridae
Tropidurus torquatus (Wied, 1820) lagarto X X X Ab D
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habi
to
Ati
v
Distr
ib
Conse
rv
APA D
S Salt
o
Laj
e
Família Boidae
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) sucuri X Aq/T
e
D/
N C2
Família Colubridae
Chironius flavolineatus (Boettger, 1885) cobra-cipó X Ab/T
e D End.
Família Dipsadidae
Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1824) cobra-de-capim X Te D/
N
Erythrolamprus taeniogaster (Jan, 1863) coral-falsa X Aq/T
e D
Helicops angulatus (Linnaeus,1758) cobra-d'água X Aq D
Lygophis meridionalis (Schenkel, 1901) cobra-capim X Te
Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron e Duméril,
1854 coral-falsa X Te N
Pseudoboa nigra (Duméril, Bibron & Duméril,
1854) cobra-arco-íris X Te N
Taeniophallus occiptalis (Jan, 1863) corre-campo X Te D
Xenodon merremii (Wagler, 1824) capitão-do-campo X Te D
Família Viperidae
Bothrops mattogrossensis Amaral, 1925 jararaca-pintada X TE N
Bothrops moojeni Hoge, 1966 jararaca-das-
veredas X TE N End.
Crotalus durissus Linnaeus, 1758 cascavel X TE N
Família Typhlopidae
Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini, 1976) cobra-cega X Fo N
ORDEM TESTUDINES
Família Chelidae
Mesoclemmys vanderhaegei (Bour, 1973) cágado-de-
barbicha X Aq D C2
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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150/161
Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora
Lista de espécies de mastofauna terrestre não voadora da área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, município de
Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Hábito: Ar=arbóreo; Te=terrestre; SA=semi-aquático; Sc = escansorial; Sf=semi-
fossorial. Dieta: Fr=frugívoro; Hb=herbívoro pastador; In=insetívoro; Myr=mirmecófogo; On=onívoro; Ca=carnívoro;
Gr=granívoro. Tipo de Registro: A=avistamento; CT=camera trap; V=vestígio. Status da espécie: (NT) quase ameaçada,
(EN) ameaçada, (VU) vulnerável. IUCN1, MMA2
ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Didelphis albiventris gambá x x In/On Te CT
Gracilinanus agilis cuíca
x In/On Ar
Lutreolina crassicaudata cuíca x Ps Te
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira x x Myr Te CT VU¹VU²
Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim
x Myr Sc
CINGULATA
Dasypodidae
Cabassous unicinctus tatu-do-rabo-mole x x Myr SF V
Dasypus novemcinctus tatu-galinha x x In/On SF CT
Euphractus sexcinctus tatu-peba x x In/On SF V
Priodontes maximus tatu-canastra
x Myr SF
VU¹VU²
Tolypeutes matacus tatu-bola
x In/On SF
NT¹EN²
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris anta x x Hb/Fr Te CT, V VU¹VU²
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama americana veado-mateiro
x Fr/Hb Te
Mazama gouazoubira veado-catingueiro
x Fr/Hb Te
Ozotoceros bezoarticus vead-campeiro x x Fr/Hb Te CT, V NT¹VU²
Tayassuidae
Pecari tajacu cateto x x Fr/Hb Te V
Tayassu pecari queixada
x Fr/Hb Te
VU¹VU²
PRIMATES
Atelidae
Alouatta caraya bugio
x Fo/Fr Ar
NT²
Cebidae
Sapajus cay macaco-prego x x Fr/On Ar A VU²
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous lobinho x x In/On Te CT, V
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status
Chrysocyon brachyurus lobo-guará
x Ca/On Te
NT¹VU²
Felidae
Leopardus pardalis jaguatirica
x Ca Te
Puma concolor onça-parda
Ca Te
VU²
Puma yaguarondi gato-mourisco
x Ca Te
VU²
Panthera onca onça-pintada
x Ca Te
NT¹VU²
Mephetidae
Conepatus semistriatus jaratataca
x In/On Te
Mustelidae
Eira barbara irara
x Fr/On Te
Galictis cuja furão
x Ca Te
Lontra longicaudis lontra
x Ps SA
NT¹NT²
Pteronura brasiliensis ariranha
x Ps SA
EN¹VU²
Procyonidae
Nasua nasua quati x x Fr/On Te A, CT
Procyon cancrivorus mão-pelada x x Fr/On Sc A
LAGOMORPHA
Leporidae
Silvilagus brasiliensis tapiti
x Hb Te
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris capivara x x Hb SA V
Cuniculidae
Cuniculus paca paca
x Fr/Hb Te
Dasyproctidae
Dasyprocta azarae cutia x
Fr/Gr Te A, CT
Erethizontidae
Coendou prehensilis ouriço-cacheiro x Fr/Fo/Se Ar
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora
Espécies de mamíferos não-voadores listadas como ameaçadas pelo MMA 2014 e IUCN, 2017. Legenda: Status de
conservação (NT) quase ameaçada, (EN) ameaçada, (VU) vulnerável, para área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú,
município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
ORDEM/Família/Espécie Nome popular Dieta Hábito IUCN MMA
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira Myr Te vulnerável vulnerável
CINGULATA
Dasypodidae
Priodontes maximus tatu-canastra Myr SF vulnerável vulnerável
Tolypeutes matacus tatu-bola In/On SF quase-ameaçada ameaçada
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris anta Hb/Fr Te vulnerável vulnerável
ARTIODACTYLA
Cervidae
Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro Fr/Hb Te quase-ameaçada vulnerável
Tayassuidae
Tayassu pecari queixada Fr/Hb Te vulnerável vulnerável
PRIMATES
Atelidae
Alouatta caraya bugio Fo/Fr Ar quase-ameaçada
Cebidae
Sapajus cay macaco-prego Fr/On Ar vulnerável
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus lobo-guará Ca/On Te quase-ameaçada vulnerável
Felidae
Puma concolor onça-parda Ca Te vulnerável
Puma yaguarondi gato-mourisco Ca Te vulnerável
Panthera onca onça-pintada Ca Te quase-ameaçada vulnerável
Mustelidae
Lontra longicaudis lontra Ps SA quase-ameaçada quase-ameaçada
Pteronura brasiliensis ariranha Ps SA ameaçada vulnerável
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 6. Lista das Espécies de mastofauna voadora
Espécies da quirópterofauna registradas para área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, município de Costa Rica,
Mato Grosso do Sul (Pagoto et al., 2006).
Família Nome Científico Dieta
Phyllostomidae
Anoura caudifer (E. Geoffroy, 1818) Nectarívoro
Artibeus jamaicensis (Leach, 1821) Frugívoro
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Frugívoro
Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Frugívoro
Glossophaga soricina (Pallas, 1766) Nectarívoro
Platyrrhinus helleri (Peters, 1866) Frugívoro
Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro
Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro
Natalidae
Natalus stramineus (Gray, 1838) Frugívoro
Vespertilionidae
Myotis nigricans (Schinz, 1821) Insetívoro
Mollossidae
Cynomops planirostris (Peters, 1865) Insetívoro
Eumops bonariensis (Peters, 1874) Insetívoro
Molossus molossus (Pallas, 1766) Insetívoro
Molossus rufus (E. Geoffroy, 1805) Insetívoro
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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154
Anexo 7. Lista das Espécies de ictiofauna
Registros de espécies de peixes na sub-bacia do rio Sucuriú, na área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, segundo dados bibliográficos disponíveis, com nomenclatura atualizada,
nomes populares e fonte do registro. Os registros foram agrupados pela localização em cada porção da sub-bacia. Benedito-Cecílio et al. (2004) refere-se apenas aos registros no rio
Sucuriú, excluindo os demais dados, de outras bacias. Froehlich et al. (2006) refere-se apenas aos dados do estudo apresentados para as áreas "1" (nascentes do rio Sucuriú), "3" (rio
Sucuriú e afluentes próximo à Ponte de Pedra) e "9" (rio Sucuriú e afluentes próximo à cidade de Costa Rica). Rosa/FIBRAcon (2018) referem-se aos dados obtidos sob o salto Sucuriú,
durante outro estudo em andamento. Os dados de Rosa/BIOLÁQUA (2013) e Taveira/ARATER (2018) estão transcrito integralmente.
Táxons Nomes
populares
Mont. Cach. Rapadura Cachoeira da Rapadura ao Salto Sucuriú
FR
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HL
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CHARACIFORMES
Curimatidae
Cyphocharax modestus (Fernández-Yepez, 1948) sairú 12
Anostomidae
Leporinus friderici (Bloch, 1794) piau-três-pintas 3
Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 piau-vermelho 2 11 6
Leporinus sp. piau 1
Parodontidae
Apareiodon ibitiensis Amaral Campos, 1944 canivete 236
Apareiodon piracicabae Eigenmann, 1907 canivete 65
Parodon nasus Kner, 1859 canivete 16 412 12
Characidae
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Astyanax aff. eigenmanniorum lambari 1
Astyanax altiparanae (Garutti & Britski, 2000) tambiú 1 2 37 26 25 32 26 76 33 17 126 43 15 3 3 13 3
Astyanax cf. paranae Eigenmann, 1914 lambari 328 72 25 27 4 9 16 373 2 7 1 1
Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) lambari 1 2 6 5 1 2 3
Astyanax scabripinnis (Jenyns, 1842) lambari X
Aphyocharax cf. dentatus Eigenmann & Kennedy,1903 piquira 1
Bryconamericus aff. iheringii (Boulenger, 1887) piquira 1 103 27 20 9 5 18 19 371
Bryconamericus stramineus (Eigenmann, 1908) lambari 1 50 49 17 17 7 7 309 546 2 91
Hemigrammus marginatus Ellis, 1911 lambari 203 203 18
Moenkhausia intermedia Eigenmann, 1908 lambari 4 44 4 2 22
Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) olho-de-fogo 43
Piabina argentea Reinhardt, 1866 piquira 146 118 73 34 53 156 150 535 60 6
Salminus hilarii Valenciennes, 1850 tabarana 4 7 2
Serrapinnus heterodon (Eigenmann, 1915) piquira 1
Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) piquira 124 256 437 110 1202 3 886 35 91 343 1255
Crenuchidae
Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909 canivetinho 4 1 5 2 51 7 2 38 1 152
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Characidium gomesi Travassos, 1956 canivetinho 12 7 16 4
Characidium sp. canivetinho 21 5 2 2 2 2 13 1
Lebiasinidae
Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903 mocinha 1
Erythrinidae
Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829) jejú 5
Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) traíra X 19 1 1 3 5 1 3 4
SILURIFORMES
Heptapteridae
Cetopsorhamdia iheringi Schubart & Gomes, 1959 bagrinho 3 2 1 1 2
Imparfinis borodini Mees & Cala, 1989 bagrinho 1
Imparfinis mirini Haseman, 1911 bagrinho 3
Imparfinis schubarti (Gomes, 1956) bagrinho 1 2 1
Rhamdia cf. quelen (Quoy & Gainmard, 1824) bagrinho 38 1 2
Loricariidae
Hisonotus cf. insperatus Britski & Garavello, 2003 cascudinho 116 7 6 7 1
Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) cascudo 1 1 4 1
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Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911) cascudo 1 1 1 9 1 1 1
Hypostomus margaritifer (Regan, 1908) cascudo 2 1 4 1
Hypostomus nigromaculatus (Schubart, 1964) cascudo 12 1
Hypostomus regani (Ihering, 1905) cascudo 26 32
Hypostomus sp. rapa-canoa 6 2 3 3 1 8
Microlepidogaster sp. cascudinho 27 19
Pseudopimelodidae
Pseudopimelodus mangurus (Valenciennes, 1835) bagre-sapo 2
CYPRINODONTIFORMES
Rivulidae
Melanorivulus pictus (Costa, 1989) barrigudinho X
Rivulus aff. punctatus Costa, 1989 barrigudinho 248 1 4 6 1 1
Rivulus sp. barrigudinho X
GYMNOTIFORMES
Gymnotidae
Gymnotus sp. tuvira 2 2
Sternopygidae
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Eigenmannia trilineata López & Castello, 1966 tuvira 2
PERCIFORMES
Cichlidae
Aequidens plagiozonatus Kullander, 1984 cará 1
Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 cará 1 1 6 4 1 5
Cichlasoma britskii Kullander, 1982 cará 2
Laetacara araguaiae Ottoni & Costa, 2009 cará 6 2
Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) porquinho 1 1 1
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) tilápia 3
SYNBRANCHIFORMES
Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 muçum X 2 1
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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159
Anexo 8. Roteiro de entrevista
Local de Aplicação:_____________________________
BLOCO 1 – PERFIL DO ENTREVISTADO
1) Nome do Entrevistado: ______________________ 2) Idade? _____ 3) Sexo? 1( )F 2(
)M
2) Naturalidade: _________________
3) Escolaridade: ( ) Fundamental_________ ( ) Médio ___________ ( ) Superior
___________
4) Profissão? 1( ) agricultor(a) 2( ) dona de casa 3( ) aposentado(a) ( ) outra
__________
5) Tem filhos? ( ) Sim Quantos?_____________ ( ) Não
5.1) Quantos anos tem seus filhos? _____/_____/____/_____
6) Seus filhos freqüentam a escola? ( ) Sim ( ) Não
6.1) Quantas pessoas moram na sua casa? _________
BLOCO 2 – VÍNCULO COM O LUGAR
7) Quantos anos reside no local? ______________________________________________
8) O que mudou neste local desde que mora aqui? ________________________________
9) Gosta de morar aqui? ( ) Sim Por que? _________________ ( ) Não
10) Já ouviu falar na UC? ( ) Sim ( )Não
11) Através de quem 1( )Vizinhos 2( ) Prefeitura 3( ) familiares 4( ) TV 5( )
rádio 6( )jornal 7( ) outro_______________________________________
12) Você já foi a UC? Já fez alguma atividade? ____________________________________
BLOCO 3 – IMAGEM DA UC
13) Descreva como era a paisagem alguns anos atrás:
___________________________________________________________________________
_
14) Sr.(a) já viu animais na UC? Que animais são vistos?
___________________________________________________________________________
_
15) Quais animais que ocorriam na região que não são mais vistos?
___________________________________________________________________________
_
16) Qual a importância da UC para no seu ponto de vista? ____________________________
17) A implantação da UC ajudou ou atrapalhou?
____________________________________
18) Teria interesse em realizar alguma atividade de lazer na UC? Que Tipo?______________
BLOCO 4 – ATIVIDADES ECONÔMICAS
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
160/1
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19) Possui propriedade próxima a UC? ( ) Sim Que tipo?_________________ ( ) Não
20) Qual a área total da propriedade (ha)?________________________________________
21) Possui atividade que gera renda na sua propriedade? ( ) sim ( ) não Qual? ____________
22) Qual atividade principal da propriedade? ______________________________________
BLOCO 5 - AMBIENTAL
23) É frequente a ocorrência de fogo na região? ( ) Sim ( ) Não
24) Na sua propriedade tem pomar, horta, mandioca (Permacultura)? ( ) Sim ( ) Não
______
25) Tem problemas com animais que se alimentam de seus produtos (papagaios, periquitos,
etc..)? ( ) Sim ( ) Não
26) Possui animais domésticos? ( ) Sim Qual?___________ É criado solto? ( )Sim ( ) Não
5.1 PERGUNTAS GERAIS PARA CHÁCARA, FAZENDAS E RESIDÊNCIAS
27) Tem acesso ao credito rural? ( ) Sim ( ) Não
28) Recebe algum auxílio do governo? ( ) Sim ( ) Não Qual?_________________________
29) Qual a origem da água utilizada? ( ) Bica (mina d’água) ( ) Rede pública ( ) rio/córrego
( ) Poço (artesiano ou manilha) ( ) Outro________________
30) O que é feito com o esgoto (tipo de fossa)? _____________________________________
31) O que é feito com o lixo? ___________________________________________________
32) Usa corretivos do solo ou adubos? ( ) Sim ( ) Não
33) Usa curvas de nível? ( ) Sim ( ) Não
34) Tem notado escassez de água (seca)? ( ) Sim ( ) Não
5.2 EXTRATIVISMO VEGETAL
35) Faz uso de lenha para forno, fogão, etc...? ( ) Sim ( ) Não
36) Qual origem da lenha? __________________________________________________
37) Como faz a extração?______________________________________________________
Soube de alguém que pega lenha na área da UC?
5.3) CAÇA
38) Você encontra muita carcaça de animais mortos? ( ) Sim ( ) Não
39) Quais animais? __________________________________________________________
40) De que eles morrem normalmente? __________________________________________
5.4)PESCA
41) Pesca dentro da UC? ( )Sim ( )Não
42) Qual o tipo da pesca? ( )barranco ( )barco
43) Quais petrechos usa? Ou conhece quem usa ( )anzol ( )rede ( )tarrafa ( )outros
________________
Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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__________________________________________________________________________
161/1
61
44) Quais as principais espécies?_________________________________________
BLOCO 6 - POTENCIAL TURISTICO
45) Qual atrativo da UC interessa os visitantes (turistas)? 1( ) nada 2( ) cachoeira
3( ) algo histórico4( ) trilhas 5( ) esportes 6( ) outras ________________
46) Dentro da UC, conhece algum potencial turístico? O quê?_________________________
47) O que acha da infraestrutura dos Parques? _____________________________________
48) Tem alguma sugestão de melhoria? __________________________________________
49) O número de funcionários é suficiente? _______________________________________
50) Você acha que o turismo trouxe mudanças para a comunidade? 1( ) Não 2( ) mais
emprego 3( )mais renda 4( ) mais transporte 5( ) mais comércio 6( ) menos
tranqüilidade 7( ) outros_________________________________
51) Você tem conhecimento de outra área que recebe turistas na região?
1( ) Não 2( ) camping 3( )local para banho 4( ) trilhas 5( ) lanchonete 6( ) algo histórico
7( ) outros _________________________________
BLOCO 7 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
52) Você já participou de alguma atividade de educação ambiental? ( ) Sim ( ) Não
53) O que foi abordado? _______________________ Gostou? _______________________
54) Quais temas gostaria de participar?
( ) Resíduos sólidos ( ) Reciclagem ( )Água ( )Biodiversidade ( )Biomas ( )Caça e pesca
( )Consumo ( ) outros____________________________________
Você participa de alguma associação comunitária/grupos?
1()Clube de mães_____________________ 4 ( ) Cooperativa/_________________________
2( ) Ass. de agricultores________________5 ( ) Organização de
Mulheres_______________
3 ( ) Igreja___________________________6( ) outras
_______________________________
Data: ______ / _____ / ______ Entrevistadores: _______________________________
Confidencialidade
Este roteiro de entrevista constitui em propriedade da Fibracon – Consultoria, não sendo
permitida sua reprodução total ou parcial para qualquer fim.
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