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LEITURA PARA MEU ARTIGO NA PUC RIO
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O USO DAS MÍDIAS NA SALA DE AULA: A INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Alice Virginia Brito de Oliveira –Professora Assistente
Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL
aliceoliveirabrito@ig.com.br
Maria José Houly Almeida de Oliveira– Professora Assistente
Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL
mjosehouly@hotmail.com
RESUMO: Nos dias atuais as mídias na educação são discutidas com pouca ou nenhuma ênfase nos cursos de
formação inicial de professores, tornando-se uma questão recorrente nas formações continuadas destes
profissionais. Esta pesquisa teve como objetivo investigar as questões inerentes às resistências dos profissionais
da educação de incluir no currículo à utilização destes recursos em sala de aula e aprendizagens significativas a
partir da produção do novo conhecimento. Parte da percepção de que na sociedade contemporânea com os
avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação-TICs, principalmente da internet, não se pode mais
ignorar os conhecimentos desta área ou simplesmente resistir às mudanças sociais que influenciam diretamente
na educação. A pesquisa, de natureza qualitativa, teve como lócus turma de graduandos de licenciatura do
curso de História, seguindo como marco teórico estudos de MERCADO (2000), MORAN ( 2000), TEDESCO (2004),
SANTOS; RADTKE ( 2005), entre outros, relativos à utilização das tecnologias da informação e comunicação na
educação.A coleta dos dados aconteceu mediante a utilização da observação, da aplicação de questionários e
realização de entrevistas com os professores. Entre os resultados estão aqueles que evidenciaram que na
prática pedagógica o uso das mídias em sala de aula ainda é restrito a alguns profissionais, em especial, os
técnicos que não estão ministrando aulas, bem como os professores não utilizam o planejamento didático de
forma sistemática, as mídias na sala de aula nem tampouco a internet como recurso pedagógico. Destacou-se
também a formação inicial e continuada dos professores, as políticas governamentais, a gestão escolar e as
questões da prática pedagógica dos professores como sendo as mais influenciadoras nas aprendizagens e
resistências no uso das mídias na sala de aula proporcionando em algumas realidades um trabalho incoerente
as reais necessidades da realidade escolar e aprendizagem dos alunos.
ABSTRACT: Today the media in education are discussed with little or no emphasis on initial training courses for
teachers, becoming a recurring question in the continuing education of these professionals. This research aimed
to investigate the questions inherent resistance of professional education in the curriculum to include the use of
these resources in the classroom and learning from the significant production of new knowledge. Part of the
perception that in contemporary society with the advancement of Information and Communication
Technologies, ICTs, especially the Internet, one can no longer ignore the knowledge of this area or simply
resisting the social changes that directly affect education. The research, qualitative in nature, had the locus class
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of undergraduate degree course in history, according to theoretical studies MERCADO (2000), MORAN (2000),
TEDESCO (2004), SANTOS, RADTKE (2005), among others relating to the use of information technology and
communication in Education. The data collection took place through the use of observation, questionnaires and
interviews with teachers. Among those are the results showed that in practice the use of educational media in
the classroom is still limited to some professionals, in particular, the technicians who are not teaching classes,
and teachers do not use a systematic instructional planning, the media in the classroom nor the Internet as an
educational resource. Also notable was the initial and continuing training of teachers, government policies, the
school management and the questions of pedagogical practice of teachers as the most influential in learning
and resistance in media use in the classroom by providing a job on some realities incoherent reality the real
needs of schools and student learning.
1. Introdução
Na sociedade contemporânea com os avanços das tecnologias da informação e comunicação-TICs,
principalmente da internet, não se pode mais ignorar os conhecimentos desta área ou simplesmente resistir às
mudanças sociais que influenciam diretamente na educação e gradativamente estão sendo inclusas.
As dificuldades de inserção das mídias em sala de aula ao longo da história da educação e das práticas
educativas estão sendo discutidas apesar de uma parcela da comunidade educacional ainda não ter acesso a
esses bens culturais. Infelizmente, para alguns educadores estes recursos são importantes em muitos aspectos,
mas não servem ou dá mais trabalho seu uso como ferramenta pedagógica em sala de aula. E outros, utilizam-a
de forma mecanizada a qual não viabiliza a verdadeira produção de novos conhecimentos que é permitida com
o trabalho pedagógico a partir das mídias, especialmente da internet.
As mídias na educação é uma temática que até os dias de hoje é estudada e discutida com pouca ou
nenhuma ênfase nos cursos de formação inicial de professores, tornando-se uma questão recorrente nas
formações continuadas dos profissionais da educação. Daí, a urgente e necessária importância do debate,
estudos e pesquisas nesta área. Principalmente, na articulação deste conhecimento com as aprendizagens
necessárias à sociedade atual.
Assim, este trabalho teve como objetivo investigar as questões inerentes às resistências dos
profissionais da educação de incluir no currículo as aprendizagens necessárias à utilização destes recursos em
sala de aula bem como as aprendizagens significativas a partir da produção do novo conhecimento.
Acreditando ser a educação o canal de trazer à tona as novas linguagens comunicacionais tão importante
às novas formas de ensinar e de aprender, as quais viabilizam aos sujeitos serem participes desta sociedade
globalizada e reconheçam a função sócio-educacional que as mídias vêm desenvolvendo na educação. A
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informação deve ser capaz de enriquecer-nos, de mudar-nos, de converter-nos, simplesmente porque nos
permite ver o que era invisível para nós, saber o que ignorávamos, a sentir o que considerávamos inacreditável.
É a partir da aquisição das informações e dos conhecimentos que os indivíduos têm uma visão de
mundo diferenciado, pois na medida em que se adquirem novos conhecimentos também se tornam diferentes.
Nesta perspectiva, as tecnologias podem tornar-se elementos integradores dos ambientes de
aprendizagem desde que sejam pensadas, discutidas e planejadas com base nos reais contextos educacionais
com seus limites e possibilidades. Não se pode ser ilusório que serão a salvadora da pátria e que também
dependendo do seu uso pode ou não contribuir para uma aprendizagem que realmente responda aos desafios
da sociedade atual.
2. Mídias e Educação Escolar
A sociedade ao longo dos anos vem se transformando em função de cada época histórica. Com o
advento das Tecnologias da Informação e da Comunicação - TIC, essa mudança ocorre praticamente de forma
instantânea. Assim, muita coisa boa tem acontecido como também muita coisa que não tem significado.
Na educação são grandes as contribuições, sobretudo com a chegada das mídias e dentre elas a
internet, possibilitando um vasto conhecimento. Com isso, mudam-se também os paradigmas de ensinar e
aprender.
A realidade escolar aos poucos vem mudando e modernizando a exemplo das possibilidades de uso
das mídias como, a TV, vídeo, DVD, projetor multimídia, internet, esta última precisando aumentar sua oferta,
principalmente montando laboratórios de informática de qualidade que atendam as atuais necessidades da
comunidade acadêmica, hoje pouco sendo explorada.
Nada disso acontece se a escola não dispuser das instalações necessárias para a implantação de
computadores e a manutenção da internet e, conseqüentemente, de pessoas preparadas para manuseá-los. A
esses equipamentos junta-se a visão crítica do professor para discernir quais informações serão veiculadas na
sala de aula. Cabe salientar, contudo, que a intenção não é substituir o quadro e o giz por recursos tecnológicos,
mas uni-los para que a aprendizagem seja mais eficaz, uma vez que,
‘Ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente
os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e
alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem
mexer no essencial. A internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente,
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mas que pode nos ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas
atuais de ensinar e de aprender’ (MORAN, 2000, p. 63).
As escolas enfrentam grandes desafios em relação aos novos paradigmas educacionais, as novas
formas de se comunicar, as novas exigências profissionais, a diversificação das formas de ensinar e aprender
redimensiona e conduz a organização curricular a partir da inserção das mídias na educação e das exigências da
sociedade atual. Evidencia-se também um processo de transformação constante tanto na vida social quanto na
educacional, modificando ainda os espaços de ensinar e aprender que segundo Moran (2000, p. 36):
‘A educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens,
desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis
manipulações. É importante educar para usos democráticos, mais progressistas e
participativos das tecnologias que facilitem a educação dos indivíduos’.
Como se pode notar, não se pode desconsiderar as mídias, sua importância na educação e na
formação de professores, visto que as mesmas são imprescindíveis nos novos processos comunicacionais e sem
dúvida o professor é um profissional capaz de desenvolver seu trabalho se utilizando da mediação das mesmas.
Os novos modelos educacionais contemplam os usos das mídias nas escolas que no dizer de Braslavsky (apud
TEDESCO, 2004, p. 87),
‘Parte dessas idéias a que as escolas teriam acesso deveriam ser desenvolvidas
através de uma nova didática – ou seja, de uma nova ciência e de uma nova arte –
que guie as práticas intencionais de formação de capacidades, a partir das quais os
estudantes possam se transformar em gestores de seus próprios processos de
auto-aprendizagem’.
Num contexto globalizado, este é o grande desafio do professor, inicialmente quebrar as
barreiras de sua formação e tentar superar as dificuldades da inserção das mídias na sala de aula e
posteriormente é considerar este processo,
É interessante ressaltar, porém, conforme alerta Araújo (2004), que não basta introduzir as
mídias na educação apenas para acompanhar o desenvolvimento tecnológico ou usá-las como forma de passar
o tempo, mas que haja uma preparação para que os professores tenham segurança, não só em manuseá-las,
mas principalmente em saber utilizá-las de modo seguro e satisfatório, transformando-as em aliadas para a
aprendizagem de seus alunos. Esta idéia é compartilhada por Mercado (apud ARAÚJO, 2004, p. 66) o qual
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assegura que,
‘Com as novas tecnologias, novas formas de aprender e novas competências são
exigidas para realizar o trabalho pedagógico, e assim, é fundamental formar
continuamente esse novo professor que vai atuar neste ambiente telemático em
que a tecnologia será um mediador do processo ensino-aprendizagem’.
A citação acima evidencia as transformações trazidas pelas novas tecnologias da informação e
da comunicação, exigindo, inclusive, um novo modelo de currículo, de escola, do docente e do educando.
Dentre o uso das TIC se destaca o uso do computador, mais precisamente da internet, tendo em vista a
velocidade e a quantidade de informações que ela disponibiliza ao indivíduo assim como as formas dinâmicas,
lúdicas e interativas tão necessárias à educação.
3. Inserção das Mídias na Sala de Aula
Com a vertiginosa expansão das TIC na educação de forma desestrutural percebe-se que no auge
deste momento as escolas não poderiam se eximir desta realidade. Mediante projetos governamentais foram
surgindo os laboratórios de informática nas escolas, as formações continuadas de técnicos e professores, mas
em contrapartida as dificuldades enfrentadas com o uso das mídias na sala de aula, sobretudo, do computador
como ferramenta pedagógica continuou sendo uma resistência por parte destes profissionais.
Profissionais advindos de formações tradicionais as quais não se tinha nos currículos nada relacionado
à temática. Indubitavelmente sofreram um impacto grande quando solicitados a participarem de algum curso
ou momento que fosse utilizado às mídias, em especial, o computador. O computador tornou-se o medo, o
desafio na luta em adaptar-se a nova realidade social, econômica e educacional que a escola vivencia.
‘*...+ São amarras institucionais que refletem nas amarras pessoais. Não basta o (a)
professor (a) querer mudar. É preciso alimentar a sua vontade de estar construindo
algo novo, de estar compartilhando os momentos de dúvidas, questionamentos e
incertezas, de estar encorajando o seu processo de reconstrução de uma nova
prática. Uma prática reflexiva na qual a tecnologia possa ser utilizada a fim de
reverter o processo educativo atual *...+’ (SANTOS; RADTKE, 2005, p. 332).
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A partir desta citação, fica explícito o quanto é relevante o contexto institucional para a formação
continuada dos profissionais que nela estam envolvidos assim como um redirecionamento da organização
estrutural da escola. Considerado o currículo o eixo norteador dos princípios e finalidades do trabalho escolar,
deverá ser refletido e organizado no sentido que o mesmo contemple conhecimentos acerca das TIC,
principalmente, nas formações dos profissionais, nos projetos pedagógicos, nos eventos letivos da escola e nas
aulas com os alunos.
Nesta perspectiva as mídias não mais serão vistas com receio ou medo mais sim como recursos
pedagógicos capazes de dinamizar o processo educativo e com certeza com a colaboração dos alunos no
processo ensino-aprendizagem. A partir das idéias de Mercado (2000, p.73):
‘A escola, ao invés de passar informações, geralmente desatualizadas e
descontextualizadas, terá de se ocupar do aprender a aprender, de levar o aluno
a construir o seu próprio conhecimento, mantendo-se alerta para revisões e
ampliações necessárias. A pretensão da escola é fazer o aluno pensar, estimular
suas faculdades, criar oportunidades de utilizar seus talentos, respeitando os
diversos modos de aprender e expressar. A escola terá que ser um espaço de
produção e aplicação do conhecimento’.
Como afirma Mercado (2000), a escola não pode mais ficar de fora deste processo, as TIC estão em
toda parte, muitos jovens já estam inseridos no mundo das tecnologias, a escola por sua vez precisa realizar um
trabalho de qualidade com a inserção das mídias na sala de aula para que os alunos motivem-se para o ensino-
aprendizagem com responsabilidade e essencialmente tenham aprendizagens significativas.
‘Contudo, com relação à prática pedagógica, alguns educadores não
compreendem dessa forma quando trabalham com seus alunos e estes, ante
propostas de mudanças, não se interessam. Isso porque a utilização dos
computadores deve estar vinculada a fins e objetivos importantes para o processo
de ensino e aprendizagem, no qual se organize um trabalho que seja realmente
significativo para os alunos, em que ele possa vivenciar a efetiva funcionalidade do
aprender e do uso dessa ferramenta nesse processo. Se continuarmos
simplesmente introduzindo o uso do computador aleatoriamente, sem reflexão,
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sem preparo e sem escolhas bem orientadas, essa ferramenta será utilizada para
informatizar o caos destrutivo da educação’ (SANTOS; RADTKE, 2005, p. 333).
As referidas autoras são enfáticas ao trazer a discussão do uso do computador coerentemente com os
objetivos e finalidades da educação. De acordo com esse pensamento, necessário se faz, a escola realizar
momentos de reflexões, planejamentos e elaboração de projetos coletivos os quais priorizem a inserção das
mídias e no caso específico do computador na prática cotidiana da comunidade escolar. Ao incorporar essa
prática, proporcionará a verdadeira construção do conhecimento de forma rica, dinâmica, produtiva, de
qualidade e humana.
Dentro deste contexto, o trabalho com as mídias na sala de aula pode trazer novas formas
comunicacionais, bem como habilidades, competências, linguagens, aprendizagens, conhecimentos, sobretudo,
relacionados à nova sociedade. Pressupõe novos conceitos e novas metodologias de ensinar e aprender onde o
planejamento, a flexibilidade, a leitura, o dialogo sejam o ponto de partida e de chegada da construção do
conhecimento.
4. A Internet como Ferramenta Pedagógica
A internet atualmente é um recurso preponderante em vários setores da sociedade, dentre eles na
educação. Como recurso pedagógico tem sido bastante discutido, mais ainda pouco inserido, pois as
dificuldades e resistências acabam excluindo este trabalho do cotidiano escolar. Para Mercado (2006, p.57),
‘Integrar a utilização da Internet no currículo de um modo significativo e
incorpora-la às atuais práticas de sala de aula, numa aprendizagem
colaborativa, poderá fornecer um contexto autêntico em que alunos
desenvolvem conhecimento, habilidades e valores. Nesse contexto, as atividades
propostas permitem aos alunos analisar problemas, situações e conhecimentos
presentes nas disciplinas e na sua experiência sócio-cultural’.
Quando esta proposta for concretizada, a escola estará realizando um trabalho articulado com o social
em que está inserida assim como melhor cumprindo com sua função social que é ensinar com qualidade.
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Qualidade esta, hoje tão questionada, pois os dados estatísticos apresentam uma realidade caótica da educação
brasileira. Segundo Mercado (2006), as aulas, as atividades com utilização da internet na educação têm que
serem motivadoras dos alunos para que os mesmos busquem os conhecimentos, as informações de forma
investigadora, seletiva e critica considerando as mais importantes para sua aprendizagem.
Partido do exposto foi desenvolvida a pesquisa de campo sobre a utilização da internet como
ferramenta pedagógica. A pesquisa foi desenvolvida envolvendo os alunos do Curso de História da Universidade
Estadual de Alagoas (UNEAL), mas escolas de Educação Básica. A coleta dos dados aconteceu mediante a
utilização da observação, da aplicação de questionários e realização de entrevistas com os professores. Nesse
sentido, as aulas de Didática no referido curso também foi um espaço da pesquisa, tendo como objetivos
verificar as causas pelas quais os professores resistem em utilizar as mídias em sala de aula; discutir a
importância da aquisição de competências tecnológicas, pedagógicas e inclusão de metodologias concretas de
como integrar as TIC ao Currículo; discutir conceitos e práticas para o uso das mídias na sala de aula;
disponibilizar sites de pesquisa sobre as temáticas em estudo e proporcionar a inserção da internet nas aulas de
Didática no Curso de História por meio do Laboratório de Informática.
A pesquisa aconteceu da seguinte maneira: inicialmente foram estudados textos teóricos acerca do
planejamento didático e sobre as tecnologias na educação como mediação para a aprendizagem em sala de
aula. Segundo, os alunos foram realizar a pesquisa de campo nas Escolas de Educação Básica. Terceiro
momento desenvolveu-se no Laboratório de Informática da Instituição tendo como suporte a utilização do
site do Ministério da Educação-MEC, no link com o Portal do Professor. A pesquisa realizada na internet
possibilitou um estudo analítico comparativo com os referenciais teóricos estudados e os dados coletados em
campo bem como os recursos oferecidos mediante o uso dos links do Portal acima citado. Quarto momento
aconteceu em sala de aula com uma exposição dialogada da pesquisa realizada e dos resultados obtidos e
consequentemente a elaboração de um artigo com a discussão em pauta.
Para que não houvesse dicotomia entre os conhecimentos estudados, a realização da pesquisa e a
produção do artigo a pesquisa foi direcionada para a temática do planejamento de disciplina, no caso em
estudo de história. A desvinculação entre teoria e prática sempre posta em discussão, apresentou-se como um
fator contribuidor da dicotomia presente nas escolas de educação básica assim como nos cursos de licenciaturas
entre os conhecimentos científicos e os conhecimentos pedagógicos, o primeiro estaria relacionado a teoria e o
segundo a prática. Nesse sentido o estudo possibilitou a indissociável teoria e prática na formação dos futuros
professores de história.
A navegação no portal permitiu o conhecimento de vários instrumentos didáticos compatíveis com a
área de história. Os graduandos puderam percorrer as diversas discussões sobre planejamento de aulas de
história e o mais interessante com o uso de mídias na sala de aula. Dentre os sites oferecidos para a pesquisa,
alguns deles específicos de história viabilizaram a análise e reflexão das inúmeras possibilidades teóricos-
metodologicas que o professor dispõe que por vezes, não é utilizada.
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O link, planos de aulas foi o mais acessado e analisado frente ao conteúdo que estávamos
trabalhando, em especial, os recursos midiáticos que estavam sendo utilizados. E comparados com a análise dos
planos recebidos pelos alunos pesquisadores, detectou-se que a organização da aula permanece cristalizada nos
métodos pelos professores para desenvolver suas aulas. Portanto, é interessante pensar que esta forma de
entender os conteúdos e a aprendizagem dos alunos está acontecendo conjuntamente com as teorias que
preconizam a importância dos conhecimentos prévios dos alunos e a inclusão deste como sujeito do
conhecimento, não apenas recebendo informações, mas também construindo conhecimentos.
O exemplo da Rede Internacional Virtual de Educação (RIVED) que é um programa da Secretaria de
Educação a Distância (SEED), que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de
objetos de aprendizagem. Estes conteúdos primam por estimular o raciocínio e o pensamento crítico dos
estudantes, associando o potencial da informática às novas abordagens pedagógicas. Foram trabalhadas
também algumas atividades deste repositório no laboratório, os alunos puderam conhecer analisar projetos,
roteiros de aulas e essencialmente assistir algumas aulas que tinham interatividade mediante os recursos
selecionados. Nesta perspectiva o desafio que está posto ao professor que é o estudo, a pesquisa, a construção
do conhecimento fundamentado em paradigmas sócio-educacionais mais humanos e de qualidade.
Transformando as concepções dos professores e alunos em relação ao processo ensino e aprendizagem, serão
mais fáceis à inserção das mídias em sala de aula e assim, professores e alunos terão de se tornar colaboradores
na luta contra os modelos regulatórios e classificatórios de sociedade em face de um modelo democrático e
emancipatório da ideologia vigente.
A análise dos resultados da pesquisa explicitou questões sobre o planejamento didático e a utilização
de mídias na sala de aula as quais os professores do Ensino Médio têm dificuldades de utilizar os recursos
tecnológicos em seu cotidiano e poucos utilizam as mídias como ferramenta de aprendizagem por não
conhecerem. Isso pode ser explicitado na fala do Professor 2: ‘É mais fácil trabalhar com o planejamento que já
temos organizados do que levar os alunos para o computador’. Já o Professor 4 afirma : ‘Achei muito difícil
trabalhar com o computador, tenho dificuldades em manusear assim fica complicado depender de outras
pessoas’. Nessas frases fica explicito que para o professor é muito mais simples seguir o planejamento que ele já
conhece porque isso dá uma certa estabilidade ao trabalho desenvolvido, uma vez que mergulhar na novidade
da tecnologia significa quebrar paradigmas, se repensar e em muitas situações depender de outras pessoas, já
que esses professores não necessariamente tem os saberes básicos para trabalhar com os novos recursos
tecnológicos, especialmente o computador. O Professor 5 corrobora essa informação, apesar de destacar que
aprecia trabalhar com as novas tecnologias: ‘Gostei muito de começar a trabalhar com as tecnologias, mas sinto
muitas dificuldades de operacionar os equipamentos, e os técnicos exigem muito em relação a aplicação de
projetos no laboratório de informática sem a gente dominar ainda na prática’.
Observa-se que na prática pedagógica o uso das mídias em sala de aula ainda é restrito a alguns
profissionais, em especial, os técnicos que não estão ministrando aulas. Os professores acabam não sendo
envolvidos ou alguns não querem ser envolvidos com as formações continuadas (quando são oferecidas) e
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projetos didáticos com esta finalidade por não conhecerem ou simplesmente achar ‘mais fácil seu antigo
planejamento’.
Os docentes em sua maioria ainda não têm claro que os recursos tecnológicos de informação e
comunicação têm se desenvolvido e se diversificado rapidamente, estando presente na vida cotidiana de todos
os cidadãos, além da existência de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, exigindo dos
profissionais da educação competências e habilidades para lidar com a complexidade, a diversidade de
informações, enfrentarem os desafios que as novas tecnologias estão trazendo. Poucos utilizam a mídia
impressa, a televisão, o vídeo, o rádio, a internet, a hipermídia como ótimos recursos para mobilizar os alunos
em torno de problemáticas, quando se discute o que fazer para despertar o interesse para os estudos
temáticos, desenvolverem projetos ou trazer novos olhares para os trabalhos em sala de aula.
A pesquisa revelou que os profissionais entrevistados infelizmente não utilizam o planejamento
didático de forma sistemática, as mídias na sala de aula nem tampouco a internet como recurso pedagógico.
Apenas utiliza o conteúdo programático como fim em si mesmo. Como foi dito anteriormente faltam formações
continuadas que viabilizem esses momentos para os profissionais que já se encontram nos sistemas de ensino.
‘Percebe-se, no entanto, que as tecnologias da informação de comunicação,
quando introduzidas nas escolas, são disponibilizadas de maneira inadequada aos
(às) professores (as), não levando em conta a formação necessária, levando-os (às)
a frustações sucessivas. Também reconhecemos que nas instituições envolvidas
existe uma certa acomodação e resistência em aceitar a introdução de mudanças
de paradigmas, as quais são,percebidas como fatores que podem vir a alterar as
rotinas/tarefas conhecidas e aceitas. Essas percepções trazem consigo sentimentos
de insegurança e ameaça, pois põem em risco hábitos de trabalho, de métodos e,
inclusive, do emprego do tempo’ (SANTOS; RADTKE, 2005, p. 331).
De acordo com as idéias das referidas autoras e os estudos realizados, o processo de formação torna-
se fundamental para que esses profissionais revejam seus paradigmas de educação, suas concepções acerca da
sociedade, do ensino e aprendizagem. Muitas vezes, o considerado simples planejamento estaria
redirecionando esta prática. A partir deste momento acredita-se ser possível um redirecionamento das ações
escolares em prol da aprendizagem significativa dos alunos.
5. Considerações Finais
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A partir dos estudos realizados e da pesquisa desenvolvida, os resultados apresentados por meio dos
instrumentos utilizados em campo e nas aulas de didática em relação aos desafios e perspectivas da utilização
das mídias em sala de aula, o problema crucial refere-se à falta de formações continuadas qualitativas
associadas à ausência de autonomia do professor por não saber pesquisar e não usar o computador por medo
ou simplesmente acomodação.
Como todo e qualquer conhecimento novo realmente causa certo impacto, mas com o estudo e
aprendizado são superadas as dificuldades. Questões esta vivenciadas pelos graduandos com as aulas de
didática que foram ministradas em laboratório, os que não tinham experiência com o computador e a
navegação na internet com a aprendizagem e orientações oferecidas foram operacionalizando aos poucos e
conseguiram executar as atividades propostas.
Outra questão que não se deve esquecer é a falta de laboratórios de informáticas e recursos humanos
capacitados para as formações e orientações didáticas do computador e da internet como ferramenta
pedagógica, isto afeta sobremodo interesse de professores e alunos, causando desmotivação, o que
entendemos ser um desafio sob o qual o professor necessita superar e consiguir implantar projetos voltados
para as necessidades da comunidade escolar em especial para aprendizagem dos alunos.
Em geral, as perspectivas da utilização das mídias em sala de aula caminham em um patamar de
descobertas, realização de cursos, conhecimentos os quais irão instigando a participação efetiva dos
professores como mediadores deste processo e assim assumam posturas profissionais coerentes com suas
funções primando pela qualidade de seu trabalho, avançando na prática pedagógica por meio da diversidade de
atividades utilizadas em situações que necessitam a resolução de problemas. As mídias se fazem presentes no
cotidiano escolar como forma de mediatizar a prática pedagógica.
Com relação ao planejamento, é outro fator de fundamental importância que está sendo aos poucos
percebido como processo necessário a organização administrativa e pedagógica do contexto escolar. Desta
forma, conclui-se que as resistências revelam a falta de conhecimento e comodismo de práticas arraigadas no
tradicionalismo. E, aprendizagem com a inserção das mídias na sala de aula significa aprendizagens das novas
linguagens comunicacionais, interativas, dos novos conhecimentos. Revelação mediante depoimentos de quem
vai se inserindo neste contexto como sendo aprendizagens motivadoras, dinâmicas, produtivos que
proporcionam aos envolvidos em projetos e/ou aulas conhecimentos fantásticos no mundo do conhecimento
cientifico e na produção de novos conhecimentos.
REFERENCIAS
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