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Distribuição Gratuita
Maio a Agosto
2016
EDITORIAL
“Neste universo todas as qualidades resultam da preferência dada ao bem estar do
próximo. Ao adotar uma atitude altruísta e ao tratar dos outros como eles merecem a
nossa própria felicidade está garantida. “ (Dalai Lama, Prémio Nobel da Paz 1989)
Maria do Rosário, Direção
O NOSSO CANTINHO
REVISTA DO CENTRO SOCIAL CORTEGACENSE
BEBÉS
Hoje foi dia de festa… Festa de Fim do Ano. Um pedacinho da tarde cheio de
sol e emoções... e muitas alegrias.
Vejam como crescemos
1 ANO
Motricidade motora...
A motricidade motora é o que ajuda o nosso corpo a movimentar-se, a equilibrar-se e a pegar em objetos. Podemos
dividir a motricidade em dois tipos bem distintos: motricidade motora ampla e a motricidade motora fina.
A motricidade fina é a capacidade de realizar movimentos coordenados, controlando os pequenos músculos para
realizar exercícios refinados. Exemplo: rasgar, jogos de pequenos encaixes, exercícios como abotoar e outros.
A motricidade ampla envolve grandes movimentos realizados com o corpo. Nos primeiros anos de vida, é importante
estimular a motricidade motora ampla. Deixar as crianças em espaço livre é relevante para que desenvolvam as habi-
lidades de andar, saltar, correr em circuitos com túneis e brincar com cordas, bolas, arcos e outros objetos.
Aproveitamos um dia de sol para desenvolver
a motricidade motora ampla.
2 ANOS
Final do ano letivo!
O ano passou a correr, chegamos ao fim do ano letivo e a nossa turminha acabou a sua primeira etapa escolar: São os finalistas da Creche!!!
Para o próximo ano letivo estarão já no Pré– escolar.
Olhem só como crescemos...
As nossas brincadeiras...
Dia da mãe
Dia do Pai
3 ANOS
O Domínio da Expressão Artística
O desenho, a pintura, a modelagem, a reciclagem, as dobragens, bem como, a rasgagem, recorte e colagem são
técnicas de expressão plástica comuns na educação pré-escolar. Existem, ainda, outras técnicas nesta área,
que dão "asas" à criatividade e imaginação e fazem as delícias dos mais novos.
A expressão artística da criança é uma linguagem convencional. No mundo plástico da criança. A cada fase da
criança corresponde um aspeto particular do seu mundo plástico. Assim, na fase «prefigurativa», se bem que só
existam “manchas e riscos” no quadro da criança muito pequena, nem por isso deixam de ser os traços de uma
determinada personalidade. Do mesmo modo, a sua evolução far-se-á a um ritmo pessoal e num sentido que lhe
é próprio. distinguem-se as caraterísticas próprias de cada etapa de evolução.
Por sua vez, a linguagem plástica da criança é expressão afetiva antes de ser figuração! A arte infantil é, então,
formada por dois elementos. Há a considerar aquela que vem da criança, do seu eu profundo, e a que vem do
exterior, pela observação e pela experiência.
Pode-se, assim, afirmar que a expressão plástica permite à criança exprimir um leque de sentimentos, emoções,
pensamentos, ideias e vivências do seu meio. Através dela a criança desenvolve competências transversais às
várias áreas e descobre-se a si própria e ao mundo que a rodeia.
É dever do educador fomentar a criatividade e imaginação das crianças, guiando-as nas suas descobertas e
abrindo caminho à experimentação das várias possibilidades e potencialidades que a expressão plástica tem
para oferecer.
4 ANOS
Visita de estudo ao Museu de Serralves
Para se apropriarem do mundo que as rodeiam e
construir conhecimento, as crianças têm que enri-
quecer as suas vivências.
É por meio da EXPERIÊNCIA, da OBSERVAÇÃO e da
EXPLORAÇÃO de seu ambiente , que a criança cons-
trói seu conhecimento, modifica situações, reestru-
tura os seus esquemas de pensamento, interpreta e
busca soluções para factos novos o que favorece e
muito, o desenvolvimento cognitivo da criança, prin-
cipalmente, na fase pré - escolar.
As visitas de estudo são um meio privilegiado para a
criança aprender, compreender, conhecer, observar
e respeitar o mundo que a cerca. A curiosidade natu-
ral das crianças, o desejo de saber e conhecer é
desde muito tenra idade uma oportunidade para a
criança ser intelectualmente activa e culturalmente
desperta.
As visitas de estudo são uma das estratégias que
mais estimula as crianças dado o carácter motivador
que constitui a saída do espaço escolar. Além de
envolver uma componente lúdica, também beneficia
as relações interpessoais educador-criança. São
muito mais que um passeio, constitui um momento
único de aprendizagem, que favorece a aquisição de
conhecimentos e facilita a sociabilidade.
As visitas de estudo são verdadeiros dias de desco-
berta.
Workshop sobre Giorgio Griffa: Qua-
si Tutto
“Os seus desenhos revelam a conti-
nuada elaboração de ideias para as
pinturas e a reflexão de uma obra
paralela, em que o gesto repetitivo e
o signo remetem para o carácter
primordial e notacional da origem”
da pintura.
5 ANOS
““A entrada no universo escolar pode ser sinónimo de
ansiedade. Mas há que gerar confiança e alimentar a
partilha da descoberta, da aprendizagem e da brinca-
deira para lá do universo familiar
O início da idade escolar é uma etapa determinante no cres-
cimento das nossas crianças. O primeiro dia de aulas é um
marco na vida de todos nós. O desconhecido leva, tantas
vezes, a receios e lágrimas de crianças e pais. Tal como
uma mudança de escola. Afinal, a angústia de mergulhar
fora da nossa zona de conforto é sempre um forte aba-
lo. Mas, na maioria dos casos, a escola acaba, rapidamente,
por se tornar na segunda casa, com novos amigos e
a confiança e afeto dos profissionais de educação.
A transição é inevitável, quando, pelos seis anos, a escola
assume a sua plenitude no ingresso no ensino básico. Os
pais receiam as dificuldades de adaptação, as mazelas de
um acidente no recreio ou de personalidades incompatíveis
com os seus rebentos. Daí que muitas escolas optem
por partilhar o primeiro dia com pais e professores, para
facilitar a transição. A confiança é um valor determinante,
pelo que os pais devem promover o lado positivo – o fazer
novos amigos, as brincadeiras, o aprender mais e mais.
Mas a escola extravasa as competências básicas. Não é
apenas aprender a ler, escrever e relacionar. É um laborató-
rio de experiências que será central na formação
da personalidade e na adaptação à sociedade. É na escola
que surgem as primeiras amizades, o mais precioso da nos-
sa condição humana.
Perturbações do sono ou enurese noturna (o chichi na
cama) tendem a surgir nesta altura, sobretudo nas crianças
que passam por uma mudança de estabelecimento.
É recomeçar – novo ambiente, professores, colegas. A esco-
la confere outra mudança fulcral.
A criança apercebe-se de que deixou de ser o centro do
mundo: já não pode monopolizar atenções, como entre a
família, passando a ser uma entre muitas que se sentam na
sala e brincam no recreio e esta constatação nem sempre
se faz sem angústia, sem sofrimento, mas aos poucos a
criança acaba por se adaptar, criando laços de amizade
e dando, assim, mais um passo no seu processo
de sociabilização. Afinal, é (também) na escola que nos pre-
paramos para a vida! “
Portanto, com o aproximar desta data tão importante, além
da preparação pedagógica habitual para o ingresso na esco-
la primária, também nos divertimos imenso com atividades
e passeios fora e dentro do Jardim de Infância para tornar
mais fácil a transição das nossas crianças nesta nova etapa
tão marcante na sua vida.
Eu vou, eu vou para a escola agora eu vou…
lálálá lálá, lálálá láá… eu vou, eu vou…
3ª IDADE
Comemoração 25 anos
No dia 25 de Maio, o Centro Social Cortegacen-
se comemorou 25 anos desde a data da sua
inauguração. 25 anos de história que encerram
em si várias direções, utentes, colaboradores,
enfim, um infinito número de mudanças, vidas,
histórias e peripécias que valem a pena recor-
dar nas fotografias antigas e nos relatos de
quem aqui está há muitos anos. E de facto,
temos aqui pessoas bem antigas, que já cá
estavam à data da inauguração, nomeadamen-
te, as utentes Paula Oliveira e Laurinda Sá e as
colaboradoras Glória Miranda e Dra. Egídia (ver
pag. 10 e 11).
A comemoração dos 25 anos contemplou uma
semana de atividades (pag. 13), com início a 18 de
Maio e término no dia do aniversário. Foram
vários os convívios inter e intrageracionais. Des-
de atividade física com a Infância, convívio com
o Centro de Dia de Esmoriz, jardinagem, pintura,
cinema, animação musical e teatro, assim se
fez a festa.
No dia 25, os idosos brindaram os presentes
com uma linda música, cuja letra é da autoria
do nosso estimado e saudoso António Esqui-
lhas.
Seguiram-se os discursos de várias entidades,
entre os quais, do Presidente C.S. Cortegacen-
se, do Presidente da Junta de Freguesia, do Pre-
sidente da Assembleia de Freguesia, da Câmara
Municipal, do Instituto da Segurança Social de
Aveiro e de outras figuras de referência na
comunidade Cortegacense.
A culminar os festejos, e de outra forma não
faria sentido, crianças, idosos, colaboradores,
familiares, direção, sócios, entidades convida-
das e comunidade em geral, cantaram os para-
béns ao Centro e ao Sr. Padre Manuel Dias.
Para todos os que disponibilizaram o seu tempo
3ª IDADE
No dia em que comemorou 25 anos, a Instituição adquiriu um quadro, idealizado pela nossa
Diretora, Mª do Rosário, que ficará incondicionalmente associado a estas comemorações. Reúne
fotografias de idosos que já estiveram e outros que ainda estão no Lar, e é sem dúvida alguma,
uma obra de arte, de memórias e reminiscências riquíssimas...um infinito de histórias e emo-
ções. Basta pensarmos que cada fotografia deste quadro encerra em si uma vida de muitos e
muitos anos! Esta
obra constituiu um
dos momentos altos
das comemorações -
deu, dá e dará que
falar por muitos e
muitos anos!
25 anos de História -
Rostos do Passado e do Presente
Nome: Egídia Brandão
Iniciou atividade profissional no C. S. Cortegacense a 1 de outubro de 1990
Categoria Profissional: Assistente Social / Diretora Técnica
Que memórias guarda do tempo em que iniciou a sua atividade profissional? “Lembro-me do dia em que cheguei ao Lar. Estava ansiosa, um pouco nervosa, mas rapidamen-te fiquei tranquila pela forma carinhosa e calorosa, como fui recebida. Nessa altura, as instala-ções não tinham nada a ver com o que são hoje. E também não me esqueço, claro, do meu pri-meiro gabinete, muito mais pequeno (e sem janelas) do que o atual, dos pavilhões de quartos ainda a serem mobilados assim como gabinetes médico e de enfermeiros, da área da Capela ain-da por finalizar, da lavandaria a funcionar com uma máquina igual à de nossas casas e toda a maquinaria e equipamento a serem colocados…”
No decorrer destes 25 anos, certamente que a Instituição passou por um enorme processo evolutivo. Testemunhou várias mudanças. No seu entender, há alguma mudança que mereça especial destaque, tenha sido fundamental no desempenho da Instituição? “As instalações eram, há 25 anos, novas e bonitas, mas com o passar dos anos e com o desgaste muitas coisas tornaram-se ultrapassadas e por isso, a necessidade de contantes atualizações. A preocupação da melhoria da qualidade dos serviços e a constante atualização com as exigências da Segurança Social tem sido a grande preocupação na caminhada desta Institui-ção. As recentes obras de remodelação contribuíram significativamente para a melhoria de todas as respostas sociais que a Instituição presta.”
Atualmente, que imagem tem da Instituição? “O CSC é uma Instituição preocupada, desde a Direção aos trabalhadores, procuram fazer diariamente, tudo o que está ao seu alcance para acompanhar as exigências, sempre com a finalidade da melhoria constante na qualidade das respostas à infância e 3ª idade.”
17 de Maio de 2016
Paula Oliveira (44 anos ) Laurinda Sá (81 anos) Data de admissão : 10 de Dezembro de 1983 Data de admissão: 30 de Março 1989
Utentes mais
antigas da
Instituição
3ª IDADE
25 anos de História -
Relato da Diretora Técnica
Nome: Maria da Glória Miranda Pereira
Iniciou atividade profissional no C.S. Cortegacense no dia 10/8/1988
Categoria Profissional: Ajudante de Lar de 1ª
Que memórias guarda do tempo em que iniciou a sua atividade profissional? “Quando comecei apenas havia um pavilhão, aquele a que ainda hoje chamamos pavilhão ver-de. Tinha uma casa de banho com banheira e uma sala para os idosos estarem durante o dia. Também já existia a cozinha. A passagem deste pavilhão para a cozinha era realizada por trás, pois ainda não existiam corredores de acesso, nem receção, nem os restantes pavilhões. À volta era tudo lama. Eram só meia dúzia de idosos. Só senhoras. Passavam o dia na sala a ver televisão e também lá faziam as refeições. Lembro-me da D. Maria Filipe, uma senhora solteira que se dedicou a tempo inteiro ao cuidado dos idosos na casa anti-ga, e a D. Laurinda da Rita, que me fez muitas vezes companhia até à meia-noite, era muito boa senhora. Daquele tem-po recordo ainda as irmãs Generosa e Isaura do Parolo, a D. Helena, a Sr. Ana do Branco e a Paulinha, que ainda está cá hoje e já estava na casa antiga. A Laurindinha da boneca também é das mais antigas, também já cá estava à da data da inauguração. Das funcionárias do lar sou a mais antiga. Dois anos depois de mim entrou a Dra. Egídia. Naquele tempo não havia fraldas, nem máquinas para lavar. Era tudo à mão. Usávamos tiras de panos e umas calças plásticas por cima feitas pela d. Ana, que fazia de costureira, cozinheira, enfim, de tudo um pouco. Eram tempos difí-ceis. Todas faziam de tudo. Era eu, a Cândida, a Perpétua e a D. Ana. Na direção estava a D. Edite, o Sr. Álvaro Rola, a D. Celestina, a D. Luz e a D. Lucinda na parte do Infantário. Durante a noite passei muito tempo, quando não estava a tratar dos idosos claro, a cortar paninhos para servir de fral-das. A realidade era bem diferente do que é agora. Trabalhava todas as noites e ainda ajudava a dar os banhos de manhã. As 8h da noite já cá estava outra vez, mas com muito gosto pelo que fazia. Nesta altura, as obras prosseguiam no alargamento da Instituição.” No decorrer destes 25 anos, certamente que a Instituição passou por um enorme processo evolutivo. Testemunhou várias mudanças. No seu entender, há alguma mudança que mereça especial destaque, tenha sido fundamental no desempenho da Instituição? “Sim. Aponto três grandes mudanças. A primeira foi a entrada da Dra. Egídia. Passou a haver subsídio noturno, horários mais justos e melhores condições de trabalho. A segunda foi a utilização de fraldas descartáveis. A D. Luz Coelho juntamente com a Dra. Egídia foram as principais responsáveis por esta mudança que foi fundamental para as funcionárias mas sobretudo, para a qualidade de vida e bem-estar dos idosos. A terceira mudança foi a entrada desta Direção que melhorou a Instituição a 100%. As instalações são outras e a limpe-za é indiscutível. Agora há funcionárias só para a limpeza, mas antes de esta Direção chegar, nós, ajudantes de lar, tínhamos de cuidar dos idosos e de limpar a Instituição. Só às 14h é que estávamos livres para limpar e numa hora era impossível manter a casa limpa. Já passaram por cá muitas Direções, mas vaidosa, asseada e preocupada com a Instituição como esta não.”
Atualmente, que imagem tem da Instituição? “A imagem que tenho da Instituição hoje é muito boa. Não há comparação com os tempos antigos. No início passei aqui muito, mas por gosto. Agora as condições de trabalho são outras. Há mais pessoal e o trabalho é dividido. Mas não me arrependo de tudo o que passei e que fiz, e continuo a fazer porque trabalho com amor à causa e faço tudo pelos velhi-nhos.”
12 de Maio de 2016
3ª IDADE
Relato da funcionária mais
antiga do Lar
3ª IDADE
Palacete legado por Florindo Marques Cantinho à Câmara Municipal de Ovar (posteriormente atri-
buído à Junta de Freguesia de Cortegaça) para construção do atual Lar de Idosos (à direita).
Lançamento da 1ª Pedra a 8/11/86 , presidida pelo Dr. Oliveira Antunes (Presidente do Centro
Regional da Segurança Social de Aveiro) e bênção da 1ª Pedra pelo Pároco de Cortegaça, Pe.
Manuel Dias.
Inauguração a 25/5/91 pelo Dr. Silva Peneda (Ministro do Emprego e Assuntos Sociais).
Direção do C.S. Cortegacense à data da Inauguração (da esq. para a dir.: Sr. Osvaldo Marques, D. Luz
Coelho, D. Edite Marques, Sr. Álvaro Rola, D. Lucinda Albergaria, D. Celestina Marques e Dr. Manuel Silva).
25 anos de História
3ª IDADE
Uma Semana de Comemorações
3ª IDADE
Tempo de Verão
Nos meses de Julho e Agosto, fruto
do bom tempo, as saídas no Lar
intensificam-se. Entre passeios, ati-
vidade física e jogos no exterior,
assim se passaram os dias. Este
ano, destacamos a visita ao Santuá-
rio de Fátima, o almoço na Viagem
Medieval e o picnic no Buçaquinho.
Passámos ainda bons momentos no
Europarque, a alimentar as carpas,
no Inatel de Santa Maria da Feira e
no Parque Ambiental do Buçaqui-
nho, onde temos o privilégio de
caminhar e apreciar a natureza.
Festejou-se o S.
João com casa
cheia.
Crianças, idosos,
funcionários e fami-
liares reunidos no
lançamento de
balões com mensa-
gens alusivas aos
santos populares.
S. João
3ª IDADE
No tempo passado na Instituição, aproveitámos as férias dos meninos
para realizar atividades conjuntas, especialmente com o Atl, comemorá-
mos o Euro e rentabilizámos os espaços exteriores da Instituição,
nomeadamente, a esplanada e as varandas, para convívio e lazer.
Santuário de Fátima, Parque do Buçaquinho,
Viagem Medieval e Europarque
pequenos momentos
GRANDES emoções…
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