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Jornal Da Saúde de Angola n.60
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
http://slidepdf.com/reader/full/jornal-da-saude-de-angola-n60 1/24
O Céu é o Limite
Estudo pioneiro vai permitir conhecer a composição do veneno das serpen-tes. É o pontapé de saída para a futura produção nacional de soros antiofídi-cos, evitando as importações de origem duvidosa e ineficazes para os envene-namentos de serpentes em Angola. “Se houver investimento, é possível pro-duzi-los dentro de três anos”, garantiu ao JS a autora da investigação, PaulaOliveira, Vice Decana para os Assuntos Científicos da Universidade Lueji A'Nkonde, em Malanje. |Pag.18
Veneno da mordedura das serpentes
Angola pode vir a produzirsoros antiofídicos A dignidade nos cuidados de saúde
esteve em debate no acto central ini-cial da Semana da Humanização, rea-lizada no início de Abril, subordinadaao tema “Um Acto de Cidadania eDignidade no Cuidar”, com o objecti- vo de reflectir os passos dados e osseguintes para a contínua melhoriados cuidados de saúde. |Pag.4
Humanizar oscuidados de saúde
jornalAno 6 - Nº 60
Abril
2015
Mensal Gratuito Director Editorial: Rui Moreira de Sá
MINISTÉRIODA SAÚDEGOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA
aude
a saúde nas suas mãosA N G O L A
da
“Há uma relação biu-
nívoca entre pobreza e
malária. Se por um
lado a pobreza é um
factor de manutenção
ou de agravamento da
malária o contrário
também é verdade.
Por isso é necessário
um grande desenvolvi-
mento socioeconómi-
co e a criação de con-
dições de saneamento
apropriadas” afirmou
o coordenador do Pro-
grama Nacional de
Controlo da Malária
Filomeno Fortes em
entrevista ao Jornal da
Saúde. |Pags. 10 a 14
A
e l im inação da
ma lár ia em Ango la
base ia-se n uma es tra-
tég ia p l ur i face tada q ue
imp l ica o en vo l v imen to
de o i to países e a neces-
s idade de um com ba-
te cerrado à po-
bre za.
Eliminação da malária emAngola prevista para 2025
Tratamento do cancroO papel da quimioterapia
e os cuidados na sua preparação
Há medicamentos que têm a capacidade de destruir as células malignas. São geralmente denomina-dos citotóxicos. Destes, um grande grupo mata apenas células que estão a multiplicar-se.O outro grupo mata, tanto células em proliferação, como as que não estão a dividir-se. Existemoutros tipos de medicamentos utilizados para o tratamento do cancro ao bloquear a função de estru-turas especiais das células malignas. Leia o artigo da autoria do professor Lúcio Lara Santos |Pag.16
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
http://slidepdf.com/reader/full/jornal-da-saude-de-angola-n60 2/24
2 EDITORIAl Abril 2015 JSA
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91>;: C $, ! C
;F;@;3>-25-: AL $ !- ($ ? A?). E05@;>:!>- F> , - % D>. A? C, N 3, 1N > - I,, A, '.: +(244) 935432 415 / 914 780 462,>@>?.>. C-?>L> %? C> - N 872-10/100505, "IF5417089028, %? !?> C & N141/A/2011, F N 143.D1813-HG; 19 $;>@3-8: B> #-
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QUADRO DE HONRAEmpresas Socialmente Responsáveis
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Saúde em debateO mês de Abril foi pródigo em eventos no nosso sector.
Rui MoReiRa de S*Director Editorialdireccao@jornaldasaude.org
Curso PrátiCo
L bor tori L
de di gnóstiCo
genétiCo
Curso Prático Laboratorial de
Diagnóstico Genético
Data: 18 a 20 de Maio de 2015
Local: Laboratório de Biologia
Molecular do Hospital Pediátri-
co David Bernardino,
em Luanda
Organização:CISA - Centro de
Investigação em Saúde
de Angola e Escola Superior
Formadores:Prof. Doutor Mi-
guel Brito e a Mestre
Filipa Correia
Inscrições:até 12 de Maio. Pre-
ço: 9.000 AKZ. Tel.: 943 913 454
E-mail: info@cisacaxito.org
Objectivos:Com este curso,
pretende-se dar aos formandosnão só as bases teóricas da ge-
nética humana com aplicação
clínica, mas também uma pers-
pectiva prática com especial
aplicação à saúde.
www.cisacaxito.org
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
http://slidepdf.com/reader/full/jornal-da-saude-de-angola-n60 3/24
3ACTUAlIDADEJSA Abril 2015
O ce&$! de f!$ma+! de
%a2de da M'l&i"e$fil $eali-
)!' e%&e m% de Ab$il, emL'ada, a ce$im0ia de
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li%&a% d!% c'$%!% de "0%-li-
cecia&'$a de e%"eciali)a-
+! em efe$magem m-
dic!-ci$2$gica e em efe$-
magem de %a2de c!m'i-
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ga$ ! a'di&0$i! d! Me-
m!$ial D$. A&0i! Ag!%&i-
h! Ne&! e c!&!' c!m a
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Sa2de.
FRANCISCO COSMe DOSSANOS% CLDIA PINO
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FRANCISCO COSMe DOSSANOS% CLDIA PINO
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Enfermagem médico-cirúrgica e em saúde comunitária
Multiperfil forma 18 especialistas pós licenciados
Primeiro serviço privado de quimioterapia inaugurado em Angola
(est nvsrv#$ bm-vn
r" pssbltr mtspcntsrm srtrts ntrr, qprmtr"r!r scsts)
– Ana Vaz da
Conceição
(ests t$cncschgrm nmbm mmnt,nm fs m
q p%s sst" mbl!rpr cbr cm prblm scss! prfssns nsctr, frm mlhrr cntrbr pr ql s' sppl#&s)
– José Van-
Dúnem
DIAS DOS SANTOS 3Pela "$imei$a (e) f!$am f!$mad!% 18&cic!% !% c'$%!% "0%-licecia&'$a c!m e%&a% e%"eciali)ae%.
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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4 SEMANA DA HUMANIZAÇÃO Abril 2015 JSA
Saber cuidar passa porhumanizar os cuidados de saúde
nNo evento, marcaram pre-sença, directores das institui-ções do sector, várias indivi-dualidades da sociedade,profissionais, entre outros.O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, na sessão deabertura da Semana da Hu-manização, defendeu que“não é possível focar na hu-manização sem que se invistafortemente na qualidade dosserviços e na qualificação dosprofissionais e em acções deformação contínua. A resolu-ção dos problemas reflecte-se na atenção dos profissio-nais, dando-lhes as condi-ções necessárias para pro-mover a resposta equilibrada,que corresponda à expecta-tiva dos utentes que procu-ram os serviços de saúde”.
O ministro da Saúde de-fendeu que “a humanizaçãopassa especificamente pelacriação de condições laboraisque salvaguardam os traba-lhadores que estão sujeitos a vários níveis de stress, a váriasdoenças, colocando à suadisposição meios devida-
mente equipados que fo-mentem uma maior interac-ção entre as equipas”. Para oresponsável, os avanços nosector da saúde são enormese visíveis afirmando, no en-tanto, que “ainda persiste umdesrespeito pelo utente emunidades hospitalares”.
A humanização é um pro-cesso que se enquadra “noquadro da procura da exce-lência, porque só será possí- vel oferecer serviços com aqualidade desejada se se tivera capacidade de cultivar odiálogo ao nível das equipas,
fazendo com que haja umamaior solidariedade entre to-das elas tendo por base osprincípios de que os que maissabem devem ensinar os quesabem menos, tendo em
conta que objectivo é garantiros cuidados e humanizar osutentes”.
Saber cuidar
A directora do gabinete paraa Cidadania e Sociedade Civildo MPLA, Fátima Viegas,também marcou presençana Semana da Humanização,destacando o Programa Na-cional de Humanização da Assistência na Saúde
(PNHAS) que tem como ob- jetivo “promover uma novacultura de atendimento noscuidados de saúde e aprimo-rar as relações entre os uten-tes e os profissionais, visandoa melhoria da qualidade e aeficácia dos serviços presta-dos pelas instituições”. Noque respeita ao tema escolhi-do, a clínica considera que omesmo “irá conduzir à refle- xão pela complexidade e quedespertará a sociedade nasrelações entre os que cuidame os que recebem os cuida-dos”.
O adequado cuidado desaúde é “um direito humanoe quando se pode exercer asactividades profissionais deforma correcta, com respeitopelo outro, respeita-se tam-
bém o direito da cidadania”,acrescentou. Na humaniza-ção de serviços, “estão agre-gadas as eficiências técnicase científicas bem como os va-lores fundamentais: a ética, o
respeito, a solidariedade e adignidade da pessoa huma-na”, disse.
Na sua missão de cuidar ecurar, o profissional de saúdenão se ocupa apenas da partefísica do organismo, cujasfunções estão comprometi-das pela doença, “mas tam-bém, e não menos importan-te, de um corpo psíquico, so-mático, espiritual e vulnerá- vel”, explicou a psicóloga.
Envolvimento afectivo
Ao vivermos numa socieda-de democrática que zela peladiversidade e pluralidade dosseus cidadãos, “não se devedesumanizar os serviços pelaindiferença, intolerância, ex-clusão social e todas as for-mas de violência que provo-cam toda a espécie de malcontra o outro”, esclareceu.Saber cuidar do doente en- volve “momentos de aten-ção, responsabilidade, zelo,tolerância e envolvimentoafectivo para com o outro. A
essência do cuidado está pre-sente durante toda a vida”.
O hospital tende ainda a viver no centro das tensõesdo sistema de saúde sendo al- vo de várias expectativas por
parte dos utentes. “A procurado hospital como tábua desalvação para todos os males,somada a uma série de pro-blemas ao nível de gestãohospitalar, tem acabado porcondicionar a eficácia do seufuncionamento e faz comque a sua produtividade sejabaixa”, alertou Fátima Viegas.
Para que o caminho emdirecção à humanização dosserviços de saúde comece, de
facto, é importante acreditarno “saber agir de forma éticae perceber o ser humano co-mo um agente biopsicosso-cial e espiritual com direitos aserem respeitados. Por isso, épreciso ser capaz de ouviratentamente, ser sensível aosofrimento do outro, saberconviver com as diferenças,sem nunca perder o foco pro-fissional”.
Uma das conclusões destaSemana da Humanização dizrespeito ao facto de ser cada vez mais urgente dar a pala- vra do utente, aos profissio-
nais de saúde, de maneira aque possam fazer parte deuma rede de diálogo, quealém de reflectir, promovaacções, programas, e políti-cas assistenciais.
Programa do evento
A apresentação e objectivosdo Programa foram apresen-tados pela consultora do gabi-nete do Ministro da Saúde,Fernanda Baptista Cardoso. Odirector do Instituto para a Ci-dadania, Frei Mário Rui, apre-sentou o tema “ A saúde comoum direito: uma prespectivahumanizadora”, a coordena-dora do Centro de Formaçãode Saúde Multiperfil, Helena
José, falou sobre “Educação esaúde: responsabilidade naconstrução de um cuidadohumanizado” e o director deenfermagem do Hospital Ge-ral do Bengo, Anacleto José,abordou o tema “Humaniza-ção em Enfermagem”. Foramainda apresentados casos deboas práticas por responsá- veis das principais unidadesde saúde de Luanda.
A Semana da Humaniza-ção é uma iniciativa a ter lugartodos os anos, com início nodia 6 de Abril, no âmbito dascomemorações do Dia Mun-
dial da Saúde (dia 7). A Sema-na integra um acto central ini-cial e um acto central final, emprovíncias a identificar em ca-da ano pelo ministro da Saú-de.
FrAncisco cosme Dos sAntos
cl2uDiA Pinto
A dignidade nos cuidados de
sa"de esteve em debate no
acto central inicial da Sema-
na da Humanizaão, realiza-
da no in!cio de Abril, subordi-
nada ao tema #Um Acto de
Cidadania e Dignidade no
Cuidar$, com o objectivo de
reflectir os passos dados e os
seguintes para a cont!nua
melhoria dos cuidados de
sa"de.
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
http://slidepdf.com/reader/full/jornal-da-saude-de-angola-n60 5/24
5publicidAdeJSAAbril 2015
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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6 ActuAlidAde Abril 2015 JSA
Seminário defende bem-estar,segur ança e saúde dos trabalhadores
nO seminário contou com apresença de 200 participantese teve como principais objec-tivos o debate das doençasprofissionais e a abordagemda diferença entre os termos“saúde profissional” e “saúdedo trabalho”. No evento, fo-ram apresentadas as estatísti-cas referentes às principaisdoenças profissionais e dotrabalho em Angola e foi dadoo alerta para o encaminha-mento do diagnóstico e a con-firmação de doenças profis-sionais para as seguradoras,enquanto entidades repara-doras dos danos decorrentesda sinistralidade laboral.
As doenças profissionaissão “lesões corporais de ob-servação funcional desde quese provem as consequênciasdirectas da actividade exerci-da e as mesmas não represen-tem um normal desgaste la-boral. Intitula-se uma doençaprofissional quando surgeuma deterioração lenta e pau-latina da saúde do trabalha-dor produzido pela explora-ção crónica a diferentes situa-ções adversas, sejam elas, as-sociadas ao ambiente em quese desenvolve o trabalho, ou aforma como está organiza-do”. Por outro lado, a doençado trabalho distingue-se daprofissional pelo facto de, nasua origem, ter como factores,as patologias laborais que seobtêm quando se trabalha. Jáas doenças do foro profissio-nal têm uma causa / efeito, ouseja, o trabalhador adquire
uma patologia depois de estardiariamente exposto a um su-posto risco.
O seminário chamou àatenção para a importânciade os trabalhadores terem um
seguro de trabalho, de doen-ças profissionais, da respon-sabilidade do empregador,segundo o decreto de lei n.º53/2005.
Uma das doenças maiscomprometedoras no país ede especificidade crónica é apneumoconiose adquiridapela inalação do ar em formasde partículas que posterior-mente chega aos pulmões.
Fomentar uma maiorprotecção
dos trabalhadoresEm entrevista ao Jornal daSaúde, a directora do Centrode Segurança e Saúde no Tra-balho do Ministério da Admi-nistração Pública, Trabalho eSegurança Social (MAPTSS),Isabel Cardoso, adiantou queo seminário “não dissociou asegurança, a higiene e a saúdeporque todos estes itens in-
fluenciam a saúde dos traba-lhadores”. É necessário queestes tenham condições sau-dáveis no trabalho para esta-rem menos expostos aos ris-cos que possam causar-lhes
as mais variadas doenças as-sociadas ao foro profissionalou aos acidentes de trabalho.O seminário contou com de-bates que tiveram como ob- jectivo fomentar conheci-mentos aos vários interve-nientes e relembrar que a saú-de dos trabalhadores e a hi-giene no trabalho foram real-çados neste encontro. A res-ponsável argumentou ainda“que todas as empresas de- vem promover a higiene e se-
gurança no trabalho”.Uma das responsabilida-
des do CSST passa por dimi-nuir a sinistralidade laboralatravés da implementação dealgumas estratégias para sepoder atingir bases para aaquisição de políticas pró-prias na nossa sociedade. “Énecessário um grande contri-buto do sector da saúde, doambiente, das empresas nasua generalidade, que públi-cas, quer privadas, para quese possam promover projec-tos que sejam executáveis pa-ra que, num futuro não muitolongínquo, Angola esteja
muito melhor do que hoje”,adiantou Isabel Cardoso.Nesse sentido, tem sido feitoum grande trabalho para quese passem estes conhecimen-tos a todos aqueles que intera-gem com as empresas no sen-tido de se actualizarem com vista a discutirem melhor osseus direitos laborais. Aindaexiste um grande desconhe-cimento por parte das pes-soas no que respeita ao pode-rem usufruir destes serviços.
Têm sido realizadas algu-mas palestras para ajudar apopulação a entender melhoresta temática.
“A procura deste centrotem aumentando mas aindanão é a desejada por partedos responsáveis que gosta-riam que a realidade fosseoutra, num futuro próximo,uma vez que existe aindamuito trabalho informal, ouseja, uma grande parte da po-pulação activa não tem em-pregador”, acrescentou Isa-bel Cardoso.
Doenças comunsespecíficas
Por outro lado, o Director doPrograma de Doenças In-fecciosas do Ministério da
Saúde, Filomeno Fortes,afirmou que “justifica-se arealização do certame deforma a serem discutidas aspolíticas e estratégias quedevem ser melhoradas paraque o trabalhador possa teruma maior protecção e paraque sejam apurados quecuidados necessitam parase contornar este proble-ma”. Durante a sua apre-sentação sobre doençastransmissíveis procuroualertar para que, indepen-dentemente dos trabalha-dores poderem vir a terdoenças profissionais, tam-bém estão sujeitos a doen-ças comuns específicas, co-mo por exemplo, a malária,a tuberculose, o VIH / Sida,sobretudo aqueles que per-tencem aos grupos de risco.São eles: trabalhadores dasaúde na biossegurança e osque se dedicam à prática desexo. Foram ainda referidasdoenças tropicais normal-mente negligenciadas, co-mo, a “esquistossomose, atripanossomíase humanaafricana ou a doença do so-no, a oncocercose (“ceguei-ra dos rios”) e as doençasque se transmitem pelaágua e através dos animais verteb rados, como a febretifóide, a cólera e as zono-ses”.
Em resumo, FilomenoFortes procurou fazer aabordagem de apresenta-ção de algumas propostasde forma a apurar como é
que o país se pode organizare evoluir nesta matéria,num prazo de cinco anos,quer no plano do desenvol- vimento da MAPESS, comodo Ministério da Saúde.
Fr ncisco cosme dos s ntos
cl+udi Pinto
A di!ec#o!a do Cen#!o de
Seg$!ana e Sade no T!a-
balho (CSST), I"abel Ca!do-
"o, in"#o$ o" ge"#o!e" da"
emp!e"a" no "en#ido de
p!e"#a!em maio! a#eno
ao bem-e"#a! do" "e$" f$n-
cion'!io", po! fo!ma a ga-
!an#i! $ma maio! p!od$o
e o de"en%ol%imen#o da"
"$a" o!gani&ae".
A !e"pon"'%el fala%a no IV
Semin'!io "ob!e a Sade do
T!abalhado!, !eali&ado e"#e
m+", em L$anda, pelo Cen-
#!o de Seg$!ana e Sade no
T!abalho (CSST), em pa!ce-
!ia com a Con"a$de, d$!an-
#e o $al "e deba#e!am a"
doena" p!ofi""ionai".
ISABEL CARDOSO In%e"#i! na p!e%eno da "ade e da "eg$-
!ana do #!abalhado! * mai" ba!a#o do $e c$"#ea! a" de"pe"a"
de $m #!a#amen#o, na e%en#$al con#!ao de alg$ma doena o$
le"o no #!abalho/
)% nece&rio
q"e o !rabalhadore !enhamcondi'(ea"d&#ei parae!arem menoe$po!o aorico q"epoam ca"ar-lhe a mai#ariada doen'aaociada ao
foro profiionalo" ao aciden!ede !rabalho*
$As doenças profissionais são les"es corporais de
observação funcional desde que se provem as conse-
quncias directas da actividade exercida e as mesmas
não representem um normal desgaste laboral. Intitu-
la-se uma doença profissional quando surge uma de-
terioração lenta e paulatina da sa#de do trabalhador
produzido pela exploração cr!nica a diferentes si-
tuaç"es adversas, sejam elas, associadas ao ambiente
em que se desenvolve o trabalho, ou a forma como
está organizado%
O que são doençasprofissionais?
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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8 DiA MunDiAl DA SAúDe Abril 2015 JSA
nO certame contou com umaexposição de produtos locais,provenientes de 18 provínciasdo país, para despertar a aten-ção de todos os presentes pa-ra uma boa nutrição. “Esta éuma oportunidade para aler-tar e aumentar a consciencia-lização de todos os interve-nientes para a segurança ali-mentar e o papel que cada umdeve desempenhar para quetodos tenhamos confiançanos alimentos que chegam ànossa mesa”, afirmou o mi-nistro da Saúde, José Van-Dú-nem, na sessão de abertura. Oevento, com a duração dedois dias, contou com a pre-sença de Afonso Pedro Can-ga, ministro da agricultura, re-presentantes da OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS), daUnicef e da Organização dasNações Unidas para a Agri-cultura e Alimentação (FAO),contando com mais de 200participantes, entre os quais,directores de instituições do
sector e outros profissionais.O tema escolhido pela
OMS para este ano, na opi-nião do ministro da Saúde, te-
ve como objectivo fazer a po-pulação “reflectir sobre acomplexidade da cadeia deprodução, o processamento,o armazenamento, a comer-cialização, e o consumo” cha-mando à atenção para o pesodas doenças transmitidas poralimentos em todo o mundoe, particularmente, no conti-nente africano “onde os siste-mas de produção agrícola sãopouco desenvolvidos, compouco acesso à mecanizaçãoagrícola, regados com águade origem duvidosa e, algu-mas vezes, com má utilizaçãode fertilizantes orgânicos pordesconhecimento, aumen-tando assim o risco da conta-minação dos produtos ali-mentares e consequente-mente a transmissão de bac-térias, vírus, parasitas, ousubstâncias químicas”.
“Os hábitos alimentaresinadequados, as crenças e ta-bus, a aculturação pela globa-lização de novos comporta-mentos e práticas alimenta-res, criam novos riscos para asegurança nutricional daspopulações”, reforçou José Van-Dúnem.
Criar medidas para uma
alimentação segura
A progressiva redução noconsumo de legumes, sobre-tudo por crianças e adoles-centes nas áreas urbanas, éuma realidade que preocupao Ministério. “A introdução da
alimentação infantil malorientada pode ser apontadaentre os vários factores da in-segurança alimentar e da des-
nutrição”, sublinhou o res-ponsável. A nutrição e a ali-mentação são requisitos bási-cos para a promoção e protec-ção da saúde e viabilizam arealização plena do potencialde “crescimento e desenvol- vimento humano. Deve en-tender-se a alimentação co-mo um complexo envolvi-mento de indivíduos e colec-tivos, desde os processos daprodução agrícola, da trans-formação, artesanal ou indus-trial, da comercialização e deconsumo alimentar, sem es-quecer a promoção de mu-danças de hábitos alimenta-res comunitários que propor-cionem uma alimentaçãosaudável e segura das popula-ções”, sublinhou o ministro. Amalnutrição pode afectar, emlarga escala, as crianças, des-de tenra idade, sobretudo noque respeita à capacidade deaprendizagem comprome-tendo o futuro dos jovens re-lacionado com o ciclo viciosode pobreza, a baixa capacida-de laboral e as fortes influên-cias para o pouco desenvolvi-mento dos países.
Obesidade galopante
O ministro da saúde afirmouque se associou à celebraçãodo Dia Mundial da Saúde e àrealização das primeiras Jor-nadas Nacionais de Nutriçãoporque, nas últimas décadas,a obesidade surgiu como
uma das doenças crónicasnão transmissíveis mais gra- ves, tais como a diabetes, a hi-pertensão arterial e outras pa-tologias cardiovasculares. “Omomento de reflexão sobre asituação actual da alimenta-ção e nutrição do país podeconstituir a base para a im-plementação de estratégiasmais abrangentes e eficien-tes”, acrescentou José Van-Dúnem.
Durante a sua interven-ção, saudou todos os profis-sionais do sector e parceiros“por serem os mentores que,
no dia-a-dia, participam comcoragem e firmeza num con- junto de acções desenvolvi-das pelo MINSA, para o de-senvolvimento e melhoria dasaúde dos angolanos”.
FrAnciScO cOSMe DOS SAntOS
!m cl4uDiA PintO
Este ano, o Dia Mndial da
Sa'de te!e como tema prin-
cipal (Alimenta%$o segra:
do campo ao prato, torne os
alimentos mais segros).
Em Angola, reali"aram-se as
Jornadas Nacionais de N-
tri%$o, a 7 e 8 de Abril, orga-
ni"adas pela Direc%$o Na-
cional de Sa'de P'blica.
A progressi!a red%$o no consmo de legmes, sobretdo por
crian%as e adolescentes nas #reas rbanas, & ma realidade qe
preocpa o Minist&rio da Sa'de. A introd%$o da alimenta%$o
infantil mal orientada pode ser apontada entre os !#rios facto-
res da insegran%a alimentar e da desntri%$o
2O% h*bi&!% ali-me&a$e% iade-#'ad!%, a%c$ea% e &ab'%, aac'l&'$a! "elagl!bali)a! de!(!% c!m"!$&a-me&!% e "$*&ica%alime&a$e%, c$iam!(!% $i%c!% "a$aa %eg'$aa '&$i-ci!al da% "!"'-la/e%3 1 J!%. Va
D0m
2A OMS chama aa&e! de fab$i-
ca&e% e c!me$-cia&e% de alime- &!% "a$a a im-"!$&+cia da %e-g'$aa alime&a$ e ! "a"el #'e !%i&e$(eie&e% acadeia alime&a$ de%em"eham aga$a&ia de #'e !%alime&!% "!%%am%e$ c!%'mid!%
%em ameaa%"a$a a %a0de3 1 H$ad! Ag'd!
Hernando Agudelo
“Queremos tornar os alimentos mais seguros”
Por sua e!, o representante da OMS, Hernando Agudelo, afirmou que o maior objectio da Organi!a-
&%o na comemora&%o do Dia Mundial da Sa+de foi tornar os alimentos mais seguros. A OMS chama
assim # aten&%o de fabricantes e comerciantes de alimentos sobre a import$ncia da seguran&a alimen-
tar e o papel que os interenientes na cadeia alimentar desempenham na garantia de que os alimentos
possam ser consumidos sem amea&as para a sa+de. Para que tal objectio seja concreti!ado, a OMS
recomenda que os goernos, e os respons"eis das cadeias alimentares, adoptem normas, criem siste-
mas e infraestruturas adequadas # protec&%o alimentar. S) trabalhando nesse sentido ' que ' poss(el
eirar a morte de dois milh*es de pessoas por ano na regi%o africana, deido a (rus, parasitas, bact'rias
e subst$ncias qu(micas transmitidas por alimentos contaminados, acrescentou o respons"el. Foi dadaa garantia de que a OMS continuar" a prestar apoio t'cnico necess"rio para que a seguran&a alimentar
seja uma prioridade de sa+de p+blica de grande import$ncia no pa(s, com ista a serem intensificadas as
medidas para a educa&%o, sa+de, preen&%o e a adequada resposta #s amea&as de sa+de associadas aos
alimentos n%o seguros. Os representantes e outras entidades refor&aram a mesma ontade de aposta
cont(nua nestas iniciatias.
Um alerta paraa importância
da segurançaalimentar
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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9publicidAdeJSAAbril 2015
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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10DIA MUNDIAL DA MALÁRIA Abril 2015 JSA
Mal("ia eliminada em Angola em 2025 #e ho%&e" g"andede#en&ol&imen$o #ocioecon+mico e cobe"$%"a #ani$("ia ade!%ada
nCondições de saneamentoapropriadas, uma coberturade redes mosquiteiras acimados 80 por cento, e uma co-bertura sanitária superior aos85 por cento, são também im-periosas para permitir que ascomponentes técnicas, comoo diagnóstico precoce, o tra-tamento rápido e a preven-ção da picada do mosquitopossam ser eficazes, afirmouFilomeno Fortes, coordena-dor do Programa Nacional deControlo da Malária, em en-trevista ao Jornal da Saúde.
Desenvolvimento,pobreza e malária
“Há uma relação biunívocaentre pobreza e a malária. Se,por um lado, a pobreza é umfactor de manutenção, ou deagravamento, da malária, ocontrário também é verda-de”, adiantou o especialista àmargem do 1º Congresso Lu-sófono de Doenças Transmi-tidas por Vectores, integradono 3ª Congresso Nacional deMedicina Tropical que de-correu em Lisboa, Portugal,entre 20 e 21 de Abril.
O responsável sublinhouque um estudo realizado em Angola, em 2006, indicou queo país gastava em média cer-ca de 150 milhões de dólarespor ano com a malária emcustos directos e indirectos,quer em termos de tratamen-tos, internamentos, ou deóbitos relacionados com adoença.
“Para além disso, frisou, amalária tem outras implica-ções. Provoca, por exemplo,anemia, uma das principaiscausas de mortalidade emcrianças, o que significa quehá crianças que não morrempor malária, mas em conse-quência da anemia ou damá-nutrição provocada poracessos frequentes de malá-ria e anemia”.
“Como se vê, há uma rela-ção muito grande entre de-senvolvimento, pobreza emalária”, afirmou.
Perspectiva de eliminaçãoda malária em 2025
“A perspectiva de eliminaçãoda malária, na minha óptica,
será atingida em 2025, tendoem conta o Plano Nacionalde Desenvolvimento Sanitá-rio (PNDS) que está a seraperfeiçoado e que prevê me-
tas intermédias em 2017 e2019”, disse.
Vacina eficazcontra malária
“Tendo em conta os actuaisindicadores sociodemográfi-cos do país, não temos condi-ções, antes de 2025, de pensarna eliminação da doença, amenos que surja uma vacinaeficaz a nível internacionaldurante este período, o quenão me parece ser o caso. Em Angola a malária continua aser a principal causa de mor-bilidade e mortalidade. Afec-ta todos os grupos da popula-ção, mas é mais proeminentenas grávidas e nas criançascom menos de cinco anos”,frisou.
Malária distribui-se demaneira diferente no país
“A doença não se distribuiuniformemente em todo opaís. Nas províncias do norteé mais severa, nas provínciasdo centro é mais estável emoderada e nas provínciasdo sul, em que a transmissãoé mais baixa e a populaçãotem menos imunidade, háriscos de epidemia.
Em função desses estratosde endemicidade – subli-nhou Filomeno Fortes – oPrograma Nacional de Com-bate à Malária tem uma estra-tégia global em que cadacomponente é mais ou me-nos intensa em função da zo-na geográfica”.
Componentes técnicas,no geral, de combate
à maláriaO responsável delineou ascomponentes técnicas para otratamento da malária, quecomeçam com um diagnós-tico precoce, efectuado nasprimeiras 24 horas em que odoente começa a sentir febre,e um tratamento correcto eadequado, com base numacombinação terapêutica quecontenha uma artemisinina.
Uma rede mosquiteirapara cada dois cidadãos
As medidas preventivas ba-seadas nas redes mosquitei-ras constituem a segundacomponente estratégica. Ogoverno pretende distribuirnos próximos cinco anosuma rede mosquiteira paracada dois cidadãos.
“Está em curso uma cam-panha de distribuição massi- va que cobre as províncias deCabinda, Cuanza Norte, Ben-
go, Lunda Norte, Lunda Sul ea província do Namibe. Ainda este ano, o governopretende cobrir as provínciasdo Huambo, Benguela,
Luanda e começar já umadistribuição universal na pro- víncia da Huila”, afirmou Fi-lomeno Fortes.
Luta contra vector,luta anti-larvar
Outra componente estratégi-ca é a luta contra o vector, cu- ja base principal deve ser o sa-neamento do meio, para oqual é necessário o apoio dosgovernos das províncias, dasadministrações municipais,e da própria comunidade.
“Temos implantado em Angola um projecto de lutaanti larvar que cobre cerca de60 municípios do país, e queconsiste em controlar as lar- vas dos mosquitos nos cria-dores, que podem ser do-mésticos ou extra domésti-
cos.No caso dos criadores do-
mésticos – adiantou – há a vantagem de que, além damalária, podem ser tambémcontroladas doenças como adengue e o chikungunya”.
Pulverização das casascom insecticida
Outra componente impor-tante em Angola é a pulveri-zação das paredes das casascom um insecticida de efeitoresidual. Esse insecticida pro-tege as casas durante quatroa seis meses, quer dos mos-quitos quer de outros insec-tos transmissores de doençascomo carraças. pulgas etc. In-felizmente as iniciativas nestedomínio ainda são muito té-nues.
Informação, educação ecomunicação para a saúde.“Temos que ensinar a popu-lação a agir de imediato pe-rante situações de febre, autilizar correctamente a redemosquiteira, e a efectuar cor-rectamente o tratamento,que deve ser levado até ao fime nunca abandonado preco-cemente. A população devetambém participar nas activi-dades de saneamento domeio”, frisou Filomeno For-tes.
A pesquisa é fundamental Angola está a efectuar esteano estudos de resistênciaaos medicamentos e aos in-secticidas. Vai ainda dar iní-cio a um inquérito para saber
como estão os indicadores dopaís para se poder fazer umaavaliação e uma adequaçãoao plano estratégico.
Sustentabilidadedos indicadoresconseguidos face
à redução de meios“Face à redução do Orça-mento Geral do Estado para aárea da saúde, o objectivoprincipal para 2015 é tentar asustentabilidade dos indica-dores que foram conseguidosaté à data reforçando-se o ri-gor da gestão dos meios dis-poníveis e o lançamento deuma campanha de apoio dosparceiros”, disse.
Três milhões de casosde malária
“Estima-se que em Angolahaja menos de três milhõesde casos de malária. Deve-mos andar entre dois milhõese dois milhões e meio, embo-ra as estatísticas apontem pa-ra três milhões devido aindaà insuficiente e frágil cobertu-ra do sistema de diagnósticolaboratorial. A orientação ac-tual da OMS é que nenhumcaso de malária deve ser noti-ficado sem ser confirmadocom um teste rápido ou comum exame de gota espessa”,alertou.
Cerca de 5.500 óbitos porano em 2014
Em termos de mortalidade,estima-se que em Angola, noano de 2000, tenha havidocerca de 20 mil óbitos. Em2009, estava perto dos 11 milóbitos e, em 2014, foram noti-ficados pouco mais de 5.500óbitos, o que significa uma re-dução substancial na morta-lidade. Urge a necessidade dese continuar a melhorar agestão de casos graves a nívelhospitalar através da capaci-tação o permanente dos pro-fissionais da saúde e da me-lhoria dos meios técnicos pa-ra uma abordagem mais efi-ciente em cuidados intensi- vos.
Pré-eliminação da malária
“Angola está engajada noprojecto de pré-eliminaçãoda malária da África Australdenominado “E8”, disse o es-pecialista, adiantando que aestratégia envolve oito paísesda região da África Austral,dos quais quatro devem fazera eliminação e outros quatrodevem, ao longo das suasfronteiras, colaborar com a
eliminação nos quatro paísesiniciais, e iniciar a pré-elimi-nação a partir das suas fron-teiras.
Os países que estão em fa-
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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11publicidAdeJSAAbril 2015
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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12 DIA MUNDIAL DA MALÁRIA Abril 2015 JSA
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Número de mortes tende a diminuir
Ponto da situação da malária na PLP
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se de eliminação são a Namí-bia, África do Sul, Suazilândiae Lesotho. Os países tampõessão Moçambique, Angola,Zâmbia e Zimbabué”, afir-mou o responsável.
Em Angola apenasHuambo e Namibe estão
preparadas paraa pré-eliminação Angola, nessa perspectiva,tem uma iniciativa “trans-Cunene” com a Namíbia euma iniciativa “trans-Zam-beze” com a Zâmbia.
Actualmente, em Angola,há apenas duas provínciasem condições de iniciar apré-eliminação da malária –o Huambo e a o Namibe. Aincidência de casos nessasduas províncias é inferior acinco casos por cada 1.000habitantes.
A partir da província doHuambo, o programa damalária pretende lançaruma iniciativa de elimina-ção que cubra os municípiosque fazem fronteira com aprovíncia do Huambo, nas
províncias de Benguela, doBié e do Cuanza Sul.
Prevê-se que, a partirde 2018, metade do país
possa estar já numa fasede pré-eliminação
A eliminação da maláriaem países como a Namíbia e
a África do Sul é mais fácilporque são nações que pos-suem condições atmosféri-cas e situação geomorfológi-ca que não facilitam o de-senvolvimento do vector,nem do parasita.
Porém, em Angola - quetem florestas, uma bacia hi-drográfica muito grande,uma densidade populacio-nal concentrada em re-giões periurbanas, factoque tem implicações com osaneamento do meio – émuito mais difícil controlar
o vector.Por outro lado, as gran-des distâncias a que as po-pulações, por vezes, estãodas unidades sanitárias fazcom que o diagnóstico e otratamento não sejam feitos
atempadamente.Há ainda uma zona mui-
to grande de fronteira coma África Central, nomeada-mente com a RepúblicaDemocrática do Congo,que é um dos países maisendémicos da região cen-tro-africana, e onde há uma
grande mobilidade de po-pulação de uma área para aoutra.
Critérios de pré-elimina-ção e eliminação
Os países entram na fase de
pré-eliminação quando têmuma prevalência de menosde cinco casos por cada milhabitantes.
É considerado que o paísentrou na fase de elimina-ção quando tem menos deum caso por cada mil habi-tantes.
E, finalmente, é conside-rada eliminada quando aofim de dois ou três anos nãotem nenhum caso autócto-ne. Pode ter casos importa-dos mas não de origem lo-cal”.
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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URG1ncIas 24 HoRasseRvI*os de ambUl0ncIa / consUltas / enfeRmaGem - InteRnamento
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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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14DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA O PALUDISMO Abril 2015 JSA
Invista no futuro. Vença o paludismo
nO paludismo pode ser evita-do e controlado através douso de mosquiteiros tratadoscom insecticida de longa du-ração, da pulverização intra-domiciliar com insecticidasde efeito residual, tratamen-tos preventivos para mulhe-res grávidas, bebés e criançascom menos de cinco anos, as-sim como testes de diagnósti-co e tratamento de qualidadegarantida. A maioria dos paí-ses expostos ao paludismoainda está longe de alcançar acobertura universal das inter- venções contra a doença.
É necessário haver um au-mento do financiamento pa-ra a luta contra o paludismopara se salvar vidas e alargarainda mais o acesso aos servi-ços de prevenção, diagnósti-co e tratamento do paludis-mo na região. Isto é aindamais importante dada a ne-cessidade urgente de se com-bater a resistência aos medi-camentos contra o paludis-
mo e outras ameaças emer-gentes, tais como a resistên-cia dos mosquitos aos insec-ticidas.
Estima-se que, em 2013,tenha havido 163 milhões decasos de paludismo na ÁfricaSubsariana, causando apro- ximadamente 528 mil óbitos.Entre 2000 e 2013, o númeroestimado de casos de palu-dismo na população em riscodiminuiu em 34%, enquantoas taxas de mortalidade asso-ciadas ao paludismo dimi-nuíram em 54% na regiãoafricana. A despeito destesprogressos, é pouco provávelque os países da região africa-na atinjam a meta estabeleci-da pela OMS de uma redução
de 66% dos casos de paludis-mo e dos óbitos resultantesda doença até 2015.
Acesso limitado
O acesso limitado e a fracautilização das intervençõescontra o paludismo disponí- veis nos países constituem asprincipais causas do fardo ex-cessivamente elevado dos ca-sos de paludismo e óbitos.Por exemplo, em 2013, cercade 33% das casas na regiãoainda não possuíam nem umúnico mosquiteiro tratadocom insecticida de longa du-ração e apenas cerca de 29%das casas possuíam mosqui-teiros tratados com insectici-da de longa duração suficien-
tes para todos os seus habi-tantes.
Existe um consenso geralpara reduzir a mortalidadeassociada ao paludismo, bemcomo as taxas de incidênciada doença em, pelo menos,90% até 2030, e para eliminaro paludismo. A percentagemdas pessoas protegidas por,pelo menos, um método decontrolo do paludismo au-mentou nos últimos anos. Noentanto, o total dos financia-mentos só satisfará as neces-sidades se os doadores, osparceiros internacionais e osgovernos nacionais deremprioridade ao aumento de in- vestimentos para o controlodo paludismo.
Apelo aos países
Neste dia em que comemo-ramos o Dia Mundial de Lutacontra o Paludismo, lançoum apelo aos países e às par-tes interessadas para que di-reccionem os recursos dispo-níveis para as localidadesmais afectadas pelo paludis-mo e para as populações egrupos mais expostos ao riscode contraírem a doença.
Gostaria igualmente deexortar os países e as partes in-teressadas a investirem nossistemas nacionais e comuni-tários para que todos os casossuspeitos de paludismo se- jam testados antes que o tra-tamento seja administrado.Todos os casos confirmados
de paludismo deverão tam-bém ser documentados e no-tificados para que se possa de-terminar as zonas geográficasonde há uma maior prevalên-cia da doença e os grupos po-pulacionais que estão maisem risco.
Por sua vez, o Escritório Re-gional da OMS para a África vai continuar a prestar orien-tações baseadas em evidên-cias a todos os países e partesinteressadas para melhor di-reccionarem as intervençõescontra o paludismo, reforça-rem os sistemas nacionais desaúde com vista à coberturauniversal de saúde, e acelera-rem os progressos para uma África livre do paludismo.
M tshidiso Moeti
drcra Rgnal a oMs para Áfrca
O m"ndo comemora a, 25de Abril de 2015, o Dia M"n-
dial de L"!a con!ra o pal"-dimo ob o !ema (In#i!ano f"!"ro. Ven'a o pal"di-mo). O !ema real'a a nece-idade de e a"men!ar o re-c"ro financeiro e h"ma-no, do prod"!o e o in#e-!imen!o em infrae!r"!"rapara con!rolar e eliminar e-!a doen'a po!encialmen!emor!al.
!É necessáriohaver umaumento do
financiamentopara a lutacontra opaludismo parase salvar vidas ealargar aindamais o acessoaos serviços deprevenção,diagnóstico etratamento dopaludismo naregião"
Menagem da Direc!oraRegional da OMS para*frica, Ma!hidio Moe!i,por ocai&o da SemanaAfricana da Vacina'&o
O& #a&e& da Regi /" Af%ica!ac"e"%a a 5.7 edi/" da Se-a!a Af%ica!a da Vaci!a/"(SAV) de 24 a 30 de Ab%il. ac"!'ecie!'" c" d%a/"de a &ea!a, $e &e de&'i!aa %ef"%a% a &e!&ibili+a/" d"#6blic" e a #%"c%a #"% &e%i-"& de aci!a/" #"% #a%'e da&c"!idade&, elh"%a% " ace&-&" a #"#lae& de al'" %i&c" ea +"!a& de difcil ace&&" !a Re-gi/", e, ai!da, e*e%ce% ad"caciac" i&'a "bili+a/" de %e-c%&"& #a%a a aci!a/". A SAV"fe%ece igale!'e a "#"%-
'!idade #a%a ae!'a% a #%"-c%a e a 'ili+a/" de "'%a& i!-'e%e!e& $e &ala ida&,&"b%e'd" a$ela& $e i&a a&lhe%e& e a& c%ia!a& c"
e!"& de ci!c" a!"& de idade.O 'ea de&'e a!", 9Vaci!a-
/": a ddia de ida &bli-!ha " fac'" de $e a aci!a/" a ddia $e #%"'ege a&
#e&&"a& de '"da& a& idade& c"!-'%a a& d"e!a&. A& aci!a& &/" d"& ai"%e& aa!"& !a hi&-'%ia da ha!idade. Salailhe& de ida& '"d"& "& a!"&e c"!'a-&e e!'%e a& i!'e%e!-e& de &a6de c" elh"% %e-la/" c&'"-eficcia jaai& de-&e!"lida&.
E&'ia-&e $e ce%ca de '%&ilhe& de c%ia!a& c" e!"&de ci!c" a!"& de idade "%%aa!ale!'e !a Regi/" Af%ica!a,&e!d" $e !6e%" &ig!ifica-'i" de&'e& bi'"& #"de &e% ei-'ad" a'%a& da aci!a/". A a-ci!a/" de %"'i!a e&&e!cial #a-
%a &e alca!a% " !el *i"#"&&el de &a6de, &"b%e'd" #a-%a $e a& lhe%e& e a& c%ia!a&&e #"&&a '"%!a% adl'"& &ad-ei& e #%"d'i"&.
Red"$ir a barreira% #acina'&oEb"%a "& #a&e& da Regi/"
'e!ha fei'" #%"g%e&&"& c"!&i-de%ei& e l"ei& !a %ed/"da& d"e!a& ei'ei& #ela aci-!a/", #%eci&" fa+e% i'"ai&. O Pla!" E&'%a'gic" Re-
gi"!al de Vaci!a/" 201482020,$e f"i %ece!'ee!'e a#%"a-d", dee% &e% a#licad" !a #%-'ica e #%i"%idade& e ace&!aci"!ai& $e &e de&'i!e a
di&#"!ibili+a% ace&&" !i-e%&al aci!a/" e a "'%a& i!-'e%e!e& $e &ala ida&#a%a '"d"& a' 2020, &"b%e'd"#a%a a& #"#lae& l!e%ei&.
O *i'" da SAV de#e!de%da ca#acidade d"& #a&e& e i!-cl%e a SAV !"& &e& #la!"&
e&'%a'gic"& !aci"!ai& a!ai&de aci!a/" e afec'a%e %e-c%&"& #a%a a %eali+a/" de ac-'iidade&. A c"!&ec/" de&'e!"b%e "bjec'i" e*igi% 'a-
b $e &e ac'e #a%a %ed+i%a& ba%%ei%a& aci!a/" e &eefec'e i!e&'ie!'"& adici"-!ai& c"!&ide%ei& e &&'e!'-ei& #a%a %ef"%a% "& &i&'ea&
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de &a6de, #"% f"%a a &e alca!-a% a c"be%'%a !ie%&al de&a6de e #%"'ege% e&&e di%ei'"ha!" f!dae!'al $e a&&i&-'e a '"d"&, " di%ei'" &a6de.
Vacinação: uma dádiva de vida!Estima-se quecerca de trêsmilhões de
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15publicidAdeJSAAbril 2015
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16ONCOLOGIA Abril 2015 JSA
Tratamento do cancro: o papel da quimioterapiae os cuidados na sua preparação
nExistem outros tipos de me-dicamentos utilizados para otratamento do cancro ao blo-quear a função de estruturasespeciais das células malig-nas como os receptores damembrana celular, recepto-res intra-celulares, estruturasintracelulares que transmi-tem sinais biológicos ao nú-cleo da célula induzindo amultiplicação celular, ou queajudam a promover a respos-ta imunitária. Estes tipos demedicamentos são conheci-dos como medicamentoscontra alvos biológicos e sãomais específicos (Figura 1).
Este conjunto de fármacosque são utilizados para trataro cancro é denominado vul-garmente por quimioterapia.São utilizados para matar ascélulas malignas que estão notumor inicial nas suas metás-
tases e nas células malignasque estão em circulação.
Para ter este efeito sistémi-co (actuando em todo o cor-po) a sua administração é ge-
ralmente realizada por via in-travenosa. Existem situaçõesespeciais em que a adminis-tração é oral, intra-vesical, in-tra-abdominal, intra-tecal,
intra-pleural e cutânea.Os medicamentos citotó-
xicos não matam apenas cé-lulas malignas. Podem matarcélulas benignas geralmente
que estão a dividir-se comoas células do folículo piloso(cabelo), unhas, células damucosa oral, do tubo digesti- vo e células sanguíneas. Poreste motivo, são responsáveispor efeitos indesejáveis co-nhecidos como os efeitos ad- versos (Figura 2). Felizmente,existem medicamentos quequando são administradosantes, durante e depois daquimioterapia impedem ouminimizam de forma muitoeficaz esses efeitos.
Assim a quimioterapia éuma forma muito importante
de tratar o cancro e pode serusada antes da cirurgia, e ouradioterapia, para diminuir otamanho do tumor (chama-da neoadjuvante), ou após acirurgia curativa para matar
eventuais células em circula-ção (chamada adjuvante) epara tratar as metástases lon-ge do tumor inicial (chamadapaliativa).
Como são medicamen-tos que vão ser introduzidosna corrente sanguínea dosdoentes não podem estarcontaminados por micro-organismos. Os profissio-
nais de saúde que preparamou administram estes medi-camentos não devem con-tactar como os mesmos, sejapela respiração, pela pele,ou pelos olhos, senão vãosofrer os seus efeitos. Por es-se motivo a preparação des-tes medicamentos deve serrealizada em salas especiaise os profissionais de saúdedevem utilizar equipamentode proteção apropriado. Es-sas salas especiais são anali-sadas regularmente paranão haver contaminação e oar que entra e sai é filtrado
utilizando aparelhos espe-ciais (Figura 3).
Em Luanda, recentemen-te, a Clínica Girassol inaugu-rou uma sala de preparaçãode quimioterapia com todos
estes recursos e uma sala deadministração de quimiote-rapia adequada. A Clinica Sa-grada Esperança está a ter-minar as obras de construçãoe o equipamento de uma salade preparação e de adminis-tração de quimioterapia mo-derna. O IACC (antigo Cen-tro Nacional de Oncologia) játem um projecto para a refor-
mulação e modernização dasua sala de preparação dequimioterapia e das salas deadministração da quimiote-rapia. Isto significa que gran-des passos foram e estão a serdados no nosso país, paraque os medicamentos para otratamento contra o cancrosejam preparados e adminis-trados com segurança defen-dendo o doente, os profissio-nais de saúde e o próprio me-dicamento.
O Jornal de Saúde de An-gola compromete-se, após oseu 5º aniversário, a divulgar
com regularidade os aspec-tos mais importantes sobreas doenças oncológicas e osavanços observados no seucontrolo em Angola e nomundo.
Lcio Lara SantoS
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18TOXICOLOGIA Abril 2015 JSA
Estudo sobre venenos de serpentes em Angolairá permitir produzir um anti veneno experimental
nNo âmbito da preparaçãodo primeiro seminário dodoutoramento em CiênciasFarmacêuticas, especialida-de em Toxicologia, que PaulaOliveira, Vice Decana para os Assuntos Científicos da Uni- versidade Lueji A'Nkonde,em Malanje, está a fazer naFaculdade de Farmácia daUniversidade do Porto, sur-giu a ideia de preparar um te-ma actual e pertinente. Em si-multâneo, e não menos im-portante, esse tema teria deconstituir “uma novidadecientífica”.
O estudo sobre os venenose envenenamentos de ser-pentes em Angola foi iniciadocom uma actividade de cam-po denominada “ExpediçãoNdala Lutangila (termos uti-lizados pela população quan-do se referem à mamba negraque levam a óbito e não deixasair da lavra com vida quan-do morde)” que contou coma participação de dois espe-cialistas do Instituto Butan-tan, instituto de referência deprodução de soros do Brasil
para a captação das serpentese conservação e tratamentolaboratorial do veneno. “Fo-ram percorridos 3.500 quiló-metros entre as províncias deCuanza Sul, Benguela, Huílae Malanje e visitados váriascomunas de, pelo menos,dois municípios de cadauma, inquiridas mais de 260pessoas, entre profissionaisde saúde e população deáreas de risco, a maior parte,camponeses e pastores”, po-de ler-se nos resultados preli-minares do referido estudo.Foram apresentadas cincoconferências sobre a impor-tância da problemática nasprincipais unidades de saúdedas referidas províncias e fo-ram colocadas “placas de avi-so de perigo de mordedurasde serpentes nas áreas demaior risco, tendo sido aindadistribuídos folhetos e pos-ters sobre como prevenir oaparecimento de serpentes, aprevenção dos acidentes e asmedidas adequadas para osprimeiros socorro se necessá-rio (ver caixa).” O objectivopassa por reverter o quadroda “patologia mais negligen-ciada das doenças tropicais”.
Benefícios práticosda investigação
Após alguma pesquisa, a dou-toranda Paula Oliveira verifi-cou que esta era uma das
áreas que merecia ser investi-gada e documentada em An-gola uma vez que “não exis-tem registos sobre a proble-mática das mordeduras deserpentes e não há estudoscientíficos deste tema”, expli-ca ao Jornal da Saúde. Por ou-tro lado, as conclusões retira-das desta investigação pode-rão ser extremamente benéfi-cas para aquela que é já con-siderada “uma doença da po-breza e a mais negligenciadadas doenças tropicais, segun-do a Organização Mundial deSaúde”. Em simultâneo coma captação de serpentes, foiaplicado um questionário on-de se verificou que as pessoasnão acorrem aos serviços desaúde, o que dificultará emgrande medida a possibilida-de de se ter uma estatística daproblemática. No entanto, háresultados preliminares queimportam destacar, como porexemplo, o facto de se ter con-seguido “captar serpentesmortas e vivas e extraído o seu veneno para a etapa subse-quente e terem sido encon-tradas vários espécimes de Bi-tis Gabonica, quer em Ben-guela, como em Malange, oque não está descrito na lite-ratura toxicológica mundial”,explica Paula Oliveira.
No futuro, quando Angolaproduzir “os seus soros anti-ofídicos, o mesmo terá de es-
tar na composição do antive-neno pois agora existe a pro- va de que esta serpente habi-ta no Sul e Centro do país. Sóde Mufuma Selela, uma co-muna de Kalandula, captá-mos 5 exemplares, das quaisuma está viva no serpentáriodo Centro de Investigação eInformação de Medicamen-tos e Toxicologia da Faculda-de de Medicina de Malangeda Universidade Lueji (Cime-
tox)”. Sabe-se que o único eefectivo tratamento do enve-nenamento sistémico demordeduras de cobras é o an-tiveneno, constituído por so-ros específicos.
Estudo pioneiroPassada a fase da conclusãodo estudo, “os resultados dacomposição imunoquímicados venenos das serpentes de Angola servirão para elaborar
o dito antiveneno experi-mental. Para a sua produçãoem grande escala e para satis-fazer as necessidades no nos-so país, o investimento é mui-to grande, pelo que o projecto já foi submetido a instânciassuperiores, como o Cimetox.Penso que a seu tempo mere-cerá a devida atenção paracomeçar a ser executado”, es-clarece Paula Oliveira. O Ci-metox é o único centro de in- vestigação de medicamentose toxicologia que o país tem.Existe há três anos na Facul-dade de Medicina da Univer-sidade Lueji A'Nkonde, mas“não tem orçamento próprio,o que limita muito a investi-gação que se poderiam levara cabo, caso tivesse”.
No que respeita à impor-tância do estudo em particu-lar, Paula Oliveira consideraque o mesmo representa asua “modesta contribuiçãopara esta Angola que é de to-dos e que pode contribuir pa-ra a sua reconstrução comoprodução científica”. Consi-dera-se “feliz” por saber queintegra um estudo pioneiroem Angola que irá permitirminimizar um problema desaúde, sobretudo, “entre aspopulações pobres. É gratifi-cante poder dizer-se que, em Angola, alguma coisa está aser feita para o combate destadoença”, defende.
Cláudi Pinto
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A ExtrA4>O dO vENENO pErMitir? prOduzir SOrO ANtiOf@diCO, iStO , uM MEdiCAMENtO pArA trAtAr MOrdidAS dE SErpENtES vENENOSAS
Descoberta mundial
Serpente BitisGabonica habitao sul e centro de
Angola
No !mbito do trabalho de
campo, encontraram-se v-
rios esp#cimes da serpente
Bitis Gabonica, quer em
Benguela, como em Malan-
ge, o que n"o est descrito
na literatura toxicol%gica
mundial. S% em Mufuma Se-lela, uma comuna de Kalan-
dula, captmos cinco exem-
plares. Agora existe a prova
de que esta serpente habita
no sul e centro do pa$s.
Esta esp(cie, embora muito robusta, ( aquela que den-tro do g(nero +Bitis tem as maiores presas e gl%ndulasde veneno. " etremamente tranquila, capa! de passardias num s) lugar e mesmo que a irritem, raramentereage para o ataque, ao contr#rio do que acontececom a Bitis Arientans, a que mais acidentes causa, re-vela a doutoranda. Segundo o inqu(rito que est# a sertrabalhado neste momento, +os acidentes ocorremquando elas s&o inadvertidamente picadas, pelo quePaula Oliveira deia algumas mensagens preventivasaos leitores. +O primeiro conselho a dar $s pessoasquando v&o ao campo ( que vejam, de facto, onde e oque est&o a pisar e n&o passem em cima da vegeta'&o.Devem andar de botas de borracha de cano alto e emcaso de acidente, devem lavar com #gua e sab&o e iremde imediato para uma unidade de sa*de para que se fa-'a o tratamento adequado. Desaconselhamos total-mente a coloca'&o de folhas p)s o acidente ou o cortedo local da mordedura que (, infeli!mente, o que aspessoas normalmente fa!em, conclui.
Como prevenir e agir peranteum acidente?
C a m i l l a C a r v a l h o / A c e r v o I n s t i t u t o B u t a n t a n
A %+a !a a/%1%!a! ! a(+* "E+!%87* N!a'a L/a)$%'a" +* 3.500 %'<(/* 1%%/a)!* 1%a *()a !, +'* ()*, !*% ()%;+%* !a +*1;)%a! Ca)a S', B)$'a, H;'a Ma'a)&. O /9)%* %)%%a( (a% ! 260 +*a, )/ +*#%%*)a% ! a=!, a(+*) +a/*, a'%aa( %)* *)#-:)%a, !%/%b;a( (a/%a' %)#*(a/%1* *'*aa( +'aa ! a1%* ! +%$* ! (*!!a ! +)/ )a a ! (a%* %*
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
http://slidepdf.com/reader/full/jornal-da-saude-de-angola-n60 19/24
MINSA preconiza reforço da gestão do sector n Com efeito, e de acordocom as conclusões do XXV Conselho Consultivo doMINSA, que decorreu, re-centemente, em Ndalatan-do, sede da província doCuanza Norte, sob o lema:“40 anos de independência,40 anos de Serviço Nacionalda Saúde”, com o signo deuma “Melhor gestão para ga-rantir a sustentabilidade doserviço nacional da saúde”,foi dado ênfase especial ao
ajustamento das despesasaos fundos disponíveis parafinanciar o sistema.
Para tal, foi preconizado aimplementação de medidasestruturais que envolvem aorganização dos serviços porníveis de atenção, tendo emconta a redução dos recursosfinanceiros, originada pelabaixa do preço do petróleo,principal fonte de receitas doOrçamento Geral do Estado.
A redefinição das acções
prioritárias a serem desen- volvidas harmonizando-ascom a alocação de fundos,avaliando a disponibilidadedas fontes e alternativas de fi-nanciamentos, o tipo e o cus-to dos serviços necessários,sem contudo, afectar o aces-so e a qualidade dos serviçosa prestar as populações, par-ticularmente, nas áreas deimunização e atendimentopediátrico e obstétrico, cons-titui outros dos objectivos
pretendidos pelo MINSA.O referido encontro que
foi orientado pelo titular dopelouro, o ministro José Vie-ra Dias Van-Dúnem, mani-festou também inquietaçãocom a prevalência e incidên-cia da tuberculose no país,incluindo as suas formas re-sistentes, tendo por isso, ad- vogado mecanismos que as-segurem o funcionamentode unidades sanitárias comcapacidades de resposta pa-
ra este desiderato.Foi ainda preconizado
que, ao lado de cada unidadede tratamento de VIH/sida,exista outra de diagnóstico etratamento da tuberculose.
O evento, no dizer daque-le governante, constituiuuma oportunidade para con-solidar o plano de acção paraa prossecução dos objectivose metas fixadas para o sectorda saúde à luz do OGE revistopara o ano de 2015.
Diniz Simão
rrespdete e ndalatad
O Mii%&$i! da Sade #'e$
'm e%f!$! $ed!b$ad! c!m
(i%&a a a%%eg'$a$ a !$gai*a-
! e melh!$ame&! da ge%-
&! d! %ec&!$, "a$a ga$a&i$
'm %e$(i! "blic! de %ade
de #'alidade.
Conselho consultivo em Ndalatando:
F)$ (a (da + ) $c-")(ad) d) Ca(a
N) *aa a a *)&:$ca )c$a&, J)8 A&b) Q$-
*("), a*&) a) ") d) c) da a=d a *a-
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Vice-governador do CuanzaNorte apela a rigor na gestãofinanceira face à “petrocrise”
JSA ril 2015 20Saúde Cuanza norte
O H!%"i&al M'ici"al de
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Hospital de Quiculungo aumenta consultas
P e t e r M o e l l e r
A $edefii! da% ace% "$i!$i&+$ia% a %e$em de%e(!l(ida% ha$m!i*ad!-a% c!m a a l!ca! de f'd!%, a(aliad! a di%"!ibilida-
de da% f!&e% e al&e$a&i(a% de fiaciame&!%, ! &i"! e ! c'%&! d!% %e$(i!% ece%%+$i!%, %em c!&'d!, afec&a$ ! ace%%! e a #'alida-
de d!% %e$(i!% a "$e%&a$ a% "!"'lae%, "a$&ic'la$me&e, a% +$ea% de im'i*a! e a&edime&! "edi+&$ic! e !b%&&$ic!, c!%&i&'i
!'&$!% d!% !bjec&i(!% "$e&edid!% "el! MINSA
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19publicidAdeJSAAbril 2015
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Assistência sanitária no municípiodo Amboim apresenta bons indicadores
nElídia da Conceição Huam-
bo fez saber ao Jornal da Saú-
de que, como indicador de
sucesso, está a adesão massi-
va de mulheres às consultas
pré-natais, o que tem permi-
tido reduzir a taxa de mortali-
dade materno-infantil no
município do Amboim.
Outro aspecto destacado
pela responsável da saúde no
município do Amboim con-
siste no aumento de unida-
des sanitárias nas zonas de
maior concentração popula-
cional, como sendo o factor
que propiciou a oferta dos
serviços de assistência hospi-
talar nas comunidades e, ao
mesmo tempo, constitui mo-
tivação para as populações,
sobretudo mulheres, procu-
rarem assistência.
Elídia da Conceição
Huambo reconheceu que o
sector que dirige ainda en-
frenta problemas da falta de
médicos e outros técnicos de
especialidade para respon-
der às solicitações nas áreas
de obstetrícia, cirurgia e orto-
pedia. Já no cômputo geral, a
responsável da saúde no Am-
boim adiantou que são ne-
cessários mais 300 enfermei-
ros e 25 médicos para mini-
mizar a carência de pessoal.
— Como avalia o sector dasaúde no vosso município?— A realidade actual do sec-
tor da saúde no município re-
vela-se dinâmica, porque as
populações já vão acreditan-
do que, quando estão doen-
tes, podem ser curadas nas
unidades sanitárias distribuí-
das pelo município, graças à
dedicação dos técnicos, a vá-
rios níveis, e das condições de
trabalho colocadas à disposi-
ção.
Neste aspecto, tenho de
destacar a afluência das mu-
lheres às consultas pré-natais
o que tem contribuído bas-
tante para a redução da taxa
de mortalidade materno-in-
fantil. A par disso, devo referir
o fornecimento regular de
medicamentos, quer seja
através das aquisições locais
pelos fornecedores que pres-
tam serviços ao município,
quer dos fornecimentos atra-
vés do Depósito provincial de
medicamentos essenciais da
Direcção Provincial de Saúde.
Com o ritmo do trabalho
neste sector, as evacuações
para os hospitais de referên-
cia diminuíram substancial-
mente. Estamos em crer que,
nos próximos tempos, tere-
mos que evacuar apenas ca-
sos de especialidade, por fal-
ta de médicos especializa-
dos.
Em suma, a situação sani-
tária no Amboim melhorou
significativamente, quer no
domínio das infraestruturas,
como dos recursos huma-
nos. O município conta ac-
tualmente com uma rede sa-
nitária composta por dois
hospitais municipais, seis
centros médicos e 14 postos
de saúde. Prestam serviço oi-
to médicos e 90 enfermeiros
de vários escalões.
—Quais as principais doen-ças que assolam o municí-pio do Amboim?— Quanto às principais pato-
logias que assolam as popu-
lações do município do Am-
boim, temos em primeiro lu-
gar a malária, seguida das
doenças diarreicas e respira-
tórias agudas, anemia e tu-
berculose.
Lamentavelmente, conti-
nuamos a registar casos em
que as pessoas só procuram a
assistência sanitária quando
estão em estado crítico. Daí a
razão de incrementarmos as
campanhas de sensibilização
e educação para a saúde nas
comunidades.
—Quais as principais preo-cupações que o sector dasaúde enfrenta no municí-pio?— A grande preocupação
que o sector da saúde enfren-
ta no município é a degrada-
ção das infraestruturas dos
hospitais da Gabela e da Boa
Entrada que apresentam fis-
suras no tecto, entre outras.
No hospital municipal do
Amboim, na cidade da Gabe-
la, a capacidade de interna-
mento foi reduzida de 250 pa-
ra 150 camas, uma vez que al-
gumas salas não estão em
condições para acomodar os
doentes. Outra preocupação
é a degradação das vias de
acesso que ligam a sede mu-
nicipal às distintas localida-
des da circunscrição munici-
pal o que dificulta as desloca-
ções para constatar o funcio-
namento das unidades sani-
tárias, ou em casos de eva-
cuação de doentes que ne-
cessitem de serviços de espe-
cialidade.
Outros constrangimentos
que enfrentamos consistem
nas evacuações das localida-
des longínquas para o hospi-
tal municipal, em que temos
de sacrificar a ambulância
devido ao mau estado das es-
tradas.
Por outro lado, temos re-
gistado com frequência o
aparecimento no hospital
municipal de casos graves,
fruto da negligência das famí-
lias.
— Quais os programas queestão a ser executados paraa melhoria da assistência nomunicípio do Amboim?— Os programas em execu-
ção do Amboim são os rece-
bidos da Direcção Provincial
da Saúde, nomeadamente os
referentes à malária – com a
distribuição de mosquiteiros
e de Albendazol –, a medição
da tensão arterial, testes de
VIH/Sida e campanhas de
vacinação. Além destes, esta-
mos também a executar ou-
tros programas, como os de
tuberculose e lepra, de vigi-
lância epidemiológica, de
educação para a saúde e água
e saneamento ambiental. Pa-
ra surtirem efeitos, a colabo-
ração das comunidades é es-
sencial.
— Quais os desafios os pró- ximos tempos?— Os principais desafios
apontam para a continuida-
de da superação permanente
de técnicos de saúde de for-
ma a respondam às exigên-
cias do presente e do futuro.
Já estamos a desenvolver um
programa de formação inten-
siva a 50 enfermeiros e 15 téc-
nicos, com a duração de qua-
tro dias, na razão de oito ho-
ras. Vamos, por outro lado,
continuar a desenvolver es-
forços no sentido de aproxi-
marmos, cada vez mais, os
serviços da saúde nas comu-
nidades, com a extensão da
rede sanitária e o melhora-
mento das unidades sanitá-
rias já existentes. Além disso,
vamos melhorar os mecanis-
mos de educação para a saú-
de das comunidades para di-minuir a proliferação das
doenças evitáveis, como a
malária, febre tifóide, infec-
ções da pele, entre outras.
C Simiro oSé
Gabela
A a&&i&'/!cia dic"-edi-
cae!'"&a #%e&'ada a"& ha-
bi'a!'e& d" (!ic#i" d"
Ab"i, !a #%")!cia d"
C(a!*a-S(l, a#%e&e!'a b"!&
i!dicad"%e&, f%('" d"& i!)e&-
'ie!'"& fei'"&, $(e% &eja
e i!f%ae&'%('(%a&, c"" !a
$(alidade d" &e%)i" ga%a!-
'ida #el" c"%#" cl!ic", ga-
%a!'i( a" J"%!al da Sade a
chefe de %e#a%'i" da &ade
de&'a ci%c(!&c%i" (!ici-
#al.
JSA ril 2015 22Saúde Cuanza Sul
A chefe de %e#a%'i" da &ade, Eldia da C"!cei" H(ab", ga%a!'e $(e '"d"& "& e&f"%"& e&'"
&e!d" fei'"& #a%a a elh"%ia da a&&i&'/!cia !" (!ic#i"
O a%%/a* %c%+a' *
Ab*%, Fac%c* Ma!' Ma-
/!, #aa/% a* J*a' a Sa=!
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a, * a* * P*#aa
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! +aa * a* ! 2015, * a%-
%/a* %c%+a' * Ab*%
ac%* a !ab%'%/a* * $*-
+%/a% %c%+a% * Ab*%, a
c%a! a Gab!'a ! a B*a E-/aa, ! a c*/%%a! * /a-
ba'$* ! a/!* *
!%+a!/* "*!c%*
%a! $*+%/a'a! +aa /!-
$a a ac* a'/a a
!c!%a!, !/! */a.Ab*% /! a +!":c%!
! 1.027 %';!/* aa-
* ! c*/a c* a +*+'a-
* !/%aa ! 234.869 $ab%-
/a/!. A%%/a/%a!/! !-
/ %%%* +* a c*a,!! ! Aa#*, c* / !a
a%%/a/%a, *!aa!-
/!, Sa'%a, H*#a ! B*a E/aa
(!-CADA).
Administrador municipal do Amboim Francisco Manuel Mateus
“Hospitais municipais vão ser reabilitados”
O adi!i&'%ad"% d" (!ic#i" d" Ab"i, F%a!ci&c" Ma!(el
Ma'e(&, c"!&ide%a c"" #%i"%idade a %eabili'a" d"& h"&#i'ai&
da &ede e da B"a E!'%ada
O h"&#i'al (!ici#al d" Ab"i, c"!&-'%(d" e 1932, %eclaa #ela %eabili'a-" #%"f(!da, dad" a" &e( a)a!ad" e&-'ad" de deg%ada". O (!ic#i" c"!'aac'(ale!'e c" (a %ede &a!i'+%iac"#"&'a #"% d"i& h"&#i'ai& (!ici-
#ai&, &ei& ce!'%"& dic"& e 14 #"&'"&de &ade. P%e&'a &e%)i" "i'" dic"&e 90 e!fe%ei%"& de )+%i"& e&cale&
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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23reSponSAbilidAde SociAlJSA Abril 2015
Trabalhador es da BP Angola
doam bens às vítimas das cheiasA BP Angola soma e segue com a implementa#"o de projectos sociais, no !mbito das suas práticas deresponsabilidade social corporativa. Desta vez, no entanto, foram os seus pr&prios trabalhadores que,imbu%dos de um esp%rito francamente solidário ' que, aliás, espelha a cultura da empresa ' , tomarama iniciativa de oferecer roupas, sapatos e material didáctico s v%timas das cheias, atrav$s dos servi#osde Protec#"o Civil e bombeiros de Luanda.
través da Protecção Civil e Bombeiros
nO donativo resultou de um apelo que aempresa fez aos trabalhadores de formaa ajudar as pessoas afectadas pelas cala-midades naturais que assolam algumasregiões do país e, com alguma acutilân-cia, as vítimas das cheias da cidade de Lo-bito, na província de Benguela, e tambémno Cuanza Sul.
O Comissário Paulo Tomás de Sousa,chefe de departamento da logística dosServiços de Protecção Civil e Bombeiros,aquando na recepção dos bens, elogiou “ogesto dos trabalhadores da BP Angola” eexplicou que os serviços de Protecção Ci- vil e Bombeiros co nstituem um órgãomultissectorial onde estão envolvidos vá-rios ministérios. “Enquanto operativos,com a responsabilidade de recepcionar osmeios que as empresas e particulares com vontade de ajudar trazem. Temos a mis-são de garantir que os mesmos cheguemaos respectivos destinatários”, reforçou.
A actuação dos serviços de protecçãocivil e bombeiros é ampla. Acodem às di-ferentes situações que ocorrem no país,
desde as calamidades naturais, às cheias,à seca e aos incêndios florestais.
“Apelamos a toda a sociedade queacompanhem os trabalhos efectuados pe-la comissão de protecção civil e bombei-ros e que façam as suas doações pois as ca-tástrofes naturais são fenómenos que fre-quentemente provocam uma grande des-truição material, perda de vidas humanase alterações na superfície terrestre”, acres-centou Paulo Tomás de Sousa.
Actualmente, a frequência deste tipode fenómenos é cada vez maior, sobretu-do devido às alterações provocadas peloser humano, como por exemplo, as cons-truções não urbanas em zonas de risco,tendo sido já identificadas actividadeshumanas mal planeadas em conjuntocom factores naturais, como precipita-ções anormais e natureza dos solos.“Nunca se sabe quando é que acontececonnosco, daí a importância de sermossolidários”, esclareceu o responsável,apelando à contínua solidariedade porparte da população.
“Nunca se
sa be quando é
que acon tece
connosco, daí a im-
por tância de sermos
solidários ” – Paulo
Tomás de Sousa
ESMER LD MIZ
7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60
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24 rAivA Abril 2015 JSA
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